Movimentos Sociais e Processos de Resistência na ... - PROEALC

07/05/2009 - 18h57
Piqueteiros marcham na Argentina pedindo inclusão em lista de
candidatos do governo
colaboração para a Folha Online
Milhares de "piqueteiros" da Central de Movimentos Populares (CMP), uma das
maiores organizações de pobres e desempregados da Argentina, percorreram
as ruas de Buenos Aires para apoiar o bloco da presidente Cristina Kirchner
nas eleições legislativas de 28 de junho e reivindicar lugar para os piqueteiros
na lista de candidatos governistas nas próximas eleições parlamentares.
O líder piqueteiro Luis D'Elía encabeçou a marcha que cruzou a cidade até
chegar à praça de Maio. Ele disse que os manifestantes estariam com o
governo independentemente da lista de candidatos, mas pediu que não
"abusassem da generosidade" dos piqueteiros, de acordo com relato do jornal
"El Clarín".
"É preciso encher as urnas de votos para a Frente para a Vitória [FV]", a fim
que que a presidente Cristina Kirchner e seu marido, o ex-presidente Néstor
Kirchner [2003-2007], vençam as eleições para renovar metade da Câmara e
um terço do Senado.
"Há que garantir que mantenham a maioria nas duas Câmaras, Néstor e
Cristina" disse Luis D'Elía durante o protesto.
A manifestação foi realizada depois de fortes declarações de D'Elía no início da
semana. Segundo o Ao "Clarín", ele se queixou de que o ex-presidente Néstor
Kirchner sempre convoca as organizações sociais nos momentos difíceis, mas
as esquece na hora de definir as candidaturas. Manifestantes das classes mais
pobres compõem normalmente a maioria nas marchas em favor do governo
Kirchner, enquanto membros da classe média e produtores rurais manifestam-
se com mais frequência contra medidas do governo.
Em 26 de março, o Senado da Argentina aprovou a antecipação das eleições
legislativas para 28 de junho, quatro meses antes do previsto, como queria a
presidente Cristina Kirchner. A campanha deve ter início no próximo dia 29 de
abril.
O governo argumentou que, diante da crise econômica mundial, o país não
podia ter uma demora na escolha dos legisladores, mas críticos dizem que a