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O DIFÍCIL COMEÇO<br />

14<br />

teúdo a ser estudado. Sem energia elétrica, o jeito era<br />

queimar as pestanas com as lamparinas de querosene.<br />

Não obstante tanta adversidade, conseguiu cursar os<br />

anos básicos. Aprendeu a ler, escrever, interpretar e,<br />

principalmente, realizar cálculos matemáticos.<br />

EMBRIÃO DE UM TALENTO<br />

O Brasil mostrava sinais de industrialização, contudo<br />

sua economia ainda tinha por base a agricultura.<br />

Dessa forma, a vida no campo era bastante<br />

movimentada.<br />

Na região onde nasceu José Cardoso, predominava<br />

o cultivo de laranja. Outras culturas também eram<br />

praticadas, a mandioca, por exemplo, o que justifica a<br />

presença de moinhos de farinha e oficinas como a de<br />

seu pai, que ofereciam manutenção adequada além de<br />

fabricar peças.<br />

No sítio vizinho havia um moinho de farinha e um<br />

armazém. O proprietário, Sr. Aderbal Soares, possuía<br />

ainda um caminhão Chevrolet 1926, veículo que despertou<br />

seu fascínio pela engenharia mecânica.<br />

De tanto admirar o caminhão, acabou contratado<br />

pelo Sr. Aderbal para fazer pequenos serviços de manutenção:<br />

lavagem, troca de óleo, etc. Com o passar<br />

do tempo, foi adquirindo mais e mais conhecimento<br />

sobre o caminhão, passando até mesmo a desmontar<br />

o motor para a troca de anéis de segmento, o que,<br />

para a sua idade e dentro da realidade em que vivia,<br />

era espantoso.<br />

Cansado das promessas do dono de que o deixaria fazer<br />

as entregas de farinha dirigindo, um dia José chegou<br />

bem cedo no trabalho, ainda de madrugada, entrou<br />

no caminhão, tomou o volante nas mãos e partiu<br />

sozinho. Desse dia em diante passou a ser motorista<br />

oficial do Sr. Aderbal.<br />

Por causa da precária situação das estradas da época,<br />

de terra batida, buracos, costeletas, lama sob chuva,<br />

etc., o caminhão necessitava de cuidados contínuos.<br />

José Cardoso estava sempre atento e constantemente<br />

reapertava os parafusos que afrouxavam com o sacolejar<br />

durante o vaivem diário. Ao final, Sr. Aderbal lhe<br />

perguntava: “Quantos parafusos quebraram?” Caso a<br />

resposta fosse: “Alguns”, retrucava: “Bom, então estão<br />

bem apertados!”.<br />

UMA EXPERIÊNCIA PRIMORDIAL<br />

Nesse tempo floresce outra marca bem característica<br />

do futuro homem José Cardoso: o gênio inventivo.<br />

Fascinado pelo mecanismo do caminhão e já com<br />

mostras de agudo senso de percepção do mundo físico,<br />

começou a aventurar-se em empreendimentos<br />

mais ousados.<br />

Através da observação do funcionamento do engenho<br />

de farinha de seu pai, ainda movido por tração animal,<br />

que nem sempre queria fazer o serviço, diga-se<br />

de passagem, e valendo-se dos conhecimentos práticos<br />

que já possuía de mecânica e eletricidade, pensou<br />

em um modo de substituir a força animal, agilizando

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