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Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação - ABDI

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<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong><br />

Relatório Panorama <strong>Setorial</strong><br />

Brasília<br />

Agosto, 2009<br />

iii


Centro de Gestão e <strong>Estudo</strong>s Estratégicos<br />

Presidenta<br />

Lucia Carvalho Pinto de Melo<br />

Diretor Executivo<br />

Marcio de Miranda Santos<br />

Diretores<br />

Antônio Carlos Filgueira Galvão<br />

Fernando Cosme Rizzo Assunção<br />

Centro de Gestão e <strong>Estudo</strong>s Estratégicos (CGEE)<br />

SCN Quadra 2, Bloco A, Edifício Corporate Financial Center, Salas 1102/1103<br />

70712-900 <strong>–</strong> Brasília, DF<br />

Tel: (xx61) 3424.9600 Fax: (xx61) 3424.9671<br />

URL: http://www.cgee.org.br<br />

iv


Relatório Panorama <strong>Setorial</strong> do <strong>Estudo</strong><br />

<strong>Prospectivo</strong> de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong><br />

Supervisão<br />

Marcio de Miranda Santos<br />

Consultor<br />

João Mauricio Rosário<br />

Equipe Técnica do CGEE<br />

Liliane Rank (Coordenação Geral)<br />

Milton Pombo da Paz (Responsabilidade Técnica)<br />

Equipe de Apoio do CGEE<br />

Cláudio Chauke Nehme (Apoio Metodológico)<br />

Lilia Miranda de Souza (Apoio Técnico)<br />

Carlos Augusto Caldas de Moraes (Apoio sobre Cadeia de Valor)<br />

Cristiane Pamplona (Apoio Técnico)<br />

Juliana de Souza (Apóio Administrativo)<br />

Priscilla Matos (Apoio Técnico)<br />

Sandra Milagres (Apoio Administrativo)<br />

Eduardo José Lima de Oliveira (Apoio de designer)<br />

André Scofano Maia Porto (Apoio de designer)<br />

Lilian M. Thomé Andrade Brandão (Apoio nas consultas estruturadas)<br />

Kleber de Barros Alcanfor (Apoio nas consultas estruturadas)<br />

Elaine Michon (Apoio de eventos)<br />

Luciana Cardoso de Souza (Apoio de eventos)<br />

Marina Brasil (Apoio de eventos)<br />

Regina Silvério (Apoio Técnico)<br />

Equipe da <strong>ABDI</strong><br />

Clayton Campanhola (Diretor)<br />

Claudionel C. Leite (Líder de Projetos)<br />

Valdênio Araújo (Assistente)<br />

Willian Souza (Assistente)<br />

v


Colaboradores do Setor<br />

ABINEE / Altus <strong>–</strong> Luiz F. Gerbase; ABINEE / Ecil Informática <strong>–</strong> Nelson Luis C. Freire; ABINEE <strong>–</strong> Fabián Yaksic;<br />

ABINEE <strong>–</strong> Luiz Cezar E. Rochel; ABINEE-Carlos Cavalcanti; ABINEE-Israel Guratti; ABINEE-Wesley Giachini;<br />

ABINEE-Welmenson da Silva; ABNT-José Sebastião Viel; ABNT-Pedro Buzatto Costa; APEX-Márcio Almeida;<br />

APEX-Rogério Bellini; APEX-Richard Sabah; Arrows-Neimar Marques Duarte; BEMATECH-Wolney Betiol;<br />

BNDES-Carlos Gastaldoni; BNDES-Marcelo Goldenstein; BNDES-Maurício Neves; BNDES-Regina Maria<br />

Vinhais Gutierrez; CEFET-SP IFET-Alexandre Brincalep Campo; CENPES-Luiz Carlos Peixoto Messina;<br />

COESTER-Marcus Coester; Conceil General de L’essonme-Jean-christophe Frachet; CP ELETRÔNICA-<br />

Alexandre Saccol; CP ELETRÔNICA-Carlos Roberto Pires Porto; CSIC-Arturo Forner-Cordero; DYNAMIS-<br />

Marcilio Antonio Viana Pongitori; EDACOM-Arnaldo Ortiz Clemente; ELIPSE-Marcelo B. Salvador; EPUSP-José<br />

Reinaldo Silva; FESTO-Luis Carlos Iório; FET-Marcio Rillo; FINEP-Luis Manuel Rebelo Fernandes; IHM-Carlos<br />

Alberto Viégas Gonçalves; INMETRO-Alfredo Lobo; INMETRO-Gustavo Kuster; INMETRO-João Alziro Herz da<br />

Jornada; INMETRO-Alessandro Nogueira Reis; INPI-Ademir Tardelli; INPI-Carlos Pazos Rodriguez; INPI-Jorge<br />

de Paula Costa Ávila; INPI-Marcio Lacerda; INPI-Sergio Paulino Carvalho; ISEP-José Antonio Tenreiro Machado;<br />

ISMEP-SUPMECA-Jean Paul Frachet; ITAUTEC-Irineu Govea; KALATEK-Edilson Cravo; Lego Education-<br />

Arnaldo Ortis Clemente; MCT-Adalberto Barbosa; MCT-Augusto Cesar Gadelha Vieira; MCT-Francisco Silveira<br />

dos Santos; MCT-Hamilton José Mendes; MCT-Henrique de Oliveira Miguel; MDIC-Ajalmar Lakiss Gusmão;<br />

MDIC-Arnaldo Gomes Serrão; MDIC-Fernando Cordeiro; MDIC-Nilton Sacenko; METSO-Pedro Rodrigues;<br />

National Instruments-Marco Aurélio Amorim; NOVUS-Aderbal Lima; NOVUS-Miguel Fachin; NOVUS-Valerio<br />

Galeazzi; QUALISYS-Edgard de Oliveira; SEBRAE-Ana Lúcia; SEBRAE-Ana Lúcia Moura de Oliveira; SENAI-<br />

José Manuel de Aguiar Martins; SENAI-Julio Cesar de Almeida Freitas; SENAI-Luis Antonio Caruso; SENAI-<br />

Marcello José Pio; SENAI-Mauro Sergio Juarez Cáceres; SENSE-Antônio Celso Spinelli; SENSE-Paulo<br />

Caselato; SMAR-Eduardo André Mossin; SPIN ENGENHARIA-Clóvis Simões; SPIN ENGENHARIA-Luis Closs;<br />

SUPELEC-Didier Dumur; UFES-Teodiano Freire Bastos; UFGD-Clivaldo Oliveira; UMNG-Byron Alfonso Perez;<br />

UMNG-Paola Andrea Nizo Soares; UMNG/UNICAMP-Oscar Fernando Avilés; UNESP-Humberto Ferasoli;<br />

UNICAMP-Álvaro Joffre Uribe Quevedo; UNICAMP-Antonio Batocchio; UNICAMP-Luiz Gustavo de Mello<br />

Paracêncio; UNICAMP-Marcos Correa Carvalho; Universidade de Passo Fundo-Jocarly Patrocínio Sde Souza;<br />

Unisal-Wlamir Passos; WEG-Mauricio Pereira Costa.<br />

vi


Sumário<br />

Lista de Figuras ....................................................................................................... ix<br />

Lista de Tabelas .......................................................................................................x<br />

Lista Quadros ......................................................................................................... xii<br />

Lista de Gráficos ................................................................................................... xiv<br />

Lista de Siglas ........................................................................................................ xv<br />

1. Sumário Executivo .............................................................................................. 1<br />

2. Introdução ......................................................................................................... 31<br />

3. <strong>Automação</strong> ........................................................................................................ 34<br />

4. Panorama Atual ................................................................................................ 64<br />

5. Considerações Finais ...................................................................................... 293<br />

Referências Bibliográficas ................................................................................... 295<br />

Sites Consultados ............................................................................................... 310<br />

APÊNDICE I <strong>–</strong> Fundamentação da Cadeia Produtiva ......................................... 312<br />

APÊNDICE II - Principais Normas Técnicas - <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> ......... 323<br />

APÊNDICE III - Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural ...................... 325<br />

APÊNDICE IV <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de <strong>Automação</strong><br />

Industrial ............................................................................................................. 328<br />

APÊNDICE V <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de <strong>Automação</strong><br />

Predial ................................................................................................................. 339<br />

APÊNDICE VI <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de <strong>Automação</strong><br />

Comercial ............................................................................................................ 342<br />

APÊNDICE VII <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de <strong>Automação</strong><br />

Bancária .............................................................................................................. 348<br />

ANEXO I <strong>–</strong> Relação das Empresas integrantes do FEET - Fórum de Empresários<br />

Exportadores de Tecnologia ............................................................................... 352<br />

ANEXO II <strong>–</strong> Análise Econômica do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> ........... 361<br />

ANEXO III <strong>–</strong> Expectativas das Entidades ............................................................ 367<br />

vii


ANEXO IV <strong>–</strong> Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Industrial .................................. 369<br />

ANEXO V - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de<br />

<strong>Automação</strong> Industrial .......................................................................................... 377<br />

ANEXO VI - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Predial-Residencial .................. 386<br />

ANEXO VII - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de<br />

<strong>Automação</strong> Predial-Residencial .......................................................................... 399<br />

ANEXO VIII - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Comercial ............................... 403<br />

ANEXO IX - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de<br />

<strong>Automação</strong> Comercial ......................................................................................... 405<br />

ANEXO X - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Bancária .................................... 407<br />

ANEXO XI - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de<br />

<strong>Automação</strong> Bancária ........................................................................................... 410<br />

ANEXO XII <strong>–</strong> Empresas atuantes no Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> ........ 412<br />

viii


Lista de Figuras<br />

Figura 1 - Processo de elaboração do Programa Estratégico <strong>Setorial</strong> - PES. ............ 7<br />

Figura 2 - Conceito abrangente de <strong>Automação</strong>......................................................... 35<br />

Figura 3 - Extensão do Conceito de <strong>Automação</strong> por meio de cinco elementos chaves. 36<br />

Figura 4 - Conceito Estendido de <strong>Automação</strong>. .......................................................... 37<br />

Figura 5 <strong>–</strong> Modelo das cinco forças de Porter. .......................................................... 39<br />

Figura 6 - Fluxo Produtivo Macro do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. ............. 43<br />

Figura 7 - Fluxo Produtivo detalhado do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. ........ 45<br />

Figura 8 - Cadeia Produtiva do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. ...................... 47<br />

Figura 9 - Cadeia Produtiva / Fluxo de Conhecimentos do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong>. ........................................................................................................ 50<br />

Figura 10 <strong>–</strong> Pontos Críticos e Agentes Decisores na Cadeia Produtiva / Cadeia de<br />

Conhecimentos do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. ................................. 52<br />

Figura 11 <strong>–</strong> Ciclo da Cadeia Produtiva. ..................................................................... 53<br />

Figura 12 <strong>–</strong> Ciclo de Vida de um Produto Industrial. ............................................... 111<br />

Figura 13 <strong>–</strong> Ciclo em V de desenvolvimento de um Produto. ................................. 112<br />

Figura 14 - Principais Sistemas de <strong>Automação</strong> de um Edifício Inteligente. ............ 215<br />

Figura 15 - Sustentabilidade da <strong>Automação</strong> Predial. .............................................. 222<br />

Figura 16 - Produtos e Serviços <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> Comercial. ................................ 234<br />

Figura 17 - Alicerces de um Desenvolvimento industrial sustentável. ..................... 246<br />

Figura 18 - Fluxograma de reciclagem dos CRTs. .................................................. 254<br />

Figura 19 - Reciclagem de Materiais. ...................................................................... 272<br />

Figura 20 - Impacto Ambiental e saúde do trabalhador. ......................................... 274<br />

Figura 21 - Gestão Ambiental. ................................................................................ 276<br />

Figura 22 - Regras Ambientais. ............................................................................... 276<br />

Figura 23 <strong>–</strong> Forma de organização da cadeia de valor. .......................................... 315<br />

Figura 24 <strong>–</strong> Modelo holístico de cadeia de valor em negócios. ............................... 317<br />

Figura 25 <strong>–</strong> Sistema de valores. .............................................................................. 319<br />

Figura 26 <strong>–</strong> O Processo da Cadeia de Valor. .......................................................... 322<br />

ix


Lista de Tabelas<br />

Tabela 1 <strong>–</strong> Cenário Desejável <strong>para</strong> a Indústria de <strong>Automação</strong> em 2020. ................. 29<br />

Tabela 2 - Faturamento dos Principais Fabricantes Internacionais Ligados à <strong>Automação</strong><br />

Industrial. ........................................................................................................... 76<br />

Tabela 3 <strong>–</strong> Análise de Mercado do Segmento de <strong>Automação</strong> Industrial. .................. 79<br />

Tabela 4 - Segmentos do Mercado Mundial de CPs. ................................................ 80<br />

Tabela 5 <strong>–</strong> Segmento de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas <strong>–</strong> Óleo & Gás. 81<br />

Tabela 6 <strong>–</strong> Área de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas <strong>–</strong> Óleo & Gás. ... 81<br />

Tabela 7 - Redução de energia com aplicação de <strong>Automação</strong> Predial. .................... 85<br />

Tabela 8 <strong>–</strong> Estabelecimentos Comerciais no Brasil. ................................................. 94<br />

Tabela 9 <strong>–</strong> Números do Setor Bancário. ................................................................... 98<br />

Tabela 10 <strong>–</strong> Banco Eletrônico: Números do Setor. ................................................... 99<br />

Tabela 11 <strong>–</strong> Custo Médio de uma Transação Bancária. ......................................... 101<br />

Tabela 12 <strong>–</strong> Número total de equipamentos de <strong>Automação</strong> Bancária e sua localização.<br />

......................................................................................................................... 104<br />

Tabela 13 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Bancária: Equipamentos e Localização. .......................... 106<br />

Tabela 14 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Bancária: Despesas em Tecnologia. ................................ 108<br />

Tabela 15 <strong>–</strong> Recursos Computacionais dos Bancos. .............................................. 109<br />

Tabela 16 <strong>–</strong> Terceirização / Outsourcing. ............................................................... 110<br />

Tabela 17 <strong>–</strong> Indicadores Gerais da Indústria Eletroeletrônica 2001 a 2008. ........... 124<br />

Tabela 18 <strong>–</strong> Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões) de 2001 a<br />

2008. ................................................................................................................ 127<br />

Tabela 19 <strong>–</strong> Variação das exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008. ...... 128<br />

Tabela 20 <strong>–</strong> Produtos mais Exportados 2007 e 2008. ............................................ 129<br />

Tabela 21 - Destino das Exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008. ........ 130<br />

Tabela 22 <strong>–</strong> Destino das Exportações do Setor Eletroeletrônico por Área <strong>–</strong> 2008.. 131<br />

Tabela 23 <strong>–</strong> Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões). . 132<br />

Tabela 24 <strong>–</strong> Importações do Setor Eletroeletrônico 2007 e 2008. .......................... 133<br />

Tabela 25 <strong>–</strong> Produtos mais Importados 2007 e 2008. ............................................. 135<br />

Tabela 26 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.135<br />

Tabela 27 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.136<br />

Tabela 28 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.137<br />

Tabela 29 <strong>–</strong> Faturamento da Indústria Eletroeletrônica por Área (US$ milhões) de 2001 a<br />

2008. ................................................................................................................ 139<br />

Tabela 30 <strong>–</strong> Principais Produtos Eletroeletrônicos Exportados <strong>–</strong> 2003 a 2008 (US$ milhões).<br />

......................................................................................................................... 140<br />

Tabela 31 <strong>–</strong> Principais Produtos Eletroeletrônicos Importados <strong>–</strong> 2003 a 2008 (US$ milhões).<br />

......................................................................................................................... 140<br />

Tabela 32 <strong>–</strong> Fluxo de Comércio de Produtos Eletroeletrônicos por Área <strong>–</strong> 2001 a 2008 (US$<br />

milhões). .......................................................................................................... 141<br />

Tabela 33 <strong>–</strong> Projeções de Faturamento por Área (em R$ milhões a preços correntes). 146<br />

Tabela 34 <strong>–</strong> Projeções dos Principais indicadores do setor. ................................... 146<br />

Tabela 35 <strong>–</strong> Saldos Negativos da Balança Comercial do Setor Eletroeletrônico. ... 147<br />

Tabela 36 <strong>–</strong> Faturamento das Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos<br />

Industriais. ........................................................................................................ 220<br />

x


Lista Quadros<br />

Quadro 1 - Dimensões de análise do EPS. ................................................................. 9<br />

Quadro 2 - Principais Fabricantes Nacionais Ligados à <strong>Automação</strong> Industrial. ........ 67<br />

Quadro 3 <strong>–</strong> Segmentos do Mercado da <strong>Automação</strong> Comercial. ............................... 93<br />

Quadro 4 <strong>–</strong> Principais Empresas no Mercado Mundial de ATMs. ........................... 100<br />

Quadro 5 <strong>–</strong> Número de Empresas ligadas ao Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>152<br />

Quadro 6 <strong>–</strong> Número de Empregados ligados ao Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

(Representação na PIA Empresa). .................................................................. 153<br />

Quadro 7 <strong>–</strong> Aspectos Econômicos dos Setores de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e<br />

Eletroeletrônico. ............................................................................................... 155<br />

Quadro 8 <strong>–</strong> Panorama Econômico dos Setores de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e<br />

Eletroeletrônico. ............................................................................................... 157<br />

Quadro 9 <strong>–</strong> Balança Comercial dos Produtos do Setor Eletroeletrônico ligados à <strong>Eletrônica</strong><br />

<strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. .............................................................................................. 159<br />

Quadro 10 <strong>–</strong> Balança Comercial de Produtos do Setor Eletroeletrônico. ................ 160<br />

Quadro 11 <strong>–</strong> Volume Total de Hipotecas Emitidas nos EUA. ................................. 161<br />

Quadro 12 <strong>–</strong> Fontes de recursos das Empresas Brasileiras <strong>–</strong> Indústria e Infraestrutura. 165<br />

Quadro 13 <strong>–</strong> Investimentos Mapeados no Brasil (2009/2012). ............................... 166<br />

Quadro 14 <strong>–</strong> Crescimento dos Investimentos (Projetos Firmes) <strong>–</strong> 2009/2012. ....... 167<br />

Quadro 15 <strong>–</strong> Desempenho <strong>Setorial</strong> <strong>–</strong> 2007/2008. ................................................... 167<br />

Quadro 16 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Atuadores. ..................................... 172<br />

Quadro 17 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Sensores. ...................................... 173<br />

Quadro 18 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Controladores................................ 174<br />

Quadro 19 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Redes de Comunicação Industrial. 175<br />

Quadro 20 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Softwares industriais. .................... 176<br />

Quadro 21 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Sistemas. ...................................... 177<br />

Quadro 22 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Serviços. ....................................... 178<br />

Quadro 23 - Descrição dos principais tipos de Suporte Tecnológico. ..................... 179<br />

Quadro 24 - Relação de Serviços Específicos em Atmosferas Explosivas. ............ 207<br />

Quadro 25 - Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos Industriais. 218<br />

Quadro 26 - Ranking GreenPeace. ......................................................................... 256<br />

Quadro 27 - Regulamentações WEEE por categorias de produtos cobertos. ........ 267<br />

Quadro 28 - Com<strong>para</strong>ção do Segmento de Serviços em <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.292<br />

Quadro 29: Principais Normas Técnicas so setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. . 323<br />

Quadro 30: Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural. ............................... 325<br />

Quadro 31: Empresas Integrantes do FEET. .......................................................... 352<br />

Quadro 29: Expectativas das Entidades - Volume de Produção - (4º Trimestre de 2008).<br />

......................................................................................................................... 367<br />

Quadro 30: Expectativas das Entidades - Vendas <strong>para</strong> o Mercado Interno - (4º Trimestre<br />

2008). ............................................................................................................... 367<br />

Quadro 31: Expectativas das Entidades - Vendas <strong>para</strong> o mercado externo - (4º Trimestre<br />

2008). ............................................................................................................... 368<br />

Quadro 35: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Industrial. .................................... 369<br />

Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />

Industrial. ......................................................................................................... 377<br />

Quadro 35: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Predial-Residencial. .................... 386<br />

xii


Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />

Predial-Residencial. ......................................................................................... 399<br />

Quadro 35: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Comercial. .................................. 403<br />

Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />

Comercial. ........................................................................................................ 405<br />

Quadro 35: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Bancária. .................................... 407<br />

Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />

Bancária. .......................................................................................................... 410<br />

Quadro 35: Empresas Atuantes no Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. ............. 412<br />

xiii


Lista de Gráficos<br />

Gráfico 1 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica de Empresas da Indústria de <strong>Automação</strong> no Brasil.<br />

........................................................................................................................... 14<br />

Gráfico 2 - Distribuição de Segmentos de Atuação de Empresas em <strong>Automação</strong> no Brasil.<br />

........................................................................................................................... 14<br />

Gráfico 3 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem o FEET.<br />

........................................................................................................................... 16<br />

Gráfico 4 - Distribuição de Segmentos de Atuação das Empresas que constituem o FEET.<br />

........................................................................................................................... 16<br />

Gráfico 5 - Faturamento do Complexo Eletroeletrônico. ........................................... 18<br />

Gráfico 6 - Exportações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico. ....................... 18<br />

Gráfico 7 - Importações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico. ........................ 19<br />

Gráfico 8 - Mercado Nacional de CLP. ...................................................................... 70<br />

Gráfico 9 <strong>–</strong> Porcentagem de Internautas que Acessam Serviços Públicos. .............. 95<br />

Gráfico 10 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> <strong>–</strong> Principais Setores de Aplicações Industriais. ............... 114<br />

Gráfico 11 <strong>–</strong> Base de Protocolos Instalados. .......................................................... 114<br />

Gráfico 12 <strong>–</strong> Comportamento das Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos<br />

Econômicos. .................................................................................................... 132<br />

Gráfico 13 <strong>–</strong> Comportamento das Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos<br />

Econômicos. .................................................................................................... 137<br />

Gráfico 14 <strong>–</strong> Balança Comercial de Produtos Eletroeletrônicos (US$ bilhões). ...... 138<br />

Gráfico 15 <strong>–</strong> Índice de Confiança do Consumidor. .................................................. 162<br />

Gráfico 16 <strong>–</strong> Índice de Confiança da Indústria de Transformação. ......................... 162<br />

Gráfico 17 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem a área<br />

de Sistemas Eletrônicos Prediais. .................................................................... 219<br />

Gráfico 18 - Mercado <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> Comercial. ................................................. 233<br />

Gráfico 19 <strong>–</strong> Número de Empregados no setor. ...................................................... 244<br />

xiv


Lista de Siglas<br />

ABAL Associação Brasileira de Alumínio<br />

<strong>ABDI</strong> Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial<br />

ABIA Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação<br />

ABIFA Associação Brasileira de Fundição<br />

ABIGRAF Associação Brasileira da Indústria Gráfica<br />

ABILUX Associação Brasileira da Indústria de Iluminação<br />

ABIMAQ Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos<br />

ABIMO<br />

Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos<br />

Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios<br />

ABINEE Associação Brasileira da Indústria Elétrica e <strong>Eletrônica</strong><br />

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas<br />

ABPO Associação Brasileira de Papelão Ondulado<br />

AD Analógico-Digital<br />

AD Agentes Decisores<br />

AFRAC Associação Brasileira de <strong>Automação</strong> Comercial<br />

ALADI Associação Latino-Americana de Integração<br />

ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações<br />

ANFAVEA Associação Nacional dos Fabricantes de Veículo Automotores<br />

ANIPA Associação Nacional da Indústria de Pneumático<br />

ANPEI<br />

Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia<br />

das Empresas Inovadoras<br />

ANSI American National Standards Institute<br />

AP Agricultura de Precisão<br />

APEX Brasil Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos<br />

API American Petroleum Institute<br />

xv


ARM Advanced RISC Machine<br />

ASHRAE<br />

American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning<br />

Engineers<br />

ASi Actuator Sensor Interface<br />

ASME American Society of Mechanical Engineers<br />

ATM Automatic Teller Machine<br />

BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social<br />

BRACELPA Associação Brasileira de Celulose e Papel<br />

BRDE Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul<br />

CAD Computer-Aided Design<br />

CAE Computer-Aided Engineering<br />

CAEx Comitê de Análise de ex-Tarifários<br />

CAN Controller-Area Network<br />

CCD Charge-Coupled Device<br />

CCM Central de Comando de Motores<br />

CEITEC Centro Nacional de Tecnologia <strong>Eletrônica</strong> Avançada<br />

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental<br />

CFTV Circuito Fechado de Televisão<br />

CGEE Centro de Gestão e <strong>Estudo</strong>s Estratégicos<br />

CIDE Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico<br />

CISPR International Special Committee on Radio Interference<br />

CLP Controlador Lógico Programável<br />

CMC Connection Module Cloning<br />

CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas<br />

CNC Controle Numérico Computadorizado<br />

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico<br />

CNTC Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio<br />

xvi


COBEI<br />

Comitê Brasileiro de Eletricidade, <strong>Eletrônica</strong>, Iluminação e<br />

Telecomunicações<br />

COFINS Contribuição <strong>para</strong> o Financiamento da Seguridade Social<br />

CONIP Congresso de Inovação da Gestão Pública<br />

CONMETRO<br />

Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade<br />

Industrial<br />

CPD Centro de Processamento de Dados<br />

CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira<br />

CPU Unidade Central de Processamento<br />

CRT Cathodic Ray Tube<br />

CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido<br />

DA Digital-Analógico<br />

DCS Distributed Control System<br />

DHEP Diclofenac Hydroxyethylpyrrolidine<br />

DIPQ Declaração de Importação de Pequena Quantidade<br />

ECR Efficient Consume Response<br />

EDI Electronic Data Interchange<br />

EPA Environmental Protection Agency<br />

EPC Electronic Product Code<br />

EPS <strong>Estudo</strong> <strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong><br />

FCI Fluid Controls Institute<br />

FEET Fórum de Empresários Exportadores de Tecnologia<br />

FF Finish Foil<br />

FGV Fundação Getúlio Vargas<br />

FINEP Financiadora de <strong>Estudo</strong>s e Projetos<br />

FISET Fundo de Investimento <strong>Setorial</strong> (<strong>para</strong> o Reflorestamento)<br />

FPGA Field Programmable Gate Array<br />

xvii


GIS Geographical Information System<br />

GPRS General Packet Radio Service<br />

GPS Global Positioning System<br />

GSM Global System for Mobile Communications<br />

GT Grupo de Trabalho<br />

HDTV High Definition Television<br />

IA Inteligência Artificial<br />

IBAMA<br />

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis<br />

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística<br />

IBS Instituto Brasileiro de Siderurgia<br />

ICMS<br />

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de<br />

Serviços<br />

ICT Instituições Científicas e Tecnológicas<br />

IEC International Electrotechnical Commission<br />

IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers<br />

IEMI Instituto de <strong>Estudo</strong>s e Marketing Industrial<br />

IHM Interface Homem-Máquina<br />

II Imposto de Importação<br />

INMETRO<br />

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade<br />

Industrial<br />

INPI Instituto Nacional da Propriedade Industrial<br />

INSS Instituto Nacional do Seguro Social<br />

IPD Eletron<br />

Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do<br />

Complexo Eletroeletrônico e Tecnologia da Informação<br />

IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada<br />

IPI Imposto sobre Produtos Industrializados<br />

IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano<br />

IPVA Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores<br />

xviii


IR Imposto de Renda<br />

ISA The Instrumention System and Automation Society<br />

ISO International Organization for Standardization<br />

ISOBUS<br />

Padronização da comunicação entre tratores e implementos<br />

agrícolas<br />

ISS Imposto Sobre Serviços<br />

LCD Liquid Crystal Display<br />

LVDT Linear Variable Differential Transformer<br />

MCT Ministério da Ciência e Tecnologia<br />

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior<br />

MERCOSUL Mercado Comum do Sul<br />

MES Manufacturing Execution System<br />

MPC Multivariable Predictive Controller<br />

MSS Manufacturers Standardization Society<br />

MTE Ministério do Trabalho e Emprego<br />

NBR Norma Brasileira<br />

NCM Nomenclatura Comum do Mercosul<br />

NEC National Electric Code<br />

NFPA National Fire Protection Association<br />

NR Norma Regulamentadora<br />

OCP Organismo de Certificação de Produto<br />

OMC Organização Mundial do Comércio<br />

ONG Organização Não Governamental<br />

OSB Oriented Strand Board<br />

P&D Pesquisa e Desenvolvimento<br />

P, D & I Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação<br />

PAC Programa de Aceleração do Crescimento<br />

xix


PBAC Programa Brasileiro de Avaliação da Conformidade<br />

PBB Polybrominated biphenyls<br />

PBDE Polybrominated diphenylethers<br />

PC Personal Computer - Computador Pessoal<br />

PC Ponto Crítico<br />

PCD Plataforma de Coleta de Dados<br />

PCH Pequena Central Hidroelétrica<br />

PDA Personal Digital Assistant<br />

PDP Política de Desenvolvimento Produtivo<br />

PDV (Equipamento <strong>para</strong>) Ponto de Venda<br />

PET Politereftalato de Etileno<br />

PIA Pesquisa Industrial Anual<br />

PIB Produto Interno Bruto<br />

PID Proportional<strong>–</strong>integral<strong>–</strong>derivative<br />

PIMS Plant Information Management System<br />

PINTEC Pesquisa de Inovação Tecnológica<br />

PIS Programa de Integração Social<br />

PLA Program Logic Arrays<br />

PME Pequena e Média Empresa<br />

PNB Produto Nacional Bruto<br />

PO Pessoal Ocupado<br />

POS Point of Sale<br />

PPA Processo Produtivo Avançado (<strong>para</strong> segmento Industrial)<br />

PPA Ponto ou Posto de Atendimento (<strong>para</strong> segmento Bancário)<br />

PVC Policloreto de Vinila<br />

RAIS Relação Anual de Informações Sociais<br />

xx


RF Radio Frequency<br />

RFID Radio Frequency Identification<br />

RoHS Restriction of Certain Hazardous Substances<br />

RPM Rotações por Minuto<br />

RT Remote Terminal<br />

RTU Remote Terminal Unit<br />

RV Remote Variable<br />

SBAC Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade<br />

SBC Sistema Brasileiro de Certificação<br />

SCADA Supervision Control and Data Acquisition<br />

SDCD Sistema Digital de Controle Distribuído<br />

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas<br />

SECEX Secretaria de Comércio Exterior<br />

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial<br />

SEPIN-MCT<br />

Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência e<br />

Tecnologia<br />

SIL Safety Integrity Levels<br />

SINAEES<br />

Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos Eletrônicos e<br />

Similares<br />

SIS Spatial Information System<br />

TCP Transmission Control Protocol<br />

TCP/IP Transmission Control Protocol / Internet Protocol<br />

TI Tecnologia da Informação<br />

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação<br />

UHF Ultra High Frequency<br />

UNCTAD United Nations Conference on Trade and Development<br />

UPS Uninterruptible power supply<br />

xxi


VANT Veículos Aéreos Não Tripulados<br />

VHF Very High Frequency<br />

WEEE Waste Electrical and Electronic Equipment<br />

ZFM Zona Franca de Manaus<br />

xxii


1. Sumário Executivo<br />

Este relatório contextualiza o cenário futuro do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong>, a partir de um diagnostico do setor, considerando as seguintes<br />

dimensões de análise: mercado, tecnologia, talento, investimento, infraestrutura<br />

física e infraestrutura sócio-político-institucional.<br />

A análise do panorama setorial representa a primeira das três etapas do<br />

<strong>Estudo</strong> <strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong> de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> (EPS), desenvolvido pelo<br />

Centro de Gestão e <strong>Estudo</strong>s Estratégicos (CGEE) <strong>para</strong> a Agência Brasileira de<br />

Desenvolvimento Industrial (<strong>ABDI</strong>), e visa atender a uma política de desenvolvimento<br />

da competitividade dos setores da economia brasileira, conforme preconizado pela<br />

Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em maio de 2008 pelo<br />

Governo Federal.<br />

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial tem a finalidade de<br />

promover a execução de políticas de desenvolvimento industrial, especialmente as<br />

que contribuam <strong>para</strong> a geração de empregos e <strong>para</strong> o aumento da competitividade e<br />

do grau de inovação da indústria nacional. Seu principal enfoque está nos<br />

programas e projetos estabelecidos pela PDP, onde, em conjunto com o Ministério<br />

da Fazenda (MF) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social<br />

(BNDES), exerce o papel de Secretaria Executiva (SE-PDP), responsável pela<br />

articulação, promoção, coordenação e monitoramento da PDP.<br />

Para subsidiar e complementar esta missão, a <strong>ABDI</strong> também desenvolve o<br />

Programa Estratégico <strong>Setorial</strong> (PES) com diversos setores industriais da economia<br />

brasileira, visando à organização e implantação de ações estratégicas. O setor de<br />

<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é um dos setores contemplados com o PES.<br />

A PDP considera o Complexo Eletroeletrônico no âmbito do programa <strong>para</strong><br />

fortalecimento da competitividade de complexos produtivos e o Setor de <strong>Eletrônica</strong><br />

<strong>para</strong> <strong>Automação</strong> encontra-se nesse contexto como um de seus setores<br />

componentes. Essa política constitui um dos eixos da nova política industrial e<br />

contempla incentivos de caráter financeiro, regulatório e de apoio técnico. Neste<br />

aspecto, é fundamental a implementação e o acompanhamento das recomendações<br />

1


indicadas neste estudo prospectivo por parte dos agentes executores das políticas<br />

industriais sendo que estas estejam alinhadas com as orientações da PDP.<br />

Uma das frentes que constitui o PES de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é o EPS<br />

de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, com foco nos segmentos de <strong>Automação</strong> Industrial,<br />

Comercial, Predial e Bancária, sendo que juntamente com a <strong>Automação</strong> Predial<br />

encontra-se a <strong>Automação</strong> Residencial. Outros subsegmentos também são<br />

considerados neste estudo: agrícola, agroindústria, estacionamento, shopping<br />

centers, serviços e outros.<br />

Os segmentos em estudo são responsáveis por grande parte das atividades<br />

da Indústria de <strong>Automação</strong> dentro do complexo eletroeletrônico, como também têm<br />

participação de forma direta ou indireta das outras áreas desse complexo.<br />

Este estudo surgiu a partir de uma articulação iniciada em fevereiro de 2008<br />

entre a <strong>ABDI</strong>, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e <strong>Eletrônica</strong> (ABINEE) e o<br />

Fórum de Empresários Exportadores de Tecnologia (FEET) tendo ainda o apoio do<br />

Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Complexo Eletroeletrônico<br />

e Tecnologia da Informação (IPD Eletron). Seu objetivo maior é fornecer subsídios<br />

que permitam alavancar ações <strong>para</strong> o aumento da competitividade das empresas do<br />

setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> nos mercados interno e externo.<br />

Entendendo que a competitividade da indústria nacional está condicionada à<br />

possibilidade de atender novas demandas (de consumo, regulatórias, tecnológicas,<br />

ambientais, dentre outras), é de fundamental importância que a maior parte dos<br />

atores do setor industrial tenham projetos que viabilizem uma reflexão de futuro<br />

baseada em metodologias consagradas, de forma a possibilitar direcionamentos<br />

estratégicos de curto, médio e longo prazo.<br />

Diante desta necessidade, e com o objetivo de acelerar o desenvolvimento do<br />

setor, alinhado às políticas do Estado, com vistas a subsidiar decisões de<br />

investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação da Indústria de <strong>Automação</strong><br />

a <strong>ABDI</strong> contratou o Centro de Gestão em <strong>Estudo</strong> estratégico, entidade ligada ao<br />

Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) por meio de contrato de gestão e com<br />

grande experiência em prospecção tecnológica.<br />

2


Considerando os dados obtidos no estudo de tendências do setor foi<br />

observado o alinhamento com o estudo de patentes e com o mapa de rotas<br />

tecnológicas.<br />

Observou-se que os dados do setor acompanhados nos organismos de<br />

estatísticas como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), BNDES e<br />

outros, estão encapsulados como sendo automação industrial, não guardando a<br />

classificação pelos segmentos industrial, predial, comercial e bancário. Essa<br />

situação dificulta sobremaneira a análise por segmento específico.<br />

Constatou-se que este setor é organizado, competitivo, possui base<br />

tecnológica nacional e sua cadeia produtiva participa ativamente na cadeia produtiva<br />

de diversos outros setores ou complexos industriais da economia nacional, tais<br />

como: siderúrgico; têxtil; plástico; petroquímico; naval; defesa; higiene pessoal,<br />

perfumaria e cosméticos; construção civil; automotivo; nanotecnologia; e<br />

biotecnologia. Portanto, essa participação ativa faz com que o setor em estudo<br />

necessite de mecanismos ágeis que permita o adensamento de sua cadeia<br />

produtiva <strong>para</strong> que esta seja efetivamente uma cadeia de valor.<br />

O relatório do panorama setorial de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> tem a<br />

seguinte estrutura: após esta breve apresentação, a seção seguinte apresenta a<br />

introdução, em seguida é feita a contextualização do estudo, por meio de uma<br />

descrição do segmento, contemplando aspectos macro-econômicos, balança<br />

comercial, dimensões do mercado, atores, cadeia produtiva do setor, certificação e<br />

normatização, gestão do setor e aspectos sócio-ambientais contendo elementos<br />

conceituais de base e definições que envolvem o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong>, permitindo, assim, fornecer o contexto dos eixos abordados neste<br />

panorama, direcionando o estudo aos bens de produção industrial gerado por meio<br />

da automação.<br />

1.1. Objetivos do EPS de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

O objetivo principal deste estudo é oferecer indicações de rotas estratégicas e<br />

tecnológicas com recomendações de curto médio e longo prazo que permitam<br />

aumentar a competitividade da Indústria de <strong>Automação</strong> no mercado nacional e<br />

3


internacional, em sintonia com o desenvolvimento sustentável, o que propiciará os<br />

seguintes benefícios:<br />

Fortalecimento da competitividade das empresas no mercado nacional,<br />

inibindo as importações de produtos transformados, com reflexos positivos<br />

no nível de emprego e renda;<br />

Aumento da inserção internacional do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>,<br />

com melhoria na balança comercial;<br />

Integração, consolidação e fortalecimento da Indústria de <strong>Automação</strong> de<br />

modo a se transformar em um produtor global de bens e serviços de<br />

automação, com capacidade de liderança no mercado interno e externo; e<br />

Aumento das competências empresariais, gerenciais e técnicas, por meio<br />

de treinamento e parcerias das empresas com os órgãos de ensino,<br />

pesquisa (P, D & I) e centros de tecnologia e inovação (CTIs) nacionais e<br />

internacionais.<br />

Esse objetivo pode ser atingido a partir do diagnóstico do setor e da análise<br />

detalhada sobre os fatores que condicionam sua estrutura industrial, bem como a<br />

dinâmica competitiva e inovadora dos agentes que integram a cadeia produtiva<br />

industrial no Brasil e no contexto mundial. A partir desse diagnóstico são realizados<br />

os estudos de perspectivas futuras e prospecção de dados do setor a fim de se<br />

elaborar mapas de rotas estratégicas e tecnológicas.<br />

Este estudo fomenta bases que permitirão a continuação do EPS em suas<br />

fases seguintes <strong>–</strong> perspectivas e prospectivo, a fim de oferecer meios <strong>para</strong> a<br />

reflexão, o aprofundamento e a contextualização do setor principal abordado, sobre<br />

as principais tendências futuras e questões relevantes <strong>para</strong> o setor de <strong>Eletrônica</strong><br />

<strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, tendo em vista os elementos-chave que compõem os vetores de<br />

crescimento da oferta e demanda nos próximos quinze anos (2009 <strong>–</strong> 2024). Ele<br />

permitirá, assim, subsidiar a formulação e execução a curto, médio e longo prazo de<br />

programas e ações específicas <strong>para</strong> fortalecer a sustentabilidade e a competitividade<br />

do setor, e a construção de uma nova rota estratégica e tecnológica <strong>para</strong> o setor de<br />

<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. Esses resultados, também, darão suporte ao<br />

direcionamento de uma política de desenvolvimento de produtos industriais no setor<br />

4


de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e geração de serviços nos segmentos de <strong>Automação</strong><br />

Industrial, Predial, Comercial e Bancária.<br />

O <strong>Estudo</strong> <strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong> de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, busca sinalizar<br />

tendências e questões relevantes <strong>para</strong> a formulação e implantação de um Plano<br />

Executivo <strong>Setorial</strong> com vistas ao aumento da competitividade do setor em um<br />

horizonte temporal de quinze anos por meio medidas, projetos, metas, recursos e<br />

apontamento dos respectivos responsáveis.<br />

O EPS constitui parte importante do esforço <strong>para</strong> atender à necessidade de<br />

se definir políticas nacionais com visão de futuro, que tem como ponto central a<br />

mudança do patamar da indústria pela inovação e diferenciação de produtos e<br />

serviços, com inserção e reconhecimento nos principais mercados do mundo,<br />

alcançadas a partir de escolhas estratégicas.<br />

Pretende-se alcançar em 2024, uma estrutura renovada, capaz de<br />

proporcionar ao setor uma dinâmica de excelência internacional, que refletirá no<br />

parque industrial e economia brasileira, com base na obtenção de resultados com<br />

alto valor agregado. Para atingirmos tais objetivos, as rotas projetadas e as políticas<br />

públicas propostas deverão estar em sintonia com as tendências e tecnologias<br />

globais, tendo como referência um trabalho detalhado de benchmarking<br />

internacional e um diagnóstico da Indústria de <strong>Automação</strong> brasileira, através da<br />

identificação de gargalos (pontos críticos) e as oportunidades mais relevantes <strong>para</strong> o<br />

seu desenvolvimento.<br />

1.2. Metodologia<br />

O método <strong>para</strong> o desenvolvimento do EPS de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> foi<br />

customizado a partir da metodologia adotada pelo CGEE que se baseia no conceito<br />

de foresight (antevisão) e têm como princípio a construção coletiva, onde lideranças<br />

empresariais e de governo são reunidos com especialistas da academia e de centros<br />

tecnológicos <strong>para</strong> discutir estratégias de longo prazo <strong>para</strong> o setor. O método deste<br />

estudo foi idealizado <strong>para</strong> atuar de maneira iterativa e incremental <strong>para</strong> dar<br />

celeridade e consistência ao seu desenvolvimento.<br />

5


As fases do método são: inicial, principal e comprometimento. Na fase<br />

principal são consideradas três etapas que geram os seguintes produtos <strong>para</strong><br />

tomada de decisão:<br />

a) Panorama setorial: contém o diagnóstico do setor, apresentando um<br />

retrato atual do setor no Brasil e sua inserção nos mercados mundiais;<br />

b) Perspectivas setoriais: visa apresentar as principais tendências e<br />

questões relacionadas ao setor com a visão de futuro requerida pelo<br />

estudo. Contém uma análise SWOT com as forças, fraquezas, ameaças e<br />

oportunidades do setor, estudo de patentes, visão de futuro e tendências<br />

setoriais. Também consta a priorização das áreas; e<br />

c) <strong>Prospectivo</strong> setorial: é o relatório final do EPS e apresenta a estratégia<br />

concebida <strong>para</strong> a mudança do patamar do setor pela inovação e<br />

diferenciação de produtos e serviços, base <strong>para</strong> o aumento de sua<br />

competitividade, com o mapa de rotas estratégicas e mapa de rotas<br />

tecnológicas, estudo de patentes, pesquisa Delphi, cadeia produtiva, bem<br />

como as recomendações de médio e longo prazo. É constituído por:<br />

Mapa de Rotas Estratégicas: Apresentação visual do Plano<br />

Estratégico com Foresight; e<br />

Mapa de Rotas Tecnológicas: Apresentação visual das Rotas<br />

Tecnológicas <strong>para</strong> competitividade global do setor.<br />

Após a elaboração do panorama setorial, foram analisas as tendências e<br />

perspectivas do setor e foram construídas visões compartilhadas de futuro. A partir<br />

disso, foram elaborados os mapas de rotas tecnológicas e estratégicas com<br />

horizonte temporal de 15 anos.<br />

Estabelecer a visão <strong>para</strong> os setores e organizar o conhecimento necessário<br />

<strong>para</strong> construir os caminhos <strong>para</strong> realizá-la é um trabalho coletivo, baseado no<br />

conhecimento setorial específico, que necessita de ampla participação dos vários<br />

atores envolvidos com o setor, suas temáticas, organização e gestão.<br />

O Relatório Final do EPS (<strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong>) apresenta uma síntese de<br />

todo estudo realizado pelo CGEE e por especialistas do setor. Ressalta-se que a<br />

estratégia e as diretrizes apontadas no EPS devem ser tomadas como referência<br />

6


<strong>para</strong> a elaboração do Plano Estratégico <strong>Setorial</strong> (PES), produto final do Programa<br />

Estratégico <strong>Setorial</strong> da <strong>ABDI</strong>.<br />

Além de cumprir seu objetivo principal de fornecer subsídios <strong>para</strong> a<br />

formulação da política industrial, o EPS fornece uma importante base <strong>para</strong> o<br />

planejamento estratégico das empresas, proporcionando uma melhor definição de<br />

posicionamento de mercado e de um plano de negócios de longo prazo.<br />

Para cumprir a sua missão de promover o desenvolvimento industrial e<br />

tecnológico brasileiro, a <strong>ABDI</strong> utiliza um processo <strong>para</strong> desenvolver o Programa<br />

Estratégico <strong>Setorial</strong> <strong>–</strong> PES, como instrumento <strong>para</strong> organização das ações <strong>para</strong> dez<br />

setores estratégicos da economia brasileira. A Figura 1 apresenta as principais<br />

etapas do processo de desenvolvimento do PES.<br />

Figura 1 - Processo de elaboração do Programa Estratégico <strong>Setorial</strong> - PES.<br />

Fonte: <strong>ABDI</strong>, 2009.<br />

7


1.3. Dimensões de Análise<br />

Na elaboração do relatório do Panorama <strong>Setorial</strong> foram consideradas<br />

dimensões (vetores) que compõem a base de apoio <strong>para</strong> o EPS e nortearam as<br />

pesquisas, análises e debates por meio de oficinas com especialistas:<br />

a) Mercado: Aspectos essenciais <strong>para</strong> a inserção competitiva das inovações<br />

brasileiras no mercado interno e externo, tais como: tamanho, distribuição<br />

geográfica e concorrente;<br />

b) Tecnologia: Elementos necessários <strong>para</strong> o processo de desenvolvimento<br />

tecnológico, incluindo: pesquisa e desenvolvimento, aquisição e<br />

transferência de tecnologia, geração de patentes, e tecnologias-chave<br />

<strong>para</strong> aplicações comerciais;<br />

c) Talentos: Aspectos humanos da inovação, incluindo a criação e difusão<br />

do conhecimento, considerando: educação e formação profissional;<br />

treinamento técnico e empresarial; e apoio a mão-de-obra;<br />

d) Investimentos: Dimensão financeira da inovação da produção, incluindo:<br />

investimento em P, D & I, apoio ao empreendedorismo e<br />

empreendimentos de risco, e implementação de estratégias de inovação<br />

de longo prazo;<br />

e) Infraestrutura Física: Estruturas físicas que apóiam a inovação centrada<br />

na P, D & I, Produção e Logística, incluindo redes de informação,<br />

transporte, saúde, água e energia; e<br />

f) Infraestrutura Sócio-Político-Institucional: Estruturas políticas que<br />

apóiam a inovação, incluindo: proteção à propriedade intelectual,<br />

regulação de negócios, marco legal, ações em curso, Instituições,<br />

estruturas <strong>para</strong> colaboração entre os stakeholders de inovação, incluindo<br />

elementos necessários <strong>para</strong> proteção e preservação do meio-ambiente e<br />

impactos do setor, políticas de trocas e substituição de produtos,<br />

processos considerando impacto ambiental e reciclagem.<br />

No Quadro 1 a seguir relaciona os focos de análise do EPS.<br />

8


Talentos<br />

Tecnologia<br />

Investimentos<br />

Mercado<br />

1.4. Comitê Gestor<br />

Quadro 1 - Dimensões de análise do EPS.<br />

Dimensões Subdivisão<br />

Infraestrutura Física<br />

Infraestrutura<br />

Sócio-Político-Institucional<br />

9<br />

Técnicos<br />

Empresariais<br />

Produto<br />

Processo<br />

Meio Ambiente<br />

Patentes<br />

P, D & I<br />

Produção<br />

Tamanho<br />

Distribuição Geográfica<br />

Concorrentes<br />

P, D & I<br />

Produção<br />

Energia<br />

Água<br />

Logística<br />

Marco Legal<br />

Ações em Curso (PPA)<br />

Instituições<br />

Os principais resultados do EPS de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> foram<br />

avaliados por um Comitê Gestor (CG), órgão deliberativo do EPS e instância<br />

decisória do <strong>Estudo</strong> cuja atribuição é acompanhar, referendar e aprovar os<br />

resultados apresentados nos relatórios do EPS. Sua estrutura é constituída por<br />

empresários do setor, representantes de entidades de classe, representantes de<br />

instituições governamentais ligadas ao setor industrial, agências de fomento, CGEE<br />

e <strong>ABDI</strong>.<br />

Essas instituições são: Associação Brasileira da Indústria Elétrica e<br />

<strong>Eletrônica</strong>, Fórum de Empresas Exportadoras de Tecnologia, APEX Brasil, Banco<br />

Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de<br />

<strong>Estudo</strong>s e Projetos (FINEP), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e<br />

Qualidade Industrial (INMETRO), Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI),<br />

Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e<br />

Comércio Exterior (MDIC), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e<br />

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Isso permitiu


atender aos objetivos gerais da <strong>ABDI</strong>, de articular, coordenar e promover a execução<br />

da PDP em interação com os diversos órgãos públicos e com a iniciativa privada.<br />

1.5. Principais Produtos<br />

O <strong>Estudo</strong> orienta o desenvolvimento tecnológico e a inovação, sendo estes,<br />

fatores de contribuição <strong>para</strong> uma indústria nacional mais competitiva no mercado<br />

global. Outro objetivo é gerar maior capacidade dos líderes empresariais do setor<br />

<strong>para</strong> desenvolver novas competências e estratégias que os possibilitem atingir<br />

metas específicas, organizadas no tempo. O mesmo está dividido em três etapas:<br />

Panorama <strong>Setorial</strong>, Perspectivas de Futuro e <strong>Estudo</strong> <strong>Prospectivo</strong>. A construção dos<br />

elementos prospectivos do estudo se baseia nos comentários e recomendações de<br />

especialistas do setor, obtidos por meio de oficinas de trabalho e consultas<br />

estruturadas.<br />

No Relatório de Panorama <strong>Setorial</strong> foi realizada a contextualização do estudo,<br />

por meio de uma descrição do segmento, contemplando aspectos macro-<br />

econômicos, balança comercial, dimensões do mercado, atores, cadeia produtiva do<br />

setor, certificação e normatização, gestão do setor e aspectos sócio-ambientais<br />

contendo elementos conceituais de base e definições que envolvem o setor de<br />

<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, permitindo, assim, fornecer o contexto dos eixos<br />

abordados neste panorama, direcionando o estudo aos bens de produção industrial<br />

gerado por meio da automação.<br />

No Relatório <strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong> serão apresentados os mapas de rotas<br />

estratégicas e tecnológicas que são instrumentos de apoio à decisão <strong>para</strong> a<br />

Indústria de <strong>Automação</strong> estar alinhada à PDP. Eles oferecem subsídios à formulação<br />

e implementação de programas e políticas públicas que possam vir a fortalecer a<br />

competitividade e desempenho inovador do setor em um horizonte temporal de 15<br />

anos. O mapa de rotas estratégicas contém a visão estratégica do setor e apresenta<br />

a estratégia síntese, os focos estratégicos, rede de inter-relacionamento, bem como<br />

as macro-ações por objetivos estratégicos. No mapa de rotas tecnológicas são<br />

apresentadas as tendências de futuro, os requisitos e as linhas tecnológicas e ciclos<br />

de inovação de insumos, processo e serviços. As recomendações contidas nesses<br />

mapas podem ser consideradas como rotas que organizam um conjunto de ações no<br />

10


curto, médio e longo prazo <strong>para</strong> a Indústria de <strong>Automação</strong> focalizando os segmentos<br />

de <strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária.<br />

1.6. Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é muito abrangente e pode ser<br />

direcionado <strong>para</strong> diferentes áreas de aplicação, tais como automação industrial,<br />

predial, comercial, bancária, agrícola, serviços, administração pública, entre outras.<br />

Ele está presente em diferentes níveis de atividades do homem, desde a medicina<br />

até a astronomia, ampliando a capacidade de interação com a natureza e os<br />

processos.<br />

Este setor mantém um perfil marcado pelo predomínio de empresas de médio<br />

e grande porte, mas que abrange também empresas de pequeno porte, atuando<br />

com alta tecnologia em nichos específicos, sendo classificado pela ABINEE como<br />

uma grande área do complexo eletroeletrônico. As empresas de grande porte que<br />

atuam no setor têm origem transnacional e poucas realizam atividades de P, D & I<br />

localmente.<br />

1.6.1. Entidades Representativas do Setor<br />

ABINEE <strong>–</strong> Associação Brasileira da Indústria Elétrica e <strong>Eletrônica</strong> foi fundada<br />

em Setembro de 1963 e conta atualmente com 600 empresas associadas. É uma<br />

entidade civil sem fins econômicos que representa o complexo eletroeletrônico do<br />

Brasil, englobando as seguintes áreas de atuação com suas respectivas Diretorias:<br />

<strong>Automação</strong> Industrial: equipamentos <strong>para</strong> controle e supervisão de<br />

processos, manufatura, integradores de sistemas, controladores lógicos e<br />

numéricos, instrumentos de medição de grandezas elétricas e não<br />

elétricas, sensores, equipamentos de alarme e segurança, equipamentos<br />

eletroeletrônicos <strong>para</strong> uso médico-hospitalar, entre outros;<br />

Componentes Elétricos e Eletrônicos: resistores, capacitores,<br />

transformadores <strong>para</strong> eletrônica, chaves, alto falantes, conectores,<br />

cinescópios, diodos, transistores, circuitos integrados, circuitos impressos,<br />

laminados, entre outros;<br />

11


Equipamentos Industriais: componentes <strong>para</strong> máquinas e equipamentos,<br />

seccionadores de baixa tensão, comutadores, chaves fim-de-curso,<br />

botoeiras, contatores, relés, chaves de partida, conectores elétricos,<br />

equipamentos elétricos <strong>para</strong> atmosfera explosiva, acionamentos estáticos,<br />

retificadores, fornos elétricos, motores elétricos, geradores, entre outros;<br />

Geração Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica: chaves<br />

seccionadoras, disjuntores, turbogeradores, hidrogeradores,<br />

transformadores, relés de proteção, ferragens e conectores <strong>para</strong><br />

transmissão e distribuição, medidores <strong>para</strong> eletricidade, capacitores e<br />

banco de capacitores, painéis elétricos de baixa, média e alta tensão, entre<br />

outros;<br />

Informática: Computadores, periféricos e acessórios, sistemas de energia<br />

ininterrupta, estabilizadores, entre outros;<br />

Material Elétrico de Instalação: interruptores, plugues, tomadas, disjuntores<br />

de baixa tensão, fusíveis, reatores, ignitores, chuveiros, caixas de<br />

derivação e passagem, quadros de distribuição, equipamentos de<br />

iluminação, fios, cabos e agregados, entre outros;<br />

Serviço de Manufatura em <strong>Eletrônica</strong>: segmentos de terceirização do<br />

processo de montagem de placas de circuito impresso, fabricando,<br />

montando e testando sistemas eletrônicos e produtos completos, que são<br />

utilizados em computadores, telefones celulares, carregadores de celular,<br />

eletrônica de consumo, leitores magnéticos, placas de estação de rádio<br />

base, entre outros;<br />

Equipamentos de Segurança <strong>Eletrônica</strong>: equipamentos eletroeletrônicos,<br />

acessórios e integração de sistemas de segurança patrimonial, pessoal,<br />

veicular e de combate a incêndio, entre outros;<br />

Telecomunicações: equipamentos de força <strong>para</strong> telecomunicações,<br />

acessórios e cabos <strong>para</strong> telecomunicações, equipamentos de comutação<br />

pública e privada, equipamentos de transmissão e comunicação de dados,<br />

terminais de telecomunicações, sistemas de telefonia celular,<br />

equipamentos de radiocomunicação e radiodifusão, entre outros; e<br />

12


Utilidades Domésticas: eletrodomésticos portáteis e de linha branca,<br />

ferramentas elétricas manuais, aparelhos de áudio e vídeo, eletroeletrônica<br />

embarcada, entre outros;<br />

Áreas temáticas <strong>para</strong> dar suporte às Diretorias das áreas, aos grupos<br />

setoriais e aos grupos de trabalho: Economia; Jurídica; Pequenas e Médias<br />

Empresas; Relações Governamentais; Relações Internacionais; Responsabilidade<br />

Socioambiental; e Tecnologia e Política Industrial;<br />

Atua em âmbito nacional, tendo o escritório central em São Paulo e as<br />

seguintes regionais: Distrito Federal <strong>–</strong> Brasília; Minas Gerais <strong>–</strong> Belo Horizonte;<br />

Nordeste <strong>–</strong> Recife; Paraná e Santa Catarina <strong>–</strong> Curitiba; Rio de Janeiro e Espírito<br />

Santo <strong>–</strong> Rio de Janeiro; e Rio Grande do Sul <strong>–</strong> Porto Alegre.<br />

Missão: Assegurar o desenvolvimento competitivo no complexo<br />

eletroeletrônico do país, a defesa dos seus legítimos interesses e sua integração à<br />

comunidade.<br />

Segundo levantamento da ABINEE/SINAEES existe 427 empresas no Brasil<br />

atuantes no setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> em 2009 (Anexo XII), distribuídas<br />

nos segmentos de <strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária, onde 180<br />

destas empresas são associadas à ABINEE/SINAEES, com distribuição geográfica<br />

apresentada no Gráfico 1, e atuantes nos segmentos de <strong>Automação</strong> Industrial,<br />

Predial, Comercial e Bancária, mostrada no Gráfico 2. Entretanto, no subitem 4.2.2.2<br />

<strong>–</strong> Os Números do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é apresentado um conjunto<br />

de informações da ABINEE e IBGE referentes à produção de equipamentos,<br />

máquinas, softwares e serviços utilizados neste setor que demonstram a importância<br />

crescente no sistema produtivo nacional. Esses dados são da PIA Empresa<br />

(Pesquisa Industrial Anual do IBGE) e confirmam que há um maior número de<br />

empresas nessa atividade <strong>–</strong> em 2007 (último ano disponível) a quantidade de<br />

empresas cuja atividade principal restringia-se ao desenvolvimento de produtos <strong>para</strong><br />

automação industrial era de 3.835.<br />

Uma questão relevante é que as instituições do Brasil que processam dados<br />

do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> (ABINEE, IBGE e FEBRABAN) não<br />

consideram a segmentação tratada neste estudo: industrial, predial, comercial e<br />

bancária. Essas instituições consideram as empresas como tendo representatividade<br />

13


nas áreas industrial, elétrica e eletrônica, geração de energia e/ou informática e<br />

outras. Assim, os dados são em sua grande parte mascarados ou encapsulados de<br />

maneira diferente dos dados tratados neste estudo.<br />

RJ 5%<br />

MG 6%<br />

PR 6%<br />

SC 2%<br />

RS 11%<br />

DF 1%<br />

CE, DF 1%<br />

14<br />

BA 1%<br />

MA, BA, PE, ES<br />

< 1%<br />

SP 66%<br />

Gráfico 1 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica de Empresas da Indústria de <strong>Automação</strong> no Brasil.<br />

Predial +<br />

Industrial 10%<br />

Bancária<br />

6%<br />

Comercial<br />

2%<br />

Predial<br />

18%<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Comercial +<br />

Bancária 4%<br />

Todas 2%<br />

Industrial<br />

58%<br />

Gráfico 2 - Distribuição de Segmentos de Atuação de Empresas em <strong>Automação</strong> no Brasil.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.


FEET <strong>–</strong> Fórum de Empresários Exportadores de Tecnologia: Representa os<br />

interesses particulares das empresas nacionais de base tecnológica e controle<br />

acionário nacional de maneira complementar as entidades de classe existentes. O<br />

FEET é um fórum de referência perante a sociedade e o governo brasileiro das<br />

empresas brasileiras de base tecnológica, com real poder de articulação de<br />

estratégias e políticas, atuando e interagindo no processo de: Interface política;<br />

Comunicação; Desenvolvimento do mercado doméstico; Promoção comercial no<br />

mercado internacional; Compras governamentais; e Rede de empresas <strong>para</strong><br />

negócios.<br />

Missão: A principal missão do FEET é articular a indústria brasileira de base<br />

tecnológica, buscando seu crescimento e melhorando a competitividade e o<br />

desenvolvimento social do Brasil, obedecendo aos seguintes princípios:<br />

Conhecimento tecnológico e capacidade de inovação são essenciais ao<br />

crescimento e a competitividade econômica do Brasil;<br />

O fortalecimento das empresas brasileiras de base tecnológica aumenta a<br />

competitividade internacional do país;<br />

Para ocupar papel de destaque no cenário mundial, como exportador de<br />

bens e serviços com tecnologia agregada, o Brasil precisa sediar os ativos<br />

tecnológicos das empresas; e<br />

O domínio tecnológico gera valor econômico diferenciado e eleva o<br />

desenvolvimento humano da sociedade.<br />

Atualmente o grupo FEET conta com 35 empresas concentradas em grande<br />

peso nos estados do Rio Grande Sul, São Paulo e Minas Gerais, mas com<br />

representantes praticamente em todos os Estados do Brasil conforme mostra o<br />

Gráfico 3. Essas empresas atuam no setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>,<br />

distribuídas nos segmentos de <strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária<br />

conforme mostra o Gráfico 4. No Anexo I são apresentadas a relação dessas<br />

empresas, linhas de produtos, e respectivas áreas de atuação.<br />

15


Gráfico 3 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem o FEET.<br />

Comercial 4%<br />

Predial 27%<br />

Bancária 13%<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

16<br />

Industrial 56%<br />

Gráfico 4 - Distribuição de Segmentos de Atuação das Empresas que constituem o FEET.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

IPD Eletron - Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do<br />

Complexo Eletroeletrônico e Tecnologia da Informação é uma entidade civil de<br />

direito privado sem fins econômicos, com autonomia patrimonial, administrativa e<br />

financeira, constituído pela ABINEE, cuja principal missão é estimular a pesquisa, o<br />

desenvolvimento e a cultura da inovação no complexo eletroeletrônico, mediante a<br />

interação entre empresas e instituições de P, D & I, a dinamização das redes<br />

tecnológicas e o apoio à captação de recursos, promovendo o desenvolvimento<br />

tecnológico do complexo eletroeletrônico a fim de aumentar sua competitividade<br />

internacional.


1.6.2. A <strong>Automação</strong> no Contexto do Complexo Eletroeletrônico<br />

O complexo eletroeletrônico brasileiro engloba atividades nos seguintes<br />

segmentos: indústria de transformação; integração de sistemas; produção de<br />

software de aplicação destinado especificamente ao setor; prestação de serviços de<br />

utilidade pública nas áreas de energia elétrica e de telecomunicações; e outras<br />

atividades correlatas. O setor eletroeletrônico, segundo a ABINEE, engloba as<br />

seguintes áreas de atuação:<br />

<strong>Automação</strong> Industrial;<br />

Componentes Elétricos e Eletrônicos;<br />

Equipamentos Industriais;<br />

Geração Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica;<br />

Informática;<br />

Material Elétrico de Instalação;<br />

Serviço de Manufatura em <strong>Eletrônica</strong>;<br />

Equipamentos de Segurança <strong>Eletrônica</strong>;<br />

Telecomunicações; e<br />

Utilidades Domésticas.<br />

A Indústria de <strong>Automação</strong> é estratégica no setor eletroeletrônico e na malha<br />

produtiva nacional, por se tratar de uma área de intenso e constante avanço<br />

tecnológico e pelo seu caráter de racionalizar e inovar processos de produção e,<br />

consequentemente, melhorar a qualidade dos produtos. Os produtos da área de<br />

<strong>Automação</strong> condicionam as operações e a eficiência dos segmentos da economia. É<br />

preciso destacar, que algumas empresas do setor eletroeletrônico são fornecedoras<br />

de outras empresas, como é o caso das empresas de automação (peças e<br />

equipamentos de automação industrial), empresas de componentes e de materiais<br />

de instalação.<br />

Os gráficos apresentados a seguir constatam as informações sobre<br />

faturamento, exportações e importações do setor eletroeletrônico, evidenciando a<br />

participação do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial: Faturamento (Gráfico 5),<br />

Exportações de produtos (Gráfico 6) e Importações de produtos (Gráfico 7).<br />

17


Daqui <strong>para</strong> o ano de 2024, deseja-se muito mais que um crescimento<br />

acelerado, mas construir uma trajetória de desenvolvimento que contemple, ao<br />

mesmo tempo, crescimento e mudança estrutural, considerando que o déficit<br />

comercial externo é grande e provoca repercussões negativas não só no próprio<br />

setor, mas nas contas externas da economia brasileira em seu conjunto.<br />

Telecomunicações<br />

(17%)<br />

Material de<br />

Instalação (7%)<br />

Utilidades<br />

Domésticas<br />

(12%)<br />

Informática<br />

(28%)<br />

18<br />

<strong>Automação</strong><br />

Industrial (3%)<br />

Componentes<br />

(8%)<br />

Equip.<br />

Industriais<br />

(15%)<br />

GTD (10%)<br />

Gráfico 5 - Faturamento do Complexo Eletroeletrônico.<br />

Telecomunicações<br />

(26%)<br />

Material de<br />

Instalação (3%)<br />

Informática (3%)<br />

Utilidades<br />

Domésticas (11%)<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

GTD (9%)<br />

<strong>Automação</strong><br />

Industrial (3%)<br />

Equip. Industriais<br />

(12%)<br />

Componentes<br />

(33%)<br />

Gráfico 6 - Exportações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.


Telecomunicações<br />

(10%)<br />

Material de<br />

Instalação<br />

(3%)<br />

Informática<br />

(7%)<br />

GTD (1%)<br />

Equip. Industriais<br />

(9%)<br />

Utilidades<br />

Domésticas (7%)<br />

<strong>Automação</strong><br />

Industrial (7%)<br />

Componentes<br />

(56%)<br />

Gráfico 7 - Importações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico.<br />

1.6.2.1. Complexo Eletroeletrônico<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Convencionalmente, a indústria eletroeletrônica está inserida no setor<br />

secundário da economia que transforma produtos naturais produzidos pelo setor<br />

primário em produtos de consumo, ou em máquinas industriais (produtos a serem<br />

utilizados por outros estabelecimentos do setor secundário).<br />

A bem da verdade, a indústria eletroeletrônica compõe a indústria de<br />

transformação porque além de modificar produtos primários em bens secundários,<br />

modifica produtos secundários (principalmente máquinas e equipamentos) em algo<br />

mais avançado, incorporando maior agilidade, produtividade e precisão nessas<br />

máquinas e/ou equipamentos. Poder-se-ia dizer que o setor eletroeletrônico,<br />

principalmente o eletrônico, constitui um ―secundário avançado‖.<br />

Esse complexo eletroeletrônico apresenta participações econômicas,<br />

industriais e na balança comercial relevantes nos países mais desenvolvidos. É<br />

neste setor que a matéria-prima é transformada em um produto manufaturado<br />

utilizado na Indústria de <strong>Automação</strong>, existindo grande utilização do fator capital,<br />

sendo verdadeiro e mais notado nos segmentos que são eletromecânicos intensivos.<br />

A indústria elétrica e eletrônica agrega uma série de componentes elétricos,<br />

eletrônicos, componentes de automação e eletromecânicos, possibilitando assim,<br />

aos equipamentos mecânicos, maior precisão e desempenho.<br />

A automação de processos transforma também matérias-primas em produtos<br />

industrializados e por constituir um setor secundário avançado, também está inserida<br />

19


no setor primário (agroindústria e agronegócios) e no setor terciário (comércio,<br />

bancos e serviços) com a posição que cada atividade normalmente está na cadeia<br />

de produção e consumo.<br />

Além da transformação industrial ele envolve a produção mineral, construção<br />

civil e indústria de transformação, além dos fatores de localização, industrialização,<br />

capital, matéria-prima, energia, mão-de-obra, mercado consumidor e meios de<br />

transporte.<br />

A indústria de transformação pode ser dividida em dois grandes grupos:<br />

a) Indústria de bens de produção, também denominadas indústria de base ou<br />

indústria pesada; e<br />

b) Indústria de bens de consumo, dividida em bens duráveis e bens não<br />

duráveis.<br />

O complexo eletroeletrônico brasileiro engloba atividades nos seguintes<br />

segmentos: produção de máquinas, equipamentos, dispositivos e componentes<br />

elétricos e eletrônicos; indústria de transformação; integração de sistemas; produção<br />

de software de aplicação destinado especificamente ao setor; bens de informática e<br />

de telecomunicações; prestação de serviços de utilidade pública nas áreas de<br />

energia elétrica e de telecomunicações; e outras atividades correlatas.<br />

As empresas do complexo eletroeletrônico instaladas no país atuam na<br />

produção de bens de capital, bens de consumo e componentes. De acordo com a<br />

organização da ABINEE, essas empresas encontram-se internamente distribuídas<br />

em áreas de coordenação, criadas com o objetivo de aglutinar empresas por família<br />

de produtos.<br />

É preciso destacar, que empresas do setor elétrico e eletrônico são<br />

fornecedoras de outras empresas e de outros setores produtivos e, principalmente<br />

as empresas de automação, com a prestação de serviços e fornecimento de partes,<br />

peças e equipamentos, contribuem <strong>para</strong> o desenvolvimento e atualização<br />

tecnológica.<br />

20


1.6.2.2. Fatores de Competitividade do Setor<br />

O sistema da globalização requer que as empresas sejam pró-ativas no<br />

mercado em que atuam <strong>para</strong> criar um diferencial competitivo, de maneira a reduzir<br />

custos de produção, aumentar a qualidade e ganhar agilidade, exigindo a otimização<br />

do processo produtivo; utilização intensa de tecnologias de integração; técnicas de<br />

modelagem; simulação; monitoramento e controle; estratégias claramente definidas;<br />

apoio dos agentes governamentais; integração com instituições de ciência e<br />

tecnologias; integração com fornecedores; utilização de padrões; aplicação de<br />

normas, padrões e certificações; integração com os clientes; cumprimento das<br />

recomendações de pós-venda.<br />

Segundo Porter (1992), a vantagem competitiva deve ser analisada de forma<br />

desagregada, e não com um enfoque generalizado dentro de uma empresa, pois<br />

cada atividade contribui <strong>para</strong> os custos relativos, além de criar oportunidades <strong>para</strong> a<br />

diferenciação. Esta diversificação pode ter origem na compra de matéria-prima de<br />

alta qualidade, em um sistema ágil de atendimento a clientes, entre outros aspectos<br />

que são susceptíveis a mudanças, com o objetivo de agregar valor ao produto final.<br />

O valor significa o montante cujos compradores estão dispostos a pagar pelo que a<br />

empresa oferece e deve ser usado na posição competitiva, pois, geralmente, as<br />

empresas aumentam seus custos <strong>para</strong> impor um ―preço-prêmio‖, decorrente da<br />

diferenciação.<br />

O conceito de competitividade é objeto de percepção autoral. Como base<br />

deste estudo, torna-se imprescindível considerar os principais fatores de<br />

competitividade do setor. Freyssenet (1992) aponta os seguintes:<br />

Desempenho das exportações industriais: a partir do aumento de<br />

competitividade e seus efeitos sobre o comércio externo, sendo<br />

competitivas as indústrias que ampliam sua participação na oferta<br />

internacional de determinados produtos. Este conceito é abrangente, pois<br />

alcança as condições de produção e outros fatores inibidores ou<br />

facilitadores das exportações, tais como: políticas cambiais e comerciais,<br />

eficiência de canais de comercialização e de sistemas de financiamento,<br />

acordos internacionais, estratégias inter companies, entre outros; e<br />

21


os seguintes:<br />

Eficiência: noção que traduz a ―capacidade de um país de produzir<br />

determinados bens igualando ou superando os níveis de eficiência<br />

observáveis em outras economias‖, restringindo-se às condições da<br />

produção.<br />

As formas de avaliação da competitividade, sob o conceito de eficiência, são<br />

Preço e qualidade, em que, analisando-se os diferenciais entre preços<br />

internacionais e os de um país específico, competitivas seriam as indústrias<br />

que obtivessem preços abaixo dos internacionais. Algumas vezes, o preço<br />

é decorrente da variação da qualidade;<br />

Tecnologia, em que o nível de atualização tecnológica acarreta aumento<br />

da capacidade e da eficiência produtiva, conferindo vantagens ao processo<br />

produtivo;<br />

Salários, sob a visão de que baixos salários industriais conferem<br />

competitividade à produção;<br />

Produtividade, tomada a premissa de que o aumento da produtividade em<br />

determinada indústria de um país, em relação à mesma indústria em países<br />

concorrentes, está correlacionado com aumento de competitividade; e<br />

Condições gerais de produção, em que são conjugados os diversos<br />

aspectos envolvidos (por exemplo: custo relativo dos recursos locais,<br />

tecnologia de produção, capacitação técnica, P, D & I, entre outros).<br />

Considera-se, então, a definição de competitividade de Freyssenet (1992):<br />

―capacidade de uma indústria (ou empresa) de produzir mercadorias com padrões<br />

de qualidade específicos, requeridos por mercados determinados, utilizando<br />

recursos em níveis iguais ou inferiores aos que prevalecem em indústrias<br />

semelhantes no resto do mundo, durante certo período‖. Esta conceituação permite<br />

que tanto indicadores quantitativos quanto qualitativos devam ser tomados em<br />

consideração <strong>para</strong> a análise da competitividade.<br />

Na evolução do conceito, competitividade é definida como ―a capacidade da<br />

empresa de formular e implementar estratégias concorrenciais que lhe permitam<br />

22


ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado‖<br />

(SHIROMA, 1993), baseado na dinâmica do processo de concorrência.<br />

A imprecisão da conceituação deve-se, em parte, aos próprios fatores<br />

determinantes da competitividade, que podem ser agrupados em:<br />

Empresariais: internos à empresa, que sobre elas detêm poder de<br />

decisão e controle;<br />

Estruturais: referentes à indústria/complexo industrial, que sobre elas<br />

tem capacidade de intervenção limitada pela concorrência, de caráter<br />

setor-específico; e<br />

Sistêmicos: externalidades sobre as quais o poder de intervenção é<br />

pouco ou nulo: macroeconômicos, político-institucionais, legais-<br />

regulatórios, de infraestrutura, sociais e internacionais.<br />

1.7. Caracterização da Indústria de <strong>Automação</strong><br />

Dentre os principais fatores que caracterizam a estrutura industrial deste setor<br />

destacam-se:<br />

a) O predomínio de empresas de médio e grande porte operando em<br />

diferentes nichos de mercado;<br />

b) A busca constante por novas tecnologias na fronteira do conhecimento e,<br />

portanto, forte interação com o setor de informática e de produção de<br />

sistemas dedicados;<br />

c) Preocupação constante com bens mais sustentáveis e preservação do<br />

meio ambiente;<br />

d) Crescimento acelerado do aproveitamento residual, tanto no que se refere<br />

ao processo produtivo, quanto posteriormente ao processo produtivo; e<br />

e) A crescente importância do design como fator de competitividade e de<br />

agregação de valor à produção.<br />

23


As empresas de automação no Brasil de médio e grande porte em sua<br />

maioria são de capital estrangeiro.<br />

Por outro lado, destaca-se a falta de políticas mais avançadas e inovadoras<br />

de recursos humanos, na formação de mão-de-obra qualificada <strong>para</strong> o processo<br />

produtivo, bem como na pre<strong>para</strong>ção de mão-de-obra <strong>para</strong> atuar como prestadores<br />

de serviços mais eficazes e eficientes.<br />

O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresenta uma alta participação de<br />

segmentos de serviços, que são aqueles oriundos da formação de base do processo<br />

produtivo de eletroeletrônicos e suas áreas afins, como diversos prestadores de<br />

serviços envolvidos com vendas, instalação, conserto e manutenção. Este setor<br />

apresenta também um elevado grau de verticalização ao longo do processo<br />

produtivo. As empresas, em sua grande maioria, atuam em diferentes estágios ao<br />

longo da cadeia produtiva.<br />

Nos últimos anos, o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> evoluiu<br />

consideravelmente, buscando se adequar ao novo contexto de competição mundial<br />

de equipamentos mais sofisticados, mais acessíveis e ecologicamente corretos por<br />

meio da inovação tecnológica. A automação está intrinsecamente ligada aos<br />

avanços tecnológicos no setor produtivo das diferentes empresas. Existe uma<br />

interação permanente entre fabricantes e clientes <strong>para</strong> a adequação dos produtos e<br />

serviços às necessidades dos usuários, levando em conta sempre os avanços<br />

tecnológicos que ocorrem no mercado globalizado. Destaca-se a crescente inovação<br />

tecnológica nos processos produtivos e na utilização da automação industrial, passo<br />

determinante <strong>para</strong> o desenvolvimento de novos produtos, proporcionando maior<br />

valor agregado à produção.<br />

Mesmo na fabricação de produtos na fronteira tecnológica do conhecimento,<br />

existe a necessidade do emprego de mão-de-obra no detalhamento do projeto, no<br />

processo produtivo, na montagem, aferição e/ou testes.<br />

Com o avanço tecnológico e científico, o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

vem buscando alterar seu processo produtivo, utilizando novos tipos de matéria-<br />

prima, mais econômicos e sustentáveis do ponto de vista ambiental.<br />

24


1.8. Tendências Tecnológicas em <strong>Automação</strong><br />

A <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é um setor bastante afetado pelas crises<br />

econômicas, uma vez que as incertezas quanto ao futuro e as recessões<br />

econômicas impactam diretamente os novos investimentos, tanto em novas plantas<br />

industriais como na modernização das indústrias já existentes que demandam<br />

produtos de automação. Por outro lado, o acirramento do processo competitivo<br />

estimula a busca permanente de novas rotas <strong>para</strong> o desenvolvimento industrial. Em<br />

alguns casos, são utilizadas salas limpas <strong>para</strong> assegurar a fabricação de<br />

componentes eletrônicos principalmente na área de semicondutores <strong>para</strong> atender<br />

demandas específicas. Na automação industrial, é importante uma permanente<br />

inovação tecnológica <strong>para</strong> acompanhar a fronteira tecnológica dos produtos a serem<br />

fabricados e serviços atrelados <strong>para</strong> atender a demanda cada vez mais exigente dos<br />

diferentes clientes, acompanhando os avanços que estão sendo realizados nos<br />

países mais industrializados.<br />

O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> se caracteriza por volumes<br />

relativamente pequenos de produção e uma grande variedade de aplicações, e<br />

tipicamente utiliza novas tecnologias desenvolvidas <strong>para</strong> outros mercados, onde os<br />

fornecedores tendem a customizar equipamentos e sistemas <strong>para</strong> necessidades<br />

específicas, tornando a inovação mais orientada <strong>para</strong> aplicações do que<br />

propriamente <strong>para</strong> a geração de novas tecnologias. Os sistemas de automação<br />

tendem a ser flexíveis e eficientes e cada vez mais abertos <strong>para</strong> diferentes<br />

aplicações (como exemplo, pode-se citar o caso do Controlador Programável<br />

Industrial).<br />

Dentro do cenário futuro da Indústria de <strong>Automação</strong>, especialistas prevêem<br />

uma inflexão na trajetória tecnológica que poderá gerar um crescimento explosivo no<br />

processo de inovação, com base em tecnologias de fronteira.<br />

Consequentemente, os conceitos de automação poderão ser ampliados<br />

utilizando-se diferentes tecnologias e, dentre elas, pode-se vislumbrar o fim do ciclo<br />

do silício com a vinda da bioautomação, biotecnologia, nanotecnologia, micro-<br />

electro-mechanical systems (MEMS), comunicações neurais, lógica DNA,<br />

biomateriais, biocomputador, biochip, memória holográfica, proteômica, novos<br />

25


materiais e TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), que deverão se inserir<br />

cada vez mais no contexto dos projetos em automação. (fonte)<br />

A visão idealizada da fábrica do futuro envolve plantas totalmente<br />

automatizadas, contando com dispositivos robóticos inteligentes capazes de atender<br />

rapidamente uma ampla gama de clientes on-line demandando produtos<br />

customizados. O desenvolvimento recente das comunicações e informática dá<br />

suporte a esta visão através da integração de múltiplos sensores, redes sem fio em<br />

banda larga, softwares de diagnóstico com sistemas especialistas, interfaces<br />

flexíveis, permitem o controle centralizados de operações dispersas e acesso a<br />

mecanismos hierárquicos e automáticos de tomada de decisão e correção de erros.<br />

Como principais tendências tecnológicas podem ser citados alguns exemplos:<br />

Sensores nanométricos de baixo custo poderão medir praticamente tudo e<br />

redes de máquinas interligadas através da internet;<br />

Novos softwares aplicativos deverão ser embarcados em minúsculos<br />

sensores sem fio e distribuídos <strong>para</strong> redes complexas de sistemas<br />

adaptativos, permitindo a coordenação de operações em diferentes partes<br />

do mundo; e<br />

As fábricas se tornarão altamente reconfiguráveis (atuadores, sensores,<br />

redes, softwares e outros) e flexíveis viabilizando a rápida adaptatividade<br />

de novos produtos.<br />

Por outro lado, as principais tendências da Indústria de <strong>Automação</strong> da<br />

manufatura é a agregação de valor e novos conhecimentos ao produto, por meio da:<br />

Descentralização da indústria, que não será mais concentrada em poucos<br />

países considerados industrializados <strong>para</strong> se espalhar em diferentes<br />

regiões;<br />

Redução de tamanho das grandes fábricas, tornando-as móveis,<br />

acompanhando a disponibilidade de recursos produtivos e as<br />

necessidades de clientes; e<br />

Inovação continua das empresas fornecedoras de equipamentos e<br />

sistemas de modo a atender globalmente seus clientes através da<br />

customização e serviços avançados.<br />

26


1.9. Conclusões e Recomendações<br />

A implementação de uma estratégia de desenvolvimento da Indústria de<br />

<strong>Automação</strong> é crucial <strong>para</strong> que se construa uma trajetória de longo prazo renovada,<br />

na direção da maior autonomia tecnológica e do aumento do valor agregado pela<br />

indústria local, reconhecendo seu valor estratégico <strong>para</strong> o desenvolvimento nacional.<br />

A construção dessa nova realidade demanda elevada coordenação política<br />

<strong>para</strong> aprimoramento dos mecanismos já existentes e mobilização dos agentes <strong>para</strong><br />

a construção dos instrumentos que ainda se mostram necessários. Nesse sentido,<br />

os agentes do governo e a iniciativa privada precisam trabalhar juntos na elaboração<br />

das prioridades e no detalhamento dos mecanismos de incentivos <strong>para</strong> que o<br />

objetivo comum seja alcançado no horizonte temporal delimitado neste estudo<br />

(2009-2024).<br />

Um aspecto fundamental <strong>para</strong> o sucesso deste estudo é que todos os<br />

envolvidos se responsabilizem pela consolidação de um novo ambiente institucional<br />

e <strong>para</strong> que suas recomendações, uma vez estabelecidas, sejam efetivamente<br />

implementado, mantendo coerência, estabilidade e adaptabilidade a médio e longo<br />

prazo, articulando o desenvolvimento da Indústria de <strong>Automação</strong>.<br />

A partir do desenvolvimento deste Panorama e utilizando como referência o<br />

estudo ―A indústria Elétrica e <strong>Eletrônica</strong> em 2020: Uma estratégia de<br />

Desenvolvimento‖ elaborada pela LCA Consultores (ABINEE, 2009), pode-se<br />

concluir que:<br />

A Indústria de <strong>Automação</strong> é de extrema importância <strong>para</strong> a economia<br />

brasileira, uma vez que não só produz bens, como também constitui uma<br />

importante base de desenvolvimento tecnológico, impulsionando<br />

mudanças continuas nos processos de produção e desenvolvimento de<br />

novos produtos;<br />

As condições da oferta de produtos do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> acabam condicionando as operações e a eficiência de outros<br />

segmentos da economia, além de gerar, diretamente, oportunidade de<br />

emprego <strong>para</strong> mão-de-obra qualificada;<br />

27


É um setor que tem apresentado taxas anuais de crescimento elevada,<br />

entretanto, o desempenho recente apresenta uma estrutura dependente<br />

de importações de componentes e de produtos finais, marcada pela<br />

desindustrialização e com redução da agregação de valor local (o déficit<br />

do setor eletroeletrônico foi de 1,4% do PIB em 2008);<br />

É imprescindível, não apenas continuar crescendo de forma intensa, mas<br />

é fundamental a alteração da estrutura atual, onde a visão de 2024 é<br />

construir uma Indústria de <strong>Automação</strong> com maior autonomia tecnológica,<br />

com o segmento doméstico de componentes competitivo<br />

internacionalmente, consolidando o Brasil como player efetivo do mercado<br />

internacional, com crescimento significativo do PIB (superior a 7%);<br />

O governo deve canalizar recursos e esforços <strong>para</strong> implementar uma<br />

estratégia da Indústria de <strong>Automação</strong>, o que demanda elevada<br />

coordenação política e atuação conjunta entre os agentes do governo e a<br />

iniciativa privada;<br />

Direcionamento do poder de Compra do Estado <strong>para</strong> potencializar a<br />

demanda interna de produtos da indústria de <strong>Automação</strong>. As entidades<br />

públicas e as empresas de economia mista, nas licitações nacionais e/ou<br />

internacionais por elas realizadas, devem dar preferência a:<br />

i. Produtos fabricados no país com tecnologia nacional, reconhecidos<br />

pela Secretaria de Política de Informática (SEPIN) do MCT;<br />

ii. Serviços associados aos mesmos produtos; e<br />

iii. Criação de financiamentos diferenciados com características indutoras<br />

à compra de produtos com tecnologia nacional e serviços associados.<br />

Deve ser destacado o desenvolvimento de projetos em TI verde, que<br />

considerem a redução no custo com energia e ações de sustentabilidade, além da<br />

criação de projetos de preservação de áreas e legislação específica sobre o decarte<br />

correto de lixo eletrônico e resíduo.<br />

Segundo proposta elaborada no projeto TI-Verde (CONIP, 2008), divulgado<br />

pela ABINEE durante o CONIP 2008 (Congresso de Informática Pública),<br />

28


ecomenda-se a reativação da Câmara Ambiental de Material Elétrico, Eletrônico e<br />

de Comunicação da CETESB, com o objetivo de criar uma legislação específica<br />

sobre o lixo eletrônico. A Câmara também poderá contribuir com a promoção de<br />

parcerias que viabilizem campanhas de educação ambiental de conscientização da<br />

população, sobre a necessidade do descarte correto deste tipo de resíduo.<br />

Sem a crise, o saldo negativo da balança comercial da indústria elétrica e<br />

eletrônica estaria crescendo quase geometricamente e com esse ritmo, se nada for<br />

feito pelo governo e iniciativa privada, o país terá muitas dificuldades de suportar<br />

este déficit (em 2020, seria atingido um déficit de mais de US$ 50 bilhões). Isto é<br />

provocado principalmente pela importação crescente de componentes eletrônicos e<br />

em particular pela importação de semicondutores, o que nos levaria a necessidade<br />

de ações extremamente urgentes <strong>para</strong> melhorar o desempenho das exportações da<br />

indústria elétrica e eletrônica e diminuir sensivelmente as importações. Em particular,<br />

este esforço também tem de ser concentrado na área de <strong>Automação</strong> Industrial <strong>para</strong><br />

que se torne um player no mercado internacional. Um cenário desejável <strong>para</strong> a<br />

Indústria de <strong>Automação</strong> em 2020 (ABINEE, 2009) é apresentado na Tabela 1:<br />

Tabela 1 <strong>–</strong> Cenário Desejável <strong>para</strong> a Indústria de <strong>Automação</strong> em 2020.<br />

Valores Correntes (R$ milhões) 2008 2020<br />

Faturamento 3.446 20.454<br />

Consumo Aparente 7.051 25.237<br />

Exportações 576 5.312<br />

Importações 4.182 10.095<br />

Indicadores de comércio externo 2008 2020<br />

Importações / Consumo aparente 59,3 40,0<br />

Exportações / Faturamento 16,7 26,0<br />

Saldo Comercial (US$ milhões) -1.962 -2.194<br />

Saldo Comercial (% do PIB) -0,1 -0,1<br />

Faturamento (% do PIB) 0,1 0,3<br />

Fonte: ABINEE, 2009 (LCA Consultores Associados).<br />

* Consumo aparente = faturamento + importação <strong>–</strong> exportação<br />

Pelo exposto, constatou-se a importância da Indústria de <strong>Automação</strong> na<br />

modernização do parque fabril dos diferentes setores industriais do país,<br />

29


considerando a sua importância como gerador de riqueza, gerador de empregos<br />

qualificados, melhora sensível da competitividade das empresas pela atualização<br />

tecnológica e pelos impactos favoráveis com relação ao meio ambiente, bem como<br />

melhoria da qualidade de vida dos nossos cidadãos; e contribui de maneira<br />

sustentável <strong>para</strong> o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental do nosso país.<br />

30


2. Introdução<br />

O complexo eletroeletrônico faz parte da cadeia industrial, onde uma atividade<br />

humana, através do trabalho, transforma matéria-prima em outros produtos,<br />

comercializados a seguir dentro de um processo produtivo.<br />

Normalmente, a automação diminui os custos e aumenta a qualidade e a<br />

velocidade da produção, pois aplica técnicas computadorizadas ou mecânicas de<br />

controle onde os mecanismos verificam seu próprio funcionamento, efetuando<br />

medições e introduzindo correções, sem a necessidade da interferência do homem.<br />

Assim, diminui o uso de mão-de-obra em qualquer processo.<br />

Há alguns anos, a automação referia-se apenas a um processo de<br />

mecanização, ou seja, estava associada diretamente a necessidade do usuário,<br />

responsável pelo comando e o controle, a ferramenta ou dispositivo, a máquina, que<br />

o auxiliava e complementava. Entretanto, a necessidade de ampliar as capacidades<br />

humanas direcionou o homem <strong>para</strong> a procura de dispositivos que pudessem<br />

processar as informações do ambiente, e agir sobre o mesmo. Surge o conceito de<br />

automação de máquinas e processos, baseada na menor dependência da<br />

capacidade sensorial e decisória do operador, direcionando a substituição da ação<br />

humana de controle.<br />

Nos dias atuais a presença da automação na economia global é crescente e<br />

ultrapassou as fronteiras das instalações industriais. O esforço diário de conjugação<br />

de dispositivos automáticos com ferramentas organizacionais e matemáticas tem<br />

levado à criação de sistemas complexos aplicáveis às várias atividades humanas.<br />

Assim, não somente a manufatura e processos industriais vêm sendo<br />

automatizados, como também muitos serviços de infraestrutura, os escritórios,<br />

prédios, residências e, até mesmo, cidades.<br />

Algumas atividades ainda não podem ser totalmente automatizadas,<br />

considerando a superioridade existente entre a capacidade humana e a sua<br />

simulação através de uma máquina. É o caso, por exemplo, da capacidade de<br />

discriminação de um olho ou de um ouvido e do reconhecimento de padrões,<br />

inclusive o reconhecimento de fala. Nos dias atuais, o desenvolvimento de sensores<br />

31


inteligentes e sistemas que aprendem representam importantes áreas de<br />

investigação e pesquisa.<br />

A complexidade crescente dos sistemas de automação, associada à<br />

necessidade constante de novos desenvolvimentos, faz com que os seus efeitos<br />

sobre o emprego tenham sido objeto de diversos debates. Desde o início do século<br />

XIX, quando do surgimento dos primeiros teares automáticos, muito se tem falado<br />

sobre a ameaça da substituição da mão-de-obra por sistemas automáticos, e muitos<br />

afirmam que níveis crescentes de automação conduzem, também, a níveis<br />

crescentes de desemprego.<br />

Inicialmente, a implantação de processos automatizados na indústria tinha o<br />

objetivo de alcançar maior produtividade e redução de custos. Contudo, a<br />

experiência revelou que isso nem sempre é verdadeiro. O investimento <strong>para</strong><br />

implantação de sistemas automáticos é elevado e, além disso, a nova instalação<br />

requer recursos, inclusive humanos, dispendiosos <strong>para</strong> sua manutenção.<br />

Atualmente, o principal motor da automação é a busca de maior qualidade dos<br />

processos, <strong>para</strong> reduzir perdas (com reflexo em custos) e possibilitar a fabricação de<br />

bens que de outra forma não poderiam ser produzidos, bem como do aumento da<br />

sua flexibilidade.<br />

No antigo caso do tear, houve uma migração da inteligência do operador, que,<br />

por meio de várias operações, produzia desenhos no tecido, <strong>para</strong> ―dentro‖ da<br />

máquina. É um caso semelhante ao dos tornos mecânicos, em que o conhecimento<br />

do operador é ―internalizado‖ na máquina-ferramenta por meio de um programa,<br />

gerado autonomamente ou na atividade de projeto da peça. A montagem de placas<br />

eletrônicas, necessariamente automática por causa das minúsculas dimensões<br />

manuseadas, obedece a programas gerados durante o projeto dessas placas.<br />

A multiplicação dos exemplos leva sempre ao fato de que,<br />

independentemente da natureza do processo ou do produto, o conhecimento está<br />

―embutido‖ no sistema de controle automático e seus dispositivos. Isso é<br />

particularmente importante na elaboração de políticas de atração de investimentos<br />

produtivos, pois o fomento também às atividades de engenharia de produtos ou<br />

processos associados a esses investimentos é o primeiro passo no sentido do seu<br />

―enraizamento‖.<br />

32


Sob outra óptica, pode-se argumentar que a implantação e a manutenção de<br />

um processo automatizado geram grandes necessidades de emprego, embora com<br />

um grau de qualificação superior ao do trabalho substituído (portanto, salários mais<br />

altos). Os efeitos concretos dessas mudanças são de difícil diagnostico em curto<br />

prazo. Entretanto, há que se perguntar qual a possibilidade de um trabalhador<br />

substituído pela automação vir a ser empregado no novo processo, uma vez que<br />

isso pode significar uma mudança completa em sua atividade original.<br />

33


3. <strong>Automação</strong><br />

3.1. Contextualização<br />

3.1.1. Conceito de <strong>Automação</strong><br />

Por automação entende-a capacidade de se executar comandos, obter<br />

medidas, regular parâmetros e controlar funções automaticamente, sem a<br />

intervenção humana. <strong>Automação</strong> também é sinônimo de integração, ou seja, da<br />

função mais simples a mais complexa existe um ou mais sistemas que permitem que<br />

um dispositivo seja controlado de modo inteligente, tanto individualmente quanto em<br />

conjunto, visando alcançar um maior conforto, informação e segurança (PINHEIRO,<br />

2008).<br />

Assim, automação é todo processo que realize tarefas e atividades de forma<br />

autônoma ou auxilie o homem em suas tarefas do dia-a-dia. As antigas rodas<br />

d‘água, pilões e moinhos são consideradas sistemas automatizados. Com o advento<br />

das máquinas, principalmente após a chegada da máquina a vapor, a automação se<br />

estabelecia dentro das indústrias, e como consequência imediata ocorria a elevação<br />

da produtividade e qualidade dos produtos e serviços. Ainda assim, a automação era<br />

muito dependente do homem, pois havia máquinas automáticas espalhadas pelas<br />

fábricas, mas sem integração entre elas.<br />

Sob um ponto de vista mais abrangente, automação pode ser definida como a<br />

integração de conhecimentos substituindo a observação, esforços e decisões<br />

humanas por dispositivos - mecânicos, elétricos, eletrônicos, entre outras, e<br />

softwares concebidos por meio de especificações funcionais e tecnológicas, com uso<br />

de metodologias. A Figura 2 ilustra esse conceito por meio da interdisciplinaridade<br />

de áreas afins.<br />

Um sistema automatizado é composto por cinco elementos:<br />

a) Acionamento: provê ao sistema energia <strong>para</strong> atingir determinado objetivo.<br />

Ex: Motores, Pistões hidráulicos, entre outros;<br />

b) Sensoriamento: mede o desempenho do sistema de automação ou uma<br />

propriedade particular de alguns de seus componentes;<br />

34


c) Controle: Utiliza as informações dos sensores <strong>para</strong> regular e controlar os<br />

dispositivos. Ex: <strong>para</strong> acionar motores, válvulas, entre outros;<br />

d) Com<strong>para</strong>dor: elemento que permite com<strong>para</strong>r valores medidos com<br />

valores pré-estabelecidos e que servem <strong>para</strong> a tomada de decisão de<br />

quando e como atuar. Ex: termostato e os sistemas de software; e<br />

e) Programas ou Softwares: contêm as informações de processo e<br />

permitem controlar as interações entre os diversos componentes.<br />

Computação<br />

Modelagem, análise<br />

e simulação.<br />

Execução de algoritmos<br />

de controle.<br />

Sistemas<br />

de Controle<br />

<strong>Automação</strong><br />

Mecânica<br />

Parte ‘física’ do sistema.<br />

35<br />

Impõem o comportamento<br />

desejado ao sistema.<br />

<strong>Eletrônica</strong><br />

Diversas funções:<br />

- Processamento de sinais.<br />

- Controle analógico.<br />

Figura 2 - Conceito abrangente de <strong>Automação</strong>.<br />

Fonte: Rosário, 2004.<br />

A Figura 3 ilustra esse conceito por meio da interdisciplinaridade de áreas<br />

afins, enquanto a Figura 4 ilustra os mesmos conceitos baseando-se em cinco<br />

elementos-chave descritos como um pentágono da automação: modelagem de<br />

sistemas, atuadores e sensores, sinais e sistemas, sistemas lógicos, computadores<br />

e redes de comunicação e finalmente software e sistemas de aquisição de dados.


Figura 3 - Extensão do Conceito de <strong>Automação</strong> por meio de cinco elementos chaves.<br />

Fonte: Festo Didactic GmbH & Co, Ktistakis, 2006.<br />

No caso especifico do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial, ela pode ser<br />

desdobrada em planejamento, projeto e produção. Um conceito estendido de<br />

automação está relacionado com seus diferentes níveis dentro de um processo<br />

automatizado.<br />

a) Níveis de <strong>Automação</strong>.<br />

36


) Sistemas de Comunicação em <strong>Automação</strong>.<br />

Figura 4 - Conceito Estendido de <strong>Automação</strong>.<br />

Fonte: Festo Didactic GmbH & Co, Ktistakis, 2006.<br />

Estes níveis, ilustrados nas Figuras 4a e 4b, podem ser classificados em:<br />

Nível 1: Chão de Fábrica constituído de sensores e atuadores Industriais;<br />

Nível 2: Equipamentos e Máquinas Industriais;<br />

Nível 3: Gerenciamento: Servidores e Estações de Trabalhos;<br />

Nível 4: Células Integradas de <strong>Automação</strong> da Manufatura;<br />

Nível 5: Controle de Processos Industriais; e<br />

Nível 6: Gestão e Gerenciamento da Produção Industrial.<br />

3.1.2. Integração da <strong>Automação</strong><br />

A integração da automação na prática nasceu durante os anos 20, quando<br />

Henry Ford criou a linha de montagem do modelo T, a fim de aumentar a<br />

produtividade, reduzir os custos de produção e garantir a segurança dos operadores<br />

na realização de tarefas perigosas. Desde então tem se desenvolvido com<br />

crescimento exponencial, assim como todo o setor tecnológico, saindo do setor<br />

industrial <strong>para</strong> ocupar lugar em praticamente todos os ramos de atuação, desde o<br />

agronegócio até a medicina, passando pela automação comercial, predial e<br />

administração de serviços.<br />

37


Atualmente, não só a produtividade e a redução de custos são os objetivos da<br />

automação. Com mercados cada vez mais competitivos, as pessoas têm cada vez<br />

menos tempo <strong>para</strong> as tarefas do dia-a-dia e, aos poucos, a automação passou a ser<br />

utilizada <strong>para</strong> facilitar ou mesmo realizar por si só tais tarefas. Pode-se dizer,<br />

portanto, que a automação hoje em dia tem também a função de prover conforto a<br />

seus usuários: um bom exemplo disso é o comércio eletrônico, que permite a<br />

compra de uma grande variedade de itens sem precisar sair de casa. Por outro lado,<br />

a violência é uma preocupação constante de qualquer pessoa que viva em grandes<br />

centros ou áreas remotas, sendo assim, sistemas automatizados que provêem<br />

segurança são cada vez mais comuns. Como exemplo, pode-se citar os sistemas de<br />

alarme ou de vigilância por circuito interno de TV, muitos deles com possibilidade de<br />

transmissão por meio da Internet.<br />

3.1.3. <strong>Automação</strong> e Novas Tecnologias<br />

Dentro do cenário atual, com o desenvolvimento de novas tecnologias, os<br />

conceitos de automação podem ser ampliados utilizando-se de diferentes<br />

tecnologias e, dentre elas, pode-se vislumbrar o fim do ciclo do silício com a vinda da<br />

bioautomação, biotecnologia, nanotecnologia, comunicações neurais, lógica DNA,<br />

biomateriais, biocomputador, biochip, memória holográfica, proteômica, novos<br />

materiais e TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), que deverão se inserir<br />

cada vez mais no contexto dos projetos em automação.<br />

Assim, pode-se dizer que contextos cada vez mais complexos caracterizarão<br />

o progresso da humanidade, sendo irreversível a aplicação da automação e dos<br />

sistemas de comunicações, em um processo industrial, gerando lucros e<br />

racionalização de mão-de-obra.<br />

3.2. Análise do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

3.2.1. Cadeia Produtiva<br />

Uma cadeia produtiva pode ser compreendida como um conjunto de etapas<br />

consecutivas, ao longo das quais, os diversos insumos sofrem algum tipo de<br />

transformação, até a constituição de um produto final (bem ou serviço) e sua<br />

colocação no mercado. Para a elaboração da cadeia produtiva é necessário<br />

38


discorrer sobre cadeia de valor e sistema de valor <strong>para</strong> melhor compreensão de sua<br />

existência, conforme apresentado no Apêndice I.<br />

3.2.2. Cadeia Produtiva de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

O desenho da cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

considerou o modelo das cinco forças de Porter (1992), conforme apresentado na<br />

Figura 5: novos concorrentes no mercado, a rivalidade entre concorrentes<br />

existentes, os produtos ou serviços substitutos, os clientes e os fornecedores. Para<br />

Porter (1992) a vantagem competitiva é constituída pelo valor que o setor/empresa<br />

pode criar <strong>para</strong> seus compradores e que ultrapassa os custos de produção, criando<br />

oportunidades de negócio.<br />

Figura 5 <strong>–</strong> Modelo das cinco forças de Porter.<br />

Fonte: Porter, 1992.<br />

A cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> pode ser<br />

configurada a partir do resultado de análise, das opiniões de profissionais e das<br />

informações referentes ao setor estudado.<br />

Nessa cadeia são identificados os diversos agentes envolvidos, os quais<br />

foram agrupados como: atores principais, atores secundários, contexto que envolve<br />

a cadeia, clientes intermediários e clientes finais. Assim, foram identificados <strong>para</strong> o<br />

eixo principal da cadeia os seguintes elementos: Necessidade, P, D & I, Produção &<br />

Industrialização, Logística e Mercado, sendo detalhado cada um desses agentes, e<br />

estabelecendo suas relações com os demais elementos dessa cadeia.<br />

39


Observa-se que <strong>para</strong> a realização e organização dessa cadeia deve-se contar<br />

com intensa participação de entidades governamentais por meio da definição de<br />

uma política macro e microeconômica de curto, médio e longo prazo. Isto se deve ao<br />

fato de que o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> participa das demais cadeias<br />

produtivas existentes na economia brasileira.<br />

A partir da detecção de uma necessidade do mercado, é feito um estudo de<br />

viabilidade técnica e econômica. O contexto que envolve a cadeia refere-se às<br />

influências do ambiente, tecnologias envolvidas, questões sócio-econômicas<br />

relacionadas às políticas impostas pelos governos, federal e estadual, (como<br />

incentivos a exportação), variáveis macroeconômicas, como aumento da taxa de<br />

juros, variações cambiais, linhas de crédito, impactos no meio ambiente e consumo<br />

de energia. Soma-se a esse contexto a presença de itens de infraestrutura física,<br />

meios de transportes, energia elétrica, terrenos e saneamento básico, dentre outros.<br />

DEFINIÇÕES<br />

a) Agentes Decisores (AD): são os elementos da cadeia produtiva que tem a<br />

capacidade de interferir positivamente de modo a alterar seu<br />

funcionamento, definindo os requisitos do produto; e<br />

b) Pontos Críticos (PC): são os elos da cadeia produtiva que apresentam a<br />

característica de interferir negativamente no fluxo produtivo e no fluxo de<br />

conhecimento, provocando gargalos (restrições e/ou descontinuidades).<br />

ATORES SECUNDÁRIOS: Dentre os atores secundários, foram identificados:<br />

a) Governos Federal, Estadual e Municipal;<br />

b) Institutos de capacitação e formação de recursos humanos como as<br />

Universidades, Institutos de Pesquisa e Tecnologias, SEBRAE (Serviço de<br />

Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SENAI (Serviço Nacional de<br />

Aprendizagem Industrial) que oferecem cursos, treinamentos e palestras<br />

<strong>para</strong> qualificação profissional, e as demais instituições públicas e privadas<br />

de ensino técnico; e<br />

c) Organizações de serviços tecnológicos, que dão apoio a todo o processo,<br />

as organizações de infraestrutura tecnológica, com fornecimento de<br />

equipamentos, os institutos de pesquisa e laboratórios <strong>para</strong> testes, as<br />

40


organizações de transporte e logística, as organizações de serviços de<br />

manutenção e por fim as organizações regulamentadoras como o<br />

INMETRO, que definem as diretrizes e critérios <strong>para</strong> regularizar e certificar<br />

os produtos do setor.<br />

ATORES PRINCIPAIS: Quanto aos atores principais, foram identificados os<br />

fornecedores de insumos primários constituídos pelas indústrias eletroeletrônicas,<br />

plástico, materiais, metal-mecânico e TIC, os quais fornecem <strong>para</strong> as indústrias de<br />

peças e equipamentos responsáveis pela manufatura de diferentes componentes<br />

que, por sua vez, fornecem <strong>para</strong> empresas que trabalham com módulos pré-<br />

fabricados ou <strong>para</strong> empresas produtoras de equipamentos e componentes do setor<br />

eletroeletrônico. Estes, por outro lado, também recebem módulos pré-fabricados das<br />

empresas.<br />

Como clientes de empresas do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> foram<br />

identificados três grupos de consumidores potenciais:<br />

a) O primeiro compreende os que trabalham com o produto final, que são os<br />

atacadistas, as lojas de departamentos e supermercados;<br />

b) No segundo grupo estão os revendedores e integradores de serviços que<br />

utilizam esses produtos em aplicações diversas; e<br />

c) O terceiro grupo corresponde a mercados externos, como América<br />

Latina, Europa, África, EUA, que podem comprar o produto ou o serviço.<br />

Para o desenho da cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

deve-se considerar:<br />

a) No caso dos atacadistas, eles podem negociar produtos diretamente<br />

com as empresas ou por meio de representação própria;<br />

b) As empresas de integração e serviços responsáveis pela utilização e<br />

integração de equipamentos do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>,<br />

constituindo um novo produto com tecnologias e conceitos incorporados<br />

(como por exemplo, <strong>Automação</strong> Industrial, predial, comercial e bancária);<br />

c) O mercado exterior é tratado pelas indústrias isoladamente ou em<br />

consórcio;<br />

41


d) As empresas podem fornecer serviços de assistência técnica ou<br />

terceirizar os mesmos, que é uma forte tendência no mercado; e<br />

e) Embora os aspectos sócio-ambientais ainda não sejam incorporados<br />

efetivamente dentro da cadeia produtiva, o mercado apresenta forte<br />

tendência no desenvolvimento de produtos que contemplem esse<br />

aspecto.<br />

Para facilitar a compreensão do leitor desse relatório, a cadeia produtiva do<br />

setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresentada na Figura 8 foi definida a partir da<br />

representação inicial dos fluxos produtivos macro e detalhado do setor de <strong>Eletrônica</strong><br />

<strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, conforme mostra a Figura 6 e a Figura 7. Nestas representações<br />

pode-se observar de modo claro alguns elementos importantes constituintes de uma<br />

cadeia produtiva, dentre eles, o fluxo de conhecimento, agentes decisões, pontos<br />

críticos, e o conceito de cadeia de valor associado à cadeia produtiva.<br />

3.2.2.1. Fluxo Produtivo Macro do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

A representação do fluxo produtivo macro do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> da Figura 6 é constituída dos seguintes elos (agentes):<br />

Projeto (1);<br />

Aquisição (2);<br />

Logística Interna (Armazenamento) (3);<br />

Fornecimento (4);<br />

Produção e Industrialização (Operações) (5);<br />

Logística Externa (Distribuição) (6);<br />

Marketing e Vendas (7); e<br />

Comprador (8).<br />

42


Legenda<br />

Fluxo de produção<br />

SETOR<br />

1<br />

FLUXO PRODUTIVO MACRO DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO<br />

PROJETO<br />

3<br />

4<br />

FORNECIMENTO<br />

2<br />

AQUISIÇÃO<br />

LOGÍSTICA<br />

INTERNA<br />

(ARMAZENAMENTO)<br />

5<br />

PRODUÇÃO &<br />

INDUSTRIALIZAÇÃO<br />

(OPERAÇÕES)<br />

Figura 6 - Fluxo Produtivo Macro do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />

43<br />

6<br />

LOGÍSTICA<br />

EXTERNA<br />

(DISTRIBUIÇÃO)<br />

7<br />

MARKETING<br />

E<br />

VENDAS<br />

8<br />

COMPRADOR


3.2.2.2. Fluxo Produtivo Detalhado do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

A representação do fluxo produtivo detalhado do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> da Figura 7 é constituída dos seguintes elos (agentes):<br />

Projeto (1);<br />

Aquisição (2);<br />

Logística Interna (Armazenamento) (3);<br />

Fornecimento (4);<br />

Produção e Industrialização (Operações) (5);<br />

Logística Externa (Distribuição) (6);<br />

Marketing e Vendas (7);<br />

Comprador (8);<br />

Canais de Comercialização (9);<br />

Serviços Pós-Venda (10);<br />

Integração (11);<br />

Necessidade (12); e<br />

Apoio (13).<br />

44


PC<br />

12<br />

NECESSIDADE<br />

- <strong>Estudo</strong> de<br />

Viabilidade:<br />

(EVTEC-<br />

Técnico-<br />

Econômico,<br />

Sócio-ambiental)<br />

Legenda<br />

SETOR<br />

PC<br />

1<br />

PROJETO<br />

13<br />

APOIO<br />

- P,D & I<br />

- Impacto Ambiental<br />

- Análise de<br />

Mercado<br />

Fluxo de produção<br />

3<br />

FLUXO PRODUTIVO DETALHADO DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO<br />

4<br />

FORNECIMENTO<br />

2<br />

AQUISIÇÃO<br />

LOGÍSTICA<br />

INTERNA<br />

(ARMAZENAMENTO)<br />

PC <strong>–</strong> Pontos Críticos<br />

5<br />

PRODUÇÃO &<br />

INDUSTRIALIZAÇÃO<br />

(OPERAÇÕES)<br />

11<br />

INTEGRAÇÃO<br />

6<br />

LOGÍSTICA<br />

EXTERNA<br />

(DISTRIBUI-<br />

ÇÃO)<br />

Figura 7 - Fluxo Produtivo detalhado do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />

45<br />

7<br />

MARKETING<br />

E<br />

VENDAS<br />

11<br />

11<br />

9<br />

CANAIS DE<br />

CANAIS DE<br />

COMERCIALIZACAO<br />

CANAIS DE<br />

COMERCIALIZACAO<br />

COMERCIALIZAÇÃO<br />

8<br />

COMPRADOR<br />

10<br />

PC<br />

SERVICOS<br />

POS-VENDA


3.2.2.3. Cadeia Produtiva Detalhada do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

A representação da cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

da Figura 8 é constituída dos seguintes elos (agentes):<br />

Projeto (1);<br />

Aquisição (2);<br />

Logística Interna (Armazenamento) (3);<br />

Fornecimento (4);<br />

Produção e Industrialização (Operações) (5);<br />

Logística Externa (Distribuição) (6);<br />

Marketing e Vendas (7);<br />

Comprador (8);<br />

Canais de Comercialização (9);<br />

Serviços Pós-Venda (10);<br />

Integração (11);<br />

Necessidade (12);<br />

Apoio (13);<br />

ICT (Instituições de Ciência e Tecnologia) (14);<br />

Insumos (15);<br />

Setores (16); e<br />

Mercado de Origem (17).<br />

46


12<br />

NECESSIDADE<br />

- <strong>Estudo</strong> de<br />

Viabilidade:<br />

(EVTEC-<br />

Técnico-<br />

Econômico,<br />

Sócio-ambiental)<br />

PC<br />

PC<br />

14<br />

ICT<br />

Legenda<br />

SETOR<br />

PC<br />

1<br />

PROJETO<br />

13<br />

APOIO<br />

- P, D & I<br />

- Impacto Ambiental<br />

- Análise de<br />

Mercado<br />

Fluxo de produção<br />

3<br />

Fluxo do conhecimento<br />

CADEIA PRODUTIVA DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO<br />

4<br />

FORNECIMENTO<br />

2<br />

AQUISIÇÃO<br />

LOGÍSTICA<br />

INTERNA<br />

(ARMAZENAMENTO)<br />

15 INSUMOS<br />

Semicondutores<br />

TIC<br />

Plástico<br />

Metal-mecânico<br />

5<br />

PRODUÇÃO &<br />

INDUSTRIALIZAÇÃO<br />

(OPERAÇÕES)<br />

11<br />

INTEGRAÇÃO<br />

PC<br />

PC <strong>–</strong> Pontos Críticos<br />

16 SETORES<br />

Eletroeletrônico<br />

Plásticos<br />

Materiais<br />

Metal-mecânico<br />

TIC<br />

6<br />

LOGÍSTICA<br />

EXTERNA<br />

(DISTRIBUI-<br />

ÇÃO)<br />

Figura 8 - Cadeia Produtiva do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />

47<br />

17 MERCADO<br />

DE ORIGEM<br />

Interno<br />

Externo<br />

7<br />

MARKETING<br />

E<br />

VENDAS<br />

11<br />

11<br />

9<br />

CANAIS DE<br />

CANAIS DE<br />

COMERCIALIZACAO<br />

CANAIS DE<br />

COMERCIALIZACAO<br />

COMERCIALIZAÇÃO<br />

8<br />

COMPRADOR<br />

10<br />

PC<br />

SERVICOS<br />

POS-VENDA


3.2.2.4. Cadeia Produtiva e Fluxo de Conhecimentos do Setor de <strong>Eletrônica</strong><br />

<strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

A representação da cadeia produtiva e o fluxo de conhecimento associado à<br />

mesma, do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> da Figura 9 são constituídos dos<br />

seguintes elos (agentes):<br />

Projeto (1);<br />

Aquisição (2);<br />

Logística Interna (Armazenamento) (3);<br />

Fornecimento (4);<br />

Produção e Industrialização (Operações) (5);<br />

Logística Externa (Distribuição) (6);<br />

Marketing e Vendas (7);<br />

Comprador (8);<br />

Canais de Comercialização (9);<br />

Serviços Pós-Venda (10);<br />

Integração (11);<br />

Necessidade (12);<br />

Apoio (13);<br />

ICT (Instituições de Ciência e Tecnologia) (14);<br />

Insumos (15);<br />

Setores (16); e<br />

Mercado de Origem (17).<br />

Aplicação (18);<br />

Dimensões de Apoio (19);<br />

Viabilidade (20);<br />

Tecnologias de Produção (21);<br />

Produto (22);<br />

Bens e Serviços (23);<br />

Tipos de Canais (24);<br />

Dimensões de Logística (25);<br />

RH/Talentos (26);<br />

Normas e Padrões, Certificação (27);<br />

48


Mercado de Destino (28);<br />

Mercado Nacional (29);<br />

Clientes (30);<br />

Mercado Internacional (31); e<br />

Tipos de Serviço de Pós-Venda (32)<br />

49


20 VIABILIDADE<br />

Financiamento<br />

Tecnologia<br />

Sócio-Econômico<br />

Ambiental<br />

Infraestrutura<br />

12<br />

NECESSIDADE<br />

- <strong>Estudo</strong> de<br />

Viabilidade:<br />

(EVTEC-<br />

Técnico-<br />

Econômico,<br />

Sócio-ambiental)<br />

18 APLICAÇÃO<br />

<strong>Automação</strong><br />

Industrial, Predial,<br />

Comercial e<br />

Bancária<br />

Processos /<br />

Controle Integrado<br />

de Sistemas<br />

AD<br />

PC<br />

14<br />

ICT<br />

CADEIA PRODUTIVA/FLUXO DE CONHECIMENTOS DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO<br />

PC<br />

19 DIMENSÕES DE<br />

APOIO<br />

Institucional, Legal,<br />

Regulatório, Normativo<br />

PC<br />

Legenda<br />

SETOR<br />

PC<br />

1<br />

PROJETO<br />

13<br />

APOIO<br />

- P, D & I<br />

- Impacto Ambiental<br />

- Análise de<br />

Mercado<br />

20 TECNOLOGIAS<br />

DE APOIO<br />

Processos<br />

Sistemas<br />

Novos Materiais<br />

Mercado<br />

Fluxo de produção<br />

3<br />

4<br />

FORNECIMENTO<br />

2<br />

AQUISIÇÃO<br />

LOGÍSTICA<br />

INTERNA<br />

(ARMAZENAMENTO)<br />

15 INSUMOS<br />

Semicondutores<br />

TIC<br />

Plástico<br />

Metal-mecânico<br />

Fluxo de produção complementar<br />

21 TECNOLOGIAS DE<br />

PRODUÇÃO<br />

Bens e serviços<br />

<strong>Automação</strong><br />

Processos / Controle<br />

Integração de Sistemas<br />

5<br />

PRODUÇÃO &<br />

INDUSTRIALIZAÇÃO<br />

(OPERAÇÕES)<br />

11<br />

INTEGRAÇÃO<br />

16 SETORES<br />

Eletroeletrônico<br />

Plásticos<br />

Materiais<br />

Metal-mecânico<br />

TIC<br />

Fluxo do conhecimento<br />

22 PRODUTO<br />

Hardware<br />

Software<br />

Serviços<br />

6<br />

LOGÍSTICA<br />

EXTERNA<br />

(DISTRIBUI-<br />

ÇÃO)<br />

25 DIMENSÕES DE<br />

LOGÍSTICA<br />

Institucional, Legal,<br />

Regulatório, Normativo<br />

PC<br />

17 MERCADO<br />

DE ORIGEM<br />

Figura 9 - Cadeia Produtiva / Fluxo de Conhecimentos do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />

50<br />

Interno<br />

Externo<br />

23 BENS E SERVIÇOS<br />

7<br />

AD<br />

PC <strong>–</strong> Pontos Críticos<br />

MARKETING<br />

E VENDAS<br />

26 RH /<br />

TALENTOS<br />

PC<br />

27 NORMAS<br />

E PADRÕES,<br />

CERTIFICAÇÃO<br />

24 TIPOS DE CANAIS<br />

INDIRETO (Integrador e<br />

Revendedor)<br />

DIRETO (Filiais)<br />

11<br />

11<br />

9<br />

AD <strong>–</strong> Agentes Decisores<br />

CANAIS DE<br />

CANAIS DE<br />

COMERCIALIZACAO<br />

CANAIS DE<br />

COMERCIALIZACAO<br />

COMERCIALIZAÇÃO<br />

PC<br />

8<br />

29 MERCADO<br />

NACIONAL<br />

Regiões<br />

Estados<br />

28 MERCADO<br />

DE DESTINO<br />

Interno<br />

Externo<br />

COMPRADOR<br />

PC<br />

30 CLIENTES<br />

Governo (Órgãos e<br />

Empresas) e Privado:<br />

Industrial: Automotivo,<br />

Aeronáutico, Plástico,<br />

Químico, Petroquímico, Naval,<br />

TIC, Têxtil, Couro e Calcados,<br />

Elétrico, Geração<br />

Transmissão e Distribuição de<br />

Energia, Alimentação e<br />

Transportes, Cana e Etanol<br />

Agronegócio, Saneamento.<br />

Comercial<br />

Predial (Residencial e<br />

Corporativo)<br />

Bancário<br />

PC<br />

10<br />

PC<br />

SERVICOS<br />

POS-VENDA<br />

31 MERCADO<br />

INTERNACIONAL<br />

América Latina, Europa,<br />

Ásia, África, EUA<br />

32 TIPOS DE SERVIÇOS<br />

Ciclo de Vida<br />

Política de Trocas<br />

Serviços de Apoio:<br />

Assistência Técnica e<br />

Manutenção<br />

Reciclagem<br />

Meio-Ambiental: Tratamento<br />

de Resíduos


3.2.2.5. Interface na Cadeia Produtiva<br />

O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresenta boa articulação interna à<br />

cadeia e com o mercado internacional e doméstico, exceto nas interfaces entre:<br />

Fabricantes de produtos finais e fornecedores nacionais de componentes;<br />

O segmento de informática e os fabricantes de equipamentos industriais,<br />

particularmente os de automação industrial; e<br />

Fabricantes de produtos finais e o mercado exterior.<br />

Dentre as principais necessidades do setor, podem-se destacar:<br />

Implementação de mecanismos de diálogo entre os fabricantes de<br />

produtos finais e os de componentes de modo a retirar as incertezas<br />

quanto à demanda futura e facilitar a capacitação tecnológica do setor, de<br />

modo a atender a demanda com produtos de última geração e com<br />

inovações tecnológicas; e<br />

Revisão do perfil de alíquotas do Imposto de Importação ao longo da<br />

cadeia produtiva no complexo. Atualmente há discrepâncias que<br />

favorecem a importação de produtos acabados e, portanto, inibem o<br />

aporte de mais valor agregado no país.<br />

3.2.2.6. Pontos Críticos e Agentes Decisores na Cadeia Produtiva<br />

Na Figura 10 são apresentados os elos denominados de PC <strong>–</strong> Pontos<br />

Críticos, que apresentam criticidade em suas relações na cadeia produtiva.<br />

Esses PC são: Serviços Pós-Venda (10), Necessidade (12), Apoio (13), ICT<br />

(14), Setores (16), Tecnologias de apoio (20), RH/Talentos (26), Normas e Padrões,<br />

Certificações (27), Mercado Internacional (31) e Tipos de Serviços (32).<br />

Os elos denominados de AD <strong>–</strong> Agentes Decisores são aqueles que possuem<br />

a capacidade de modificar o contexto da cadeia produtiva.<br />

(25).<br />

Esses AD são: Dimensões de Apoio (19) e Dimensões de Logística<br />

51


20 VIABILIDADE<br />

Financiamento<br />

Tecnologia<br />

Sócio-Econômico<br />

Ambiental<br />

Infraestrutura<br />

12<br />

NECESSIDADE<br />

- <strong>Estudo</strong> de<br />

Viabilidade:<br />

(EVTEC-<br />

Técnico-<br />

Econômico,<br />

Sócio-ambiental)<br />

18 APLICAÇÃO<br />

<strong>Automação</strong><br />

Industrial, Predial,<br />

Comercial e<br />

Bancária<br />

Processos /<br />

Controle Integrado<br />

de Sistemas<br />

AD<br />

PC<br />

14<br />

ICT<br />

PONTOS CRÍTICOS E AGENTES DECISORES NA CADEIA PRODUTIVA/CADEIA DE CONHECIMENTOS<br />

PC<br />

19 DIMENSÕES DE<br />

APOIO<br />

Institucional, Legal,<br />

Regulatório, Normativo<br />

PC<br />

Legenda<br />

SETOR<br />

PC<br />

1<br />

PROJETO<br />

13<br />

APOIO<br />

- P, D & I<br />

- Impacto Ambiental<br />

- Análise de<br />

Mercado<br />

20 TECNOLOGIAS<br />

DE APOIO<br />

Processos<br />

Sistemas<br />

Novos Materiais<br />

Mercado<br />

Fluxo de produção<br />

3<br />

4<br />

FORNECIMENTO<br />

2<br />

AQUISIÇÃO<br />

LOGÍSTICA<br />

INTERNA<br />

(ARMAZENAMENTO)<br />

15 INSUMOS<br />

Semicondutores<br />

TIC<br />

Plástico<br />

Metal-mecânico<br />

Fluxo de produção complementar<br />

21 TECNOLOGIAS DE<br />

PRODUÇÃO<br />

Bens e serviços<br />

<strong>Automação</strong><br />

Processos / Controle<br />

Integração de Sistemas<br />

5<br />

PRODUÇÃO &<br />

INDUSTRIALIZAÇÃO<br />

(OPERAÇÕES)<br />

11<br />

INTEGRAÇÃO<br />

16 SETORES<br />

Eletroeletrônico<br />

Plásticos<br />

Materiais<br />

Metal-mecânico<br />

TIC<br />

Fluxo do conhecimento<br />

22 PRODUTO<br />

Hardware<br />

Software<br />

Serviços<br />

6<br />

LOGÍSTICA<br />

EXTERNA<br />

(DISTRIBUI-<br />

ÇÃO)<br />

25 DIMENSÕES DE<br />

LOGÍSTICA<br />

Institucional, Legal,<br />

Regulatório, Normativo<br />

PC<br />

17 MERCADO<br />

DE ORIGEM<br />

Figura 10 <strong>–</strong> Pontos Críticos e Agentes Decisores na Cadeia Produtiva / Cadeia de Conhecimentos do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />

52<br />

Interno<br />

Externo<br />

23 BENS E SERVIÇOS<br />

7<br />

AD<br />

PC <strong>–</strong> Pontos Críticos<br />

MARKETING<br />

E VENDAS<br />

26 RH /<br />

TALENTOS<br />

PC<br />

27 NORMAS<br />

E PADRÕES,<br />

CERTIFICAÇÃO<br />

24 TIPOS DE CANAIS<br />

INDIRETO (Integrador e<br />

Revendedor)<br />

DIRETO (Filiais)<br />

11<br />

11<br />

9<br />

AD <strong>–</strong> Agentes Decisores<br />

CANAIS DE<br />

CANAIS DE<br />

COMERCIALIZACAO<br />

CANAIS DE<br />

COMERCIALIZACAO<br />

COMERCIALIZAÇÃO<br />

PC<br />

8<br />

29 MERCADO<br />

NACIONAL<br />

Regiões<br />

Estados<br />

28 MERCADO<br />

DE DESTINO<br />

Interno<br />

Externo<br />

COMPRADOR<br />

PC<br />

30 CLIENTES<br />

Governo (Órgãos e<br />

Empresas) e Privado:<br />

Industrial: Automotivo,<br />

Aeronáutico, Plástico,<br />

Químico, Petroquímico, Naval,<br />

TIC, Têxtil, Couro e Calcados,<br />

Elétrico, Geração<br />

Transmissão e Distribuição de<br />

Energia, Alimentação e<br />

Transportes, Cana e Etanol<br />

Agronegócio, Saneamento.<br />

Comercial<br />

Predial (Residencial e<br />

Corporativo)<br />

Bancário<br />

PC<br />

10<br />

PC<br />

SERVICOS<br />

POS-VENDA<br />

31 MERCADO<br />

INTERNACIONAL<br />

América Latina, Europa,<br />

Ásia, África, EUA<br />

32 TIPOS DE SERVIÇOS<br />

Ciclo de Vida<br />

Política de Trocas<br />

Serviços de Apoio:<br />

Assistência Técnica e<br />

Manutenção<br />

Reciclagem<br />

Meio-Ambiental: Tratamento<br />

de Resíduos


3.2.2.7. Ciclo da Cadeia Produtiva<br />

A cadeia produtiva de um setor, quando equilibrada e funcionando de maneira<br />

harmônica, existe em forma de um ciclo, agregando valor entre os diferentes elos<br />

componentes. No setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> isso não é diferente e a<br />

Figura 11 apresenta esse ciclo, considerando os elos produtivos e como devem ser<br />

organizados <strong>para</strong> serem eficientes.<br />

Legenda:<br />

Ciclo da cadeia produtiva -<br />

Elos da cadeia -<br />

Pós-Venda<br />

Consumidor<br />

Necessidade<br />

Canais de<br />

Comunicação<br />

Projeto<br />

Apoio<br />

Ou<br />

Suporte<br />

Marketing &<br />

Vendas<br />

Figura 11 <strong>–</strong> Ciclo da Cadeia Produtiva.<br />

53<br />

Produção &<br />

Industrialização<br />

(Operações)<br />

ou<br />

Integração<br />

Logística<br />

Aquisição<br />

Fornecimento


3.2.2.8. Considerações<br />

A cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é bem abrangente<br />

e complexa considerando que este setor participa como ator de todas as cadeias<br />

produtivas de todos os setores da economia brasileira. Assim, nessa cadeia são<br />

identificados diversos agentes, os quais foram agrupados como: atores principais,<br />

atores secundários, contexto que envolve a cadeia, clientes intermediários e clientes<br />

finais. Assim, foram identificados <strong>para</strong> o eixo principal da cadeia os seguintes<br />

elementos: Necessidade, P, D & I, Produção & Industrialização, Logística e Mercado,<br />

sendo detalhado cada um desses agentes, e estabelecendo suas relações com os<br />

demais elementos dessa cadeia.<br />

Para o desenho da cadeia produtiva deste setor foram consideradas algumas<br />

premissas relativas ao setor atacadista, empresas de integração de tecnologias e<br />

equipamentos, mercado exterior, serviços e aspectos sócio-ambientais, sendo<br />

imprescindível <strong>para</strong> a realização e organização dessa cadeia a participação de<br />

entidades governamentais por meio da definição de uma política macro e<br />

microeconômica de curto, médio e longo prazo.<br />

Para facilitar a compreensão, a cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> foi definida partindo de uma representação inicial dos fluxos produtivos<br />

macro, e detalhado posteriormente. Nessas representações pode-se observar de<br />

modo claro alguns elementos importantes constituintes de uma cadeia produtiva,<br />

dentre eles, o fluxo de conhecimento, agentes decisores, pontos críticos, e o<br />

conceito de cadeia de valor associado à cadeia produtiva.<br />

A partir da detecção de uma necessidade do mercado, é feito um estudo de<br />

viabilidade técnica e econômica. O contexto que envolve a cadeia refere-se às<br />

influências do ambiente, tecnologias envolvidas, questões sócio-econômicas<br />

relacionadas às políticas impostas pelos governos, federal e estadual, (como<br />

incentivos a exportação), variáveis macroeconômicas, como aumento da taxa de<br />

juros, variações cambiais, linhas de crédito, impactos no meio ambiente e consumo<br />

de energia. Soma-se a esse contexto a presença de itens de infraestrutura física,<br />

meios de transportes, energia elétrica, terrenos e saneamento básico, dentre outros.<br />

54


3.2.3. Política de Desenvolvimento Industrial do Setor<br />

Os objetivos de uma política de desenvolvimento industrial <strong>para</strong> o segmento<br />

de automação deverão estar voltados <strong>para</strong> uma Sociedade do Conhecimento,<br />

ampliando a eficiência e a competitividade da empresa nacional, bem como a sua<br />

maior inserção no mercado internacional, criando empregos e elevando a renda,<br />

portanto, produzindo bem-estar <strong>para</strong> a sociedade. Dentro dessa política, entende-se<br />

por competitividade todo o incentivo <strong>para</strong> a indústria inovar e diferenciar produtos<br />

<strong>para</strong> concorrer em um nível mais elevado, mais dinâmico, de maior renda e que<br />

contemple aspectos sociais e a preservação do meio ambiente.<br />

3.2.3.1. Políticas Públicas<br />

As políticas públicas são importantes <strong>para</strong> a indução e o desenvolvimento<br />

tecnológico e competitivo das indústrias que fornecem produtos <strong>para</strong> a Tecnologia<br />

da Informação e Comunicação, a saber, os fabricantes de produtos eletrônicos<br />

ligados a componentes, telecomunicações e bens de informática. Essas são áreas<br />

estratégicas <strong>para</strong> o país, uma vez que são fundamentais <strong>para</strong> o desenvolvimento de<br />

vários setores da economia. Portanto, o desenvolvimento sustentado dessas áreas<br />

permite menor dependência externa.<br />

O fortalecimento da indústria de componentes no país consolida a fabricação<br />

de bens finais. Esta indústria, principalmente de componentes semicondutores, é<br />

intensiva em capital, mão-de-obra qualificada e precisa de elevados investimentos<br />

em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O fornecimento de componentes <strong>para</strong> as<br />

áreas de informática, telecomunicações, áudio, vídeo e eletrônica embarcada, é<br />

fundamental <strong>para</strong> o desenvolvimento competitivo de produtos fabricados no país e<br />

<strong>para</strong> a alavancagem visando o mercado externo.<br />

Pela importância da <strong>Automação</strong>, os incentivos do governo devem ser comple-<br />

mentares com outros mecanismos de política industrial que levem em conta a<br />

evolução das práticas adotadas em outros países, por meio de estratégias que<br />

contemplem:<br />

55


a) Linhas de ação horizontais: Inovação e desenvolvimento tecnológico;<br />

inserção externa; modernização industrial e ambiente institucional/aumento<br />

da capacidade produtiva;<br />

b) Opções estratégicas: insumos; software; e bens de capital; e<br />

c) Atividades portadoras de futuro: biotecnologia; nanotecnologia;<br />

biomassa/energias renováveis e reciclabilidade.<br />

3.2.3.2. Poder de Compra do Estado<br />

Nas políticas públicas destaca-se, também, a importância do Poder de<br />

Compra do Estado como um indutor da competitividade e de incentivo às indústrias<br />

instaladas e a tecnologia desenvolvida no país:<br />

As entidades públicas e as empresas de economia mista, nas licitações<br />

nacionais e/ou internacionais por elas realizadas, devem dar preferência a:<br />

Produtos fabricados no país com tecnologia nacional, reconhecidos pela<br />

Secretaria de Política de Informática (SEPIN) do MCT;<br />

Serviços associados aos mesmos produtos; e<br />

Por parte das entidades de fomento, criação de financiamentos<br />

diferenciados com características indutoras à compra de produtos com<br />

tecnologia nacional e serviços associados.<br />

3.2.3.3. Mapa de Rotas Estratégicas da Política Industrial<br />

O atual mapa de rotas estratégicas do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

leva em consideração prioridades, objetivos estratégicos e diretrizes estratégicas<br />

delineadas pelo governo.<br />

3.2.3.3.1. Prioridades<br />

Foco na produção de bens comercializáveis e setores dinâmicos da<br />

economia;<br />

Construção de parcerias entre setor público e setor privado;<br />

56


Transparência na escolha das linhas de pesquisa com recursos dos<br />

fundos setoriais;<br />

Ênfase <strong>para</strong> tecnologia industrial básica (metrologia, normatização,<br />

propriedade intelectual e gestão tecnológica);<br />

Difusão de tecnologias maduras e estímulo aos ganhos de eficiência dos<br />

setores;<br />

Estímulo <strong>para</strong> absorção de novas tecnologias (Nova Agenda de Política<br />

Tecnológica);<br />

Promoção das exportações e redução das barreiras tarifária;<br />

Plano estratégico <strong>para</strong> exportações (maior número de empresas<br />

exportadoras e novos mercados); e<br />

Diversificação dos mercados, centrada no binômio produto-mercado de<br />

destino.<br />

3.2.3.3.2. Objetivos Estratégicos<br />

Ampliar a eficiência da estrutura produtiva;<br />

Aumentar o volume do comércio exterior;<br />

Elevar a capacidade de inovação das empresas; e<br />

Promover redução das disparidades regionais.<br />

3.2.3.3.3. Diretrizes Estratégicas Governamentais<br />

Promoção do crescimento econômico sustentável;<br />

Melhoria do bem-estar e da distribuição de renda; e<br />

Redução das desigualdades sociais, com políticas focalizadas.<br />

3.2.4. Marcos Regulatórios<br />

Muitas empresas obtêm benefícios através da Lei de Informática (Lei 10.176,<br />

de 11.1.2001), que possibilita a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados<br />

(IPI) devido sobre os produtos de TI incentivados, desde que esses produtos sejam<br />

fabricados no Brasil por empresas que aplicam em P, D & I.<br />

57


Diversas empresas têm sido contempladas também em editais da<br />

Financiadora de <strong>Estudo</strong>s e Projetos - FINEP, a qual, aplicando recursos de variadas<br />

origens, apóia os investimentos em P, D & I de empresas, tanto internamente quanto<br />

em parceria com instituições científicas e tecnológicas (ICT). Todavia, deve-se<br />

ressaltar que tais benefícios são facultados a qualquer empresa que invista<br />

seriamente nessas atividades, sem discriminação de origem de capital (GUTIERREZ<br />

e PAN, 2008).<br />

Outros importantes recursos <strong>para</strong> P, D & I no segmento de <strong>Automação</strong><br />

Industrial, <strong>para</strong> empresas e ICTS, provêm de aplicações obrigatórias nessas<br />

atividades por parte de empresas concessionárias e permissionárias de distribuição,<br />

geração e transmissão de energia elétrica, bem como de concessionárias <strong>para</strong><br />

exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e/ou gás natural. Nos dois<br />

casos, parte dos recursos é destinada a fundos aplicados pela FINEP e outra parte é<br />

aplicada diretamente pelas concessionárias, internamente ou em parceria com<br />

empresas fornecedoras e ICTS do setor (GUTIERREZ e PAN, 2008).<br />

É importante observar que os benefícios da Lei de Informática não têm sido<br />

suficientes <strong>para</strong> sensibilizar os fornecedores internacionais, tendo em vista que os<br />

sistemas automáticos de controle industrial são compostos por uma significativa<br />

parcela de serviços e também porque vários dos dispositivos utilizados em tal<br />

sistema, especialmente os medidores, são de natureza eletromecânica, não sendo<br />

abrangidos por aquela lei (GUTIERREZ e PAN, 2008).<br />

3.2.5. Principais Dificuldades do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

3.2.5.1. Problemas Gerais<br />

O complexo eletroeletrônico e o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

apresentam volume comercial e escala de produção de padrão mundial em diversos<br />

produtos, conforme citado acima. Entretanto, a cadeia produtiva não se acha<br />

plenamente integrada, especialmente quanto à produção de componentes. Por sua<br />

vez, vários segmentos apresentam taxas de crescimento próximas à média da<br />

indústria brasileira.<br />

Para evitar algumas discrepâncias entre as alíquotas de imposto de<br />

importação de insumos e de produtos finais na cadeia produtiva do setor, visando<br />

58


sempre a maior competitividade <strong>para</strong> os produtos fabricados no país, sugere-se uma<br />

revisão destas alíquotas.<br />

A aceleração das importações do complexo, embora justificada pela<br />

intensidade e profundidade das transições tecnológicas, causa preocupação devido<br />

ao volume, comparável às importações de combustíveis pelo país, à intensa<br />

concorrência movida por produtores de bens simples e baratos, especialmente da<br />

China, e a lentidão do crescimento das exportações brasileiras.<br />

O complexo eletroeletrônico e o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, como os<br />

demais setores industriais brasileiros, ressentem-se dos encargos, popularmente<br />

denominados de ―Custo Brasil‖.<br />

As legislações que envolvem determinados setores são importantes e até<br />

cruciais <strong>para</strong> o desenvolvimento do setor no Brasil. A supressão dessas leis, por<br />

exemplo, a Lei de Informática, seria fatal <strong>para</strong> o setor. A legislação <strong>para</strong> o<br />

desenvolvimento setorial compensa, em parte, a elevada carga tributária existente<br />

no país.<br />

Os empresários do setor são contrários a mutabilidade das regras que<br />

normatizam as atividades industriais no complexo. Ademais, a alta velocidade de<br />

inovação no complexo, onde o ciclo de produto é inferior a dois anos, aliada à baixa<br />

velocidade de atualização das regras de decisão do governo constituem um óbice<br />

comum a diversos segmentos dentro do setor.<br />

3.2.5.2. Informalidade do Setor<br />

Os produtos industrializados, que procuram atender preferencialmente o<br />

mercado interno apesar da concorrência desleal do mercado informal ou mercado<br />

cinza, hoje, menos que no passado, obtiveram importantes benefícios nos últimos<br />

anos graças à política governamental de desoneração de produtos do setor. É<br />

necessário discutir ainda mecanismos e incentivos complementares <strong>para</strong> a<br />

consolidação do setor no mercado interno e <strong>para</strong> que possa atender em escala<br />

crescente o mercado externo.<br />

Para o crescimento efetivo das indústrias de TICs devem-se avaliar diversos<br />

mecanismos <strong>para</strong> uma diminuição das importações e uma maior atuação dos<br />

fabricantes locais no mercado internacional. A escala produtiva e a baixa tributação<br />

59


são os marcos da competitividade mundial de produtos eletrônicos, sem o que se<br />

torna muito difícil vislumbrar uma indústria eletrônica no Brasil que não dependa de<br />

incentivos fiscais.<br />

3.2.5.3. Base Produtiva Tecnológica<br />

A implantação no Brasil de uma base tecnológica e produtiva no setor de<br />

<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> possui forte conteúdo estratégico, na medida em que<br />

amplia a capacitação do país <strong>para</strong> competir na economia digital. Trata-se ainda de<br />

tecnologia importante <strong>para</strong> o desenvolvimento de todos os demais setores da<br />

economia brasileira, sendo fundamental <strong>para</strong> dotar o Brasil de uma menor<br />

dependência externa e dar condições <strong>para</strong> que o país possa participar do mercado<br />

internacional. O fortalecimento industrial no desenvolvimento de tecnologias e<br />

produtos no setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é fundamental <strong>para</strong> a consolidação<br />

da indústria de bens finais, pois permitirá o domínio da tecnologia dos produtos, e<br />

consequentemente, a capacidade de inovação, e a geração de riqueza.<br />

A utilização de equipamentos de automação no Brasil é considerada muito<br />

baixa em relação ao mercado. Segundo estudo realizado pela ARC (2008), o Brasil<br />

necessita multiplicar em 100 o uso da automação em suas indústrias. Além dos<br />

equipamentos, há graves deficiências no país em gerência e uso de aplicativos de<br />

informática em planejamento e controle da produção.<br />

A agregação de valor e o design local do componente são fundamentais<br />

porque o estágio tecnológico e o desempenho do bem final são definidos pelos<br />

componentes. Consequentemente, o conteúdo tecnológico e a integração são cada<br />

vez mais definidos pelos componentes, além do fato de que a capacidade e<br />

viabilidade de plataformas de exportação com valor agregado aos produtos ficarem<br />

condicionadas à disponibilidade de indústria local.<br />

A indústria de produtos do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é, por<br />

excelência, de cultura mundial, intensiva em investimento de capital e mão-de-obra<br />

qualificada. Além disso, seus altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento<br />

asseguram-lhe a necessária inovação tecnológica. O desenvolvimento industrial<br />

brasileiro no setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> age de forma a adensar sua cadeia<br />

produtiva contribuindo <strong>para</strong> a redução do déficit da balança comercial do setor, na<br />

60


medida em que há substituição de importações <strong>para</strong> o aumento de exportações de<br />

produtos com maior valor agregado, pois todos os potenciais investimentos no<br />

segmento de componentes necessitam de plantas industriais com escala suficiente<br />

<strong>para</strong> abastecer o mercado interno e, principalmente, o externo. Esta indústria<br />

exporta de 20% a 70% da sua produção (ARC, 2008).<br />

3.2.5.4. Políticas de incentivos<br />

Os incentivos governamentais <strong>para</strong> atrair investimentos deve atender às<br />

necessidades específicas das empresas e aos interesses do país, visando otimizar a<br />

sua utilização a partir da:<br />

a) Competitividade das empresas decorrentes das diferentes disponibilidades<br />

dos fatores de produção. Para compensar as deficiências existentes, um<br />

conjunto de ações deveria ser implementado, visando o aperfeiçoamento<br />

das políticas regulatórias e redução da taxa de juros, a ampliação das<br />

linhas de financiamento com taxas compatíveis com as praticadas nos<br />

países mais industrializados e ou países com programas de incentivo <strong>para</strong><br />

implantar / desenvolver indústrias competitivas mundialmente, bem como<br />

a adoção de benefícios fiscais que atendam as necessidades do setor e<br />

permitam a sua consolidação; e<br />

b) Estabelecimento de prazos e metas <strong>para</strong> consolidação do segmento.<br />

Nesse horizonte, necessitar-se-ia do desenvolvimento e capacitação<br />

tecnológicos, de programas destinados a fomentar a pesquisa de apoio à<br />

indústria envolvendo Universidades, Institutos e Centros Tecnológicos, da<br />

criação de novos Institutos especialmente dedicados ao estudo de novas<br />

tecnologias e de projetos em semicondutores, visando o suporte às<br />

empresas atraídas pelo conjunto das ações e incentivos.<br />

3.2.5.5. Problemas Regionais<br />

Tendo em vista a importância do pólo industrial do Amazonas <strong>para</strong> o<br />

complexo eletroeletrônico, há um delicado equilíbrio entre a produção na Zona<br />

Franca de Manaus e o resto do país.<br />

61


Os índices efetivos de proteção tarifária visam cobrir o chamado ―custo<br />

Manaus‖, o que implica no fato de que qualquer incentivo fiscal adicional tende a<br />

induzir a migração de fabricantes de outras regiões do país, principalmente Sul e<br />

Sudeste, <strong>para</strong> a capital amazonense. Por outro lado, qualquer medida que onere os<br />

custos industriais na região (por exemplo, a exigência de maior verticalização da<br />

produção) pode deslocar empresas de Manaus <strong>para</strong> outros pontos do país, o que<br />

resultaria em maciço em desemprego no Estado. Portanto, o desenvolvimento de<br />

―clusters‖ industriais em Manaus que venham a adquirir crescente competitividade<br />

internacional, é uma dos principais desafios <strong>para</strong> a região, ao lado do<br />

aprimoramento dos instrumentos e mecanismos de política industrial existente,<br />

representada pelos Processos Produtivos Básicos (PPBs).<br />

A Zona Franca de Manaus (ZFM) deveria se transformar rapidamente em<br />

plataforma de exportação, ainda mais devido ao seu status de ―terceiro país‖ dentro<br />

do Mercosul. É importante que as vendas de insumos e componentes tenham<br />

tratamento equi<strong>para</strong>do às exportações de modo que os fabricantes localizados no<br />

país possam competir em igualdade de condições com os fornecedores de produtos<br />

importados (desonerados do ―Custo Brasil‖ e muitas vezes subsidiados em seus<br />

países de origem) dentro da Zona Franca de Manaus.<br />

3.2.5.6. Concorrência Internacional<br />

No setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, a formação de alianças globais ainda<br />

não é tão aparente quanto a que ocorre em outros setores industriais, como o<br />

automotivo. Nem todos os grandes fabricantes internacionais (global players) têm<br />

unidades industriais no Brasil. Por sua vez, grande parte dos fabricantes que<br />

compõem o complexo são empresas nacionais, sem vínculos muito fortes com<br />

empresas internacionais.<br />

O Japão e a Comunidade Européia, por conta de empresas subsidiárias e<br />

parcerias com fabricantes nacionais, gozam de uma participação importante no<br />

complexo. Os Estados Unidos voltaram a investir de maneira acentuada no Brasil,<br />

visando primordialmente o mercado de telecomunicações e de informática. Já a<br />

Coréia que pretende assumir posição de liderança mundial optou em estabelecer<br />

uma plataforma de produção e exportação no Brasil. Há estudos <strong>para</strong> que empresas<br />

62


de Taipei também venham a se integrar aos pólos indústrias existentes no Brasil e<br />

no Mercosul.<br />

Baseado nos dados obtidos no IBGE, ABINEE e outras fontes, observou-se<br />

que a China é um grande concorrente das empresas instaladas no mercado<br />

brasileiro, como já acontece em boa parte do mundo, aonde a indústria eletrônica<br />

alcança taxas anuais de crescimento superiores às do Brasil. Sua estratégia em<br />

atuar globalmente a partir dos produtos mais simples e mais baratos resultou na<br />

eliminação de diversos produtos antes fabricados no país e na redução do valor<br />

agregado local dos produtos ainda fabricados (EMBASSY BRAZIL, 2006).<br />

A concorrência internacional dentro do mercado brasileiro impõe as seguintes<br />

dificuldades às empresas instaladas no Brasil:<br />

A Alta taxa de inovação (as empresas operam com produtos cujo grau de<br />

obsolescência é ao redor de dois anos, especialmente em<br />

telecomunicações e informática) o que impõe altos níveis de importação,<br />

tanto <strong>para</strong> bens industriais, quanto <strong>para</strong> uso final;<br />

Os fornecedores estrangeiros oferecem condições de financiamento mais<br />

vantajosas do que as vigentes no mercado brasileiro (disponibilidade de<br />

crédito e taxas de juros extremamente atraentes);<br />

Os fornecedores estrangeiros mais agressivos e de países recém-<br />

industrializados oferecem preços inferiores aos praticados no mercado<br />

internacional.<br />

63


4. Panorama Atual<br />

4.1. Mercado<br />

4.1.1. Contextualização<br />

O mercado da automação fornece insumos e bens finais <strong>para</strong> diversos<br />

setores produtivos da economia. As atividades desenvolvidas garantem avanços<br />

tecnológicos <strong>para</strong> a melhoria da competitividade dos diferentes ramos da indústria,<br />

tais como petroquímica, siderurgia, mineração, automobilística, agroindústria,<br />

alimentícia, têxtil, couro e calçados, comunicações, transportes, entre outros, bem<br />

como <strong>para</strong> o setor predial, bancário, comercial e de serviços em geral.<br />

A evolução tecnológica do mercado de automação é constante, envolvendo<br />

uma extensa cadeia de atividades que se inicia na pesquisa científica e termina na<br />

entrada em operação da unidade produtiva. Não há duas plantas exatamente iguais<br />

e, portanto, sua automação dificilmente é passível de padronização.<br />

Os sistemas já existentes são diferentes e requerem sempre adaptações <strong>para</strong><br />

compatibilizar equipamentos novos com os existentes, aplicativos e infraestrutura de<br />

comunicação. Existe a necessidade de padronização dos sistemas, protocolos de<br />

comunicação e maior disseminação de normas técnicas (Apêndices II e III).<br />

Tudo isso faz com que as atividades relativas à automação de processos<br />

industriais demandem mão-de-obra de elevada qualificação (portanto, maiores<br />

salários), o que confirma que a questão dos baixos salários como variável <strong>para</strong><br />

elevar a competitividade das empresas, não é um elemento presente na Indústria de<br />

<strong>Automação</strong>. Entre essas atividades, podem ser destacadas as seguintes:<br />

a) Concepção e projeto de dispositivos: É a etapa com maior conteúdo de<br />

trabalho criativo, que requer a participação de equipe multidisciplinar<br />

constituída por pessoal especializado das áreas de ciências dos materiais,<br />

computação, engenharia mecânica e elétrica;<br />

b) Elaboração de normas e protocolos de automação;<br />

c) Desenvolvimento de software produto;<br />

d) Elaboração de estratégias de automação e controle. Essas estratégias<br />

são determinadas por atuação conjunta da engenharia de controle e<br />

64


automação e da engenharia de processo, que conhecem as variáveis<br />

relevantes e suas relações de causa e efeito;<br />

e) Especificação e dimensionamento dos sistemas de instrumentação;<br />

f) Projeto de detalhamento do sistema de automação;<br />

g) Desenvolvimento e implantação de novas técnicas de controle avançado.<br />

Envolve a utilização de sistemas especialistas, programação de MPC<br />

(controlador preditivo multivariável), entre outros;<br />

h) Fabricação de dispositivos de automação;<br />

i) Desenvolvimento da aplicação de software;<br />

j) Projeto da rede industrial. Projeto da rede de comunicação de dados entre<br />

os instrumentos de campo e os equipamentos de controle e supervisão,<br />

com definição da forma de transmissão de dados, de protocolos de<br />

comunicação e dimensionamento e especificação do cabeamento e dos<br />

dispositivos e/ou equipamentos de transmissão e recepção; e<br />

k) Implantação e operação do sistema de automação. Envolve seleção,<br />

aquisição, instalação, adaptação, ajuste, configuração e teste dos<br />

instrumentos, dispositivos, equipamentos e software que constituem a<br />

plataforma de automação, bem como da rede de comunicação de campo,<br />

e a sua integração.<br />

4.1.2. Análise do Macro-Ambiente e do Micro-Ambiente<br />

O Brasil é um país de grande diversidade tanto cultural quanto física e<br />

estrutural, o que permite analisar diversos segmentos de mercado e situações<br />

contrastantes em suas regiões. A Região Sudeste, por exemplo, concentra grande<br />

parte da população e um desenvolvimento industrial destacável quando com<strong>para</strong>do<br />

ao de outras regiões, com grande movimentação no mercado financeiro, com mão-<br />

de-obra especializada, mas de alto custo. Uma análise desse contexto é primordial<br />

<strong>para</strong> se estabelecerem metas e programas.<br />

No âmbito do comércio exterior, o Brasil mantém bom relacionamento e<br />

acordos com diversos países e blocos econômicos. É integrante do MERCOSUL,<br />

juntamente com Argentina, Paraguai e Uruguai.<br />

65


O mercado eletroeletrônico brasileiro é o segmento mais dinâmico, de maior<br />

crescimento e que menos contribui <strong>para</strong> a erosão dos postos de trabalho nas<br />

indústrias. Em contrapartida, apresenta altos volumes de importação e altos índices<br />

de substituição de produtos fabricados no país por produtos importados.<br />

A análise aprofundada desses cenários será apresentada no decorrer deste<br />

trabalho, <strong>para</strong> que se possa ter um panorama geral do mercado brasileiro, do ponto<br />

de vista interno e externo.<br />

4.1.3. Mercado Nacional 1<br />

4.1.3.1. Oferta no Mercado Nacional<br />

Uma multiplicidade de empresas <strong>–</strong> cerca de 1.500, de acordo com a ISA<br />

(2007), de portes variados, atuam na oferta de produtos e sistemas <strong>para</strong> a<br />

automação do controle de processos industriais no país. A caracterização permite<br />

afirmar que: (GUTIERREZ e PAN, 2008).<br />

Empresas internacionais, instaladas no país, são equivalentes a<br />

aproximadamente 30% do total das empresas instaladas, que oferecem<br />

amplo espectro de produtos e soluções completas de automação;<br />

Micro e pequenas empresas integradoras, em muitos casos, formadas por<br />

ex-funcionários de empresas internacionais, que atuam de forma<br />

independente ou associada a fabricantes de equipamentos; e<br />

Pequenas e médias empresas, formadas com capital nacional, que<br />

oferecem um espectro limitado de produtos <strong>–</strong> hardware e/ou software,<br />

desenvolvidos com tecnologia própria, sendo que raramente oferecem<br />

sistemas completos de automação.<br />

Segundo Gutierrez e Pan (2008), o mercado brasileiro é fortemente<br />

competitivo e dominado por empresas internacionais, líderes mundiais do mercado<br />

de <strong>Automação</strong> Industrial <strong>–</strong> ABB, Emerson, GE Fanuc, Honewell, Invensys, Rockwell,<br />

Schneider, Siemens e Yokogawa, além de algumas empresas nacionais que<br />

desenvolveram tecnologias próprias e competitivas dentro do mercado, como é o<br />

1 A redação dos itens 4.1.3.1 até 4.1.4.3 baseia-se fortemente em Gutierrez e Pan (2008).<br />

66


caso da ALTUS, BCM, COESTER, ECIL, ELIPSE, SENSE, SMAR e WEG, dentre<br />

outras, conforme apresentado no Quadro 2 a seguir.<br />

Quadro 2 - Principais Fabricantes Nacionais Ligados à <strong>Automação</strong> Industrial.<br />

Empresa Linha de Produtos<br />

Altus CLPs e soluções completas<br />

Atan (Accentury) Provedor de software e soluções completas<br />

BCM CLPs e outros dispositivos de controle<br />

Coester Atuadores de válvulas<br />

Ecil Dispositivos de controle <strong>para</strong> sistemas elétricos<br />

Elipse Software Supervisores (SCADA)<br />

Novus Dispositivos de controle<br />

Presys Dispositivos de controle<br />

Sense Sensores<br />

Smar Dispositivos de controle e soluções completas<br />

Spin Software Supervisório (SCADA)<br />

Taurus Máquinas de Controle Numérico (CNC)<br />

Trisolutions Provedor de software e soluções completas<br />

WEG<br />

Fonte: Gutierrez e Pan, 2008.<br />

Inversores de frequência, dispositivos de controle e proteção e<br />

soluções completas em automação<br />

Todas elas estão presentes no país e atuam de forma abrangente,<br />

oferecendo soluções completas <strong>–</strong> hardware, software e serviços <strong>–</strong> que incorporam<br />

tecnologias no estado da arte. Atuam tanto diretamente como também por meio de<br />

integradores e representantes comerciais.<br />

A partir do surgimento de protocolos digitais abertos de comunicação, essas<br />

empresas vêm adotando práticas de maior flexibilização na oferta de pacotes de<br />

automação, com a possibilidade de inserção nos seus pacotes de equipamentos e<br />

software de outros fornecedores, favorecendo a solução de integração de<br />

automação. As estratégias dessas empresas não contemplam o desenvolvimento<br />

nem a fabricação local de dispositivos que são importados.<br />

As atividades que realizam no país restringem-se ao desenvolvimento e à<br />

integração das soluções finais (aplicações) <strong>para</strong> as plantas industriais. A utilização<br />

de mão-de-obra local limita-se às etapas de comercialização e implantação dos<br />

sistemas e produtos nos clientes.<br />

67


No extremo oposto, identifica-se um grupo de empresas de origem local, na<br />

maioria de pequeno e médio porte, que vêm conseguindo manter-se há anos em um<br />

mercado de forte concorrência, dominado por competidores de potencial técnico e<br />

financeiro muito superior. Tais empresas ofertam produtos inteiramente<br />

desenvolvidos no país com capacitação própria. As empresas mais conhecidas<br />

desse grupo estão identificadas no Quadro 2 anteriormente apresentado.<br />

De maneira geral, essas empresas nacionais possuem um portfólio de<br />

produtos limitado, em função do seu pequeno porte ou de sua origem em outro<br />

setor. À exceção da WEG, pode-se afirmar que o faturamento agregado desse grupo<br />

de empresas não ultrapassa umas poucas centenas de milhões de reais, valor<br />

muitas vezes inferior ao do faturamento de qualquer uma das grandes fornecedoras<br />

internacionais apresentadas anteriormente.<br />

Poucas são as empresas que fornecem um leque amplo de soluções, como<br />

as apresentadas no Quadro 2, competindo diretamente com as grandes marcas<br />

internacionais. Isso leva a uma atuação predominante no mercado de reposição e de<br />

fornecimento de pequenos sistemas ou em nichos particulares, como o das usinas<br />

de açúcar e de álcool.<br />

Segundo Gutierrez e Pan (2008), entretanto, essas empresas têm conseguido<br />

não apenas se manter no mercado interno como também se internacionalizar,<br />

criando bases próprias de comercialização e assistência técnica em vários países. O<br />

efeito de sua atuação sobre a economia, em especial a geração de renda e<br />

empregos altamente qualificados, é radicalmente diverso do das empresas<br />

internacionais, pois dinamizam toda a cadeia de atividades ligadas à automação<br />

dentro do país, sobretudo a estrutura de pesquisa tecnológica e científica.<br />

O percentual da força de trabalho vinculada às atividades de P, D & I de alta<br />

qualificação nessas empresas varia entre 10% e 15% do total, correspondendo a um<br />

investimento anual em P, D & I superior a 5% do faturamento.<br />

Várias dessas empresas têm sido beneficiadas pela Lei de Informática (Lei<br />

10.176, de 11.1.2001), que possibilita a redução do Imposto sobre Produtos<br />

Industrializados (IPI), devido ao incentivo sobre os produtos de TI, desde que<br />

fabricados no Brasil por empresas que aplicam em P, D & I. Diversas empresas têm<br />

sido contempladas também em editais da Financiadora de <strong>Estudo</strong>s e Projetos -<br />

68


FINEP, a qual, aplicando recursos de variadas origens, apóia os investimentos em P,<br />

D & I de empresas, tanto internamente quanto em parceria com instituições<br />

científicas e tecnológicas (ICT). Todavia, deve-se ressaltar que tais benefícios são<br />

facultados a qualquer empresa que invista seriamente nessas atividades, sem<br />

discriminação de origem de capital.<br />

Como exemplo de investimentos em P, D & I, pode-se citar o caso da<br />

empresa Altus, que, em atendimento a um edital de microeletrônica, em 2005,<br />

encomendou o desenvolvimento de um circuito integrado específico, <strong>para</strong> integração<br />

a seus CLPs, ao Centro de Excelência em Tecnologia <strong>Eletrônica</strong> Avançada<br />

(CEITEC). Conforme amplamente noticiado pela imprensa, esse trabalho foi<br />

concluído com grande sucesso.<br />

A WEG é outra empresa que tem vários projetos de pesquisa no segmento<br />

de <strong>Automação</strong> Industrial com várias universidades do país e no exterior. É<br />

importante esclarecer que trabalhos dessa natureza são custeados pelo Estado<br />

brasileiro como forma de mitigar os riscos tecnológicos e financeiros associados ao<br />

projeto, mas sempre cabe à fabricante parceira que irá explorar economicamente os<br />

seus resultados uma contrapartida sob a forma de aporte financeiro ao projeto,<br />

naturalmente proporcional ao porte da empresa.<br />

Outros importantes recursos <strong>para</strong> P, D & I no segmento de <strong>Automação</strong><br />

Industrial, <strong>para</strong> empresas e ICTS, provêm de aplicações obrigatórias nessas<br />

atividades por parte de empresas concessionárias e permissionárias de distribuição,<br />

geração e transmissão de energia elétrica, bem como de concessionárias <strong>para</strong><br />

exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e/ou gás natural. Nos dois<br />

casos, parte dos recursos é destinada a fundos aplicados pela FINEP e outra parte é<br />

aplicada diretamente pelas concessionárias, internamente ou em parceria com<br />

empresas fornecedoras e ICTS do setor.<br />

É importante observar que os benefícios da Lei de Informática não têm sido<br />

suficientes <strong>para</strong> sensibilizar os fornecedores internacionais, tendo em vista que os<br />

sistemas automáticos de controle industrial são compostos por uma significativa<br />

parcela de serviços e também porque vários dos dispositivos utilizados em tal<br />

sistema, especialmente os medidores, são de natureza eletromecânica, não sendo<br />

abrangidos por aquela lei.<br />

69


Sobre a participação nos mercados de cada tipo de sistema de controle, tem-<br />

se no Brasil a mesma situação do mercado mundial de SDCDs, liderado<br />

majoritariamente por Emerson, Yokogawa, Honeywell e ABB. Nenhuma das<br />

empresas nacionais fornece SDCDs. No Gráfico 8, pode-se observar a distribuição<br />

de CLPs no mercado brasileiro, destacando-se a presença de um fabricante nacional<br />

com forte presença entre os fabricantes internacionais.<br />

Gráfico 8 - Mercado Nacional de CLP.<br />

Fonte: Empresa do Setor, 2007.<br />

Segundo Gutierrez e Pan (2008), na categoria identificada por Outras Locais,<br />

destacam-se a Atos, a BCM, a Novus, a Smar e a WEG. A empresa Atos, criada há<br />

mais de 30 anos, foi adquirida pela Schneider em agosto de 2007. Esse último fato,<br />

bem como a aquisição da Atan pela Accenture, ocorrida em abril de 2008, são<br />

sintomas da importância que o crescimento do mercado brasileiro de automação<br />

vem adquirindo em âmbito internacional.<br />

Em dezembro de 2008 a WEG foi destacada pela Frost & Sullivan como uma<br />

empresa inovadora na área de controle de processos industriais nos mercados<br />

emergentes.<br />

Cabe observar que a Frost & Sullivan realizou um estudo específico sobre o<br />

mercado brasileiro e mexicano de SDCDs e constatou-se que este mercado tem<br />

perspectivas de atingir US$ 926 milhões em 2012. Em suas conclusões, tal estudo<br />

recomendou a intensificação das atividades comerciais das empresas de automação<br />

70


industrial nesses países, frisando a necessidade de contratação de profissionais de<br />

engenharia de software experientes <strong>para</strong> atender melhor aos clientes.<br />

O CNC, por sua vez, chegou a ser fabricado no país na época da reserva de<br />

mercado <strong>para</strong> informática, que abrangia também equipamentos de eletrônica digital<br />

<strong>para</strong> controle de processos industriais. Naquela época, houve o desenvolvimento e a<br />

produção de CNCs brasileiros pela Digicon e pela Romi, tradicional fabricante de<br />

máquinas-ferramenta. Entretanto, desde o fim da reserva, o próprio mercado<br />

mundial sofreu significativas mudanças, de forma que atualmente apenas um CNC é<br />

fabricado no país, pela Romi, que o incorpora a algumas de suas máquinas. O<br />

restante do mercado utiliza CNCs importados, principalmente da GE Fanuc e da<br />

Siemens. Também não existe fabricação local de robôs, que são fornecidos ao<br />

mercado por meio de importação.<br />

Atualmente, CNCs são fabricados localmente pela MCS e a WEG fabrica os<br />

servoacionamentos aplicados em máquinas-ferramenta.<br />

4.1.3.2. Demanda do Mercado Nacional<br />

A demanda por recursos de automação industrial pode ser segmentada,<br />

segundo os seus objetivos, em reposição de dispositivos e produtos antigos,<br />

modernização e expansão de linhas existentes e implantação de projetos totalmente<br />

novos. De forma geral, os projetos de modernização são aqueles que apresentam<br />

maior demanda por serviços de integração, função da necessidade de adaptação<br />

dos recursos mais modernos, baseados em tecnologias digitais, aos sistemas<br />

legados, normalmente baseados em tecnologias antigas, como pneumáticas e<br />

analógicas.<br />

Dadas as diferenças entre os competidores acima mostradas, são as<br />

empresas multinacionais dominantes que normalmente fornecem os principais<br />

pacotes de automação, ou seja, são elas as responsáveis pela totalidade do<br />

fornecimento da solução de automação das grandes plantas industriais. Isso é<br />

verdadeiro tanto <strong>para</strong> os novos projetos quanto <strong>para</strong> os projetos de modernização de<br />

unidades completas de plantas já existentes.<br />

Nesse caso, a participação de qualquer outro fornecedor, na qualidade de<br />

subcontratado, é eventual, e ocorre caso haja uma exigência do cliente, ou pelo uso<br />

71


de um produto em particular, ou pela redução de custo em um dado dispositivo. Isso<br />

porque nem sempre o fornecedor do pacote dispõe entre seus produtos de<br />

dispositivos que atendam à totalidade dos requisitos especificados, inclusive a<br />

relação custo/benefício.<br />

Uma vez que não existe produção local de dispositivos nem de software por<br />

parte das grandes fornecedoras internacionais, cada um desses projetos é<br />

basicamente atendido por importação, sendo muito baixa no país a geração de<br />

empregos associada. No entanto, o caso é mais grave quando se trata de plantas<br />

industriais novas, pois, dependendo do grau de dependência tecnológica do<br />

investidor brasileiro, muitas vezes a venda do pacote de automação é fechada por<br />

acordo entre a empresa licenciadora da tecnologia do processo e a empresa<br />

fornecedora do sistema de automação, sem qualquer possibilidade de abertura do<br />

fornecimento a terceiros.<br />

Por outro lado, o pequeno porte das fornecedoras locais de automação <strong>para</strong><br />

controle de processos e a indisponibilidade de produtos como o SDCD não permitem<br />

a sua participação na liderança de grandes negócios.<br />

Os fornecimentos de reposição ou de sistemas de pequeno ou médio porte ou<br />

ainda com características de nicho, que muitas vezes não interessam às empresas<br />

dominantes, são atendidos pelas ofertas independentes: integradoras, fabricantes de<br />

dispositivos e desenvolvedores de software. Entretanto, eventuais parcerias <strong>para</strong><br />

fornecimento de pequenos pacotes fazem-se necessárias, tendo em vista limitações<br />

do portfólio de produtos.<br />

4.1.4. Mercado Internacional<br />

4.1.4.1. Evolução do Comércio Internacional<br />

O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é constituído, predominantemente, por<br />

médias e grandes empresas. É um segmento que apresenta como característica<br />

básica o uso intensivo de inovações tecnológicas e de insumos como o silício, base<br />

constante do processo produtivo, mas com um grau de dependência de exportações<br />

muito forte. Isto se deve ao fato do Brasil não possuir empresas fabricantes de peças<br />

e outros materiais relacionados aos eletroeletrônicos <strong>para</strong> atender a demanda dos<br />

72


grandes setores industriais do próprio segmento e de outros segmentos que<br />

dependem de automação industrial, peças, componentes e materiais diversos.<br />

O setor eletroeletrônico e outras empresas que utilizam componentes e<br />

equipamentos diversos dependem do mercado internacional, que apresenta<br />

constante ascensão, mas pode acarretar um desequilíbrio importante da balança<br />

comercial.<br />

Um dos principais objetivos deste estudo é de apresentar o Brasil em sua<br />

estrutura física, cultural e econômica, apresentando análises de oportunidades <strong>para</strong><br />

o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e alguns pontos fracos deste mercado, como<br />

por exemplo, dependência atual de importações.<br />

4.1.4.2. Mercado Mundial - Oferta<br />

Os primeiros SDCDs chegaram ao mercado em 1975 pelas mãos da<br />

Honeywell, Yokogawa e Bristol, incorporada pela Emerson, mais tarde seguidas pela<br />

Bailey (incorporada pela ABB) e Foxboro, hoje, do grupo Invensys. Na década<br />

seguinte, começaram a ser utilizados alguns padrões de TI (Tecnologia da<br />

Informação), como o sistema operacional UNIX, o protocolo TCP/IP e as redes<br />

Ethernet, embora de forma ainda restrita. Datam dessa época, também, as primeiras<br />

tentativas de integração de CLPs e SDCDs.<br />

Pressões de mercado marcaram os anos 1990, fazendo com que fosse<br />

adotada a interface Windows e, principalmente, a padronização do barramento de<br />

campo, com a consolidação dos protocolos FF e Profibus. Novos produtos surgiram<br />

no mercado nessa época, fazendo uso de barramento de campo, trazidos pela ABB,<br />

Emerson, Siemens e Yamatake.<br />

Intensivo em hardware, quase todo proprietário, o SDCD sentiu fortemente o<br />

impacto do lançamento no mercado de componentes eletrônicos padronizados,<br />

como microprocessadores e microcontroladores da Intel e Motorola, tornando<br />

insustentável manter os altos preços dos sistemas, como havia sido a prática até<br />

então.<br />

Tal disponibilidade de componentes, somada ao crescimento da capacidade<br />

de processamento e de comunicação de outros dispositivos de controle, propiciou<br />

que fabricantes de CLPs usassem sua experiência <strong>para</strong> ingressar no mercado de<br />

73


SDCDs, caso da Rockwell e da Schneider. Em resposta, os tradicionais fabricantes<br />

de SDCDs lançaram novas gerações de produtos, consolidando a tendência de<br />

combinar os conceitos e as funcionalidades do CLP e do SDCD.<br />

Os fornecedores de SDCD resolveram também mudar de estratégia.<br />

Verificaram que o mercado de hardware nos países centrais estava alcançando a<br />

saturação. A maior parte dos sistemas havia sido instalada nas décadas de 1970 e<br />

1980, e o longo tempo de vida dos sistemas, algo em torno de quinze a vinte anos,<br />

apontava <strong>para</strong> um mercado de reposição no Primeiro Mundo.<br />

Um grande novo mercado surgia nas regiões de maior crescimento industrial:<br />

China, América Latina e Leste Europeu. Por outro lado, a padronização possibilitou a<br />

entrada no mercado de hardware de um grande número de empresas menores,<br />

além desse mercado estar sujeito à forte concorrência com a fabricação asiática,<br />

especialmente da China.<br />

Assim, os fornecedores de SDCD iniciaram a transição <strong>para</strong> um modelo de<br />

negócios baseado em software e serviços, expandindo seu portfólio com a oferta de<br />

novas ferramentas e funcionalidades.<br />

Tais fornecedores estão, cada vez mais, consolidando suas operações e<br />

assumindo o papel de integradores, responsáveis únicos por todo um sistema de<br />

automação do controle de um projeto.<br />

Quanto ao CLP, foi lançado pela Modicon (incorporada à Schneider) durante<br />

os anos 1970, embora tenha ganhado maior projeção somente durante a década<br />

seguinte. A partir daí, o seu crescimento fez com que, atualmente, um grande<br />

número de processos industriais fizesse uso de CLPs, especialmente aqueles que<br />

não necessitavam de uma solução proprietária ou que, por outro lado, requeiram alta<br />

flexibilidade. A possibilidade de conexão de IHM e de comunicação em rede com<br />

protocolos padronizados ampliou sua utilização também em SDCDs e sistemas<br />

SCADA. Alguns fornecedores de SDCD lançaram seus próprios modelos de CLP.<br />

Além da Schneider, são tradicionais fornecedores de CLP a Allen-Bradley<br />

(incorporada pela Rockwell), a ABB, a Honeywell, a Omron e a General Electric, hoje<br />

associada à japonesa Fanuc.<br />

74


Na exposição acima, verifica-se a ocorrência de um intenso processo de<br />

consolidação no segmento nos últimos anos. Diversos tradicionais fornecedores são<br />

agora marcas de corporações multinacionais que ostentam grandes portfólios de<br />

produtos e soluções integradas, uma vez que há superposição e complementaridade<br />

entre soluções SDCD, CLP e SCADA, esta última normalmente referida como<br />

software. Assim, podem ser citados como expoentes atuais no mercado mundial de<br />

controle de processos industriais os seguintes ABB (fusão entre Asea e Brown-<br />

Boveri, incorporou a Bailey);<br />

Emerson (incorporou a Bristol, a Fisher e a Rosemount);<br />

GE-Fanuc (joint venture entre as empresas General Electric e Fanuc,<br />

japonesa);<br />

Honeywell;<br />

Invensys (incorporou a Foxboro);<br />

Rockwell (incorporou a Allen-Bradley);<br />

Schneider (incorporou Modicon e Telemecanique);<br />

Siemens; e<br />

Yokogawa.<br />

Os investimentos em P, D & I dessas empresas são elevados, equivalendo a<br />

parcelas significativas do seu faturamento. A Tabela 2 apresenta alguns dados sobre<br />

as empresas relativas ao ano de 2007, fornecendo um panorama de seu potencial<br />

competitivo.<br />

75


Tabela 2 - Faturamento dos Principais Fabricantes Internacionais Ligados à <strong>Automação</strong><br />

Industrial.<br />

Empresa<br />

Faturamento<br />

(US$ Bilhões)<br />

% Faturamento<br />

(<strong>Automação</strong><br />

Industrial)<br />

76<br />

Dispêndios em P, D & I<br />

(% Faturamento Total)<br />

ABB 29,2 27,0 3,9<br />

Emerson 22,0 45,0 1,8<br />

GE Fanuc n.d. n.d. n.d.<br />

Honeywell 34,1 36,6 4,2<br />

Invensys 5,1 45,2 2,8<br />

Rockwell 5,0 100,0 2,4<br />

Schneider 25,5 28,5 2,4<br />

Siemens 102,0 22,9 4,9<br />

Yokogawa 5,0 100,0 7,0<br />

Fonte: INTECH, 2008.<br />

Nos mercados de cada tipo de sistema de controle, existe ainda o predomínio<br />

de um grupo ou outro de empresas, certamente por causa da origem e do histórico<br />

de atuação. Assim, o mercado de SDCDs é liderado por Emerson, Yokogawa,<br />

Honeywell e ABB. Já o mercado de CLPs é liderado pela Siemens e pela Rockwell.<br />

4.1.4.3. Mercado Mundial - Demanda<br />

Segundo Gutierrez e Pan (2008), John Pfeiffer em artigo publicado na revista<br />

InTech, de fevereiro de 2005, estima que o faturamento total naquele ano do<br />

segmento de controle industrial no mundo em termos de equipamentos, sistemas e<br />

serviços foi da ordem de US$ 99 bilhões. Já os serviços de integração de sistemas<br />

<strong>para</strong> este mesmo ano, segundo a Control Systems Integrators Association (CSIA),<br />

atingiram o montante de US$ 20 bilhões.<br />

Em 2007, de acordo com a consultoria ARC Advisory Group, as vendas de<br />

automação no mundo ultrapassaram US$ 50 bilhões, sendo US$ 32 bilhões <strong>para</strong> a<br />

automação de processos contínuos e US$ 18 bilhões <strong>para</strong> a automação de<br />

processos discretos. Quanto às perspectivas, a empresa projeta um crescimento<br />

<strong>para</strong> o setor, até o ano de 2011, de 9,6% a.a. <strong>para</strong> a automação de processos e de<br />

6,8% a.a. <strong>para</strong> a automação discreta.<br />

Assim, apesar da carência de dados consolidados e publicamente<br />

disponibilizados, é possível estimar que o volume total de faturamento envolvendo a


cadeia de automação industrial no mundo se situa entre US$ 70 bilhões e US$ 100<br />

bilhões, com perspectivas otimistas de crescimento.<br />

Já o mercado mundial de CLPs, ainda segundo a ARC, alcançou US$ 9<br />

bilhões em 2007, sendo esperado um crescimento anual até 2012 de 6,5% a.a. É<br />

interessante observar que esse crescimento é puxado pelos países emergentes,<br />

principalmente os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e os do Leste Europeu<br />

(GUTIERREZ e PAN, 2008). Observa-se que as estimativas acima foram realizadas<br />

antes da crise que se iniciou em setembro de 2008 e estender-se-á, ao menos, por<br />

este ano de 2009. Entende-se que as previsões <strong>para</strong> 2011 e 2012 poderão ser<br />

afetadas.<br />

4.1.5. Efeitos da Globalização do Mercado<br />

A globalização do mercado de eletrônica <strong>para</strong> automação vem trazendo<br />

importantes mudanças o, dentre elas:<br />

Processo intenso e crescente de aquisições e fusões no complexo<br />

eletroeletrônico como aconteceu com alguns protagonistas como a<br />

Whirlpool, Electrolux, SEB e a General Electric;<br />

A globalização também está causando o aporte de novos investimentos;<br />

As ações propostas <strong>para</strong> o complexo deverão incrementar os<br />

investimentos explícitos sensivelmente em curto prazo;<br />

Melhoria da produtividade no complexo é uma das mais acentuadas no<br />

cenário industrial brasileiro e mundial;<br />

Melhoria da qualidade. O complexo apresenta a maior população de<br />

empresas certificadas dentro do setor;<br />

A atualização tecnológica dos produtos fabricados no país alcançou<br />

praticamente a dos países líderes, com investimentos cada vez maiores<br />

em P, D & I; e<br />

Os preços dos produtos da área de automação variaram menos do que o<br />

restante da indústria, apresentando estabilidade ao longo do ano passado.<br />

77


4.1.6. Análise do Mercado da Indústria de <strong>Automação</strong><br />

A seguir serão apresentadas informações relevantes <strong>para</strong> análise do Mercado<br />

de Indústria de <strong>Automação</strong>, classificadas dentro dos segmentos de <strong>Automação</strong><br />

Industrial, Predial, Comercial e Bancária.<br />

4.1.6.1. Segmento de <strong>Automação</strong> Industrial<br />

Na Tabela 3 é apresentada uma análise de mercado do segmento de<br />

<strong>Automação</strong> Industrial, sendo apresentados, os principais produtos, informações da<br />

disponibilidade de tecnologias no Brasil, e informações de faturamento no mercado<br />

nacional e mundial. Outra informação importante de análise é o mercado mundial de<br />

controladores programáveis desse segmento, conforme mostra a Tabela 4.<br />

É importante destacar que o segmento de <strong>Automação</strong> Industrial no Brasil tem<br />

uma interação muito forte com os setores de Óleo e Gás Natural, sendo importante<br />

dados desses setores na análise de mercado. A Tabela 5 apresenta informações do<br />

Mercado de Integração de Sistemas <strong>para</strong> os setores de Óleo e Gás Natural, com<br />

previsão de US$ 22,5 bilhões <strong>para</strong> o período de 2008-2012. A Tabela 6 apresenta<br />

informações do Mercado de Integração de Sistemas <strong>para</strong> os setores de Óleo e Gás<br />

Natural, onde no plano anterior eram previstos investimentos da ordem de US$ 10<br />

bilhões / ano enquanto o plano atual prevê investimentos da ordem de US$ 12,6<br />

bilhões / ano.<br />

78


Tabela 3 <strong>–</strong> Análise de Mercado do Segmento de <strong>Automação</strong> Industrial.<br />

Produtos <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> Industrial<br />

Disponibilidade<br />

de Tecnologia<br />

no Brasil<br />

79<br />

Mercado Mundial<br />

(Milhões de US$)<br />

Mercado<br />

Brasileiro<br />

(Milhões de US$)<br />

Controlador Programável (CP) Sim 10.000 100<br />

Relé Programável Não 600 6<br />

IHMs (Interfaces Homem-Máquina) Sim 1.000 10<br />

Inversores <strong>para</strong> motores AC Sim 15.000 150<br />

Sistemas de Acionamento <strong>para</strong><br />

motores de máquinas operatrizes<br />

Não 3.000 30<br />

Fontes de Alimentação Sim 1.600 16<br />

CNC (Controle Numérico) Não 5.000 50<br />

Sistemas de Sincronismo e Power<br />

Quality<br />

CCMi (Centros de Controle de<br />

Motores Inteligentes)<br />

Sim 2.000 20<br />

Sim 25.000 250<br />

Sensores Máquinas Sim 1.000 10<br />

Instrumentação Industrial Sim 5.000 50<br />

Acionamentos de válvulas Industriais Sim 7.000 70<br />

Controladores de Segurança (SIL) Não 1.000 10<br />

Controladores de Área Classificada<br />

(EX)<br />

Sim 1.000 10<br />

Software Supervisão (SCADA) Sim 3.000 30<br />

Redes Industriais e equipamentos<br />

relacionados<br />

Sim 1.500 15<br />

Dispositivos Robóticos Não 200.000 200<br />

SDCD Não 300.000 300<br />

Equipamentos <strong>para</strong> condicionamento<br />

de energia<br />

Sim 30.000 30<br />

Remotas Área Elétrica - IEC61850 Não 2.000 20<br />

RVs e RTs Sim 4.000 40<br />

Relés <strong>para</strong> Proteção Elétrica Não 5.000 50<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Total - 623.700 1.467


Segmentos do Mercado<br />

Mundial de CPs<br />

Tabela 4 - Segmentos do Mercado Mundial de CPs.<br />

2006<br />

(Milhões de<br />

US$)<br />

Percentual<br />

80<br />

Projeção 2011<br />

(Milhões de<br />

US$)<br />

Percentual CAGR<br />

Cimento e Vidro 84,6 1% 111,1 0,90% 5,60%<br />

Químico 382,8 4,60% 514,7 4,30% 6,10%<br />

Energia Elétrica 369,1 4,40% 570,5 4,80% 9,10%<br />

Alimentos e Bebidas não<br />

alcoólicas<br />

981,9 11,80% 1.429,40 12,10% 7,80%<br />

Metal e Mineração 232,3 2,80% 369,1 3,10% 11,70%<br />

Óleo e Gás 208,8 2,50% 363 3,10% 9,70%<br />

Farmacêutico 371,2 4,50% 535,4 4,50% 7,60%<br />

Papel e Celulose 269,7 3,20% 355,9 3% 5,70%<br />

Refino 4,5 8,90% 5,4 9,90% 5,60%<br />

Água e Esgoto 501 6,00% 803,2 6,80% 9,90%<br />

Automotivo 1.305,40 15,70% 1.698,10 14,30% 5,40%<br />

<strong>Automação</strong> Predial 276,3 3,30% 423,2 3,60% 8,90%<br />

Elétrico 278 3,30% 346,4 2,90% 4,50%<br />

Eletrônico 648,2 7,80% 863,3 7,30% 5,90%<br />

Metalúrgico 559,6 6,70% 766,7 6,50% 6,50%<br />

Fabricante de Máquinas 1.016,80 12,20% 1.557,30 13,20% 8,90%<br />

Outros 764,2 9,20% 1.021,00 8,60% 6%<br />

Total * 8.340,40 100% 11.834,00 100% 7,30%<br />

Fonte: Relatório ARC, 2007.<br />

Observação: * O valor de US$ 8340.40 milhões refere-se à venda de equipamentos<br />

(aproximadamente US$ 5.500 milhões) acrescida de pequenos serviços associados.


Tabela 5 <strong>–</strong> Segmento de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas <strong>–</strong> Óleo & Gás.<br />

Segmento de Negócio<br />

81<br />

Valores em US$ Bilhões<br />

Petrobras Petrobras Diferença<br />

2007-2011 2008-2012 (%)<br />

E&P 49.3 65.1 32%<br />

RTC 21.9 (*) 29.6 35%<br />

G&E 7.3 (*) 6.7 -8%<br />

Petroquímica 3.3 4.3 30%<br />

Distribuição 2.3 2.6 13%<br />

Biocombustível 1.2 1.5 25%<br />

Corporativo 1.8 2.5 39%<br />

Total 87.1 112.4 29%<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

(*) No plano 2007-2011 contemplava investimentos em biocombustíveis.<br />

Tabela 6 <strong>–</strong> Área de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas <strong>–</strong> Óleo & Gás.<br />

Área de Negócio<br />

Investimento<br />

Doméstico<br />

Colocação no<br />

Mercado<br />

Nacional<br />

Valores em US$ Bilhões<br />

Conteúdo<br />

Nacional<br />

2008-2012 2008-2012 (%)<br />

E&P 54.6 29.5 54%<br />

Abastecimento 31.4 24.3 77%<br />

G&E 6.6 5.0 76%<br />

Distribuição 2.5 2.4 100%<br />

Áreas Corporativas 2.3 1.9 80%<br />

Total 97.4 63.1 65%<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

4.1.6.2. Segmento de <strong>Automação</strong> Predial<br />

Os projetos de automação predial e empresarial valorizam o estilo de vida do<br />

individuo e proporcionam maior conforto e comodidade. Aliando tecnologia na<br />

fronteira do conhecimento com a automatização de sistemas, a automação


esidencial pode superar as expectativas na elaboração de projetos especiais<br />

personalizados de acordo com a necessidade de cada pessoa.<br />

O impacto do segmento de <strong>Automação</strong> Predial no mercado pode ser<br />

considerado ainda recente no Brasil e muito ligado ao setor de serviços, com um<br />

número reduzido de empresas nacionais associadas, com poucos valores<br />

divulgados <strong>para</strong> uma análise de mercado, mas em crescente e forte evolução.<br />

Como acontece com qualquer processo de inovação tecnológica, a<br />

concepção, produção e operação dos sistemas de automação predial, ainda se<br />

ressente de profissionais adequadamente formados e de regras e práticas claras nas<br />

relações projetista-cliente e fabricante-cliente. Os compradores estão cada vez mais<br />

exigentes e exigindo qualidades dos produtos. Em geral, os sistemas vendidos na<br />

maior parte dos edifícios de escritórios têm muito mais marketing do que eficiência e<br />

utilidade.<br />

Os profissionais que atuam em projeto e manutenção de sistemas, por<br />

inexistência de cursos de formação específica <strong>–</strong> que deveriam integrar<br />

conhecimentos de mecânica, instalações prediais, elétrica, eletrônica e<br />

instrumentação ou são egressos da área comercial das empresas fabricantes com<br />

foco nos aspectos comerciais, ou da área de <strong>Automação</strong> Industrial com foco nos<br />

aspectos técnicos do problema. Ainda existem muito poucos profissionais que<br />

conseguem aliar os dois aspectos e no Brasil ainda não existe programa de<br />

graduação em gerenciamento de recursos. Como os clientes e profissionais do setor<br />

imobiliário ainda não têm conhecimento ou experiência com projetos de automação,<br />

e como não existe uma preocupação com nas demandas do cliente, o mercado de<br />

projetos e consultoria tem sido predominantemente ocupado por profissionais do<br />

primeiro grupo, que trabalham em parceria com os fabricantes <strong>–</strong> em geral grandes<br />

empresas multinacionais que se valem da inexistência de regulamentação <strong>para</strong><br />

disseminar sistemas fechados, do ponto de vista de operação, consolidando uma<br />

prática semelhante à utilizada pelos fabricantes de elevadores. Na maioria dos<br />

edifícios ―inteligentes‖, a manutenção dos sistemas de automação acaba sendo<br />

realizada pelo próprio fabricante.<br />

82


4.1.6.2.1. Benefícios do Mercado<br />

Atualmente a <strong>Automação</strong> Predial tem ganhado força e garantido seu espaço<br />

nas residências de todo o mundo, onde além dos benefícios usuais, como conforto,<br />

segurança, comunicação e até status. A <strong>Automação</strong> Predial pode propiciar economia<br />

e sustentabilidade aos utilizadores, tais como:<br />

i. Conservação de Energia: Através da melhor precisão no sistema de<br />

comando com uso da eletrônica e automatização dos procedimentos tem-<br />

se a eliminação de desperdícios. Além disto, rotinas de tarefas e novos<br />

métodos de controle permitem processos mais eficientes;<br />

ii. Conforto Ambiental: A própria otimização das rotinas de controle e o<br />

aumento da precisão do sistema possibilita redução dos tempos<br />

de resposta, o que proporciona a manutenção dos ambientes dentro dos<br />

parâmetros de controle;<br />

iii. Supervisão Predial: Toda sua instalação pode ser resumida na tela de<br />

um computador (on-line), com telas gráficas, alarmes e relatórios emitidos<br />

e/ou arquivados automaticamente. Isto constitui poderosa ferramenta <strong>para</strong><br />

diagnose preventiva e corretiva de problemas; e<br />

iv. Confiabilidade: A operação, o controle dos sistemas, a identificação e<br />

visualização de defeitos passam a ser automáticos, ficando independentes<br />

de falha humana.<br />

Por outro lado, instalações automatizadas apresentam inúmeras vantagens<br />

sobre as convencionais, como por exemplo:<br />

i. Flexibilidade: Possibilidade de alteração das características<br />

operacionais de sistemas por mudanças nos softwares, em vez de<br />

correções ou atualizações, tornando possível, alterações substanciais<br />

nas maneiras de funcionamento com baixíssimo ou até nenhum custo;<br />

ii. Dimensões: Compactação dos elementos de comando e acionamento<br />

de sistemas elétricos através do uso da microeletrônica e eletrônica de<br />

potência, valorizando o espaço e sua ocupação, bem como minimizando<br />

possibilidades de interferência física entre as diversas instalações;<br />

83


iii. Confiabilidade: Menor desgaste dos elementos devido à substituição de<br />

mecanismos eletromecânicos por eletrônicos (estáticos <strong>–</strong> chaves<br />

estáticas);<br />

iv. Funções Intrínsecas: Reaproveitamento de experiências de mercado e<br />

otimização do tempo de desenvolvimento de soluções, graças à<br />

utilização de soluções pré-formatadas e à facilidade de reuso de métodos<br />

computacionais;<br />

v. Precisão: Sistemas eletrônicos e com feedback (operando em malha<br />

fechada), permitindo maior precisão e confirmação das ações, resultando<br />

em eficiência energética, qualidade do produto final, conforto, entre<br />

outros; e<br />

vi. Supervisão e Gerenciamento Centralizado: Utilização das ferramentas<br />

de teleinformática (interfaces micro processadas, métodos<br />

computacionais e redes de dados) e de processamento distribuído,<br />

proporcionando o total gerenciamento das instalações através de<br />

computadores.<br />

Estes benefícios podem ser vistos principalmente na redução do consumo<br />

doméstico de água tratada e de energia. Já a energia elétrica é mais onerosa <strong>para</strong> o<br />

consumidor, por isso, a procura por soluções que viabilizem a redução no consumo.<br />

A Tabela 7 apresenta valores de redução de consumo de energia nas diferentes<br />

locais a partir da utilização da automação predial.<br />

Com o desenvolvimento econômico, a demanda energética e hídrica cresce<br />

rapidamente, e muitas vezes mais rapidamente que o crescimento da oferta, o que<br />

pode causar racionamentos de energia e água. Isso demonstra a importância de se<br />

pensar na sustentabilidade de maneira coletiva. Embora a maior parte da água<br />

mundial seja usada na agricultura e indústria, o consumo doméstico não pode ser<br />

desprezado e com sua utilização correta, beneficia-se a sociedade.<br />

84


Tabela 7 - Redução de energia com aplicação de <strong>Automação</strong> Predial.<br />

Tipos Percentual<br />

Estoques e Depósitos 60%<br />

Banheiros 50%<br />

Salas de Reuniões e Conferências 50%<br />

Armazéns 40%<br />

Corredores e Halls 30%<br />

Escritórios 30%<br />

Fonte: Canato, 2007.<br />

Como consequência da racionalização de recursos naturais que a automação<br />

predial oferece, tem-se a redução dos impactos ambientais provocados pela<br />

captação de água e geração de energia.<br />

Embora tenha sido demonstrado que a automação residencial sustentável<br />

ainda não atingiu um nível de retorno de investimento aceitável, existem pessoas<br />

dispostas a pagar pela redução do impacto ambiental.<br />

4.1.6.2.2. Tendências do Mercado de <strong>Automação</strong> Predial<br />

Atualmente, o mercado da automação predial nacional pode ser caracterizado<br />

pelas seguintes tendências:<br />

i. A substituição prematura em função dos modismos e retirada periódica de<br />

componentes do mercado em função de se tornarem obsoletos por sua<br />

falta de compatibilidade com os sistemas em uso <strong>–</strong> obsolescência<br />

programada <strong>–</strong> que induz a frequentes e onerosas substituições de todo o<br />

sistema, que em geral é fechado (proprietário). É interessante observar<br />

que na <strong>Automação</strong> Industrial, observa-se a tendência oposta: os sistemas<br />

são abertos e projetados de modo a garantir a substituição parcial dos<br />

componentes, sem necessidade de substituição do sistema. Em uma<br />

fábrica, um módulo defeituoso é substituído sem que seja necessário <strong>para</strong>r<br />

linha de montagem e substituir todo o sistema, fiação, etc. Com isso, o<br />

fabricante se obriga a manter peças de reposição <strong>para</strong> garantir a<br />

85


continuidade do processo produtivo, garantir sua imagem e fidelizar o<br />

cliente;<br />

ii. O superdimensionamento e inadequação da tecnologia adotada, que faz o<br />

cliente arcar com investimentos extras sem retorno;<br />

iii. A resistência do cliente em aceitar sistemas de detecção com tecnologia<br />

nacional <strong>–</strong> embora existam empresas que fabricam equipamentos,<br />

integram e projetam, especialmente <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> Industrial; com a<br />

abertura da economia, estão sendo importados equipamentos não<br />

tropicalizados, pouco robustos <strong>para</strong> as condições locais, e painéis prontos<br />

e montados sem a preocupação de formação adequada do pessoal de<br />

assistência técnica, acarretando custos adicionais ao cliente;<br />

iv. Processos de especificação inadequados e não adaptados a cada<br />

aplicação. Desatenção aos requisitos de compatibilidade entre os vários<br />

sistemas integrados em um mesmo projeto;<br />

v. Não inserção do projeto de automação predial no projeto de infraestrutura<br />

civil e de arquitetura o que implica em soluções adaptadas de maior custo<br />

e menor funcionalidade;<br />

vi. Descompromisso com a relação custo-benefício e com a solução da<br />

engenharia do problema. Diferentemente da <strong>Automação</strong> Industrial onde:<br />

Qualquer investimento implica em retorno imediato ao operador da<br />

máquina ou ponto; e<br />

Automatiza-se apenas aquilo que é reconhecidamente prioritário.<br />

vii. Necessidade de melhoria da qualidade dos sistemas de supervisão em<br />

relação às interfaces de usuário, aplicativos de controle <strong>para</strong> sistemas de<br />

redes; e<br />

viii. As despesas anuais com os custos mensais diretos e indiretos elevados;<br />

4.1.6.2.3. Mercado Atual da <strong>Automação</strong> Predial<br />

Apesar do mercado da automação predial existente não ser recente no Brasil<br />

(<strong>Automação</strong> Predial, 2006), necessita ser melhor explorado em todo o seu potencial.<br />

Ele foi e em muitos casos ainda é tratado apenas por suas vertentes — utilidades,<br />

86


ar-condicionado e segurança. Quando o projeto de automação predial é elaborado<br />

como parte de um projeto novo, facilita-se a implantação e maximiza-se o retorno.<br />

Por exemplo, em países como os Estados Unidos e na Europa, os provedores<br />

de automação fazem a proposição da automação logo no início do projeto e<br />

acompanham o andamento das obras. Esta é uma realidade muito distinta do<br />

mercado brasileiro.<br />

É claro que projetos novos têm instalação mais fácil, mas o grande filão da<br />

automação predial é mesmo o retrofitting (partindo da arquitetura original) e aí a<br />

capacidade do fornecedor se põe à prova <strong>–</strong> lembrando que são sempre projetos<br />

mais onerosos <strong>para</strong> o cliente, tornando-se importante o detalhamento do projeto,<br />

dentro do melhor custo x benefício possível. Muitas vezes o cliente quer uma<br />

solução que encarece muito o projeto e o fornecedor precisa ter sensibilidade <strong>para</strong> já<br />

propor, por exemplo, a estrutura de cabeamento adequada <strong>para</strong> suportar futuras<br />

expansões.<br />

Os investimentos em automação predial são elevados. Segundo a revista<br />

<strong>Automação</strong> Industrial, 2006, em um novo projeto, a automação toma de 1% a 2,5%<br />

do valor total do investimento; em um retrofitting, isso pode chegar a 3,5%<br />

facilmente. Esses valores são <strong>para</strong> um projeto completo de automação, incluindo a<br />

automação, incêndio e segurança <strong>–</strong> sendo que o controle climático e a segurança<br />

são os itens de maior impacto no custo final.<br />

O retorno não é facilmente mensurável dado que as ações são preventivas<br />

(segurança e incêndio) e no Brasil não existem regras <strong>para</strong> se automatizar um<br />

edifício, apenas normas de associações internacionais que norteiam padrões a<br />

serem seguidos, como as da ASHRAE (www.ashrae.com) <strong>para</strong> ar-condicionado. No<br />

Brasil, existem normas <strong>para</strong> segurança e incêndio, mas ainda muito insipientes. Este<br />

cenário deve mudar já que a ABNT possui comissões permanentes <strong>para</strong> esta área.<br />

4.1.6.2.4. Aplicações no Mercado Nacional<br />

4.1.6.2.4.1. Soluções Tecnológicas Nacional<br />

Muitas empresas vêm desenvolvendo projetos de automação predial,<br />

utilizando um controlador lógico programável (CLP) <strong>para</strong> monitorar ambientes de<br />

87


escritório. Este processo permite transplantar <strong>para</strong> um edifício comercial a lógica e<br />

os equipamentos adotados na automação industrial e nas plataformas de petróleo<br />

da Petrobras.<br />

4.1.6.2.4.2. Siemens Building Technology - SBT<br />

A Siemens tem atuado em todos os setores, desde edifícios residenciais e de<br />

comércio, a hospitais, aeroportos e indústrias farmacêuticas <strong>–</strong> nas salas limpas<br />

controladas — privilegiando sempre a integração.<br />

Considerando o potencial deste mercado, a empresa Siemens implementou<br />

desde o ano de 1998, o setor de Building Technology (SBT), com a aquisição do<br />

Grupo Eletrovat, possuindo três divisões que atendem as diferentes vertentes da<br />

<strong>Automação</strong> Predial: incêndio, segurança & automação e monitoração & alarmes,<br />

com o intuito de oferecer serviços de forma integrada, aumentando o retorno de<br />

maneira global, corporativa e integrada. Os projetos de <strong>Automação</strong> desta empresa<br />

são elaborados seguindo as normas internacionais, o que limita um pouco o<br />

empreendedor, pelo alto investimento inicial, onde a Siemens confiando na redução<br />

de consumo adota a política de assumir os custos do projeto em troca de cerca de<br />

5% do valor da conta de energia.<br />

A SBT atua em um mercado mundial de cerca de 6 bilhões de Euros por ano<br />

e que responde melhor quando se propõe uma solução mais completa. Por isso a<br />

empresa trabalha com qualquer protocolo (LONTalk, EIB, CEBus, Ethernet, Modbus)<br />

e até seu protocolo proprietário já possui interfaces <strong>para</strong> trabalhar com os de<br />

mercado. Cada protocolo tem seu lugar no mercado e, como acontece na área<br />

industrial, existem aplicações específicas. Ethernet TCP/IP é a tendência em<br />

protocolo corporativo, mas mesmo em automação predial, a comunicação de<br />

infraestrutura precisa de protocolos mais robustos.<br />

Como exemplo de desafio tecnológico da Siemens, pode ser citada a<br />

automação do Shopping Dom Pedro, localizado em Campinas, SP, pertencente ao<br />

Grupo português Sonae, cliente da Siemens na Europa. Essa empresa pôde colocar<br />

em prática muitos conceitos em que acredita, como por exemplo, trabalhar desde o<br />

projeto em parceria com o empreendedor. Com custo total em torno de R$350<br />

milhões, este Shopping, por suas dimensões, utilizou-se de um sistema com muitos<br />

88


sensores que, além de monitorar a existência de gases, mantinha uma ventilação<br />

forçada. E os equipamentos podem ser programados <strong>para</strong> gerar mensagens de<br />

manutenção a serem enviadas <strong>para</strong> a central ou diretamente <strong>para</strong> o fabricante. A<br />

integração da parte de automação à segurança e à telefonia tornou-se um<br />

showroom do que a automação predial pode fazer. Existem lá cinco centrais de<br />

detecção e controle de incêndio, ligadas ao sistema de refrigeração e exaustão,<br />

auxiliando no estabelecimento de procedimentos de segurança em situações de<br />

emergência.<br />

Lembra-se que qualquer projeto não deve se encerrar no start-up, mas ter<br />

continuidade em um acompanhamento, mesmo porque no mercado de building são<br />

muitas as alterações na planta inicial.<br />

A responsabilidade técnica sobre os projetos é limitada e restrita à exceção<br />

do projeto técnico com ausência de responsabilidade civil. E mudar esse quadro, ou<br />

seja, estabelecer normas técnicas obrigatórias e leis de responsabilidade civil <strong>para</strong><br />

os projetistas é fundamental <strong>para</strong> aumentar a segurança e, consequentemente,<br />

fortalecer esse mercado.<br />

4.1.6.2.4.3. Controles ofertados / demandados pelo Mercado<br />

A Conexel está se colocando no mercado como um provedor de soluções em<br />

automação industrial e predial o que significa atender de maneira eficiente às<br />

necessidades específicas do projeto do cliente. O LONTALK é um dos protocolos<br />

padrão utilizados pela empresa, mas ela também integra projetos com outros<br />

protocolos como o DALI, específico <strong>para</strong> a parte elétrica e de iluminação que<br />

possibilita o uso de dimmers em reatores de lâmpadas fluorescentes, adequando a<br />

luminosidade do ambiente ao nível de incidência de luz natural, proporcionando uma<br />

redução do consumo de energia. O Metrô de São Paulo, por exemplo, estuda a<br />

implantação de controle de iluminação tanto pela economia quanto pelo conforto<br />

visual das estações.<br />

O controle da inteligência de um edifício, hotel, hospital ou shopping — da<br />

iluminação, do fluxo de entrada e saída de veículos e pessoas, do ar-condicionado,<br />

do controle de alarme de incêndio, segurança e de utilidades -, tudo pode ser feito<br />

de forma integrada em um aplicativo de software possuindo duas versões <strong>para</strong> o<br />

89


controle: PC ou PLC. O primeiro é mais indicado quando o volume de informações é<br />

muito grande, além de ser uma tendência, onde o cliente prefere interfaces<br />

amigáveis, lembrando que a automação predial, quando bem projetada, promove<br />

economias de uso e de instalação.<br />

Há algum tempo não se admitia fazer controle de processo baseado em PC,<br />

porque as máquinas não eram confiáveis. Como todas as tecnologias evoluíram hoje<br />

isso está mais que assegurado, com vantagens como capacidade de<br />

processamento.<br />

Também se constata uma tendência de se utilizar a rede Ethernet, cada vez<br />

mais veloz, confiável e conhecida. Algumas aplicações com essa rede chegam até<br />

as máquinas, ligando o sistema corporativo diretamente ao chão-de-fábrica, que<br />

pode ser transposto <strong>para</strong> a automação predial, interligando desde o controle de<br />

acesso, monitoração de energia, segurança, até o controle de equipamentos.<br />

Adicionalmente, a utilização de softwares Supervisório pode representar a<br />

integração de todas as aplicações da automação predial, com softwares<br />

desenvolvidos <strong>para</strong> o cliente, através de produtos de mercado.<br />

Por não precisar de respostas extremamente rápidas como na indústria, as<br />

aplicações prediais - sejam elas <strong>para</strong> residência, edifício, shopping, hotel ou hospital<br />

- podem se utilizar dos endereçamentos disponíveis na Ethernet através do IP.<br />

E os <strong>para</strong>lelos da <strong>Automação</strong> industrial/predial não <strong>para</strong>m por aí, pois existem<br />

muitas aplicações similares: sensores, PCs, PLCs, protocolos, Ethernet, Web. Nessa<br />

última tecnologia, entretanto, ainda que se fale muito em Wi-Fi e ENOcean, a criação<br />

de uma intranet ainda é a solução mais confiável.<br />

4.1.6.2.5. Perspectivas Futuras<br />

Com relação às perspectivas futuras, podem-se contemplar os seguintes<br />

cenários possíveis e <strong>para</strong>doxais, com inúmeras variantes:<br />

Um cenário negativo, correspondente à manutenção das práticas atuais e<br />

seu risco de destruir um mercado com grande potencial. Apesar da<br />

crescente consciência por parte dos empresários com a satisfação dos<br />

seus clientes, o número de administradores de condomínio, e de clientes<br />

90


(investidores e locatários) que desconfia ter comprado edifícios com<br />

sistemas inteligentes pouco operacionais e dispendiosos é grande,<br />

distanciando os fornecedores cada vez mais dos pequenos<br />

empreendimentos <strong>–</strong> um mercado de varejo com grande potencial se<br />

convenientemente explorado; e<br />

Um cenário otimista, aposta no amadurecimento do mercado,<br />

especialmente, em relação ao custo-benefício dos sistemas inteligentes,<br />

que poderá forçar o mercado de projeto, de instalação e manutenção a<br />

corrigir sua rota, com forte possibilidade de surgir um novo tipo de<br />

profissional ou empresa que conheça e transite em todas as áreas da<br />

engenharia e sistemas prediais, que saiba orientar seu cliente <strong>para</strong> uma<br />

decisão adequada e compatível com suas necessidades, possibilite<br />

sanear e ampliar o mercado no atacado e no varejo. A possibilidade deste<br />

cenário se consolidar também pode estar relacionada ao aumento da<br />

competitividade decorrente do processo de globalização da economia,<br />

que deverá demandar projetos e sistemas mais operacionais, confiáveis e<br />

abertos, que se espelhem no modelo de automação industrial e permitam<br />

aos clientes a liberdade de escolha.<br />

Com o desenvolvimento de novas tecnologias e com o crescimento da<br />

demanda e produção, os preços dos sistemas de automação predial declinarão,<br />

tornando-se mais acessíveis, e em futuro próximo certamente a automação predial<br />

se tornará não só acessível, mas como também primordial <strong>para</strong> manter a<br />

sustentabilidade das habitações e escritórios do mundo.<br />

4.1.6.3. Segmento de <strong>Automação</strong> Comercial<br />

4.1.6.3.1. Características do Mercado de <strong>Automação</strong> Comercial<br />

O Brasil conta atualmente com vasto processo de automação de<br />

estabelecimentos comerciais, em fase de constante crescimento, com uso cada vez<br />

mais intenso, não somente restrito às grandes cadeias de lojas de bens de consumo<br />

duráveis e supermercados, mas constatado também em pequenos e médios<br />

estabelecimentos.<br />

91


Segundo a AFRAC <strong>–</strong> Associação Brasileira de <strong>Automação</strong> Comercial, este<br />

setor é beneficiado pela legislação brasileira que implementa normas e medidas em<br />

favor da automatização dos estabelecimentos. Em 2008, por exemplo, com a<br />

implantação da Nota Fiscal Paulista, a venda de impressoras fiscais teve aumento<br />

de até 30% em relação ao ano de 2007.<br />

Hoje, o mercado de automação movimenta no Brasil cerca de 1,2 bilhões de<br />

reais, contando com cerca de dois milhões de estabelecimentos que juntos<br />

empregam 25 milhões de pessoas, o mercado varejista e atacadista nacional é um<br />

dos setores que mais deve consumir tecnologia nos próximos anos.<br />

De acordo com a EAN Brasil - Associação Brasileira de <strong>Automação</strong>,<br />

atualmente a grande maioria dos distribuidores e atacadistas trabalha de forma<br />

automatizada desde a captação de pedidos, se<strong>para</strong>ção de cargas, controle do<br />

estoque e compra, sendo o uso do código de barras e da automação muito forte no<br />

setor. Ao mesmo tempo, a automação se tornou ferramenta essencial <strong>para</strong> o varejo,<br />

possibilitando soluções <strong>para</strong> seu completo funcionamento, desde reposição de<br />

estoques, informações contábeis até controles fiscais e operacionais.<br />

No campo comercial, a inovação tecnológica está associada com a redução<br />

de custos, agilidade e flexibilidade da produção, desenvolvimento de produtos e<br />

conceitos que atendam às necessidades do mercado consumidor. A inovação<br />

proporciona maior competitividade a uma determinada tecnologia ou descoberta<br />

tecnológica de um produto ou processo, ampliando a sua parcela de mercado, e<br />

agregando lucratividade e valor econômico.<br />

A indústria de alimentos é parceira do varejo no desenvolvimento de soluções<br />

e respostas <strong>para</strong> o adequado abastecimento e reposição de produtos nos pontos de<br />

venda. A automação vem permitindo atingir um nível superior de qualidade nesse<br />

relacionamento, permitindo um fluxo de produtos constante, sem interrupção e com<br />

permanente aperfeiçoamento de técnicas que objetivam uma maior produtividade e<br />

um menor custo.<br />

As empresas brasileiras têm se mostrado cada vez mais preocupadas com<br />

seu potencial inovador e o ritmo desse processo vem se acelerando, com o número<br />

de estabelecimentos automatizados praticamente dobrando a cada ano. Isto<br />

contribui <strong>para</strong> o planejamento e o controle das empresas, servindo também como<br />

92


instrumento de competição por clientes que já preferem os estabelecimentos<br />

automatizados. Além disso, existe a questão fiscal, traduzida basicamente na<br />

necessidade de combate à sonegação, particularmente do ICMS (Imposto sobre<br />

Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).<br />

A Comissão Técnica Permanente do ICMS (COTEPE), órgão ligado ao<br />

Conselho Nacional de Política Fazendária, aponta <strong>para</strong> a possibilidade de<br />

automação cada vez maior de estabelecimentos nos próximos anos, o que poderá<br />

gerar negócios da ordem de alguns bilhões de dólares no período.<br />

Como existe capacitação tecnológica e física <strong>para</strong> a produção de grande<br />

parte das soluções de automação comercial demandadas pelo mercado, tanto em<br />

software quanto em hardware, espera-se um impacto ainda mais positivo na<br />

indústria instalada no país nos próximos anos.<br />

Dentro desse processo torna-se importante sistematizar conhecimentos,<br />

frequentemente muito dispersos sobre o setor, bem como iniciar a discussão de<br />

oportunidades de atuação do BNDES, tanto no apoio à modernização do setor<br />

comercial quanto na consolidação de uma oferta interna de equipamentos e<br />

soluções competitivas e capazes, inclusive, de concorrer no mercado internacional, a<br />

exemplo do que já ocorre com a Indústria de <strong>Automação</strong> Bancária.<br />

no Quadro 3.<br />

As principais características desse segmento de mercado são apresentadas<br />

Quadro 3 <strong>–</strong> Segmentos do Mercado da <strong>Automação</strong> Comercial.<br />

Segmentos do Mercado Características<br />

Fabricantes de Equipamentos<br />

Desenvolvedores de Software 500 empresas<br />

Fornecedores de Suprimentos<br />

Prestadores de Serviços<br />

Fonte: Fonseca, 2008.<br />

100 empresas;<br />

60% de toda movimentação financeira;<br />

Principais Produtos:<br />

Caixas registradoras eletrônicas;<br />

Impressoras;<br />

CPUs, PDVs;<br />

Balanças, Leitores de código de barras.<br />

50 empresas;<br />

Elo com os fabricantes de Equipamentos.<br />

3000 empresas;<br />

Responsáveis pela integração, implementação e manutenção<br />

dos Sistemas.<br />

93


4.1.6.3.2. Potencial de Investimentos no Mercado Interno<br />

Os números do último censo do IBGE apontam a existência de mais de três<br />

milhões de estabelecimentos comerciais no país, cuja distribuição por segmento é<br />

mostrada na Tabela 8, a exemplo do que calcula a Associação Brasileira de<br />

Supermercados <strong>–</strong> ABRAS <strong>para</strong> o número de lojas de supermercados (cerca de 80<br />

mil levantados no ano 2006 junto aos seus associados).<br />

Se, isoladamente, esses números espantam pela elevada taxa de<br />

crescimento registrado, com<strong>para</strong>ndo-os com o número total de estabelecimentos<br />

constata-se que ainda é muito baixo o nível de automação do comércio no Brasil,<br />

podendo aumentar muito, principalmente nos pequenos estabelecimentos.<br />

À medida que as lojas instalam soluções de automação que envolvem<br />

dispositivos de leitura ótica, a pressão é crescente <strong>para</strong> que os fornecedores adotem<br />

códigos de barras <strong>para</strong> identificar seus produtos, estendendo a utilização de<br />

etiquetas magnéticas e tecnologia RFID <strong>para</strong> identificação e controle de produtos.<br />

Tabela 8 <strong>–</strong> Estabelecimentos Comerciais no Brasil.<br />

Classes e Gêneros de Comércio<br />

Produtos farmacêuticos, de<br />

perfumaria, odontológicos, da flora<br />

medicinal, de limpeza e higiene<br />

doméstica, veterinários e químicos de<br />

uso na agropecuária e <strong>para</strong> outros fins<br />

Ferragens, ferramentas e produtos<br />

metalúrgicos, vidros, tintas, madeiras,<br />

material de construção, material<br />

elétrico e de eletrônica<br />

Número de<br />

Estabelecimentos<br />

Comerciais<br />

94<br />

Total da Receita<br />

(US$ Milhões)<br />

49.435 6.016,29<br />

57.557 11.974,25<br />

Combustíveis e lubrificantes 24.881 16.116,31<br />

Centros de Distribuição,<br />

Supermercados e Hipermercados<br />

10.180 20.811,34<br />

Outros 542.479 87.783,14<br />

Comércio Varejista 684.532 142.701,33<br />

Fonte: SEBRAE, 2005.


4.1.6.3.3. Sub-segmentos da <strong>Automação</strong> Comercial<br />

Dentre os sub-segmentos da <strong>Automação</strong> Comercial podem-se destacar os<br />

serviços de correio, governo eletrônico através da urna eletrônica, governo eletrônico<br />

através de serviços como a declaração de imposto de renda, delegacia eletrônica,<br />

IPTU, IPVA, etc.<br />

Na automação de serviços do governo podem-se destacar alguns serviços,<br />

dentre eles as urnas eletrônicas, contemplando sua utilização na totalidade dos<br />

municípios e resultados oficiais divulgados em menos de 24h. Segundo pesquisa<br />

realizada pelo IBOPE em 2004, o Brasil liderava o ranking de internautas que<br />

acessam serviços públicos através da WEB com cerca de 35% de utilizadores<br />

(Gráfico 9). Atualmente esses números elevaram consideravelmente.<br />

Gráfico 9 <strong>–</strong> Porcentagem de Internautas que Acessam Serviços Públicos.<br />

Fonte: IBOPE/NetRatings apud Correio Popular, 29/02/2004.<br />

Na automação postal, um sub-segmento que aproveitou as facilidades da<br />

automação, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) utiliza soluções<br />

turn-key, que envolvem, além das unidades de processamento, balança eletrônica,<br />

leitor óptico, impressora e software. Inicialmente voltadas <strong>para</strong> agências próprias da<br />

ECT, tais soluções deverão, gradualmente, ser também adquiridas pelas lojas de<br />

franchising.<br />

95


4.1.6.3.4. Principais Dificuldades <strong>para</strong> Inserção no Mercado<br />

Segundo a revista INFO (setembro 2007), o investimento inicial mínimo em<br />

automação comercial gira em torno de 240 mil reais, com um retorno de<br />

investimento previsto <strong>para</strong> aproximadamente três anos. As principais despesas que<br />

deverão ser realizadas por uma empresa até atingir equilíbrio operacional serão as<br />

seguintes:<br />

Equipamentos e licenças de software;<br />

Salários da equipe inicial, encargos trabalhistas;<br />

Aluguel, energia elétrica, acesso à Internet; e<br />

Serviços de contabilidade, divulgação dos produtos.<br />

Além das empresas mencionadas anteriormente, existem ainda outros players<br />

no mercado da <strong>Automação</strong> que desenvolvem produtos inovadores <strong>para</strong> competir no<br />

mercado. A grande maioria dele desenvolve soluções sob medida <strong>para</strong> ―pequenos<br />

negócios‖ do tipo fábrica de doces caseiros, atendimento de restaurantes<br />

automatizado, entre outras.<br />

4.1.6.3.5. Cenário Internacional<br />

O mercado internacional é dominado por algumas grandes empresas que<br />

atuam em nível mundial, como IBM, NCR, Olivetti, Siemens Nixdorf e Unisys, e<br />

fazem da força de suas marcas e do seu fôlego financeiro uma barreira à entrada de<br />

novos participantes. Salta à vista a ausência de empresas asiáticas na liderança do<br />

setor, evidenciando o estágio ainda incipiente da automação comercial, mesmo em<br />

países como o Japão.<br />

A participação de tais empresas no mercado mundial de automação comercial<br />

não é conhecida, ao contrário dos fabricantes de computadores, por exemplo, mas<br />

de qualquer forma trata-se de empresas com faturamento anual da ordem de bilhões<br />

de dólares <strong>–</strong> no caso da IBM, de US$ 76 bilhões, com lucro líquido de US$ 6 bilhões.<br />

O Brasil está entre os quatro países prioritários nos investimentos da norte-<br />

americana NCR, que, após a cisão da AT&T, que se dividiu em três empresas (uma<br />

de operação de telecomunicações, a AT&T, uma de equipamentos de<br />

telecomunicações, a Lucent, e uma de informática e automação, a NCR), alçou vôo<br />

96


próprio apoiada na tradição de sua marca. A empresa tem faturamento mundial de<br />

US$ 7 bilhões e está focada em segmentos específicos, como comércio de varejo,<br />

sistema financeiro e computadores. Na área financeira, além de ATMs (com 30% do<br />

mercado mundial) e cash dispensers, oferece equipamentos <strong>para</strong> automação<br />

comercial, como PDVs leitores de código de barras. Para as empresas de<br />

telecomunicações, fornece servidores e soluções <strong>para</strong> gerenciamento de clientes e<br />

contas (bilhetagem).<br />

A NCR, além de líder mundial do segmento de data warehouse (grandes<br />

bancos de dados voltados ao marketing e melhor conhecimento do cliente), com<br />

50% de um mercado estimado em US$ 3 bilhões anuais e em grande crescimento, é<br />

fornecedora da maior instalação do gênero em funcionamento do mundo, na rede<br />

varejista Wall Mart, nos Estados Unidos: um banco de dados que ocupa cerca de<br />

oito terabytes em equipamentos com processadores <strong>para</strong>lelos.<br />

4.1.6.4. Segmento de <strong>Automação</strong> Bancária<br />

Um sistema de automação bancária é um agregado de hardware e software<br />

que implementa a automação de agências e também os seus alternativos, quais<br />

sejam: call center, home banking e Internet Banking. Nas agências, os sistemas de<br />

automação compõem-se de redes às quais estão ligados vários computadores, além<br />

dos terminais financeiros dos caixas, com seus periféricos específicos, e dos ATMs.<br />

De forma semelhante, os alternativos às agências são redes de computadores às<br />

quais estão conectados equipamentos de atendimento específicos <strong>para</strong> cada<br />

modalidade alternativa. Decorre daí que um fornecedor de automação bancária é,<br />

antes de tudo, um fornecedor de soluções, onde o software tem um peso muito<br />

expressivo. O hardware utilizado atualmente está baseado em redes de<br />

microcomputadores, que já se tornaram commodities, excetuando-se os<br />

equipamentos especialmente desenvolvidos <strong>para</strong> aplicações bancárias, dos quais o<br />

mais importante é o ATM.<br />

seguintes:<br />

Dentre os principais objetivos da automação bancária podem-se destacar os<br />

Prover melhores serviços ao cliente em ambiente de agências;<br />

Substituir equipamentos antigos, utilizando nova tecnologia; e<br />

Agregar valor <strong>para</strong> as Agências e Clientes.<br />

97


Atendendo esses objetivos, o mercado de <strong>Automação</strong> Bancária espera<br />

proporcionar ao cliente e ao mercado os seguintes benefícios.<br />

Contribuir <strong>para</strong> a redução do tempo de fila nas agências.<br />

Aumentar a produtividade;<br />

Melhorar a percepção dos clientes em relação aos serviços bancários;<br />

Reduzir ocorrências de hardware;<br />

Melhorar a desempenho e disponibilidade do equipamento; e<br />

Reduzir custos de manutenção.<br />

4.1.6.4.1. Análise do Mercado<br />

A automação bancária contribui <strong>para</strong> o processo de concentração dos bancos<br />

que vêm ocorrendo em um ritmo lento, porém constante, confirmando tendência<br />

mundial. O cenário de 2007 evidencia uma queda de 20% do número de bancos<br />

desde o ano de 2000 (FEBRABAN, 2008). A Tabela 9 apresenta informações deste<br />

setor ao longo dos últimos.<br />

Tabela 9 <strong>–</strong> Números do Setor Bancário.<br />

Período 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007<br />

98<br />

Var 2007-<br />

2006<br />

Número de bancos 192 182 167 165 164 161 159 155 -2,5%<br />

Privados nacionais com<br />

e sem participação<br />

estrangeira<br />

Privados estrangeiros e<br />

com controle<br />

estrangeiro<br />

Públicos federais e<br />

estaduais<br />

Fonte: FEBRABAN, 2008.<br />

105 95 87 88 88 84 85 n.d. n.d.<br />

70 72 65 62 62<br />

63<br />

61 n.d. n.d.<br />

17 15 15 15 14 14 13 n.d. n.d.<br />

A tecnologia que viabiliza a redução sistemática de mão-de-obra no comércio,<br />

originou-se nos bancos. Os ATM (Automatic Teller Machine) ou terminais de<br />

transferência de fundos, os ―caixas eletrônicos‖ e os home banks foram os<br />

precursores das máquinas de ―auto-serviço‖ no comércio, dos terminais de ponto de<br />

vendas ―inteligentes‖ e do comércio eletrônico, via Internet.<br />

Segundo, o IBOPE, NetRatings, no final de 2007, a população de usuários<br />

ativos da Internet com mais de 16 anos era de 40 milhões (FEBRABAN, 2008), onde<br />

o número de clientes pessoas físicas de Internet Banking superou a cifra de 25


milhões de usuários, representando cerca de dois terços dos internautas e um<br />

número ainda mais expressivo se considerarmos que parte da população jovem<br />

ainda não possui conta bancária.<br />

A utilização de meios eletrônicos de pagamentos avança a cada ano. Em<br />

2007, o número de cartões de crédito aumentou cerca de 20%, enquanto o número<br />

de transações com cartões mostrou expansão de 21%, totalizando R$ 183,1 bilhões,<br />

sendo registrado no ultimo ano <strong>para</strong> cada cartão uma média mensal de duas<br />

transações no valor médio próximo a R$ 80,00. A Tabela 10 apresenta algumas<br />

informações referentes a utilização de meios eletrônicos <strong>para</strong> o setor bancário<br />

(FEBRABAN, 2008).<br />

Tabela 10 <strong>–</strong> Banco Eletrônico: Números do Setor.<br />

Período 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007<br />

99<br />

Var<br />

2007-<br />

2006<br />

Var<br />

2007-<br />

2006<br />

Postos Eletrônicos 14453 16748 22428 24367 25595 27405 32776 34790 6% 141%<br />

Clientes Internet<br />

Banking (1)<br />

8.3 8.8 9.2 11.7 18.1 26.3 27.3 29.8 9% 259%<br />

Cartões de Crédito (1) 28 35 42 45 53 68 79 93 18% 232%<br />

Nº de Transações<br />

com Cartões (2)<br />

Valor Total<br />

Transações com<br />

Cartão (2)<br />

Fonte: FEBRABAN, 2008.<br />

(1) Números expressos em milhões<br />

(2) Números expressos em bilhões<br />

0.7 0.8 1.0 1.1 1.4 1.7 2.0 2.4 19% 243%<br />

50.4 63.6 73 88 101.3 123 151.2 183.1 21% 263%<br />

Os mercados de <strong>Automação</strong> Bancária e Comercial até aqui têm sido distintos,<br />

assim como distinta tem sido a sua caracterização. Entretanto, existem relações<br />

cada vez mais intensas entre esses dois tipos de automação, como é o caso, por<br />

exemplo, da transferência automática de fundos realizada nos PDVs das lojas ou da<br />

colocação de ATMs no comércio. Assiste-se, também, à extensão do conceito de<br />

ATM, que, originário da automação bancária, vem gerando terminais de auto-<br />

atendimento <strong>para</strong> compra de itens em lojas de correio, informações sobre controle<br />

de consultas médicas, saldos de cartões de crediário em cadeias de lojas, entre<br />

outros. Além disso, boa parte dos fornecedores de soluções atua em ambas as<br />

áreas de automação, acrescentando ao seu portfólio de produtos serviços de<br />

assistência técnica, suporte operacional, supervisão e, até, operação.


4.1.6.4.2. Mercado Internacional<br />

O mercado mundial é dominado pelos grandes fornecedores de soluções e<br />

pelos fabricantes de ATMs. Sobre os primeiros não se dispõe de estatísticas,<br />

enquanto que a participação dos principais fabricantes de ATMs no mercado mundial<br />

pode ser observada no Quadro 4, onde as quatro maiores participações somam<br />

quase 60% do mercado total. Delas, a Diebold é apenas fabricante de ATMs,<br />

enquanto as demais são também fornecedoras de soluções completas. A NCR, que<br />

herdou as atividades de informática e automação da AT&T, tem liderança crescente<br />

nesse mercado no período examinado.<br />

Quadro 4 <strong>–</strong> Principais Empresas no Mercado Mundial de ATMs.<br />

Principais Empresas no Mercado Mundial de ATMs<br />

1) NCR (Estados Unidos) 11) Wang/Olivetti (Itália)<br />

2) Interbold/Diebold (Estados Unidos) 12) Hitachi (Japão)<br />

3) Fujitsu (Japão) 13) Bull (França)<br />

4) Siemens Nixdorf (Alemanha) 14) Sid (Brasil)<br />

5) Triton Systems (Estados Unidos) 15) Toshiba (Japão)<br />

6) Procomp (Brasil) 16) Papelaco (Portugal)<br />

7) Itautec Philco (Brasil) 17) Hyosung (Coréia do Sul)<br />

8) Oki (Japão) 18) Dassault (França)<br />

9) Omron (Japão) 19) Digital Equipment (estados Unidos)<br />

10) Tidel (Estados Unidos) 20) LG (Coréia do Sul)<br />

Fonte: FEBRABAN, 2008.<br />

4.1.6.4.3. Mercado Nacional<br />

Os bancos têm realizado investimentos crescentes visando à automação de<br />

suas atividades, especialmente naquilo que é conhecido como linha de frente das<br />

agências (caixas e ATMs). Os investimentos das instituições financeiras brasileiras<br />

são crescentes ao longo desses últimos anos em automação. No entanto, a<br />

quantificação desse mercado é muito difícil, devido à enorme variedade dos<br />

100


sistemas negociados. Uma forma encontrada <strong>para</strong> medi-lo é representada pelo<br />

número de ATMs vendidos, abstraindo-se o fato de que estes podem também<br />

apresentar configurações extremamente variadas, dependendo da solução de<br />

automação adotada.<br />

Por outro lado, a atualização do parque instalado dos bancos é constante,<br />

havendo ainda a junção de bancos no mercado e a renovação dos sistemas dos<br />

bancos estaduais em processo de privatização, o que leva a constantes<br />

investimentos em automação.<br />

A automação das atividades bancárias vem ocorrendo em todo o mundo<br />

como uma maneira de facilitar o acesso do cliente aos serviços do banco, mas<br />

principalmente como um redutor de custos. Trabalhar com custos menores tem<br />

assumido uma importância cada vez maior em função da intensificação da<br />

concorrência entre os bancos. A Tabela 11 mostra o custo médio estimado de uma<br />

transação bancária como função do meio através do qual ela é efetuada. Embora<br />

esses dados não sejam atualizados, pode-se constatar a viabilidade de utilização de<br />

recursos de automação bancária na área de serviços.<br />

Tabela 11 <strong>–</strong> Custo Médio de uma Transação Bancária.<br />

Tipo de Transação US$<br />

Na Agência 1,07<br />

Através de Telefone 0,54<br />

Em Caixa Eletrônico 0,27<br />

Via Home Banking 0,15<br />

Via Internet 0,10<br />

Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />

No Brasil, além do acirramento da concorrência, outro fenômeno vem se<br />

verificando, ou seja, a aquisição de vários e tradicionais bancos nacionais por outros<br />

de controle estrangeiro. O alto processo inflacionário vivido pelo país nas últimas<br />

décadas propiciou o surgimento de diversas e criativas formas de defesa do poder<br />

101


aquisitivo, o que requereu também novos sistemas de controle, vários deles inéditos<br />

em nível mundial. As soluções dos fornecedores internacionais não atendiam às<br />

necessidades dos bancos, não havendo também, por parte de tais empresas,<br />

interesse em desenvolver produtos exclusivos <strong>para</strong> o mercado brasileiro, mas sim a<br />

preferência em ofertar as soluções-padrão <strong>para</strong> o mercado internacional.<br />

Por outro lado, o fato de apenas uma pequena parcela das instituições<br />

financeiras brasileiras ser controlada por capitais estrangeiros determinou que não<br />

houvesse pressões <strong>para</strong> a adoção de soluções consagradas internacionalmente.<br />

Como consequência, a liderança mundial de fornecedores como NCR, Siemens<br />

Nixdorf, Olivetti e Fujitsu não se verificou no país. Assim, a necessidade de<br />

desenvolvimento de soluções específicas <strong>para</strong> o mercado brasileiro e as limitações<br />

legais a investimentos estrangeiros em atividades bancárias no país levaram ao<br />

surgimento de uma indústria constituída por um pequeno número de empresas<br />

nacionais, lideradas pela Itautec Philco, Procomp e Sid.<br />

A evolução da participação das empresas ofertantes no mercado brasileiro de<br />

<strong>Automação</strong> Bancária, novamente quantificada segundo o número de ATMs<br />

fornecidos, observou a partir de 1999, uma queda de desempenho da Sid, empresa<br />

detentora de tecnologia consagrada e de uma expressiva base instalada frente aos<br />

concorrentes, refletindo a crise financeira que vem enfrentando a Sharp, sua<br />

controladora.<br />

O desenvolvimento paulatino das soluções de automação, sempre em<br />

atendimento a novas especificações dos bancos, criou entre estes e seus<br />

fornecedores uma forte parceria, baseada no domínio da tecnologia dos sistemas<br />

(software e hardware). Porém, com a entrada de investimentos estrangeiros no setor<br />

bancário do país, esse cenário começou a sofrer alterações. Os novos bancos já<br />

trazem suas parcerias consolidadas com fornecedores internacionais, sendo muito<br />

difícil a entrada dos ofertantes nacionais na parcela de mercado que eles<br />

representam. O mesmo ocorre quando tradicionais bancos nacionais têm seu<br />

controle vendido a bancos estrangeiros, demandando das empresas nacionais uma<br />

ação de vendas não mais junto aos seus clientes locais, mas às matrizes<br />

internacionais, o que requer um adicional de investimento em marketing e vendas<br />

nada desprezível.<br />

102


Mais recursos começam também a ser demandados das ofertantes em<br />

função de um novo tipo de negócio já existente em outros países e que está se<br />

firmando como tendência dominante: a transformação da aquisição de ATMs em<br />

aquisição de transações pelos bancos, os quais não podem assistir ao crescimento<br />

indefinido de seus parques de equipamentos, sob pena de deterioração de seus<br />

índices financeiros, requerendo, então, que esses equipamentos colocados a seu<br />

serviço passem a ser de propriedade de terceiros (em geral, os próprios fabricantes).<br />

Os bancos remuneram as novas proprietárias dos equipamentos pelas transações<br />

que eles efetuam, havendo a garantia de uma demanda mínima. Por outro lado, uma<br />

proprietária de terminais pode colocá-los simultaneamente a serviço de diversos<br />

bancos, otimizando o seu uso. Esse negócio permite melhorar os índices financeiros<br />

dos bancos, porém requer das empresas fabricantes dos equipamentos uma alta<br />

disponibilidade de recursos <strong>para</strong> imobilização.<br />

Essas mudanças no cenário bancário brasileiro, demandando volumes<br />

crescentes de recursos por parte das empresas ofertantes, e também o início de<br />

uma atuação internacional já começam a produzir efeitos sobre os fabricantes<br />

brasileiros. Nesse sentido, o fato mais importante, ocorrido ao final de 1999, foi a<br />

venda integral da Procomp à Diebold, empresa fabricante de ATMs líder do mercado<br />

norte-americano e de quem a Procomp já adquiria alguns equipamentos e<br />

mecanismos dispensadores de cédulas.<br />

É oportuno ressaltar o aspecto estratégico de tal negociação, configurado na<br />

própria forma de pagamento das ações da Procomp: parte em dinheiro e parte em<br />

ações da Diebold, o que fez dos antigos donos da Procomp acionistas individuais da<br />

empresa americana. A união das duas empresas representa, <strong>para</strong> a Diebold, a<br />

aquisição de uma grande base instalada no país, em cujo mercado sua presença<br />

não era expressiva, e também de uma linha completa de soluções e serviços de que<br />

ela não dispunha, o que a impedia de disputar alguns mercados com sua principal<br />

concorrente <strong>–</strong> a NCR. Para a Procomp, isso significa o acesso ao mercado<br />

internacional, a começar pela América Latina, e a consolidação de sua posição<br />

interna.<br />

103


4.1.6.4.4. Análise do Mercado: Equipamentos em <strong>Automação</strong> Bancária e<br />

localização<br />

Na Tabela 12 é apresentado o total de equipamentos ATMs destinados à<br />

automação bancária e comercial e à informática em geral existente no mercado. A<br />

maioria desses equipamentos possui tecnologia nacional adquirida no decorrer dos<br />

últimos anos.<br />

Tabela 12 <strong>–</strong> Número total de equipamentos de <strong>Automação</strong> Bancária e sua localização.<br />

<strong>Automação</strong><br />

Bancária Total de<br />

Equipamentos<br />

Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />

Ano Em agências<br />

Quiosques<br />

locais públicos<br />

Em postos<br />

de<br />

atendimento<br />

cheque já instalados. Se forem considerados os equipamentos de outras redes<br />

104<br />

Total<br />

2000 95.791 4.094 8.516 108.401<br />

2001 117.159 5.063 9.848 132.070<br />

2002 106.325 7.993 10.113 124.431<br />

2003 107.690 10.132 10.902 128.724<br />

2004 109.972 9.927 20.618 140.517<br />

2005 115.330 10.405 22.712 148.447<br />

2006 120.861 9.126 26.070 156.057<br />

2007 128.986 8.812 28.975 166.773<br />

Variação<br />

2007-2006<br />

Os equipamentos <strong>para</strong> automação de escritórios aparecem também nessa<br />

pesquisa, por não poderem ser facilmente dissociados do restante. Porém, não<br />

estando no foco do trabalho, não se encontram computados em sua totalidade.<br />

Os microcomputadores que integram os terminais PDV e os terminais de<br />

caixa bancário modular estão englobados no item microcomputadores.<br />

Analogamente, os teclados especiais utilizados em sistemas de automação bancária<br />

e comercial não possuem classificação específica, estando incluído no item teclado<br />

genérico.<br />

É importante destacar a instalação, em 2007-2008, de mais de dez mil caixas<br />

automáticos adaptados especialmente <strong>para</strong> assegurar o acesso a pessoas<br />

portadoras de deficiência. O parque de ―ATMs full‖, ou seja, de terminais de auto-<br />

atendimento completos, que possibilitam todo tipo de transações bancárias, cresceu<br />

cerca de 20% em 2008 ficando claro o processo de substituição gradativa dos<br />

demais tipos de equipamentos de auto-atendimento como os dispensadores de<br />

dinheiro, terminais de depósitos e de extratos. Por outro lado, a menor utilização de<br />

cheques como meio de pagamento não justifica a substituição dos dispensadores de<br />

6,9%


compartilhadas, serão superados os 170 mil dispositivos de auto-atendimento em<br />

operação no Brasil, certamente um dos maiores parques de ATMs do mundo.<br />

4.1.6.4.5. Despesas em Tecnologias do Segmento de <strong>Automação</strong> Bancária<br />

Nos últimos anos, houve uma redução significativa do valor das importações<br />

de computadores e periféricos, enquanto as importações de partes e peças <strong>para</strong><br />

esses produtos cresceram, o que reflete um aumento da montagem local de<br />

equipamentos como microcomputadores, impressoras e terminais de vídeo, inclusive<br />

<strong>para</strong> exportação, a qual se expandiu no mesmo período. A exportação de<br />

equipamentos de informática deve-se mais a esforços individuais e estratégias de<br />

logística das empresas fabricantes do que a condições de competitividade dos<br />

produtos, até porque o seu alto conteúdo de componentes importados não permite<br />

que eles concorram em igualdade de condições no mercado mundial. Há pouco<br />

tempo, uma grande parte do mercado brasileiro de informática é atendida pelo<br />

chamado gray market, que não figuram nas estatísticas oficiais de importação.<br />

Os produtos de informática em geral são de padrão mundial, comportando-se<br />

como commodities. Sua competitividade, portanto, está diretamente ligada à<br />

obtenção de insumos mais baratos. Uma indústria de componentes local capaz de<br />

atender às montadoras de equipamentos é fundamental <strong>para</strong> a almejada redução de<br />

custos como frete e manutenção de estoques. Ainda mais, é necessária a abertura<br />

dos kits de montagem, hoje importados completos, <strong>para</strong> permitir que uma indústria<br />

brasileira de componentes tenha acesso a esse mercado, pois em muitos casos isso<br />

não depende apenas de condições de fornecimento mais vantajosas, estando sujeito<br />

a variáveis como a propriedade do projeto. Assim, <strong>para</strong> que qualquer ação no<br />

sentido de aumentar a competitividade internacional dos equipamentos de<br />

informática brasileiros seja eficaz, deve-se levar em conta a realização de atividades<br />

de projeto e desenvolvimento no país.<br />

O equipamento típico de automação bancária é o ATM, que custa em média<br />

aproximadamente R$ 8 mil. Em 1999, o produto, cujo mercado total foi de 16,6 mil<br />

unidades, o que equivale a cerca de R$ 250 milhões, gerou um déficit comercial de<br />

US$ 1,2 milhão, inferior a 1% do mercado total. Vale observar que, no mesmo ano, o<br />

mercado global de equipamentos de informática, da ordem de R$ 7 bilhões, gerou<br />

um desequilíbrio na balança comercial pouco maior que US$ 500 milhões em<br />

105


produtos completos, superior a 12% do mercado. O desenvolvimento local dos<br />

produtos <strong>para</strong> automação bancária propiciou ainda a existência de uma rede de sub-<br />

fornecedores locais <strong>–</strong> fabricantes de mecanismos de impressão, de leitura de<br />

códigos de barras em documentos, dispensadores de cédulas, entre outros. Os<br />

mecanismos dispensadores de cédulas representam cerca de 40% do custo de um<br />

terminal ATM médio. É por essa razão, aliás, que as quatro maiores fabricantes<br />

mundiais de ATM possuem mecanismos próprios.<br />

A Tabela 13 apresenta a relação de produtos do setor e a Tabela 14, as<br />

principais despesas de investimento em tecnologia realizadas pelo setor bancário<br />

nos últimos anos.<br />

Tabela 13 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Bancária: Equipamentos e Localização.<br />

106


ATMs Ano Em Agências<br />

Quiosques<br />

em locais<br />

públicos<br />

107<br />

Em Postos<br />

de<br />

Atendimento<br />

Total<br />

2000 12.078 2.975 586 15.639<br />

2001 16.394 3.340 2.803 22.537<br />

Saque e 2002 25.647 4.396 3.190 33.233<br />

Variação<br />

2007/2006<br />

Depósito 2003 32.781 5.201 3.577 41.559 14%<br />

2004 39.798 4.214 4.208 48.220<br />

2005 42.981 4.322 4.749 52.052<br />

2006 44.007 4.036 5.384 53.427<br />

2007 51.212 3.440 6.240 60.892<br />

Adaptadas 2006 7.085 311 473 7.869 114,3%<br />

a PCDs 2007 14.928 541 1.395 16.864<br />

2000 40.785 1.063 5.770 47.618<br />

2001 50.691 1.557 5.818 58.066<br />

2002 46.697 2.195 5.475 54.367<br />

Cash Dispenser 2003 44.342 2.833 5.131 52.306 -1.9%<br />

2004 38.243 4.665 13.800 56.708<br />

2005 38.527 5.393 15.343 59.263<br />

2006 36.793 4.526 15.579 56.898<br />

2007 33.812 4.580 17.400 55.792<br />

2000 15.322 14 364 15.700<br />

2001 17.890 7 219 18.116<br />

2002 16.488 8 476 16.972<br />

Terminal de 2003 15.086 9 733 15.828 -11.2%<br />

Depósitos 2004 17.390 592 1.192 19.174<br />

2005 18.218 224 1.120 19.562<br />

2006 16.677 5 1.241 17.923<br />

2007 14.834 18 1.071 15.923<br />

2000 20.439 30 1.791 22.260<br />

2001 23.133 150 976 24.259<br />

2002 7.572 821 916 9.309<br />

Terminal de 2003 4.236 1.491 1.381 7.108 -8.8%<br />

Extrato e Saldo 2004 2.179 133 1.089 3.401<br />

2005 2.120 145 1.094 3.359<br />

2006 1.784 156 1.567 3.507<br />

2007 1.958 142 1.100 3.200<br />

2000 7.167 12 5 7.184<br />

2001 9.051 9 32 9.092<br />

2002 9.921 573 56 10.550<br />

ATMs Ano Em Agências<br />

Quiosques<br />

em locais<br />

Em Postos<br />

de<br />

Total<br />

Variação<br />

2007/2006


108<br />

públicos Atendimento<br />

Dispensador de 2003 11.245 598 80 11.923 -14.2%<br />

Cheques 2004 12.362 323 329 13.014<br />

Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />

2005 13.484 321 406 14.211<br />

2006 14.515 92 1.826 16.433<br />

2007 12.242 91 1.769 14.102<br />

Tabela 14 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Bancária: Despesas em Tecnologia.<br />

Especificação Descrição<br />

Hardware<br />

Mainframes, PCs, ATMs, Storages, robôs, etc.<br />

Telecomunicações<br />

Linhas / equipamentos<br />

Softwares de terceiros<br />

Software In House<br />

Salários e encargos profissionais de<br />

desenvolvimento, de produção e<br />

de outras áreas de TI<br />

Outras áreas de TI<br />

Salários e encargos profissionais<br />

Outras despesas<br />

Serviços em geral, despesas com<br />

instalações físicas, alocação de<br />

despesas, despesas gerais, etc.<br />

Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />

Investimentos<br />

R$ (milhões)<br />

Aquisições 2.181 15%<br />

Aluguéis, leasings, contratos de serviços,<br />

salários, encargos, etc.<br />

%<br />

2.505 17%<br />

Aquisições 769 5%<br />

Aluguéis, leasings, contratos de serviços,<br />

salários, encargos, etc.<br />

Software básico e aplicativos, fábricas de<br />

software, terceirizações, etc. (aquisições de<br />

software, desenvolvimento de novas<br />

aplicações, manutenção de sistemas)<br />

Desenvolvimento de novas aplicações,<br />

manutenção de sistemas<br />

Aluguéis, leasings, contratos de serviços,<br />

salários, encargos, etc.<br />

2.484 17%<br />

2.267<br />

15%<br />

330 2%<br />

1.594 11%<br />

Software básico, produção, backoffice, etc. 591 4%<br />

Aluguéis, leasings, contratos de serviços,<br />

salários, encargos, etc.<br />

1.186 8%<br />

Aquisições, imobilizações 27 0%<br />

Aluguéis, leasings, contratos de serviços,<br />

salários, encargos, etc.<br />

935 6%<br />

Em 2007 os bancos investiram R$ 6,2 bilhões, incremento de 16% sobre o<br />

ano anterior, superando em R$ 300 milhões o valor orçado. Por outro lado as<br />

despesas globais de TI foram controladas, perfazendo um total de quase R$ 15<br />

bilhões. É importante ressaltar, o câmbio favorável naquele período contribuiu <strong>para</strong><br />

um crescimento menor do que o esperado. É interessante observar que ano a ano,<br />

a parcela de recursos do orçamento de TI destinada a investimentos cresce


superando agora 40% do total. Também os serviços de desenvolvimento e<br />

manutenção de sistemas prestados por terceiros (15%) superam com<br />

desenvolvimento de software in house (13%). Também as despesas com<br />

equipamentos, que no passado constituíam a parcela mais pesada do orçamento de<br />

TI, hoje representam um terço do total.<br />

O setor bancário registrou nestes últimos anos um crescimento de mais 50%<br />

na utilização de PPAs (Pontos de Atendimento) pelos bancos, ocasionado,<br />

sobretudo pela força de vendas. A explosão de dados a serem arquivados e<br />

explorados vem impondo aos bancos importantes investimentos <strong>para</strong> ampliar sua<br />

capacidade de armazenamento e processamento de informações como atestam os<br />

números de 2007, apresentados na Tabela 15.<br />

Tabela 15 <strong>–</strong> Recursos Computacionais dos Bancos.<br />

Tipo de Equipamento 2003 2004 2005 2006 2007<br />

109<br />

Variação<br />

2007/2006<br />

Mainframes (MIPS) 164.608 228.701 272.442 349.441 403.128 15%<br />

Servidores UNIX / LINUX centralizados 1.835 2.241 2.347 2.530 2.874 14%<br />

Servidores UNIX / LINUX em pontos<br />

de atendimento<br />

- - - - 5.719 -<br />

Servidores Windows centralizados 12.428 11.863 10.302 13.727 13.492 -2%<br />

Servidores Windows em pontos de<br />

Atendimento<br />

- - - - 16.698 -<br />

Terminais de Caixa 131.773 120.015 119.233 131.719 133.385 1%<br />

Estações de trabalho / PCs / Notebooks 373.537 378.184 447.567 478.982 510.847 7%<br />

PPAs / Blackberry's/ Assemelhados - - 1.902 8.360 12.206 46%<br />

Fitotecas robotizadas 135 139 143 167 188 13%<br />

Discos 2.074 1.914 2.628 5.213 7.010 34%<br />

Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />

Ao mesmo tempo, gradativamente o processo de outsourcing pelos bancos<br />

ganha espaço: telecomunicações, impressão, help desk, projetos e manutenção de<br />

sistemas, processamento de cartões já se tornaram serviços a serem terceirizados.<br />

A partir do ano de 2007, os bancos transferiram <strong>para</strong> terceiros a responsabilidade<br />

por um maior volume de serviços prestados por fábricas de softwares. No entanto,<br />

ainda é incipiente a prática de delegar a terceiros o tratamento de operações de<br />

backoffice. A Tabela 16 apresenta informações de serviços terceirizados e<br />

outsourcing no setor bancário.


Tabela 16 <strong>–</strong> Terceirização / Outsourcing.<br />

Terceirização / Outsourcing 2005 2006 2007<br />

110<br />

Variação<br />

2007/2006<br />

Telecomunicações 68 68 74 9%<br />

Serviços de Impressão 62 76 73 -4%<br />

Help Desk 48 63 67 6%<br />

Projeto e desenvolvimento de aplicativo 52 62 64 3%<br />

Manutenção de sistemas legados 43 43 55 27%<br />

Processamento de Cartões 52 58 54 -7%<br />

Fábrica de Software 43 52 46 -12%<br />

Backup Site 38 49 44 -10%<br />

BodyShop 20 37 37 0%<br />

Infraestrutura de CPD 29 29 33 13%<br />

Áreas de BackOffice - - 7 -<br />

Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />

4.1.7. Ciclo de Desenvolvimento de um Produto<br />

4.1.7.1. Ciclo de Vida de um Produto Industrial<br />

O ciclo de vida de um produto industrial é um elemento importante a ser<br />

considerado na cadeia produtiva, sendo composto basicamente de atividades,<br />

verificação dos resultados e métodos, conforme ilustra a Figura 12.<br />

O ciclo de desenvolvimento de um produto industrial é composto de três<br />

grandes etapas: Especificação, Metodologia de Concepção e Verificação e<br />

Validação, conforme é descrito a seguir:<br />

Etapa 1: Especificação e Concepção<br />

Estabelecimento de modelos que considerem aspectos de: funcionalidade,<br />

comportamento e informação do sistema em estudo; e<br />

Necessidade de utilização de softwares específicos.<br />

Etapa 2: Métodos de concepção<br />

Coordenação de tarefas, considerando a análise funcional, modos de<br />

funcionamento e arquitetura operativa; e<br />

Métodos específicos (caseiros).


Etapa 3: Verificação e validação<br />

Verificação: Propriedades do modelo independentes do Caderno de<br />

Especificações;<br />

Validação: conformidade ao Caderno de Especificações; e<br />

Simulação.<br />

Figura 12 <strong>–</strong> Ciclo de Vida de um Produto Industrial.<br />

Fonte: Martinie, 1998.<br />

4.1.7.2. Ciclo de Desenvolvimento de um Produto<br />

Enquanto o ciclo de vida de um produto abrange as macro-etapas de<br />

concepção até implementação no mercado do produto, o ciclo de desenvolvimento<br />

de um produto industrial, também chamado de ciclo em V, define detalhadamente as<br />

diferentes fases de desenvolvimento de um projeto industrial até a sua integração no<br />

meio produtivo (Figura 13). O nível de automação de um país pode ser constatado<br />

por meio desse ciclo, onde se podem diagnosticar as diferentes etapas de<br />

concepção de um produto e sua integração no meio produtivo.<br />

111


Figura 13 <strong>–</strong> Ciclo em V de desenvolvimento de um Produto.<br />

Fonte: Oliveira, 2008.<br />

4.1.7.2.1. Ciclo de Vida de um Produto Automatizado<br />

O ciclo em V sintetiza as diferentes etapas associadas à concepção de um<br />

produto inteligente: uma fase inicial de projeto e concepção (abrangendo fase de<br />

requisitos, especificações, modelo, componentes e prototipagem) e uma segunda<br />

fase de implementação final associada à integração de sistemas (abrangendo a<br />

integração final em nível de hardware e software, testes e certificações, produção e<br />

supervisão).<br />

É importante ressaltar que nos países altamente industrializados todas as<br />

etapas desse ciclo são realizadas, mostrando domínio tecnológico no processo de<br />

concepção, integração e disponibilidade de um determinado produto no mercado.<br />

Nos países em vias de desenvolvimento, normalmente se pode encontrar somente o<br />

112


lado direito do ciclo em V, correspondente à fase de integração do sistema, não<br />

existindo, ou sendo raramente empregada, a fase de projeto e desenvolvimento.<br />

4.1.7.3. Setores de Aplicação na área de <strong>Automação</strong><br />

O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> vem sofrendo um processo de<br />

mudanças profundas em suas estruturas produtivas, na formatação de uma<br />

produção mais eficaz e eficiente, bem como mais sustentável. Tais modificações<br />

podem ser observadas nas matérias-primas, nos equipamentos e no<br />

desenvolvimento de novos processos e, sobretudo, nas estratégias de<br />

comercialização, em que novos atores têm surgido, modificando as condições<br />

competitivas internacionais.<br />

O crescimento das unidades industriais tem sido acompanhado pela<br />

expansão dos respectivos sistemas de controle, normalmente, porém, sem a<br />

substituição dos sistemas existentes, o que tem levado à coexistência em uma<br />

mesma instalação industrial de tecnologias e protocolos diferentes.<br />

Em 2007, da revista InTech da ISA <strong>–</strong> The Instrumentation Systems and<br />

Automation Society, divulgou os resultados de uma pesquisa realizada sobre o uso<br />

de protocolos de automação na indústria e suas principais tendências e distribuição<br />

no mercado <strong>para</strong> aplicações.<br />

Nessa pesquisa pôde-se observar que 80% das empresas entrevistadas<br />

fazem uso de protocolos em seus processos, embora a grande maioria utilize mais<br />

de um protocolo na planta industrial.<br />

As principais aplicações são direcionadas ao controle de processos<br />

contínuos, discretos, em batelada e híbrido, conforme mostra o Gráfico 10. A base<br />

instalada de cada um desses protocolos é apresentada no Gráfico 11, onde se<br />

podem destacar o FF e o Profibus como os que têm participação crescente no<br />

mercado.<br />

Os resultados da pesquisa mostram uma tendência clara <strong>para</strong> a adoção de<br />

barramento de campo e de redes ethernet. Contudo, a conexão à Internet é vista<br />

com reservas, dada a desconfiança em relação à segurança (por exemplo, possíveis<br />

invasões por hackers).<br />

113


Gráfico 10 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> <strong>–</strong> Principais Setores de Aplicações Industriais.<br />

4.1.8. Mutações no Processo Produtivo<br />

Fonte: Intech, 2007.<br />

Gráfico 11 <strong>–</strong> Base de Protocolos Instalados.<br />

Fonte: Intech, 2007.<br />

A atual fase de desenvolvimento do capitalismo é marcada por mudanças que<br />

intensificam a internacionalização da economia (globalização financeira do capital),<br />

ao mesmo tempo em que promovem a introdução de inovações tecnológicas e<br />

organizacionais de grande porte no denominado ―mundo do trabalho‖.<br />

A vasta bibliografia sobre a questão aponta, de forma geral, que as mudanças<br />

ocorridas no ―mundo do trabalho‖ não podem ser analisadas observando-se,<br />

exclusivamente, o fenômeno do avanço tecnológico. Deve-se evitar uma postura<br />

determinista em termos de inovação; importa considerar que a riqueza social é<br />

produzida sob determinadas relações sociais de produção, em condições<br />

específicas, no âmbito das trajetórias vividas pela humanidade.<br />

114


O processo de globalização da economia mundial que trouxe novos modelos<br />

de produção, emergidos nos anos de 1970/1980, vem estimulando a realização de<br />

inúmeros estudos nos diversos ramos do conhecimento. Dentre eles, destacam-se<br />

aqueles nas áreas da economia e da sociologia sobre a aplicação e consequências<br />

de tais modificações tecnológicas, que permitem o adensamento de novos<br />

equipamentos e de novas formas de organização do processo de trabalho.<br />

No entanto, o intenso debate sobre o tema apresenta-se polarizado: há os<br />

que acreditam na extinção do modelo taylorista-fordista e na emergência de novos<br />

modelos; os que desconfiam dessa possibilidade e insistem na permanência da<br />

preponderância de um taylorismo, mesmo que adaptado; e, ainda, aqueles que<br />

consideram a existência de variadas combinações nos processos produtivos.<br />

Os estudos dos americanos Sabel e Piore (1984) sobre o esgotamento do<br />

padrão fordista de produção defendem o advento de um novo modelo sócio-<br />

produtivo, alternativo à produção em massa fordista, conhecido como<br />

―especialização flexível‖. Apresenta a caracterização da forma organizacional de<br />

atividades produtivas em distritos industriais e em territórios definidos por ―redes de<br />

alianças entre empresas‖ (de pequeno e médio porte) que se complementam a partir<br />

do uso de tecnologias sofisticadas e do estabelecimento de relações sociais<br />

consensuais sedimentadas em uma proximidade geográfico-social (espaço-tempo),<br />

envolvendo frequentemente laços culturais, sociais, políticos e, portanto,<br />

comunitários.<br />

David Harvey (1992) considera que, na atualidade, vivencia-se uma fase da<br />

produção capitalista, de ―acumulação flexível‖ do capital, que tem como<br />

característica principal o confronto direto com a rigidez do modelo fordista, ao apoiar-<br />

se na flexibilidade do processo de trabalho, do mercado de trabalho, do produto e do<br />

padrão de consumo. Para o autor, a ―acumulação flexível‖ caracteriza-se pelo<br />

surgimento de setores da produção inteiramente novos que incorporam com rapidez<br />

as inovações trazidas pelo atual padrão de desenvolvimento do capitalismo em<br />

escala mundial, de forma desigual, que convive, ao mesmo tempo, com padrões<br />

tradicionais de produção.<br />

Está em voga falar da emergência de um novíssimo modelo, que<br />

supostamente seria universal, o modelo japonês de produção. Helena Hirata (1993)<br />

115


indica a amplitude do debate que envolve especialistas do ramo do trabalho nos<br />

mais diversos países, destacando que a literatura traz enfoques variados e nuances<br />

desse modelo de produção, dentre eles, os aspectos da gestão e da possibilidade<br />

de tomada de decisão pelos trabalhadores. A diversidade das dimensões analisadas<br />

mostra como o modelo japonês é multiforme e rico no entender da autora; no<br />

entanto, as respostas à questão do surgimento, de fato, de um novo <strong>para</strong>digma de<br />

organização industrial alternativo à produção fordista ainda não encontrou consenso<br />

entre os especialistas do trabalho, tanto pela falta de sistematização das<br />

experiências quanto de seus indicadores de resultados.<br />

Para os trabalhadores, as consequências da teia complexa de mudanças no<br />

mundo do trabalho produzem efeitos agudos, particularmente no que diz respeito ao<br />

campo do Direito do Trabalho, sobretudo por causa dos novos aportes de<br />

(des)regulação e flexibilização das relações de trabalho. Parte dos direitos sociais e<br />

de cidadania, frutos de conquistas históricas dos trabalhadores, vem sendo<br />

eliminada ou flexibilizada nos códigos trabalhistas.<br />

Para fundamentar sua crítica à pretensão de alguns autores de enxergar no<br />

modelo japonês a substituição ao padrão taylorista-fordista de produção, Valle<br />

(1997) destaca que:<br />

(i) No chamado ―modelo japonês‖ há um relaxamento no grau de se<strong>para</strong>ção<br />

entre tarefas de planejamento e tarefas de execução, e não a eliminação<br />

desse princípio;<br />

(ii) Just in time, por exemplo, toma cada posto fordista e faz dele um cliente e<br />

um fornecedor de outros postos, tornando uma organização ainda mais<br />

rígida e tensa do que aquela que Ford imaginava, uma vez que todo o<br />

pessoal (inclusive os gerentes e supervisores) é pressionado pelos<br />

problemas de integração;<br />

(iii) Continuam válidos dois princípios centrais do Shop management System, o<br />

planejamento rigoroso dos postos de trabalho e a seleção e treinamento<br />

dos trabalhadores, sempre sob a égide da ―ciência‖;<br />

(iv) Proposta do alargamento de tarefas já havia sido feita há muitos anos pela<br />

segunda geração de racionalização da produção (―GRUPO DE<br />

HARVARD‖); e<br />

116


(v) Própria ―cooperação entre trabalhadores e direção‖ não é uma novidade.<br />

Ela fora sugerida pelo próprio Taylor, que chegou mesmo a apontar esta<br />

mudança de atitude mental como a maior dificuldade <strong>para</strong> implantação de<br />

seu sistema (VALLE, 1997).<br />

No Brasil, estudos elaborados em importantes centros de pesquisas analisam<br />

as características, abrangência e implicações da introdução de mudanças<br />

tecnológicas e organizacionais no mundo da produção.<br />

As pesquisas com<strong>para</strong>tivas entre Brasil<strong>–</strong>França<strong>–</strong>Japão sobre as novas<br />

tecnologias, a organização do trabalho e a política de gestão, realizadas por Hirata<br />

no início dos anos 80, dão conta de que o processo de implementação de mudanças<br />

tecnológicas e organizacionais em empresas instaladas no país de origem se fazia<br />

em ritmo e modalidades diferentes das existentes nas filiais de outros países. A<br />

autora, ao retomar a análise, quase quinze anos após a realização da pesquisa<br />

com<strong>para</strong>tiva, constata que poucas modificações ocorreram e que os obstáculos à<br />

introdução de novas formas organizacionais continuavam ainda presentes. Uma das<br />

mudanças visíveis são as brechas que se abriram na ideologia do taylorismo,<br />

amplamente predominante no meio empresarial brasileiro daquela época e que, a<br />

seu ver, constituía-se em um dos obstáculos principais às mudanças. (HIRATA e<br />

MORAES, 1999).<br />

Dentre as inovações trazidas pelos novos modos de produção, a qualificação<br />

dos trabalhadores ganha destaque, apesar da noção de qualificação encontrar-se no<br />

âmago da Sociologia do Trabalho há mais de cinco décadas. O debate aberto por<br />

Braverman (1987), no início dos anos setenta, em torno da desqualificação<br />

inelutável, gradual e progressiva dos trabalhadores em contexto de maior<br />

aprofundamento da divisão do trabalho no capitalismo, teve como uma de suas<br />

variantes consagradas, durante longo período, a tese da polarização das<br />

qualificações (FREYSSENET, 1997; KERN e SCHUMAN, 1980; SORGE, et al, 1983;<br />

HIRATA, 1994).<br />

Os aspectos que revestem tal questão <strong>–</strong> qualificação, treinamento,<br />

capacitação da força de trabalho <strong>–</strong> têm sido objeto de preocupação em várias partes<br />

do mundo, acompanhando os processos de mutação do trabalho. O debate que se<br />

estende da tese da polarização das qualificações à tese atual do modelo da<br />

117


competência está longe de ser concluídos e novos elementos de análise, a partir de<br />

teorizações e pesquisas empíricas, têm enriquecido a literatura sobre o tema.<br />

Hirata (1994, 1997), após vários estudos, conclui que, na França, por<br />

exemplo, a noção de competência é apresentada, cada vez mais, como uma<br />

alternativa ao conceito de qualificação. Assim, tanto no ambiente da empresa,<br />

quanto no ambiente acadêmico e dos especialistas, essa noção vem recebendo uma<br />

diversidade de críticas.<br />

O ponto central da crítica, de modo geral, repousa na intenção ou nos<br />

inconvenientes da passagem de um conceito multidimensional de qualificação,<br />

outrora formalizado, que serviu de base na França, a uma codificação social (das<br />

classificações), <strong>para</strong> outro, ainda em construção, designado como o ―modelo da<br />

competência‖. Cabe dizer que a noção de competência é originária do ―mundo da<br />

empresa‖ e posteriormente foi assumida por alguns sociólogos e economistas<br />

(HIRATA, 1997 p.30).<br />

4.1.9. Mudanças no Processo de Trabalho<br />

A acumulação flexível do capital em seu dinamismo pode dizer que várias<br />

formas e contornos são observados, na atualidade, nos processos de mudanças<br />

tecnológicas, na organização e gestão do trabalho. Por essa razão, apontar, pura e<br />

simplesmente, a substituição de modelos de produção, como se isto pudesse ocorrer<br />

de forma mecânica, ao ponto de os modelos se tornarem universais, não se permite<br />

compreender o quadro atual das mudanças.<br />

Sob a ótica da engenharia de produção, em geral, e da organização e gestão<br />

do processo de trabalho em particular, o autor destacou que, na maior parte dos<br />

casos relatados, a ‗adoção‘ (ou a tentativa) do ―modelo japonês‖ reduz-se à<br />

aplicação de ―técnicas‖ ou ―sistemas‖ tais como just in time, kanban, manufatura<br />

celular, círculos de controle de qualidade, polivalência, controle de qualidade total,<br />

entre outros. Shiroma (1993) registrou, ainda, que <strong>para</strong> a gerência de indústrias de<br />

processos discretos, como a mecânica, a metalúrgica e a eletroeletrônica, algumas<br />

dessas técnicas e modelos parecem se constituir na ―modernidade‖.<br />

No geral, as pequenas mudanças empreendidas não alteram<br />

substancialmente a organização produtiva, mas são ressaltadas como se a empresa<br />

118


estivesse sintonizada com o ―modelo japonês‖ <strong>–</strong> talvez o caso mais típico seja a<br />

substituição parcial das plaquetas de ordens de produção por cartões coloridos,<br />

como se isso por si só caracterizasse um just in time. Em síntese, o autor acredita<br />

que, desta forma, o modelo deixaria de ser japonês <strong>para</strong> se tornar nissei (SALERNO,<br />

1993) 2 .<br />

Os resultados da pesquisa apontam <strong>para</strong> efetiva existência de um processo<br />

em curso de reestruturação produtiva na indústria eletroeletrônica da Zona Franca<br />

de Manaus <strong>–</strong> ZFM. Este se apresenta, porém, de forma bastante parcial e<br />

heterogênea, longe de corresponder a uma transformação radical e sem<br />

contradições, em direção ao <strong>para</strong>digma pós-fordista.<br />

No que concerne à reestruturação produtiva pela qual vem passando o setor<br />

eletroeletrônico da ZFM, deve-se destacar, inicialmente, o lugar desse tipo de<br />

indústria (montadora) no plano da divisão internacional do trabalho.<br />

A introdução de novos equipamentos é o aspecto mais relevante das<br />

mudanças ocorridas no processo produtivo. As inovações tecnológicas concentram-<br />

se na área de inserção automática, considerada a mais importante, o coração das<br />

empresas.<br />

A utilização da força de trabalho no processo produtivo do setor<br />

eletroeletrônico já não atinge os mesmos percentuais dos anos 1970/1980. Hoje, a<br />

redução de mão-de-obra na produção direta é fato irreversível, pois o maquinário<br />

tecnologicamente mais avançado vem propiciando ao capital uma produção em<br />

larga escala, quantitativamente superior ano a ano, com qualidade inegavelmente<br />

melhor. As numerosas linhas de montagem manual, intensiva em mão-de-obra<br />

feminina, já não se fazem presentes.<br />

Cabe salientar que a situação não é determinada, simplesmente, pelo avanço<br />

tecnológico, como expressam/observam os operários entrevistados. É pressuposto<br />

deste trabalho que a forma complexa como a tecnologia é introduzida nas empresas<br />

está diretamente relacionada com as relações de trabalho ali estabelecidas. A<br />

aquisição de máquinas tecnologicamente mais avançadas trouxe aos trabalhadores,<br />

que permanecem empregados, uma sobrecarga de trabalho.<br />

2 Sobre a adoção de técnicas japonesas em empresas brasileiras um importante trabalho foi<br />

elaborado por Eneida Oto Shiroma, 1993.<br />

119


Algumas plantas industriais foram concebidas e colocadas em operação, na<br />

década de 1990, a partir da concepção de empresa enxuta, com o objetivo principal<br />

de promover a intensificação da racionalização no uso da força de trabalho, ao<br />

mesmo tempo em que se vislumbravam melhorias na fluidez das informações.<br />

No caso das montadoras, estas vêm promovendo ao longo dos últimos anos<br />

uma diminuição constante de seu quadro de trabalhadores, eliminando setores e<br />

departamentos, reduzindo níveis hierárquicos e terceirizando serviços em todas as<br />

áreas do processo produtivo.<br />

Outra forma de reestruturação do processo produtivo, presente há alguns<br />

anos nas empresas pesquisadas, diz respeito à subcontratação de empresas por<br />

encomendas de serviços ligados à produção; em geral, isso ocorre nos momentos<br />

de maior demanda. A competitividade em ambiente capitalista vem promovendo a<br />

centralização de capitais, permitindo maior oligopolização do sistema como um todo.<br />

Nesse contexto, grande parte das empresas torna-se subcontratada, enquanto<br />

outras entram em processo de falência, como terminou acontecendo com uma das<br />

empresas pesquisadas.<br />

Essas mudanças na organização e gestão do processo de trabalho<br />

determinaram novas acomodações da mão-de-obra, com implicações na política<br />

salarial das empresas. Cabe salientar, que é visível a valorização da ―cultura<br />

empresarial‖ própria em cada empresa pesquisada, como se observou nas<br />

declarações das gerências.<br />

Percebe-se que a cultura empresarial está influenciada disseminando<br />

ideologicamente o discurso ‗modernizante‘, sobretudo do chamado modelo japonês<br />

de gestão produtiva. Expressões como o just in time, kanban, kaizen, círculo de<br />

controle de qualidade, entre outras, estão presentes na linguagem da gerência. No<br />

entanto, a aplicação desses métodos não corresponde à introdução de práticas<br />

democratizadoras no ambiente fabril; apesar de as relações interpessoais terem<br />

melhorado o ambiente de trabalho, as formas de controle e gestão do trabalho<br />

permanecem bastante rígidas. A disciplina fabril conta mais do que todos os outros<br />

componentes na estratégia empresarial.<br />

As exigências crescentes, feitas pelas empresas, <strong>para</strong> a contratação de<br />

operadores de máquinas <strong>–</strong> como melhor nível de escolarização (grau médio ou<br />

120


superior); conhecimento técnico em eletrônica; línguas estrangeiras, entre outras,<br />

não se justificam, na medida em que o trabalho a ser realizado está limitado a uma<br />

prescrição que não ultrapassa os limites da supervisão dos equipamentos.<br />

O parcelamento e o isolamento das tarefas foram agravados com o processo<br />

de enxugamento de mão-de-obra. Muitos operadores ficam responsáveis pela<br />

operação de mais de uma máquina (o que lhes confere multitarefa na operação dos<br />

equipamentos). A sobrecarga de trabalho dificulta as relações bilaterais entre eles.<br />

Além do mais, a demissão de muitos técnicos e/ou a terceirização da camada de<br />

trabalhadores que presta assistência técnica aos equipamentos, feita<br />

predominantemente de forma corretiva, estabeleceram uma distância ainda maior<br />

entre operadores e técnicos. Antes da terceirização do corpo técnico (de<br />

manutenção) dos equipamentos, a presença desses era permanente nas áreas de<br />

inserção automática, havia possibilidade de diálogo entre operadores e técnicos; a<br />

troca de informações viabilizava o aprendizado durante o processo de trabalho, que<br />

consistia em algo mais do que uma simples operação prescrita.<br />

As empresas promoveram um enxugamento dos setores automatizados. Boa<br />

parcela de trabalhadores foi substituída por mulheres, normalmente advindas da<br />

produção manual; ao mesmo tempo, provocou-se um esvaziamento de conteúdos,<br />

com a simplificação do trabalho. A mão-de-obra feminina é treinada apenas <strong>para</strong> as<br />

operações de supervisão dos equipamentos. Os trabalhos de manutenção técnica<br />

são realizados por técnicos e engenheiros <strong>–</strong> todos do sexo masculino. Há uma<br />

associação bastante recorrente entre trabalho feminino e postos taylorizados.<br />

4.1.10. Considerações<br />

A evolução tecnológica do mercado de automação é constante, envolvendo<br />

uma extensa cadeia de atividades que se inicia na pesquisa científica e termina na<br />

entrada em operação da unidade produtiva. Os sistemas existentes requerem<br />

sempre atualizações tecnológicas compatibilizando equipamentos novos com os<br />

existentes, aplicativos e infraestrutura de comunicação.<br />

Tudo isso faz com que as atividades relativas à automação de processos<br />

industriais demandem mão-de-obra de elevada qualificação, onde o modelo<br />

tradicional taylorismo-fordismo exige novas adaptações. Nas empresas do ramo<br />

121


eletroeletrônico não está, efetivamente, procurando trabalhadores com o perfil mais<br />

criativo, com maior capacidade de abstração, e efetiva ampliação de sua<br />

qualificação. Em algumas falas das gerências, faz-se uso livre da expressão<br />

competência, indicando ausência de preocupação conceitual. O termo é utilizado<br />

como sinônimo de capacidade de adaptação ao posto de trabalho, o que dista da<br />

concepção conjuntural que normalmente tem na literatura especializada.<br />

Dentre as principais atividades desse novo mercado de trabalho podem-se<br />

destacar os seguintes:<br />

a) Concepção e projeto de dispositivos, que exige um conteúdo considerável<br />

de criatividade, e formação de equipes de trabalho multidisciplinares com<br />

mão de obra especializada em diferentes áreas de conhecimento<br />

(administração e gerenciamento, ciências dos materiais, computação,<br />

engenharia mecânica e elétrica e outras);<br />

b) Implantação e operação do sistema de automação, envolvendo seleção,<br />

aquisição, instalação, adaptação, ajuste, configuração e teste dos<br />

instrumentos, dispositivos, equipamentos e software que constituem a<br />

plataforma de automação, bem como das redes de comunicação<br />

industriais, e a sua integração.<br />

c) Utilização de normas, protocolos e estratégias de controle e automação;<br />

d) Formação de recursos humanos <strong>para</strong> os setores de projeto e<br />

especificação e produtos, manutenção, setores de vendas e pós-venda; e<br />

e) Geração de patentes e aumento de competitividade da empresa.<br />

4.2. Panorama Econômico e Desempenho <strong>Setorial</strong><br />

A ABINEE distribui as indústrias do setor eletroeletrônico em dez áreas afins:<br />

<strong>Automação</strong> Industrial; Componentes Elétricos e Eletrônicos; Equipamentos<br />

Industriais; Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; Informática;<br />

Material Elétrico de Instalação; Serviço de Manufatura em <strong>Eletrônica</strong>; Sistemas<br />

Eletroeletrônicos Prediais; Telecomunicações; e Utilidades Domésticas.<br />

122


Este documento é baseado em análise de resultados do setor eletroeletrônico<br />

e nota técnica com a análise econômica do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial<br />

realizada pela ABINEE.<br />

Esta análise é imprescindível, considerando-se que o segmento de <strong>Eletrônica</strong><br />

<strong>para</strong> <strong>Automação</strong> exerce um papel estratégico em relação aos demais segmentos do<br />

setor eletroeletrônico, e os resultados de outras áreas pode afetar diretamente este<br />

segmento.<br />

Para melhor compreensão, é importante destacar que a ABINEE classifica o<br />

segmento de <strong>Automação</strong> Industrial como uma grande área do setor eletroeletrônico,<br />

contemplado neste estudo prospectivo de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> as áreas de<br />

<strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária.<br />

4.2.1. Análise Geral do Setor Eletroeletrônico<br />

As informações econômicas sobre o setor elétrico e eletrônico, selecionadas<br />

<strong>para</strong> este estudo, abrangem o período entre os anos de 2001 e 2008. Os dados<br />

foram extraídos das análises feitas pelo Departamento de Economia da ABINEE e<br />

apontam <strong>para</strong> a evolução do setor nesse período, bem como <strong>para</strong> a sua importância<br />

e representatividade no contexto nacional. Além dos dados consolidados, conforme<br />

descrito na Tabela 17, a ABINEE apresenta as mesmas informações <strong>para</strong> cada um<br />

dos setores sob a sua coordenação, o que será visto mais a frente.<br />

123


Tabela 17 <strong>–</strong> Indicadores Gerais da Indústria Eletroeletrônica 2001 a 2008.<br />

INDICADORES 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

FATURAMENTO (R$ bilhões) 58,2 56,4 63,9 81,6 92,8 104,1 111,7 123,1<br />

FATURAMENTO (US$ bilhões) 24,7 19,3 20,8 27,9 38,1 47,8 57,3 67,0<br />

INVESTIMENTO (Percentual sobre o faturamento) 4% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 4%<br />

NÚMERO DE EMPREGADOS (em mil) 131,2 123,3 122,6 132,9 133,1 142,9 156,1 161,9<br />

EXPORTAÇÕES (US$ milhões) (1) 4.732 4.415 4.771 5.344 7.767 9.249 9.300 9.891<br />

IMPORTAÇÕES (US$ milhões) (1) 13.489 10.294 10.048 12.667 15.135 19.705 24.053 32.033<br />

SALDO DA BALANÇA COMERCIAL (US$ milhões) (1) (8.757) (5.879) (5.277) (7.323) (7.368) (10.456) (14.753) (22.142)<br />

FLUXO DE COMÉRCIO (US$ milhões) (2) 18.220 14.710 14.819 18.011 22.902 28.954 33.353 41.924<br />

FATURAMENTO/EMPREGADO (US$ mil) 188,5 156,2 169,9 209,9 286,6 334,6 367,3 413,7<br />

EXPORTAÇÕES/FATURAMENTO (%) 19,2 22,9 22,9 19,2 20,4 19,3 16,2 14,8<br />

EXPORTAÇÕES/TOTAL EXPORTAÇÕES DO PAÍS (%) (1) 8,1 7,3 6,5 5,5 6,6 6,7 5,8 5,0<br />

IMPORTAÇÕES/TOTAL IMPORTAÇÕES DO PAÍS (%) (1) 24,3 21,8 20,8 20,2 20,6 21,6 19,9 18,5<br />

FATURAMENTO/PIB (%) (1) (3) 4,5 3,8 3,8 4,2 4,3 4,4 4,3 4,2<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

(1) Série revisada; (2) Exportações + Importações; (3) PIB a preços correntes;<br />

(4) Com a nova metodologia do IBGE <strong>para</strong> o calculo do PIB.<br />

Fontes: IBGE, BACEN e SECEX.<br />

124


4.2.1.1. Balança Comercial do Setor Eletroeletrônico<br />

O panorama mundial apresenta o complexo eletroeletrônico como o mais<br />

importante setor industrial da atualidade, destacando-se:<br />

Faturamento mundial do complexo, superior a US$ 2 trilhões;<br />

Constitui a base da chamada ―sociedade da informação‖;<br />

Permeia todos os setores industriais;<br />

Fundamenta todos os serviços modernos;<br />

Reestrutura a vida pessoal, profissional e da família; e reconfigura o lazer;<br />

É sinônimo de tecnologia, portanto é o coração das indústrias de alta<br />

performance; e<br />

É o principal difusor de inovações, da produtividade, de redução de custos<br />

e de preços.<br />

O mercado de produtos do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é muito<br />

sensível a variação do dólar em relação ao real. O forte crescimento do ritmo das<br />

importações ante o das exportações, provocado pela combinação da valorização<br />

cambial com expansão da economia interna, produziu, em 2008, déficit de US$ 22,1<br />

bilhões na balança comercial do setor eletroeletrônico. Esse resultado superou em<br />

50,3% o saldo negativo de US$ 14,7 bilhões apurado em 2007. Como será discutido<br />

a seguir, o mercado é muito sensível ao rápido crescimento das importações em<br />

relação ao das exportações. Impulsionado pela valorização do câmbio, o déficit<br />

comercial do setor tende a se agravar nos próximos anos (ABINEE, 2009).<br />

Como se sabe, é notória a perda de representatividade da indústria de<br />

componentes elétricos e eletrônicos no mercado interno, fato atribuído, em parte,<br />

aos problemas decorrentes da elevada carga tributária e à constante valorização do<br />

real frente ao dólar. Esse segundo fator esteve presente no cotidiano das empresas<br />

locais até o terceiro trimestre de 2008, quando o início da crise financeira<br />

internacional fez a moeda brasileira desvalorizar abruptamente, em decorrência da<br />

interrupção do ingresso de capitais externos e da saída dos mesmos <strong>para</strong> a<br />

cobertura de prejuízos nos balanços das matrizes ou em busca da segurança de<br />

aplicações em títulos do governo americano. Se, por um lado, esse contexto<br />

intensificou a concorrência no mercado interno <strong>para</strong> os componentes eletrônicos,<br />

devido ao estrangulamento das operações externas, por outro lado, a acomodação<br />

125


dos distúrbios internacionais, a partir do segundo trimestre de 2009, trouxe de volta o<br />

―fantasma‖ da valorização cambial, que se sobrepôs como problema <strong>para</strong> esse<br />

segmento.<br />

O setor caminha, portanto, na contramão daqueles que produzem bens<br />

primários e intermediários estratégicos. Estes observam saldos comerciais<br />

crescentes, como é o caso do agronegócio e de produtos extrativos minerais, caso<br />

dos setores automobilístico, aeronáutico e siderúrgico. A explicação <strong>para</strong> esse<br />

fenômeno reside, por um lado, na baixa densidade da cadeia produtiva brasileira e,<br />

por outro, nos reflexos nocivos da política econômica, o que o coloca em<br />

permanente dilema: crescer sustentado por uma produção nacional ou transformar-<br />

se em intermediário nas aquisições de equipamentos e produtos criados no exterior.<br />

Nos tópicos a seguir, destaca-se a evolução das exportações e das importações do<br />

setor no período recente.<br />

4.2.1.1.1. Exportações de Produtos do Setor Eletroeletrônico<br />

O comportamento das exportações de produtos de automação industrial<br />

apresenta uma trajetória ascendente, como pode ser verificado na Tabela 18, que<br />

mostra valores de exportações de produtos eletroeletrônicos por áreas.<br />

Embora as exportações do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial tenham subido<br />

de US$ 74,2 milhões, em 2001, <strong>para</strong> US$ 314,2 milhões em 2008 <strong>–</strong> incremento de<br />

mais de 300% -, fruto do excelente desempenho do comércio internacional nesse<br />

período, ainda assim, a sua participação no volume total das vendas externas do<br />

setor eletroeletrônico foi de apenas 3,0% em 2008. Em com<strong>para</strong>ção às demais<br />

áreas, esse desempenho iguala-se ao de Informática e é inferior a de todos os<br />

demais segmentos.<br />

126


Tabela 18 <strong>–</strong> Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões) de 2001 a 2008.<br />

Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

<strong>Automação</strong> Industrial (1) 74,2 66,7 76,5 114,4 143,7 238,9 280,3 314,2<br />

Componentes Elétricos e Eletrônicos (2) 1.636,8 1.716,2 1.760,0 1.992,8 2.286,0 2.708,4 3.151,1 3.304,3<br />

Equipamentos Industriais 351,6 297,6 362,8 475,9 640,4 917,8 1.012,8 1.141,2<br />

Geração, Transmissão e Distribuição de<br />

Energia Elétrica<br />

204,9 170,5 165,0 274,7 334,6 515,8 657,2 864,9<br />

Informática 254,9 121,2 193,5 263,3 387,0 411,0 337,8 312,6<br />

Material Elétrico de Instalação 154,7 142,4 150,7 202,8 228,6 308,2 288,5 325,5<br />

Telecomunicações 1.337,8 1.343,0 1.333,9 1.142,0 2.832,3 3.114,5 2.491,5 2.539,7<br />

Utilidades Domésticas 716,7 557,7 728,7 878,4 914,4 1.034,6 1.080,7 1.088,5<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Total 4.731,7 4.415,2 4.771,0 5.344,2 7.767,0 9.249,1 9.299,8 9.890,8<br />

(1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos;<br />

(2) Inclui motocompressores <strong>para</strong> refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças;<br />

(3) Inclui auto-rádios.<br />

Fonte: MDIC/Secex<br />

127


Enquanto na área de <strong>Automação</strong> Industrial houve um incremento de 12,1 %<br />

com<strong>para</strong>ndo 2008 com 2007, no complexo eletroeletrônico, nesse mesmo período, o<br />

incremento foi de 6,4 %. Na área de GTD, foi registrado nesse mesmo período maior<br />

incremento, 31,6 % (Tabela 19).<br />

Tabela 19 <strong>–</strong> Variação das exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008.<br />

Exportações do Setor Eletroeletrônico <strong>–</strong> 2007 e 2008<br />

Áreas<br />

Janeiro-Dezembro<br />

128<br />

US$ milhões<br />

2007 2008<br />

Var%<br />

<strong>Automação</strong> Industrial 280,3 314,2 12,1<br />

Componentes 3.151,1 3.304,3 4,9<br />

Equipamentos Industriais 1.012,8 1.141,2 12,7<br />

GTD 657,2 864,9 31,6<br />

Informática 337,8 312,6 -7,5<br />

Material de Instalação 288,5 325,5 12,8<br />

Telecomunicações 2.491,5 2.539,7 1,9<br />

Utilidades Domésticas 1.080,7 1.088,5 0,7<br />

Total 9.299,8 9.890,8 6,4<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Um olhar apurado sobre as exportações do setor elétrico e eletrônico permite<br />

identificar a posição relativa que ocupam os produtos da área de <strong>Automação</strong><br />

Industrial nesse contexto. De acordo com a Tabela 20, que exibe os principais<br />

produtos da pauta de exportação do setor, as vendas de telefones celulares gozam<br />

de larga vantagem em relação aos demais produtos. Em 2008, as exportações de<br />

aparelhos celulares atingiram US$ 2,2 bilhões, com crescimento de 6% em relação a<br />

2007, o que representou o dobro das vendas observadas <strong>para</strong> componentes <strong>para</strong><br />

equipamentos industriais (US$ 1,0 bilhão). Todos os demais produtos tiveram<br />

vendas inferiores a US$ 1,0 bilhão, inclusive aqueles relacionados ao segmento de<br />

<strong>Automação</strong> Industrial.


Tabela 20 <strong>–</strong> Produtos mais Exportados 2007 e 2008.<br />

Produtos mais exportados <strong>–</strong> 2007 e 2008<br />

Produtos<br />

Janeiro-Dezembro<br />

129<br />

US$ milhões<br />

2007 2008<br />

Var%<br />

Telefones Celulares 2.085 2.207 6<br />

Comp. p/ Equip. Industriais 886 1.049 18<br />

<strong>Eletrônica</strong> Embarcada 716 790 10<br />

Motores e Geradores 568 655 15<br />

Motocompressor Hermético 704 644 -9<br />

Transformadores 327 443 36<br />

Refrigeradores 292 281 -4<br />

Outros Mat. Elet. Instalação 186 228 23<br />

Cabos p/ Telecomunicação 216 225 4<br />

Outros Equips. Industriais 231 215 -7<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Apesar do volume ainda não ter alcançado a marca de um bilhão de dólares,<br />

deve-se ressaltar o incremento observado <strong>para</strong> as exportações de transformadores<br />

(+36%), cujas vendas passaram de US$ 327 milhões <strong>para</strong> US$ 443 milhões, de<br />

Outros materiais elétricos de instalação (+23%), com vendas que foram de US$ 186<br />

milhões em 2007 <strong>para</strong> US$ 228 milhões em 2008; e motores e geradores (+15%),<br />

que alcançaram US$ 655 milhões em 2008 contra US$ 568 milhões no ano anterior.<br />

Quanto ao destino das vendas dos produtos eletroeletrônicos (Tabela 21), os<br />

países da Aladi continuaram sendo os principais compradores em 2008, somando<br />

US$ 5,34 bilhões, o que representou mais do que a metade do total exportado pelo<br />

setor. O crescimento de 8,0% das exportações <strong>para</strong> essa região entre 2007 e 2008<br />

superou, inclusive, o ritmo de expansão das exportações totais do setor (6,4%).


Tabela 21 - Destino das Exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008.<br />

Destino das Exportações <strong>–</strong> 2007 e 2008<br />

Regiões<br />

Janeiro-Dezembro<br />

130<br />

US$ milhões<br />

2007 2008<br />

Var%<br />

Estados Unidos 1.864,0 1.776,3 -4,7<br />

Aladi (Total) 4.941,5 5.335,7 8,0<br />

- Argentina 2.115,9 2.293,2 8,4<br />

- Outros Aladi 2.825,6 3.042,5 7,7<br />

União Européia 1.072,4 1.146,2 6,9<br />

Sudeste da Ásia (Total) 341,3 427,0 25,1<br />

- China 97,7 130,9 34,0<br />

- Outros Sudeste da Ásia 243,5 296,1 21,6<br />

Demais Países do Mundo 1.080,6 1.205,6 11,6<br />

Total 9.299,8 9.890,8 6,4<br />

Fonte: ABINEE, 2009<br />

Nesse mesmo período, impressiona o crescimento expressivo das<br />

exportações <strong>para</strong> o Sudeste da Ásia (+25,1%), principalmente <strong>para</strong> China (+34,0%),<br />

apesar do nível das vendas ser bem menos expressivo em com<strong>para</strong>ção às demais<br />

regiões. A China adquiriu apenas US$ 130,9 milhões em produtos no ano de 2008 e<br />

US$ 97,7 milhões em 2007. As compras dos demais países do Sudeste asiático<br />

alcançaram US$ 243,5 milhões em 2007 e US$ 296,1 milhões em 2008.<br />

Embora impliquem em volumes superiores a US$ 1,0 bilhão, as exportações<br />

<strong>para</strong> o mercado americano continuaram recuando no período. Entre 2007 e 2008, a<br />

retração das vendas foi de 4,7%, provocando a perda de representatividade dos<br />

EUA, cuja participação nas exportações totais do setor passou de 20% em 2007<br />

<strong>para</strong> 18% em 2008.<br />

Para melhor percepção das exportações por segmento e região, reproduz-se<br />

a Tabela 22 e Gráfico 12 que apresentam as vendas do setor eletroeletrônico e a<br />

posição relativa referentes ao período de janeiro-dezembro de 2008. Dos bens de<br />

automação industrial exportados em 2008 - 18% são destinados aos Estados<br />

Unidos; 43,4 % são destinados à ALADI dos quais 10% à Argentina; União Européia<br />

12,6 % e Sudeste da Ásia 10,7 %.


Tabela 22 <strong>–</strong> Destino das Exportações do Setor Eletroeletrônico por Área <strong>–</strong> 2008.<br />

Exportações do Setor Eletroeletrônico<br />

Janeiro-Dezembro de 2008 <strong>–</strong> (US$ milhões)<br />

Regiões Al COM EI GTD INF MEI TEL UD TOTAL<br />

Estados Unidos 56,4 969,7 259,3 134,5 39,5 31,3 215,2 70,4 1.776,3<br />

Aladi (Total) 136,3 1.232,2 355,8 371,5 245,5 167,4 2.076,2 750,7 5.335,7<br />

- Argentina 31,5 589,5 124,4 88,0 153,7 60,3 908,0 337,7 2.293,2<br />

- Outros Aladi 104,8 624,7 231,4 283,5 91,8 107,1 1.168,2 412,9 3.042,5<br />

União Européia 39,6 554,6 255,7 74,1 11,7 66,0 54,4 90,0 1.146,2<br />

Sudeste da Ásia<br />

(Total)<br />

33,6 231,3 54,5 57,0 5,8 16,7 18,6 9,7 427,0<br />

- China 4,0 99,0 10,8 3,3 1,3 6,8 4,6 1,1 130,9<br />

- Outros Sudeste<br />

da Ásia<br />

Demais Países do<br />

Mundo<br />

29,5 132,3 43,6 53,7 4,4 9,9 14,0 8,6 296,1<br />

48,2 316,5 215,9 227,8 10,2 44,0 175,2 167,7 1.205,6<br />

Total 314,2 3.304,3 1.141,2 864,9 312,6 325,5 2.539,7 1.088,5 9.890,8<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Regiões<br />

a) Participação no Destino das Exportações do setor por Área <strong>–</strong> 2008.<br />

Al<br />

%<br />

COM<br />

%<br />

EI<br />

%<br />

GTD<br />

%<br />

131<br />

INF<br />

%<br />

MEI<br />

%<br />

TEL<br />

%<br />

UD<br />

%<br />

TOTAL<br />

%<br />

Estados Unidos 18,0 29,3 22,7 15,5 12,6 9,6 8,5 6,5 18,0<br />

Aladi (Total) 43,4 37,3 31,2 43,0 78,5 51,4 81,8 69,0 53,9<br />

- Argentina 10,0 17,8 10,9 10,2 49,2 18,5 35,8 31,0 23,2<br />

- Outros Aladi 33,4 19,4 20,3 32,8 29,4 32,9 46,0 37,9 30,8<br />

União Européia 12,6 16,8 22,4 8,6 3,7 20,3 2,1 8,3 11,6<br />

Sudeste da Ásia (Total) 10,7 7,0 4,8 6,6 1,8 5,1 0,7 0,9 4,3<br />

- China 1,3 3,0 0,9 0,4 0,4 2,1 0,2 0,1 1,3<br />

- Outros Sudeste da<br />

Ásia<br />

Demais Países do<br />

Mundo<br />

9,4 4,0 3,8 6,2 1,4 3,0 0,6 0,8 3,0<br />

15,3 9,6 18,9 26,3 3,3 13,5 6,9 15,4 12,2<br />

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Bens de: AI <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Industrial; COM <strong>–</strong> Componentes Elétricos e Eletrônicos; EI <strong>–</strong> <strong>Eletrônica</strong><br />

Industrial; GTD <strong>–</strong> Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; INF <strong>–</strong> Informática; MEI <strong>–</strong><br />

Material Elétrico de Instalação; TEL <strong>–</strong> Telecomunicações; UD <strong>–</strong> Utilidades Domésticas.


) Participação das exportações do setor elétrico e eletrônico em 2007 e 2008.<br />

Gráfico 12 <strong>–</strong> Comportamento das Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos<br />

Econômicos.<br />

Fonte: ABINEE, 2008.<br />

4.2.1.1.2. Importações de Produtos do Setor Eletroeletrônico<br />

O comportamento das importações da área de <strong>Automação</strong> Industrial, assim<br />

como dos demais segmentos representados pela ABINEE, apresenta trajetória<br />

exponencial, como pode ser verificado na Tabela 23, que mostra valores de<br />

importações de produtos eletroeletrônicos por áreas.<br />

Tabela 23 <strong>–</strong> Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões).<br />

Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

<strong>Automação</strong> Industrial (1) 965,8 776,1 707,8 870,4 828,8 1.325,6 1.757,4 2.275,8<br />

Componentes Elétricos<br />

Eletrônicos (2)<br />

6.228,8 5.213,1 5.734,6 7.825,8 9.617,2 11.909,8 13.647,9 17.824,0<br />

Equipamentos Industriais 1.580,3 1.795,4 1.287,1 894,7 949,9 1.518,5 1.892,1 2.805,8<br />

Geração, Transmissão e<br />

Distribuição de Energia<br />

Elétrica<br />

337,5 279,0 221,1 224,3 223,0 310,2 388,3 498,1<br />

Informática 1.042,7 736,9 656,8 778,1 1.017,5 1.399,7 1.883,3 2.242,3<br />

Material Elétrico de<br />

Instalação<br />

593,4 436,9 449,4 585,6 569,7 651,6 755,6 1.043,9<br />

Telecomunicações 2.340,1 707,1 605,0 923,7 1.093,5 1.234,5 2.020,9 3.202,7<br />

Utilidades Domésticas (3) 400,0 350,0 386,0 564,7 835,5 1.354,9 1.707,5 2.140,1<br />

Total 13.488,7 10.294,4 10.047,9 12.667,3 15.135,0 19.704,9 24.053,0 32.032,9<br />

Fonte: ABINEE, 2009<br />

(1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos;<br />

(2) Inclui motocompressores <strong>para</strong> refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças;<br />

(3) Inclui auto-rádios.<br />

132


Evidentemente, as importações foram favorecidas pela valorização da moeda<br />

doméstica, no período que antecede a crise mundial, registrando crescimento de<br />

40%, em dólares, ou 16%, em Reais. A expansão econômica, mais acelerada em<br />

2008, foi outro fator que contribui <strong>para</strong> o avanço das importações sobre o mercado<br />

doméstico. Entretanto, os reflexos da crise econômica mundial, evidenciados no<br />

Brasil a partir de setembro de 2008, provocaram a reversão do cenário econômico<br />

vivido. Assim, as importações que haviam crescido 43% nos nove primeiros meses<br />

de 2008, em relação ao mesmo período de 2007, mostraram modesto avanço<br />

interanual de 7% no quarto trimestre de 2008.<br />

A área de componentes eletroeletrônicos registrou, em dis<strong>para</strong>da, o maior<br />

volume de importação em 2008. (US$ 17,8 bilhões), seguida por Telecomunicações<br />

(US$ 3,2 bilhões), Equipamentos Industriais (US$ 2,8 bilhões), <strong>Automação</strong> industrial<br />

(US$ 2,3 bilhões) e Informática (US$ 2,2 bilhões), conforme mostra a Tabela 24.<br />

Tabela 24 <strong>–</strong> Importações do Setor Eletroeletrônico 2007 e 2008.<br />

Importações do Setor Eletroeletrônico <strong>–</strong> 2007 e 2008<br />

Áreas<br />

Janeiro-Dezembro<br />

133<br />

US$ milhões<br />

2007 2008<br />

Var%<br />

<strong>Automação</strong> Industrial 1.757,4 2.275,8 29,5<br />

Componentes 13.647,9 17.824,0 30,6<br />

Equipamentos Industriais 1.892,1 2.805,8 48,3<br />

GTD 388,3 498,1 28,3<br />

Informática 1.883,3 2.242,3 19,1<br />

Material de Instalação 755,6 1.043,9 38,2<br />

Telecomunicações 2.020,9 3.202,7 58,5<br />

Utilidades Domésticas 1.707,5 2.140,1 25,3<br />

Total 24.053,0 32.032,9 33,2<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Adicionalmente, chama a atenção de todos aqueles que se debruçam sobre<br />

os números do setor eletroeletrônico o seu elevado coeficiente de importação. Nota-<br />

se, a partir da Tabela 25, que o ritmo de crescimento total das importações entre<br />

2007 e 2008 atingiu 33,2%. Constata-se também que o incremento das importações<br />

das áreas de Telecomunicações (+58,5%); Equipamentos Industriais (+48,3%);<br />

Material de Instalação (+38,2%) foi superior ao do total.


Mesmo <strong>para</strong> os demais setores, a expansão das importações não foi tão<br />

inferior assim ao aumento do total. A área menos afetada foi a de Informática, cujas<br />

importações se expandiram ao redor de 20% entre 2007 e 2008.<br />

Outro fator de destaque é que do total geral, 56% corresponderam às<br />

importações de Componentes Elétricos e Eletrônicos (US$ 17,8 bilhões), com<br />

destaque <strong>para</strong> os aqueles utilizados na produção de bens eletrônicos como os<br />

componentes <strong>para</strong> informática, semicondutores e componentes <strong>para</strong><br />

telecomunicações, que registraram cerca de US$ 4,0 bilhões cada um deles.<br />

No tocante aos dez produtos mais importados do setor eletroeletrônico, de<br />

acordo com a Tabela 25, mais uma vez, surgem com força aqueles relacionados à<br />

área de Componentes. Embora o ritmo de crescimento das importações de telefones<br />

celulares (+113%), que passaram de US$ 375 milhões, em 2007, <strong>para</strong> US$ 797<br />

milhões, em 2008, e de outros equipamentos industriais (+51%) tenha sido intenso,<br />

o volume das compras externas de componentes superou a casa dos US$ 10,0<br />

bilhões nesses dois anos. No caso dos componentes <strong>para</strong> telecomunicações, o<br />

incremento foi de 50%, ao passo que os de informática atingiu 31% e o de<br />

semicondutores, 18%.<br />

Quanto à origem das importações, destacam-se os países do Sudeste da<br />

Ásia, que somaram US$ 20,0 bilhões, representando 63% do total importado de<br />

produtos do setor. Somente a China foi responsável por quase US$ 10 bilhões (31%<br />

do total) das compras feitas pelo setor no Brasil, ampliando sua participação em 3<br />

pontos percentuais em relação a 2007 (Tabela 26).<br />

134


Tabela 25 <strong>–</strong> Produtos mais Importados 2007 e 2008.<br />

Produtos mais Importados <strong>–</strong> 2007 e 2008<br />

Produtos<br />

Janeiro-Dezembro<br />

135<br />

US$ milhões<br />

2007 2008<br />

Var%<br />

Comp. p/ Informática 3.088 4.053 31<br />

Semicondutores 3.423 4.041 18<br />

Comp. p/ Telecomunicações 2.649 3.979 50<br />

Instrumentos de Medida 975 1.280 31<br />

<strong>Eletrônica</strong> Embarcada 885 1.261 43<br />

Outros Equips. Industriais 773 1.169 51<br />

Outros Equips. Informática 890 981 10<br />

Comp. p/ Equip. Industriais 627 832 33<br />

Telefones Celulares 375 797 113<br />

Outros Mat. Elet. Instalação 496 671 35<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Tabela 26 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.<br />

Importações do Setor Eletroeletrônico - 2008<br />

Regiões<br />

Janeiro-Dezembro<br />

US$ milhões<br />

2007 2008<br />

Var%<br />

Estados Unidos 3.388,0 4.055,0 19,7<br />

Aladi (Total) 756,5 1.137,7 50,4<br />

- Argentina 270,0 318,5 18,0<br />

- Outros Aladi 486,6 819,1 68,4<br />

União Européia 4.407,6 5.726,6 29,9<br />

Sudeste da Ásia (Total) 14.718,1 20.029,5 36,1<br />

- China 6.710,3 9.808,3 46,2<br />

- Outros Sudeste da Ásia 8.007,9 10.221,1 27,6<br />

Demais Países do Mundo 782,7 1.084,1 38,5<br />

Total 24.053,0 32.032,9 33,2<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Apesar de registrar montante menos expressivo, os países que compõem a<br />

Aladi também aumentaram sua participação no total importado do setor. Com<br />

exceção da Argentina, as compras externas de produtos eletroeletrônicos dos<br />

demais países pertencentes a este bloco cresceram 68,4% no período citado.


Por conta da substituição de mercados, com o aumento da participação<br />

relativa dos países do Sudeste asiático, os Estados Unidos, mesmo com avanço de<br />

19,7% nas nossas aquisições, continuaram perdendo representatividade, passando<br />

de 14%, em 2007, <strong>para</strong> 13%, em 2008.<br />

As Tabelas 27 e 28 apresentam as importações do setor eletroeletrônico, por<br />

área e por região de origem, referentes ao período de janeiro-dezembro de 2008,<br />

bem como a participação relativa das importações de cada segmento do setor<br />

eletroeletrônico nas regiões mencionadas e o Gráfico 13 apresenta a participação<br />

nas importações deste setor.<br />

Tabela 27 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.<br />

Importações do Setor Eletroeletrônico<br />

Janeiro-Dezembro de 2008 <strong>–</strong> (US$ milhões)<br />

Regiões Al COM EI GTD INF MEI TEL UD TOTAL<br />

Estados<br />

Unidos<br />

798,3 1.273,8 568,1 55,3 359,7 164,1 545,8 289,9 4.055,0<br />

Aladi (Total) 30,0 523,5 47,5 28,9 72,8 45,3 254,3 135,4 1.137,7<br />

- Argentina 12,1 159,0 26,2 18,6 0,9 31,1 14,3 56,3 318,5<br />

- Outros Aladi 17,9 364,5 21,3 10,3 71,8 14,1 240,0 79,1 819,1<br />

União<br />

Européia<br />

Sudeste da<br />

Ásia (Total)<br />

843,1 2.531,4 696,6 200,7 211,3 385,2 464,8 393,5 5.726,6<br />

446,1 13.014,9 1.384,1 165,6 1.555,1 409,2 1.787,8 1.266,6 20.029,5<br />

- China 137,7 5.553,9 757,9 84,9 877,0 267,1 1.179,3 950,5 9.808,3<br />

- Outros<br />

Sudeste da<br />

Ásia<br />

Demais<br />

Países do<br />

Mundo<br />

308,4 7.461,0 626,2 80,7 678,1 142,1 608,4 316,1 10.221,1<br />

158,3 480,4 109,5 47,7 43,4 40,1 150,1 54,7 1.084,1<br />

Total 2.275,8 17.824,0 2.805,8 498,1 2.242,3 1.043,9 3.202,7 2.140,1 32.032,9<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

136


Tabela 28 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.<br />

Regiões<br />

Participação das Importações do Setor Eletroeletrônico<br />

Al<br />

%<br />

COM<br />

%<br />

Janeiro-Dezembro de 2008<br />

EI<br />

%<br />

137<br />

GTD<br />

%<br />

INF<br />

%<br />

MEI<br />

%<br />

TEL<br />

%<br />

UD<br />

%<br />

TOTAL<br />

%<br />

Estados Unidos 35,1 7,1 20,2 11,1 16,0 15,7 17,0 13,5 12,7<br />

Aladi (Total) 1,3 2,9 1,7 5,8 3,2 4,3 7,9 6,3 3,6<br />

- Argentina 0,5 0,9 0,9 3,7 0,0 3,0 0,4 2,6 1,0<br />

- Outros Aladi 0,8 2,0 0,8 2,1 3,2 1,4 7,5 3,7 2,6<br />

União Européia 37,0 14,2 24,8 40,3 9,4 36,9 14,5 18,4 17,9<br />

Sudeste da Ásia<br />

(Total)<br />

19,6 73,0 49,3 33,2 69,4 39,2 55,8 59,2 62,5<br />

- China 6,1 31,2 27,0 17,0 39,1 25,6 36,8 44,4 30,6<br />

- Outros Sudeste da<br />

Ásia<br />

Demais Países do<br />

Mundo<br />

13,6 41,9 22,3 16,2 30,2 13,6 19,0 14,8 31,9<br />

7,0 2,7 3,9 9,6 1,9 3,8 4,7 2,6 3,4<br />

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Bens de: AI <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Industrial; COM <strong>–</strong> Componentes Elétricos e Eletrônicos; EI <strong>–</strong> <strong>Eletrônica</strong><br />

Industrial; GTD <strong>–</strong> Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; INF <strong>–</strong> Informática; MEI <strong>–</strong><br />

Material Elétrico de Instalação; TEL <strong>–</strong> Telecomunicações; UD <strong>–</strong> Utilidades Domésticas.<br />

Dos bens de <strong>Automação</strong> Industrial importados em 2008 <strong>–</strong> 35,1% são<br />

provenientes dos Estados Unidos; 1,3% são provenientes da ALADI dos quais 0,8%<br />

da Argentina; 37,0% da União Européia e 19,6% do Sudeste da Ásia.<br />

Gráfico 13 <strong>–</strong> Comportamento das Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos<br />

Econômicos.<br />

Fonte: ABINEE, 2008.


4.2.1.1.3. Saldo do Setor Eletroeletrônico<br />

A balança comercial do setor eletroeletrônico, por blocos econômicos, mostra<br />

que no acumulado de 2008, o déficit comercial de produtos eletroeletrônicos foi de<br />

US$ 22,1 bilhões, 50% superior ao ocorrido no ano anterior (US$ 14,75 bilhões).<br />

Entende-se que o resultado apresentado em 2008 não foi pior por que a crise<br />

mundial limitou o ritmo de crescimento das importações, arrefecendo a crescente<br />

diferença entre as compras e as vendas ao exterior. A ABINEE estima que, se não<br />

fosse pela crise, o déficit comercial poderia atingir cifra superior a US$ 25 bilhões. O<br />

Gráfico 14 exibe as informações mencionadas acima <strong>para</strong> os anos de 2007 e 2008.<br />

Gráfico 14 <strong>–</strong> Balança Comercial de Produtos Eletroeletrônicos (US$ bilhões).<br />

Fonte: ABINEE, 2008.<br />

Destaca-se também que este saldo negativo foi recorde histórico, uma vez<br />

que o déficit do setor nunca havia ultrapassada a marca de US$ 15 bilhões<br />

O setor elétrico e eletrônico, ao lado do setor químico e farmacêutico,<br />

apresenta déficit estrutural crônico, que tende a se agravar se nada for feito. <strong>Estudo</strong><br />

promovido pela ABINEE (Agenda 2020) aponta algumas medidas que podem<br />

arrefecer essa explosiva situação<br />

4.2.1.2. Faturamento do Setor de Eletroeletrônicos<br />

O faturamento do setor eletroeletrônico cresceu significativamente nos últimos<br />

cinco anos, como mostra a Tabela 29. De um total de US$ 24,7 bilhões em 2001, a<br />

receita bruta do setor alcançou quase US$ 70 bilhões em 2008, impulsionada pelo<br />

excepcional desempenho do comércio mundial e crescimento do mercado interno.<br />

138


Tabela 29 <strong>–</strong> Faturamento da Indústria Eletroeletrônica por Área (US$ milhões) de 2001 a 2008.<br />

Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

<strong>Automação</strong> Industrial (1) 511 503 560 715 957 1.244 1.589 1.876<br />

Componentes Elétricos<br />

Eletrônicos (2)<br />

2.237 2.022 2.239 2.973 3.555 4.322 5.209 5.170<br />

Equipamentos Industriais 2.781 2.422 2.743 3.527 4.853 6.119 7.977 9.997<br />

Geração, Transmissão e<br />

Distribuição de Energia<br />

Elétrica<br />

1.934 1.748 1.449 1.907 2.694 4.212 5.440 6.487<br />

Informática 6.263 4.576 5.438 7.049 10.039 13.512 16.138 19.199<br />

Material Elétrico de<br />

Instalação<br />

1.952 1.589 1.495 2.033 2.626 3.103 3.924 4.529<br />

Telecomunicações 4.860 2.539 2.852 4.445 6.759 7.690 8.964 11.726<br />

Utilidades Domésticas (3) 4.198 3.859 4.044 5.242 6.647 7.607 8.096 8.005<br />

Total 24.736 19.257 20.820 27.891 38.131 47.808 57.338 66.989<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

(1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos;<br />

(2) Inclui motocompressores <strong>para</strong> refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças;<br />

(3) Inclui auto-rádios.<br />

4.2.1.3. Principais Produtos Exportados / Importados do Setor Eletroeletrônico<br />

A Tabela 30 apresenta os principais produtos exportados de 2003 a 2008,<br />

onde se destaca que os produtos mais exportados foram os telefones celulares. A<br />

Tabela 31 apresenta os principais produtos mais importados de 2003 a 2008, onde<br />

em 2008 os componentes <strong>para</strong> informática foram os mais importados. Na Tabela 32,<br />

está indicado o Fluxo de Comércio de Produtos Eletroeletrônicos por Área de 2001 a<br />

2008, onde se constata que o maior fluxo é na área de componentes elétricos e<br />

eletrônicos, principalmente pelo volume de importações.<br />

139


Tabela 30 <strong>–</strong> Principais Produtos Eletroeletrônicos Exportados <strong>–</strong> 2003 a 2008 (US$ milhões).<br />

Produtos 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

Telefones Celulares 1.068,6 736,0 2.408,9 2.664,7 2.085,0 2.207,2<br />

Componentes <strong>para</strong><br />

Equipamentos Industriais<br />

299,9 294,4 426,1 616,4 885,6 1.048,9<br />

<strong>Eletrônica</strong> Embarcada 294,0 405,1 552,6 630,7 716,0 790,0<br />

Motores e Geradores 216,8 280,0 348,6 431,6 567,9 655,2<br />

Motocompressor Hermético 461,7 506,3 549,2 643,0 704,3 644,1<br />

Transformadores 53,0 92,7 133,0 202,1 326,7 443,2<br />

Refrigeradores 163,7 243,7 253,3 278,5 292,2 281,3<br />

Cabos <strong>para</strong> Telecomunicação 55,5 71,4 98,0 129,3 216,4 224,8<br />

Instrumentos de Medida 50,2 79,5 88,5 151,4 177,5 204,1<br />

Componentes <strong>para</strong><br />

Telecomunicações<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

147,6 208,2 207,0 191,2 178,5 154,8<br />

Tabela 31 <strong>–</strong> Principais Produtos Eletroeletrônicos Importados <strong>–</strong> 2003 a 2008 (US$ milhões).<br />

Produtos 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

Componentes <strong>para</strong> Informática 878,7 1.170,1 1.597,8 2.177,5 3.088,5 4.052,6<br />

Semicondutores 1.742,9 2.397,5 2.904,2 3.332,5 3.423,3 4.040,5<br />

Componentes <strong>para</strong><br />

Telecomunicações<br />

812,5 1.285,1 1.744,8 2.420,3 2.649,4 3.978,9<br />

Instrumentos de Medida 510,8 665,4 592,6 796,5 975,3 1.280,1<br />

<strong>Eletrônica</strong> Embarcada 454,3 546,4 648,3 657,1 884,6 1.261,1<br />

Componentes <strong>para</strong><br />

Equipamentos industriais<br />

414,7 497,9 498,4 620,3 627,1 832,2<br />

Telefones Celulares 86,8 166,7 231,3 282,1 374,6 797,0<br />

Aparelhos Eletrodomésticos 73,9 70,0 89,5 377,4 480,5 607,7<br />

Componentes Passivos 257,4 342,8 372,1 488,5 494,1 599,0<br />

Máquinas <strong>para</strong> Processamento<br />

de Dados<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

221,7 304,6 358,6 409,5 431,6 598,3<br />

140


Tabela 32 <strong>–</strong> Fluxo de Comércio de Produtos Eletroeletrônicos por Área <strong>–</strong> 2001 a 2008 (US$<br />

milhões).<br />

Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

<strong>Automação</strong> Industrial (1) 1.040,0 842,8 784,3 984,7 972,5 1.564,4 2.037,7 2.590,0<br />

Componentes Elétricos<br />

Eletrônicos (2)<br />

Equipamentos<br />

Industriais<br />

Geração, Transmissão<br />

e Distribuição de<br />

Energia Elétrica<br />

7.865,6 6.929,3 7.494,6 9.818,6 11.903,2 14.618,1 16.799,0 21.128,3<br />

1.932,0 2.093,0 1.649,9 1.370,6 1.590,2 2.436,3 2.904,9 3.947,0<br />

542,4 449,4 386,1 498,9 557,6 826,0 1.045,4 1.363,0<br />

Informática 1.297,6 858,1 850,3 1.041,4 1.404,5 1.810,7 2.221,1 2.554,9<br />

Material Elétrico de<br />

Instalação<br />

748,1 579,3 600,1 788,4 798,3 959,8 1.044,1 1.369,4<br />

Telecomunicações 3.677,9 2.050,1 1.938,8 2.065,8 3.925,8 4.349,1 4.512,4 5.742,4<br />

Utilidades Domésticas<br />

(3)<br />

1.116,7 907,7 1.114,7 1.443,1 1.749,8 2.389,1 2.788,2 3.228,6<br />

Total 18.220,4 14.709,6 14.818,9 18.011,4 22.902,0 28.954,0 33.352,9 41.923,7<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

(1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos;<br />

(2) Inclui motocompressores <strong>para</strong> refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças;<br />

(3) Inclui auto-rádios.<br />

4.2.1.4. Panorama Comercial com a China<br />

A China assumiu, nos últimos anos, posição de destaque no comércio<br />

bilateral com o Brasil, sendo em 2008 o 2º principal mercado de origem das<br />

importações e o 3º destino das exportações. O fluxo de comércio<br />

(exportações+importações) entre os dois países aumentou mais de quinze vezes, de<br />

2000 <strong>para</strong> 2008, passando de U$ 2,3 bilhões <strong>para</strong> US$ 36 bilhões.<br />

Relativamente ao setor eletroeletrônico, a China constitui o principal<br />

fornecedor do Brasil, representando mais de 30% do total importado em 2008, a<br />

maior participação relativa em termos de país na pauta brasileira.<br />

4.2.1.4.1. Exportações<br />

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e<br />

Comércio Exterior <strong>–</strong> MDIC, as exportações brasileiras <strong>para</strong> a China passaram de<br />

US$ 1,08 bilhão em 2000, <strong>para</strong> US$ 16,4 bilhões em 2008.<br />

A pauta de exportações do Brasil com a China está concentrada em um<br />

número reduzido de produtos, na maior parte básicos (commodities) e<br />

semimanufaturados. A participação relativa de produtos básicos tem crescido mais<br />

141


apidamente do que as exportações de manufaturas e, em 2008, representou mais<br />

de 70% do total das exportações brasileiras <strong>para</strong> a China. A participação dos<br />

produtos básicos na pauta de exportações brasileira foi de 37%, em 2008.<br />

Os cinco principais produtos brasileiros vendidos <strong>para</strong> a China foram<br />

responsáveis por mais de 80% de nossa receita de exportação em 2008 com aquele<br />

país, a saber: soja em grãos (32,3% do total exportado); minérios de ferro (30,0%);<br />

óleos brutos de petróleo (10,4%); óleo de soja em bruto (5,0%) e pasta química de<br />

madeira <strong>–</strong> celulose (4,2%).<br />

O complexo de soja e os minérios têm mantido uma participação na pauta de<br />

exportações acima de 50%, desde 2001. No que concerne às exportações<br />

brasileiras de soja, a China ultrapassou o Japão, em 2003, e tornou-se o maior<br />

importador de soja brasileira. Em 2008, a China importou US$ 5,3 bilhões do<br />

produto, apresentando crescimento de 88,0% em relação a 2007.<br />

O crescimento do setor siderúrgico na China estimula as importações de<br />

minério de ferro. A China é o principal comprador de minério de ferro produzido no<br />

Brasil, com importações de US$ 3,7 bilhões em 2007, continuando a expandir suas<br />

importações em 2008 (US$ 4,9 bilhões, com crescimento de 31,7% sobre 2007).<br />

4.2.1.4.2. Importações<br />

As importações brasileiras provenientes da China passaram de US$ 1,2<br />

bilhão em 2000 <strong>para</strong> US$ 20,0 bilhões, em 2008. A participação da China na pauta<br />

de importações brasileira passou de 2,2% em 2000 <strong>para</strong> 11,6% em 2008.<br />

A pauta de importações apresenta uma elevada presença de máquinas,<br />

aparelhos e materiais elétricos e eletrônicos. Parte significativa dos produtos<br />

eletroeletrônicos importados da China é de componentes usados na indústria da<br />

informática, telefonia e outros aparelhos elétricos, que entram na cadeia produtiva<br />

das indústrias instaladas no Brasil, notadamente nos estados do Amazonas, São<br />

Paulo e Bahia.<br />

Os dez principais produtos importados da China em 2008 foram: circuitos<br />

impressos e outras partes, <strong>para</strong> aparelhos de telefonia (5,3% do total da pauta de<br />

importações); partes e acessórios de máquinas automáticas <strong>para</strong> processamento de<br />

dados (4,8%); dispositivos de cristais líquidos LCD (4,0%); máquinas automáticas<br />

142


<strong>para</strong> processamento de dados e suas unidades (3,6%); partes de aparelhos<br />

transmissores ou receptores (3,5%); coques e semicoques de hulha (3,0%); circuitos<br />

integrados e microconjuntos eletrônicos (2,6%); motores, geradores e<br />

transformadores elétricos e suas partes (2,5%); laminados planos de ferro ou aços<br />

(2,3%); e aparelhos transmissores/receptores de telefonia celular (2,2%).<br />

No que diz respeito ao crescimento das importações de produtos do setor<br />

eletroeletrônico, na com<strong>para</strong>ção 2007/2008, destacam-se aparelhos<br />

transmissores/receptores de telefonia celular (157,3%); e partes de aparelhos<br />

transmissores/receptores (105,2%).<br />

4.2.1.5. Considerações sobre o desempenho de 2008<br />

O déficit da balança comercial do setor atingiu o montante de US$ 10,3<br />

bilhões no primeiro trimestre, 61% acima do verificado no mesmo período de 2007<br />

(US$ 6,4 bilhões). O faturamento da área de GTD <strong>–</strong> Geração, Transmissão e<br />

Distribuição de Energia Elétrica <strong>–</strong> cresceu 12% nesse período, sendo o destaque<br />

inicial.<br />

Os negócios continuaram sustentados, principalmente, pelas encomendas de<br />

equipamentos <strong>para</strong> transmissão de energia, em função dos leilões ocorridos nos<br />

últimos anos. Em 2008, ocorreu um novo leilão, no dia 27 de junho, com cerca de 3<br />

mil quilômetros de linhas, que deverá gerar investimentos da ordem de R$ 2,86<br />

bilhões nos próximos anos. Neste leilão, entre outras, está prevista a interligação na<br />

Região Norte entre o estado do Pará e Manaus/AM, integrando boa parte do sistema<br />

isolado ao restante do país (SIN <strong>–</strong> Sistema Interligado Nacional). Além disso, os<br />

investimentos abrangem, também, reforço das linhas existentes e implantação de<br />

novas linhas.<br />

Quanto à distribuição, as encomendas, no início de 2008 foram menores do<br />

que no início de 2007, em decorrência, entre outros fatores, da redução das<br />

encomendas do Programa Luz <strong>para</strong> Todos, que se encontra em fase final. Apesar<br />

disso, espera-se a retomada de alguns negócios, uma vez que ainda existem cerca<br />

de 500 mil ligações <strong>para</strong> serem realizadas neste ano de 2008. Notou-se, também,<br />

neste primeiro semestre, queda no ritmo de investimentos em infraestrutura deste<br />

segmento.<br />

143


Em geração, as encomendas começam a aparecer devido aos leilões<br />

ocorridos em 2007, e aos que estão em curso. Como o segmento é de longa<br />

maturação, o faturamento decorrente não deve ser expressivo em 2008, ou seja, o<br />

reflexo positivo só ocorrerá a partir de 2009. Nas áreas de <strong>Automação</strong> Industrial e<br />

equipamentos industriais, que cresceram 17% e 12%, respectivamente, os negócios<br />

permaneceram aquecidos no primeiro semestre em virtude dos investimentos<br />

produtivos em diversos setores, especialmente açúcar e álcool, petróleo e gás,<br />

siderurgia e mineração.<br />

Quanto à área de informática, cujo crescimento atingiu 8% neste início de<br />

ano, a continuidade dos programas do Governo <strong>para</strong> a inclusão digital, que deram<br />

condições especiais de financiamento <strong>para</strong> microcomputadores pessoais e<br />

determinaram ações de combate ao mercado ilegal, contribuíram <strong>para</strong> o bom<br />

desempenho desse segmento industrial. Neste primeiro semestre, o mercado<br />

brasileiro de microcomputadores pessoais movimentou 5,7 milhões de unidades,<br />

registrando crescimento de 31% em com<strong>para</strong>ção ao mesmo período de ano passado<br />

(4,3 milhões). Deste total, 3,9 milhões são desktops e 1,8 milhões são notebooks,<br />

sendo que este último teve crescimento de 186%, enquanto as vendas de desktops<br />

cresceram 5%.<br />

O crescimento do faturamento da área de telecomunicações, de 33% nos seis<br />

primeiros meses deste ano, ocorreu em função da implantação da infraestrutura da<br />

tecnologia 3G e da banda larga <strong>para</strong> Internet. Também contribuiu <strong>para</strong> este<br />

crescimento a venda de telefones celulares. Neste caso, segundo dados da<br />

ANATEL, a implantação de novas linhas neste primeiro semestre chegou a 12,2<br />

milhões de terminais, 81% acima das ocorridas no mesmo período de 2007 (6,7<br />

milhões).<br />

Também foi importante o crescimento de 7% das exportações destes<br />

aparelhos, que passaram de 11,4 milhões de unidades, no primeiro semestre de<br />

2007, <strong>para</strong> 12,2 milhões de unidades, no primeiro semestre de 2008. O faturamento<br />

da área de material elétrico de instalação cresceu 7%, com os negócios estimulados<br />

pelo crescimento da indústria da construção civil. Como já citado, as áreas que<br />

apontaram resultados negativos foram as de componentes eletroeletrônicos (-5%) e<br />

utilidades domésticas (-8%). No primeiro caso, continuaram as dificuldades, devido à<br />

144


forte concorrência com produtos importados e pelas suas condições desfavoráveis<br />

de acesso ao mercado. No caso de utilidades domésticas, por conta do fraco<br />

desempenho dos bens da linha marrom e dos eletrodomésticos portáteis.<br />

Em relação ao 1º trimestre de 2009, até o quarto trimestre de 2008, as<br />

empresas do setor manifestavam otimismo por causa do ritmo de crescimento dos<br />

negócios, com 90% delas mostrando expectativa de estabilidade e crescimento em<br />

relação ao trimestre anterior. Destaca-se que 100% das empresas fabricantes de<br />

equipamentos industriais, por exemplo, demonstravam expectativas favoráveis <strong>para</strong><br />

o ano de 2009. Com o início da crise, tais expectativas foram revertidas<br />

abruptamente, passando de otimistas <strong>para</strong> pessimistas em relação ao 1º trimestre<br />

de 2009. Nesse caso, apenas 26% das empresas continuaram apostando em<br />

crescimento no 1º trimestre de 2009 em relação ao ano anterior. (Gráfico 14 do<br />

subitem 4.2.1.1.3). Pode-se constatar que esta taxa foi a mais baixa dos últimos<br />

anos. É importante destacar também que as diversas áreas da indústria<br />

eletroeletrônica têm comportamentos muito distintos, e que os efeitos da crise as<br />

atingem de maneira e intensidade diferentes.<br />

Sondagens feitas pela ABINEE revelaram que o faturamento do setor<br />

eletroeletrônico deverá recuar 2,0% em 2009. Em especial, destaca-se o fato de<br />

que a área de Telecomunicações deverá registrar retração por causa,<br />

principalmente, da queda de vendas de telefones celulares, visto que as empresas<br />

desta área acreditam que os investimentos em infraestrutura deverão manter-se<br />

firmes no decorrer de 2009 (Tabela 33).<br />

145


Tabela 33 <strong>–</strong> Projeções de Faturamento por Área (em R$ milhões a preços correntes).<br />

Projeção <strong>para</strong> o Faturamento Total por Área<br />

(R$ milhões a preços correntes)<br />

Áreas 2008 2009 Var %<br />

<strong>Automação</strong> Industrial 3.446 3.481 1%<br />

Componentes 9.500 8.930 -6%<br />

Equipamentos<br />

Industriais<br />

146<br />

18.369 18.737 2%<br />

GTD 11.919 11.919 0%<br />

Informática 35.278 35.278 0%<br />

Material de Instalação 8.323 7.906 -5%<br />

Telecomunicações 21.546 20.039 -7%<br />

Utilidades Domésticas 14.710 14.710 0%<br />

Total 123.092 121.000 -2%<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Pelas projeções realizadas acima indicadas a área de <strong>Automação</strong> Industrial<br />

deverá crescer 1 % em 2009 com<strong>para</strong>do com 2008. Haverá um crescimento de 2 %<br />

em equipamentos industriais e o setor elétrico e eletrônico em 2009 com<strong>para</strong>do com<br />

2008 terá redução do faturamento de 2 % (Tabela 34).<br />

Tabela 34 <strong>–</strong> Projeções dos Principais indicadores do setor.<br />

Projeções dos Principais Indicadores do Setor<br />

Indicador 2008 2009<br />

2009 X<br />

2008<br />

Faturamento (R$ milhões) 123.092 121.000 -2%<br />

Faturamento (US$ milhões) 66.989 55.244 -18%<br />

Exportações (US$ milhões) 9.891 7.500 -24%<br />

Importações (US$ milhões) 32.033 23.000 -28%<br />

Saldo (US$ milhões) -22.142 -15.500 -30%<br />

Nº de Empregados (mil) 162 152 -6%<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Pela crise e a revisão das estimativas <strong>para</strong> 2009, no setor elétrico e eletrônico<br />

haverá uma queda do faturamento de 18 %. As exportações terão uma queda de 24<br />

% com<strong>para</strong>ndo a estimativa de 2009 com 2008 e uma maior queda nas importações<br />

com<strong>para</strong>ndo a estimativa de 2009 com 2008 <strong>–</strong> queda de 28 %, o que resulta numa


queda na balança do saldo comercial com<strong>para</strong>ndo 2009 com 2008 de 30 % (Tabela<br />

35).<br />

Tabela 35 <strong>–</strong> Saldos Negativos da Balança Comercial do Setor Eletroeletrônico.<br />

Ano US$ bilhões Com<strong>para</strong>ndo Incremento em %<br />

2003 5,3 -- --<br />

2004 7,3 2004 sobre 2003 38,8<br />

2005 7,4 2005 sobre 2004 0,6<br />

2006 10,5 2006 sobre 2005 41,9<br />

2007 14,8 2007 sobre 2006 41,1<br />

2008 22,1 2008 sobre 2007 50,1<br />

2009 previsão 15,5 --<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Pela crise mundial, no setor elétrico e eletrônico em 2009, estima-se queda<br />

nas exportações e uma maior queda nas importações o que resultaria (com<strong>para</strong>ndo<br />

a estimativa de 2009 com 2008 haveria uma ―queda‖ na balança comercial) em<br />

2009, um saldo negativo na balança comercial de aproximadamente 15,5 bilhões ao<br />

invés de aproximadamente 30 bilhões de dólares previstos inicialmente. Sem a crise,<br />

o saldo comercial estaria crescendo quase geometricamente e com esse ritmo, se<br />

nada for feito, governo e iniciativa privada, o país terá muitas dificuldades de<br />

suportar este déficit, principalmente pela importação crescente de componentes<br />

eletrônicos e em particular pela importação de semicondutores.<br />

4.2.2. Análise Econômica do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> 3<br />

4.2.2.1. Apresentação<br />

Em um mundo globalizado, a busca pela automação em diversos setores da<br />

atividade econômica responde a três exigências primordiais: aprimoramento da<br />

qualidade de produtos e processos, obtenção de ganhos de produtividade e,<br />

consequentemente, elevação da competitividade das empresas. Além disso, outra<br />

justificativa <strong>para</strong> investimentos em automação relaciona-se à segurança dos<br />

3<br />

Nota Técnica produzida pelo Departamento de Economia da ABINEE (DECON), por solicitação do<br />

Centro de Gestão e <strong>Estudo</strong>s Estratégicos (CGEE), no âmbito do <strong>Estudo</strong> <strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong> de<br />

<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> (Cavalcanti, 2009).<br />

147


processos industriais e de infraestrutura críticos, uma vez que a automação permite<br />

minimizar o erro humano.<br />

Cada um desses objetivos incorpora elementos de diferenciação <strong>para</strong> o<br />

desempenho de uma empresa ou de um setor econômico. A acirrada concorrência<br />

capitalista se volta à busca incessante por resultados melhores e sustentáveis ao<br />

longo do tempo. Nesse sentido, a automação é um fato presente nas estratégias<br />

empresariais, gozando de participação crescente em seus orçamentos.<br />

Por outro lado, a automação traz subjacente dois aspectos de natureza<br />

fundamental <strong>para</strong> a viabilidade dos negócios e <strong>para</strong> a ampliação da participação no<br />

mercado (market share). O primeiro diz respeito ao seu caráter integrador. A cada<br />

dia, é crescente o número de empresas que passam a utilizar equipamentos e<br />

softwares de gestão que permitem, seja do ponto de vista do processo produtivo,<br />

seja do ponto de vista da administração interna, a integração de diversas funções,<br />

aumentando assim as economias de escala e de escopo.<br />

O segundo aspecto relaciona-se ao progresso tecnológico. É inegável que a<br />

automação, ao expandir as fronteiras dos controles mecânicos e garantir melhor<br />

gestão e organização dos processos internos, passou a representar um importante<br />

foco de inovação. A bem da verdade, automação depende muito da inovação, o que<br />

eleva a sua importância e presença nas decisões de investimento das empresas.<br />

Sem adentrar no mérito do conceito de automação, é conveniente<br />

destacarmos o fato de que esta apresenta natureza multidisciplinar, exigindo a<br />

participação de uma ampla gama de setores do conhecimento humano, como<br />

mecânica, eletrônica, elétrica, física, química e informática. Cabe ressaltar, também,<br />

que os avanços produzidos pela automação exercem forte efeito multiplicador sobre<br />

a geração de emprego e renda e contribuem <strong>para</strong> canalizar as atividades científicas<br />

do país na criação de produtos com elevado conteúdo tecnológico e alto valor<br />

agregado.<br />

É o caso, por exemplo, dos avanços produzidos no setor industrial, em<br />

particular, nos ramos automotivo, siderúrgico, aeronáutico, de papel e celulose e de<br />

plásticos, apenas <strong>para</strong> citar alguns. Com a abertura da economia no início dos anos<br />

90 e o aumento da concorrência estrangeira, a indústria de transformação brasileira<br />

148


passou por radical transformação ao buscar se adaptar aos novos tempos. Em todo<br />

o percurso, é impossível dissociar as mudanças dos processos de automação.<br />

No setor bancário, a situação é mais antiga e profunda. Desde o final dos<br />

anos 60, a automação bancária passou por quatro etapas distintas, com a<br />

implantação de:<br />

1º) Sistemas automatizados <strong>para</strong> controle administrativo;<br />

2º) Sistemas automatizados <strong>para</strong> apoio gerencial;<br />

3º) Sistemas automatizados <strong>para</strong> atendimento ao público e;<br />

4º) Sistemas automatizados por meio remoto e uso da Internet.<br />

Ao final dos anos 60, foram colocadas em prática as primeiras experiências<br />

de automação <strong>para</strong> controle administrativo. O aparecimento dos centros de<br />

processamento de dados (CPDs), localizados nas proximidades dos centros<br />

urbanos, simboliza esse momento. Os CPDs alteraram completamente a rotina do<br />

serviço de retaguarda das agências bancárias e passaram a controlar e centralizar<br />

as informações de um número crescente de agências dispersas pelas cidades e<br />

regiões do país.<br />

No início dos anos 80, aparecem os primeiros bancos eletrônicos e suas<br />

agências on-line que empregam sistemas automatizados <strong>para</strong> atendimento público.<br />

Nesse processo, as contas são atualizadas instantaneamente e as informações são<br />

transmitidas eletronicamente. Nesse mesmo período começam a operar também os<br />

terminais de transferência de fundos com o uso de cartões magnéticos.<br />

Por fim, os bancos adentraram ao mundo da Internet e passaram a deslocar<br />

<strong>para</strong> a rede mundial os serviços, que ainda podem ser realizados nas agências, mas<br />

que se tornaram muito mais ágeis e simples por intermédio de um desktop ou de um<br />

notebook.<br />

No âmbito do comércio, a crescente concorrência entre lojas do mesmo<br />

formato e entre diferentes tipos de lojas, leva as empresas do setor a implantarem<br />

programas de redução de custos, de racionalização das operações e de<br />

diferenciação de serviços <strong>para</strong> atrair maior número de consumidores. As<br />

modificações visam maior eficiência operacional e melhorias na gestão das<br />

empresas, de forma a capacitá-las a obter vantagens com<strong>para</strong>tivas firmes, cada vez<br />

149


mais centradas na estrutura de custos, qualidade, atendimento e serviços<br />

oferecidos.<br />

Entre outras coisas, as vantagens estão baseadas na automatização como<br />

elemento cada vez mais importante na cadeia de varejo e no suporte à atividade de<br />

distribuição e no emprego de novos sistemas, ferramentas e técnicas, como gestão<br />

de estoques, gerência por categoria, Electronic Data Interchange (EDI) e<br />

benchmarking.<br />

A automatização do setor tem permitido um conhecimento maior sobre a<br />

circulação de produtos e ganhos de eficiência na cadeia ―varejo-fabricantes‖. O EDI<br />

é, por exemplo, uma das formas de integração entre empresas, substituindo<br />

documentos comerciais entre fornecedores e varejo, como pedidos de compra,<br />

faturas, conhecimento de embarque, avisos de recebimento, etc. Outro instrumento<br />

é o Efficient Consume Response (ECR) onde através do qual, fornecedores e<br />

distribuidores compartilham informações e trabalham em conjunto, trazendo maior<br />

eficiência à cadeia como um todo, obtendo redução de custos e de estoques totais e<br />

melhor atendimento ao consumidor através, por exemplo, de um sortimento correto<br />

das lojas.<br />

É perceptível que a automação avança em várias frentes e representa<br />

caminho irreversível em direção ao futuro. A realidade econômico-financeira deste<br />

segmento está retratada na próxima seção. Números sobre faturamento,<br />

exportações e importações são apresentados. Em sequência, se estabelece um<br />

<strong>para</strong>lelo crítico com a crise financeira mundial, que despontou em 2007, mas atingiu<br />

a maioria das nações a partir do segundo semestre de 2008. Os reflexos da crise<br />

<strong>para</strong> a continuidade do ciclo de investimentos no Brasil são discutidos na terceira<br />

seção, com ênfase <strong>para</strong> os possíveis efeitos no segmento de automação do país.<br />

Por fim, apresenta-se uma breve conclusão.<br />

<strong>Automação</strong>.<br />

O Anexo II apresenta dados econômicos do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

150


4.2.2.2. Os Números do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> 4<br />

A produção de equipamentos, máquinas, softwares e serviços utilizados na<br />

<strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Residencial, Comercial e Bancária cresceu durante o<br />

ciclo de investimentos no período recente no país. Embora seja quase impossível<br />

se<strong>para</strong>r a produção desses equipamentos por área representativa, reconhece-se<br />

que a automação assume importância crescente dentro do setor produtivo nacional.<br />

Como já foi apresentado anteriormente, não há no Brasil instituições que<br />

contabilizem dados do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> conforme segmentado<br />

neste estudo: industrial, predial, comercial e bancária. Cada instituição (ABINEE,<br />

IBGE e FEBRABAN) considera essas empresas como tendo representatividade nas<br />

áreas industrial, elétrica e eletrônica, geração de energia e/ou informática e outras.<br />

Há um maior número de empresas nessa atividade. Dados da PIA Empresa<br />

(Pesquisa Industrial Anual do IBGE) mostram que entre 2005 e 2007 (último ano<br />

disponível), a quantidade de empresas cuja atividade principal restringia-se ao<br />

desenvolvimento de produtos <strong>para</strong> automação industrial saltou de 3.534 <strong>para</strong> 3.835,<br />

o que significou a expansão de 8,5% em apenas três anos. O Quadro 5 traz<br />

esclarecimentos sobre esses números.<br />

É ainda mais importante o fato de que os grupos de atividades ligados à<br />

produção de aparelhos e instrumentos de medida e de equipamentos dedicados à<br />

automação industrial, o que se pode chamar de ―núcleo‖ do complexo, tiveram<br />

expansão nesse período. No primeiro caso, o número de empresas passou de 226<br />

<strong>para</strong> 320 (41,6%), enquanto no segundo, o avanço foi de 219 <strong>para</strong> 246 (12,3%).<br />

4<br />

A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e <strong>Eletrônica</strong> (ABINEE) divulga regularmente<br />

informações sobre faturamento, exportação, importação e número de empregados do setor<br />

eletroeletrônico. Dentre as áreas de sua competência, insere-se o segmento de <strong>Automação</strong> Industrial.<br />

Portanto, os dados disponíveis no Quadro 2 provêm das planilhas oferecidas pelo Departamento de<br />

Economia (DECON) da ABINEE. Dados de empresa e produção física foram extraídos da PIA<br />

Empresa 2006 e da PIA Produto 2006 (IBGE). Para a produção física, projetou-se, a partir da PIA<br />

Produto, os resultados <strong>para</strong> 2007 e 2008.<br />

151


Quadro 5 <strong>–</strong> Número de Empresas ligadas ao Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

(Representação na PIA Empresa).<br />

CNAE* Grupos de Atividades 2005 2006 2007<br />

30.2<br />

31.2<br />

33.2<br />

33.3<br />

33.9<br />

Fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas<br />

eletrônicos <strong>para</strong> processamento de dados<br />

Fabricação de equipamentos <strong>para</strong> distribuição e controle de<br />

energia elétrica<br />

Fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e<br />

controle - exceto equipamentos <strong>para</strong> controle de processos<br />

industriais<br />

Fabricação de máquinas, aparelhos e equipamentos de<br />

sistemas eletrônicos dedicados à automação industrial e<br />

controle do processo produtivo<br />

Manutenção e re<strong>para</strong>ção de equipamentos médicohospitalares,<br />

instrumentos de precisão e ópticos e<br />

equipamentos <strong>para</strong> automação industrial<br />

Fonte: IBGE, 2009.<br />

152<br />

388 451 494<br />

584 532 585<br />

226 234 320<br />

219 254 246<br />

112 129 183<br />

TOTAL 3.534 3.606 3.835<br />

* CNAE 1.0 <strong>–</strong> Classificação Nacional de Atividades Econômicas.<br />

Ademais, não é difícil inferir que o ciclo de investimentos observado entre<br />

2006 e 2008 tenha elevado o número de empresas em várias dessas áreas ligadas<br />

à automação. Por um lado, o crescimento foi impulsionado pelas inversões feitas em<br />

siderurgia, petróleo e gás, papel e celulose, automobilística e aeronáutica <strong>–</strong> ramos<br />

intensivos em capital e, por outro, pelos setores alimentício, têxtil e de calçados que,<br />

embora sejam intensivos em mão-de-obra, viram-se forçados a intensificar a<br />

mecanização/automação <strong>para</strong> enfrentarem a redução de competitividade produzida<br />

pela valorização da moeda nacional.<br />

Outro aspecto importante diz respeito ao número de postos de trabalho<br />

gerados no setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> (Quadro 6). De acordo com a PIA<br />

Empresa, entre 2005 e 2007, o número de empregos nos setores representados<br />

saltou de 87,6 mil <strong>para</strong> 109,8 mil (25,3%). Os destaques ficam <strong>para</strong> os ramos de<br />

máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos <strong>para</strong> processamento de dados<br />

com incremento de 51,9% e o de fabricação de máquinas, aparelhos e<br />

equipamentos de sistemas eletrônicos dedicados à automação industrial e controle


do processo produtivo com 34,1% de aumento no número de empregados. O ramo<br />

que apresentou a menor quantidade de postos gerados foi o de fabricação de<br />

equipamentos <strong>para</strong> distribuição e controle de energia elétrica com 2,8%.<br />

Quadro 6 <strong>–</strong> Número de Empregados ligados ao Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

(Representação na PIA Empresa).<br />

CNAE* Grupos de Atividades 2005 2006 2007<br />

30.2<br />

31.2<br />

33.2<br />

33.3<br />

33.9<br />

Fonte: IBGE, 2009.<br />

Fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas<br />

eletrônicos <strong>para</strong> processamento de dados<br />

Fabricação de equipamentos <strong>para</strong> distribuição e controle de<br />

energia elétrica<br />

Fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e<br />

controle - exceto equipamentos <strong>para</strong> controle de processos<br />

industriais<br />

Fabricação de máquinas, aparelhos e equipamentos de<br />

sistemas eletrônicos dedicados à automação industrial e<br />

controle do processo produtivo<br />

Manutenção e re<strong>para</strong>ção de equipamentos médicohospitalares,<br />

instrumentos de precisão e ópticos e<br />

equipamentos <strong>para</strong> automação industrial<br />

153<br />

28.704 33.956 43.588<br />

31.775 29.550 32.649<br />

15.988 15.596 18.577<br />

6.360 7.744 8.530<br />

2.828 3.776 4.474<br />

TOTAL 87.660 92.628 109.825<br />

* CNAE 1.0 <strong>–</strong> Classificação Nacional de Atividades Econômicas.<br />

A análise das informações estatísticas sobre faturamento, importações e<br />

exportações do segmento de automação no Brasil (Quadros 7 e 8) revela que:<br />

O faturamento das empresas de automação mais do que dobrou no<br />

período compreendido entre 1996 e 2008, retratando claramente a sua<br />

importância <strong>para</strong> outros segmentos industriais, como siderurgia, petróleo e<br />

gás, mineração, açúcar e álcool, automobilística e aeronáutica. No âmago<br />

do ciclo de investimentos recente (2006-2008), a receita líquida subiu<br />

aproximadamente 27%, passando de R$ 2,7 bilhões, em 2006, <strong>para</strong> R$<br />

3,4 bilhões em 2008;<br />

Embora tenha alcançado resultados intrínsecos bastante expressivos, o<br />

faturamento de <strong>Automação</strong> Industrial manteve participação relativamente


aixa quando com<strong>para</strong>do ao total do setor elétrico e eletrônico. Avançou<br />

de 2,5% em 2005 <strong>para</strong> 2,8% em 2007 e 2008. Portanto, somente em 2007<br />

é que o faturamento do segmento consegue superar a participação que<br />

havia alcançado em 2003. Esse resultado conduz à percepção de que<br />

embora as empresas brasileiras nas áreas industrial, comercial e de<br />

serviços se esforcem <strong>para</strong> elevar os níveis de automatização, seguindo à<br />

orientação geral em um contexto econômico globalizado, ainda há lacunas<br />

importantes que ao serem preenchidas permitirão o fortalecimento e<br />

amadurecimento da Indústria de <strong>Automação</strong> no Brasil;<br />

Dado o grau de desenvolvimento tecnológico do país, não é estranho o<br />

fato de o segmento ser cronicamente deficitário. Para todo o período de<br />

análise, observa-se saldo comercial negativo que avança de maneira<br />

expressiva no ciclo de investimentos recente. O déficit comercial subiu de<br />

US$ 1,1 bilhão <strong>para</strong> US$ 2,0 bilhões entre 2006 e 2008 <strong>–</strong> avanço de<br />

81,0%;<br />

154


Anos<br />

Faturamento<br />

(A)<br />

Quadro 7 <strong>–</strong> Aspectos Econômicos dos Setores de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e Eletroeletrônico.<br />

<strong>Automação</strong> Industrial (R$ milhões) Setor Eletroeletrônico (R$ milhões)<br />

Exportações<br />

(B)<br />

Importações<br />

(C)<br />

Saldo<br />

Comercial<br />

Faturamento<br />

(D)<br />

Exportações<br />

(E)<br />

155<br />

Importações<br />

(F)<br />

Saldo<br />

Comercial<br />

Part. (A) / (D) Part. (B) / (E) Part. (C) / (F)<br />

1996 536 54 875 (821) 35.298 2.693 9.927 (7.234) 1,5% 2,0% 8,8%<br />

1997 582 74 971 (897) 38.143 3.136 12.605 (9.469) 1,5% 2,4% 7,7%<br />

1998 614 88 1.101 (1.013) 37.383 3.351 12.594 (9.243) 1,6% 2,6% 8,7%<br />

1999 798 126 1.438 (1.312) 41.581 5.760 17.906 (12.146) 1,9% 2,2% 8,0%<br />

2000 993 114 1.465 (1.351) 50.972 8.093 21.752 (13.659) 1,9% 1,4% 6,7%<br />

2001 1.201 174 2.271 (2.096) 58.155 11.124 31.712 (20.588) 2,1% 1,6% 7,2%<br />

2002 1.473 195 2.272 (2.077) 56.386 12.928 30.142 (17.214) 2,6% 1,5% 7,5%<br />

2003 1.721 235 2.174 (1.939) 63.958 14.657 30.867 (16.211) 2,7% 1,6% 7,0%<br />

2004 2.090 334 2.546 (2.211) 81.582 15.632 37.052 (21.420) 2,6% 2,1% 6,9%<br />

2005 2.330 350 2.017 (1.668) 92.810 18.905 36.839 (17.934) 2,5% 1,9% 5,5%<br />

2006 2.708 520 2.886 (2.366) 104.078 20.135 42.898 (22.762) 2,6% 2,6% 6,7%<br />

2007 3.096 546 3.423 (2.877) 111.694 18.116 46.855 (28.739) 2,8% 3,0% 7,3%<br />

2008 3.445 577 4.181 (3.604) 123.058 18.169 58.844 (40.675) 2,8% 3,2% 7,1%<br />

Fonte: ABINEE, 2009.


O crescimento do déficit comercial do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

esteve associado ao volume de importações que se elevou de US$ 1,3<br />

bilhão, em 2006, <strong>para</strong> US$ 2,3 bilhões em 2008, ou seja, cerca de US$ 1,0<br />

bilhão a mais nesse curto período de dois anos. Vale notar também que as<br />

exportações cresceram no período, ascendendo de US$ 239 milhões <strong>para</strong><br />

US$ 314 milhões. Com isso, as importações do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> elevaram a sua participação no total das compras externas<br />

feitas pelo setor elétrico e eletrônico de 6,7%, em 2006, <strong>para</strong> 7,1% em<br />

2008, ao passo que as exportações passaram de 2,6% <strong>para</strong> 3,2%,<br />

respectivamente;<br />

156


Anos<br />

Faturamento<br />

(A)<br />

Quadro 8 <strong>–</strong> Panorama Econômico dos Setores de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e Eletroeletrônico.<br />

<strong>Automação</strong> Industrial (R$ milhões) Setor Eletroeletrônico (R$ milhões)<br />

Exportações<br />

(B)<br />

Importações<br />

(C)<br />

Saldo<br />

Comercial<br />

Faturamento<br />

(D)<br />

Exportações<br />

(E)<br />

157<br />

Importações<br />

(F)<br />

Saldo<br />

Comercial<br />

Part. (A) / (D) Part. (B) / (E) Part. (C) / (F)<br />

1996 533 53,8 870,9 (817,1) 35.122 2.680,0 9.877,7 (7.197,7) 1,5% 2,0% 8,8%<br />

1997 540 68,9 900,7 (831,8) 35.383 2.909,2 11.693,3 (8.784,1) 1,5% 2,4% 7,7%<br />

1998 529 75,7 948,3 (872,6) 32.199 2.886,2 10.847,6 (7.961,4) 1,6% 2,6% 8,7%<br />

1999 440 69,6 792,4 (722,8) 22.910 3.173,4 9.865,4 (6.692,0) 1,9% 2,2% 8,0%<br />

2000 542 62,3 800,5 (738,2) 27.854 4.422,6 11.886,6 (7.464,0) 1,9% 1,4% 6,7%<br />

2001 511 74,2 965,8 (891,6) 24.736 4.731,7 13.488,7 (8.757,0) 2,1% 1,6% 7,2%<br />

2002 503 66,7 776,1 (709,4) 19.257 4.415,2 10.294,4 (5.879,2) 2,6% 1,5% 7,5%<br />

2003 560 76,5 707,8 (631,3) 20.820 4.771,0 10.047,9 (5.276,9) 2,7% 1,6% 7,0%<br />

2004 715 114,4 870,4 (756,0) 27.891 5.344,2 12.667,3 (7.323,1) 2,6% 2,1% 6,9%<br />

2005 957 143,7 828,8 (685,1) 38.131 7.767,0 15.135,0 (7.368,1) 2,5% 1,9% 5,5%<br />

2006 1.244 238,9 1.325,6 (1.086,7) 47.808 9.249,1 19.704,9 (10.455,8) 2,6% 2,6% 6,7%<br />

2007 1.589 280,3 1.757,4 (1.477,0) 57.338 9.299,8 24.053,0 (14.753,2) 2,8% 3,0% 7,3%<br />

2008 1.876 314,2 2.275,8 (1.961,6) 66.989 9.890,8 32.032,9 (22.142,2) 2,8% 3,2% 7,1%<br />

Fonte: ABINEE, 2009.


A abertura das informações do comércio exterior da área de automação<br />

(metodologia ABINEE) revela que todos os segmentos de produtos<br />

mostram situação deficitária, sendo que, em termos absolutos, aparelhos<br />

eletromédicos e instrumentos de medida têm sido os principais<br />

responsáveis pelo déficit do segmento. O saldo negativo <strong>para</strong> os<br />

aparelhos eletromédicos cresceu de US$ 111,6 milhões <strong>para</strong> US$ 589,9<br />

milhões entre 2006 e 2008. Por sua vez, o déficit das transações externas<br />

com instrumentos de medida passou de US$ 514 milhões <strong>para</strong> US$ 1,1<br />

bilhão no mesmo período. Outro segmento que merece destaque nessa<br />

avaliação é o de outros equipamentos de automação industrial, cujo déficit<br />

subiu de US$ 34,5 bilhões <strong>para</strong> US$ 243,0 bilhões <strong>para</strong> os anos em tela<br />

(Quadros 9 e 10 5 ).<br />

5<br />

Encontra-se no Anexo I a relação completa dos produtos importados e exportados pelo segmento<br />

de automação industrial <strong>para</strong> os anos de 2005 e 2006. Há uma ruptura da série <strong>para</strong> os anos de 2007<br />

e 2008, em virtude de mudanças promovidas na classificação das Nomenclaturas Comuns do<br />

MERCOSUL (NCM). Em consequência, tornou-se extremamente complexo realizar o encadeamento<br />

da série com segurança.<br />

158


PRODUTOS<br />

Quadro 9 <strong>–</strong> Balança Comercial dos Produtos do Setor Eletroeletrônico ligados à <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />

Exportações<br />

(A)<br />

JAN-DEZ/06 (US$ milhões) JAN-DEZ/07 (US$ milhões) JAN-DEZ/08 (US$ milhões)<br />

Importações<br />

(B)<br />

Saldo<br />

Comercial<br />

Exportações<br />

(C)<br />

159<br />

Importações<br />

(D)<br />

Saldo<br />

Comercial<br />

Exportações<br />

(E)<br />

Importações<br />

(F)<br />

Saldo<br />

Comercial<br />

Alarmes 4.710 11.960 (7.250) 4.987 14.411 (9.424) 4.967 16.733 (11.766)<br />

Aparelhos Eletromédicos 7.516 119.111 (111.595) 15.983 480.472 (464.489) 17.740 607.684 (589.944)<br />

Aparelhos <strong>para</strong><br />

Sinalização e Controle<br />

de Tráfego<br />

5.252 8.559 (3.307) 3.576 5.940 (2.364) 813 8.083 (7.270)<br />

Comando Numérico 4.501 27.784 (23.283) 6.202 32.948 (26.746) 13.082 46.775 (33.693)<br />

Instrumentos de medida 138.950 652.957 (514.007) 177.511 975.338 (797.827) 204.070 1.280.101 (1.076.031)<br />

Outros Equipamentos de<br />

<strong>Automação</strong> Industrial<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

56.623 91.103 (34.480) 72.078 248.246 (176.168) 73.498 316.422 (242.924)


O Quadro 10 mostra as variações interanuais <strong>para</strong> exportações e<br />

importações dos segmentos de produtos listados anteriormente. Destaca-<br />

se a elevada variação das importações de aparelhos eletromédicos<br />

(303,4% em 2007 e 26,5% em 2008) e de outros equipamentos de<br />

automação industrial (172,5% em 2007 e de 27,5% em 2008). Surpreende<br />

positivamente o aumento de 110,9% das exportações de produtos de<br />

comando numérico na passagem de 2007 <strong>para</strong> 2008.<br />

Quadro 10 <strong>–</strong> Balança Comercial de Produtos do Setor Eletroeletrônico.<br />

PRODUTOS<br />

160<br />

(Variações anuais <strong>–</strong> em %)<br />

Exportações Importações<br />

Ano 07/<br />

Ano 06<br />

Ano 08/<br />

Ano 07<br />

Ano 07/<br />

Ano 06<br />

Ano 08/<br />

Ano 07<br />

Alarmes 5,9 (0,4) 20,5 16,1<br />

Aparelhos Eletromédicos 112,7 11,0 303,4 26,5<br />

Aparelhos <strong>para</strong> sinalização e controle de tráfego (31,9) (77,3) (30,6) 36,1<br />

Comando numérico 37,8 110,9 18,6 42,0<br />

Instrumentos de medida 27,8 15,0 49,4 31,2<br />

Outros equipamentos de automação industrial 27,3 2,0 172,5 27,5<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

4.2.2.3. Reflexos da Crise Financeira Mundial<br />

Não faz parte do escopo desse trabalho discutir a natureza da crise financeira<br />

mundial. O intuito é apenas retratar os possíveis impactos da turbulência externa<br />

<strong>para</strong> a economia nacional, e, em especial, <strong>para</strong> o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong>.<br />

De todo modo, convém salientar que a crise atual deve sua origem aos<br />

excessos do mercado de hipotecas americano. Como salientam Cintra e Farhi<br />

(2008): ―As instituições que captavam os instrumentos financeiros criados pelos<br />

bancos universais <strong>para</strong> escapar dos limites do Acordo de Basiléia, formaram o<br />

chamado Global Shadow Banking System. Esses agentes captavam recursos no<br />

curto prazo, operando altamente alavancados e investindo em ativos de longo prazo


e ilíquidos. Atuavam como bancos sem sê-lo e foram responsáveis por carregar os<br />

derivativos de crédito lastreados nas hipotecas subprime. No entanto,<br />

diferentemente dos bancos, eram displicentemente reguladas e supervisionadas,<br />

sem reservas de capital, sem acesso aos seguros de depósitos, às operações de<br />

redesconto e às linhas de empréstimos de última instância dos bancos centrais‖.<br />

As informações do Quadro 11 mostram que a participação dos subprime no<br />

total das novas hipotecas no mercado financeiro dos EUA passou de 8,6% em 2001<br />

<strong>para</strong> 20,1% em 2006.<br />

Anos<br />

Quadro 11 <strong>–</strong> Volume Total de Hipotecas Emitidas nos EUA.<br />

Hipotecas<br />

Emitidas<br />

Hipotecas<br />

Subprime<br />

161<br />

(A)/(B)<br />

(%)<br />

Hipotecas<br />

Subprime<br />

Securitizadas<br />

(C )/(B)<br />

2001 2.215 190 8,6 95 50,4<br />

2002 2.885 231 8,0 121 52,7<br />

2003 3.945 335 8,5 202 60,5<br />

2004 2.920 540 18,5 401 74,3<br />

2005 3.120 625 20,0 507 81,2<br />

2006 2.980 600 20,1 483 80,5<br />

Fonte: Ernani Filho (2008).<br />

Afora o necessário debate sobre a arquitetura do sistema financeiro mundial<br />

que não é objeto deste estudo, deve-se ressaltar que foram 4 os canais de<br />

transmissão da crise <strong>para</strong> a economia brasileira:<br />

Efeito expectativas: as alarmantes notícias sobre a fragilidade do sistema<br />

bancário americano, o aumento do desemprego ao redor do mundo e a<br />

gravidade da situação de algumas empresas produtivas, principalmente do<br />

setor automotivo, derrubaram os índices de confiança do consumidor e dos<br />

empresários. No Brasil e no mundo, as sondagens feitas mostram que os<br />

agentes temem o desemprego e por isso estão se tornando mais<br />

cautelosos <strong>para</strong> assumir compromissos de longo prazo. Os Gráficos 15 e<br />

16 a seguir expressam o comportamento dos índices de confiança <strong>para</strong> o<br />

consumido e <strong>para</strong> a indústria no Brasil.


120<br />

115<br />

110<br />

105<br />

100<br />

95<br />

90<br />

130<br />

120<br />

110<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

jan/08<br />

jan/08<br />

fev/08<br />

mar/08<br />

Indice de Confiança do Consumidor<br />

(IBRE/FGV)<br />

abr/08<br />

mai/08<br />

jun/08<br />

jul/08<br />

ago/08<br />

Gráfico 15 <strong>–</strong> Índice de Confiança do Consumidor.<br />

fev/08<br />

Fonte: IBGE, 2009.<br />

Indice de Confiança da Indústria de Transformação<br />

(IBRE/FGV)<br />

mar/08<br />

abr/08<br />

mai/08<br />

jun/08<br />

jul/08<br />

ago/08<br />

Gráfico 16 <strong>–</strong> Índice de Confiança da Indústria de Transformação.<br />

Fonte: IBGE, 2009.<br />

162<br />

set/08<br />

set/08<br />

Efeito crédito: os primeiros (e graves) sintomas da crise foram percebidos<br />

através da restrição ao crédito. Literalmente, o mercado de crédito ―travou‖<br />

nos meses de outubro e novembro do ano passado, apontando discreta<br />

melhora a partir de dezembro por conta das ações tomadas pelo Banco<br />

Central e Ministério da Fazenda. De todo modo, o receio das famílias e das<br />

empresas tem mantido as novas contratações de crédito em patamares<br />

reduzidos. Formou-se uma expectativa positiva no mercado corporativo<br />

out/08<br />

out/08<br />

nov/08<br />

nov/08<br />

dez/08<br />

dez/08<br />

jan/09<br />

jan/09<br />

fev/09<br />

fev/09<br />

mar/09<br />

mar/09<br />

abr/09<br />

abr/09


após a disponibilização de mais R$ 100 bilhões no orçamento do BNDES<br />

<strong>para</strong> 2009 e 2010. Se a situação não piorar, é provável que algumas<br />

empresas retomem os seus programas de investimento <strong>para</strong>lisados após o<br />

início da crise. De todo modo, a retomada não terá a mesma amplitude<br />

anterior e estará restrita a alguns setores e empresas melhor posicionadas<br />

no mercado.<br />

Efeito câmbio: a desvalorização da moeda nacional ganhou proporção que<br />

não se via desde 2002. Entre os meses de setembro de 2008 e fevereiro de<br />

2009, a média mensal da cotação do dólar apresentou valorização de<br />

24,2%. O impacto sobre a inflação era o mais esperado, mas por enquanto<br />

os resultados tem sido modestos. Por sua vez, dada a forte compressão de<br />

margem provocada pela valorização do Real no período que antecedeu a<br />

crise, a mudança no cenário cambial representa boa oportunidade <strong>para</strong> as<br />

empresas brasileiras recuperarem competitividade no mercado externo, a<br />

despeito da fraca demanda por produtos nacionais.<br />

Efeito exportações: o quarto - e derradeiro - canal de transmissão da crise<br />

está representado pelo desaquecimento do comércio mundial e,<br />

consequentemente, pela queda das exportações nacionais. É bem verdade<br />

que o ritmo de crescimento das exportações brasileiras vinha dando sinais<br />

de enfraquecimento nos últimos anos em razão da forte valorização do<br />

Real. Apesar da abrupta reversão do cenário cambial em setembro/outubro<br />

de 2008, o ritmo de crescimento das exportações manteve-se fraco, agora<br />

provocado pela desaceleração do comércio mundial. Para o acumulado<br />

janeiro e fevereiro 2009, a retração das exportações foi de 21,9% em<br />

relação à igual período do ano anterior. O saldo comercial foi derrubado em<br />

26,3% dentro da mesma base de com<strong>para</strong>ção e não se agravou ainda mais<br />

porque as importações caíram 21,6%, em face da retração dos<br />

investimentos e da atividade econômica interna.<br />

No quarto trimestre de 2008, sondagem feita pelo IPEA (2009) junto a várias<br />

associações setoriais mostrava um contexto preocupante (Anexo III <strong>–</strong> Quadros 29,<br />

30 e 31). No tocante ao volume de produção, apenas as empresas do setor de<br />

163


papelão ondulado e editorial e gráfica apostavam em crescimento. Para setores<br />

como siderurgia, tubos e acessórios de metal e fundidos, a queda esperada era de<br />

mais de 20%.<br />

Esperava-se ainda forte queda das vendas <strong>para</strong> o mercado doméstico e<br />

externo. No mercado interno, as empresas de papelão ondulado foram as únicas a<br />

sinalizar crescimento (até 5%). Para o mercado externo, setores como siderurgia,<br />

automóveis, autopeças, fundidos, pneus, tubos e acessórios de metal e editorial e<br />

gráfica já esperavam recuo de mais de 20% em suas vendas.<br />

Entendendo-se que o segmento de automação guarda relação umbilical com<br />

os investimentos gerados em outros setores da atividade econômica, convém<br />

destacar que a crise financeira internacional desdobra-se em dois pontos<br />

potencialmente negativos sobre as perspectivas <strong>para</strong> o investimento no Brasil 6 .<br />

1º) o elevado grau de incerteza sobre o crescimento da economia mundial e<br />

seus impactos no Brasil, levando a um adiamento das decisões de investimento;<br />

2º) a redução na disponibilidade de recursos <strong>para</strong> investimentos. Essa<br />

dificuldade abrange o financiamento através de lucros retidos, em um contexto de<br />

redução do crescimento da economia. E não menos importante o desaparecimento<br />

das fontes de financiamento externo.<br />

Esse segundo aspecto é relevante tendo em vista que as empresas<br />

brasileiras financiam seus investimentos, principalmente, através de lucros retidos. O<br />

autofinanciamento respondeu por mais da metade dos fundos utilizados pelas<br />

empresas industriais e de infraestrutura <strong>para</strong> viabilizar seus investimentos entre<br />

2001 e 2007 (Quadro 12). Dentre os recursos de terceiros, destacam-se os créditos<br />

do BNDES. Em média, o Banco respondeu por cerca de 20% dos recursos usados<br />

<strong>para</strong> financiar os investimentos das empresas industriais e de infraestrutura no<br />

período.<br />

6 Para maiores informações, ver Torres Filho (2008a); Torres Filho (2008b) e Torres Filho (2009).<br />

164


Quadro 12 <strong>–</strong> Fontes de recursos das Empresas Brasileiras <strong>–</strong> Indústria e Infraestrutura.<br />

Modalidades 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007<br />

Autofinanciamento 39% 60% 49% 57% 57% 42% 51%<br />

BNDES 16% 22% 16% 19% 21% 21% 26%<br />

Captações externas 30% 6% 30% 13% 10% 17% 9%<br />

Debêntures 14% 10% 5% 9% 10% 15% 7%<br />

Ações 2% 2% 5% 4% 3% 5% 6%<br />

Fonte: Puga e Nascimento (2008).<br />

A generalização do ciclo de investimento no período recente contribuiu <strong>para</strong> a<br />

maior solidez do processo. As inversões em infraestrutura, além de aumentarem a<br />

competitividade sistêmica da economia, tiveram a capacidade de alavancar<br />

investimentos do setor privado em outros segmentos <strong>–</strong> o chamado ―efeito arraste‖. A<br />

expansão dos setores de bens de consumo durável e de construção residencial, por<br />

sua vez, gerou efeitos multiplicadores na economia ao elevar o nível de renda e o<br />

volume de emprego. Por isso, o dinamismo do mercado interno se tornou relevante.<br />

Infelizmente, a crise financeira internacional abortou esse processo. A queda<br />

nos preços das commodities impactou setores que vinham liderando o crescimento<br />

dos investimentos na indústria, tais como extração de petróleo e minério de ferro,<br />

siderurgia e papel e celulose. A restrição ao crédito, por outro lado, teve efeito<br />

significativo sobre o setor de veículos automotores e, em menor escala, sobe a<br />

construção residencial.<br />

Para o BNDES (2009), existem três grupos distintos de reação à crise<br />

(Quadro 13). O primeiro é formado pelos setores cujos investimentos tendem a<br />

continuar firmes, apesar do agravamento da crise internacional. É o caso de petróleo<br />

e gás, eletroeletrônica, indústria da saúde, energia elétrica, telecomunicações,<br />

saneamento e rodovias. São investimentos que dependem do Programa de<br />

Aceleração do Crescimento <strong>–</strong> PAC, agora mais do que nunca, necessário <strong>para</strong><br />

acelerar o crescimento das grandes empresas estatais.<br />

O segundo grupo é constituído pelos setores da indústria e da infraestrutura<br />

cujos investimentos tendem a ser mais afetados pela crise <strong>–</strong> extrativa mineral,<br />

165


siderurgia, papel e celulose e automotivo <strong>–</strong> quanto pelo recuo na construção<br />

residencial.<br />

Finalmente o terceiro grupo é formado pelos setores com elevados volumes<br />

de investimentos considerados não firmes, motivados por outros fatores que não a<br />

crise internacional, mas também devido a ela.<br />

Quadro 13 <strong>–</strong> Investimentos Mapeados no Brasil (2009/2012).<br />

166<br />

(em R$ bilhões)<br />

Desempenho no Período Ago/08 Dez/08<br />

1 - Indústria e Infraestrutura 890,2 769,3<br />

Investimentos mantidos<br />

Investimentos reduzidos pela<br />

crise internacional<br />

Investimentos reduzidos por<br />

outros fatores<br />

Petróleo e Gás 269,7 269,7<br />

Energia Elétrica 141,1 141,1<br />

Telecomunicações 77,8 77,8<br />

Saneamento 49,4 49,4<br />

Rodovias 27,8 26,7<br />

Eletroeletrônica (inclui software) 27,0 24,0<br />

Petroquímica 23,7 23,7<br />

Indústria da Saúde 8,0 8,0<br />

Extrativa Mineral 72,3 48,0<br />

Siderurgia 60,5 24,5<br />

Automotivo 35,3 23,5<br />

Papel e Celulose 26,7 9,0<br />

Sucroalcooleiro 28,5 19,7<br />

Ferrovias 28,9 17,0<br />

Portos 13,6 7,2<br />

2 - Construção 570,4 535,7<br />

Investimentos reduzidos pela<br />

crise internacional<br />

Construção residencial 570,4 535,7<br />

3 - TOTAL 1.460,60 1.305,00<br />

Fonte: Torres Filho et al (2009).<br />

Considerando apenas os projetos ―firmes‖, o BNDES estima que haverá<br />

crescimento de 9,6% dos investimentos no período 2009-2012, com<strong>para</strong>do ao<br />

período 2004-2007 (Quadros 14 e 15). A análise dos setores afetados pela crise<br />

internacional mostra que a indústria sofrerá a maior reavaliação nas perspectivas de


investimento, ainda assim deverá apresentar taxa de crescimento de 9,8%. A maior<br />

rigidez dos projetos de infraestrutura implica em uma expansão anual real de 11,5%,<br />

enquanto na construção residencial a redução da taxa de crescimento das inversões<br />

deverá permitir avanço de 8,5% - o menor entre todos os segmentos.<br />

Quadro 14 <strong>–</strong> Crescimento dos Investimentos (Projetos Firmes) <strong>–</strong> 2009/2012.<br />

Segmentos 2004-2007 2009-2012<br />

167<br />

(em R$ bilhões)<br />

Taxa de Cresc.<br />

Média ao ano<br />

(%)<br />

Indústria 281,5 450,1 9,8<br />

Infraestrutura 185,3 319,1 11,5<br />

Construção residencial 357,0 535,7 8,5<br />

TOTAL 823,8 1.304,9 9,6<br />

Fonte: Torres Filho et al (2009).<br />

Quadro 15 <strong>–</strong> Desempenho <strong>Setorial</strong> <strong>–</strong> 2007/2008.


SETORES<br />

Desembolsos<br />

∆ %<br />

Aprovações<br />

2007 2008 08/07 2007 2008<br />

168<br />

(Em R$ milhões)<br />

∆ %<br />

08/07<br />

1 - Agropecuária 4.998 5.594 11,9% 5.158 5.191 0,6%<br />

2 - Indústria 26.446 39.021 47,5% 38.174 57.734 51,2%<br />

Extrativa 1.050 3.311 215,3% 4.421 12.665 186,5%<br />

Alimentos e Bebidas 4.773 10.073 111,0% 7.351 11.305 53,8%<br />

Têxtil e Vestuário 402 1.348 235,3% 887 1.052 18,6%<br />

Celulose e Papel 1.808 858 -52,5% 337 1.038 208,0%<br />

Química e Petroquímica 4.275 5.624 31,6% 6.187 6.869 11,0%<br />

Metalurgia e Produtos 3.642 3.717 2,1% 4.093 10.414 154,4%<br />

Mecânica 3.383 3.425 1,2% 3.728 3.745 0,5%<br />

Material de Transporte 4.765 7.545 58,3% 8.313 7.001 -15,8%<br />

Outros 2.346 3.120 33,0% 2.857 3.645 27,6%<br />

3 - Infraestrutura 25.633 35.096 36,9% 45.651 44.304 -3,0%<br />

Energia Elétrica 6.371 8.644 35,7% 12.828 17.097 33,3%<br />

Construção 357 367 2,8% 1.214 1.067 -12,1%<br />

Transporte Rodoviário 9.889 13.839 39,9% 9.953 14.151 42,2%<br />

Transporte Ferroviário 1.485 1.193 -19,7% 3.914 1.270 -67,6%<br />

Outros Transportes 1.940 3.171 63,5% 10.885 1.381 -87,3%<br />

Atividade Aux.Transportes 1.012 621 -38,6% 1.796 2.717 51,3%<br />

Serviços Utilidade Pública 1.197 1.072 -10,4% 1.143 1.797 57,2%<br />

Telecomunicações 3.379 6.188 83,1% 3.948 4.822 22,1%<br />

Outros 1 2 100,0% 1 2 100,0%<br />

4 - Comércio e Serviços 7.815 11.166 42,9% 9.768 14.143 44,8%<br />

5 - TOTAL 64.892 90.878 40,0% 98.750 121.371 22,9%<br />

Fonte: BNDES, (2009).<br />

4.2.2.3.1. Efeitos Diretos da Crise <strong>para</strong> o Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

Com base nas estimativas acima, torna-se desnecessário dizer que as<br />

melhores oportunidades <strong>para</strong> o segmento de automação residem naqueles setores<br />

cujos investimentos são considerados firmes. Se confirmada a disposição das<br />

empresas desses setores de manter os investimentos previstos, como no caso da<br />

Petrobras, há uma boa chance de crescer a <strong>Automação</strong> Industrial por razões<br />

técnicas, mas também por razões mercadológicas derivadas da própria crise.


Para as áreas que puxaram o crescimento dos investimentos nos últimos<br />

anos, como siderurgia, automobilística e extrativa mineral, os sinais são menos<br />

alvissareiros. Certamente, levarão tempo <strong>para</strong> recuperar o ritmo anterior à crise. Não<br />

são boas, portanto, as perspectivas de incremento da automação nesses setores.<br />

Por outro lado, considerando-se o fato de que a crise tende a elevar a já acirrada<br />

concorrência inter-capitalista, não é de todo improvável que investimentos<br />

defensivos em automação venham a ser feitos nas empresas desses setores. O<br />

aumento da concorrência chinesa e o estrangulamento do mercado externo em<br />

várias regiões do mundo podem <strong>–</strong> e devem <strong>–</strong> provocar reações internas que façam<br />

as empresas desses setores buscarem maior produtividade por meio da automação<br />

dos processos produtivos.<br />

A automação bancária é uma realidade consolidada no país. São menores os<br />

graus de liberdade <strong>para</strong> investimentos maciços neste setor. Embora sólida e<br />

lucrativa, a rede bancária do país não deve aumentar os seus investimentos,<br />

principalmente em automação, durante a travessia da crise. Com a diminuição da<br />

rentabilidade advinda das operações de crédito (consignado, direto ao consumidor e<br />

imobiliário) e da aquisição de títulos públicos, por causa das reduções futuras da<br />

taxa Selic, os bancos no Brasil tendem a manter postura defensiva, buscando operar<br />

com ganhos de Tesouraria e arriscando pouco em novos negócios.<br />

Para o setor do comércio, a situação pode ser distinta. Apesar da crise, a<br />

probabilidade de crescimento da automação comercial não é de todo pequena. Se a<br />

robustez do mercado interno for preservada, ainda que a taxas menores que dois<br />

dígitos, é provável que o Brasil se torne um importante player <strong>para</strong> as redes já<br />

instaladas e aquelas que têm a pretensão de ingressar no mercado local. O aumento<br />

da concorrência, inevitavelmente, forçará mudanças nas redes atacadistas e<br />

varejistas que, se por um lado, vão pressionar a indústria a oferecerem produtos a<br />

preços menores, por outro, serão obrigadas a intensificar o uso de tecnologia e de<br />

novas formas de distribuição e logística. Além disso, cabe ressaltar que o advento do<br />

cartão de débito tem provocado maciça automação dos pontos de venda, o que<br />

deve prosseguir nos próximos anos. O mesmo vale <strong>para</strong> a necessidade de aquisição<br />

de equipamentos e softwares compatíveis com o uso da nota fiscal eletrônica. Além<br />

de São Paulo, vários estados estão ingressando nessa nova sistemática de<br />

169


cobrança do imposto, o que amplia os horizontes <strong>para</strong> empresas de automação<br />

comercial.<br />

No campo da <strong>Automação</strong> Predial/Residencial, as perspectivas devem ser<br />

divididas. A interrupção de novos lançamentos imobiliários, por conta do<br />

estreitamento das linhas de crédito, lança um horizonte ruim <strong>para</strong> as vendas de<br />

produtos de automação predial/residencial. Em termos quantitativos, as vendas de<br />

câmeras e produtos da área de telefonia, assim como toda a linha de bens voltados<br />

<strong>para</strong> a automação interna dos apartamentos, vão cair. Por outro lado, como a<br />

questão da segurança nas grandes cidades brasileiras ainda é fator crítico, não se<br />

pode desconsiderar a manutenção das vendas <strong>para</strong> atender a esse segmento do<br />

mercado. Se o agravamento da crise mundial trouxer repercussões sociais negativas<br />

no Brasil, com aumento do desemprego e da pobreza, as vendas <strong>para</strong> esse<br />

segmento, inevitavelmente, tendem a aumentar.<br />

Mesmo dentro desse contexto pessimista, as empresas contam com a força<br />

do mercado consumidor nacional e com os efeitos mais claros de todas as ações<br />

dos governantes dos diversos países <strong>para</strong> evitar a recessão, e do próprio governo<br />

brasileiro, <strong>para</strong> resgatar a confiança dos investidores.<br />

Por outro lado, com o dólar valendo mais de R$ 2,00, melhorou a<br />

competitividade dos produtos nacionais tanto no mercado interno como no exterior, e<br />

isto, certamente, terá influência <strong>para</strong> o reposicionamento da produção local no<br />

mercado.<br />

É unânime entre as empresas pesquisadas que o setor terá neste ano um<br />

crescimento aquém das projeções iniciais. No entanto, a perspectiva é de que<br />

continuará acompanhando a trajetória do PIB, cujas projeções alcançam 3,5% <strong>para</strong><br />

2009, o que implicaria em um crescimento do setor em torno de 8%.<br />

4.2.2.4. Considerações<br />

<strong>Automação</strong> e inovação caminham juntas nos dias de hoje. Automatizar<br />

processos e operações complexas ou aquelas que colocam em risco à vida humana<br />

representa não apenas a possibilidade de evitar complicações trabalhistas, mas,<br />

sobretudo, gerar resultados maiores e duradouros. Boa parte das inovações<br />

170


ecentes traz consigo processos automatizados e isto tende a ser a tônica <strong>para</strong> o<br />

futuro.<br />

Dado o estágio de desenvolvimento tecnológico do Brasil, o segmento de<br />

<strong>Automação</strong> Industrial é cronicamente deficitário. Entre 1996 e 2008, o saldo<br />

comercial foi sempre negativo e avançou ainda mais no ciclo recente de<br />

investimentos (2006-2008). O déficit comercial subiu de US$ 1,1 bilhão <strong>para</strong> US$ 2,0<br />

bilhões entre 2006 e 2008 <strong>–</strong> avanço de 81,0%. O avanço do déficit não impediu, no<br />

entanto, que o faturamento do setor crescesse. Ou seja, pode-se intuir que as<br />

empresas aqui instaladas se beneficiaram com a queda da cotação do dólar, ao<br />

importar máquinas, equipamentos e programas com valores menores.<br />

De fato, o faturamento do setor expandiu-se de R$ 2,4 bilhões, em 2006, <strong>para</strong><br />

R$ 3,7 bilhões, em 2008, o que representou incremento nominal ao redor de 27%.<br />

Ainda assim, a participação relativa do faturamento do segmento de <strong>Automação</strong><br />

Industrial continua baixa no total das receitas líquidas do setor elétrico e eletrônico.<br />

Situa-se abaixo de 3,0%, apesar do crescimento de 2,6%, em 2006, <strong>para</strong> 2,8% em<br />

2008.<br />

A crise financeira internacional solapou o ciclo de investimentos que a<br />

economia brasileira vivia desde 2006. Certamente o desenvolvimento da área de<br />

automação será afetado pela interrupção dos investimentos realizados em diversos<br />

setores da atividade econômica. Existem ainda perspectivas favoráveis <strong>para</strong> a<br />

<strong>Automação</strong> Industrial ligada àqueles setores que não devem interromper os seus<br />

investimentos, conforme avaliação do BNDES. Na área comercial, as vantagens e<br />

oportunidades advêm do provável acirramento da concorrência entre grandes redes<br />

atacadistas e varejistas, caso o país consiga se preservar frente à crise. Por fim, na<br />

área residencial/predial, o eterno problema da violência urbana nas metrópoles,<br />

porém nos últimos tempos estendendo-se <strong>para</strong> cidades menores, abre uma janela<br />

de oportunidades <strong>para</strong> o setor. Infelizmente, o mesmo não se pode esperar da<br />

construção civil, cujos novos lançamentos imobiliários já desapareceram.<br />

Finalmente, é necessário alertar os policy makers <strong>para</strong> as transformações e a<br />

dinâmica inovadora que a automação promove. A ampliação dos gastos com<br />

educação de qualidade e incentivos <strong>para</strong> que as empresas realizem P, D & I no país<br />

são pré-requisitos <strong>para</strong> a superação do crônico déficit comercial que essa área<br />

171


apresenta. Sem ciência e tecnologia, a automação no Brasil continuará progredindo<br />

a reboque de outras nações.<br />

4.3. Principais Produtos da indústria de <strong>Automação</strong><br />

Os principais produtos da indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> utilizados<br />

nos segmentos da <strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária podem ser<br />

classificados como: atuadores, sensores, controladores, redes de comunicação,<br />

softwares, sistemas, concepção, serviços, integração e assistência técnica e suporte<br />

tecnológico.<br />

4.3.1. Atuadores<br />

Os atuadores provêem ao sistema de automação a energia necessária <strong>para</strong><br />

atingir determinado objetivo projetado. A descrição dos principais tipos e atuadores<br />

utilizados na Indústria de <strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 16.<br />

Quadro 16 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Atuadores.<br />

Item Descrição dos Principais Tipos de Atuadores<br />

1 Atuadores Diversos: Eletromecânicos, Eletromagnéticos, Pneumáticos, etc.<br />

2 Atuadores de aplicação geral com sistemas de segurança (certificação de SIL)<br />

3 Atuadores Inteligentes<br />

4 Atuadores Distribuídos com inteligência local e integração de sensores<br />

5<br />

Componentes Diversos: disjuntores, relés de proteção, inversores <strong>para</strong> motores<br />

e outros<br />

6 Servo Posicionamento <strong>para</strong> altas velocidades e precisão<br />

7 Acionamento de Eixos elétricos (cilindros)<br />

4.3.2. Sensores<br />

Os sensores medem grandezas dos processos automatizados (por exemplo,<br />

o desempenho do sistema de automação ou uma propriedade particular de alguns<br />

de seus componentes) gerando variáveis <strong>para</strong> os elementos de controle. A descrição<br />

dos principais tipos de sensores utilizados na indústria de eletrônica <strong>para</strong> a<br />

automação é apresentada no Quadro 17.<br />

172


Quadro 17 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Sensores.<br />

Item Descrição dos Principais Tipos de Sensores<br />

1 Sensores Diversos: Eletroquímicos, eletromagnéticos, eletromecânicos, e outros<br />

2 Sensores Inteligentes<br />

3 Sensores Wireless<br />

4 Sensores Distribuídos<br />

5 Sensores integrados e sistemas de segurança específicos<br />

6 RFID e sua integração nos sistemas sensoriais<br />

7 Nanosensores<br />

8 Tecnologia dos sensores a laser<br />

9 Transmissores sem fio (Wireless)<br />

10 Transmissores inteligentes<br />

11 Dispositivos de Visão<br />

12 Sensores e de segurança (certificação de SIL)<br />

13 Elementos proporcionais de vazão e pressão<br />

14 Réguas potenciométricas<br />

4.3.3. Controladores<br />

Eles utilizam as informações dos sensores <strong>para</strong> regular, controlar os<br />

dispositivos e tomar decisões a partir de elementos finais de controle (hardware e<br />

software), sistemas de aquisição e controle de informações. A descrição dos<br />

principais tipos de controladores utilizados na indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 18.<br />

173


Quadro 18 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Controladores.<br />

Item Descrição dos Principais Tipos de Controladores<br />

1 CLPs - Controladores Lógicos Programáveis<br />

2 CLPs associados a sistemas de controle em tempo-real<br />

3 CLPs Híbridos<br />

4 PC Industrial<br />

5 SDCD (Sistema Digital de Controle Distribuído)<br />

6 Programmable Automation Controller (PAC)<br />

7 Unidades Lógicas de Controle genéricos e de segurança (certificação de SIL)<br />

8 Controladores de processos industriais<br />

9 Intertravamento<br />

10 Sistemas de controle embarcados em Tempo Real<br />

11 Terminais de auto-atendimento <strong>para</strong> agências de atendimento ao cliente<br />

12 Interfaces Homem-Máquina<br />

13 Sistemas de Controle Integrado robô/planta<br />

14 Sistemas de Controle Distribuídos<br />

15 Sistemas de Controle com auto-diagnóstico<br />

16 Controle Avançado Multivariável (Advanced Process Control - APC)<br />

17 Caixas automáticos<br />

18 Centrais telefônicas<br />

19 Controle de tráfego e estacionamento<br />

20 Controle de Climatização<br />

4.3.4. Redes de Comunicação<br />

Redes de comunicação são consideradas sistemas de comunicação<br />

industriais, considerando protocolos proprietários, avanço da ethernet industrial e<br />

comunicação sem fio (Wireless), utilização da Internet <strong>para</strong> monitoramento<br />

permanente à distância de instalações automatizadas. A descrição dos principais<br />

tipos de redes de comunicação industrial utilizadas na indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 19.<br />

174


Quadro 19 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Redes de Comunicação Industrial.<br />

Item Descrição dos Principais Tipos de Redes de Comunicação<br />

4.3.5. Softwares<br />

1 Redes de campo<br />

2 Redes Wireless padronizadas<br />

3 Redes de Comunicação Wi-Fi e RF<br />

4 Redes Industriais Baseadas em Ethernet<br />

5 Protocolos de Comunicação genéricos e sistemas de segurança<br />

6 Protocolos e redes de comunicação sem fio e altíssima velocidade<br />

7 Dispositivos Wireless e Ethernet Compatíveis com padronização<br />

A sistematização de conceitos e procedimentos através de softwares de<br />

concepção, simulação e exploração incluindo programação em tempo real. Devem<br />

ser considerados os sistemas de supervisão inteligentes, sistemas de manutenção e<br />

predição e monitoramento de falhas e sistemas MES (Manufacturing Execution<br />

Systems). A descrição dos principais tipos de softwares utilizados na indústria de<br />

<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 20.<br />

175


Quadro 20 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Softwares industriais.<br />

Item Descrição dos Principais Tipos de Softwares<br />

1 Simuladores e Softwares Aplicativos<br />

2 Simuladores <strong>para</strong> Treinamento de Operadores (Operator Training Simulators - OTS)<br />

3 Manufatura colaborativa sobre as plantas de controle de processo<br />

4 Ferramentas de Otimização de Planejamento de Produção<br />

5 Gestão de Projetos, envolvendo requisitos, implementação, e comissionamento<br />

6 Sistemas de Prototipagem Virtual <strong>para</strong> Projeto<br />

7 SIS - Sistemas Instrumentados de Segurança e Gerenciamento de Alarmes<br />

8 Nível de Integridade de Segurança <strong>–</strong> SIL<br />

9 Plant Triage (Auditoria de Malhas)<br />

10 Monitoração de informação e controle de fluxo Integrando RFID<br />

11 Softwares de Integração entre robôs e plantas automatizadas<br />

12 Sistemas inteligentes de serviços e de produção<br />

13<br />

Sistemas IHM e de Gerenciamento, com destaque <strong>para</strong> Supervisórios, baseados em<br />

objeto<br />

14 Sistemas Operados remotamente<br />

15 Sistemas de diagnóstico incorporado<br />

16 Integração de Salas de Controle com SDCD utilizando Realidade Virtual<br />

17 Sistemas de Balanço Automatizado de Produção e Processos<br />

4.3.6. Sistemas<br />

Sistemas são ferramentas de base que fornecem subsídios e conceitos <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong>. A descrição dos principais tipos de sistemas utilizados na indústria de<br />

<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 21.<br />

176


Quadro 21 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Sistemas.<br />

Item Descrição dos Principais Tipos de Sistemas<br />

1 Sistemas de Aquisição de Dados<br />

2 Sistemas de <strong>Automação</strong><br />

3 ERP - Integração na <strong>Automação</strong><br />

4 MES - Sistemas de Execução da Manufatura<br />

5 PIMS & MES integrados a Business Intelligence (BI)<br />

6 Sistemas Colaborativos de Gerenciamento de Projetos<br />

7 Sistemas Integrados de Gerenciamento de Ativos<br />

8 Sistemas de Controle de Workflow<br />

9 Sistemas de Informação e supervisão inteligentes<br />

10 Sistemas especialistas como ferramenta de suporte a decisão e IA (controle automático)<br />

11 Sistemas de Aquisição de Dados<br />

12 Sistema de cobrança (tíquete inteligente)<br />

13 Prédios Inteligentes<br />

14 Sistemas de Monitoramento de Alarmes<br />

15 Sistemas de Transportes<br />

16 Sistemas de Gerenciamento de Energia<br />

4.3.7. Concepção, Serviços, Integração e Assistência Técnica<br />

A concepção, serviços e assistência técnica são desenvolvidos através de<br />

integradores com formação técnica <strong>para</strong> projeto, implementação, execução de<br />

serviço, vendas, pós-venda, política de trocas, e assistência técnica em <strong>Automação</strong>.<br />

A descrição dos principais tipos de serviços utilizados na indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 22.<br />

177


Quadro 22 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Serviços.<br />

Item Descrição dos Principais Tipos de Serviços<br />

1 Engenharia básica de projetos de automação (site survey, diagnóstico, projeto de sistema, etc.)<br />

2 Integração de CLPs e SDCDs<br />

3 Integração de sistemas (controle, segurança e gerencial)<br />

4 Inspeção e teste de aceitação em fábrica e no campo<br />

5 Treinamento<br />

6 Comissionamento<br />

7 Documentação<br />

8 Suporte e assistência técnica<br />

4.3.8. Suporte Tecnológico<br />

Através de um suporte tecnológico torna-se possível a utilização de<br />

tecnologias atuais em <strong>Automação</strong>, e o desenvolvimento e pesquisa de novas<br />

tecnologias necessárias e imprescindíveis ao avanço da <strong>Automação</strong>. A descrição<br />

dos principais tipos de suporte tecnológico utilizados na indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 23.<br />

178


Quadro 23 - Descrição dos principais tipos de Suporte Tecnológico.<br />

Item Descrição dos Principais Tipos de Suporte Tecnológico<br />

1 Elementos de suprimento e tratamento de energia<br />

2 Microcontroladores, Microprocessadores e Dispositivos de Lógica Programável<br />

3 FPGAs e PLAs (Program Logic Arrays)<br />

4 Circuitos Analógicos (amplificadores, conversores AD, DA) e Fontes de Alimentação<br />

5 Biochip<br />

6 Condicionadores de Sinais Programáveis (conversor de sinal)<br />

7 Elementos com maior grau de tecnologia incorporada <strong>para</strong> Diagnóstico<br />

8 Materiais com novas propriedades eletromagnéticas e eletrônicas<br />

9 Materiais Inteligentes<br />

10 Utilização intensiva de Compósitos e materiais e FGM (function grading material)<br />

11 Modificação dos materiais <strong>para</strong> obter sistemas altamente recicláveis<br />

12 Exploração e Integração de Nanotecnologias, Nanosistemas e Nanoeletrônicos<br />

13 Tecnologias de Controle discreto e contínuo<br />

14 Inteligência Artificial<br />

15 Estimação de Parâmetros<br />

16 Fusão hardware e software <strong>para</strong> sistemas de informação<br />

17 Linguagens de orientação a objetos, com técnica de IA e Sistemas operacionais de tempo real<br />

18<br />

Tecnologias de Controle orientadas a objeto (biblioteca) <strong>para</strong> utilização em sistemas<br />

especialistas (suporte) e IA (controle automático)<br />

4.3.9. Considerações<br />

Considerando a complexidade e abrangência da indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> torna-se imprescindível a classificação de seus produtos como:<br />

atuadores, sensores, controladores, redes de comunicação, softwares, sistemas,<br />

concepção, serviços, integração e assistência técnica e suporte tecnológico.<br />

Entretanto, a utilização desses produtos pode ser diferente em cada um dos<br />

segmentos em estudo. Enquanto a <strong>Automação</strong> Industrial utiliza de maneira<br />

equilibrada todos os produtos classificados, a <strong>Automação</strong> Predial utiliza grande parte<br />

desses produtos, mas possui importante ligação ao segmento de serviços,<br />

integração e assistência técnica, e a <strong>Automação</strong> Comercial e Bancária apresenta<br />

uma importante componente de utilização no setor de serviços.<br />

179


4.4. <strong>Automação</strong> Industrial<br />

4.4.1. Introdução<br />

<strong>Automação</strong> industrial é o conjunto das técnicas e dos sistemas de produção<br />

fabril baseado em sistemas com a capacidade de executar tarefas previamente<br />

executadas pelo homem e de controlar sequências de operações sem a intervenção<br />

humana, ou seja, é o sistema automático pelo qual, mecanismos controlam seu<br />

próprio funcionamento, quase sem a interferência humana. A <strong>Automação</strong> Industrial<br />

tem capacidade de controlar máquinas e processos quase independentes do<br />

controle humano com a utilização de qualquer dispositivo mecânico ou eletro-<br />

eletrônico programável.<br />

Entre os dispositivos eletroeletrônicos pode-se utilizar computadores ou<br />

outros dispositivos (como controladores lógicos programáveis, robôs ou CNCs),<br />

substituindo, muitas vezes, tarefas humanas ou realizando outras que o ser humano<br />

não consegue realizar. É um passo além da mecanização, onde operadores<br />

humanos são providos de maquinaria <strong>para</strong> auxiliá-los em seus trabalhos.<br />

4.4.2. Classificação<br />

Pode-se ter automação de processos, que envolve o controle e<br />

instrumentação de etapas no processo de produção; e a automação do<br />

gerenciamento e tomada de decisões através de sistemas de informação. As<br />

empresas do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> podem ser classificadas em duas<br />

divisões:<br />

a) <strong>Automação</strong> Industrial: aplicações utilizando CLPs de pequeno, médio e<br />

grande porte, Interfaces Homem Máquina, acessórios e softwares e<br />

equipamentos <strong>para</strong> automação de processos, máquinas, gerenciamento,<br />

<strong>para</strong> qualquer tipo, tamanho ou complexidade de automação; e<br />

b) <strong>Automação</strong> Elétrica: aplicações envolvendo <strong>Automação</strong> de Usinas hidro<br />

e termoelétricas, subestações - PCHs, Sistemas de Distribuição (remotas<br />

de poste), Controle e Monitoramento de Tensão e Controle,<br />

Telecomando/Telecontrole<br />

180


A seguir serão descritas as principais aplicações desse segmento nos mais<br />

diversos setores.<br />

4.4.2.1. <strong>Automação</strong> de Processos Industriais<br />

Conceitualmente, automação é o conjunto das técnicas baseadas em<br />

equipamentos e programas com objetivo de executar tarefas previamente<br />

programadas pelo homem e de controlar sequências de operações sem a<br />

intervenção humana. Através de intertravamentos (sequências de programação) do<br />

sistema, o usuário consegue maximizar com qualidade e precisão seu processo<br />

produtivo, controlando, assim, variáveis diversas (temperatura, pressão, nível e<br />

vazão) e gerenciando à distância toda a cadeia produtiva.<br />

A automação permite o monitoramento de variáveis (exemplo: temperatura de<br />

um tanque ou pressão de uma linha de gás) ou um controle sofisticado do processo<br />

(exemplo: abertura e fechamento remoto de válvulas proporcionais) podem-se<br />

avaliar algumas vantagens diretas na hora de investir em equipamentos ou na<br />

melhoria de processos existentes. As principais aplicações são as seguintes:<br />

Sistema de Aferição; Processos em geral; Processos Funil; Manufatura; Otimização<br />

de processos produtivos.<br />

4.4.2.2. Energia Elétrica e Sistemas de Energia<br />

Principais Aplicações: automação de usinas hidro e termoelétricas;<br />

automação de subestações; automação de pequenas centrais hidrelétricas - PCHs;<br />

automação de sistemas de distribuição (remotas de poste); controle e<br />

monitoramento de tensão e controle; e telecomando / telecontrole.<br />

4.4.2.3. Saneamento<br />

Principais Aplicações: automação de estação tratamento de água e esgoto;<br />

automação de estação de tratamento de efluentes; macromedição; booster’s;<br />

reservatórios e elevatórios; e captação e bombeamento.<br />

181


4.4.2.4. Gerenciamento de Energia<br />

Principais Aplicações: controle de qualidade de energia; controle de demanda;<br />

controle de fator de potência; controle de consumo; e monitoração de tensão e<br />

corrente.<br />

4.4.2.5. Alimentação e Têxtil<br />

Principais aplicações: fiação; tingimento; acabamento; tratamento;<br />

refrigeração; estocagem; ensacadeiras / embalagens; e pesagem.<br />

4.4.2.6. Incineração e Tratamento de Resíduos<br />

Principais aplicações: estufas; incineração de resíduos sólidos; tratamento e<br />

disposição de resíduos; maquinários específicos.<br />

4.4.2.7. Couro e Calçados<br />

Principais Aplicações: estufas; incineração de resíduos sólidos; automação de<br />

processos <strong>para</strong> tecnologia limpa; e processos de conservação.<br />

4.4.2.8. Máquinas e Equipamentos<br />

Principais Aplicações: injetoras; moldes; extrusoras; prensas; máquinas de<br />

pintura; máquinas de solda; e engarrafadoras.<br />

4.4.2.9. Metalurgia e Siderurgia<br />

Principais Aplicações: fornos; fundição; forjaria; afinação de aço; tratamentos<br />

de resíduos sólidos; conformação de chapas; fornos; e laminação a quente e a frio.<br />

4.4.2.10. Açúcar e Álcool<br />

e dosagem.<br />

Principais Aplicações: armazenamento, moagem, envasamento, refino<br />

4.4.2.11. Petroquímica<br />

Principais Aplicações: medição de gás; processos eletroquímicos; dosadores;<br />

tratamento de petróleo e derivados; e transporte e armazenagem.<br />

182


4.4.2.12. Outros setores da <strong>Automação</strong><br />

Esta grande área da <strong>Automação</strong> Industrial envolve o desenvolvimento de<br />

projetos nas mais diferentes áreas de atuação das indústrias, dentre os principais<br />

mercados podem-se destacar as áreas de farmacêutica e veterinária, química,<br />

petroquímica, alimentícia, higiene e limpeza, vidraria, automobilística, cimenteira,<br />

setor agrícola e pecuário, siderurgia, laboratórios e bancadas de testes. A seguir<br />

serão descritas as principais atividades deste setor.<br />

4.4.2.12.1. <strong>Automação</strong> Agrícola e Agroindústria<br />

No começo desse novo milênio, tanto os computadores como a eletrônica tem<br />

uma base bem estabelecida na agricultura e pecuária, e em indústrias preocupadas<br />

com a produção alimentar e biomassa. As aplicações do monitoramento eletrônico e<br />

controle <strong>para</strong> essas tradicionais indústrias têm sido estimulados pela constante e<br />

grande influência dos computadores e eletrônica em todos os aspectos de nossa<br />

vida. De uma maneira geral, a eletrônica deixou de ser considerada cara, complexa<br />

e de benefícios duvidosos, como era vista uma década atrás.<br />

A automação na agricultura é ampla e multidisciplinar a que nos permitiria dar<br />

dezenas de outros exemplos de sua aplicação. Esse processo é irreversível e será<br />

ainda mais explorado no futuro. Isso contribuirá com um ganho na produtividade<br />

através de um melhor gerenciamento da informação. No entanto, não se pode<br />

esquecer de que nesse processo as interações, homem e máquina, são muito<br />

próximos. Interfaces homem-máquina devem ser bem planejadas e desenvolvidas e<br />

exigirá, dos pesquisadores, um maior estudo dessa relação no processo de<br />

automação.<br />

Muitos desenvolvimentos específicos deverão ser realizados nos próximos<br />

anos, consequência inevitável do progresso científico. Assim, é esperado que a<br />

automação na agricultura avance continuamente nos próximos anos.<br />

O processo de automação pode contribuir na área agrícola através da<br />

melhoria de qualidade, redução de perdas, redução de riscos, aumento de<br />

produtividade, melhor controle de custos e aumento do retorno de investimento,<br />

planejamento do negócio, proteção ao meio-ambiente e também facilitar a vida do<br />

produtor, consequentemente, proporcionando uma maior competitividade.<br />

183


Inicialmente, as primeiras aplicações de instrumentação e controle na<br />

agricultura foram direcionadas <strong>para</strong> os produtos de maior valor. Hoje se pode dizer<br />

que a automação agrícola é encontrada nos setores da produção vegetal e animal,<br />

pesquisa, ensino, extensão e planejamento. Dentre as principais aplicações podem-<br />

se destacar:<br />

Monitoramento eletrônico de máquinas no campo;<br />

Controle integrado de tratores e de seus respectivos implementos; e<br />

Agricultura de precisão, baseada em sistemas de navegação GPS,<br />

sensores de produção nas mais diferentes formas <strong>para</strong> as diferentes<br />

culturas e considerável potencial <strong>para</strong> a navegação automática de<br />

máquinas no campo.<br />

Outra tendência é a aplicação de visão artificial embarcada em uma máquina<br />

agrícola, baseada em câmeras CCD. No campo, sua capacidade de reconhecer<br />

culturas e características do solo tem servido de base <strong>para</strong> muitas aplicações na<br />

condução de veículos e em tratamentos específicos. Esse tipo de tecnologia<br />

possibilitará um processo seletivo de eliminação de plantas daninhas, trazendo<br />

importantes benefícios <strong>para</strong> preservação do meio ambiente.<br />

O processamento e análise de imagens na área agrícola, através do<br />

sensoriamento remoto, tem sido de fundamental importância em vários aspectos.<br />

Por exemplo, imagens coletadas por sensores localizados em satélites permitem a<br />

identificação de solos degradados, áreas alagadas, identificação de culturas,<br />

planejamento agrícola, auxiliam na preservação ambiental e em muitas outras<br />

atividades.<br />

A análise de imagens, além do sensoriamento remoto, também é usada <strong>para</strong><br />

quantificar doenças em raízes de plantas, identificação e seleção de grãos, cálculo<br />

de área foliar de uma cultura, etc.<br />

Dispositivos robóticos, ou máquinas computadorizadas <strong>para</strong> executar<br />

atividades específicas sem a interferência humana, tem sido objeto de estudo na<br />

área agrícola.<br />

Junto a esta realidade outros fatores, como o altíssimo custo de mão-de-obra,<br />

o envelhecimento da população rural sem perspectivas de renovação, a<br />

184


necessidade de minimizar a exposição dos operadores a atividades insalubres e a<br />

preocupação com a conservação do equilíbrio ambiental.<br />

Todos estes fatores têm incentivado e justificado pesquisas em robôs<br />

agrícolas moveis por grupos. Em particular, as necessidades de preservação e de<br />

recuperação ambiental têm levado a um crescente número de trabalhos de pesquisa<br />

nesta área.<br />

Trabalhos têm apresentado soluções viáveis <strong>para</strong> o desenvolvimento de<br />

máquinas agrícolas semi-autônomas ou autônomas que possibilitam operações mais<br />

precisas <strong>para</strong> reduzir custos e minimizar o impacto ambiental de tarefas agrícolas,<br />

como a aplicação de agro-químicos. Também se deve considerar que um robô<br />

agrícola móvel pode dispensar elementos de ―conforto e ergonomia‖ e os custos da<br />

eletrônica necessária <strong>para</strong> construção de um veículo estão cada vez mais<br />

acessíveis. Um exemplo dessa eletrônica são os microprocessadores, câmaras de<br />

vídeo, comunicação digital, receptores GPS (Sistema de Posicionamento Global)<br />

entre outras. Empresas atuantes nessa área vêm buscando solução <strong>para</strong> viabilizar<br />

as tecnologias de robôs agrícolas móveis, utilizando o padrão internacional ISO<br />

11783, <strong>para</strong> eletrônica embarcada em máquinas e implementos agrícolas, possui<br />

características <strong>para</strong> utilização de dispositivos <strong>para</strong> possibilitar a navegação.<br />

As redes de comunicação têm proliferado em sistemas eletrônicos digitais e<br />

embarcados em variados veículos e instalações. Se por um lado existem soluções já<br />

adotadas e aceitas, por outro, o recente desenvolvimento das redes de sensores<br />

sem fio poderá ampliar ainda mais a presença da tecnologia eletrônica no campo. O<br />

uso de instrumentos transmitindo dados via rádio ou via infravermelho no ambiente<br />

agrícola é comum há algumas décadas. Há atualmente várias opções no mercado<br />

de estações climatológicas e de sistemas de automação de irrigação que se utilizam<br />

desses meios de comunicação. A vantagem óbvia é a grande facilidade de<br />

instalação e manutenção de sistemas operando sem fio no campo. Entretanto,<br />

diante das possibilidades de aplicações do que se designou de computação<br />

pervasiva ou sistemas ubíquos, estabelecidos através das redes de sensores sem<br />

fio distribuídos no campo e atravessando as porteiras, os benefícios serão inúmeros.<br />

Se a prática da AP nos modelos atuais permite uma economia potencial de insumos<br />

e menor contaminação ambiental, esse impacto positivo pode ser ainda mais<br />

185


significativo se o controle de processos, como a pulverização, for auxiliado por uma<br />

ampla grade de sensores sem fio monitorando as plantas o solo e o ambiente com<br />

informações espaciais em tempo real.<br />

O desenvolvimento de sistemas de posicionamento global a partir da<br />

utilização de redes neurais, como também o uso de sistemas de informações<br />

geográficas (SIS) e sistemas de posicionamento global (GPS) também tem sido<br />

utilizados na agricultura.<br />

4.4.2.12.2. <strong>Automação</strong> Pecuária<br />

Se forem aplicados os conceitos de <strong>Automação</strong> no processo produtivo agro-<br />

pecuário, pode-se definir automação agrícola como: ―Tecnologia de Informação<br />

aplicada ao setor agrícola e pecuário‖.<br />

No setor pecuário a automação esta sendo cada vez mais utilizada, entre as<br />

diversas aplicações podem-se destacar a análise de imagens <strong>para</strong> quantificação de<br />

gordura de carcaça de suínos, na área de criação de animais.<br />

A automação permite que o produtor identifique e obtenha informações sobre<br />

o rebanho através de transponders, permite um melhor manejo e rastreabilidade dos<br />

animais, controle da sanidade, controle da nutrição, melhor controle do ambiente da<br />

instalação (controle de ventiladores e nebulizadores, automação de sistemas e<br />

sistemas inteligentes de acionamento).<br />

O uso da visão artificial por câmeras e ressonância nuclear magnética tem<br />

sido usado <strong>para</strong> monitorar padrões de crescimento e comportamento animal.<br />

Câmeras já são utilizadas por alguns produtores de animais, no exterior, <strong>para</strong><br />

controlar a rastreabilidade de rebanhos o comportamento dos animais em baias de<br />

crescimento. O comportamento dos mesmos pode indicar variações de temperatura<br />

ambiente, por exemplo, a qual poderá ser alterada pelo criador. Ainda, sensores de<br />

odores podem ser usados <strong>para</strong> monitorar a dispersão de mau-cheiro do criatório.<br />

Isso tem evitado maiores problemas em áreas mais densamente povoadas.<br />

186


4.4.2.12.3. <strong>Automação</strong> da Cadeia Cana-Etanol<br />

O bagaço, o bioproduto do processamento do etanol da fermentação da cana-<br />

de-açúcar, é uma matéria prima altamente promissora <strong>para</strong> produção do bioetanol.<br />

Ela já está disponível no local da agroindústria do etanol, e com a melhoria de<br />

tecnologia de co-geração de energia aumentará a disponibilidade do bagaço. O<br />

bioetanol obtido a partir do bagaço da cana-de-açúcar pode ser obtido no mesmo<br />

local do etanol convencional obtido a partir do açúcar, usando de forma integrada as<br />

unidades de fermentação e destilação, o que diminui custos de produção. O produto<br />

obtido depois da hidrólise pode ser diluído no caldo da cana de açúcar, assim<br />

diminuindo os impactos do potencial inibidor de fermentação.<br />

Considerando a qualidade dos produtos gerados durante a produção do<br />

bioetanol, as variáveis que influenciam a decomposição do açúcar e<br />

consequentemente a produção de inibidores da fermentação (por ex. temperatura,<br />

pressão, pH) devem ser determinadas. Estas variáveis podem mudar <strong>para</strong> cada tipo<br />

de pré-tratamento e processos de hidrólise, e devem ser monitorados e controlados<br />

<strong>para</strong> diminuir os efeitos dos inibidores. Variações na composição do material<br />

influenciarão algumas das variáveis monitoradas/controladas em um processo<br />

industrial (por exemplo, temperatura e pH).<br />

Para identificar equipamentos, instrumentação e automação na produção de<br />

etanol é necessário definir todas as operações dos processos e verificar as variáveis<br />

que influenciam o comportamento do processo, monitorando variáveis de estado em<br />

processos biotecnológicos utilizadas no ajuste da planta de etanol. É uma<br />

promissora área de pesquisa com impacto significativo na indústria biotecnológica, e<br />

que requer um eficiente monitoramento com sensores confiáveis <strong>para</strong> ajustar o<br />

controle dos processos.<br />

Outros aspectos importantes referem-se à modelagem computacional e<br />

integração do processo, análises apropriadas da biomassa, à avaliação da<br />

fermentação semi-sólida, incluindo o desenvolvimento de sensores robustos <strong>para</strong><br />

escala industrial, à geração e disponibilização de dados confiáveis dos processos<br />

agroindustriais <strong>para</strong> permitir a modelagem e simulação, e que inclusive sugerem a<br />

187


criação de uma ampla rede de troca de informações e integração entre os grupos de<br />

pesquisa, como aspecto estratégico <strong>para</strong> avanço no setor.<br />

Para o processo de plantio e colheita da cana de açúcar, a Agricultura de<br />

Precisão (AP) necessita da automação. Tecnologias de sensoriamento remoto,<br />

estratégia de amostragem de solo, usam de GPS e GIS (Sistema de Informação<br />

Geográfico), entre muitos outros estão sendo adaptadas e desenvolvidas <strong>para</strong> o uso<br />

agrícola, como o uso de sensores de refletância observando alguns espectros de luz<br />

tem se mostrado viável <strong>para</strong> identificar níveis de nitrogênio, matéria orgânica,<br />

insetos, plantas invasoras, entre outros, correlacionáveis através de espectroscopia<br />

de luz. Alem de novos instrumentos <strong>para</strong> medir e construir mapa de condutividade<br />

elétrica do solo tem surgindo no mercado.<br />

A utilização de sensores ditos on-the-go são um dos grandes alvos da<br />

indústria e da pesquisa nesta área. A técnica aproveitando o momento das práticas<br />

agrícolas <strong>para</strong> realiza inspeção ou monitoramento da cultura, visando evitar custos<br />

operacionais adicionais. Porém sua aplicação nem sempre é possível, em casos<br />

como monitoramento de pragas, doenças, níveis de nitrogênio na planta e outras<br />

variáveis da área cultivada, torna-se necessário entrar com instrumentos por terra na<br />

cultura dificultando muito a realização de uma amostragem eficiente.<br />

Tem surgido no mercado, serviços de fotografias tanto por satélite como por<br />

aeronaves. Recentemente tem surgido no mercado Veículos Aéreos Não Tripulados<br />

<strong>–</strong> VANT <strong>para</strong> realizar serviços de fotografias <strong>para</strong> setores de construção de obras.<br />

Houve avanços significativos em ultimas décadas. Os vários trabalhos e<br />

contribuições em métodos de sensoriamento remoto possibilitam hoje uma melhor<br />

compreensão de como a refletância e emitância das folhas altera em resposta à<br />

espessura e idade da folha, à espécie da planta, à forma da copa, estado nutricional<br />

e estado hídrico da planta.<br />

A presença da clorofila e sua absorção preferencial em diferentes<br />

comprimentos de onda fornecem a base <strong>para</strong> utilização com plataformas<br />

rádiométricas de banda larga por satélite ou sensores hiperespectrais que medem a<br />

refletância em bandas estreitas. A compreensão da refletância das folhas leva a<br />

diferentes índices vegetativo <strong>para</strong> quantificar diversos parâmetros agronômicos das<br />

188


culturas, por exemplo, a área foliar, cobertura vegetal, biomassa, tipo de cultura,<br />

estado nutricional, e de rendimento. Emitância de dossel é uma medida da<br />

temperatura foliar e os termômetros infravermelhos têm possibilitado criar índices de<br />

estresse de cultura atualmente utilizados <strong>para</strong> quantificar necessidades hídricas.<br />

Para a cultura da cana ainda carece de estudos e de metodologia <strong>para</strong> obtenção da<br />

variabilidade espacial.<br />

O papel da automação tem sido a substituição da mão-de-obra na busca pelo<br />

aumento da eficiência e competitividade. Apesar da existência da busca por<br />

tecnologias inovadoras <strong>para</strong> que cultura da cana mantenha-se competitiva ainda há<br />

espaço significativo <strong>para</strong> que a mecanização na forma mais convencional avance<br />

nas etapas de cultivo, plantio e colheita antes da automação entrar em cena.<br />

Porém, com a Agricultura de Precisão, os erros considerados desprezíveis<br />

frente às grandezas encontrados no campo, tornam-se significativos. Sobreposição<br />

na aplicação de insumos e espaços deixados pelas máquinas começa a ser<br />

contabilizados. Qualidade na operação torna-se mensurável economicamente. Os<br />

processos de monitoramento e medidas no campo tendem a se intensificar e esse<br />

requer uma quantidade de mão-de-obra qualificada pouco disponível no mercado<br />

brasileiro. Há, portanto potencial <strong>para</strong> sensoriamento automatizado.<br />

A automação na nossa realidade tende <strong>para</strong> a busca da qualidade e<br />

minimização de erros. Outro papel importante da Agricultura de Precisão é a<br />

economia de insumo. A aplicação de insumos à taxa variada pode ser realizada<br />

desde que haja máquinas automatizadas que possam aplicar de acordo com mapa<br />

de recomendação ou indicada por um sensor ―on-the-go‖.<br />

A adoção da Agricultura de Precisão requer uma mudança de postura na<br />

gestão e passar a observar a variabilidade como um dos elementos a ser<br />

considerado e gerenciado. Essa postura é considerada por muitos como uma<br />

mudança natural de <strong>para</strong>digma, porém essa mudança exige comprometimento e<br />

muito investimento. Não se faz um investimento se o retorno for considerado incerto<br />

ou se o momento não for adequado. Ainda estão sendo exploradas as<br />

oportunidades e o potencial de retorno <strong>para</strong> essa cultura. A pesquisa deve ainda<br />

aprofundar e apresentar soluções criativas e aplicáveis.<br />

189


Com o advento da AP trouxe consigo uma quantidade relativamente grande<br />

de instrumentos eletrônicos quer seja <strong>para</strong> auxiliar na navegação, quer seja na<br />

aplicação de insumos.<br />

A tecnologia de eletrônica embarcada em máquinas agrícolas tem se evoluído<br />

de forma muito intensa no vácuo de outros setores. O poder computacional<br />

disponibilizado às novas máquinas permite realizar operações agrícolas integradas<br />

ao Sistema de Informação da empresa. Tratores e implementos com conexão<br />

eletrônica intercambiável e com reconhecimento automático das funções ativas<br />

poderá ser instrumentos comum de série. Porém o que se observa é a solução<br />

proprietária de fabricante resultado de esforços próprios <strong>para</strong> atender à demanda.<br />

Geraram-se então equipamentos e formatos de arquivo não compatíveis.<br />

A conexão on-line com máquinas de diferentes fabricantes no campo tornaria<br />

possível a realização de operações coordenadas em tempo real, reduzindo tempos<br />

improdutivos, eliminando custos desnecessários e trazendo o aumento da eficiência.<br />

Isso somente é possível se houver um padrão único de comunicação. Com essa<br />

abordagem, o protocolo ISO 11783 está sendo elaborado. O potencial de uso do<br />

padrão é real, pois agrega interesses de toda cadeia.<br />

Assim uma série de oportunidades existe nas aplicações da agricultura de<br />

precisão na cadeia cana-etanol, como:<br />

Amostragens e monitoramento de solos e plantas;<br />

Utilização de imagens;<br />

Monitoramento na colheita com o uso de monitores de quantidade e<br />

qualidade da cana;<br />

Intervenções na lavoura, como por exemplo, nas aplicações de insumos<br />

sólidos e líquidos;<br />

No cultivo, o que inclui projetos de novas máquinas;<br />

Utilização de piloto automático com planejamento de percurso;<br />

Utilização de recursos matemáticos e computacionais <strong>para</strong> utilizar toda<br />

informação;<br />

Avaliações ambientais;<br />

Utilização e aplicação de resíduos agrícolas e agroindustriais;<br />

190


Desenvolvimento de sensores e ferramentas <strong>para</strong> rastreamento;<br />

Desenvolvimento do ISOBUS como aspecto fundamental <strong>para</strong> ampliar a<br />

versatilidade na utilização dos equipamentos de diferentes marcas;<br />

<strong>Automação</strong> da irrigação em cana, necessária em várias regiões do Brasil; e<br />

Sensores <strong>para</strong> plantadoras.<br />

4.4.2.12.4. <strong>Automação</strong> da Logística de Produção de Cana-Etanol<br />

A questão da logística é fundamental na produção do etanol e uma série de<br />

possibilidades <strong>para</strong> a instrumentação e automação existe, incluindo ações em<br />

parceria entre instituições públicas e iniciativa privada. Por exemplo, o<br />

monitoramento de frotas nas Usinas, através de telemetria, com comunicação em<br />

tempo real, é uma alternativa concreta, especialmente considerando que o preço da<br />

informação via satélite ainda apresenta custo relativamente elevado.<br />

A busca de alternativa <strong>para</strong> armazenamento da cana antes de entrar na<br />

agroindústria é outra possibilidade a ser avaliada, <strong>para</strong> evitar os congestionamentos<br />

e demora da entrada da matéria prima <strong>para</strong> processamento imediato, o que traz<br />

prejuízos e perda de eficiência nas Usinas.<br />

Também existem oportunidades de incorporações de sensores nas máquinas<br />

<strong>para</strong> ações preventivas. Finalmente o transporte de palhas representa desafio<br />

presente <strong>para</strong> a logística.<br />

Também como contribuição <strong>para</strong> a logística, a Embrapa Solos liderou trabalho<br />

de zoneamento agroecológico <strong>para</strong> a expansão da cana-de-açúcar <strong>para</strong> todo o<br />

Brasil, levando em conta somente áreas passíveis de mecanização com colheita e<br />

sem queima, ou seja, áreas com declividades inferiores a 12%.<br />

Conforme relatado uma série de oportunidades e desafios <strong>para</strong> a<br />

Instrumentação e <strong>Automação</strong> nas diferentes atividades agrícolas e agroindustriais da<br />

cadeia cana-etanol existem. Considerando a tendência de evolução cada vez maior<br />

das atividades relacionadas à produção do etanol evoluir, inclusive com a<br />

internacionalização da produção e uso do biocombustível, uma plataforma de<br />

pesquisa e inovação em instrumentação e automação <strong>para</strong> agroenergia seria<br />

fundamental e poderia, em futuro próximo, ser articulada e implementada.<br />

191


4.4.2.12.5. <strong>Automação</strong> do Setor de Gás Natural<br />

A utilização do gás natural apresenta muitas vantagens econômicas, mas sua<br />

maior contribuição é diretamente na melhoria dos padrões ambientais. Suas<br />

principais aplicações são as seguintes:<br />

a) Residencial e comercial: cozimento, aquecimento de água, calefação (em<br />

regiões de clima frio), entre outros;<br />

b) Industrial: combustível <strong>para</strong> fornecimento de calor, geração de eletricidade<br />

e de força motriz matéria-prima nos setores químico, petroquímico e de<br />

fertilizantes redutor siderúrgico na fabricação de aço; e<br />

c) Automotivos: combustível <strong>para</strong> veículos leves e pesados.<br />

Nesta área muitos trabalhos de <strong>Automação</strong> Industrial vêm sendo<br />

desenvolvidos com o apoio da Petrobras através da Gaspetro voltadas <strong>para</strong> defesa<br />

do meio ambiente, e com objetivo de oferecer a melhor alternativa energética de<br />

hoje e do futuro - um combustível versátil, econômico e limpo que será<br />

disponibilizado em escala compatível com a demanda de modo a alavancar o Brasil<br />

rumo à modernidade energética, destacando-se:<br />

a) Pesquisa Básica: desenvolvimento de sistemas integrados de simulação,<br />

supervisão e controle da operação de distribuição de gás natural em<br />

dutos, composto de software inteligente com interface gráfica e hardware<br />

microcontrolado com transmissão de dados via cabo ou ethernet, de baixo<br />

custo e alto valor tecnológico agregado que auxilie desde a etapa de<br />

projeto de uma malha de distribuição ao monitoramento e controle em<br />

tempo real do escoamento do gás natural nos dutos.<br />

b) Pesquisa Aplicada: desenvolver soluções tecnológicas de válvula de<br />

controle de pulso e seu acoplamento a um módulo pré-pago <strong>para</strong> ser<br />

disponibilizado aos consumidores residenciais de gás natural;<br />

c) Desenvolvimento de Novos Equipamentos e Tecnologia:<br />

implementação de módulo único de processamento e controle do fluxo de<br />

gás natural, microcontrolado, com leitor de cartão indutivo e válvula<br />

192


solenóide de dois estágios com controle por pulso (restritor de vazão) <strong>para</strong><br />

ser acoplado a medidor de gás; e<br />

d) Implantação do Produto Final: Desenvolver fornecedores <strong>para</strong> implantar<br />

soluções de processamento e controle do fluxo de gás natural, em escala<br />

industrial, a ser aplicado <strong>para</strong> diferentes classes de consumidores.<br />

4.4.2.12.6. <strong>Automação</strong> da Indústria Farmacêutica<br />

Normalmente, aplicações na indústria farmacêutica utilizam soluções na área<br />

de automação de processos contínuos e discretos, incluindo serviços desde o<br />

projeto elétrico até o start-up das unidades, possuindo protocolos padronizados pela<br />

indústria farmacêutica, sistemas validáveis e sistemas de tecnologia de automação,<br />

voltados ao aspecto gerencial das plantas controláveis.<br />

A cadeia produtiva da indústria farmacêutica inclui as diferentes etapas que<br />

cada vez mais necessitam de um alto grau de automação. Essas etapas<br />

correspondem ao recebimento de produtos de base, armazenamento de insumos,<br />

dispensação, produção, embalagem, armazenagem de produto acabado e<br />

expedição, onde os principais atores desse processo são: Produção, Farmácias,<br />

Distribuição, Armazenagem e Hospitais.<br />

A automação do setor de distribuição de medicamentos é o ponto final dessa<br />

cadeia, que é a atividade comercial que consiste no abastecimento, realização ou<br />

fornecimento de produtos destinados à transformação, revenda ou utilização em<br />

serviços médicos, unidades de saúde e farmácia, excluindo o fornecimento ao<br />

público.<br />

4.4.2.12.7. <strong>Automação</strong> de Sistemas de Irrigação<br />

Nos últimos anos, a automação de sistemas de irrigação vem sendo<br />

implantada de forma intensiva, principalmente em função do surgimento de técnicas<br />

apropriadas que vem acompanhando a modernização crescente da agricultura e<br />

abertura do mercado brasileiro às importações, principalmente com relação à<br />

irrigação localizada, liderada por empresas americanas, israelenses e européias.<br />

A necessidade da busca da otimização dos recursos produtivos, da<br />

competitividade no mercado produtivo, da necessidade de aumento de produtividade<br />

193


e redução de custos, leva a uma tendência de adoção de tecnologias capazes de<br />

tornar a exploração cada vez mais competitiva e rentável. A automação de sistemas<br />

de irrigação se faz necessária não somente pela possibilidade de diminuição dos<br />

custos com mão-de-obra, mas principalmente por necessidades operacionais, tais<br />

como irrigação de grandes áreas no período noturno.<br />

itens:<br />

As principais vantagens da automação de sistemas de irrigação os seguintes<br />

Diminuição de mão-de-obra;<br />

Irrigações noturnas sem necessidade de acompanhamento;<br />

Redução da potência de acionamento e custo de bombeamento;<br />

Precisão nos tempos e turnos de irrigação; e<br />

Eficiência na aplicação de água.<br />

4.4.3. Empresas<br />

No Anexo IV deste panorama é apresentada a relação das principais<br />

empresas que atuam no segmento de <strong>Automação</strong> Industrial, cadastradas na<br />

ABINEE, e seus produtos.<br />

4.4.4. Principais Produtos<br />

No Anexo V deste panorama é apresentada a relação dos produtos nacionais<br />

do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial, cadastrados na ABINEE.<br />

No Apêndice IV é apresentada uma descrição sucinta dos principais produtos<br />

do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial.<br />

4.4.5. Marco Regulatório<br />

O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é regido por normas especificas <strong>para</strong><br />

equipamentos de <strong>Automação</strong> <strong>para</strong> utilização em diferentes ambientes, com<br />

destaque a áreas explosivas, sendo os mesmos classificados <strong>para</strong> aplicações nas<br />

indústrias petroquímicas, produção de petróleo e gás, naval e offshore.<br />

194


4.4.5.1. Instalação de Equipamentos em Plantas Industriais<br />

Ao se instalar sistemas elétricos, de instrumentação ou de automação em<br />

uma planta de processamento petroquímica, ou em um local onde possam estar<br />

presentes produtos inflamáveis, as medidas de proteção tomadas e o grau de<br />

proteção que elas conferem dependem do risco potencial envolvido. O estudo de<br />

classificação de áreas tem por finalidade mapear e determinar as extensões e<br />

abrangências das áreas que podem conter misturas explosivas e,<br />

consequentemente permitir a posterior especificação de equipamentos e sistemas<br />

adequados <strong>para</strong> cada tipo de área classificada.<br />

Embora varie conforme as normas adotadas em cada país, classificação de<br />

áreas sempre é feita em função do tipo de material inflamável presente e da<br />

probabilidade de sua presença em concentrações que tornem explosiva sua mistura<br />

com o ar. As áreas da planta de processamento são classificadas na fase inicial do<br />

projeto, envolvendo principalmente a especialidade de processo, a partir das<br />

informações relativas a dados, tais como a pressão, a concentração e o inventário<br />

dos diversos produtos combustíveis presentes no processamento da planta. A partir<br />

deste estudo de classificação de áreas, deve ser assegurado que a especificação e<br />

instalação dos equipamentos atendam às exigências da área, em conformidade com<br />

as respectivas Normas aplicáveis.<br />

Um plano de classificação de áreas é um grupo de documentos que fornecem<br />

informações sobre as áreas que contenham ou possam conter atmosferas<br />

potencialmente explosivas de uma planta de processamento químico. Este grupo de<br />

documentos compreende desenhos de plantas e elevações com as extensões das<br />

áreas classificadas, lista de dados de processos sobre as substâncias inflamáveis,<br />

lista dos dados das fontes de risco, e nos casos de espaços fechados, informações<br />

pertinentes ao projeto de ventilação e de ar-condicionado, os quais possam afetar a<br />

classificação ou a extensão das áreas classificadas.<br />

Os documentos do plano de classificação de áreas de uma instalação<br />

industrial constituem de um grupo de desenhos que mostram, em escala, o arranjo<br />

completo das instalações industriais da planta, mostrando as marcações das<br />

extensões das áreas classificadas. Estas extensões e tipos de áreas classificadas<br />

devem ser definidos com base nas informações contidas nas listas de dados de<br />

195


processo das substâncias inflamáveis e nas fontes de risco, <strong>para</strong> todas as<br />

instalações existentes.<br />

O plano de classificação de áreas deve ser elaborado com base na obtenção<br />

de informações referentes às características do processo e da planta. Para esta<br />

finalidade, adicionalmente às recomendações técnicas prescritas nas normalizações<br />

sobre classificações de áreas, devem ser consultados profissionais da respectiva<br />

planta, representantes especialistas das seguintes disciplinas:<br />

Engenharia de processo;<br />

Operação;<br />

Manutenção e da inspeção de equipamentos;<br />

Projeto (tubulação, caldeiraria, mecânica, elétrica e instrumentação); e<br />

Segurança industrial.<br />

Sempre que possível, um grupo multidisciplinar, formado por profissionais<br />

representantes destas áreas, deve ser designado <strong>para</strong> os serviços de elaboração da<br />

documentação requerida pelo plano de classificação de áreas.<br />

Os planos de classificação de áreas elaborados em bases preliminares, ou<br />

seja, em fases de projeto básico, devem conter notas indicando claramente que toda<br />

a documentação foi emitida somente como base de referência e não são válidas<br />

<strong>para</strong> a operação da planta. Nestas situações, toda a documentação do plano de<br />

classificação de área deve ser revisada de acordo com os dados reais e certificados<br />

de processo e de arranjo físico dos equipamentos, durante a fase de detalhamento<br />

do projeto.<br />

4.4.5.2. Princípios de segurança na classificação de áreas<br />

Instalações onde os materiais inflamáveis são manuseados ou armazenados<br />

devem ser projetadas, operadas e mantidas de modo que qualquer liberação de<br />

material inflamável e, consequentemente, a extensão da área classificada seja a<br />

menor possível, seja em operação normal ou com relação à frequência, duração e<br />

quantidade. É importante examinar as partes de equipamentos em processo e<br />

sistemas, os quais possam liberar material inflamável, e considerar modificações do<br />

projeto <strong>para</strong> minimizar a probabilidade e frequência de liberação, quantidade e a<br />

196


taxa de liberação de material. Em caso de atividades de manutenção, exceto<br />

aquelas de operação normal, a extensão da zona pode ser afetada, mas é esperado<br />

que esta seja controlada por uma sistemática de permissão de trabalho.<br />

Os seguintes passos devem ser seguidos em uma situação que possa haver<br />

uma atmosfera explosiva de gás:<br />

a) eliminar a probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás<br />

ao redor da fonte de ignição; ou<br />

b) eliminar a fonte de ignição.<br />

Se estas medidas não forem possíveis de ser executadas, medidas de<br />

proteção, equipamentos de processo, sistemas e procedimentos devem ser<br />

selecionados e pre<strong>para</strong>dos de tal modo que a probabilidade de ocorrência<br />

simultânea dos eventos a e b acima seja a menor possível. Tais medidas podem ser<br />

usadas, independentemente, se elas forem reconhecidas como sendo altamente<br />

confiáveis, ou em combinação, <strong>para</strong> atingir um nível equivalente de segurança.<br />

4.4.5.3. Objetivos da classificação de áreas<br />

A classificação de áreas é um método de análise e classificação do ambiente<br />

onde possa ocorrer uma atmosfera explosiva, de modo a facilitar a seleção<br />

adequada e instalação de equipamentos a serem usados com segurança em tais<br />

ambientes, levando em conta os grupos de gás, assim como as respectivas classes<br />

de temperatura.<br />

Na maioria dos locais onde os produtos inflamáveis são utilizados, é difícil<br />

assegurar que jamais ocorrerá a presença de uma atmosfera explosiva. Pode<br />

também ser difícil assegurar que os equipamentos jamais se constituirão em fontes<br />

de ignição. Entretanto, em situações onde exista uma alta probabilidade de<br />

ocorrência de uma atmosfera explosiva, a confiabilidade é obtida pelo uso de<br />

equipamentos que tenham uma baixa probabilidade de se tornarem fontes de<br />

ignição. Por outro lado, onde houver uma baixa probabilidade de ocorrência de uma<br />

atmosfera explosiva, podem-se utilizar equipamentos construídos com base em<br />

normas industriais de aplicação geral.<br />

197


4.4.5.4. Normas e Regulamentações<br />

Atualmente, no Brasil, os projetos de classificação de áreas são normalmente<br />

elaborados baseando-se na Norma ABNT: NBR IEC 60079-10 e em guias de<br />

aplicação específicos, estabelecidos na normalização interna das próprias empresas<br />

químicas ou petroquímicas. Tais guias de aplicação ou normas internas de<br />

classificação de áreas são elaboradas com base nas características de seus<br />

processos produtos, nas características dos produtos manipulados (explosões,<br />

volume dos inventários, níveis de pressão, temperatura e vazão) e nos arranjos de<br />

suas instalações (ao tempo ou no interior de prédios fechados). Normalmente tais<br />

guias de aplicação contêm figuras típicas de classificação de áreas, com<br />

determinação das extensões das áreas classificadas ao redor de fontes de risco,<br />

equipamentos ou instalações típicas de seu processo produtivo.<br />

O NEC (National Electric Code), em artigo 500 a partir do ano de 1996,<br />

também passou a incorporar a designação de Zonas e de Grupos <strong>para</strong> os estudos<br />

de classificação de áreas. Até então, a designação utilizada baseava-se em critérios<br />

diferentes <strong>para</strong> a identificação de Divisões e Grupos. As Divisões eram denominadas<br />

de Divisão 1 (equivalente à Zona 1 da IEC) e Divisão 2 (equivalente à Zona 2 da<br />

IEC). Os Grupos eram subdivididos em Grupos A, B (equivalente ao Grupo IIC da<br />

IEC), Grupo C (equivalente ao Grupo IIB da IEC) e Grupo D (equivalente ao Grupo<br />

lIA da IEC).<br />

Também a Norma API 505 <strong>–</strong> American Petroleum Institute - Recommended<br />

Practice for Classification of Locations for Electrical Installations at Petroleum<br />

Facilities passou a incorporar a definição de zonas em seus procedimentos de<br />

classificação de áreas, a partir de 1997. Apesar das alterações ocorridas no NEC e<br />

no API, alinhando-se com os as nomenclaturas internacionais da IEC sobre<br />

classificação de áreas, ainda hoje podem ser encontrados projetos com a<br />

terminologia antigamente utilizada nas normas norte-americanas, seja na<br />

documentação de projetos antigos ou na documentação de equipamentos<br />

importados dos EUA (BULGARELLI, 2006).<br />

Uma relação das principais normas técnicas utilizadas no setor é apresentada<br />

nos Apêndices II e III.<br />

198


4.4.5.5. GT Ex - Atmosferas Explosivas<br />

Grupo de trabalho composto por empresas dos segmentos de <strong>Automação</strong><br />

Industrial e material elétrico de instalação, onde essas empresas possuem produtos<br />

certificados de acordo com SBAC - Sistema Brasileiro de Avaliação da<br />

Conformidade. As seguintes empresas fazem parte atualmente desse grupo: ABB,<br />

Alpha, Blinda, Bknav, Conex, Coester, Conexel, Consistec, Honeywell, Engro,<br />

Invensys, Kap, Lince, Lumens Phoenix Contact, Rockwell Automation, Schneider,<br />

Schmersal, Sense, Setha, SEW, Siemens, WEG e Yokogawa.<br />

Este grupo tem como principal objetivo apoiar a certificação compulsória<br />

implantando a certificação com inspeção dos fabricantes antes mesmo da Europa<br />

defendendo a fiscalização das instalações até culminar na publicação da NR-10<br />

incentivando a certificação de profissionais Ex.<br />

4.4.5.5.1. Principais Atribuições<br />

Apoiar a certificação Ex nacional;<br />

Disseminar informações sobre o mundo Ex;<br />

Contribuir na elaboração das políticas Ex;<br />

Compor as comissões de certificação dos OCPs;<br />

Avaliar os impactos da regulamentação Ex;<br />

Orientar empresas sobre normas e políticas Ex;<br />

Defender os interesses das empresas; e<br />

Divulgar as regulamentações Ex aos usuários.<br />

4.4.5.5.2. Principais Produtos<br />

Material elétrico instalação (caixas, prensa-cabos, acessórios);<br />

Iluminação industrial (luminárias);<br />

Sensores (proximidade, nível, vazão, temperatura);<br />

Atuadores (válvulas, conversores, acionadores);<br />

Equipamentos especiais (analisadores, medidores);<br />

Equipamentos de automação (PLCs, controladores, instrumentação);<br />

Equipamentos de comando (CCMs, partidas); e<br />

Motores elétricos.<br />

199


4.4.5.5.3. Regulamentação Ex<br />

Contribuir <strong>para</strong> a evolução do Programa Brasileiro de Avaliação da<br />

Conformidade - PBAC, sem inviabilizar o mercado produtor e consumidor;<br />

Aumentar a segurança das instalações;<br />

Apoiar e acompanhar a atualização das normas técnicas;<br />

Incentivar o desenvolvimento e atualização de produtos;<br />

Esclarecer as regras de certificação ao mercado; e<br />

Inibir a comercialização de produtos de origem duvidosa.<br />

4.4.5.5.4. Vantagens da Nova Regulamentação Ex<br />

a) DIPQ <strong>–</strong> Declaração de Importação de Produtos Ex<br />

Viabilizar o mercado consumidor proporcionando aos usuários a<br />

flexibilidade de poder utilizar equipamentos de reposição e produtos<br />

diferenciados não certificados no SBAC devido abaixa demanda;<br />

Coibir abusos por meio de restrições seletivas de produtos e de<br />

quantidades; e<br />

Viabilizar as inspeções nas plantas com a implantação do selo DIPQ<br />

implementado pelos próprios OCPs, que podem inspecionar os produtos.<br />

b) Produtos marcados Ex destinados às áreas não classificadas<br />

Visando reduzir as variações de produtos, muitos fabricantes mundiais<br />

disponibilizam somente as versões Ex;<br />

Muitos destes produtos não viabilizam a certificação brasileira, pois o<br />

nicho de aplicação não se justifica;<br />

Ainda devido a diferenças de certificação adotadas em alguns países,<br />

produtos <strong>para</strong> Zona 2 podem ser auto declarados, disseminando a<br />

marcação em uma grande variedade de produtos;<br />

A nova regulamentação possibilita a utilização destes produtos <strong>para</strong><br />

aplicações em áreas Não Classificadas;<br />

A regra atual penaliza a grande maioria destes produtos, pois sua<br />

aplicação usual não é em atmosferas potencialmente explosivas;<br />

200


O logotipo INMETRO, o logotipo do OCP e a marcação BR Ex são<br />

condições obrigatórias <strong>para</strong> a utilização em atmosferas potencialmente<br />

explosivas; e<br />

Usuários cada vez mais esclarecidos exigindo o certificado de<br />

conformidade INMETRO dos produtos Ex, <strong>para</strong> compor o prontuário das<br />

instalações elétricas, sob pena de fiscalização do MTE (NR 10).<br />

4.4.5.6. Área de Refino<br />

Na área de refino o processo requer muitos e complexos controles, diferentes<br />

da área de exploração, onde a instrumentação <strong>para</strong> o refino é muito mais ligada ao<br />

controle e a otimização dos processos. Uma das diferenças com as tecnologias<br />

utilizadas no setor de exploração e produção é que o refino possui muitas malhas de<br />

controle e unidades de processos mais complexas o que limita um pouco o uso dos<br />

PLCs com supervisórios, que dão maior flexibilidade, utilizando SDCDs <strong>para</strong> apurar<br />

mais o controle das unidades e opera-se com muitas IHMs.<br />

De qualquer modo, têm-se muitas tecnologias semelhantes às utilizadas no<br />

setor de Energia e Petróleo, mas com visões diferentes. Os sistemas de<br />

transferência de custódia, por exemplo. ―O E&P faz medição fiscal <strong>para</strong> efeitos de<br />

impostos e royalties; no refino, a medição tem seu foco no faturamento aos clientes<br />

internos e externos, pois não se quer entregar menos que o comprado‖. As estações<br />

de medição fiscal das refinarias basicamente usam medidores tipo turbina e<br />

provadores. Só mais recentemente o refino começou a avaliar medidores ultra-<br />

sônicos.<br />

A área de refino é muito próxima à de qualquer indústria petroquímica porque<br />

possui tanques de estocagem, utilizando medidores de nível de tanques, além de<br />

outros processos, tais como tratamento de água, tratamento de efluentes, entre<br />

outros. A refinaria também compra energia elétrica, gera energia elétrica, ar<br />

comprimido <strong>para</strong> uso do processo e <strong>para</strong> instrumentação. No caso da Petrobras, a<br />

interface com as outras áreas, tais como financeira, pessoal, contratação compras,<br />

entre outras ficam por conta do software, utilizada por todo o sistema Petrobras. A<br />

troca de informações de processo acontece, mesmo, em grande volume, entre as<br />

plantas dentro de cada Unidade, existindo interações off site com clientes <strong>–</strong> via<br />

Canal Cliente, um sistema especial, parte da Intranet da estatal, utilizado <strong>para</strong><br />

201


agendar a compra, o carregamento de caminhões e a transferência de produtos,<br />

interagindo também de forma on-line nas pontas dos dutos da Transpetro,<br />

integrando os sistemas de automação.<br />

Segundo a equipe da gerência de tecnologia de automação, instrumentação e<br />

elétrica, da área de abastecimento, os desafios das novas unidades de processo na<br />

área de instrumentação do refino estão muito ligados às melhorias da qualidade de<br />

combustíveis <strong>–</strong> visando adequar-se aos crescentes demandas na área de meio<br />

ambiente e <strong>para</strong> aumentar a competitividade do negócio, utilizando ainda a<br />

automação como aliada nesse processo. Em função das demandas do negócio, a<br />

área de refino é um celeiro de desafios <strong>para</strong> a automação e instrumentação,<br />

desenvolvendo soluções no projeto de novas refinarias, projetos novos em<br />

combustíveis alternativos e voltados a adaptação das unidades de refino <strong>para</strong><br />

processamento de óleos pesados, o que demanda tecnologias específicas como<br />

uma nova tecnologia <strong>para</strong> a medição de nível de dessalgadoras, por exemplo.<br />

4.4.5.6.1. Instalações Elétricas e <strong>Automação</strong> de uma Unidade Industrial<br />

O processo de regularização das instalações elétricas e automação de uma<br />

unidade industrial classificada são baseados na norma NBR IEC 60079-14, que se<br />

refere aos equipamentos com proteções necessárias <strong>para</strong> se trabalhar em área<br />

classificada (tipo Ex). Assim, deverá possuir documentos de Classificação de áreas,<br />

e também uma inspeção das áreas, onde serão relatadas as não conformidades,<br />

baseadas na norma de Inspeção NBR IEC 60079-17, verificando se os<br />

equipamentos estão de acordo com o tipo de zoneamento, Zona 0, Zona 1 e Zona 2,<br />

referente a produtos inflamáveis, ou Zona 20, Zona 21 e Zona 22, referentes a<br />

poeiras combustíveis e também se a instalação do mesmo foi executada da forma<br />

adequada conforme norma citada.<br />

Existem muitos tipos de proteção de equipamentos elétricos e eletrônicos Ex<br />

certificados, <strong>para</strong> determinado tipo de zona, como: Ex-d, à prova de explosão; Ex-e,<br />

segurança aumentada; Ex-p, pressurizado; Ex-i, segurança intrínseca; Ex-n, não<br />

acendível; Ex-o, imerso em óleo; Ex-m, encapsulado, Ex-q, imerso em areia; por<br />

isso é necessária a especificação correta do equipamento <strong>para</strong> a área a ser<br />

instalada.<br />

202


Na classificação de áreas se conhece o grupo de gases de nossa área e<br />

também a temperatura de auto-ignição, estes itens são muito importantes <strong>para</strong> se<br />

especificar os equipamentos adequados, além de que é compulsória a certificação<br />

deles. O laudo de inspeção das instalações, segundo a norma citada NBR IEC<br />

60079-17 obtêm-se as não conformidades em relação às áreas classificadas, ou<br />

seja, vários itens referentes à falta de equipamentos, equipamentos inadequados ao<br />

tipo de Zoneamento, tipo de instalação inadequada. Com esse laudo podem-se<br />

providenciar as correções, adquirindo o equipamento correto e certificado, e fazendo<br />

a instalação adequada. Existem muitos casos, onde a empresa adquire o<br />

equipamento correto, porém em uma inspeção nota-se a instalação inadequada do<br />

mesmo, não conforme normas.<br />

O processo de regularização de uma unidade industrial deverá ser feito por<br />

um profissional qualificado e habilitado. Os profissionais Ex deverão ter<br />

conhecimento de normas, e experiência com esse tipo de instalação e automação<br />

em áreas classificadas. Toda essa exigência origina-se da versão da NR 10, que<br />

ratifica o compromisso das empresas em normalizar sua situação elétrica, estimula a<br />

regularização de equipamentos de áreas classificadas e exige que as empresas se<br />

preocupem mais com a segurança dos seus funcionários e patrimônio.<br />

Instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de<br />

incêndio ou explosões devem adotar dispositivos de proteção, como alarme e<br />

seccionamento automático, <strong>para</strong> prevenir sobre-tensões, sobre-correntes, falhas de<br />

isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação,<br />

consequentemente as empresas deverão fazer a regularização <strong>para</strong> a obtenção do<br />

Certificado das instalações elétricas em áreas classificadas, que será parte do<br />

Prontuário da NR-10, juntamente com o <strong>Estudo</strong> de Classificação de áreas.<br />

4.4.5.7. Atmosferas Explosivas<br />

As normas brasileiras sobre atmosferas explosivas são elaboradas pelo<br />

Subcomitê SC-31 (Atmosferas Explosivas) do COBEI - Comitê Brasileiro de<br />

Eletricidade, <strong>Eletrônica</strong>, Telecomunicações e Iluminação, constituídas de cerca de<br />

60 profissionais envolvidos em equipamentos e instalações elétricas em atmosferas<br />

explosivas, representantes de cerca de 40 empresas nas áreas de consultoria,<br />

projeto, instalação, fabricação, laboratórios de ensaios, Organismos de Certificação<br />

203


acreditados pelo Inmetro, seguradoras, órgãos de classe, indústria siderúrgica, e<br />

empresas das áreas químicas, petroquímicas e da indústria do petróleo, usuárias de<br />

equipamentos e de instalações em atmosferas explosivas de gases, vapores,<br />

névoas ou poeiras explosivas, cujo objetivo é elaborar e manter as normas<br />

brasileiras referentes aos equipamentos e instalações onde exista o risco devido à<br />

possibilidade de presença de atmosferas explosivas de gases, vapores, névoas ou<br />

poeiras combustíveis empresas. A principal missão desse Subcomitê é a elaboração<br />

de Normas Brasileiras, baseadas em texto condensado pelos integrantes do grupo,<br />

no formato ABNT/NBR-IEC referentes aos equipamentos e instalações Ex,<br />

equivalente à respectiva norma internacional IEC, onde exista o risco devido à<br />

possibilidade de presença de atmosferas explosivas de gases, vapores, névoas<br />

inflamáveis ou poeiras combustíveis, acompanhando a elaboração e participando da<br />

evolução das respectivas normas técnicas internacionais elaboradas pelo TC-31 da<br />

IEC.<br />

O Subcomitê SC-31 possui atualmente uma carteira de trabalho de 35<br />

normas, entre projetos de novas normas e de manutenção das já publicadas e<br />

atualizadas através de novas edições. Nesta série de Normas encontram-se as de<br />

procedimentos de classificação de áreas, de instalação, inspeção, manutenção,<br />

reparo e revisão de equipamentos e instalações, especificações técnicas de<br />

produtos, especificação e ensaios de graus de proteção de invólucros, definição das<br />

características técnicas dos tipos de proteção e procedimentos de ensaios e de<br />

desempenho dos produtos. Seguindo a tendência normativa mundial dos países<br />

membros da IEC, incluindo o Brasil, as Normas que envolvem certificação de<br />

produtos e de instalações Ex são Normas equivalentes IEC.<br />

Esta política de normalização tem por objetivo harmonizar as Normas<br />

Nacionais de cada país com a normalização Internacional, de forma a padronizar os<br />

procedimentos de projeto, ensaios, marcação, certificação, classificação de áreas,<br />

instalação, inspeção, manutenção, reparos e revisão de equipamentos e instalações<br />

Ex. Desta forma, as normas que são elaboradas pelo Subcomitê SC-31 são normas<br />

do tipo equivalente NBR IEC, ou seja, são normas harmonizadas com as respectivas<br />

normas da IEC, sem desvios.<br />

204


Sempre que o Brasil tem propostas de melhorias às normas Ex existentes, as<br />

mesmas são enviadas <strong>para</strong> análise pelo TC-31, <strong>para</strong> incorporação nas normas<br />

internacionais da IEC, de forma que tais comentários são também incorporados<br />

pelas respectivas normas equivalentes NBR IEC. O Subcomitê SC-31 encontra-se<br />

subdividido em seis Comissões de <strong>Estudo</strong> (CE), organizadas por temas e por áreas<br />

de especialização técnica, de forma a otimizar a participação dos profissionais e<br />

empresas envolvidas nos trabalhos.<br />

4.4.5.7.1. Equipamentos e Produtos específicos<br />

Existem empresas com propósito especifico de comercializar produtos <strong>para</strong><br />

as áreas de automação e eletricidade destinadas a utilização em atmosferas<br />

potencialmente explosivas, dispondo de uma linha completa de produtos <strong>para</strong><br />

medição de vazão de líquidos e gases com eletrônica local e remota. Estas<br />

empresas devem ser formadas por profissionais experientes e com um a estrutura<br />

treinada <strong>para</strong> os serviços de assistência técnica pós-vendas, com atendimento<br />

diferenciado e sempre atualizado em termos de tecnologias disponíveis no mundo,<br />

que possam proporcionar a modernização de plantas industriais otimizando a<br />

relação custo-benefício das instalações.<br />

Pode-se citar como exemplo de equipamentos as Unidades Remotas <strong>para</strong><br />

Zona 1, um equipamento extremamente versátil, confiável e com protocolo de<br />

comunicação totalmente aberto, Redes de Campo; Interfaces <strong>para</strong> controle na Zona<br />

1 e Zona 2; Painéis pressurizados; Equipamentos de pressurização; Medidores de<br />

vazão; Válvulas solenóides; Controles Aeronáuticos; Quadros de distribuição de<br />

força <strong>para</strong> Zona 1 e Zona 2; Equipamentos Elétricos <strong>para</strong> Zona 1 e Zona 2.<br />

4.4.5.7.2. Certificação INMETRO<br />

requisitos:<br />

Para certificação INMETRO esses produtos devem atender os seguintes<br />

Comprovar que o equipamento fabricado ou fornecido <strong>para</strong> uso em área<br />

potencialmente explosiva está em conformidade com as normas brasileiras;<br />

Exigência legal e Obrigatória (Portaria 176 de 17.07.2000):<br />

205


1. Exige que a partir de 2001 todos os equipamentos elétricos <strong>para</strong> áreas<br />

classificadas ostentem a identificação da Certificação do Sistema<br />

Brasileira de Certificação (SBC);<br />

2. Mantém a certificação compulsória salvo as exceções previstas<br />

(pequena quantidade, squid mounted);<br />

3. Define a Norma do INMETRO NIE DINQP 096 fev/00 como regra<br />

específica <strong>para</strong> a certificação de equipamentos elétricos <strong>para</strong><br />

atmosferas explosivas (hoje Portaria 083 de 03/Abr/2006):<br />

Ensaio de tipo;<br />

Avaliação do sistema de qualidade; e<br />

Determina que a certificação se baseie nas normas IEC a partir de<br />

maio 2004.<br />

Conforme a Portaria 598 e pela própria NR 10 e também pela Portaria 126<br />

de 03/06/2005 e NR28 e NR 03 as quais se estabelecem critérios de multa,<br />

embargo e interdição, respectivamente.<br />

4.4.5.7.3. Equipamentos, Produtos e Serviços<br />

Os principais produtos utilizados específicos em atmosferas explosivas são os<br />

seguintes: Conectores Elétricos, Módulos de <strong>Automação</strong>, Caixa de Passagem e<br />

distribuição, Unidade de Controle de Pressão (Ex p), Estações de Controle e<br />

Comando, Terminais de Visualização (IHMs), Coletores de Dados (Pocket PC),<br />

Sensor Magnético (Magnetic Reed Switch). O Quadro 24 apresenta os principais<br />

serviços realizados nessa área.<br />

Vale a pena ressaltar que esses produtos e serviços têm vasta utilização no<br />

setor de Gás Natural e Petróleo, como também em indústrias químicas,<br />

farmacêuticas, e terminais de carregamento.<br />

206


Quadro 24 - Relação de Serviços Específicos em Atmosferas Explosivas.<br />

Relação de Serviços Soluções<br />

Analisadores e Tecnologia de<br />

Medição<br />

Tecnologia de <strong>Automação</strong><br />

Equipamentos Elétricos <strong>para</strong><br />

Mineração<br />

Engenharia de Serviços<br />

Sistemas de Medição e Aquisição de<br />

Dados<br />

Motores e Acionamentos<br />

Treinamento<br />

Equipamentos de Controle e<br />

Conexões<br />

Tecnologia de Aquecimento<br />

Fonte: Bulgarelli, 2006.<br />

Analisadores e Sistemas de Análise<br />

Medição de Vibração<br />

Medição de Umidade<br />

Instrumentação Sísmica<br />

Medição de Temperatura<br />

Monitoração de temperatura<br />

Interfaces e Barramentos Ex<br />

Sistemas de Visualização e Comunicação<br />

Motores<br />

<strong>Automação</strong><br />

Conversores<br />

Sistemas de Controle Elétrico<br />

Desenvolvimento de Soluções<br />

Serviços<br />

Armazenamento, Distribuição e Manipulação<br />

de Fluídos Perigosos, Leite e Alimentos<br />

Motores Ex d<br />

Soluções de Acionamentos<br />

Sistemas de Controle<br />

Serviços<br />

Seminários<br />

4.4.6. Cenário atual da <strong>Automação</strong> Industrial<br />

4.4.6.1. Contexto Atual<br />

Estações de comando e controle<br />

Sistemas de instalação Ex<br />

Unidades de pressurização Ex p<br />

Proteção em poeiras explosivas<br />

Sistemas de aquecimento<br />

Componentes industriais<br />

Componentes domésticos<br />

Sistemas de detecção de vazamento<br />

Detecção de Água<br />

Nos últimos anos, a área de <strong>Automação</strong> Industrial está sendo repensada em<br />

função do grande desenvolvimento experimentado pelas técnicas digitais. No<br />

contexto industrial, há algumas décadas os problemas de automação são cada vez<br />

mais importantes. A sociedade de<strong>para</strong>-se com o avanço da tecnologia e com os<br />

seus desafios, que não são poucos. No entanto, observa-se que algumas perguntas<br />

precisam ser respondidas <strong>para</strong> melhor encaminhar esta importante área do<br />

conhecimento: como as instituições podem formar profissionais com capacitação<br />

207


técnica suficiente <strong>para</strong> contornar suas próprias dificuldades? E garantir uma relação<br />

técnica com a sociedade sem assustá-la? O assunto é diversificado, pois abrange<br />

desde tópicos relativos à arquitetura de hardware e software, programação de<br />

controladores lógicos programáveis, controle de malhas contínuas até o<br />

gerenciamento estratégico de uma empresa, passando pela supervisão dos<br />

processos industriais e pela logística da produção. As técnicas desenvolvidas <strong>para</strong> o<br />

tratamento desses problemas atingiram hoje um relativo grau de sofisticação<br />

tecnológica e formal, exigindo pessoal técnico com formação específica <strong>para</strong> sua<br />

aplicação adequada.<br />

Os cursos de formação profissional vêm se colocando na contingência de<br />

munir seus estudantes de ferramentas que os possibilitem, no menor tempo<br />

possível, se adequarem ao quotidiano técnico de uma empresa e, pelo maior tempo<br />

possível, estarem pre<strong>para</strong>dos <strong>para</strong> se atualizar tecnicamente. Estes objetivos, em<br />

parte conflitantes, conduzem <strong>para</strong> a seguinte questão: qual o compromisso ideal<br />

entre profundidade e abrangência quando se leciona uma disciplina de automação<br />

industrial?<br />

De fato, as limitações de tempo em um curso de engenharia obrigam que se<br />

opte ou por aprofundar certos tópicos da matéria, deixando o aluno sem visão de<br />

conjunto, ou por dar uma idéia geral do problema, deixando lacunas na formação do<br />

estudante que tornarão mais lento o acompanhamento dos avanços de seu campo<br />

de trabalho. E assim, a formação de engenheiros qualificados <strong>para</strong> o futuro é<br />

necessária, equilibrando estas decisões sobre profundidade e abrangência.<br />

Segundo Paulo Freire, a tecnologia de um país é sua educação de qualidade, e a<br />

tecnologia é a base de sustentação da economia e soberania de uma nação.<br />

O atual desenvolvimento da tecnologia e, em termos mais específicos, da<br />

automação, levou ao surgimento de novas técnicas de implementação de<br />

funcionalidades, de forma a aperfeiçoar a produção industrial, a operação de<br />

equipamentos, construção de dispositivos simples e baratos em larga escala e, em<br />

último caso, fornecer um benefício ao usuário final. O aumento da capacidade<br />

computacional dos dispositivos de processamento, o surgimento de novas formas de<br />

comunicação industrial, com protocolos bem definidos e de desempenho eficiente, o<br />

desenvolvimento de sistemas embarcados e implementação em hardware, as novas<br />

208


formas de gerenciamento de informações de produção, por meio de sistemas<br />

especializados, enfim, a tecnologia evoluiu bastante e, a serviço da automação,<br />

dispõe uma variedade de alternativas <strong>para</strong> a implementação de formas mais<br />

eficazes na resolução de problemas.<br />

4.4.6.2. Desafios<br />

Com base nisso, diferentes contextos permitem definir interessantes áreas<br />

nas quais a tecnologia possibilita novas perspectivas atuais e futuras <strong>para</strong> o<br />

desenvolvimento da automação. Em algumas delas, são levantados problemas<br />

comuns que surgem da própria evolução tecnológica, como problemas sociais. A<br />

maioria, porém, discute os benefícios de algumas tecnologias consideradas<br />

relevantes <strong>para</strong> a automação.<br />

Entre os muitos desafios da automação moderna, serão abordados neste<br />

trabalho os seguintes: no campo social, Formação Técnica de Profissionais e<br />

Educação da Sociedade quanto à Evolução Tecnológica Proporcionada pela<br />

<strong>Automação</strong>:<br />

1. Segurança e Confiabilidade em Sistemas Críticos;<br />

2. Otimização de Informações, no sentido de Fornecer uma Interface Homem<br />

Máquina Apropriada;<br />

3. Reconhecimento de Padrões;<br />

4. Identificação de Falhas em Sistemas de <strong>Automação</strong>;<br />

5. Comunicação Segura entre Dispositivos Heterogêneos;<br />

6. Sistemas de <strong>Automação</strong> Residencial;<br />

7. Gerenciamento de Informações de Tempo Real;<br />

8. Aplicações em Áreas correlacionadas a Medicina; e<br />

9. Impactos Sociais e Ambientes Gerados pela <strong>Automação</strong>.<br />

4.4.6.3. Cenário Atual da Robótica no Brasil e no Mundo<br />

No Brasil a principal aplicação de robótica é na área de soldagem e<br />

montagem industrial. A compra de robôs no Brasil fica muito abaixo da média<br />

mundial, e o número de robôs novos comprados pela indústria brasileira vem caindo<br />

desde 2000, segundo um relatório divulgado pela UNECE - United Nations Economic<br />

Commission for Europe. Em 2000, a indústria brasileira adquiriu 700 máquinas, essa<br />

209


quantidade caiu <strong>para</strong> 280 em 2002 e <strong>para</strong> 230, em 2003. O investimento lento no<br />

Brasil contrasta com o aumento registrado mundialmente, onde em 2007, os<br />

investimentos globais aumentaram em 19%.<br />

Os números registrados no Brasil contrastam com os verificados em outras<br />

regiões. Na América do Norte, o aumento no setor foi de 28%. No Japão, com cerca<br />

de metade dos atuais 800.000 robôs existentes, o crescimento foi de 25%. Na União<br />

Européia, o aumento foi mais modesto, de 4%. Mas segundo o estudo, isso se deve<br />

ao fato de que a região apresentou dígitos duplos de crescimento de mercado desde<br />

1994, com exceção de 1997 e 2001-2002.<br />

Não há dados atualizados da aplicação da robótica em 2009. A Organização<br />

das Nações Unidas (ONU) previu que o investimento no setor deveria continuar a<br />

crescer e que haveria um aumento anual de quase 7% até 2007. Esse aumento nos<br />

investimentos pode ser explicado por avanços em tecnologia, importante aumento<br />

no custo da mão-de-obra especializada e, principalmente, na queda dos preços do<br />

produto. No ano passado, um robô custou um quarto do preço registrado em 1990.<br />

Em residências, o uso de robôs domésticos também tem aumentado. No fim<br />

de 2003, cerca de 600.000 máquinas estavam em uso mundialmente. A previsão<br />

<strong>para</strong> o período 2004-2007 é de que mais de 4 milhões de unidades devem ser<br />

adicionadas a esse total. A maior parte dos robôs atualmente em uso é de<br />

cortadores de grama e aspiradores de pó. Mas o estudo afirma que, no futuro, os<br />

robôs estarão realizando todo tipo de atividade.<br />

Estima-se que no mundo inteiro exista pelo menos um milhão de unidades<br />

(possivelmente o estoque real está perto de um milhão de unidades), dos quais<br />

400.000 no Japão, perto de 250.000 na União Européia e aproximadamente 120.000<br />

na América do Norte. Na Europa, a Alemanha lidera com 112.700 unidades, seguida<br />

por Itália com 50.000, França 32.000, Espanha com 30.000 e o Reino Unido com<br />

20.000. Estima-se que o Brasil tenha mais de 9.000 unidades.<br />

O número de robôs por trabalhadores existentes na indústria de manufatura é<br />

aproximadamente 350 <strong>para</strong> 10.000 empregados no Japão, 150 na Alemanha, 120<br />

na Itália, 100 na Suécia e cerca de 90 na Finlândia. Na Espanha, França, Estados<br />

Unidos, Áustria, e Dinamarca. No Reino Unido, a densidade atingiu<br />

aproximadamente 40.<br />

210


Dentro do contexto mundial, dois setores se destacam:<br />

Indústria automobilística: onde em países como Japão, Itália e Alemanha<br />

há aproximadamente um robô <strong>para</strong> cada dez trabalhadores; e<br />

Robôs de serviço atuantes em residências: estima-se um crescimento em<br />

escala mundial, onde no final de 2003, aproximadamente 610.000<br />

aspiradores autônomos e robôs cortadores de grama estarão em operação,<br />

e entre os anos de 2004 - 2008, mais de 4 milhões de novas unidades<br />

estão previstas. No Brasil não existe nenhum dado detalhado.<br />

4.4.7. Principais Resultados<br />

Pesados investimentos em automação são muitas vezes justificados pela<br />

segurança de processos industriais e de infraestrutura críticos, pois a automação<br />

tem sido vista como uma forma de minimizar o erro humano. Entretanto, alguns<br />

acidentes graves em plantas químicas e nucleares têm chamado a atenção <strong>para</strong> a<br />

possibilidade de ocorrência de eventos não previstos pelos projetistas dos sistemas<br />

de controle. Nesses casos, a farta disponibilidade e informações não-relevantes,<br />

ocupando tanto os sistemas quanto seus operadores, fez com que irregularidades<br />

rapidamente evoluíssem <strong>para</strong> catástrofes. Verificou-se também que nem sempre os<br />

operadores possuem um conhecimento sobre o processo coerente com quem o<br />

projetou.<br />

4.4.8. Considerações<br />

As indústrias e atividades associadas à automação industrial e controle de<br />

processos podem representar um importante papel na geração de empregos<br />

altamente qualificados em física, química, engenharia, software e eletrônica e<br />

microeletrônica.<br />

A automação pode também contribuir <strong>para</strong> canalizar atividades científicas<br />

<strong>para</strong> a criação de produtos com elevado conteúdo tecnológico e alto valor agregado.<br />

Contudo, <strong>para</strong> que estes efeitos benéficos se tornem realidade, é fundamental<br />

incrementar o valor agregado no país aos produtos e serviços de automação que<br />

aqui são consumidos.<br />

211


4.5. <strong>Automação</strong> Predial<br />

O uso racional de energia elétrica, a segurança e conforto dos usuários e a<br />

preocupação com o meio ambiente são fatores relevantes <strong>para</strong> o uso de tecnologias<br />

de automação aplicadas em plantas. As plantas inteligentes são concebidas <strong>para</strong><br />

causarem o mínimo impacto ambiental, com o menor consumo de energia possível e<br />

melhor aproveitamento dos recursos, além de proporcionar maior segurança e<br />

conforto <strong>para</strong> seus usuários (MONTEBELLER, 2006).<br />

Assim cada planta é diferenciada, tendo características próprias e inerentes a<br />

cada aplicação, os conceitos de automação são utilizados no sentido de atender as<br />

necessidades e requisitos e desta forma garantir que todos os sistemas atendam<br />

estas demandas específicas. Essas aplicações podem ser direcionadas a<br />

aeroportos, setor de alimentos e bebidas, edifícios comerciais, instituições<br />

educacionais, indústria farmacêutica, administração governamental, hospitais,<br />

hotéis, química, shopping centers, e outros setores.<br />

A integração passou a ser uma exigência atual dos sistemas que compõem a<br />

automação predial, onde o projeto de automação deve prever, além dos sistemas<br />

básicos de controle e gerenciamento dos dispositivos, as redes de dados, voz,<br />

multimídia, Internet, entre outros.<br />

4.5.1. Conceito de Domótica<br />

Domótica é a área tecnológica que se aplica à busca da eficiência,<br />

produtividade, conforto e segurança necessários e imprescindíveis nas instalações<br />

industriais, prediais e residenciais (SARAMAGO, 2002).<br />

Este conceito surgiu no final dos anos 70, <strong>para</strong> resolver os problemas de<br />

qualidade dos espaços habitacionais, surgem nos EUA os primeiros sistemas de<br />

edifícios a serem eletronicamente controlados. Nos anos 80, surge o termo smart<br />

house, intelligent house ou domótica, a partir do aparecimento de sistemas de<br />

automação de segurança, iluminação e acesso justificados pela tendência de<br />

economia de energia. A partir dos anos 90, a tendência é integrar os diferentes<br />

sistemas (segurança, condicionamento ambiental, etc.) que compõem uma<br />

edificação, com o objetivo de melhorar a produtividade e o conforto dos usuários.<br />

212


Esta tecnologia permite a gestão de todos os recursos habitacionais,<br />

apresentando inúmeras vantagens e motivações, entre as quais economia na gestão<br />

da energia, conforto, segurança e comunicação.<br />

Atualmente a evolução tecnológica dos diferentes sistemas de automação<br />

aliada as novas tecnologias de comunicação em rede, tem estimulado a indústria de<br />

construção a incorporar soluções inovadoras de <strong>Automação</strong> Predial em seus novos<br />

empreendimentos levantando a um crescimento deste setor em cerca de 20% ao<br />

ano e já é possível encontrar algumas construtoras que oferecem em seus<br />

empreendimentos a base dessa tecnologia. (AURESIDE, 2009).<br />

4.5.2. Classificação<br />

A automação predial é considerada uma vasta área de aplicação do setor de<br />

<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, e as empresas que atuam nessa área podem ser<br />

classificadas em diferentes setores de aplicação.<br />

Um projeto de automação predial exige um planejamento e especificação de<br />

funcionalidades de modo a ter um investimento com possibilidade de retorno em<br />

curto prazo de tempo, com possibilidade de incorporação de novas tecnologias em<br />

qualquer momento. O planejamento deve ser orientado <strong>para</strong> as novas tecnologias,<br />

necessidades, níveis de sistemas, manutenção e facilidade de utilização.<br />

4.5.2.1. Edifícios Inteligentes<br />

Os mesmos conceitos aplicáveis a residências também são utilizados <strong>para</strong> a<br />

automação de edifícios, tornando-os muito mais eficientes, seguros e econômicos. A<br />

automação de um edifício inteligente é caracterizada pela integração de diversos<br />

sistemas.<br />

O projeto de edifícios inteligentes deve considerar aspectos relacionados ao<br />

tamanho, conforto, padrões de qualidade, integração e climatização de ambientes,<br />

visando ainda à redução de custos de energia e manutenção. Assim, torna-se<br />

imprescindível o desenvolvimento de um conjunto de soluções completas e<br />

integradas <strong>para</strong> automação e controle de um edifício, capazes de atender as essas<br />

213


demandas do usuário final e requisitos de planejamento, instalação e<br />

comissionamento (SIEMENS, 2009).<br />

Os principais sistemas a serem automatizados em um edifício (Figura 14)<br />

são os seguintes:<br />

Controle de ar-condicionado;<br />

Controle de energia e consumo;<br />

Controle de bomba de água;<br />

Controle de alarme de Incêndio;<br />

Racionalização de custos de energia;<br />

Controle de iluminação;<br />

Sistema de segurança;<br />

Controle de acesso;<br />

CFTV;<br />

Detecção de incêndios;<br />

Estacionamentos; e<br />

Instalações elétricas, hidráulicas, gás, entre outros.<br />

A automação desses sistemas permite o gerenciamento de recursos e<br />

manutenção rápida de todos os dispositivos instalados no edifício, além de garantir o<br />

bem estar dos ocupantes do local.<br />

214


Detecção de<br />

incêndio<br />

Figura 14 - Principais Sistemas de <strong>Automação</strong> de um Edifício Inteligente.<br />

Fonte: Montebelller, 2006.<br />

Aspectos relacionados à segurança de usuários e funcionários representam<br />

um fator preponderante na escolha de um projeto de automação predial. Sensores<br />

de presença em salas e escritório, controles de acesso, circuitos fechados de TV e<br />

elevadores automatizados são apenas alguns exemplos, entre os muitos aplicáveis<br />

<strong>para</strong> tornar um prédio seguro, confortável e prático atendendo, desta forma,<br />

exigências de um público preocupado com a proteção pessoal e social.<br />

O sistema predial abrange a automação elétrica, hidráulica e de ar-<br />

condicionado; segurança patrimonial como controle de acesso, detecção e alarme<br />

de incêndios; circuito fechado de televisão; sistemas de voz, sistemas de<br />

comunicação via rádio, entre outros. Além desses, os sistemas de elevadores, de<br />

geradores, no-break, redes de instrumentação elétrica inteligente e equipamentos<br />

diversos do interior do edifício como cozinhas e lavanderias, também fazem parte da<br />

<strong>Automação</strong> Predial.<br />

Controle de<br />

Acesso<br />

Ar-condicionado<br />

<strong>Automação</strong> Predial<br />

(Sistema Supervisório)<br />

A quantidade de elementos passíveis de automação em um edifício é grande<br />

e a interligação desses elementos é uma tarefa difícil.<br />

215<br />

Iluminação<br />

Outros<br />

Sistemas<br />

Segurança


4.5.2.2. <strong>Automação</strong> Residencial<br />

<strong>Automação</strong> da Rede Elétrica é uma das principais áreas da <strong>Automação</strong><br />

Residencial. Significa controlar e integrar todos os itens que envolvem energia<br />

elétrica, ou seja, integrar os diversos itens energizados, como: portões, persianas,<br />

portas, iluminação, sonorização, entre outros.<br />

Os projetos de automação integrada em sistemas prediais modernos devem<br />

incluir recursos de conforto e disponibilidade ao usuário, por meio da gestão<br />

integrada de serviços e equipamentos de automação. Os principais recursos que a<br />

<strong>Automação</strong> Predial deverá incorporar são os seguintes:<br />

Gerenciamento e distribuição de energia e controle de demanda;<br />

Controle de iluminação, de acessos e simulação de presença;<br />

Controle bioclimático por meio de calefação, ventilação e condicionamento<br />

de ar;<br />

Distribuição, filtragem e aquecimento de água, segurança e comunicação<br />

e acesso remoto;<br />

Equipamentos multimídia: controle de áudio, vídeo e som ambiente;<br />

Segurança (alarmes, monitoramento);<br />

Telefonia e TV por assinatura com capacidade de monitoramento;<br />

Redes de dados e informática;<br />

Persianas e cortinas automáticas;<br />

Eletrodomésticos inteligentes;<br />

Utilidades (irrigar, bombas, aspiração central, gás); e<br />

Sistemas de mobilidade e acesso (cadeiras de rodas, macas e<br />

elevadores).<br />

4.5.2.3. <strong>Automação</strong> de Sistemas de Transporte e Armazenamento<br />

<strong>Automação</strong> ferroviária;<br />

Torre de comando;<br />

Vias de acesso;<br />

Pátios de manobra;<br />

Estacionamentos de Trens;<br />

Estocagem de grãos;<br />

216


Movimentações de cargas; e<br />

Silos.<br />

4.5.2.4. Outros Sistemas de <strong>Automação</strong><br />

<strong>Automação</strong> de subestações e usinas;<br />

<strong>Automação</strong> de concessionárias de energia elétrica;<br />

<strong>Automação</strong> sistemas de telecomunicação;<br />

Concessionárias de energia, que são Centros de Operação de<br />

Telecomunicação conectados a diversos sítios não atendidos. Nesses<br />

sítios, são controlados equipamentos de infraestrutura, tais como: ar-<br />

condicionado, grupo diesel gerador, sistemas de alimentação, no-breaks,<br />

entre outros, e equipamentos de telecomunicação tais, como multiplex,<br />

rádios UHF, VHF, sistemas de fibra óptica, entre outros;<br />

<strong>Automação</strong> de concessionárias de água e esgoto;<br />

<strong>Automação</strong> do sistema de gerenciamento de energia de uma cidade; e<br />

<strong>Automação</strong> Predial de estações de trem.<br />

4.5.3. Empresas<br />

Considerando a importância do segmento de <strong>Automação</strong> Predial, a ABINEE<br />

implementou uma área de acompanhamento denominada de Sistemas<br />

Eletroeletrônicos Prediais constituída atualmente por 31 empresas (Quadro 25),<br />

concentradas fortemente no estado de São Paulo e distribuídas geograficamente<br />

conforme mostra o Gráfico 17.<br />

217


Quadro 25 - Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos Industriais.<br />

No Empresa Estado<br />

1 Acces Control e Sistemas Ltda * SP<br />

2 ACS Automacao Controles Sistemas Industriais Ltda * SP<br />

3 Antenas Thevear Ltda * SP<br />

4 AZ Indústria Eletronica Ltda * RS<br />

5 Biometrus Ind Eletro-Eletronicas S/A * MG<br />

6 Bycon Ind e Com Eletro Eletronicos Ltda * SP<br />

7 Compatec Sistemas Eletronicos Ltda * RS<br />

8 Comtex Indústria Comercio Imp Exp S/A * RJ<br />

9 Controle Engenharia e Instalacoes Ltda * MG<br />

10 Contronics <strong>Automação</strong> Ltda * SC<br />

11 Danval Indústria de Equipamentos Ltda * SP<br />

12 Exatron Indústria Eletronica Ltda * RS<br />

13 Fort Knox Tecnologia De Seguranca Ltda * SP<br />

14 Garen Indústria Eletroeletronica Ltda-ME * SP<br />

15 General Electric Do Brasil Ltda SP<br />

16 HDL da Amazonia Ind Eletronica Ltda * SP<br />

17 Helmut Mauell do Brasil Ind e Com Ltda * SP<br />

18 Intelbras S/A Ind Telecom Eletron Bras * SC<br />

19 Kodo BR Eletronica Ltda * BA<br />

20 Panasonic do Brasil Ltda * SP<br />

21 Pial Legrand Gl Eletro-Eletronicos Ltda SP<br />

22 Robert Bosch Ltda SP<br />

23 Saturnia Sistemas de Energia Ltda * SP<br />

24 Schneider Electric Brasil Ltda SP<br />

25 Siemens Ltda SP<br />

26 Sony Brasil Ltda SP<br />

27 Sulton Produtos Eletronicos Ltda * PR<br />

28 Teikon Tecnologia Industrial S/A * RS<br />

29 Tron Controles Eletricos Ltda * PE<br />

30 Vertex Indústria e Comercio Ltda * RS<br />

31 VMI Sistemas de Seguranca Ltda * MG<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

* Empresas nacionais.<br />

218


Gráfico 17 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem a área de<br />

Sistemas Eletrônicos Prediais.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

A área de Sistemas Eletroeletrônicos Prediais é constituída dos grupos:<br />

a) Segurança <strong>Eletrônica</strong>;<br />

b) Sistemas <strong>para</strong> Incêndio; e<br />

c) <strong>Automação</strong> e Controle de Conforto e Utilidade.<br />

A Tabela 36 apresenta os dados globais de faturamento apresentados nesses<br />

últimos cinco anos por esse segmento, representados pela venda de materiais e<br />

equipamentos e serviços de integração (ABINEE, 2009). Pode-se constatar um<br />

aumento significativo de crescimento anual do faturamento nesse setor a partir de<br />

2006 (aproximadamente 30%).<br />

Em relação ao período de 2009 a 2011 o crescimento do segmento estava<br />

previsto <strong>para</strong> 20% ao ano (previsão de mercado <strong>para</strong> 2011 era de R$ 3,45 bilhões).<br />

Entretanto, <strong>para</strong> estes três anos, a ABINEE está considerando um<br />

crescimento menor, pois a base dos anos anteriores (2008, por exemplo) é mais<br />

elevada e a crise internacional afetou este segmento, que é fornecedor de outras<br />

indústrias que diminuíram fortemente seus investimentos. Para este ano, a ABINEE<br />

prevê um resultado pouco negativo ou zerado.<br />

219


Tabela 36 <strong>–</strong> Faturamento das Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos<br />

Industriais.<br />

Ano Faturamento (em bilhões de R$) % Crescimento<br />

2006 1,25 -----<br />

2007 1,56 25%<br />

2008 2,00 28 %<br />

2009 * 2,40 20 %<br />

2010 * 2,88 20 %<br />

2011 * 3,46 20 %<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

(*): Valores previstos pela ABINEE, considerando crescimento de 20% ao ano.<br />

No Anexo VI deste panorama é apresentada uma relação completa das<br />

principais indústrias que atuam no segmento de <strong>Automação</strong> Predial, cadastradas na<br />

ABINEE, e seus produtos.<br />

4.5.4. Produtos<br />

No Anexo VII deste panorama é apresentada a relação dos produtos<br />

nacionais do segmento de <strong>Automação</strong> Predial, cadastrados na ABINEE.<br />

No Apêndice V é apresentada uma descrição sucinta dos principais produtos<br />

do segmento de <strong>Automação</strong> Predial.<br />

4.5.5. Cenário Atual da <strong>Automação</strong> Predial<br />

Um projeto em automação predial e deve prever os equipamentos e o espaço<br />

físico utilizados <strong>para</strong> a automação de seus recursos. Os projetistas devem ter em<br />

mente quais tecnologias serão utilizadas e qual o espaço físico disponível <strong>para</strong> o uso<br />

dessas tecnologias. Dessa forma, os edifícios inteligentes devem ser capazes de se<br />

adaptarem às futuras tecnologias sem que haja uma modificação profunda em sua<br />

estrutura.<br />

A automação de um prédio certamente será uma exigência do futuro,<br />

entretanto a grande discussão gerada em torno desse contexto, é que a grande<br />

maioria dos prédios não possui a infraestrutura necessária <strong>para</strong> a automação<br />

exigida, devendo-se tomar a decisão de modificar a estrutura do prédio ou construir<br />

novo prédio que atenda tais exigências.<br />

220


As tecnologias Wireless podem facilitar a tomada de decisão, pois as mesmas<br />

são disponíveis em sensores, equipamentos de controle e computadores e podem<br />

formar redes sem estrutura física permitindo que prédios antigos, ou mesmo pouco<br />

automatizados, possuam seus recursos interligados sem a necessidade de se<br />

modificar a estrutura física desses prédios.<br />

Considerando o crescimento da demanda e novas pesquisas nas áreas,<br />

meios de implantar a automação de uma forma geral se tornarão mais acessíveis, e<br />

com isso a domótica sustentável também se tornará mais barata, e em um futuro<br />

próximo, praticamente todas as residências contarão com meios de torná-las mais<br />

sustentáveis, e provavelmente a utilização desses dispositivos serão obrigatórios e<br />

regulamentados.<br />

4.5.6. Principais Benefícios da <strong>Automação</strong> Predial<br />

A automação predial deve proporcionar ao usuário final:<br />

Desfrutar de uma vida saudável, feliz e segura;<br />

Realizar muitas tarefas automaticamente a fim de tirar de seus habitantes<br />

o stress do gerenciamento da casa;<br />

Integrar atividades residenciais, profissionais, de aprendizado e lazer; e<br />

Não perturbar as pessoas com detalhes tecnológicos sobre como elas<br />

realmente funcionam.<br />

Este último item ilustra uma tendência que veio à tona ultimamente. Hoje em<br />

dia, o foco de desenvolvimento da domótica tem sido centrado muito mais nas<br />

pessoas e suas interações com o ambiente inteligente, e não mais em tecnologia e<br />

inteligência artificial propriamente dita. Sendo assim, o termo ―inteligente‖ se tornou<br />

obsoleto, ou ao menos fora de moda, e foi substituído por termos como ―casa alerta‖,<br />

―ambientes integrados‖, ―ambientes vivos e interativos‖, ―casa obediente‖, entre<br />

outros. As maiores motivações <strong>para</strong> o desenvolvimento da domótica não são<br />

apenas luxo e conforto, como se pode pensar em um primeiro momento. As<br />

principais motivações são:<br />

A aceleração do ritmo diário das pessoas, com estilos de vida cada vez<br />

mais ocupados, e consequente demanda por eficiência e flexibilidade no<br />

dia-a-dia;<br />

221


A quebra das barreiras do tempo e do espaço (crescente ―tele-presença‖);<br />

O envelhecimento da população, levando a uma maior demanda de<br />

idosos vivendo por mais tempo em suas casas;<br />

A crescente demanda por segurança, devido ao aumento da criminalidade<br />

e/ou senso de insegurança;<br />

O aumento da necessidade de preservação do ambiente e de economizar<br />

energia, promovendo o desenvolvimento sustentável e compensando o<br />

aumento do preço da energia;<br />

A crescente necessidade de ter em cada casa um ―santuário‖ da<br />

privacidade, descanso e relaxamento; e<br />

O modo de vida tecnológico das novas gerações, cada vez mais<br />

crescente.<br />

Diante dessas motivações, o interesse é cada vez maior em desenvolver<br />

sistemas e dispositivos domóticos, a fim de controlar as várias funções de um<br />

edifício inteligente. E mesmo que a domótica sustentável ainda não pague o<br />

investimento com a economia que é capaz de gerar em um prazo aceitável, existem<br />

pessoas que estão dispostas a pagar pela redução do impacto ambiental e do<br />

consumo de água e energia. A Figura 15 apresenta um quadro de sustentabilidade<br />

da <strong>Automação</strong> Predial.<br />

Figura 15 - Sustentabilidade da <strong>Automação</strong> Predial.<br />

Fonte: Canato, 2007.<br />

222


4.5.7. Principais Resultados<br />

Os principais benefícios da <strong>Automação</strong> Predial são a eficiência e economia,<br />

onde a integração possibilita que sistemas distintos trabalhem de forma conjunta e<br />

otimizada. Por exemplo, a integração do sistema de automação predial ao sistema<br />

de detecção e alarme de Incêndio permite que na ocorrência de um evento, os<br />

sistemas de ventilação de pressurização de escada sejam acionados<br />

automaticamente e o ar-condicionado desligado. Dentre os principais resultados<br />

podem-se destacar os seguintes:<br />

Redução de custos operacionais;<br />

Otimização da eficiência energética;<br />

Melhoria na manutenção e diagnostico de solução e falhas;<br />

Melhoria no gerenciamento de informações;<br />

Maior flexibilidade; e<br />

Arquitetura aberta <strong>–</strong> liberdade de escolha.<br />

Todos esses aspectos e características garantem que uma determinada<br />

planta terá mais conforto, eficiência, segurança e economia.<br />

4.5.8. Considerações<br />

A <strong>Automação</strong> Predial deve proporcionar ao usuário final, muitos benefícios,<br />

não apenas considerando aspectos relacionados ao luxo e conforto, como também<br />

proporcionar eficiência e flexibilidade da utilização de recursos, segurança,<br />

preservação e racionalização de recursos ambientais, através da economia de<br />

energia, promovendo o desenvolvimento sustentável.<br />

Existe um interesse crescente em desenvolver sistemas e dispositivos de<br />

automação predial, mesmo que a <strong>Automação</strong> Predial sustentável ainda não pague o<br />

investimento com a economia que é capaz de gerar em um prazo aceitável, existem<br />

pessoas que estão dispostas a pagar pela redução do impacto ambiental e do<br />

consumo de água e energia.<br />

O mercado da <strong>Automação</strong> Predial no Brasil apresenta um grande potencial a<br />

ser explorado, sendo atualmente explorado apenas em serviços considerados<br />

básicos tais como, acesso, ar-condicionado e segurança. Deve-se considerar que<br />

um projeto de automação predial novo é mais fácil de ser implementado e de se<br />

223


prever um retorno financeiro, ao contrário de um retrofitting de uma instalação antiga<br />

onde podem acontecer imprevistos no projeto das instalações que acabam onerando<br />

o projeto, alongando o tempo de retorno e desestimulando o empreendedor.<br />

Nos Estados Unidos, Europa e Japão, os provedores de automação são<br />

chamados pelos empreendedores <strong>para</strong> fazer a proposição da automação logo no<br />

início do projeto e até fiscalizar o andamento das obras, o que não acontece ainda<br />

no Brasil.<br />

Em termos de investimento, o mercado de <strong>Automação</strong> Predial gera grandes<br />

economias, algo em torno de 25%, chegando a pagar sozinho o investimento em um<br />

ano — quando em projeto novo. No caso de um retrofitting, o valor desse tipo de<br />

investimento chega a dobrar por conta das adaptações de vários protocolos,<br />

entretanto, o retrofitting, em maior ou menor escala.<br />

4.6. <strong>Automação</strong> Comercial<br />

Sistemas de automação comercial designam genericamente aquele conjunto<br />

de soluções - hardware e software combinados - que processam e gerenciam as<br />

operações de venda do comércio, principalmente em nível de varejo<br />

4.6.1. Introdução<br />

<strong>Automação</strong> comercial pode ser entendida como um esforço <strong>para</strong> transformar<br />

tarefas manuais repetitivas em processos automáticos, realizados por uma máquina<br />

(EAN Brasil, 2003). Isto quer dizer que tarefas que são executadas por pessoas e<br />

passíveis de erro, como digitação de preço dos produtos, quantidade de itens, uma<br />

simples anotação do peso de uma mercadoria ou mesmo o preenchimento de um<br />

cheque, na automação comercial são feitas por meio de computador com total<br />

eficiência e maior velocidade.<br />

As caixas registradoras mecânicas e eletromecânicas foram as precursoras<br />

da automação comercial e causaram uma verdadeira revolução na gestão do<br />

comércio. Em seguida, acompanhando a evolução tecnológica, surgiram as caixas<br />

registradoras eletrônicas, concentrando-se na operação de registro e totalização das<br />

compras efetuadas.<br />

224


Sistemas de automação comercial designam genericamente o conjunto de<br />

soluções composto por: dispositivos automatizados e/ou programas computacionais<br />

combinados <strong>para</strong> facilitar o processo de automatização de processamento e<br />

gerenciamento de operações de venda do comércio, principalmente em nível de<br />

varejo.<br />

Os dispositivos automatizados <strong>para</strong> automação comercial, comumente<br />

conhecidos no mundo da publicidade, do marketing e da gestão de empresas, como<br />

sistema POS (point of sale) ou PDV (ponto de venda ou serviço) são utilizados<br />

normalmente em um local onde uma transação financeira ocorre, como, por<br />

exemplo, o caixa de uma loja, ou o local onde estão as máquinas de cartão de<br />

crédito. Esses dispositivos são correntemente utilizados em restaurantes, hotéis,<br />

estádios, supermercados e lojas de varejo, ou seja, se algo pode ser vendido, existe<br />

um sistema POS.<br />

O POS utiliza uma linha telefônica <strong>para</strong> comunicação, e os cupons das<br />

vendas são impressos pelo próprio POS, dependendo do tipo de equipamento<br />

utilizado na transação, não sendo necessário o uso de um PC, automação comercial<br />

ou ECF (equipamento emissor de cupom fiscal). Um exemplo claro de um POS são<br />

máquinas de pagamento de cartões de crédito, sistemas que contabilizam a venda e<br />

emitem nota fiscal ou mesmo as máquinas de VR (vale- refeição).<br />

Da mesma forma, a expressão automação de escritório (office automation)<br />

era uma expressão popular nos anos 1970 e anos 1980, antes que o computador<br />

pessoal entrasse em cena. Nos dias atuais é um conceito que envolve o uso de<br />

equipamentos de informática e programas computacionais <strong>para</strong> criar, coletar,<br />

armazenar, manipular e retransmitir digitalmente informações necessárias <strong>para</strong> a<br />

realização de tarefas e cumprimento de objetivos em um escritório ou local de<br />

trabalho.<br />

Armazenamento de dados brutos, transferências eletrônicas e gerenciamento<br />

eletrônico de informações de negócios consistem nas atividades básicas de um<br />

sistema de automação de escritório, que ajuda a otimizar e automatizar<br />

procedimentos administrativos existentes.<br />

A espinha dorsal da automação de escritório é a Internet, a qual permite que<br />

os usuários utilizem a transmissão de dados, correspondência, voz e imagem por<br />

225


meio da rede. Além destas, todas as demais tarefas realizadas em um escritório,<br />

inclusive ditado, digitação, preenchimento de formulários, cópia, transmissão e<br />

recepção de informações, gerenciamento de microfilmes e registros e utilização<br />

centralizada de telefonia.<br />

A automação comercial e de escritório proporciona a total integração entre o<br />

homem e a máquina, reduzindo-se mão-de-obra e despesas. Tarefas passíveis de<br />

erros, como cálculo e digitação de preços, quantidades, ou mesmo o preenchimento<br />

de um cheque, na automação são feitas por meio de dispositivos automatizados e<br />

gerenciados por computador, proporcionando total rapidez, eficiência e segurança.<br />

Independente do segmento de atuação de uma determinada empresa, a<br />

velocidade e confiança inseridas dentro da automação comercial são itens<br />

fundamentais <strong>para</strong> garantir a satisfação de atendimento a um cliente, transformando<br />

um negócio em sucesso, com competitividade, agilidade, qualidade de serviços<br />

prestados e confiança.<br />

4.6.2. Classificação<br />

4.6.2.1. <strong>Automação</strong> de Setores Comerciais<br />

4.6.2.1.1. <strong>Automação</strong> de Lojas<br />

A frente de uma loja pode ser automatizada com coletores de dados<br />

eficientes, PDVs inteligentes, sistemas de alto desempenho <strong>para</strong> capturar as<br />

informações dos produtos, reduções de filas entre outros, que garantem um<br />

atendimento rápido e eficaz. Na retaguarda de uma loja, são colocados dispositivos<br />

<strong>para</strong> a captura automática de dados que podem auxiliar em diversas etapas, dentre<br />

elas:<br />

a) Movimentação de estoques: A utilização de coletor de dados otimiza de<br />

modo eficaz as operações de movimentação, gerenciamento e<br />

armazenagem de mercadorias, e os coletores com comunicação sem fio<br />

tornam possível efetuar o controle do estoque em tempo real;<br />

b) Auditoria de preços: Por meio do scanning das etiquetas nas gôndolas,<br />

o coletor de dados confere no sistema se o preço está de acordo com a<br />

gôndola e com o check-out, e no caso de necessidade uma nova etiqueta<br />

226


é impressa. O processo possibilita a eliminação de diferenças entre o<br />

valor do produto na gôndola e no caixa, evitando questionamentos do<br />

cliente e dando mais fluidez ao check-out;<br />

c) Pesquisa de preços de concorrentes: Permite a coleta de preços de<br />

forma rápida e em maior volume. Sua apuração disponibiliza dados <strong>para</strong><br />

realizar uma com<strong>para</strong>ção com os preços encontrados no mercado. Este<br />

recurso viabiliza o aumento do número de produtos pesquisados, de<br />

forma a minimizar perdas; e<br />

d) Serviços ao cliente: Possibilidade de agregar ao negócio as soluções de<br />

eliminação de filas, lista de presentes, pesquisa de opinião e apoio a<br />

vendas.<br />

Por meio da identificação dos estoques e utilizando coletores de dados, os<br />

inventários se tornam muito mais rápidos, precisos e seguros, garantindo a redução<br />

de estoques e um controle preciso do mesmo.<br />

O inventário pode ser feito em tempo real ou não, com o uso de coletores de<br />

dados que, além de reduzir o tempo e o custo do processo, garantem a total<br />

qualidade das informações de estoque. Além do inventário de produtos, um<br />

estabelecimento comercial pode também ter um controle preciso dos bens<br />

patrimoniais e isto pode igualmente ser feito com o emprego de coletores de dados.<br />

4.6.2.1.2. <strong>Automação</strong> de Bares e Restaurantes<br />

Para a <strong>Automação</strong> de Bares e Restaurantes poderá ser disponibilizado ao<br />

cliente um sistema integrado de controle de estoques através de comanda<br />

eletrônico. Consequentemente, o sistema gerenciaria o consumo dos clientes e<br />

evitaria o problema de perda de comandas, já que todas as transações ficariam<br />

armazenadas em um PC. O consumo também dis<strong>para</strong>ria ordens de compra quando<br />

o estoque de determinado produto estivesse abaixo de um limite. A implementação<br />

deste sistema também permitiria conhecer os clientes melhor permitindo assim a<br />

prestação de serviços diferenciados.<br />

Outro serviço que poderá ser implementado é o serviço de atendimento ao<br />

cliente através de garçom eletrônico. Nele, um sinal enviado por rede sem fio <strong>para</strong><br />

227


uma central que irá registrar uma chamada e sinalizar em um painel, onde as<br />

mesmas serão inseridas em uma fila de atendimento, podendo os clientes<br />

acompanhar o andamento dessa fila através do painel eletrônico.<br />

4.6.2.1.3. <strong>Automação</strong> de Supermercados<br />

Os seguintes serviços poderão ser disponibilizados:<br />

Sistema integrado de controle de estoques ligado diretamente no caixa. O<br />

sistema providenciaria um modelo matemático <strong>para</strong> programar a compra<br />

mantendo sempre um estoque de segurança e minimizando o preço de<br />

estoque e frete; e<br />

As pequenas lojas apresentam sistemas semelhantes aos dos<br />

supermercados, mas mais customizáveis mais simples de operar e com<br />

interfaces mais amigáveis.<br />

4.6.2.1.4. <strong>Automação</strong> de Consultórios<br />

Os seguintes serviços poderão ser disponibilizados ao cliente:<br />

Sistema customizado de controle de clientes;<br />

Envio de malas diretas;<br />

No caso de atendimentos, envio de mensagens de confirmação de<br />

agendamento; e<br />

Envio de mensagens de marketing.<br />

4.6.2.2. <strong>Automação</strong> de Depósitos<br />

4.6.2.2.1. Processo de Se<strong>para</strong>ção<br />

A aplicação de se<strong>para</strong>ção de produtos (picking) opera a movimentação dos<br />

produtos das posições de armazenagem no depósito <strong>para</strong> a área de conferência e<br />

embalagem, ou diretamente <strong>para</strong> o embarque nos caminhões. Esta se<strong>para</strong>ção pode<br />

ser executada por pedido de venda individual ou consolidada em vários pedidos,<br />

dependendo das características do processo.<br />

Utilizando-se dos coletores de dados e do sistema de redes sem fio, o<br />

sistema de gestão informa aos operadores as atividades de se<strong>para</strong>ção que devem<br />

228


ser executadas, dados do pedido de venda, produtos, lotes, quantidades e posições<br />

de armazenagem.<br />

Concluída a se<strong>para</strong>ção, o sistema pode dis<strong>para</strong>r a geração das notas fiscais<br />

no sistema de gestão. Desta forma, a execução da se<strong>para</strong>ção é orientada e<br />

controlada pelo sistema, eliminando as movimentações desnecessárias e<br />

aumentando a velocidade dos carregamentos, ao mesmo tempo em que garante a<br />

produtividade do depósito e a segurança do processo.<br />

Com a automação, os sistemas funcionam com informações precisas e em<br />

tempo real, conseguindo otimizar e direcionar a rota de se<strong>para</strong>ção eliminando erros,<br />

ganhando-se tempo no processo, garantia de 100% de rastreabilidade e redução de<br />

custos.<br />

4.6.2.2.2. Recebimento, Conferência, Embalagem e Expedição<br />

O processo de conferência é uma garantia adicional de que o produto certo<br />

está seguindo <strong>para</strong> o cliente certo. Esta operação é feita rapidamente e sem erros<br />

por meio de um sistema de coleta de dados. Basta o operador registrar o número do<br />

pedido ou da ordem de se<strong>para</strong>ção e em seguida ler os códigos dos produtos<br />

se<strong>para</strong>dos.<br />

Qualquer erro de excesso ou falta de itens é automaticamente sinalizado pelo<br />

sistema, permitindo a correção do problema antes da expedição <strong>para</strong> o cliente.<br />

Dentre os principais benefícios podem-se destacar:<br />

Expedição correta dos produtos;<br />

Diminuição de volumes na área de expedição;<br />

Expedições mais rápidas; e<br />

Otimização do processo.<br />

4.6.2.2.3. Inventário<br />

As contagens dos estoques podem ser executadas pelos coletores de dados<br />

a partir de uma lista gerada pelo sistema de gestão com os itens a serem<br />

inventariados, ou a partir da contagem total dos itens no depósito e suas posições<br />

de armazenagem. Esta aplicação reduz o tempo e os custos de execução do<br />

inventário, garantindo a confiabilidade do processo, evitando erros na identificação<br />

229


visual dos produtos, no preenchimento de planilhas e na digitação dos dados. Dentre<br />

os principais benefícios podem-se destacar os seguintes:<br />

Informações on-line sobre o estoque;<br />

Garantia de reposições de estoque mais eficientes;<br />

Redução de até 70% no tempo de realização de inventários;<br />

Otimização do processo; e<br />

Redução dos custos.<br />

4.6.2.2.4. Movimentação nos Depósitos<br />

A operação é executada com o uso de coletores de dados a partir da leitura<br />

da etiqueta do item (unidade, embalagem ou pallet) indicando posição de<br />

armazenagem, origem e destino da movimentação.<br />

Esta movimentação, realizada com coletores de dados integrados ao sistema<br />

de gestão, gera automaticamente neste sistema uma transferência dos saldos de<br />

estoque dos materiais entre depósitos. Além disso, a movimentação automatizada<br />

garante que o produto certo está sendo movimentado <strong>para</strong> o lugar certo. Dentre os<br />

principais benefícios podem-se destacar os seguintes:<br />

100% de integração da operação ao sistema;<br />

Eliminação dos erros de movimentação de materiais;<br />

Ausência de <strong>para</strong>das na produção e re-trabalhos;<br />

Otimização do processo; e<br />

Redução dos custos.<br />

4.6.2.2.5. Controle de Qualidade<br />

O uso de coletores de dados móveis possibilita que o controle de qualidade<br />

seja executado automaticamente durante os processos de recebimento e produção<br />

e no ponto da operação.<br />

A liberação ou reprovação pelo controle de qualidade pode ser executada a<br />

partir dos coletores, o mesmo acontecendo com o roteiro de inspeção ou a retirada e<br />

identificação de amostras <strong>para</strong> laboratório.<br />

Todos os relatórios de qualidade podem ser preenchidos no local da inspeção<br />

diretamente pelo operador, permitindo que as informações sejam enviadas<br />

230


apidamente <strong>para</strong> o sistema e se tornam imediatamente disponíveis. Dentre os<br />

principais benefícios podem-se destacar os seguintes:<br />

Eliminação de papel;<br />

Relatórios on-line e diretamente no sistema;<br />

Tomadas de decisões rápidas e precisas;<br />

Eliminação de <strong>para</strong>das na produção, no recebimento ou na liberação de<br />

produtos;<br />

Otimização do processo; e<br />

Redução dos custos.<br />

4.6.2.3 <strong>Automação</strong> das Vendas<br />

A solução de automação de vendas permite a automação dos processos<br />

realizados pela força de vendas a partir da utilização de coletores de dados, onde os<br />

vendedores ficam integrados e conectados às suas empresas, com todas as<br />

informações necessárias em mãos, sem precisar fazer uso de papéis, reduzindo<br />

custos operacionais e erros de digitação. Isto faz com que a empresa torne-se mais<br />

competitiva, aumentando sua produtividade no processo de vendas, aperfeiçoando a<br />

atuação da equipe, reduzindo custos e melhorando a comunicação. Dentre os<br />

principais benefícios podem-se destacar os seguintes:<br />

Processo rápido e eficaz na captura de pedidos dos clientes;<br />

Controle das atividades da equipe de vendas;<br />

Fácil acesso às informações da base de clientes e produtos da empresa; e<br />

Fácil comunicação com a matriz.<br />

4.6.3. Empresas<br />

No Anexo VIII deste panorama é apresentada a relação das principais<br />

indústrias que atuam no segmento de <strong>Automação</strong> Comercial, cadastradas na<br />

ABINEE, e seus produtos.<br />

4.6.3.1. Exemplos de Empresas Atuantes no Brasil<br />

A Itautec Philco, empresa do Grupo Itaú atua basicamente em eletrônica de<br />

consumo e informática/automação, entrou no segmento de <strong>Automação</strong> Comercial a<br />

231


partir da sua similaridade com a <strong>Automação</strong> Bancária, onde historicamente tem forte<br />

presença.<br />

A empresa Dataregis, de capital nacional, foi criada durante os anos da<br />

reserva de mercado <strong>para</strong> a produção pioneira de caixas registradoras eletrônicas no<br />

país. Seu faturamento provém totalmente da <strong>Automação</strong> Comercial, produzindo,<br />

além das caixas registradoras, soluções de automação diversas, como terminais<br />

PDV, sistema de preenchimento de cheques, scanners de mesa e de mão,<br />

impressoras fiscais entre outras. A empresa vem desenvolvendo tecnologia própria<br />

<strong>para</strong> diversos produtos.<br />

A Unisys, esta entre as quatro principais empresas mundiais do setor,<br />

entretanto é a única que não têm fabricação de hardware no país. Outras empresas<br />

como Sid, Zanthus, NCR e Sweda vêm perdendo nos últimos anos a participação no<br />

mercado.<br />

A IBM que é uma das empresas líderes mundiais neste segmento, começou a<br />

atuar mais agressivamente no mercado nacional a partir de 1993, tendo forte<br />

representatividade no segmento no Brasil, onde atua em quatro frentes principais:<br />

1. Serviços de informática de maneira geral (processamento de dados até<br />

consultoria, instalação de redes e software);<br />

2. Mainframes;<br />

3. Microcomputadores; e<br />

4. <strong>Automação</strong> comercial, em que dispõe de toda a gama de componentes de<br />

soluções <strong>para</strong> automação, a maioria com tecnologia própria.<br />

4.6.3.2. Situação do Mercado de Soluções<br />

As duas maiores empresas do mercado são a IBM e Itautec Philco (Gráfico<br />

18) que representam cerca de 60% do mercado de negócios específicos <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong> Comercial incluindo:<br />

1. Marketing;<br />

2. Comercialização;<br />

3. Projeto/desenvolvimento de equipamentos; e<br />

4. Montagem/fabricação.<br />

232


4.6.4. Produtos<br />

Gráfico 18 - Mercado <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> Comercial.<br />

Fonte: BNDES, 2007.<br />

Nos dias atuais torna-se cada vez mais intensa a utilização no comércio de<br />

um PDV conectado a um microcomputador, ou dependendo do porte do<br />

estabelecimento, em uma rede de microcomputadores, concentrando assim as<br />

funções de controle da empresa, tais como caixa, consulta a lista de preços, controle<br />

de estoques, faturamento, compras entre outras. Os principais produtos tecnológicos<br />

utilizadas no mercado da <strong>Automação</strong> Comercial são ilustrados na Figura 16.<br />

233


Figura 16 - Produtos e Serviços <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> Comercial.<br />

Fonte: DKAL <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Comercial, 2008.<br />

No Anexo IX deste panorama é apresentada a relação de todos os produtos<br />

nacionais do segmento de <strong>Automação</strong> Comercial, cadastrados na ABINEE.<br />

No Apêndice VI é apresentado uma descrição sucinta dos principais produtos<br />

do segmento de <strong>Automação</strong> Comercial.<br />

4.6.5. Marco Regulatório<br />

A <strong>Automação</strong> Comercial têm sido fundamental <strong>para</strong> o crescimento e<br />

fortalecimento do setor. Sem o uso intensivo da tecnologia, distribuidores e<br />

atacadistas não teriam alcançado o nível de desenvolvimento atual. O<br />

gerenciamento correto e preciso das operações, vem sendo o principal fator de<br />

234


melhoria na qualidade das empresas deste setor. Isto é proporcionado pela<br />

disponibilidade de informações devido ao uso correto da automação,<br />

As caixas registradoras mecânicas foram os primeiros equipamentos<br />

colocados em um ponto de venda com a finalidade de controlar as operações<br />

comerciais. As caixas registradoras eletrônicas só surgiram nos anos 70, sendo<br />

sucedidas pelos terminais de ponto de venda (PDV), que utilizam recursos de<br />

informática, a partir de leitores de códigos de barras (scanners) ou canetas ópticas.<br />

De forma intensiva e em quase todas as empresas do setor, o código de<br />

barras está hoje no produto, na caixa e no pallet, formando a base <strong>para</strong> todo o<br />

processo de automação do setor. Mesmo naqueles que ainda não usam o código<br />

desde a entrada de mercadorias até a saída, essa tendência já é bem clara, tanto<br />

entre atacadistas como entre distribuidores, sendo cada vez mais frequente a<br />

utilização de sistemas por etiqueta magnética RFID (Radio-Frequency IDentification),<br />

caracterizando a tendência atual de acompanhamento do produto em toda a sua<br />

cadeia, reduzindo estoques e controlando o mercado de distribuição do produto.<br />

Hoje os sistemas de automação comercial envolvem como elemento principal<br />

ainda o PDV composto, na maioria dos casos, de teclado do operador, leitor óptico<br />

(scanner), monitor de vídeo (alguns modelos com display do cliente), impressora de<br />

cupom fiscal e, também, impressora de cheques. O conjunto de PDVs é conectado<br />

em rede a um servidor ou um microcomputador, dependendo do porte do<br />

estabelecimento - que concentra as funções de controle da empresa, tais como<br />

caixa, consulta a lista de preços, controle de estoques, faturamento, compras, entre<br />

outras.<br />

Além da economia de tempo do cliente, redução de estoques e análise de<br />

aceitação de um determinado produto no mercado, outro apelo de mercado de uma<br />

loja automatizada é a prestação de novos serviços de forma eletrônica diretamente<br />

no ponto de venda que é, assim, transformado em ponto de serviço. Como exemplo,<br />

pode-se citar os serviços bancários, onde a possibilidade de conexão direta de<br />

empresas com os bancos reduz custos tanto da empresa quanto do banco, e a<br />

movimentação eletrônica é bem mais barata que os custos de processamento de um<br />

cheque.<br />

235


É crescente, ainda, o uso da automação comercial como fator de<br />

cumprimento da legislação fiscal, evitando a sonegação e mantendo registros<br />

invioláveis das operações comerciais.<br />

O segmento de mercado da <strong>Automação</strong> Comercial movimenta em torno um<br />

bilhão de reais por ano, e a entidade de abrangência nacional: AFRAC <strong>–</strong> Associação<br />

Brasileira de <strong>Automação</strong> Comercial é a entidade gestora nessa área, tendo como<br />

principal missão divulgar e promover o crescimento da automação comercial no país.<br />

4.6.6. Principais Benefícios da <strong>Automação</strong> Comercial<br />

A <strong>Automação</strong> Comercial é atualmente considerada um dos setores mais<br />

promissores <strong>para</strong> o mercado de tecnologia, permitindo agilizar vendas, controlar o<br />

fluxo de negócios e conhecer bem os clientes, o que é a meta de qualquer<br />

organização, independentemente do tamanho da empresa.<br />

Ao mesmo tempo, o consumidor está cada vez mais exigente. Hoje o cliente<br />

quer encontrar uma variedade maior de produtos à sua disposição, deseja ser mais<br />

bem atendido e, principalmente, procura sempre preços mais compatíveis. Com isso,<br />

os comerciantes começaram a vislumbrar que a automação comercial pode gerar<br />

ótimos resultados em seu negócio, como pode ser constatado nos supermercados e<br />

lojas de departamento, entre outras, que passaram a apresentar excelentes<br />

resultados comerciais com a utilização da informática.<br />

Dentre os principais benefícios da automação comercial <strong>para</strong> uma empresa,<br />

podem-se destacar as seguintes:<br />

Informatização das operações internas e integração ao mundo externo<br />

(fornecedores, bancos, operadoras de cartão de crédito, consumidor,<br />

entre outras);<br />

Maior controle e gestão do negócio com acesso a informações contábeis,<br />

controles fiscais e operacionais;<br />

Garantia de maior velocidade de processamento na verificação de<br />

informações;<br />

Maior rapidez no atendimento a clientes no caixa;<br />

Redução de tarefas manuais;<br />

Redução de erros e custos e aumento na confiabilidade;<br />

236


Aumento significativo no fluxo de clientes por check-out;<br />

Aumento da satisfação de clientes;<br />

Aumento na segurança, permitindo a detecção de cheques roubados,<br />

sustados e falsificados;<br />

Maior agilidade na troca e devolução de mercadorias; e<br />

Redução desgaste de seus funcionários.<br />

Atualmente, não há mais razões <strong>para</strong> que os pequenos e médios<br />

comerciantes deixem de investir em automação comercial, devendo ser encarada<br />

como um importante investimento pelo comerciante empreendedor que pretende,<br />

por meio de um controle efetivo de suas operações comerciais, aperfeiçoar sua<br />

gestão, buscando eficiência e produtividade.<br />

4.6.7. Principais Resultados<br />

A <strong>Automação</strong> Comercial vem sendo muito importante <strong>para</strong> o desenvolvimento<br />

da indústria em geral, trazendo melhoria nos produtos e processos. Ainda mais<br />

porque possibilitou a ampliação dos índices de produtividade e, tanto nesses<br />

segmentos como em outros, foi possível transferir o trabalhador de atividades<br />

mecânicas <strong>para</strong> novas funções que exigem inteligência e qualificação.<br />

No segmento de <strong>Automação</strong> Comercial, observa-se forte tendência de<br />

expansão da automação <strong>para</strong> as empresas de menor porte, associada à maior<br />

utilização do código em todos os segmentos. Dessa forma, tem-se a certeza de que<br />

em alguns anos o nível de automação do setor será bastante ampliado, abrangendo<br />

praticamente todas as empresas, com uso de um número cada vez maior de<br />

ferramentas tecnológicas.<br />

A evolução da automação comercial vem ocorrendo de forma muito rápida<br />

sendo importante destacar dois aspectos fundamentais do mercado:<br />

a) Necessidade de redução de custos com maior eficiência nas operações,<br />

onde ainda há muito mais a ganhar, principalmente nas empresas que<br />

automatizaram a frente de loja, mas não a retaguarda; e<br />

b) Capacidade de manutenção do negócio de supermercados diante do<br />

desenvolvimento do B2B (business-to-business) e do B2C (business-to-<br />

237


consumer). A automação facilita a vida do cliente no supermercado e isso<br />

será cada vez mais verdadeiro com a adoção de novas ferramentas. O<br />

cliente continuará querendo ir ao supermercado, mesmo que algumas<br />

vezes faça a compra pela Internet.<br />

Pode-se citar o exemplo da indústria farmacêutica e comércio de<br />

medicamentos, onde desde 1998 o código de barras <strong>para</strong> identificação de<br />

medicamentos passou a ser obrigatório obedecendo à Resolução da Agência<br />

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).<br />

Sua utilização é importante <strong>para</strong> agilizar os processos, evitar erros e reduzir<br />

custos das operações comerciais, sendo também um mecanismo que confere ao<br />

produto um selo de identificação impresso e indelével. Hoje, o código é usado por<br />

toda a indústria, sendo crescente sua utilização no varejo de medicamentos. Ele<br />

permite a automação dos processos de venda e identificação de produtos no varejo,<br />

na distribuição e no transporte, sendo fundamental <strong>para</strong> aumentar a eficiência e<br />

segurança no descarte de produtos em hospitais, por meio do desenvolvimento de<br />

ferramentas <strong>para</strong> caracterizar as embalagens.<br />

Pode-se verificar que a indústria farmacêutica vem sofrendo um processo<br />

contínuo e crescente de automação, tanto nas operações industriais como no setor<br />

de embalagem e na logística, com aperfeiçoamento contínuo, sempre buscando<br />

garantir a qualidade dos produtos, sendo previsto <strong>para</strong> os próximos anos o uso de<br />

dispositivos robóticos, seguindo o caminho da indústria automobilística.<br />

4.6.8. Considerações<br />

<strong>Automação</strong> Comercial contribui decisivamente <strong>para</strong> que empresas<br />

conquistem e mantenham clientes, permitindo um aumento de receita. Esses<br />

benefícios resultam das potencialidades geradas pela informatização, em termos de:<br />

Eliminação de atividades que não agregam valor <strong>para</strong> o consumidor, ou seja,<br />

atividades que representam custos adicionais <strong>para</strong> o lojista, mas que o cliente<br />

não percebe como um serviço importante <strong>para</strong> ele, como acontece nas<br />

tarefas burocráticas e administrativas, que representam despesas <strong>para</strong> o<br />

comerciante e não acrescentam nada <strong>para</strong> o cliente;<br />

238


Aumento da fidelidade do cliente pela melhoria, padronização e, ao mesmo<br />

tempo, percepção de individualização do atendimento; e<br />

Captação, processamento e utilização de informações confiáveis e baratas.<br />

Os principais benefícios da <strong>Automação</strong> Comercial podem ser qualificados em<br />

termos operacionais, de governança e legais, e são descritos a seguir:<br />

a) Operacionais<br />

Redução dos custos de atendimento, logística e compras;<br />

Redução no tempo de atendimento ao cliente;<br />

Melhor comunicação com o cliente, através da emissão de cupons fiscais<br />

com discriminação de produtos, exibição clara e correta de preços e<br />

condições, etc.;<br />

Segurança e rapidez na liberação de cheques e cartões de crédito, na<br />

concessão de crédito e na negociação de preço ou prazo com o<br />

consumidor;<br />

Segurança e agilidade na devolução e troca de produtos;<br />

Redução de erros por conta da captação automática de dados e eliminação<br />

de transcrições, do uso de fontes cadastrais únicas, do monitoramento de<br />

funcionários, etc.<br />

Eficiência em serviços tais como: entrega domiciliar e venda por<br />

encomenda; e<br />

Redução de papéis e documentos.<br />

b) Gestão e Gerenciamento<br />

Comunicação ágil e segura com fornecedores e clientes;<br />

Facilidade <strong>para</strong> a apuração de margens, giro de estoque, descontos, etc.,<br />

do mais baixo nível de detalhe possível (por item) até os mais diversos<br />

resumos agregados, como por departamentos, grupos ou categorias de<br />

produtos, de compradores, grupos de compradores, etc.;<br />

Segurança e rapidez no inventário de mercadorias e no controle financeiro<br />

dos estoques;<br />

Redução dos custos, aumento da segurança e agilidade da contabilização;<br />

239


Maior eficiência na administração do fluxo de caixa; e<br />

Maior agilidade na avaliação de risco de crédito, inadimplência, etc.<br />

c) Conformidades Legais<br />

Apuração correta de impostos com representação confiável de operações;<br />

Redução dos custos de apuração e controle de tributos; e<br />

Maior eficiência no planejamento tributário.<br />

4.7. <strong>Automação</strong> Bancária<br />

4.7.1. Introdução<br />

Nos dias atuais, a automação bancária vem crescendo continuamente e<br />

alguns serviços estão intimamente ligados a nossa vida cotidiana, dentre eles, os<br />

sistemas automáticos de transferência de fundos e serviços de auto-atendimento.<br />

No Brasil, o setor bancário vem investindo pesadamente em soluções de<br />

automação que, pelas peculiaridades e correntes da longa convivência com a<br />

inflação e da realidade tributária, deram origem a uma indústria pujante. O estudo<br />

desse segmento é bastante oportuno no momento em que ocorre um avanço do<br />

capital externo no controle de instituições financeiras locais que, a exemplo de<br />

outros setores, pode levar a encomendas junto a fornecedores que se constituem<br />

em parceiros estratégicos globais dos novos controladores.<br />

Com o advento da nova legislação tributária (ICMS), no que diz respeito à<br />

obrigatoriedade de emissão eletrônica de cupom fiscal, há perspectivas concretas de<br />

aumento na taxa de automação das atividades comerciais, principalmente de<br />

pequenas e médias empresas.<br />

Isso deve ocorrer na medida em que a referida legislação obriga que<br />

estabelecimentos com faturamento anual mínimo de R$ 120 mil emitam cupom<br />

fiscal. Observe-se que tal mudança objetiva a diminuição da sonegação,<br />

particularmente do ICMS. Dessa forma, torna-se oportuno proceder à atualização do<br />

estudo sobre automação comercial, um dos objetivos do presente trabalho. Além<br />

disso, verifica-se que a tendência das empresas líderes do segmento é tratar os<br />

segmentos de <strong>Automação</strong> Comercial e Bancária de forma integrada, daí surgindo à<br />

240


motivação <strong>para</strong> ampliar o escopo do estudo sobre automação. Como exemplos,<br />

podem ser citados a transferência automática de fundos, atividade originariamente<br />

bancária, que passa a ser realizada em pontos de venda das lojas, e a colocação de<br />

terminais de auto-atendimento bancário no comércio.<br />

Além disso, verificou-se a presença de empresas nacionais em posição<br />

destacada no ranking setorial de automação. Isso denota competência e viabilidade,<br />

tanto tecnológica como física, <strong>para</strong> disponibilizar grande parte das soluções de<br />

automação comercial e bancária demandadas pelo mercado, o que se traduz em<br />

impacto altamente positivo na indústria instalada no país, reforçado pela expectativa<br />

de aumento significativo na taxa de automação de estabelecimentos comerciais, em<br />

virtude da nova sistemática de emissão de cupom fiscal, anteriormente comentada.<br />

No presente texto, pretende-se atualizar <strong>–</strong> no caso da automação comercial <strong>–</strong> e<br />

sistematizar dados e conhecimentos sobre os segmentos de <strong>Automação</strong> Comercial e<br />

Bancária, além de apresentar uma discussão sobre as oportunidades de atuação do<br />

BNDES, tanto no apoio à modernização do setor comercial quanto na consolidação<br />

de uma oferta interna de soluções competitivas em termos do mercado global de<br />

<strong>Automação</strong> Comercial e Bancária.<br />

4.7.2. Empresas<br />

No Anexo X deste panorama é apresentada a relação das principais<br />

empresas que atuam no segmento de <strong>Automação</strong> Bancária, cadastradas na<br />

ABINEE, e seus produtos.<br />

4.7.3. Produtos e Serviços<br />

No Anexo XI deste panorama é apresentada a relação dos produtos do<br />

segmento de <strong>Automação</strong> Bancária, cadastradas na ABINEE, e seus produtos.<br />

No Apêndice VII é apresentada uma descrição sucinta dos principais produtos<br />

do segmento de <strong>Automação</strong> Bancária.<br />

241


4.7.4. Cenário Atual do Segmento de <strong>Automação</strong> Bancária<br />

Os efeitos das recentes mudanças no controle acionário de alguns bancos,<br />

vendidos a investidores estrangeiros, e do aumento de participação dos<br />

fornecedores internacionais no mercado brasileiro já se fazem sentir sobre a balança<br />

comercial, que apresenta posições deficitárias crescentes, embora ainda pequenas,<br />

em itens como ATMs, terminais de auto-atendimento e mecanismos dispensadores.<br />

O nascimento da indústria de equipamentos <strong>para</strong> automação comercial a<br />

partir da expansão das empresas de equipamentos <strong>para</strong> automação bancária e da<br />

evolução de pequenas fabricantes de PDVs brasileiras nascidas durante a reserva<br />

de mercado <strong>para</strong> a informática dotou o segmento de <strong>Automação</strong> Comercial de<br />

algumas características comuns à automação bancária. As mais importantes são a<br />

existência de desenvolvimento local de produtos e de alguns fabricantes de<br />

componentes e periféricos, cabendo destacar os mecanismos impressores e os<br />

teclados. Entretanto, a forte presença de fornecedores de soluções e demandantes<br />

internacionais faz com que os impactos sobre a balança comercial não sejam tão<br />

significativos quanto na automação bancária. Os subfornecedores, por seu lado,<br />

também vêm sentindo a concorrência internacional, evidenciada nos valores<br />

crescentes do déficit comercial de mecanismos de impressão, mesmo levando-se<br />

em consideração a expansão do mercado de impressoras fiscais.<br />

É importante observar a quase inexistência do problema das importações<br />

ilegais de equipamentos nos dois mercados de automação. As soluções ofertadas<br />

não podem ser qualificadas de commodities, pois, além da necessária homologação<br />

de produtos por motivos fiscais, são fortemente diferenciadas pela tecnologia e pelo<br />

software. Assim, <strong>para</strong> ser competitiva, uma empresa precisa ir muito além de uma<br />

simples redução de custos, pois o que está em jogo é a capacidade de<br />

desenvolvimento e a qualidade dos serviços, entre os quais o de suporte.<br />

4.7.5. Considerações<br />

A área de <strong>Automação</strong> Bancária no Brasil vem crescendo continuamente e<br />

alguns serviços estão intimamente ligados a nossa vida cotidiana, dentre eles, os<br />

sistemas automáticos de transferência de fundos e serviços de auto-atendimento.<br />

242


No Brasil, o setor bancário vem investindo pesadamente em soluções de<br />

automação que, pelas peculiaridades e correntes da longa convivência com a<br />

inflação e da realidade tributária, deram origem a uma indústria pujante, considerada<br />

na fronteira do conhecimento.<br />

O estudo desse segmento é bastante oportuno no momento em que ocorre<br />

um avanço do capital externo no controle de instituições financeiras locais que, a<br />

exemplo de outros setores, pode levar a encomendas junto a fornecedores que se<br />

constituem em parceiros estratégicos globais dos novos controladores.<br />

4.8. Dimensões Comuns<br />

4.8.1. Talento<br />

4.8.1.1. Nível de Emprego<br />

Os dados a seguir apresentados refletem a Nota Técnica da ABINEE 7 e se<br />

referem a avaliação conjuntural do setor eletroeletrônico no 4º trimestre de 2008.<br />

Reflexo do desempenho econômico nos últimos anos refletiu no aumento de<br />

4,4% no número de empregados no setor, que passou de 156,1 mil funcionários, no<br />

final de dezembro de 2007, <strong>para</strong> 163 mil funcionários, no final de junho/08 (Gráfico<br />

19). Estes dados refletem um bom desempenho da economia do país, fator<br />

fundamental <strong>para</strong> a atividade da indústria eletroeletrônica.<br />

a) Número de empregados do setor nos últimos 3 anos (em mil).<br />

7 Nota Técnica produzida pelo Departamento de Economia da ABINEE (DECON),17/03/2009.<br />

243


) Número de empregados do setor nos últimos anos (em mil).<br />

Gráfico 19 <strong>–</strong> Número de Empregados no setor.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Outra consequência do esfriamento do mercado foi a redução do número de<br />

empregados no setor eletroeletrônico, que chegou a atingir 165 mil no mês de<br />

outubro de 2008, caindo <strong>para</strong> 164 mil em novembro de 2008 e <strong>para</strong> 162 mil no final<br />

de dezembro de 2008. Apesar dessa queda, o setor encerrou 2008 empregando 162<br />

mil pessoas, quase 6 mil a mais do que o registrado no final de 2007 (Gráfico 19).<br />

O crescimento da renda e do emprego, aliado às novidades dos modernos<br />

bens de consumo dos segmentos de telefonia e de computação, tem sido importante<br />

<strong>para</strong> alavancar as vendas dessa indústria. Por sua vez, os investimentos no estoque<br />

de capital e na infraestrutura do país motivam a indústria de bens de capital<br />

representada pelas áreas de GTD <strong>–</strong> Geração, Transmissão e Distribuição de Energia<br />

Elétrica, Equipamentos Industriais e <strong>Automação</strong> Industrial, além das indústrias de<br />

Informática e de Telecomunicações.<br />

O Quadro 6 do subitem 4.2.2.2 relativo a análise econômica do setor de<br />

<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresenta o número de empregados ligados ao setor de<br />

<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, por grupo de atividades segundo os códigos da CNAE.<br />

4.8.1.2. Resultados referentes ao estoque e a geração de empregos no setor<br />

Em 2007, o número total de empregados no setor atingiu 155,0 mil, cerca de<br />

12,1 mil a mais do que no final de 2006 (142,9 mil). As áreas de Informática, GTD e<br />

Equipamentos Industriais foram responsáveis por cerca de 80% dos novos<br />

empregos gerados. É importante lembrar que, no início dos anos 90, em virtude do<br />

forte ajuste provocado pelo processo de abertura comercial do país, o número de<br />

empregos no setor caiu drasticamente.<br />

244


4.8.2. Infraestrutura Sócio-Politico-Institucional<br />

Estruturas políticas que apóiam a inovação, incluindo: proteção à propriedade<br />

intelectual, regulação de negócios, marco legal, ações em curso, Instituições,<br />

estruturas <strong>para</strong> colaboração entre os stakeholders de inovação, incluindo elementos<br />

necessários <strong>para</strong> proteção e preservação do meio-Ambiente e impactos do setor,<br />

políticas de trocas e substituição de produtos, processos considerando impacto<br />

ambiental e reciclagem.<br />

4.8.2.1. Questão Sócio-Ambiental<br />

Dentro da cadeia produtiva de um produto automatizado é importante<br />

considerar a reutilização e reciclagem na área de eletroeletrônicos, que necessita de<br />

uma abrangência maior, mais eficaz e eficiente na criação de postos de reciclagem,<br />

postos de coletas, transporte, envolvendo toda uma logística <strong>para</strong> neutralizar o<br />

impacto ambiental pós-produção.<br />

4.8.2.1.1. Desenvolvimento Sustentável<br />

Dentre os novos desafios da humanidade, surge a obrigação de refletir sobre<br />

o problema de desenvolvimento sem comprometer nossas próximas gerações,<br />

aspecto ainda não contemplado nas regras de desenvolvimento de países<br />

industriais, onde a maior parte da legislação ambiental contempla muito poucos<br />

aspectos ambientais, e o nível de degradação do planeta aumenta a cada dia.<br />

Assim, se for contemplada uma visão de longo prazo das consequências de<br />

um desenvolvimento industrial e o futuro do planeta, um desenvolvimento industrial<br />

sustentável deverá se apoiar em três alicerces: o meio-ambiente, o aspecto social e<br />

o contexto econômico (Figura 17).<br />

245


Figura 17 - Alicerces de um Desenvolvimento industrial sustentável.<br />

Fonte: Frachet, 2008.<br />

Segundo CNI (2002), o documento, conhecido como Agenda 21, foi elaborado<br />

em 1992, quando chefes de Estado e de Governo do mundo inteiro estiveram<br />

reunidos no Rio de Janeiro, e aprovaram por consenso um conjunto de princípios<br />

que tinha como objetivo lançar novas bases <strong>para</strong> a produção e distribuição das<br />

riquezas geradas pelo trabalho humano, que contemplassem a utilização adequada<br />

dos recursos oferecidos pelo planeta e assegurando a todos o direito a viver. Este<br />

documento contendo 40 capítulos apontou caminhos e definiu as responsabilidades<br />

de cada agente social na busca do desenvolvimento sustentável.<br />

Um destes capítulos tratou diretamente do papel da indústria nesse processo.<br />

Parte do reconhecimento de sua importância decisiva na promoção do<br />

desenvolvimento econômico e social de cada país. E aponta o desafio: ―As políticas<br />

e operações do comércio e da indústria, inclusive das empresas transnacionais,<br />

podem desempenhar um papel importante na redução do impacto sobre o uso dos<br />

recursos e o meio ambiente por meio de processos de produção mais eficientes,<br />

estratégias preventivas, tecnologias e procedimentos mais limpos de produção ao<br />

longo do ciclo de vida do produto, assim minimizando ou evitando os resíduos.<br />

Inovações tecnológicas, desenvolvimento, aplicações, transferências e os aspectos<br />

mais abrangentes da parceria e da cooperação são, em larga medida, da<br />

competência do comércio e da indústria.‖ (CNI, 2002).<br />

Em 2002, uma nova Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em<br />

Joanesburgo, teve a oportunidade de avaliar o quanto se avançou no período. Para<br />

246


a indústria brasileira, foi o momento de refletir sobre sua atuação na busca da<br />

sustentabilidade sócio-econômico-ambiental, bem como no combate à pobreza e às<br />

desigualdades que fragilizam nossa sociedade.<br />

Não considerar um desses fatores pode acarretar um desequilíbrio do<br />

sistema. No entanto, <strong>para</strong> coordenar esse conjunto de fatores torna-se<br />

imprescindível ter uma política social coerente em todo o contexto, análise técnica e<br />

social, de modo que as decisões sejam tomadas no sentido de preservar, antes de<br />

interesses particulares, os interesses da sociedade.<br />

4.8.2.1.2. Impactos Ambientais do Processo de Produção<br />

Impacto ambiental, segundo o Conselho Nacional de Meio Ambiente<br />

(CONAMA) - 01/86, ―é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e<br />

biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia<br />

resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam:<br />

I - a saúde, a segurança e o bem estar da população;<br />

II - as atividades sociais e econômicas;<br />

III <strong>–</strong> o conjunto de seres vivos, flora e fauna, que habitam ou habitavam um<br />

determinado ambiente geológico (Biota);<br />

IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e<br />

V - a qualidade dos recursos ambientais.<br />

4.8.2.1.2.1. Classificação de Produtos Perigosos e Não Perigosos<br />

O processo produtivo provoca impactos ambientais negativos relevantes,<br />

sobretudo no quesito geração de resíduos sólidos, a saber:<br />

Classe I (perigosos) <strong>–</strong> aqueles que, em função de suas características<br />

intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou<br />

patogenicidade apresentam riscos à saúde pública por meio do aumento da<br />

mortalidade ou da morbidade, ou ainda que provoquem efeitos adversos ao<br />

meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.<br />

Classe II A (não-inertes) <strong>–</strong> resíduos que podem apresentar características de<br />

alta capacidade de combustão, não serem biodegradáveis e com baixa taxa<br />

247


de solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio<br />

ambiente, não se enquadrando nas classificações dos outros resíduos.<br />

Classe II B (inertes) <strong>–</strong> aqueles que, por suas características intrínsecas, não<br />

oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, e que, quando amostrados de<br />

forma representativa, segundo a norma ABNT/NBR 10007, e submetidos a<br />

um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, à<br />

temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma<br />

ABNT/NBR 10006, não apresentam nenhum de seus constituintes<br />

solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da<br />

água, conforme listagem n.º 8 (Anexo H da ABNT/NBR 10004). Excetuam-se<br />

os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. Caso o resíduo não se<br />

enquadre na classificação acima, é importante realizar análises laboratoriais e<br />

avaliar se há presença de substâncias que conferem periculosidade.<br />

(ALMEIDA, 1994).<br />

Em se tratando de efluentes líquidos, o descarte inadequado das águas com<br />

resíduos tóxicos das cabines de pintura e de borras de tinta e de banhos químicos<br />

causa impacto de grande relevância, pois podem contaminar o corpo hídrico<br />

receptor, lençol freático ou solo, acarretando grandes prejuízos econômicos e<br />

ambientais <strong>para</strong> a sociedade civil e governo. A prática de descartar resíduos sem o<br />

devido tratamento é ilegal, passível de detenção e multas. Segundo o art. 33 da Lei<br />

nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, constitui crime ambiental provocar, pela<br />

emissão de efluente ou carregamento de materiais, o perecimento de espécimes da<br />

fauna aquática, sendo a pena de detenção de um a três anos, ou multa, ou ambos<br />

cumulativamente.<br />

Produtos químicos voláteis, como o solvente contido em tintas, adesivos e<br />

colas são liberados no ar e, segundo SILVA (2002), podem causar irritações nas<br />

membranas da mucosa, metamoglobinemia e cianose, além de apresentar<br />

mobilidade e potencial de bioacumulação. Algumas tintas <strong>para</strong> acabamento contêm<br />

Compostos Orgânicos Voláteis - VOCs e são altamente perigosos <strong>para</strong> a saúde do<br />

trabalhador que lida diretamente com o produto, bem como <strong>para</strong> o meio ambiente<br />

(LIMA, 2005).<br />

248


4.8.2.1.2.2. Ações Sustentáveis e o Uso de Tecnologias Limpas<br />

Para conservar e usar sustentavelmente um recurso é fundamental minimizar<br />

os desperdícios. Para Almeida (1994), tecnologias podem e devem ser adotadas<br />

<strong>para</strong> solucionar problemas e aproveitar os resíduos nas indústrias. As alternativas<br />

tecnológicas, contudo, devem ser avaliadas dentro de uma perspectiva de<br />

viabilidade tecnológica, econômica e ambiental. Segundo o autor, dentre as<br />

tecnologias que visam reduzir os danos ambientais proporcionando uma produção<br />

sustentável, incluem-se:<br />

Redução de uso de matérias-primas na fonte: reduzindo o consumo de<br />

materiais ao longo do ciclo de vida do produto, reduz-se também a<br />

quantidade de resíduos gerados;<br />

Recuperação de material: os materiais devem estar o mais próximo do seu<br />

estado natural <strong>para</strong> que possam ser recuperados;<br />

Recuperação, reutilização e disposição de resíduos: adoção de<br />

tecnologias que recuperem os resíduos, aproveitando o máximo a matéria-<br />

prima, obtendo ganhos ambientais e econômicos. Àqueles resíduos que<br />

não puderem ser reaproveitados dar-se-á destinação correta de<br />

disposição; e<br />

Recuperação de embalagens: as embalagens podem ser reaproveitadas,<br />

reutilizadas ou recicladas.<br />

4.8.2.1.3. Lixo Eletrônico<br />

São Resíduos de Aparelhos Elétricos Eletrônicos (RAEE) chamados<br />

popularmente no Brasil de ―sucata de informática‖, ―lixo eletrônico‖ ou ―lixo<br />

tecnológico‖ e, no exterior, WEEE (Waste Electrical and Electronic Equipment),<br />

Electronic Waste ou e-Waste. A União Européia implementou em janeiro de 2003 um<br />

sistema de responsabilidades ambientais, descrito na Diretiva 2002/96/EC, e que<br />

foram adaptadas e efetivadas em leis de muitos países. No Brasil leis semelhantes<br />

devem ser aprovadas, com incentivo <strong>para</strong> a reciclagem de sucata de informática<br />

(Sato, 1996).<br />

249


4.8.2.1.3.1. Reciclagem da Sucata de Eletroeletrônicos<br />

Uma palavra cada vez mais utilizada em <strong>Automação</strong> é a desmanufatura de<br />

um equipamento ou produto, que significa a capacidade de devolver na cadeia<br />

produtiva a matéria-prima dele originário. A desmanufatura permite recuperar metais,<br />

plásticos, vidros e outros componentes, além de metais preciosos de difícil<br />

se<strong>para</strong>ção que exigem alto grau tecnológico de metalurgia. Entretanto, são<br />

encontrados diversos elementos contaminantes, como fósforo, chumbo, cromo,<br />

cádmio e mercúrio, que requerem tratamento especial.<br />

Existem soluções técnicas simples ou extremamente caras <strong>para</strong> o tratamento<br />

da sucata de eletroeletrônicos, porém problemas relacionados à escala de custos,<br />

logística, legislação e cultura, dificultam o trabalho da reciclagem.<br />

Um exemplo disso pode ser verificado com a existência de computadores em<br />

desuso nos Estados Unidos, onde a Agência de proteção ambiental (EPA) alerta que<br />

75% destes equipamentos ainda estão armazenados em garagens e armários, à<br />

espera de serem reutilizados, reciclados ou simplesmente descartados.<br />

Um típico monitor de PC (Personal Computer) pode conter até 25% do seu<br />

peso em chumbo, por isso alguns estados dos EUA desenvolveram políticas que<br />

proíbem o descarte de qualquer lixo eletrônico, principalmente CRTs (Cathode Ray<br />

Tubes), ou tubos de imagens, nos aterros sanitários.<br />

Devido às fracas leis ambientais e trabalhistas, países da Ásia e África<br />

recebem lixo eletrônico (e-Waste) muitas vezes ilegalmente, e usam métodos de<br />

incineração e eliminação descontrolada que, por conta do elevado grau de<br />

toxicidade de substâncias como o chumbo, mercúrio e cádmio, acabam por gerar<br />

graves problemas ambientais e de saúde pública.<br />

4.8.2.1.4. Reciclagem no Brasil<br />

A legislação brasileira trata os resíduos pelo elemento contaminante e<br />

determina o seu tratamento, porém apenas alguns manufaturados dispõem de<br />

normas legais de descarte, como pilhas e baterias, que são recebidos pelos<br />

fabricantes sem custo <strong>para</strong> o consumidor. A maioria dos produtos ainda não dispõe<br />

de leis específicas e tem seu custo ambiental pago pelo usuário. Por conta da<br />

desinformação, muitos resíduos tóxicos como monitores e reatores são vendidos<br />

250


como sucata e o que não é reaproveitado; vidro chumbo, fósforo, capacitor de<br />

ascarel e DHEP que acabam indo <strong>para</strong> um aterro sanitário.<br />

4.8.2.1.4.1. Resíduos Eletroeletrônicos<br />

Resíduos eletroeletrônicos possuem grandes quantidades de metais<br />

pesados, que destinados de forma incorreta podem acarretar diversos e graves<br />

problemas que podem acarretar impactos ambientais e danos à saúde pública<br />

causados por esses resíduos, aspectos da legislação ambiental vigente em relação<br />

ao tema, levantamento dos nichos que compõem esse mercado, bem como a<br />

receptividade dos mesmos em relação a uma possível importação de outros países<br />

<strong>para</strong> tratamento interno, além de uma estimativa do nível de conhecimento dos<br />

trabalhadores envolvidos nesse tipo de atividade acerca do assunto.<br />

A situação atual do lixo tecnológico no Brasil ainda é uma questão que requer<br />

muita atenção em relação à legislação ambiental específica, às iniciativas públicas,<br />

privadas ou da própria população, principalmente no que se diz respeito à<br />

aplicação prática das atitudes que visam garantir um manejo seguro, como também<br />

em relação às informações gerais sobre essa categoria de resíduos, necessitando<br />

de medidas mais eficazes <strong>para</strong> tratamento dos resíduos gerados internamente.<br />

4.8.2.1.4.2. Lâmpadas<br />

As lâmpadas de vapores metálicos, de mercúrio, de sódio ou fluorescentes,<br />

contêm em seu interior um metal pesado, o mercúrio metálico, substância tóxica que<br />

uma vez ingerida ou inalada, causa danos ao sistema nervoso de seres vivos, além<br />

de sérios prejuízos ao meio ambiente. Lâmpadas são resíduos altamente perigosos,<br />

que devem ser descontaminados por empresas especializadas. Os seguintes<br />

aspectos deverão ser considerados:<br />

Armazenamento: desde a entrega ou coleta das lâmpadas até o seu destino<br />

final que seria a reciclagem e descontaminação das lâmpadas;<br />

Baixo poder poluidor: pequenas quantidades de lâmpadas apresentam baixo<br />

potencial poluidor e podem ser enviadas segundo as instruções de<br />

armazenamento e transportes, respeitadas as determinações do órgão<br />

ambiental estadual do gerador do resíduo. Instituições com Sistema de<br />

251


Gestão Ambiental (SGA) encaminham as lâmpadas de acordo com os<br />

padrões do seu plano de gestão; outras, com Núcleos de Implementação de<br />

Gestão Ambiental seguem os requisitos da sua Licença de Operação (LO); e<br />

Reciclagem de lâmpadas <strong>–</strong> resíduos perigosos: Estima-se que cerca de 80<br />

milhões de lâmpadas são substituídas anualmente no Brasil, um grande<br />

passivo ambiental que necessita de cuidados especiais quanto à sua<br />

armazenagem, transporte e descontaminação.<br />

Lâmpadas contendo mercúrio, metal altamente perigoso conforme norma<br />

ABNT <strong>–</strong> NBR 10004/04 estão classificadas como Resíduo Classe 1, portanto<br />

necessitam de descarte controlado, sendo indicada a reciclagem de lâmpadas<br />

como medida ambiental adequada. A empresa Ativa Reciclagem utiliza um<br />

processo de reciclagem a seco, capturando o mercúrio durante a destruição da<br />

lâmpada. Após a desmanufatura e tratamento, o vidro, metais, fósforo e mercúrio<br />

são preferencialmente reaproveitados em sua cadeia produtiva de origem.<br />

Licenciada pela CETESB, a Ativa Reciclagem fornece o Laudo de Desmanufatura e<br />

Descontaminação de Lâmpadas, o que assegura ao gerador a destinação correta<br />

de seus resíduos tóxicos, em conformidade com as normas ambientais em vigor.<br />

4.8.2.1.4.3. Monitores e Televisores<br />

No interior de um televisor ou de um monitor de computador, encontra-se o<br />

frágil tubo de imagem e a sua ruptura é muito perigosa. Ao implodir, os estilhaços<br />

de vidro podem ferir gravemente pessoas próximas.<br />

Conhecidos como cinescópios, os tubos de raios catódicos ou popularmente<br />

―tubos de imagem‖ são identificados mundialmente pela sigla CRT e integram os<br />

monitores de computadores (PC) e televisores. Tubos de imagem constituem um<br />

grave problema ambiental, pois contém 25% do seu peso em chumbo e estão se<br />

tornando rapidamente obsoletos, sendo substituídos em larga escala pelas novas<br />

tecnologias de HDTV, plasma e LCDs. países como EUA e toda a União Européia<br />

dispõem de legislação específica <strong>para</strong> a reciclagem de monitores e televisores.<br />

252


4.8.2.1.4.3.1. Reciclagem e Desmanufatura de Monitores e Televisores<br />

O processo compreende o recebimento, contagem e etiquetagem dos<br />

monitores, televisores ou tubos de imagem, com os dados do cliente. A<br />

desmanufatura é iniciada com a utilização de ferramentas elétricas e manuais de<br />

desmontagem, sendo que as partes do gabinete e peças internas são se<strong>para</strong>das e<br />

acondicionadas em recipientes específicos, de acordo com os tipos de materiais. A<br />

sucata de eletroeletrônicos empregados na informática consiste de plásticos,<br />

componentes elétricos, componentes eletrônicos e sucata de metais que são<br />

encaminhados <strong>para</strong> reciclagem.<br />

O tubo de imagem segue na linha da desmanufatura e, por um processo de<br />

se<strong>para</strong>ção térmica e aspiração, desenvolvido pela Ativa Reciclagem, os resíduos<br />

tóxicos são retidos: vidro com chumbo do funil e pó de fósforo do painel. Nesta fase<br />

é obtido o vidro limpo do painel, que também é encaminhado <strong>para</strong> reciclagem. O<br />

Certificado de Desmanufatura e Destinação Ambiental Correta são então emitidos<br />

<strong>para</strong> o cliente.<br />

4.8.2.1.4.3.2. Armazenagem <strong>para</strong> Reciclagem de Monitores e Televisores<br />

Os monitores e televisores devem ser armazenados em local coberto, em<br />

caixas de papelão ou envoltos em plástico tipo bolha e enrolados com fitas plásticas<br />

<strong>para</strong> evitar quebras. Cinescópios que são resultado de desmanufatura de monitores<br />

ou televisores devem estar em lugar coberto, envoltos em plástico tipo bolha e em<br />

caixas de papelão, evite prateleiras e escolha um local isolado <strong>para</strong> armazená-los. É<br />

necessário cuidado, pois a ruptura do cinescópio é muito perigosa: ao implodir, os<br />

estilhaços de vidro podem ferir gravemente pessoas próximas.<br />

O pó fosfórico do interior do tubo se desprende, fica em suspensão no ar e<br />

pode provocar intoxicação se inalado. Aos poucos este pó atinge o solo e contamina<br />

o meio ambiente. No interior de um típico monitor, encontra-se uma grande<br />

quantidade de fósforo e chumbo <strong>–</strong> metal altamente perigoso, considerado Classe 1<br />

pela Norma ABNT-NBR 10004/04, por isto a reciclagem de monitores e televisores<br />

deve ser considerada como reciclagem de resíduo perigoso.<br />

253


4.8.2.1.4.4. Procedimentos <strong>para</strong> Descarte de Equipamentos Eletroeletrônicos<br />

Os procedimentos <strong>para</strong> descarte de equipamentos eletroeletrônicos devem<br />

obedecer a leis especificas de cada país. Na cidade de Kiryu, no Japão, por<br />

exemplo, esta regulamentada uma lei de descarte <strong>para</strong> aparelhos eletrodomésticos<br />

do Centro de Tratamento de Lixo onde não é permitido o recolhimento de aparelhos<br />

de ar-condicionado, televisores, refrigeradores, freezers ou máquinas de lavar como<br />

lixo volumoso. A Figura 18 apresenta um programa de reciclagem de equipamentos.<br />

Figura 18 - Fluxograma de reciclagem dos CRTs.<br />

Fonte: Cavalcanti, 1995.<br />

A seguir são apresentados alguns procedimentos utilizados atualmente <strong>para</strong><br />

se desfazer de tais itens:<br />

1. Deve-se contatar o local onde foi comprado o produto <strong>para</strong> averiguar o<br />

nome de uma agência de coleta autorizada <strong>para</strong> retornar o produto ao fabricante.<br />

Quando for solicitado o recolhimento de algum produto, o estabelecimento onde o<br />

produto originalmente foi ou será comprado irá cobrar pela taxa de coleta e<br />

reciclagem;<br />

2. O item a ser reciclado deve ser levado diretamente a uma agência de<br />

coleta autorizada, e esta irá retornar o produto ao fabricante. O nome do fabricante<br />

do produto deverá ser confirmado, <strong>para</strong> o envio da taxa de reciclagem pelo correio; e<br />

3. O cupom de reciclagem deve ser levado junto com o item a ser reciclado<br />

<strong>para</strong> a respectiva agência de coleta.<br />

254


4.8.2.1.5. Eletrônicos Verdes ou e-Coeficientes<br />

O Greenpeace publicou um estudo que analisa o impacto ambiental na<br />

produção de equipamentos eletroeletrônicos, designado eletroeletrônica verde ou e-<br />

coeficientes, o qual apresenta um ranking das empresas que usam menor<br />

quantidade de produtos tóxicos por equipamento produzido e apresentam planos<br />

eficazes de reciclagem e assim ganham melhores notas.<br />

Neste ranking, foram analisados quatorze fabricantes globais de produtos de<br />

TI, dentre os quais a Nokia e a Dell tiveram a melhor avaliação e lideram a lista. As<br />

piores colocações ficaram com Lenovo, Motorola e Acer.<br />

A boa colocação da Nokia deve-se aos esforços desta companhia em diminuir<br />

o uso de elementos tóxicos na fabricação de seus produtos. A favor da Nokia conta<br />

ainda o fato de seus celulares não usarem plástico PVC. Já a Dell obteve bom<br />

desempenho em função da abrangência e eficácia de seus projetos de reciclagem<br />

de computadores.<br />

Apesar de bem colocadas no ranking, Nokia e Dell não tiveram desempenho<br />

bom o suficiente <strong>para</strong> merecer o ―selo verde‖ que o Greenpeace concederá aos<br />

fabricantes de eletrônicos que executarem boas práticas ecológicas na fabricação de<br />

seus produtos. Esta listagem deverá ser atualizada a cada três meses, permitindo<br />

que empresas possam executar medidas ecológicas e consequentemente melhorar<br />

a sua posição neste ranking. O Quadro 26 apresenta o ranking do Greenpeace de<br />

quatorze fornecedores e suas respectivas pontuações.<br />

255


Quadro 26 - Ranking GreenPeace.<br />

Posição Empresa Nº de Pontos<br />

1 Nokia 7.0<br />

2 Dell 7.0<br />

3 HP 5.7<br />

4 Sony Ericsson 5.3<br />

5 Samsung 5.0<br />

6 Sony 4.7<br />

7 LG 4.3<br />

8 Panasonic 3.3<br />

9 Toshiba 3.0<br />

10 Fujitsu-Siemens 3.0<br />

11 Apple 2.7<br />

12 Acer 2.3<br />

13 Motorola 1.7<br />

14 Lenovo 1.3<br />

Fonte: Sato, 1996.<br />

4.8.2.1.6. Contexto Normativo Atual<br />

A indústria brasileira acredita nos princípios da Agenda 21 como base <strong>para</strong> a<br />

construção do desenvolvimento sustentável nas nações tendo como objetivo<br />

compatibilizar o crescimento econômico, em harmonia com o meio ambiente e a<br />

promoção da qualidade de vida das pessoas. Neste contexto, uma indústria<br />

competitiva tem um papel de relevância na geração de empregos, na indução<br />

tecnológica e na melhoria do bem-estar das pessoas.<br />

Passados 10 anos de construção da Agenda 21, muito se fez na indústria<br />

brasileira com o objetivo de implementar esta nova consciência pró-sustentabilidade.<br />

O parque industrial brasileiro avançou, entre outras medidas, na adoção de<br />

metodologias de produção mais limpas, na certificação segundo normas da ISO, no<br />

uso sustentável dos recursos naturais, na implementação de uma infraestrutura<br />

tecnológica de apoio e, em especial, na educação ambiental.<br />

As políticas e operações do comércio e da indústria, inclusive das empresas<br />

transnacionais, podem desempenhar um papel importante na redução do impacto<br />

sobre o uso dos recursos e o meio ambiente por meio de processos de produção<br />

mais eficientes, estratégias preventivas, tecnologias e procedimentos mais limpos de<br />

produção ao longo do ciclo de vida do produto, assim minimizando ou evitando os<br />

resíduos. Inovações tecnológicas, desenvolvimento, aplicações, transferências e os<br />

256


aspectos mais abrangentes da parceria e da cooperação são, em larga medida, da<br />

competência do comércio e da indústria.<br />

O modelo a ser adotado é a gestão compartilhada, ou seja, que divide a<br />

responsabilidade entre fabricante, consumidor e poder público pela destinação<br />

adequada de pilhas, baterias, lâmpadas, computadores e celulares usados.<br />

4.8.2.1.6.1. Política Nacional de Resíduos<br />

A Política Nacional de Resíduos (Projeto de Lei nº 203, de 1991) "dispõe<br />

sobre o acondicionamento, a coleta, o tratamento, o transporte e a destinação dos<br />

resíduos de serviços de saúde". Em setembro de 2007, o governo federal<br />

encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de Política Nacional de Resíduos<br />

Sólidos (Lei 1991/07) que estabelece diretrizes, instrumentos, responsabilidades e<br />

proibições <strong>para</strong> o gerenciamento dos resíduos sólidos no país, que ainda se<br />

encontra em fase de análise pelo Congresso.<br />

Este Projeto de Lei levou em conta parte das propostas debatidas ao longo<br />

dos últimos sete anos em seminários regionais e nacionais com diversos segmentos<br />

da sociedade civil. Entre os atores que partici<strong>para</strong>m ativamente do processo de<br />

elaboração e difusão de propostas voltadas <strong>para</strong> a gestão sócio-ambiental<br />

compartilhada de resíduos sólidos destacam-se o Fórum Nacional Lixo e Cidadania,<br />

o Fórum Lixo e Cidadania da Cidade de São Paulo e o Movimento Nacional de<br />

Catadores de Materiais Recicláveis.<br />

A prática governamental não se restringe à classificação dos trabalhadores<br />

pelo Ministério do Trabalho, estendendo-se a outras, como, por exemplo, a<br />

destinação de linhas de crédito pelo Banco do Brasil e pelo Banco Nacional de<br />

Desenvolvimento Econômico (BNDES) que visam a implantação de projetos ligados<br />

à reciclagem, o que inclui a formação de cooperativas de catadores.<br />

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE 2002),<br />

os resíduos sólidos domiciliares e comerciais coletados diariamente atingiram a<br />

marca de 228,4 mil toneladas, sem contar o que não é coletado e jogado em curso<br />

d‘água, terrenos baldios, lixões. Por trás destes números estão os impactos<br />

ambientais praticamente invisíveis aos olhos do cidadão: contaminação de lençóis<br />

257


freáticos e do solo pelo cromo e do ar pelos gases emitidos pela destinação<br />

inadequada (lixões) dos resíduos gerados por 3672 municípios (66% do total).<br />

A deposição de resíduos a céu aberto é considerada ilegal pela Lei de Crimes<br />

Ambientais, mesmo assim 59,5% eram destinados desta forma, ou seja, 146,8 mil<br />

toneladas por dia, no período da pesquisa. Para aterros controlados seguiam 19,9%<br />

dos resíduos coletados e apenas 14,9% iam <strong>para</strong> os aterros sanitários. Chama<br />

atenção o fato de terem sido destinados, nos últimos 14 anos, 154 milhões de reais<br />

<strong>para</strong> programas de gerenciamento de resíduos sólidos nas cidades brasileiras. A<br />

cultura de jogar o lixo longe dos olhos da população e junto a mananciais hídricos<br />

e/ou em solos férteis tem-se revelado mais forte do que a consciência dos gestores<br />

municipais quanto aos danos causados pela destinação inadequada.<br />

Mais invisível ainda na vida cotidiana nas cidades, são os danos causados à<br />

natureza pela extração de matérias-primas, consumo de energia e água <strong>para</strong> a<br />

produção de latas de alumínio (cujos índices de reciclagem são altamente<br />

comemorados e divulgados pelos fabricantes), de embalagens ―longa vida‖, de<br />

garrafas PET e dos mais de 500 tipos de plásticos que entram sorrateiramente em<br />

nossas casas com a insígnia da praticidade e da modernidade. Já as embalagens de<br />

vidro, retornáveis 35 vezes <strong>para</strong> a mesma finalidade, desaparecem crescentemente<br />

do mercado.<br />

O processo de construção de propostas <strong>para</strong> responsabilizar a cadeia<br />

produtiva revela a gravidade tanto da geração, quanto da destinação de resíduos<br />

urbanos e aponta <strong>para</strong> a importância de se instituir uma Política Nacional de<br />

Resíduos Sólidos na qual se criem instrumentos e mecanismos <strong>para</strong> frear a<br />

irresponsabilidade de gestores públicos municipais e ao mesmo tempo<br />

responsabilizar fabricantes, importadores, revendedores, comerciantes e<br />

distribuidores.<br />

Diante desta realidade, nos primeiros anos de 2000 o Fórum Nacional Lixo e<br />

Cidadania e o Fórum Lixo e Cidadania da Cidade de São Paulo, entre outras<br />

iniciativas no país, realizaram diversos debates que resultaram em propostas<br />

debatidas em vários eventos de caráter nacional. No âmbito do Fórum Social<br />

Mundial foram organizados debates e decidiu-se, em 2003, criar a Articulação por<br />

uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma rede virtual, com atores plurais,<br />

258


<strong>para</strong> discussão e formulação coletiva de proposições. As propostas de maior<br />

destaque prevêem a integração dos catadores avulsos e organizados em sistemas<br />

públicos municipais de reaproveitamento de resíduos e a erradicação do trabalho de<br />

crianças em lixões e nas ruas. Também o fechamento dos lixões com cidadania, é<br />

uma proposta atual que exige do poder público municipal alternativas de geração de<br />

trabalho e renda e de moradia <strong>para</strong> as famílias que vivem nestes locais <strong>para</strong> depois<br />

retirá-las dos mesmos e proibir a catação.<br />

Nesse sentido, a proposta central, na época, era a de tributar os geradores<br />

(fabricantes, importadores, distribuidores, revendedores, comerciantes de produtos),<br />

como forma de responsabilização direta pelo passivo ambiental gerado, os resíduos<br />

sólidos. O recurso auferido pela tributação financiaria a estruturação dos sistemas de<br />

recuperação de resíduos - coleta seletiva, triagem, beneficiamento com inclusão dos<br />

catadores. E <strong>para</strong> viabilizar a destinação dos recursos, advindos destas fontes, seria<br />

criado um fundo federal que repassaria recursos <strong>para</strong> fundos municipais e distritais,<br />

prioritariamente <strong>para</strong> os municípios que implementassem políticas públicas de coleta<br />

seletiva com a participação de associações e cooperativas de catadores. Previa-se<br />

também a criação de conselhos gestores em nível federal, municipal e distrital <strong>para</strong><br />

monitorar a execução das ações e garantir o controle social de verbas públicas.<br />

Essas propostas forma defendidas pelo entendimento de que seria a melhor<br />

forma de assegurar uma política que articulasse a responsabilidade do setor<br />

empresarial, a integração dos catadores, a coordenação do processo como um todo<br />

pelo executivo municipal e a participação da sociedade civil.<br />

Nesse sentido, <strong>para</strong> avançar rumo a uma sociedade sustentável defende-se a<br />

instituição de instrumentos que obriguem as indústrias a mudarem seu padrão de<br />

produção no sentido de colocarem no mercado produtos efetivamente duráveis. E<br />

por outro lado, reivindica-se o estabelecimento de normas <strong>para</strong> a redução do<br />

consumo de recursos naturais nos processos industriais e <strong>para</strong> que os produtos pós-<br />

consumo sejam passíveis de aproveitamento integral. Significa dizer, <strong>para</strong> se atingir<br />

um patamar de sustentabilidade é preciso responsabilizar toda a cadeia produtiva,<br />

ou seja, desde o momento da extração da matéria prima até o momento em que o<br />

produto torna-se resíduo.<br />

259


O boletim CEMPRE (Compromisso Empresarial <strong>para</strong> Reciclagem) apresenta<br />

um levantamento da reciclagem de produtos eletroeletrônicos no Brasil, mostrando a<br />

multiplicação das cooperativas de trabalhadores em diferentes lugares do país,<br />

ultrapassando duas centenas, onde as associações que congregam as empresas<br />

produtoras de dejetos recicláveis e as empresas que se especializam na reciclagem.<br />

4.8.2.1.6.2. Pilhas e Baterias<br />

De acordo com dados da ABINEE, as pilhas de uso doméstico provenientes<br />

de suas quatro associadas (detentoras das marcas Duracell, Energizer, Eveready,<br />

Panasonic, Rayovac e Varta) estão livres de metais pesados como cádmio e<br />

mercúrio e, por essa razão, podem ser depositadas no lixo domiciliar.<br />

No entanto, 33% das pilhas disponíveis no mercado são falsificadas,<br />

oferecendo risco à saúde das pessoas e do meio ambiente. Em geral, não têm<br />

informações em português, não orientam sobre o que fazer com o produto esgotado<br />

e raramente indicam o país de origem ou o importador. "O setor de pilhas de uso<br />

doméstico suprimiu o uso de metais pesados estipulados pelas resoluções do<br />

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), pois entendeu que reciclá-los é<br />

econômica e ambientalmente inviável", comenta Jaime Cynamon, diretor da área de<br />

Meio Ambiente da ABINEE.<br />

A situação é diferente quando o assunto são as baterias de celular,<br />

automotivas e as industriais, que não podem ser dispostas em lixo comum. Como<br />

orientam os manuais de celulares, suas baterias podem ser recolhidas nos pontos-<br />

de-venda ou nas assistências técnicas, de onde são repassadas <strong>para</strong> os fabricantes.<br />

Na prática, essas empresas, com base em decisões corporativas mundiais,<br />

exportam os produtos <strong>para</strong> recicladoras estrangeiras. As baterias automotivas têm<br />

de ser coletadas pelos estabelecimentos comerciais que devem direcioná-las <strong>para</strong> a<br />

indústria de onde, então, precisam seguir <strong>para</strong> a reciclagem. É necessário que o<br />

proprietário da loja e o consumidor também contribuam, evitando a entrega a ferros-<br />

velhos.<br />

Além disso, buscam-se alternativas <strong>para</strong> sensibilizar as prefeituras <strong>para</strong> que<br />

os pontos de venda tenham pré-requisitos (um licenciamento simplificado), e os<br />

consumidores, <strong>para</strong> se conscientizarem de que as baterias velhas exigem<br />

260


tratamento adequado. Outro ponto que requer a máxima atenção é o transporte<br />

dessas baterias que só deve ser feito por empresas licenciadas e pre<strong>para</strong>das <strong>para</strong><br />

evitar acidentes ambientais.<br />

No caso das baterias industriais de chumbo, cádmio e seus compostos já<br />

existem um fluxo entre o fabricante, o comprador (as indústrias) e o reciclador,<br />

devendo ainda possuir um descarte adequado nas indústrias, e que estas baterias<br />

serem encaminhadas somente <strong>para</strong> recicladoras autorizadas pelo IBAMA.<br />

4.8.2.1.6.3. Lâmpadas<br />

Já existem leis que regulamentam o descarte de resíduos de lâmpadas com<br />

mercúrio provenientes de fábricas, escritórios e shopping centers, entre outros (95%<br />

de seu consumo).<br />

A Philips do Brasil tem insistido <strong>para</strong> que haja uma regulamentação federal,<br />

no âmbito do CONAMA. Esta empresa orienta seus clientes a utilizar uma das<br />

unidades recicladoras de lâmpadas existentes no país, e é <strong>para</strong> estas que sua<br />

planta fabril envia lâmpadas com mercúrio que, por alguma razão técnica, voltam do<br />

mercado.<br />

Quanto às lâmpadas incandescentes e fluorescentes de uso residencial,<br />

como não existe estrutura municipal que as classifique, o caminho até hoje tem sido<br />

o descarte no lixo comum. A reciclagem de lâmpadas deve abranger todos os<br />

agentes da cadeia de consumo: o poder público, o usuário e as empresas, criando<br />

um sistema de coleta, provendo informações técnicas adequadas sobre o produto e<br />

educação ambiental.<br />

―É necessário desenvolver um modelo técnico, financeiramente adequado e<br />

ambientalmente correto‖, defende Marcio Quintino, gerente de Qualidade e Meio<br />

Ambiente da Philips <strong>para</strong> a América Latina. A Associação Brasileira da Indústria de<br />

Iluminação <strong>–</strong> ABILUX (2003) informa que a reciclagem de lâmpadas está sendo<br />

discutida por um de seus grupos setoriais, focado na criação de uma<br />

regulamentação federal.<br />

4.8.2.1.6.4. Artigos de Impressão e Computação Pessoal<br />

Para o fabricante de impressoras Hewlett-Packard - HP, a reciclagem de seus<br />

itens de impressão e computação pessoal também deve ser uma responsabilidade<br />

261


compartilhada entre a sociedade, as empresas e o governo. A HP detém o maior<br />

programa do mundo em reciclagem no segmento eletroeletrônico, além de ser<br />

pioneira na utilização de materiais inovadores no processo de desenvolvimento de<br />

produtos e insumos que reduzem o uso de substâncias químicas e de embalagens,<br />

favorecendo a própria cadeia produtiva.<br />

Em 2006, reciclou mais de 74 mil toneladas de hardware e suprimentos nos<br />

países onde atua e a meta deste ano é reciclar 450 mil toneladas, sendo que o saldo<br />

acumulado é de mais de 375 mil toneladas de sucata desde 1987. A empresa<br />

espera que a legislação incentive e viabilize esses processos por meio da eliminação<br />

e redução de tributos, especialmente na comercialização de bens projetados com<br />

melhor capacidade sustentável.<br />

As baterias usadas nos notebooks e handhelds da HP, por exemplo, são<br />

fabricadas com materiais não-tóxicos (lítio/íon) e, ainda assim, a empresa estimula a<br />

devolução e destinação <strong>para</strong> reciclagem, onde existe um site especifico <strong>para</strong><br />

remessa.<br />

Desde 2003 no Brasil a empresa já reciclou 156 toneladas de hardware e 106<br />

toneladas de pilhas e baterias, recolhidas em seus escritórios e nos clientes. Além<br />

disso, as usadas em servidores e UPS, por conterem chumbo ácido, são<br />

armazenadas pela HP e, posteriormente, enviadas à reciclagem <strong>para</strong> recuperação<br />

do chumbo.<br />

Existem ainda programas de reciclagem <strong>para</strong> cartuchos de toner e impressão<br />

a jato de tinta. Lançada em 1992, nos Estados Unidos, essa iniciativa já conseguiu<br />

evitar o descarte de 90 milhões de cartuchos da empresa em aterros sanitários e<br />

direcionou mais de 92 mil toneladas de metais e plásticos <strong>para</strong> o mercado de<br />

materiais reciclados.<br />

Além disso, esta empresa recomenda que computadores em bom estado de<br />

funcionamento sejam doados <strong>para</strong> programas de inclusão digital ou que se faça a<br />

reciclagem de partes e peças, no caso de produtos sem possibilidade de reuso.<br />

4.8.2.1.6.5. Outros procedimentos<br />

Desde julho de 2005, a Technology Conservation Group (TCG), com sede em<br />

Jaguariúna (SP), atende fabricantes interessados em revenda ou reciclagem de<br />

262


produtos eletroeletrônicos. Geralmente, essas cargas apresentam defeitos, foram<br />

descontinuadas ou constam como excedente de inventário.<br />

A empresa, que tem sete filiais no mundo, revende equipamentos completos<br />

ou componentes, como circuitos integrados, coletores e placas de circuito impresso,<br />

metais preciosos contidos em Unidades Centrais de Processamento (Central<br />

Processing Units <strong>–</strong> CPUs), celulares, aparelhos de telecomunicação e som, fax e<br />

telefone, por meio de um banco de dados da TCG, sites de comercialização ou <strong>para</strong><br />

lojas de informática.<br />

Quando a empresa destina o produto <strong>para</strong> reciclagem, os produtos são<br />

se<strong>para</strong>dos e comercializados <strong>para</strong> quatorze recicladores de diversos materiais como<br />

plástico, ferro, alumínio, cobre, embalagem, placas de circuito impresso.<br />

Segundo CETESB (2006), os entraves <strong>para</strong> a reciclagem de produtos<br />

eletroeletrônicos no Brasil são:<br />

Legislação fiscal;<br />

Custo logístico; e<br />

Fiscalização <strong>para</strong> cumprimento da legislação vigente.<br />

4.8.2.1.7. Procedimentos de Reciclagem de Produtos Eletroeletrônicos em<br />

outros Países<br />

4.8.2.1.7.1. Procedimentos de Reciclagem de Produtos Eletroeletrônicos<br />

Estados Unidos<br />

O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresenta diversificação de áreas e de<br />

métodos produtivos, além da utilização de diversos tipos de matérias-primas. São<br />

utilizadas matérias-primas de outros segmentos, como: indústria de plásticos, de<br />

madeiras, de aço, petrolífera, de tintas e outras.<br />

Com a diversificação de matérias-primas e dos modelos apresentados, é<br />

possível verificar que a reutilização de materiais diversos, após o processo<br />

produtivo, não somente aquele gerado pelo processo produtivo é de grande valor<br />

comercial, além de gerar vantagens <strong>para</strong> o meio ambiente e <strong>para</strong> a inclusão social.<br />

O segmento industrial possui uma grande potencialidade, e unindo forças e<br />

conhecimento poderá melhorar processos, além de reutilizar peças e produtos pós-<br />

263


processo produtivo na criação da Cooperativa Nacional por meio de Centrais<br />

Inteligentes de Reciclagem, custeada pelos governos, indústrias e clientes.<br />

A Agência Nacional de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA)<br />

mantém campanhas <strong>para</strong> elevar o índice de reciclagem de eletrônicos<br />

(computadores, televisores e telefones celulares) que inclui trabalhos diretos com<br />

quem fabrica, distribui, utiliza e descarta esses produtos, no sentido de diminuir seus<br />

impactos ambientais (com design, cuidados na fabricação e redução de<br />

componentes tóxicos, incentivo ao reuso e à reciclagem e gerenciamento dos<br />

eletrônicos usados). Além disso, anualmente, é organizado o America Recycles Day<br />

<strong>para</strong> estimular a prática da reciclagem (US Environmental Protection Agency, 2007).<br />

Os instrumentos de política ambiental podem ser classificados em duas<br />

categorias: regulação direta, conhecida como comando e controle, que inclui<br />

padrões de poluição, proibição de certas atividades e controle dos equipamentos, de<br />

processos, de produtos e do uso de recursos; e instrumentos econômicos, como<br />

taxas e tarifas, subsídios, sistemas de devolução de depósitos e permissões de<br />

poluição comercializáveis (ALMEIDA, 1994)<br />

As medidas de política ambiental trazem benefícios sociais no que se refere à<br />

melhor qualidade de vida. Para as empresas argumenta-se, de um lado, que a<br />

adequação às exigências pode elevar os custos, gastos com pesquisa e<br />

desenvolvimento, reduzir lucros e a competitividade (PALMER, et al, 1995).<br />

Entretanto, de uma perspectiva dinâmica, foram constatados efeitos positivos sobre<br />

inovação tecnológica e produtividade dos recursos.<br />

Para Kemp (1990) a inovação ambiental, embora se origine da mesma<br />

perspectiva teórica evolucionária, difere da inovação tradicional, que consiste na<br />

sucessão de novas e mais eficientes técnicas de produção. A política ambiental é<br />

imprescindível <strong>para</strong> o primeiro tipo de inovação, visto que afeta as condições de<br />

oferta e demanda de tecnologias ambientais.<br />

Conforme a Organização <strong>para</strong> Cooperação e Desenvolvimento Econômico -<br />

OCDE é importante avaliar o impacto dos instrumentos de política ambiental com<br />

base no contexto no qual ocorre. Desse modo, identificou-se que um alto grau de<br />

inovação radical ocorreu apenas em resposta às regulações mais severas, como<br />

proibição de produtos; inovações incrementais e difusão tecnológica foi a reação<br />

264


mais recorrente, principalmente em relação às especificidades tecnológica, padrões<br />

de desempenho, subsídios e taxas de poluição.<br />

Segundo Porter & Van Der Linde (1995), a regulação mais frouxa parece<br />

refletir nenhuma inovação ou inovações incrementais, enquanto regulações<br />

rigorosas exigem soluções mais fundamentais, como a reconfiguração de produtos e<br />

processos. Além disso, regulações que contemplem as diferenças setoriais e<br />

fornecem tempo suficiente de adequação, tendem a gerar rápidas e significativas<br />

respostas tecnológicas, segundo Kemp (2000).<br />

De outro lado, regulações que definem a solução tecnológica, como padrões<br />

ou especificidades, serão menos inovadoras, enquanto a liberdade excessiva<br />

fornecida pelos instrumentos econômicos pode não ter resultados inovadores se, por<br />

exemplo, for mais vantajoso pagar a taxa <strong>para</strong> poluir. (Jaffe, et al, 2002; Kemp,<br />

2000).<br />

Além disso, se em um momento são realizados investimentos na mudança<br />

tecnológica <strong>para</strong> atender às exigências ambientais, em outro as inovações podem<br />

criar compensações econômicas e outros ganhos ambientais.<br />

Conforme Porter & Van der Linde (1995), como a poluição é um sinal de<br />

ineficiência no uso dos recursos, as inovações ambientais podem trazer benefícios<br />

que compensam os custos iniciais e criar vantagens competitivas. Os benefícios<br />

podem ocorrer <strong>para</strong> o produto - melhor qualidade, redução do custo e da<br />

embalagem, maior segurança, e <strong>para</strong> o processo, menores <strong>para</strong>lisações, economia<br />

de materiais e de armazenamento, economia de energia e das atividades de<br />

descarte dos resíduos.<br />

Para Andersen (2005), a eco-eficiência, medida pela intensidade de materiais,<br />

energia, dispersão de substâncias tóxicas, durabilidade e reciclabilidade, é um<br />

método de avaliação do desempenho ambiental do produtor, bem como um<br />

indicador de inovação ambiental. Dessa forma, é possível concluir que medidas de<br />

política ambiental podem gerar importantes mudanças tecnológicas, trazer outros<br />

benefícios e criar vantagens competitivas. Condições de rigor associadas à<br />

flexibilidade regulatória tendem a ter maiores impactos sobre a inovação.<br />

265


4.8.2.1.7.2. Procedimentos de Reciclagem de Produtos Eletroeletrônicos União<br />

Européia<br />

No ano de 2003, conforme Official Journal of the European Union (2003) a<br />

União Européia promulgou duas exigências <strong>para</strong> a produção/comercialização de<br />

equipamentos eletroeletrônicos: diretivas sobre a disposição final de produtos<br />

(Waste Electrical and Electronic Equipment - WEEE) e sobre o uso de substâncias<br />

nocivas (Restriction of the Use of certain Hazardous Substances in Electrical and<br />

Electronic Equipment - RoHS).<br />

A WEEE é um regulamento em vigor desde 2006, com o objetivo de prevenir<br />

e diminuir os resíduos de uma lista de equipamentos eletroeletrônicos selecionados<br />

segundo o estágio atual de análise científica. Fundamenta-se nos princípios do<br />

poluidor pagador, precaução e na responsabilidade estendida do produtor. A<br />

responsabilidade do produtor está associada às etapas de coleta seletiva,<br />

tratamento, recuperação, reciclagem e financiamento.<br />

A internalização dessas atividades visa estimular o design ecológico dos<br />

produtos e o fornecimento de informações. O tratamento pode ser realizado pelo<br />

produtor ou por terceiros, mas financiado pelo produtor.<br />

Essas exigências têm impactado os principais países, dentro e fora da União<br />

Européia, estimulando inovações tecnológicas, sobretudo quanto à substituição de<br />

substâncias nocivas. Países industrializados estão mais bem pre<strong>para</strong>dos e<br />

respondendo de modo mais inovador que os asiáticos de industrialização recente.<br />

Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos contêm substâncias nocivas à<br />

saúde e ao meio ambiente, como chumbo, cádmio, cromo, mercúrio e retardantes de<br />

chamas (os bifenis PBB e PBDE). Este tipo de poluição está mais associado à<br />

composição do produto do que aos resíduos gerados no processo de produção. O<br />

número de toneladas gerado de resíduos é crescente, como resultado, em parte, da<br />

rápida substituição dos produtos eletrônicos.<br />

Em 1998, foram gerados seis milhões de toneladas de resíduos de<br />

equipamentos eletroeletrônicos na União Européia, o que representou 4% do fluxo<br />

de resíduos municipais.<br />

Estima-se que a quantidade de resíduo gerado per capita situa-se entre 14 e<br />

20 kg ao ano, e estima-se que esse volume cresça.<br />

266


A taxa de recuperação varia de um mínimo de 70% a 80% do peso médio por<br />

utensílio e a taxa de reciclagem (de componentes, materiais e substâncias), de um<br />

mínimo de 50% a 75% do peso médio conforme uma lista de equipamentos<br />

selecionados, como eletrodomésticos, produtos de informática e telecomunicações,<br />

ferramentas, brinquedos, entre outros. Dessa classificação, excetuam-se<br />

equipamentos usados em outros equipamentos que não fazem parte desta diretiva<br />

e, temporariamente, os equipamentos da categoria, conforme apresentado no<br />

Quadro 27.<br />

Quadro 27 - Regulamentações WEEE por categorias de produtos cobertos.<br />

Produtos<br />

267<br />

Regulamentação WEEE<br />

Recuperação<br />

(% do peso)<br />

Reciclagem<br />

(% do peso)<br />

1. Grandes eletrodomésticos 80 75<br />

2. Pequenos eletrodomésticos 70 50<br />

3. Tecnologia de Sistemas de Informação e<br />

Telecomunicações<br />

75 65<br />

4. Eletrônicos de consumo 75 65<br />

5. Equipamentos de iluminação * 70 50<br />

6. Ferramentas eletroeletrônicas 70 50<br />

7. Brinquedos e produtos esportivos 70 50<br />

8. Equipamentos médicos - -<br />

9 Equipamentos <strong>para</strong> monitoramento e controle 70 50<br />

10. Equipamentos de serviço automático 80 75<br />

Fonte: Official Journal of the European Union, 2003.<br />

(*) exceto <strong>para</strong> lâmpadas de descarga de gás, cuja taxa de recuperação mínima é de 80% do peso<br />

da lâmpada.<br />

A RoHS diz respeito à eliminação e/ou redução de substâncias nocivas<br />

presentes nos equipamentos eletroeletrônicos. Esta norma é complementar à WEEE<br />

na medida em que recomenda a substituição de substâncias nocivas nos<br />

equipamentos eletroeletrônicos por materiais mais seguros facilitando a reciclagem.<br />

Decidiu-se que será somente tolerado o valor máximo de concentração de<br />

0,1% por kg (ou 1000mg/kg) em material homogêneo <strong>para</strong> chumbo, mercúrio,<br />

cromo, PBB e PDBE e o valor máximo de 0,01% (ou 100mg/kg) em material<br />

homogêneo <strong>para</strong> o cádmio. Isto se aplica aos equipamentos eletroeletrônicos<br />

abrangidos pelas categorias 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10 definidas na WEEE (primeira<br />

coluna do Quadro 27), incluindo as lâmpadas elétricas e os aparelhos de iluminação


de uso doméstico. As exigências são obrigatórias nos países da União Européia e<br />

têm impactos diferenciados. O impacto da RoHS no Reino Unido gerou custos e<br />

benefícios.<br />

Os custos foram estimados entre £700 milhões a £1300 milhões nos dez anos<br />

posteriores à data do relatório <strong>–</strong> decorrentes de gastos com capital, P, D & I e<br />

operação. Deste total, a maior dificuldade se refere à substituição do chumbo no<br />

processo de solda, <strong>para</strong> a qual foram previstos em torno de 5% dos gastos totais em<br />

P, D & I, bem como aumento nos gastos com energia e incrementos nos preços dos<br />

componentes. Os benefícios foram associados à facilidade de reciclagem,<br />

melhoria nas condições de vida e redução entre 1.400 a 4.300 toneladas de chumbo<br />

(DTI, 2006).<br />

Na Noruega, segundo Lee & Roine (2004), as diretivas da União Européia<br />

tem influenciado a legislação doméstica e estimulado inovações ambientais de modo<br />

diferenciado. A maioria dos produtores realizou inovações de produto ou de<br />

processo nos últimos dez anos <strong>para</strong> tratar de problemas ambientais e essas<br />

inovações dirigiram-se principalmente <strong>para</strong> substituição e eliminação de substâncias<br />

nocivas, tendo nas regulamentações da União Européia sua principal motivação.<br />

Quanto ao tratamento de resíduos, as empresas norueguesas estabeleceram um<br />

sistema coletivo, de modo a se responsabilizar financeiramente pelo tratamento, mas<br />

transferindo a responsabilidade física <strong>para</strong> outras organizações. Assim, as<br />

empresas pagam taxas sobre tipos e quantidades de produtos <strong>para</strong> essas<br />

organizações, que usam suas receitas <strong>para</strong> a indústria de reciclagem.<br />

Esse esquema de financiamento tem estimulado as inovações de processo na<br />

indústria de reciclagem, porém, não tem incentivado inovações de produto <strong>–</strong> <strong>para</strong><br />

reduzir a geração de resíduos e torná-los mais recicláveis - por parte dos produtores<br />

acima. As pequenas e médias empresas na União Européia estão razoavelmente<br />

pre<strong>para</strong>das <strong>para</strong> alterações tecnológicas na eliminação do chumbo, apesar de<br />

carecer de informações e conhecimento (TEH, et al, 2005)<br />

Os países industrializados fora da União Européia também têm sido afetados<br />

e estão respondendo às exigências. As empresas dos Estados Unidos estão<br />

relativamente pre<strong>para</strong>das em relação aos regulamentos e existem custos e<br />

oportunidades da adequação à RoHS. Segundo Veleva & Sethi (2004), as<br />

268


companhias mais representativas do segmento de componentes estão bem<br />

informadas sobre os regulamentos, onde a maioria está realizando ações <strong>para</strong><br />

redesign dos produtos e declarou estar pre<strong>para</strong>da <strong>para</strong> se adequar à RoHS e<br />

produzir produtos verdes no prazo solicitado.<br />

Dentre as ações de redesign, a Texas Instruments tem iniciativas de produtos<br />

livre de chumbo desde os anos 1980 e já manufaturou 1 bilhão desses produtos. A<br />

oportunidade <strong>para</strong> as empresas é a diferenciação de produto <strong>para</strong> as que fabricam<br />

produtos verdes, o que cria vantagens competitivas e consequente aumento da<br />

participação no mercado. Os impactos da RoHS são globais, afetando inclusive os<br />

produtos vendidos nos EUA e não tende a gerar duas linhas de produtos: uma com<br />

substâncias nocivas <strong>para</strong> o mercado interno e outra, sem as substâncias <strong>para</strong> a<br />

Europa (INFORM, 2003).<br />

Os principais manufatores de eletrônicos mudam o design e adotam novas<br />

tecnologias em uma linha de produção, pois uma vez adotada uma nova tecnologia<br />

seria mais cara e ineficiente a produção se<strong>para</strong>da <strong>para</strong> diferentes mercados.<br />

No Japão, um alto índice de inovação foi registrado na produção de<br />

eletrônicos e no tratamento de resíduos antes mesmo da promulgação das diretivas<br />

européias. A produção de eletrônicos com solda livre de chumbo data desde o início<br />

dos anos 1990 e teve êxito graças à criação de uma rede de inovação que cobre<br />

instituições diversas, como universidades, institutos de pesquisa, associações<br />

industriais. Por exemplo, 436 patentes foram registradas entre 1993 e 2001 <strong>para</strong><br />

desenvolvimento deste tipo de produto (YARIME, 2005).<br />

Segundo Tojo (2004), os principais manufatores de equipamentos<br />

eletroeletrônicos realizaram medidas <strong>para</strong> redução dos impactos ambientais nas<br />

áreas de eficiência energética, redução de substâncias nocivas e eficiência de<br />

recursos e reciclabilidade.<br />

Quanto à redução de substâncias nocivas, as medidas tomadas pelas<br />

empresas se referem a checagem e controle e gastos com P, D & I <strong>para</strong> eliminação<br />

de chumbo e cromo, bem como a fiscalização dos fornecedores, <strong>para</strong> os quais foram<br />

desenvolvidos guias verdes. Medidas de eficiência de recursos e reciclabilidade<br />

incluem: a redução do uso de materiais, por meio da miniaturização; o<br />

269


prolongamento da vida útil do produto via reuso de componentes e redução do peso;<br />

e redução do uso de componentes <strong>para</strong> facilitar a desmontagem.<br />

Quanto ao tratamento dos resíduos, um sistema de coleta e recuperação foi<br />

desenvolvido: o usuário final paga pela coleta comprando um ticket, cujo valor se<br />

diferencia conforme o produto, e o fluxo é repassado ao produtor. Como resultado, o<br />

número de produtos coletados e reciclados passou de oito milhões, entre março de<br />

2001 e abril de 2002, <strong>para</strong> dez milhões entre abril de 2002 e março de 2003.<br />

Os países de industrialização recente na Ásia são os principais produtores e<br />

exportadores de equipamentos eletroeletrônicos, sobretudo <strong>para</strong> os países<br />

industrializados. Mais da metade das exportações de China, Tailândia e Filipinas<br />

destinam-se a União Européia, Japão e EUA. De outro lado, os países asiáticos são<br />

também os principais importadores de resíduos e de equipamentos usados desses<br />

países, sobretudo dos EUA (VOSSENAAR, et al, 2006)<br />

As companhias chinesas, conforme Yu, et al (2006) têm tido uma ação mais<br />

reativa do que proativa, visto que passaram a se adequar a partir de 2004. A maioria<br />

das empresas está bem informada das diretivas, têm dedicado mais atenção à<br />

RoHS, que possui mais impactos, e são motivadas a se adequar principalmente<br />

pelas exigências dos clientes. Em termos de tamanho, as empresas que mais tem<br />

respondido são as grandes.<br />

A RoHS tem investido em inovação <strong>para</strong> encontrar componentes que possam<br />

substituir chumbo que é utilizado na solda. Quanto ao tratamento de resíduos, este<br />

setor está bem mais atrasado, visto que a coleta, reciclagem e disposição dos<br />

resíduos são realizadas informalmente, gerando prejuízos ambientais e à saúde.<br />

Hicks, et al (2005), enxerga nas diretivas européias estímulos <strong>para</strong> o<br />

estabelecimento de um setor formal: algumas empresas têm realizado investimentos<br />

no tratamento, mas os ambientes de incerteza gerados pela ausência de regulações<br />

domésticas aumentam os riscos dos investimentos. Como reação, a China tem<br />

implementado legislação semelhante à RoHS e estabelecido controles de<br />

importação de resíduos e equipamentos usados (VOSSENAAR, et al, 2006).<br />

Na Tailândia, o processo de ajustamento à RoHS se iniciou em 2003, quando<br />

as subsidiárias receberam ordens do escritório central e passaram a estabelecer<br />

seus próprios cronogramas e reajustar os fornecimentos. Em geral, poucas<br />

270


companhias estavam informadas das diretivas e declararam sofrer impactos diretos<br />

e indiretos das diretivas; a minoria estaria apta a cessar o uso das substâncias<br />

imediatamente. As principais dificuldades encontradas foram acesso ao<br />

conhecimento e às tecnologias adequadas e a eliminação do chumbo. Semelhante à<br />

China, as autoridades locais têm desenvolvido planos de ação <strong>para</strong> a coleta de<br />

produtos e resíduos e legislação similar à RoHS (VOSSENAAR, et al, 2006).<br />

Nas Filipinas, grande parte das empresas é do segmento de semicondutores<br />

e possuem significativa participação de transnacionais, seja na forma de subsidiárias<br />

ou contratando produtores.<br />

A diretiva RoHS tem tido mais impactos sobre inovação do que a diretiva<br />

WEEE. A RoHS tem impactos globais, atingindo toda a cadeia de produtores de<br />

diversos segmentos e coloca significativos desafios inovadores, principalmente<br />

quanto à eliminação do chumbo na solda. A WEEE tende a ter impactos mais<br />

regionais, sobre a indústria de reciclagem, mas pouco foi registrado sobre os seus<br />

efeitos inovadores e estímulo de redesign do produto.<br />

Os países industrializados estão mais bem pre<strong>para</strong>dos <strong>para</strong> se adequar de<br />

modo inovador e competitivo à RoHS. O Japão, por exemplo, foi o país com maior<br />

sucesso nessa transformação, visto que estabeleceu um sistema de inovação <strong>para</strong><br />

eliminar o chumbo da solda. Países asiáticos de industrialização recente, os maiores<br />

exportadores de eletrônicos atualmente, sofrem os impactos por duas vias: precisam<br />

se adequar <strong>para</strong> não perder exportações de um lado, e são os maiores importadores<br />

de resíduos e equipamentos usados dos países industrializados e não possuem um<br />

setor de tratamento adequado. Suas companhias estão pouco pre<strong>para</strong>das <strong>para</strong> se<br />

adequar, mas as respostas dependem da estrutura industrial local.<br />

Essas evidências parecem confirmar o argumento que regulações ambientais<br />

mais rigorosas tem maiores impactos sobre inovação e, inclusive, geram outros<br />

ganhos, como no caso dos Estados Unidos e do Japão. Mas o caso dos asiáticos<br />

indica que a capacitação técnica e institucional doméstica dos países é importante<br />

<strong>para</strong> uma adequação efetiva e inovadora.<br />

Na União Européia, a reciclagem de produtos do setor eletroeletrônico tem<br />

uma estratégia de controle, apoiada nos aspectos político e sócio-ambiental,<br />

permitindo uma renovação constante da produção industrial, priorizando atender os<br />

271


aspectos ambientais. Esta renovação está baseada em três fases, conforme ilustra<br />

a Figura 19:<br />

a) Equipamentos e Componentes: cada equipamento comercializado possui<br />

um índice de reciclabilidade;<br />

b) Estabelecimento de pontos de troca, ou depósito de equipamentos<br />

antigos, ou centros de coletas seletivas de lixos; e<br />

c) Centros Automatizados de Reciclagem.<br />

Usuários<br />

PROCESSO DE RECICLAGEM DE MATERIAIS<br />

Equipamentos<br />

e<br />

Componentess<br />

Figura 19 - Reciclagem de Materiais.<br />

Fonte: Adaptado de Eco-Systems, 2007.<br />

Para atender às diretrizes mencionadas anteriormente, existem leis<br />

específicas aplicadas <strong>para</strong> dois níveis da cadeia produtiva:<br />

a) Fabricação e Produção Industrial<br />

• Utilização de material ecológico e reciclável; e<br />

• Tratamento de resíduos de fabricação, materiais e líquidos que envolvem<br />

o processo de fabricação.<br />

b) Produção, Comercialização e Política de Incentivo ao Consumo e<br />

Renovação de Produtos<br />

• Classificação de produtos em função de seu impacto ambiental;<br />

• Reciclagem de materiais; e<br />

• Central Inteligente de Reciclagem.<br />

O REACH - Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of<br />

Chemical Substances, ou Registro, Avaliação, Autorização e Restrição de<br />

Substâncias Químicas é uma regulamentação européia aplicável a ao uso seguro de<br />

produtos químicos que entrou em vigor em 1º de Junho de 2007.<br />

272<br />

Pontos<br />

de<br />

Entrega<br />

Processo<br />

de<br />

Reciclagem


O objetivo do REACH é aumentar a proteção à saúde humana e ao meio<br />

ambiente através da melhor e precoce identificação das propriedades intrínsecas<br />

das substâncias químicas. Os benefícios do sistema REACH se evidenciarão<br />

gradativamente, tanto quanto mais substâncias forem incluídas no REACH. O<br />

REACH foi desenvolvido em um ambiente transparente e de consenso, com<br />

extensivos diálogos promovidos pela Comissão Européia antes e após a proposta<br />

ser apresentada.<br />

Esta regulação transfere grande responsabilidade à indústria no manejo do<br />

risco e no provimento de informações de segurança das substâncias químicas.<br />

Fabricantes e importadores precisam reunir as informações das propriedades de<br />

suas substâncias químicas, as quais permitirão o manejo seguro, e registrar a<br />

informação em um banco de dados central mantido pela Agência Européia de<br />

Produtos Químicos (ECHA), em Helsinki, Finlândia. Esta Agência atua como ponto<br />

focal no sistema REACH: gerenciar os bancos de dados necessários <strong>para</strong> operar o<br />

sistema, coordenar detalhadamente a avaliação de substâncias suspeitas e prover<br />

um banco de dados público sobre informação de risco aos consumidores e aos<br />

profissionais.<br />

Esta regulação também promove a substituição progressiva da maioria das<br />

substâncias perigosas quando alternativas viáveis são identificadas.<br />

4.8.2.1.8. Impacto Ambiental e Saúde do Trabalhador<br />

Para Cerqueira (2009) toda organização produtora de bens ou serviços têm<br />

como principal missão atender à satisfação de seus clientes intencionais ou<br />

pretendidos, onde seus processos visam gerar produtos destinados aos clientes,<br />

conforme os requisitos identificados.<br />

O conceito de produto e cliente pode ser estendido no sentido de englobar<br />

tudo aquilo que seja gerado nos processos ou atividades de uma organização.<br />

Assim, produto é qualquer resultado ou saída de uma atividade, dando ensejo à<br />

observação de que toda atividade gera produtos intencionais, mas também gera<br />

outros resultados não pretendidos que acabam impactando outras partes.<br />

Estas outras partes impactadas por produtos não pretendidos podem,<br />

portanto, ser considerados como clientes, pois acabam recebendo algo que provém<br />

273


do processo, apesar de não o desejarem (Maroti, 2002). Este é o caso dos rejeitos e<br />

resíduos que são eliminados nos processos produtivos e que impactam o meio<br />

ambiente e, como consequencia, causam problemas nas comunidades internas e<br />

externas à organização, o mesmo ocorrendo, no caso de problemas relacionados à<br />

segurança, que podem afetar a saúde dos trabalhadores envolvidos com as<br />

atividades da organização (Maroti, 2002). A Figura 20 ilustra os tipos de produtos<br />

gerados num processo produtivo.<br />

Figura 20 - Impacto Ambiental e saúde do trabalhador.<br />

Fonte: Cerqueira, 2009.<br />

O balanço entre as fontes de energia disponibilizadas, utilizadas e entregues<br />

durante um processo produtivo, normalmente apresenta um baixo rendimento, ou<br />

seja a energia entregue com o produto <strong>para</strong> o cliente é sempre muito menor da<br />

disponibilizada durante o processo. Isto significa que grande parte da energia<br />

aplicada no processo se perde nas mais diversas formas, gerando impactos ao meio<br />

ambiente. Consequentemente, todo produto não pretendido gerado implica em<br />

perda de energia e, corresponde a um desperdício, a uma falha ou a um resultado<br />

indesejável.<br />

Assim, nos processos produtivos podem ocorrer falhas que comprometem seu<br />

balanço de energia e, portanto, sua eficiência e eficácia. Dentre os possíveis tipos<br />

274


de falhas que podem ocorrer durante um processo produtivo pode-se identificar o<br />

atendimento do pedido dos clientes, na concepção e no desenvolvimento do<br />

produto, na aquisição dos insumos, na produção, no monitoramento, no manuseio,<br />

na embalagem, no armazenamento, na entrega, durante o uso do produto pelo<br />

cliente e no pós-uso, isto é, em todo o ciclo de vida do produto (Cerqueira, 2009).<br />

Cerqueira (2009) agrupa os modos de falha que ocorrem nos processos<br />

produtivos nas seguintes categorias:<br />

Falhas que comprometem a qualidade de um serviço ou produto, isto é, o<br />

atendimento aos requisitos: do cliente e relativos ao produto;<br />

Falhas que podem causar impactos ao meio ambiente ou que não<br />

atendem aos requisitos legais e outros requisitos das partes interessadas;<br />

e<br />

Falhas de segurança que podem comprometer a saúde das pessoas<br />

envolvidas direta ou indiretamente no processo.<br />

Ao mesmo tempo, Cerqueira (2009) define as seguintes premissas:<br />

Cliente é todo aquele impactado por um produto ou por um processo;<br />

Todo cliente tem o direito de ver atendido os seus requisitos;<br />

Toda organização fornecedora de produtos e serviços tem deveres <strong>para</strong><br />

com os requisitos declarados e não declarados dos clientes;<br />

Todos os produtos pretendidos ou não pretendidos saem dos processos<br />

produtivos da organização fornecedora, impactando clientes intencionais e<br />

não intencionais; e<br />

Existem requisitos normativos, legais e regulamentares, relativos aos<br />

produtos e aos processos, que devem ser atendidos pela organização que<br />

produz.<br />

Para atender estas premissas, torna-se necessário a gestão sobre os modos<br />

prováveis de falha que incidem nos processos e nos produtos, assegurando assim, a<br />

prevenção, o atendimento aos requisitos dos clientes intencionais, dos clientes não<br />

intencionais e das demais partes interessadas. A gestão deve atuar sobre as não-<br />

conformidades, com requisitos ou padrões estabelecidos, que têm potencialidade<br />

<strong>para</strong> originar falhas que possam comprometer adversamente a qualidade ou o meio<br />

ambiente ou a segurança e a saúde ocupacional (Cerqueira, 2009).<br />

275


A análise do risco envolvido com a não-conformidade potencial é essencial<br />

<strong>para</strong> a determinação do nível de controle requerido. Devendo considerar o efeito da<br />

falha ou a probabilidade dela acontecer (Figura 21).<br />

Figura 21 - Gestão Ambiental.<br />

Fonte: Cerqueira, 2009.<br />

Cerqueira, 2009, apresenta uma regra, denominada dos 10 <strong>para</strong> 1, que<br />

evidencia a necessidade da gestão atuar sobre as não conformidades potenciais, ou<br />

seja estabelece que o foco da gestão deve ser o de evitar a incidência das não<br />

conformidades com os requisitos e padrões estabelecidos. Assim, o sistema de<br />

gestão deve contemplar padrões preventivos relacionados a efeitos potenciais<br />

indesejáveis, identificados, analisados e priorizados (Figura 22).<br />

Figura 22 - Regras Ambientais.<br />

Fonte: Cerqueira, 2009.<br />

276


4.8.2.1.9. Recomendações do setor industrial brasileiro <strong>para</strong> desenvolvimento<br />

sustentável<br />

No sentido de contribuir com o processo de discussão das diretrizes <strong>para</strong><br />

promoção do desenvolvimento sustentável a Confederação Nacional da Indústria <strong>–</strong><br />

CNI elaborou um documento baseado nos temas abordados na Agenda 21 e reunião<br />

da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 10), realizada em<br />

Joanesburgo em 2002, apresentando o posicionamento empresarial industrial<br />

brasileira nesse tema, e estabelecendo um conjunto de princípios e recomendações<br />

que demonstram como o setor vem conciliando o crescimento econômico com o<br />

equilíbrio ecológico (CNI, 2009).<br />

Assim, os princípios gerais que norteiam a atuação do setor industrial<br />

brasileiro e permeiam o conjunto de princípios e recomendações <strong>para</strong> a Cúpula<br />

Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável <strong>–</strong> Rio + 10 (CNI, 2009), são os<br />

seguintes:<br />

1) Promover a competitividade da indústria, respeitando conceitos de<br />

desenvolvimento sustentável e racionalização na utilização de energia e<br />

recursos naturais;<br />

2) Assegurar a participação pró-ativa do setor industrial, em conjunto com o<br />

governo e organizações não governamentais no sentido de desenvolver e<br />

aperfeiçoar leis, regulamentos e padrões ambientais, nas negociações<br />

nacionais e internacionais;<br />

3) Fomentar a capacitação técnica, incentivando a pesquisa e<br />

desenvolvimento de novas tecnologias, com o objetivo de reduzir ou<br />

eliminar impactos adversos ao meio ambiente e à saúde; e<br />

4) Promover a divulgação e conhecimento da Agenda 21, estimulando sua<br />

implementação.<br />

4.8.2.1.9.1. Gestão de Recursos Florestais<br />

Princípios:<br />

A atividade florestal deve ser entendida como uma opção geradora de<br />

riquezas e promotora do crescimento econômico;<br />

277


A exploração dos recursos florestais é uma atividade dinâmica de uso do<br />

solo, devendo ser planejada e manejada respeitando a necessidade de<br />

conservação e restauração das matas naturais, a seleção das espécies,<br />

os corredores da fauna silvestre, a proteção dos rios e mananciais; e<br />

As atividades de manejo florestal devem contribuir <strong>para</strong> o bem-estar<br />

econômico e social dos trabalhadores florestais e das comunidades locais.<br />

Recomendações:<br />

Incentivar o zoneamento econômico-ecológico;<br />

Fortalecer pequenos e médios produtores florestais bem como suas<br />

formas associadas, aumentando investimentos em programas de<br />

desenvolvimento social e econômico;<br />

Disseminar informações acerca das atividades relacionadas aos recursos<br />

florestais estimulando a certificação e reconhecimento mútuo de produtos<br />

florestais;<br />

Incentivar a implementação de projetos de sequestro de carbono, inclusive<br />

em florestas nativas;<br />

Garantir recursos financeiros compatíveis com a demanda e o perfil da<br />

atividade florestal;<br />

Promover a modernização do parque industrial de base florestal e criar /<br />

difundir alternativas <strong>para</strong> a reciclagem e reaproveitamento de resíduos<br />

florestais; e<br />

Viabilizar soluções tecnológicas <strong>para</strong> o fornecimento de matérias-primas e<br />

alimentos que promovam a saúde e a melhoria do nível nutricional e da<br />

qualidade de vida da população.<br />

4.8.2.1.9.2. Gestão de Recursos Hídricos<br />

Princípios:<br />

A água é um bem com valor econômico;<br />

A bacia hidrográfica é a unidade territorial de planejamento, gestão e<br />

implantação da política de recursos hídricos;<br />

A implementação da política de gestão de recursos hídricos deve ser<br />

descentralizada e compartilhada;<br />

278


Gestão harmônica e integrada do uso múltiplo das águas;<br />

Educação e mobilização social <strong>para</strong> o uso sustentável dos recursos<br />

hídricos; e<br />

A água é um bem público, cuja gestão deve conciliar o interesse particular<br />

com o interesse geral.<br />

Recomendações:<br />

Estabelecer regras claras e estáveis que atendam ao princípio da<br />

razoabilidade;<br />

Integrar ações dos organismos de recursos hídricos;<br />

Articular gestão dos recursos hídricos com as do uso do solo;<br />

Assegurar a participação equânime dos usuários nos foros de recursos<br />

hídricos;<br />

Estimular a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias visando a<br />

disponibilidade e qualidade da água;<br />

Estabelecer mecanismos que assegurem a disponibilidade e qualidade da<br />

água, de modo a contribuir <strong>para</strong> competitividade da indústria;<br />

Promover campanhas no sentido de diminuir o desperdício da água; e<br />

Criar a Associação Interamericana de Usuários de Recursos Hídricos<br />

voltada a compartilhar informações, iniciativas e tecnologias, bem como<br />

estabelecer mecanismos de cooperação.<br />

4.8.2.1.9.3. Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social<br />

Princípios:<br />

A Indústria reconhece que a educação, a erradicação da pobreza, a<br />

promoção da saúde e a eliminação da exclusão social são fundamentais; e<br />

É sua responsabilidade atuar de forma integrada e complementar ao<br />

governo e a outros agentes da Sociedade no sentido de viabilizar o<br />

desenvolvimento social e econômico da região, utilizando de forma<br />

competitiva e sustentável seus recursos naturais.<br />

279


Recomendações:<br />

Promover a cooperação tecnológica e troca de know-how entre empresas,<br />

abrangendo identificação, avaliação, pesquisa e desenvolvimento, gestão,<br />

marketing e aplicação dos princípios da produção mais limpa;<br />

Estimular o desenvolvimento de programas de educação ambiental <strong>para</strong><br />

aumentar a consciência e a responsabilidade em todos os níveis, incluindo<br />

a dos gestores empresariais;<br />

Estimular a mudança nos padrões de consumo com vistas à redução de<br />

desperdícios e à geração de resíduos; e<br />

Estabelecer incentivos <strong>para</strong> a aplicação extensiva pela Indústria dos<br />

princípios do Desenvolvimento Sustentável, desenvolvendo políticas<br />

industriais que levem em conta a inclusão dos socialmente excluídos e<br />

fomentando programas sistêmicos e integrados de educação, cultura,<br />

lazer, saúde e esporte.<br />

4.8.2.1.9.4. Proteção da Atmosfera e Mudanças Climáticas<br />

Princípios:<br />

Inserção da questão climática no contexto do desenvolvimento<br />

sustentável;<br />

Manutenção do princípio de responsabilidades comuns, mas<br />

diferenciadas, entre os diversos estágios de desenvolvimento econômico<br />

dos países; e<br />

Integração do Brasil no mercado de carbono internacional.<br />

Recomendações:<br />

Definir responsabilidades por setor, promovendo o entendimento dos<br />

critérios de sustentabilidade, linha de base e adicionalidade;<br />

Promover a criação de um mercado doméstico de carbono a partir da<br />

participação ampla da sociedade e da abertura às oportunidades do<br />

mercado favorecendo o desenvolvimento de produtos e instrumentos<br />

financeiros;<br />

Promover inventário de projetos potenciais de mitigação do efeito estufa<br />

como parâmetro de evolução de competitividade do país;<br />

280


Inserir a questão da mudança do clima no contexto do desenvolvimento<br />

econômico sustentável, estabelecendo instrumentos e indicadores, com<br />

base científica, <strong>para</strong> a definição da sustentabilidade face o aquecimento<br />

global;<br />

Criar mecanismos de disseminação das informações científicas e<br />

tecnológicas sobre a evolução da mudança do clima;<br />

Promover o uso de mecanismos financeiros da própria Convenção <strong>para</strong> a<br />

obtenção de recursos e tecnologias que permitam avançar no<br />

desenvolvimento tecnológico e no aumento da eficiência energética das<br />

indústrias;<br />

Estimular o desenvolvimento e pesquisa de combustíveis alternativos que<br />

resultem na redução das emissões e garantam a competitividade das<br />

indústrias brasileiras; e<br />

Criar incentivos financeiros, por meio da diminuição de impostos e da<br />

redução de encargos dos financiamentos, destinados a indústrias que<br />

reduzirem a emissão de gases e que contribuírem <strong>para</strong> reduzir o<br />

aquecimento global.<br />

4.8.2.1.9.5. Diversidade Biológica e Gestão da Biotecnologia<br />

A automação quando utilizada na indústria farmacêutica, alimentícia e<br />

agropecuária, exige recomendações <strong>para</strong> o desenvolvimento sustentável que<br />

atendam princípios e recomendações concernentes a biodiversidade e<br />

Biotecnologia.<br />

Princípios:<br />

A biodiversidade possui valor econômico;<br />

Conservação e utilização sustentável dos componentes da biodiversidade;<br />

A gestão da biodiversidade deve ser compartilhada com os diversos atores<br />

da sociedade;<br />

A gestão da biotecnologia deve considerar aspectos éticos e de segurança<br />

à saúde e ao meio ambiente; e<br />

A biodiversidade é um patrimônio nacional que deve ser preservado e<br />

gerido com soberania.<br />

281


Recomendações:<br />

Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento biotecnológico com ênfase nas<br />

áreas de alimentação, medicamentos, cosméticos, biomateriais e proteção<br />

ambiental, que leve à obtenção de direitos de propriedade industrial;<br />

Criar mecanismos <strong>para</strong> facilitar o acesso à tecnologia nos termos da<br />

Convenção de Diversidade Biológica;<br />

Promover programas de conscientização e educação visando a<br />

conservação e uso sustentável da biodiversidade;<br />

Estabelecer regras claras e estáveis <strong>para</strong> o acesso à diversidade biológica<br />

e repartição dos benefícios, observando os interesses nacionais;<br />

Estabelecer incentivos fiscais e estimular a criação de fundos destinados a<br />

projetos de utilização sustentável da biodiversidade e de biotecnologia; e<br />

Disseminar informações científicas sobre questões ligadas a biotecnologia.<br />

4.8.2.1.9.6. Produtos Tóxicos e Resíduos Perigosos<br />

Princípios:<br />

A gestão segura de produtos químicos é fundamental <strong>para</strong><br />

desenvolvimento sustentável da sociedade e <strong>para</strong> a proteção da saúde<br />

humana e do meio ambiente;<br />

A gestão segura de substâncias químicas e a destinação final de resíduos<br />

perigosos devem estar baseadas na cooperação e na constituição de<br />

parcerias entre o poder público o setor produtivo e a sociedade civil de<br />

forma a que sejam desenvolvidas políticas e infraestruturas adequadas<br />

nos países da região; e<br />

As Informações sobre as características toxicológicas dos produtos<br />

químicos e de resíduos perigosos devem ser fornecidas a sociedade, <strong>para</strong><br />

que possam ser tomadas decisões sobre os produtos, com base nas<br />

avaliações de risco sobre as substâncias em questão. A avaliação de risco<br />

deve considerar preponderantemente os efeitos à saúde e ao meio<br />

ambiente.<br />

282


Recomendações:<br />

Trabalhar em consonância com as Prioridades de Ação resultantes da III<br />

Sessão do Fórum Intergovernamental de Segurança Química, com ênfase<br />

em:<br />

Expandir e acelerar a avaliação internacional dos riscos químicos, de<br />

acordo com metodologias harmonizadas;<br />

Aplicar, assim que possível, o Sistema de Classificação Global<br />

Harmonizado (GHS) em todos os países;<br />

Encorajar os países a ratificarem a Convenção de Roterdã sobre o<br />

Consentimento Previamente Informado (PIC);<br />

Utilizar Fichas de Segurança de Produtos Químicos <strong>–</strong> FISPQ (MSDS)<br />

como instrumentos de divulgação das características de substâncias<br />

químicas em uso, quer sejam produzidas no país ou importadas;<br />

Estabelecer programas nacionais de redução de riscos químicos, com<br />

destaque <strong>para</strong> estratégias de controle de pestes e doenças<br />

transmissíveis; identificação, neutralização e disposição segura de<br />

estoques de pesticidas e outros produtos químicos obsoletos; e<br />

Adoção de sistemas nacionais <strong>para</strong> a prevenção e resposta a grandes<br />

acidentes de processo em instalações industriais; ratificação da<br />

Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes <strong>–</strong><br />

POPs;<br />

Estabelecimento de Centros Toxicológicos; e de Registros de<br />

Emissões e Transferência de Poluentes adequados à realidade dos<br />

países ou regiões;<br />

Desenvolver perfis nacionais onde sejam incluídas as principais<br />

informações relativas à segurança química que sirvam de referência<br />

<strong>para</strong> a pre<strong>para</strong>ção de planos de ação nacionais ou regionais;<br />

Desenvolver a capacitação dos envolvidos com assuntos de segurança<br />

química de maneira prioritária, e<br />

Estabelecer estratégias <strong>para</strong> a prevenção, detenção e controle do<br />

tráfico ilegal de substâncias químicas.<br />

Participar dos esforços internacionais destinados a controlar a<br />

movimentação transfronteiriça de resíduos perigosos cobertos pela<br />

283


Convenção da Basiléia e trabalhar nacionalmente <strong>para</strong> a regulamentação<br />

e aplicação de seus instrumentos.<br />

4.8.2.1.9.7. Comércio e Meio Ambiente<br />

Princípios:<br />

A busca do desenvolvimento econômico deve ocorrer em bases<br />

sustentáveis e considerar as vocações e potencialidades regionais;<br />

A cooperação entre os países da Região deve estimular a transferência de<br />

tecnologia e a capacitação de recursos humanos;<br />

A implementação da regulamentação ambiental não deve resultar em<br />

barreira comercial; e<br />

Deve ser priorizado o uso de normas voluntárias sobre a adoção de<br />

regulamentos técnicos.<br />

Recomendações:<br />

Evitar a utilização protecionista de regulamentação e de normas<br />

ambientais e, em especial, não incentivando padrões e normas baseadas<br />

em métodos e processos produtivos, que tendem a funcionar como<br />

barreiras não tarifárias ao comércio internacional;<br />

Estabelecer um processo gradual de convergência das legislações,<br />

regulamentos e normas técnicas utilizadas pelos países da região, sempre<br />

contemplando as necessidades e condições locais e sub-regionais. A<br />

adequação dos instrumentos de política ambiental deverá atender ao<br />

requisito de não constituir entrave ao comércio entre os países da região;<br />

Aplicar e difundir os resultados obtidos por experiências regionais ou sub-<br />

regionais <strong>para</strong> facilitar o processo de integração entre blocos econômicos.<br />

Considerar os acordos já realizados (MCCA, PA, CARICOM, ALADI,<br />

MERCOSUL, NAFTA, bem como o Tratado de Cooperação Amazônica),<br />

em seus objetivos e experiências;<br />

Promover a difusão e o crescente atendimento dos acordos e protocolos<br />

ambientais internacionais (Agenda 21, Convenção do Clima, Protocolo de<br />

Montreal, Protocolo de Kyoto, etc.);<br />

284


Incentivar e dar credibilidade aos mecanismos voluntários de certificação,<br />

negociados internacionalmente;<br />

Proporcionar condições necessárias <strong>para</strong> que o setor privado possa<br />

prover-se adequadamente de experiências, tecnologias,<br />

Conhecimentos e serviços, de maneira a solucionar seus problemas<br />

ambientais;<br />

Estabelecer mecanismos de incentivos e financiamentos, em prazos e<br />

demais condições adequadas, de forma a propiciar amplo acesso das<br />

empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, aos recursos<br />

necessários <strong>para</strong> a internalização dos custos ambientais resultantes da<br />

utilização de sistemas de gestão e tecnologias e/de produção mais limpas;<br />

Criar e manter atualizados inventários com todos os acordos sobre<br />

medidas sanitárias e fitossanitárias; certificações e regulamentações<br />

técnicas; e<br />

Desenvolver e implementar infraestrutura técnica e jurídica que possibilite<br />

a aplicação das legislações decorrentes dos acordos internacionais <strong>para</strong><br />

possibilitar as soluções de controvérsias.<br />

4.8.2.1.9.5. Energia e Transporte<br />

Princípios:<br />

Energia:<br />

A expansão da oferta de energia é condição essencial ao<br />

desenvolvimento;<br />

O desenvolvimento sustentável tem como fundamento matrizes<br />

energéticas diversificadas, com aproveitamento dos recursos regionais; e<br />

O uso de fontes renováveis de energia, a conservação e a eficiência<br />

energética <strong>–</strong> na geração, distribuição e consumo <strong>–</strong> são fatores<br />

indispensáveis ao desenvolvimento sustentável.<br />

Transporte:<br />

O sistema de transporte multimodal é importante <strong>para</strong> a competitividade<br />

empresarial e a melhoria da qualidade de vida da população; e<br />

285


A utilização de combustíveis com menor potencial poluidor e a eficiência<br />

do sistema de transporte coletivo urbano são fundamentais <strong>para</strong> o<br />

aumento da eficácia dos meios e métodos de gestão do trânsito e<br />

circulação viária, com vistas à redução da emissão de poluentes.<br />

Recomendações:<br />

Remover as barreiras regulatórias que impedem o efetivo desenvolvimento<br />

do transporte multimodal, geração de energia distribuída e aproveitamento<br />

de fontes renováveis;<br />

Harmonizar as políticas regulatórias de transporte, visando a integração<br />

regional;<br />

Incrementar mecanismos de estímulo ao desenvolvimento do transporte<br />

ferroviário e hidroviário, de forma sustentável;<br />

Promover ampla política de conservação de energia, em todos os níveis,<br />

incentivando, também, a capacitação em eficiência energética nas<br />

universidades e centros de P, D & I;<br />

Incentivar a implantação de programas tecnológicos <strong>para</strong> conservação de<br />

energia e de fontes alternativas via cooperação técnica dos setores<br />

público / privado;<br />

Estimular a exploração do potencial em pequenas centrais hidrelétricas,<br />

sistemas de co-geração, com aproveitamento dos potenciais energéticos<br />

de cada região;<br />

Estimular programas voluntários <strong>para</strong> redução das emissões de CO2;<br />

Eliminar as reservas de cargas dos armadores de transporte de<br />

cabotagem de modo a reduzir o transporte rodoviário por longas<br />

distâncias; e<br />

Estimular a conformação de redes multimodais, que articulem a melhor<br />

utilização das vias terrestres, fluviais, marítimas e aéreas, bem como<br />

facilitem o trânsito fronteiriço de pessoas, veículos e cargas, além de<br />

contribuírem <strong>para</strong> a dinamização do comércio e dos investimentos no<br />

conjunto da região.<br />

286


4.8.2.1.10. Projeto CETESB<br />

A CETESB, órgão responsável pela qualidade ambiental e detentora de<br />

conhecimento técnico na área de tratamento de resíduos, desenvolveu através de<br />

seu Departamento de Tecnologia da Informação, um projeto inovador TI-Verde <strong>para</strong><br />

apontar metas ambientais <strong>para</strong> destinação adequada do lixo eletrônico, cabendo<br />

ainda à CETESB o papel de agente credenciador das empresas de reciclagem, por<br />

meio de concessão de Licenças de Instalação e de Operação, além do<br />

acompanhamento dos índices de reciclagem e dos balanços de quantidades de lixo.<br />

Um índice de reciclagem deve refletir valores referentes à quantidade de<br />

material reciclado, como também o risco associado aos elementos (chumbo, cobre,<br />

alumínio e outros) contidos nesses equipamentos. Através da implementação de um<br />

projeto piloto que permitirá estabelecer metodologias de gerenciamento de resíduos<br />

de TIC, gerados pelos órgãos do Governo do Estado de São Paulo, viabilizando a<br />

participação pela primeira vez de um país sul-americano no Programa das Nações<br />

Unidas - StEP - Solving the e-Waste Problem.<br />

Segundo Marketing (2009), este projeto recebeu o primeiro prêmio na<br />

categoria "Excelência em Inovação na Gestão Pública 2008" no 11º CONIP<br />

(Congresso de Inovação da Gestão Pública). Este projeto tem como meta evitar a<br />

contaminação ambiental e proteger a saúde pública dos efeitos nocivos causados<br />

pela disponibilização incorreta do lixo eletrônico (computadores, celulares, aparelhos<br />

de televisão e outros), como também agrega duas componentes:<br />

Social: baseada no estímulo à inclusão digital, prevendo inciativas <strong>para</strong><br />

doação de equipamentos com potencial de uso educacional, <strong>para</strong><br />

comunidades carentes, aumentando assim, a vida útil dos aparelhos que<br />

normalmente são disponibilizados; e<br />

Econômica: proporcionar a geração de empregos, com a abertura de<br />

indústrias e centros de reciclagem.<br />

Finalmente, a CETESB cogita estabelecer programas de parcerias com ECT<br />

(Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), supermercado e grandes<br />

estabelecimentos comerciais junto às empresas de reciclagem <strong>para</strong> o recolhimento<br />

de computadores e aparelhos de telefonia celular descartáveis pela população em<br />

287


geral. Essa parceria possibilitará que a população disponibilize equipamentos<br />

considerados obsoletos nesses estabelecimentos, garantindo e centralizando a<br />

coleta seletiva, <strong>para</strong> o envio às empresas recicladoras, parceiras do projeto TI-Verde<br />

(Marketing, 2009).<br />

4.8.2.1.11. Cooperativa Nacional<br />

A integração e cooperação entre áreas é o primeiro passo mais significativo<br />

no recolhimento e criação de Centrais Inteligentes de Reciclagem em pontos<br />

estratégicos pelo país, seja de empresas de produção, ou de empresas de serviços<br />

ou de distribuição. Não importa o tamanho da corporação, pequena, média ou<br />

grande, deverá se integrar e planificar um objetivo comum, que é a formação da<br />

Cooperativa Nacional de reutilização de materiais diversos pós-processo produtivo.<br />

A formação e criação de uma Cooperativa Nacional de reutilização de<br />

materiais diversos pós-processo produtivo, terá como objetivo centrar esforços no<br />

recebimento e recolhimento de materiais pós-processo produtivo e recolocando<br />

novamente <strong>para</strong> utilização das empresas conveniadas, evitando o descarte<br />

impróprio.<br />

Para a criação e execução deverá ser estimulada a cooperação da tríade<br />

empresas x governos x sociedade civil, com o desenvolvimento de um sistema pelo<br />

qual o se determinará que o usuário final paga pela coleta posteriormente à<br />

reciclagem e recolocação de material reciclado de novo no processo produtivo. Isto<br />

acontecerá por meio de um imposto verde agregado ao produto final, cujo valor, a<br />

ser repassado à Cooperativa, se diferencia conforme o produto.<br />

A Cooperativa Nacional se formará da união de todos, e serão criadas usinas<br />

de reciclagem em vários locais <strong>para</strong> o recebimento de material pós-produção,<br />

visando a seleção e reutilização de todos os segmentos. Para isso se faz<br />

necessário:<br />

a) Criação do imposto verde que será determinante na formação da<br />

cooperação;<br />

b) Redução de impostos, buscando a execução de programas inovadores de<br />

reutilização e reciclagem nas empresas que visam a sustentabilidade e<br />

288


proteção do meio ambiente, de forma a fortalecer a cooperação e<br />

reutilização de materiais pós-processo produtivo;<br />

c) Envolvimento dos distribuidores no processo de coleta de bens sucateados<br />

a serem reutilizados;<br />

d) Formação de mão-de-obra especializada na coleta, se<strong>para</strong>ção e<br />

reutilização de materiais diversos;<br />

e) Incentivo às empresas <strong>para</strong> recuperação de matas ciliares, mangues e<br />

outros em sua região de forma ordenada e colaborativa;<br />

f) Criação do cadastro nacional de recolhimento, reutilização e estocagem<br />

com selos de qualidades; e<br />

g) Criação da plaqueta que será utilizada em equipamentos, informando a<br />

vida útil, a forma de recolhimento e se estão utilizando materiais<br />

recicláveis.<br />

4.8.2.1.11.1. Cooperação, Integração e Logística<br />

O processo é simples, onde as indústrias produzem peças e equipamentos,<br />

empresas especializadas distribuem e clientes adquirem tais produtos. O diferencial<br />

é que nesta linha de raciocínio o cliente estará pagando pelo recolhimento do<br />

produto quando da sua não utilização. Por outro lado quando adquirir um produto<br />

novo, o antigo será recolhido e encaminhado à Cooperativa Nacional, que dará a<br />

destinação correta ao produto.<br />

Desta forma, lojas, magazines, assistência técnica, entre outras, serão<br />

incentivadas a integrar a Cooperativa Nacional porque receberá por este trabalho<br />

por meio de bônus e desconto, ofertados pelos fabricantes, e até mesmo redução de<br />

impostos. A empresa terá que estar integrada e trabalhando junto à Cooperativa<br />

Nacional que é um bem de todos.<br />

Todo produto terá sua destinação correta, e o imposto verde cobrirá todo o<br />

processo logístico, tendo o cliente a tranquilidade de que seu equipamento usado ou<br />

sucateado irá <strong>para</strong> a Cooperativa Nacional.<br />

289


4.8.2.1.11.2. Consumidor, Fornecedor e Fabricante<br />

A relação entre consumidor, fornecedor e fabricante deve prever a troca de<br />

produto eletroeletrônico usado por um novo, ou receber desconto, <strong>para</strong> atender a<br />

política de reciclagem. Com isso, o produto usado será retirado do mercado pela<br />

empresa, dentro da política de consumo e reciclagem.<br />

Uma forma de incentivar os lojistas e as redes de assistências técnicas é o<br />

oferecimento de benefícios fiscais pelos governos municipal, estadual e/ou federal.<br />

Essa política irá beneficiar à loja, ao cliente e às indústrias e o meio ambiente,<br />

promovendo inclusão social, por meio da criação de novos empregos.<br />

A logística é um ponto fundamental, pois estará incluída no processo de<br />

venda e recolhimento dos produtos eletroeletrônicos, levando-os <strong>para</strong> a destinação<br />

correta.<br />

É importante que haja uma forma de recolhimento desses produtos usados<br />

nas empresas envolvidas, principalmente as pequenas empresas prestadoras de<br />

serviço como as assistências técnicas que receberão equipamentos diversos.<br />

Poderá ser por meio de lojas de grande porte que deverão ser compensadas pelo<br />

serviço.<br />

4.8.3. Infraestrutura Física<br />

Estruturas físicas que apóiam a inovação centrada na P, D & I, Produção e<br />

Logística, incluindo redes de informação, transporte, saúde, água e energia.<br />

4.8.4. Considerações<br />

As dimensões comuns deste estudo foram: Talento, Infraestrutura sócio-<br />

politico-institucional, e Infraestrutura Física. Essas ações estão interligadas nas<br />

áreas foco deste estudo, e se for contemplada uma visão de longo prazo das<br />

consequências de um desenvolvimento industrial e o futuro do planeta, um<br />

desenvolvimento industrial sustentável deverá se apoiar em três alicerces: o meio-<br />

ambiente, o aspecto social e o contexto econômico.<br />

290


4.9. Considerações sobre o Panorama<br />

O segmento da <strong>Automação</strong> Bancária no Brasil vem mostrando nesses últimos<br />

anos sua importância e o dinamismo, bem como a presença significativa de<br />

fornecedores que desenvolvem localmente a tecnologia de seus produtos e<br />

soluções. Os dados da balança comercial mostram que é em função desse<br />

desenvolvimento local que tais segmentos registram coeficientes significativamente<br />

inferiores de importações quando com<strong>para</strong>dos com o restante da informática, por<br />

exemplo.<br />

Na atual situação cambial do Brasil, a competitividade de um produto em nível<br />

internacional depende, em boa medida, da máxima utilização de componentes<br />

nacionais, do software aos periféricos, passando pelo projeto e pela manufatura dos<br />

equipamentos. Decorre daí a necessidade, também, da existência de uma rede<br />

nacional de fornecedores com preços competitivos.<br />

4.10. Com<strong>para</strong>ção entre diferentes modelos de integração em <strong>Automação</strong><br />

Os conceitos de automação e integração são direcionados a aplicações de<br />

grandes áreas do segmento de serviços, dentre elas a <strong>Automação</strong> Industrial, predial,<br />

comercial e bancária, diferenciando-se entre si em termos de equipamentos do setor<br />

eletroeletrônico, recursos humanos e tecnologias envolvidas, conforme mostra o<br />

Quadro 28.<br />

291


Quadro 28 - Com<strong>para</strong>ção do Segmento de Serviços em <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />

Projeto<br />

Infraestrutura<br />

Uso e<br />

Manutenção<br />

Supervisão e<br />

Controle<br />

Quadro Com<strong>para</strong>tivo do Segmento de Serviços em <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

Fonte: Rosário, 2004.<br />

<strong>Automação</strong> Industrial <strong>Automação</strong> Predial<br />

Focos nos Objetivos de<br />

produtividade, qualidade,<br />

segurança e redução de<br />

custo.<br />

Redes Complexas,<br />

inteligência<br />

descentralizada, harmonia<br />

com o ambiente industrial.<br />

O uso deve ser simples e<br />

intuitivo. Soluções de<br />

problemas mais simples<br />

são possíveis <strong>para</strong> o<br />

usuário comum<br />

Deve permitir controle<br />

remoto, não havendo<br />

necessidade de supervisão<br />

constante.<br />

Foco nas pessoas e seus<br />

hábitos, visando facilitar o<br />

dia-a-dia.<br />

Redes relativamente<br />

simples, SDCDs e CLPs<br />

como cérebro do sistema,<br />

sensores e atuadores em<br />

grande número.<br />

Requer familiarização com<br />

os equipamentos,<br />

manutenção feita por<br />

técnicos devidamente<br />

treinados, sempre<br />

presente na indústria.<br />

Relatórios e Indicadores<br />

frequentes, a fim de medir<br />

desempenho do sistema.<br />

292<br />

<strong>Automação</strong> Comercial e<br />

Bancária<br />

Foco nas pessoas e seus<br />

hábitos, visando garantia de<br />

serviços, segurança e<br />

mercado competitivo.<br />

Redes simples, centralizada,<br />

importância nos<br />

instrumentos de controle do<br />

produto<br />

O uso deve ser simples e<br />

intuitivo, confiável e seguro,<br />

e centrado em programa<br />

computacional de gestão de<br />

serviços.<br />

Relatórios e Indicadores,<br />

com controle de serviços.


5. Considerações Finais<br />

Este estudo de panorama do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresentou<br />

um diagnóstico do setor, contemplando uma análise detalhada dos fatores que<br />

condicionam sua estrutura industrial, bem como a dinâmica competitiva e inovadora<br />

dos agentes que integram a cadeia produtiva industrial no Brasil e no contexto<br />

mundial. Este panorama permitiu:<br />

Mapear e conhecer a cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong>, mapeando a realidade nacional, não apenas em termos de<br />

recursos materiais e infraestrutura, como também em seus recursos<br />

humanos e ambientais;<br />

Mapear iniciativas de amplo alcance, que elevem o patamar de capacitação<br />

em algumas áreas-chave <strong>para</strong> o desenvolvimento econômico sustentável;<br />

Identificar vulnerabilidades importantes da sociedade e da economia e<br />

entendê-las como oportunidade de alavancar o desenvolvimento científico<br />

e tecnológico, social e econômico; e<br />

Identificar a participação deste setor em diversos outros setores da<br />

economia, tais como: Complexo de Defesa; Complexo Automotivo; TICs;<br />

Petróleo, Gás Natural e Petroquímica; Celulose e Papel; Aeronáutico;<br />

Siderúrgico; Têxtil e Confecções; Naval; Mineração; Complexo Industrial da<br />

Saúde; Agroindustrial; Couro e Calçados; Transportes; Alimentício, entre<br />

outros.<br />

A partir dessa análise, este estudo busca sinalizar as perspectivas do setor,<br />

por meio das tendências e questões relevantes, que permitirão em tempo futuro a<br />

formulação e execução de um Plano Estratégico <strong>Setorial</strong> com vistas ao aumento da<br />

competitividade do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> no Brasil.<br />

Isto permitirá o direcionamento de uma política de desenvolvimento de<br />

produtos industriais <strong>para</strong> o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e geração de<br />

serviços nas áreas de <strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária no<br />

horizonte temporal de quinze anos. Ressalta-se que os aspectos ambientais durante<br />

293


a concepção, o planejamento, a organização e a operação das empresas, evitam a<br />

geração de resíduos sem os devidos cuidados de tratamento e descarte.<br />

Diante do exposto, verifica-se a importância da Indústria de <strong>Automação</strong> <strong>para</strong><br />

modernizar o parque fabril dos diferentes setores industriais do país, considerando a<br />

sua importância como gerador de riqueza, gerador de empregos qualificados,<br />

melhora sensível da competitividade das empresas pela atualização tecnológica e<br />

pelos impactos favoráveis com relação ao meio ambiente, bem como melhoria da<br />

qualidade de vida dos cidadãos. Assim, o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />

contribui de maneira sustentável <strong>para</strong> o desenvolvimento sócio-econômico e<br />

ambiental do Brasil.<br />

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APÊNDICE I <strong>–</strong> Fundamentação da Cadeia Produtiva<br />

I.1. Conceito de Cadeia Produtiva<br />

Para Dantas, Kertsnetzky e Prochnik (2002) apud Silva (2004), as cadeias<br />

produtivas resultam da crescente divisão do trabalho e maior interdependência entre<br />

os agentes econômicos. Por um lado, as cadeias são criadas pelo processo de<br />

desintegração vertical e especialização técnica e social. Por outro lado, as pressões<br />

competitivas por maior integração e coordenação entre as atividades, ao longo das<br />

cadeias, ampliam a articulação entre os agentes. (...) cadeia produtiva é um conjunto<br />

de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados e<br />

transferidos os diversos insumos. Os autores destacam dois tipos principais de<br />

cadeias:<br />

Cadeia produtiva empresarial, onde cada etapa representa uma empresa,<br />

ou um conjunto de poucas empresas que participam de um acordo de<br />

produção. Este tipo de cadeia é útil <strong>para</strong> a realização de análises<br />

empresariais, estudos de tecnologia e planejamento de políticas locais de<br />

desenvolvimento; e<br />

Cadeia produtiva setorial, onde as etapas são setores econômicos e os<br />

intervalos são mercados entre setores consecutivos.<br />

A Association Française de Normalisation (AFNOR) adota um conceito mais<br />

amplo, considerando a cadeia produtiva como um encadeamento de modificações<br />

da matéria-prima com finalidade econômica, que inclui desde a exploração dessa<br />

matéria-prima, em seu meio ambiente natural, até o seu retorno à natureza,<br />

passando pelos circuitos produtivos, de consumo, de recuperação, tratamento e<br />

eliminação de efluentes e resíduos sólidos.<br />

A cadeia produtiva compreende, portanto, os setores de fornecimento de<br />

serviços e insumos, máquinas e equipamentos, bem como os setores de produção,<br />

processamento, armazenamento, distribuição e comercialização (atacado e varejo),<br />

serviços de apoio (assistência técnica, crédito, entre outros), além de todo a<strong>para</strong>to<br />

tecnológico e institucional legal, normativo e regulatório, até os consumidores finais<br />

de produtos e subprodutos da cadeia. Assim, envolve o conjunto de agentes<br />

312


econômicos ligados à produção, distribuição e consumo de determinado bem ou<br />

serviço, e as relações que se estabelecem entre eles.<br />

A cadeia produtiva é concebida como uma série de nós, ligados por vários<br />

tipos de transações, como vendas e transferências intra-firma. Cada nó dentro da<br />

cadeia produtiva de uma mercadoria envolve a aquisição ou a organização de<br />

insumos visando a adição de valor ao produto em questão (MIELKE, 2006).<br />

Segundo Rodrigues (2002), uma cadeia produtiva é uma rede de atividades<br />

de produção, comércio e serviços funcionalmente integrada, cobrindo todos os<br />

estágios de uma cadeia de suprimento, desde a transformação de matérias-primas,<br />

passando pelos estágios intermediários de produção, até a entrega do produto<br />

acabado ao mercado.<br />

Trata-se, portanto, de uma sucessão de operações, ou de estágios técnicos<br />

de produção e de distribuição integradas, realizadas por diversas unidades<br />

interligadas como uma corrente, desde a extração e manuseio da matéria-prima até<br />

a distribuição do produto.<br />

―Na ótica adotada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio<br />

Exterior - MDIC, no seu programa Fórum de Competitividade, cadeia produtiva é o<br />

conjunto de atividades que se articulam progressivamente desde os insumos básicos<br />

até o produto final, incluindo distribuição e comercialização, constituindo-se em elos<br />

de uma corrente (...). Para o MDIC, entre outras possibilidades, o uso do conceito de<br />

cadeia produtiva permite‖ (MDIC, 2002, p.2 apud SILVA, 2004):<br />

Visualizar a cadeia de modo integral;<br />

Identificar debilidades e potencialidades nos elos;<br />

Motivar articulação solidária dos elos;<br />

Identificar gargalos, elos faltantes e estrangulamentos; e<br />

Identificar os elos dinâmicos, em adição à compreensão dos mercados,<br />

que trazem movimento às transações na cadeia produtiva.<br />

I.2. Cadeia de Valor Genérica<br />

A definição de cadeias de valores exige que as atividades com economias e<br />

tecnologias distintas sejam estudadas isoladamente, sendo que as funções gerais<br />

como fabricação ou marketing, de acordo com esta divisão, devem ser subdivididas<br />

313


em outras atividades. Por outro lado, a estrutura de mercado também pode ser<br />

considerada como ponto estratégico <strong>para</strong> a empresa, uma vez que esta inclui<br />

elementos de importância significativa <strong>para</strong> a análise do ambiente de atuação da<br />

indústria.<br />

Porter (1992) define cadeia de valores como as atividades relevantes de uma<br />

empresa considerando as que representam custos importantes e as que podem<br />

diferenciar as empresas das outras. A cadeia de valor não é uma coleção de<br />

atividades independentes e sim um sistema de atividades interdependentes.<br />

Assim, Porter (1992) afirma que o modo com que cada atividade é executada,<br />

combinado com seu custo, determinará se uma empresa tem custo alto ou baixo em<br />

relação à concorrência. O modo com que cada atividade de valor é executada,<br />

também irá determinar sua contribuição <strong>para</strong> as necessidades do comprador, e<br />

assim, <strong>para</strong> a diferenciação. As atividades de valor são, portanto, os blocos de<br />

construção distintos da vantagem competitiva. Uma com<strong>para</strong>ção das cadeias de<br />

valores dos concorrentes expõe as diferenças que determinam a vantagem<br />

competitiva. O valor e não o custo deve ser usado na análise da posição competitiva<br />

de uma empresa.<br />

Para Porter (1992) toda empresa é uma reunião de atividades que são<br />

executadas <strong>para</strong> projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seu produto e<br />

podem ser representadas utilizando-se uma cadeia de valor. Assim, ele apresenta a<br />

forma genérica de organização de uma cadeia de valor (Figura 23). Considerando<br />

esse modelo de competitividade, o estudo da cadeia produtiva permite identificar os<br />

agentes e suas relações a fim de proporcionar vantagem competitiva <strong>para</strong> o setor<br />

em estudo. A estratégia competitiva deve responder ao meio ambiente do<br />

setor/empresa de maneira que possa ser modelado considerando suas<br />

peculiaridades.<br />

É importante ressaltar que apesar de nem toda empresa do setor possuir<br />

todas as atividades citadas no modelo de Porter (1992), porque algumas atividades<br />

podem ser realizadas por outras empresas em parceria ou terceirizadas, ele<br />

apresenta os requisitos necessários de organização da cadeia de valor do setor de<br />

<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. Ressalta-se, também, que uma cadeia de valor excede<br />

314


as fronteiras da empresa a montante (fornecedores, fornecedores dos fornecedores,<br />

e assim por diante) e a jusante (clientes, clientes dos clientes, e assim por diante).<br />

Figura 23 <strong>–</strong> Forma de organização da cadeia de valor.<br />

Fonte: Porter, 1992.<br />

Com esse modelo, Porter (1992) estabelece uma divisão de áreas que<br />

compõe as atividades de valor em atividades primárias e de apoio (suporte) que<br />

formam a cadeia de valor, sendo que estas também podem ser contratadas pela<br />

empresa. Todas as atividades contribuem <strong>para</strong> o valor percebido pelo cliente, sendo<br />

divididas em:<br />

Primárias: são as envolvidas com a transformação direta dos produtos<br />

físicos, vendas e sua assistência técnica. Cada categoria pode ser divida<br />

em uma série de atividades distintas, que dependem da indústria<br />

particular e da empresa:<br />

- Logística interna: Atividades relacionadas com o recebimento,<br />

estocagem e distribuição de insumos e produtos;<br />

- Operações: Atividades relacionadas ao processo produtivo em si, de<br />

transformação dos insumos em bens;<br />

- Logística Externa: Atividades relacionadas com a coleta, estocagem e<br />

distribuição dos bens finais aos compradores;<br />

315


- Marketing e Vendas: Atividades relacionadas com provisão de um<br />

mercado <strong>para</strong> os bens produzidos; e<br />

- Serviços Pós-Venda: Atividades relacionadas com o atendimento ao<br />

cliente, depois da aquisição do produto.<br />

Apoio (suporte): são as que só atuam sobre os produtos de maneira<br />

indireta, pois apenas afetam as atividades primárias, na tentativa de<br />

torná-las mais produtivas.<br />

- Infraestrutura da empresa: Atividades de administração, planejamento,<br />

finanças, questões legais, etc.;<br />

- Desenvolvimento de tecnologia: Atividades, de qualquer âmbito, que<br />

estejam relacionadas com o desenvolvimento de novas tecnologias;<br />

- Gerência de recursos humanos: Atividades relacionadas com<br />

contratação, treinamento e desenvolvimento de mão-de-obra; e<br />

- Aquisição: Atividades relacionadas a compra de insumos necessários<br />

no processo produtivo.<br />

Com relação à margem (lucratividade), esta será atingida conforme a<br />

gerência da cadeia de valor.<br />

Cadeia de valor ou fluxo de valor designa a série de atividades relacionadas e<br />

desenvolvidas pela empresa <strong>para</strong> satisfazer as necessidades dos clientes, desde as<br />

relações com os fornecedores e ciclos de produção e venda até a fase da<br />

distribuição <strong>para</strong> o consumidor final. Cada elo dessa cadeia de atividades está ligado<br />

ao seguinte. Segundo Porter (1992), existem dois tipos possíveis de vantagem<br />

competitiva (liderança de custos ou diferenciação) em cada etapa da cadeia de<br />

valor.<br />

Desse modelo de Porter (1992), destaca-se que toda atividade, seja ela<br />

primária ou de apoio (suporte), suporta todas as outras atividades e emprega<br />

insumos comprados, recursos humanos e alguma combinação de tecnologias,<br />

dependendo, também, da infraestrutura proporcionada pela empresa, o que envolve,<br />

por exemplo, administração geral e finanças.<br />

316


Porter (1992) diz que os direcionadores são os determinantes estruturais do<br />

custo de uma atividade e as razões subjacentes pelas quais uma atividade é<br />

singular: economias de escala; padrão de utilização da capacidade; elos; inter-<br />

relações; aprendizagem; oportunidade; localização; fatores institucionais; integração;<br />

políticas de compras; políticas discricionárias.<br />

As políticas discricionárias são segundo Porter (1992): características,<br />

desempenho e configuração do produto; mix e variedade de produtos oferecidos;<br />

nível de serviço oferecido; índice de gastos com atividades; de marketing e<br />

desenvolvimento de tecnologia; tempo de entrega; compradores atendidos<br />

(pequenos e grandes); canais empregados (grande varejo e pequeno comércio);<br />

tecnologia de processo; especificidades de matérias-primas e insumos; políticas de<br />

recursos humanos; e gestão da produção.<br />

O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> possui uma cadeia de valor que é a<br />

interpretação de sua cadeia produtiva sob a ótica da produção industrial, das<br />

atividades econômicas e de sua participação na produção nacional. A Figura 24<br />

apresenta o modelo holístico de cadeia de valor em negócio na visão de Evans e<br />

Berman (2001) apud Begnis (2007).<br />

Figura 24 <strong>–</strong> Modelo holístico de cadeia de valor em negócios.<br />

Fonte: Evans e Berman, 2001, p. 138 apud Begnis, 2007.<br />

317


I.3. Sistema de Valor<br />

Sistema de Valor <strong>para</strong> Porter (1992) é o conjunto das cadeias de valores de<br />

toda a indústria: estratos formados pelos fornecedores, pelos canais e pelos<br />

consumidores O sistema de valor ocorre quando a cadeia de valores de uma<br />

empresa/setor encaixa-se em uma corrente maior de atividades, as ligações não só<br />

conectam as atividades dentro da empresa, como também criam interdependências<br />

entre uma empresa e os seus fornecedores e canais. O serviço ou produto de uma<br />

empresa/setor faz parte da cadeia de valor do consumidor.<br />

Pode-se entender que ―a lógica da cadeia de valor pode ser extrapolada em<br />

relação aos limites das firmas individuais, de tal modo que é inerente à própria lógica<br />

de cadeia a existência de elos que representam pontes ligando as atividades de uma<br />

empresa à outra. Desta forma, a cadeia de valor de uma empresa se ajusta em uma<br />

corrente maior de atividades, a qual Porter (1992) chamou de Sistema de Valores‖<br />

(BEGNIS, 2007). A Figura 25 apresenta o sistema de valores.<br />

Ainda segundo Begnis (2007) o produto de uma firma representa o insumo<br />

adquirido <strong>para</strong> a cadeia de valor da firma que o adquiriu. Este tipo de ligação entre<br />

as cadeias de valor dos fornecedores e dos compradores (canal) e a cadeia de valor<br />

de uma dada empresa, Porter (1992) chama de ―elos verticais‖. Tais elos, também,<br />

proporcionam oportunidades <strong>para</strong> a firma obter vantagens competitivas, uma vez<br />

que a forma como os fornecedores ou as empreses do canal executam as suas<br />

atividades afeta o custo ou o desempenho das atividades da firma e vice-versa.<br />

Logicamente a distribuição dos benefícios originados da otimização ou coordenação<br />

de elos comuns às cadeias de valores de uma díade de empresas será uma função<br />

do poder de barganha de cada firma, refletindo-se, portanto, em suas margens.<br />

318


Figura 25 <strong>–</strong> Sistema de valores.<br />

Fonte: Porter, 1992 apud Begnis, 2007.<br />

A análise da cadeia de valor serve <strong>para</strong> fortalecer a posição estratégica do<br />

setor. Para Rocha (1999) apud Rocha e Borinelli (2007), a utilidade da análise da<br />

cadeia de valor existe <strong>para</strong> ajudar a fornecer subsídios <strong>para</strong> o processo de<br />

formulação de estratégias e tem por objetivos:<br />

a) detectar oportunidades e ameaças;<br />

b) identificar estágios fortes e fracos;<br />

c) detectar oportunidades de diferenciação;<br />

d) identificar os principais determinantes de custos;<br />

e) localizar oportunidades de redução de custos; e<br />

f) com<strong>para</strong>r com a cadeia de valor dos concorrentes, etc.<br />

Rocha e Borinelli (2007) resumem dizendo que se pode afirmar que a análise<br />

de cadeias de valor serve <strong>para</strong> subsidiar o processo de gerenciamento estratégico,<br />

pois permite compreender e agir sobre a estrutura patrimonial, econômica, financeira<br />

e operacional das suas principais atividades, processos e entidades. O objetivo<br />

maior é conquistar e manter vantagem competitiva. E ainda comentam que Porter<br />

(1992) apresenta uma série de etapas a serem seguidas na análise estratégica de<br />

319


custos de uma Cadeia de Valor; Shank & Govindarajan (1993, p.58) resumem essa<br />

análise em quatro pontos específicos, tratados como um método <strong>para</strong> a análise da<br />

cadeia:<br />

suprimento);<br />

distribuição);<br />

internas); e<br />

negócio).<br />

a) elos com fornecedores (interação <strong>para</strong> beneficiar toda a cadeia de<br />

b) elos com clientes (explorar e melhorar as relações com os canais de<br />

c) elos das atividades internas (otimizar os processos e as atividades<br />

d) elos das unidades de negócio da empresa (otimizar as unidades de<br />

Com relação aos dados a serem coletados, Rocha (1999, p.103-111) apud<br />

Rocha e Borinelli (2007), propõe que, <strong>para</strong> as principais variáveis de um segmento<br />

relevante da cadeia, sejam identificados:<br />

a) a missão, as principais características do modelo de gestão e o<br />

posicionamento estratégico;<br />

b) a amplitude da linha de produtos, as dimensões das instalações e a<br />

capacidade ociosa; e<br />

c) a estrutura de custos, gastos com pesquisas, programas de qualidade e de<br />

preservação ambiental, etc.<br />

Ademais, deve-se analisar as principais peças contábeis das entidades, <strong>para</strong><br />

compreender a sua situação econômico-financeira-patrimonial, e apurar os seguintes<br />

índices:<br />

a) a montante: a proporção das compras da empresa em relação às vendas<br />

dos fornecedores e o custo de seu material em relação ao custo do produto acabado<br />

da empresa; e<br />

b) a jusante: a proporção das vendas da empresa em relação às compras dos<br />

clientes e o custo do material ou serviço fornecido em relação ao custo do produto<br />

acabado do cliente, etc.<br />

320


I.4. Criação e transferência de valor através de relacionamentos inter-firmas<br />

―Walters e Lancaster (2000) apontam inicialmente três aspectos do valor: (a) o<br />

valor é determinado pela utilidade resultante da combinação dos benefícios<br />

transferidos ao consumidor menos o custo total de aquisição dos benefícios<br />

recebidos; (b) valor relativo é a satisfação percebida em relação às alternativas<br />

oferecidas; (c) proposição de valor é uma manifestação de como o valor está sendo<br />

transferido <strong>para</strong> os consumidores‖ BEGNIS (2007).<br />

―Partindo deste entendimento, Walters e Lancaster (2000) concluem que o<br />

valor de qualquer produto ou serviço é o resultado da habilidade de satisfazer as<br />

prioridades dos consumidores. Estas prioridades são simplesmente as coisas que<br />

realmente importam <strong>para</strong> os consumidores e que pelas quais pagam um prêmio <strong>para</strong><br />

quem lhes proporcionem estas coisas‖ BEGNIS (2007).<br />

―Disto resulta que as oportunidades de valor são distinguidas pelo<br />

entendimento das prioridades dos consumidores, convertendo-se em produção,<br />

comunicação e transferência deste valor identificado. Assim, Walters e Lancaster<br />

(2000, p. 161) definem estratégia como ―a arte de criar valor‖ e a estratégia de valor<br />

como ―a arte de posicionar a empresa no lugar certo sobre a cadeia de valor‖. Para<br />

ele, a estratégia é um sistema de criação de valor em si mesma, no qual os<br />

membros de uma organização trabalham juntos <strong>para</strong> criar valor. Cadeia de valor,<br />

nesta perspectiva, é um sistema de negócios que cria satisfação (i.e. valor) <strong>para</strong> o<br />

usuário final e ainda atinge os objetivos dos demais interessados na empresa<br />

(stakeholders)‖ BEGNIS (2007). A Figura 26 apresenta o processo da cadeia de<br />

valor.<br />

321


Figura 26 <strong>–</strong> O Processo da Cadeia de Valor.<br />

Fonte: Walters e Lancaster, 2000 apud Begnis, 2007.<br />

Walters e Lancaster (2000) afirmam, ―que a expansão da cadeia de valor<br />

dificilmente ocorre sem a expansão dos ativos e competências centrais de uma<br />

organização‖. Consequentemente, isto significa que através da gestão dos<br />

relacionamentos e de informação, as atividades podem se tornar mais eficazes em<br />

decorrência da identificação de restrições da cadeia de valor e das atividades<br />

necessárias <strong>para</strong> que se assegure uma vantagem competitiva. Walters e Lancaster<br />

(2000) concordam com outros autores no sentido de que ―as expectativas atuais dos<br />

consumidores podem se modificar, o que requer uma contínua revisão da criação de<br />

valor‖ BEGNIS (2007).<br />

―Então, os resultados presentes e futuros da cadeia de valor podem<br />

necessitar a adição de atividades somente disponíveis fora da cadeia de valor. Isto<br />

implica na alternativa de junção de duas ou mais firmas <strong>para</strong> combinar estágios e<br />

alcançar os recursos e capacidades necessárias à nova realidade da criação de<br />

valor‖ BEGNIS (2007).<br />

322


APÊNDICE II - Principais Normas Técnicas - <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong><br />

Quadro 29: Principais Normas Técnicas so setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />

Nome Instituição Segmento Aplicação (Resumo)<br />

C37.60<br />

(2003)<br />

62271<br />

60068-2-30<br />

60255<br />

61000<br />

IEEE<br />

IEC<br />

IEC<br />

IEC<br />

IEC<br />

60870 IEC<br />

C37.1<br />

ANSI<br />

IEEE<br />

CISPR 22 IEC<br />

60079-0 a<br />

60079-27<br />

IEC<br />

ABNT-NBR<br />

947-5-2 IEC<br />

61000-xx<br />

series<br />

IEC<br />

<strong>Automação</strong> <strong>para</strong> o<br />

Setor Elétrico<br />

<strong>Automação</strong> <strong>para</strong> o<br />

Setor Elétrico<br />

Equipamentos<br />

Eletro/Eletrônicos<br />

em Geral<br />

<strong>Automação</strong> <strong>para</strong> o<br />

Setor Elétrico<br />

Equipamentos<br />

Eletro/Eletrônicos<br />

em Geral<br />

<strong>Automação</strong> <strong>para</strong> o<br />

Setor Elétrico<br />

Sistemas de<br />

<strong>Automação</strong><br />

Equipamentos de TI<br />

em geral<br />

Produtos Ex<br />

Componentes<br />

Eletro/Eletrônicos<br />

em Geral<br />

Equipamentos<br />

Eletro/Eletrônicos<br />

em Geral<br />

323<br />

Equipamentos de Chaveamento <strong>para</strong> Redes de<br />

Distribuição de Energia Elétrica. Refere-se a testes<br />

elétricos e mecânicos e ao grau de suportabilidade<br />

dos equipamentos testados a várias condições<br />

limite de utilização<br />

Testes Mecânicos, Elétricos e outros padrões, <strong>para</strong><br />

Equipamentos de chaveamento e controle de alta<br />

tensão<br />

Equipamentos Eletro/Eletrônicos. Refere-se a<br />

testes elétricos e mecânicos e ao grau de<br />

suportabilidade dos equipamentos testados a várias<br />

condições limite de utilização<br />

Testes Mecânicos, Elétricos e outros padrões,<br />

incluindo formatos de arquivos <strong>para</strong> Equipamentos<br />

de medição e relés de proteção<br />

Testes de Compatibilidade Eletromagnética em<br />

Equipamentos Eletro-Eletrônicos<br />

Testes Mecânicos, Elétricos e outros padrões,<br />

incluindo formatos de arquivos e protocolos <strong>para</strong><br />

Equipamentos e Sistemas de Tele controle<br />

Especificação e Análise de Sistemas usados em<br />

aplicações SCADA<br />

Limitações e Métodos de Medida: Características<br />

de Rádio Interferência<br />

Normas <strong>para</strong> produtos de automação, quando<br />

utilizados em atmosferas potencialmente explosivas<br />

de indústrias: químicas, petroquímicas,<br />

farmacêuticas e similares.<br />

Observação: Segmento regulamentado com<br />

certificação compulsória de produtos coordenado<br />

pelo do INMETRO, Portaria 83 de 3-4-2006, que<br />

atualmente encontra-se em fase de revisão do<br />

regulamento<br />

Sensores de Proximidade (Low Voltage Switcher<br />

and Controller)<br />

Compatibilidade Eletromagnética (Eletromagnetic<br />

Compatibility)


Nome Instituição Segmento Aplicação (Resumo)<br />

61131-3 IEC<br />

61499 IEC<br />

60079-0 ABNT NBR IEC<br />

60079-10 ABNT NBR IEC<br />

60079-14 ABNT NBR IEC<br />

60079-17 ABNT NBR IEC<br />

60079-19 ABNT NBR IEC<br />

60079-20 ABNT NBR IEC<br />

61241-10 ABNT IEC<br />

61241-14 ABNT IEC<br />

RP 505 API<br />

497 NFPA<br />

Equipamentos<br />

Eletro/Eletrônicos<br />

em Geral<br />

Equipamentos<br />

Eletro/Eletrônicos<br />

em Geral<br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

324<br />

Norma <strong>para</strong> programação de controladores que<br />

uniformiza a forma como os sistemas de controle<br />

são interpretados, através da padronização da<br />

programação. São definidas as linguagens de<br />

Sequenciamento Gráfico de Funções (SFC), usada<br />

<strong>para</strong> a estruturação de programas, e outras quatro<br />

linguagens interoperáveis entre si: Lista de<br />

Instruções (IL), Diagrama Ladder (LD), Diagrama<br />

de Blocos Funcionais (DFB) e Texto Estruturado<br />

(ST). Através da modularização e declaração de<br />

variáveis, os programas podem ser devidamente<br />

estruturados, aumentando a utilização, reduzindo<br />

erros e melhorando a eficiência. Além disso, a<br />

norma define a forma de configuração dos sistemas<br />

de controle.<br />

A adoção da norma proporciona benefícios <strong>para</strong> os<br />

usuários finais, programadores, fornecedores de<br />

ferramentas de software, integradores de sistemas,<br />

fornecedores de máquinas, fornecedores de<br />

sistemas SCADA e SDCD, equipes de<br />

comissionamento, manutenção e treinamento em<br />

sistemas de controle. A grande maioria dos<br />

produtos existentes no mercado de automação já<br />

faz uso desta norma.<br />

Norma <strong>para</strong> controle distribuído e automação,<br />

fornecendo blocos de base e funções <strong>para</strong><br />

implementação de algoritmos de controle de<br />

eventos<br />

Atmosferas explosivas <strong>–</strong> Parte 0: Requisitos Gerais<br />

Parte 10: Classificação de áreas <strong>–</strong> Atmosferas<br />

explosivas de gás<br />

Parte 14: Projeto, seleção e montagem de<br />

instalações elétricas<br />

Parte 17: Inspeção e manutenção de instalações<br />

elétricas<br />

Parte 19: Reparo, revisão e recuperação de<br />

equipamentos utilizados em atmosferas explosivas<br />

Parte 20: Dados de gases e vapores inflamáveis,<br />

referentes à utilização de equipamentos elétricos<br />

Parte 10: Classificação das áreas onde poeiras<br />

combustíveis estão ou possam estar presentes<br />

Parte 14: Equipamentos elétricos <strong>para</strong> utilização na<br />

presença de poeiras combustíveis: Seleção e<br />

Instalação<br />

Recommended Practice for classification of<br />

locations for electrical installations at petroleum<br />

facilities classified as Class I, Zone 0, Zone 1 and<br />

Zone 2 (American Petroleum Institute)<br />

Recommended practice for the classification of<br />

flammable liquids, gases, or vapors and of<br />

hazardous (classified) locations for electrical<br />

installations in chemical process areas (National<br />

Fire Protection Association)


APÊNDICE III - Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural<br />

Quadro 30: Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural.<br />

Nome Segmento Classificação Aplicação (Resumo)<br />

NR13<br />

N-247<br />

N-2595<br />

ISA 18.1<br />

NBR 5363<br />

(ABNT)<br />

NBR IEC<br />

60529<br />

(ABNT)<br />

NBR IEC<br />

8369<br />

(ABNT)<br />

NBR 8447<br />

(ABNT)<br />

N-2547<br />

(ABNT)<br />

IEC<br />

60534-8-4<br />

ISA<br />

ISA<br />

75.01<br />

ISA<br />

75.05<br />

ISA<br />

75.11<br />

ISA<br />

75.13<br />

ISA<br />

75.17<br />

ISA<br />

75.19<br />

FCI 70-2<br />

API RP 553<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Grau e Tipo de<br />

Proteção <strong>para</strong><br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Grau e Tipo de<br />

Proteção <strong>para</strong><br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Grau e Tipo de<br />

Proteção <strong>para</strong><br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Grau e Tipo de<br />

Proteção <strong>para</strong><br />

Equipamentos<br />

Elétricos<br />

Válvulas de Controle<br />

Válvulas de Controle<br />

325<br />

Caldeiras e Vasos de Pressão<br />

Portaria MTE no 3214, 08/06/78<br />

Válvula Esfera em Aço <strong>para</strong> Uso Geral e Fire Safe<br />

(PETROBRAS)<br />

Critérios de Projeto e Manutenção <strong>para</strong> Sistemas<br />

Instrumentados de Segurança em Unidades<br />

Industriais (PETROBRAS)<br />

Annuciator Sequences and Specifications<br />

Equipamentos Elétricos <strong>para</strong> Atmosferas<br />

Explosivas - Tipo de Proteção ―d‖ - Especificação<br />

Invólucros de Equipamentos Elétricos - Proteção<br />

Marcação de Equipamentos Elétricos <strong>para</strong><br />

Atmosferas Explosivas<br />

Equipamentos Elétricos <strong>para</strong> Atmosferas<br />

Explosivas de Segurança Intrínseca - Tipo de<br />

Proteção ―I‖<br />

Equipamentos Elétricos <strong>para</strong> Atmosferas Conversor<br />

de Frequência <strong>para</strong> Controle de Rotação de Motor<br />

Elétrico até 660 VCA (PETROBRAS)<br />

Industrial Process Control Valves Part 8: Noise<br />

Considerations - Section 4: Prediction of Noise<br />

Generated by Hydrodynamic Flow<br />

Válvulas de Controle Handbook of Control Valves<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Flow Equations for Sizing Control Valves)<br />

Control Valve Terminology<br />

Inherent Flow Characteristic and Rangeability of<br />

Control Valves<br />

Method of Evaluating the Performance of<br />

Positioners with Analog Input Signals and<br />

Pneumatic Output<br />

Control Valve Aerodynamic Noise Prediction<br />

Hydrostatic Testing of Control Valves<br />

Control Valve Seat Leakage<br />

Refinery Control Valves


Nome Segmento Classificação Aplicação (Resumo)<br />

API STD 598<br />

ISA RP75.23<br />

MSS SP-72<br />

N-1645<br />

ABNT<br />

NB 284<br />

ABNT<br />

NB 284<br />

API RP 520<br />

API RP 521<br />

API STD 526<br />

API STD 527<br />

ASME PTC<br />

25<br />

ASME<br />

ASME<br />

N-76<br />

N-550<br />

N-558<br />

N-1996<br />

N-1997<br />

N-2384<br />

ABNT NBR<br />

5410<br />

ABNT NBR<br />

10300<br />

IEC<br />

61000-4-3<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Sistemas de<br />

Segurança<br />

Válvulas de<br />

Segurança<br />

Válvulas de<br />

Segurança<br />

Válvulas de<br />

Segurança<br />

Válvulas de<br />

Segurança<br />

Válvulas de<br />

Segurança<br />

Válvulas de<br />

Segurança<br />

Válvulas de<br />

Segurança<br />

Válvulas de<br />

Segurança<br />

Válvulas de<br />

Segurança<br />

Válvulas de<br />

Segurança<br />

326<br />

Valve Inspection and Testing<br />

Considerations for Evaluating Control Valve<br />

Cavitation<br />

Ball Valves with Flanged or Butt-Welding Ends for<br />

General Service<br />

Critérios de Segurança <strong>para</strong> Projeto de Instalações<br />

Fixas de Armazenamento de Gás Liquefeito de<br />

Petróleo<br />

(PETROBRAS)<br />

Válvulas de Segurança e/ou Alívio de Pressão -<br />

Aquisição, Instalação e Utilização<br />

Válvulas de Segurança e/ou Alívio de Pressão -<br />

Aquisição, Instalação e Utilização<br />

Part I - Sizing, Selection, and Installation of<br />

Pressure- Relieving Devices in Refineries<br />

Guide for Pressure-Relieving and Depressuring<br />

Systems<br />

Flanged Steel Pressure Relief Valves<br />

Seat Tightness of Pressure Relief Valves<br />

Pressure Relief Devices<br />

Section I - Power Boilers<br />

Section VIII - Unfired Pressure Vessels<br />

Instalação Materiais de Tubulação (PETROBRAS)<br />

Instalação<br />

Instalação<br />

Instalação<br />

Instalação<br />

Projeto de Isolamento Térmico a Alta Temperatura<br />

(PETROBRAS)<br />

Construção, Montagem e Condicionamento de<br />

Instrumentação<br />

(PETROBRAS)<br />

Projeto de Redes Elétricas em Envelopes de<br />

Concreto e com Cabos Diretamente no Solo<br />

(PETROBRAS)<br />

Projeto de Redes Elétricas em Leitos <strong>para</strong> Cabos<br />

(PETROBRAS)<br />

Instalação Cabo Elétrico de Instrumentação<br />

Instalação Instalações Elétricas de Baixa Tensão<br />

Instalação<br />

Instalação<br />

Cabos de Instrumentação com Isolação Extrudada<br />

de PE ou PVC <strong>para</strong> Tensões até 300 V<br />

Electromagnetic Compatibility (EMC) - Part 4:<br />

Testing and Measurement Techniques - Section 3:<br />

Radiated, Radio-Frequency, Electromagnetic Field<br />

Immunity Test


Nome Segmento Classificação Aplicação (Resumo)<br />

API MPMS<br />

API<br />

RP 520<br />

API<br />

RP 551<br />

API<br />

STD 2000<br />

IEC 60770-1<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Petróleo e Gás<br />

Natural<br />

Instalação Manual of Petroleum Measurement Standards<br />

Instalação<br />

327<br />

Part II - Sizing, Selection, and Installation of<br />

Pressure- Relieving Devices in Refineries - Part II <strong>–</strong><br />

Installation<br />

Instalação Process Measurement Instrumentation<br />

Instalação<br />

Avaliação de<br />

Desempenho de<br />

Transmissores<br />

Venting Atmospheric and Low Pressure Storage<br />

Tanks Nonrefrigerated and Refrigereted<br />

Methods for Performance Evaluation of<br />

Transmitters for Use in Industrial Process Control<br />

Systems


APÊNDICE IV <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de<br />

<strong>Automação</strong> Industrial<br />

IV.1. Sistemas de Controle Industrial<br />

Entre os diversos tipos de sistemas de controle industriais, os mais<br />

conhecidos são os sistemas digitais de controle distribuído (SDCD). Contudo, um<br />

número cada vez maior de sistemas de controle se baseia na utilização dos CLPs,<br />

com grande capacidade de realizar operações discretas e de controlar múltiplas<br />

malhas, além de comunicar-se com sistemas na sala de controle, substituindo com<br />

seu custo menor, diversas aplicações proprietárias do SDCD.<br />

IV.1.1. Controlador Lógico Programável (CLP)<br />

Controladores programáveis, também designados CLP (Controlador Lógico<br />

Programável) são largamente utilizados em aplicações industriais, considerando sua<br />

elevada capacidade de processamento e capacidade de funcionamento em tempo<br />

real, sendo projetados <strong>para</strong> controlar múltiplas entradas e saídas e também <strong>para</strong><br />

funcionar em ambientes hostis, pois suportam grandes variações de temperatura e<br />

têm imunidade a ruídos elétricos e resistência à vibração e impacto.<br />

Os programas são, em geral, construídos em uma aplicação específica em<br />

um microcomputador e depois carregados em um controlador por meio de cabo ou<br />

via rede, sendo armazenados em memórias não-voláteis. O equipamento é fornecido<br />

com um software de programação que possibilita ao usuário desenvolver aplicativos<br />

voltados às suas necessidades específicas.<br />

IV.1.2. Programmable Automation Controller (PAC)<br />

O Programmable Automation Controller é um controlador de desenvolvimento<br />

que desempenha funções muito semelhantes ao CLP, porém dispõe de recursos<br />

mais sofisticados (hardware e software reprogramáveis) que facilitam a integração e<br />

a troca de informações com outros dispositivos e programas de controle.<br />

328


O PAC acrescenta a capacidade de controlar também processos contínuos e<br />

movimentos, podendo executar aplicações de automação tanto em indústrias de<br />

processo como em indústrias discretas.<br />

IV.1.3. SDCD<br />

SDCD é um sistema integrado, na forma de um pacote proprietário fechado<br />

(hardware + software + rede de comunicação) com recursos adaptados às<br />

peculiaridades de cada um dos segmentos da indústria <strong>–</strong> siderurgia, fabricação de<br />

cimento, metalurgia, produção de plásticos, refino de petróleo, alimentos, etc.<br />

(Gutierrez e Pan (2008).<br />

As funções de supervisão e comando são realizadas por um computador<br />

central na sala de supervisão. Nela, é possível visualizar e operar todo o conjunto<br />

das unidades centrais de controle por meio de consoles ou microcomputadores IHM.<br />

Uma estrutura compartilhada de comunicação de dados na qual circulam<br />

informações multiplexadas liga os controladores locais e o computador central.<br />

IV.2. Monitoramento e Supervisão Remota<br />

IV.2.1. Interface Homem-máquina (IHM)<br />

A interface homem-máquina é um dispositivo utilizado <strong>para</strong> interação do<br />

operador com o sistema controlado, permitindo a visualização de dados de um<br />

processo, bem como <strong>para</strong> alteração de seus parâmetros e de condições de<br />

operação das máquinas.<br />

IV.2.2. Sistemas SCADA<br />

Supervisório ou software de supervisão é um programa computacional que<br />

permite a comunicação entre um computador e uma rede de automação, trazendo<br />

ferramentas padronizadas <strong>para</strong> a construção de interfaces entre o operador e o<br />

processo. Sua função básica é permitir a visualização e a operação do processo de<br />

forma centralizada, por meio do recolhimento de dados em ambientes complexos,<br />

podendo estar eventualmente dispersos geograficamente, além de apresentar uma<br />

329


visualização de modo amigável <strong>para</strong> o operador, utilizando-se interface homem-<br />

máquina altamente sofisticada.<br />

O supervisório mais conhecido é o SCADA (Supervisory Control and Data<br />

Acquisition), que pode receber também orientações do sistema de gestão da<br />

produção <strong>para</strong> determinar as operações de produção. Consequentemente deve<br />

dialogar com os sistemas localizados hierarquicamente acima e abaixo dele,<br />

proporcionando também recursos e um ambiente <strong>para</strong> a criação de aplicações de<br />

controle e <strong>para</strong> a definição de funções de rede de protocolos específicos.<br />

IV.2.3. Softwares disponíveis junto a um Sistema SCADA<br />

Dentre os principais aplicativos que podem estar disponíveis em um sistema<br />

SCADA, podem-se destacar:<br />

Ferramentas voltadas à criação de aplicativos de controle baseados na<br />

lógica PID, sistemas especialistas <strong>para</strong> controle de processos e aplicativos<br />

de execução de lógicas fuzzy e neuro fuzzy;<br />

Ferramentas <strong>para</strong> configuração de redes <strong>para</strong> aplicação de protocolos<br />

industriais como o FF ou o Profibus;<br />

MES (Manufacturing Execution System): Controla todo o fluxo produtivo,<br />

incluindo estoques de matérias-primas, produtos em processamento e<br />

disponibilidade de máquinas.<br />

Utilizando-se o MES, podem ser calculados os KPI (Key Performance<br />

Indicators), que contribuem <strong>para</strong> a melhoria do desempenho da planta<br />

PIMS (Plant Information Management System), software utilizado <strong>para</strong><br />

armazenamento de todas as informações relevantes de processo. Coleta<br />

informações dos sistemas de supervisão, sistemas de controle e sistemas<br />

já existentes e os armazena em uma base de dados, que se distingue dos<br />

bancos de dados convencionais por ter grande capacidade de<br />

compactação e alta velocidade de resposta à consulta; e<br />

EAM (Enterprise Asset Management): Software empregado no<br />

gerenciamento dos equipamentos de uma planta.<br />

330


IV.3. Infraestrutura de Comunicação<br />

IV.3.1. Redes de Comunicação Industrial<br />

A transmissão de informações entre sensores, controladores e atuadores em<br />

um processo automatizado é normalmente realizada por meio de sinais elétricos. No<br />

caso da instrumentação analógica, a corrente que circulava pelos fios variava entre<br />

4-20 mA, enquanto <strong>para</strong> a instrumentação digital utilizava-se a interface serial RS-<br />

232. Recentemente o padrão que passou a ser utilizado é o USB (Universal Serial<br />

Bus).<br />

As redes industriais, também denominadas redes de campo (fieldbus)<br />

distinguem-se das redes de comunicação corporativas de dados por precisarem<br />

atender a requisitos mais rigorosos de resistência mecânica, por serem compatíveis<br />

com ambientes agressivos e corrosivos, com operação em temperaturas elevadas, e<br />

por possuírem maior imunidade a interferências eletromagnéticas.<br />

IV.3.2. Transmissão de Dados<br />

Considerando as necessidades de transmissão em termos de volume e<br />

velocidade dos dados, que variam de acordo com o tipo de dispositivo. Fisicamente,<br />

as redes industriais vêm sendo construídas com cabos metálicos: par trançado e<br />

cabo coaxial, fibras ópticas e redes sem fio (Wireless).<br />

As redes industriais são divididas em diferentes camadas de aplicação, de<br />

acordo com os requisitos de comunicação exigidos:<br />

Barramento de campo (sensorbus): conduz a comunicação de sensores e<br />

atuadores com os controladores. Requer capacidade de transmissão de<br />

pequeno volume de dados em altas velocidades.<br />

Barramento de Controle (devicebus): atende à comunicação dos<br />

controladores entre si e com o nível de supervisão. Requer capacidade de<br />

transmissão de média quantidade de dados em médias velocidades;<br />

Barramento de supervisão: conduz a comunicação entre as estações de<br />

supervisão e controle e os CLPs e níveis superiores de administração.<br />

Transfere grande volume de dados em tempos não-críticos, ou seja, não<br />

precisa de tempo real; e<br />

331


Camada corporativa: atende ao software de engenharia (CAD/CAE), de<br />

otimização de processo, ERP (Enterprise Resource Planning), entre<br />

outros. Conduz um grande volume de dados em tempos não-críticos. O<br />

meio de transmissão usual é a rede Ethernet.<br />

Dentro do contexto atual, considerando o seu alto grau de confiabilidade e<br />

forte redução de custos em relação às instalações convencionais, as redes sem fio<br />

vêm sendo cada vez mais utilizadas em aplicações industriais em que a utilização de<br />

cabos elétricos é inviável, como aquelas que envolvem dados a grandes distâncias,<br />

obstáculos físicos, interferências elétricas ou em áreas classificadas, tais como:<br />

manutenção de equipamentos, monitoramento de redes de distribuição de água,<br />

energia e combustíveis. De acordo com o ARC (Advisory Group), os negócios<br />

envolvendo redes sem fio constituem o segmento de negócios em automação<br />

industrial com maiores perspectivas de crescimento, com taxas superiores a 32% ao<br />

ano até 2010, quando deverão atingir US$ 1,18 bilhão.<br />

IV.3.3. Protocolos de Comunicação<br />

Para que diferentes dispositivos possam trocar informações, tornam-se<br />

imprescindível estabelecer códigos e regras simples de comunicação, denominados<br />

protocolos digitais, que podem ser industriais proprietários e abertos.<br />

Os protocolos proprietários surgiram inicialmente, desenvolvidos por grandes<br />

empresas fabricantes de dispositivos e fornecedores de sistemas completos<br />

(pacotes) de automação, enquanto os protocolos abertos surgiram como<br />

necessidade do mercado, sendo desenvolvidos por instituições internacionais<br />

formadas principalmente por associações de fabricantes, responsáveis pela<br />

divulgação e implementação em âmbito mundial.<br />

Os protocolos abertos propiciaram a interoperabilidade entre equipamentos<br />

produzidos por diferentes fabricantes, beneficiando os usuários, que se tornaram<br />

menos dependentes de um único fornecedor. Foram beneficiados também os<br />

fabricantes de menor porte, que tiveram aumentadas suas chances de participação<br />

em fornecimentos de pacotes de automação das grandes fornecedoras.<br />

332


IV.3.4. Protocolos de Comunicação Comerciais<br />

Os padrões de comunicação são estabelecidos em função das necessidades<br />

do mercado face às diferentes aplicações industriais (indústria automotiva, refinarias<br />

de petróleo, sistemas domóticos, entre outras), devendo o protocolo de comunicação<br />

se ajustar adequadamente ao processo. Tal protocolo deverá refletir essas<br />

diferenças, direcionando que um mesmo dispositivo individual precise ser ofertado<br />

em diferentes padrões, elevando o custo não somente do seu desenvolvimento<br />

como também da sua certificação individual.<br />

A maioria dos padrões digitais foi levada ao mercado durante a década de<br />

1990 por iniciativa dos próprios fabricantes, tanto nos Estados Unidos quanto na<br />

Europa. Nos dias atuais, os dois padrões mais difundidos são o Fieldbus Foundation<br />

(FF), dos EUA, e o Profibus, da Alemanha.<br />

Outro protocolo muito usado é o HART (Highway Addressable Remote<br />

Transducer Protocol), desenvolvido no começo dos anos 80, pela Rosemount (EUA),<br />

sendo uma das primeiras implementações de barramento de campo com protocolo<br />

proprietário, tornando-se pouco depois um padrão aberto, sofrendo significativa<br />

evolução nos últimos anos. Embora digital, este protocolo aceita também<br />

comunicação analógica no padrão 4-20 mA, o que o torna compatível com a enorme<br />

base analógica instalada existente no mundo.<br />

O protocolo Modbus, também muito utilizado industrialmente, desenvolvido<br />

pela Modicon (EUA) em 1979 <strong>para</strong> uso em seus CLP, tornou-se rapidamente um<br />

padrão industrial, apresentando algumas limitações, por não possibilitar a realização<br />

de funções desempenhadas pelos CLPs atuais.<br />

Mais recentemente, um grande número de sistemas de comunicação<br />

industrial vem sendo desenvolvido <strong>para</strong> uso de redes Ethernet em tempo real como<br />

base <strong>para</strong> os protocolos de controle, com o objetivo de facilitar a integração total da<br />

empresa, apresentando algumas dificuldades na interoperabilidade entre<br />

equipamentos de fornecedores diferentes.<br />

333


IV.4. Dispositivos Robóticos e Comandos Numéricos<br />

IV.4.1. Robô Industrial<br />

Um robô industrial é um sistema eletromecânico, normalmente com seis graus<br />

de liberdade, que permite o posicionamento espacial de uma ferramenta terminal<br />

(posição e orientação). Diferencia-se de um dispositivo automatizado programável<br />

pelos seguintes aspectos:<br />

Capacidade de interatividade com um ambiente por meio de sensores;<br />

Capacidade de tomar decisões em função do ambiente;<br />

Capacidade de aprendizagem;<br />

Posicionamento completo de uma ferramenta por meio de movimentos de<br />

rotação ou translação; e<br />

Capacidade de manipulação coordenada e hábil.<br />

O principal fator que impede uma maior utilização de sistemas robóticos na<br />

indústria é seu alto custo inicial. O tempo que leva <strong>para</strong> se recuperar o investimento<br />

em um robô depende dos custos de compra, instalação e manutenção. O preço de<br />

um robô será determinado pelas suas dimensões, grau de sofisticação e<br />

complexidade, exatidão e confiabilidade. Na especificação de sistemas<br />

automatizados utilizando dispositivos robóticos devem-se levar em conta as<br />

seguintes condições:<br />

Número de empregados substituídos pelo robô;<br />

Número de turnos realizados por dia;<br />

Produtividade com<strong>para</strong>da ao seu custo;<br />

Custo de projeto e manutenção; e<br />

Custo dos equipamentos periféricos.<br />

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Comando Numérico,<br />

Automatização Industrial e Computação Gráfica - SOBRACON, 60% dos robôs<br />

instalados no Brasil desenvolvem atividades relacionadas à indústria automobilística.<br />

Dentro do contexto mundial, o Brasil possui um número ainda muito baixo, embora<br />

crescente, com<strong>para</strong>do com o de países industrializados (cerca de 2% do total de<br />

robôs no mundo). A Asea Brown Boveri (ABB) detém cerca de 30% do mercado<br />

brasileiro, seguido da FANUC (18%), KUKA (13%), COMAU (8%), e robôs de outras<br />

marcas (28%). É importante notar o crescimento de aproximadamente 900% no<br />

334


número de robôs nas indústrias brasileiras nos últimos cinco anos, devido<br />

principalmente a investimentos privados realizados majoritariamente pelas indústrias<br />

automobilísticas.<br />

Dentre as principais aplicações dos robôs nas indústrias brasileiras, em<br />

termos percentuais, verifica-se, por exemplo, que os robôs da ABB são utilizados<br />

<strong>para</strong> soldagem por resistência por pontos (33%), manipulação de<br />

materiais/paletização (25%), soldagem por arco (18%), pintura (10%) e outras<br />

aplicações, tais como: corte a jato de água, colagem, corte por gás, acabamento e<br />

montagem (14%).<br />

IV.4.2. Comando Numérico Computadorizado (CNC)<br />

O Comando Numérico Computadorizado é um dispositivo dedicado ao<br />

controle automático de máquinas-ferramenta, dentre eles, tornos, fresadoras,<br />

mandrilhadoras e retificadoras, possibilitando que as ferramentas de corte ou<br />

usinagem e as peças a serem processadas sigam automaticamente trajetórias<br />

previamente programadas em código G.<br />

Como em um robô industrial, a programação é realizada antes da operação,<br />

consequentemente o programa pode ser introduzido na memória do CNC pelo<br />

operador da máquina por meio de uma IHM própria ou pode ser carregado<br />

diretamente por meio de um sistema CAD (Computer Aided Design) / CAM<br />

(Computer Aided Manufacture). Nesse último caso, uma das fases finais do projeto<br />

de uma peça feita com o auxílio do computador é a geração do programa <strong>para</strong> a<br />

fabricação, a ser enviado ao CNC.<br />

Além de executar o programa citado, o CNC recebe como entradas, sinais<br />

dos sensores localizados na máquina com informações tais como a velocidade da<br />

ferramenta e a posição da peça e envia, como saídas, sinais de controle <strong>para</strong> os<br />

acionamentos dos motores da máquina. Desempenha, portanto, a função de<br />

controlador no sistema automático constituído pela máquina.<br />

IV.4.3. Sistemas de Manufatura Flexível (FMS)<br />

Segundo Rosário (2004), desde os anos 80, as estruturas das plantas<br />

industriais vêm se modificando rapidamente, em busca de melhoria na produtividade<br />

335


e da racionalização dos recursos investidos a fim de atender às necessidades do<br />

mercado e da sociedade, assim como à competição entre os fornecedores e à<br />

exigência dos clientes. A implementação de novos métodos de produção como as<br />

células flexíveis de manufatura e de linhas de produção automatizadas tornam-se<br />

necessárias <strong>para</strong> a obtenção destas melhorias.<br />

A expressão Sistema de Manufatura Flexível caracteriza elementos de uma<br />

linha de produção interligados com a função de uma produção. A flexibilidade foi<br />

incorporada aos sistemas de produção com a presença cada vez mais frequente dos<br />

computadores nos sistemas de produção. Esta presença permitiu que a produção<br />

fosse alterada conforme a necessidade. Pode-se, por exemplo, em uma mesma<br />

linha de produção fazer peças tanto <strong>para</strong> móveis de cozinha como <strong>para</strong> móveis de<br />

escritório e <strong>para</strong> isso bastam pequenos ajustes. Nos últimos anos, os sistemas<br />

flexíveis de manufatura foram se tornando cada vez mais sofisticados e são muito<br />

utilizados em fabricas digitais.<br />

Um Sistema Flexível de Manufatura é composto das atividades desenvolvidas<br />

pelas pessoas, que são os elementos que compõem o sistema automatizado de<br />

manufatura. Estes elementos são os seguintes:<br />

a) Operação;<br />

b) Inspeção;<br />

c) Máquinas de Transporte e esteiras transportadoras; e<br />

d) Sistemas de Armazenamento.<br />

IV.5. Sensores e Atuadores<br />

IV.5.1. Instrumentação Industrial<br />

A instrumentação é a área da engenharia que engloba as atividades<br />

relacionadas a medição de grandezas físicas <strong>para</strong> monitoração ou controle de<br />

sistemas de automação. Trata também do desenvolvimento de novos dispositivos de<br />

medição e controle.<br />

Na grande maioria dos processos automáticos é necessária uma<br />

realimentação do processo. A realimentação consiste na medição de variáveis de<br />

saída do sistema controlado e na com<strong>para</strong>ção destas variáveis com valores de<br />

336


eferência. A diferença é informada ao controlador do processo <strong>para</strong> que o mesmo<br />

gere uma ação de controle adequada.<br />

IV.5.2. Sensores<br />

Termo empregado <strong>para</strong> dispositivos detetores de alguma forma de energia<br />

sensibilizante (como por exemplo, luz, calor ou movimento) traz informação sobre<br />

uma grandeza que se precisa medir (temperatura, pressão, velocidade, corrente,<br />

aceleração, posição, entre outras). Um sensor nem sempre tem as características<br />

elétricas necessárias <strong>para</strong> ser utilizado de imediato em um sistema de controle, e<br />

normalmente o sinal de saída deve ser condicionado através de um circuito de<br />

interface <strong>para</strong> adequação do sinal.<br />

Nas plantas automatizadas os sensores são elementos muito importantes. O<br />

sensor é um dispositivo capaz de monitorar a variação de uma grandeza física e<br />

transmitir esta informação a um sistema em que a indicação seja inteligível <strong>para</strong> o<br />

utilizador ou <strong>para</strong> o elemento de controle do sistema.<br />

Dentre os principais sensores do mercado podem-se destacar os seguintes:<br />

Proximidade: mecânicos, óticos, indutivos e capacitivos;<br />

Posição/Velocidade: potenciômetros, LVDT, encoders, taco-geradores;<br />

Força/Pressão; e<br />

Vibração/aceleração.<br />

Todos esses sensores devem possuir as seguintes características:<br />

acuracidade, resolução, repetição, range de funcionamento, sensibilidade e<br />

linearidade.<br />

IV.5.3. Transdutores<br />

Termo empregado <strong>para</strong> denominar um dispositivo completo, usado <strong>para</strong><br />

transformar uma grandeza qualquer em outra que pode efetivamente ser utilizada<br />

pelos dispositivos de controle. Neste sentido pode-se considerar um transdutor como<br />

uma interface entre o sensor e o circuito de controle ou eventualmente entre o<br />

controle e o atuador.<br />

337


Os transdutores transformam uma grandeza física (temperatura, pressão,<br />

entre outras) em um sinal de tensão ou corrente que pode ser facilmente<br />

interpretado por um sistema de controle.<br />

IV.5.4. Transmissores<br />

Dispositivo que pre<strong>para</strong> o sinal de saída de um transdutor <strong>para</strong> utilização à<br />

distância, fazendo certas adequações ao sinal. Estas adequações são os chamados<br />

padrões de transmissão de sinais. Um exemplo bastante conhecido é o ―loop‖ 4 a 20<br />

mA, que um padrão de transmissão de sinais em corrente.<br />

IV.5.5. Atuadores<br />

São dispositivos, que modificam o estado de uma variável, com o objetivo de<br />

corrigir a variável controlada. Recebem, portanto um sinal proveniente do controlador<br />

e agem sobre o sistema controlado. Trabalham com um nível de potência elevado.<br />

Exemplo de atuadores:<br />

Válvulas (Pneumáticas, Hidráulicas);<br />

Relés (Estático, Eletromecânico);<br />

Cilindro (Pneumáticos, Hidráulicos);<br />

Motores (Step-motor, Syncro, Servomotor); e<br />

Solenóides.<br />

338


APÊNDICE V <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de<br />

<strong>Automação</strong> Predial<br />

V.1. Níveis de <strong>Automação</strong> de Serviços Prediais<br />

A automação predial é um mercado em crescente expansão. A Associação<br />

Brasileira de <strong>Automação</strong> Residencial - AURESIDE estima que nos próximos cinco<br />

anos, o Brasil terá cerca de 40% das residências de médio e alto padrão<br />

apresentando algum sistema de automação. Pode-se classificar em diferentes níveis<br />

de integração os sistemas de automação predial:<br />

a) Autônomos: são sistemas independentes, onde não há uma<br />

interligação entre os dispositivos;<br />

b) Sistemas Integrados: são sistemas integrados a um controlador, por<br />

meio de um sistema de supervisão e controle; e<br />

c) Sistemas Complexos: são sistemas que podem ser personalizados de<br />

acordo com os desejos e hábitos do usuário, como deverá acontecer<br />

no projeto de uma casa inteligente.<br />

V.2. Sistemas Autônomos e Sistemas Integrados<br />

O conceito de edifício inteligente está associado ao nível de integração dos<br />

diferentes sistemas constituintes do mesmo. A interligação entre os sistemas permite<br />

que um Sistema de Supervisão e Controle do Edifício possa monitorar sensores,<br />

controlar atuadores e registrar eventos vindos de todas as partes do edifício.<br />

A <strong>Automação</strong> Predial é responsável pelo gerenciamento das funções vitais do<br />

edifício e pelo controle de acesso e segurança dos indivíduos. Estas funções são<br />

independentes entre si, mas atuam de forma integrada através da central de controle<br />

e supervisão. Os componentes da automação, distribuídos por todo o edifício, estão<br />

interligados por uma rede de comunicação de dados, permitindo assim que todos os<br />

sistemas autônomos ou não, possam se comunicar com a central de supervisão e<br />

controle.<br />

339


V.3. Integrador de Sistemas Prediais<br />

O integrador de sistemas Prediais como o profissional que elabora o projeto<br />

integrado, acompanha a execução da obra, participa da contratação dos terceiros<br />

envolvidos, supervisiona a instalação e garante o desempenho final do sistema<br />

integrado. Para atingir estes resultados perante seu cliente, seja ele o incorporador<br />

de um condomínio, um arquiteto ou o morador da residência, ele deve utilizar seus<br />

conhecimentos e habilidades, dispor de uma metodologia e incorporar em sua rotina<br />

novos fatores comportamentais.<br />

Este profissional deverá integrar diversos tipos de sistemas e funções, como<br />

iluminação, controles, segurança, controle de acesso, proteção contra incêndio,<br />

energia, sistemas hidráulicos, sistemas elétricos, ar-condicionado e climatização, a<br />

partir da troca de informações via Internet ou intranet através de softwares os<br />

usuários podem trocar informações, independente do horário, dia e local de trabalho.<br />

Constata-se que uma das principais dificuldades <strong>para</strong> se implantar a solução<br />

integradora é a falta de profissionais de perfil adequado a esta nova realidade <strong>para</strong><br />

suprir as necessidades do mercado, levando atualmente a condução de recursos<br />

atuando de forma isolada, constatando-se no final de uma obra a necessidade de<br />

inúmeros ajustes e adaptações, comprometendo assim o resultado final do projeto.<br />

V.4. Sistema de Supervisão e Controle<br />

O Sistema de Supervisão e Controle do Edifício é responsável por diversas<br />

ações, dentre as quais estão:<br />

A centralização das informações vindas de todas as partes do prédio, com<br />

o intuito de monitorar e controlar todas as funções operacionais do edifício;<br />

Controle automático de equipamentos e lógica de funcionamento dos<br />

sistemas;<br />

A economia de energia e a redução de custos através do uso racional dos<br />

recursos disponíveis e da energia elétrica;<br />

O fornecimento de ferramentas de software <strong>para</strong> a programação de<br />

manutenção preventiva dos equipamentos instalados; e<br />

A tomada de providências visando sanar problemas funcionais, falhas ou<br />

alarmes.<br />

340


A arquitetura de um sistema de supervisão e controle de um edifício é<br />

baseada em uma rede de equipamentos (processadores e controladores). Esta rede<br />

constitui um Sistema de Controle Distribuído (DCS <strong>–</strong> Distributed Control System), é<br />

caracterizada pela topologia hierárquica, com vários níveis de controladores.<br />

V.5. Integração e Protocolos Comerciais de Comunicação<br />

Um sistema de automação predial eficiente permite que as decisões sobre<br />

as plantas possam ser realizada de modo interativo com o usuário final, com<br />

possibilidade da obtenção de gráficos das operações nas plantas, relatórios<br />

automáticos, tendências e estatísticas estarão disponíveis a qualquer momento.<br />

Estes sistemas integrados deverão atender as seguintes exigências:<br />

Utilização de protocolos de comunicação abertos (aplicações e padrões como<br />

BACNet, LONWorks e ModBus);<br />

Soluções técnicamente integradas e abrangentes;<br />

Flexibilidade (possibilidade de ajustes <strong>para</strong> mudança de padrões);<br />

Fácil utilização a partir da implementação de interfaces simples e amigáveis<br />

<strong>para</strong> serem operadas pelo usuário final.<br />

Apesar de terem características diferentes, os protocolos de comunicação<br />

desenvolvidos <strong>para</strong> a <strong>Automação</strong> Predial respeitam uma singularidade que é a<br />

metodologia da modelagem e a integração de sistemas. No mercado pode-se<br />

encontrar diversas soluções comerciais de protocolos prontos <strong>para</strong> a implementação<br />

em projetos de <strong>Automação</strong> Predial, dentre as mais utilizadas pode-se destacar as<br />

seguintes:<br />

a) Padrão Americano: Sistemas X-10; SMART HOUSE; LonWorks,<br />

Sistema CEBus; Sistema BatiBUS; e<br />

b) Padrão Europeu: Sistema EIB (European Installation Bus); EHS<br />

(European Home Systems).<br />

341


APÊNDICE VI <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de<br />

<strong>Automação</strong> Comercial<br />

VI.1. Leitores de Códigos de Barras<br />

Leitores de códigos de barras são equipamentos que "iluminam" o código de<br />

barras por meio de uma fonte de luz própria, led ou laser, e, por meio de reflexão,<br />

recebem a imagem do código de barras em um sensor, digitalizando e decodificando<br />

a informação, podendo ser utilizados em aplicações diversas que requerem<br />

informação segura obtida correta e rapidamente.<br />

VI.2. Impressoras de Códigos de Barras<br />

A impressora de códigos de barras é aquela que utiliza cabeça térmica <strong>para</strong><br />

uma impressão precisa e rápida do código de barras, já que os outros tipos de<br />

impressora (jato de tinta, laser e matricial) imprimem com imperfeições, dificultando<br />

a leitura do código de barras. Pode utilizar etiquetas termo-sensíveis ou etiquetas de<br />

diversos materiais, em conjunto com ribbons de poliéster impregnados <strong>para</strong><br />

impressão.<br />

VI.3. Coletores de Dados<br />

Os coletores de dados são equipamentos com memória e processador que<br />

permitem a entrada (coleta) de dados de maneira portátil (móvel), ou seja, sem<br />

empecilhos <strong>para</strong> a livre movimentação do operador, apresentando alta robustez,<br />

permitindo assim a utilização direta no local onde as informações são geradas. A<br />

entrada de dados pode ser feita por meio de digitação, leitura de códigos de barras,<br />

leitura de cartão magnético ou qualquer outro processo.<br />

Estes equipamentos são largamente utilizados em sistemas de inventário de<br />

produtos, conferência, coleta de pedidos, controle de processos, serviço de<br />

entregas, entre outros, ou em qualquer outra aplicação que envolva a aquisição de<br />

um importante volume de dados <strong>para</strong> processamento local ou posterior, podendo o<br />

operador receber uma resposta no próprio ponto de atividade. Dentre os principais<br />

benefícios desses equipamentos podem-se destacar:<br />

342


Aumento da produtividade;<br />

Localização exata do ponto onde o produto será retirado;<br />

Redução dos tempos de operação e de erros e eliminação de anotações<br />

em papéis;<br />

Otimização dos recursos de movimentação; e<br />

Utilização de redes sem fio com entradas/saídas de dados via comando<br />

de voz.<br />

VI.4. Etiquetas <strong>Eletrônica</strong>s de Prateleiras<br />

Também conhecida como Electronic Shelf Label (ESL), esta tecnologia é<br />

capaz de comunicar, diretamente nas prateleiras, o preço, dados promocionais,<br />

informações técnicas e gerenciais do produto, como por exemplo, estoque e<br />

validade de promoções.<br />

Este produto geralmente utiliza uma tecnologia baseada em raios<br />

infravermelhos de alta frequência, livre de interferência e com grande capacidade de<br />

transferência de dados. Ele não utiliza cabos e tem comunicação bidirecional,<br />

tornando mais rápida a atualização de dados nas etiquetas e assegurando que<br />

tenham realmente recebido todas as atualizações de preços e dados em geral,<br />

informando imediatamente o administrador de qualquer problema que ocorra, como<br />

a não atualização de preços, bateria fraca ou mesmo furto da etiqueta.<br />

Estas etiquetas apresentam importantes características de utilização, dentre<br />

outras se podem destacar as seguintes:<br />

Robustez e leveza, com variedade de dimensões;<br />

Maior visibilidade, com características semelhantes ao papel;<br />

Robustez e leveza;<br />

É possível utilizar qualquer fonte e qualquer imagem nas etiquetas;<br />

Permite leitura de código de barras;<br />

Fácil e simples utilização <strong>para</strong> os operadores;<br />

Não requer investimento com infraestrutura;<br />

Adaptável a qualquer regulamentação; e<br />

Não requer contato próximo da etiqueta <strong>para</strong> atualização.<br />

343


Dentre os principais benefícios dessas etiquetas podem-se destacar: permite<br />

mudanças automáticas de preços; maior rapidez na execução de campanhas<br />

promocionais; e também proporciona maior agilidade na reposição dos produtos nas<br />

gôndolas, assegurando também a supervisão do sistema e do pessoal operacional,<br />

por meio, por exemplo, de relatórios trimestrais, semestrais ou diários que podem<br />

ser emitidos sobre a eficácia do pessoal.<br />

VI.5. Terminais de Auto-Atendimento<br />

Os terminais de auto-atendimento multimídia permitem a adição de vários<br />

tipos de periféricos como leitores de código de barras, câmeras de vídeo, leitores<br />

RFID, impressoras <strong>para</strong> a impressão de cupons, sensores de presença, tela touch<br />

screen, Wi-Fi, entre outras. Podem ser utilizados <strong>para</strong> diversas finalidades como:<br />

Consultas de RH;<br />

Divulgação interna da empresa;<br />

Divulgação externa em ambientes públicos;<br />

Feiras e shows; e<br />

Auto-Serviço: recarga de celular, pagamento de contas, entre outros.<br />

VI.6. Terminais de Consulta de Preços<br />

O terminal de consulta de preços proporciona rapidez aos consumidores que<br />

desejam consultar preços dentro das lojas, tirando dúvidas e evitando<br />

constrangimento na hora de passar as compras pelo caixa, sendo atualmente<br />

obrigatória por lei a disponibilidade desses equipamentos a uma distância máxima<br />

de 15 metros de qualquer produto ou outro terminal, em lojas que trabalham com<br />

código de barras.<br />

VI.7. Tecnologia RFID<br />

As "etiquetas inteligentes" utilizam a tecnologia de identificação por<br />

rádiofrequência (ou simplesmente RFID), sendo utilizadas em uma série de<br />

aplicações focando a cadeia de suprimento. Apesar de sua utilização recente no<br />

344


meio comercial, esta tecnologia já vem sendo aplicada desde a década de 60 em<br />

diversos ramos de atividades como montadoras, autopeças, pedágios e até no<br />

rastreamento de animais. Porém, em quase todas as aplicações não se tinha notícia<br />

de um padrão que possibilitasse seu uso uniforme em todos os elos da cadeia de<br />

suprimento.<br />

Com base na tecnologia RFID, o EPCglobal e o MIT (Massachusetts Institute<br />

of Technology), assistidos por órgãos independentes como a UCC/EAN<br />

International, criaram um padrão de código eletrônico de produto, designado EPC<br />

(Eletronic Product Code).<br />

Este padrão permite que as informações sejam disponibilizadas de forma<br />

padronizada, possibilitando que qualquer empresa envolvida na cadeia de<br />

suprimentos possa se valer desta informação, mesmo que ela tenha sido gerada por<br />

outra organização como, por exemplo, o fabricante. Consequentemente, qualquer<br />

empresa da cadeia de suprimento consegue identificar um produto.<br />

A partir do EPC as possibilidades de uso da tecnologia estão sendo<br />

ampliadas, substituindo com vantagens algumas aplicações que até então eram<br />

desenvolvidas com código de barras. Entretanto, vale a pena destacar que o RFID é<br />

uma tecnologia de captura automática de dados que depende, <strong>para</strong> que sua<br />

implantação ocorra com sucesso, de uma série de fatores, tais como:<br />

Visão executiva do projeto, análise dos desafios, impactos e tendências;<br />

Análise de processos, por meio do desenho ou de sua revisão;<br />

Desenho da solução, por meio da definição da melhor tecnologia<br />

(frequência, antenas, etiquetas inteligentes, entre outras) <strong>para</strong> atender às<br />

necessidades do projeto;<br />

<strong>Estudo</strong> e definição de pontos de leitura, e interface com o sistema de<br />

gestão (ERP) ou com o sistema de gerenciamento de depósito (WMS); e<br />

Serviços, como o levantamento em campo, instalação, configuração,<br />

software aplicativos e dispositivos <strong>para</strong> interface com outros sistemas.<br />

Dentre as inúmeras vantagens na utilização da tecnologia RFID em<br />

aplicações comerciais, podem-se destacar as seguintes:<br />

Redução dos níveis de inventário;<br />

345


Redução nos custos de transportes;<br />

Aumento de vendas;<br />

Redução do tempo de entrega e custos logísticos; e<br />

Aspecto colaborativo entre os diferentes elos da cadeia como um todo.<br />

VI.8. Redes Locais sem fio Wi-Fi<br />

À medida que as empresas tornam-se cada vez mais móveis e que as redes<br />

sem fio começam a ser mais utilizadas, a segurança passa a ocupar uma posição<br />

fundamental entre as preocupações dos departamentos de TIC. Os técnicos de<br />

informação enfrentam o desafio diário de manter as redes sem fio operando na sua<br />

capacidade máxima e a baixo custo, ao mesmo tempo em que preservam a<br />

integridade da rede e protegem os dados armazenados contra roubo e uso<br />

impróprio, sem esquecer a adequação a normas governamentais e financeiras.<br />

O conceito de Wireless switch permite cobertura de área com nível máximo<br />

de segurança, com alto desempenho (54 Mbps) e baixo custo <strong>para</strong> comunicação de<br />

dados, voz e imagem. Essas redes viabilizam a utilização ampla da rede de dados<br />

por meio da tecnologia Wi-Fi, ou seja, você pode utilizar este sistema <strong>para</strong> outras<br />

aplicações que não seja a dos coletores de dados, tais como: PDV sem fio, telefonia<br />

IP, terminais de auto-atendimento sem fio, balanças, verificadores de preços,<br />

impressoras e venda de acessos à Internet <strong>para</strong> terceiros.<br />

A infraestrutura de radiofrequência é composta por um conjunto de<br />

equipamentos destinados à formação de uma rede de comunicação sem fio em um<br />

ambiente determinado. Pode ser constituída por duas formas de administração:<br />

Descentralizada: composta por Access Points e antenas; e<br />

Centralizada: composta por um ou mais Wireless switches, hubs ou<br />

switches de rede e access ports.<br />

Dentre os principais recursos dos sistemas Wi-Fi <strong>para</strong> utilização comercial,<br />

podem-se destacar:<br />

Detecção de intrusão/acesso não autorizado e de outros dispositivos não<br />

autorizados <strong>para</strong> funcionamento em rede;<br />

346


Avaliação de vulnerabilidade por meio da identificação de pontos fracos<br />

da rede e configurações incorretas de dispositivos;<br />

Localização precisa dos dispositivos existentes na rede;<br />

Cancelamento de dispositivos não autorizados, com resposta<br />

imediata a ataques, permitindo aos administradores de segurança<br />

encerrar as conexões de dispositivos sem fio não autorizados; e<br />

Gerenciamento centralizado com diferentes níveis de usuários.<br />

VI.9. Telefonia VoIP<br />

A palavra VoIP (Voice over Internet Protocol) significa telefonia via Internet.<br />

Essa tecnologia permite o roteamento de conversas telefônicas utilizando a rede da<br />

Internet. Com ela é possível fazer ligações <strong>para</strong> telefones fixos tradicionais, não<br />

sendo necessário que ambas as partes envolvidas na conversa estejam utilizando a<br />

telefonia VoIP.<br />

A infraestrutura Wi-Fi, apresentada anteriormente torna viável a utilização de<br />

sistemas como esse, os quais permitem, além da economia, outros ganhos, tais<br />

como:<br />

Mobilidade entre os usuários;<br />

Mensagens de alerta via display, de forma automática pelo sistema;<br />

Gestão da conta (uso do telefone);<br />

Chamadas roteadas automaticamente <strong>para</strong> o telefone VoIP,<br />

independentemente de onde o usuário esteja localizado, sendo possível<br />

levar seu telefone IP e utilizá-lo de qualquer lugar onde haja uma<br />

conexão de Internet; e<br />

Oferecimento de outros serviços, tais como conversas em vídeo, envio de<br />

arquivos de texto, conferência em áudio, entre outros.<br />

347


APÊNDICE VII <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de<br />

<strong>Automação</strong> Bancária<br />

VII.1. Terminais de Auto-Atendimento (ATM)<br />

O principal equipamento <strong>para</strong> automação bancária é o terminal de auto-<br />

atendimento <strong>–</strong> Automatic Teller Machine (ATM) <strong>–</strong>, que possibilita o saque de<br />

numerário. Quando seu único atributo é o saque, geralmente denomina-se cash<br />

dispenser. Este equipamento é fabricado com materiais leves e resistentes e possui<br />

sensores anti-violação e dispensadores de cédulas. As principais características<br />

desse equipamento são as seguintes:<br />

Flexibilidade quanto ao local de instalação e ao horário de funcionamento,<br />

Possibilidade de realizar operações dentro de um carro (drive thru) e,<br />

Além de saques de numerário, diversas outras funções poderão ser<br />

realizadas, como, por exemplo: consultas de saldos; aplicações<br />

financeiras, impressas ou exibidas no vídeo; transferência de valores;<br />

depósitos; impressão de folhas de cheque.<br />

Apesar de possuir uma estrutura básica, o ATM é constituído por vários<br />

módulos configuráveis, de forma a atender às necessidades de cada cliente:<br />

Módulos básicos configuráveis: CPU, leitora de cartões (magnéticos<br />

convencionais ou smart cards), impressora <strong>para</strong> comprovantes, monitor de<br />

vídeo comum ou do tipo tela sensível a toque (touch screen), teclado,<br />

dispensadores (de cédulas, envelopes e cheques), depositário, gabinetes<br />

(chapa e cofre); e<br />

Módulos opcionais: receptor <strong>para</strong> pagamento de contas,<br />

aceitador/dispensador de moedas, câmera de vídeo, filtro de privacidade,<br />

placa de som, identificador biométrico (reconhece o usuário através de suas<br />

impressões digitais), entre outros.<br />

Dentre esses módulos, o mais importante é o dispensador de numerário,<br />

mecanismo responsável pela contagem, classificação e disponibilização de cédulas<br />

ou, mais recentemente, moedas <strong>para</strong> o usuário.<br />

348


VII.2. Terminais Financeiros<br />

Produto de concepção modular, análogos a um microcomputador e adaptados<br />

às atividades de um caixa bancário, existindo também de mini-monitores de vídeo,<br />

calculadora e de teclado com leitor de cartões magnéticos.<br />

VII.3. Periféricos Diversos<br />

Com o advento da legislação fiscal <strong>para</strong> o ICMS, que torna obrigatória a<br />

emissão do cupom fiscal em substituição à nota fiscal de venda ao consumidor,<br />

ganha destaque o produto denominado emissor de cupom fiscal (ECF), apresentado<br />

em três versões: impressora fiscal (IF), terminal ponto de venda (PDV) ou caixa<br />

registradora eletrônica. A seu lado, dentre os produtos oferecidos, destaca-se<br />

também o PDV modular, similar a um microcomputador e um conjunto de periféricos<br />

típicos (impressora, monitor, teclado entre outros), apresentados ou não sob a forma<br />

de módulos (que lhe conferem flexibilidade), capaz de automatizar o processo de<br />

venda, sendo composto de:<br />

Módulos principais: CPU, teclado, display, gaveteiro;<br />

Principais periféricos: impressora fiscal (ECF/IF), leitor óptico;<br />

Outros periféricos: impressoras de cheque, balanças eletrônicas,<br />

Teclado PIN: (identificador de senhas de usuários); e<br />

Terminal opcional de consulta <strong>para</strong> clientes.<br />

Entre os equipamentos ECFs, destacam-se as impressoras fiscais, periféricos<br />

compactos capazes de funcionar interligados a terminais PDV, podendo ser<br />

considerados um dos mais importantes módulos deste último, em virtude da<br />

legislação do ICMS que determina a obrigatoriedade de emissão de cupom fiscal de<br />

forma automatizada. Entre os seus atributos, existe a possibilidade de imprimir<br />

cheques e outros documentos avulsos (como slips e recibos), bem como de<br />

autenticar documentos.<br />

VII.4. Soluções <strong>para</strong> Internet Banking<br />

As empresas oferecem, basicamente, serviços de implantação e/ou<br />

consultoria em sistemas de informática específicos <strong>para</strong> o setor bancário, além de<br />

349


assistência técnica, treinamento e soluções <strong>para</strong> Internet banking. Estas soluções<br />

viabilizam as operações bancárias através da Internet, incluindo dispositivos de<br />

segurança (criptografia), e redundam em comodidade e redução de custos <strong>para</strong> o<br />

usuário final e a instituição prestadora do serviço bancário.<br />

VII.5. Outros Produtos<br />

VII.5.1. Leitores<br />

Leitoras de códigos de barra e CMC-7: são aparelhos periféricos que<br />

geralmente trabalham em conjunto com os terminais financeiros, executando<br />

a atividade de leitura e identificação de documentos de modo bastante ágil;<br />

Leitores ópticos: periféricos dos PDVs, similares a scanners, destinados à<br />

decodificação de etiquetas de código de barras de produtos, informando as<br />

suas características, principalmente o preço, apresentados nas versões fixa<br />

(―de mesa‖) ou móvel (―pistola‖);<br />

Unidades de resposta audível: trata-se de uma solução que integra telefonia<br />

e informática (microcomputadores), capaz de automatizar o processo de<br />

atendimento telefônico;<br />

VII.5.2. Teclados<br />

Teclados específicos <strong>para</strong> identificação de senhas de usuários (clientes), com<br />

ou sem leitora de cartão e monitor do tipo liquid cristal display (LCD), que trabalham<br />

em conjunto com os terminais financeiros;<br />

VII.5.3. Impressoras<br />

Impressoras de códigos de barra: periférico específico <strong>para</strong> os terminais<br />

financeiros. Funcionam por sistema de transferência térmica <strong>para</strong> impressão<br />

de etiquetas que irão identificar produtos através de seus códigos de barras;<br />

Processadora de cheques e cartões: conhecida como terminal <strong>para</strong><br />

transferência eletrônica de fundos (TEF), objetiva, através de hardware e<br />

software, o processamento de meios de pagamento em geral, como cheques,<br />

cartões magnéticos e smart card, e funciona como periférico de um PDV,<br />

350


trabalhando com um teclado específico <strong>para</strong> identificação de senhas de<br />

usuários; dentre as suas vantagens, destaca-se a redução de índices de<br />

inadimplência de consumidores, em função da transferência on-line de<br />

recursos <strong>para</strong> a conta da empresa, após consulta sobre o limite de crédito do<br />

cliente.<br />

VII.5.4. Serviços<br />

Compreendem assistência técnica, treinamento e consultoria, além de<br />

sistemas de informática que visam à automação de procedimentos administrativos,<br />

comerciais, fiscais ou financeiros, isto é, processos de caráter operacional ou não,<br />

em empresas comerciais, sendo exemplos típicos os postos de gasolina, os<br />

supermercados, as lojas de conveniência entre outros.<br />

351


ANEXO I <strong>–</strong> Relação das Empresas integrantes do FEET - Fórum de<br />

Empresários Exportadores de Tecnologia<br />

Quadro 31: Empresas Integrantes do FEET.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

No Empresa Linha de Produtos Área Estado<br />

Chave estática<br />

Diodos retificadores<br />

1<br />

Aegis Semicondutores <br />

Ltda.<br />

<br />

Dissipadores de calor<br />

Acessórios p/semicondutor de Potência<br />

Ponte retificadora<br />

Diodos e Tiristores<br />

Controlador lógico/programável (CLP)<br />

Controladores e Conversores, Inversores de Frequência <strong>para</strong><br />

Motores,<br />

Contador<br />

Conversor serial p/tcp/ip ethernet<br />

Integrador sistema-automação predial e segurança<br />

Interface de comunicação p/clp via tcp/ip<br />

2<br />

Altus Sistemas de<br />

Informática S.A.<br />

<br />

<br />

<br />

Interface homem/máquina<br />

Isolador eletrônico de sinal<br />

Modulo didático p/clp<br />

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão<br />

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia media tensão<br />

Repetidores, geradores e equipamentos de rede<br />

Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados<br />

Softwares <strong>para</strong> automação<br />

Terminal de aquisição de dados<br />

Unidade terminal remota<br />

<strong>Automação</strong> de usina elétrica<br />

Controlador de fator de potencia/banco de capacitores<br />

Controlador lógico/programável (CLP)<br />

3<br />

<br />

BCM Engenharia Ltda.<br />

<br />

Controlador/registrador de demanda<br />

Modulo didático p/CLP<br />

Sistema de controle p/subestações transmissão/distribuição<br />

de energia<br />

Unidade terminal remota<br />

Balanças<br />

Coletor de dados portátil/fixo<br />

Gaveta de dinheiro p/equipamento de automação comercial<br />

Impressora de cheques<br />

Impressora fiscal<br />

Impressora matricial<br />

4<br />

<br />

Bematech Ind. Com.<br />

<br />

Equip. Eletrônicos S/A<br />

<br />

Impressora p/ código de barras<br />

Impressora térmica<br />

Impressoras diversas<br />

Interface display<br />

Leitora de código de barras/CMC-7<br />

Leitora óptica p/aplicações diversas<br />

Mecanismo p/impressora<br />

Micro terminal<br />

Modem<br />

Isolador de porcelana p/distribuição<br />

Isolador de porcelana p/subestação<br />

5<br />

Cerâmica Santa<br />

Terezinha S/A<br />

<br />

<br />

Isolador de porcelana p/transmissão<br />

Isolador de porcelana-bucha p/passagem/transformador<br />

Isolador de vidro p/distribuição<br />

Isolador de vidro p/transmissão<br />

AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />

AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />

AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />

AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />

352<br />

Componentes<br />

(AI)<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI, AP)<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI)<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AC, AB)<br />

GTD<br />

(AI)<br />

SP<br />

RS<br />

RS<br />

PR<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />

6<br />

Coel Controles<br />

Elétricos Ltda.<br />

Contador<br />

Controlador de nível<br />

Controlador de temperatura<br />

Relé de proteção p/operador de máquina<br />

Relé de tempo<br />

Relé p/comando e controle de máquinas<br />

Relé térmico<br />

Relés p/diversas aplicações<br />

Sensor de proximidade indutivo<br />

Sensor de proximidade infravermelho (fotoelétrico)<br />

Temporizador<br />

Timer programável<br />

Totalizador Horário<br />

Atuador elétrico<br />

7<br />

<br />

Coester <strong>Automação</strong><br />

<br />

S.A.<br />

Conversor de protocolo p/rede industrial (gateway)<br />

Equipamentos e acessórios p/ redes industriais<br />

Integrador sistema-industrial<br />

Redutor p/atuador elétrico<br />

Analisador de bateria<br />

Conversor de frequência p/ informática<br />

Estabilizador de tensão<br />

Inversor cc/ca<br />

8 CP <strong>Eletrônica</strong> S/A No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de<br />

energia<br />

Retificador industrial-corrente/proteção<br />

catódica/espec<br />

Unidade retificadora-ca/cc<br />

Botoeira p/controlador de tráfego<br />

Coletor de dados portátil/fixo<br />

Controlador de acesso em terminais por<br />

fichas/bilhetes<br />

Controlador de semáforos/central de controle de<br />

tráfego<br />

Controlador entrada passageiros por leitor magnético<br />

Controlador entrada passageiros-leitor cartão<br />

s/contato<br />

Controle estatístico da produção<br />

9 Digicon S/A Detector de veículos p/controle de tráfego (sensor)<br />

Equipamento p/contagem e seleção de cédulas<br />

Indicador/contador digital p/máquina operatriz<br />

Integrador sistema-bilhetagem eletrônica <strong>para</strong><br />

/transporte público<br />

Integrador sistema-controle de tráfego de veículos<br />

Parquímetro e sistema de gerenciamento<br />

Sistema de medição e controle de espessura p/filmes<br />

Sistema p/supervisão de máquinas injetoras<br />

Transdutor linear p/automatização de máquina<br />

operatriz<br />

Central privada comutação telefônica ip-pabx<br />

Central privada comutação telefônica -key system<br />

Digistar<br />

Central privada comutação telefônica -micro pabx<br />

10 Telecomunicações Central privada comutação telefônica -pabx<br />

S/A<br />

Conversor de protocolo voz sobre ip - gateway voip<br />

Porteiro eletrônico<br />

Telefone digital p/pabx<br />

AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />

AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />

AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />

AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />

353<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI, AP)<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI)<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI)<br />

<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI, AP)<br />

Telecomunicaç<br />

ão<br />

(AI, AP)<br />

SP<br />

RS<br />

RS<br />

RS<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

Conversor de interface<br />

Conversor de protocolo voz sobre ip - gateway voip<br />

Modem<br />

Modem hdsl<br />

Modem óptico pdh/sdh<br />

Digitel S/A Indústria Modem shdsl<br />

<strong>Eletrônica</strong> Multiplex óptico<br />

Multiplexador e1<br />

Plataforma de acesso multisserviços p/redes tdm<br />

Radio digital<br />

Radio modem<br />

Roteador<br />

Computador industrial<br />

Conversor de protocolo e1-r2<br />

Conversor de Sinais Eletro-Ótico<br />

Fonte de alimentação p/equipamentos de automação<br />

Gateways p/protocolos do setor elétrico<br />

Gerador de Base de Tempo <strong>para</strong> sincronismo de<br />

equipamentos via GPS<br />

Oscilógrafo digital-registrador digital de perturbação<br />

Plataforma de correio eletrônico-voz/fax/dados<br />

Sistema de áudio conferencia<br />

Ecil Informática Sistema de controle p/subestações transm/distr<br />

Indústria e Com Ltda energia<br />

Sistema de gerenciamento de energia elétrica<br />

Sistema de medição de energia centralizado<br />

Sistema de qualidade na distribuição de energia<br />

Sistema digital p/gravação de mensagens<br />

Sistema medição de fronteira p/energia elétrica<br />

Sistema web de telemetria<br />

Terminal linux p/call center<br />

Terminal Server Industrial<br />

Unidade de resposta audível (ura)<br />

Unidade terminal remota<br />

Estação de calibração de medidores de energia<br />

Medidor de demanda de energia<br />

Medidor de energia elétrica monofásico eletrônico<br />

Elo Sistemas<br />

Eletrônicos S/A<br />

<br />

<br />

Medidor de energia elétrica polifásico eletrônico<br />

Registrador microprocessado p/supervisão de<br />

energia<br />

Sistema de gerenciamento de energia elétrica<br />

Sistema medição de fronteira p/energia elétrica<br />

Tarifador de energia diferenciada<br />

Engetron Eng. Eletr. No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de<br />

Indústria e Com Ltda energia<br />

Medidor de energia elétrica monofásico<br />

FAE Ferragens e<br />

<br />

Aparelhos Elétricos<br />

<br />

S/A<br />

<br />

eletromecânico<br />

Medidor de energia elétrica monofásico eletrônico<br />

Medidor de energia elétrica polifásico eletromecânico<br />

Medidor de energia elétrica polifásico eletrônico<br />

Medidor do consumo de água <strong>–</strong> hidrômetro<br />

AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />

AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />

AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />

AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />

354<br />

Telecomunicaç<br />

ão (AI, AP, AC)<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI, AP)<br />

GTD<br />

(AI)<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI)<br />

GTD<br />

(AI, AP)<br />

RS<br />

SP<br />

RS<br />

MG<br />

CE


No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />

16<br />

17<br />

Force Line Ind. Com.<br />

Comp. Eletrônicos<br />

Ltda.<br />

Intelbras S/A Ind.<br />

Telecom. <strong>Eletrônica</strong><br />

Brasileira<br />

18 Itautec S/A<br />

19<br />

Leucotron<br />

Equipamentos Ltda.<br />

AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />

AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />

AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />

AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />

Autotransformador p/eletroeletrônicos domésticos<br />

Carregador de bateria p/equipamento portátil<br />

Cerca elétrica<br />

Conversor estático/fonte alimentação p/tel celular<br />

Cordão prolongador/extensão elétrica<br />

Estabilizador de tensão<br />

Filtro de linha p/proteção de equipamentos<br />

Fonte de alimentação p/eliminação de pilhas/bateria<br />

Intercomunicador<br />

No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia<br />

Reator eletrônico p/ lâmpada fluorescente<br />

Transformador com laminas de aço silício-bt, com núcleo de<br />

ferrite, p/ lâmpada halogena dicróica<br />

Central portaria<br />

Central privada comutação telefônica-micro pabx<br />

Central privada comutação telefônica-pabx<br />

Equipamento p/atendimento automático em pabx<br />

No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia<br />

Tarifador p/central/pabx/telex/telefone público<br />

Telefone com identificador de chamada<br />

Telefone de assinante<br />

Telefone sem fio<br />

Computador de médio porte<br />

Computador de pequeno porte<br />

Computador portátil<br />

Impressora fiscal<br />

Integrador sistema-automação bancária<br />

Integrador sistema-automação comercial<br />

Modulo de memória<br />

Microcomputador <strong>para</strong> automação bancária<br />

Microcomputador <strong>para</strong> automação comercial<br />

Placa mãe p/computador (motherboard)<br />

Servidor<br />

Sistema p/atendimento ao público-terminal/painel senhas<br />

Software p/automação bancária<br />

Software p/automação comercial<br />

Teclado p/ automação comercial<br />

Terminal de auto serviço bancário-saque/depósito/extr/.<br />

Terminal de auto atendimento p/ checkout<br />

Terminal de caixa automático<br />

Terminal de caixa bancário<br />

Terminal de consulta<br />

Terminal de consulta multimídia-totem ou quiosque<br />

Terminal de pagamento de contas<br />

Terminal de ponto de venda<br />

Terminal de transferência eletrônica de fundos<br />

Terminal dispensador de cédulas<br />

Terminal dispensador de talão/folha de cheque<br />

Unidade de resposta audível (ura)<br />

Adaptador de telefone analógico p/rede ip (ata)<br />

Central de atendimento-call center<br />

Central privada comutação telefônica IP-PABX<br />

Central privada comutação telefônica key system,<br />

micro PABX, pabx,sistema hibrido<br />

Dispositivo p/ligação telefônica via computador<br />

Interface celular p/PABX<br />

Software aplicativo p/PABX<br />

Telefone de assinante<br />

Telefone IP<br />

355<br />

Informática<br />

(AI, AP)<br />

Telecomunicação<br />

(AP, AC)<br />

Informática<br />

(AB, AC)<br />

Telecomunicação<br />

(AP, AC)<br />

SP<br />

SC<br />

SP<br />

MG


No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />

20<br />

21<br />

22<br />

Microsol Tecnologia<br />

S/A<br />

Nansen S/A<br />

Instrumentos de<br />

Precisão<br />

Novus Produtos<br />

Eletrônicos Ltda.<br />

AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />

AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />

AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />

AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />

Estabilizador de tensão<br />

Iluminação de emergência<br />

No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de<br />

energia<br />

Conjunto de medição energia elétrica p/uso externo<br />

Instrumento p/aferição/calibração medidores de<br />

energia<br />

Medidor de energia elétrica monofásico<br />

eletromecânico<br />

Medidor de energia elétrica monofásico eletrônico<br />

Medidor de energia elétrica polifásico eletromecânico<br />

Medidor de energia elétrica polifásico eletrônico<br />

Medidor eletrônico de energia multifunção e multitarifa<br />

Mesa p/aferição de medidor de energia em laboratório<br />

Registrador microprocessado p/supervisão de energia<br />

Sistema de aferição automática de medidores de<br />

energia<br />

Sistema de medição de energia centralizado<br />

Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados<br />

Sistema de telemedição de consumo de energia<br />

Software p/analise/comunicação/leitura medidor<br />

energia<br />

Unidade terminal remota<br />

Amperímetro/miliampermetro digital p/painel<br />

Chave estática p/chaveamento de potencia<br />

Contador<br />

Controlador de temperatura<br />

Controlador digital single-loop<br />

Controlador eletrônico diversos<br />

Indicador de sinal digital<br />

Medidor de umidade relativa do ar<br />

Modulo de potencia tiristorizado<br />

Registrador gráfico p/uso laboratorial<br />

Relé de estado solido<br />

Sistema de aquisição de dados (data logger)<br />

Software supervisão p/processo industrial pequeno<br />

porte<br />

Temporizador<br />

Termoelemento<br />

Termômetro digital<br />

Termômetro portátil digital<br />

Termopar<br />

Termo-resistência<br />

Termostato digital<br />

Termostato industrial<br />

Transmissor de temperatura e umidade relativa<br />

Transmissor eletrônico de temperatura<br />

Voltímetro/milivoltímetro digital p/painel<br />

356<br />

Informática<br />

(AI, AP)<br />

GTD<br />

(AP, AI)<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI)<br />

CE<br />

MG<br />

RS


No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />

23<br />

24<br />

<br />

25<br />

26<br />

Orteng Equipamentos<br />

e Sistemas Ltda.<br />

Parks S/A<br />

Comunicações Digitais<br />

Positivo Informática<br />

Ltda.<br />

Romagnole Produtos<br />

Elétricos Ltda.<br />

AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />

AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />

AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />

AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />

Carregador de bateria industrial<br />

Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />

Conjunto de medição energia elétrica p/uso externo<br />

Fonte de alimentação p/equipamentos telecomunicações<br />

Grupo motor gerador<br />

Integrador sistema: automação industrial, linha de<br />

transmissão, energia, usina hidroelétrica, usina termoelétrica<br />

Painel de controle/força p/grupo motor gerador<br />

Painel elétrico de proteção/comando/distribuição<br />

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia: alta, baixa, média<br />

tensão<br />

Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento indl<br />

Retificador industrial-corrente/proteção<br />

catódica/espec<br />

Sistema de automação de rede de distribuição de energia<br />

Sistema de gerenciamento de energia elétrica<br />

Sistema digital de automação industrial<br />

Subestação: blindada, compacta, móvel, retificadora<br />

Subestação-projeto/instalação em mt/at<br />

Subestações<br />

Transformador de corrente<br />

Transformador de corrente industrial<br />

Transformador de potencial industrial<br />

Transformador de potencial indutivo<br />

Unidade supervisora de corrente alternada industrial<br />

Unidade terminal remota<br />

Concentrador de acesso ethernet<br />

Conversor de interface<br />

Conversor de sinais<br />

Dispositivo de acesso ethernet<br />

Modem<br />

Modem adsl<br />

Modem shdsl<br />

Multiplexador sdh<br />

Radio digital ponto a ponto-wimax<br />

Radio digital ponto multiponto<br />

Radio digital-wimax-estação base/assinante<br />

Roteador<br />

Roteador sem fio<br />

Sistema de gerenciamento de modem<br />

Computador de médio porte<br />

Computador de pequeno porte<br />

Computador portátil<br />

Mesa educacional informatizada- vários módulos didáticos<br />

Servidor<br />

Software educacional<br />

Software p/gerenciamento de rede de computadores<br />

Ferragens diversas p/linha transmissão/distribuição<br />

Fio esmaltado/nu<br />

Transformador/autotransformador de distribuição<br />

357<br />

GTD<br />

(AI)<br />

Telecomunicaç<br />

ão (AI)<br />

Informática<br />

(AI)<br />

GTD<br />

(AI)<br />

MG<br />

RS<br />

PR<br />

PR


No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />

27 Sense <strong>Eletrônica</strong> Ltda.<br />

28<br />

29<br />

30<br />

31<br />

Sensores Eletrônicos<br />

Instrutech Ltda.<br />

Setha Indústria<br />

<strong>Eletrônica</strong> Ltda.<br />

SMS Tecnologia<br />

<strong>Eletrônica</strong> Ltda<br />

Sweda Informática<br />

Ltda.<br />

AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />

AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />

AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />

AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />

Barreiras de Segurança Intrínseca<br />

Conector <strong>para</strong> Sensor de Proximidade<br />

Conversores/Condicionadores/Amplificadores de Sinais<br />

Cortinas de Luz/Barreiras Fotoelétricas<br />

Derivadores <strong>para</strong> Redes Industriais<br />

Distribuidor de Sinais Discretos e <strong>para</strong> Redes Industriais<br />

Fontes de Alimentação<br />

Interface <strong>para</strong> Redes Industriais (I/O)<br />

Isoladores Galvânicos de Sinais<br />

Isoladores Ópticos de Sinais<br />

Monitor/Sinalizador de Válvulas<br />

Sensor de Proximidade à Prova de Explosão (Exd)<br />

Sensor de Proximidade Capacitivo<br />

Sensor de Proximidade Efeito Hall<br />

Sensor de Proximidade Fotoelétrico (Infravermelho e Laser)<br />

Sensor de Proximidade Indutivo<br />

Sensor de Proximidade Magnético<br />

Sensor de Proximidade <strong>para</strong> Segurança Aumentada (Exe)<br />

Sensor de Proximidade <strong>para</strong> Segurança Intrínseca (Exi)<br />

Sensor de Proximidade Ultrasônico<br />

Supervisor de Rotação<br />

Válvula Solenóide<br />

Barreira óptica p/proteção em máquina operatriz<br />

Comando bi-manual eletrônico p/prensa<br />

Controle de simultaneidade p/acionamento de máquina<br />

Cortina de luz<br />

Sensor de proximidade capacitivo, indutivo, infravermelho<br />

(fotoelétrico), magnético<br />

Alto falante a prova de explosão<br />

Circuito fechado de televisão-cftv<br />

Intercomunicador<br />

Materiais elétricos diversos a prova de explosão<br />

Sinalizador acústico e visual a prova de explosão<br />

Sistema de chamada em alta voz-alarme e conversação<br />

Sistema de onda portadora-carrier p/ferrovia/metro/proc<br />

Sistema telefônico de emergência<br />

Telefone a prova de explosão<br />

Condicionador de energia p/equipamentos de áudio/vídeo<br />

Estabilizador de tensão<br />

Filtro de linha p/proteção de equipamentos<br />

Modulo de baterias<br />

No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia<br />

Software p/gerenciamento remoto de energia<br />

Variador de luminosidade-dimmer<br />

Caixa registradora eletrônica<br />

Computador compacto p/automação comercial<br />

Impressora de: cheques, fiscal, p/autenticação de<br />

documentos, térmica<br />

Leitora de código de barras/cmc-7<br />

Leitora óptica com balança eletrônica<br />

Microterminal de automação comercial<br />

Pistola laser p/leitura de código de barras<br />

Terminal de ponto de venda<br />

Terminal touchscreen p/automação comercial<br />

358<br />

<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI)<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI)<br />

Equipamentos<br />

Industriais<br />

(AI)<br />

Informática<br />

(AI, AP)<br />

Informática<br />

(AC)<br />

SP<br />

SP<br />

RJ<br />

SP<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />

32<br />

33<br />

34<br />

Tecsys do Brasil<br />

Industrial Ltda.<br />

Teikon Tecnologia<br />

Industrial S/A<br />

Trafo Equipamentos<br />

Elétricos S/A<br />

AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />

AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />

AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />

AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />

Amplificador de potencia p/head-end catv<br />

Codificador-encoder mpeg-2/dvb<br />

Combinador p/tv por assinatura<br />

Conversor de fi p/frequência de banda l - up-converter<br />

Conversor uhf/vhf<br />

Demodulador p/tv por assinatura<br />

Modulador adjacente com filtro saw<br />

Modulador digital: qam p/sistema tv a cabo, qpsksistema<br />

transmissão via satélite, p/tv por assinatura<br />

Multiplexador digital<br />

Receptor de satélite: analógico, digital<br />

Receptor de tv via satélite, digital com decodificador,<br />

digital<br />

Sistema de acesso condicional p/tv-<br />

satélite/cabo/mmds<br />

Montagem de placa circuito impresso-componente<br />

convenc<br />

Montagem de placa circuito impresso-componente<br />

smd<br />

Serviço de montagem/teste de produto eletrônico<br />

Chave a óleo<br />

Controlador de energia-corte e religamento automático<br />

Detector do desvio de energia<br />

Disjuntor a gás sf6<br />

Reatores diversos p/sistemas elétricos de potencia<br />

Regulador de tensão p/sistemas de potencia<br />

Serviço de reforma em transformador<br />

Subestação compacta, móvel<br />

Transformador de aterramento, p/forno<br />

Transformador/autotransformador de distribuição, de<br />

força, indl a seco/resina,<br />

indl especiais<br />

359<br />

Telecomunica<br />

ção (AP, AC)<br />

Informática<br />

(AI)<br />

GTD<br />

(AI)<br />

SP<br />

RS<br />

RS


No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />

35 WEG S/A<br />

AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />

Acionamentos de Corrente Alternada<br />

Acionamentos de Corrente Contínua<br />

Acionamentos de Servomotores<br />

<strong>Automação</strong> de Sistemas de Geração de Energia<br />

<strong>Automação</strong> de Usinas de Açúcar e Álcool<br />

Bornes e Réguas de Bornes<br />

Botoeiras e Sinalizadores<br />

Capacitores de Correção de Fator de Potência<br />

Centros de Controle de Motores (CCM)<br />

Convencionais<br />

Centros de Controle de Motores (CCM) Inteligentes<br />

Chaves de Partida Compensadora<br />

Chaves de Partida Direta<br />

Chaves de Partida Estrela-Triângulo<br />

Chaves de Partida Soft-Starters<br />

Chaves Seccionadoras<br />

Componentes <strong>para</strong> Comando, Controle, Proteção e<br />

Sinalização<br />

Contatores de Comando e de Força<br />

Controladores Lógicos Programáveis<br />

Conversores de Corrente Contínua<br />

Conversores de Frequência<br />

Conversores de Frequência com PLC<br />

Disjuntores Termomagnéticos<br />

Disjuntores em Caixa Moldada<br />

Disjuntores-motor<br />

Fusíveis tipo D<br />

Fusíveis tipo NH<br />

Geradores<br />

Interfaces Homem Máquina<br />

Inversores de Frequência<br />

Inversores de Frequência com PLC<br />

Motores de Corrente Continua<br />

Motores de Corrente Alternada<br />

Painéis de Comando e Controle em Baixa e Média<br />

Tensão<br />

Quadros de Distribuição Elétrica<br />

Relés de Nível<br />

Relés de Sobrecarga<br />

Relés Inteligentes<br />

Relés Programáveis<br />

Relés Temporizadores<br />

Servoconversores<br />

Servomotores<br />

Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Máquinas<br />

Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Processos<br />

Sistemas de Controle <strong>para</strong> Subestações de Energia<br />

Sistemas de Supervisão e Controle de Processos<br />

Industriais<br />

Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)<br />

Sistemas de Posicionamento<br />

Sistemas Elétricos e Eletrônicos Industriais<br />

Sistemas Supervisórios<br />

Soft-Starters<br />

Transformadores de Comando<br />

Transformadores de Força<br />

360<br />

Equipamentos<br />

Industriais<br />

(AI)<br />

SC


ANEXO II <strong>–</strong> Análise Econômica do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong><br />

NCM<br />

DESCRIÇÃO<br />

ANEXO I<br />

BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (1)<br />

(Detalhamento dos produtos - Ano de 2005)<br />

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />

ALARMES 4.484 12.371 52% 8%<br />

8531.10.10 ALARMES CONTRA INCENDIO OU SOBREAQUECIMENTO 123 497 3.362 119.802 24% 12%<br />

8531.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE ALARME,P/PROTECAO CONTRA ROUBO 4.197 319.174 7.749 2.113.879 60% 3%<br />

8543.81.00 CARTOES E ETIQUETAS DE ACIONAM.POR APROXIM. 164 1.124.479 1.259 8.569.648 -27% 36%<br />

APARELHOS ELETROMÉDICOS 5.973 89.509 15% 28%<br />

8421.29.11 HEMODIALISADOR TIPO CAPILAR 0 8 9.200 1.166.562 -98% 5%<br />

9018.90.21 BISTURI ELÉTRICO 859 814 1.148 172.469 86% -34%<br />

9018.90.29 OUTROS 18 1.465 1.751 32.530.283 1050% -18%<br />

9022.12.00 APARELS.DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 213 1 31.452 141 nihil 74%<br />

9022.13.11 APARS.DE RAIOS X,DE DIAGNOST.DE TOMADA MAXILAR PANORAM. 93 104 1.893 139 -21% 22%<br />

9022.13.19 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.DE ODONTOLOGIA 3.790 6.181 43 2.557 -2% 639%<br />

9022.13.90 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/ODONTOLOGIA 315 425 0 0 64% -100%<br />

9022.14.11 OUTROS APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/MAMOGRAFIA 31 1 3.357 93 nihil 67%<br />

9022.14.12 APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/ANGIOGRAFIA 0 0 10.214 51 nihil 34%<br />

9022.14.13 APARS.COMPUTADORIZ.DE DIAGNOSTICO,P/DENSITOMETRIA OSSEA 0 0 2.227 84 nihil 78%<br />

9022.14.19 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.MEDICO,CIRURGICO,ETC. 491 49 2.275 63 121% -26%<br />

9022.14.90 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/USO MEDICO,CIRURGICO,VETERINAR. 33 99 6.143 96 -52% 30%<br />

9022.19.10 ESPECTROMETROS/ESPECTROGRAFOS DE RAIOS X 0 0 3.961 75 -100% -6%<br />

9022.19.90 OUTROS APARELS.DE RAIOS X, P/OUTROS USOS 0 0 0 0 -100% -100%<br />

9022.21.10 APAREL.DE RADIOCOBALTO 0 0 0 0 nihil -100%<br />

9022.21.20 APARELHO DE GAMATERAPIA 0 0 0 0 nihil nihil<br />

9022.21.90 OUTS.APARS.DE RADIACAO ALFA,BETA,GAMA,P/USO MEDICO,ETC. 18 216 11.681 689 nihil 41%<br />

9022.29.00 APARELS.Q.UTILIZEM RADIACOES ALFA/BETA/GAMA P/OUTRO USO 0 0 0 0 nihil nihil<br />

9022.90.11 GERADORES DE TENSAO,P/APARS.DE RAIOS X/OUTS.RADIACOES 56 11 134 6 -7% -19%<br />

9022.90.19 OUTROS APARS.GERADORES DE RAIOS X 0 0 445 14.917 -100% -9%<br />

9022.90.80 OUTROS DISPOSITIVOS GERADORES DE RAIOS X 39 29 2.798 5.439 -75% 16%<br />

9025.11.10 TERMOMETROS CLINICOS DE LEITURA DIRETA 18 35.403 786 3.653.698 98% -35%<br />

APARELHOS PARA SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÁFEGO 3.525 1.731 126% -43%<br />

8530.10.10 APARS.ELETR.DIGIT.P/CONTROLE DE TRAFEGO DE VIAS FERREAS 9 8 65 1.444 1749% -49%<br />

8530.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE SINALIZACAO,ETC.P/VIAS FERREAS 3.115 384 600 4.093 121% -74%<br />

8530.80.10 OUTROS APARELS.DIGITAIS P/CONTROLE DE TRAFEGO DE CARROS 158 153 203 5.458 66% -19%<br />

8530.80.90 OUTS.APARS.ELETR.SINALIZACAO,ETC.P/VIAS TERRESTRES,ETC. 243 6.356 864 17.036 328% 153%<br />

COMANDO NUMÉRICO 5.907 29.877 36% 7%<br />

8472.90.90 OUTROS MAQS.E APARS.DE ESCRITORIO,BANCARIO,ETC. 1.750 4.839 1.048 65.661 -21% 190%<br />

8537.10.11 QUADROS C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T=32BITS 188 0 17.236 0 132% -12%<br />

8537.10.19 OUTS.QUADROS,PAINEIS,ETC.C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T


NCM DESCRIÇÃO<br />

ANEXO I<br />

BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (2)<br />

(Detalhamento dos produtos - Ano de 2005)<br />

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />

9027.20.20 APARELHOS DE ELETROFORESE 0 0 0 0 nihil nihil<br />

9027.30.11 ESPECTROMETROS DE EMISSAO OPTICA 0 0 4.249 132 -100% 21%<br />

9027.30.19 OUTROS ESPECTROMETROS 85 41 5.882 549 43% 23%<br />

9027.30.20 ESPECTROFOTOMETROS 142 22 8.578 1.782 152% 13%<br />

9027.40.00 INDICADORES DE TEMPO DE EXPOSICAO 13 9 37 674 nihil -75%<br />

9027.50.10 COLORIMETROS 2 42 7.615 4.231 -15% 71%<br />

9027.50.20 FOTOMETROS 187 15.488 14.446 168.287 181% 11%<br />

9027.50.30 REFRATOMETROS 6 10 1.130 4.693 2108% 82%<br />

9027.50.40 SACARIMETROS 0 28 73 13 -81% -24%<br />

9027.50.90 OUTROS INSTRUMENT.E APARELS.P/ANALISES FISICAS 141 36 11.140 6.261 2458% 13%<br />

9027.80.11 CALORIMETROS 160 70 1.625 139 560% 70%<br />

9027.80.12 VISCOSIMETROS 5 15 2.028 765 -77% 20%<br />

9027.80.13 DENSITOMETROS 0 2 334 375 nihil -40%<br />

9027.80.14 APARS.MEDIDORES DE PH 51 712 1.622 12.260 33% 48%<br />

9027.80.20 ESPECTROMETROS DE MASSA 0 1 10.107 660 -100% 149%<br />

9027.80.30 POLAROGRAFOS 0 0 196 258 nihil -8%<br />

9027.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/ANALISE/ENSAIO/MEDIDA,ETC. 348 215.122 60.813 254.148 -66% 35%<br />

9027.90.10 MICROTOMOS 0 0 927 215 -100% 49%<br />

9028.10.11 DOS TIPOS UTILIZADOS EM POSTOS (ESTAÇÕES) DE SER. OU GARAG. 58 4 1.196 182 317% -14%<br />

9028.10.19 OUTROS 42 131 1.248 9.855 317% -12%<br />

9028.10.90 OUTROS CONTADORES DE GASES 224 22 4.035 100.669 2109% 30%<br />

9028.20.10 CONTADORES DE LIQUIDOS,PESO50KG 8.948 1.895 3.592 341 7% 240%<br />

9029.20.20 ESTROBOSCOPIOS 6 28 183 13.281 85% -11%<br />

9030.10.10 MEDIDORES DE RADIOATIVIDADE 15 115 862 7.575 -77% -6%<br />

9030.10.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA RADIACOES IONIZANTES 2 34 2.236 1.185 -89% 132%<br />

9030.20.10 OSCILOSCOPIOS DIGITAIS 10 21 2.239 1.451 -15% 44%<br />

9030.20.21 OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS DE FREQUENCIA > = 60 MHZ 0 0 119 260 -100% 22%<br />

9030.20.22 VETORSCOPIOS 0 0 93 11 nihil 112%<br />

9030.20.29 OUTROS OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS 2 8 184 1.352 nihil -42%<br />

9030.20.30 OSCILOGRAFOS 0 0 570 78 nihil -39%<br />

9030.31.00 MULTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 49 370 3.145 548.407 -50% 3%<br />

9030.39.11 VOLTIMETROS DIGITAIS,SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 39 593 185 134.256 159% 26%<br />

9030.39.19 OUTROS VOLTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 321 5.080 543 322.006 100% -26%<br />

9030.39.21 AMPERIMETROS SEM DISPOSIT.REGISTRADOR,P/VEIC.AUTOMOVEIS 412 1.297 45 12.028 31% 130%<br />

9030.39.29 OUTROS AMPERIMETROS S/DISPOSITIVO REGISTRADOR 39 1.435 980 156.165 65% 42%<br />

9030.39.90 OUTS.APARS.E INSTRUM.P/MEDIDA/CONTROLE TENSAO,ETC. 1.515 7.794 10.188 1.148.396 -10% 41%<br />

9030.40.10 ANALISADORES DE PROTOCOLO 0 0 2.371 115 nihil -58%<br />

9030.40.20 ANALISADORES DE NIVEL SELETIVO 0 0 299 29 nihil 72%<br />

9030.40.30 ANALISADORES DIGITAIS DE TRANSMISSAO 185 188 2.164 994 -26% 67%<br />

9030.40.90 OUTROS INSTRUMENTOS E APARS.P/TELECOMUNICACAO 204 79 25.327 8.720 -6% -35%<br />

9030.82.10 INSTRUMENTOS E APARS.P/TESTES DE CIRCUITOS INTEGRADOS 15 117 148 157 -95% 663%<br />

9030.82.90 UTROS INSTRUMENTOS E APARELS.P/MEDIDA/CONTROLE D.DISCO 0 0 60 72 -100% 44%<br />

9030.83.10 OUTROS,DE TESTE DE CONTINUIDADE DE CIRCUITOS IMPRESSOS 0 0 141 15 -100% 213%<br />

9030.83.20 OUTROS,DE TESTE AUTOMATICO DE CIRCUITO IMPRESSO MONTADO 0 0 1.063 2.648 -100% -32%<br />

9030.83.30 OUTROS,DE MEDIDAS DE PARAMETROS DE SINAIS DE TV./VIDEO 0 0 871 1.442 nihil 121%<br />

9030.83.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.C/DISP.REG 639 65 13.090 33.520 -48% -33%<br />

9030.89.10 ANALISADORES LOGICOS DE CIRCUITOS DIGITAIS 0 1 220 3.058 -70% 84%<br />

9030.89.20 ANALISADORES DE ESPECTRO DE FREQUENCIA 13 16 4.398 1.003 111% 11%<br />

9030.89.30 FREQUENCIMETROS 4 74 362 19.165 4% 20%<br />

Fonte: MDIC / SECEX<br />

362<br />

EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES VAR. % EM US$ - 05 / 04


NCM DESCRIÇÃO<br />

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />

9030.89.40 FASIMETROS 1 8 22 1.762 838% -5%<br />

9030.89.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.ETC. 877 94.965 15.021 503.604 -10% 37%<br />

9031.10.00 MAQS.DE EQUILIBRAR PECAS MECANICAS 406 220 6.395 377 8% 86%<br />

9031.30.00 PROJETORES DE PERFIS 55 28 834 1.360 -48% 16%<br />

9031.41.00 INSTRUMENTOS E APARS.OPTICOS,P/CONTROLE DE DISCOS,ETC. 0 0 84 10 -100% -82%<br />

9031.80.11 DINAMOMETROS 70 71 1.077 1.472 -33% -42%<br />

9031.80.12 RUGOSIMETROS 0 0 1.286 469 nihil 10%<br />

9031.80.20 MAQS.P/MEDICAO TRIDIMENSIONAL 2.227 211 7.779 266 60% 24%<br />

9031.80.30 METROS PADROES 403 174 135 7.996 -9% -88%<br />

9031.80.50 APARELS.P/ANALISE DE TEXTEIS, COMPUTADORIZADOS 1 5 1.620 270 -99% 40%<br />

9031.80.60 CELULAS DE CARGA 109 657 5.105 70.953 88% -4%<br />

9031.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS,APARS.E MAQS.DE MEDIDA/CONTROLE 82 10.539 3.155 1.516 -99% -97%<br />

9032.89.30 EQUIPAMENTO DIGITAL AUTOMAT.P/CONTROLE DE VEIC.FERROV. 1.546 11 1.548 187 4813% -17%<br />

9032.89.81 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE PRESSAO 383 7.637 6.010 486.861 102% -21%<br />

9032.89.82 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE TEMPERATURA 3.966 246.511 13.293 1.045.112 74% 4%<br />

9032.89.83 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE UMIDADE 173 2.537 1.010 11.669 95% 62%<br />

9032.89.84 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE VELOCID.MOTORES 8.085 257.624 2.984 434.216 20% 21%<br />

9032.89.89 OUTS.INSTRUM.E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE GRANDEZ.N/ELETR 1.412 6.740 14.670 467.616 -24% -24%<br />

9032.89.90 OUTS.INSTRUMS.E APARS.AUTOMAT.P/REGULACAO/CONTROLE 8.253 43.847 126.387 1.501.292 17% -11%<br />

9107.00.10 INTERRUPTORES HORARIOS 483 197.624 1.518 835.388 30% 29%<br />

9107.00.90 OUTS.APARS.P/ACIONAR MECANIS. EM TEMPO DETERMINADO,ETC 20 4.045 333 974.942 -17% -28%<br />

OUTROS EQUIPAMENTOS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 35.346 102.762 70% 11%<br />

8421.19.10 CENTRIFUGADOR P/LABORAT.DE ANALISE,ENSAIO,PESQ.CIENTIF 174 321 1.755 2.408 88% -20%<br />

8423.20.00 BASCULAS DE PESAGEM CONTINUA EM TRANSPORTADORES 535 65 1.897 169 104% 42%<br />

8423.30.11 BASCULAS DOSADORAS C/APARS.PERIFERICOS C/UNID.FUNCIONAL 301 19 1.452 529 162% 52%<br />

8423.81.10 APARS.E INSTRUM.PESAGEM,DE MESA,C


NCM DESCRIÇÃO<br />

ANEXO I<br />

BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (1)<br />

(Detalhamento dos produtos - Ano de 2006)<br />

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />

ALARMES 4.710 11.960 5% -3%<br />

8531.10.10 ALARMES CONTRA INCENDIO OU SOBREAQUECIMENTO 701 189 3.450 166.768 472% 3%<br />

8531.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE ALARME,P/PROTECAO CONTRA ROUBO 3.629 242.448 6.782 1.919.329 -14% -12%<br />

8543.81.00 CARTOES E ETIQUETAS DE ACIONAM.POR APROXIM. 380 783.884 1.727 27.214.937 132% 37%<br />

APARELHOS ELETROMÉDICOS 7.516 119.111 26% 33%<br />

8421.29.11 HEMODIALISADOR TIPO CAPILAR 0 0 12.171 1.482.602 -100% 32%<br />

9018.90.21 BISTURI ELÉTRICO 655 702 1.387 194.484 -24% 21%<br />

9018.90.29 OUTROS 23 13.510 2.183 67.709.499 26% 25%<br />

9022.12.00 APARELS.DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 2.532 11 47.721 180 1091% 52%<br />

9022.13.11 APARS.DE RAIOS X,DE DIAGNOST.DE TOMADA MAXILAR PANORAM. 114 104 2.010 1.324 23% 6%<br />

9022.13.19 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.DE ODONTOLOGIA 2.794 3.818 41 446 -26% -3%<br />

9022.13.90 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/ODONTOLOGIA 169 396 10 10 -46% nihil<br />

9022.14.11 OUTROS APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/MAMOGRAFIA 75 3 6.600 146 142% 97%<br />

9022.14.12 APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/ANGIOGRAFIA 83 1 16.073 77 nihil 57%<br />

9022.14.13 APARS.COMPUTADORIZ.DE DIAGNOSTICO,P/DENSITOMETRIA OSSEA 0 0 2.061 83 nihil -7%<br />

9022.14.19 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.MEDICO,CIRURGICO,ETC. 869 67 2.732 71 77% 20%<br />

9022.14.90 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/USO MEDICO,CIRURGICO,VETERINAR. 86 217 6.659 381 163% 8%<br />

9022.19.10 ESPECTROMETROS/ESPECTROGRAFOS DE RAIOS X 0 0 3.167 52 nihil -20%<br />

9022.19.90 OUTROS APARELS.DE RAIOS X, P/OUTROS USOS 0 0 0 0 nihil nihil<br />

9022.21.10 APAREL.DE RADIOCOBALTO 0 0 0 0 nihil nihil<br />

9022.21.20 APARELHO DE GAMATERAPIA 0 0 0 0 nihil nihil<br />

9022.21.90 OUTS.APARS.DE RADIACAO ALFA,BETA,GAMA,P/USO MEDICO,ETC. 0 0 7.405 40 -100% -37%<br />

9022.29.00 APARELS.Q.UTILIZEM RADIACOES ALFA/BETA/GAMA P/OUTRO USO 0 0 0 0 nihil nihil<br />

9022.90.11 GERADORES DE TENSAO,P/APARS.DE RAIOS X/OUTS.RADIACOES 88 7 353 33 56% 164%<br />

9022.90.19 OUTROS APARS.GERADORES DE RAIOS X 0 0 1.583 31 nihil 255%<br />

9022.90.80 OUTROS DISPOSITIVOS GERADORES DE RAIOS X 15 47 5.845 5.652 -61% 109%<br />

9025.11.10 TERMOMETROS CLINICOS DE LEITURA DIRETA 13 743 1.112 5.327.267 -28% 43%<br />

APARELHOS PARA SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÁFEGO 5.252 8.559 49% 394%<br />

8530.10.10 APARS.ELETR.DIGIT.P/CONTROLE DE TRAFEGO DE VIAS FERREAS 2.708 347 265 435 28734% 310%<br />

8530.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE SINALIZACAO,ETC.P/VIAS FERREAS 1.980 50 6.756 4.796 -36% 1026%<br />

8530.80.10 OUTROS APARELS.DIGITAIS P/CONTROLE DE TRAFEGO DE CARROS 511 107 251 1.014 223% 24%<br />

8530.80.90 OUTS.APARS.ELETR.SINALIZACAO,ETC.P/VIAS TERRESTRES,ETC. 53 3.435 1.287 43.643 -78% 49%<br />

COMANDO NUMÉRICO 4.501 27.784 -24% -7%<br />

8472.90.90 OUTROS MAQS.E APARS.DE ESCRITORIO,BANCARIO,ETC. 878 4.506 1.170 123.638 -50% 12%<br />

8537.10.11 QUADROS C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T=32BITS 324 0 16.063 0 72% -7%<br />

8537.10.19 OUTS.QUADROS,PAINEIS,ETC.C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T


NCM<br />

DESCRIÇÃO<br />

ANEXO I<br />

BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (2)<br />

(Detalhamento dos produtos - Ano de 2006)<br />

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />

9027.20.20 APARELHOS DE ELETROFORESE 0 0 0 0 nihil nihil<br />

9027.30.11 ESPECTROMETROS DE EMISSAO OPTICA 24 1 7.373 59.153 nihil 74%<br />

9027.30.19 OUTROS ESPECTROMETROS 19 4 8.351 1.040 -78% 42%<br />

9027.30.20 ESPECTROFOTOMETROS 70 31 13.200 1.881 -51% 54%<br />

9027.40.00 INDICADORES DE TEMPO DE EXPOSICAO 0 0 46 1.037 -100% 24%<br />

9027.50.10 COLORIMETROS 27 147 8.435 2.179 1373% 11%<br />

9027.50.20 FOTOMETROS 42 24 13.900 212.791 -77% -4%<br />

9027.50.30 REFRATOMETROS 387 57 2.027 3.715 5940% 79%<br />

9027.50.40 SACARIMETROS 0 64 515 32 4900% 605%<br />

9027.50.90 OUTROS INSTRUMENT.E APARELS.P/ANALISES FISICAS 589 19 16.993 6.274 316% 53%<br />

9027.80.11 CALORIMETROS 316 60 1.685 152 98% 4%<br />

9027.80.12 VISCOSIMETROS 16 28 3.087 1.004 239% 52%<br />

9027.80.13 DENSITOMETROS 7 1 418 382 1436% 25%<br />

9027.80.14 APARS.MEDIDORES DE PH 45 509 1.974 13.332 -13% 22%<br />

9027.80.20 ESPECTROMETROS DE MASSA 141 1 11.178 108 28912% 11%<br />

9027.80.30 POLAROGRAFOS 4 1 239 210 nihil 22%<br />

9027.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/ANALISE/ENSAIO/MEDIDA,ETC. 1.232 230.583 69.808 395.972 254% 15%<br />

9027.90.10 MICROTOMOS 0 0 1.249 144 nihil 35%<br />

9028.10.11 DOS TIPOS UTILIZADOS EM POSTOS (ESTAÇÕES) DE SER. OU GARAG. 0 0 637 430 -100% -47%<br />

9028.10.19 OUTROS 5 121 933 7.887 -89% -25%<br />

9028.10.90 OUTROS CONTADORES DE GASES 1.452 569 3.924 84.582 549% -3%<br />

9028.20.10 CONTADORES DE LIQUIDOS,PESO50KG 23.173 7.345 1.499 860 159% -58%<br />

9029.20.20 ESTROBOSCOPIOS 3 10 250 11.409 -54% 37%<br />

9030.10.10 MEDIDORES DE RADIOATIVIDADE 6 1 1.094 17.830 -58% 28%<br />

9030.10.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA RADIACOES IONIZANTES 1 7 2.207 1.026 -56% -1%<br />

9030.20.10 OSCILOSCOPIOS DIGITAIS 23 19 2.607 1.972 120% 16%<br />

9030.20.21 OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS DE FREQUENCIA > = 60 MHZ 8 6 136 156 nihil 14%<br />

9030.20.22 VETORSCOPIOS 0 0 64 16 nihil -32%<br />

9030.20.29 OUTROS OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS 67 6 450 4.167 3706% 145%<br />

9030.20.30 OSCILOGRAFOS 0 0 788 68 nihil 38%<br />

9030.31.00 MULTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 134 1.129 3.879 6.439.260 174% 23%<br />

9030.39.11 VOLTIMETROS DIGITAIS,SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 23 555 356 84.464 -42% 92%<br />

9030.39.19 OUTROS VOLTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 219 3.247 752 228.025 -32% 38%<br />

9030.39.21 AMPERIMETROS SEM DISPOSIT.REGISTRADOR,P/VEIC.AUTOMOVEIS 459 1.783 100 10.596 12% 124%<br />

9030.39.29 OUTROS AMPERIMETROS S/DISPOSITIVO REGISTRADOR 109 2.055 1.498 174.430 177% 53%<br />

9030.39.90 OUTS.APARS.E INSTRUM.P/MEDIDA/CONTROLE TENSAO,ETC. 1.677 28.448 13.295 1.529.671 11% 30%<br />

9030.40.10 ANALISADORES DE PROTOCOLO 0 0 2.039 83 nihil -14%<br />

9030.40.20 ANALISADORES DE NIVEL SELETIVO 0 0 435 24 nihil 46%<br />

9030.40.30 ANALISADORES DIGITAIS DE TRANSMISSAO 2 4 2.484 1.736 -99% 15%<br />

9030.40.90 OUTROS INSTRUMENTOS E APARS.P/TELECOMUNICACAO 1.937 608 22.358 9.981 850% -12%<br />

9030.82.10 INSTRUMENTOS E APARS.P/TESTES DE CIRCUITOS INTEGRADOS 55 64 2.360 1.685 256% 1489%<br />

9030.82.90 UTROS INSTRUMENTOS E APARELS.P/MEDIDA/CONTROLE D.DISCO 1 1 156 641.409 nihil 160%<br />

9030.83.10 OUTROS,DE TESTE DE CONTINUIDADE DE CIRCUITOS IMPRESSOS 0 0 69 38 nihil -51%<br />

9030.83.20 OUTROS,DE TESTE AUTOMATICO DE CIRCUITO IMPRESSO MONTADO 393 24 2.622 1.269 nihil 147%<br />

9030.83.30 OUTROS,DE MEDIDAS DE PARAMETROS DE SINAIS DE TV./VIDEO 9 2 1.496 2.700 nihil 72%<br />

9030.83.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.C/DISP.REG 1.883 497 7.725 15.565 195% -41%<br />

9030.89.10 ANALISADORES LOGICOS DE CIRCUITOS DIGITAIS 111 4 331 341 90072% 52%<br />

9030.89.20 ANALISADORES DE ESPECTRO DE FREQUENCIA 61 52 4.732 1.208 369% 8%<br />

9030.89.30 FREQUENCIMETROS 4 92 405 21.512 -11% 12%<br />

Fonte: MDIC / SECEX<br />

365<br />

EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES VAR. % EM US$ - 05 / 04


NCM DESCRIÇÃO<br />

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />

9030.89.40 FASIMETROS 2 102 42 4.094 308% 87%<br />

9030.89.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.ETC. 880 22.170 19.305 1.737.234 0% 28%<br />

9031.10.00 MAQS.DE EQUILIBRAR PECAS MECANICAS 506 187 5.325 498 25% -17%<br />

9031.30.00 PROJETORES DE PERFIS 57 9 837 190 3% 0%<br />

9031.41.00 INSTRUMENTOS E APARS.OPTICOS,P/CONTROLE DE DISCOS,ETC. 0 0 299 20 nihil 256%<br />

9031.80.11 DINAMOMETROS 39 284 1.762 1.041 -45% 64%<br />

9031.80.12 RUGOSIMETROS 39 17 1.235 522 nihil -4%<br />

9031.80.20 MAQS.P/MEDICAO TRIDIMENSIONAL 2.113 361 11.414 266 -5% 47%<br />

9031.80.30 METROS PADROES 569 180 123 24.125 41% -9%<br />

9031.80.50 APARELS.P/ANALISE DE TEXTEIS, COMPUTADORIZADOS 2 9 1.988 255 93% 23%<br />

9031.80.60 CELULAS DE CARGA 187 15.433 7.127 161.529 72% 40%<br />

9031.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS,APARS.E MAQS.DE MEDIDA/CONTROLE 0 0 0 4 -100% -100%<br />

9032.89.30 EQUIPAMENTO DIGITAL AUTOMAT.P/CONTROLE DE VEIC.FERROV. 7 1 550 131 -100% -64%<br />

9032.89.81 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE PRESSAO 454 13.699 6.822 474.246 19% 13%<br />

9032.89.82 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE TEMPERATURA 5.148 477.133 22.318 1.118.721 30% 68%<br />

9032.89.83 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE UMIDADE 179 3.118 1.030 33.663 4% 2%<br />

9032.89.84 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE VELOCID.MOTORES 13.811 468.800 4.521 212.696 71% 51%<br />

9032.89.89 OUTS.INSTRUM.E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE GRANDEZ.N/ELETR 1.521 7.399 15.291 518.896 8% 4%<br />

9032.89.90 OUTS.INSTRUMS.E APARS.AUTOMAT.P/REGULACAO/CONTROLE 20.107 100.701 120.136 1.324.248 144% -5%<br />

9107.00.10 INTERRUPTORES HORARIOS 572 307.382 1.755 1.194.663 18% 16%<br />

9107.00.90 OUTS.APARS.P/ACIONAR MECANIS. EM TEMPO DETERMINADO,ETC 52 11.331 484 841.568 165% 45%<br />

OUTROS EQUIPAMENTOS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 56.623 91.103 60% -11%<br />

8421.19.10 CENTRIFUGADOR P/LABORAT.DE ANALISE,ENSAIO,PESQ.CIENTIF 282 344 2.651 2.681 62% 51%<br />

8423.20.00 BASCULAS DE PESAGEM CONTINUA EM TRANSPORTADORES 717 58 3.089 579 34% 63%<br />

8423.30.11 BASCULAS DOSADORAS C/APARS.PERIFERICOS C/UNID.FUNCIONAL 245 235 2.323 368 -18% 60%<br />

8423.81.10 APARS.E INSTRUM.PESAGEM,DE MESA,C


ANEXO III <strong>–</strong> Expectativas das Entidades<br />

Quadro 32: Expectativas das Entidades - Volume de Produção - (4º Trimestre de 2008).<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Categorias de<br />

uso<br />

Bens de Capital<br />

Insumos e Bens<br />

Intermediários<br />

Bens de Consumo<br />

Duráveis<br />

Bens de Consumo<br />

não Duráveis<br />

Setores de Representação<br />

das Entidades<br />

Máquinas e equipamentos mecânicos<br />

Eletro eletrônicos<br />

Máquinas agricolas<br />

Aluminio primário e transformados<br />

Celulose e papel<br />

Tubos e acessórios de metal<br />

Siderurgia<br />

Pneus<br />

Papelão ondulado<br />

Fundidos M<br />

Fundidos NM<br />

Autoveículos<br />

Autopeças<br />

Alimentação<br />

Calçados<br />

Editorial e gráfica<br />

Medicamentos<br />

Mais de<br />

20%<br />

x<br />

x<br />

x<br />

x<br />

367<br />

Queda Estabilidade<br />

Aumento<br />

11% a<br />

20%<br />

x<br />

x<br />

x<br />

6% a<br />

10%<br />

x<br />

x<br />

Até 5% 0% Até 5%<br />

Fonte: ABIMAQ <strong>–</strong> ABINEE <strong>–</strong> ANFAVEA <strong>–</strong> ABAL <strong>–</strong> Bracelpa <strong>–</strong> IBS <strong>–</strong> ABPO <strong>–</strong> ABIA <strong>–</strong> Abrigaf <strong>–</strong><br />

Abimo <strong>–</strong> Abicalçados <strong>–</strong> ANIP <strong>–</strong> Abifa, 2009.<br />

Quadro 33: Expectativas das Entidades - Vendas <strong>para</strong> o Mercado Interno - (4º Trimestre 2008).<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Categorias de<br />

uso<br />

Bens de Capital<br />

Insumos e Bens<br />

Intermediários<br />

Bens de Consumo<br />

Duráveis<br />

Bens de Consumo<br />

não Duráveis<br />

Setores de Representação<br />

das Entidades<br />

Máquinas e equipamentos mecânicos<br />

Eletro eletrônicos<br />

Máquinas agricolas<br />

Aluminio primário e transformados<br />

Celulose e papel<br />

Tubos e acessórios de metal<br />

Siderurgia<br />

Pneus<br />

Papelão ondulado<br />

Fundidos M<br />

Fundidos NM<br />

Autoveículos<br />

Autopeças<br />

Alimentação<br />

Calçados<br />

Editorial e gráfica<br />

Medicamentos<br />

Mais de<br />

20%<br />

x<br />

x<br />

x<br />

x<br />

x<br />

x<br />

x<br />

x<br />

x<br />

6% a<br />

10%<br />

Queda Estabilidade<br />

Aumento<br />

11% a<br />

20%<br />

x<br />

x<br />

x<br />

6% a<br />

10%<br />

x<br />

x<br />

Até 5% 0% Até 5% 6% a<br />

10%<br />

Fonte: ABIMAQ <strong>–</strong> ABINEE <strong>–</strong> ANFAVEA <strong>–</strong> ABAL <strong>–</strong> Bracelpa <strong>–</strong> IBS <strong>–</strong> ABPO <strong>–</strong> ABIA <strong>–</strong> Abrigaf <strong>–</strong><br />

Abimo <strong>–</strong> Abicalçados <strong>–</strong> ANIP <strong>–</strong> Abifa, 2009.<br />

x<br />

x<br />

x<br />

x<br />

x<br />

x<br />

x<br />

11% a<br />

20%<br />

11% a<br />

20%<br />

Mais de<br />

20%


Quadro 34: Expectativas das Entidades - Vendas <strong>para</strong> o mercado externo - (4º Trimestre 2008).<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Categorias de<br />

uso<br />

Bens de capital<br />

Insumos e bens<br />

intermediários<br />

Bens de consumo<br />

duráveis<br />

Bens de consumo<br />

não duráveis<br />

Setores de Representação<br />

das Entidades<br />

Mais de<br />

20%<br />

368<br />

Queda Estabilidade<br />

Aumento<br />

11% a<br />

20%<br />

Máquinas e equipamentos mecânicos x<br />

6% a<br />

10%<br />

Até 5% 0% Até 5%<br />

Eletro eletrônicos x<br />

Máquinas agricolas x<br />

Aluminio primário e transformados x<br />

Celulose e papel x<br />

Tubos e acessórios de metal x<br />

Siderurgia x<br />

Pneus x<br />

Papelão ondulado x<br />

Fundidos M x<br />

Fundidos NM x<br />

Autoveículos x<br />

Autopeças x<br />

Alimentação x<br />

Calçados x<br />

Editorial e gráfica x<br />

Medicamentos x<br />

Fonte: ABIMAQ <strong>–</strong> ABINEE <strong>–</strong> ANFAVEA <strong>–</strong> ABAL <strong>–</strong> Bracelpa <strong>–</strong> IBS <strong>–</strong> ABPO <strong>–</strong> ABIA <strong>–</strong> Abrigaf <strong>–</strong><br />

Abimo <strong>–</strong> Abicalçados <strong>–</strong> ANIP <strong>–</strong> Abifa, 2009.<br />

6% a<br />

10%<br />

11% a<br />

20%<br />

Mais de<br />

20%


ANEXO IV <strong>–</strong> Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Industrial<br />

Quadro 35: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Industrial.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

1 ABB<br />

Analisador/Detector/Controlador de Gases em Geral<br />

Anunciador Eletrônico de Alarme<br />

Chave de Nível <strong>Eletrônica</strong><br />

Controle Estatístico da Produção<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />

Integrador Sistema-Industrial<br />

Medidor de Vazão Magnético<br />

Medidor de Vazão Mássica<br />

Painel de <strong>Automação</strong> com CLP<br />

Registrador de Processo Gráfico Retangular<br />

Transmissor Eletrônico de Pressão<br />

Transmissor Eletrônico de Pressão Diferencial<br />

Transdutor Eletrônico de Corrente/Pressão<br />

Transdutor de Temperatura<br />

Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />

Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)<br />

2 Able Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />

3<br />

4 ACS<br />

Ace Schmersal<br />

5 Actaris<br />

Sensor de Proximidade Capacitivo<br />

Sensor de Proximidade Indutivo<br />

Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />

Isolador Óptico<br />

Unidade Terminal Remota<br />

Sistema de Controle de Demanda de Energia Elétrica<br />

Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />

Sistema de Medição de Energia Centralizado<br />

Sistema de Medição de Energia/Água/Gás<br />

Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />

Software p/gerenciamento de Energia Elétrica<br />

Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />

Sistema de Medição de Energia/Água/Gás<br />

Sistema de Medição p/Consumidor Livre<br />

Sistema de Telemedição de Consumo de Energia<br />

Software p/Supervisão Sistema Refrigeração e Climatização<br />

6 Advantech Computador Industrial SP<br />

7 Agilent Integrador Sistema-Teste e Medição p/Autom. Industrial Segura SP<br />

8 Altus<br />

9<br />

Areva<br />

Controlador lógico/programável (CLP)<br />

Controladores e Conversores, Inversores de Frequência <strong>para</strong><br />

Motores<br />

Contador<br />

Conversor serial p/tcp/ip ethernet<br />

Interface de comunicação p/ CLP via TCP/IP<br />

Interface homem/máquina<br />

Isolador eletrônico de sinal<br />

Modulo didático p/clp<br />

Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados<br />

Unidade terminal remota<br />

Terminal de aquisição de dados<br />

Repetidores, geradores e equipamentos de rede<br />

Softwares <strong>para</strong> automação<br />

Integrador Sistema-Energia<br />

Integrador Sistema-Industrial<br />

Integrador Sistema-Infraestrutura<br />

Unidade Terminal Remota<br />

369<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

RS<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

10 Arteche EDC<br />

Digitalização de Subestação de Energia<br />

Integrador Sistema-energia<br />

Unidade Terminal Remota<br />

Sistema de Controle p/Subestações Transm/Distr Energia<br />

Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />

Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)<br />

Sistema Integrado p/Proteção/Controle Sistemas Energia<br />

11 Asten Atuador Eletromecânico SP<br />

12 ATI<br />

13 AZ<br />

14 Balluff<br />

15<br />

BCM<br />

Interface p/Comunicação de Dados<br />

Unidade Terminal Remota<br />

Sistema de Supervisão e Comando de Chave Seccionadora<br />

Sistema Telesupervisão p/Sistema Distribuição Energia<br />

Software P/Gerencia de Equipamentos de Telesupervisão<br />

Controlador de Atuador Sem Fio a Longa Distância<br />

Controlador de Bomba Sem Fio a Longa Distância<br />

Controlador de Equipamento Sem Fio a Longa Distância<br />

Equipamento de Supervisão e Controle<br />

Equipamento de Telemetria<br />

Transmissor/Receptor de RF p/Sistemas de <strong>Automação</strong><br />

Chave Múltipla Rotativa<br />

Encoder Incremental/Absoluto<br />

Programador de Posição<br />

Sensor de Proximidade Capacitivo<br />

Sensor de Proximidade Indutivo<br />

Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />

Sensor de Proximidade Magnético<br />

Sensor de Proximidade ultra-sônico<br />

Supervisor de Rotação e Fonte de Alimentação<br />

Transdutor Linear ultra-sônico<br />

<strong>Automação</strong> de Usina Elétrica<br />

Controlador Lógico/Programável (CLP)<br />

Unidade Terminal Remota<br />

Sistema de Controle p/Subestações Transm/Distr Energia<br />

16 CAS Sistema p/Medição Remota/<strong>Automação</strong> Distribuição Energia SP<br />

17 Coel<br />

18<br />

Coester<br />

Sensor de Proximidade Indutivo<br />

Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />

Atuador Elétrico<br />

Conversor de Protocolo p/Rede Industrial (Gateway)<br />

Equipamentos e acessórios p/ redes industriais<br />

Integrador Sistema-Industrial<br />

Redutor p/atuador elétrico<br />

19 Conexel Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />

20<br />

Consistec<br />

Termopar<br />

Termoresistência<br />

Transmissor Eletrônico Diversos<br />

21 Controle Eng Painel de <strong>Automação</strong> com CLP MG<br />

22<br />

Digicon<br />

Controle Estatístico da Produção<br />

Indicador/Contador Digital p/ Máquina Operatriz<br />

Sistema de Medição e Controle de Espessura p/Filmes<br />

Sistema p/Supervisão de Máquinas Injetoras<br />

Transdutor Linear p/Autom. de Máquina Operatriz<br />

23 Dimelthoz Controlador Lógico/Programável (CLP) RS<br />

24 Eletroppar Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico) SP<br />

25 Elepot Software p/Setor Elétrico RJ<br />

26 Eletromatic Medidor de Nível p/ Poço Artesiano SP<br />

27 Eliseu Kopp Sistema de Gerenciamento de Apartes RS<br />

370<br />

PR<br />

SP<br />

RS<br />

SP<br />

RS<br />

SP<br />

RS<br />

SP<br />

RS


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

28 Elo<br />

Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />

Sistema de Medição de Energia Centralizado<br />

Sistema Medição de Fronteira p/Energia Elétrica<br />

29 Elster Sistema de Medição de Energia Centralizado RS<br />

30 Engro<br />

31 Ecil<br />

32 Equipe-Equips<br />

33 Esystech<br />

34 Exacta<br />

35<br />

Festo<br />

Registrador de Processo Gráfico Retangular<br />

Transdutor de Temperatura<br />

Termoelemento<br />

Termopar<br />

Termopar com Isolação Mineral<br />

Termoresistência<br />

Computador industrial<br />

Conversor de protocolo e1-r2<br />

Conversor de Sinais Eletro-Ótico<br />

Fonte de alimentação p/equipamentos de automação<br />

Gateways p/protocolos do setor elétrico<br />

Gerador de Base de Tempo <strong>para</strong> sincronismo de equipamentos via<br />

GPS<br />

Oscilógrafo digital-registrador digital de perturbação<br />

Plataforma de correio eletrônico-voz/fax/dados<br />

Sistema de áudio conferencia<br />

Sistema de controle p/subestações transm/distr energia<br />

Sistema de gerenciamento de energia elétrica<br />

Sistema de medição de energia centralizado<br />

Sistema de qualidade na distribuição de energia<br />

Sistema digital p/gravação de mensagens<br />

Sistema medição de fronteira p/energia elétrica<br />

Sistema web de telemetria<br />

Terminal linux p/call center<br />

Unidade de resposta audível (ura)<br />

Unidade terminal remota<br />

Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />

Termopar<br />

Termopar com Isolação Mineral<br />

Termoresistência<br />

Software de Missão Crítica<br />

Software de Missão Crítica de Tempo Real Tecnologia ARM<br />

Cabos de extensão e compensação<br />

Controladores de Temperatura<br />

Poços termométricos<br />

Termopares<br />

Termoresistências PT-100<br />

Transmissores de temperatura e pressão<br />

Tubos cerâmicos<br />

Modulo de Controle-Eixo Eletromecânico<br />

Sensor de Proximidade de Efeito Hall<br />

Sensor de Proximidade Indutivo<br />

Sensor de Proximidade Magnético<br />

Sensor Óptico<br />

Sensor Pneumático<br />

Terminal de Válvula Eletro Pneumático<br />

36 Frata Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico) SP<br />

37 Full Gauge<br />

38 GE<br />

Pressostato Industrial<br />

Termostato Industrial<br />

Software p/Supervisão Sistema Refrigeração e Climatização<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />

Integrador Sistema-Energia<br />

Integrador Sistema-Industrial<br />

Integrador Sistema-Industrial-Siderurgia/Metalurgia<br />

371<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

PR<br />

SP<br />

SP<br />

RS<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

39 GTA<br />

Controlador Lógico/Programável (CLP)<br />

Controlador/Indicador Eletrônico p/Processo<br />

Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />

Sistema de Supervisão de Grandezas Não Elétricas Via PC<br />

Transmissor Digital de RPM<br />

40 Hasco Sensor de Proximidade Magnético SP<br />

41<br />

Helmut Mauell<br />

42 Heraeus<br />

43 HI Tecnologia<br />

44<br />

Hobeco<br />

Controladores Programáveis (UACs)<br />

Relés<br />

Sistemas de Anunciadores e Registradores de Alarmes e Eventos<br />

Sistemas Visuais <strong>para</strong> Salas de Controle<br />

Coletor de Amostra em Metais Líquido<br />

Sensor de Oxigênio em Metais Líquidos Aço-Cobre<br />

Sensor p/ Sistema Sublanca<br />

Termopar Descartável<br />

Bridge de comunicação Modbus/TCP-Modbus/RTU<br />

Condicionar de sinais<br />

Controlador Lógico Programável (CLP)<br />

Controlador <strong>para</strong> unidade de Plunger Lift<br />

Controlador <strong>para</strong> unidade elevação de óleo BCP/BCS<br />

Controlador <strong>para</strong> unidade Gás Lift<br />

Controlador Unidade Bombeio Mecânico<br />

Conversor serial RS232/RS485<br />

Conversor serial/Ethernet<br />

Fonte de Alimentação<br />

Interface Homem Máquina<br />

Kit <strong>para</strong> treinamento em CLP<br />

Rede de Telemetria<br />

Registrador Sequencial de Evento<br />

Unidade Terminal Remota<br />

Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />

45 Ingeteam Integrador Sistema-Industrial-Siderurgia/Metalurgia SP<br />

46 Inova Termostato Industrial RS<br />

47 Instrutech<br />

Sensor de Proximidade Capacitivo<br />

Sensor de Proximidade Indutivo<br />

Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />

Sensor de Proximidade Magnético<br />

372<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

RJ<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

48 Invensys<br />

Controladores Eletrônicos Diversos<br />

Conversor de Sinal Eletrônico<br />

Conversor de Sinal Pneumático<br />

Extrator de Raiz Quadrado Pneumático<br />

Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong><br />

Integrador de Sinal Eletrônico<br />

Integrador de Sinal Pneumático<br />

Isolador Eletrônico de Sinal<br />

Pressostato p/Equip de Refrigeração e Ar-Condicionado<br />

Registrador de Processo Gráfico Retangular<br />

Registrador Pneumático<br />

Relé de Calculo Eletrônico Multiplicador/Divisor<br />

Relé de Calculo Eletrônico Somador/Subtrator<br />

Relé de Calculo/Limitação Pneumática<br />

Seletor de Sinal Eletrônico/Chave Seletora<br />

Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />

Transmissor Eletrônico de Pressão<br />

Transmissor Eletrônico de Pressão Diferencial<br />

Transmissor Pneumático de Nível<br />

Transmissor Pneumático de Pressão<br />

Transmissor Pneumático de Pressão Diferencial<br />

Transmissor Pneumático de Temperatura<br />

Transmissor de Vazão Eletrônico<br />

Transmissor de Vazão Pneumático<br />

Transmissor Eletrônico de Nível<br />

Transmissor Pneumático de Pressão/Corrente<br />

Transdutor Eletrônico de Corrente/Pressão<br />

Termostato Industrial<br />

Termoelemento<br />

Termopar<br />

Termoresistência<br />

49 IMS Software p/Gerenciamento de Energia Elétrica RS<br />

50 I-Vision<br />

51 Jonhis<br />

Câmeras industriais inteligentes<br />

Sistemas de imagem e processamento de imagens, customizados<br />

Sistemas de rastreabilidade por imagem<br />

Sistemas de visão computacional p/indústria<br />

Sistemas embarcados de alto desempenho<br />

Sistemas <strong>para</strong> visualização em processos Metalúrgicos/Siderúrgicos<br />

Controladores Eletrônicos Diversos<br />

Controlador/Indicador Eletrônico p/Processo<br />

Registrador de Processo Gráfico Circular<br />

Registrador de Temperatura/Pressão Através de Software<br />

Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />

Transmissor Eletrônico de Pressão<br />

Termopar<br />

Termopar com Isolação Mineral<br />

Termoresistência<br />

52 Kap Sensor de Proximidade Magnético SP<br />

53 Koblitz<br />

54 Landis+Gyr<br />

Integrador Sistema-Energia<br />

Integrador Sistema-Industrial<br />

Controlador de Energia-Corte e Religamento Automático<br />

Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />

Sistema de Medição de Energia Centralizado<br />

Sistema de Medição de Energia/Água/Gás<br />

Sistema de Telemedição de Consumo de Energia<br />

55 Lince Medidor de Nível com Tecnologia RF Admitância RJ<br />

56 Magnetrol<br />

57 Mar Girius<br />

Chave de Fluxo<br />

Chave de Nível Eletromecânica<br />

Chave de Nível <strong>Eletrônica</strong><br />

Chave de Nível Eletromecânica<br />

Pressostato Industrial<br />

373<br />

SP<br />

MG<br />

SP<br />

SP<br />

PR<br />

SP<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

58 MCM Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> MG<br />

59<br />

MDI<br />

60 Metaltex<br />

Controlador Lógico/Programável (CLP)<br />

Potenciômetro Digital<br />

Caixas plásticas <strong>para</strong> botões de comando<br />

Interfaces a relé eletromecânico<br />

Interfaces a relé estado sólido<br />

Relés<br />

Sensores magnéticos reed<br />

Temporizadores<br />

61 Metso Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial SP<br />

62 Mettler<br />

63 MS<br />

64 MSA<br />

65 Nansen<br />

Sonda p/Medição de Condutividade<br />

Sonda p/Medição de Oxigênio Dissolvido<br />

Sonda p/Medição de PH<br />

Sonda p/Medição de Redox<br />

Chave de Nível Nuclear<br />

Medidor de Nível de Ultra-som<br />

Medidor de Umidade/Espessura/Gramatura-Processo NIR<br />

Medidor de Vazão por Ultra-som<br />

Analisador/Detector/Controlador de Gases em Geral<br />

Analisador/Detector/Controlador de Oxigênio<br />

Unidade Terminal Remota<br />

Sistema de Medição de Energia Centralizado<br />

Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />

Sistema de Telemedição de Consumo de Energia<br />

Software p/Analise/Comunicação/Leitura Medidor Energia<br />

66 NBN Sistema Automático p/Execução dos Processos de Couro RS<br />

67 NCR Integrador Sistema-Industrial SP<br />

68 Novus<br />

Controlador Digital Single-Loop<br />

Controladores Eletrônicos Diversos<br />

Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />

Termostato Industrial<br />

Software Supervisão p/Processo Industrial Pequeno Porte<br />

Termoelemento<br />

Termopar<br />

Termoresistência<br />

Transmissor de Temperatura e Umidade Relativa<br />

69 Omron Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial SP<br />

70 Orbe Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />

71 Orteng<br />

72 Ottime<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />

Integrador Sistema-Energia<br />

Unidade Terminal Remota<br />

Sistema de <strong>Automação</strong> de Rede de Distribuição Energia<br />

Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />

Sistema Digital de <strong>Automação</strong> Industrial<br />

Acionamento de Motor de Passo<br />

Controlador Programável<br />

Linha de Montagem Automática<br />

Linha de Montagem Manual<br />

Manipulador p/Carga/Descarga/Movimentação Componentes<br />

Movimentador Linear Modular<br />

73 Pextron Detector Fotoelétrico SP<br />

74 PHB Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />

75 Phoenix Controlador Lógico/Programável (CLP) SP<br />

76<br />

Pilz Integrador Sistema-Soluções p/<strong>Automação</strong> Indl Segura SP<br />

77 Rockwell<br />

Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />

Chave elétrica seccionadora<br />

Chopper p/sistema de tração<br />

374<br />

RS<br />

SP<br />

SP<br />

RJ<br />

SP<br />

MG<br />

RS<br />

MG<br />

SP<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

78<br />

Roque&Correia<br />

Controlador lógico/programável (clp)<br />

Conversor estático p/acion motor ca/inversor frequência<br />

Conversor estático p/acionamento motor cc<br />

Integrador sistema-automação industrial<br />

Integrador sistema-industrial<br />

Modulo eletrônico p/partida/<strong>para</strong>da suave motor elétrico<br />

Motor elétrico de corrente alternada<br />

Motor elétrico de corrente contínua<br />

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão<br />

Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento indl<br />

Sistema de controle distribuído<br />

Sistema de potência distribuída<br />

Sistema supervisório industrial<br />

Integrador Sistema-Saneamento<br />

Sistema Integrado Telecomando/Telemetria p/Saneamento<br />

Software p/Teste/Comunicação/Controle/<strong>Automação</strong><br />

79 Saturnia Integrador Sistema-Energia SP<br />

80<br />

Schneider<br />

Controlador Programável<br />

Controlador Programável com IHM alfanumérica integrada<br />

Interface Homem Máquina alfanumérica<br />

Interface Homem Máquina gráfica<br />

Remota de E/S distribuída<br />

Software de Programação<br />

81 SEG Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados SP<br />

82 S&E<br />

83 Sense<br />

Amperímetros digitais <strong>para</strong> painel<br />

Chave seletora de termopar<br />

Contadores digitais<br />

Cronômetros digitais <strong>para</strong> painel<br />

Encoders incrementais<br />

Frequencímetros digitais <strong>para</strong> painel<br />

Horímetros digitais <strong>para</strong> painel<br />

Indicadores de sinais de processo<br />

Ohmímetros <strong>para</strong> painel<br />

Ohmímetros portáteis/<br />

Pirômetros (indicadores/ controladores de temperatura) digitais p/<br />

painel<br />

Tacômetros digitais <strong>para</strong> painel<br />

Termômetros portáteis<br />

Voltímetros digitais <strong>para</strong> painel<br />

Barreiras de Segurança Intrínseca<br />

Conector <strong>para</strong> Sensor de Proximidade<br />

Conversores/Condicionadores/Amplificadores de Sinais<br />

Cortinas de Luz/Barreiras Fotoelétricas<br />

Derivadores <strong>para</strong> Redes Industriais<br />

Distribuidor de Sinais Discretos e <strong>para</strong> Redes Industriais<br />

Fontes de Alimentação<br />

Interface <strong>para</strong> Redes Industriais (I/O)<br />

Isoladores Galvânicos de Sinais<br />

Isoladores Ópticos de Sinais<br />

Monitor/Sinalizador de Válvulas<br />

Sensor de Proximidade à Prova de Explosão (Exd)<br />

Sensor de Proximidade Capacitivo<br />

Sensor de Proximidade Efeito Hall<br />

Sensor de Proximidade Fotoelétrico (Infravermelho e Laser)<br />

Sensor de Proximidade Indutivo<br />

Sensor de Proximidade Magnético<br />

Sensor de Proximidade <strong>para</strong> Segurança Aumentada (Exe)<br />

Sensor de Proximidade <strong>para</strong> Segurança Intrínseca (Exi)<br />

Sensor de Proximidade Ultrasônico<br />

Supervisor de Rotação<br />

Válvula Solenóide<br />

84 SGF Sistema p/Controle e Contagem de Vasilhames<br />

375<br />

PR<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

85 Siemens<br />

Analisador/Detector/Controlador de Gases em Geral<br />

Anunciador Eletrônico de Alarme<br />

Barreira de Segurança Intrínseca<br />

Computador Industrial<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />

Integrador Sistema-Industrial<br />

Sistema de Controle Distribuído<br />

86 Syncro Acionamento de Motor de Passo SP<br />

87 Splice Sistema p/Rastreamento Bovino<br />

88 Tecnotron<br />

Conector p/Sensor de Proximidade<br />

Fonte p/Sensor de Proximidade<br />

Sensor de Proximidade Capacitivo<br />

Sensor de Proximidade Indutivo<br />

Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />

Sensor de Proximidade Magnético<br />

Sinalizador p/ Válvula Solenóide<br />

89 Tectrol Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />

90 Telvent<br />

Unidade Terminal Remota<br />

Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />

Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)<br />

91 Toshiba Transdutor de Temperatura MG<br />

92 Trafo Controlador de Energia-Corte e Religamento Automático RS<br />

93 Tron<br />

94 Unidigital<br />

Controlador de Energia-Corte e Religamento Automático<br />

Sensor de Nível<br />

Sensor de Proximidade Capacitivo<br />

Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />

Interfaces Diversas p/CLP e Outros Equipamentos<br />

Software de Supervisão e Controle<br />

Sistema de Inspeção Visual p/ Indústria<br />

95 Ward Transdutor de Temperatura MG<br />

96 Vorax Integrador Sistema-Industrial SP<br />

97 WEG Sistema de <strong>Automação</strong> e Controle SC<br />

98 XPS Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />

99 Yaskawa<br />

100 Yokogawa<br />

Integrador Sistema-Industrial<br />

Integrador Sistema-Robotizado<br />

Sistema de Condicionamento de Amostras p/Gases/Líquidos<br />

Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)<br />

376<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

PE<br />

RS<br />

SP<br />

SP


ANEXO V - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado<br />

Nacional de <strong>Automação</strong> Industrial<br />

Quadro 36: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />

Industrial.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Item Especificação do Produto<br />

1 Acessorios P/Sensores Descartaveis P/Metalurgia/Siderurgia<br />

2 Acionamento de Motor de Passo<br />

3 Acionamentos de Corrente Alternada<br />

4 Acionamentos de Corrente Contínua<br />

5 Acionamentos de Servomotores<br />

6 Alarme de Fluxo<br />

7 Alarme de Nível<br />

8 Analisador de Concentração<br />

9 Analisador de Oxi-Redução<br />

10 Analisador/Controlador/Transmissor de Cloro<br />

11 Analisador/Detector/Controlador de Gases Em Geral<br />

12 Analisador/Detector/Controlador de Oxigênio<br />

13 Analisador/Medidor/Transmissor Indl de Redox<br />

14 Analisador/Medidor/Transmissor Indl. de Condutividade<br />

15 Analisador/Medidor/Transmissor Industrial de Ph<br />

16 Anunciador Eletrônico de Alarme<br />

17 Atuador Elétrico<br />

18 Atuador Eletromcânico<br />

19 Atuador Pneumático<br />

20 <strong>Automação</strong> de Sistemas de Geração de Energia<br />

21 <strong>Automação</strong> de Usina Elétrica<br />

22 <strong>Automação</strong> de Usinas de Açúcar e Álcool<br />

23 Barreira de Segurança Intrinseca<br />

24 Bornes<br />

25 Botoeiras<br />

26 Bridge de Comunicação-Modbus/Tcp-Modbus/Rtu<br />

27 Célula Industrial P/Climpagem Modulos/Componentes Mecan<br />

28 Capacitores de Correção de Fator de Potência<br />

29 Célula Industrial P/Montagem/Teste Componentes Automot<br />

30 Célula Industrial P/Parafusamento Com Torque Controlado<br />

31 Célula Industrial P/Prensagem Componentes Mcânicos<br />

32 Célula Industrial P/Rebitagem Com Controle Forca/Avanco<br />

377


Item Especificação do Produto<br />

33 Central Telesupervisão/Telecomando/Telemetria P/Saneam<br />

34 Centros de Controle de Motores (CCM) Convencionais<br />

35 Centros de Controle de Motores (CCM) Inteligentes<br />

36 Chave de Fluxo<br />

37 Chave de Nível Eletromecanica<br />

38 Chave de Nível <strong>Eletrônica</strong><br />

39 Chave de Nível Nuclear<br />

40 Chave de Nível Pneumatica<br />

41 Chave de Vazao<br />

42 Chave Multipla Rotativa<br />

43 Chaves de Partida Compensadora<br />

44 Chaves de Partida Direta<br />

45 Chaves de Partida Estrela-Triângulo<br />

46 Chaves de Partida Soft-Starters<br />

47 Chaves Seccionadoras<br />

48 Chaves Soft-Starters<br />

49 Coletor de Amostra em Metais Líquidos<br />

50 Coluna Manométrica<br />

51 Comando Numerico Computadorizado (CNC)<br />

52 Computador de Vazão<br />

53 Computador Industrial<br />

54 Condicionador de Sinais<br />

55 Conector P/Sensor de Proximidade<br />

56 Contatores Auxiliares<br />

57 Contatores de Comando<br />

58 Contatores de Força<br />

59 Controlador Contínuo de Peso<br />

60 Controlador de Atuador Sem Fio a Longa Distancia<br />

61 Controlador de Bomba Sem Fio a Longa Distancia<br />

62 Controlador de Dispositivos P/Controle Consumo Energia<br />

63 Controlador de Energia-Corte e Religamento Automatico<br />

64 Controlador de Equipamento Sem Fio a Longa Distancia<br />

65 Controlador Digital Multi-Loop<br />

66 Controlador Digital Single-Loop<br />

67 Controlador Eletrônico Diversos<br />

68 Controlador Lógico/Programável (CLP)<br />

69 Controlador P/Elevação de Óleo Multi Métodos<br />

70 Controlador Programável<br />

378


Item Especificação do Produto<br />

71 Controlador/Indicador Eletrônico P/Processo<br />

72 Controle Automatizado P/Secadores e Aeração de Graos<br />

73 Controle Estatistico da Produção<br />

74 Controle Temperatura/Monitor Umidade P/Graos Em Fluxo<br />

75 Conversor de Protocolo P/Rede Industrial (Gateway)<br />

76 Conversor de Sinal Eletrônico<br />

77 Conversor de Sinal Pneumático<br />

78 Conversor Eletropneumático<br />

79 Conversores de Corrente Contínua<br />

80 Conversores de Frequência<br />

81 Conversores de Frequência Com PLC<br />

82 Detector Fotoelétrico<br />

83 Digitalização de Subestação de Energia<br />

84 Distribuidor Eletrônico de Sinal<br />

85 Disjuntores Em Caixa Moldada<br />

86 Disjuntores Termomagnéticos<br />

87 Disjuntores-Motor<br />

88 Elementos Primarios de Vazão<br />

89 Encoder Incremental/Absoluto<br />

90 Equipamento de Supervisão e Controle<br />

91 Equipamento de Telemetria<br />

92 Equipamento P/Telealarme em Subestações<br />

93 Estação Controladora de Reservatorio P/Saneamento<br />

94 Estação de Razao <strong>Eletrônica</strong><br />

95 Extrator de Raiz Quadrada Eletrônico<br />

96 Extrator de Raiz Quadrada Pneumático<br />

97 Filtro Regulador<br />

98 Fluxostato<br />

99 Fonte de Alimentação P/Equipamentos de <strong>Automação</strong><br />

100 Fonte P/Sensor de Proximidade<br />

101 Fusíveis Tipo D<br />

102 Fusíveis Tipo Nh<br />

103 Gateway P/Protocolo do Setor Elétrico<br />

104 Gerador de Impulso Rotativo<br />

105 Geradores<br />

106 Indicador/Contador Digital P/Máquina Operatriz<br />

107 Integrador de Sinal Eletrônico<br />

108 Integrador de Sinal Pneumático<br />

379


Item Especificação do Produto<br />

109 Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />

110 Integrador Sistema-Energia<br />

111 Integrador Sistema-Industrial<br />

112 Integrador Sistema-Industrial-Siderurgia/Metalurgia<br />

113 Integrador Sistema-Infraestrutura<br />

114 Integrador Sistema-Robotizado<br />

115 Integrador Sistema-Saneamento<br />

116 Integrador Sistema-Soluções P/<strong>Automação</strong> Industrial Segura<br />

117 Integrador Sistema-Teste e Medição P/<strong>Automação</strong> Industrial<br />

118 Interface de Comunicação P/Clp Via Tcp/Ip<br />

119 Interface de Comunicação P/Protocolo Fieldbus<br />

120 Interface Homem/Máquina<br />

121 Interface P/Comunicação de Dados<br />

122 Interfaces Diversas P/Clp e Outros Equipamentos<br />

123 Inversores de Frequência<br />

124 Inversores de Frequência Com PLC<br />

125 Isolador Eletrônico de Sinal<br />

126 Isolador Óptico<br />

127 Linha de Montagem Automatica<br />

128 Linha de Montagem Manual<br />

129 Manipulador P/Carga/Descarga/Movimentação Componentes<br />

130 Manômetro<br />

131 Medidor de Nível Capacitivo<br />

132 Medidor de Nível Com Tecnologia Rf Admitância<br />

133 Medidor de Nível Condutivo<br />

134 Medidor de Nível Diversos<br />

135 Medidor de Nível Eletromcânico<br />

136 Medidor de Nível Hidrostático<br />

137 Medidor de Nível Nuclear<br />

138 Medidor de Nível P/Poco Artesiano<br />

139 Medidor de Nível Por Ultra-Som<br />

140 Medidor de Nível/Densidade/Vazão-Eletrônico Nuclear<br />

141 Medidor de Umidade/Espessura/Gramatura-Processo Nir<br />

142 Medidor de Vácuo Diversos<br />

143 Medidor de Vácuo Tipo Penning<br />

144 Medidor de Vácuo Tipo Pirani<br />

145 Medidor de Vazão Diversos<br />

146 Medidor de Vazão Magnético<br />

380


Item Especificação do Produto<br />

147 Medidor de Vazão Massica<br />

148 Medidor de Vazão por Ultra-Som<br />

149 Medidor de Vazão Sólido<br />

150 Medidor de Vazão Tipo Turbina<br />

151 Modulo de Controle-Eixo Eletromcânico<br />

152 Monitor de Sinal de Processo<br />

153 Motores de Corrente Alternada<br />

154 Motores de Corrente Continua<br />

155 Movimentador Linear Modular<br />

156 Oscilografo Digital-Registrador Digital de Perturbação<br />

157 Painéis de Comando e Controle em Baixa e Média Tensão<br />

158 Painel de <strong>Automação</strong> Com CLP<br />

159 Pirometro de Radiação<br />

160 Pirometro Digital<br />

161 Pirometro Diversos<br />

162 Pirometro Óptico<br />

163 Pirometro Registrador<br />

164 Placa <strong>Eletrônica</strong> P/Composição Servocontroles Eletrohidr<br />

165 Potenciometro Digital<br />

166 Pressostato Industrial<br />

167 Pressostato P/Equip de Refrigeração e Ar-Condicionado<br />

168 Programador de Posição<br />

169 Programador Sequenciador<br />

170 Purgador P/Vapor e Ar Comprimido<br />

171 Quadros de Distribuição Elétrica<br />

172 Rede de Telemetria<br />

173 Rede Industrial P/CLP<br />

174 Registrador de Processo Grafico Circular<br />

175 Registrador de Processo Grafico Retangular<br />

176 Registrador de Temperatura/Pressão Atraves de Software<br />

177 Registrador Pneumático<br />

178 Registrador Sequencial de Evento<br />

179 Réguas de Bornes<br />

180 Relé de Calculo Eletrônico Multiplicador/Divisor<br />

181 Relé de Calculo Eletrônico Somador/Subtrator<br />

182 Relé de Calculo/Limitação Pneumático<br />

183 Relés de Nível<br />

184 Relés de Sobrecarga<br />

381


Item Especificação do Produto<br />

185 Relés Inteligentes<br />

186 Relés Programáveis<br />

187 Relés Temporizadores<br />

188 Seletor de Sinal Eletrônico/Chave Seletora<br />

189 Sensor de Analise Carbono/Carbono Equiv. em Ferros Fundidos<br />

190 Sensor de Carbono Em Aco<br />

191 Sensor de Nível<br />

192 Sensor de Oxigênio Em Metais Líquidos Aco-Cobre<br />

193 Sensor de Proximidade A Prova de Explosão<br />

194 Sensor de Proximidade Capacitivo<br />

195 Sensor de Proximidade de Efeito Hall<br />

196 Sensor de Proximidade Indutivo<br />

197 Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />

198 Sensor de Proximidade Magnético<br />

199 Sensor de Proximidade Ultra-Sonico<br />

200 Sensor de Temperatura em Metais Líquidos<br />

201 Sensor Óptico<br />

202 Sensor P/Sistema Sublanca<br />

203 Sensor Pneumático<br />

204 Sequenciador Programável<br />

205 Servoconversores<br />

206 Servomotores<br />

207 Sinalizadores<br />

208 Sinalizador P/Valvula Solenoide<br />

209 Sincro P/Comando e Indicação de Posição Angular<br />

210 Sistema A Laser P/Posicionamento<br />

211 Sistema Automatico de Dosagem-Ver Tambem Balanca Indl<br />

212 Sistema Automatico P/Execucao dos Processos de Couro<br />

213 Sistema de Aferição de Vazão em Linha Com Bocais Sonico<br />

214 Sistema de <strong>Automação</strong> de Rede de Distribuição de Energia<br />

215 Sistema de <strong>Automação</strong> e Controle<br />

216 Sistema de Condicionamento de Amostras P/Gases/Líquidos<br />

217 Sistema de Controle de Demanda de Energia Elétrica<br />

218 Sistema de Controle Distribuido<br />

219 Sistema de Controle P/Subestações Transm/Distr Energia<br />

220 Sistema de Controle Remoto<br />

221 Sistema de Gerenciamento de Apartes<br />

222 Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />

382


Item Especificação do Produto<br />

223 Sistema de Gerenciamento de Producao<br />

224 Sistema de Gerenciamento Em Redes Elétricas<br />

225 Sistema de Imagem e Visão<br />

226 Sistema de Inspeção Visual P/Indústria<br />

227 Sistema de Localização de Falhas Em Redes Distribuição<br />

228 Sistema de Medição de Energia Centralizado<br />

229 Sistema de Medição de Energia/Agua/Gas<br />

230 Sistema de Medição e Controle de Espessura P/Filmes<br />

231 Sistema de Medição P/Consumidor Livre<br />

232 Sistema de Potencia Distribuida<br />

233 Sistema de Qualidade na Distribuição de Energia<br />

234 Sistema de Supervisão de Grandezas Nao Elétricas Via Pc<br />

235 Sistema de Supervisão e Comando de Chave Seccionadora<br />

236 Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />

237 Sistema de Telemedição de Consumo de Energia<br />

238 Sistema de Telessupervisão de Eventos Via Rádio<br />

239 Sistema de Termometria P/Silo/Armazem-Central/Portatil<br />

240 Sistema de Transmissão de Programas P/Cnc e Clp<br />

241 Sistema Digital de <strong>Automação</strong> Industrial<br />

242 Sistema Digital de Controle Distribuido (Sdcd)<br />

243 Sistema Integrado P/Protecao/Controle Sistemas Energia<br />

244 Sistema Integrado Telecomando/Telemetria P/Saneamento<br />

245 Sistema Medição de Fronteira P/Energia Elétrica<br />

246 Sistema P/Controle e Contagem de Vasilhames<br />

247 Sistema P/Controle/Tarifa/Demanda/<strong>Automação</strong><br />

248 Sistema P/Medição Remota/<strong>Automação</strong> Distribuição Energia<br />

249 Sistema P/Rastreamento Bovino<br />

250 Sistema P/Supervisão de Máquinas Injetoras<br />

251 Sistema Supervisorio Industrial<br />

252 Sistema Telesupervisão P/Sistema Distribuição Energia<br />

253 Sistema Web de Telemetria<br />

254 Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Máquinas<br />

255 Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Processos<br />

256 Sistemas de Controle <strong>para</strong> Subestações de Energia<br />

257 Sistemas de Posicionamento<br />

258 Sistemas de Supervisão e Controle de Processos Industriais<br />

259 Sistemas Elétricos e Eletrônicos Industriais<br />

260 Sistemas Supervisórios<br />

383


Item Especificação do Produto<br />

261 Soft-Starters<br />

262 Software de Missão Crítica<br />

263 Software de Missão Crítica de Tempo Real Tecnologia Arm<br />

264 Software de Supervisão e Controle<br />

265 Software P/Analise/Comunicação/Leitura Medidor Energia<br />

266 Software P/<strong>Automação</strong> do Processo de Calibração<br />

267 Software P/Gerencia de Equipamentos de Telesupervisão<br />

268 Software P/Gerenciamento de Energia Elétrica<br />

269 Software P/Leitura e Configuração de Medidores<br />

270 Software P/Monitoração e Registro de Variaveis Processo<br />

271 Software P/Setor Elétrico<br />

272 Software P/Sistema Fieldbus<br />

273 Software P/Supervisão Sistema Refrigeração/Climatização<br />

274 Software P/Telemedição/Teleleitura de Consumo Energia<br />

275 Software P/Teste/Comunicação/Controle/<strong>Automação</strong><br />

276 Software Supervisão P/Processo Industrial Pequeno Porte<br />

277 Sonda de Profundidade P/Medição Nível Em Reservatorio<br />

278 Sonda P/Medição de Condutividade<br />

279 Sonda P/Medição de Oxigênio Dissolvido<br />

280 Sonda P/Medição de Ph<br />

281 Sonda P/Medição de Redox<br />

282 Supervisor de Dados de Producao<br />

283 Supervisor de Rotação e Fonte de Alimentação<br />

284 Terminal de Supervisão<br />

285 Terminal de Valvula-Eletropneumático<br />

286 Terminal Industrial Dnc<br />

287 Termoelemento<br />

288 Termopar<br />

289 Termopar Com Isolação Mineral<br />

290 Termopar Descartavel<br />

291 Termoresistencia<br />

292 Termostato Industrial<br />

293 Totalizador de Vazão<br />

294 Totalizador Eletrônico de Sinal<br />

295 Transdutor de Pressão/Corrente<br />

296 Transdutor de Pressão/Vácuo<br />

297 Transdutor de Temperatura<br />

298 Transdutor Eletrônico de Corrente/Pressão<br />

384


Item Especificação do Produto<br />

299 Transdutor Linear Indutivo<br />

300 Transdutor Linear P/Automatização de Máquina Operatriz<br />

301 Transdutor Linear Ultra-Sônico<br />

302 Transdutor Pneumático de Pressão/Corrente<br />

303 Transformadores de Comando<br />

304 Transformadores de Força<br />

305 Transmissor de Temperatura e Umidade Relativa<br />

306 Transmissor de Vazão Eletromcânico<br />

307 Transmissor de Vazão Eletrônico<br />

308 Transmissor de Vazão Pneumático<br />

309 Transmissor Digital de RPM<br />

310 Transmissor Eletrônico de Nível<br />

311 Transmissor Eletrônico de Pressão<br />

312 Transmissor Eletrônico de Pressão Diferencial<br />

313 Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />

314 Transmissor Eletrônico Diversos<br />

315 Transmissor Magnético de Fluxo<br />

316 Transmissor Pneumático de Nível<br />

317 Transmissor Pneumático de Pressão<br />

318 Transmissor Pneumático de Pressão Diferencial<br />

319 Transmissor Pneumático de Temperatura<br />

320 Transmissor/Receptor de Rf P/Sistemas de <strong>Automação</strong><br />

321 Unidade Galvanicamente Isolada/Intrinsecamente Segura<br />

322 Unidade Terminal Remota<br />

323 Valvula de Controle<br />

324 Valvula Eletropneumatica<br />

325 Valvula Industrial<br />

326 Valvula Reguladora de Pressão/Regulador de Pressão<br />

327 Valvula Solenoide<br />

328 Valvula Termostatica<br />

329 Visor de Fluxo<br />

330 Visor de Nível<br />

385


ANEXO VI - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Predial-Residencial<br />

Quadro 37: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Predial-Residencial.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

1 Acces<br />

2 ACS<br />

3<br />

Amelco<br />

Integrador Sistema-CFTV<br />

Integrador Sistema-Controle de Acesso p/Área Restrita<br />

Integrador Sistema-Detecção/Combate de Incêndio<br />

Cartão modular de entrada/saída<br />

Controlador de fator de potencia/banco de capacitores<br />

Controlador/registrador de demanda<br />

Interface serial de comunicacao<br />

Isolador óptico<br />

Micromodem p/linha privada<br />

Registrador microprocessado p/supervisao de energia<br />

Sistema de controle de demanda de energia elétrica<br />

Sistema de gerenciamento de energia elétrica<br />

Sistema de medicao de energia centralizado<br />

Sistema de medicao de energia/agua/gas<br />

Sistema de supervisao/controle/aquisicao de dados<br />

Software p/gerenciamento de energia elétrica<br />

Transdutor de tensao<br />

Transdutor digital de grandezas elétricas<br />

Unidade de processamento digital de variaveis elétricas<br />

Unidade terminal remota<br />

Automatização de Porta e Portão<br />

Central de Portaria<br />

Fechadura Elétrica<br />

Porteiro Eletrônico<br />

Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas<br />

Vídeo Porteiro<br />

4 Alcatel Circuito Fechado de Televisão-CFTV SP<br />

5 Altus<br />

6 Areva<br />

Controlador lógico programável CLP<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Predial e Segurança<br />

Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas<br />

Sistema Integrado de <strong>Automação</strong> Predial e Segurança<br />

Sistema Integrado de Supervisão e Controle p/ Segurança<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Predial e Segurança<br />

7 ATI Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas MG<br />

8 AZ<br />

Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios<br />

Central Decodificadora de Telealarme<br />

Central Receptora de Rádio<br />

Codificador de Rádio Alarme<br />

Coletor Transmissor de Dados p/Sistema de Alarme<br />

Controlador de atuador sem fio a longa distância<br />

Controlador de bomba sem fio a longa distância<br />

Controlador de equipamento sem fio a longa distância<br />

Equipamento de Rádio Monitoramento de Alarme<br />

Equipamento de supervisão e controle<br />

Equipamento de telemetria<br />

Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança<br />

Sensor Magnético p/Sistema de Segurança<br />

Sensor Magnético RF p/Sistema de Alarme<br />

386<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

RS<br />

SP<br />

RS


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

9 Biometrus<br />

Chave de Segurança Biométrica<br />

Controle/Registro/Coleta de Dados p/Acesso/Ponto/Rota<br />

Integrador Sistema-Controle de Acesso p/Área Restrita<br />

Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas<br />

Software p/Controle de Acesso<br />

10 Bycon Gravador digital de vídeo p/CFTV (DVR) SP<br />

11 Compatec<br />

12 Comtex<br />

13 Controle<br />

14 Contronics<br />

15 Danval<br />

Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios<br />

Cerca Elétrica<br />

Discador Automático p/Sistema de Alarme<br />

Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança<br />

Sensor Magnético p/Sistema de Segurança<br />

Sensor Magnético por RFp/sistema de alarme<br />

Teclado p/Controle de Acesso<br />

Transmissor/Receptor de RF p/Sistema de Segurança<br />

Câmera móvel-domo (analógica, IP e Wireless)<br />

Circuito fechado de televisão-CFTV<br />

Console de operação p/ câmera móvel-domo<br />

Modulo de monitoramento integrado p/ câmera<br />

Sistema móvel de vídeo vigilância p/viaturas<br />

Unidade gerenciadora de comando e vídeo p/ câmera móvel<br />

Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />

Painel de automação com CLP<br />

Painel elétrico de proteção/comando/distribuição<br />

Painel/cabine/cubiculo p/sistema energia baixa tensão<br />

Painel/cabine/cubiculo p/sistema energia media tensão<br />

Claviculário eletrônico<br />

Controle/registro/coleta de dados-p/acesso/ponto/rota/.<br />

Sistema p/controle de rondas<br />

Campainha p/extensão de telefone<br />

Campainha p/ônibus<br />

Campainha-cigarra/musical/eletrônica<br />

Interruptor de cordel p/ônibus<br />

Monitor e vídeo p/ônibus<br />

Painel de destino p/ônibus<br />

Relé p/veículo<br />

16 Digistar Porteiro Eletrônico RS<br />

17 Eletromatic<br />

Automatização de Porta e Portão<br />

Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios<br />

Cerca Elétrica<br />

Controle Remoto p/ Porta Automática<br />

Discador Automático p/Sistema de Alarme<br />

Fechadura Elétrica<br />

Porteiro Eletrônico<br />

Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança<br />

Sensor Magnético p/Sistema de Segurança<br />

Sensor Magnético RF p/Sistema de Alarme<br />

Sirene p/ Alarme<br />

387<br />

MG<br />

RS<br />

RJ<br />

MG<br />

SC<br />

SP<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

18 Eletroppar<br />

19 Exatron<br />

20 Fort Knox<br />

21 Garen<br />

Automatização de Porta e Portão<br />

Cancela Automática p/ Veiculo<br />

Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios<br />

Cerca Elétrica<br />

Comunicador de Dados por GPRS/Ethernet-Segurança<br />

Controle Remoto p/ Porta Automática<br />

Discador Automático p/Sistema de Alarme<br />

Porteiro Eletrônico<br />

Receptor de Dados por GPRS/Ethernet-Segurança<br />

Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança<br />

Sistema de Monitoramento de Ambiente-Segurança<br />

Apontador laser/controle remoto por laser<br />

Chave magnética p/iluminação publica<br />

Dispositivo de proteção contra surtos<br />

Fotocélula (fotoresistor)<br />

Fotosoquete<br />

Interruptor automático por presença/sensor de presença<br />

Lanterna recarregável por a oel<br />

Minuteria (interruptor temporizado)<br />

Protetor contra surto/transiente em circuito alimentação<br />

Relé fotoelétrico p/iluminação publica<br />

Relé fotoelétrico p/instalação comercial ou industrial<br />

Relé fotoeletrônico<br />

Relé fotolux<br />

Relé fototimer p/instalação comercial ou industrial<br />

Sensor corporativo monitoramento + iluminação<br />

Sensores de presença <strong>para</strong> iluminação<br />

Sensor do nível de lux<br />

Sensor infravermelho p/monitoramento sistema segurança<br />

Sensor infravermelho p/sistema de segurança<br />

Shorting gap<br />

Soquete/tomada p/relé a oelétrico<br />

Variador de luminosidade-dimmer<br />

Integrador Sistema-CFTV<br />

Integrador Sistema-Contra Roubo/Intrusão<br />

Integrador Sistema-Controle de Acesso p/Área Restrita<br />

Automatização de Porta e Portão<br />

Autotransformador p/eletroeletrônicos domésticos<br />

Cancela Automática p/ Veiculo<br />

Cerca Elétrica<br />

Controle Remoto p/ Porta Automática<br />

Fonte de alimentação p/eliminação de pilhas/bateria<br />

Motor a,baixa tensão,ate 600v,monofásico<br />

Motor a,baixa tensão,ate 600v,trifásico<br />

Motor elétrico especial p/aplicações diversas<br />

Motor elétrico p/churrasqueira<br />

Motor elétrico p/maquina de lavar<br />

Motor elétrico p/portão eletrônico<br />

Motor elétrico p/ventilador<br />

Reator eletrônico p/ lâmpada fluorescente<br />

388<br />

SP<br />

RS<br />

SP<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

22 General Electric<br />

23 GLOBUS<br />

24 HDL<br />

Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />

Contator<br />

Disjuntor em caixa moldada industrial<br />

Disjuntor em caixa moldada residencial/comercial<br />

Gerador Elétrico-sincrono<br />

Hidrogerador p/grande central<br />

Hidrogerador p/media central<br />

Hidrogerador p/mini usina<br />

Hidrogerador p/pequena central<br />

Ignitor p/lâmpada de descarga a vapor<br />

Iluminação de Emergência<br />

Integrador sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Predial e Segurança<br />

Integrador sistema-energia<br />

Integrador sistema-industrial<br />

Integrador sistema-infra-estrutura<br />

Integrador sistema-telecomunicações<br />

Lâmpada de multivapores metálicos<br />

Lâmpada de vapor: mercúrio e sódio<br />

Lâmpada fluorescente compacta<br />

Lâmpada fluorescente tubular<br />

Lâmpada halogena<br />

Lâmpada incandescente<br />

Lâmpada p/veiculo<br />

Luminária: industrial/comercial, pública e residencial/decorativa<br />

Painel de Comando p/Alarme<br />

Painel elétrico de proteção/comando/distribuição<br />

Painel mosaico/sinótico<br />

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia alta tensão<br />

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão<br />

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia media tensão<br />

Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento industrial<br />

Regulador de tensão p/sistemas de potencia<br />

Regulador eletrônico p/turbina hidráulica/hidrogerador<br />

Relé auxiliar<br />

Relé de proteção/supervisão p/sistema elétrico<br />

Serviço de reforma em gerador/motor elétrico<br />

Turbogerador a gás<br />

Turbogerador a vapor<br />

Controlador programável<br />

Termostatos digitais e analógicos<br />

Controladores digitais<br />

Automatização de porta e portão<br />

Câmera p/circuito fechado de televisão<br />

Central portaria<br />

Central privada comutação telefônica-micro ABX<br />

Central privada comutação telefônica-pabx<br />

Fechadura elétrica<br />

Gravador digital de vídeo p/CFTV (DVR)<br />

Intercomunicador<br />

Porteiro eletrônico<br />

Sistema de controle de acesso a áreas restritas<br />

Vídeo Porteiro<br />

389<br />

SP<br />

RS<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

25 HELMUT<br />

Anunciador eletrônico de alarme<br />

Painel dinâmico digital de retroprojeção (DVD á wall)<br />

Painel mosaico/sinótico<br />

Registrador seqüencial de evento<br />

Relé auxiliar<br />

Relé de alarme ou sinalização<br />

Relé de tempo<br />

Sistema de controle remoto<br />

Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados<br />

26 Imply Sinalizador de Advertência p/ Obras RS<br />

27 Intelbras<br />

Anunciador eletrônico de alarme<br />

Central portaria<br />

Central privada comutação telefônica-micro DVD<br />

Central privada comutação telefônica <strong>–</strong>pabx<br />

Equipamento p/atendimento automático em DVD<br />

No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia<br />

Tarifador p/central/DVD /telex/telefone público<br />

Telefone com identificador de chamada<br />

Telefone de assinante<br />

Telefone ip<br />

Telefone sem fio<br />

28 KVA Iluminação de Emergência RS<br />

29 Kodo<br />

Câmera p/Circuito Fechado de Televisão<br />

Quadriculador de Imagem-PB/Cor<br />

30 Labramo Sinalizador Visual p/ Edifício/Torre SP<br />

31 Microsol Iluminação de Emergência CE<br />

32 Netio<br />

33<br />

Nitrix<br />

34 Panasonic<br />

Backup p/ Painel de Centrais de Alarme<br />

Comunicador GPRS/IP p/Telecomando/Telecontrole<br />

Câmera p/Circuito Fechado de Televisão<br />

Circuito Fechado de Televisão-CFTV<br />

Quadriculador de Imagem-PB/Cor<br />

Aparelho de som conjugado (micro/mini system)<br />

Auto-rádio (cd/mp3 players/DVD)<br />

Câmera: de vídeo-filmadora e Fotográfica digital<br />

Forno domestico de microondas<br />

Gravador de DVD<br />

Lanterna DVD átil<br />

Pilha: alcalina e bateria seca<br />

Telefone de assinante<br />

Televisor: CRT, LCD e PLASMA<br />

Vídeo cassete<br />

Vídeo disco digital (DVD)<br />

390<br />

SP<br />

SC<br />

BA<br />

SP<br />

MG<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

35 Pial Legrand<br />

Arandela<br />

Armário/painel/quadro p/distribuição energia-bt<br />

Caixa com tomada e disjuntor<br />

Caixa de derivação ou de passagem de parede<br />

Campainha-cigarra/musical/ icróica a<br />

Canaleta: p/painel e plástica/acessórios<br />

Chave elétrica de baixa tensão p/instalação<br />

Chave interruptora blindada<br />

Chave/lâmpada de teste<br />

Conector elétrico/borne<br />

Contator<br />

Cordão prolongador/extensão elétrica<br />

Disjuntor em caixa moldada residencial/comercial<br />

Espelho p/interruptor/tomada de embutir<br />

Fita/abraçadeira p/amarração de fios e cabos<br />

Fusível: cartucho e rolha<br />

Identificador p/painel/cabo<br />

Iluminação de emergência<br />

Interruptor automático por presença/sensor de presença<br />

Interruptor: centro e fim de cordão<br />

Interruptor: p/ embutir e p/ sobrepor<br />

Interruptor p/campainha/pulsador de embutir/sobrepor<br />

Isolante-fita de borracha de autofusão<br />

Isolante-fita isolante adesiva p/instalação elétrica<br />

Luminária: blindada e residencial/decorativa<br />

Minuteria (interruptor temporizado)<br />

Plugue/pino: industrial, polarizado e residencial<br />

Porta-starter p/ icróic fluorescente<br />

Porteiro eletrônico<br />

Quadro blindado<br />

Relé fotoelétrico p/instalação comercial ou industrial<br />

Soquete p/lâmpada especial-lapiseira/ icróica/halogena/<br />

Soquete p/lâmpada fluorescente tubular<br />

Soquete p/lâmpada incandescente/fluorescente compacta<br />

Starter p/lâmpada fluorescente<br />

Terminal elétrico<br />

Timer programável<br />

Tomada: de embutir em parede e p/ sobrepor<br />

Tomada industrial: de embutir e de sobrepor<br />

Tomada: p/TV/dados e polarizada<br />

Tomada/pino/adaptador p/telefone/dados (RJ)<br />

Variador de luminosidade-dimmer<br />

Vídeo porteiro<br />

36 Procomp Integrador Sistema-Contra Roubo/Intrusão SP<br />

391<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

37 Robert Bosch<br />

Alternador p/veiculo<br />

Bobina de ignição p/veiculo<br />

Bomba de injeção eletrônica p/veiculo<br />

Bomba em tanque de combustível p/veiculo<br />

Buzina p/veiculo<br />

Dínamo p/veiculo<br />

Distribuidor p/veiculo<br />

Esmerilhadeira<br />

Furadeira<br />

Injeção eletrônica de combustível p/veiculo<br />

Lixadeira<br />

Martelete<br />

Modulo eletrônico p/diversas aplicações em veiculo<br />

Motor elétrico p/limpador/lavador pára-brisa de veiculo<br />

Motor elétrico p/partida/arranque de veiculo<br />

Motor elétrico p/ventilador de veiculo<br />

Plaina<br />

Politriz<br />

Regulador de voltagem p/veiculo<br />

Retificadeira<br />

Sensor de estacionamento p/veiculo<br />

Serra circular<br />

Serra tico-tico<br />

Vela de ignição p/veiculo<br />

Vela incandescente p/veiculo<br />

38 Rontan Aviso Luminoso p/ Saída de Veiculo SP<br />

39<br />

Saturnia<br />

Acumulador elétrico estacionário reg p/válvula-bateria<br />

Acumulador elétrico estacionário ventilado-bateria<br />

Acumulador elétrico tracionario-bateria<br />

Fonte de alimentação p/equipamentos telecomunicações<br />

Integrador sistema-energia<br />

Quadro p/telefonia-especial/distribuição-ca/cc<br />

Sistema de energia p/telecomun em container/gabinete<br />

Sistema retificador chaveado em alta freqüência<br />

Unidade condicionadora de corrente alternada<br />

Unidade condicionadora de tensão<br />

Unidade conversora-cc/cc<br />

Unidade de diodo de queda<br />

Unidade de supervisão de corrente alternada<br />

Unidade de supervisão de corrente continua<br />

Unidade retificadora-ca/cc<br />

392<br />

SP<br />

RJ


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

40<br />

Schneider<br />

Barramento blindado<br />

Barramento blindado p/alta corrente<br />

Bobina de impedância p/sistema de tração<br />

Botão e botoeira: p/comando, p/sinalização<br />

Canaleta e ferragem p/instalação aérea industrial<br />

Canalização elétrica pré-fabricada<br />

Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />

Chave elétrica: compensadora, comutadora, de partida direta,<br />

Chave elétrica: estrela/triangulo, interruptora, reversora<br />

Chave elétrica: seccionadora, série/<strong>para</strong>lela<br />

Chave eletrônica fim-de-curso (micro switch)<br />

Chave fim de curso: eletromecânica e rotativa<br />

Chave interruptora a gás p/poste<br />

Chopper p/sistema de tração<br />

Computador industrial<br />

Conector elétrico/borne<br />

Contato elétrico<br />

Contator: Geral, a gás SF6 e a prova de explosão, sobre barra<br />

Contator integrado (disjuntor/seccionador)<br />

Controlador lógico programável (CLP)<br />

Conversor estático p/acionamento motor ca/inversor freqüência<br />

Conversor estático p/acionamento motor cc<br />

Conversor/inversor p/sistema de tração<br />

Disjuntor: a gás SF6, a seco, p/rede aérea<br />

Disjuntor em caixa moldada: industrial, Residencial/Comercial<br />

Dispositivo de comando e proteção naval<br />

Equipamentos diversos p/sistema de tração<br />

Interface Homem-Máquina (IHM)<br />

Interruptor: de embutir, de sobrepor<br />

Interruptor p/campainha/pulsador de embutir/sobrepor<br />

Interruptor-seccionador com comando rotativo<br />

Isolante-fita ou laminado de poliéster<br />

Mesa de comando local de rota (controle de tráfego)<br />

Modulo elétrico/eletrônico p/controle grupo gerador<br />

Painel elétrico de proteção/comando/distribuição<br />

Painel mosaico/sinótico, sinótico p/controle de rota e tráfego<br />

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia: alta, baixa e média<br />

tensão<br />

Painel/quadro/mesa de comando naval<br />

Plugue/pino: industrial, polarizado e residencial<br />

Pressostato industrial<br />

Rede industrial p/CLP<br />

Relé p/comando e controle de máquinas, p/sistema de tração<br />

Relé térmico<br />

Relés p/diversas aplicações<br />

Retificador industrial-corrente/proteção catódica/espec<br />

Sensor de proximidade: fotoelétrico, indutivo e magnético<br />

Sistema de sinalização p/ferrovia/metro (tráfego)<br />

Sistema de transmissão dados p/controle tráfego veículo<br />

Sistema de transmissão de programas p/CNC e CLP<br />

Subestação: blindada, compacta, móvel e retificadora<br />

Subestações<br />

Terminal de supervisão<br />

Tomada: polarizada, p/ sobrepor, industrial de embutir e<br />

sobrepor<br />

Transformador/autotransformador industrial a seco/resina<br />

393<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

41 Setha<br />

42 Siemens<br />

Circuito Fechado de Televisão-CFTV<br />

Sistema Telefônico de Emergência<br />

Acionador de Alarme de Incêndio<br />

Analisador/detector/controlador de gases em geral<br />

Anunciador eletrônico de alarme<br />

Aparelho de ondas curtas p/terapia<br />

Aparelhos diversos de ultra-som p/uso medico<br />

Armário/painel/quadro p/distribuição energia-bt<br />

Balança eletrônica p/pesagem industrial<br />

Balança eletrônica rodoviária<br />

Banco de capacitor automático p/correção fator potencia<br />

Bandeja/leito/calha p/condutor elétrico<br />

Barramento blindado<br />

Barramento blindado p/alta corrente<br />

Barreira de segurança intrínseca<br />

Base p/fusível<br />

Base p/fusível nh<br />

Bisturi eletrônico<br />

Bobina p/motor elétrico<br />

Botão e botoeira p/comando<br />

Botão e botoeira p/sinalização<br />

Caixa de derivação ou de passagem de piso<br />

Central de Alarme de Incêndio<br />

Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />

Centro de controle de tráfego p/trem/metro<br />

Chave elétrica compensadora<br />

Chave elétrica comutadora<br />

Chave elétrica de baixa tensão p/instalação<br />

Chave elétrica de outros tipos/especial<br />

Chave elétrica de partida direta<br />

Chave elétrica estrela/triangulo<br />

Chave elétrica interruptora<br />

Chave elétrica reversora<br />

Chave elétrica rotativa<br />

Chave elétrica seccionadora<br />

Chave elétrica serie/<strong>para</strong>lela<br />

Chave fim de curso eletromecânica<br />

Chave interruptora blindada<br />

Chopper p/sistema de tração<br />

Compensador de energia estático<br />

Compensador de energia síncrono<br />

Computador industrial<br />

Comutador de derivação em carga p/transformador<br />

Contator<br />

Contator a vácuo<br />

Controle e automação de trem/metro<br />

Conversor estático p/acion motor ca/inversor freqüência<br />

Conversor estático p/acionamento motor cc<br />

Conversor estático p/acionamento servomotores<br />

Conversor/inversor p/sistema de tração<br />

Detector de chama/faísca p/sistema de alarme incêndio<br />

Detector infravermelho/uv p/sistema de alarme incêndio<br />

Detector iônico de fumaça p/sistema de alarme incêndio<br />

Detector óptico de fumaça p/sistema alarme incêndio<br />

394<br />

RJ<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

42 Siemens<br />

Detector térmico p/sistema de alarme incêndio<br />

Detector termovelocimétrico p/sistema alarme incêndio<br />

Disjuntor a gás SF16<br />

Disjuntor a óleo<br />

Disjuntor a seco<br />

Disjuntor a vácuo<br />

Disjuntor em caixa moldada industrial<br />

Disjuntor em caixa moldada residencial/comercial<br />

Dispositivo diferencial residual<br />

Dispositivos diversos p/sistema de alarme incêndio<br />

Eletrocardiógrafo<br />

Equipamento de raio x p/diagnostico medico<br />

Equipamentos diversos p/sistema de tração<br />

Estabilizador de tensão<br />

Excitatriz estática p/maquina elétrica rotativa<br />

Foco cirúrgico halogênio<br />

Fusível diazed<br />

Fusível nh<br />

Gerador elétrico-síncrono<br />

Gerador síncrono naval<br />

Gerador/alternador p/sistema de tração<br />

Hidrogerador p/grande central<br />

Hidrogerador p/media central<br />

Hidrogerador p/mini usina<br />

Hidrogerador p/pequena central<br />

Ignitor p/lâmpada de descarga a vapor<br />

Iluminação de Emergência<br />

Integrador sistema-automação industrial<br />

Integrador sistema-controle de tráfego de veiculos<br />

Integrador sistema-industrial<br />

Interruptor de embutir<br />

Interruptor de sobrepor<br />

Luminária industrial/comercial<br />

Luminária publica<br />

Medidor de radiação p/aparelho de raio x<br />

Monitor de umidade em óleo<br />

Monitor hospitalar de beira de leito<br />

No-break rotativo<br />

No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia<br />

Painel de comando p/alarme<br />

Painel elétrico de proteção/comando/distribuição<br />

Painel mosaico/sinótico<br />

Painel sinótico p/controle de rota (controle tráfego)<br />

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia alta tensão<br />

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão<br />

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia media tensão<br />

Painel/quadro/mesa de comando naval<br />

Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento indl<br />

Porta-escova p/motor elétrico<br />

Projetor p/iluminação<br />

Reatores diversos p/sistemas elétricos de potencia<br />

Regulador de tensão p/sistemas de potencia<br />

Regulador eletrônico p/turbina hidráulica/hidrogerador<br />

Relé de proteção/supervisão p/sistema elétrico<br />

Relés p/diversas aplicações<br />

395<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

42 Siemens<br />

43<br />

Sony<br />

44 Sulton<br />

Seccionador p/operação com carga<br />

Seccionador p/operação sem carga<br />

Serviço de reforma em gerador/motor elétrico<br />

Serviço de reforma em transformador<br />

Sinalizador acústico e visual p/alarme de incêndio<br />

Sinalizador acústico/visual de alarme<br />

Sirene p/alarme<br />

Sistema de controle distribuído<br />

Sistema de monitoração de transformador<br />

Sistema de sinalização p/ferrovia/metro (tráfego)<br />

Subestação blindada<br />

Subestação compacta<br />

Subestação movel<br />

Subestação retificadora<br />

Subestações<br />

Tomada de embutir em parede<br />

Tomada de embutir no piso<br />

Tomada de sobrepor<br />

Tomada industrial de sobrepor<br />

Transformador de corrente<br />

Transformador de corrente industrial<br />

Transformador de potencial capacitivo<br />

Transformador de potencial industrial<br />

Transformador de potencial indutivo<br />

Transformador p/forno<br />

Transformador/autotransformador de distribuição<br />

Transformador/autotransformador de forca<br />

Transformador/autotransformador indl a seco/resina<br />

Transformador/autotransformador indl especiais<br />

Trilho p/montagem de conector<br />

Turbogerador a gás<br />

Turbogerador a vapor<br />

Aparelho de áudio portátil-cd player<br />

Aparelho de áudio portátil-mp3/mp4 player<br />

Aparelho de som conjugado (micro/mini system)<br />

Auto-radio (CD/MP3 players/DVD)<br />

Câmera de vídeo-filmadora<br />

Câmera fotográfica digital<br />

Computador portátil<br />

Gravador de DVD<br />

Radio gravador<br />

Sistema home theater<br />

Televisor-LCD<br />

Toca disco modular a laser<br />

Vídeo disco digital (DVD)<br />

Carregador de bateria com fonte chaveada<br />

Central de alarme contra roubo e acessórios<br />

Cerca elétrica<br />

Controle remoto p/central de alarme<br />

Controle remoto p/porta automática<br />

Discador automático p/sistema de alarme<br />

Fonte de alimentação<br />

Sensor infravermelho p/sistema de segurança<br />

Sensor magnético p/sistema de segurança<br />

Sensor magnético por RF p/sistema de alarme<br />

Sirene p/alarme<br />

396<br />

PR<br />

SP<br />

PR


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

45 Teikon<br />

46 Thevear<br />

47 Tron<br />

Montagem de placa circuito impresso-componente convenc<br />

Montagem de placa circuito impresso-componente smd<br />

Montagem/teste de produtos eletrônicos<br />

Amplificador de potencia p/antena<br />

Amplificador de sinal p/antena (booster)<br />

Antena coletiva<br />

Antena doméstica: TV-externa, TV-interna<br />

Central portaria<br />

Circuito Fechado de Televisão-CFTV<br />

Conversor de sinal p/antena<br />

Distribuidor de sinal p/antena<br />

Divisor de frequencia p/antena<br />

Intercomunicador<br />

Misturador/equalizador de frequencia p/antena<br />

Modulador de áudio e vídeo p/antena<br />

Porteiro Eletrônico<br />

Receptor de sinais de vídeo/áudio via satélite<br />

Se<strong>para</strong>dor de VHF/UHF p/antena<br />

Sinalizador Acústico/Visual de Alarme<br />

Tomada de alta frequencia p/antena<br />

Vídeo Porteiro<br />

Controlador de energia-corte e religamento automático<br />

Controladores: nível, temperatura<br />

Conversor serial p/tcp/ip ethernet<br />

Dosador de líquido p/lavanderia/cozinha/tratamento água<br />

Fonte p/redução consumo energia em rede de iluminação<br />

Gerador trifásico p/simulação e teste em equipamentos<br />

Indicador digital de temperatura<br />

Pára-raios de baixa tensão<br />

Protetor contra surto/transiente em circuito alimentação<br />

Relé: auxiliar, proteção, tempo, térmico<br />

Relé de proteção p/motor elétrico<br />

Relé de proteção térmica<br />

Relés p/diversas aplicações<br />

Sensor: nível, proximidade capacitivo<br />

Sistema de controle acesso a armários/ambientes telefon<br />

Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados<br />

Temporizador<br />

Temporizador p/eventos cíclicos<br />

Timer programável<br />

Totalizador horário<br />

48 Upsai Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança SP<br />

49 Vertex<br />

Iluminação de Emergência<br />

Luminária residencial/decorativa<br />

50 VMI Equipamento de raio X p/inspeção de bagagem/carga MG<br />

397<br />

RS<br />

SP<br />

PE<br />

RS


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

51 WEG<br />

Acionamentos de Corrente Alternada<br />

Bornes e Réguas de Bornes<br />

Botoeiras e Sinalizadores<br />

Capacitores de Correção de Fator de Potência<br />

Centros de Controle de Motores (CCM) Convencionais<br />

Centros de Controle de Motores (CCM) Inteligentes<br />

Chaves de Partida Compensadora<br />

Chaves de Partida Direta<br />

Chaves de Partida Estrela-Triângulo<br />

Chaves de Partida Soft-Starters<br />

Chaves Seccionadoras<br />

Componentes <strong>para</strong> Comando, Controle, Proteção e Sinalização<br />

Contatores de Comando e de Força<br />

Controladores Lógicos Programáveis<br />

Conversores de Frequência<br />

Conversores de Frequência Com PLC<br />

Disjuntores Termomagnéticos<br />

Disjuntores DM Caixa Moldada<br />

Disjuntores-Motor<br />

Fusíveis Tipo D e Nh<br />

Interfaces Homem-Máquina<br />

Inversores de Frequência<br />

Inversores de Frequência Com PLC<br />

Motores de Corrente Alternada<br />

Painéis de Comando e Controle em Baixa e Média Tensão<br />

Quadros de Distribuição Elétrica<br />

Relés de Nível<br />

Relés de Sobrecarga<br />

Relés Inteligentes<br />

Relés Programáveis<br />

Relés Temporizadores<br />

Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Máquinas<br />

Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Processos<br />

Sistemas Supervisórios<br />

Sistemas de Supervisão e Controle<br />

Soft-Starters<br />

398<br />

SC


ANEXO VII - Principais Produtos Comerciais Fabricados<br />

no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong> Predial-Residencial<br />

Quadro 38: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />

Predial-Residencial.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Item Especificação do Produto<br />

1 Acionador de Alarme de Incêndio<br />

2 Acionamentos de Corrente Alternada<br />

3 Automatização de Porta e Portao<br />

4 Aviso Luminoso P/Saída de Veiculo<br />

5 Backup P/Painel de Centrais de Alarme<br />

6 Botoeiras e Sinalizadores<br />

7 Cabeça de Comando Elétrico P/Sistema Combate Incêndio<br />

8 Câmera Móvel-Domo<br />

9 Câmera P/Circuito Fechado de Televisão<br />

10 Cancela Automática P/Veiculo<br />

11 Canhão de Iluminação Infravermelha P/CFTV<br />

12 Capacitores de Correção de Fator de Potência<br />

13 Central de Alarme Contra Roubo e Acessorios<br />

14 Central de Alarme de Incêndio<br />

15 Central Decodificadora de Telealarme<br />

16 Central Portaria<br />

17 Central Receptora de Rádio<br />

18 Centros de Controle de Motores (CCM) Convencionais ou Inteligentes<br />

19 Cerca Elétrica<br />

20 Chave de Segurança Biométrica<br />

21 Chaves de Partida Compensadora<br />

22 Chaves de Partida Direta<br />

23 Chaves de Partida Estrela-Triângulo<br />

24 Chaves de Partida Soft-Starters<br />

25 Chaves Seccionadoras<br />

26 Circuito Fechado de Televisão-CFTV<br />

27 Claviculario Eletrônico<br />

28 Codificador de Rádio Alarme<br />

29 Codificador P/Rádio Monitoramento<br />

30 Coletor Transmissor de Dados P/Sistema de Alarme<br />

31 Componentes <strong>para</strong> Comando, Controle, Proteção e Sinalização<br />

32 Comunicador de Dados por Gprs/Ethernet-Segurança<br />

399


Item Especificação do Produto<br />

33 Comunicador GPRS/IP P/Telecomando/Telecontrole<br />

34 Console de Operação P/Câmera Móvel<br />

35 Contatores de Comando e de Força<br />

36 Controlador de Acesso em Terminais por Fichas/Bilhetes<br />

37 Controlador de Panoramizador-Pan/Tilt<br />

38 Controle Remoto P/Porta Automática<br />

39 Controle/Registro/Coleta de Dados-P/Acesso/Ponto/Rota<br />

40 Conversores de Frequência<br />

41 Conversores de Frequência com PLC<br />

42 Cortina de Luz<br />

43 Detector de Chama/Faisca P/Sistema de Alarme Incêndio<br />

44 Detector de Gás Residencial<br />

45 Detector de Metal P/Revista Pessoal Fixo/Portatil<br />

46 Detector de RF/Tel Celular/Celular Espião/Câmera Oculta<br />

47 Detector Infravermelho/UV P/Sistema de Alarme Incêndio<br />

48 Detector Ionico de Fumaca P/Sistema de Alarme Incêndio<br />

49 Detector Óptico de Fumaca P/Sistema Alarme Incêndio<br />

50 Detector Térmico P/Sistema de Alarme Incêndio<br />

51 Detector Termovelocimetrico P/Sistema Alarme Incêndio<br />

52 Discador Automático P/Sistema de Alarme<br />

53 Disjuntores<br />

54 Dispositivo P/Senha Digital<br />

55 Dispositivos Diversos P/Sistema de Alarme Incêndio<br />

56 Equipamento de Rádio Monitoramento de Alarme<br />

57 Equipamento Segurança C/Câmara Fotográfica Operada Remotamente<br />

58 Fechadura Elétrica<br />

59 Fusíveis Tipo D E Nh<br />

60 Gravador Digital de Vídeo P/CFTV (DVR)<br />

61 Iluminação de Emergência<br />

62 Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Ar-Condicionado/Iluminação<br />

63 Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Predial e Segurança<br />

64 Integrador Sistema-CFTV<br />

65 Integrador Sistema-Contra Roubo/Intrusão<br />

66 Integrador Sistema-Controle de Acesso P/Área Restrita<br />

67 Integrador Sistema-Detecção/Combate de Incêndio<br />

68 Interfaces Homem Máquina<br />

69 Inversores de Frequência<br />

70 Inversores de Frequência Com PLC<br />

400


Item Especificação do Produto<br />

71 Maleta P/Monitoramento/Gravação de Áudio/Vídeo Sem Fio<br />

72 Microcâmera Sem Fio<br />

73 Microfone Sem Fio P/Escuta de Ambientes<br />

74 Modulo de Monitoramento Integrado P/Câmera Móvel-Domo<br />

75 Monitor de Vídeo/Áudio Com/Sem Receptor<br />

76 Motores de Corrente Alternada<br />

77 Painéis de Comando E Controle Em Baixa E Média Tensão<br />

78 Painel de Comando P/Alarme<br />

79 Panoramizador-Pan/Tilt<br />

80 Placa de Captura Digital de Imagens<br />

81 Porteiro Eletrônico<br />

82 Porteiro Eletrônico Sem Fio<br />

83 Processador de Interface em Tempo Real<br />

84 Processador de Rede em Tempo Real<br />

85 Processador P/Controle de Acesso em Tempo Real<br />

86 Processador P/Monitoramento em Tempo Real<br />

87 Quadriculador de Imagem-Pb/Cor<br />

89 Quadros de Distribuição Elétrica<br />

90 Receptor de Dados por Gprs/Ethernet-Segurança<br />

91 Receptor de Vídeo/Áudio P/Microcâmera<br />

92 Relés de Nível<br />

93 Relés de Sobrecarga<br />

94 Relés Inteligentes<br />

95 Relés Programáveis<br />

96 Relés Temporizadores<br />

97 Relógio Elétrico/Eletrônico de Ponto<br />

98 Sensor Infravermelho P/Sistema de Segurança<br />

99 Sensor Magnético P/Sistema de Segurança<br />

100 Sensor Magnético por RF P/Sistema de Alarme<br />

101 Sinalizador Acustico e Visual P/Alarme de Incêndio<br />

102 Sinalizador Acustico/Visual de Alarme<br />

103 Sinalizador de Advertencia P/Obras<br />

104 Sinalizador Visual P/Edificio/Torre<br />

105 Sirene P/Alarme<br />

106 Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas<br />

107 Sistema de Monitoramento de Ambiente-Segurança<br />

108 Sistema Integrado de <strong>Automação</strong> Predial E Segurança<br />

109 Sistema Integrado de Supervisão E Controle P/Segurança<br />

401


Item Especificação do Produto<br />

110 Sistema Rádio Monitoramento P/Segurança-Acesso/Incêndio<br />

112 Sistema Telefonico de Emergência<br />

113 Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Máquinas<br />

114 Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Processos<br />

115 Sistemas de Supervisão e Controle<br />

116 Sistemas Supervisórios<br />

117 Soft-Starters<br />

118 Software P/Controle de Acesso<br />

119 Teclado P/Controle de Acesso<br />

120 Tele Alarme P/Monitorização<br />

121 Terminal de Acesso P/Estacionamento<br />

122 Terminal de Acesso-Catraca<br />

123 Transformador de Impedancia P/CFTV (Balun)<br />

124 Transmissor Portatil de Vídeo/Áudio<br />

125 Transmissor/Receptor de Rf P/Sistema de Segurança<br />

126 Transmissor/Receptor de Vídeo Via Rede Elétrica<br />

127 Transmissor/Receptor P/Controle Base Móvel de Câmera<br />

128 Unidade Gerenciadora de Comando e Vídeo P/Câmera Móvel<br />

129 Valvula de Retencao P/Sistema Combate Incêndio<br />

130 Vídeo Porteiro<br />

402


ANEXO VIII - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Comercial<br />

Quadro 39: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Comercial.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

1<br />

ACS<br />

Cartão Modular de Entrada e Saída SP<br />

2 AIDC Impressora Térmica SP<br />

3 APB<br />

Controlador Entrada Passageiros por Leitor Magnético<br />

Controlador entrada passageiros-leitor cartão s/contato<br />

4 Balluf Sistema de Identificação com Etiqueta <strong>Eletrônica</strong> SP<br />

5 Bematech<br />

Balanças<br />

Coletor de dados portátil/fixo<br />

Gaveta de dinheiro p/equipamento de automação comercial<br />

Impressora de cheques<br />

Impressora fiscal<br />

Impressora matricial<br />

Impressora p/ código de barras<br />

Impressora térmica<br />

Impressoras diversas<br />

Interface display<br />

Leitora de código de barras/CMC-7<br />

Leitora óptica p/aplicações diversas<br />

Mecanismo p/impressora<br />

Micro terminal<br />

Modem<br />

6 Brtec Relógio de Parede SP<br />

7 Contronics Sistema p/Controle de Rondas SC<br />

8 Dataregis<br />

9 Digicon<br />

Impressoras Diversas<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Comercial<br />

Modem GSM/GPRS<br />

Software p/ <strong>Automação</strong> Comercial<br />

Terminal de Consulta de Preço<br />

Terminal de Ponto de Venda<br />

Coletor de Dados Portátil/Fixo<br />

Controlador Entrada Passageiros por Leitor Magnético<br />

Controlador entrada passageiros-leitor cartão s/contato<br />

10 Elgin Impressora p/ Código de Barras SP<br />

11 Eliseu Kopp<br />

Painel Elétrico p/Mensagens Publicitárias-Triedro<br />

Painel Eletrônico p/ Mídia Externa<br />

Painel p /Informação Visual-Indústria/Comércio/Prédio<br />

Painel p/ Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura<br />

Placar Eletrônico Poliesportivo<br />

12 Engebras Controle Eletrônico de Estacionamento Público (Tráfego) SP<br />

13 Gertec<br />

Computador Compacto p/<strong>Automação</strong> Comercial<br />

Display p/consumidor<br />

Microterminal de <strong>Automação</strong> Comercial<br />

Modem GSM/GPRS<br />

Teclado p/Equipamento de <strong>Automação</strong> Comercial<br />

Terminal de Consulta de Preço<br />

14 IBM Sistema p/Atendimento ao Público-Terminal/Painel Senhas SP<br />

403<br />

SP<br />

PR<br />

SP<br />

RS<br />

RS<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

15 Imply<br />

Painel Eletrônico p/ Mídia Externa<br />

Painel p /Informação Visual-Indústria/Comércio/Prédio<br />

Painel p/ Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura<br />

Placar Eletrônico Poliesportivo<br />

16 I-Vision Câmera Industrial de Imagem e Visão MG<br />

18<br />

Itautec<br />

19 Mecaf<br />

20 Menno<br />

21 Procomp<br />

Impressora fiscal<br />

Integrador sistema-automação comercial<br />

Microcomputador <strong>para</strong> automação comercial<br />

Sistema p/atendimento ao público-terminal/painel senhas<br />

Software p/automação comercial<br />

Teclado p/ automação comercial<br />

Terminal de auto atendimento p/ checkout<br />

Terminal de consulta<br />

Terminal de consulta multimídia-totem ou quiosque<br />

Terminal de pagamento de contas<br />

Terminal de ponto de venda<br />

Impressora Térmica<br />

Impressoras Diversas<br />

Impressora Térmica<br />

Modulo Gaveteiro p/<strong>Automação</strong> Comercial<br />

Impressora Térmica<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Comercial<br />

Terminal de Atendimento <strong>–</strong> SUS<br />

Terminal de Ponto de Venda<br />

Terminal Lotérico<br />

22 Sagem-Orga Cartão Inteligente SP<br />

20 Serttel<br />

23 Shempo<br />

25<br />

Sweda<br />

Integrador Sistema-Estacionamento Público P/VE<br />

Sistema de Monitoramento/Rastreamento Veículos (GPS)<br />

Painel Elétrico p/ Mensagens Publicitárias-Triedro<br />

Painel Eletrônico p/ Mídia Externa<br />

Painel p /Informação Visual-Indústria/Comércio/Prédio<br />

Painel p/ Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura<br />

Relógio Digital Outdoor<br />

Relógio e Termômetro Digital p/ Painel Publicitário<br />

Sistema p/Atendimento ao Público-Terminal/Painel Senhas<br />

Computador Compacto p/<strong>Automação</strong> Comercial<br />

Impressora Térmica<br />

Leitora Ótica com Balança <strong>Eletrônica</strong><br />

Microterminal de <strong>Automação</strong> Comercial<br />

Pistola Laser p/ Leitura de Código de Barras<br />

Terminal de Ponto de Venda<br />

Touchscreen p/ <strong>Automação</strong> Comercial<br />

26 Tecpoint Máquina Automática de Impressão de Carimbos SP<br />

27 TESC Controle Eletrônico de Estacionamento Público (Tráfego) SP<br />

28 Unisys<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Comercial<br />

Terminal de Ponto de Venda<br />

404<br />

RS<br />

SP<br />

SP<br />

RS<br />

SP<br />

PE<br />

SP<br />

SP<br />

SP


ANEXO IX - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado<br />

Nacional de <strong>Automação</strong> Comercial<br />

Quadro 40: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />

Comercial.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Item Especificação do Produto<br />

1 Câmera Industrial de Imagem e Visão<br />

2 Cartao Inteligente<br />

3 Cartao Magnético/de Código de Barras<br />

4 Cartao Modular de Entrada/Saída<br />

5 Coletor de Dados Portatil/Fixo<br />

6 Computador Compacto P/<strong>Automação</strong> Comercial<br />

7 Computador de Pequeno Porte (Mac)-Comércio<br />

8 Controlador de Abastecimento de Frota de Veiculos<br />

9 Controlador Eletrônico P/Fila Unica<br />

10 Controlador Entrada Passageiros por Leitor Magnético<br />

11 Controlador Entrada Passageiros-Leitor Cartao S/Contato<br />

12 Controlador Entrada Passageiros-Leitor Ótico/Indutivo<br />

13 Controladora Remota de Terminais<br />

14 Controle Eletrônico de Estacionamento Público (Tráfego)<br />

15 Display P/Consumidor<br />

16 Equipamento de <strong>Automação</strong> Postal<br />

17 Equipamento de Reconhecimento de Fala<br />

18 Equipamento P/Inserir Informações em Banco Dados Via Fax<br />

19 Equipamento P/Rastreamento/Autenticação de Objeto<br />

20 Etiqueta <strong>Eletrônica</strong> Anti-Furto/Rígida<br />

21 Impressora P/Código de Barras<br />

22 Impressora Térmica<br />

23 Impressoras Diversas<br />

24 Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Comercial<br />

25 Integrador Sistema-Empresarial<br />

26 Integrador Sistema-Estacionamento Rotativo Público P/Veículos<br />

27 Leitora Optica com Balanca <strong>Eletrônica</strong><br />

28 Leitora Optica P/Aplicações Diversas<br />

29 Máquina Automática de Impressão de Carimbos<br />

30 Microterminal de <strong>Automação</strong> Comercial<br />

31 Modem GSM/GPRS<br />

32 Modulo Gaveteiro P/<strong>Automação</strong> Comercial<br />

405


Item Especificação do Produto<br />

33 Painel de Imagem Digital-Outdoor<br />

34 Painel Elétrico P/Mensagens Publicitárias - Triedro<br />

35 Painel Eletrônico P/Midia Externa<br />

36 Painel P/Informação Visual-Aeroporto/Metro/Rodoviária<br />

37 Painel P/Informação Visual-Indústria/Comercio/Predio<br />

38 Painel P/Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura<br />

39 Painel P/Publicidade/Resultado em Estádios<br />

40 Painel Rotativo P/Mensagens Publicitarias em Estadios<br />

41 Pistola Laser P/Leitura de Código de Barras<br />

42 Placar Eletrônico Poliesportivo<br />

43 Relógio de Parede<br />

44 Relógio de Vigia<br />

45 Relógio Digital-Outdoor<br />

46 Relógio e Termômetro Digital P/Painel Publicitário<br />

47 Relógio Sinaleiro Digital<br />

48 Sistema de Identificação com Etiqueta <strong>Eletrônica</strong><br />

49 Sistema de Monitoramento/Rastreamento Veiculos por GPS<br />

50 Sistema de Vigilancia <strong>Eletrônica</strong> de Mercadoria<br />

51 Sistema P/Atendimento ao Público-Terminal/Painel Senhas<br />

52 Sistema P/Controle de Rondas<br />

53 Software P/<strong>Automação</strong> Comercial<br />

54 Software-Plataforma de Segurança Empresarial<br />

55 Teclado P/Equipamento de <strong>Automação</strong> Comercial<br />

56 Terminal de Atendimento-Sus<br />

57 Terminal de Consulta de Preço<br />

58 Terminal de Ponto de Venda<br />

59 Terminal Loterico<br />

60 Terminal Touchscreen P/<strong>Automação</strong> Comercial<br />

61 Transponder-Rf Tag-Etiqueta <strong>Eletrônica</strong> de Leitura RF<br />

406


ANEXO X - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Bancária<br />

Quadro 41: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Bancária.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

1 AIDC Impressora Fiscal SP<br />

2 Alcatel-Lucent<br />

Terminal de Comunicação<br />

Terminal de Consulta<br />

Terminal de Vídeo-Texto<br />

3 Amelco Sistema de Controle de Acesso p/Atm SP<br />

5 Braview Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD MG<br />

6 Bull Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Bancária SP<br />

7 Canon Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Scanner/Fax SP<br />

8<br />

9<br />

CIS<br />

Cobra<br />

Leitor/Gravador de Cartões Inteligentes (Smart Cards)<br />

Leitora de Cartão Magnético<br />

Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />

Computador de Médio Porte<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Bancária<br />

Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extrato<br />

Terminal de Caixa Automático<br />

10 Daiken Integrador Sistema-Salas de Auto-Atendimento P/Bancos SP<br />

11 Daruma Impressora Fiscal SP<br />

12 Dataregis<br />

Caixa Registradora <strong>Eletrônica</strong><br />

Impressora Fiscal<br />

Terminal de Consulta<br />

13 Dell Computador de Médio Porte RS<br />

14<br />

Digicon<br />

Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax SP<br />

15 Elgin Impressora Matricial SP<br />

16 Envision Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD SP<br />

17 Epson<br />

18 Esystech<br />

19 Gertec<br />

20 HP<br />

Impressora Fiscal<br />

Impressora Jato de Tinta<br />

Impressora Matricial<br />

Software p/Controle de Ativo de TI<br />

Software p/Gerenciamento de Rede de Computadores<br />

Leitor/Gravador de Cartões Inteligentes (Smart Cards)<br />

Leitora de Cartão Magnético<br />

Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />

Micro terminal com Display em Cristal Líquido<br />

Terminal de Transferência <strong>Eletrônica</strong> de Fundos<br />

Computador de Médio Porte<br />

Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax<br />

Impressora Jato de Tinta<br />

Impressora Laser<br />

407<br />

SP<br />

SP<br />

RJ<br />

SP<br />

SP<br />

PR<br />

SP<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

21 IBM<br />

Computador de Grande Porte<br />

Computador de Médio Porte<br />

Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extrato<br />

Terminal de Caixa Automático<br />

Terminal de Caixa Bancário<br />

Terminal de Consulta<br />

Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque<br />

Terminal Dispensador de Talão / Folha de Cheques<br />

22 Imply Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque RS<br />

23 Itautec<br />

24<br />

Konica<br />

Minolta<br />

25 Lexmark<br />

26<br />

LG<br />

27 Mecaf<br />

28 Menno<br />

Integrador sistema-automação bancária<br />

Microcomputador <strong>para</strong> automação bancária<br />

Software p/automação bancária<br />

Terminal de auto serviço bancário-saque/depósito/extr/.<br />

Terminal de caixa automático<br />

Terminal de caixa bancário<br />

Terminal de transferência eletrônica de fundos<br />

Terminal dispensador de cédulas<br />

Terminal dispensador de talão/folha de cheque<br />

Copiadora/Duplicadora/Máquina Reprográfica SP<br />

Impressora Jato de Tinta<br />

Impressora Laser<br />

Monitor de Vídeo p/ Informática <strong>–</strong> CRT<br />

Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD<br />

Impressora Fiscal<br />

Impressora p/Autenticação de Documentos<br />

Leitor/Gravador de Cartão Magnético<br />

Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />

Aparelho P/ Verificação de Autenticidade de Papel Moeda<br />

Cofre com Fechadura <strong>Eletrônica</strong><br />

29 Microtarget Modulo Terminal de Vídeo SP<br />

30 Mineoro Porta de Acesso Giratória p/ Segurança RS<br />

31 Motorola Leitora de Código de Barras/CMC-7 SP<br />

32 NCR Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Bancária PR<br />

33 Nilko Cassete P/ Máquina Dispensadora de Moedas PR<br />

34<br />

Oki<br />

35 Positivo<br />

36 Procomp<br />

Impressora LED<br />

Impressora Matricial<br />

Computador de Médio Porte<br />

Software p/Gerenciamento de Rede de Computadores<br />

Computador de Médio Porte<br />

Impressora Matricial<br />

Impressora p/Autenticação de Documentos<br />

Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Bancária<br />

Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extrato<br />

Terminal de Caixa Automático<br />

Terminal de Caixa Bancário<br />

Terminal de Consulta<br />

Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque<br />

Terminal de Pagamento de Contas<br />

Terminal de Transferência <strong>Eletrônica</strong> de Fundos<br />

Terminal Dispensador de Talão / Folha de Cheques<br />

Terminal Financeiro<br />

37 Sagem Leitora de Cartão com Chip SP<br />

408<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

RS<br />

SP<br />

PR<br />

SP


No Empresa Linha de Produtos Estado<br />

38 Samsung<br />

Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax<br />

Impressora Laser<br />

Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD<br />

39 Semp Toshiba Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD SP<br />

40 Sweda<br />

41 Technometal<br />

42<br />

Tecpoint<br />

43 Xerox<br />

Caixa Registradora <strong>Eletrônica</strong><br />

Impressora de Cheques<br />

Impressora Fiscal<br />

Impressora p/Autenticação de Documentos<br />

Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />

Cofre P/ATM<br />

Gabinete P/<strong>Automação</strong> Bancária<br />

Impressora p/Autenticação de Documentos<br />

Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />

Terminal de Pagamento de Contas<br />

Copiadora/Duplicadora/Máquina Reprográfica<br />

Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax<br />

Impressora Laser<br />

44 ZPM Impressora Fiscal RS<br />

409<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

SP<br />

RJ


ANEXO XI - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado<br />

Nacional de <strong>Automação</strong> Bancária<br />

Quadro 42: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />

Bancária.<br />

Fonte: ABINEE, 2009.<br />

Item Especificação do Produto<br />

1 Aparelho de Revista de Pessoal por Amostragem<br />

2 Aparelho P/Verificação de Autenticidade de Papel Moeda<br />

3 Caixa Registradora <strong>Eletrônica</strong><br />

4 Cassete P/Máquina Dispensadora de Moedas<br />

5 Cofre Com Fechadura <strong>Eletrônica</strong><br />

6 Cofre P/ATM<br />

7 Computador de Grande Porte<br />

8 Computador de Medio Porte<br />

9 Copiadora/Duplicadora/Máquina Reprografica<br />

10 Datador/Carimbador Automatico<br />

11 Dispensador Automatico de Cédulas P/Caixa<br />

12 Emulador de Terminal de Vídeo<br />

13 Equipamento Multifuncao-Impressora/Copiador/Escaner/Fax<br />

14 Equipamento P/Contagem E Selecao de Cédulas<br />

15 Gabinete P/<strong>Automação</strong> Bancária<br />

16 Gaveta de Dinheiro P/Equipament0 de <strong>Automação</strong> Comercial<br />

17 Guarda Volumes Eletrônico<br />

18 Impressora de Cheques<br />

19 Impressora Fiscal<br />

20 Impressora Jato de Tinta<br />

21 Impressora Laser<br />

22 Impressora Led<br />

23 Impressora Matricial<br />

24 Impressora P/Autenticação de Documentos<br />

25 Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Bancária<br />

26 Integrador Sistema-Salas de Auto-Atendimento P/Bancos<br />

27 Leitor/Gravador de Cartao Magnético<br />

28 Leitor/Gravador de Cartoes Inteligentes (Smart Cards)<br />

29 Leitora Classificadora de Cheques<br />

30 Leitora de Cartao com Chip<br />

31 Leitora de Cartao Magnético<br />

32 Leitora de Cheques<br />

410


Item Especificação do Produto<br />

33 Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />

34 Mecanismo Depositario<br />

35 Mecanismo Dispensador de Cédula<br />

36 Microterminal Com Display em Cristal Líquido<br />

37 Modulo Sensor Óptico P/Leitura de Código de Barras<br />

38 Modulo Terminal de Vídeo<br />

39 Monitor de Cristal Líquido Com Touchscreen<br />

40 Monitor de Vídeo P/Informática-CR<br />

41 Monitor de Vídeo P/Informática-LCD<br />

42 Porta de Acesso Giratória P/Segurança<br />

43 Sistema de Controle de Acesso P/ATM<br />

44 Software P/<strong>Automação</strong> Bancária<br />

45 Software P/Controle de Ativo de TI<br />

46 Software P/Gerenciamento de Rede de Computadores<br />

47 Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extr/.<br />

48 Terminal de Caixa Automático<br />

49 Terminal de Caixa Bancário<br />

50 Terminal de Coleta/Consulta de Dados<br />

51 Terminal de Comunicação<br />

52 Terminal de Consulta<br />

53 Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque<br />

54 Terminal de Pagamento de Contas<br />

55 Terminal de Pagamento de Contas/Dispensador de Cartões<br />

56 Terminal de Transferência <strong>Eletrônica</strong> de Fundos<br />

57 Terminal de Vídeo<br />

58 Terminal de Vídeo-Texto<br />

59 Terminal Depositário de Cédulas<br />

60 Terminal Dispensador de Cédulas<br />

61 Terminal Dispensador de Talão/Folha de Cheque<br />

62 Terminal Financeiro<br />

63 Terminal P/Transação Comercial Via Cartão<br />

64 Unidade Digital de Armazenamento de Dados em Disco<br />

65 Verificadora/Impressora de Cheques<br />

411


ANEXO XII <strong>–</strong> Empresas atuantes no Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />

<strong>Automação</strong><br />

Quadro 43: Empresas Atuantes no Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />

Fonte: ABINEE/SINAEES, 2009.<br />

No Empresa Área Estado<br />

1 Abancar Comercial (AP) SP<br />

2 ABB (AI) SP<br />

3 Able (AI) SP<br />

4 Acces (AI, AP) SP<br />

5 Ace Schmersal (AI) SP<br />

6 Acros <strong>Automação</strong> Industrial (AI) SP<br />

7 ACS (AI, AC) SP<br />

8 Actaris (AI) SP<br />

9 Actron (AI) SP<br />

10 Advantech (AI) SP<br />

11 Aegis Semicondutores Ltda. (AI) SP<br />

12 AES (AI, AP) SP<br />

13 Aeroeletrônica Ind. Comp. Aviônicos S/A (AI) RS<br />

14 Agena (AP) RJ<br />

15 Agilent (AI) SP<br />

16 AIDC (AC, AB) SP<br />

17 Alarm Wolx (AP) SP<br />

18 ALbarsch (AI) RS<br />

19 Alcatel-Lucent (AP, AB) SP<br />

20 Alstom Hydro Energia Brasil (AI) SP<br />

21 Alta Segurança Ind. E Com. (AI) SP<br />

22 Altus Sistemas de Informática S.A. (AI, AP) RS<br />

23 Amelco (AP, AB) SP<br />

24 Analion Ind. E Com. (AI) SP<br />

25 Anixter do Brasil (AP) SP<br />

26 APB (AC, AI) SP<br />

27 Areva (AI, AP) SP<br />

28 Arteche EDC (AI)<br />

29 ASCA Equip. Ind. (AI) RJ<br />

30 Asten (AI) SP<br />

31 Atan Ciência da Informação (AI) MG<br />

32 ATEEI Equip. Elet. (AI) PR<br />

412<br />

PR


No Empresa Área Estado<br />

33 ATI (AI, AP) SP<br />

34 Áudiolab (AI) MG<br />

35 Aureon (AP) SP<br />

36 <strong>Automação</strong> ICS (AI) MG<br />

37 Autron (AI) SP<br />

38 AUXXI Sistema Eletrônicos (AI) SP<br />

39 Avibras Ind. Aeroespacial (AI) SP<br />

40 AZ (AI, AP) RS<br />

41 Aztec Sistemas (AI) SP<br />

42 Balluff (AI, AC)<br />

43 BCM Engenharia Ltda. (AI) RS<br />

44 Bematech Ind. Com. Equip. Eletrônicos S/A (AC, AB) PR<br />

45 BI2TI (AI) MG<br />

46 Biometrus (AP) MG<br />

47 BMS (AI) MG<br />

48 Boc Edwards Brasil (AI) SP<br />

49 Brapenta <strong>Eletrônica</strong> LTDA (AI, AP) SP<br />

50 Brascontrol (AI) SP<br />

51 Braview (AB) MG<br />

52 Brink Mobil Equip. Educacionais (AI) PR<br />

53 Brtec (AC) SP<br />

54 Brumark (AI) SP<br />

55 BSE Sistemas Eletrônicos LTDA (AI) SP<br />

56 Bucka (AP) SP<br />

57 Bull (AB) SP<br />

58 CAM Brasil Multiserviços (AI) RJ<br />

59 Canon (AB) SP<br />

60 Carmon Ind. <strong>Eletrônica</strong> (AI) SP<br />

61 CAS (AI) SP<br />

62 CCK <strong>Automação</strong> LTDA (AI) SP<br />

63 Cegelec (AI, AP) SP<br />

64 Cerâmica Santa Terezinha S/A GTD (AI) SP<br />

65 Chimbo (AI) SP<br />

66 CIS (AB) SP<br />

67 Cobra (AB) RJ<br />

68 Coel Controles Elétricos Ltda. (AI, AP) SP<br />

69 Coester <strong>Automação</strong> S.A. (AI) RS<br />

70 Cofibam (AI) SP<br />

413<br />

SP


No Empresa Área Estado<br />

71 Colortec Iluminação Técnica (AP) SP<br />

72 Compatec (AP) RS<br />

73<br />

Compsis <strong>–</strong> Computadores Sist. Ind. Com.<br />

LTDA<br />

414<br />

(AI) SP<br />

74 Comtex (AP) SP<br />

75 Conaut Controles Automáticos (AI) SP<br />

76 Condata (AI) RS<br />

77 Conexel (AI) SP<br />

78 Confor Instrum. De Medição (AI) SP<br />

79 Conprove Ind. E Com. (AI) SC<br />

80 Consensum Ind. E Com. (AI) SP<br />

81 Consistec (AI) SP<br />

82 Contech (AI) SP<br />

83 Controles Gráficos Daru (AI) RJ<br />

84 Comtemp (AI) SP<br />

85 Contrasin Indústria e Comércio LTDA (AI) MG<br />

86 Controle Eng (AI) MG<br />

87 Contronics (AC) SC<br />

88 CP <strong>Eletrônica</strong> S/A (AI) RS<br />

89<br />

CPDIA <strong>–</strong> Centro de Pesq. e Desenv. Inform e<br />

Aut.<br />

(AI) SP<br />

90 Cronotec <strong>Eletrônica</strong> LTDA (AI) SP<br />

91<br />

CTC <strong>–</strong> Centro Tecn. Desenvolvimento de<br />

Campinas<br />

(AP) SP<br />

92 CTF Tcnologies do Brasil LTDA (AI) SP<br />

93 Curtis <strong>Eletrônica</strong> (AI) SP<br />

94 Daiken (AB) SP<br />

95 Daitech (AI) PR<br />

96 Dani Condutores (AP) SP<br />

97 Daruma (AB) SP<br />

98 Datacabos (AP) RS<br />

99 Datanav Engenharia LTDA (AI) SP<br />

100 Dataprom (AI, AP) PR<br />

101 Dataregis (AC, AB) SP<br />

102 Decibel (AP) SP<br />

103 Dell (AB) RS<br />

104 Denise Brandemburg Scholz (AI) SC<br />

105 Detector Eletr. BR (AI, AP) RJ<br />

106 Dettecta Sist. de Segurança (AP) SP<br />

107 Deutschebras Iman (AP) SP


No Empresa Área Estado<br />

108 DI Elétrons (AI) MG<br />

109 Digicon S/A (AI, AP, AC, AB) RS<br />

110 Digimat (AI) SP<br />

111 Digimec (AI) SP<br />

112 Digistar Telecomunicações S/A<br />

415<br />

Telecomunicação<br />

(AI, AP)<br />

113 Digisystem (AI) PR<br />

114 Digitel S/A Indústria <strong>Eletrônica</strong><br />

Telecomunicação<br />

(AI, AP, AC)<br />

115 Dimas de Melo Pimenta SIS Ponto ACES (AI, AP) SP<br />

116 Dimelthoz (AI) RS<br />

117 Dover (AI) RS<br />

118 Dresser (AI) SP<br />

119 Durcon Equip. Ind. (AI) SP<br />

120 ECB (AI) SP<br />

121 Ecil Informática Indústria e Com Ltda (AI, AP) SP<br />

122 Efacec (AI) SP<br />

123 Eicasa (AI) SP<br />

124 Eirich Industrial (AI) SP<br />

125 Elepot (AI) RJ<br />

126 Eletrocontroles Varitec (AI, AP) SP<br />

127 Eletromatic (AI, AP) SP<br />

128 <strong>Eletrônica</strong> Lidbom (AP) RS<br />

129 Eletropar Eletromecânica (AP) PR<br />

130 Eletroppar (AI, AP) SP<br />

131 Eletrotela Tecnologia digital (AI) MG<br />

132 Eletrothermo (AI) SP<br />

133 Elgin (AC, AB) SP<br />

134 Eliseu Kopp (AI, AC) RS<br />

135 Elo Sistemas Eletrônicos S/A<br />

GTD<br />

(AI)<br />

136 Elster (AI) RS<br />

137 Emerson Process Management (AI) SP<br />

138 Engebras (AC) SP<br />

139 Engeletro (AI) MG<br />

140 Engetron Eng. Eletr. Indústria e Com Ltda (AI) MG<br />

141 Engistrel (AI) SP<br />

142 Engro (AI) SP<br />

143 Enmetec (AI, AP) SP<br />

144 Ensec Enga Sist. de Segurança (AP) SP<br />

SP<br />

RS<br />

RS


No Empresa Área Estado<br />

145 Envision (AB) SP<br />

146 EPP (AI, AP) SP<br />

147 Epson (AB) SP<br />

148 Equipe-Equips (AI) SP<br />

149 Escher Inst. Ind. (AI) RJ<br />

150 Escontrol (AI) SP<br />

151 Esystech (AI, AB) PR<br />

152 Exacta (AI) SP<br />

153 Exata Inst. <strong>Eletrônica</strong> (AP) SC<br />

154 Exatron (AP) RS<br />

155 Ezamv (AP) RJ<br />

156 Fábrica de Manômetros Record (AI) SP<br />

157 FAE Ferragens e Aparelhos Elétricos S/A<br />

416<br />

GTD<br />

(AI, AP)<br />

158 Famabras (AI) SP<br />

159 Fascitec (AI) SP<br />

160 Festo (AI) SP<br />

161 Filizola S.A. Pesagem e <strong>Automação</strong> (AI) SP<br />

162 Fluid Ind. Com. Cont. Automáticos (AI) SP<br />

163 Fockink (AI) RS<br />

164 Fokus Brasil Sinalização Viária (AI) SP<br />

165 Force Line Ind. Com. Comp. Eletrônicos Ltda.<br />

Informática<br />

(AI, AP)<br />

166 Fort Knox (AP) SP<br />

167 Fotosensores Tec. Eletronica (AI) CE<br />

168 Frata (AI) SP<br />

169 FT (AI) SP<br />

170 Full Gauge (AI) RS<br />

171 GA Energia S/A (AI) SP<br />

172 Garen (AP) SP<br />

173 GE (AI, AP) SP<br />

174 Gertec (AC, AB)<br />

175 GLOBAL (AI) SP<br />

176 GLOBUS (AP) RS<br />

177 GTA (AI) SP<br />

178 Hahntel - Pollux (AI) SC<br />

179 Hasco (AI) SP<br />

180 HDL (AP) SP<br />

181 Helmut Mauell (AI) SP<br />

CE<br />

SP<br />

SP


No Empresa Área Estado<br />

182 Helzin (AI) SP<br />

183 Henry Equip. Eletrônicos (AP) PR<br />

184 Heraeus (AI) SP<br />

185 HI Tecnologia (AI) SP<br />

186 Hiter (AI) SP<br />

187 Hobeco (AI) RJ<br />

188 Honeywell do Brasil (AI) SP<br />

189 Hossoi (AP) SP<br />

190 HP (AB) SP<br />

191 Hytronic (AI) SP<br />

192 IBM (AC) SP<br />

193 IBRACON (AI) RS<br />

194 ICP (AI) SP<br />

195 Imply (AP, AC, AB) RS<br />

196 IMS (AI) RS<br />

197 Incontrol (AI) SP<br />

198 Ind. E Com. Barcha (AI) SP<br />

199 Ind. Elétricas Elite S/A - Inelsa (AI) CE<br />

200 Ineltec Tecnologias (AP) SP<br />

201 Infranav (AI) RJ<br />

202 Ingeteam (AI) SP<br />

203 Inova (AI) RS<br />

204 Instrutech (AI) SP<br />

205<br />

Intelbras S/A Ind. Telecom. <strong>Eletrônica</strong><br />

Brasileira<br />

417<br />

Telecomunicação<br />

(AP, AC)<br />

206 Interdidactic Sistemas Educacionais (AI) SP<br />

207 Invensys (AI) SP<br />

208 IOPE (AI) SP<br />

209 Ipsis Sistemas de Controle (AI) SP<br />

210 Italterm (AI) SP<br />

211 Itautec S/A<br />

Informática<br />

(AB, AC)<br />

212 I-Vision (AI, AC) MG<br />

213 João Wagner Wood Rossi - Telebell (AI) DF<br />

214 Johnson Controles (AP) SP<br />

215 Jonhis (AI) SP<br />

216 Kap (AI) SP<br />

217 Karrow (AI) PR<br />

218 KL Ind. E Com. (AP) RS<br />

SC<br />

SP


No Empresa Área Estado<br />

219 Koblitz (AI) SP<br />

220 Kodo (AP) BA<br />

221 Konica Minolta (AB) SP<br />

222 Kratos Dinamômetros (AI) SP<br />

223 KRON (AI) SP<br />

224 Kuttner (AI) MG<br />

225 KVA (AP) RS<br />

226 Labramo (AP) SP<br />

227 Landis+Gyr (AI) PR<br />

228 Lase (AP) RJ<br />

229 LCA (AP) SP<br />

230 Leucotron Equipamentos Ltda.<br />

418<br />

Telecomunicação<br />

(AP, AC)<br />

231 Leuze Electronic (AI, AP) SP<br />

232 Lexmark (AB) SP<br />

233 LG (AB) SP<br />

234 LGM Engenharia e Tecnologia D‘Agua LTDA (AI) DF<br />

235 Lince (AI) RJ<br />

236 Locktron (AP) SP<br />

237 Loefer do Brasil (AI) SP<br />

238 Luxtron (AP) SP<br />

239 Madis Rodbel (AP) SP<br />

240 Maelli (AP) RS<br />

241 Magnetrol (AI) SP<br />

242 Maquel Ind. Maq. Equip. Elet. (AI) SP<br />

243 Mar Girius (AI) SP<br />

244 Marposs Aparelhos Eletr. de Medição LTDA (AI) SP<br />

245 Martom Segurança <strong>Eletrônica</strong> (AP) SP<br />

246 MCM (AI) MG<br />

247 MCS Engenharia LTDA (AI) SP<br />

248 MDI (AI) RS<br />

249 Mecaf (AC, AB) SP<br />

250 MEKAB (AI) SP<br />

251 Menno (AC, AB) RS<br />

252 MEPA (AI) SP<br />

253 Metaltex (AI) SP<br />

254 Metalúrgica Nova Amaericana (AI) SP<br />

255 Metso (AI) SP<br />

256 Mettler (AI) SP<br />

MG


No Empresa Área Estado<br />

257 Microblau (AI, AP) SP<br />

258 Microhard (AI) RS<br />

259 Microsistemas Sistemas Eletrônicos S/A (AI, AP) PR<br />

260 Microsol Tecnologia S/A<br />

419<br />

Informática<br />

(AI, AP)<br />

261 Microtarget (AB) SP<br />

262 Mineoro (AB) RS<br />

263 Mirabit (AI, AP) RJ<br />

264 MOOG do Brasil Controles (AI) SP<br />

265 Motorola (AB) SP<br />

266 MS (AI) RJ<br />

267 MSA (AI) SP<br />

268 MTC Engenharia S/A (AI) RJ<br />

269 Naka Inst. Ind. (AI) SP<br />

270 Nansen S/A Instrumentos de Precisão<br />

GTD<br />

(AP, AI)<br />

271 NBN (AI) RS<br />

272 NCR (AI, AB) SP<br />

273 Netio (AP) SP<br />

274 Newlux (AI) SP<br />

275 Newtec Produtos Inteligentes LTDA (AI) MA<br />

276 Niágara S/A (AI) SP<br />

277 Nilko (AB) PR<br />

278 Nitrix (AP) MG<br />

279 NIVE-CON (AI) SP<br />

280 Norgren (AI) SP<br />

281 Novotec Exp. E Imp. (AI) RS<br />

282 Novus Produtos Eletrônicos Ltda.<br />

<strong>Automação</strong><br />

(AI)<br />

283 Nykon Dwyler (AI) SP<br />

284 OFF Light <strong>Automação</strong> e Conservação LTDA (AI) PR<br />

285 Oki (AB) SP<br />

286 Omron (AI) SP<br />

287 Opto <strong>Eletrônica</strong> S/A (AI) SP<br />

288 Optsensys Instrum. Óptica e Eletrôn. LTDA (AI) SP<br />

289 Orbe (AI) SP<br />

290 OMEL (AI) SP<br />

291 Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda.<br />

GTD<br />

(AI)<br />

292 Ottime (AI) SP<br />

293 Parker Hannifin (AI) SP<br />

CE<br />

MG<br />

RS<br />

MG


No Empresa Área Estado<br />

294 Parks S/A Comunicações Digitais<br />

420<br />

Telecomunicação<br />

(AI)<br />

295 Passo Ind. Com. Equip. Elet. (AP) RS<br />

296 PC Microship (AP) SP<br />

297 Perkons S/A (AI) PR<br />

298 Periscópio Equip. Optronicos (AI) RJ<br />

299 Pextron (AI) SP<br />

300 PHB (AI) SP<br />

301 Phoenix (AI) SP<br />

302 Pial Legrand (AP) SP<br />

303 Pilz (AI) SP<br />

304 Plantech Eng. de Sistemas (AP) SP<br />

305 Ponfac (AI) RS<br />

306 Positivo Informática Ltda.<br />

Informática<br />

(AI, AB)<br />

307 Positronic (AI) SP<br />

308 Presys (AI) SP<br />

309 Priel <strong>Eletrônica</strong> (AI, AP) SP<br />

310 Pró-Digital (AP) PR<br />

311 Procomp (AP, AC, AB) SP<br />

312 RBS Tecn. de Informação (AP) ES<br />

313 Reason Tecnologia S/A (AI) SC<br />

314 RELM CHATRAL (AI) SP<br />

315 REMATEL (AI) RS<br />

316 Renno Tecnologia (AI) SP<br />

317 Resmat Parsh Sist. contra Incêndio (AP) SP<br />

318 Rontan (AP) SP<br />

319 Rockwell (AI) SP<br />

320 Roque&Correia (AI) PR<br />

321 Romagnole Produtos Elétricos Ltda.<br />

GTD<br />

(AI)<br />

322 RSP Technology (AP) SP<br />

323 Sagem-Orga (AC, AB) SP<br />

324 Samsung (AB) SP<br />

325 SAN-EI (AP) SP<br />

326 Sandvik do Brasil (AI) SP<br />

327 Saturnia (AI) SP<br />

328 Schalt (AP) SP<br />

329 Schenck Process Equips Industriais LTDA (AI) SP<br />

330 Schneider (AI) SP<br />

RS<br />

PR<br />

PR


No Empresa Área Estado<br />

331 SDC Engenharia de Sistemas (AI) SP<br />

332 SDM (AI) PR<br />

333 SEG (AI) SP<br />

334 S&E (AI) SP<br />

335 Sekron (AI, AP) SP<br />

336 Selco Sistemas Eletrônicos LTDA (AI) SC<br />

337 Selcon Sist. Eletrônicos Controle LTDA (AI) SP<br />

338 Semp Toshiba (AB) SP<br />

339 Sense <strong>Eletrônica</strong> Ltda. (AI) SP<br />

340 Sensonic Ind. <strong>Eletrônica</strong> (AP) RJ<br />

341 Sensores Eletrônicos Instrutech Ltda. (AI) SP<br />

342 Sensormatic (AP) SP<br />

343 Serttel (AC) PE<br />

344 Set Point Com. E Ind. (AI) SP<br />

345 Setha Indústria <strong>Eletrônica</strong> Ltda.<br />

421<br />

Equipamentos<br />

Industriais<br />

(AI, AP)<br />

346 SGF (AI) SP<br />

347 Shadow Detectores de Metais (AP) PR<br />

348 Shempo (AC) SP<br />

349 SHW Instrumentação (AI) SP<br />

350 Siemens (AI, AP) SP<br />

351 Silkan (AP) SP<br />

352 Sinatron (AI) RS<br />

353 Siproel (AI, AP) PR<br />

354 Sistron Sist. de Energia (AI) MG<br />

355 Sitron Equip. Eletro. (AI) SP<br />

356 SLG (AP) SP<br />

357 SMAR (AI) SP<br />

358 SMS Tecnologia <strong>Eletrônica</strong> Ltda<br />

Informática<br />

(AI, AP)<br />

359 Soliton <strong>Eletrônica</strong> (AI) SP<br />

360 Spacecomm (AP) PR<br />

361 Spectro Enga (AP) PR<br />

362 Sphera Planetaria (AI) SP<br />

363 Spider Tecnologia (AI, AP) SP<br />

364 Spin Engenharia de <strong>Automação</strong> (AI, AP) DF<br />

365 Splice (AI) SP<br />

366 Staefa Control (AP) SP<br />

RJ<br />

SP


No Empresa Área Estado<br />

367<br />

STM Tecnologia e Equipamentos Especiais<br />

LTDA<br />

422<br />

(AI) SP<br />

368 Sulton (AP) PR<br />

369 Suprasonic <strong>Eletrônica</strong> (AI) SP<br />

370 Sweda Informática Ltda.<br />

Informática<br />

(AC, AB)<br />

371 Symnetics (AI) SP<br />

372 Syncro (AI) SP<br />

373 System Partner (AI) SP<br />

374 Technometal (AB) SP<br />

375 Tecnac do Brasil (AI) RJ<br />

376 Tecnotron (AI) SP<br />

377 Tecpoint (AC, AB) SP<br />

378 Tecsys do Brasil Industrial Ltda.<br />

Telecomunicação<br />

(AP, AC)<br />

379 Tectelcom Aeroespacial (AI) SP<br />

380 Tectrol (AI) SP<br />

381 Teikon Tecnologia Industrial S/A<br />

Informática<br />

(AI)<br />

382 TEL Telecomunicações e <strong>Eletrônica</strong> (AP) SP<br />

383 Telecomando (AP) SP<br />

384 Telemática Sist. Inteligentes (AP) SP<br />

385 Telesparker Digital (AP) SP<br />

386 Telvent (AI) SP<br />

387 TESC (AC) SP<br />

388 Therma Inst. Medição Autom. Projetos (AI) SP<br />

389 Thevear (AP) SP<br />

390 Toledo do Brasil Ind. Balanças (AI) SP<br />

391 Toshiba (AI) MG<br />

392 Trafo Equipamentos Elétricos S/A<br />

GTD<br />

(AI)<br />

393 Trafit (AI) BA<br />

394 Transdata (AI, AP) SP<br />

395 Translancier Ind. E Com. (AI) RJ<br />

396 Tron (AI) PE<br />

397 Tropico Eq. El. Ilumnação (AI) SP<br />

398 Turotest Medidores LTDA (AI) SP<br />

399 Tyco Valves Controls (AI) SP<br />

400 Ultrak Tecn. de Segurança (AP) SP<br />

401 Unidigital (AI) RS<br />

402 Uniontec (AP) SP<br />

SP<br />

SP<br />

RS<br />

RS


No Empresa Área Estado<br />

403 Unisys (AC) SP<br />

404 Unitron Engenharia (AP) SP<br />

405 Upsai (AP) SP<br />

406 Varixx Ind. Elterônica (AI) SP<br />

407 Vector Eng. e Sistemas de <strong>Automação</strong> LTDA (AI) SP<br />

408 Veeder Root (AI) SP<br />

409 Versão <strong>Automação</strong> (AI) RS<br />

410 Vertex (AP) RS<br />

411 Viasat tecn. em Comunicações (AP) MG<br />

412 View Tech <strong>Automação</strong> Industrial (AI) SP<br />

413 Vincere (AI) SP<br />

414 Visual Sistemas Eletrônicos (AI) MG<br />

415 Voith Siemens Hydro Power Generation (AI) SP<br />

416 Vorax (AI) SP<br />

417 Ward (AI) MG<br />

418 WEG S/A<br />

423<br />

Equipamentos<br />

Industriais<br />

(AI, AP)<br />

419 Weguardyou (AP) SP<br />

420 Wetzel (AP) SP<br />

421 Whyte Martins Gases Industriais (AI) RJ<br />

422 Xerox (AB) RJ<br />

423 XPS (AI) SP<br />

424 Yaskawa (AI) SP<br />

425 Yokogawa (AI) SP<br />

426 ZAF Sistemas Analíticos (AI) SP<br />

427 ZPM (AB) RS<br />

SC

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