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Biologia e Sistemática das Plantas Vasculares - UFPB Virtual

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<strong>Biologia</strong> e <strong>Sistemática</strong> <strong>das</strong> <strong>Plantas</strong> <strong>Vasculares</strong><br />

Classe 15. Tetradynamia Tetradínamos Cruciferae<br />

Classe 16. Monadelphia Monadelfos Malvaceae<br />

Classe 17. Diadelphia Diadelfos Trifolium<br />

Classe 18. Polyadelphia Poliadelfos Hypericum<br />

Classe 19. Syngenesia Compositae<br />

Classe 20. Gynandria Orchidaceae<br />

Classe 21. Monoecia Monóico Typha, Quercus, Thunja<br />

Classe 22. Dioecia Dióico Urtica<br />

Classe 23. Polygamia Polígamo Compositae<br />

Classe 24. Cryptogamia Criptógamo Algas, Musgos, Fetos<br />

• Sistemas Naturais – classificavam as plantas por semelhanças, ou seja, por<br />

compartilhar caracteres em comum, sem contudo se preocupar com o grau de parentesco entre<br />

elas. Um dos principais sistemas publicados neste período foi o de Antoine de Jussieu (1686-<br />

1758), que reconheceu 15 classes e 100 ordens. Esse autor sugeriu a classificação <strong>das</strong> plantas<br />

em Acotiledônea, Monocotiledônea e Dicotiledônea.<br />

• Sistemas baseados em filogenia – estes foram baseados na teoria da evolução <strong>das</strong><br />

espécies de Darwin (1859), relacionando as afinidades <strong>das</strong> plantas em relação à ancestralidade e<br />

descendência. Os sistemas mais conhecidos dentro da sistemática filogenética são os trabalhos<br />

de Engler (1964), Cronquist (1981, 1987 e 1988) e Dahglgren (1985).<br />

Só mais recentemente, a partir da década de 90, a sistemática vegetal teve avanços<br />

importantes, tanto pelo método de análises cladísticas, como pela aplicação de técnicas<br />

moleculares. Com o avanço da informática, surgiram programas, que passaram a ser usados<br />

como ferramentas para auxiliar as pesquisas científicas. Surgiu então o método cladístico, que<br />

consiste em uma análise filogenética, a partir da inclusão de novos caracteres no sistema de<br />

classificação, como caracteres genéticos e moleculares. Esse novo método possibilitou, a um<br />

grupo de cientistas, a atualização dos sistemas de classificação, propondo uma nova versão para<br />

a classificação <strong>das</strong> Angiospermas. Esse grupo de cientistas hoje é conhecido pela sigla APG, que<br />

significa Angiosperm Phylogeny Group (Grupo de Filogenia de Angiospermas). Portanto, estudos<br />

da variação no genoma de cloroplastos em particular, e, em menor extensão, de segmentos do<br />

genoma nuclear trouxeram novas perspectivas e abordagens na elaboração da classificação <strong>das</strong><br />

plantas, aumentando o nosso entendimento da filogenia <strong>das</strong> plantas em todos os níveis<br />

taxonômicos. A partir disso, os princípios do Cladismo começaram a ser adotados em salas de<br />

aula de Botânica no país. Uma nova classificação até o nível de ordens, baseada em filogenias<br />

moleculares (APG 1998, 2003), que foi adotada no livro básico de Walter Judd e colaboradores<br />

(1999), tornou-se indispensável em to<strong>das</strong> as escolas que se considerem atualiza<strong>das</strong>. Na chamada<br />

<strong>Sistemática</strong> Filogenética, o fundamental é que a história evolutiva de ancestralidade e<br />

descendência dos organismos pode ser reconstruída e representada mediante um diagrama<br />

hipotético denominado cladograma. Nessa classificação, somente os agrupamentos de<br />

organismos cuja realidade histórica seja suportada pela observação de pelo menos um caráter no<br />

estado derivado (grupos monofiléticos) podem ser utilizados na classificação (Pirani, 2003, Silva,<br />

2001).<br />

Portanto, os estudos realizados nas últimas déca<strong>das</strong> mostraram, que as plantas<br />

portadoras de dois cotiledones possuíam diferentes ancestrais e, portanto, as plantas até então<br />

conheci<strong>das</strong> como dicotiledôneas eram parafiléticas. Com base na proposta de APG III, as

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