filho do pescador - Brasiliana USP
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0 FILHO DO PESCADOR 167<br />
apenas nesta mão, aqui neste logar, que chamam<br />
bor<strong>do</strong> interno ; bem vedes que não houve perigo,<br />
pois que o logar não é para isso. Todavia o susto<br />
arrancou-me um grito involuntário; meus companheiroswjuvin<strong>do</strong><br />
o écho <strong>do</strong> tiro, e o <strong>do</strong> grito,<br />
acudiram-me, e ven<strong>do</strong>-me feri<strong>do</strong>, propuzeramme<br />
o voltarmos para a cidade. Foi debalde que<br />
lhes resisti, fazen<strong>do</strong>-lhes ver que a ferida era de<br />
nenhum cuida<strong>do</strong>; não me attenderam, e quasi ã<br />
força fizeram-me ir. Eis aqui a razão porque<br />
não compareci, como devia, no logar da entrevista.<br />
Laura ten<strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong> esta narração, olhou<br />
para o mancebu ^em um como extasi, e exclamou<br />
:<br />
— Vós sois um anjo, e Deus vos protege.<br />
O vosso tiro foi um beneficio <strong>do</strong> céo...<br />
— Talvez...mas eu não vos enten<strong>do</strong>.<br />
Laura contou então ao caça<strong>do</strong>r que tivera<br />
um vizinho, que-por vezes solicitara o seu amor,<br />
mas debalde, pois que ella o aborrecia ; que<br />
este vizinho desconfia Io de o ver em sua casa<br />
(ao caça<strong>do</strong>rj a rondava de continuo... etc, etc.<br />
Isto è, Laura contou tu<strong>do</strong> acerca da intercepçãa;