Franciane Micheletto reúne Terceira Idade A benzedeira que ...

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TERCEIRA IDADE Fevereiro 2013 Paraná Banco de Assis é o Melhor de 2012 Da Redação O Grupo J. Malucelli, que gerencia as mais de 600 franquias do Paraná Banco realiza anualmente o prêmio “Melhores do Ano” entre suas agências espalhadas por todo o Brasil. A premiação mais recente elegeu a Agência de Assis Chateaubriand como uma das melhores, no prêmio “Melhor de 2012”. Prêmio muito comemorado pelo gerente Antonio Pires Brito. “É o resultado de um trabalho sério que realizamos na região, graças ao nosso bom relacionamento com todos os setores da nossa sociedade”, disse Brito, destacando que também já havia recebido Da Redação Iemanjá Noivas é uma tradicional loja que confecciona e comercializa roupas de noivas noivos, madrinhas e damas, oferecendo também a locação de trajes usados; vestidos, ternos, jóias, calçados, buquês, chapéus, coroas, casquetes e demais arranjos, além de fazer decoração de igrejas para casamentos. A costureira Lourdes Hamamoto (foto) dirige a empresa que criou há mais de 30 anos. “Já perdi a conta de quantas noivas e noivos eu vesti em minha loja”, conta ela. Bailes e traje gaúcho Mas não é só para noivos que Lourdes Hatamoto trabalha. Um de seus maiores volumes de serviços é na confecção de em anos anteriores vários outras premiações por colocar a agência local entre as melhores franquias da instituição que representa. “Já recebi todas as categorias d i s p u t a d a s por volume de negócios realizados; prêmios Bronze, Prata, Ouro e agora Diamante. Além disso, também já fui premiado com uma moto e um carro, por isso quero agradecer imensamente todos os meus clientes, a terceira vestidos para bailes; roupas gala e tradicionais, como trajes gaúchos, festa de 15 anos e para festa junina; masculino, feminino e infantil. Outras especialidades dessa incansável costureira são a confecção de becas para forma- Prêmio em nível de Brasil reuniu os mais de 600 franqueados idade, aposentados, professores, empresários e policiais. Aos núcleos regionais de Educação de Assis, Toledo, Cascavel e Guaíra, assim como também ao comando do 19º Batalhão da PM de Toledo”, agradece Brito. Iemanjá veste noivas há mais de 30 anos Loja faz roupas novas e oferece locação de vestidos e ternos Brito recebeu a premiação da diretoria Avenida Tupãssi, em frente o Foto do Zinho turas, gravatas personalizadas e faixas para rainhas e princesas de promoções, além da confecção de jóias, que ela faz com exclusividade. Contato com dona Lourdes também pode ser feito pelo telefone (44) 3528-4662. Tricolândia inicia cursos Tiveram início os tradicionais cursos que a loja Tricolândia oferece em várias modalidades. - Tricô e Bordado em Chinelo – segundas, quintas e sextas-feiras. - Pintura em Tecido – terças, quintas e sextas-feiras - Crochê e Patchwork - quartas-feiras (trabalho com retalho; uma técnica que une tecidos com uma infinidade de formatos variados) A Tricolândia comunica ainda que em breve dará início também ao curso de Ponto Cheio (Ponto Reto). Todos os cursos são realizados na própria loja, na Avenida Tupãssi, em frente ao Foto do Zinho, sempre no horário das 13h30 às 14h30. A Tricolândia é uma loja especializada em linhas, barbantes, aviamentos, tintas para tecidos, pincéis, toalhas de banho e guardanapos. Discos antigos (LP) para CD Promoção: R$ 10 cada disco de 12 músicas 9149 0456 - 8442 8414 - 98886043 - 3528 0401 4
TERCEIRA IDADE Fevereiro de 2013 5 A saga de um pioneiro solitário Zé Maria garante que conheceu os “jagunços” Por Clóvis de Almeida Rumo ao Paraná, o paulista José Maria deixou a cidade natal, Getulina, no fim dos anos 50. Depois de tentar a vida como peão em várias cidades e muitas tentativas de volta a São Paulo, acabou por fincar raízes em Assis Chateaubriand, em 1967, mais precisamente na região do bairro Santa Rita, conhecido naqueles tempos como “Pé de Galinha”. Derrubando mato Peão de profissão, já com 38 anos de idade, veio para a lida no cabo da enxada, única formação que tem até hoje. Seu maior orgulho é ter participado da colonização do município, que se chamou primeiro Tupãssi. Se considera um verdadeiro pioneiro e cita nomes das primeiras famílias que colonizaram essa que foi a última fronteira agrícola do estado. Fala também dos famosos jagunços que permeiam nossa história, lembrando de pelo menos uns oito nomes. “Se aqui tinha jagunços? Minha Nossa Senhora, e como tinha! Derrubei muito mato aqui e conheci quase todos os jagunços; Narcisão, os irmãos Bigode, Tonho Baiano, Cláudio e muitos outros”, lembra. Ao falar de como eram esses personagens, Zé Maria faz questão de dizer que eram todos “muito gente boa”. Ressabiado, conta que nunca soube de nenhuma maldade de nenhum deles. “Pra mim eles eram gente boa. Eu gostava muito deles. Mas tinha uma coisa: Se entrasse fora do sério, o bicho pegava...”, confessa. Enfim, Zé casado Depois de alguns anos resolveu arrumar uma companheira para encerrar os longos anos de solteiro e de solidão. “Arranjei uma doida que aceitou casar comigo. Vivemos 19 anos, até que ela, sempre muito doente, morreu e me deixou sozinho novamente”, conta Zé Maria, lamentando não ter tido filhos com a esposa e nem com dois outros relacionamentos posteriores. Da segunda tentativa de ter uma mulher em casa, Zé Maria não tem saudades. “Com 15 dias morando comigo ela me colocou uma ‘galhada’ na cabeça, ‘pulando a cerca’ com outro homem”, conta e dá gargalhadas, rindo da própria desgraça. Com a terceira companheira viveu oito anos. Sem contar por que não deu certo, o velho Zé não esconde as lágrimas nos olhos, afirmando que ainda sente saudades. “Eu não tenho vergonha de falar, eu gosto muito dela”, confirma. E os anos se foram Hoje, aos 75 anos de idade, cabeça branca e voz cansada, Zé Maria mora sozinho em um barraco que ele mesmo construiu em um lote cedido temporariamente por um amigo. Com madeira e telhas de amianto recicladas, o pequeno casebre de um só cômodo não possui banheiro e nem privada no quintal. Para tomar banho, Zé Maria utiliza um balde. Sua privada é uma lata velha que ele mesmo explica como usa. “Faço na latinha e a noite eu jogo o ‘serviço’ no mato. Vou fazer o quê? Não tem outro jeito”, ri novamente, constrangido e envergonhado por ter que se submeter a tal situação, mas fazendo questão de contar a verdade por necessitar de ajuda para resolver um problema por falta de recursos financeiros. Com a pequena aposentadoria e uns biscates na limpeza de quintais, Zé Maria sobrevive para alimentos, água, roupas, remédios e o vício de fumar que aprendeu aos sete anos de idade. José Maria mantém a esperança de obter ajuda da comunidade, de uma empresa ou dos poderes constituídos para construir pelo menos uma privada ao lado do barraco. O "toba" do doutor De vez em quando, Zé Maria ainda toma uma cachacinha, mas o cigarro de palha é companheiroinsep a r á v e l , garante ele. “Aprendi a fumar escondido do meu pai, catando ‘bitucas’ pelas estradas. Um médico, certa vez, me disse que meu pulmão estava estragado por causa do fumo. Eu respondi que estragado estava o ‘toba’ dele”, gargalha novamente, esmurrando o peito para dizer que não sente dores nos pulmões, mas escancarando a ausência da dentadura superior, na espera de um auxílio também para recuperar os dentes perdidos. Providências - Nossa reportagem levou ao conhecimento da Secretaria Assistência Social, a situação do velho Zé Maria. Gentilmente atendido por aquela pasta, do governo municipal, fomos informados de que todas as providências possíveis por parte da prefeitura seriam tomadas para conhecer de perto a situação do idoso. “Estamos encaminhando um assistente social da Secretaria para verificar a situação e avaliar uma possível intervenção no caso, respeitando os costumes, valores e as reais necessidades de seu Zé Maria”, garantiu Janaina Helfenstein, diretora de Promoção Social do município. Janaina Helfenstein, diretora de Promoção Social do município
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