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O consumo como simbólico - Estudos do Consumo

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associa<strong>do</strong>s a nosso produto e que finalmente passam a definir nossa marca”<br />

(R AN D AZZO , 1996, p. 27). E completan<strong>do</strong>, “a publicidade junta tu<strong>do</strong> magicamente. N a<br />

sua linguagem, um produto vira uma loura, o cigarro vira saúde e esporte, o apartamento<br />

vira a família feliz, [...] na praia, a bebida vira o amor, etc., etc.” (R O C H A, 1995b, p. 108).<br />

A publicidade é um tipo de comunicação em forma de história, uma ficção narrativa que,<br />

além de transmitir informações acerca <strong>do</strong> produto, procura refletir os valores, o estilo de<br />

vida, e a sensibilidade <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r-alvo e / ou da cultura.<br />

T ornan<strong>do</strong>-se, assim, a publicidade, uma arte <strong>do</strong>minante e poderosa em refletir, cuidar e<br />

alimentar os sonhos e as fantasias <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r. “A publicidade cria marcas<br />

embrulhan<strong>do</strong> os produtos com os nossos sonhos e fantasias, mitologizan<strong>do</strong>-os. A<br />

publicidade cria marcas humanizan<strong>do</strong> e personifican<strong>do</strong> os produtos com identidade,<br />

personalidades e sensibilidades que refletem as nossas próprias” (R AN D AZZO , 1996, p.<br />

399).<br />

H oje em dia, é crescente o trabalho que se faz em cima de uma marca em qualquer<br />

categoria de produto. É claro que você está mais envolvi<strong>do</strong> na compra de um perfume <strong>do</strong><br />

que na compra de papel higiênico. M as não é por isso que você vai deixar de escolher um<br />

rolo que tenha desenhos, cores e cheiro agradável, diferentes <strong>do</strong> convencional. S ão<br />

detalhes que fazem toda a diferença e envolvem o consumi<strong>do</strong>r no ato da compra para a<br />

decisão por determina<strong>do</strong> produto, que ofereça a mais de suas qualidades funcionais e<br />

técnicas.<br />

S egun<strong>do</strong> G illes Lipovetsky, a publicidade funciona <strong>como</strong> cosmético da comunicação,<br />

oferecen<strong>do</strong> promessas de beleza, seduz as aparências. É tu<strong>do</strong> isso, antes de ser<br />

informação, forma, produto, etc.<br />

4.1 – O mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s anúncios<br />

E sse mun<strong>do</strong> que a publicidade oferece – o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s anúncios – traduz-se em perfeição,<br />

onde se encontram varia<strong>do</strong>s estilos e sonhos, produtos mágicos, que se comunicam e<br />

assumem vida própria dentro dessas produções da com unicação de massa. S ão animais,<br />

perfumes, cosméticos, roupas, bebidas, to<strong>do</strong>s oferecen<strong>do</strong> símbolos e reinos próprios de<br />

fada, magos, gênios, bruxas, espíritos, etc. <strong>como</strong> bem analisa<strong>do</strong>s por R ocha. “É <strong>como</strong> se<br />

pudéssemos comparar duas sociedades: a nossa – que inventa Indústria C ultural – e a<br />

representação de sociedade – que está inventada nas múltiplas telas de todas as mídias”<br />

(R O C H A, 1995a, p. 95). P odem-se comparar as duas e até chamá-las de ‘sociedade’<br />

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