idade, crescimento e mortalidade do ariocó lutjanus synagris - Uesc
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apresentaram-se mais claras, evidencian<strong>do</strong> melhor a formação de anéis nos primeiros<br />
anos de vida (<strong>idade</strong>s 1-3).<br />
Outro fator que trouxe dificuldades nas interpretações das bandas opacas em<br />
otólitos secciona<strong>do</strong>s foi a distinção de zonas com <strong>crescimento</strong> diferencia<strong>do</strong>s para um<br />
mesmo otólito. Nestes, a margem ventral e <strong>do</strong>rsal demonstraram um padrão de<br />
deposição mais disperso das bandas opacas, que quan<strong>do</strong> percorridas em direção ao<br />
sulcus acusticus, tornam-se mais concentradas, evidencian<strong>do</strong> um <strong>crescimento</strong> menos<br />
acentua<strong>do</strong> nesta região <strong>do</strong> otólito, como observa<strong>do</strong> em otólitos de Pristipomoides<br />
zonztus por RALSTON & WILLIAMS (1988).<br />
Embora dificuldades tenham si<strong>do</strong> encontradas, de forma geral os otólitos de L.<br />
<strong>synagris</strong> apresentaram um padrão de marcas opacas e translúcidas alternadas<br />
consistentes com o observa<strong>do</strong> para espécies de Lutjanideos (MANOOCH III &<br />
MASON, 1984; MILTON et al.,1995; LUCKHURST et al., 2000; BURTON, 2002).<br />
A longev<strong>idade</strong> de 18 anos registrada neste trabalho aproximou-se da <strong>idade</strong><br />
máxima de 19 anos encontrada por LUCKHURST et al. (2000) na região das<br />
Bermudas, e foi menor que a registrada por FERREIRA et al. (2004) que foi de 22 anos.<br />
No presente trabalho somente um indivíduo foi registra<strong>do</strong> com a <strong>idade</strong> de 18, 13 e 12<br />
anos, e não houve registro para as <strong>idade</strong>s de 17, 16, 15 e 14 anos. Entre os <strong>ariocó</strong>s<br />
amostra<strong>do</strong>s, 96,7% apresentaram a variação de 2 a 11 anos de <strong>idade</strong>. Na costa <strong>do</strong> Ceará,<br />
ALEGRIA & MENEZES (1970), identificaram longev<strong>idade</strong> de 6 anos. Ariocós<br />
captura<strong>do</strong>s no sul da Flórida chegavam a 10 anos de <strong>idade</strong> (MANOOCH III & MASON,<br />
1984). Estas diferenças podem estar relacionadas ao tipo de pesca realizada, maior ou<br />
menor seletiv<strong>idade</strong> <strong>do</strong>s anzóis, número de peixes amostra<strong>do</strong>s, utilização de peixes de<br />
frotas pesqueiras, características oceanográficas particulares e características intrínsecas<br />
da espécie. Neste estu<strong>do</strong> o petrecho mostrou ser um fator importante na seletiv<strong>idade</strong><br />
etária de indivíduos. As redes foram responsáveis pela captura <strong>do</strong>s indivíduos mais<br />
velhos da amostra, com uma média de 7,7 anos. Já os indivíduos captura<strong>do</strong>s na linha<br />
apresentaram uma média etária de 4,4 anos. As <strong>idade</strong>s <strong>do</strong>s indivíduos captura<strong>do</strong>s através<br />
de redes mostraram-se significativamente maiores (Mann-Whitney; P < 0,0001) àqueles<br />
captura<strong>do</strong>s por linha.<br />
A longev<strong>idade</strong> relativamente alta <strong>do</strong> L. <strong>synagris</strong> da região de Bermudas foi dada<br />
como um indica<strong>do</strong>r de subexploração para este estoque (LUCKHURST et al., 2000). O<br />
mesmo autor atribui às altas longev<strong>idade</strong>s encontradas a baixas temperaturas da água<br />
que ocorrem no inverno (18ºC) na região da Bermudas. Segun<strong>do</strong> PAULY (1980),<br />
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