Biologia e Sistemática das Plantas Vasculares - UFPB Virtual
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<strong>Biologia</strong> e <strong>Sistemática</strong> <strong>das</strong> <strong>Plantas</strong> <strong>Vasculares</strong><br />
3.5. SISTEMÁTICA<br />
Em todos os tempos as plantas foram estuda<strong>das</strong>, pelo homem, principalmente em busca<br />
de solução para os problemas de alimentação e saúde. O homem sempre utilizou as plantas como<br />
alimento, remédio, material de construção e para fabricação de ferramentas e armas. Os vegetais<br />
foram também usados como fonte de substâncias tóxicas para a guerra e caça, bem como fontes<br />
de pigmentos para tinturas. Assim, desde a antiguidade, o homem buscou na natureza plantas,<br />
que pudessem beneficiá-lo. E para reconhecê-las, os estudiosos, então chamados naturalistas,<br />
começaram a dar nomes a elas. Mas, como não havia critérios para isto, eles davam as plantas<br />
nomes extensos, formados por várias palavras, que expressavam os caracteres morfológicos<br />
nelas existentes. Essa maneira de nomear as plantas passou a ser chamado de Sistema<br />
Polinomial. Com o tempo, um número cada vez maior de plantas passou a ser conhecido e com<br />
isto o sistema polinomial ficou inadequado para reconhecê-las. Surgiram outros sistemas de<br />
classificação, como veremos.<br />
3.5.1 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO<br />
• Sistema baseado no hábito – Criado por Theophrastus entre 380-278 a.C., este<br />
sistema classificava as plantas pelo hábito, ou seja, elas eram separa<strong>das</strong> em árvores, arbustos,<br />
ervas, cultiva<strong>das</strong> e selvagens.<br />
• Sistemas artificiais baseados em características numéricas – o mais importante foi<br />
o sistema sexual criado por Linnaeus em 1753 e publicado em seu livro Species Plantarum, o qual<br />
evidencia as características florais. Baseando na presença e ausência de flores e principalmente<br />
no número e posição dos estames, Linnaeus dividiu o Reino Vegetal em 24 Classes. Como pode<br />
ser observado no esquema de seu sistema de classificação, Linnaeus incluiu na Classe 24<br />
“Classe monoecia” três plantas completamente distintas: Typha (Monocotiledônea), Quercus<br />
(Eudicotiledônea), Thunja (Gimnosperma). Por esta razão o seu sistema passou a ser<br />
considerado um sistema artificial, pois tornou-se inconsistente para classificar a grande<br />
diversidade de plantas que chegava a Europa, principalmente da América do Sul.<br />
Quadro 4 - "Sistema Sexual" de Lineu, extraído de Silva (2001) e adaptado.<br />
Sistema de Classificação de Linnaeus<br />
Classe 1. Monandria 1 Estame Lemna<br />
Classe 2. Diandria 2 Estames Salvia<br />
Classe 3. Triandria 3 Estames Iris<br />
Classe 4. Tetrandria 4 Estames Ulmus<br />
Classe 5. Pentandria 5 Estames Myosotis<br />
Classe 6. Hexandria 6 Estames Alisma<br />
Classe 7. Heptandria 7 Estames Aesculus<br />
Classe 8. Octandria 8 Estames Fagopyrum<br />
Classe 9. Enneandria 9 Estames Ranunculus<br />
Classe 10. Decandria 10 Estames Acer<br />
Classe 11. Dodecandria 11-12 Estames Euphorbia<br />
Classe 12. Icosandria >20 Epissép. Rosa<br />
Classe 13. Polyandria >20 Unidos p/ Eixo Tilia<br />
Classe 14. Didynamia Didínamos Linnaea<br />
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