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Roteiro de Estudo para Iniciantes em Oclusão _ Cap 05

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Distúrbios Oclusais Fernan<strong>de</strong>s Neto, A J.. et .al. Univ. Fed. Uberlândia –-2006<br />

muscular está produzindo uma força <strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> x no ponto B, produzirá uma<br />

força <strong>de</strong> 2x na posição A. Esta força maior<br />

<strong>de</strong> 2x é resistida por somente 4 unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> suporte do estresse sobre o segundo<br />

molar, enquanto que uma força menor <strong>de</strong> x<br />

na posição B é resistida por 13 <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> suporte do estresse.<br />

Força aplicada<br />

Fig. 33 - Alavanca A e B<br />

A<br />

4<br />

Fulcro<br />

ântero-posterior<br />

4 5 2 2<br />

E<br />

13<br />

B<br />

2x 1x<br />

Para com<strong>para</strong>r as duas condições, um<br />

<strong>de</strong>nominador comum <strong>de</strong>ve ser estabelecido.<br />

Para isto, divi<strong>de</strong>-se o 2x da posição A<br />

por dois, <strong>para</strong> resultar <strong>em</strong> um <strong>de</strong>nominador<br />

comum 1x (Fig. 34). Deve-se também<br />

dividir as quatro unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suporte na<br />

posição A por 2, resultando <strong>em</strong> 2 unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> suporte do estresse. Desta maneira, 13<br />

por 2, a pr<strong>em</strong>aturida<strong>de</strong> cêntrica sobre o<br />

segundo molar é 6,5 vezes potencialmente<br />

mais patogênica que a pr<strong>em</strong>aturida<strong>de</strong> sobre<br />

o primeiro pré-molar (assumindo que não<br />

há terceiro molar <strong>para</strong> apoiar o segundo<br />

molar).<br />

Fig. 34 - Potencial patogênico da <strong>para</strong> função<br />

Em razão disso, o cirurgião <strong>de</strong>ntista,<br />

nos procedimentos <strong>de</strong> exame oclusal, <strong>de</strong>ve<br />

<strong>de</strong>tectar não somente o <strong>de</strong>svio mandibular<br />

que ocorre no fechamento <strong>em</strong> relação<br />

cêntrica, mas também <strong>em</strong> quais <strong>de</strong>ntes<br />

ocorre o contato pr<strong>em</strong>aturo.<br />

As pr<strong>em</strong>aturida<strong>de</strong>s que produz<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>slocamento anterior da mandíbula são<br />

potencialmente mais patogênicas sobre os<br />

<strong>de</strong>ntes posicionados mais distalmente no<br />

arco <strong>de</strong>ntal que as pr<strong>em</strong>aturida<strong>de</strong>s s<strong>em</strong>elhantes<br />

nos <strong>de</strong>ntes posicionados mais<br />

anteriormente, supondo que exista contato<br />

entre todos os <strong>de</strong>ntes no quadrante <strong>em</strong><br />

máxima intercuspidação.<br />

Finalizando, sabe-se que o potencial<br />

da oclusão <strong>de</strong> induzir estresse sobre os<br />

tecidos do aparelho estomatognático induz<br />

tensões dinâmicas sobre os músculos que<br />

funcionam cronicamente <strong>para</strong> manter as<br />

ATMs <strong>em</strong> uma posição adaptativa, evitando<br />

os distúrbios oclusais. As tensões<br />

induzidas pelos distúrbios geram reflexos<br />

protetores <strong>para</strong> evitar danos ao aparelho.<br />

Portanto, se as tensões for<strong>em</strong> suficient<strong>em</strong>ente<br />

intensas, po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senvolver sintomas<br />

na musculatura e nas ATMs. Em<br />

alguns pacientes com apertamento, os<br />

sintomas da <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m oclusal po<strong>de</strong>m,<br />

também, se <strong>de</strong>senvolver nos <strong>de</strong>ntes e<br />

periodonto. Sabe-se também que quando o<br />

apertamento é induzido, as cúspi<strong>de</strong>s<br />

po<strong>de</strong>m funcionar como fulcro. Estes<br />

fulcros têm a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conferir a uma<br />

força muscular dada, uma vantag<strong>em</strong><br />

mecânica que amplia seu efeito sobre os<br />

tecidos <strong>de</strong> maneira prejudicial por longos<br />

períodos <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po. Tanto o fulcro ânteroposterior<br />

quanto o fulcro transverso do<br />

arco po<strong>de</strong>m produzir uma <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m<br />

oclusal, gerando uma oclusão traumática.<br />

A observação da presença <strong>de</strong> sinais e<br />

sintomas <strong>de</strong> distúrbios oclusais durante a<br />

anamnese e exame do paciente fornece<br />

importantes meios <strong>para</strong> se chegar a um<br />

diagnóstico.<br />

Usualmente, há mais <strong>de</strong> um sinal ou<br />

sintoma presente nestes indivíduos. Os<br />

sintomas típicos <strong>de</strong>stes distúrbios se manifestam<br />

no aparelho estomatognático como<br />

dor ou <strong>de</strong>sconforto periodontal, hipersensibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ntária, dor e/ou hipertonicida<strong>de</strong><br />

muscular, mobilida<strong>de</strong> e/ou migração <strong>de</strong>nta-<br />

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