07 pragas do milho safrinha.cdr - Portal Dia de Campo
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) Além disso, em condições <strong>de</strong> estiagem, há o acúmulo da substância açucarada excretada pelos pulgões a qual se <strong>de</strong>posita<br />
sobre os estigmas (cabelos da espiga) impedin<strong>do</strong> a entrada <strong>do</strong>s grãos <strong>de</strong> pólen, da mesma forma, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à infestação da praga ocorrer<br />
geralmente próxima ao pen<strong>do</strong>amento, esta substância açucarada po<strong>de</strong> aglutinar os grãos <strong>de</strong> pólen impedin<strong>do</strong>-os <strong>de</strong> se dispersar. Este<br />
conjunto <strong>de</strong> fatores causa falha na polinização e fecundação das espigas com consequente prejuízo na formação <strong>de</strong> grãos.<br />
Soman<strong>do</strong>-se a isto o pulgão-<strong>do</strong>-<strong>milho</strong> é vetor <strong>de</strong> viroses, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> transmitir o vírus <strong>do</strong> mosaico comum <strong>do</strong> <strong>milho</strong>.<br />
7.9.1. Méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> pulgão-<strong>do</strong>-<strong>milho</strong><br />
a) Controle Natural<br />
Frequentemente as populações <strong>do</strong> pulgão-<strong>do</strong>-<strong>milho</strong> são<br />
naturalmente mantidas sob controle <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à existência <strong>de</strong> diversos<br />
inimigos naturais associa<strong>do</strong>s a esta praga, como coccinelí<strong>de</strong>os<br />
(Cycloneda sanguinea, Eriopis connexa), sirfí<strong>de</strong>os, crisopí<strong>de</strong>os e<br />
microimenóperos (parasitói<strong>de</strong>s) que transformam os pulgões em<br />
indivíduos vulgarmente <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s <strong>de</strong> múmias (Figura 7.11).<br />
b) Uso <strong>de</strong> práticas agronômicas<br />
A observação a campo <strong>de</strong> híbri<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>milho</strong> mais<br />
suscetíveis ao pulgão é uma informação importante para estruturar<br />
as táticas <strong>de</strong> manejo. Outro fato a ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> é o <strong>de</strong> se evitar o<br />
escalonamento <strong>do</strong> plantio das áreas <strong>de</strong> <strong>milho</strong>, para que não haja a<br />
migração <strong>de</strong> pulgões ala<strong>do</strong>s <strong>de</strong> lavouras mais velhas para outras<br />
mais novas, as quais sofreriam gran<strong>de</strong> pressão da praga e<br />
FUNDAÇÃO MS<br />
Figura 7.11. Múmia <strong>de</strong> pulgão-<strong>do</strong>-<strong>milho</strong>.<br />
consequentemente maiores prejuízos. Além disso, plantios <strong>de</strong> <strong>milho</strong> <strong>safrinha</strong> mais tardios estariam mais sujeitos a perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> estiagem<br />
mais prolonga<strong>do</strong>s, favorecen<strong>do</strong> o ataque da praga.<br />
A constatação precoce da praga nas áreas <strong>de</strong> cultivo é também uma estratégia eficaz <strong>de</strong> manejo, uma vez que visa evitar<br />
prejuízos causa<strong>do</strong>s por altas infestações e ainda facilita o controle.<br />
c) Controle químico<br />
Os produtos registra<strong>do</strong>s para o controle <strong>do</strong> pulgão-<strong>do</strong>-<strong>milho</strong> se resumem ao tratamento <strong>de</strong> sementes (Tabela 7.6), no entanto<br />
pulverizações aéreas com inseticidas a base <strong>de</strong> neonicotinói<strong>de</strong>s têm apresenta<strong>do</strong> bons resulta<strong>do</strong>s a campo, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>-se respeitar, sempre,<br />
o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> carência.<br />
Pulverizações <strong>de</strong> parte aérea só se justificam se a infestação da praga tiver atingi<strong>do</strong> populações <strong>de</strong>masiadamente elevadas<br />
(mais <strong>de</strong> 100 indivíduos por planta) em um percentual muito expressivo <strong>de</strong> plantas por hectare. Fatores agravantes como estresse hídrico<br />
próximo ao pen<strong>do</strong>amento das plantas po<strong>de</strong> potencializar os danos. A quantida<strong>de</strong> e diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inimigos naturais na área <strong>de</strong>vem sempre<br />
ser levadas em consi<strong>de</strong>ração para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão com controle químico.<br />
Tabela 7.6. Inseticidas* recomenda<strong>do</strong>s para o controle <strong>do</strong> Pulgão-<strong>do</strong>-<strong>milho</strong> Rhopalosiphum maidis. Compila<strong>do</strong> por Degran<strong>de</strong> & Lopes (20<strong>07</strong>) a partir <strong>de</strong> informações <strong>do</strong><br />
Ministério da Agricultura.<br />
Nome Técnico<br />
Clotianidina<br />
Imidaclopri<strong>do</strong><br />
Imidaclopri<strong>do</strong>+Tiodicarbe(150+450)<br />
Nome Comercial<br />
Poncho 600 FS<br />
Gaucho 600 FS<br />
Cropstar SC<br />
**<br />
Dose<br />
-1<br />
(g i.a.ha )<br />
240<br />
240<br />
(37,5+112,5)a(52,5+157,5)<br />
Dose produto<br />
comercial -1<br />
(kg ou l.ha )<br />
0,4/100kg<br />
0,4/100kg<br />
0,25 a 0,35<br />
Intervalo <strong>de</strong><br />
segurança (dias) entre<br />
aplicação e colheita<br />
* Antes <strong>de</strong> emitir indicação e/ou receituário agronômico, consultar a relação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos registra<strong>do</strong>s no Ministério da Agricultura e cadastra<strong>do</strong>s na Secretaria <strong>de</strong> Agricultura <strong>de</strong> seu Esta<strong>do</strong>.<br />
-1<br />
** g i.a.ha = gramas <strong>de</strong> ingrediente ativo por hectare.<br />
102<br />
Tecnologia e Produção: Milho Safrinha e Culturas <strong>de</strong> Inverno 2009<br />
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