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filho do pescador - Brasiliana USP

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0 FILHO DO PESCADOR 87<br />

embarcou-se para o Rie^de Janeiro, trazen<strong>do</strong>-me<br />

comsigo. Já muito perto da barra desta cidade<br />

uma grande tormenta nos fez naufrager nesta<br />

praia. Não seLsi morreram to<strong>do</strong>s os que vinham<br />

na embarcação ou si escaparam alguns ; só sei<br />

que o meu futuro mari<strong>do</strong> morreu, porque eu<br />

mesma o vi quan<strong>do</strong> uma grande vaga de mar<br />

o levou de cima <strong>do</strong> convez, e o sumiu para<br />

sempre no meio <strong>do</strong>s mares. Eu fui salva, e<br />

pouco depois me casji com Augusto.<br />

— Mas Augusto dizia : que eras viuva f.»<br />

— E* verdade ; eu assim lh'o havia dito.<br />

— E de qjie mo<strong>do</strong> fosto salva, minha<br />

Laura ?<br />

— A tormenta tinha principia<strong>do</strong> à bocca<br />

da noite, e era uma hora quan<strong>do</strong> o navio bateu<br />

na praia. O mar já tinha leva<strong>do</strong> a lancha de cima<br />

<strong>do</strong> convez, e os marinheiros botan<strong>do</strong>-se ao mar<br />

procuraram salvar-se a na<strong>do</strong>. O meu homem<br />

estava junto de mim, e na occasião em que ia<br />

buscar um cabo porá com elle amarrar-me a um.<br />

mastro, para que o mar não me levasse, escorregou<br />

no convez e cahiu; ao mesmo tempo que o<br />

mar que entrava na embarcação o carregou! Eu>

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