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testes2011-2012Línguas e Humanidades10º AnoCHistória ...

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA<br />

Agrupamento de Escolas de Arraiolos<br />

Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos com Ensino Secundário Cunha Rivara<br />

TESTE DE AVALIAÇÃO 10º ANO 27/02/12<br />

Disciplina: HISTÓRIA A O Professor: Henrique Gonçalves<br />

Lê atentamente todas as questões e respectivos documentos (cuja análise deve<br />

ser obrigatoriamente integrada na resposta) antes de começar a responder.<br />

Responde apenas ao que se pede. Deves responder a um total de sete questões.<br />

I<br />

DAS DUAS QUESTÕES SEGUINTES RESPONDE APENAS A UMA<br />

Doc. A Doc. B<br />

O enquadramento social e mental da<br />

sociedade europeia entre os séculos XI e XIII<br />

realizou-se em duas escalas diametralmente<br />

opostas: por um lado, células de poder<br />

pequenas e instáveis (o senhorio, a cidade…);<br />

por outro lado, a enorme e estável cristandade<br />

latina. A meio termo, sem que nenhum destes<br />

espaços perdesse enquadramento, foi-se<br />

afirmando um outro tipo de território, maior<br />

que os primeiros e com tendência à<br />

estabilização territorial. Tais territórios foram<br />

os diferentes reinos europeus.<br />

J. A. Garcia de Cortázar e J. A. Sesma Muñoz,<br />

História de la Edad Media, Una síntesis<br />

Interpretativa, Allianza Eitorial<br />

Doc. C Doc. D<br />

Carlos Magno é coroado imperador do Ocidente<br />

Papa Leão III, em 25 de Dezembro de 800<br />

A Europa no século XIII<br />

Dictatus Papae<br />

A Igreja Romana foi fundada pelo Senhor. (…)<br />

Só ele pode depor ou absolver os bispos.<br />

Só ele pode dispor das insígnias imperiais.<br />

O papa é o único homem ao qual todos os príncipes beijam os pés.<br />

É-lhe permitido depor os imperadores.<br />

Ninguém pode julgar o Papa.<br />

Ninguém pode condenar uma decisão da Sé Apostólica.<br />

A Igreja Romana nunca errou e, segundo o atestam as Escrituras<br />

jamais poderá errar.<br />

O papa pode desligar os súbditos do juramento de fidelidade<br />

feito aos injustos.<br />

M.G. H. Epistolae Selectae, II, Gregório VII, 1073<br />

1. Enquadra os docs. A e B na caracterização da diversidade política da<br />

Europa Ocidental entre os séculos XI a XIII. 35 pontos


2. Insere os documentos C e D na acção de reforço dos poderes do Papa.<br />

35 pontos<br />

II<br />

DOS DOIS CONJUNTOS DE QUESTÕES DESTE GRUPO RESPONDE<br />

APENAS A UM<br />

Doc. E Doc. F<br />

Esquema –tipo de um senhorio medieval na Europa Ocidental<br />

3.1. Descreve o senhorio medieval. 15 pontos<br />

3.2. Identifica a origem social dos detentores dos<br />

senhorios. 10 pontos<br />

3.3. Explica a autoridade senhorial sobre os homens que<br />

habitavam o senhorio.<br />

20 pontos<br />

Doc. G<br />

Entre os séculos XI e XIII, a vida<br />

económico-social e até política<br />

desenrola-se tendo por base, cada vez<br />

mais o senhorio banal (…). Nascido da<br />

pulverização progressiva dos poderes<br />

centrais, da afirmação de uma economia<br />

dependente da terra e de um clima social<br />

marado por constantes ameaças e<br />

perigos, (…) este novo senhorialismo (…)<br />

expande-se +por todo o Ocidente<br />

europeu, permitindo aos seus<br />

detentores, a aristocracia guerreira e as<br />

altas hierarquias clericais, tomarem<br />

virtualmente nas suas mãos as rédeas da<br />

vida pública. Assim, nos seus domínios os<br />

senhores regulavam a paz e a justiça<br />

dominando os tribunais locais (….)<br />

assenhorando-se do serviço militar das<br />

gentes, possuindo exércitos próprios,<br />

aplicando o fisco.<br />

Ana Lídia Pinto, Célia P. do Couto e P. A .<br />

Neves, Temas de História, Porto, Porto<br />

Editora, p. 241<br />

Eu, Roberto de Dreux, pela graça de Deus, conde de Dreux (…), quis , através de escritura, notificar a<br />

todos os presentes e futuros que, tendo nascido um desacordo entre mim e os meus burgueses de<br />

Dreux, concordámos enfim com este acordo pelo qual lhes concedemos ter a comuna que eles<br />

tiveram em dias do meu pai (…). Para mais, jurámos aos ditos burgueses que não cobraremos, nós e<br />

nossos sucessores, nenhum imposto sobre os ditos burgueses, e não lhes faremos nenhuma<br />

violência. Mas suspenderemos todas as discórdias através de um acordo, se isto se puder fazer. Se a<br />

discórdia não puder ser ultrapassada por um acordo, pôr-lhe-emos cobro na nossa corte, pelo<br />

julgamento de homens sábios e dos nossos fiéis. Eles próprios [os burgueses] juraram ser fiéis a mim,<br />

à minha esposa e 5. aos Explica meus herdeiros o processo e guardar de formação e defender de comunas. a nossa praça forte de Dreux contra todos<br />

(…). Concedemos também aos mesmos burgueses que não forçaríamos ninguém da sua comuna a<br />

usar os nossos moinhos nem a pagar outros foros.<br />

Confirmação da Comuna de Dreux (1180)


4.1. Explica o que era a comuna medieval. 15 pontos<br />

4.2. Identifica quem concedeu a carta comunal e quem beneficiou dela, no doc.<br />

G. 10 pontos<br />

4.2. Refere as ideias-base presentes nas cartas comunais.<br />

20 pontos<br />

III<br />

DAS TRÊS QUESTÕES SEGUINTES RESPONDE APENAS A DUAS<br />

Doc. H Doc. I<br />

5. Evidencia a partir dos documentos H e I a relação entre os<br />

progressos técnicos registados na agricultura e o crescimento demográfico da<br />

mesma época. 38 pontos<br />

Doc. J Doc. L<br />

Os “Mulus” colhendo pimenta preta – ilustração do<br />

Livro As Viagens de Marco Polo<br />

A expansão do Ocidente a partir do século XI foi<br />

acompanhada por um forte crescimento demográfico,<br />

reforçando-se estes fenómenos mutuamente. O<br />

aperfeiçoamento das técnicas agrícolas e a extensão das<br />

superfícies cultivadas foram ao mesmo tempo causa e<br />

consequência do crescimento das populações do Ocidente. (…)<br />

Pode, pelo menos, fazer-se uma observação de bom senso e de<br />

grande alcance: uma vez, que do século XI ao século XIII, os<br />

homens passaram a andar em geral bem alimentados, a duração<br />

média da vida humana deve ter aumentado.<br />

Guy Fourquin, História Económica do Ocidente Medieval,<br />

Lisboa, Ed. 70<br />

6. Integra os documentos J e L na caracterização do comércio das<br />

cidades italianas na Idade Média.<br />

38 pontos


Doc. M Doc. N<br />

Cambistas, pormenor de um fresco<br />

da Igreja de S. Francisco, em Prato,<br />

da autoria de Niccolò di Pietro Gerini<br />

(sécs. XIV_XV)<br />

Um mercado medieval<br />

7. A partir dos documentos M e N, explicita o papel das cidades no<br />

desenvolvimento do comércio medieval e das novas práticas comerciais e<br />

financeiras. 38 pontos<br />

IV<br />

DAS DUAS QUESTÕES SEGUINTES RESPONDE APENAS A UMA<br />

Doc. O Doc. P<br />

Doc. Q<br />

Cidades nascidas do despertar da vida comercial mas também do<br />

desenvolvimento agrícola do Ocidente, que começava a alimentarem<br />

melhor de víveres homens e centros urbanos. Temos de resignar-nos a<br />

atribuir o nascimento e o desenvolvimento das cidades medievais a um<br />

complexo conjunto de estimulantes – principalmente a diversos grupos<br />

sociais. (…)<br />

A emigração dos campos para as cidades entre os séculos X e XIV é<br />

um dos mais notáveis fenómenos da cristandade. O que em todo o caso é<br />

certo é que, dos vários elementos humanos que recebe, a cidade faz uma<br />

sociedade nova. (…).<br />

Motor da expansão geográfica, o grande comércio desempenhou,<br />

igualmente papel de capital importância num fenómeno cujo centro estava<br />

também nas cidades: a expansão da economia monetária. Centros de<br />

consumo e de trocas, as cidades necessitaram cada vez mais de recorrer<br />

à moeda para efectuar o pagamento das transacções.<br />

Jacques Le Goff, A Civilização do Ocidente Medieval,<br />

(…) Por causa das chuvas torrenciais e pelo facto<br />

de os bens da terra terem sido colhidos em más<br />

condições e destruídos em muitos sítios,<br />

verificou-se uma falta de trigo (…) os corpos<br />

começaram a enfraquecer e as enfermidades a<br />

desenvolver-se (…) morriam todos os dias tantas<br />

pessoas (…) que o ar por assim dizer estava<br />

corrompido (…).<br />

Abade de Saint Martin de Tournai, Crónica da Fome<br />

em Flandres (c. 1320)<br />

8. Clarifica o papel que a conjugação dos<br />

vários factores (maus anos agrícolas, a<br />

Peste Negra, as guerras) tiveram na<br />

conjuntura depressiva do século XIV.<br />

D<br />

44%<br />

“Livrai-nos Senhor da fome, da Peste e da<br />

guerra.”<br />

Prece divulgada na Europa nos meados do século XIV.<br />

9. Analisa a imagem e a prece, integrando-as no<br />

contexto da do século XIV. 44%<br />

Representação da morte no séc. XIV

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