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ANEXO 6L ao Edital do Leilão (VOLUME III) - Aneel

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EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong><br />

LOTE L<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

SÃO SIMÃO – ITAGUAÇU 500 kV<br />

ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 Kv<br />

SUBESTAÇÃO ITAGUAÇU 500/230 kV<br />

SUBESTAÇÃO BARRA DOS COQUEIROS 230 kV<br />

CARACTERÍSTICAS<br />

E<br />

REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS<br />

DAS<br />

INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 998 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

ÍNDICE<br />

1 REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES ............................................................ 1002<br />

1.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1002<br />

1.1.1 DESCRIÇÃO GERAL .................................................................................................................... 1002<br />

1.1.2 CONFIGURAÇÃO BÁSICA ............................................................................................................. 1003<br />

1.1.3 DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS ................................................................................................. 1004<br />

1.1.4 REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................. 1005<br />

1.2 LINHAS DE TRANSMISSÃO ...................................................................................................... 1006<br />

1.2.1 REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................. 1006<br />

1.2.2 CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS ..................................................................................... 1006<br />

1.2.3 REQUISITOS ELÉTRICOS ............................................................................................................. 1006<br />

1.2.4 REQUISITOS MECÂNICOS ............................................................................................................ 1010<br />

1.2.5 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS ................................................................................................. 1013<br />

1.3 SUBESTAÇÕES ......................................................................................................................... 1014<br />

1.3.1 REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................. 1014<br />

1.3.2 REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS ............................................................................................... 1016<br />

1.4 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO .................................................... 1022<br />

1.4.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS ................................................................................................................. 1022<br />

1.4.2 REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES<br />

1023<br />

1.4.3 REQUISITOS GERAIS DE PROTEÇÃO ............................................................................................ 1023<br />

1.4.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO ..................................................................... 1024<br />

1.4.5 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE AUTOTRANSFORMADORES .................................................................. 1030<br />

1.4.6 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE REATORES EM DERIVAÇÃO ................................................................. 1032<br />

1.4.7 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS ................................................................................ 1033<br />

1.4.8 SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR .................................................................... 1034<br />

1.4.9 SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO ........................................................................................... 1035<br />

1.5 SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ............................................................................ 1038<br />

1.5.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 1038<br />

1.5.2 REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES ...................................... 1038<br />

1.5.3 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE<br />

OPERAÇÃO ............................................................................................................................................. 1041<br />

1.5.4 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS ................................................................... 1046<br />

1.5.5 ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS ............................................................................ 1050<br />

1.5.6 REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DAS INSTALAÇÕES (SUBESTAÇÕES)<br />

COMPARTILHADAS DA REDE DE OPERAÇÃO. ............................................................................................... 1053<br />

1.5.7 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE .... 1053<br />

1.5.8 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE<br />

1055<br />

1.6 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ................. 1058<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 999 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.6.1 REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................. 1058<br />

1.6.2 REQUISITOS FUNCIONAIS ............................................................................................................ 1058<br />

1.6.3 REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÕES PELOS<br />

AGENTES ............................................................................................................................................ 1059<br />

1.6.4 REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES .............................................................. 1059<br />

1.7 REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES ...................................... 1064<br />

1.7.1 REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................. 1064<br />

1.7.2 REQUISITOS TÉCNICOS DE TELECOMUNICAÇÕES PARA A TELEPROTEÇÃO ....................................... 1066<br />

1.7.3 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ ............................................................... 1067<br />

1.7.4 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS .......................................................... 1069<br />

1.8 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS DESSE<br />

<strong>ANEXO</strong> TÉCNICO .................................................................................................................................... 1071<br />

1.8.1 TENSÃO OPERATIVA ................................................................................................................... 1071<br />

1.8.2 CRITÉRIOS PARA AS CONDIÇÕES DE MANOBRA ASSOCIADOS ÀS LINHAS DE TRANSMISSÃO ................. 1072<br />

1.8.3 CRITÉRIOS PARA MANOBRAS DE FECHAMENTO E ABERTURA DE SECCIONADORES E SECCIONADORES DE<br />

ATERRAMENTO ........................................................................................................................................ 1076<br />

1.8.4 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE DISJUNTORES SOB CONDIÇÕES DE MANOBRA ........ 1076<br />

1.8.5 ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA NOS BARRAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES ................................... 1077<br />

2 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO ......................... 1079<br />

2.1 ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO ................................................................... 1079<br />

2.1.1 RELATÓRIOS ............................................................................................................................. 1079<br />

2.2 RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES<br />

EXISTENTES ........................................................................................................................................... 1080<br />

2.3 DOCUMENTOS DE SUBESTAÇÕES ......................................................................................... 1080<br />

2.3.1 SUBESTAÇÃO SÃO SIMÃO ........................................................................................................... 1080<br />

2.3.2 SUBESTAÇÃO ITAGUAÇU ............................................................................................................. 1080<br />

2.3.3 SUBESTAÇÃO BARRA DOS COQUEIROS ........................................................................................ 1080<br />

3 MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO ........................................................................ 1081<br />

3.1 GERAL ........................................................................................................................................ 1081<br />

3.2 DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL ............................................................................................... 1081<br />

4 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS ................................................. 1082<br />

4.1 ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA ................................................................................ 1082<br />

4.2 PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES ................................................................................ 1082<br />

4.3 PROJETO BÁSICO DA LINHA DE TRANSMISSÃO ................................................................. 1082<br />

4.3.1 RELATÓRIO TÉCNICO .................................................................................................................. 1082<br />

4.3.2 NORMAS E DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS. ................................................................................. 1083<br />

4.4 PROJETO BÁSICO DE TELECOMUNICAÇÕES: ...................................................................... 1084<br />

4.5 PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO: ................................................................................... 1084<br />

5 CRONOGRAMA ............................................................................................................ 1085<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1000 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

5.1 CRONOGRAMA FÍSICO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO (TABELA A) .................................. 1086<br />

5.2 CRONOGRAMA FÍSICO DE SUBESTAÇÕES (TABELA B) ...................................................... 1087<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1001 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1 REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES<br />

1.1 INTRODUÇÃO<br />

1.1.1 DESCRIÇÃO GERAL<br />

Este anexo apresenta as características e os requisitos técnicos básicos das linhas de transmissão<br />

São Simão - Itaguaçu em 500 kV, com 23 km de extensão aproximada e Itaguaçu – Barra <strong>do</strong>s<br />

Coqueiros, em 230 kV, com 49 km aproxima<strong>do</strong>s, que atenderão à interligação das usinas <strong>do</strong> sul de<br />

Goiás com a Rede Básica.<br />

A figura 1, a seguir, apresenta geograficamente as usinas hidráulicas, PCH’s e de biomassa previstas<br />

para interligar com as subestações coletoras (Itaguaçu e Barra <strong>do</strong>s Coqueiros) e a figura 2, o<br />

diagrama eletrogeográfico da região.<br />

Jatai 30 MW<br />

Sertãozinho 14 MW<br />

Bom Jardim 3,8 MW<br />

Faz. Velha 13 MW<br />

S.Antônio Caiapó 21 MW<br />

PCHs<br />

Porto das<br />

Águas 135MW<br />

Integração das Usinas previstas para o Sul de Goiás<br />

Cahapadão <strong>do</strong><br />

Céu 152 MW<br />

Nardini 80MW<br />

Sinimbu<br />

40MW<br />

Engano 8 MW<br />

Lajeadinho 4,9 MW<br />

Retiro Velho 18 MW<br />

Itarumã 40MW<br />

USINAS HIDRÁULICAS<br />

BIOMASSA<br />

PCHs<br />

~1400 MW<br />

Energ. São<br />

Simão - 39 MW<br />

Quirinópolis 80MW<br />

Boa C.Dourada<br />

Vista 120MW<br />

120MW<br />

FIGURA 1- HIDRÁULICAS, BIOMASSA E PCHS<br />

São Simão<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1002 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Espora<br />

Ari Franco<br />

62 MW<br />

Tucano – 157 MW<br />

Olho D’Água<br />

Itarumã<br />

42 MW<br />

Ranchinho<br />

24 MW<br />

Água Limpa<br />

35 MW<br />

34,6 km<br />

Figura 2<br />

Os diagramas unifilares das instalações que são objeto dessa licitação estão disponibiliza<strong>do</strong>s nos<br />

relatórios R2 (subestações coletoras) e R4 (subestação São Simão) da <strong>do</strong>cumentação de referência,<br />

que caracterizam as instalações existentes e aquelas a serem construídas.<br />

1.1.2 CONFIGURAÇÃO BÁSICA<br />

Irara<br />

Ponta<br />

99 MW<br />

Salto – 108 MW<br />

Diagrama<br />

25,7 km<br />

22,8 km<br />

1x795 MCM<br />

Alvorada de Baixo<br />

45 MW<br />

Santa Helena– 50 MW<br />

Caç u – 65 MW<br />

Barra <strong>do</strong> Coqueiro– 90 MW<br />

Coletora 2<br />

LT 230 kV 2x954 MCM<br />

A configuração básica é caracterizada pelos empreendimentos lista<strong>do</strong>s nas Tabelas 1 e 2 a seguir.<br />

As linhas de transmissão constam da Tabela 1, enquanto que as subestações constam da Tabela 2.<br />

Tabela 1 - LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

Origem Destino Circuito Km Tensão (kV)<br />

São Simão Itaguaçu simples 23 500<br />

Itaguaçu<br />

Barra <strong>do</strong>s<br />

Coqueiros<br />

simples 49 230<br />

15 km<br />

Tabela 2 - SUBESTAÇÕES<br />

Quirin ópolis – 56 MW<br />

10 km<br />

Boa Vista – 78 MW<br />

Eletrogeográfico<br />

Guariroba<br />

–<br />

49 km<br />

Energ. São Simão -39 MW<br />

74MW<br />

Itaguaç u – 130 MW<br />

9 km<br />

Coletora 1<br />

LT 500 kV 23 km<br />

3x900 MCM<br />

14 km<br />

São Simão<br />

Foz <strong>do</strong> Rio Corrente<br />

50 MW<br />

64<br />

Foz <strong>do</strong> Rio Claro –67 MW<br />

Salto <strong>do</strong> Rio Verdinho 93MW<br />

24 km<br />

Cachoeira Dourada - 90 MW<br />

OBS.: LTs 230 kV = 1x795 MCM<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1003 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Subestação<br />

Tensão<br />

(kV)<br />

São Simão 500<br />

Itaguaçu 500/230<br />

Barra <strong>do</strong>s<br />

Coqueiros<br />

230<br />

Empreendimentos principais<br />

1 Entrada de Linha DJM.<br />

1 Interligação de Barras DJM<br />

1 Módulo Infra-estrutura Geral<br />

1 Entrada de Linha 500 kV DJM<br />

1 Conexão de transformação 500 kV DJM<br />

4 (3+1) Autotransforma<strong>do</strong>res Monofásicos de 225 MVA cada<br />

1 Conexão de transformação 230 kV BD 4 Chaves;<br />

1 Entrada de Linha 230 kV BD 4 Chaves<br />

1 Interligação de Barras 230 kV – BD 4 Chaves<br />

Barramentos 230 kV para conexão de 4 acessantes de geração<br />

1 Módulo Infra-estrutura Geral<br />

1 Entrada de Linha 230 kV BD 4 Chaves<br />

1 Interligação de Barras 230 kV – BD 4 Chaves<br />

Barramentos 230 kV para conexão de 3 acessantes de geração<br />

Potência<br />

Total<br />

675 MVA<br />

A configuração básica supracitada se constitui na alternativa de referência. Os requisitos técnicos<br />

deste <strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> caracterizam o padrão de desempenho mínimo a ser atingi<strong>do</strong> por qualquer solução<br />

proposta. Este desempenho deverá ser demonstra<strong>do</strong> mediante justificativa técnica comprobatória.<br />

A utilização pelo empreende<strong>do</strong>r de outras soluções, que não a de referência, fica condicionada à<br />

demonstração de que a mesma apresente desempenho elétrico equivalente ou superior àquele<br />

proporciona<strong>do</strong> pela alternativa de referência.<br />

Em caso de proposição de configuração alternativa, o projeto da compensação reativa em derivação<br />

das linhas de transmissão deve ser defini<strong>do</strong> de forma que o conjunto forma<strong>do</strong> pelas linhas e suas<br />

compensações atendam <strong>ao</strong>s requisitos constantes <strong>do</strong> item 2 e demais critérios constantes deste<br />

Anexo.<br />

A TRANSMISSORA NÃO tem liberdade para modificar:<br />

• Níveis de tensão (somente CA);<br />

• A localização da subestação São Simão;<br />

• As localizações das subestações Itaguaçu e Barra <strong>do</strong>s Coqueiros, que devem seguir o previsto<br />

nos relatórios R3, poden<strong>do</strong> variar dentro de um raio de mil e quinhentos metros, se necessário;<br />

• Distribuição de fluxo de potência em regime permanente.<br />

O empreendimento objeto <strong>do</strong> <strong>Leilão</strong> compreende a implementação das instalações detalhadas nas<br />

Tabelas 1 e 2. Estão incluí<strong>do</strong>s no empreendimento os equipamentos terminais de manobra, proteção,<br />

supervisão e controle, telecomunicações e to<strong>do</strong>s os demais equipamentos, serviços e facilidades<br />

necessários à prestação <strong>do</strong> SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSMISSÃO, ainda que não expressamente<br />

indica<strong>do</strong>s neste <strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong>.<br />

1.1.3 DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1004 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Os da<strong>do</strong>s de sistema utiliza<strong>do</strong>s nos estu<strong>do</strong>s em regime permanente e transitório, efetua<strong>do</strong>s para a<br />

definição da configuração básica estão disponibiliza<strong>do</strong>s, conforme <strong>do</strong>cumentação relacionada no<br />

item 2.1 deste <strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong>.<br />

Os da<strong>do</strong>s relativos <strong>ao</strong>s estu<strong>do</strong>s de regime permanente estão disponíveis nos formatos <strong>do</strong>s programas<br />

<strong>do</strong> CEPEL de simulação de rede, ANAREDE, ANATEM/ANAT0 no site da Empresa de Pesquisa<br />

Energética – EPE (www.epe.gov.br).<br />

Os da<strong>do</strong>s relativos <strong>ao</strong>s estu<strong>do</strong>s de transitórios eletromagnéticos estão disponíveis no formato <strong>do</strong><br />

programa ATP.<br />

1.1.4 REQUISITOS GERAIS<br />

O projeto e a construção das linhas de transmissão e das subestações terminais devem estar em<br />

conformidade com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas –<br />

ABNT, no que for aplicável e, na falta destas, com as últimas revisões das normas da International<br />

Electrotechnical Commission - IEC, American National Standards Institute - ANSI ou National<br />

Electrical Safety Code - NESC, nesta ordem de preferência, salvo onde expressamente indica<strong>do</strong>.<br />

Os requisitos aqui estabeleci<strong>do</strong>s aplicam-se <strong>ao</strong> pré-projeto, <strong>ao</strong>s projetos básico e executivo bem<br />

como às fases de construção, manutenção e operação <strong>do</strong> empreendimento. Aplicam-se ainda <strong>ao</strong><br />

projeto, fabricação, inspeção, ensaios e montagem de materiais, componentes e equipamentos<br />

utiliza<strong>do</strong>s no empreendimento.<br />

É de responsabilidade da TRANSMISSORA obter os da<strong>do</strong>s, inclusive os descritivos das condições<br />

ambientais e geomorfológicas da região de implantação, a serem a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s na elaboração <strong>do</strong> projeto<br />

básico, bem como nas fases de construção, manutenção e operação das instalações.<br />

É de responsabilidade e prerrogativa da TRANSMISSORA o dimensionamento e especificação <strong>do</strong>s<br />

equipamentos e instalações de transmissão que compõem o Serviço Público de Transmissão, objeto<br />

desta licitação, de forma a atender este <strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> e as práticas da boa engenharia, bem como a<br />

política de reserva.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1005 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.2 LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

1.2.1 REQUISITOS GERAIS<br />

Não aplica<strong>do</strong><br />

1.2.2 CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS<br />

1.2.2.1 Parâmetros elétricos<br />

A impedância equivalente vista <strong>do</strong>s terminais de cada trecho de linha de transmissão, composta por<br />

suas componentes de seqüência positiva e zero e também por seu grau de compensação série e/ou<br />

paralela, deve possibilitar que o desempenho sistêmico da instalação seja similar <strong>ao</strong> da configuração<br />

básica, caracteriza<strong>do</strong> pelo resulta<strong>do</strong> obti<strong>do</strong> em termos de fluxo de potência e resposta dinâmica em<br />

um conjunto de situações em regime normal e sob contingências apresenta<strong>do</strong>s nos estu<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong>s nos relatórios lista<strong>do</strong>s no item 2.<br />

1.2.2.2 Capacidade de corrente<br />

A Linha de Transmissão 500 kV, São Simão – Itaguaçu deve ter capacidade operativa de longa<br />

duração de 2.640 A.<br />

A Linha de Transmissão 230 kV Itaguaçu – Barra <strong>do</strong>s Coqueiros deve ter capacidade operativa de<br />

longa duração de 2.050 A.<br />

Com base na temperatura <strong>do</strong> projeto básico da linha de transmissão, o empreende<strong>do</strong>r deve<br />

disponibilizar uma capacidade operativa de curta duração, admissível durante condição de<br />

emergência, conforme regulamento da ANEEL.<br />

A capacidade de corrente de longa duração corresponde <strong>ao</strong> valor de corrente da linha de transmissão<br />

em condição normal de operação e deve atender às diretrizes fixadas pela norma técnica NBR 5422<br />

da ABNT. A capacidade de corrente de curta duração refere-se à condição de emergência<br />

estabelecida na norma técnica NBR 5422 da ABNT.<br />

1.2.3 REQUISITOS ELÉTRICOS<br />

1.2.3.1 Definição da flecha máxima <strong>do</strong>s condutores<br />

A linha de transmissão deve ser projetada de acor<strong>do</strong> com as prescrições da Norma Técnica NBR<br />

5422, da ABNT, de forma a preservar, em sua operação, as distâncias de segurança nela<br />

estabelecidas. Devem ser previstas a circulação das capacidades de longa e de curta duração na<br />

linha de transmissão e a ocorrência simultânea das seguintes condições climáticas:<br />

(a) temperatura máxima média da região;<br />

(b) radiação solar máxima da região; e<br />

(c) brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a um metro por segun<strong>do</strong>.<br />

Na operação em regime de longa duração, as distâncias <strong>do</strong> condutor <strong>ao</strong> solo ou <strong>ao</strong>s obstáculos<br />

devem ser iguais ou superiores às distâncias de segurança (mínimas) em condições normais de<br />

operação estabelecidas na Norma Técnica NBR 5422 da ABNT ou sua sucessora.<br />

Na operação em regime de curta duração, as distâncias <strong>do</strong> condutor <strong>ao</strong> solo ou <strong>ao</strong>s obstáculos<br />

devem ser iguais ou superiores às distâncias de segurança (mínimas) em condições de emergência<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1006 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

estabelecidas na Norma Técnica NBR 5422 da ABNT ou sua sucessora. As linhas de transmissão<br />

para cuja classe de tensão essa norma não estabeleça valores de distâncias de segurança devem<br />

ser projetadas segun<strong>do</strong> as prescrições contidas no NESC, em sua edição de 2002.<br />

Em condições climáticas comprovadamente mais favoráveis <strong>do</strong> que as estabelecidas acima, a linha<br />

de transmissão pode ser solicitada a operar com carregamento superior à capacidade de longa ou<br />

curta duração, desde que as distâncias de segurança, conforme definidas nos itens acima, sejam<br />

respeitadas.<br />

A linha de transmissão deve ser projetada de sorte a não apresentar óbices técnicos à instalação de<br />

monitoramento de distâncias de segurança, uma vez que, a qualquer tempo, pode vir a ser solicitada<br />

pela ANEEL a sua implantação.<br />

1.2.3.2 Definição da capacidade de condução de corrente <strong>do</strong>s acessórios, conexões e demais<br />

componentes que conduzem corrente<br />

A capacidade de condução de corrente <strong>do</strong>s acessórios, conexões e demais componentes que<br />

conduzem corrente deve ser superior à máxima corrente que pode circular na linha preservan<strong>do</strong> as<br />

distâncias de segurança correspondentes à operação em regime de longa duração prescritas na<br />

Norma Técnica NBR 5422 da ABNT nas seguintes condições climáticas:<br />

I. Média das temperaturas mínimas diárias da região;<br />

II. sem radiação solar; e<br />

<strong>III</strong>. mediana <strong>do</strong>s ventos da região.<br />

Deverão ser atendidas, também, as prescrições das normas de dimensionamento e ensaios de<br />

ferragens eletrotécnicas de linhas de transmissão, em especial à norma NBR 7095 da ABNT, ou sua<br />

sucessora.<br />

1.2.3.3 Capacidade de corrente <strong>do</strong>s cabos pára-raios<br />

Nas condições climáticas estabelecidas no item 1.2.3.1, os cabos pára-raios – conecta<strong>do</strong>s ou não às<br />

malhas de aterramento das subestações terminais e <strong>ao</strong> sistema de aterramento das estruturas da<br />

linha – devem ser capazes de suportar, sem dano, durante o perío<strong>do</strong> de concessão da linha de<br />

transmissão, a circulação da corrente associada à ocorrência de curto-circuito monofásico franco em<br />

qualquer estrutura por duração correspondente <strong>ao</strong> tempo de atuação da proteção de retaguarda.<br />

Devem-se considerar níveis de curto-circuito de 50 kA nas SE’s São Simão (500 kV) e Itaguaçu<br />

(500/230 kV) e 40 kA na SE Barra <strong>do</strong>s Coqueiros (230 kV).<br />

1.2.3.4 Perda Joule nos cabos condutor e pára-raios<br />

A resistência de seqüência positiva por unidade de comprimento da linha de transmissão deve ser<br />

igual ou inferior à da configuração básica, como segue:<br />

(a) Linha de Transmissão 500 kV São Simão – Itaguaçu, para freqüência nominal de 60 Hz e para a<br />

temperatura de 75 ºC, igual a 0,0265 Ω/km.<br />

(b) Linha de Transmissão 230 kV Itaguaçu – Barra <strong>do</strong>s Coqueiros, para freqüência nominal de 60 Hz<br />

e para a temperatura de 75 ºC, igual a 0,0375 Ω/km.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1007 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

A perda Joule nos cabos pára-raios deve ser inferior a 5% das perdas no cabo condutor para<br />

qualquer condição de operação.<br />

1.2.3.5 Desequilíbrio<br />

As linhas de transmissão de comprimento superior a 100 km devem ser transpostas com um ciclo<br />

completo de transposição, de preferência com trechos de 1/6, 1/3, 1/3 e 1/6 <strong>do</strong> comprimento total.<br />

Caso a linha não seja transposta, o desequilíbrio de tensão de seqüência negativa e zero deve estar<br />

limita<strong>do</strong> a 1,5% em vazio e a plena carga.<br />

As linhas de transmissão em paralelo devem ter ciclos de transposição com senti<strong>do</strong> oposto. De forma<br />

análoga, as linhas de transmissão de circuito duplo devem ter os circuitos transpostos com ciclos de<br />

transposição de senti<strong>do</strong> oposto.<br />

1.2.3.6 Tensão máxima operativa<br />

A tensão máxima operativa da linha de transmissão para a classe de tensão correspondente está<br />

indicada na Tabela 3.<br />

TABELA 3 – TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA<br />

Classe de Tensão máxima<br />

tensão [kV] operativa [kV]<br />

230 242<br />

345 362<br />

440 460<br />

500 e 525 550<br />

1.2.3.7 Coordenação de isolamento<br />

(a) Isolamento à tensão máxima operativa<br />

Para dimensionar o isolamento da linha de transmissão para tensão máxima operativa deve ser<br />

considera<strong>do</strong> o balanço da cadeia de isola<strong>do</strong>res sob ação de vento com perío<strong>do</strong> de retorno de, no<br />

mínimo, 30 (trinta) anos.<br />

A distância de escoamento mínima da cadeia de isola<strong>do</strong>res deve ser determinada conforme a<br />

norma IEC 60815, consideran<strong>do</strong> o nível de poluição da região de implantação da LT. Caso o nível<br />

de poluição da região seja classifica<strong>do</strong> como inferior <strong>ao</strong> nível I – leve, a distância específica de<br />

escoamento deverá ser igual ou superior a 14 mm/kV eficaz fase-fase.<br />

Deve ser garantida a distância de segurança entre qualquer condutor da linha e objetos situa<strong>do</strong>s<br />

na faixa de segurança, tanto para a condição sem vento quanto para a condição de balanço <strong>do</strong>s<br />

cabos e cadeias de isola<strong>do</strong>res devi<strong>do</strong> à ação de vento com perío<strong>do</strong> de retorno de, no mínimo, 30<br />

(trinta) anos. Na condição de balanço <strong>do</strong>s cabos e cadeias de isola<strong>do</strong>res devi<strong>do</strong> à ação de vento,<br />

essa distância de segurança deve ser também garantida:<br />

• <strong>ao</strong> longo de toda a LT, independentemente <strong>do</strong> comprimento <strong>do</strong> vão, mesmo que para tanto a<br />

largura da faixa de segurança seja variável <strong>ao</strong> longo da LT, em função <strong>do</strong> comprimento <strong>do</strong><br />

vão; e<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1008 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

• para qualquer topologia de terreno na faixa de segurança, especificamente quan<strong>do</strong> há perfil<br />

lateral inclina<strong>do</strong> (em aclive).<br />

(b) Isolamento para manobras<br />

A sobretensão a<strong>do</strong>tada no dimensionamento <strong>do</strong>s espaçamentos elétricos das estruturas deverá<br />

ser, no mínimo, igual à maior das sobretensões indicadas nos estu<strong>do</strong>s de transitórios<br />

eletromagnéticos.<br />

Os riscos de falha (fase-terra e fase-fase) em manobras de energização e religamento devem ser<br />

limita<strong>do</strong>s <strong>ao</strong>s valores constantes da Tabela 4.<br />

TABELA 4 - O RISCO MÁXIMO DE FALHA EM MANOBRAS DE ENERGIZAÇÃO E RELIGAMENTO<br />

Manobra<br />

Risco de falha (adimensional)<br />

Fase - terra Fase - fase<br />

Energização 10 – 3 10 – 4<br />

Religamento 10 – 2 10 – 3<br />

(c) Desempenho a descargas atmosféricas<br />

Para o nível de 500 kV, o número total de desligamentos por descargas atmosféricas deve ser<br />

inferior ou igual a um desligamento por 100 km por ano.<br />

Para o nível de 230 kV, o número total de desligamentos por descargas atmosféricas deve ser<br />

inferior ou igual a <strong>do</strong>is desligamentos por 100 km por ano.<br />

As estruturas deverão ser dimensionadas com pelo menos <strong>do</strong>is cabos pára-raios, dispostos sobre<br />

os cabos condutores de forma que, para o terreno pre<strong>do</strong>minante da região, a probabilidade de<br />

desligamento causa<strong>do</strong> por descargas diretas nos cabos condutores seja inferior a 10 –2<br />

desligamentos por 100 km.<br />

1.2.3.8 Emissão eletromagnética<br />

Os efeitos trata<strong>do</strong>s nas alíneas (a) a (d) devem ser verifica<strong>do</strong>s à tensão máxima operativa da linha<br />

indicada na Tabela 3:<br />

(a) Corona visual<br />

A linha de transmissão, com seus cabos e acessórios, bem como as ferragens das cadeias de<br />

isola<strong>do</strong>res, não deve apresentar corona visual em 90% <strong>do</strong> tempo para as condições atmosféricas<br />

pre<strong>do</strong>minantes na região atravessada pela linha de transmissão.<br />

(b) Rádio-interferência<br />

A relação sinal/ruí<strong>do</strong> no limite da faixa de segurança deve ser, no mínimo, igual a 24 dB, para<br />

50% <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de um ano. O sinal a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para o cálculo deve ser o nível mínimo de sinal na<br />

região atravessada pela linha de transmissão, conforme norma DENTEL ou sua sucessora.<br />

(c) Ruí<strong>do</strong> audível<br />

O ruí<strong>do</strong> audível no limite da faixa de segurança deve ser, no máximo, igual a 58 dBA em qualquer<br />

uma das seguintes condições não simultâneas: durante chuva fina (0,00148 mm/min); durante<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1009 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

névoa de 4 (quatro) horas de duração; ou durante os primeiros 15 (quinze) minutos após a<br />

ocorrência de chuva.<br />

(d) Campo elétrico<br />

O campo elétrico a um metro <strong>do</strong> solo no limite da faixa de segurança deve ser inferior ou igual a<br />

4,16 kV/m.<br />

Deve-se assegurar que o campo no interior da faixa, em função da utilização de cada trecho da<br />

mesma, não provoque efeitos nocivos a seres humanos.<br />

(e) Campo magnético<br />

O campo magnético no limite da faixa de segurança deve ser inferior ou igual a 67 A/m,<br />

equivalente à indução magnética de 83,3 μT na condição de operação da LT em regime de curta<br />

duração.<br />

Deve-se assegurar que o campo no interior da faixa, em função da utilização de cada trecho da<br />

mesma, não provoque efeitos nocivos a seres humanos.<br />

1.2.3.9 Travessia de linhas de transmissão existentes<br />

A TRANSMISORA deve evitar <strong>ao</strong> máximo o cruzamento sobre linhas de transmissão existentes.<br />

Caso o cruzamento seja inevitável, a TRANSMISSORA deve identificar esses casos, tanto nas<br />

entradas/saídas das subestações quanto <strong>ao</strong> longo <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> das LTs, e informar no projeto<br />

básico as providências que serão tomadas no senti<strong>do</strong> de minimizar os riscos inerentes a esses<br />

cruzamentos, fican<strong>do</strong> a critério da ANEEL a aprovação dessas providências.<br />

A TRANSMISSORA deverá relacionar no projeto básico os cruzamentos da LT em projeto com<br />

outra(s) LT(s) existente(s) da Rede Básica. Seguem, abaixo, as informações mínimas da(s) LT(s)<br />

em cruzamento a serem prestadas pelo agente:<br />

(a) identificação com as SEs terminais <strong>do</strong> trecho em questão;<br />

(b) tensão nominal;<br />

(c) número de circuitos;e<br />

(d) disposição das fases (horizontal, vertical, triangular etc)<br />

Nos casos relaciona<strong>do</strong>s a seguir, de cruzamento da LT em projeto com outra(s) LT(s) da Rede<br />

Básica, a LT em projeto deverá cruzar necessariamente sob a(s) existente(s):<br />

(a) quan<strong>do</strong> um circuito simples (em projeto) cruzar, num mesmo vão de travessia, mais de um<br />

circuito de LT existente com tensão igual ou superior à de projeto; ou<br />

(b) quan<strong>do</strong> a tensão nominal da LT em projeto for menor que a da LT existente.<br />

1.2.4 REQUISITOS MECÂNICOS<br />

1.2.4.1 Confiabilidade<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1010 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

O projeto mecânico da linha de transmissão deve ser desenvolvi<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> a IEC 60826 –<br />

International Electrotechnical Commission: Loading and Strength of Overhead Transmission Lines.<br />

O nível de confiabilidade <strong>do</strong> projeto eletromecânico, expresso pelo perío<strong>do</strong> de retorno <strong>do</strong> vento<br />

extremo, deve ser compatível com um nível intermediário entre os níveis 2 e 3 preconiza<strong>do</strong>s na IEC<br />

60826. Deve ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de retorno <strong>do</strong> vento igual ou superior a 250 anos para linha de<br />

transmissão de tensão nominal superior a 230 kV, e 150 anos para tensão nominal igual ou inferior a<br />

230 kV.<br />

1.2.4.2 Parâmetros de vento<br />

Para o projeto mecânico de uma linha de transmissão, os carregamentos oriun<strong>do</strong>s da ação <strong>do</strong> vento<br />

nos componentes físicos da linha de transmissão devem ser estabeleci<strong>do</strong>s a partir da caracterização<br />

probabilística das velocidades de vento da região, com tratamento para fenômenos meteorológicos<br />

severos, tais como, sistemas frontais, tempestades, torna<strong>do</strong>s, furacões etc.<br />

Os parâmetros explicita<strong>do</strong>s a seguir devem ser obti<strong>do</strong>s a partir de da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s por estações<br />

anemométricas selecionadas adequadamente para caracterizar a região atravessada pela linha de<br />

transmissão:<br />

(a) Média e coeficiente de variação (em porcentagem) das séries de velocidades máximas anuais<br />

de vento a 10 m de altura, com tempos de integração da média de 3 (três) segun<strong>do</strong>s (rajada) e<br />

10 (dez) minutos (vento médio).<br />

(b) Velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com perío<strong>do</strong> de retorno correspondente<br />

<strong>ao</strong> vento extremo, como defini<strong>do</strong> no item 1.2.4.1, e tempos de integração para o cálculo da<br />

média de 3 (três) segun<strong>do</strong>s e 10 (dez) minutos. Se o número de anos da série de da<strong>do</strong>s de<br />

velocidade for pequeno, na estimativa da velocidade máxima anual deve ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, no<br />

mínimo, um coeficiente de variação compatível com as séries mais longas de da<strong>do</strong>s de<br />

velocidades de ventos medidas na região.<br />

(c) Coeficiente de rajada para a velocidade <strong>do</strong> vento a 10 m de altura, referencia<strong>do</strong> <strong>ao</strong> tempo de<br />

integração da média de 10 (dez) minutos.<br />

(d) Categoria <strong>do</strong> terreno a<strong>do</strong>tada para o local das medições.<br />

No tratamento das velocidades de vento, para fins de dimensionamento, deve ser considerada a<br />

categoria de terreno definida na IEC 60826 que melhor se ajuste à topologia <strong>do</strong> corre<strong>do</strong>r da LT.<br />

1.2.4.3 Cargas mecânicas sobre os cabos.<br />

O cabo deve ser dimensiona<strong>do</strong> para suportar três esta<strong>do</strong>s de tracionamento – básico, de tração<br />

normal e de referência –, defini<strong>do</strong>s a partir da combinação de condições climáticas e de<br />

envelhecimento <strong>do</strong> cabo como se segue.<br />

(a) Esta<strong>do</strong> básico<br />

• Para condições de temperatura mínima, a tração axial máxima deve ser limitada a 33 % da<br />

tração de ruptura <strong>do</strong> cabo.<br />

• Para condições de vento com perío<strong>do</strong> de retorno de 50 anos, a tração axial máxima deve<br />

ser limitada a 50 % da tração de ruptura <strong>do</strong> cabo.<br />

• Para condições de vento extremo, como defini<strong>do</strong> no item 1.2.4.1, a tração axial máxima<br />

deve ser limitada a 70 % da tração de ruptura <strong>do</strong> cabo.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1011 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

(b) Esta<strong>do</strong> de tração normal (EDS everyday stress)<br />

• No assentamento final, à temperatura média, sem vento, o nível de tracionamento médio<br />

<strong>do</strong>s cabos deve atender <strong>ao</strong> indica<strong>do</strong> na norma NBR 5422. Além disso, o tracionamento<br />

médio <strong>do</strong>s cabos deve ser compatível com o desempenho mecânico no que diz respeito à<br />

fadiga <strong>ao</strong> longo da vida útil da linha de transmissão conforme será aborda<strong>do</strong> no item<br />

1.2.4.4.<br />

(c) Esta<strong>do</strong> de referência<br />

• A distância mínima <strong>ao</strong> solo <strong>do</strong> condutor (clearance) deve ser verificada sem considerar a<br />

pressão de vento atuante.<br />

1.2.4.4 Fadiga mecânica <strong>do</strong>s cabos<br />

Os dispositivos propostos para amortecer as vibrações eólicas devem ter sua eficiência e<br />

durabilidade avaliadas por ensaios que demonstrem sua capacidade de amortecer os diferentes tipos<br />

de vibrações eólicas e sua resistência à fadiga, sem perda de suas características de amortecimento<br />

e sem causar danos <strong>ao</strong>s cabos.<br />

É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estu<strong>do</strong>s, o desenvolvimento e a<br />

aplicação de sistema de amortecimento para prevenção de vibrações eólicas e efeitos relaciona<strong>do</strong>s<br />

com a fadiga <strong>do</strong>s cabos, de forma a garantir que estes não estejam sujeitos a danos <strong>ao</strong> longo da vida<br />

útil da linha de transmissão.<br />

A solicitação <strong>ao</strong>s cabos deve ser dimensionada de forma compatível com seu tipo e sua formação.<br />

1.2.4.5 Cargas mecânicas sobre as estruturas<br />

O projeto mecânico de uma linha de transmissão deve ser desenvolvi<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> a IEC 60826. Além<br />

das hipóteses previstas na IEC, é obrigatória a introdução de hipóteses de carregamento que reflitam<br />

tormentas elétricas. Devem ser previstas necessariamente as cargas a que as estruturas estarão<br />

submetidas nas condições mais desfavoráveis de montagem e manutenção, inclusive em linha viva.<br />

Para o caso de uma linha de transmissão construída com estruturas metálicas em treliça, as<br />

cantoneiras de aço-carbono ou microligas laminadas a quente devem obedecer <strong>ao</strong>s requisitos de<br />

segurança estabeleci<strong>do</strong>s na Portaria nº 243 <strong>do</strong> Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e<br />

Qualidade Industrial – INMETRO, publicada no Diário Oficial da União, de 17 de dezembro de 2002.<br />

1.2.4.6 Fundações<br />

No projeto das fundações, para atender o critério de coordenação de falha, as solicitações<br />

transmitidas pela estrutura às fundações devem ser majoradas pelo fator mínimo 1,10. Essas<br />

solicitações, calculadas a partir das cargas de projeto da estrutura, consideran<strong>do</strong> suas condições<br />

particulares de aplicação – vão gravante, vão de vento, ângulo de deflexão, fim de linha e altura da<br />

estrutura – passam a ser consideradas cargas de projeto das fundações.<br />

As fundações de cada estrutura devem ser projetadas estrutural e geotecnicamente de forma a<br />

adequar to<strong>do</strong>s os esforços resultantes de cada estrutura às condições específicas <strong>do</strong> solo.<br />

As propriedades físicas e mecânicas <strong>do</strong> solo de cada estrutura devem ser determinadas de forma<br />

reconhecidamente científica, de mo<strong>do</strong> a retratar, com precisão, os parâmetros geomecânicos <strong>do</strong> solo.<br />

Tal determinação deve ser realizada a partir das seguintes etapas:<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1012 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

• Estu<strong>do</strong> e análise fisiográfica preliminar <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> da linha com a conseqüente elaboração <strong>do</strong><br />

plano de investigação geotécnica.<br />

• Estabelecimento <strong>do</strong>s parâmetros geomecânicos a partir <strong>do</strong> reconhecimento <strong>do</strong> subsolo com a<br />

caracterização geológica e geotécnica <strong>do</strong> terreno, qualitativa e quantitativamente<br />

• Parecer geotécnico com a elaboração de diretrizes técnicas e recomendações para o projeto.<br />

No cálculo das fundações, devem ser considera<strong>do</strong>s os aspectos regionais geomorfológicos que<br />

influenciem o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> solo de fundação, seja no aspecto de sensibilidade, de expansibilidade, seja<br />

de colapsividade, levan<strong>do</strong>-se em conta a sazonalidade..<br />

A definição <strong>do</strong> tipo de fundação, bem como o seu dimensionamento estrutural e geotécnico, deve<br />

considerar os limites de ruptura e deformabilidade para a capacidade de suporte <strong>do</strong> solo à<br />

compressão, <strong>ao</strong> arrancamento e <strong>ao</strong>s esforços horizontais, valen<strong>do</strong>-se de méto<strong>do</strong>s racionais de<br />

cálculo, incontestáveis e consagra<strong>do</strong>s na engenharia geotécnica.<br />

1.2.5 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS<br />

1.2.5.1 Descargas atmosféricas<br />

Os cabos pára-raios de qualquer tipo e formação devem ter desempenho mecânico frente a<br />

descargas atmosféricas igual ou superior <strong>ao</strong> <strong>do</strong> cabo de aço galvaniza<strong>do</strong> EAR de diâmetro 3/8”.<br />

To<strong>do</strong>s os elementos sujeitos a descargas atmosféricas diretas da superestrutura de suporte <strong>do</strong>s<br />

cabos condutores e cabos pára-raios, incluin<strong>do</strong> as armações flexíveis de estruturas tipo “Cross-<br />

Rope”, Trapézio ou Chainette, não devem sofrer redução da suportabilidade mecânica original após a<br />

ocorrência de descarga atmosférica. As cor<strong>do</strong>alhas de estruturas estaiadas mono-mastro ou V<br />

protegidas por cabos pára-raios estão isentas deste requisito.<br />

1.2.5.2 Corrosão eletrolítica<br />

É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estu<strong>do</strong>s para prevenção <strong>do</strong>s<br />

efeitos relaciona<strong>do</strong>s à corrosão em elementos da linha de transmissão em contato com o solo, de<br />

forma a garantir a estabilidade estrutural <strong>do</strong>s suportes da linha de transmissão e o bom<br />

funcionamento <strong>do</strong> sistema de aterramento <strong>ao</strong> longo da vida útil da linha de transmissão.<br />

1.2.5.3 Corrosão ambiental<br />

To<strong>do</strong>s os componentes da linha de transmissão devem ter sua classe de galvanização compatível<br />

com a agressividade <strong>do</strong> meio ambiente, particularmente em zonas litorâneas e industriais.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1013 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.3 SUBESTAÇÕES<br />

1.3.1 REQUISITOS GERAIS<br />

1.3.1.1 Informações básicas<br />

A TRANSMISSORA deve desenvolver e apresentar os<br />

estu<strong>do</strong>s necessários à definição das características e <strong>do</strong>s níveis de desempenho de to<strong>do</strong>s os<br />

equipamentos, consideran<strong>do</strong> que os mesmos serão conecta<strong>do</strong>s <strong>ao</strong> sistema existente.<br />

To<strong>do</strong>s os equipamentos devem ser especifica<strong>do</strong>s de forma a não comprometer ou limitar a operação<br />

das subestações, nem impor restrições operativas às demais instalações <strong>do</strong> sistema interliga<strong>do</strong>.<br />

Nas subestações, a configuração básica deve contemplar equipamentos com características<br />

elétricas básicas similares ou superiores às <strong>do</strong>s existentes, as quais estão apresentadas nos<br />

<strong>do</strong>cumentos lista<strong>do</strong>s no item 2. O dimensionamento <strong>do</strong>s novos equipamentos deve considerar as<br />

atuais e futuras condições a serem impostas pela configuração prevista pelo planejamento da<br />

expansão <strong>do</strong> Sistema de Goiás.<br />

Deverão ser realizadas, dentre outras, as obras necessárias de infra-estrutura, descritas no módulo<br />

geral – Resolução ANEEL nº. 191, de 12 de dezembro de 2005, necessárias para a implantação,<br />

manutenção e operação da configuração básica caracterizada pelas instalações listadas na tabela 2.<br />

Na subestação Itaguaçu com área mínima a ser adquirida de 127.000 m², deverão ser realizadas a<br />

extensão de barramentos de 230 kV para a conexão de 4 agentes de geração (vide desenhos desta<br />

subestação no item 2), bem como, as obras de infra–estrutura desta extensão.<br />

Na subestação Barra <strong>do</strong>s Coqueiros 230 kV com área mínima a ser adquirida de 47.000 m², deverão<br />

ser realizadas a extensão <strong>do</strong>s barramentos para a conexão de 3 agentes de geração (vide desenhos<br />

desta subestação no item 2), bem como as obras de infra-estrutura desta extensão.<br />

O Módulo de Infra-estrutura Geral é composto pelos custos diretos de: terreno, cercas,<br />

terraplenagem, drenagem, grama, embritamento, arruamento, iluminação <strong>do</strong> pátio, proteção incêndio,<br />

sistema abastecimento de água, sistema de esgoto, malha de terra, canaletas principais, acessos,<br />

edificações, serviço auxiliar, área industrial, sistema de ventilação e ar condiciona<strong>do</strong>, sistema de<br />

comunicação, sistema de ar comprimi<strong>do</strong> e canteiro de obras.<br />

1.3.1.2 Arranjo de barramentos<br />

O arranjo de barramento da subestação 500 kV São Simão é <strong>do</strong> tipo barra dupla com disjuntor e<br />

meio. As novas conexões a essa subestação deve também atender a esse requisito.<br />

O arranjo de barramentos no setor 230 kV das subestações Itaguaçu e Barra <strong>do</strong>s Coqueiros deve ser<br />

<strong>do</strong> tipo barra dupla a quatro chaves, e da subestação Itaguaçu no setor 500 kV, anel evoluin<strong>do</strong> para<br />

barra dupla com disjuntor e meio, como evidencia<strong>do</strong> nos diagramas unifilares básicos desta<br />

subestação para as etapas, atual (“1ª Etapa”) e expansão futura, relaciona<strong>do</strong>s no item 2.<br />

1.3.1.3 Capacidade de corrente<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1014 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

(a) Corrente em regime Permanente<br />

Os barramentos das subestações devem ser dimensiona<strong>do</strong>s consideran<strong>do</strong> a situação mais<br />

severa de circulação de corrente, levan<strong>do</strong> em conta a possibilidade de indisponibilidade de<br />

elementos da subestação e ocorrência de emergência no Sistema Interliga<strong>do</strong> Nacional – SIN,<br />

no horizonte de planejamento.<br />

No caso de subestação existente, se a máxima corrente verificada for inferior à capacidade <strong>do</strong><br />

barramento, o trecho de barramento associa<strong>do</strong> a esse empreendimento deve ser compatível<br />

com o existente.<br />

A TRANSMISSORA deve informar a capacidade de corrente <strong>do</strong>s barramentos, para to<strong>do</strong>s os<br />

níveis, rígi<strong>do</strong>s ou flexíveis, para a temperatura de projeto.<br />

Para o dimensionamento da capacidade de corrente nominal <strong>do</strong>s equipamentos a serem<br />

implanta<strong>do</strong>s na subestação, tais como, disjuntores, chaves secciona<strong>do</strong>ras e transforma<strong>do</strong>res<br />

de corrente, deve ser considera<strong>do</strong> que indisponibilidades de equipamentos, pertencentes ou<br />

não a este empreendimento, podem submeter os remanescentes a valores de correntes mais<br />

eleva<strong>do</strong>s, caben<strong>do</strong> a TRANSMISSORA identificar as correntes máximas que poderão ocorrer<br />

nos seus equipamentos, desde a data de entrada em operação até o ano horizonte de<br />

planejamento, por meio de estu<strong>do</strong> específico descrito no item 1.8 deste anexo técnico.<br />

Os equipamentos exclusivos das entradas de linha (no arranjo de barramento DJM e ANEL –<br />

secciona<strong>do</strong>ra da linha e bobinas de bloqueio; no arranjo BD – todas as secciona<strong>do</strong>ras,<br />

disjuntor, TCs e bobinas de bloqueio) devem suportar, no mínimo, as condições de<br />

carregamento da linha de transmissão estabelecidas nos itens 1.2.2.2 e 1.2.3.1.<br />

(b) Capacidade de curto-circuito<br />

Os equipamentos e demais instalações das Subestações São Simão e Itaguaçu devem<br />

suportar, no mínimo, nos pátios de 500 kV e 230 kV, as correntes de curto-circuito simétrica e<br />

assimétrica relacionadas a seguir:<br />

• corrente de curto-circuito nominal: 50 kA<br />

• valor de crista da corrente suportável nominal: 130,0 kA (fator de assimetria de 2,6)<br />

Os equipamentos e demais instalações da Subestação Barra <strong>do</strong>s Coqueiros devem suportar,<br />

no mínimo, no pátio de 230 kV, as correntes de curto-circuito simétrica e assimétrica<br />

relacionadas a seguir:<br />

• corrente de curto-circuito nominal: 40 kA<br />

• valor de crista da corrente suportável nominal: 104,0 kA (fator de assimetria de 2,6)<br />

Ressalta-se que o atendimento a fatores de assimetria superiores àqueles acima defini<strong>do</strong>s<br />

pode ser necessário em função <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s, consideran<strong>do</strong> inclusive o ano<br />

horizonte de planejamento, a serem realiza<strong>do</strong>s pela TRANSMISSORA, conforme descrito no<br />

item 1.8 desse anexo técnico.<br />

(c) Sistema de Aterramento<br />

O projeto das subestações deve atender <strong>ao</strong> critério de um sistema solidamente aterra<strong>do</strong>.<br />

1.3.1.4 Suportabilidade<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1015 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

(a) Tensão em regime permanente<br />

O dimensionamento <strong>do</strong>s barramentos e <strong>do</strong>s equipamentos para a condição de operação em<br />

regime permanente deve considerar o valor máximo de tensão de 550 kV para a tensão<br />

nominal de 500 kV e de 242 kV para a tensão nominal de 230 kV.<br />

(b) Isolamento sob poluição<br />

As instalações devem ser isoladas de forma a atender, sobretensão operativa máxima, às<br />

características de poluição da região, conforme classificação contida na Publicação IEC 815 –<br />

Guide for the Selection of Insulators in Respect of Polluted Conditions.<br />

(c) Proteção contra descargas atmosféricas<br />

O sistema de proteção contra descargas atmosféricas das subestações deve ser dimensiona<strong>do</strong><br />

de forma a assegurar um risco de falha menor ou igual a uma descarga por 50 anos.<br />

Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para correntes<br />

superiores a 2 kA.<br />

Caso existam edificações, as mesmas devem atender às prescrições da Norma Técnica<br />

NBR5419.<br />

1.3.1.5 Efeitos de campos<br />

(a) Efeito corona<br />

Os componentes das subestações, especialmente condutores e ferragens, não devem<br />

apresentar efeito corona visual em 90 % <strong>do</strong> tempo para as condições atmosféricas<br />

pre<strong>do</strong>minantes na região da subestação. A tensão mínima fase-terra eficaz para início e<br />

extinção de corona visual a ser considerada no projeto para os pátios de 230 kV é de 129 kV.<br />

(b) Rádio interferência<br />

O valor da tensão de rádio interferência externa à subestação não deve exceder 2.500 μV/m a<br />

1.000 kHz, com 1,1 vezes a tensão nominal <strong>do</strong> sistema.<br />

1.3.2 REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS<br />

1.3.2.1 Disjuntores<br />

(a) O ciclo de operação <strong>do</strong>s disjuntores deve atender <strong>ao</strong>s requisitos das normas aplicáveis.<br />

(b) O tempo máximo de interrupção para disjuntores classe de tensão de 230 kV deve ser de 3<br />

ciclos, e para classe de 500 kV, 2 ciclos.<br />

(c) A corrente nominal <strong>do</strong> disjuntor deve ser compatível com a máxima corrente possível na<br />

indisponibilidade de um outro disjuntor, no mesmo bay ou em bay vizinho, pertencente ou não a<br />

este empreendimento, para os cenários previstos pelo planejamento e pela operação.<br />

(d) Os disjuntores devem ser dimensiona<strong>do</strong>s respeitan<strong>do</strong> os valores mínimos de corrente de curto<br />

circuito nominal (corrente simétrica de curto-circuito) e valor de crista da corrente suportável<br />

nominal (corrente assimétrica de curto-circuito) dispostos no item 1.3.1.3 b. Relações de<br />

assimetria superiores a indicada em 1.3.1.3 b poderão ser necessárias, em função <strong>do</strong>s<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1016 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s a serem realiza<strong>do</strong>s pela própria TRANSMISSORA, descritos nos item<br />

1.8 deste anexo técnico.<br />

(e) Os disjuntores devem ter <strong>do</strong>is circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de<br />

discrepância de pólos e acionamento monopolar. O ciclo de operação nominal deve ser<br />

compatível com a utilização de esquemas de religamento automático tripolar e monopolar.<br />

(f) Caberá à nova TRANSMISSORA fornecer disjuntores com resistores de pré-inserção ou com<br />

mecanismos de fechamento ou abertura controla<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> necessário.<br />

(g) Os disjuntores devem ser especifica<strong>do</strong>s para operar quan<strong>do</strong> submeti<strong>do</strong>s às solicitações de<br />

manobra determinadas nos estu<strong>do</strong>s previstos no item 1.8.4.<br />

(h) O disjuntor deve manobrar linhas a vazio sem reacendimento <strong>do</strong> arco.<br />

(i) Os requisitos mínimos para o disjuntor na manobra de linha a vazio devem levar em conta o<br />

valor eficaz da tensão fase-fase da rede de 770 kV à freqüência de 60 Hz, para os disjuntores<br />

<strong>do</strong>s pátios de 500 kV. O correspondente valor para os pátios de 230 kV é 339 kV à freqüência<br />

de 60 Hz. Valores superiores a estes podem ser necessários, caso os estu<strong>do</strong>s defini<strong>do</strong>s no<br />

item 1.8 assim o determinem.<br />

(j) Os disjuntores que manobrem banco de capacitores em derivação devem ser <strong>do</strong> tipo de<br />

“baixíssima probabilidade de reacendimento de arco”, classe C2 conforme norma IEC 62271-<br />

100.<br />

(k) Os disjuntores devem ser especifica<strong>do</strong>s para abertura de corrente de curto-circuito nas<br />

condições mais severas de X/R no ponto de conexão <strong>do</strong> disjuntor, condições estas que<br />

deverão ser identificadas pelo Agente. Em caso de disjuntores localiza<strong>do</strong>s nas proximidades de<br />

usinas gera<strong>do</strong>ras, especial atenção deve ser dada à determinação da constante de tempo a ser<br />

especificada para o disjuntor. Caso exista a possibilidade da ocorrência de “zeros atrasa<strong>do</strong>s”<br />

em caso de defeitos próximos a usina, o disjuntor deve ser especifica<strong>do</strong> para operar nestas<br />

condições de defeito;<br />

(l) Capacidade de manobrar outros equipamentos / linhas de transmissão existentes na<br />

subestação onde estão instala<strong>do</strong>s, em caso de faltas nesses equipamentos seguidas de falha<br />

<strong>do</strong> referi<strong>do</strong> disjuntor, consideran<strong>do</strong> inclusive disjuntor em manutenção;<br />

(m) Capacidade de manobrar a linha de transmissão licitada em conjunto com o(s) equipamento(s)<br />

/ linha(s) de transmissão a elas conectadas em subestações adjacentes, em caso de falta no<br />

equipamento / linha de transmissão da subestação adjacente, segui<strong>do</strong> de falha <strong>do</strong> respectivo<br />

disjuntor;<br />

(n) Os disjuntores utiliza<strong>do</strong>s na manobra de reatores em derivação devem ser capazes de abrir<br />

pequenas correntes indutivas e ser especifica<strong>do</strong>s com dispositivos de manobra controlada.<br />

(o) Nos casos em que forem utiliza<strong>do</strong>s mecanismos de fechamento ou abertura controla<strong>do</strong>s devem<br />

ser especifica<strong>do</strong>s a dispersão máxima <strong>do</strong>s tempos médios de fechamento ou de abertura,<br />

compatíveis com as necessidades de precisão da manobra controlada.<br />

1.3.2.2 Secciona<strong>do</strong>ras, lâminas de terra e chaves de aterramento<br />

Estes equipamentos devem atender <strong>ao</strong>s requisitos das normas IEC aplicáveis e serem capazes de<br />

efetuar as manobras listadas no item 1.8.3.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1017 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

As secciona<strong>do</strong>ras devem ser especificadas com, pelo menos, a mesma corrente nominal utilizada<br />

pelos disjuntores deste empreendimento, <strong>ao</strong>s quais estejam associadas.<br />

A TRANSMISSORA deve especificar o valor de crista da corrente suportável nominal (corrente de<br />

curto circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração(corrente de curto<br />

simétrica) respeitan<strong>do</strong> os valores mínimos dispostos no item 1.3.1.3 b.<br />

Fatores de assimetria superiores <strong>ao</strong> indica<strong>do</strong> no item 1.3.1.3 b poderão ser necessários, em função<br />

<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s a serem realiza<strong>do</strong>s pela TRANSMISSORA, descritos no item 1.8 deste<br />

anexo técnico.<br />

As lâminas de terra e chaves de aterramento das linhas de transmissão devem ser <strong>do</strong>tadas de<br />

capacidade de interrupção de correntes induzidas de acor<strong>do</strong> com a norma IEC 62271-102.<br />

Esses equipamentos devem ser dimensiona<strong>do</strong>s consideran<strong>do</strong> a relação X/R <strong>do</strong> ponto <strong>do</strong> sistema<br />

onde serão instala<strong>do</strong>s.<br />

1.3.2.3 Pára-raios<br />

Deverão ser instala<strong>do</strong>s pára-raios nas entradas de linhas de transmissão, nas conexões de unidades<br />

transforma<strong>do</strong>ras de potência, de reatores em derivação e de bancos de capacitores não<br />

autoprotegi<strong>do</strong>s. Os pára-raios devem ser <strong>do</strong> tipo estação, de óxi<strong>do</strong> de zinco (ZnO), adequa<strong>do</strong>s para<br />

instalação externa.<br />

Os pára-raios devem ser especifica<strong>do</strong>s com uma capacidade de dissipação de energia suficiente para<br />

fazer frente a todas as solicitações identificadas nos estu<strong>do</strong>s descritos no item 1.8 deste anexo<br />

técnico.<br />

A TRANSMISSORA deverá informar, ainda na fase de projeto básico, em caso de indisponibilidade<br />

<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s finais <strong>do</strong> fornecimento, os valores de catálogo da família <strong>do</strong> pára-raios escolhi<strong>do</strong> para<br />

posterior utilização no empreendimento.<br />

1.3.2.4 Transforma<strong>do</strong>res de corrente e potencial<br />

As características <strong>do</strong>s transforma<strong>do</strong>res de corrente e potencial, como: número de secundários,<br />

relações de transformação, carga, exatidão, etc., devem satisfazer as necessidades <strong>do</strong>s sistemas de<br />

proteção e de medição das grandezas elétricas e medição de faturamento, quan<strong>do</strong> aplicável.<br />

Os transforma<strong>do</strong>res de corrente devem ter enrolamentos secundários em núcleos individuais e os de<br />

potencial devem ter enrolamentos secundários individuais e serem próprios para instalação externa.<br />

Para a especificação <strong>do</strong>s núcleos de proteção <strong>do</strong>s transforma<strong>do</strong>res de corrente deve-se considerar a<br />

relação X/R <strong>do</strong> ponto de instalação, para que esses núcleos não saturem durante curtos-circuitos e<br />

religamentos rápi<strong>do</strong>s (IEEE 76 CH1130-4 Transient response of current transformers e IEC 44-6<br />

Instrument transformers - part 6: Requirements for protective current transformers for transient<br />

performance).<br />

A TRANSMISSORA deve especificar transforma<strong>do</strong>res de corrente com o valor de crista da corrente<br />

suportável nominal (corrente de curto-circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta<br />

duração (corrente de curto simétrica) que respeitem o disposto no item 1.3.1.3 b.<br />

Fatores de assimetria superiores a indicada no item 1.3.1.3 b poderão ser necessários, em função<br />

<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s a serem realiza<strong>do</strong>s pela própria TRANSMISSORA, descritos no item 1.8<br />

deste anexo técnico.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1018 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.3.2.5 Unidades Transforma<strong>do</strong>ras de Potência<br />

Deve ser prevista a instalação inicial de um banco trifásico forma<strong>do</strong> por autotransforma<strong>do</strong>res<br />

monofásicos de 500/√3 kV para 230/√3 kV e potência de 675 MVA (3 x 225A), mais uma unidade<br />

monofásica reserva de 225MVA, na Subestação Itaguaçu. As unidades transforma<strong>do</strong>ras devem<br />

possuir estágios de refrigeração capazes de atender os procedimentos para aplicação de cargas<br />

estabeleci<strong>do</strong>s na norma ABNT NBR 5416.<br />

(a) Potência Nominal<br />

A potência nominal <strong>do</strong> autotransforma<strong>do</strong>r 500/230 kV da Subestação Itaguaçu é de 675 MVA (3<br />

x 225 MVA), nos enrolamentos primário e secundário, para a operação em qualquer tape<br />

especifica<strong>do</strong>.<br />

(b) Comutação<br />

O comuta<strong>do</strong>r de derivação em carga deve ser projeta<strong>do</strong>, fabrica<strong>do</strong> e ensaia<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com a<br />

publicação IEC-214 On Load Tap Changers.<br />

(c) Condições operativas<br />

Os transforma<strong>do</strong>res devem ser capazes de operar nas condições de sobrecarga estabelecidas<br />

na NBR 5416 e na Resolução Normativa ANEEL nº 191, de 12.12.2005.<br />

Os transforma<strong>do</strong>res devem ser capazes de operar com as suas potências nominais, em regime<br />

permanente, para toda a faixa operativa de tensão da rede básica, tanto no primário quanto no<br />

secundário, com ou sem comuta<strong>do</strong>res de derivações, sejam eles em carga ou não. Caso os<br />

transforma<strong>do</strong>res possuam comuta<strong>do</strong>res de derivações, em carga ou não, eles devem poder<br />

operar para a referida faixa operativa, em todas as posições <strong>do</strong>s comuta<strong>do</strong>res.<br />

Deve ser possível energizar as unidades transforma<strong>do</strong>ras sem restrições, tanto pelo<br />

enrolamento primário quanto pelo secundário, para toda a faixa de tensão operativa.<br />

Cada unidade transforma<strong>do</strong>ra de potência deve ser capaz de suportar o perfil de<br />

sobreexcitação em vazio a 60 Hz, de acor<strong>do</strong> com a Tabela 5, em qualquer derivação de<br />

operação.<br />

TABELA 5 - SOBREEXCITAÇÃO EM VAZIO A 60 HZ, EM QUALQUER DERIVAÇÃO<br />

Perío<strong>do</strong> (segun<strong>do</strong>s) Tensão de derivação (pu)<br />

10 1,35<br />

20 1,25<br />

60 1,20<br />

480 1,15<br />

(d) Impedâncias<br />

O valor da impedância entre o enrolamento primário e secundário deve ser compatível com o<br />

sugeri<strong>do</strong> nos estu<strong>do</strong>s de sistema, disponibiliza<strong>do</strong>s na <strong>do</strong>cumentação anexa a este <strong>Edital</strong>. Estes<br />

estu<strong>do</strong>s devem ser detalha<strong>do</strong>s pela TRANSMISSORA quan<strong>do</strong> da execução <strong>do</strong> projeto básico,<br />

observan<strong>do</strong>-se, no entanto, o valor de impedância máxima de 14 % na base nominal das<br />

unidades transforma<strong>do</strong>ras, salvo quan<strong>do</strong> indica<strong>do</strong> pelos estu<strong>do</strong>s. Os valores de impedância<br />

devem estar referencia<strong>do</strong>s à temperatura de 75 °C.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1019 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

(e) Perdas<br />

O valor das perdas máximas para autotransforma<strong>do</strong>res monofásicos ou trifásicos de qualquer<br />

potência deve ser inferior ou igual a 0,3% da potência nominal na operação primáriosecundário.<br />

No caso de transforma<strong>do</strong>res trifásicos ou monofásicos de potência trifásica nominal superior a<br />

5 MVA e de tensão nominal <strong>do</strong> enrolamento de alta tensão igual ou superior a 230 kV, as<br />

perdas máximas entre o primário e o secundário devem atender à tabela abaixo.<br />

PERDAS PARA TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS<br />

Perdas em porcentagem da potência nominal (1)<br />

Potência Trifásica Nominal (Pn (2) ) Perdas Máximas<br />

5 < Pn < 30 MVA 0,70 %<br />

30 ≤ Pn < 50 MVA 0,60 %<br />

50 ≤ Pn < 100 MVA 0,50 %<br />

100 ≤ Pn < 200 MVA 0,40 %<br />

Pn ≥ 200 MVA 0,30 %<br />

Notas: 1) Perdas totais na tensão nominal e freqüência nominal para a<br />

operação primário-secundário.<br />

2) Pn: potência nominal no último estágio de refrigeração.<br />

(f) Nível de ruí<strong>do</strong><br />

O máximo nível de ruí<strong>do</strong> audível emiti<strong>do</strong> pelas unidades transforma<strong>do</strong>ras de potência deve<br />

estar em conformidade com a norma NBR 5356 da ABNT.<br />

(g) Unidade reserva<br />

Deverá ser prevista a instalação de unidades reservas, quan<strong>do</strong> indica<strong>do</strong> na configuração<br />

básica.<br />

1.3.2.6 Instalações abrigadas<br />

To<strong>do</strong>s os instrumentos, painéis e demais equipamentos <strong>do</strong>s sistemas de proteção, coman<strong>do</strong>,<br />

supervisão e telecomunicação devem ser abriga<strong>do</strong>s e projeta<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> as normas aplicáveis, de<br />

forma a garantir o perfeito desempenho destes sistemas e sua proteção contra desgastes<br />

prematuros.<br />

Em caso de edificações, é de responsabilidade da TRANSMISSORA seguir as posturas municipais<br />

aplicáveis e as normas de segurança <strong>do</strong> trabalho.<br />

1.3.2.7 Equipamentos localiza<strong>do</strong>s em entradas de linhas<br />

Equipamentos localiza<strong>do</strong>s nas extremidades de linha e que possam ficar energiza<strong>do</strong>s após a<br />

manobra da mesma no terminal em vazio, tais como reatores de linha, disjuntores, seciona<strong>do</strong>res e<br />

transforma<strong>do</strong>res de potencial, deverão ser dimensiona<strong>do</strong>s para suportar por uma hora as<br />

sobretensões à freqüência industrial de acor<strong>do</strong> com a Tabela 6:<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1020 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

TABELA 6 – TENSÃO EFICAZ ENTRE FASES ADMISSÍVEL NA EXTREMIDADE DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO 1HORA APÓS MANOBRA (KV)<br />

Tensão nominal Tensão sustentada<br />

230 253<br />

345 398<br />

500/525 600<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1021 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.4 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO<br />

1.4.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS<br />

COMPONENTE DO SISTEMA DE POTÊNCIA ou COMPONENTE: é to<strong>do</strong> equipamento ou instalação<br />

delimita<strong>do</strong> por disjuntores, elos fusíveis ou religa<strong>do</strong>res automáticos. Uma exceção existe para reator<br />

shunt de LINHA DE TRANSMISSÃO que também é classifica<strong>do</strong> como COMPONENTE, mesmo sem<br />

disjuntor próprio.<br />

SISTEMA: quan<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong> à proteção, à supervisão e controle ou a telecomunicações, significa o<br />

conjunto de equipamentos e funções requeridas e necessárias para seu desempenho adequa<strong>do</strong> na<br />

operação da instalação e da REDE BÁSICA.<br />

SISTEMA DE PROTEÇÃO: conjunto de equipamentos composto por relés de proteção, relés<br />

auxiliares, equipamentos de teleproteção e acessórios destina<strong>do</strong>s a realizar a proteção em caso de<br />

falhas elétricas, tais como curtos-circuitos, e de outras condições anormais de operação <strong>do</strong>s<br />

COMPONENTES de um sistema elétrico (LINHAS DE TRANSMISSÃO, barramentos e<br />

equipamentos).<br />

PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA: destina-se a detectar e eliminar, seletivamente e sem retar<strong>do</strong><br />

de tempo intencional, falhas que ocorram apenas no COMPONENTE protegi<strong>do</strong>. São exemplos os<br />

esquemas com comunicação direta relé a relé, os esquemas de teleproteção, as proteções<br />

diferenciais, os esquemas de comparação de fase etc.<br />

PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA: destina-se a detectar e eliminar falhas que ocorram no<br />

COMPONENTE protegi<strong>do</strong> e a fornecer proteção adicional para os COMPONENTES adjacentes. Em<br />

sua aplicação como PROTEÇÃO DE RETAGUARDA, sua atuação é coordenada com a atuação das<br />

proteções <strong>do</strong>s equipamentos adjacentes por meio de retar<strong>do</strong> de tempo intencional. São exemplos as<br />

proteções de sobrecorrente e as proteções de distância.<br />

PROTEÇÃO DE RETAGUARDA: destina-se a atuar quan<strong>do</strong> da eventual falha de outro SISTEMA DE<br />

PROTEÇÃO. Quan<strong>do</strong> esse SISTEMA está instala<strong>do</strong> no mesmo local <strong>do</strong> SISTEMA DE PROTEÇÃO a<br />

ser coberto, trata-se de retaguarda local; quan<strong>do</strong> está instala<strong>do</strong> em local diferente daquele onde está<br />

o SISTEMA DE PROTEÇÃO a ser coberto, trata-se de retaguarda remota.<br />

PROTEÇÃO PRINCIPAL: esquema de proteção composto por um SISTEMA de PROTEÇÃO<br />

UNITÁRIA OU RESTRITA e um SISTEMA de PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA.<br />

PROTEÇÃO ALTERNADA: esquema composto por um SISTEMA DE PROTEÇÃO UNITÁRIA OU<br />

RESTRITA e por um SISTEMA de PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA, funcionalmente<br />

idêntico à PROTEÇÃO PRINCIPAL e completamente independente desta.<br />

PROTEÇÃO INTRÍNSECA: conjunto de dispositivos de proteção normalmente integra<strong>do</strong>s <strong>ao</strong>s<br />

equipamentos, tais como relés de gás, válvulas de alívio de pressão, sensores de temperatura,<br />

sensores de nível etc.<br />

SIR: relação entre a impedância de fonte e a impedância da LINHA DE TRANSMISSÃO (SIR), é<br />

definida por meio da divisão da impedância da fonte atrás <strong>do</strong> ponto de aplicação de um relé pela<br />

impedância total da LINHA DE TRANSMISSÃO protegida:<br />

SIR = ZS / ZL<br />

Onde, ZS = Impedância da Fonte e ZL = Impedância da LINHA DE TRANSMISSÃO<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1022 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

COMPRIMENTO RELATIVO DE LINHA DE TRANSMISSÃO: determina<strong>do</strong> em função <strong>do</strong> SIR e<br />

utiliza<strong>do</strong> para a seleção <strong>do</strong> tipo de proteção mais indica<strong>do</strong>. No âmbito <strong>do</strong> presente Anexo Técnico, as<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO classificam-se como:<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO curtas, as que apresentam SIR > 4;<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO longas, as que apresentam SIR ≤ 0,5.<br />

1.4.2 REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES<br />

Os requisitos técnicos e as características funcionais aqui apresenta<strong>do</strong>s referem-se <strong>ao</strong>s seguintes<br />

SISTEMAS funcionalmente distintos:<br />

a) SISTEMAS DE PROTEÇÃO (SP);<br />

b) SISTEMAS de registro de perturbações (SRP); e<br />

c) SISTEMAS de telecomunicação (ST).<br />

Cada SISTEMA (proteção, registra<strong>do</strong>res de perturbações e telecomunicações) deve ser integra<strong>do</strong> no<br />

nível da instalação para permitir o acesso local ou remoto de to<strong>do</strong>s os seus da<strong>do</strong>s, ajustes, registros<br />

de eventos, grandezas de entradas e outras informações. Essa integração não deve impor restrições<br />

à operação <strong>do</strong>s COMPONENTES primários da instalação.<br />

No caso de implantação de um novo vão em INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO, os SISTEMAS<br />

devem ser compatibiliza<strong>do</strong>s com os já instala<strong>do</strong>s.<br />

To<strong>do</strong>s os equipamentos e SISTEMAS devem ter automonitoramento e autodiagnóstico, com bloqueio<br />

automático da atuação quan<strong>do</strong> houver defeito e com sinalização local e remota de falha e defeito.<br />

Os SISTEMAS devem ter arquitetura aberta e utilizar protocolos de comunicação descritos em norma,<br />

de forma a não impor restrições a AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA futura e à integração com<br />

SISTEMAS e equipamentos de outros fabricantes.<br />

Os SISTEMAS devem ter recursos que possibilitem a intervenção das equipes de manutenção sem<br />

desligamento de COMPONENTES primários.<br />

Os materiais e equipamentos a serem utiliza<strong>do</strong>s devem ser projeta<strong>do</strong>s, fabrica<strong>do</strong>s, monta<strong>do</strong>s e<br />

ensaia<strong>do</strong>s em conformidade com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de<br />

Normas Técnicas - ABNT no que for aplicável, e, na falta destas, com as últimas revisões das normas<br />

da International Electrotechnical Commission – IEC ou da American National Standards Institute –<br />

ANSI, nessa ordem de preferência.<br />

To<strong>do</strong>s os equipamentos e SISTEMAS digitais devem atender <strong>ao</strong>s requisitos das normas para<br />

compatibilidade eletromagnética aplicáveis, conforme as Normas citadas, nos graus de severidade<br />

adequa<strong>do</strong>s para instalação em subestações de extra-alta-tensão.<br />

1.4.3 REQUISITOS GERAIS DE PROTEÇÃO<br />

To<strong>do</strong> COMPONENTE, exceção feita <strong>ao</strong>s barramentos, deve ser protegi<strong>do</strong> localmente por <strong>do</strong>is<br />

SISTEMAS DE PROTEÇÃO completamente independentes.<br />

Excetuan<strong>do</strong>-se os barramentos, a proteção <strong>do</strong>s COMPONENTES deve ser concebida de maneira a<br />

não depender de PROTEÇÃO DE RETAGUARDA remota no SISTEMA DE TRANSMISSÃO. Para os<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1023 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

barramentos deve ser prevista PROTEÇÃO DE RETAGUARDA remota para cobertura de eventual<br />

indisponibilidade de sua única proteção.<br />

Devem ser previstos transforma<strong>do</strong>res para instrumentos – transforma<strong>do</strong>res de corrente e de potencial<br />

– para alimentação <strong>do</strong>s SISTEMAS DE PROTEÇÃO, supervisão e controle, em número adequa<strong>do</strong> e<br />

com características nominais especificadas em função da aplicação (relações nominais, número de<br />

núcleos e enrolamentos secundários, exatidão, cargas nominais, desempenho transitório, etc.).<br />

Os enrolamentos <strong>do</strong>s transforma<strong>do</strong>res de corrente para alimentação <strong>do</strong>s SISTEMAS DE PROTEÇÃO<br />

devem ser dispostos na instalação de forma a permitir a superposição de zonas das PROTEÇÕES<br />

RESTRITAS de equipamentos primários adjacentes, evitan<strong>do</strong> a existência de “pontos cegos”. O uso<br />

de proteções que tenham funcionalidades que possam detectar faltas em eventuais “zonas mortas”<br />

resultantes da aplicação de transforma<strong>do</strong>res de corrente na instalação pode ser considera<strong>do</strong>.<br />

As correntes e tensões para alimentação de cada SISTEMA DE PROTEÇÃO - PRINCIPAL E<br />

ALTERNADA - devem ser obtidas de núcleos independentes de transforma<strong>do</strong>res de corrente e de<br />

secundários diferentes de transforma<strong>do</strong>res de potencial. Quan<strong>do</strong> não for utilizada redundância de<br />

proteção (PROTEÇÃO PRINCIPAL E ALTERNADA), a alimentação de correntes e tensões da<br />

PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve ser independente daquela utilizada pela PROTEÇÃO<br />

GRADATIVA OU IRRESTRITA.<br />

As proteções que estão sujeitas à operação acidental por perda de potencial devem ter supervisão de<br />

tensão para bloqueio de operação e alarme.<br />

Os conjuntos de PROTEÇÃO PRINCIPAL E ALTERNADA devem ser alimenta<strong>do</strong>s por bancos de<br />

baterias, retifica<strong>do</strong>res e circuitos de corrente contínua independentes. Quan<strong>do</strong> não for utilizada<br />

redundância de proteção, esse requisito deve ser atendi<strong>do</strong> para a PROTEÇÃO UNITÁRIA OU<br />

RESTRITA e para a PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA.<br />

Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ser constituí<strong>do</strong>s, obrigatoriamente, por equipamentos<br />

independentes e dedica<strong>do</strong>s para cada COMPONENTE da instalação, poden<strong>do</strong> esses equipamentos<br />

ser <strong>do</strong> tipo multifunção.<br />

Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ter saídas para acionar disjuntores com <strong>do</strong>is circuitos de<br />

disparo independentes.<br />

Deve ser prevista a supervisão <strong>do</strong>s circuitos de corrente contínua <strong>do</strong>s relés de proteção,<br />

equipamentos de telecomunicação utiliza<strong>do</strong>s para teleproteção, religamento automático e<br />

sincronismo, de forma a indicar qualquer anormalidade que possa implicar em perda da confiabilidade<br />

operacional <strong>do</strong> SISTEMA DE PROTEÇÃO.<br />

Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ter, em condições normais ou durante perturbações,<br />

características de sensibilidade, seletividade, rapidez e confiabilidade operativa, a fim de que seu<br />

desempenho não comprometa a segurança <strong>do</strong> sistema elétrico.<br />

O agente de transmissão deve realizar os estu<strong>do</strong>s necessários para ajustes e coordenação <strong>do</strong><br />

SISTEMA DE PROTEÇÃO. Para confirmar o atendimento <strong>ao</strong>s requisitos descritos no item anterior, o<br />

agente de transmissão deve manter o registro <strong>do</strong>s ajustes implanta<strong>do</strong>s. Esses ajustes devem ser<br />

informa<strong>do</strong>s <strong>ao</strong> OPERADOR NACIONAL DE SISTEMA ELÉTRICO - ONS, sempre que solicita<strong>do</strong>.<br />

1.4.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO<br />

1.4.4.1 Geral<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1024 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

O SISTEMA DE PROTEÇÃO de LINHA DE TRANSMISSÃO compreende o conjunto de relés,<br />

equipamentos e acessórios instala<strong>do</strong>s nos terminais de LINHA DE TRANSMISSÃO, necessários e<br />

suficientes para a detecção e eliminação, de forma seletiva, de to<strong>do</strong>s os tipos de faltas – com ou sem<br />

resistência de falta - e de outras condições anormais de operação.<br />

No caso de utilização de compensação série, o SISTEMA DE PROTEÇÃO deve ser adequa<strong>do</strong> para a<br />

manutenção <strong>do</strong>s requisitos exigi<strong>do</strong>s no parágrafo anterior.<br />

Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ser seleciona<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong> com as características da LINHA<br />

DE TRANSMISSÃO a ser protegida. LINHAS DE TRANSMISSÃO curtas (SIR > 4) não devem utilizar<br />

esquemas de proteção com funções ajustadas em subalcance.<br />

SISTEMAS DE PROTEÇÃO compostos por relés de distância devem ter as seguintes funções:<br />

a) Funções de distância (21/21N) 1 para detecção de faltas entre fases e entre fases e terra, com<br />

temporiza<strong>do</strong>res independentes por zona;<br />

b) Função de sobrecorrente direcional de neutro (67N), com unidades instantâneas e temporizadas<br />

para complementação da proteção de distância para faltas a terra independentes das funções de<br />

medição de distância;<br />

c) Função para a detecção de faltas que ocorram durante a energização da LINHA DE<br />

TRANSMISSÃO (50LP - switch onto fault); e<br />

d) Função para detecção de oscilações de potência e bloqueio das unidades de distância (68OSB).<br />

Se a PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA for realizada por relés de distância, o esquema de<br />

teleproteção deve atender <strong>ao</strong>s seguintes requisitos:<br />

a) A seleção da(s) lógica(s) de teleproteção a ser(em) a<strong>do</strong>tada(s) em cada caso deve levar em conta<br />

o SISTEMA de telecomunicação utiliza<strong>do</strong>, os efeitos das variações das impedâncias das fontes, o<br />

comprimento relativo da LINHA DE TRANSMISSÃO, acoplamentos magnéticos com outras LINHAS<br />

DE TRANSMISSÃO e a existência de compensação série;<br />

b) A unidade instantânea da proteção de sobrecorrente direcional de neutro (67 N) deve atuar<br />

incorporada <strong>ao</strong> esquema de teleproteção seleciona<strong>do</strong>;<br />

c) Em esquemas de teleproteção por sobrealcance devem ser utilizadas lógicas de bloqueio<br />

temporário para evitar operação indevida durante a eliminação seqüencial de faltas em LINHA DE<br />

TRANSMISSÃO paralelas (transient blocking);<br />

d) Os esquemas de teleproteção <strong>do</strong> tipo permissivo por sobrealcance devem ter lógicas para a<br />

devolução de sinal de disparo (echo) e para proteção de terminais com fraca alimentação (weak<br />

infeed).<br />

As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS devem detectar faltas entre fases e entre fases e<br />

terra, para 100% da extensão da LINHA DE TRANSMISSÃO protegida, sem retar<strong>do</strong> de tempo<br />

intencional.<br />

As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem ser compostas por relés de distância<br />

(21/21N), para defeitos entre fases e fase-terra e por relé de sobrecorrente direcional de neutro (67N).<br />

Devem atender <strong>ao</strong>s requisitos já menciona<strong>do</strong>s e possibilitar efetiva PROTEÇÃO DE RETAGUARDA<br />

1 Numeração indica<strong>do</strong>ra da função conforme Norma IEEE Standard Electrical Power System Device Function Numbers and Contact Designations,<br />

C37.2-1996.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1025 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

para a LINHA DE TRANSMISSÃO protegida e para o barramento remoto, mantida a coordenação<br />

com a proteção <strong>do</strong>s COMPONENTES adjacentes.<br />

Terminais de LINHAS DE TRANSMISSÃO conecta<strong>do</strong>s a barramentos com arranjos <strong>do</strong> tipo disjuntor e<br />

meio ou anel devem ter função para proteção <strong>do</strong> trecho de LINHA DE TRANSMISSÃO que<br />

permanece energiza<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> a chave isola<strong>do</strong>ra da LINHA DE TRANSMISSÃO estiver aberta e<br />

seus disjuntores fecha<strong>do</strong>s (stub bus protection).<br />

1.4.4.2 Adequação <strong>do</strong> SISTEMA DE PROTEÇÃO das extremidades de uma LINHA DE TRANSMISSÃO<br />

Nos SISTEMAS DE PROTEÇÃO de LINHA DE TRANSMISSÃO com recursos de telecomunicação –<br />

esquema com comunicação relé a relé, teleproteção, proteções diferenciais, etc. –, os relés e<br />

equipamentos instala<strong>do</strong>s em ambos os terminais da LINHA DE TRANSMISSÃO devem ser<br />

considera<strong>do</strong>s para a operação como um conjunto único, deven<strong>do</strong> ser integra<strong>do</strong>s e idênticos entre si<br />

quan<strong>do</strong> comparadas as duas extremidades da LINHA DE TRANSMISSÃO. Este requisito deve ser<br />

observa<strong>do</strong> tanto para os equipamentos de telecomunicação quanto para os relés de proteção.<br />

Em um terminal é admissível a utilização de equipamentos para a PROTEÇÃO PRINCIPAL diferentes<br />

<strong>do</strong>s, para a PROTEÇÃO ALTERNADA – ou para a PROTEÇÃO DE RETAGUARDA –, desde que se<br />

atenda <strong>ao</strong> requisito explicita<strong>do</strong> no parágrafo anterior.<br />

Na implantação de nova subestação decorrente de seccionamento de LINHA DE TRANSMISSÃO<br />

com a inclusão de novas ENTRADAS DE LINHA devem-se adequar as proteções das ENTRADAS<br />

DE LINHA existentes <strong>ao</strong> requisito especifica<strong>do</strong> nos parágrafos anteriores, tanto pela aquisição e<br />

implantação de novos SISTEMAS DE PROTEÇÕES como pelo remanejamento das proteções<br />

existentes.<br />

1.4.4.3 LINHAS DE TRANSMISSÃO com tensão nominal igual ou superior a 345 kV<br />

O SISTEMA DE PROTEÇÃO de LINHA DE TRANSMISSÃO deve ser redundante: cada terminal de<br />

LINHA DE TRANSMISSÃO deve ter PROTEÇÃO PRINCIPAL E PROTEÇÃO ALTERNADA,<br />

composta por conjuntos de proteção – relés, equipamentos de telecomunicações, relés auxiliares de<br />

demais acessórios – independentes.<br />

O tempo total de eliminação de faltas, incluin<strong>do</strong> o tempo de abertura <strong>do</strong>s disjuntores de to<strong>do</strong>s os<br />

terminais da LINHA DE TRANSMISSÃO, não deve exceder a 100 ms.<br />

To<strong>do</strong> desligamento tripolar em um terminal de LINHA DE TRANSMISSÃO ocasiona<strong>do</strong> pela atuação<br />

de proteção deve gerar um coman<strong>do</strong> a ser transferi<strong>do</strong> para outro terminal, via esquema de<br />

transferência direta de disparo, para efetuar o desligamento <strong>do</strong>(s) disjuntor(es) <strong>do</strong> terminal remoto. A<br />

lógica de recepção deve discriminar os desligamentos para os quais é deseja<strong>do</strong> o religamento da<br />

LINHA DE TRANSMISSÃO daqueles para os quais o religamento deve ser bloquea<strong>do</strong>.<br />

As PROTEÇÕES PRINCIPAL E ALTERNADA devem ter função para proteção por perda de<br />

sincronismo (78) baseada na taxa de variação no tempo da impedância medida, com as seguintes<br />

características:<br />

a) Ajustes das unidades de impedância e <strong>do</strong> temporiza<strong>do</strong>r independentes;<br />

b) Seleção <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de disparo na entrada (trip on way in) ou na saída (trip on way out) da<br />

característica de medição; e<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1026 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

c) Bloqueio <strong>do</strong> disparo para faltas assimétricas, preferencialmente por corrente de seqüência de fase<br />

negativa.<br />

As PROTEÇÕES PRINCIPAL E ALTERNADA de to<strong>do</strong>s os terminais de LINHA DE TRANSMISSÃO<br />

devem ter proteção trifásica para sobretensões (59), com elementos instantâneo e temporiza<strong>do</strong><br />

independentes e faixa de ajustes de 1,1 a 1,6 vezes a tensão nominal. Os elementos instantâneos<br />

devem operar somente para sobretensões que ocorram simultaneamente nas três fases e os<br />

elementos temporiza<strong>do</strong>s devem operar para sobretensões sustentadas em qualquer uma das três<br />

fases.<br />

1.4.4.4 LINHAS DE TRANSMISSÃO com tensão nominal inferior a 345 kV<br />

O sistema de proteção da LINHA DE TRANSMISSÃO deve ser composto por <strong>do</strong>is conjuntos de<br />

proteção independentes <strong>do</strong> tipo PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e PROTEÇÃO GRADATIVA<br />

OU IRRESTRITA.<br />

O tempo total de eliminação de faltas pela PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA não deve exceder<br />

a 150 ms. Nas LINHAS DE TRANSMISSÃO de interligação entre SISTEMAS este tempo não deve<br />

exceder 100 ms.<br />

As LINHAS DE TRANSMISSÃO de interligação entre SISTEMAS devem ter função para proteção por<br />

perda de sincronismo (78) baseada na taxa de variação no tempo da impedância medida, com as<br />

seguintes características:<br />

a. Ajustes das unidades de impedância e <strong>do</strong> temporiza<strong>do</strong>r independentes;<br />

b. Seleção <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de disparo na entrada (trip on way in) ou na saída (trip on way out) da<br />

característica de medição; e<br />

c. Bloqueio <strong>do</strong> disparo para faltas assimétricas.<br />

Quan<strong>do</strong> a LINHA DE TRANSMISSÃO tiver reator diretamente conecta<strong>do</strong> ou quan<strong>do</strong> características<br />

locais ou de equipamento assim o exigirem – por exemplo, em barramentos isola<strong>do</strong>s a SF6 (gás<br />

hexafluoreto de enxofre) – a atuação da proteção <strong>do</strong> reator ou <strong>do</strong> equipamento deve comandar o<br />

desligamento <strong>do</strong>(s) disjuntor(es) <strong>do</strong> terminal remoto da LINHA DE TRANSMISSÃO (transferência de<br />

disparo).<br />

To<strong>do</strong>s os terminais da LINHA DE TRANSMISSÃO devem ter proteção trifásica para sobretensões<br />

(59), com elementos instantâneo e temporiza<strong>do</strong> independentes e faixa de ajustes de 1,1 a 1,6 vezes a<br />

tensão nominal. Os elementos instantâneos devem operar apenas para sobretensões que ocorram<br />

simultaneamente nas três fases e os elementos temporiza<strong>do</strong>s devem operar para sobretensões<br />

sustentadas em qualquer uma das três fases.<br />

1.4.4.5 Esquemas de religamento automático<br />

Requisitos gerais<br />

Todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO devem ser <strong>do</strong>tadas de esquemas para religamento automático<br />

tripolar.<br />

Os esquemas de religamento automático devem atender à seguinte filosofia:<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1027 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

a. Em subestações com arranjo em anel, barra dupla com disjuntor duplo ou disjuntor e meio devese<br />

prever a possibilidade de religamento em qualquer <strong>do</strong>s disjuntores adjacentes à LINHA DE<br />

TRANSMISSÃO.<br />

b. O relé ou função de religamento deve ter temporiza<strong>do</strong>r para ajuste de tempo morto de<br />

religamento.<br />

c. Uma vez inicia<strong>do</strong> um determina<strong>do</strong> ciclo de religamento, somente deve ser permiti<strong>do</strong> um novo<br />

ciclo depois de decorri<strong>do</strong> um tempo mínimo ajustável, que se iniciará com a abertura <strong>do</strong> disjuntor.<br />

d. O SISTEMA DE PROTEÇÃO deve ter meios para, opcionalmente, realizar o religamento<br />

automático apenas quan<strong>do</strong> da ocorrência de curtos-circuitos internos fase-terra.<br />

e. Em subestações com arranjo <strong>do</strong> tipo anel ou disjuntor e meio devem ser previstas facilidades<br />

(chave seletora ou através <strong>do</strong> sistema de controle) para a colocação ou retirada de serviço <strong>do</strong><br />

religamento e a seleção <strong>do</strong> disjuntor a religar.<br />

f. O ciclo de religamento automático deve ser inicia<strong>do</strong> exclusivamente após a eliminação de faltas<br />

internas por proteções de alta velocidade ou instantâneas, não deven<strong>do</strong> ser inicia<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> de<br />

aberturas manuais de disjuntores, operação de funções gradativas de proteção, faltas nos<br />

barramentos, atuações de proteções para falha de disjuntor, recepção constante de transferência<br />

de disparo <strong>do</strong> terminal remoto, atuações de proteção de sobretensão e proteções de disparo por<br />

perda de sincronismo. Quan<strong>do</strong> for o caso, o ciclo iniciará a partir da eliminação de faltas por<br />

atuação das proteções <strong>do</strong>s reatores de linha ou transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res.<br />

g. Deve ser prevista a possibilidade de seleção de qualquer um <strong>do</strong>s terminais da LINHA DE<br />

TRANSMISSÃO para religar primeiro (terminal líder). Esse religamento deve ocorrer depois de<br />

transcorri<strong>do</strong> o tempo morto ajusta<strong>do</strong>. O outro terminal (terminal segui<strong>do</strong>r) deve religar com a<br />

verificação de sincronismo. Para permitir a seleção <strong>do</strong> terminal líder, ambos os terminais devem<br />

ser equipa<strong>do</strong>s com esquemas de religamento e relés de verificação de sincronismo. O terminal<br />

líder deve religar somente se não houver tensão na LINHA DE TRANSMISSÃO. O terminal<br />

segui<strong>do</strong>r deve religar somente depois da verificação de sincronismo, se houver nível de tensão<br />

adequa<strong>do</strong> <strong>do</strong> la<strong>do</strong> da LINHA DE TRANSMISSÃO.<br />

h. Qualquer ordem de disparo iniciada por proteção deverá desligar os três pólos <strong>do</strong> disjuntor e<br />

iniciar o ciclo de religamento.<br />

i. O coman<strong>do</strong> de fechamento tripolar de disjuntores deve ser supervisiona<strong>do</strong> por funções de<br />

verificação de sincronismo e de subtensão e sobretensão.<br />

No caso de utilização der religamento automático monopolar devem ser atendi<strong>do</strong>s, adicionalmente, as<br />

seguintes condições:<br />

a. O desligamento e o religamento <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is terminais da LINHA DE TRANSMISSÃO devem ser<br />

monopolares para faltas monofásicas e tripolares para os demais tipos de faltas. Caso não haja<br />

sucesso no ciclo de religamento o desligamento deve ser tripolar. Nesse esquema deve haver<br />

opção também para religamento apenas tripolar. Na opção tripolar, qualquer ordem de disparo<br />

iniciada por proteção deve desligar os três pólos <strong>do</strong> disjuntor e iniciar o ciclo de religamento.<br />

b. O esquema de religamento deve permitir ajustes independentes <strong>do</strong> tempo morto de religamento<br />

tanto para o religamento monopolar quanto para o tripolar;<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1028 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

c. Durante o perío<strong>do</strong> de operação com fase aberta imposto pelo tempo morto <strong>do</strong> religamento<br />

monopolar, qualquer ordem de disparo deve ser tripolar, cancelan<strong>do</strong> o religamento da LINHA<br />

DE TRANSMISSÃO;<br />

d. No caso de utilização de esquemas de teleproteção em sobrealcance, com funções direcionais<br />

de sobrecorrente de neutro (seqüência zero e/ou negativa), deve ser previsto o bloqueio dessas<br />

funções durante o perío<strong>do</strong> de operação com fase aberta;<br />

e. Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem permitir a correta seleção de fases defeituosas para<br />

comandar o desligamento <strong>do</strong> disjuntor de forma monopolar ou tripolar.<br />

Função para verificação de sincronismo<br />

A função para verificação de sincronismo deve permitir o ajuste <strong>do</strong> tempo total de religamento,<br />

consideran<strong>do</strong> a contagem de tempo desde a abertura <strong>do</strong> disjuntor e incluin<strong>do</strong> os tempos mortos<br />

típicos para a respectiva classe de tensão. Além disso, deve possibilitar ajustes da diferença de<br />

tensão, defasagem angular, diferença de freqüência e permitir a seleção das seguintes condições<br />

para fechamento <strong>do</strong> disjuntor:<br />

• Barra viva - linha morta.<br />

• Barra morta - linha viva.<br />

• Barra viva – linha viva.<br />

• Barra morta - linha morta.<br />

Requisitos para verificação de sincronismo manual.<br />

As instalações devem ser providas de dispositivo para a verificação das condições de sincronismo<br />

para o fechamento manual de seu(s) disjuntor(es).<br />

No caso de AMPLIAÇÃO DA REDE BÁSICA ou modificação da instalação devem ser instala<strong>do</strong>s os<br />

transforma<strong>do</strong>res de instrumentos, eventualmente necessários para a realização da função de<br />

sincronização.<br />

O dispositivo de sincronização deve atender <strong>ao</strong>s seguintes requisitos:<br />

• Permitir o fechamento <strong>do</strong> disjuntor com temporização ajustável, após verificar que os seus<br />

terminais estão sincroniza<strong>do</strong>s (sistema em anel), e a diferença entre as tensões <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is<br />

terminais (módulo e ângulo de fase) está dentro <strong>do</strong>s limites ajusta<strong>do</strong>s;<br />

• Permitir o fechamento instantâneo <strong>do</strong> disjuntor, após verificar que a diferença entre as tensões<br />

(módulo e ângulo de fase) e a diferença da freqüência <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is terminais, está dentro <strong>do</strong>s limites<br />

ajusta<strong>do</strong>s (sistema não sincroniza<strong>do</strong>);<br />

• Contar com diferentes grupos de ajustes, de mo<strong>do</strong> a permitir o fechamento de sistemas em anel<br />

com diferenças de ângulo de fase das tensões distintas, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> equipamento a ser<br />

conecta<strong>do</strong>;<br />

• Permitir o fechamento nas condições em que um ou ambos os la<strong>do</strong>s <strong>do</strong> disjuntor estejam sem<br />

tensão – “barra viva-linha morta”, “barra morta-linha viva” ou “barra morta-linha morta”; e<br />

• Indicar as condições de sincronização de forma a permitir a a<strong>do</strong>ção de medidas operativas para<br />

atingir o valor de ajuste.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1029 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.4.5 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE AUTOTRANSFORMADORES<br />

Compreende o conjunto de relés e acessórios necessários e suficientes para a eliminação de to<strong>do</strong>s os<br />

tipos de faltas internas - para a terra, entre fases ou entre espiras - em transforma<strong>do</strong>res de <strong>do</strong>is ou três<br />

enrolamentos ou em autotransforma<strong>do</strong>res. Devem prover também PROTEÇÃO DE RETAGUARDA<br />

para falhas externas e internas à sua zona de proteção e <strong>do</strong>s dispositivos de supervisão próprios de<br />

temperatura de enrolamento e de óleo, válvulas de alívio de pressão e relé de gás.<br />

1.4.5.1 Autotransforma<strong>do</strong>res cujo mais alto nível de tensão nominal é igual ou superior a 345 kV<br />

To<strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r que tiver seu mais alto nível de tensão nominal igual ou<br />

superior a 345 kV deve dispor de três conjuntos de SISTEMA DE PROTEÇÃO:<br />

a. PROTEÇÃO PRINCIPAL, que se compõe de PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e de<br />

PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA;<br />

b. PROTEÇÃO ALTERNADA, que se compõe de PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e de<br />

PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA; e<br />

c. PROTEÇÃO INTRÍNSECA.<br />

O tempo total de eliminação de faltas - incluin<strong>do</strong> o tempo de operação <strong>do</strong> relé de proteção, <strong>do</strong>s relés<br />

auxiliares e o tempo de abertura <strong>do</strong>s disjuntores <strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r, pelas<br />

PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS, não deve exceder a 120 ms.<br />

As funções diferenciais (87) <strong>do</strong>s SISTEMAS DE PROTEÇÃO PRINCIPAL E ALTERNADA devem<br />

utilizar os enrolamentos <strong>do</strong>s transforma<strong>do</strong>res de corrente localiza<strong>do</strong>s próximos <strong>ao</strong>s disjuntores <strong>do</strong><br />

transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r de potência. As zonas de proteção das funções diferenciais devem<br />

se superpor com as zonas de proteção <strong>do</strong>s barramentos adjacentes.<br />

As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS compostas por relés diferenciais devem ter as<br />

seguintes funções:<br />

• Função diferencial percentual (87) com atuação individual por fase com:<br />

- Número de circuitos de restrição igual <strong>ao</strong> número de transforma<strong>do</strong>res de corrente da malha<br />

diferencial e<br />

- Restrição da atuação para correntes de magnetização (corrente de magnetização transitória<br />

e sobreexcitação) e desempenhos transitórios desiguais de transforma<strong>do</strong>res de corrente.<br />

As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem ter as seguintes funções:<br />

• Funções de sobrecorrente temporizada de fase (51) e de neutro (51N) vinculadas a cada um <strong>do</strong>s<br />

enrolamentos <strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r;<br />

• Funções de sobrecorrente temporizada de terra (51G) vinculadas a cada ponto de aterramento <strong>do</strong><br />

transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r; e<br />

• Funções de sobretensão de seqüência zero (59G) vinculada <strong>ao</strong> enrolamento terciário liga<strong>do</strong> em<br />

delta, para alarme de faltas à terra;<br />

A PROTEÇÃO INTRÍNSECA deve possuir as seguintes funções e características:<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1030 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

• Função para detecção de faltas internas que ocasionem formação de gás (63) ou aumento da<br />

pressão interna (20);<br />

• Função de sobretemperatura <strong>do</strong> óleo (26) com <strong>do</strong>is níveis de atuação (advertência e urgência); e<br />

• Função de sobretemperatura <strong>do</strong> enrolamento (49) com <strong>do</strong>is níveis de atuação (advertência e<br />

urgência).<br />

A atuação <strong>do</strong>s SISTEMAS DE PROTEÇÃO deve atender à seguinte filosofia:<br />

a. As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS e as funções para detecção de faltas internas no<br />

transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r de potência integrantes da PROTEÇÃO INTRÍNSECA devem<br />

comandar a abertura e bloqueio de to<strong>do</strong>s os disjuntores <strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r de<br />

potência;<br />

b. As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem comandar a abertura apenas <strong>do</strong>(s)<br />

disjuntor(es) <strong>do</strong> respectivo enrolamento;<br />

c. Os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura, integrantes da PROTEÇÃO<br />

INTRÍNSECA, devem ser utiliza<strong>do</strong>s para indicação e alarme.<br />

d. Os níveis de urgência podem ser utiliza<strong>do</strong>s para comandar, por meio de temporiza<strong>do</strong>res<br />

independentes, a abertura e bloqueio de to<strong>do</strong>s os disjuntores <strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r<br />

de potência.<br />

1.4.5.2 Transforma<strong>do</strong>res / autotransforma<strong>do</strong>res cujo mais alto nível de tensão nominal é inferior a 345 kV<br />

To<strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r cujo mais alto nível de tensão seja inferior a 345 kV deve<br />

dispor de três conjuntos independentes de SISTEMA DE PROTEÇÃO:<br />

• PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA;<br />

• PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA;<br />

• PROTEÇÃO INTRÍNSECA.<br />

O tempo total de eliminação de faltas - incluin<strong>do</strong> o tempo de operação <strong>do</strong> relé de proteção, <strong>do</strong>s relés<br />

auxiliares e o tempo de abertura <strong>do</strong>s disjuntores <strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r pela<br />

PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA - não deve exceder a 150 ms.<br />

A função diferencial (87) da PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve utilizar enrolamentos <strong>do</strong>s<br />

transforma<strong>do</strong>res de corrente localiza<strong>do</strong>s próximos <strong>ao</strong>s disjuntores <strong>do</strong><br />

transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r de potência de forma a incluir em sua zona de proteção as ligações<br />

entre os disjuntores e o transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r de potência. A zona de proteção dessa<br />

função deve se superpor às zonas de proteção <strong>do</strong>s barramentos adjacentes.<br />

As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS compostas por relés diferenciais devem ter as<br />

seguintes funções:<br />

• Função diferencial percentual (87) com atuação individual por fase:<br />

- Número de circuitos de restrição igual <strong>ao</strong> número de transforma<strong>do</strong>res de corrente da malha<br />

diferencial e<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1031 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

- Restrição da atuação para correntes de magnetização (corrente de magnetização transitória<br />

e sobreexcitação) e desempenhos transitórios desiguais de transforma<strong>do</strong>res de corrente.<br />

As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem ter as seguintes funções:<br />

• Funções de sobrecorrente temporizada de fase (51) e de neutro (51N) vinculadas a cada um <strong>do</strong>s<br />

enrolamentos <strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r;<br />

• Funções de sobrecorrente temporizada de terra (51G) vinculadas a cada ponto de aterramento <strong>do</strong><br />

transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r; e<br />

• Funções de sobretensão de seqüência zero (59G) vinculada <strong>ao</strong> enrolamento terciário liga<strong>do</strong> em<br />

delta, para alarme de faltas à terra;<br />

A PROTEÇÃO INTRÍNSECA deve possuir as seguintes funções e características:<br />

• Função para detecção de faltas internas que ocasionem formação de gás (63) ou aumento de<br />

pressão interna (20);<br />

• Função de sobretemperatura <strong>do</strong> óleo (26) com <strong>do</strong>is níveis de atuação (advertência e urgência); e<br />

• Função de sobretemperatura <strong>do</strong> enrolamento (49) com <strong>do</strong>is níveis de atuação (advertência e<br />

urgência).<br />

A atuação <strong>do</strong>s SISTEMAS DE PROTEÇÃO deve atender à seguinte filosofia:<br />

A PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e as funções para detecção de faltas internas <strong>ao</strong><br />

transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r de potência, integrantes da PROTEÇÃO INTRÍNSECA, devem<br />

comandar a abertura e bloqueio de to<strong>do</strong>s os disjuntores <strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r de<br />

potência;<br />

A PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA deve comandar a abertura apenas <strong>do</strong>(s) disjuntor(es)<br />

<strong>do</strong> respectivo enrolamento;<br />

Os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura, integrantes da PROTEÇÃO<br />

INTRÍNSECA, devem ser utiliza<strong>do</strong>s para indicação e alarme.<br />

Os níveis de urgência podem ser utiliza<strong>do</strong>s para comandar, por meio de temporiza<strong>do</strong>res<br />

independentes, a abertura e o bloqueio de to<strong>do</strong>s os disjuntores <strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r<br />

de potência.<br />

1.4.6 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE REATORES EM DERIVAÇÃO<br />

Compreende o conjunto de equipamentos e acessórios necessários e suficientes para a eliminação de<br />

to<strong>do</strong>s os tipos de faltas internas - para a terra, entre fases ou entre espiras - em reatores monofásicos<br />

ou trifásicos, com neutro em estrela aterrada, conecta<strong>do</strong>s nas LINHAS DE TRANSMISSÃO ou em<br />

barramentos.<br />

To<strong>do</strong> reator deve dispor de três conjuntos independentes de SISTEMA DE PROTEÇÃO:<br />

• PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA;<br />

• PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA;<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1032 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

• PROTEÇÃO INTRÍNSECA (de acor<strong>do</strong> com a recomendação de seu fabricante).<br />

O tempo total de eliminação de faltas - incluin<strong>do</strong> o tempo de operação <strong>do</strong> relé de proteção, <strong>do</strong>s relés<br />

auxiliares e o tempo de abertura <strong>do</strong>s disjuntores pela PROTEÇÃO RESTRITA - não deve exceder a<br />

100 ms para reatores de tensão nominais iguais ou superiores a 345 kV ;<br />

A PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve ter função diferencial (87R) para cada fase;<br />

A PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA deve possuir as seguintes funções e características:<br />

• Função de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase e terra (50/51) e de neutro (50/51N)<br />

localizada no la<strong>do</strong> da LINHA DE TRANSMISSÃO ou <strong>do</strong> barramento <strong>do</strong> reator; e<br />

• Função de sobrecorrente temporizada de neutro (51N) ou de terra (51G) localizada no la<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

neutro <strong>do</strong> reator.<br />

A PROTEÇÃO INTRÍNSECA deve ter as seguintes funções e características:<br />

• Função para detecção de faltas internas que ocasionem formação de gás (63) ou aumento de<br />

pressão interna (20);<br />

• Função de sobretemperatura <strong>do</strong> óleo (26), com <strong>do</strong>is níveis de atuação (advertência e urgência);<br />

• Função de sobretemperatura <strong>do</strong> enrolamento (49) com <strong>do</strong>is níveis de atuação (advertência e<br />

urgência).<br />

A atuação <strong>do</strong>s SISTEMAS DE PROTEÇÃO deve atender à seguinte filosofia:<br />

• No caso de reatores manobráveis por disjuntor(es) próprio(s), as PROTEÇÕES UNITÁRIA OU<br />

RESTRITA e GRADATIVA OU IRRESTRITA e as funções de disparo das PROTEÇÕES<br />

INTRÍNSECAS devem comandar a abertura e o bloqueio <strong>do</strong>(s) disjuntor(es) <strong>do</strong> reator.<br />

• No caso de reatores diretamente conecta<strong>do</strong>s a LINHA DE TRANSMISSÃO, as PROTEÇÕES<br />

UNITÁRIA OU RESTRITA ou GRADATIVA OU IRRESTRITA e as funções de disparo das<br />

PROTEÇÕES INTRÍNSECAS devem comandar a abertura e o bloqueio <strong>do</strong>(s) disjuntor(es) locais e<br />

enviar transferência direta de disparo para o coman<strong>do</strong> de abertura <strong>do</strong>s disjuntores remotos,<br />

bloqueio <strong>do</strong> fechamento desses disjuntores e para o bloqueio <strong>do</strong>s esquemas de religamento<br />

automático <strong>do</strong>s disjuntores <strong>do</strong> terminal de LINHA DE TRANSMISSÃO; e<br />

• Os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura, integrantes da PROTEÇÃO<br />

INTRÍNSECA, devem ser utiliza<strong>do</strong>s para indicação e alarme.<br />

1.4.7 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS<br />

O SISTEMA DE PROTEÇÃO de barramentos compreende o conjunto de relés e acessórios<br />

necessários e suficientes para detectar e eliminar de to<strong>do</strong>s os tipos de faltas nas barras, com ou sem<br />

resistência de falta.<br />

Cada barramento da instalação – com exceção <strong>do</strong>s barramentos com arranjo em anel – deve ter pelo<br />

menos um conjunto independente de PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA.<br />

Em subestação com arranjo <strong>do</strong> tipo disjuntor e meio ou disjuntor duplo é veda<strong>do</strong> o uso de proteções de<br />

barra <strong>do</strong> tipo adaptativo que englobem os <strong>do</strong>is barramentos da instalação.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1033 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Em subestação com arranjo <strong>do</strong> tipo barra dupla com disjuntor simples, a proteção deve ser global e<br />

adaptativa, desligan<strong>do</strong> apenas os disjuntores conecta<strong>do</strong>s <strong>ao</strong> barramento defeituoso, para qualquer<br />

configuração operativa por manobra de seciona<strong>do</strong>ras.<br />

A PROTEÇÃO DE RETAGUARDA para faltas nos barramentos deve ser realizada pela PROTEÇÃO<br />

GRADATIVA OU IRRESTRITA <strong>do</strong>s terminais remotos das LINHAS DE TRANSMISSÃO e<br />

equipamentos liga<strong>do</strong>s <strong>ao</strong> barramento.<br />

O tempo total de eliminação de faltas – incluin<strong>do</strong> o tempo de operação <strong>do</strong> SISTEMA DE PROTEÇÃO<br />

<strong>do</strong> barramento, <strong>do</strong>s relés auxiliares e o tempo de abertura <strong>do</strong>s disjuntores - não deve ser superior a<br />

100 ms, para barramentos de tensões nominais iguais ou superiores a 345 kV e a 150 ms para os<br />

níveis de tensão nominal inferiores.<br />

No caso de falha da PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA <strong>do</strong> barramento, o tempo total para que as<br />

PROTEÇÕES DE RETAGUARDA eliminem faltas no barramento não deve ser superior a 500 ms, para<br />

barramentos de tensões nominais iguais ou superiores a 345 kV, e a 600 ms, para os níveis de tensão<br />

nominais inferiores.<br />

O SISTEMA DE PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve ter as seguintes funções e<br />

características:<br />

a. Ter proteção com princípio diferencial, por sobrecorrente diferencial percentual ou alta impedância<br />

(87), ou comparação de fase, para cada uma das três fases;<br />

b. Ser alimenta<strong>do</strong> por enrolamentos secundários, independentes <strong>do</strong>s transforma<strong>do</strong>res de corrente;<br />

c. Ter imunidade para os diferentes níveis de saturação <strong>do</strong>s transforma<strong>do</strong>res de corrente, com<br />

estabilidade para faltas externas e sensibilidade para faltas internas;<br />

d. Ter supervisão para os enrolamentos secundários <strong>do</strong>s transforma<strong>do</strong>res de corrente dentro de sua<br />

área de proteção, com bloqueio de atuação e alarme para o caso de abertura de circuito<br />

secundário; e<br />

e. Ser seletivo, para desligar apenas os disjuntores conecta<strong>do</strong>s à seção defeituosa <strong>do</strong> barramento.<br />

Em barramento com tensão nominal inferior a 345 kV, é admissível a utilização de esquema de<br />

proteção diferencial global.<br />

O SISTEMA DE PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve desligar e bloquear o fechamento de<br />

to<strong>do</strong>s os disjuntores <strong>do</strong> barramento protegi<strong>do</strong>.<br />

Novos vãos instala<strong>do</strong>s em subestações já existentes devem se adaptar <strong>ao</strong> SISTEMA DE PROTEÇÃO<br />

de barra já existente. Caso isto não seja possível, o SISTEMA DE PROTEÇÃO de barra deve ser<br />

substituída.<br />

1.4.8 SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR<br />

To<strong>do</strong> disjuntor da subestação deve ser protegi<strong>do</strong> por esquema para falha de disjuntor.<br />

O esquema <strong>do</strong> SISTEMA DE PROTEÇÃO para falha de disjuntor pode ser integra<strong>do</strong> <strong>ao</strong> SISTEMA DE<br />

PROTEÇÃO de barramentos.<br />

O tempo total para a eliminação de faltas pelo esquema de falha de disjuntores, incluin<strong>do</strong> o tempo de<br />

operação <strong>do</strong> relé de proteção, <strong>do</strong>s relés auxiliares e o tempo de abertura <strong>do</strong>s disjuntores, não deve<br />

exceder a 250 ms, para os níveis de tensão nominal igual ou superior a 345 kV, e a 300 ms para os<br />

níveis de tensão nominal inferiores a 345 kV.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1034 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

O SISTEMA DE PROTEÇÃO para falha de disjuntores deve ter funções de detecção de corrente<br />

(50BF) e de temporização (62BF), que podem ser integradas <strong>ao</strong>s SISTEMAS DE PROTEÇÃO das<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO e demais equipamentos, além de relé(s) de bloqueio (86BF). Deve<br />

atender, ainda, à seguinte filosofia:<br />

a. Ser aciona<strong>do</strong> por todas as proteções <strong>do</strong> disjuntor protegi<strong>do</strong>;<br />

b. Promover novo coman<strong>do</strong> de abertura no disjuntor protegi<strong>do</strong> (retrip), antes da atuação no relé de<br />

bloqueio;<br />

c. Comandar, para a eliminação da falha, a abertura e o bloqueio <strong>do</strong> fechamento <strong>do</strong> número mínimo<br />

de disjuntores adjacentes <strong>ao</strong> disjuntor defeituoso, e promover, se necessário, a transferência direta<br />

de disparo para o(s) disjuntor(es) remoto(s);<br />

Em transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res e reatores devem ser previstas lógicas de paralelismo entre<br />

os contatos representativos de esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s disjuntores e os contatos das unidades de supervisão de<br />

corrente (50BF), de forma a viabilizar a atuação <strong>do</strong> esquema de falha de disjuntor para to<strong>do</strong>s os tipos<br />

de defeitos nesses equipamentos, inclusive nos que não são capazes de sensibilizar os relés de<br />

supervisão de corrente <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> esquema. O SISTEMA DE PROTEÇÃO para falha de disjuntores<br />

não deve ser aciona<strong>do</strong> por coman<strong>do</strong> manual <strong>do</strong> disjuntor nem por eventuais SISTEMAS Especiais de<br />

Proteção – SEP.<br />

1.4.9 SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO<br />

O SISTEMA Especial de Proteção - SEP, a ser defini<strong>do</strong> nos estu<strong>do</strong>s pré-operacionais <strong>do</strong> ONS, deve<br />

ser implementa<strong>do</strong> por Unidades de Controle Digital (UCD), específico para processar emergências<br />

envolven<strong>do</strong> o SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL - SIN.<br />

Deve existir um SEP para cada subestação.<br />

As características descritas a seguir são específicas para o SEP e devem ser rigidamente observadas<br />

pela TRANSMISSORA:<br />

• As UCDs devem ser funcionalmente independentes das demais unidades <strong>do</strong> SISTEMA de<br />

Proteção Controle e Supervisão (SPCS) no que diz respeito <strong>ao</strong> desempenho das suas funções.<br />

Estas unidades devem estar conectadas à Via de da<strong>do</strong>s (VDD) somente para enviar e receber<br />

informações que devem ser exibidas nas Unidades de Supervisão e Operação (USO) das<br />

subestações e <strong>do</strong>s Centros de Operação;<br />

• Os SEPs das subestações devem estar diretamente conecta<strong>do</strong>s entre si e com os SEPs das<br />

demais subestações, incluin<strong>do</strong> as hoje existentes no sistema. Cada SEP deve ser <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de um<br />

mínimo de cinco portas seriais padrão RS-232C com Protocolo de Comunicação IEC-870-5-101<br />

encapsula<strong>do</strong> em TCP-IP;<br />

• Esta conexão deve ser dedicada à função (SEP) e deve atender <strong>ao</strong>s seguintes requisitos de tempo<br />

de resposta:<br />

- O tempo máximo (total) estima<strong>do</strong> para tomada de decisão de um SEP de determinada<br />

Subestação, em função da alteração de entradas digitais e / ou violação <strong>do</strong>s limites<br />

estabeleci<strong>do</strong>s para as funções supervisionadas ocorri<strong>do</strong>s em outra subestação, incluí<strong>do</strong>s os<br />

tempos de comunicação, deve ser menor ou igual a 200 ms;<br />

- Dentro de uma mesma subestação o tempo de atuação deve ser menor ou igual a 20 ms.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1035 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

• Caso a UCD proposta para o SEP não consiga desempenhar as funções especificadas a seguir, a<br />

TRANSMISSORA deve instalar os relés de proteção em quantidade e tipo necessários e<br />

suficientes para cumprir estas funções. Estes relés devem, também, ser exclusivos para a função<br />

SEP, não poden<strong>do</strong> ser compartilha<strong>do</strong>s com o SPCS.<br />

As seguintes funções devem ser desempenhadas pelas UCDs:<br />

• Função Direcional de Potência (para as LINHAS DE TRANSMISSÃO):<br />

- Atuação trifásica ou por fase;<br />

- Curva característica de tempo inversa;<br />

- Possibilidade de inversão da direcionalidade;<br />

- Facilidade de ajuste quanto <strong>ao</strong> ponto de atuação em termos de potência (W) ou corrente (A);<br />

- Dota<strong>do</strong> de saídas independentes para alarme e desligamento com reset local e remoto;<br />

- Interface com fibra óptica.<br />

• Função de Sub e Sobretensão (para as barras):<br />

- Atuação por fase;<br />

- Característica de tempo defini<strong>do</strong>;<br />

- Ajuste contínuo da função 27 na faixa de 0,3 a 0,8 da tensão nominal e da função 59 de 1,1 a<br />

1,6 da tensão nominal;<br />

- Exatidão melhor que 2%;<br />

- Interface com fibra óptica.<br />

• Função de Sub e Sobrefreqüência:<br />

- Possuir 04 estágios de freqüência independentes;<br />

- Faixa de ajuste mínima para cada estágio de operação: de 50 Hz a 70 Hz, ajustável em<br />

intervalos de 0,01 Hz;<br />

- Exatidão de ± 0,005 Hz <strong>do</strong> valor ajusta<strong>do</strong>;<br />

- A operação da unidade deverá ser bloqueada por subtensão, ajustável de 40 % a 80 % da<br />

- tensão nominal;<br />

- Cada unidade deve ser fornecida com funções para alarme e desligamento;<br />

- A atuação dessa unidade só deve ser possível após um perío<strong>do</strong> de avaliação não inferior a 3<br />

(três) ciclos, de forma a eliminar eventuais atuações indevidas provocadas por componente<br />

aperiódica ou outros transitórios na onda de tensão;<br />

- O tempo máximo de rearme dessa unidade deve ser de 50 ms;<br />

- O erro máximo admissível para cada temporiza<strong>do</strong>r deve ser de ± 5 %;<br />

- Circuitos de medição e saída independentes por estágios de atuação;<br />

- Interface com fibra óptica.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1036 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Devem ser disponibiliza<strong>do</strong>s os seguintes da<strong>do</strong>s para ligação <strong>ao</strong> controla<strong>do</strong>r lógico programável (CLP)<br />

<strong>do</strong> SISTEMA:<br />

• Entradas analógicas:<br />

- Fluxo de potência ativa em todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO, gera<strong>do</strong>res e<br />

-<br />

transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res;<br />

Tensão em todas as seções de barramento.<br />

• Entradas digitais:<br />

- Indicação de esta<strong>do</strong> (com <strong>do</strong>is contatos) de disjuntores, chaves secciona<strong>do</strong>ras, chaves de<br />

seleção de corte <strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>res (para usinas);<br />

- Indicação da atuação da proteção.<br />

• Saídas de controle:<br />

Dois contatos para coman<strong>do</strong> de abertura por disjuntor.<br />

Caso os estu<strong>do</strong>s pré-operacionais desenvolvi<strong>do</strong>s pelo ONS, por ocasião da entrada em operação <strong>do</strong><br />

empreendimento, não indicar a necessidade de instalação de SEP, a TRANSMISSORA fica liberada<br />

desse fornecimento imediato. Essa liberação fica condicionada <strong>ao</strong> seu fornecimento, durante to<strong>do</strong> o<br />

perío<strong>do</strong> de concessão <strong>do</strong> empreendimento, sem direito a receita adicional, se assim for recomenda<strong>do</strong><br />

pelo ONS, em função de necessidades sistêmicas.<br />

Se o empreendimento em questão estiver em área com SEP em operação, a TRANSMISSORA deverá<br />

verificar a necessidade de compatibilização de SEP a ser implanta<strong>do</strong> com o existente.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1037 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.5 SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE<br />

1.5.1 INTRODUÇÃO<br />

Este item descreve os requisitos de supervisão e controle que devem ser implanta<strong>do</strong>s para que seja<br />

assegurada a plena integração da supervisão e controle <strong>do</strong>s novos equipamentos à supervisão <strong>do</strong>s<br />

equipamentos existentes, garantin<strong>do</strong>-se, com isto, uma operação segura e com qualidade <strong>do</strong> sistema<br />

elétrico interliga<strong>do</strong>. Assim, são de responsabilidade <strong>do</strong> agente a aquisição e instalação de to<strong>do</strong>s os<br />

equipamentos, softwares e serviços necessários para a implementação <strong>do</strong>s requisitos especifica<strong>do</strong>s<br />

neste item e para a implementação <strong>do</strong>s recursos de telecomunicações, cujos requisitos são descritos<br />

em item à parte.<br />

Os requisitos de supervisão e controle são dividi<strong>do</strong>s em:<br />

• Requisitos gerais de supervisão e controle <strong>do</strong>s agentes, detalha<strong>do</strong>s em requisitos gerais,<br />

interligação de da<strong>do</strong>s e, recursos de supervisão e controle <strong>do</strong>s agentes.<br />

• Requisitos para a supervisão e controle de equipamentos pertencentes à rede de operação,<br />

dividi<strong>do</strong>s em interligação de da<strong>do</strong>s, informações requeridas para a supervisão <strong>do</strong> sistema elétrico,<br />

informações e telecoman<strong>do</strong>s requeri<strong>do</strong>s para o Controle Automático de Geração (CAG),<br />

telecoman<strong>do</strong>s requeri<strong>do</strong>s para o Controle Automático de Tensão (CAT), requisitos de qualidade de<br />

informação e, parametrizações.<br />

• Requisitos para o sequenciamento de eventos (SOE), dividi<strong>do</strong>s em interligação de da<strong>do</strong>s,<br />

informações requeridas para o sequenciamento de eventos e, requisitos de qualidade <strong>do</strong>s eventos.<br />

• Requisitos de supervisão <strong>do</strong> agente proprietário de instalações (subestações) compartilhadas da<br />

rede de operação.<br />

• Avaliação da disponibilidade e da qualidade <strong>do</strong>s recursos de supervisão e controle, dividi<strong>do</strong>s em<br />

item geral, conceito de indisponibilidade de recursos de supervisão e controle, conceito de<br />

qualidade <strong>do</strong>s recursos de supervisão e controle e, indica<strong>do</strong>res.<br />

• Requisitos de atualização das bases de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s SISTEMAS de supervisão e controle <strong>do</strong> ONS,<br />

dividi<strong>do</strong>s em requisitos para cadastramento <strong>do</strong>s equipamentos e, requisitos para teste de<br />

conectividade da(s) interconexão(ões) e testes ponto a ponto.<br />

1.5.2 REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES<br />

1.5.2.1 Requisitos gerais<br />

Todas as informações transferidas pelos agentes para o ONS, exceto quan<strong>do</strong> houver orientações<br />

explícitas <strong>do</strong> ONS em contrário, devem corresponder <strong>ao</strong>s da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s nas INSTALAÇÕES DE<br />

TRANSMISSÃO, que não devem passar por qualquer processamento prévio, como:<br />

a. Cálculos a partir de outras informações, exceção feita para os cálculos de conversão para valores<br />

de engenharia;<br />

b. Filtragens;<br />

c. Substituições por resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estima<strong>do</strong>r de esta<strong>do</strong>;<br />

d. Entradas manuais feitas pelo agente.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1038 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Todas as telemedições e sinalizações de esta<strong>do</strong>, especificadas posteriormente neste Anexo, devem<br />

ter indica<strong>do</strong>res de qualidade <strong>do</strong> da<strong>do</strong> relativos à coleta, descreven<strong>do</strong> as condições de supervisão<br />

local (da<strong>do</strong> fora de varredura, da<strong>do</strong> inváli<strong>do</strong>, da<strong>do</strong> sob entrada manual, etc.).<br />

Cabe <strong>ao</strong> ONS definir o conjunto de protocolos de comunicação a ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> nas interligações de<br />

da<strong>do</strong>s, e <strong>ao</strong> agente escolher um deles para suas interligações com ONS. Os seguintes protocolos<br />

deverão ser suporta<strong>do</strong>s pelos agentes, conforme apropria<strong>do</strong>:<br />

a. Para comunicação com remotas: IEC 870-5-101/104 ou DNP V3.0;<br />

b. Para interligação com outros centros de controle: ICCP.<br />

Os CD (Concentra<strong>do</strong>res de Da<strong>do</strong>s), se utiliza<strong>do</strong>s, devem ser capazes de identificar o esta<strong>do</strong><br />

operacional de to<strong>do</strong>s os SISTEMAS hierarquicamente a ele subordina<strong>do</strong>s e de transferir essas<br />

informações para o ONS.<br />

Os centros de operação <strong>do</strong> ONS identificam o esta<strong>do</strong> operacional das UTR (Unidade Terminal<br />

Remota) e <strong>do</strong>s CD diretamente a eles conecta<strong>do</strong>s a partir das trocas de informações nas<br />

correspondentes interligações de da<strong>do</strong>s. Esse esta<strong>do</strong> é modela<strong>do</strong> como sinalização de esta<strong>do</strong> nas<br />

bases de da<strong>do</strong>s de seus SISTEMAS de supervisão e controle.<br />

Ainda no caso de uso de CD para atendimento <strong>ao</strong> CAT e, quan<strong>do</strong> acorda<strong>do</strong> com o ONS, <strong>ao</strong> CAG,<br />

esses concentra<strong>do</strong>res devem ser capazes de rotear automaticamente telecoman<strong>do</strong>s emana<strong>do</strong>s pelo<br />

ONS para as instalações, sem intervenções manuais.<br />

Os SSCL (Sistema de Supervisão e Controle Local) ou as UTR de cada instalação com equipamentos<br />

na rede de operação devem:<br />

a. Ter seus relógios internos ajusta<strong>do</strong>s com exatidão melhor ou igual a 1 (um) ms, com sincronismo<br />

por GPS (Sistema de Posicionamento Global). Os SISTEMAS que atendam exclusivamente à<br />

supervisão de equipamentos da rede de supervisão não integrantes da rede de operação não<br />

precisam atender a esse requisito;<br />

b. Ter tempo máximo de reinicialização de 5 (cinco) minutos;<br />

c. Ser dimensiona<strong>do</strong>s para não perder eventos da SOE. Se ocorrer uma avalanche de eventos,<br />

to<strong>do</strong>s os eventos devem ser transferi<strong>do</strong>s para o ONS em até 5 (cinco) minutos.<br />

1.5.2.2 Interligação de da<strong>do</strong>s<br />

Conceito<br />

Considera-se como interligação de da<strong>do</strong>s o conjunto de equipamentos e SISTEMAS que se<br />

interponham entre o ponto de captação de da<strong>do</strong>s ou de aplicação de coman<strong>do</strong> no campo e cada um<br />

<strong>do</strong>s centros cita<strong>do</strong>s neste edital.<br />

Este conjunto poderá abranger, entre outros, os seguintes equipamentos:<br />

• SISTEMAS de Supervisão e Controle Locais (SSCL) ou UTR em usinas e subestações;<br />

• CD que podem ser SISTEMAS de supervisão e controle de um agente;<br />

• Enlace de da<strong>do</strong>s, ponto-a-ponto ou via redes tipo WAN (“Wide Área Network”), entre quaisquer<br />

destes SISTEMAS;<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1039 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

• Equipamentos de interfaceamento com comunicações (modems, rotea<strong>do</strong>res ou equivalentes) no<br />

centro de operação designa<strong>do</strong> pelo ONS.<br />

Requisitos<br />

É responsabilidade <strong>do</strong> agente prover todas as interligações de da<strong>do</strong>s necessárias para atender <strong>ao</strong>s<br />

requisitos de supervisão e controle especifica<strong>do</strong>s,.<br />

As interligações de da<strong>do</strong>s entre o(s) centro(s) de operação <strong>do</strong> ONS e as diversas instalações a serem<br />

supervisionadas pelo ONS são definidas pelos agentes e apresentadas <strong>ao</strong> ONS, deven<strong>do</strong> estar em<br />

conformidade com os requisitos de supervisão e controle apresenta<strong>do</strong>s neste edital.<br />

São exigi<strong>do</strong>s requisitos diferentes para diferentes tipos de recursos de supervisão e controle, o que<br />

pode levar à necessidade de uso de interligações com características distintas, quais sejam:<br />

a. Interligações para atender <strong>ao</strong>s requisitos <strong>do</strong> CAG.<br />

Estas interligações apresentam as seguintes peculiaridades:<br />

• Estão restritas às instalações necessárias à operação <strong>do</strong> CAG, normalmente usinas e<br />

subestações que interligam áreas de controle distintas;<br />

• Cada interligação transporta um conjunto de da<strong>do</strong>s relativamente pequeno, com uma ordem<br />

de grandeza que varia de uma unidade a algumas dezenas;<br />

• Devem ser configuradas como uma ligação direta entre o(s) centro(s) de operação <strong>do</strong> ONS e<br />

as instalações, não sen<strong>do</strong> aceitável o uso de CD, exceto quan<strong>do</strong> acorda<strong>do</strong> com o ONS;<br />

• Exigem taxas de transferências de da<strong>do</strong>s relativamente altas, com perío<strong>do</strong>s de aquisição<br />

menores ou iguais a 2 (<strong>do</strong>is) segun<strong>do</strong>s;<br />

• Em virtude de suas características, podem requerer equipamentos especiais nas instalações<br />

para a recepção de telecoman<strong>do</strong>s e a aquisição e transferência das informações para o ONS;<br />

• Excepcionalmente, mediante acor<strong>do</strong> firma<strong>do</strong> caso a caso com o ONS, essas interligações<br />

poderão ser compartilhadas com as interligações utilizadas para atender <strong>ao</strong>s requisitos das<br />

funções tradicionais de supervisão e controle, desde que atendi<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os requisitos de<br />

CAG.<br />

b. Interligações para atender <strong>ao</strong>s requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle.<br />

São as interligações comumente utilizadas para a aquisição de da<strong>do</strong>s eletro-energéticos pelos<br />

SISTEMAS de supervisão e controle, que se caracterizem por:<br />

• Cobrirem todas as instalações (usinas e subestações) sob responsabilidade de um<br />

determina<strong>do</strong> centro de operação <strong>do</strong> ONS;<br />

• Transportarem informações com perío<strong>do</strong>s de aquisição que variam de poucos segun<strong>do</strong>s a<br />

vários minutos e, em alguns casos, ações de controle;<br />

• Abrangem um grande volume de da<strong>do</strong>s;<br />

• Conectam as instalações, CD ou centros de operação <strong>do</strong> agente <strong>ao</strong>s centros de operação <strong>do</strong><br />

ONS.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1040 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

c. As interligações para atender à SOE, caracterizam-se por transportar as informações de<br />

seqüência de eventos coletadas nas instalações quan<strong>do</strong> da ocorrência de perturbações e devem<br />

ser transferidas <strong>ao</strong>s centros de operação <strong>do</strong> ONS, em tempo real, pela mesma interligação de<br />

da<strong>do</strong>s utilizada para atender <strong>ao</strong>s requisitos de supervisão e controle. Para as informações<br />

definidas para trafegarem neste tipo de interligação (SOE), é vetada a passagem por qualquer<br />

tipo de processamento, como filtragem ou cálculos.<br />

d. Além dessas interligações, existem interligações que trafegam informações com alta taxa de<br />

aquisição utilizada pelo ONS para a detecção de ilhamento. As informações transferidas se<br />

constituem em medições de freqüência em Hz em barramentos seleciona<strong>do</strong>s da REDE BÁSICA.<br />

Para essas interligações, o agente se responsabiliza pela disponibilidade da medição na<br />

instalação. Um acor<strong>do</strong> entre o agente e o ONS, estabeleci<strong>do</strong> caso a caso, define a forma e os<br />

recursos que serão utiliza<strong>do</strong>s para a transferência das informações <strong>ao</strong> ONS.<br />

1.5.2.3 Recursos de supervisão e controle <strong>do</strong>s agentes<br />

Entenda-se como recurso de supervisão e controle <strong>do</strong>s agentes o conjunto forma<strong>do</strong> por:<br />

• Ponto de captação de da<strong>do</strong>s ou de aplicação de coman<strong>do</strong> no campo, ou seja, transdutores, relés<br />

de interposição, regula<strong>do</strong>res de velocidade / potência e outros equipamentos;<br />

• Interligação de da<strong>do</strong>s, ou seja, o conjunto de equipamentos e SISTEMAS que se interponham<br />

entre o ponto de captação de da<strong>do</strong>s ou de aplicação de coman<strong>do</strong> no campo e os computa<strong>do</strong>res<br />

de comunicação <strong>do</strong> centro de operação <strong>do</strong> ONS.<br />

Os agentes proprietários de equipamentos enquadra<strong>do</strong>s em algum item deste edital devem fornecer<br />

os recursos necessários para atender os requisitos de supervisão e controle exigi<strong>do</strong>s pelo ONS,<br />

incluin<strong>do</strong> as interligações de da<strong>do</strong>s.<br />

Para a entrada em operação de novos empreendimentos, é necessário que sejam atendi<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os<br />

requisitos defini<strong>do</strong>s neste edital e os recursos devem estar completamente testa<strong>do</strong>s e prontos para<br />

operar junto com os demais equipamentos <strong>do</strong> empreendimento.<br />

Os SSCL ou UTR devem atender <strong>ao</strong>s requisitos de supervisão e controle exigi<strong>do</strong>s pelo ONS,<br />

apresenta<strong>do</strong>s neste edital.<br />

Os SISTEMAS de transmissão de da<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s nas interligações de da<strong>do</strong>s devem atender <strong>ao</strong>s<br />

requisitos descritos neste anexo técnico, no item “Requisitos técnicos <strong>do</strong> SISTEMA de<br />

telecomunicações”.<br />

1.5.3 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE OPERAÇÃO<br />

Este item define os requisitos de supervisão e controle necessários às funções de supervisão e<br />

controle <strong>do</strong> ONS, aplicáveis <strong>ao</strong>s equipamentos pertencentes à rede de operação.<br />

Os requisitos necessários à função de seqüenciamento de eventos são objetos de um item à parte.<br />

1.5.3.1 Interligação de da<strong>do</strong>s<br />

Os recursos especifica<strong>do</strong>s neste subitem devem ser disponibiliza<strong>do</strong>s, através das seguintes<br />

interligações de da<strong>do</strong>s, conceituadas anteriormente:<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1041 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

a. Interligações para atender <strong>ao</strong>s requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle;<br />

b. Interligações para atender <strong>ao</strong>s requisitos <strong>do</strong> CAG.<br />

1.5.3.2 Informações requeridas para a supervisão <strong>do</strong> sistema elétrico<br />

Os requisitos necessários <strong>ao</strong> sequenciamento de eventos são trata<strong>do</strong>s em um item a parte.<br />

Para cada equipamento da rede de operação, as seguintes informações de grandezas analógicas e<br />

de sinalizações de esta<strong>do</strong> devem ser transferidas para o SISTEMA de supervisão e controle <strong>do</strong> centro<br />

de operação designa<strong>do</strong> pelo ONS para coordenar a operação desse centro, conforme especifica<strong>do</strong> a<br />

seguir:<br />

Medições analógicas<br />

Todas as medições deverão ser feitas de forma individualizada e transferidas periodicamente <strong>ao</strong>s<br />

centros de operação.<br />

O perío<strong>do</strong> de transferência deve ser parametrizável por centro, deven<strong>do</strong> os SISTEMAS ser<br />

projeta<strong>do</strong>s para suportar perío<strong>do</strong>s de aquisição de pelo menos 4 segun<strong>do</strong>s e, em alguns casos, de<br />

6(seis) segun<strong>do</strong>s, perío<strong>do</strong>s esses defini<strong>do</strong>s em comum acor<strong>do</strong> entre o agente e o ONS.<br />

As seguintes medições devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação:<br />

• 1 (uma) medição <strong>do</strong> módulo de tensão fase-fase em kV de cada secção de barramento que<br />

possa formar um nó elétrico ou, caso seja a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> o arranjo em anel, uma medição <strong>do</strong> módulo<br />

de tensão fase-fase em kV nos terminais de cada equipamento que a ele se conectem (LINHAS<br />

DE TRANSMISSÃO, transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res, etc.);<br />

• A medição de tensão deve ser reportada <strong>ao</strong> ONS como sen<strong>do</strong> fase-fase, no entanto, este valor<br />

pode ser obti<strong>do</strong> por cálculo a partir de uma medição fase-neutro;<br />

• 1 (uma) medição <strong>do</strong> módulo de tensão fase-fase em kV no ponto de conexão entre a LINHA DE<br />

TRANSMISSÃO e a(s) compensação(ões) série, caso a instalação contemple compensação<br />

série na(s) LINHA(S) DE TRANSMISSÃO;<br />

• Potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar em todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO;<br />

• Corrente em uma das fases em ampere nos terminais de todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO;<br />

• 1 (uma) medição <strong>do</strong> módulo de tensão fase-fase em kV de cada terminal de LINHA DE<br />

TRANSMISSÃO;<br />

• Potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar e corrente em uma das fases em ampéres de<br />

to<strong>do</strong>s os enrolamentos de transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res;<br />

• Potência trifásica reativa em Mvar de to<strong>do</strong>s os equipamentos de compensação reativa<br />

dinâmicos, tais como compensa<strong>do</strong>res síncronos e compensa<strong>do</strong>res estáticos controláveis;<br />

• Posição de tape de transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res equipa<strong>do</strong>s com comuta<strong>do</strong>res sob<br />

carga, desde que tecnicamente viável. Inviabilidade desse tipo, se constatada, deve ser<br />

eliminada quan<strong>do</strong> da substituição <strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r;<br />

• 1 (uma) medição <strong>do</strong> módulo de tensão fase-fase em kV para<br />

transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res, excetuan<strong>do</strong>-se aquele na fronteira da rede de operação.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1042 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Esta medição deve ser no la<strong>do</strong> liga<strong>do</strong> à barra de menor potência de curto-circuito, geralmente o<br />

de menor tensão, caso o ONS não explicite que seja no outro la<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r.<br />

As seguintes informações analógicas, específicas a sistemas de transmissão de corrente contínua<br />

(CC), devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação:<br />

• Corrente CC por pólo;<br />

• Tensão CC por conversor e tensão CC por pólo (tanto no retifica<strong>do</strong>r como no inversor);<br />

• Potência CC por pólo (tanto no retifica<strong>do</strong>r como no inversor);<br />

• Corrente em ampere nos eletro<strong>do</strong>s de terra por bipolo;<br />

• Nível de harmônico (mV) nos filtros;<br />

• Limites de potência em vigência por conversor (função de temperatura, umidade, etc.).<br />

Sinalização de esta<strong>do</strong><br />

Devem ser considera<strong>do</strong>s os esta<strong>do</strong>s referentes:<br />

a. A to<strong>do</strong>s os disjuntores e chaves utiliza<strong>do</strong>s nos barramentos e nas conexões de equipamentos<br />

da rede de operação, aí incluídas as chaves de by pass. Esse requisito é aplicável tanto a<br />

sistemas de geração e transmissão em corrente alternada quanto a sistemas de transmissão<br />

em corrente contínua (incluin<strong>do</strong> filtros), sen<strong>do</strong> que, para os disjuntores, é necessário que a<br />

sinalização seja acompanhada <strong>do</strong> selo de tempo.<br />

b. Aos esta<strong>do</strong>s operacionais e alarmes <strong>do</strong>s equipamentos utiliza<strong>do</strong>s nos SISTEMAS especiais de<br />

proteção. Se esses SISTEMAS tiverem atuações em instalações fora da rede de operação,<br />

devem ser buscadas alternativas de monitoração, definidas em comum acor<strong>do</strong> entre o ONS e o<br />

agente;<br />

c. À indicação de atuação de disjuntores pela proteção ou por ação <strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r;<br />

d. Aos relés de bloqueio, com selo de tempo;<br />

e. Ao esta<strong>do</strong> operacional de dispositivos de controle de FACTS, tais como os power oscillation<br />

dampers das compensações série de LINHAS DE TRANSMISSÃO;<br />

f. Ao esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s comuta<strong>do</strong>res sob carga (em automático/manual/remoto);<br />

g. Aos alarmes de temperatura de rotor e estator de compensa<strong>do</strong>res síncronos;<br />

h. Aos alarmes de temperatura de enrolamento e óleo de transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res e<br />

reatores;<br />

i. Ao esta<strong>do</strong> operacional de UTR e SSCL subordina<strong>do</strong>s a CD;<br />

j. Às seguintes indicações de esta<strong>do</strong> com selo de tempo, específicas de sistemas de transmissão<br />

de corrente contínua, devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação:<br />

- Mo<strong>do</strong> de controle da potência por pólo: síncrono ou assíncrono (potência ou corrente);<br />

- Esta<strong>do</strong>s relativos <strong>ao</strong> controle de seqüência: partida e parada <strong>do</strong>s conversores (conjunto ou<br />

separa<strong>do</strong>);<br />

- condição <strong>do</strong>s conversores (bloquea<strong>do</strong>s/disponíveis);<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1043 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

- Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s sinais adicionais existentes tais como freqüência 60, estabilização 50, etc:<br />

liga<strong>do</strong>s/desliga<strong>do</strong>s;<br />

- Esta<strong>do</strong> de operação em HMC (alto consumo de reativo) por pólo;<br />

- Esta<strong>do</strong> de operação por pólo: tensão normal ou tensão reduzida;<br />

- Esta<strong>do</strong> da operação <strong>do</strong> elo em paralleling control (paralelismo de pólos);<br />

- Estação mestre (retifica<strong>do</strong>ra ou inversora);<br />

- Rampa interrompida.<br />

k. Aos seguintes alarmes, específicos de sistemas de transmissão de corrente contínua, que<br />

devem ser coleta<strong>do</strong>s e transferi<strong>do</strong>s para os centros de operação:<br />

- alarme de detecção de baixa tensão de corrente alternada (CA);<br />

- sobrecarga harmônica;<br />

- alarme de número de filtros menor que mínimo (função da potência e número de<br />

conversores por tipo de filtro (ordem harmônico).<br />

Ainda com relação à sinalização de esta<strong>do</strong>, devem-se observar os seguintes requisitos:<br />

a. O SISTEMA de supervisão e controle da instalação ou a UTR ou o CD, se utiliza<strong>do</strong>, deve estar<br />

apto a responder a varreduras de integridade feitas pelo ONS, que podem ser periódicas, com<br />

perío<strong>do</strong> parametrizável, tipicamente a cada 1 (uma) hora, sob demanda ou por evento, como por<br />

exemplo, uma reinicialização <strong>do</strong>s recursos de supervisão e controle <strong>do</strong> ONS;<br />

Os SSCL ou as UTR de cada instalação com equipamentos na rede de operação devem ser<br />

capazes de armazenar o selo de tempo das sinalizações com uma exatidão melhor ou igual a 1<br />

(um) ms, utilizan<strong>do</strong> o relógio interno <strong>do</strong> SISTEMA que deve ter a exatidão especificada no item<br />

“Requisitos gerais <strong>do</strong>s SISTEMAS de supervisão <strong>do</strong>s agentes”.<br />

b. Todas as sinalizações devem ser reportadas por exceção.<br />

c. Excepcionalmente, a critério <strong>do</strong> ONS, podem ser reduzi<strong>do</strong>s os requisitos de abrangência da<br />

supervisão de barramentos na fronteira da rede de operação e <strong>do</strong>s equipamentos a eles<br />

conecta<strong>do</strong>s, tais como aqueles aplicáveis a barramentos de terciário de<br />

transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res e a barramentos <strong>do</strong> la<strong>do</strong> de baixa de<br />

transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res na fronteira da rede de operação.<br />

1.5.3.3 Informações e telecoman<strong>do</strong>s requeri<strong>do</strong>s para o Controle Automático de Geração (CAG)<br />

Caracterização <strong>do</strong>s centros de operação que recebem as informações<br />

O SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN) está dividi<strong>do</strong> em áreas de controle de freqüência e<br />

intercâmbio. Essas áreas são as redes de atuação <strong>do</strong>s centros de operação <strong>do</strong> ONS.<br />

As informações de tempo real necessárias <strong>ao</strong> CAG devem ser enviadas, dependen<strong>do</strong> de sua<br />

utilização, para um ou mais centros de operação <strong>do</strong> ONS, conforme abaixo descrito:<br />

a. Centro de operação <strong>do</strong> ONS que controla o CAG da área a que pertence a instalação,<br />

normalmente o centro de operação designa<strong>do</strong> pelo ONS para coordenar a operação da<br />

instalação;<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1044 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

b. Centros de operação <strong>do</strong> ONS responsáveis pelo controle <strong>do</strong> CAG das áreas adjacentes à área <strong>do</strong><br />

centro de operação designa<strong>do</strong> pelo ONS para coordenar a operação da instalação;<br />

c. Centros de operação <strong>do</strong> ONS passíveis de assumir o CAG da área sob responsabilidade <strong>do</strong><br />

centro de operação designa<strong>do</strong> pelo ONS para coordenar a operação da instalação.<br />

Informações requeridas pelo centro de operação que controla o CAG<br />

As seguintes informações utilizadas pelo CAG devem ser coletadas e transmitidas para este centro<br />

de operação:<br />

a. Freqüência em Hz em barramentos designa<strong>do</strong>s pelo ONS em rotina específica;<br />

b. Potência ativa trifásica em MW em to<strong>do</strong>s os pontos de interligação com outras áreas de controle,<br />

que pode ser totalizada por instalação e por área;<br />

c. Outras de geração e usinas, que não se referem <strong>ao</strong> presente Anexo Técnico.<br />

Informações requeridas pelo centro de operação controla<strong>do</strong>r das áreas adjacentes.<br />

As informações de potência ativa trifásica em MW em to<strong>do</strong>s os pontos de interligação com outras<br />

áreas de controle, que pode ser totalizada por instalação e por área, devem ser coletadas nas<br />

instalações de interligação e transmitidas para os centros de operação controla<strong>do</strong>res das áreas<br />

adjacentes.<br />

Informações requeridas pelos centros de operação <strong>do</strong> ONS passíveis de assumir o CAG de uma ou<br />

mais áreas que se interligam.<br />

Para viabilizar as transferências de área de controle <strong>do</strong> CAG, o ONS identifica em rotina específica,<br />

instalações em que as informações de potência ativa trifásica em MW nos pontos de interligação<br />

indica<strong>do</strong>s pelo ONS, que pode ser totalizada por instalação e por área, devem ser coletadas e<br />

transmitidas para um ou mais centros de operação passíveis de assumir uma determinada área de<br />

controle.<br />

1.5.3.4 Telecoman<strong>do</strong>s requeri<strong>do</strong>s para o Controle Automático de Tensão<br />

Pode ocorrer que, por razões sistêmicas, seja necessário o uso de CAT (Controle Automático de<br />

Tensão pelo ONS). Os CAT são instala<strong>do</strong>s em seus centros de operação, atuan<strong>do</strong> via telecoman<strong>do</strong><br />

em equipamentos tais como comuta<strong>do</strong>res sob carga de transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res,<br />

compensa<strong>do</strong>res síncronos e compensa<strong>do</strong>res estáticos controláveis, resguarda<strong>do</strong> suas limitações<br />

operativas declaradas pelos agentes.<br />

Excluem-se das ações <strong>do</strong> CAT a energização e desenergização de equipamentos.<br />

1.5.3.5 Requisitos de qualidade da informação<br />

Exatidão da medição<br />

Todas as medições de tensão devem ser efetuadas por equipamentos cuja classe de precisão<br />

garanta uma exatidão mínima de 1% e as demais de 2%. Tal exatidão deve englobar toda a cadeia<br />

de equipamentos utiliza<strong>do</strong>s, tais como transforma<strong>do</strong>res de corrente, de tensão, transdutores,<br />

conversores analógico/digital, etc.<br />

Idade <strong>do</strong> da<strong>do</strong><br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1045 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Define-se como idade máxima <strong>do</strong> da<strong>do</strong> o intervalo de tempo máximo entre o instante de ocorrência<br />

de seu valor na instalação (processo) e sua recepção no(s) centro(s) designa<strong>do</strong>(s) pelo ONS.<br />

O tempo necessário para a chegada de um da<strong>do</strong> <strong>ao</strong> centro designa<strong>do</strong> pelo ONS inclui o tempo de<br />

aquisição <strong>do</strong> da<strong>do</strong> na instalação, processamento da grandeza e transmissão desse da<strong>do</strong> através <strong>do</strong>s<br />

enlaces de comunicação até o centro.<br />

A idade máxima de um da<strong>do</strong> analógico coleta<strong>do</strong> para o CAG deve ser inferior à soma <strong>do</strong> tempo de<br />

varredura adiciona<strong>do</strong> de:<br />

− 2 (<strong>do</strong>is) segun<strong>do</strong>s em média;<br />

− 5 (cinco) segun<strong>do</strong>s no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média<br />

de 2(<strong>do</strong>is) segun<strong>do</strong>s.<br />

A idade máxima para os demais da<strong>do</strong>s analógicos deve ser inferior à soma <strong>do</strong> tempo de varredura<br />

adiciona<strong>do</strong> de:<br />

− 4 (quatro) segun<strong>do</strong>s em média;<br />

− 10 (dez) segun<strong>do</strong>s no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média<br />

de 4(<strong>do</strong>is) segun<strong>do</strong>s.<br />

A idade máxima de um da<strong>do</strong> coleta<strong>do</strong> por exceção deve ser inferior a 8(oito) segun<strong>do</strong>s.<br />

Estes requisitos não se aplicam à transmissão das informações de seqüência de eventos.<br />

Banda morta e varredura de integridade.<br />

Os protocolos que transmitem medições analógicas por exceção devem ter uma banda morta e<br />

varredura de integridade definidas em comum acor<strong>do</strong> entre o ONS e o agente. As definições obtidas<br />

nestes acor<strong>do</strong>s não devem prejudicar a exatidão das medidas, conforme defini<strong>do</strong> acima.<br />

Enquanto um acor<strong>do</strong> formal não for firma<strong>do</strong> entre o ONS e o agente, a UTR e/ou SSCL devem ser<br />

configura<strong>do</strong>s com um valor inicial de banda morta de 0,1% <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> de escala, ou <strong>do</strong> último valor li<strong>do</strong><br />

e deve suportar varreduras de integridade com perío<strong>do</strong>s menores ou iguais a 30 (trinta) minutos.<br />

Demais requisitos de qualidade para informações necessárias <strong>ao</strong> CAG.<br />

O perío<strong>do</strong> de aquisição dessas grandezas pelos centros de operação <strong>do</strong> ONS deve estar de acor<strong>do</strong><br />

com os padrões exigi<strong>do</strong>s pelos SISTEMAS de CAG <strong>do</strong>s centros de operação designa<strong>do</strong>s pelo ONS e<br />

deve ser menor ou igual a 2 (<strong>do</strong>is) segun<strong>do</strong>s.<br />

Todas as medições devem ser obtidas da mesma fonte, de tal forma que se garanta que to<strong>do</strong>s os<br />

SISTEMAS as recebam exatamente iguais, mesmo que transmitidas para diferentes centros de<br />

operação e em diferentes enlaces e protocolos.<br />

1.5.3.6 Parametrizações<br />

To<strong>do</strong>s os perío<strong>do</strong>s de aquisição acima especifica<strong>do</strong>s devem ser parametrizáveis, e os valores<br />

apresenta<strong>do</strong>s se constituem em níveis mínimos.<br />

1.5.4 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS<br />

1.5.4.1 Interligação de da<strong>do</strong>s<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1046 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Os recursos especifica<strong>do</strong>s neste item devem ser disponibiliza<strong>do</strong>s através das mesmas interligações<br />

de da<strong>do</strong>s utilizadas para atender <strong>ao</strong>s requisitos de supervisão e controle, conforme conceituação feita<br />

anteriormente.<br />

1.5.4.2 Informações requeridas para o sequenciamento de eventos<br />

Sempre que o equipamento dispuser das proteções abaixo citadas, as seguintes informações devem<br />

ser coletadas e transferidas pelo agente proprietário <strong>do</strong> equipamento para o ONS:<br />

Transforma<strong>do</strong>res e autotransforma<strong>do</strong>res:<br />

- Atuação por proteção de sobrecorrente <strong>do</strong> comuta<strong>do</strong>r sob carga;<br />

- Disparo por sobretemperatura <strong>do</strong> óleo;<br />

- Disparo por sobretemperatura <strong>do</strong> enrolamento;<br />

- Disparo da proteção de gás;<br />

- Disparo da proteção de sobretensão de seqüência zero para o enrolamento terciário em ligação<br />

delta;<br />

- Disparo da válvula de alívio de pressão;<br />

- Disparo da proteção de gás <strong>do</strong> comuta<strong>do</strong>r de derivações;<br />

- Disparo da proteção diferencial (por fase);<br />

- Disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro (por enrolamento);<br />

- Disparo <strong>do</strong> relé de bloqueio;<br />

Reatores:<br />

- Disparo da proteção de sobretemperatura <strong>do</strong> óleo;<br />

- Disparo da proteção de sobretemperatura <strong>do</strong> enrolamento;<br />

- Disparo da proteção de gás;<br />

- Disparo da válvula de alívio de pressão;<br />

- Disparo da proteção diferencial (por fase);<br />

- Disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro;<br />

- Disparo <strong>do</strong> relé de bloqueio.<br />

Bancos de capacitores:<br />

- Disparo da proteção de desequilíbrio de neutro;<br />

- Disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro;<br />

- Disparo da proteção de sobretensão;<br />

- Disparo <strong>do</strong> relé de bloqueio.<br />

Linhas de Transmissão:<br />

- Partida da PROTEÇÃO PRINCIPAL de fase (por fase), nos casos em que o disparo da proteção<br />

de fase não indique a(s) fase(s) defeituosa(s);<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1047 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

- Disparo da PROTEÇÃO PRINCIPAL de fase;<br />

- Partida da PROTEÇÃO ALTERNADA de fase (por fase), nos casos em que o disparo da<br />

proteção de fase não indique a(s) fase(s) defeituosa(s);<br />

- Disparo da PROTEÇÃO ALTERNADA de fase;<br />

- Partida da PROTEÇÃO PRINCIPAL de neutro (por fase), nos casos em que o disparo da<br />

proteção não indique a fase defeituosa;<br />

- Disparo da PROTEÇÃO PRINCIPAL de neutro;<br />

- Partida da PROTEÇÃO ALTERNADA de neutro (por fase), nos casos em que o disparo da<br />

proteção não indique a fase defeituosa;<br />

- Disparo da PROTEÇÃO ALTERNADA de neutro;<br />

- Partida <strong>do</strong> religamento automático;<br />

- Disparo por sobretensão;<br />

- Atuação da lógica de bloqueio por oscilação de potência;<br />

- Disparo da proteção para perda de sincronismo;<br />

- Transmissão de sinal de desbloqueio / bloqueio ou sinal permissivo da teleproteção;<br />

- Transmissão de sinal de transferência de disparo da teleproteção;<br />

- Recepção de sinal de desbloqueio / bloqueio ou sinal permissivo da teleproteção;<br />

- Disparo por recepção de sinal de transferência de disparo da teleproteção;<br />

- Atuação da lógica de bloqueio por perda de potencial;<br />

- Disparo da 2ª zona da proteção de distância;<br />

- Disparo da 3ª zona da proteção de distância;<br />

- Disparo da 4ª zona da proteção de distância;<br />

- Disparo da proteção de sobrecorrente direcional de neutro temporizada;<br />

- Disparo da proteção de sobrecorrente direcional de neutro instantânea;<br />

- Disparo <strong>do</strong> relé de bloqueio.<br />

Barramentos:<br />

- Atuação da proteção diferencial (por fase);<br />

- Disparo da proteção de sobretensão;<br />

- Disparo <strong>do</strong> relé de bloqueio.<br />

Compensa<strong>do</strong>res síncronos:<br />

- Atuação da proteção diferencial;<br />

- Disparo da proteção de desequilíbrio de corrente <strong>do</strong> estator;<br />

- Disparo da proteção de perda de excitação (perda de campo);<br />

- Disparo da proteção de falta à terra no estator;<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1048 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

- Disparo da proteção de falta à terra no rotor;<br />

- Disparo da proteção de sobretemperatura <strong>do</strong> estator e rotor;<br />

- Disparo da proteção de sobretensão;<br />

- Disparo da proteção de subfreqüência;<br />

- Disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro;<br />

- Disparo <strong>do</strong> relé de bloqueio.<br />

Compensa<strong>do</strong>res estáticos:<br />

- Para os equipamentos COMPONENTES <strong>do</strong> compensa<strong>do</strong>r, incluin<strong>do</strong> o transforma<strong>do</strong>r abaixa<strong>do</strong>r,<br />

reatores e capacitores:<br />

i. Disparo das PROTEÇÕES INTRÍNSECAS <strong>do</strong>s equipamentos, conforme especifica<strong>do</strong> para<br />

o respectivo equipamento.<br />

- Para os equipamentos controla<strong>do</strong>s por tiristor:<br />

i. Disparo da proteção de faltas à terra no compensa<strong>do</strong>r;<br />

ii. Disparo da proteção para faltas no módulo capacitor;<br />

iii. Disparo da proteção para faltas no módulo reator;<br />

iv. Disparo da proteção para desequilíbrio de corrente ou tensão para cada módulo de filtro;<br />

v. Disparo da proteção de seqüência negativa <strong>do</strong>s tiristores – 2º estágio;<br />

- Disparo <strong>do</strong> relé de bloqueio.<br />

Disjuntores:<br />

- Mudança de posição;<br />

- Disparo da proteção de discordância de pólos;<br />

- Alarme de fechamento bloquea<strong>do</strong>;<br />

- Alarme de abertura bloqueada;<br />

- Disparo da proteção de falha <strong>do</strong> disjuntor;<br />

- Alarme de sobrecarga <strong>do</strong> disjuntor central;<br />

- Disparo <strong>do</strong> relé de bloqueio.<br />

SISTEMAS Especiais de Proteção:<br />

- To<strong>do</strong>s os disparos e alarmes.<br />

1.5.4.3 Requisitos de qualidade <strong>do</strong>s eventos<br />

Resolução <strong>do</strong> selo de tempo<br />

Entende-se como resolução a capacidade de discriminar eventos ocorri<strong>do</strong>s em tempos distintos.<br />

Exatidão <strong>do</strong> selo de tempo<br />

Entende-se como exatidão o grau de aproximação <strong>do</strong> selo de tempo <strong>ao</strong> tempo absoluto de ocorrência<br />

<strong>do</strong> evento.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1049 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Requisitos<br />

As UTR ou os SISTEMAS de supervisão e controle das instalações devem ser capazes de armazenar<br />

informações para o seqüenciamento de eventos com uma resolução entre eventos menor ou igual a 5<br />

(cinco) ms. A exatidão <strong>do</strong> selo de tempo associa<strong>do</strong> a cada evento deve ser menor ou igual 1 (um) ms.<br />

Valores de resolução e/ou de exatidão menores que esse podem ser estabeleci<strong>do</strong>s pelo ONS em<br />

conjunto com os agentes, desde que venha a ser comprovada a sua viabilidade no tocante à<br />

disponibilidade de recursos tecnológicos a custos adequa<strong>do</strong>s.<br />

A base de tempo utilizada para o registro da seqüência de eventos deve ser o relógio de tempo da<br />

UTR/SSCL, cujas características são apresentadas no item 1.5.2.1-“Requisitos Gerais”.<br />

A relação de eventos apresentada anteriormente deste <strong>do</strong>cumento está baseada numa filosofia de<br />

proteção padrão. Os agentes podem utilizar diferentes filosofias e tecnologias, desde que atendam <strong>ao</strong><br />

disposto nos requisitos de proteção. Cabe <strong>ao</strong> agente mapear, sempre que aplicável, os eventos aqui<br />

apresenta<strong>do</strong>s com aqueles efetivamente implementa<strong>do</strong>s na instalação. Cabe também <strong>ao</strong> agente a<br />

implementação de processamentos e/ou combinação de sinais na instalação que venham a ser<br />

necessários para a disponibilidade <strong>do</strong>s sinais aqui requeri<strong>do</strong>s.<br />

1.5.5 ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS<br />

A supervisão e controle é um <strong>do</strong>s pilares da operação em tempo real <strong>do</strong> sistema elétrico, estan<strong>do</strong> hoje,<br />

na região de São Simão, Itaguaçu e Barra <strong>do</strong>s Coqueiros, estruturada em um sistema hierárquico com<br />

SISTEMAS de supervisão e controle instala<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>is Centros de Operação <strong>do</strong> ONS, quais sejam:<br />

• Centro Regional de Operação Sudeste – COSR-SE;<br />

• Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste – COSR-NCO;<br />

• Centro Nacional de Operação <strong>do</strong> Sistema Elétrico - CNOS.<br />

Esta estrutura é apresentada de forma simplificada, para fins meramente ilustrativos, na figura a seguir,<br />

sen<strong>do</strong> que a TRANSMISSORA deverá prover as interconexões de da<strong>do</strong>s entre o Centro de Operação<br />

<strong>do</strong> ONS (exceto o CNOS) e cada um <strong>do</strong>s SISTEMAS de supervisão das subestações envolvidas,<br />

devidamente integra<strong>do</strong>s <strong>ao</strong>s existentes.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1050 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Figura 1.6 – Arquitetura de interconexão com o ONS.<br />

Observa-se na figura acima que a interconexão com o Centro <strong>do</strong> ONS se dá através das seguintes<br />

interligações de da<strong>do</strong>s:<br />

Para o atendimento <strong>ao</strong>s requisitos de supervisão e controle <strong>do</strong>s equipamentos das<br />

subestações São Simão.<br />

• Interconexão com o Centro Regional de Operação Sudeste (COSR-SE).<br />

Para o atendimento <strong>ao</strong>s requisitos de supervisão e controle <strong>do</strong>s equipamentos das<br />

subestações Itaguaçu e Barra <strong>do</strong>s Coqueiros:<br />

• Interconexão com o Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste (COSR-NCO).<br />

Para o atendimento <strong>ao</strong>s requisitos <strong>do</strong> CAG da subestação São Simão, com medição localizada<br />

nos terminais da linha de transmissão em 500 kV para Itaguaçu:<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1051 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.5.6<br />

• Interconexão com os Centros Regionais de Operação Sudeste e Norte/Centro-Oeste.<br />

Alternativamente, a critério da TRANSMISSORA, a interconexão com os Centros <strong>do</strong> ONS poderá se<br />

dar por meio de um centro de operação próprio da TRANSMISSORA ou contrata<strong>do</strong> de terceiros, desde<br />

que sejam atendi<strong>do</strong>s os requisitos descritos para supervisão e controle e telecomunicações. Neste<br />

edital, este centro é genericamente chama<strong>do</strong> de “Concentra<strong>do</strong>r de Da<strong>do</strong>s”. Neste caso, a estrutura <strong>do</strong>s<br />

centros apresentada na figura anterior seria alterada com a inserção <strong>do</strong> concentra<strong>do</strong>r de da<strong>do</strong>s num<br />

nível hierárquico situa<strong>do</strong> entre as instalações e os COSR-NCO e COSR-SE <strong>do</strong> ONS e, portanto,<br />

incluí<strong>do</strong> no objeto desta licitação. Destaca-se que apesar <strong>do</strong> uso de um centro local, requer-se o canal<br />

dedica<strong>do</strong> para a transferência <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s de CAG.<br />

A figura a seguir ilustra uma possível configuração.<br />

Figura 1.7 – Arquitetura alternativa de interconexão com o ONS.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1052 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DAS INSTALAÇÕES (SUBESTAÇÕES)<br />

COMPARTILHADAS DA REDE DE OPERAÇÃO.<br />

Qualquer agente que compartilhe de uma instalação (subestação) existente deve fornecer os recursos<br />

adicionais menciona<strong>do</strong>s a seguir, <strong>ao</strong> agente proprietário da subestação.<br />

O agente de transmissão concessionário da nova instalação deve prover <strong>ao</strong>s centros de operação <strong>do</strong><br />

agente concessionário da subestação São Simão, da CEMIG a supervisão remota <strong>do</strong>s equipamentos<br />

que venham a ser instala<strong>do</strong>s, conforme requisitos apresenta<strong>do</strong>s no subitem “Requisitos para a<br />

Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”, com exceção <strong>do</strong>s<br />

requisitos para CAG e controle de tensão. Em adição à supervisão remota, to<strong>do</strong>s os equipamentos a<br />

serem instala<strong>do</strong>s devem ser supervisiona<strong>do</strong>s em nível local segun<strong>do</strong> a filosofia a<strong>do</strong>tada pela<br />

CONCESSIONÁRIA DE TRANSMISSÃO de tais subestações, deven<strong>do</strong> esta supervisão ser<br />

devidamente integrada <strong>ao</strong>s SISTEMAS de supervisão e controle já instala<strong>do</strong>s nestas subestações.<br />

A arquitetura e os requisitos básicos <strong>do</strong>s SISTEMAS Digitais de Supervisão e Controle (SDSCs) das<br />

EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS DE TRANSMISSÃO das subestações são apresenta<strong>do</strong>s nos<br />

<strong>do</strong>cumentos “Relatórios das Características e Requisitos Básicos das Instalações”, item 2.2”, referentes<br />

a estas subestações.<br />

Na eventualidade <strong>do</strong> sistema da TRANSMISSORA entrar em operação antes da instalação <strong>do</strong>s SDSCs<br />

em implantação nas Subestações existentes, o mesmo deverá ser projeta<strong>do</strong> para operação<br />

independente e preven<strong>do</strong> posterior integração <strong>ao</strong>s referi<strong>do</strong>s SDSCs.<br />

O agente de transmissão é responsável pela instalação e operacionalização de to<strong>do</strong>s os equipamentos<br />

e SISTEMAS necessários para viabilizar estas interligações de da<strong>do</strong>s.<br />

O protocolo a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para comunicação com o centro de operação <strong>do</strong> concessionário da subestação<br />

deve ser configura<strong>do</strong> conforme determina<strong>do</strong> pelo concessionário proprietário da subestação.<br />

Alternativamente à instalação de novos recursos de supervisão e controle, o agente de transmissão,<br />

mediante prévio acor<strong>do</strong> com os agentes concessionários das instalações existentes, poderá optar pela<br />

expansão <strong>do</strong>s recursos de supervisão e controle disponíveis, desde que atendi<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os requisitos<br />

de supervisão e controle.<br />

O agente de transmissão deve prever testes de conectividade entre o SSCL/UTR e o SISTEMA de<br />

supervisão e controle <strong>do</strong> centro de operação <strong>do</strong> agente concessionário da subestação, de forma a<br />

garantir a coerência das bases de da<strong>do</strong>s deste SISTEMA e o perfeito funcionamento <strong>do</strong>s protocolos<br />

utiliza<strong>do</strong>s.<br />

1.5.7 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE<br />

1.5.7.1 Geral<br />

Os recursos de supervisão e controle forneci<strong>do</strong>s pelos agentes <strong>ao</strong> ONS, para atender <strong>ao</strong>s requisitos<br />

apresenta<strong>do</strong>s neste edital, devem ter sua disponibilidade e qualidade medidas pelo ONS, na fase<br />

operacional, através <strong>do</strong>s conceitos e critérios estabeleci<strong>do</strong>s a seguir.<br />

A avaliação destes recursos será feita por UTR, SSCL, CD e agente, conforme estabeleci<strong>do</strong> e com<br />

base na disponibilidade e a qualidade <strong>do</strong>s recursos de supervisão e controle por ele forneci<strong>do</strong>s, de<br />

acor<strong>do</strong> com o centro de operação designa<strong>do</strong> pelo ONS, incluin<strong>do</strong> os equipamentos de interface com<br />

os SISTEMAS de comunicação.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1053 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Esta avaliação será feita através de índices agrega<strong>do</strong>s por UTR, CD e por agente, de forma<br />

ponderada pelo número recursos implanta<strong>do</strong>s e libera<strong>do</strong>s para a operação em relação <strong>ao</strong> número<br />

total que deveriam ser disponibiliza<strong>do</strong>s, se aplica<strong>do</strong>s os critérios apresenta<strong>do</strong>s neste <strong>Edital</strong>.<br />

Não serão computa<strong>do</strong>s nos índices os tempos de indisponibilidade causa<strong>do</strong>s por:<br />

a. Indisponibilidade de equipamentos nos centros de operação <strong>do</strong> ONS;<br />

b. Atividades de aprimoramento constantes <strong>do</strong> plano de adequação das instalações <strong>do</strong>s agentes<br />

apresenta<strong>do</strong> <strong>ao</strong> ONS, plano este defini<strong>do</strong> conforme estabeleci<strong>do</strong> nas disposições transitórias;<br />

c. Atualizações e instalação de hardware ou software nas UTR ou nos CD <strong>do</strong>s agentes, desde que<br />

sejam programa<strong>do</strong>s e aprova<strong>do</strong>s com antecedência junto <strong>ao</strong> ONS;<br />

d. Atualizações ou instalação de hardware e software para melhoria de segurança no enlace de<br />

comunicação entre UTR ou CD e o Centro designa<strong>do</strong> pelo ONS, desde que sejam programadas e<br />

aprovadas com antecedência junto <strong>ao</strong> ONS;<br />

e. Manutenções autorizadas pelo ONS no equipamento elétrico associa<strong>do</strong> <strong>ao</strong> recurso de supervisão<br />

e controle.<br />

São mostra<strong>do</strong>s a seguir os conceitos de indisponibilidade e qualidade que serão considera<strong>do</strong>s na<br />

fase operacional de utilização <strong>do</strong>s recursos de supervisão e controle.<br />

1.5.7.1 Conceito de indisponibilidade de recursos de supervisão e controle<br />

Uma informação de quaisquer <strong>do</strong>s tipos especifica<strong>do</strong>s no subitem “Requisitos para a Supervisão e<br />

Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação” deste anexo, será considerada<br />

indisponível sempre que:<br />

- O recurso não estiver instala<strong>do</strong> ou não estiver libera<strong>do</strong> para a operação;<br />

- Uma UTR ou um SSCL estiver fora de serviço ou sem comunicação;<br />

- Um CD, quan<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>, estiver fora de serviço ou sem comunicação.<br />

- Um ponto de controle qualquer é dito indisponível sempre que o ONS detectar falha de atuação<br />

<strong>do</strong> mesmo;<br />

- To<strong>do</strong>s os pontos subordina<strong>do</strong>s a um SSCL ou a uma UTR de uma instalação são declara<strong>do</strong>s<br />

indisponíveis sempre que ocorrer ausência de resposta de tal SISTEMA às solicitações <strong>do</strong>(s)<br />

centro(s) de operação <strong>do</strong> ONS ou de um CD, se utiliza<strong>do</strong>. Adicionalmente, no caso de utilização<br />

de CD, to<strong>do</strong>s os pontos subordina<strong>do</strong>s <strong>ao</strong> concentra<strong>do</strong>r são declara<strong>do</strong>s indisponíveis quan<strong>do</strong> o CD<br />

deixar de responder às solicitações <strong>do</strong> ONS;<br />

- O indica<strong>do</strong>r de qualidade sinalizar informação sob entrada manual pelo agente;<br />

- O indica<strong>do</strong>r de qualidade sinalizar informação fora de varredura.<br />

1.5.7.2 Conceito de qualidade <strong>do</strong>s recursos de supervisão e controle<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1054 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Considera-se que uma informação de qualquer <strong>do</strong>s tipos especifica<strong>do</strong>s no subitem “Requisitos para a<br />

Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”, deste anexo, viola<br />

critérios de qualidade quan<strong>do</strong>:<br />

- Tratan<strong>do</strong>-se de informações analógicas, a informação violar um <strong>do</strong>s seus limites de escala;<br />

- Uma informação estiver comprovadamente inconsistente;<br />

- A informação violar os requisitos de idade <strong>do</strong> da<strong>do</strong>.<br />

1.5.8 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE<br />

Os requisitos aqui apresenta<strong>do</strong>s se aplicam a to<strong>do</strong>s os equipamentos cuja supervisão e telecontrole<br />

sejam objeto de telessupervisão pelo ONS.<br />

1.5.8.1 Requisitos de cadastramento de equipamentos<br />

É de responsabilidade <strong>do</strong>s agentes com equipamentos na rede de supervisão fornecer as<br />

informações cadastrais descritivas para a configuração das bases de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s centros de operação<br />

<strong>do</strong> ONS, incluin<strong>do</strong> informações sobre:<br />

- Equipamentos e instalações <strong>do</strong> sistema eletro energético;<br />

- Equipamentos de supervisão e controle, tais como organização de pontos por remotas,<br />

configurações de protocolos de comunicação etc.<br />

As informações apresentadas devem ter exatidão compatível com a requerida pelas aplicações <strong>do</strong>s<br />

SISTEMAS de supervisão e controle, exatidão essa normalmente não requerida na fase de estu<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> planejamento de AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA e reforços, daí a necessidade de os agentes<br />

as atualizarem em conformidade com o estabeleci<strong>do</strong>, cujo escopo é a rede de supervisão e não<br />

apenas a REDE BÁSICA.<br />

Para novas instalações e AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA, as informações devem ser<br />

encaminhadas <strong>ao</strong> ONS com antecedência de até 30 (trinta) dias em relação à entrada em operação<br />

<strong>do</strong>s equipamentos, para que a(s) base(s) de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>(s) SISTEMA(S) de supervisão <strong>do</strong>(s) centro(s)<br />

de operação <strong>do</strong> ONS possa(m) ser atualizada(s) e testada(s) em tempo hábil.<br />

Para as instalações existentes, sempre que sejam programadas alterações que modifiquem algum<br />

<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s cadastrais aqui especifica<strong>do</strong>s – tais como alteração de relação de<br />

transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res, alteração de parâmetros de transforma<strong>do</strong>r de corrente (TC),<br />

etc., essas alterações devem ser informadas <strong>ao</strong> ONS com antecedência de pelo menos 5 (cinco) dias<br />

úteis.<br />

As informações cadastrais descritivas <strong>do</strong>s equipamentos são detalhadas em rotina específica,<br />

elaboradas em comum acor<strong>do</strong> com os agentes, que devem incluir:<br />

a. Parâmetros descritivos de LINHAS DE TRANSMISSÃO, aí incluídas a impedância série e a<br />

susceptância, segun<strong>do</strong> o modelo π, bem como a corrente máxima em ampere e a potência<br />

máxima em MVA;<br />

b. No caso de ramais de LINHA DE TRANSMISSÃO, além <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s acima, a posição <strong>do</strong> ramal na<br />

LINHA DE TRANSMISSÃO, expressa em quilômetros;<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1055 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

c. Latitude e longitude de todas as instalações e torres de LINHAS DE TRANSMISSÃO e de ramais<br />

de LINHA DE TRANSMISSÃO, como forma de viabilizar a elaboração de diagramas geográficos<br />

<strong>do</strong> sistema elétrico;<br />

d. Capacidade nominal em Mvar e a tensão nominal, de to<strong>do</strong>s os equipamentos estáticos de suporte<br />

de reativo que venham a ser utiliza<strong>do</strong>s, como capacitores, reatores, etc.;<br />

e. Valor mínimo e máximo de suporte de reativo em Mvar, tensão nominal em kV para os gera<strong>do</strong>res<br />

e compensa<strong>do</strong>res síncronos;<br />

f. Curvas de capabilidade de gera<strong>do</strong>res;<br />

g. Para cada um <strong>do</strong>s enrolamentos (primário, secundário e terciário) de cada<br />

transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r:<br />

- Corrente nominal;<br />

- Tensão nominal em kV;<br />

- Potência aparente nominal em MVA;<br />

- Reatância indutiva em porcentagem (primário-secundário, primário-terciário e secundárioterciário);<br />

- Tensão base (KV) e potência base (MVA), utilizadas para o cálculo das reatâncias indutivas<br />

em percentagem acima especificadas;<br />

- Adicionalmente, para cada transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r, deve ser informa<strong>do</strong> o la<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r onde está instala<strong>do</strong> o comuta<strong>do</strong>r sob carga, se utiliza<strong>do</strong>, e a<br />

respectiva tabela de derivação, informada em kV e em porcentagem, sen<strong>do</strong> que toda vez que<br />

for alterada a posição <strong>do</strong> tape fixo, deve ser fornecida relação das novas posições variáveis<br />

<strong>do</strong>s tapes <strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r/autotransforma<strong>do</strong>r;<br />

h. Impedância série de capacitores série, se utiliza<strong>do</strong>s;<br />

i. Relação, compatível com os requisitos de supervisão e controle aqui apresenta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s pontos de<br />

medição, telessinalização, controle, SOE, e das informações para a supervisão hidrológica que<br />

trafegam na interconexão (ou interconexões) como o(s) SISTEMA(S) de supervisão e controle <strong>do</strong><br />

ONS num formato compatível com o protocolo a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para a interconexão. Essa relação é<br />

organizada por SSCL ou UTR e CD, se utiliza<strong>do</strong>s.<br />

j. Quan<strong>do</strong> apropria<strong>do</strong>, no caso de interligação de da<strong>do</strong>s direta com UTR, parâmetros que permitam a<br />

conversão para valores de engenharia <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s recebi<strong>do</strong>s e envia<strong>do</strong>s pelo centro de operação;<br />

k. Sempre que aplicáveis, limites de escala, superior e inferior, para to<strong>do</strong>s os pontos analógicos<br />

supervisiona<strong>do</strong>s;<br />

1.5.8.2 Requisitos para teste de conectividade da(s) interconexão(ões) e testes ponto a ponto<br />

To<strong>do</strong>s os agentes com equipamentos com telessupervisão pelo ONS devem prever testes de<br />

conectividade entre os seus SSCL, UTR e o(s) SSCL <strong>do</strong>(s) centro(s) de operação designa<strong>do</strong>(s) pelo<br />

ONS.<br />

Além <strong>do</strong> teste da conectividade, devem ser previstos testes ponto a ponto da nova instalação ou<br />

AMPLIAÇÃO DA REDE BÁSICA com o(s) centro(s) <strong>do</strong> ONS, conforme programação a ser<br />

previamente acordada com o ONS, de forma a garantir a coerência das bases de da<strong>do</strong>s desses<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1056 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

SISTEMAS e o perfeito funcionamento <strong>do</strong>s protocolos utiliza<strong>do</strong>s. Estes testes devem ser efetua<strong>do</strong>s<br />

entre o SSCL/UTR, da instalação de origem <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, e o SSC <strong>do</strong> centro designa<strong>do</strong> pelo ONS.<br />

Os testes devem ser programa<strong>do</strong>s de comum acor<strong>do</strong> entre o agente e o ONS, observan<strong>do</strong>-se que:<br />

a. Para novas instalações ou AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA, devem estar concluí<strong>do</strong>s pelo<br />

menos 5 (cinco) dias úteis antes da operacionalização da instalação/AMPLIAÇÃO DA REDE<br />

BÁSICA;<br />

b. Sempre que as alterações modificarem o conjunto de informações armazenadas na base de<br />

da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ONS, esses testes devem ser programa<strong>do</strong>s em comum acor<strong>do</strong> entre o agente e o ONS,<br />

deven<strong>do</strong> estar concluí<strong>do</strong>s pelo menos 2 (<strong>do</strong>is) dias úteis antes da operacionalização da alteração.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1057 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.6 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES<br />

1.6.1 REQUISITOS GERAIS<br />

Para as novas INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO, devem ser previstos Registra<strong>do</strong>res Digitais de<br />

Perturbações – RDP com configuração de canais de entradas analógicas e entradas digitais suficientes<br />

para permitir o completo monitoramento e registro, de acor<strong>do</strong> com os requisitos mínimos descritos a<br />

seguir.<br />

Em INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO existentes, devem ser previstos RDP para monitoramento <strong>do</strong>s<br />

novos vãos instala<strong>do</strong>s ou expansão <strong>do</strong>s RDP existentes, de acor<strong>do</strong> com os requisitos mínimos<br />

descritos a seguir.<br />

1.6.2 REQUISITOS FUNCIONAIS<br />

Os SISTEMAS de registro de perturbações devem atender <strong>ao</strong>s seguintes requisitos:<br />

- Ser implementa<strong>do</strong> por equipamentos independentes <strong>do</strong>s demais SISTEMAS DE PROTEÇÃO ou<br />

supervisão (stand alone);<br />

- Amostrar continuamente as grandezas analógicas e digitais supervisionadas (da<strong>do</strong>s da<br />

perturbação). As amostras mais antigas devem ser sucessivamente substituídas por amostras mais<br />

recentes, num buffer circular;<br />

- Disparar o registro da perturbação por variações das grandezas analógicas e digitais em qualquer<br />

<strong>do</strong>s canais supervisiona<strong>do</strong>s, de forma livremente configurável;<br />

- Transferir automaticamente os da<strong>do</strong>s relativos à perturbação <strong>do</strong> buffer circular, quan<strong>do</strong> houver<br />

disparo para registro de uma perturbação, e arquivá-los na memória <strong>do</strong> próprio registra<strong>do</strong>r. Durante<br />

a fase de armazenamento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s da perturbação, o registra<strong>do</strong>r deve permanecer amostran<strong>do</strong><br />

as grandezas analógicas e digitais, de forma a não perder nenhum evento;<br />

- Interromper o registro de uma perturbação só depois de cessada a condição que ocasionou o<br />

disparo e transcorri<strong>do</strong> o tempo de pós-falta ajusta<strong>do</strong>. Se, antes de encerrar o tempo de registro de<br />

uma perturbação, ocorrer nova perturbação, o registra<strong>do</strong>r deve iniciar novo perío<strong>do</strong> de registro sem<br />

levar em conta o tempo já transcorri<strong>do</strong> da perturbação anterior;<br />

- Registrar, para cada perturbação, no mínimo 160 ms de da<strong>do</strong>s de pré-falta e ter tempo de pós-falta<br />

ajustável entre 100 e 5000 ms;<br />

- Ter filtragem anti-aliasing e taxa de amostragem tal que permitam o registro nos canais analógicos<br />

de componentes harmônicas até a 15ª ordem (freqüência nominal de 60 Hz);<br />

- Registrar dia, mês, ano, hora, minuto, segun<strong>do</strong> e milissegun<strong>do</strong> de cada operação de registro;<br />

- Ter relógio de tempo interno sincroniza<strong>do</strong> por meio de receptor de sinal de tempo <strong>do</strong> GPS, de<br />

forma a manter o erro máximo da base de tempo inferior a 1 ms;<br />

- O erro de tempo entre a atuação de qualquer sinal numa entrada digital e o seu registro não pode<br />

ser superior a 2 ms;<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1058 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

- O tempo de atraso da amostragem entre quaisquer canais analógicos não pode ser superior a 1<br />

grau elétrico, referi<strong>do</strong> à freqüência de 60 Hz;<br />

- Ter memória suficiente para armazenar da<strong>do</strong>s referentes a, no mínimo, 30 perturbações com<br />

duração de 5 s cada, para o caso em que várias faltas consecutivas disparem o registra<strong>do</strong>r;<br />

- Ter porta de comunicação para a transferência <strong>do</strong>s registros de perturbação <strong>do</strong> RDP; e<br />

- Ser <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de automonitoramento e autodiagnóstico contínuos.<br />

1.6.3 REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÕES PELOS AGENTES<br />

A arquitetura da rede de comunicação e o mo<strong>do</strong> de transferência <strong>do</strong>s arquivos <strong>do</strong>s RDP para<br />

concentra<strong>do</strong>res locais ou concentra<strong>do</strong>r central devem ser defini<strong>do</strong>s pelo agente proprietário da<br />

instalação.<br />

Se o SISTEMA de coleta realizar a transferência automática <strong>do</strong>s registros, deve ser prevista uma<br />

opção que permita a desativação <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de transferência automática e a subseqüente ativação de<br />

mo<strong>do</strong> de transferência seletiva.<br />

1.6.4 REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES<br />

1.6.4.1 Terminais de LINHA DE TRANSMISSÃO com tensão nominal igual ou superior a 345 kV<br />

As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:<br />

- Três correntes da LINHA DE TRANSMISSÃO (três fases ou duas fases e corrente residual);<br />

- Três tensões da LINHA DE TRANSMISSÃO (três fases ou duas fases e a tensão residual);<br />

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA PRINCIPAL de fases;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA PRINCIPAL de fases;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA ALTERNADA de fases;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA ALTERNADA de fases;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA PRINCIPAL de neutro;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA PRINCIPAL de neutro;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA ALTERNADA de neutro;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA ALTERNADA de neutro;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO PRINCIPAL de sobretensão;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO ALTERNADA de sobretensão;<br />

- Desligamento pela proteção de perda de sincronismo;<br />

- Recepção de sinais de teleproteção;<br />

- Transmissão de sinais de teleproteção;<br />

- Atuação de bloqueio por oscilação de potência;<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1059 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

- Atuação de religamento automático;<br />

- Atuação <strong>do</strong> esquema de falha de disjuntor;<br />

- Desligamento pela proteção de barras, quan<strong>do</strong> houver.<br />

Os registros devem ser realiza<strong>do</strong>s para as seguintes condições:<br />

a. Alteração <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s canais digitais, origina<strong>do</strong>s pelas proteções supervisionadas;<br />

b. Sobrecorrente nas fases monitoradas;<br />

c. Sobrecorrente residual;<br />

d. Subtensão nas fases monitoradas; e<br />

e. Sobretensão residual.<br />

1.6.4.2 Terminais de LINHA DE TRANSMISSÃO com tensão nominal inferior a 345 kV<br />

As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:<br />

- Três correntes da LINHA DE TRANSMISSÃO LT (três fases ou duas fases e corrente residual);<br />

- Três tensões da LINHA DE TRANSMISSÃO (três fases ou duas fases e a tensão residual);<br />

Para os SISTEMAS DE PROTEÇÕES de LINHA DE TRANSMISSÃO cujas tensões são alimentadas<br />

por transforma<strong>do</strong>res de potencial instala<strong>do</strong>s em barras, as tensões de duas das três fases e a tensão<br />

residual <strong>do</strong> barramento devem ser supervisionadas, para cada barramento.<br />

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA de fases;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de fases;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA de neutro;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de neutro;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA de sobretensão;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de sobretensão;<br />

- Recepção de sinais de teleproteção;<br />

- Transmissão de sinais de teleproteção;<br />

- Atuação de bloqueio por oscilação de potência;<br />

- Atuação de religamento automático;<br />

- Atuação <strong>do</strong> esquema de falha de disjuntor;<br />

- Desligamento pela proteção de barras, quan<strong>do</strong> houver.<br />

Os registros devem ser realiza<strong>do</strong>s para as seguintes condições:<br />

a. Alteração <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s canais digitais, origina<strong>do</strong>s pelas proteções supervisionadas;<br />

b. Sobrecorrente nas fases monitoradas;<br />

c. Sobrecorrente residual;<br />

d. Subtensão nas fases monitoradas; e<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1060 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

e. Sobretensão residual.<br />

1.6.4.3 Barramentos<br />

Se o barramento tiver transforma<strong>do</strong>res de potencial instala<strong>do</strong>s nas barras e utiliza<strong>do</strong>s para<br />

alimentação de relés de proteção, as seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas,<br />

por barramento:<br />

- Três tensões <strong>do</strong> barramento (três fases ou duas fases e a tensão residual).<br />

A seguinte grandeza digital deve ser supervisionada:<br />

- Desligamento pela proteção diferencial.<br />

1.6.4.4 Autotransforma<strong>do</strong>res cujo nível mais alto de tensão nominal é igual ou superior a 345 kV<br />

As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:<br />

- Correntes das três fases <strong>do</strong> la<strong>do</strong> de AT;<br />

- Correntes de três fases para cada um <strong>do</strong>s demais enrolamentos, no caso de transforma<strong>do</strong>res de<br />

três enrolamentos e transforma<strong>do</strong>res ou autotransforma<strong>do</strong>res de interligação;<br />

- Correntes de seqüência zero para cada ponto de aterramento.<br />

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA PRINCIPAL;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA ALTERNADA;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA PRINCIPAL;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA ALTERNADA;<br />

- Desligamento pelas proteções de neutro principal;<br />

- Desligamento pelas proteções de neutro alternada;<br />

- Desligamento pelas PROTEÇÕES INTRÍNSECAS<br />

1.6.4.5 Transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res cujo nível mais alto de tensão nominal é inferior a 345 kV<br />

As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:<br />

- Correntes das três fases <strong>do</strong> la<strong>do</strong> de AT;<br />

- Correntes de três fases para cada um <strong>do</strong>s demais enrolamentos, no caso de transforma<strong>do</strong>res de<br />

três enrolamentos e transforma<strong>do</strong>res/autotransforma<strong>do</strong>res de interligação;<br />

- Correntes de seqüência zero para cada ponto de aterramento.<br />

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA;<br />

- Desligamento pelas proteções de neutro, para cada ponto de aterramento;<br />

Desligamento pelas PROTEÇÕES INTRÍNSECAS<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1061 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.6.4.6 Reatores em derivação.<br />

As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:<br />

- Corrente das três fases;<br />

- Corrente de seqüência zero.<br />

Reatores conecta<strong>do</strong>s <strong>ao</strong>s terciários de transforma<strong>do</strong>res devem ter as seguintes grandezas analógicas<br />

monitoradas:<br />

- Corrente das três fases; e<br />

- Tensão de seqüência zero <strong>do</strong> barramento terciário.<br />

As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de fases;<br />

- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de neutro;<br />

- Desligamento pelas PROTEÇÕES INTRÍNSECAS.<br />

1.6.4.7 Bancos de capacitores em derivação<br />

As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:<br />

- Corrente das três fases <strong>do</strong> banco;<br />

- Tensões fase-neutro das três fases <strong>do</strong> banco, caso não supervisionadas no barramento;<br />

- Corrente ou tensão de desequilíbrio <strong>do</strong> banco.<br />

As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:<br />

- Desligamento pela proteção de sobrecorrente instantânea;<br />

- Desligamento pela proteção de sobrecorrente temporizada;<br />

- Desligamento pela proteção de sobretensão;<br />

- Desligamento pela proteção de desequilíbrio de corrente ou tensão.<br />

1.6.4.8 Bancos de capacitores série<br />

As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:<br />

- Corrente das três fases <strong>do</strong> banco;<br />

- Corrente <strong>do</strong> “gap” ou <strong>do</strong> Metal Oxide Varistor (MOV);<br />

- Corrente de descarga para plataforma.<br />

As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:<br />

- Desligamento pela proteção de descarga para plataforma;<br />

- Desligamento pela proteção de sobrecarga;<br />

- Desligamento pela proteção de ressonância subsíncrona;<br />

- Atuação da proteção de sobrecorrente <strong>do</strong> gap ou MOV.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1062 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.7<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1063 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.7.1<br />

REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES<br />

REQUISITOS GERAIS<br />

1.7.1.1 Disponibilidade<br />

• Serviço Classe A: disponibilidade igual ou<br />

superior a 99,98%, apurada mensalmente e ten<strong>do</strong><br />

como valor a média aritmética <strong>do</strong>s últimos 12 meses;<br />

• Serviço Classe B: disponibilidade<br />

igual ou superior a 99,00%, apurada mensalmente e ten<strong>do</strong><br />

como valor a média aritmética <strong>do</strong>s últimos 12 meses;<br />

• Serviço Classe C: disponibilidade igual ou superior a 95,00%, apurada mensalmente<br />

e ten<strong>do</strong><br />

como valor a média aritmética <strong>do</strong>s últimos 12 meses.<br />

1.7.1.2 Qualidade<br />

a. SISTEMAS Analógicos ou Mistos<br />

To<strong>do</strong>s os serviços realiza<strong>do</strong>s sobre SISTEMAS de transmissão analógicos ou mistos (estes com<br />

parte analógica e parte<br />

digital) devem obedecer <strong>ao</strong>s valoras <strong>do</strong>s parâmetros a seguir:<br />

• Níveis relativos nos pontos de entrada e saída analógicos, a 4 fios, em ambos os la<strong>do</strong>s das<br />

conexões de voz:<br />

- La<strong>do</strong> de transmissão: -5,5 ± 0,5 dBr;<br />

- La<strong>do</strong> de recepção: -2,0 ± 0,5 dBr.<br />

• Nível máximo<br />

aceitável de ruí<strong>do</strong> na recepção: -40 dBmO.<br />

• Relação sinal/ruí<strong>do</strong> mínima: 40 dB.<br />

• Taxa de erro máxima: 50 bits/milhão, sem código de correção de erro (circuitos de da<strong>do</strong>s).<br />

b. SISTEMAS Digitais<br />

To<strong>do</strong>s os serviços<br />

realiza<strong>do</strong>s sobre SISTEMAS de transmissão puramente digitais devem<br />

obedecer <strong>ao</strong>s valores <strong>do</strong>s parâmetros a seguir:<br />

• Níveis relativos nos pontos de entrada e saída analógicos, a 4 fios, em ambos os la<strong>do</strong>s das<br />

conexões de voz:<br />

- La<strong>do</strong> de transmissão: 0 ± 0,5 dBr;<br />

- La<strong>do</strong> de recepção:<br />

0 ± 0,5 dBr.<br />

• Requisito qualitativo<br />

<strong>do</strong>s circuitos: taxa de erro de bit, medida durante 15 minutos, igual a 0<br />

(zero), para qualquer taxa de transmissão igual ou superior a 64 Kbps, em, pelo menos, uma<br />

medida entre três realizadas.<br />

• No caso de uso de canais de voz com compressão, serão admitidas as subtaxas de 8 Kbps<br />

(ITU-T G.729) e 16 Kbps (ITU-T G.728), desde que não sejam utilizadas mais <strong>do</strong> que três<br />

seções com compressão em cascata.<br />

• No caso de uso de redes para o provimento <strong>do</strong>s serviços:<br />

- Latência (round trip): ≤ 140 ms;<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1064 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.7.1.4<br />

1.7.1.5<br />

- Variação estatística <strong>do</strong> retar<strong>do</strong>: ≤ 20 ms;<br />

- Taxa de perda de pacotes: < 1%.<br />

c. SISTEMA de Teleproteção<br />

Para o SISTEMA de teleproteção também devem ser segui<strong>do</strong>s os requisitos das normas IEC 834-<br />

1, IEC 870-5 e IEC 870-6 onde aplicável.<br />

1.7.1.3 SISTEMA de energia<br />

O SISTEMA de energia para to<strong>do</strong>s os equipamentos de telecomunicações forneci<strong>do</strong>s deverá ter as<br />

seguintes características:<br />

- Unidade de supervisão e, no mínimo, duas unidades de retificação;<br />

- Dois bancos de baterias com autonomia total de no mínimo 12 horas, dimensiona<strong>do</strong>s para a<br />

carga total de to<strong>do</strong>s os equipamentos de telecomunicações instala<strong>do</strong>s;<br />

- No caso de utilização de baterias <strong>do</strong> tipo chumbo-áci<strong>do</strong>, os bancos de baterias deverão<br />

estar<br />

acondiciona<strong>do</strong>s em ambiente especial, isola<strong>do</strong> das demais instalações e com sistema de<br />

exaustão de gases;<br />

- As unidades de retificação deverão ter a capacidade de alimentar, simultaneamente, o banco de<br />

baterias em carga e to<strong>do</strong>s os equipamentos de telecomunicações;<br />

- O SISTEMA de energia deverá estar dimensiona<strong>do</strong> para uma carga adicional de pelo menos<br />

30%.<br />

Supervisão<br />

Os equipamentos de telecomunicações devem ser supervisiona<strong>do</strong>s local e remotamente. Os alarmes e<br />

eventuais medidas analógicas deverão ser apresenta<strong>do</strong>s nas instalações onde se encontram os<br />

equipamentos e também permitir a transmissão para um Centro de Supervisão remoto.<br />

Os equipamentos digitais devem permitir remotamente o gerenciamento, diagnóstico e parametrização.<br />

Infra-estrutura<br />

A TRANSMISSORA será responsável pela total operacionalização <strong>do</strong>s SISTEMAS de comunicações<br />

deven<strong>do</strong> ser prevista toda<br />

a infra-estrutura necessária para implantação <strong>do</strong> SISTEMA de<br />

telecomunicações, tais como: edificações, alimentação de corrente contínua, aterramento, bem como<br />

qualquer outra infra-estrutura que se identificar necessária para o pleno funcionamento <strong>do</strong> SISTEMA de<br />

telecomunicações.<br />

1.7.1.6 Índices de qualidade<br />

A TRANSMISSORA será responsável pela manutenção <strong>do</strong>s índices de qualidade e de disponibilidade<br />

<strong>do</strong>s serviços de comunicação de da<strong>do</strong>s e voz que se interligam com o ONS, CEMIG e futuros agentes<br />

que se conectarão em Itaguaçu e Barra <strong>do</strong>s Coqueiros.<br />

Em caso de indisponibilidade programada de quaisquer serviços de comunicação de da<strong>do</strong>s ou de voz<br />

de interesse <strong>do</strong> ONS e/ou <strong>do</strong>s demais agentes interliga<strong>do</strong>s, a TRANSMISSORA deve manter<br />

entendimentos com o ONS e/ou os Centros de Operação da CEMIG e futuros agentes que se<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1065 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.7.1.7<br />

1.7.2<br />

conectarão em Itaguaçu e Barra <strong>do</strong>s Coqueiros, para obter a aprovação <strong>do</strong> serviço solicita<strong>do</strong> para data<br />

e horário convenientes.<br />

Contato técnico<br />

A TRANSMISSORA deverá indicar um contato técnico para tratar <strong>do</strong>s assuntos relaciona<strong>do</strong>s a<br />

telecomunicações com o ONS e os demais agentes interliga<strong>do</strong>s.<br />

REQUISITOS TÉCNICOS DE TELECOMUNICAÇÕES PARA A TELEPROTEÇÃO<br />

Os equipamentos de teleproteção e telecomunicações para as funções de teleproteção devem ser<br />

dedica<strong>do</strong>s e atender as normas de compatibilidade<br />

eletromagnética aplicáveis, nos graus de<br />

severidade adequa<strong>do</strong>s para instalação em subestações de sistema elétrico de potência.<br />

Os equipamentos de<br />

teleproteção devem ter chaves de testes que simulem o funcionamento <strong>do</strong> enlace<br />

e <strong>ao</strong> mesmo tempo bloqueie a saída de coman<strong>do</strong> para os relés de proteção a fim de que seja possível<br />

realizar intervenção nesses equipamentos sem ser necessário desligar a LINHA DE TRANSMISSÃO. A<br />

chave de testes pode ser substituída por software específico que simule os testes acima.<br />

É admissível a utilização de comunicação direta relé a relé (por exemplo, por meio de fibra óptica ou<br />

por canal multiplex de alta velocidade - a partir de 64 kbps), para a implementação <strong>do</strong>s esquemas de<br />

teleproteção utilizan<strong>do</strong> unidades de distância, desde que mantida a independência <strong>do</strong>s equipamentos<br />

de comunicação da PROTEÇÃO PRINCIPAL<br />

E DA ALTERNADA.<br />

A teleproteção, feita através de Onda Porta<strong>do</strong>ra sobre LINHA DE TRANSMISSÃO de Alta Tensão<br />

(OPLAT),<br />

deve manter a confiabilidade e a segurança de operação em condições adversas de relação<br />

sinal/ruí<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong> na ruptura ou curto circuito para terra de uma das fases da LINHA DE<br />

TRANSMISSÃO utilizadas pelo SISTEMA OPLAT.<br />

O SISTEMA de teleproteção deve manter a confiabilidade<br />

e segurança de operação em situações de<br />

baixa relação sinal/ruí<strong>do</strong> (canal analógico) ou erro na taxa de transmissão - BER (canal digital) acima<br />

<strong>do</strong> especifica<strong>do</strong>.<br />

Caso o equipamento de teleproteção<br />

seja instala<strong>do</strong> em edificação distinta <strong>do</strong>s equipamentos de<br />

telecomunicações (multiplex) ou a distância entre eles possa vir a comprometer a confiabilidade e<br />

segurança da teleproteção, a interligação entre o equipamento de teleproteção e o equipamento de<br />

telecomunicações (multiplex) deverá ser feita através de<br />

cabo óptico dielétrico com conversor eletroóptico<br />

nas extremidades.<br />

1.7.2.1 Teleproteção para LINHAS DE TRANSMISSÃO com tensão nominal<br />

igual ou superior a 345 kV<br />

Nos esquemas de teleproteção<br />

devem ser utiliza<strong>do</strong>s equipamentos de teleproteção e<br />

telecomunicações<br />

independentes e redundantes para a PROTEÇÃO PRINCIPAL E ALTERNADA,<br />

preferencialmente<br />

com a utilização de meios físicos de transmissão independentes, de tal forma que a<br />

indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra via.<br />

Cada equipamento de teleproteção deve ter o número de canais necessários para o correto<br />

desempenho <strong>do</strong> esquema de teleproteção utiliza<strong>do</strong>.<br />

Os esquemas de transferência de disparo direto, em cada proteção, devem utilizar <strong>do</strong>is equipamentos<br />

de teleproteção e de telecomunicações independentes. As saídas <strong>do</strong>s canais de transferência de<br />

disparo <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is equipamentos receptores de teleproteção (<br />

provenientes de cada um <strong>do</strong>s<br />

equipamentos de telecomunicações) devem ser ligadas em série, de tal forma que ambos os<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1066 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

receptores devem receber o sinal antes de executar o coman<strong>do</strong> de disparo para o relé de proteção.<br />

Para situações de perda ou falha de um <strong>do</strong>s equipamentos de teleproteção ou de telecomunicações,<br />

deve ser prevista lógica para executar o coman<strong>do</strong> de disparo para o relé de proteção quan<strong>do</strong> ocorrer a<br />

recepção de sinal de disparo pelo equipamento que estiver em operação normal (lógica monocanal).<br />

Os canais de transferência de disparo devem permanecer permanentemente aciona<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> da<br />

atuação de relés de bloqueio (quan<strong>do</strong> da ocorrência de falha na abertura de disjuntores, atuação<br />

de<br />

proteções de reatores, etc.) e temporariamente aciona<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> atua<strong>do</strong>s pelas proteções de LINHA<br />

DE TRANSMISSÃO. O esquema de recepção deve ter meios para diferenciar os sinais de<br />

transferência de disparo direto para os quais o religamento automático deve ser permiti<strong>do</strong>, daqueles<br />

para os quais o religamento não deve ser permiti<strong>do</strong>.<br />

Os equipamentos de teleproteção devem ser específicos para proteção, não compartilha<strong>do</strong>s com<br />

outras aplicações.<br />

O tempo decorri<strong>do</strong> entre o envio <strong>do</strong> sinal em um terminal e seu recebimento no terminal oposto deve<br />

ser menor que 15 ms, aí incluí<strong>do</strong>s os tempos de operação <strong>do</strong>s relés auxiliares <strong>do</strong>s equipamentos de<br />

teleproteção.<br />

Deve ser previsto o registro de transmissão e recepção de sinais associa<strong>do</strong>s<br />

à atuação da teleproteção<br />

no SISTEMA de registro de seqüência de eventos da instalação, visan<strong>do</strong> a facilitar a análise de<br />

ocorrências pós-distúrbios.<br />

1.7.2.2 Teleproteção para LINHAS DE TRANSMISSÃO com tensão nominal inferior a 345 kV<br />

O equipamento de teleproteção deve ter o numero de canais necessários para o correto desempenho<br />

<strong>do</strong> esquema de teleproteção utiliza<strong>do</strong> e atender os demais requisitos defini<strong>do</strong>s no subitem acima.<br />

1.7.3 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ<br />

1.7.3.1<br />

A TRANSMISSORA deve prover serviços<br />

de telefonia para comunicação de voz, full duplex, com<br />

sinalização sonora e visual para comunicação operativa <strong>do</strong> sistema elétrico em tempo real.<br />

Entre subestações adjacentes<br />

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação<br />

telefônica)<br />

e apresentan<strong>do</strong>, no mínimo, classe B.<br />

- Serviço de telefonia para comunicação de voz, poden<strong>do</strong> ser disca<strong>do</strong> via SISTEMA de<br />

telefonia comutada e apresentan<strong>do</strong>, no mínimo, classe C.<br />

1.7.3.2 Com centro de operação local<br />

Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contrata<strong>do</strong> para<br />

atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:<br />

a. Entre o Centro de Operação Local e as subestações envolvidas<br />

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação<br />

telefônica) e apresentan<strong>do</strong>, no mínimo, classe B.<br />

- Serviço de telefonia para comunicação de voz, poden<strong>do</strong> ser disca<strong>do</strong> via SISTEMA de<br />

telefonia comutada e apresentan<strong>do</strong>, no mínimo, classe C.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1067 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

b. Entre o Centro de Operação Local e os Centros de Operação da CEMIG e futuros agentes que se<br />

conectarão em Itaguaçu e Barra <strong>do</strong>s Coqueiros<br />

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação<br />

telefônica) e apresentan<strong>do</strong>, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade<br />

exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço presta<strong>do</strong> com recursos de<br />

telecomunicações disponibiliza<strong>do</strong>s através de duas rotas distintas e independentes.<br />

c. Entre o Centro<br />

de Operação Local e os Centros Regionais de Operação Sudeste e Norte/Centro-<br />

Oeste <strong>do</strong> ONS:<br />

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação<br />

telefônica) e apresentan<strong>do</strong>, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade<br />

exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço presta<strong>do</strong> com recursos de<br />

telecomunicações disponibiliza<strong>do</strong>s através de duas rotas distintas e independentes.<br />

1.7.3.3 Sem centro de operação local<br />

Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contrata<strong>do</strong><br />

para atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:<br />

a) Entre cada uma das subestações e os respectivos Centros de Operação da CEMIG e futuros<br />

agentes que se conectarão em Itaguaçu e Barra <strong>do</strong>s Coqueiros:<br />

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação<br />

telefônica) e apresentan<strong>do</strong>, no mínimo, classe A. Em decorrência<br />

da alta disponibilidade<br />

exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço presta<strong>do</strong> com recursos de<br />

telecomunicações disponibiliza<strong>do</strong>s através de duas rotas distintas e independentes.<br />

b) Entre cada uma das subestações<br />

envolvidas e os Centros Regionais de Operação Sudeste e<br />

Norte/Centro-Oeste <strong>do</strong> ONS:<br />

1.7.3.4 Outros<br />

- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação<br />

telefônica) e apresentan<strong>do</strong>, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade<br />

exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço presta<strong>do</strong> com recursos de<br />

telecomunicações disponibiliza<strong>do</strong>s<br />

através de duas rotas distintas e independentes.<br />

Adicionalmente, deverá ser forneci<strong>do</strong> um SISTEMA de comunicação móvel (comunicação de voz) que<br />

possa cobrir toda a extensão das LINHAS DE TRANSMISSÃO e as subestações envolvidas, para<br />

apoio às equipes de manutenção em campo.<br />

Para comunicação com os centros de operação <strong>do</strong> ONS e centros de operação <strong>do</strong>s demais agentes<br />

com os quais se relaciona, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de telefonia comutada classe<br />

C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contrata<strong>do</strong> para suporte às atividades das<br />

áreas de normatização, pré-operação, pós-operação e apoio e coordenação<br />

<strong>do</strong>s serviços de<br />

telecomunicações.<br />

Para comunicação com o escritório central <strong>do</strong> ONS, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de<br />

telefonia comutada classe C, no mínimo, em seu<br />

centro de operação local próprio ou contrata<strong>do</strong> para<br />

suporte às atividades das áreas de planejamento e programação da operação.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1068 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.7.4<br />

REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS<br />

Os serviços de comunicação de da<strong>do</strong>s abaixo especifica<strong>do</strong>s devem ser dimensiona<strong>do</strong>s (quantidade<br />

de canais, velocidade, uso de rotas alternativas, etc.) de forma a suportar o carregamento imposto<br />

pela transferência das informações especificadas e apresentar a disponibilidade e qualidade<br />

conforme descrito neste edital. Cada circuito de comunicação de da<strong>do</strong>s é forma<strong>do</strong> pelo respectivo<br />

canal de da<strong>do</strong>s e associa<strong>do</strong> às interfaces necessárias para permitir a comunicação de da<strong>do</strong>s entre<br />

<strong>do</strong>is pontos.<br />

1.7.4.1 Serviços de comunicação de da<strong>do</strong>s para supervisão e controle<br />

Para<br />

a supervisão e controle pelo ONS e agentes interliga<strong>do</strong>s, deverão ser forneci<strong>do</strong>s os seguintes<br />

serviços de comunicação de da<strong>do</strong>s e atenden<strong>do</strong> a classe A. Em decorrência da alta disponibilidade<br />

exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço presta<strong>do</strong> com recursos de telecomunicações<br />

disponibiliza<strong>do</strong>s através de duas rotas distintas e independentes.<br />

1.7.4.2 Com centro de operação local<br />

Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contrata<strong>do</strong>, devem<br />

ser previstos os seguintes serviços de comunicação de da<strong>do</strong>s:<br />

- Entre o computa<strong>do</strong>r de comunicação <strong>do</strong> Centro de Operação Local e as subestações envolvidas;<br />

- Entre o computa<strong>do</strong>r de comunicação <strong>do</strong> Centro de Operação Local e os computa<strong>do</strong>res de<br />

comunicação <strong>do</strong>s Centros de Operação <strong>do</strong>s agentes Interliga<strong>do</strong>s;<br />

- Entre o computa<strong>do</strong>r de comunicação <strong>do</strong> Centro de Operação Local e o computa<strong>do</strong>r de<br />

comunicação <strong>do</strong>s Centros Regionais de Operação Sudeste e Norte/Centro-Oeste <strong>do</strong> ONS.<br />

1.7.4.3 Sem centro de operação local<br />

Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local, devem ser previstos os<br />

seguintes serviços de comunicação de da<strong>do</strong>s:<br />

- Entre cada subestação envolvida e o computa<strong>do</strong>r de comunicação <strong>do</strong> Centro de Operação <strong>do</strong><br />

agente Interliga<strong>do</strong> correspondente;<br />

- Entre cada subestação envolvida e o computa<strong>do</strong>r de comunicação <strong>do</strong>s Centros Regionais de<br />

Operação Sudeste e Norte/Centro-Oeste <strong>do</strong> ONS.<br />

Os serviços acima deverão ser independentes de qualquer outro serviço de comunicação de da<strong>do</strong>s.<br />

1.7.4.4 Recursos de comunicação de da<strong>do</strong>s para a Rede de Registro de Perturbações<br />

Para a aquisição de da<strong>do</strong>s de registro de perturbação devem ser previstos <strong>do</strong>is ramais telefônicos<br />

DDR (discagem direta <strong>ao</strong> ramal) e liga<strong>do</strong>s a modem para conexão <strong>ao</strong> Concentra<strong>do</strong>r Central de Da<strong>do</strong>s<br />

de Registro de Perturbações da TRANSMISSORA ou diretamente <strong>ao</strong>s RDP localiza<strong>do</strong>s nas<br />

subestações envolvidas, para acesso pelo ONS ou outros Agentes autoriza<strong>do</strong>s.<br />

Soluções alternativas que permitam o acesso via rede de da<strong>do</strong>s poderão ser admitidas, uma vez<br />

assegura<strong>do</strong>, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuí<strong>do</strong>s <strong>ao</strong>s circuitos acima<br />

especifica<strong>do</strong>s.<br />

1.7.4.5 Outros serviços de comunicação de da<strong>do</strong>s<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1069 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Para suporte às atividades de normatização, pré-operação, pós-operação, planejamento da operação,<br />

programação da operação, administração de serviços e encargos da transmissão e demais sistemas<br />

de apoio disponibiliza<strong>do</strong>s pelo ONS para os agentes, a TRANSMISSORA deve dispor de meio de<br />

acesso à Internet, dimensiona<strong>do</strong> de forma a suportar o carregamento imposto pelo conjunto dessas<br />

atividades, através de serviço de comunicação de da<strong>do</strong>s classe B.<br />

Soluções alternativas que permitam a comunicação via outros tipos de redes de da<strong>do</strong>s<br />

poderão ser<br />

admitidas, uma vez assegura<strong>do</strong>, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuí<strong>do</strong>s <strong>ao</strong>s<br />

serviços acima especifica<strong>do</strong>s.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1070 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.8 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS DESSE<br />

<strong>ANEXO</strong><br />

TÉCNICO<br />

1.8.1<br />

Seja qual for a configuração proposta, básica ou alternativa, a TRANSMISSORA deve realizar, no<br />

mínimo,<br />

os seguintes estu<strong>do</strong>s:<br />

• Fluxo de potência, rejeição de carga e energização<br />

na freqüência fundamental;<br />

• Estu<strong>do</strong>s de fluxo de potência nos barramentos das subestações;<br />

• Estu<strong>do</strong>s de transitórios de religamento e rejeição de carga;<br />

• Estu<strong>do</strong>s de transitórios de energização de linhas de transmissão e de transforma<strong>do</strong>res;<br />

• Estu<strong>do</strong>s de tensão transitória de restabelecimento;<br />

• Estu<strong>do</strong> de coordenação de isolamento das subestações.<br />

Esses estu<strong>do</strong>s devem demonstrar o atendimento <strong>ao</strong> estabeleci<strong>do</strong><br />

no <strong>do</strong>cumento de critérios da EPE,<br />

nos relatórios de estu<strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>s no subitem 2.1.1, e <strong>ao</strong>s critérios e requisitos estabeleci<strong>do</strong>s<br />

nesse<br />

item.<br />

A TRANSMISSORA deve certificar-se de que os parâmetros das linhas a serem avaliadas pelos<br />

estu<strong>do</strong>s de transitórios eletromagnéticos são aqueles defini<strong>do</strong>s pelos estu<strong>do</strong>s de coordenação de<br />

isolamento das linhas elabora<strong>do</strong>s pela TRANSMISSORA.<br />

Ressalta-se que a TRANSMISSORA deve analisar também o ano de entrada em operação <strong>do</strong><br />

empreendimento,<br />

utilizan<strong>do</strong> a base de da<strong>do</strong>s disponibilizada pelo ONS e pela EPE em suas páginas<br />

na Internet, www.ons.org.br e www.epe.gov.br, respectivamente.<br />

To<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s de transitórios eletromagnéticos deverão ser desenvolvi<strong>do</strong>s na ferramenta ATP<br />

(Alternative Transients Program). A TRANSMISSORA deverá disponibilizar à ANEEL os casos base<br />

de cada um desses estu<strong>do</strong>s, no formato <strong>do</strong> programa ATP, em meio digital, para fins de registro na<br />

base de da<strong>do</strong>s de estu<strong>do</strong>s.<br />

A especificação <strong>do</strong> conjunto das características elétricas básicas <strong>do</strong>s diversos equipamentos<br />

integrantes deste empreendimento deverá levar em conta os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s supra<br />

menciona<strong>do</strong>s.<br />

TENSÃO OPERATIVA<br />

A tensão eficaz entre fases de todas as barras <strong>do</strong> sistema interliga<strong>do</strong>, em todas as situações de<br />

intercâmbio e cenários avalia<strong>do</strong>s, deve situar-se na faixa de valores lista<strong>do</strong>s na Tabela 7, que se<br />

refere às condições operativas normal (regime permanente) e de emergência (contingências simples<br />

em regime permanente nos estu<strong>do</strong>s que definiram a configuração básica ou alternativa).<br />

Nominal<br />

TABELA 7 - TENSÃO EFICAZ ENTRE FASES ADMISSÍVEL (KV)<br />

Condição<br />

operativa normal<br />

Condição operativa de emergência<br />

Barras com carga Demais barras<br />

230 218 a 242 218 a 242 207 a 242<br />

345 328 a 362 328 a 362 311 a 362<br />

500 500 a 550 500 a 550 475 a 550<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1071 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

1.8.2 CRITÉRIOS PARA AS CONDIÇÕES DE MANOBRA<br />

ASSOCIADOS ÀS LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

Nos estu<strong>do</strong>s de manobra associa<strong>do</strong>s a linhas de transmissão deve-se observar os limites de<br />

suportabilidade de sobretensão <strong>do</strong>s equipamentos associa<strong>do</strong>s e a capacidade de absorção de<br />

energia <strong>do</strong>s pára-raios envolvi<strong>do</strong>s.<br />

1.8.2.1 Sobretensão admissível para estu<strong>do</strong>s a 60 Hz<br />

A máxima tensão em regimes permanente e dinâmico na extremidade das linhas de transmissão<br />

após<br />

manobra (energização, religamento<br />

tripolar e rejeição de carga) deve ser compatível com a<br />

suportabilidade <strong>do</strong>s equipamentos das subestações terminais, <strong>do</strong>s isolamentos das linhas e das<br />

torres de transmissão.<br />

A tensão dinâmica (tensão eficaz entre fases no instante imediatamente posterior à manobra <strong>do</strong>s<br />

disjuntores) e a tensão sustentada (tensão eficaz entre fases nos instantes subseqüentes) devem<br />

situar-se na faixa de valores constantes da Tabela 8 abaixo.<br />

TABELA 8 – TENSÃO EFICAZ ENTRE FASES ADMISSÍVEL NA EXTREMIDADE DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO APÓS MANOBRA (KV)<br />

Tensão nominal Tensão dinâmica Tensão sustentada<br />

230 218 a 322 218 a 253<br />

345 328 a 483 328 a 398<br />

500 500 a 700 500 a 600<br />

A TRANSMISSORA deve levar em conta, no dimensionamento <strong>do</strong>s equipamentos que se situam na<br />

extremidade das linhas de transmissão que os mesmos possam ficar em vazio e sujeitos <strong>ao</strong> valor da<br />

tensão sustentada estabeleci<strong>do</strong> na Tabela 8 por até uma hora.<br />

1.8.2.2 Energização das linhas de transmissão<br />

A energização das linhas de transmissão deve ser viável em to<strong>do</strong>s os cenários avalia<strong>do</strong>s, atendi<strong>do</strong> o<br />

critério de tensão em condições operativas normais defini<strong>do</strong> na Tabela 7.<br />

Em particular, deve ser prevista a possibilidade de energização nos <strong>do</strong>is senti<strong>do</strong>s, consideran<strong>do</strong>,<br />

inclusive, o sistema degrada<strong>do</strong>, por conta de possíveis manobras de recomposição.<br />

Devem ser avaliadas energizações com e sem aplicação de defeito <strong>ao</strong> longo da linha, respeitan<strong>do</strong>-se<br />

o tempo de eliminação de falta de 100 ms para a rede de 500 kV e de 150 ms para a rede de 230 kV.<br />

Devem ser respeitadas as premissas, definidas nos estu<strong>do</strong>s de coordenação de isolamento das<br />

linhas de transmissão, elabora<strong>do</strong>s pela TRANSMISSORA, quanto às máximas tensões fase-terra e<br />

fase-fase admissíveis <strong>ao</strong> longo da LT.<br />

Os pára-raios de linha deverão ser dimensiona<strong>do</strong>s<br />

para dissipar sozinhos a energia advinda da<br />

manobra de energização.<br />

Os <strong>do</strong>cumentos de especificação das características elétricas básicas <strong>do</strong>s equipamentos, elabora<strong>do</strong>s<br />

pela TRANSMISSORA, devem levar em conta os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s em epigrafe, bem como as<br />

características<br />

<strong>do</strong>s equipamentos de controle de sobretensões considera<strong>do</strong>s nestes estu<strong>do</strong>s.<br />

1.8.2.3 Religamento<br />

tripolar das linhas de transmissão<br />

Deve ser prevista a possibilidade de religamento tripolar, por ambos<br />

os terminais, em todas as linhas<br />

de transmissão.<br />

Deve ser avalia<strong>do</strong> o religamento com aplicação de defeito <strong>ao</strong> longo da linha, respeitan<strong>do</strong>-se o tempo<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1072 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

de eliminação de falta de 150 ms.<br />

Devem ser respeitadas as premissas, definidas nos estu<strong>do</strong>s de coordenação de isolamento das<br />

linhas de transmissão, elabora<strong>do</strong>s pela TRANSMISSORA, quanto às máximas tensões fase-terra e<br />

fase-fase admissíveis <strong>ao</strong> longo da LT.<br />

Os pára-raios de linha deverão ser dimensiona<strong>do</strong>s para dissipar sozinhos a energia advinda da<br />

manobra de religamento tripolar.<br />

Os <strong>do</strong>cumentos de especificação das características elétricas básicas <strong>do</strong>s equipamentos, elabora<strong>do</strong>s<br />

pela TRANSMISSORA, devem levar em conta os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s em epigrafe, bem como as<br />

características <strong>do</strong>s equipamentos de controle de sobretensões considera<strong>do</strong>s nestes estu<strong>do</strong>s.<br />

1.8.2.4 Religamento monopolar<br />

Deve ser prevista a possibilidade de religamento monopolar da linha de transmissão. Cabe à<br />

TRANSMISSORA a viabilização técnica <strong>do</strong> religamento monopolar, conforme o seguinte<br />

procedimento:<br />

• Priorizar as soluções técnicas no senti<strong>do</strong> de garantir uma probabilidade adequada de sucesso na<br />

extinção <strong>do</strong> arco secundário em tempos inferiores a 500 ms, de acor<strong>do</strong> com o critério<br />

estabeleci<strong>do</strong> no item 1.8.2.4 (a);<br />

• Somente nos casos em que for demonstrada, por meio da apresentação de resulta<strong>do</strong>s de<br />

estu<strong>do</strong>s, a inviabilidade técnica de atender tal requisito, a TRANSMISSORA poderá optar pela<br />

utilização <strong>do</strong> critério defini<strong>do</strong> no item 1.8.2.4 (b), para tempos de extinção superiores a 500 ms;<br />

•<br />

•<br />

•<br />

(a)<br />

Quan<strong>do</strong> só for possível a solução técnica para tempos mortos acima de 500 ms, devem ser<br />

avaliadas, pela TRANSMISSORA, as implicações de natureza dinâmica para a Rede<br />

Básica,<br />

advindas da necessidade de operar com tempos mortos mais eleva<strong>do</strong>s.<br />

A TRANSMISSORA deve evitar soluções que possam colocar em risco a segurança <strong>do</strong> sistema<br />

elétrico, tais como a utilização de chaves<br />

de aterramento rápi<strong>do</strong> em terminais de linha adjacentes<br />

a unidades gera<strong>do</strong>ras, onde a ocorrência de curtos-circuitos devi<strong>do</strong>s <strong>ao</strong> mau funcionamento de<br />

equipamentos e sistemas de proteção e controle possa causar severos impactos à rede;<br />

To<strong>do</strong>s os equipamentos associa<strong>do</strong>s, tais como disjuntores, bem como a proteção, o controle e o<br />

nível de isolamento <strong>do</strong>s equipamentos, incluí<strong>do</strong> o neutro de reatores em derivação, o espaço<br />

físico e demais facilidades necessárias<br />

<strong>ao</strong> religamento monopolar devem ser provi<strong>do</strong>s, de forma<br />

a permitir a sua implementação.<br />

Critério com Tempo Morto de 500 ms<br />

A Figura 3 deve ser utilizada para a avaliação da probabilidade de sucesso da extinção <strong>do</strong> arco<br />

secundário. São considera<strong>do</strong>s, como pontos de entrada, o valor eficaz <strong>do</strong> último pico da corrente<br />

de arco secundário (em Ampères) e o valor <strong>do</strong> primeiro pico da tensão de restabelecimento<br />

transitória (em kVp). Um religamento monopolar, para ser considera<strong>do</strong> como sen<strong>do</strong> de boa<br />

probabilidade de sucesso para faltas não mantidas, deve ser caracteriza<strong>do</strong> pelo par de valores<br />

(V, I) localiza<strong>do</strong> no interior da curva ilustrada na Figura 3.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1073 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Primeiro Pico da TRV (kV)<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

Zona de Provável<br />

Extinção <strong>do</strong> Arco<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60<br />

Iarc(rms)<br />

FIGURA 3 - CURVA DE REFERÊNCIA PARA ANÁLISE DA EXTINÇÃO DA CORRENTE DE ARCO SECUNDÁRIO, CONSIDERANDO-SE TEMPO MORTO DE 500 MS<br />

A TRANSMISSORA deve dimensionar os seus equipamentos de forma a tentar obter uma<br />

corrente máxima de arco secundário de 50 A e com TRV, dentro da “zona provável de extinção”,<br />

o que indica uma probabilidade razoável de sucesso na extinção <strong>do</strong> arco secundário.<br />

A demonstração <strong>do</strong> atendimento deste critério deve ser oferecida pela TRANSMISSORA por<br />

meio de estu<strong>do</strong>s de transitórios eletromagnéticos, consideran<strong>do</strong>, inicialmente, a não utilização de<br />

quaisquer méto<strong>do</strong>s de mitigação.<br />

Caso estas simulações demonstrem a improbabilidade da extinção <strong>do</strong>s arcos secundários dentro<br />

<strong>do</strong> tempo de 500 ms, novas simulações devem ser efetuadas, consideran<strong>do</strong> a utilização de<br />

méto<strong>do</strong>s de mitigação. Apenas no caso dessas novas simulações demonstrarem não ser possível<br />

atender o requisito da Figura 3, poderá a TRANSMISSORA optar pela utilização <strong>do</strong> critério<br />

defini<strong>do</strong> no item 1.8.2.4(b).<br />

(b) Critério com Tempo Morto<br />

superior a 500 ms<br />

Para avaliação <strong>do</strong> sucesso <strong>do</strong> religamento monopolar com tempo morto superior a 500 ms, deve<br />

ser considerada a curva de referência da Figura 4, que relaciona o tempo morto necessário para<br />

a extinção <strong>do</strong> arco secundário com o valor eficaz <strong>do</strong> último pico da corrente de arco, da forma<br />

proposta<br />

a seguir:<br />

• A TRANSMISSORA deve refazer os estu<strong>do</strong>s de transitórios de forma a viabilizar o menor<br />

valor possível de corrente de arco, utilizan<strong>do</strong>, inicialmente, apenas os meios de mitigação<br />

convencionais. Caso estes não se mostrem suficientes, outros meios de mitigação poderão<br />

ser considera<strong>do</strong>s. Em qualquer caso, os tempos mortos a serem considera<strong>do</strong>s nos ajustes<br />

para definição <strong>do</strong> tempo para religamento <strong>do</strong> disjuntor devem ser aqueles defini<strong>do</strong>s pela<br />

curva da Figura 4 para a corrente encontrada;<br />

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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

• Nessa avaliação, devem ser consideradas, preferencialmente, soluções de engenharia que<br />

não demandem equipamentos que requeiram fabricação especial;<br />

Nos casos em que os tempos mortos defini<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong> com a alínea a acima forem iguais ou<br />

superiores a 1,75 segun<strong>do</strong>s, a TRANSMISSORA deve avaliar a viabilidade técnica da a<strong>do</strong>ção de<br />

medidas de mitigação não usuais, tais como chaves de aterramento rápi<strong>do</strong>, entre outras,<br />

procuran<strong>do</strong> o menor<br />

tempo morto possível, sem exceder 1,75 segun<strong>do</strong>s.<br />

Notas:<br />

Quan<strong>do</strong> da a<strong>do</strong>ção de chaves de aterramento rápi<strong>do</strong><br />

a extinção <strong>do</strong> arco pode ocorrer mesmo<br />

com correntes mais elevadas que as indicadas nesse critério. Nesse caso, a TRANSMISSORA<br />

deve demonstrar a extinção <strong>do</strong> arco, de forma independente da Figura 4.<br />

A a<strong>do</strong>ção de solução que demande<br />

tempo morto superior a 500 ms fica condicionada à<br />

demonstração, pela TRANSMISSORA, por meio de estu<strong>do</strong>s dinâmicos, que a mesma não<br />

compromete o desempenho <strong>do</strong> SIN.<br />

FIGURA 4 – CURVA DE REFERÊNCIA - TEMPO MORTO PARA EXTINÇÃO DO ARCO SECUNDÁRIO X VALOR EFICAZ DA CORRENTE DE ARCO SECUNDÁRIO, PARA<br />

TENSÕES ATÉ 765 KV<br />

Os estu<strong>do</strong>s de religamento monopolar têm por objetivo não apenas avaliar a extinção <strong>do</strong> arco<br />

secundário, mas também prover as informações necessárias <strong>ao</strong> correto dimensionamento <strong>do</strong><br />

isolamento <strong>do</strong> neutro <strong>do</strong> reator de linha, nos casos em que for necessária a utilização de um reator de<br />

neutro.<br />

Dessa forma, deve também ser apresentada pela TRANSMISSORA a simulação no tempo (com o<br />

programa ATP), consideran<strong>do</strong> toda a seqüência de eventos, com o tempo de eliminação de falta de<br />

100 ms para a rede de 500 kV e de 150 ms para a rede de 230 kV.<br />

As simulações devem identificar as<br />

solicitações de dissipação de energia nos pára-raios de linha e<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1075 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

nos pára-raios <strong>do</strong> reator de neutro, quan<strong>do</strong> for o caso.<br />

Os <strong>do</strong>cumentos de especificação das características elétricas básicas <strong>do</strong>s equipamentos, elabora<strong>do</strong><br />

pela TRANSMISSORA deve levar em conta os resulta<strong>do</strong>s desses estu<strong>do</strong>s.<br />

1.8.2.5 Rejeição de carga<br />

Devem ser atendidas sem violação <strong>do</strong>s critérios de desempenho as situações de rejeição de carga<br />

avaliadas para a configuração básica ou alternativa.<br />

Devem ser avaliadas rejeições com e sem aplicação de defeito monofásico <strong>ao</strong> longo da linha,<br />

respeitan<strong>do</strong>-se o tempo de eliminação de falta de 100 ms para a rede igual ou acima de 345 kV e de<br />

150 ms para a rede abaixo de 345 kV.<br />

Deve ser avaliada também a rejeição sem aplicação de falta prévia, com a ocorrência de curtocircuito<br />

posterior à rejeição, no instante de máxima tensão.<br />

A TRANSMISSORA deverá avaliar a rejeição nos <strong>do</strong>is senti<strong>do</strong>s, com fluxos o mais próximo possível<br />

da<br />

capacidade da linha em análise, mesmo que os casos operativos indiquem fluxos mais baixos.<br />

Em caso de circuitos duplos deverá ser considerada<br />

a possibilidade de rejeição dupla em condições<br />

de fluxo máximo nos <strong>do</strong>is senti<strong>do</strong>s.<br />

Em to<strong>do</strong>s os casos supra menciona<strong>do</strong>s os pára-raios de linha deverão ser dimensiona<strong>do</strong>s para<br />

dissipar sozinhos a energia resultante da rejeição de carga.<br />

1.8.3 CRITÉRIOS<br />

PARA MANOBRAS DE FECHAMENTO E ABERTURA DE SECCIONADORES E SECCIONADORES DE<br />

ATERRAMENTO<br />

1.8.4<br />

1.8.4.1<br />

As manobras de fechamento e abertura de secciona<strong>do</strong>res e de secciona<strong>do</strong>res de aterramento devem<br />

considerar as condições mais severas de tensões induzidas de linhas de transmissão existentes em<br />

paralelo, incluin<strong>do</strong> carregamento<br />

máximo e situações de ressonância.<br />

Deverão ser avaliadas, sem considerar a aplicação de medidas operativas, os efeitos de eventuais<br />

induções ressonantes provocadas pela linha de transmissão objeto dessa licitação sobre outras<br />

linhas de transmissão existentes.<br />

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE DISJUNTORES SOB CONDIÇÕES DE MANOBRA<br />

Os estu<strong>do</strong>s para determinação das solicitações impostas a disjuntores sob condições de manobra<br />

deverão considerar a representação da rede levan<strong>do</strong>-se em conta o maior nível de curto-circuito<br />

previsto entre a data de entrada em operação e o horizonte de planejamento. A TRANSMISSORA<br />

deverá levar em conta as informações disponibilizadas pela EPE e pelo ONS.<br />

Estu<strong>do</strong>s de Tensão Transitória de Restabelecimento (TRT)<br />

Esses estu<strong>do</strong>s transitórios têm por objetivo quantificar as solicitações as quais estarão sujeitos os<br />

diversos disjuntores integrantes deste empreendimento. Compreendem as avaliações de TRT as<br />

seguintes condições de manobra:<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1076 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

• Abertura de defeito terminal trifásico à terra e trifásico não aterra<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> o ponto de aplicação<br />

da falta no barramento ou saída de linha;<br />

• Abertura de defeito terminal monofásico sen<strong>do</strong> o ponto de aplicação da falta no barramento ou<br />

saída de linha;<br />

• Abertura de defeito quilométrico;<br />

• Abertura em discordância de fases. Deverá ser identificada a mais crítica solicitação de tensão<br />

através <strong>do</strong>s pólos <strong>do</strong> disjuntor imposta pela rede<br />

para abertura em discordância de fases;<br />

Abertura<br />

de linha a vazio. Essa situação deve ser simulada na freqüência fundamental e com tensão<br />

de pré-manobra igual à máxima tensão operativa da rede (1,05 ou 1,10 dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> nível de<br />

tensão), com aplicação de falta monofásica e abertura das fases sãs. Os estu<strong>do</strong>s de abertura de linha<br />

a vazio devem levar em conta a necessidade de atendimento <strong>ao</strong> requisito descrito no item 1.3.2.1 m.<br />

Caso a região <strong>do</strong> sistema onde o disjuntor será instala<strong>do</strong> esteja sujeita a sobrefreqüências em regime<br />

dinâmico a simulação de abertura de linha a vazio deverá levar em conta a máxima sobrefreqüência<br />

identificada nos estu<strong>do</strong>s.<br />

1.8.4.2 Estu<strong>do</strong>s de energização de transforma<strong>do</strong>res<br />

Esses estu<strong>do</strong>s têm por objetivo identificar as solicitações de corrente e tensão impostas à rede e <strong>ao</strong>s<br />

equipamentos próximos pela manobra de energização <strong>do</strong>s transforma<strong>do</strong>res. Devem ainda<br />

demonstrar que os transforma<strong>do</strong>res podem ser energiza<strong>do</strong>s em situações de rede completa e<br />

degradada, pelos seus <strong>do</strong>is terminais e para toda a faixa de tensão operativa. Estão incluídas neste<br />

escopo as situações de recomposição de rede.<br />

Os estu<strong>do</strong>s compreendem avaliações de energização em vazio, com e sem falta aplicada,<br />

consideran<strong>do</strong> os recursos de controle de sobretensões disponíveis, tais como, disjuntores com<br />

resistores de pré-inserção e/ou dispositivos de manobra controlada. Deve ser leva<strong>do</strong> em conta o fluxo<br />

residual <strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>r.<br />

Devem ser avalia<strong>do</strong>s também o montante de energia a ser absorvi<strong>do</strong> pelos pára-raios <strong>do</strong><br />

transforma<strong>do</strong>r e a necessidade de utilização <strong>do</strong>s mecanismos de controle de sobretensões<br />

supramenciona<strong>do</strong>s, bem como as correntes inrush.<br />

Para a realização desses estu<strong>do</strong>s, os transforma<strong>do</strong>res devem ser modela<strong>do</strong>s consideran<strong>do</strong> a sua<br />

curva de saturação e a impedância especificada no <strong>do</strong>cumento da TRANSMISSORA que define as<br />

características elétricas básicas <strong>do</strong>s equipamentos principais <strong>do</strong> empreendimento. No caso de<br />

indisponibilidade da curva de saturação real <strong>do</strong> equipamento, poderá ser utilizada curva típica, desde<br />

que sejam feitas parametrizações quanto <strong>ao</strong> joelho e à reatância de núcleo de ar, alteran<strong>do</strong>-se esses<br />

valores no senti<strong>do</strong> de verificar os seus efeitos sobre os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s.<br />

1.8.5 ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA NOS BARRAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES<br />

Esses estu<strong>do</strong>s têm por objetivo identificar as correntes máximas em regime permanente as quais<br />

estão sujeitos os barramentos (incluin<strong>do</strong> os vãos interliga<strong>do</strong>res de barras) e os equipamentos das<br />

subestações, de forma a prover os susbsídios necessários à determinação da corrente nominal <strong>do</strong>s<br />

equipamentos e barramentos das subestações.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1077 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

Os seguintes aspectos devem ser leva<strong>do</strong>s em conta nas avaliações:<br />

- Condições normal e emergência (n-1) de operação <strong>do</strong> sistema, com os valores máximos <strong>do</strong>s fluxos<br />

em linhas que se conectam às subestações em análise, tanto para o ano de entrada<br />

em operação<br />

como para o ano horizonte de planejamento;<br />

- Condição degradada das subestações em análise, com indisponibilidade de um equipamento ou<br />

mesmo de um trecho <strong>do</strong> barramento, para as condições normal e emergência (n-1) <strong>do</strong> sistema;<br />

- Evolução prevista da topologia da subestação.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1078 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

2 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO<br />

Os relatór ios de Estu<strong>do</strong>s de Engenharia e Planejamento,<br />

elabora<strong>do</strong>s pela EPE, e os <strong>do</strong>cumentos<br />

elabora<strong>do</strong>s pela CEMIG e pela TRIUNFO RIO VERDE ENERGIA S.A. para as linhas de transmissão<br />

e para as subestações i nterligadas, estão relaciona<strong>do</strong>s a seguir.<br />

Estes relatórios e <strong>do</strong>cumentos são partes integrantes <strong>do</strong> <strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> deven<strong>do</strong> suas recomendações<br />

serem a<strong>do</strong>tadas pela TRANSMISSORA no desenvolvimento <strong>do</strong>s seus projetos<br />

para implantação das<br />

instalações.<br />

2.1 ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO<br />

2.1.1 R<br />

ELATÓRIOS<br />

Nº EMPRESA DOCUMENTO<br />

EPE-DEE-RE-138/2008-r1 ESTUD OS DE EXPANSÃO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO –<br />

Definição <strong>do</strong> Sistema de integração das usinas <strong>do</strong> Sul de Goiás –<br />

01 de fevereiro de 2008<br />

S/n Definição <strong>do</strong> sistema de integração das usinas <strong>do</strong> Sul de Goiás –<br />

Relatório R2 – Detalhamento da Alternativa de Referência –<br />

janeiro de 2008<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1079 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

2.2 RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS<br />

EXISTENTES<br />

NºEMPRESA DOCUMENTO<br />

E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES<br />

02.111 – PO/PL - 024 EMPREENDIMENTO INTEGRAÇÃO DAS USINAS AO<br />

SUL DE GOIÁS - “RELATÓRIO R4” – CARACTERIZAÇÃO<br />

DA REDE EXISTENTE E DESCRITIVO DO<br />

EMPREENDIMENTO - JANEIRO/2008<br />

2.3 DOCUMENTOS DE SUBESTAÇÕES<br />

2.3.1 SUBESTAÇÃO<br />

SÃO SIMÃO<br />

Nº CEMIG DESCRIÇÃO<br />

11-128 PL-VO folha 01 SE UHE Sâo Simão - Saída para Coletora 1 (Itaguaçu) –<br />

Diagrama Unifilar Básico<br />

2.3.2 SUBESTAÇÃO ITAGUAÇU<br />

Nº CEMIG DESCRIÇÃO<br />

S/Nº SE Coletora 1 (Itaguaçu) – Obras a Licitar – Diagrama<br />

Unifilar Básico<br />

S/Nº SE Coletora 1 (Itaguaçu) – Expansão Futura – Diagrama<br />

Unifilar Básico<br />

2.3.3 SUBESTAÇÃO BARRA DOS COQUEIROS<br />

Nº CEMIG DESCRIÇÃO<br />

S/Nº SE Coletora 2 (Barra <strong>do</strong>s Coqueiros) – Obras a Licitar –<br />

Diagrama Unifilar Básico<br />

S/Nº SE Coletora 2 (Barra <strong>do</strong>s Coqueiros) – Expansão Futura –<br />

Diagrama Unifilar Básico<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1080 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

3 MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO<br />

3.1 GERAL<br />

A TRANSMISSORA deve implantar as INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO <strong>do</strong> LOTE L, observan<strong>do</strong><br />

a legislação e os requisitos ambientais aplicáveis.<br />

3.2 DOCUMENTAÇÃO<br />

DISPONÍVEL<br />

Nº DOCUMENTO<br />

S/N Definição <strong>do</strong> sistema de integração das usinas <strong>do</strong> Sul de Goiás –<br />

Relatório R3 – Caracterização e Análise Sopcioambiental –<br />

Janeiro 2008<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1081 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

4 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS<br />

Conforme previsto no <strong>Edital</strong>, Volume I - item 4.7, e para fins de verificação da conformidade com os<br />

requisitos técnicos exigi<strong>do</strong>s, a TRANSMISSORA deve apresentar à ANEEL para liberação o Projeto<br />

Básico das instalações, de acor<strong>do</strong> com o Relatório Diretrizes<br />

para Projeto Básico de Sistemas de<br />

Transmissão - DNAEE-ELETROBRAS e a itemização a seguir.<br />

A TRANSMISSORA deve entregar 2 cópias de toda <strong>do</strong>cumentação <strong>do</strong> Projeto Básico em papel e em<br />

meio magnético ou ótico.<br />

4.1 ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA<br />

A TRANSMISSORA deve apresentar os relatórios <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s<br />

no item 1.8.<br />

Sempre que solicita<strong>do</strong>, a TRANSMISSORA<br />

deve comprovar mediante estu<strong>do</strong> que as soluções<br />

a<strong>do</strong>tadas nas especificações e projetos das instalações de transmissão objeto deste anexo são<br />

adequadas.<br />

4.2 PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES<br />

Os <strong>do</strong>cumentos de projeto básico da subestação devem incluir:<br />

• Relação de normas técnicas oficiais utilizadas.<br />

• Critérios de projeto para as obras civis, projeto eletromecânico, sistemas de proteção, coman<strong>do</strong>,<br />

supervisão e telecomunicações, instalações de blindagem e aterramento, inclusive premissas<br />

a<strong>do</strong>tadas.<br />

• Desenho de locação das instalações.<br />

• Diagrama unifilar.<br />

• Desenho de arquitetura das construções:<br />

plantas, cortes e fachadas.<br />

• Arranjo geral <strong>do</strong>s pátios: planta e cortes típicos.<br />

• Arranjo <strong>do</strong>s sistemas de blindagem e aterramento.<br />

• Características técnicas <strong>do</strong>s equipamentos<br />

e <strong>do</strong>s materiais principais.<br />

• Descrição <strong>do</strong>s sistemas previstos para proteção, coman<strong>do</strong>, supervisão e telecomunicações,<br />

inclusive diagramas<br />

esquemáticos.<br />

• Descrição <strong>do</strong>s sistemas auxiliares, inclusive diagramas esquemáticos e folha de da<strong>do</strong>s técnicos<br />

de equipamentos e materiais principais.<br />

4.3 PROJETO BÁSICO DA LINHA DE TRANSMISSÃO<br />

Os <strong>do</strong>cumentos de projeto básico da linha<br />

de transmissão devem apresentar:<br />

4.3.1 RELATÓRIO TÉCNICO<br />

Relatório técnico com roteiro completo e descrição detalhada <strong>do</strong> tratamento e das hipóteses<br />

assumidas para os da<strong>do</strong>s de vento, as pressões dinâmicas e as cargas resultantes, os esquemas e<br />

as hipóteses de carregamentos e o respectivo memorial de cálculo com o dimensionamento<br />

completo<br />

<strong>do</strong>s suportes incluin<strong>do</strong>:<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1082 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

• Mapas (isótacas);<br />

• Estações Anemométricas usadas;<br />

• Velocidade Máxima Anual de vento a 10 m de altura e média de 3 segun<strong>do</strong>s, tempo de retorno de<br />

250 anos (para linha com tensão superior a 230 kV) e 150 anos (para linha com tensão igual ou<br />

inferior a 230 kV) e ,também, com média de 10 minutos;<br />

• Média de Velocidade Máxima Anual de vento a 10 m de altura e média de 3 segun<strong>do</strong>s, tempo de<br />

retorno de 250 anos (para linha com tensão superior a 230 kV) e 150 anos (para linha com<br />

tensão igual ou inferior a 230 kV) e, também, com média de 10 minutos;<br />

• Coeficiente de variação da Velocidade Máxima Anual a 10<br />

m de altura (em porcentagem);<br />

• Coeficientes de rajadas a 10 m de altura e média de 10 minutos.<br />

4.3.2 NORMAS E DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS.<br />

• Relação de normas técnicas oficiais utilizadas;<br />

• Memorial de cálculo <strong>do</strong>s suportes;<br />

• Desenho da diretriz selecionada e suas eventuais interferências;<br />

• Desenho da faixa de passagem, “clearances” e distâncias de segurança;<br />

• Regulação mecânica <strong>do</strong>s cabos: características<br />

físicas, esta<strong>do</strong>s básicos e pressão resultante <strong>do</strong>s<br />

ventos;<br />

• Suportes (estrutura metálica ou de concreto arma<strong>do</strong> e ou especiais):<br />

- Tipos, características de<br />

aplicação e relatórios de ensaios de cargas para os suportes préexistentes:<br />

- Desenhos das silhuetas com as dimensões principais;<br />

- Coeficientes de segurança;<br />

- Pressões de ventos atuantes (cabos e suportes), coeficientes de arrasto, forças resultantes e<br />

pontos de aplicação;<br />

- Esquemas de carregamentos e cargas atuantes;<br />

- Cargas resultantes nas fundações.<br />

• Ensaio de carregamento de protótipo (para os suportes de suspensão simples de maior<br />

incidência);<br />

• Programa preliminar <strong>do</strong> ensaio de carregamento a ser realiza<strong>do</strong> com a indicação da data<br />

prevista, hipóteses e a determinação das cargas (Kgf) e respectivos locais de aplicação;<br />

• Tipos de fundações: critérios de dimensionamento e desenhos dimensionais;<br />

• Cabos condutores: características;<br />

• Cabos pára-raios: características;<br />

• Cadeias de isola<strong>do</strong>res: coordenação eletromecânica, desenhos e demais características;<br />

• Contrapeso: características, material, méto<strong>do</strong> e critérios de dimensionamento;<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1083 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

• Ferragens, espaça<strong>do</strong>res e acessórios: descrição, ensaios de tipo, características físicas e<br />

desenhos de fabricação;<br />

• Vibrações eólicas:<br />

- Relatórios <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s de vibração eólica e de sistemas de amortecimentos para fins de<br />

controle da fadiga <strong>do</strong>s cabos.<br />

- Projeto <strong>do</strong> sistema de amortecimento para fins de controle da fadiga <strong>do</strong>s cabos de forma a<br />

garantir a ausência de danos <strong>ao</strong>s cabos.<br />

4.4 PROJETO<br />

BÁSICO DE TELECOMUNICAÇÕES:<br />

• Descrição sumária <strong>do</strong>s sistemas de telecomunicações.<br />

• Descrição sumária <strong>do</strong> sistema de energia (alimentação elétrica).<br />

• Diagramas de configuração <strong>do</strong>s sistemas de telecomunicações.<br />

• Diagramas de configuração <strong>do</strong> sistema de energia.<br />

• Diagramas de canalização.<br />

•<br />

Comentários sobre as alternativas de prove<strong>do</strong>res de telecomunicações prováveis e sistemas<br />

propostos.<br />

4.5 PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO:<br />

A TRANSMISSORA deverá fornecer na apresentação <strong>do</strong> Projeto as planilhas disponíveis no CD<br />

“Planilhas de Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Projeto” preenchidas com da<strong>do</strong>s requeri<strong>do</strong>s, no que couber, <strong>do</strong><br />

empreendimento em licitação.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1084 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

5 CRONOGRAMA<br />

A TRANSMISSORA deve apresentar cronograma de implantação das INSTALAÇÕES DE<br />

TRANSMISSÃO pertencentes a sua concessão, conforme modelos apresenta<strong>do</strong>s nas tabelas A e B<br />

deste <strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong>, com a indicação de marcos intermediários, para as seguintes atividades não se<br />

restringin<strong>do</strong> a essas: licenciamento ambiental, projeto básico, topografia, instalações<br />

de canteiro,<br />

fundações, montagem de torres, lançamento <strong>do</strong>s cabos condutores e instalações de equipamentos,<br />

obras civis e montagens das instalações de Transmissão e das Subestações, e comissionamento,<br />

que permitam aferir, mensalmente, o progresso das obras e assegurar a entrada em OPERAÇÃO<br />

COMERCIAL no prazo máximo de 15 (quinze) meses.<br />

A ANEEL poderá solicitar a qualquer tempo a inclusão de outras atividades no cronograma. A TRANSMISSORA deve apresentar mensalmente, à fiscalização da ANEEL, Relatório <strong>do</strong><br />

andamento da implantação das INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO, em meio ótico e papel.<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1085 de 1086


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<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

5.1 CRONOGRAMA FÍSICO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ( TABELA<br />

A)<br />

NOME DA EMPRESA:<br />

LINHA DE TRANSMISSÃO:<br />

DATA: MESES<br />

No DESCRIÇÃO DAS ETAPA S DA IMPLANTAÇÃO 1 2 3 13 14 15<br />

1 PROJETO BÁSICO<br />

2 ASSINA TURA DE CONTRATOS 2.1 EPC – Estu<strong>do</strong> s, projetos e construção<br />

2.2 CCT – Acor<strong>do</strong> Operativo<br />

2.3 CCI – Acor<strong>do</strong> Operativo<br />

2.4 CPST<br />

3 IMPLANTAÇÃO DO TRAÇADO 4 LOCAÇÃO DE TORRES<br />

5 DECLARAÇÂO DE UTILIDADE PUBLI CA<br />

6 LICENCIAMENTO AMBIENTAL 6.1 Termo de Referência<br />

6.2 Estu<strong>do</strong> de Impacto Ambiental 6.3 Licença Prévia<br />

6.4 Licença de Instalação<br />

6.5 Autorização de Supressão de Vegetação 6.6 Licença de Operaç ão<br />

7 PROJETO EXCUTIVO<br />

8 AQUISIÇÕES 8.1 Pedi<strong>do</strong> d e Compra<br />

8.2 Estruturas<br />

8.3 Cabos e Condutores<br />

9 OBRAS CIVIS<br />

9.1 Can teiro de Ob ras<br />

9.2 Fundaç ões<br />

10 MONTAGEM<br />

10.1 Montagem de Torres<br />

10.2 Lançamento de Cabos<br />

11 ENSAIOS DE COMISSIONAMENTO<br />

12 OPERAÇÃO COMERCIAL<br />

OBSERVAÇÕES: DATA DE INÍCIO<br />

DATA DE CONCLUSÃO<br />

DURAÇÃO<br />

ASSINATURA CREA No ENGENHEIRO REGIÃO<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1086 de 1086


EDITAL DE LEILÃO N O 004/2008-ANEEL<br />

<strong>ANEXO</strong> <strong>6L</strong> – LOTE L - LINHAS DE TRANSMISSÃO SÃO SIMÃO - ITAGUAÇU 500 KV E ITAGUAÇU – BARRA DOS COQUEIROS 230 KV E<br />

SUBESTAÇÕES ITAGUAÇU 500/ 230 KV E BARRA DOS COQUEIROS 230 KV<br />

5.2 24BCRONOGRAMA<br />

FÍSICO DE SUBESTAÇÕES (TABELA B)<br />

NOME DA EMPRESA SUBESTAÇÂO<br />

oU<br />

NU<br />

DATA<br />

DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DA OBRA<br />

1 PROJETO BÁSICO<br />

2 ASSINATURA DE CONTRATOS<br />

2.1 EPC – Estu<strong>do</strong>s, projetos e construção<br />

2.2 CCT – Acor<strong>do</strong> Operativo<br />

2.3 CCI – Acor<strong>do</strong> Operativo<br />

2.4 CPST<br />

3 DECLARAÇÂO DE UTILIDADE PUBLICA<br />

4 LICENCIAMENTO AMBIENTAL<br />

4.1 Termo de Referência<br />

4.2 Estu<strong>do</strong> de Impacto Ambiental<br />

4.3 Licença Prévia<br />

4.4 Licença de Instalação<br />

4.5 Autorização de Supressão de Vegetação<br />

4.6 Licença de Operação<br />

5 PROJETO EXCUTIVO<br />

6 AQUISIÇÔES<br />

6.1 Pedi<strong>do</strong> de Compra<br />

6.2 Estruturas<br />

3.3 Equipamentos Principais (Transforma<strong>do</strong>res e<br />

Compensa<strong>do</strong>res de Reativos)<br />

6.4 Demais Equipamentos (Disj., Secc., TP, TC, PR e<br />

etc)<br />

6.5 Painéis de Proteção, Controle e Automação<br />

7 OBRAS CIVIS<br />

7.1 Canteiro de Obras<br />

7.2 Fundações<br />

8 Montagem<br />

8.1 Pedi<strong>do</strong> de Compra<br />

8.2 Estruturas<br />

8.3 Equipamentos Principais (Transforma<strong>do</strong>res e<br />

Compensa<strong>do</strong>res de Reativos)<br />

8.4 Demais Equipamentos (Disj., Secc., TP, TC, PR e<br />

etc)<br />

8.5 Painéis de Proteção, Controle e Automação<br />

9 ENSAIOS DE COMISSIONAMENTO<br />

10 OPERAÇÃO COMERCIAL<br />

DATA DE INÍCIO<br />

Meses<br />

1 2 3 4 13 14 15<br />

OBSERVAÇÕES:<br />

DATA DE CONCLUSÃO DURAÇÃO DA OBRA<br />

ENGENHEIRO<br />

ASSINATURA<br />

CREA NU<br />

oU<br />

REGIÃO<br />

VOL. <strong>III</strong> - Fl. 1087 de 1086

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