08.06.2013 Views

LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE SCROPHULARIACEAE ...

LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE SCROPHULARIACEAE ...

LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE SCROPHULARIACEAE ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

8 Souza & Giulietti<br />

Schizosepala na sinonímia de Agalinis e de Geochorda na sinonímia de<br />

Conobea, com as correspondentes novas combinações: Achetaria azurea<br />

(Linden) V.C.Souza, Achetaria caparaoense (Brade) V.C.Souza, Achetaria<br />

crenata (Ronse & Philcox) V.C.Souza, Achetaria fluminense (Kuhlmann) V.C.<br />

Souza, Agalinis glandulosa (G.M. Barroso) V.C. Souza e Conobea<br />

glechomoides (Spreng.) V.C. Souza. Além disso, 109 lectotipificações estão<br />

sendo propostas. São apresentadas chaves de identificação e descrições para<br />

os gêneros e espécies, além de comentários sobre distribuição, habitat,<br />

variabilidade morfológica, nomes populares, usos e aspectos etnobotânicos.<br />

Palavras-chave: Florística, Biodiversidade, Orobanchaceae, Plantaginaceae,<br />

Linderniaceae<br />

Introdução<br />

Scrophulariaceae, de acordo com Mabberley (1997), apresenta<br />

distribuição cosmopolita, incluindo cerca de 270 gêneros e aproximadamente<br />

5100 espécies. O primeiro estudo completo para a família no Brasil foi<br />

realizado por Schmidt (1862), na Flora Brasiliensis. Posteriormente, Barroso<br />

(1952) realizou o levantamento das espécies nativas e exóticas do país,<br />

apresentando chaves para gêneros e espécies.<br />

Os recentes trabalhos em filogenia, particularmente os realizados por<br />

Olmstead & Reeves (1995), Olmstead et al. (2001) e Oxelman et al. (2005),<br />

revelaram que Scrophulariaceae, da forma como tradicionalmente reconhecida,<br />

não é monofilética. Assim, trabalhos como APGII (2003) apresentaram um<br />

conceito mais restrito para as Scrophulariaceae, a qual incluiria apenas cerca<br />

de 25 gêneros e 1200 espécies, incorporando inclusive gêneros<br />

tradicionalmente reconhecidos em outras famílias, como Buddleja.<br />

Assim, Scrophulariaceae representa uma das famílias que mais sofreu<br />

alterações em sua circunscrição com os avanços recentes no conhecimento<br />

das relações filogenéticas. Souza & Lorenzi (2008) referiram os gêneros<br />

nativos do Brasil que tradicionalmente foram reconhecidos em<br />

Scrophulariaceae em cinco famílias: Scrophulariaceae s.s (Ameroglossum,<br />

Anamaria, Capraria e Philcoxia), Calceolariaceae (Calceolaria), Plantaginaceae<br />

(Achetaria, Angelonia, Bacopa, Basistemon, Conobea, Dizygostemon, Gratiola,<br />

Ildefonsia, Mecardonia, Monopera, Scoparia, Stemodia e Tetraulacium),<br />

Linderniaceae (Lindernia, Micranthemum e Torenia) e Orobanchaceae<br />

(Agalinis, Buchnera, Castilleja, Escobedia, Esterhazya, Magdalenaea,<br />

Melasma, Nothochilus, Physocalyx e Velloziella). Souza et al. (dados não<br />

publicados), baseando-se em estudo filogenético centrado em gêneros<br />

neotropicais, sugeriram que estas alterações deveriam ser ainda mais<br />

profundas, com a necessidade de reconhecimento de novas famílias e de<br />

revalidação de Gratiolaceae, conforme proposto por Rahmanzadeh et al.<br />

(2005), a qual incluiria parte dos gêneros tratados na tribo Gratioleae por<br />

Wettstein (1891). Apesar disto, a maioria dos recentes trabalhos de<br />

levantamentos de floras nacionais ou estaduais, incluindo Barringer & Burger<br />

(2000) e Souza (2003), vem tratando as Scrophulariaceae da forma tradicional.<br />

PESQUISAS, BOTÂNICA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!