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AGENDAMarinhaGrande ı 17
ENTREVISTA
Portugal e os seus empresários vão sendo
progressivamente vistos como verdadeiros
empreendedores e parceiros duradouros para
negócios estratégicos e de mútua vantagem.
Progressivamente, e cada vez mais, somos
vistos como parceiros de “palavra” e “honra”.
Tal como diz o economista João César das
Neves, “não há almoços grátis”?
Estou absolutamente de acordo. Todos os
custos das empresas são contabilisticamente
pagos pelos seus clientes, salvo se as
empresas forem deficitárias.
Assim, a afirmação está em objecto
confirmada. Permita-me, todavia, que lhe diga
que vejo sentido figurativo naquela sábia
afirmação e, talvez por isso, de há muitos
anos, tenho como prática que o período de
almoço, ainda que com o mais “importante”
dos clientes ou fornecedores, não é momento
para negociação.
Prefiro o “formalismo” da mesa e sala de
reuniões onde tudo acontece com mais
compromisso e, sobretudo, maior rigor e
objectividade.
Três palavras para descrever o concelho.
Apenas três palavras? Que questão tão difícil…
Não vou respeitar!
- Demasiada degradação arquitectónica e falta
de hotelaria de qualidade.
- Extraordinárias condições
paisagístico-ambientais.
- Concelho afirmado em actividades
industriais de alto valor acrescentado e com
muito potencial de crescimento, decorrente da
existência de mão-de-obra altamente
qualificada, assim as entidades não sirvam de
travão.
Qual o seu maior amor: automobilismo ou
empresas?
O Automobilismo é uma paixão, é… a
adrenalina!
As empresas são um desafio e a realização de
sonhos que pertencem a todos os que nelas
trabalham!
Amor mesmo?... (à parte pessoas que me
estão muito próximas, como filhas, Mãe…) só
por novos e inovadores desafios. Há alguns
em curso!
Descreva-se em três palavras.
Outra vez em três palavras? Volta a ser muito
difícil!!...
Rigoroso. Apaixonado. Determinado.
Cumpri mas não fui modesto.
Leva a vida a acelerar a fundo?
Após o banho da manhã, não sei mais andar
devagar.
Não diria que levo a vida e acelerar a fundo,
mas para me sentir bem, preciso de sentir
que a velocidade é alta, que há desafio, que
há adrenalina, que há risco.
Encanta-me assumir e lançar desafios,
nomeadamente às minhas equipas de
trabalho a quem costumo dizer que, havendo
tempo para comer ou para dormir, nunca
deixar de se fazer algo por falta de tempo,
apenas porque não se assumiu a prioridade
correcta!!
A vida sem risco, sem desafio, sem projectos,
sem acelerador a fundo (acto que não tem
graça), mas nunca uso o curso total do
acelerador dos meus carros antes de testar os
travões.
Encanta-me viver e espero fazê-lo por muitos
e muitos anos.
Apesar da experiência e vivências de 58 anos
muito intensos, emociono-me com as
realizações e com os sucessos ainda que
apenas de terceiros.
Uma actividade para os tempos livres?
Perante dias / semanas intensos, reuniões e
viagens sistemáticas, à parte os automóveis e
os rallies TT, nada melhor que uma boa
caminhada (com os meus pastores alemães)
na Mata, São Pedro, Praia Velha…
Somos uns privilegiados!