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Movimentos Sociais e Processos de Resistência na ... - PROEALC

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noticiário, a maioria das matérias trataram <strong>de</strong> duas coisas ao longo do período.<br />

A sucessão <strong>de</strong> Fi<strong>de</strong>l Castro por seu irmão <strong>na</strong>s eleições presi<strong>de</strong>nciais cuba<strong>na</strong>s<br />

e as Farc, sua presença <strong>na</strong> América Lati<strong>na</strong> e particularmente a entrada em<br />

ce<strong>na</strong> do presi<strong>de</strong>nte venezuelano Hugo Chávez como interlocutor e agente<br />

participativo <strong>na</strong> relação da guerrilha com o governo colombiano. Vale<br />

acrescentar também que houve projeção do nome <strong>de</strong> Rafael Correa,<br />

presi<strong>de</strong>nte do Equador, neste mesmo sentido e período.<br />

O noticiário envolvendo a saída <strong>de</strong> Fi<strong>de</strong>l Castro da presidência do país<br />

basicamente girou em torno <strong>de</strong> especulações a respeito das possibilida<strong>de</strong>s da<br />

permanência da via socialista <strong>na</strong> ilha. “Especialistas” convocados pela gran<strong>de</strong><br />

imprensa insistiam a todo o tempo que sem a “sombra” <strong>de</strong> Castro, a população<br />

tomaria às ruas e acolheria o capitalismo como modo <strong>de</strong> organização <strong>de</strong> sua<br />

socieda<strong>de</strong>. Ventilava-se também a existência, sempre refutada pelas fontes<br />

oficiais, que o governo norte-americano, respaldado por cubanos resi<strong>de</strong>ntes<br />

nos EUA, tentaria assumir a frente do processo <strong>de</strong> transição. Contudo, tal fato<br />

mostrou-se não passível <strong>de</strong> realização conforme, a comunida<strong>de</strong> inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l<br />

e, sobretudo os cubanos que vivem Cuba não se mostravam interessados<br />

nesta possibilida<strong>de</strong>. O que se passou então a conjecturar era a respeito das<br />

possibilida<strong>de</strong>s da permanência do socialismo em Cuba, porém com uma<br />

aparente inevitabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste se re<strong>de</strong>finir a partir dos mol<strong>de</strong>s chinês –<br />

dialogando com o capital e promovendo reformas. Uma outra linha, mais<br />

associada à mídia alter<strong>na</strong>tiva ou contra-hegemônica, entendia que reformas<br />

provavelmente viriam com ou sem Fi<strong>de</strong>l, pois a socieda<strong>de</strong> cuba<strong>na</strong> – castigada<br />

pelo embargo econômico que o país sofre – repensava seus caminhos. Porém,<br />

neste não havia a possibilida<strong>de</strong> num retorno ao capitalismo. E sim uma<br />

reafirmação ao socialismo como princípio norteador <strong>de</strong> seus passos.<br />

Com relação as Farc, o noticiário em geral girou em torno dos mesmos termos<br />

ao associá-la indiscrimi<strong>na</strong>damente, mas com um novo elemento. Uma voz<br />

disso<strong>na</strong>nte com a posição dos chefes mundiais afirmava que as Farc<br />

representava um projeto político encurralado numa guerrilha. Provavelmente<br />

esta afirmação só tomou a proporção que tomou porque foi <strong>de</strong> Hugo Chávez –<br />

que vem ren<strong>de</strong>ndo sempre matérias, capas e tudo o mais nos últimos meses<br />

para as gran<strong>de</strong>s corporações <strong>de</strong> mídia. À Chávez somou-se Rafael Correa,<br />

presi<strong>de</strong>nte do Equador. Ambos então entraram no noticiário pelo mesmo filtro

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