filho do pescador - Brasiliana USP
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22 B1BL10THECA ROMÂNTICA<br />
ou não ? eu só aconselho meu <strong>filho</strong> ; a natureza<br />
deu-me este direito. Eu te asseguro que nunca<br />
me ouvirão dizer a pessoa alguma que o faça<br />
ou não.<br />
— Então, visto as vossas considerações que<br />
devemos fazer ? v.<br />
— Não casar. Meu <strong>filho</strong>, nas mesmas deilcias<br />
<strong>do</strong> consórcio ha <strong>do</strong>lorosos pezares 1 A primeira<br />
delicia <strong>do</strong>s casa<strong>do</strong>s é os <strong>filho</strong>s... mas as<br />
<strong>do</strong>res maternaes, os sustos, os trabalhos da educação<br />
<strong>do</strong>s <strong>filho</strong>s, seu esta<strong>do</strong>, seu futuro... e<br />
custa tanto a ser-se um pae feliz...<br />
— Mas, meu pae, eu amo...<br />
— Em verdade esse é o argumento o mais<br />
enérgico e o mais eloqüente de um moço<br />
amante. E si eu não levar a bem um tal casamento<br />
?<br />
— Meu pae... disse o mancebo, beijan<strong>do</strong><br />
ardentemente a mão <strong>do</strong> velho.<br />
i<br />
— Oh ! nada de violências; faze o que quizeres<br />
e Deus abençoe os teus destinos. Peço-te,<br />
porém, uma cousa, e é que, se algum dia a<br />
experiência justificar-me, exclames no meio <strong>do</strong><br />
teu arrependimento : « Oh I meu pae 1...
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