Estilo ENEM - Projeto Medicina
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1º Simulado 2010 – <strong>Estilo</strong> <strong>ENEM</strong><br />
sempre que estiver acelerado, portanto, só estará livre dela caso<br />
esteja parado ou em movimento retilíneo sem aceleração.<br />
Por que ela é chamada de força G ? Ora, para fazer uma alusão<br />
à força da gravidade (peso) que também age em você. Por<br />
exemplo, se seu carro dá uma freada muito brusca com uma<br />
aceleração retardatória a = 20 m/s2 , essa aceleração equivale a<br />
duas vezes a aceleração da gravidade (terrestre). Nessa freada<br />
brusca, dizemos que seu corpo ficará sujeito a força g de<br />
intensidade “2G” empurrando seu corpo para frente. À rigor,<br />
isso significa que, durante essa freada, você se sentirá<br />
empurrado para frente por uma força duas vezes maior do que o<br />
seu próprio peso, ou seja, uma força “2P”.<br />
Freada brusca (a bolinha sai<br />
do centro e vai para frente)<br />
Curva para a esquerda (a<br />
bolinha sai do centro e vai<br />
para a direita)<br />
Acelerada forte para frente<br />
(a bolinha sai do centro e vai<br />
para trás)<br />
Curva para a direita (a<br />
bolinha sai do centro e vai<br />
para a esquerda)<br />
Da mesma forma, digamos que você faça uma curva fechada de<br />
raio R com velocidade V no seu carro de Fórmula 1 ☺, com uma<br />
aceleração centrípeta actp = V 2 /R = 30 m/s 2 . Essa aceleração<br />
equivale a três vezes a aceleração da gravidade g = 10 m/s 2 .<br />
Nesse caso, você sentirá seu corpo sendo empurrado<br />
radialmente para fora da curva com uma força g de intensidade<br />
“3G”. Em outras palavras, você sentirá uma força fictícia três<br />
vezes maior do que o seu peso lhe empurrando para a fora da<br />
curva, ou seja, uma força “3P”. Nas curvas, essa força também é<br />
chamada de força “centrífuga”.<br />
A força G, na verdade, é uma força fictícia. Quem está fora do<br />
carro, em pé fora no gramado assistindo ao piloto fazer à curva,<br />
não enxerga nem sente essa força. Ela só é percebida, de fato,<br />
por quem está sob o efeito da aceleração.<br />
Em 29 de abril de 2001, funcionários da CART (Champion Auto<br />
Racing Teams) cancelaram uma corrida no Texas Motor<br />
Speedway porque os pilotos tiveram vertigens após apenas<br />
10 voltas. A combinação de altas velocidades e curvas fechadas<br />
do Texas Motor Speedway gera forças de quase 5G nas curvas.<br />
A 5G, um piloto experimenta uma força igual a cinco vezes o seu<br />
peso.<br />
Os pilotos sofrem um enorme castigo em uma pista como essa.<br />
Esse nível de aceleração é maior do que a maioria das pessoas<br />
já experimentou. Mesmo um ônibus espacial desenvolve<br />
somente 3G na decolagem. O mais surpreendente é o tempo<br />
que esses pilotos toleram esse tipo de força.<br />
O autódromo do Texas Motor Speedway tem 2,4 km de<br />
comprimento: a reta frontal tem 686 m de comprimento e a reta<br />
oposta tem 405 m de extensão.<br />
A uma velocidade de 370 km/h, os pilotos demoram cerca de 6,5<br />
segundos para percorrer a reta frontal e então enfrentam quase<br />
5G de força nos 6,5 segundos seguintes, enquanto eles<br />
contornam a curva. Em seguida, demoram somente cerca de 4<br />
segundos para percorrer a reta oposta antes da próxima curva e<br />
outros 6,5 segundos de quase 5G novamente. Se a corrida<br />
planejada de 966 km tivesse prosseguido até o final, os pilotos<br />
teriam sofrido uma variação de 5G (nas curvas) até quase<br />
zero G (nas retas) cerca de 800 vezes durante toda a prova<br />
(urra !).<br />
A musculatura do pescoço dos pilotos sofre bastante em provas<br />
de corrida por causa dessa força G, requerendo grande preparo<br />
físico e musculatura treinada para esse tipo de atividade. Que<br />
todo bom piloto tem que ser bom de braço é fácil entender. Mas,<br />
por este raciocínio, concluímos que todo bom piloto deve<br />
ser bom também de pescoço !<br />
Imagine que você venha de carro na avenida Dom Luiz atrasado<br />
para sua aula no Simétrico e entre na rotatória da Praça<br />
Portugal. Quanto maior a sua velocidade na curva, maior será a<br />
força g que você sentirá na curva. Entretanto, a sua velocidade<br />
na curva não pode ser grande demais devido ao risco de<br />
derrapamento caso o atrito no chão seja insuficiente. Sendo o<br />
coeficiente de atrito estático entre os pneus do carro e o chão<br />
igual a µE = 1,5 e cinético µC = 1,2, o Prof. Renato Brito pede<br />
que você determine a máxima força g que você poderá sentir ao<br />
fazer a curva na Praça Portugal:<br />
a) 0,8.G<br />
b) 1,0.G<br />
c) 1,2.G<br />
d) 1,5.G<br />
e) 2,0.G<br />
Simétrico Pré-Universitário – 1º Simulado <strong>Estilo</strong> <strong>ENEM</strong> 2010 – www.simetrico.com.br