Os Romanos na Península Ibérica

Os Romanos na Península Ibérica
A história de Roma remonta ao século VIII a.C.. Era uma pequena povoação na Península
Itálica, que começou por dominar todas as terras à sua volta e depois conseguiu conquistar
um vasto Império, centrado no Mar Mediterrâneo, que passaram a chamar mare nostrum – o
nosso mar.
Cidade romana – ilustração realizada pelos alunos do Clube de História
Com estas conquistas, os Romanos pretendiam aumentar os seus territórios, apoderar-se
das riquezas naturais das regiões conquistadas e dominar o comércio do Mediterrâneo.
Mapa do Império Romano (séc. II)
Retirado de: http://olivrodejuliocesar.blogspot.com/

Inicialmente, o seu regime político era a monarquia, tendo passado depois para a República
e, finalmente, para Império, ou seja, o chefe de estado era um Imperador.
Há mais de 2200 anos, os Romanos chegaram à Península Ibérica, atraídos pelas riquezas do
subsolo – os metais preciosos, pelos solos férteis e pela sua excelente localização geográfica,
que permitia o controlo do Mar Mediterrâneo.
Nessa altura, a Península Ibérica era habitada por várias tribos de Celtiberos que viviam nas
terras altas, em castros ou citânias.
Uma dessas tribos era a dos Lusitanos que habitavam a Lusitânia, região entre os rios Douro
e Tejo. Este foi o principal povo que fez frente aos Romanos durante muito tempo. O seu
principal chefe foi Viriato, que lutou para defender as suas terras, mas depois foi assassinado
traído por alguns dos seus companheiros.
Busto do 1º Imperador Romano – Octávio César Augusto
Retirado de: http://www.forum-numismatica.com/
Guerreiros visigodos
Retirado de: http://samirenahistoria.blogspot.com/2010_09_01_archive.html

Foi graças ao seu poderoso exército que os Romanos conseguiram dominar o seu grande
império. O exército romano estava muito bem equipado, era muito disciplinado e organizado.
Os soldados agrupavam-se em Legiões entre os 4.000 e os 8.000 homens. Os soldados
chamavam-se legionários.
Soldados romanos
Retirado de: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Roman_legion_at_attack.jpg
Depois de dominarem toda a península, os romanos acabaram por permanecer mais de 600
anos (desde o séc. I a.C. até ao séc. V d.C.). Os soldados e acompanhantes (artesãos,
escravos, …), os funcionários administrativos, os comerciantes, as suas famílias e numerosos
criados foram divulgando a cultura romana e procuraram transformar as regiões conquistadas,
aproximando-as a Roma – a capital do Império. Construíram muitas cidades, com grandes e
luxuosas casas, com prédios de vários andares, muitos edifícios públicos como teatros,
termas, aquedutos, ligadas por uma rede de estradas e pontes, que facilitavam o comércio e
a circulação do exército, por todo o Império.
Ruínas da cidade romana de Conímbriga – Casa dos Repuxos
Retirado de: www.conimbriga.pt/portugues/ruinas.html

Aos poucos, os habitantes da Península vão mudando os seus hábitos, os seus usos e
costumes e passaram a viver como os Romanos, falando a sua língua – o Latim e adoptando a
sua religião, inicialmente politeísta – adoravam muitos deuses – depois, monoteísta – o
Cristianismo.
O comércio evoluiu, surgiram olarias, forjas, minas, pedreiras, salga de peixe, tecelagem…
desenvolveram também o cultivo da oliveira, do trigo, da vinha, das árvores de fruto,
principalmente no Sul.
A estas mudanças ou transformações no modo de vida dos povos peninsulares feita pelos
romanos chama-se romanização.
O Cristianismo
Documento em Latim
Retirado de: http://condedegranada.blogspot.com/2010/05/eu-e-o-latim.html
Há mais de 2000 anos, nasceu na Judeia, uma província do Império Romano, Jesus Cristo
que vai ser o profeta de uma nova religião – o Cristianismo.
Jesus a pregar a nova religião.
Retirado de: http://condedegranada.blogspot.com/2010/05/eu-e-o-latim.html

O Cristianismo defendia a existência de um só Deus (monoteísmo), a fé na ressurreição e na
vida eterna e a igualdade de todos os Homens perante Deus. Estas ideias foram mal aceites
pelos governantes romanos que condenaram Jesus Cristo à morte.
Inicialmente perseguida, os seus princípios religiosos vão espalhar-se por todo o território
imperial, acabando aos poucos por substituir a religião romana.
No século IV, o imperador Constantino acaba por converter-se ao cristianismo e concede
liberdade de culto, ou seja, cada um podia acreditar na religião que desejasse. Mais tarde,
em 392, o imperador Teodósio I, proíbe os antigos cultos politeístas e proclama o cristianismo
religião oficial do Império.
A Queda do Império Romano
Nesta época o Império estava já muito enfraquecido e a sua parte oriental vai acabar por
cair em 476. Apesar da queda do Império ocidental, o cristianismo vai manter-se forte e
difundir-se pelos novos reinos bárbaros da Europa.
Os romanos chamavam bárbaros aos povos que viviam à volta do Império porque eles não
falavam nem Latim, nem Grego, e também não tinham os mesmos costumes e hábitos dos
romanos.
Mapa dos reinos bárbaros após a queda do Império Romano
Retirado de: http://horahistoria.blogspot.com
Invasões Bárbaras
Retirado de: http://recantodasletras.uol.com.br

No século V, na Península Ibérica fixaram-se os Suevos, a noroeste, e os Visigodos, no
restante território. Após alguns anos de guerra, os Visigodos conseguiram vencer os Suevos e
dominaram toda a Península Ibérica. A capital era em Toledo.
Aos poucos, os Visigodos adoptaram a língua – o Latim, a religião – o Cristianismo, os
costumes e tradições romanas dos povos peninsulares.
A Igreja Cristã foi a única organização que se manteve organizada, tendo conseguido
preservar a cultura e civilização europeias, principalmente, graças às suas bibliotecas e
mosteiros.
Monges copistas que se dedicavam à cópia manuscrita de livros.
Retirado de: http://www.pedagogiaespirita.org/escola_virtual/pedagogia/idademedia2.htm
Trabalho realizado pelos alunos do 5º G
Clube de História
Prof.ª Ana Melo