idade, crescimento e mortalidade do ariocó lutjanus synagris - Uesc
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Distribuições de freqüências etárias podem ser construídas após uma primeira<br />
estimação direta e subseqüentes curvas de <strong>crescimento</strong> ser estimadas. Isto poderia<br />
reduzir em muito os custos operacionais de laboratório e tempo na preparação das<br />
amostras. Tal enfoque é possível assumin<strong>do</strong>-se que a relação peso <strong>do</strong> otólito – <strong>idade</strong><br />
permanecerá a mesma nas gerações subseqüentes. Segun<strong>do</strong> WORTHINGTON et al.<br />
(1995) o peso em otólitos pode ser usa<strong>do</strong> para muitas espécies de peixes, embora este<br />
méto<strong>do</strong>, como outros utiliza<strong>do</strong>s na estimação da <strong>idade</strong>, possa gerar viés. Como<br />
resulta<strong>do</strong> o peso de otólitos só pode ser usa<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> uma calibração inicial for feita,<br />
isto é, deve ser feita a leitura de <strong>idade</strong>s em uma pequena amostra para a calibração da<br />
relação. O uso desta técnica permite a estimação de um número muito maior de<br />
espécimes, desta forma aumentan<strong>do</strong> a população amostrada e fornecen<strong>do</strong> estimativas<br />
confiáveis da estrutura etária de uma população.<br />
A ocorrência de problemas de visualização de anéis é bastante comum em peixes<br />
de regiões tropicais. CASSELMAN (1987) cita que peixes de ambientes relativamente<br />
homeotérmicos, tais como nos trópicos, devem ter suas estruturas de aposição<br />
interpretadas cuida<strong>do</strong>samente. De acor<strong>do</strong> com YOSEF & CASSELMAN, (1995) o ciclo<br />
de <strong>crescimento</strong> anual de peixes tropicais é muito mais complexo que de peixes de<br />
regiões temperadas.<br />
Otólitos de Lutjanídeos, como em outras espécies tropicais, são geralmente<br />
grandes e espessos. Diversos autores demonstraram a viabil<strong>idade</strong> de se determinar a<br />
<strong>idade</strong> através de seus otólitos. Entre as diferentes espécies tropicais, o grau de<br />
dificuldade de leituras em otólitos inteiros tem si<strong>do</strong> reconheci<strong>do</strong>. Em vários casos,<br />
decisões de seccionar otólitos forneceram mais acuracea às leituras, diminuin<strong>do</strong><br />
consideravelmente a subjetiv<strong>idade</strong> <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> e determinan<strong>do</strong> <strong>idade</strong>s com mais<br />
segurança (MANOOCH III,1987; MILTON et al.,1995; NEWMAM et al., 1996). A<br />
interpretação começa <strong>do</strong> foco ou origem e segue para todas as direções até a região<br />
limite da estrutura.<br />
Segun<strong>do</strong> ALLMAN et al. (2004), a interpretação <strong>do</strong> primeiro anel e o tipo de<br />
borda em otólitos são os maiores responsáveis pelo aumento <strong>do</strong> erro na precisão de<br />
estimativas de <strong>idade</strong>. O mesmo autor ainda considera que para peixes de longev<strong>idade</strong><br />
alta e relativa dificuldade na leitura de otólitos, um APE de 5% deve ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> como<br />
medida de referência.<br />
Apesar das leituras em otólitos inteiros apresentarem um erro percentual maior<br />
se comparadas aos secciona<strong>do</strong>s, observou-se que nestes, a leitura das primeiras <strong>idade</strong>s<br />
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