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Figuras de linguagem - Editora Saraiva

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11. Observe nas colunas abaixo os elementos que existiam antes e os que passaram a existir <strong>de</strong>pois<br />

da separação:<br />

244<br />

antes × agora<br />

riso → pranto<br />

bocas unidas → espuma<br />

mãos espalmadas → espanto<br />

a) As palavras e expressões da primeira coluna faziam parte do estado <strong>de</strong> espírito em que se<br />

encontrava o eu lírico antes da separação. Qual é esse estado <strong>de</strong> espírito? Alegria.<br />

b) As palavras da segunda coluna fazem parte do estado <strong>de</strong> espírito em que se encontra o eu<br />

lírico no momento. Qual é esse estado <strong>de</strong> espírito? Tristeza.<br />

c) Que figura <strong>de</strong> <strong>linguagem</strong> sugere, por meio das partes, o todo? A metonímia.<br />

12. O trecho “fez-se o pranto / Silencioso e branco como a bruma” apresenta uma figura <strong>de</strong> <strong>linguagem</strong>.<br />

a) Qual é a figura existente na parte <strong>de</strong>stacada? Comparação.<br />

b) Lido sem a parte <strong>de</strong>stacada, esse trecho se torna menos ou mais forte, concreto e expressivo?<br />

13. Em quase todo o texto, o poeta faz uso <strong>de</strong> uma figura chamada inversão, que consiste em trocar a<br />

or<strong>de</strong>m sintática dos termos da oração. Observe alguns exemplos e a or<strong>de</strong>m direta correspon<strong>de</strong>nte:<br />

“De repente do riso fez-se o pranto” → O pranto fez-se do riso <strong>de</strong> repente<br />

“Que dos olhos <strong>de</strong>sfez a última chama” → Que <strong>de</strong>sfez a última chama dos olhos<br />

“Fez-se <strong>de</strong> triste o que se fez amante” → O que se fez amante fez-se <strong>de</strong> triste<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o poema é construído sobre a oposição entre a vida do eu lírico antes e hoje,<br />

que semelhança existe entre a inversão e as duas situações retratadas?<br />

14. Observe que a expressão <strong>de</strong> repente é empregada quatro vezes em início <strong>de</strong> verso. A esse tipo <strong>de</strong><br />

repetição, chamamos anáfora. Consi<strong>de</strong>rando as i<strong>de</strong>ias do poema, qual a finalida<strong>de</strong> do poeta ao<br />

repetir tantas vezes essa expressão? O eu lírico parece não aceitar o fato <strong>de</strong> que tudo o que existia — amor intenso, amiza<strong>de</strong>, paixão, harmonia, etc. — acabou<br />

<strong>de</strong> repente, num único instante, o instante da separação; por isso enfatiza essa expressão.<br />

15. Se quiséssemos resumir as principais i<strong>de</strong>ias do poema em <strong>linguagem</strong> <strong>de</strong>notativa, teríamos um<br />

texto mais ou menos assim:<br />

X<br />

X<br />

X<br />

X<br />

Torna-se menos forte, menos concreto, menos expressivo.<br />

Também o eu lírico se encontra numa situação<br />

inversa à que vivia antes.<br />

Antes, com a pessoa amada, tudo era alegria e harmonia. Hoje, sozinho, tudo é tristeza<br />

e <strong>de</strong>solação.<br />

Compare o poema com esse enunciado e indique qual ou quais dos itens seguintes são corretos<br />

quanto ao papel das figuras <strong>de</strong> <strong>linguagem</strong> na construção <strong>de</strong> um texto poético.<br />

a) O texto figurado é mais carregado <strong>de</strong> emoções do que o texto <strong>de</strong>notativo.<br />

b) As figuras <strong>de</strong> <strong>linguagem</strong> criam imagens que aguçam a imaginação do leitor.<br />

c) As figuras <strong>de</strong> <strong>linguagem</strong> criam uma atmosfera envolvente, que faz o leitor se aproximar mais do texto.<br />

d) O texto figurado é fruto <strong>de</strong> um trabalho artístico, que não visa apenas informar, mas também<br />

envolver, emocionar.<br />

Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

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