Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação - ABDI
Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação - ABDI
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<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong><br />
Relatório Panorama <strong>Setorial</strong><br />
Brasília<br />
Agosto, 2009<br />
iii
Centro de Gestão e <strong>Estudo</strong>s Estratégicos<br />
Presidenta<br />
Lucia Carvalho Pinto de Melo<br />
Diretor Executivo<br />
Marcio de Miranda Santos<br />
Diretores<br />
Antônio Carlos Filgueira Galvão<br />
Fernando Cosme Rizzo Assunção<br />
Centro de Gestão e <strong>Estudo</strong>s Estratégicos (CGEE)<br />
SCN Quadra 2, Bloco A, Edifício Corporate Financial Center, Salas 1102/1103<br />
70712-900 <strong>–</strong> Brasília, DF<br />
Tel: (xx61) 3424.9600 Fax: (xx61) 3424.9671<br />
URL: http://www.cgee.org.br<br />
iv
Relatório Panorama <strong>Setorial</strong> do <strong>Estudo</strong><br />
<strong>Prospectivo</strong> de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong><br />
Supervisão<br />
Marcio de Miranda Santos<br />
Consultor<br />
João Mauricio Rosário<br />
Equipe Técnica do CGEE<br />
Liliane Rank (Coordenação Geral)<br />
Milton Pombo da Paz (Responsabilidade Técnica)<br />
Equipe de Apoio do CGEE<br />
Cláudio Chauke Nehme (Apoio Metodológico)<br />
Lilia Miranda de Souza (Apoio Técnico)<br />
Carlos Augusto Caldas de Moraes (Apoio sobre Cadeia de Valor)<br />
Cristiane Pamplona (Apoio Técnico)<br />
Juliana de Souza (Apóio Administrativo)<br />
Priscilla Matos (Apoio Técnico)<br />
Sandra Milagres (Apoio Administrativo)<br />
Eduardo José Lima de Oliveira (Apoio de designer)<br />
André Scofano Maia Porto (Apoio de designer)<br />
Lilian M. Thomé Andrade Brandão (Apoio nas consultas estruturadas)<br />
Kleber de Barros Alcanfor (Apoio nas consultas estruturadas)<br />
Elaine Michon (Apoio de eventos)<br />
Luciana Cardoso de Souza (Apoio de eventos)<br />
Marina Brasil (Apoio de eventos)<br />
Regina Silvério (Apoio Técnico)<br />
Equipe da <strong>ABDI</strong><br />
Clayton Campanhola (Diretor)<br />
Claudionel C. Leite (Líder de Projetos)<br />
Valdênio Araújo (Assistente)<br />
Willian Souza (Assistente)<br />
v
Colaboradores do Setor<br />
ABINEE / Altus <strong>–</strong> Luiz F. Gerbase; ABINEE / Ecil Informática <strong>–</strong> Nelson Luis C. Freire; ABINEE <strong>–</strong> Fabián Yaksic;<br />
ABINEE <strong>–</strong> Luiz Cezar E. Rochel; ABINEE-Carlos Cavalcanti; ABINEE-Israel Guratti; ABINEE-Wesley Giachini;<br />
ABINEE-Welmenson da Silva; ABNT-José Sebastião Viel; ABNT-Pedro Buzatto Costa; APEX-Márcio Almeida;<br />
APEX-Rogério Bellini; APEX-Richard Sabah; Arrows-Neimar Marques Duarte; BEMATECH-Wolney Betiol;<br />
BNDES-Carlos Gastaldoni; BNDES-Marcelo Goldenstein; BNDES-Maurício Neves; BNDES-Regina Maria<br />
Vinhais Gutierrez; CEFET-SP IFET-Alexandre Brincalep Campo; CENPES-Luiz Carlos Peixoto Messina;<br />
COESTER-Marcus Coester; Conceil General de L’essonme-Jean-christophe Frachet; CP ELETRÔNICA-<br />
Alexandre Saccol; CP ELETRÔNICA-Carlos Roberto Pires Porto; CSIC-Arturo Forner-Cordero; DYNAMIS-<br />
Marcilio Antonio Viana Pongitori; EDACOM-Arnaldo Ortiz Clemente; ELIPSE-Marcelo B. Salvador; EPUSP-José<br />
Reinaldo Silva; FESTO-Luis Carlos Iório; FET-Marcio Rillo; FINEP-Luis Manuel Rebelo Fernandes; IHM-Carlos<br />
Alberto Viégas Gonçalves; INMETRO-Alfredo Lobo; INMETRO-Gustavo Kuster; INMETRO-João Alziro Herz da<br />
Jornada; INMETRO-Alessandro Nogueira Reis; INPI-Ademir Tardelli; INPI-Carlos Pazos Rodriguez; INPI-Jorge<br />
de Paula Costa Ávila; INPI-Marcio Lacerda; INPI-Sergio Paulino Carvalho; ISEP-José Antonio Tenreiro Machado;<br />
ISMEP-SUPMECA-Jean Paul Frachet; ITAUTEC-Irineu Govea; KALATEK-Edilson Cravo; Lego Education-<br />
Arnaldo Ortis Clemente; MCT-Adalberto Barbosa; MCT-Augusto Cesar Gadelha Vieira; MCT-Francisco Silveira<br />
dos Santos; MCT-Hamilton José Mendes; MCT-Henrique de Oliveira Miguel; MDIC-Ajalmar Lakiss Gusmão;<br />
MDIC-Arnaldo Gomes Serrão; MDIC-Fernando Cordeiro; MDIC-Nilton Sacenko; METSO-Pedro Rodrigues;<br />
National Instruments-Marco Aurélio Amorim; NOVUS-Aderbal Lima; NOVUS-Miguel Fachin; NOVUS-Valerio<br />
Galeazzi; QUALISYS-Edgard de Oliveira; SEBRAE-Ana Lúcia; SEBRAE-Ana Lúcia Moura de Oliveira; SENAI-<br />
José Manuel de Aguiar Martins; SENAI-Julio Cesar de Almeida Freitas; SENAI-Luis Antonio Caruso; SENAI-<br />
Marcello José Pio; SENAI-Mauro Sergio Juarez Cáceres; SENSE-Antônio Celso Spinelli; SENSE-Paulo<br />
Caselato; SMAR-Eduardo André Mossin; SPIN ENGENHARIA-Clóvis Simões; SPIN ENGENHARIA-Luis Closs;<br />
SUPELEC-Didier Dumur; UFES-Teodiano Freire Bastos; UFGD-Clivaldo Oliveira; UMNG-Byron Alfonso Perez;<br />
UMNG-Paola Andrea Nizo Soares; UMNG/UNICAMP-Oscar Fernando Avilés; UNESP-Humberto Ferasoli;<br />
UNICAMP-Álvaro Joffre Uribe Quevedo; UNICAMP-Antonio Batocchio; UNICAMP-Luiz Gustavo de Mello<br />
Paracêncio; UNICAMP-Marcos Correa Carvalho; Universidade de Passo Fundo-Jocarly Patrocínio Sde Souza;<br />
Unisal-Wlamir Passos; WEG-Mauricio Pereira Costa.<br />
vi
Sumário<br />
Lista de Figuras ....................................................................................................... ix<br />
Lista de Tabelas .......................................................................................................x<br />
Lista Quadros ......................................................................................................... xii<br />
Lista de Gráficos ................................................................................................... xiv<br />
Lista de Siglas ........................................................................................................ xv<br />
1. Sumário Executivo .............................................................................................. 1<br />
2. Introdução ......................................................................................................... 31<br />
3. <strong>Automação</strong> ........................................................................................................ 34<br />
4. Panorama Atual ................................................................................................ 64<br />
5. Considerações Finais ...................................................................................... 293<br />
Referências Bibliográficas ................................................................................... 295<br />
Sites Consultados ............................................................................................... 310<br />
APÊNDICE I <strong>–</strong> Fundamentação da Cadeia Produtiva ......................................... 312<br />
APÊNDICE II - Principais Normas Técnicas - <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> ......... 323<br />
APÊNDICE III - Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural ...................... 325<br />
APÊNDICE IV <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de <strong>Automação</strong><br />
Industrial ............................................................................................................. 328<br />
APÊNDICE V <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de <strong>Automação</strong><br />
Predial ................................................................................................................. 339<br />
APÊNDICE VI <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de <strong>Automação</strong><br />
Comercial ............................................................................................................ 342<br />
APÊNDICE VII <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de <strong>Automação</strong><br />
Bancária .............................................................................................................. 348<br />
ANEXO I <strong>–</strong> Relação das Empresas integrantes do FEET - Fórum de Empresários<br />
Exportadores de Tecnologia ............................................................................... 352<br />
ANEXO II <strong>–</strong> Análise Econômica do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> ........... 361<br />
ANEXO III <strong>–</strong> Expectativas das Entidades ............................................................ 367<br />
vii
ANEXO IV <strong>–</strong> Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Industrial .................................. 369<br />
ANEXO V - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de<br />
<strong>Automação</strong> Industrial .......................................................................................... 377<br />
ANEXO VI - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Predial-Residencial .................. 386<br />
ANEXO VII - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de<br />
<strong>Automação</strong> Predial-Residencial .......................................................................... 399<br />
ANEXO VIII - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Comercial ............................... 403<br />
ANEXO IX - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de<br />
<strong>Automação</strong> Comercial ......................................................................................... 405<br />
ANEXO X - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Bancária .................................... 407<br />
ANEXO XI - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de<br />
<strong>Automação</strong> Bancária ........................................................................................... 410<br />
ANEXO XII <strong>–</strong> Empresas atuantes no Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> ........ 412<br />
viii
Lista de Figuras<br />
Figura 1 - Processo de elaboração do Programa Estratégico <strong>Setorial</strong> - PES. ............ 7<br />
Figura 2 - Conceito abrangente de <strong>Automação</strong>......................................................... 35<br />
Figura 3 - Extensão do Conceito de <strong>Automação</strong> por meio de cinco elementos chaves. 36<br />
Figura 4 - Conceito Estendido de <strong>Automação</strong>. .......................................................... 37<br />
Figura 5 <strong>–</strong> Modelo das cinco forças de Porter. .......................................................... 39<br />
Figura 6 - Fluxo Produtivo Macro do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. ............. 43<br />
Figura 7 - Fluxo Produtivo detalhado do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. ........ 45<br />
Figura 8 - Cadeia Produtiva do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. ...................... 47<br />
Figura 9 - Cadeia Produtiva / Fluxo de Conhecimentos do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong>. ........................................................................................................ 50<br />
Figura 10 <strong>–</strong> Pontos Críticos e Agentes Decisores na Cadeia Produtiva / Cadeia de<br />
Conhecimentos do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. ................................. 52<br />
Figura 11 <strong>–</strong> Ciclo da Cadeia Produtiva. ..................................................................... 53<br />
Figura 12 <strong>–</strong> Ciclo de Vida de um Produto Industrial. ............................................... 111<br />
Figura 13 <strong>–</strong> Ciclo em V de desenvolvimento de um Produto. ................................. 112<br />
Figura 14 - Principais Sistemas de <strong>Automação</strong> de um Edifício Inteligente. ............ 215<br />
Figura 15 - Sustentabilidade da <strong>Automação</strong> Predial. .............................................. 222<br />
Figura 16 - Produtos e Serviços <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> Comercial. ................................ 234<br />
Figura 17 - Alicerces de um Desenvolvimento industrial sustentável. ..................... 246<br />
Figura 18 - Fluxograma de reciclagem dos CRTs. .................................................. 254<br />
Figura 19 - Reciclagem de Materiais. ...................................................................... 272<br />
Figura 20 - Impacto Ambiental e saúde do trabalhador. ......................................... 274<br />
Figura 21 - Gestão Ambiental. ................................................................................ 276<br />
Figura 22 - Regras Ambientais. ............................................................................... 276<br />
Figura 23 <strong>–</strong> Forma de organização da cadeia de valor. .......................................... 315<br />
Figura 24 <strong>–</strong> Modelo holístico de cadeia de valor em negócios. ............................... 317<br />
Figura 25 <strong>–</strong> Sistema de valores. .............................................................................. 319<br />
Figura 26 <strong>–</strong> O Processo da Cadeia de Valor. .......................................................... 322<br />
ix
Lista de Tabelas<br />
Tabela 1 <strong>–</strong> Cenário Desejável <strong>para</strong> a Indústria de <strong>Automação</strong> em 2020. ................. 29<br />
Tabela 2 - Faturamento dos Principais Fabricantes Internacionais Ligados à <strong>Automação</strong><br />
Industrial. ........................................................................................................... 76<br />
Tabela 3 <strong>–</strong> Análise de Mercado do Segmento de <strong>Automação</strong> Industrial. .................. 79<br />
Tabela 4 - Segmentos do Mercado Mundial de CPs. ................................................ 80<br />
Tabela 5 <strong>–</strong> Segmento de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas <strong>–</strong> Óleo & Gás. 81<br />
Tabela 6 <strong>–</strong> Área de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas <strong>–</strong> Óleo & Gás. ... 81<br />
Tabela 7 - Redução de energia com aplicação de <strong>Automação</strong> Predial. .................... 85<br />
Tabela 8 <strong>–</strong> Estabelecimentos Comerciais no Brasil. ................................................. 94<br />
Tabela 9 <strong>–</strong> Números do Setor Bancário. ................................................................... 98<br />
Tabela 10 <strong>–</strong> Banco Eletrônico: Números do Setor. ................................................... 99<br />
Tabela 11 <strong>–</strong> Custo Médio de uma Transação Bancária. ......................................... 101<br />
Tabela 12 <strong>–</strong> Número total de equipamentos de <strong>Automação</strong> Bancária e sua localização.<br />
......................................................................................................................... 104<br />
Tabela 13 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Bancária: Equipamentos e Localização. .......................... 106<br />
Tabela 14 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Bancária: Despesas em Tecnologia. ................................ 108<br />
Tabela 15 <strong>–</strong> Recursos Computacionais dos Bancos. .............................................. 109<br />
Tabela 16 <strong>–</strong> Terceirização / Outsourcing. ............................................................... 110<br />
Tabela 17 <strong>–</strong> Indicadores Gerais da Indústria Eletroeletrônica 2001 a 2008. ........... 124<br />
Tabela 18 <strong>–</strong> Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões) de 2001 a<br />
2008. ................................................................................................................ 127<br />
Tabela 19 <strong>–</strong> Variação das exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008. ...... 128<br />
Tabela 20 <strong>–</strong> Produtos mais Exportados 2007 e 2008. ............................................ 129<br />
Tabela 21 - Destino das Exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008. ........ 130<br />
Tabela 22 <strong>–</strong> Destino das Exportações do Setor Eletroeletrônico por Área <strong>–</strong> 2008.. 131<br />
Tabela 23 <strong>–</strong> Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões). . 132<br />
Tabela 24 <strong>–</strong> Importações do Setor Eletroeletrônico 2007 e 2008. .......................... 133<br />
Tabela 25 <strong>–</strong> Produtos mais Importados 2007 e 2008. ............................................. 135<br />
Tabela 26 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.135<br />
Tabela 27 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.136<br />
Tabela 28 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.137<br />
Tabela 29 <strong>–</strong> Faturamento da Indústria Eletroeletrônica por Área (US$ milhões) de 2001 a<br />
2008. ................................................................................................................ 139<br />
Tabela 30 <strong>–</strong> Principais Produtos Eletroeletrônicos Exportados <strong>–</strong> 2003 a 2008 (US$ milhões).<br />
......................................................................................................................... 140<br />
Tabela 31 <strong>–</strong> Principais Produtos Eletroeletrônicos Importados <strong>–</strong> 2003 a 2008 (US$ milhões).<br />
......................................................................................................................... 140<br />
Tabela 32 <strong>–</strong> Fluxo de Comércio de Produtos Eletroeletrônicos por Área <strong>–</strong> 2001 a 2008 (US$<br />
milhões). .......................................................................................................... 141<br />
Tabela 33 <strong>–</strong> Projeções de Faturamento por Área (em R$ milhões a preços correntes). 146<br />
Tabela 34 <strong>–</strong> Projeções dos Principais indicadores do setor. ................................... 146<br />
Tabela 35 <strong>–</strong> Saldos Negativos da Balança Comercial do Setor Eletroeletrônico. ... 147<br />
Tabela 36 <strong>–</strong> Faturamento das Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos<br />
Industriais. ........................................................................................................ 220<br />
x
Lista Quadros<br />
Quadro 1 - Dimensões de análise do EPS. ................................................................. 9<br />
Quadro 2 - Principais Fabricantes Nacionais Ligados à <strong>Automação</strong> Industrial. ........ 67<br />
Quadro 3 <strong>–</strong> Segmentos do Mercado da <strong>Automação</strong> Comercial. ............................... 93<br />
Quadro 4 <strong>–</strong> Principais Empresas no Mercado Mundial de ATMs. ........................... 100<br />
Quadro 5 <strong>–</strong> Número de Empresas ligadas ao Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>152<br />
Quadro 6 <strong>–</strong> Número de Empregados ligados ao Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
(Representação na PIA Empresa). .................................................................. 153<br />
Quadro 7 <strong>–</strong> Aspectos Econômicos dos Setores de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e<br />
Eletroeletrônico. ............................................................................................... 155<br />
Quadro 8 <strong>–</strong> Panorama Econômico dos Setores de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e<br />
Eletroeletrônico. ............................................................................................... 157<br />
Quadro 9 <strong>–</strong> Balança Comercial dos Produtos do Setor Eletroeletrônico ligados à <strong>Eletrônica</strong><br />
<strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. .............................................................................................. 159<br />
Quadro 10 <strong>–</strong> Balança Comercial de Produtos do Setor Eletroeletrônico. ................ 160<br />
Quadro 11 <strong>–</strong> Volume Total de Hipotecas Emitidas nos EUA. ................................. 161<br />
Quadro 12 <strong>–</strong> Fontes de recursos das Empresas Brasileiras <strong>–</strong> Indústria e Infraestrutura. 165<br />
Quadro 13 <strong>–</strong> Investimentos Mapeados no Brasil (2009/2012). ............................... 166<br />
Quadro 14 <strong>–</strong> Crescimento dos Investimentos (Projetos Firmes) <strong>–</strong> 2009/2012. ....... 167<br />
Quadro 15 <strong>–</strong> Desempenho <strong>Setorial</strong> <strong>–</strong> 2007/2008. ................................................... 167<br />
Quadro 16 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Atuadores. ..................................... 172<br />
Quadro 17 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Sensores. ...................................... 173<br />
Quadro 18 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Controladores................................ 174<br />
Quadro 19 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Redes de Comunicação Industrial. 175<br />
Quadro 20 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Softwares industriais. .................... 176<br />
Quadro 21 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Sistemas. ...................................... 177<br />
Quadro 22 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Serviços. ....................................... 178<br />
Quadro 23 - Descrição dos principais tipos de Suporte Tecnológico. ..................... 179<br />
Quadro 24 - Relação de Serviços Específicos em Atmosferas Explosivas. ............ 207<br />
Quadro 25 - Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos Industriais. 218<br />
Quadro 26 - Ranking GreenPeace. ......................................................................... 256<br />
Quadro 27 - Regulamentações WEEE por categorias de produtos cobertos. ........ 267<br />
Quadro 28 - Com<strong>para</strong>ção do Segmento de Serviços em <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.292<br />
Quadro 29: Principais Normas Técnicas so setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. . 323<br />
Quadro 30: Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural. ............................... 325<br />
Quadro 31: Empresas Integrantes do FEET. .......................................................... 352<br />
Quadro 29: Expectativas das Entidades - Volume de Produção - (4º Trimestre de 2008).<br />
......................................................................................................................... 367<br />
Quadro 30: Expectativas das Entidades - Vendas <strong>para</strong> o Mercado Interno - (4º Trimestre<br />
2008). ............................................................................................................... 367<br />
Quadro 31: Expectativas das Entidades - Vendas <strong>para</strong> o mercado externo - (4º Trimestre<br />
2008). ............................................................................................................... 368<br />
Quadro 35: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Industrial. .................................... 369<br />
Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />
Industrial. ......................................................................................................... 377<br />
Quadro 35: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Predial-Residencial. .................... 386<br />
xii
Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />
Predial-Residencial. ......................................................................................... 399<br />
Quadro 35: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Comercial. .................................. 403<br />
Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />
Comercial. ........................................................................................................ 405<br />
Quadro 35: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Bancária. .................................... 407<br />
Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />
Bancária. .......................................................................................................... 410<br />
Quadro 35: Empresas Atuantes no Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. ............. 412<br />
xiii
Lista de Gráficos<br />
Gráfico 1 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica de Empresas da Indústria de <strong>Automação</strong> no Brasil.<br />
........................................................................................................................... 14<br />
Gráfico 2 - Distribuição de Segmentos de Atuação de Empresas em <strong>Automação</strong> no Brasil.<br />
........................................................................................................................... 14<br />
Gráfico 3 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem o FEET.<br />
........................................................................................................................... 16<br />
Gráfico 4 - Distribuição de Segmentos de Atuação das Empresas que constituem o FEET.<br />
........................................................................................................................... 16<br />
Gráfico 5 - Faturamento do Complexo Eletroeletrônico. ........................................... 18<br />
Gráfico 6 - Exportações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico. ....................... 18<br />
Gráfico 7 - Importações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico. ........................ 19<br />
Gráfico 8 - Mercado Nacional de CLP. ...................................................................... 70<br />
Gráfico 9 <strong>–</strong> Porcentagem de Internautas que Acessam Serviços Públicos. .............. 95<br />
Gráfico 10 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> <strong>–</strong> Principais Setores de Aplicações Industriais. ............... 114<br />
Gráfico 11 <strong>–</strong> Base de Protocolos Instalados. .......................................................... 114<br />
Gráfico 12 <strong>–</strong> Comportamento das Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos<br />
Econômicos. .................................................................................................... 132<br />
Gráfico 13 <strong>–</strong> Comportamento das Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos<br />
Econômicos. .................................................................................................... 137<br />
Gráfico 14 <strong>–</strong> Balança Comercial de Produtos Eletroeletrônicos (US$ bilhões). ...... 138<br />
Gráfico 15 <strong>–</strong> Índice de Confiança do Consumidor. .................................................. 162<br />
Gráfico 16 <strong>–</strong> Índice de Confiança da Indústria de Transformação. ......................... 162<br />
Gráfico 17 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem a área<br />
de Sistemas Eletrônicos Prediais. .................................................................... 219<br />
Gráfico 18 - Mercado <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> Comercial. ................................................. 233<br />
Gráfico 19 <strong>–</strong> Número de Empregados no setor. ...................................................... 244<br />
xiv
Lista de Siglas<br />
ABAL Associação Brasileira de Alumínio<br />
<strong>ABDI</strong> Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial<br />
ABIA Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação<br />
ABIFA Associação Brasileira de Fundição<br />
ABIGRAF Associação Brasileira da Indústria Gráfica<br />
ABILUX Associação Brasileira da Indústria de Iluminação<br />
ABIMAQ Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos<br />
ABIMO<br />
Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos<br />
Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios<br />
ABINEE Associação Brasileira da Indústria Elétrica e <strong>Eletrônica</strong><br />
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas<br />
ABPO Associação Brasileira de Papelão Ondulado<br />
AD Analógico-Digital<br />
AD Agentes Decisores<br />
AFRAC Associação Brasileira de <strong>Automação</strong> Comercial<br />
ALADI Associação Latino-Americana de Integração<br />
ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações<br />
ANFAVEA Associação Nacional dos Fabricantes de Veículo Automotores<br />
ANIPA Associação Nacional da Indústria de Pneumático<br />
ANPEI<br />
Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia<br />
das Empresas Inovadoras<br />
ANSI American National Standards Institute<br />
AP Agricultura de Precisão<br />
APEX Brasil Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos<br />
API American Petroleum Institute<br />
xv
ARM Advanced RISC Machine<br />
ASHRAE<br />
American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning<br />
Engineers<br />
ASi Actuator Sensor Interface<br />
ASME American Society of Mechanical Engineers<br />
ATM Automatic Teller Machine<br />
BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social<br />
BRACELPA Associação Brasileira de Celulose e Papel<br />
BRDE Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul<br />
CAD Computer-Aided Design<br />
CAE Computer-Aided Engineering<br />
CAEx Comitê de Análise de ex-Tarifários<br />
CAN Controller-Area Network<br />
CCD Charge-Coupled Device<br />
CCM Central de Comando de Motores<br />
CEITEC Centro Nacional de Tecnologia <strong>Eletrônica</strong> Avançada<br />
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental<br />
CFTV Circuito Fechado de Televisão<br />
CGEE Centro de Gestão e <strong>Estudo</strong>s Estratégicos<br />
CIDE Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico<br />
CISPR International Special Committee on Radio Interference<br />
CLP Controlador Lógico Programável<br />
CMC Connection Module Cloning<br />
CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas<br />
CNC Controle Numérico Computadorizado<br />
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico<br />
CNTC Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio<br />
xvi
COBEI<br />
Comitê Brasileiro de Eletricidade, <strong>Eletrônica</strong>, Iluminação e<br />
Telecomunicações<br />
COFINS Contribuição <strong>para</strong> o Financiamento da Seguridade Social<br />
CONIP Congresso de Inovação da Gestão Pública<br />
CONMETRO<br />
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade<br />
Industrial<br />
CPD Centro de Processamento de Dados<br />
CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira<br />
CPU Unidade Central de Processamento<br />
CRT Cathodic Ray Tube<br />
CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido<br />
DA Digital-Analógico<br />
DCS Distributed Control System<br />
DHEP Diclofenac Hydroxyethylpyrrolidine<br />
DIPQ Declaração de Importação de Pequena Quantidade<br />
ECR Efficient Consume Response<br />
EDI Electronic Data Interchange<br />
EPA Environmental Protection Agency<br />
EPC Electronic Product Code<br />
EPS <strong>Estudo</strong> <strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong><br />
FCI Fluid Controls Institute<br />
FEET Fórum de Empresários Exportadores de Tecnologia<br />
FF Finish Foil<br />
FGV Fundação Getúlio Vargas<br />
FINEP Financiadora de <strong>Estudo</strong>s e Projetos<br />
FISET Fundo de Investimento <strong>Setorial</strong> (<strong>para</strong> o Reflorestamento)<br />
FPGA Field Programmable Gate Array<br />
xvii
GIS Geographical Information System<br />
GPRS General Packet Radio Service<br />
GPS Global Positioning System<br />
GSM Global System for Mobile Communications<br />
GT Grupo de Trabalho<br />
HDTV High Definition Television<br />
IA Inteligência Artificial<br />
IBAMA<br />
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />
Renováveis<br />
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística<br />
IBS Instituto Brasileiro de Siderurgia<br />
ICMS<br />
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de<br />
Serviços<br />
ICT Instituições Científicas e Tecnológicas<br />
IEC International Electrotechnical Commission<br />
IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers<br />
IEMI Instituto de <strong>Estudo</strong>s e Marketing Industrial<br />
IHM Interface Homem-Máquina<br />
II Imposto de Importação<br />
INMETRO<br />
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade<br />
Industrial<br />
INPI Instituto Nacional da Propriedade Industrial<br />
INSS Instituto Nacional do Seguro Social<br />
IPD Eletron<br />
Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do<br />
Complexo Eletroeletrônico e Tecnologia da Informação<br />
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada<br />
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados<br />
IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano<br />
IPVA Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores<br />
xviii
IR Imposto de Renda<br />
ISA The Instrumention System and Automation Society<br />
ISO International Organization for Standardization<br />
ISOBUS<br />
Padronização da comunicação entre tratores e implementos<br />
agrícolas<br />
ISS Imposto Sobre Serviços<br />
LCD Liquid Crystal Display<br />
LVDT Linear Variable Differential Transformer<br />
MCT Ministério da Ciência e Tecnologia<br />
MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior<br />
MERCOSUL Mercado Comum do Sul<br />
MES Manufacturing Execution System<br />
MPC Multivariable Predictive Controller<br />
MSS Manufacturers Standardization Society<br />
MTE Ministério do Trabalho e Emprego<br />
NBR Norma Brasileira<br />
NCM Nomenclatura Comum do Mercosul<br />
NEC National Electric Code<br />
NFPA National Fire Protection Association<br />
NR Norma Regulamentadora<br />
OCP Organismo de Certificação de Produto<br />
OMC Organização Mundial do Comércio<br />
ONG Organização Não Governamental<br />
OSB Oriented Strand Board<br />
P&D Pesquisa e Desenvolvimento<br />
P, D & I Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação<br />
PAC Programa de Aceleração do Crescimento<br />
xix
PBAC Programa Brasileiro de Avaliação da Conformidade<br />
PBB Polybrominated biphenyls<br />
PBDE Polybrominated diphenylethers<br />
PC Personal Computer - Computador Pessoal<br />
PC Ponto Crítico<br />
PCD Plataforma de Coleta de Dados<br />
PCH Pequena Central Hidroelétrica<br />
PDA Personal Digital Assistant<br />
PDP Política de Desenvolvimento Produtivo<br />
PDV (Equipamento <strong>para</strong>) Ponto de Venda<br />
PET Politereftalato de Etileno<br />
PIA Pesquisa Industrial Anual<br />
PIB Produto Interno Bruto<br />
PID Proportional<strong>–</strong>integral<strong>–</strong>derivative<br />
PIMS Plant Information Management System<br />
PINTEC Pesquisa de Inovação Tecnológica<br />
PIS Programa de Integração Social<br />
PLA Program Logic Arrays<br />
PME Pequena e Média Empresa<br />
PNB Produto Nacional Bruto<br />
PO Pessoal Ocupado<br />
POS Point of Sale<br />
PPA Processo Produtivo Avançado (<strong>para</strong> segmento Industrial)<br />
PPA Ponto ou Posto de Atendimento (<strong>para</strong> segmento Bancário)<br />
PVC Policloreto de Vinila<br />
RAIS Relação Anual de Informações Sociais<br />
xx
RF Radio Frequency<br />
RFID Radio Frequency Identification<br />
RoHS Restriction of Certain Hazardous Substances<br />
RPM Rotações por Minuto<br />
RT Remote Terminal<br />
RTU Remote Terminal Unit<br />
RV Remote Variable<br />
SBAC Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade<br />
SBC Sistema Brasileiro de Certificação<br />
SCADA Supervision Control and Data Acquisition<br />
SDCD Sistema Digital de Controle Distribuído<br />
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas<br />
SECEX Secretaria de Comércio Exterior<br />
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial<br />
SEPIN-MCT<br />
Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência e<br />
Tecnologia<br />
SIL Safety Integrity Levels<br />
SINAEES<br />
Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos Eletrônicos e<br />
Similares<br />
SIS Spatial Information System<br />
TCP Transmission Control Protocol<br />
TCP/IP Transmission Control Protocol / Internet Protocol<br />
TI Tecnologia da Informação<br />
TIC Tecnologia da Informação e Comunicação<br />
UHF Ultra High Frequency<br />
UNCTAD United Nations Conference on Trade and Development<br />
UPS Uninterruptible power supply<br />
xxi
VANT Veículos Aéreos Não Tripulados<br />
VHF Very High Frequency<br />
WEEE Waste Electrical and Electronic Equipment<br />
ZFM Zona Franca de Manaus<br />
xxii
1. Sumário Executivo<br />
Este relatório contextualiza o cenário futuro do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong>, a partir de um diagnostico do setor, considerando as seguintes<br />
dimensões de análise: mercado, tecnologia, talento, investimento, infraestrutura<br />
física e infraestrutura sócio-político-institucional.<br />
A análise do panorama setorial representa a primeira das três etapas do<br />
<strong>Estudo</strong> <strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong> de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> (EPS), desenvolvido pelo<br />
Centro de Gestão e <strong>Estudo</strong>s Estratégicos (CGEE) <strong>para</strong> a Agência Brasileira de<br />
Desenvolvimento Industrial (<strong>ABDI</strong>), e visa atender a uma política de desenvolvimento<br />
da competitividade dos setores da economia brasileira, conforme preconizado pela<br />
Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em maio de 2008 pelo<br />
Governo Federal.<br />
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial tem a finalidade de<br />
promover a execução de políticas de desenvolvimento industrial, especialmente as<br />
que contribuam <strong>para</strong> a geração de empregos e <strong>para</strong> o aumento da competitividade e<br />
do grau de inovação da indústria nacional. Seu principal enfoque está nos<br />
programas e projetos estabelecidos pela PDP, onde, em conjunto com o Ministério<br />
da Fazenda (MF) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social<br />
(BNDES), exerce o papel de Secretaria Executiva (SE-PDP), responsável pela<br />
articulação, promoção, coordenação e monitoramento da PDP.<br />
Para subsidiar e complementar esta missão, a <strong>ABDI</strong> também desenvolve o<br />
Programa Estratégico <strong>Setorial</strong> (PES) com diversos setores industriais da economia<br />
brasileira, visando à organização e implantação de ações estratégicas. O setor de<br />
<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é um dos setores contemplados com o PES.<br />
A PDP considera o Complexo Eletroeletrônico no âmbito do programa <strong>para</strong><br />
fortalecimento da competitividade de complexos produtivos e o Setor de <strong>Eletrônica</strong><br />
<strong>para</strong> <strong>Automação</strong> encontra-se nesse contexto como um de seus setores<br />
componentes. Essa política constitui um dos eixos da nova política industrial e<br />
contempla incentivos de caráter financeiro, regulatório e de apoio técnico. Neste<br />
aspecto, é fundamental a implementação e o acompanhamento das recomendações<br />
1
indicadas neste estudo prospectivo por parte dos agentes executores das políticas<br />
industriais sendo que estas estejam alinhadas com as orientações da PDP.<br />
Uma das frentes que constitui o PES de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é o EPS<br />
de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, com foco nos segmentos de <strong>Automação</strong> Industrial,<br />
Comercial, Predial e Bancária, sendo que juntamente com a <strong>Automação</strong> Predial<br />
encontra-se a <strong>Automação</strong> Residencial. Outros subsegmentos também são<br />
considerados neste estudo: agrícola, agroindústria, estacionamento, shopping<br />
centers, serviços e outros.<br />
Os segmentos em estudo são responsáveis por grande parte das atividades<br />
da Indústria de <strong>Automação</strong> dentro do complexo eletroeletrônico, como também têm<br />
participação de forma direta ou indireta das outras áreas desse complexo.<br />
Este estudo surgiu a partir de uma articulação iniciada em fevereiro de 2008<br />
entre a <strong>ABDI</strong>, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e <strong>Eletrônica</strong> (ABINEE) e o<br />
Fórum de Empresários Exportadores de Tecnologia (FEET) tendo ainda o apoio do<br />
Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Complexo Eletroeletrônico<br />
e Tecnologia da Informação (IPD Eletron). Seu objetivo maior é fornecer subsídios<br />
que permitam alavancar ações <strong>para</strong> o aumento da competitividade das empresas do<br />
setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> nos mercados interno e externo.<br />
Entendendo que a competitividade da indústria nacional está condicionada à<br />
possibilidade de atender novas demandas (de consumo, regulatórias, tecnológicas,<br />
ambientais, dentre outras), é de fundamental importância que a maior parte dos<br />
atores do setor industrial tenham projetos que viabilizem uma reflexão de futuro<br />
baseada em metodologias consagradas, de forma a possibilitar direcionamentos<br />
estratégicos de curto, médio e longo prazo.<br />
Diante desta necessidade, e com o objetivo de acelerar o desenvolvimento do<br />
setor, alinhado às políticas do Estado, com vistas a subsidiar decisões de<br />
investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação da Indústria de <strong>Automação</strong><br />
a <strong>ABDI</strong> contratou o Centro de Gestão em <strong>Estudo</strong> estratégico, entidade ligada ao<br />
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) por meio de contrato de gestão e com<br />
grande experiência em prospecção tecnológica.<br />
2
Considerando os dados obtidos no estudo de tendências do setor foi<br />
observado o alinhamento com o estudo de patentes e com o mapa de rotas<br />
tecnológicas.<br />
Observou-se que os dados do setor acompanhados nos organismos de<br />
estatísticas como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), BNDES e<br />
outros, estão encapsulados como sendo automação industrial, não guardando a<br />
classificação pelos segmentos industrial, predial, comercial e bancário. Essa<br />
situação dificulta sobremaneira a análise por segmento específico.<br />
Constatou-se que este setor é organizado, competitivo, possui base<br />
tecnológica nacional e sua cadeia produtiva participa ativamente na cadeia produtiva<br />
de diversos outros setores ou complexos industriais da economia nacional, tais<br />
como: siderúrgico; têxtil; plástico; petroquímico; naval; defesa; higiene pessoal,<br />
perfumaria e cosméticos; construção civil; automotivo; nanotecnologia; e<br />
biotecnologia. Portanto, essa participação ativa faz com que o setor em estudo<br />
necessite de mecanismos ágeis que permita o adensamento de sua cadeia<br />
produtiva <strong>para</strong> que esta seja efetivamente uma cadeia de valor.<br />
O relatório do panorama setorial de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> tem a<br />
seguinte estrutura: após esta breve apresentação, a seção seguinte apresenta a<br />
introdução, em seguida é feita a contextualização do estudo, por meio de uma<br />
descrição do segmento, contemplando aspectos macro-econômicos, balança<br />
comercial, dimensões do mercado, atores, cadeia produtiva do setor, certificação e<br />
normatização, gestão do setor e aspectos sócio-ambientais contendo elementos<br />
conceituais de base e definições que envolvem o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong>, permitindo, assim, fornecer o contexto dos eixos abordados neste<br />
panorama, direcionando o estudo aos bens de produção industrial gerado por meio<br />
da automação.<br />
1.1. Objetivos do EPS de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
O objetivo principal deste estudo é oferecer indicações de rotas estratégicas e<br />
tecnológicas com recomendações de curto médio e longo prazo que permitam<br />
aumentar a competitividade da Indústria de <strong>Automação</strong> no mercado nacional e<br />
3
internacional, em sintonia com o desenvolvimento sustentável, o que propiciará os<br />
seguintes benefícios:<br />
Fortalecimento da competitividade das empresas no mercado nacional,<br />
inibindo as importações de produtos transformados, com reflexos positivos<br />
no nível de emprego e renda;<br />
Aumento da inserção internacional do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>,<br />
com melhoria na balança comercial;<br />
Integração, consolidação e fortalecimento da Indústria de <strong>Automação</strong> de<br />
modo a se transformar em um produtor global de bens e serviços de<br />
automação, com capacidade de liderança no mercado interno e externo; e<br />
Aumento das competências empresariais, gerenciais e técnicas, por meio<br />
de treinamento e parcerias das empresas com os órgãos de ensino,<br />
pesquisa (P, D & I) e centros de tecnologia e inovação (CTIs) nacionais e<br />
internacionais.<br />
Esse objetivo pode ser atingido a partir do diagnóstico do setor e da análise<br />
detalhada sobre os fatores que condicionam sua estrutura industrial, bem como a<br />
dinâmica competitiva e inovadora dos agentes que integram a cadeia produtiva<br />
industrial no Brasil e no contexto mundial. A partir desse diagnóstico são realizados<br />
os estudos de perspectivas futuras e prospecção de dados do setor a fim de se<br />
elaborar mapas de rotas estratégicas e tecnológicas.<br />
Este estudo fomenta bases que permitirão a continuação do EPS em suas<br />
fases seguintes <strong>–</strong> perspectivas e prospectivo, a fim de oferecer meios <strong>para</strong> a<br />
reflexão, o aprofundamento e a contextualização do setor principal abordado, sobre<br />
as principais tendências futuras e questões relevantes <strong>para</strong> o setor de <strong>Eletrônica</strong><br />
<strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, tendo em vista os elementos-chave que compõem os vetores de<br />
crescimento da oferta e demanda nos próximos quinze anos (2009 <strong>–</strong> 2024). Ele<br />
permitirá, assim, subsidiar a formulação e execução a curto, médio e longo prazo de<br />
programas e ações específicas <strong>para</strong> fortalecer a sustentabilidade e a competitividade<br />
do setor, e a construção de uma nova rota estratégica e tecnológica <strong>para</strong> o setor de<br />
<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. Esses resultados, também, darão suporte ao<br />
direcionamento de uma política de desenvolvimento de produtos industriais no setor<br />
4
de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e geração de serviços nos segmentos de <strong>Automação</strong><br />
Industrial, Predial, Comercial e Bancária.<br />
O <strong>Estudo</strong> <strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong> de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, busca sinalizar<br />
tendências e questões relevantes <strong>para</strong> a formulação e implantação de um Plano<br />
Executivo <strong>Setorial</strong> com vistas ao aumento da competitividade do setor em um<br />
horizonte temporal de quinze anos por meio medidas, projetos, metas, recursos e<br />
apontamento dos respectivos responsáveis.<br />
O EPS constitui parte importante do esforço <strong>para</strong> atender à necessidade de<br />
se definir políticas nacionais com visão de futuro, que tem como ponto central a<br />
mudança do patamar da indústria pela inovação e diferenciação de produtos e<br />
serviços, com inserção e reconhecimento nos principais mercados do mundo,<br />
alcançadas a partir de escolhas estratégicas.<br />
Pretende-se alcançar em 2024, uma estrutura renovada, capaz de<br />
proporcionar ao setor uma dinâmica de excelência internacional, que refletirá no<br />
parque industrial e economia brasileira, com base na obtenção de resultados com<br />
alto valor agregado. Para atingirmos tais objetivos, as rotas projetadas e as políticas<br />
públicas propostas deverão estar em sintonia com as tendências e tecnologias<br />
globais, tendo como referência um trabalho detalhado de benchmarking<br />
internacional e um diagnóstico da Indústria de <strong>Automação</strong> brasileira, através da<br />
identificação de gargalos (pontos críticos) e as oportunidades mais relevantes <strong>para</strong> o<br />
seu desenvolvimento.<br />
1.2. Metodologia<br />
O método <strong>para</strong> o desenvolvimento do EPS de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> foi<br />
customizado a partir da metodologia adotada pelo CGEE que se baseia no conceito<br />
de foresight (antevisão) e têm como princípio a construção coletiva, onde lideranças<br />
empresariais e de governo são reunidos com especialistas da academia e de centros<br />
tecnológicos <strong>para</strong> discutir estratégias de longo prazo <strong>para</strong> o setor. O método deste<br />
estudo foi idealizado <strong>para</strong> atuar de maneira iterativa e incremental <strong>para</strong> dar<br />
celeridade e consistência ao seu desenvolvimento.<br />
5
As fases do método são: inicial, principal e comprometimento. Na fase<br />
principal são consideradas três etapas que geram os seguintes produtos <strong>para</strong><br />
tomada de decisão:<br />
a) Panorama setorial: contém o diagnóstico do setor, apresentando um<br />
retrato atual do setor no Brasil e sua inserção nos mercados mundiais;<br />
b) Perspectivas setoriais: visa apresentar as principais tendências e<br />
questões relacionadas ao setor com a visão de futuro requerida pelo<br />
estudo. Contém uma análise SWOT com as forças, fraquezas, ameaças e<br />
oportunidades do setor, estudo de patentes, visão de futuro e tendências<br />
setoriais. Também consta a priorização das áreas; e<br />
c) <strong>Prospectivo</strong> setorial: é o relatório final do EPS e apresenta a estratégia<br />
concebida <strong>para</strong> a mudança do patamar do setor pela inovação e<br />
diferenciação de produtos e serviços, base <strong>para</strong> o aumento de sua<br />
competitividade, com o mapa de rotas estratégicas e mapa de rotas<br />
tecnológicas, estudo de patentes, pesquisa Delphi, cadeia produtiva, bem<br />
como as recomendações de médio e longo prazo. É constituído por:<br />
Mapa de Rotas Estratégicas: Apresentação visual do Plano<br />
Estratégico com Foresight; e<br />
Mapa de Rotas Tecnológicas: Apresentação visual das Rotas<br />
Tecnológicas <strong>para</strong> competitividade global do setor.<br />
Após a elaboração do panorama setorial, foram analisas as tendências e<br />
perspectivas do setor e foram construídas visões compartilhadas de futuro. A partir<br />
disso, foram elaborados os mapas de rotas tecnológicas e estratégicas com<br />
horizonte temporal de 15 anos.<br />
Estabelecer a visão <strong>para</strong> os setores e organizar o conhecimento necessário<br />
<strong>para</strong> construir os caminhos <strong>para</strong> realizá-la é um trabalho coletivo, baseado no<br />
conhecimento setorial específico, que necessita de ampla participação dos vários<br />
atores envolvidos com o setor, suas temáticas, organização e gestão.<br />
O Relatório Final do EPS (<strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong>) apresenta uma síntese de<br />
todo estudo realizado pelo CGEE e por especialistas do setor. Ressalta-se que a<br />
estratégia e as diretrizes apontadas no EPS devem ser tomadas como referência<br />
6
<strong>para</strong> a elaboração do Plano Estratégico <strong>Setorial</strong> (PES), produto final do Programa<br />
Estratégico <strong>Setorial</strong> da <strong>ABDI</strong>.<br />
Além de cumprir seu objetivo principal de fornecer subsídios <strong>para</strong> a<br />
formulação da política industrial, o EPS fornece uma importante base <strong>para</strong> o<br />
planejamento estratégico das empresas, proporcionando uma melhor definição de<br />
posicionamento de mercado e de um plano de negócios de longo prazo.<br />
Para cumprir a sua missão de promover o desenvolvimento industrial e<br />
tecnológico brasileiro, a <strong>ABDI</strong> utiliza um processo <strong>para</strong> desenvolver o Programa<br />
Estratégico <strong>Setorial</strong> <strong>–</strong> PES, como instrumento <strong>para</strong> organização das ações <strong>para</strong> dez<br />
setores estratégicos da economia brasileira. A Figura 1 apresenta as principais<br />
etapas do processo de desenvolvimento do PES.<br />
Figura 1 - Processo de elaboração do Programa Estratégico <strong>Setorial</strong> - PES.<br />
Fonte: <strong>ABDI</strong>, 2009.<br />
7
1.3. Dimensões de Análise<br />
Na elaboração do relatório do Panorama <strong>Setorial</strong> foram consideradas<br />
dimensões (vetores) que compõem a base de apoio <strong>para</strong> o EPS e nortearam as<br />
pesquisas, análises e debates por meio de oficinas com especialistas:<br />
a) Mercado: Aspectos essenciais <strong>para</strong> a inserção competitiva das inovações<br />
brasileiras no mercado interno e externo, tais como: tamanho, distribuição<br />
geográfica e concorrente;<br />
b) Tecnologia: Elementos necessários <strong>para</strong> o processo de desenvolvimento<br />
tecnológico, incluindo: pesquisa e desenvolvimento, aquisição e<br />
transferência de tecnologia, geração de patentes, e tecnologias-chave<br />
<strong>para</strong> aplicações comerciais;<br />
c) Talentos: Aspectos humanos da inovação, incluindo a criação e difusão<br />
do conhecimento, considerando: educação e formação profissional;<br />
treinamento técnico e empresarial; e apoio a mão-de-obra;<br />
d) Investimentos: Dimensão financeira da inovação da produção, incluindo:<br />
investimento em P, D & I, apoio ao empreendedorismo e<br />
empreendimentos de risco, e implementação de estratégias de inovação<br />
de longo prazo;<br />
e) Infraestrutura Física: Estruturas físicas que apóiam a inovação centrada<br />
na P, D & I, Produção e Logística, incluindo redes de informação,<br />
transporte, saúde, água e energia; e<br />
f) Infraestrutura Sócio-Político-Institucional: Estruturas políticas que<br />
apóiam a inovação, incluindo: proteção à propriedade intelectual,<br />
regulação de negócios, marco legal, ações em curso, Instituições,<br />
estruturas <strong>para</strong> colaboração entre os stakeholders de inovação, incluindo<br />
elementos necessários <strong>para</strong> proteção e preservação do meio-ambiente e<br />
impactos do setor, políticas de trocas e substituição de produtos,<br />
processos considerando impacto ambiental e reciclagem.<br />
No Quadro 1 a seguir relaciona os focos de análise do EPS.<br />
8
Talentos<br />
Tecnologia<br />
Investimentos<br />
Mercado<br />
1.4. Comitê Gestor<br />
Quadro 1 - Dimensões de análise do EPS.<br />
Dimensões Subdivisão<br />
Infraestrutura Física<br />
Infraestrutura<br />
Sócio-Político-Institucional<br />
9<br />
Técnicos<br />
Empresariais<br />
Produto<br />
Processo<br />
Meio Ambiente<br />
Patentes<br />
P, D & I<br />
Produção<br />
Tamanho<br />
Distribuição Geográfica<br />
Concorrentes<br />
P, D & I<br />
Produção<br />
Energia<br />
Água<br />
Logística<br />
Marco Legal<br />
Ações em Curso (PPA)<br />
Instituições<br />
Os principais resultados do EPS de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> foram<br />
avaliados por um Comitê Gestor (CG), órgão deliberativo do EPS e instância<br />
decisória do <strong>Estudo</strong> cuja atribuição é acompanhar, referendar e aprovar os<br />
resultados apresentados nos relatórios do EPS. Sua estrutura é constituída por<br />
empresários do setor, representantes de entidades de classe, representantes de<br />
instituições governamentais ligadas ao setor industrial, agências de fomento, CGEE<br />
e <strong>ABDI</strong>.<br />
Essas instituições são: Associação Brasileira da Indústria Elétrica e<br />
<strong>Eletrônica</strong>, Fórum de Empresas Exportadoras de Tecnologia, APEX Brasil, Banco<br />
Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de<br />
<strong>Estudo</strong>s e Projetos (FINEP), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e<br />
Qualidade Industrial (INMETRO), Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI),<br />
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e<br />
Comércio Exterior (MDIC), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e<br />
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Isso permitiu
atender aos objetivos gerais da <strong>ABDI</strong>, de articular, coordenar e promover a execução<br />
da PDP em interação com os diversos órgãos públicos e com a iniciativa privada.<br />
1.5. Principais Produtos<br />
O <strong>Estudo</strong> orienta o desenvolvimento tecnológico e a inovação, sendo estes,<br />
fatores de contribuição <strong>para</strong> uma indústria nacional mais competitiva no mercado<br />
global. Outro objetivo é gerar maior capacidade dos líderes empresariais do setor<br />
<strong>para</strong> desenvolver novas competências e estratégias que os possibilitem atingir<br />
metas específicas, organizadas no tempo. O mesmo está dividido em três etapas:<br />
Panorama <strong>Setorial</strong>, Perspectivas de Futuro e <strong>Estudo</strong> <strong>Prospectivo</strong>. A construção dos<br />
elementos prospectivos do estudo se baseia nos comentários e recomendações de<br />
especialistas do setor, obtidos por meio de oficinas de trabalho e consultas<br />
estruturadas.<br />
No Relatório de Panorama <strong>Setorial</strong> foi realizada a contextualização do estudo,<br />
por meio de uma descrição do segmento, contemplando aspectos macro-<br />
econômicos, balança comercial, dimensões do mercado, atores, cadeia produtiva do<br />
setor, certificação e normatização, gestão do setor e aspectos sócio-ambientais<br />
contendo elementos conceituais de base e definições que envolvem o setor de<br />
<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, permitindo, assim, fornecer o contexto dos eixos<br />
abordados neste panorama, direcionando o estudo aos bens de produção industrial<br />
gerado por meio da automação.<br />
No Relatório <strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong> serão apresentados os mapas de rotas<br />
estratégicas e tecnológicas que são instrumentos de apoio à decisão <strong>para</strong> a<br />
Indústria de <strong>Automação</strong> estar alinhada à PDP. Eles oferecem subsídios à formulação<br />
e implementação de programas e políticas públicas que possam vir a fortalecer a<br />
competitividade e desempenho inovador do setor em um horizonte temporal de 15<br />
anos. O mapa de rotas estratégicas contém a visão estratégica do setor e apresenta<br />
a estratégia síntese, os focos estratégicos, rede de inter-relacionamento, bem como<br />
as macro-ações por objetivos estratégicos. No mapa de rotas tecnológicas são<br />
apresentadas as tendências de futuro, os requisitos e as linhas tecnológicas e ciclos<br />
de inovação de insumos, processo e serviços. As recomendações contidas nesses<br />
mapas podem ser consideradas como rotas que organizam um conjunto de ações no<br />
10
curto, médio e longo prazo <strong>para</strong> a Indústria de <strong>Automação</strong> focalizando os segmentos<br />
de <strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária.<br />
1.6. Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é muito abrangente e pode ser<br />
direcionado <strong>para</strong> diferentes áreas de aplicação, tais como automação industrial,<br />
predial, comercial, bancária, agrícola, serviços, administração pública, entre outras.<br />
Ele está presente em diferentes níveis de atividades do homem, desde a medicina<br />
até a astronomia, ampliando a capacidade de interação com a natureza e os<br />
processos.<br />
Este setor mantém um perfil marcado pelo predomínio de empresas de médio<br />
e grande porte, mas que abrange também empresas de pequeno porte, atuando<br />
com alta tecnologia em nichos específicos, sendo classificado pela ABINEE como<br />
uma grande área do complexo eletroeletrônico. As empresas de grande porte que<br />
atuam no setor têm origem transnacional e poucas realizam atividades de P, D & I<br />
localmente.<br />
1.6.1. Entidades Representativas do Setor<br />
ABINEE <strong>–</strong> Associação Brasileira da Indústria Elétrica e <strong>Eletrônica</strong> foi fundada<br />
em Setembro de 1963 e conta atualmente com 600 empresas associadas. É uma<br />
entidade civil sem fins econômicos que representa o complexo eletroeletrônico do<br />
Brasil, englobando as seguintes áreas de atuação com suas respectivas Diretorias:<br />
<strong>Automação</strong> Industrial: equipamentos <strong>para</strong> controle e supervisão de<br />
processos, manufatura, integradores de sistemas, controladores lógicos e<br />
numéricos, instrumentos de medição de grandezas elétricas e não<br />
elétricas, sensores, equipamentos de alarme e segurança, equipamentos<br />
eletroeletrônicos <strong>para</strong> uso médico-hospitalar, entre outros;<br />
Componentes Elétricos e Eletrônicos: resistores, capacitores,<br />
transformadores <strong>para</strong> eletrônica, chaves, alto falantes, conectores,<br />
cinescópios, diodos, transistores, circuitos integrados, circuitos impressos,<br />
laminados, entre outros;<br />
11
Equipamentos Industriais: componentes <strong>para</strong> máquinas e equipamentos,<br />
seccionadores de baixa tensão, comutadores, chaves fim-de-curso,<br />
botoeiras, contatores, relés, chaves de partida, conectores elétricos,<br />
equipamentos elétricos <strong>para</strong> atmosfera explosiva, acionamentos estáticos,<br />
retificadores, fornos elétricos, motores elétricos, geradores, entre outros;<br />
Geração Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica: chaves<br />
seccionadoras, disjuntores, turbogeradores, hidrogeradores,<br />
transformadores, relés de proteção, ferragens e conectores <strong>para</strong><br />
transmissão e distribuição, medidores <strong>para</strong> eletricidade, capacitores e<br />
banco de capacitores, painéis elétricos de baixa, média e alta tensão, entre<br />
outros;<br />
Informática: Computadores, periféricos e acessórios, sistemas de energia<br />
ininterrupta, estabilizadores, entre outros;<br />
Material Elétrico de Instalação: interruptores, plugues, tomadas, disjuntores<br />
de baixa tensão, fusíveis, reatores, ignitores, chuveiros, caixas de<br />
derivação e passagem, quadros de distribuição, equipamentos de<br />
iluminação, fios, cabos e agregados, entre outros;<br />
Serviço de Manufatura em <strong>Eletrônica</strong>: segmentos de terceirização do<br />
processo de montagem de placas de circuito impresso, fabricando,<br />
montando e testando sistemas eletrônicos e produtos completos, que são<br />
utilizados em computadores, telefones celulares, carregadores de celular,<br />
eletrônica de consumo, leitores magnéticos, placas de estação de rádio<br />
base, entre outros;<br />
Equipamentos de Segurança <strong>Eletrônica</strong>: equipamentos eletroeletrônicos,<br />
acessórios e integração de sistemas de segurança patrimonial, pessoal,<br />
veicular e de combate a incêndio, entre outros;<br />
Telecomunicações: equipamentos de força <strong>para</strong> telecomunicações,<br />
acessórios e cabos <strong>para</strong> telecomunicações, equipamentos de comutação<br />
pública e privada, equipamentos de transmissão e comunicação de dados,<br />
terminais de telecomunicações, sistemas de telefonia celular,<br />
equipamentos de radiocomunicação e radiodifusão, entre outros; e<br />
12
Utilidades Domésticas: eletrodomésticos portáteis e de linha branca,<br />
ferramentas elétricas manuais, aparelhos de áudio e vídeo, eletroeletrônica<br />
embarcada, entre outros;<br />
Áreas temáticas <strong>para</strong> dar suporte às Diretorias das áreas, aos grupos<br />
setoriais e aos grupos de trabalho: Economia; Jurídica; Pequenas e Médias<br />
Empresas; Relações Governamentais; Relações Internacionais; Responsabilidade<br />
Socioambiental; e Tecnologia e Política Industrial;<br />
Atua em âmbito nacional, tendo o escritório central em São Paulo e as<br />
seguintes regionais: Distrito Federal <strong>–</strong> Brasília; Minas Gerais <strong>–</strong> Belo Horizonte;<br />
Nordeste <strong>–</strong> Recife; Paraná e Santa Catarina <strong>–</strong> Curitiba; Rio de Janeiro e Espírito<br />
Santo <strong>–</strong> Rio de Janeiro; e Rio Grande do Sul <strong>–</strong> Porto Alegre.<br />
Missão: Assegurar o desenvolvimento competitivo no complexo<br />
eletroeletrônico do país, a defesa dos seus legítimos interesses e sua integração à<br />
comunidade.<br />
Segundo levantamento da ABINEE/SINAEES existe 427 empresas no Brasil<br />
atuantes no setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> em 2009 (Anexo XII), distribuídas<br />
nos segmentos de <strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária, onde 180<br />
destas empresas são associadas à ABINEE/SINAEES, com distribuição geográfica<br />
apresentada no Gráfico 1, e atuantes nos segmentos de <strong>Automação</strong> Industrial,<br />
Predial, Comercial e Bancária, mostrada no Gráfico 2. Entretanto, no subitem 4.2.2.2<br />
<strong>–</strong> Os Números do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é apresentado um conjunto<br />
de informações da ABINEE e IBGE referentes à produção de equipamentos,<br />
máquinas, softwares e serviços utilizados neste setor que demonstram a importância<br />
crescente no sistema produtivo nacional. Esses dados são da PIA Empresa<br />
(Pesquisa Industrial Anual do IBGE) e confirmam que há um maior número de<br />
empresas nessa atividade <strong>–</strong> em 2007 (último ano disponível) a quantidade de<br />
empresas cuja atividade principal restringia-se ao desenvolvimento de produtos <strong>para</strong><br />
automação industrial era de 3.835.<br />
Uma questão relevante é que as instituições do Brasil que processam dados<br />
do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> (ABINEE, IBGE e FEBRABAN) não<br />
consideram a segmentação tratada neste estudo: industrial, predial, comercial e<br />
bancária. Essas instituições consideram as empresas como tendo representatividade<br />
13
nas áreas industrial, elétrica e eletrônica, geração de energia e/ou informática e<br />
outras. Assim, os dados são em sua grande parte mascarados ou encapsulados de<br />
maneira diferente dos dados tratados neste estudo.<br />
RJ 5%<br />
MG 6%<br />
PR 6%<br />
SC 2%<br />
RS 11%<br />
DF 1%<br />
CE, DF 1%<br />
14<br />
BA 1%<br />
MA, BA, PE, ES<br />
< 1%<br />
SP 66%<br />
Gráfico 1 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica de Empresas da Indústria de <strong>Automação</strong> no Brasil.<br />
Predial +<br />
Industrial 10%<br />
Bancária<br />
6%<br />
Comercial<br />
2%<br />
Predial<br />
18%<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Comercial +<br />
Bancária 4%<br />
Todas 2%<br />
Industrial<br />
58%<br />
Gráfico 2 - Distribuição de Segmentos de Atuação de Empresas em <strong>Automação</strong> no Brasil.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.
FEET <strong>–</strong> Fórum de Empresários Exportadores de Tecnologia: Representa os<br />
interesses particulares das empresas nacionais de base tecnológica e controle<br />
acionário nacional de maneira complementar as entidades de classe existentes. O<br />
FEET é um fórum de referência perante a sociedade e o governo brasileiro das<br />
empresas brasileiras de base tecnológica, com real poder de articulação de<br />
estratégias e políticas, atuando e interagindo no processo de: Interface política;<br />
Comunicação; Desenvolvimento do mercado doméstico; Promoção comercial no<br />
mercado internacional; Compras governamentais; e Rede de empresas <strong>para</strong><br />
negócios.<br />
Missão: A principal missão do FEET é articular a indústria brasileira de base<br />
tecnológica, buscando seu crescimento e melhorando a competitividade e o<br />
desenvolvimento social do Brasil, obedecendo aos seguintes princípios:<br />
Conhecimento tecnológico e capacidade de inovação são essenciais ao<br />
crescimento e a competitividade econômica do Brasil;<br />
O fortalecimento das empresas brasileiras de base tecnológica aumenta a<br />
competitividade internacional do país;<br />
Para ocupar papel de destaque no cenário mundial, como exportador de<br />
bens e serviços com tecnologia agregada, o Brasil precisa sediar os ativos<br />
tecnológicos das empresas; e<br />
O domínio tecnológico gera valor econômico diferenciado e eleva o<br />
desenvolvimento humano da sociedade.<br />
Atualmente o grupo FEET conta com 35 empresas concentradas em grande<br />
peso nos estados do Rio Grande Sul, São Paulo e Minas Gerais, mas com<br />
representantes praticamente em todos os Estados do Brasil conforme mostra o<br />
Gráfico 3. Essas empresas atuam no setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>,<br />
distribuídas nos segmentos de <strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária<br />
conforme mostra o Gráfico 4. No Anexo I são apresentadas a relação dessas<br />
empresas, linhas de produtos, e respectivas áreas de atuação.<br />
15
Gráfico 3 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem o FEET.<br />
Comercial 4%<br />
Predial 27%<br />
Bancária 13%<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
16<br />
Industrial 56%<br />
Gráfico 4 - Distribuição de Segmentos de Atuação das Empresas que constituem o FEET.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
IPD Eletron - Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do<br />
Complexo Eletroeletrônico e Tecnologia da Informação é uma entidade civil de<br />
direito privado sem fins econômicos, com autonomia patrimonial, administrativa e<br />
financeira, constituído pela ABINEE, cuja principal missão é estimular a pesquisa, o<br />
desenvolvimento e a cultura da inovação no complexo eletroeletrônico, mediante a<br />
interação entre empresas e instituições de P, D & I, a dinamização das redes<br />
tecnológicas e o apoio à captação de recursos, promovendo o desenvolvimento<br />
tecnológico do complexo eletroeletrônico a fim de aumentar sua competitividade<br />
internacional.
1.6.2. A <strong>Automação</strong> no Contexto do Complexo Eletroeletrônico<br />
O complexo eletroeletrônico brasileiro engloba atividades nos seguintes<br />
segmentos: indústria de transformação; integração de sistemas; produção de<br />
software de aplicação destinado especificamente ao setor; prestação de serviços de<br />
utilidade pública nas áreas de energia elétrica e de telecomunicações; e outras<br />
atividades correlatas. O setor eletroeletrônico, segundo a ABINEE, engloba as<br />
seguintes áreas de atuação:<br />
<strong>Automação</strong> Industrial;<br />
Componentes Elétricos e Eletrônicos;<br />
Equipamentos Industriais;<br />
Geração Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica;<br />
Informática;<br />
Material Elétrico de Instalação;<br />
Serviço de Manufatura em <strong>Eletrônica</strong>;<br />
Equipamentos de Segurança <strong>Eletrônica</strong>;<br />
Telecomunicações; e<br />
Utilidades Domésticas.<br />
A Indústria de <strong>Automação</strong> é estratégica no setor eletroeletrônico e na malha<br />
produtiva nacional, por se tratar de uma área de intenso e constante avanço<br />
tecnológico e pelo seu caráter de racionalizar e inovar processos de produção e,<br />
consequentemente, melhorar a qualidade dos produtos. Os produtos da área de<br />
<strong>Automação</strong> condicionam as operações e a eficiência dos segmentos da economia. É<br />
preciso destacar, que algumas empresas do setor eletroeletrônico são fornecedoras<br />
de outras empresas, como é o caso das empresas de automação (peças e<br />
equipamentos de automação industrial), empresas de componentes e de materiais<br />
de instalação.<br />
Os gráficos apresentados a seguir constatam as informações sobre<br />
faturamento, exportações e importações do setor eletroeletrônico, evidenciando a<br />
participação do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial: Faturamento (Gráfico 5),<br />
Exportações de produtos (Gráfico 6) e Importações de produtos (Gráfico 7).<br />
17
Daqui <strong>para</strong> o ano de 2024, deseja-se muito mais que um crescimento<br />
acelerado, mas construir uma trajetória de desenvolvimento que contemple, ao<br />
mesmo tempo, crescimento e mudança estrutural, considerando que o déficit<br />
comercial externo é grande e provoca repercussões negativas não só no próprio<br />
setor, mas nas contas externas da economia brasileira em seu conjunto.<br />
Telecomunicações<br />
(17%)<br />
Material de<br />
Instalação (7%)<br />
Utilidades<br />
Domésticas<br />
(12%)<br />
Informática<br />
(28%)<br />
18<br />
<strong>Automação</strong><br />
Industrial (3%)<br />
Componentes<br />
(8%)<br />
Equip.<br />
Industriais<br />
(15%)<br />
GTD (10%)<br />
Gráfico 5 - Faturamento do Complexo Eletroeletrônico.<br />
Telecomunicações<br />
(26%)<br />
Material de<br />
Instalação (3%)<br />
Informática (3%)<br />
Utilidades<br />
Domésticas (11%)<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
GTD (9%)<br />
<strong>Automação</strong><br />
Industrial (3%)<br />
Equip. Industriais<br />
(12%)<br />
Componentes<br />
(33%)<br />
Gráfico 6 - Exportações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.
Telecomunicações<br />
(10%)<br />
Material de<br />
Instalação<br />
(3%)<br />
Informática<br />
(7%)<br />
GTD (1%)<br />
Equip. Industriais<br />
(9%)<br />
Utilidades<br />
Domésticas (7%)<br />
<strong>Automação</strong><br />
Industrial (7%)<br />
Componentes<br />
(56%)<br />
Gráfico 7 - Importações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico.<br />
1.6.2.1. Complexo Eletroeletrônico<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Convencionalmente, a indústria eletroeletrônica está inserida no setor<br />
secundário da economia que transforma produtos naturais produzidos pelo setor<br />
primário em produtos de consumo, ou em máquinas industriais (produtos a serem<br />
utilizados por outros estabelecimentos do setor secundário).<br />
A bem da verdade, a indústria eletroeletrônica compõe a indústria de<br />
transformação porque além de modificar produtos primários em bens secundários,<br />
modifica produtos secundários (principalmente máquinas e equipamentos) em algo<br />
mais avançado, incorporando maior agilidade, produtividade e precisão nessas<br />
máquinas e/ou equipamentos. Poder-se-ia dizer que o setor eletroeletrônico,<br />
principalmente o eletrônico, constitui um ―secundário avançado‖.<br />
Esse complexo eletroeletrônico apresenta participações econômicas,<br />
industriais e na balança comercial relevantes nos países mais desenvolvidos. É<br />
neste setor que a matéria-prima é transformada em um produto manufaturado<br />
utilizado na Indústria de <strong>Automação</strong>, existindo grande utilização do fator capital,<br />
sendo verdadeiro e mais notado nos segmentos que são eletromecânicos intensivos.<br />
A indústria elétrica e eletrônica agrega uma série de componentes elétricos,<br />
eletrônicos, componentes de automação e eletromecânicos, possibilitando assim,<br />
aos equipamentos mecânicos, maior precisão e desempenho.<br />
A automação de processos transforma também matérias-primas em produtos<br />
industrializados e por constituir um setor secundário avançado, também está inserida<br />
19
no setor primário (agroindústria e agronegócios) e no setor terciário (comércio,<br />
bancos e serviços) com a posição que cada atividade normalmente está na cadeia<br />
de produção e consumo.<br />
Além da transformação industrial ele envolve a produção mineral, construção<br />
civil e indústria de transformação, além dos fatores de localização, industrialização,<br />
capital, matéria-prima, energia, mão-de-obra, mercado consumidor e meios de<br />
transporte.<br />
A indústria de transformação pode ser dividida em dois grandes grupos:<br />
a) Indústria de bens de produção, também denominadas indústria de base ou<br />
indústria pesada; e<br />
b) Indústria de bens de consumo, dividida em bens duráveis e bens não<br />
duráveis.<br />
O complexo eletroeletrônico brasileiro engloba atividades nos seguintes<br />
segmentos: produção de máquinas, equipamentos, dispositivos e componentes<br />
elétricos e eletrônicos; indústria de transformação; integração de sistemas; produção<br />
de software de aplicação destinado especificamente ao setor; bens de informática e<br />
de telecomunicações; prestação de serviços de utilidade pública nas áreas de<br />
energia elétrica e de telecomunicações; e outras atividades correlatas.<br />
As empresas do complexo eletroeletrônico instaladas no país atuam na<br />
produção de bens de capital, bens de consumo e componentes. De acordo com a<br />
organização da ABINEE, essas empresas encontram-se internamente distribuídas<br />
em áreas de coordenação, criadas com o objetivo de aglutinar empresas por família<br />
de produtos.<br />
É preciso destacar, que empresas do setor elétrico e eletrônico são<br />
fornecedoras de outras empresas e de outros setores produtivos e, principalmente<br />
as empresas de automação, com a prestação de serviços e fornecimento de partes,<br />
peças e equipamentos, contribuem <strong>para</strong> o desenvolvimento e atualização<br />
tecnológica.<br />
20
1.6.2.2. Fatores de Competitividade do Setor<br />
O sistema da globalização requer que as empresas sejam pró-ativas no<br />
mercado em que atuam <strong>para</strong> criar um diferencial competitivo, de maneira a reduzir<br />
custos de produção, aumentar a qualidade e ganhar agilidade, exigindo a otimização<br />
do processo produtivo; utilização intensa de tecnologias de integração; técnicas de<br />
modelagem; simulação; monitoramento e controle; estratégias claramente definidas;<br />
apoio dos agentes governamentais; integração com instituições de ciência e<br />
tecnologias; integração com fornecedores; utilização de padrões; aplicação de<br />
normas, padrões e certificações; integração com os clientes; cumprimento das<br />
recomendações de pós-venda.<br />
Segundo Porter (1992), a vantagem competitiva deve ser analisada de forma<br />
desagregada, e não com um enfoque generalizado dentro de uma empresa, pois<br />
cada atividade contribui <strong>para</strong> os custos relativos, além de criar oportunidades <strong>para</strong> a<br />
diferenciação. Esta diversificação pode ter origem na compra de matéria-prima de<br />
alta qualidade, em um sistema ágil de atendimento a clientes, entre outros aspectos<br />
que são susceptíveis a mudanças, com o objetivo de agregar valor ao produto final.<br />
O valor significa o montante cujos compradores estão dispostos a pagar pelo que a<br />
empresa oferece e deve ser usado na posição competitiva, pois, geralmente, as<br />
empresas aumentam seus custos <strong>para</strong> impor um ―preço-prêmio‖, decorrente da<br />
diferenciação.<br />
O conceito de competitividade é objeto de percepção autoral. Como base<br />
deste estudo, torna-se imprescindível considerar os principais fatores de<br />
competitividade do setor. Freyssenet (1992) aponta os seguintes:<br />
Desempenho das exportações industriais: a partir do aumento de<br />
competitividade e seus efeitos sobre o comércio externo, sendo<br />
competitivas as indústrias que ampliam sua participação na oferta<br />
internacional de determinados produtos. Este conceito é abrangente, pois<br />
alcança as condições de produção e outros fatores inibidores ou<br />
facilitadores das exportações, tais como: políticas cambiais e comerciais,<br />
eficiência de canais de comercialização e de sistemas de financiamento,<br />
acordos internacionais, estratégias inter companies, entre outros; e<br />
21
os seguintes:<br />
Eficiência: noção que traduz a ―capacidade de um país de produzir<br />
determinados bens igualando ou superando os níveis de eficiência<br />
observáveis em outras economias‖, restringindo-se às condições da<br />
produção.<br />
As formas de avaliação da competitividade, sob o conceito de eficiência, são<br />
Preço e qualidade, em que, analisando-se os diferenciais entre preços<br />
internacionais e os de um país específico, competitivas seriam as indústrias<br />
que obtivessem preços abaixo dos internacionais. Algumas vezes, o preço<br />
é decorrente da variação da qualidade;<br />
Tecnologia, em que o nível de atualização tecnológica acarreta aumento<br />
da capacidade e da eficiência produtiva, conferindo vantagens ao processo<br />
produtivo;<br />
Salários, sob a visão de que baixos salários industriais conferem<br />
competitividade à produção;<br />
Produtividade, tomada a premissa de que o aumento da produtividade em<br />
determinada indústria de um país, em relação à mesma indústria em países<br />
concorrentes, está correlacionado com aumento de competitividade; e<br />
Condições gerais de produção, em que são conjugados os diversos<br />
aspectos envolvidos (por exemplo: custo relativo dos recursos locais,<br />
tecnologia de produção, capacitação técnica, P, D & I, entre outros).<br />
Considera-se, então, a definição de competitividade de Freyssenet (1992):<br />
―capacidade de uma indústria (ou empresa) de produzir mercadorias com padrões<br />
de qualidade específicos, requeridos por mercados determinados, utilizando<br />
recursos em níveis iguais ou inferiores aos que prevalecem em indústrias<br />
semelhantes no resto do mundo, durante certo período‖. Esta conceituação permite<br />
que tanto indicadores quantitativos quanto qualitativos devam ser tomados em<br />
consideração <strong>para</strong> a análise da competitividade.<br />
Na evolução do conceito, competitividade é definida como ―a capacidade da<br />
empresa de formular e implementar estratégias concorrenciais que lhe permitam<br />
22
ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado‖<br />
(SHIROMA, 1993), baseado na dinâmica do processo de concorrência.<br />
A imprecisão da conceituação deve-se, em parte, aos próprios fatores<br />
determinantes da competitividade, que podem ser agrupados em:<br />
Empresariais: internos à empresa, que sobre elas detêm poder de<br />
decisão e controle;<br />
Estruturais: referentes à indústria/complexo industrial, que sobre elas<br />
tem capacidade de intervenção limitada pela concorrência, de caráter<br />
setor-específico; e<br />
Sistêmicos: externalidades sobre as quais o poder de intervenção é<br />
pouco ou nulo: macroeconômicos, político-institucionais, legais-<br />
regulatórios, de infraestrutura, sociais e internacionais.<br />
1.7. Caracterização da Indústria de <strong>Automação</strong><br />
Dentre os principais fatores que caracterizam a estrutura industrial deste setor<br />
destacam-se:<br />
a) O predomínio de empresas de médio e grande porte operando em<br />
diferentes nichos de mercado;<br />
b) A busca constante por novas tecnologias na fronteira do conhecimento e,<br />
portanto, forte interação com o setor de informática e de produção de<br />
sistemas dedicados;<br />
c) Preocupação constante com bens mais sustentáveis e preservação do<br />
meio ambiente;<br />
d) Crescimento acelerado do aproveitamento residual, tanto no que se refere<br />
ao processo produtivo, quanto posteriormente ao processo produtivo; e<br />
e) A crescente importância do design como fator de competitividade e de<br />
agregação de valor à produção.<br />
23
As empresas de automação no Brasil de médio e grande porte em sua<br />
maioria são de capital estrangeiro.<br />
Por outro lado, destaca-se a falta de políticas mais avançadas e inovadoras<br />
de recursos humanos, na formação de mão-de-obra qualificada <strong>para</strong> o processo<br />
produtivo, bem como na pre<strong>para</strong>ção de mão-de-obra <strong>para</strong> atuar como prestadores<br />
de serviços mais eficazes e eficientes.<br />
O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresenta uma alta participação de<br />
segmentos de serviços, que são aqueles oriundos da formação de base do processo<br />
produtivo de eletroeletrônicos e suas áreas afins, como diversos prestadores de<br />
serviços envolvidos com vendas, instalação, conserto e manutenção. Este setor<br />
apresenta também um elevado grau de verticalização ao longo do processo<br />
produtivo. As empresas, em sua grande maioria, atuam em diferentes estágios ao<br />
longo da cadeia produtiva.<br />
Nos últimos anos, o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> evoluiu<br />
consideravelmente, buscando se adequar ao novo contexto de competição mundial<br />
de equipamentos mais sofisticados, mais acessíveis e ecologicamente corretos por<br />
meio da inovação tecnológica. A automação está intrinsecamente ligada aos<br />
avanços tecnológicos no setor produtivo das diferentes empresas. Existe uma<br />
interação permanente entre fabricantes e clientes <strong>para</strong> a adequação dos produtos e<br />
serviços às necessidades dos usuários, levando em conta sempre os avanços<br />
tecnológicos que ocorrem no mercado globalizado. Destaca-se a crescente inovação<br />
tecnológica nos processos produtivos e na utilização da automação industrial, passo<br />
determinante <strong>para</strong> o desenvolvimento de novos produtos, proporcionando maior<br />
valor agregado à produção.<br />
Mesmo na fabricação de produtos na fronteira tecnológica do conhecimento,<br />
existe a necessidade do emprego de mão-de-obra no detalhamento do projeto, no<br />
processo produtivo, na montagem, aferição e/ou testes.<br />
Com o avanço tecnológico e científico, o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
vem buscando alterar seu processo produtivo, utilizando novos tipos de matéria-<br />
prima, mais econômicos e sustentáveis do ponto de vista ambiental.<br />
24
1.8. Tendências Tecnológicas em <strong>Automação</strong><br />
A <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é um setor bastante afetado pelas crises<br />
econômicas, uma vez que as incertezas quanto ao futuro e as recessões<br />
econômicas impactam diretamente os novos investimentos, tanto em novas plantas<br />
industriais como na modernização das indústrias já existentes que demandam<br />
produtos de automação. Por outro lado, o acirramento do processo competitivo<br />
estimula a busca permanente de novas rotas <strong>para</strong> o desenvolvimento industrial. Em<br />
alguns casos, são utilizadas salas limpas <strong>para</strong> assegurar a fabricação de<br />
componentes eletrônicos principalmente na área de semicondutores <strong>para</strong> atender<br />
demandas específicas. Na automação industrial, é importante uma permanente<br />
inovação tecnológica <strong>para</strong> acompanhar a fronteira tecnológica dos produtos a serem<br />
fabricados e serviços atrelados <strong>para</strong> atender a demanda cada vez mais exigente dos<br />
diferentes clientes, acompanhando os avanços que estão sendo realizados nos<br />
países mais industrializados.<br />
O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> se caracteriza por volumes<br />
relativamente pequenos de produção e uma grande variedade de aplicações, e<br />
tipicamente utiliza novas tecnologias desenvolvidas <strong>para</strong> outros mercados, onde os<br />
fornecedores tendem a customizar equipamentos e sistemas <strong>para</strong> necessidades<br />
específicas, tornando a inovação mais orientada <strong>para</strong> aplicações do que<br />
propriamente <strong>para</strong> a geração de novas tecnologias. Os sistemas de automação<br />
tendem a ser flexíveis e eficientes e cada vez mais abertos <strong>para</strong> diferentes<br />
aplicações (como exemplo, pode-se citar o caso do Controlador Programável<br />
Industrial).<br />
Dentro do cenário futuro da Indústria de <strong>Automação</strong>, especialistas prevêem<br />
uma inflexão na trajetória tecnológica que poderá gerar um crescimento explosivo no<br />
processo de inovação, com base em tecnologias de fronteira.<br />
Consequentemente, os conceitos de automação poderão ser ampliados<br />
utilizando-se diferentes tecnologias e, dentre elas, pode-se vislumbrar o fim do ciclo<br />
do silício com a vinda da bioautomação, biotecnologia, nanotecnologia, micro-<br />
electro-mechanical systems (MEMS), comunicações neurais, lógica DNA,<br />
biomateriais, biocomputador, biochip, memória holográfica, proteômica, novos<br />
25
materiais e TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), que deverão se inserir<br />
cada vez mais no contexto dos projetos em automação. (fonte)<br />
A visão idealizada da fábrica do futuro envolve plantas totalmente<br />
automatizadas, contando com dispositivos robóticos inteligentes capazes de atender<br />
rapidamente uma ampla gama de clientes on-line demandando produtos<br />
customizados. O desenvolvimento recente das comunicações e informática dá<br />
suporte a esta visão através da integração de múltiplos sensores, redes sem fio em<br />
banda larga, softwares de diagnóstico com sistemas especialistas, interfaces<br />
flexíveis, permitem o controle centralizados de operações dispersas e acesso a<br />
mecanismos hierárquicos e automáticos de tomada de decisão e correção de erros.<br />
Como principais tendências tecnológicas podem ser citados alguns exemplos:<br />
Sensores nanométricos de baixo custo poderão medir praticamente tudo e<br />
redes de máquinas interligadas através da internet;<br />
Novos softwares aplicativos deverão ser embarcados em minúsculos<br />
sensores sem fio e distribuídos <strong>para</strong> redes complexas de sistemas<br />
adaptativos, permitindo a coordenação de operações em diferentes partes<br />
do mundo; e<br />
As fábricas se tornarão altamente reconfiguráveis (atuadores, sensores,<br />
redes, softwares e outros) e flexíveis viabilizando a rápida adaptatividade<br />
de novos produtos.<br />
Por outro lado, as principais tendências da Indústria de <strong>Automação</strong> da<br />
manufatura é a agregação de valor e novos conhecimentos ao produto, por meio da:<br />
Descentralização da indústria, que não será mais concentrada em poucos<br />
países considerados industrializados <strong>para</strong> se espalhar em diferentes<br />
regiões;<br />
Redução de tamanho das grandes fábricas, tornando-as móveis,<br />
acompanhando a disponibilidade de recursos produtivos e as<br />
necessidades de clientes; e<br />
Inovação continua das empresas fornecedoras de equipamentos e<br />
sistemas de modo a atender globalmente seus clientes através da<br />
customização e serviços avançados.<br />
26
1.9. Conclusões e Recomendações<br />
A implementação de uma estratégia de desenvolvimento da Indústria de<br />
<strong>Automação</strong> é crucial <strong>para</strong> que se construa uma trajetória de longo prazo renovada,<br />
na direção da maior autonomia tecnológica e do aumento do valor agregado pela<br />
indústria local, reconhecendo seu valor estratégico <strong>para</strong> o desenvolvimento nacional.<br />
A construção dessa nova realidade demanda elevada coordenação política<br />
<strong>para</strong> aprimoramento dos mecanismos já existentes e mobilização dos agentes <strong>para</strong><br />
a construção dos instrumentos que ainda se mostram necessários. Nesse sentido,<br />
os agentes do governo e a iniciativa privada precisam trabalhar juntos na elaboração<br />
das prioridades e no detalhamento dos mecanismos de incentivos <strong>para</strong> que o<br />
objetivo comum seja alcançado no horizonte temporal delimitado neste estudo<br />
(2009-2024).<br />
Um aspecto fundamental <strong>para</strong> o sucesso deste estudo é que todos os<br />
envolvidos se responsabilizem pela consolidação de um novo ambiente institucional<br />
e <strong>para</strong> que suas recomendações, uma vez estabelecidas, sejam efetivamente<br />
implementado, mantendo coerência, estabilidade e adaptabilidade a médio e longo<br />
prazo, articulando o desenvolvimento da Indústria de <strong>Automação</strong>.<br />
A partir do desenvolvimento deste Panorama e utilizando como referência o<br />
estudo ―A indústria Elétrica e <strong>Eletrônica</strong> em 2020: Uma estratégia de<br />
Desenvolvimento‖ elaborada pela LCA Consultores (ABINEE, 2009), pode-se<br />
concluir que:<br />
A Indústria de <strong>Automação</strong> é de extrema importância <strong>para</strong> a economia<br />
brasileira, uma vez que não só produz bens, como também constitui uma<br />
importante base de desenvolvimento tecnológico, impulsionando<br />
mudanças continuas nos processos de produção e desenvolvimento de<br />
novos produtos;<br />
As condições da oferta de produtos do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> acabam condicionando as operações e a eficiência de outros<br />
segmentos da economia, além de gerar, diretamente, oportunidade de<br />
emprego <strong>para</strong> mão-de-obra qualificada;<br />
27
É um setor que tem apresentado taxas anuais de crescimento elevada,<br />
entretanto, o desempenho recente apresenta uma estrutura dependente<br />
de importações de componentes e de produtos finais, marcada pela<br />
desindustrialização e com redução da agregação de valor local (o déficit<br />
do setor eletroeletrônico foi de 1,4% do PIB em 2008);<br />
É imprescindível, não apenas continuar crescendo de forma intensa, mas<br />
é fundamental a alteração da estrutura atual, onde a visão de 2024 é<br />
construir uma Indústria de <strong>Automação</strong> com maior autonomia tecnológica,<br />
com o segmento doméstico de componentes competitivo<br />
internacionalmente, consolidando o Brasil como player efetivo do mercado<br />
internacional, com crescimento significativo do PIB (superior a 7%);<br />
O governo deve canalizar recursos e esforços <strong>para</strong> implementar uma<br />
estratégia da Indústria de <strong>Automação</strong>, o que demanda elevada<br />
coordenação política e atuação conjunta entre os agentes do governo e a<br />
iniciativa privada;<br />
Direcionamento do poder de Compra do Estado <strong>para</strong> potencializar a<br />
demanda interna de produtos da indústria de <strong>Automação</strong>. As entidades<br />
públicas e as empresas de economia mista, nas licitações nacionais e/ou<br />
internacionais por elas realizadas, devem dar preferência a:<br />
i. Produtos fabricados no país com tecnologia nacional, reconhecidos<br />
pela Secretaria de Política de Informática (SEPIN) do MCT;<br />
ii. Serviços associados aos mesmos produtos; e<br />
iii. Criação de financiamentos diferenciados com características indutoras<br />
à compra de produtos com tecnologia nacional e serviços associados.<br />
Deve ser destacado o desenvolvimento de projetos em TI verde, que<br />
considerem a redução no custo com energia e ações de sustentabilidade, além da<br />
criação de projetos de preservação de áreas e legislação específica sobre o decarte<br />
correto de lixo eletrônico e resíduo.<br />
Segundo proposta elaborada no projeto TI-Verde (CONIP, 2008), divulgado<br />
pela ABINEE durante o CONIP 2008 (Congresso de Informática Pública),<br />
28
ecomenda-se a reativação da Câmara Ambiental de Material Elétrico, Eletrônico e<br />
de Comunicação da CETESB, com o objetivo de criar uma legislação específica<br />
sobre o lixo eletrônico. A Câmara também poderá contribuir com a promoção de<br />
parcerias que viabilizem campanhas de educação ambiental de conscientização da<br />
população, sobre a necessidade do descarte correto deste tipo de resíduo.<br />
Sem a crise, o saldo negativo da balança comercial da indústria elétrica e<br />
eletrônica estaria crescendo quase geometricamente e com esse ritmo, se nada for<br />
feito pelo governo e iniciativa privada, o país terá muitas dificuldades de suportar<br />
este déficit (em 2020, seria atingido um déficit de mais de US$ 50 bilhões). Isto é<br />
provocado principalmente pela importação crescente de componentes eletrônicos e<br />
em particular pela importação de semicondutores, o que nos levaria a necessidade<br />
de ações extremamente urgentes <strong>para</strong> melhorar o desempenho das exportações da<br />
indústria elétrica e eletrônica e diminuir sensivelmente as importações. Em particular,<br />
este esforço também tem de ser concentrado na área de <strong>Automação</strong> Industrial <strong>para</strong><br />
que se torne um player no mercado internacional. Um cenário desejável <strong>para</strong> a<br />
Indústria de <strong>Automação</strong> em 2020 (ABINEE, 2009) é apresentado na Tabela 1:<br />
Tabela 1 <strong>–</strong> Cenário Desejável <strong>para</strong> a Indústria de <strong>Automação</strong> em 2020.<br />
Valores Correntes (R$ milhões) 2008 2020<br />
Faturamento 3.446 20.454<br />
Consumo Aparente 7.051 25.237<br />
Exportações 576 5.312<br />
Importações 4.182 10.095<br />
Indicadores de comércio externo 2008 2020<br />
Importações / Consumo aparente 59,3 40,0<br />
Exportações / Faturamento 16,7 26,0<br />
Saldo Comercial (US$ milhões) -1.962 -2.194<br />
Saldo Comercial (% do PIB) -0,1 -0,1<br />
Faturamento (% do PIB) 0,1 0,3<br />
Fonte: ABINEE, 2009 (LCA Consultores Associados).<br />
* Consumo aparente = faturamento + importação <strong>–</strong> exportação<br />
Pelo exposto, constatou-se a importância da Indústria de <strong>Automação</strong> na<br />
modernização do parque fabril dos diferentes setores industriais do país,<br />
29
considerando a sua importância como gerador de riqueza, gerador de empregos<br />
qualificados, melhora sensível da competitividade das empresas pela atualização<br />
tecnológica e pelos impactos favoráveis com relação ao meio ambiente, bem como<br />
melhoria da qualidade de vida dos nossos cidadãos; e contribui de maneira<br />
sustentável <strong>para</strong> o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental do nosso país.<br />
30
2. Introdução<br />
O complexo eletroeletrônico faz parte da cadeia industrial, onde uma atividade<br />
humana, através do trabalho, transforma matéria-prima em outros produtos,<br />
comercializados a seguir dentro de um processo produtivo.<br />
Normalmente, a automação diminui os custos e aumenta a qualidade e a<br />
velocidade da produção, pois aplica técnicas computadorizadas ou mecânicas de<br />
controle onde os mecanismos verificam seu próprio funcionamento, efetuando<br />
medições e introduzindo correções, sem a necessidade da interferência do homem.<br />
Assim, diminui o uso de mão-de-obra em qualquer processo.<br />
Há alguns anos, a automação referia-se apenas a um processo de<br />
mecanização, ou seja, estava associada diretamente a necessidade do usuário,<br />
responsável pelo comando e o controle, a ferramenta ou dispositivo, a máquina, que<br />
o auxiliava e complementava. Entretanto, a necessidade de ampliar as capacidades<br />
humanas direcionou o homem <strong>para</strong> a procura de dispositivos que pudessem<br />
processar as informações do ambiente, e agir sobre o mesmo. Surge o conceito de<br />
automação de máquinas e processos, baseada na menor dependência da<br />
capacidade sensorial e decisória do operador, direcionando a substituição da ação<br />
humana de controle.<br />
Nos dias atuais a presença da automação na economia global é crescente e<br />
ultrapassou as fronteiras das instalações industriais. O esforço diário de conjugação<br />
de dispositivos automáticos com ferramentas organizacionais e matemáticas tem<br />
levado à criação de sistemas complexos aplicáveis às várias atividades humanas.<br />
Assim, não somente a manufatura e processos industriais vêm sendo<br />
automatizados, como também muitos serviços de infraestrutura, os escritórios,<br />
prédios, residências e, até mesmo, cidades.<br />
Algumas atividades ainda não podem ser totalmente automatizadas,<br />
considerando a superioridade existente entre a capacidade humana e a sua<br />
simulação através de uma máquina. É o caso, por exemplo, da capacidade de<br />
discriminação de um olho ou de um ouvido e do reconhecimento de padrões,<br />
inclusive o reconhecimento de fala. Nos dias atuais, o desenvolvimento de sensores<br />
31
inteligentes e sistemas que aprendem representam importantes áreas de<br />
investigação e pesquisa.<br />
A complexidade crescente dos sistemas de automação, associada à<br />
necessidade constante de novos desenvolvimentos, faz com que os seus efeitos<br />
sobre o emprego tenham sido objeto de diversos debates. Desde o início do século<br />
XIX, quando do surgimento dos primeiros teares automáticos, muito se tem falado<br />
sobre a ameaça da substituição da mão-de-obra por sistemas automáticos, e muitos<br />
afirmam que níveis crescentes de automação conduzem, também, a níveis<br />
crescentes de desemprego.<br />
Inicialmente, a implantação de processos automatizados na indústria tinha o<br />
objetivo de alcançar maior produtividade e redução de custos. Contudo, a<br />
experiência revelou que isso nem sempre é verdadeiro. O investimento <strong>para</strong><br />
implantação de sistemas automáticos é elevado e, além disso, a nova instalação<br />
requer recursos, inclusive humanos, dispendiosos <strong>para</strong> sua manutenção.<br />
Atualmente, o principal motor da automação é a busca de maior qualidade dos<br />
processos, <strong>para</strong> reduzir perdas (com reflexo em custos) e possibilitar a fabricação de<br />
bens que de outra forma não poderiam ser produzidos, bem como do aumento da<br />
sua flexibilidade.<br />
No antigo caso do tear, houve uma migração da inteligência do operador, que,<br />
por meio de várias operações, produzia desenhos no tecido, <strong>para</strong> ―dentro‖ da<br />
máquina. É um caso semelhante ao dos tornos mecânicos, em que o conhecimento<br />
do operador é ―internalizado‖ na máquina-ferramenta por meio de um programa,<br />
gerado autonomamente ou na atividade de projeto da peça. A montagem de placas<br />
eletrônicas, necessariamente automática por causa das minúsculas dimensões<br />
manuseadas, obedece a programas gerados durante o projeto dessas placas.<br />
A multiplicação dos exemplos leva sempre ao fato de que,<br />
independentemente da natureza do processo ou do produto, o conhecimento está<br />
―embutido‖ no sistema de controle automático e seus dispositivos. Isso é<br />
particularmente importante na elaboração de políticas de atração de investimentos<br />
produtivos, pois o fomento também às atividades de engenharia de produtos ou<br />
processos associados a esses investimentos é o primeiro passo no sentido do seu<br />
―enraizamento‖.<br />
32
Sob outra óptica, pode-se argumentar que a implantação e a manutenção de<br />
um processo automatizado geram grandes necessidades de emprego, embora com<br />
um grau de qualificação superior ao do trabalho substituído (portanto, salários mais<br />
altos). Os efeitos concretos dessas mudanças são de difícil diagnostico em curto<br />
prazo. Entretanto, há que se perguntar qual a possibilidade de um trabalhador<br />
substituído pela automação vir a ser empregado no novo processo, uma vez que<br />
isso pode significar uma mudança completa em sua atividade original.<br />
33
3. <strong>Automação</strong><br />
3.1. Contextualização<br />
3.1.1. Conceito de <strong>Automação</strong><br />
Por automação entende-a capacidade de se executar comandos, obter<br />
medidas, regular parâmetros e controlar funções automaticamente, sem a<br />
intervenção humana. <strong>Automação</strong> também é sinônimo de integração, ou seja, da<br />
função mais simples a mais complexa existe um ou mais sistemas que permitem que<br />
um dispositivo seja controlado de modo inteligente, tanto individualmente quanto em<br />
conjunto, visando alcançar um maior conforto, informação e segurança (PINHEIRO,<br />
2008).<br />
Assim, automação é todo processo que realize tarefas e atividades de forma<br />
autônoma ou auxilie o homem em suas tarefas do dia-a-dia. As antigas rodas<br />
d‘água, pilões e moinhos são consideradas sistemas automatizados. Com o advento<br />
das máquinas, principalmente após a chegada da máquina a vapor, a automação se<br />
estabelecia dentro das indústrias, e como consequência imediata ocorria a elevação<br />
da produtividade e qualidade dos produtos e serviços. Ainda assim, a automação era<br />
muito dependente do homem, pois havia máquinas automáticas espalhadas pelas<br />
fábricas, mas sem integração entre elas.<br />
Sob um ponto de vista mais abrangente, automação pode ser definida como a<br />
integração de conhecimentos substituindo a observação, esforços e decisões<br />
humanas por dispositivos - mecânicos, elétricos, eletrônicos, entre outras, e<br />
softwares concebidos por meio de especificações funcionais e tecnológicas, com uso<br />
de metodologias. A Figura 2 ilustra esse conceito por meio da interdisciplinaridade<br />
de áreas afins.<br />
Um sistema automatizado é composto por cinco elementos:<br />
a) Acionamento: provê ao sistema energia <strong>para</strong> atingir determinado objetivo.<br />
Ex: Motores, Pistões hidráulicos, entre outros;<br />
b) Sensoriamento: mede o desempenho do sistema de automação ou uma<br />
propriedade particular de alguns de seus componentes;<br />
34
c) Controle: Utiliza as informações dos sensores <strong>para</strong> regular e controlar os<br />
dispositivos. Ex: <strong>para</strong> acionar motores, válvulas, entre outros;<br />
d) Com<strong>para</strong>dor: elemento que permite com<strong>para</strong>r valores medidos com<br />
valores pré-estabelecidos e que servem <strong>para</strong> a tomada de decisão de<br />
quando e como atuar. Ex: termostato e os sistemas de software; e<br />
e) Programas ou Softwares: contêm as informações de processo e<br />
permitem controlar as interações entre os diversos componentes.<br />
Computação<br />
Modelagem, análise<br />
e simulação.<br />
Execução de algoritmos<br />
de controle.<br />
Sistemas<br />
de Controle<br />
<strong>Automação</strong><br />
Mecânica<br />
Parte ‘física’ do sistema.<br />
35<br />
Impõem o comportamento<br />
desejado ao sistema.<br />
<strong>Eletrônica</strong><br />
Diversas funções:<br />
- Processamento de sinais.<br />
- Controle analógico.<br />
Figura 2 - Conceito abrangente de <strong>Automação</strong>.<br />
Fonte: Rosário, 2004.<br />
A Figura 3 ilustra esse conceito por meio da interdisciplinaridade de áreas<br />
afins, enquanto a Figura 4 ilustra os mesmos conceitos baseando-se em cinco<br />
elementos-chave descritos como um pentágono da automação: modelagem de<br />
sistemas, atuadores e sensores, sinais e sistemas, sistemas lógicos, computadores<br />
e redes de comunicação e finalmente software e sistemas de aquisição de dados.
Figura 3 - Extensão do Conceito de <strong>Automação</strong> por meio de cinco elementos chaves.<br />
Fonte: Festo Didactic GmbH & Co, Ktistakis, 2006.<br />
No caso especifico do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial, ela pode ser<br />
desdobrada em planejamento, projeto e produção. Um conceito estendido de<br />
automação está relacionado com seus diferentes níveis dentro de um processo<br />
automatizado.<br />
a) Níveis de <strong>Automação</strong>.<br />
36
) Sistemas de Comunicação em <strong>Automação</strong>.<br />
Figura 4 - Conceito Estendido de <strong>Automação</strong>.<br />
Fonte: Festo Didactic GmbH & Co, Ktistakis, 2006.<br />
Estes níveis, ilustrados nas Figuras 4a e 4b, podem ser classificados em:<br />
Nível 1: Chão de Fábrica constituído de sensores e atuadores Industriais;<br />
Nível 2: Equipamentos e Máquinas Industriais;<br />
Nível 3: Gerenciamento: Servidores e Estações de Trabalhos;<br />
Nível 4: Células Integradas de <strong>Automação</strong> da Manufatura;<br />
Nível 5: Controle de Processos Industriais; e<br />
Nível 6: Gestão e Gerenciamento da Produção Industrial.<br />
3.1.2. Integração da <strong>Automação</strong><br />
A integração da automação na prática nasceu durante os anos 20, quando<br />
Henry Ford criou a linha de montagem do modelo T, a fim de aumentar a<br />
produtividade, reduzir os custos de produção e garantir a segurança dos operadores<br />
na realização de tarefas perigosas. Desde então tem se desenvolvido com<br />
crescimento exponencial, assim como todo o setor tecnológico, saindo do setor<br />
industrial <strong>para</strong> ocupar lugar em praticamente todos os ramos de atuação, desde o<br />
agronegócio até a medicina, passando pela automação comercial, predial e<br />
administração de serviços.<br />
37
Atualmente, não só a produtividade e a redução de custos são os objetivos da<br />
automação. Com mercados cada vez mais competitivos, as pessoas têm cada vez<br />
menos tempo <strong>para</strong> as tarefas do dia-a-dia e, aos poucos, a automação passou a ser<br />
utilizada <strong>para</strong> facilitar ou mesmo realizar por si só tais tarefas. Pode-se dizer,<br />
portanto, que a automação hoje em dia tem também a função de prover conforto a<br />
seus usuários: um bom exemplo disso é o comércio eletrônico, que permite a<br />
compra de uma grande variedade de itens sem precisar sair de casa. Por outro lado,<br />
a violência é uma preocupação constante de qualquer pessoa que viva em grandes<br />
centros ou áreas remotas, sendo assim, sistemas automatizados que provêem<br />
segurança são cada vez mais comuns. Como exemplo, pode-se citar os sistemas de<br />
alarme ou de vigilância por circuito interno de TV, muitos deles com possibilidade de<br />
transmissão por meio da Internet.<br />
3.1.3. <strong>Automação</strong> e Novas Tecnologias<br />
Dentro do cenário atual, com o desenvolvimento de novas tecnologias, os<br />
conceitos de automação podem ser ampliados utilizando-se de diferentes<br />
tecnologias e, dentre elas, pode-se vislumbrar o fim do ciclo do silício com a vinda da<br />
bioautomação, biotecnologia, nanotecnologia, comunicações neurais, lógica DNA,<br />
biomateriais, biocomputador, biochip, memória holográfica, proteômica, novos<br />
materiais e TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), que deverão se inserir<br />
cada vez mais no contexto dos projetos em automação.<br />
Assim, pode-se dizer que contextos cada vez mais complexos caracterizarão<br />
o progresso da humanidade, sendo irreversível a aplicação da automação e dos<br />
sistemas de comunicações, em um processo industrial, gerando lucros e<br />
racionalização de mão-de-obra.<br />
3.2. Análise do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
3.2.1. Cadeia Produtiva<br />
Uma cadeia produtiva pode ser compreendida como um conjunto de etapas<br />
consecutivas, ao longo das quais, os diversos insumos sofrem algum tipo de<br />
transformação, até a constituição de um produto final (bem ou serviço) e sua<br />
colocação no mercado. Para a elaboração da cadeia produtiva é necessário<br />
38
discorrer sobre cadeia de valor e sistema de valor <strong>para</strong> melhor compreensão de sua<br />
existência, conforme apresentado no Apêndice I.<br />
3.2.2. Cadeia Produtiva de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
O desenho da cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
considerou o modelo das cinco forças de Porter (1992), conforme apresentado na<br />
Figura 5: novos concorrentes no mercado, a rivalidade entre concorrentes<br />
existentes, os produtos ou serviços substitutos, os clientes e os fornecedores. Para<br />
Porter (1992) a vantagem competitiva é constituída pelo valor que o setor/empresa<br />
pode criar <strong>para</strong> seus compradores e que ultrapassa os custos de produção, criando<br />
oportunidades de negócio.<br />
Figura 5 <strong>–</strong> Modelo das cinco forças de Porter.<br />
Fonte: Porter, 1992.<br />
A cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> pode ser<br />
configurada a partir do resultado de análise, das opiniões de profissionais e das<br />
informações referentes ao setor estudado.<br />
Nessa cadeia são identificados os diversos agentes envolvidos, os quais<br />
foram agrupados como: atores principais, atores secundários, contexto que envolve<br />
a cadeia, clientes intermediários e clientes finais. Assim, foram identificados <strong>para</strong> o<br />
eixo principal da cadeia os seguintes elementos: Necessidade, P, D & I, Produção &<br />
Industrialização, Logística e Mercado, sendo detalhado cada um desses agentes, e<br />
estabelecendo suas relações com os demais elementos dessa cadeia.<br />
39
Observa-se que <strong>para</strong> a realização e organização dessa cadeia deve-se contar<br />
com intensa participação de entidades governamentais por meio da definição de<br />
uma política macro e microeconômica de curto, médio e longo prazo. Isto se deve ao<br />
fato de que o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> participa das demais cadeias<br />
produtivas existentes na economia brasileira.<br />
A partir da detecção de uma necessidade do mercado, é feito um estudo de<br />
viabilidade técnica e econômica. O contexto que envolve a cadeia refere-se às<br />
influências do ambiente, tecnologias envolvidas, questões sócio-econômicas<br />
relacionadas às políticas impostas pelos governos, federal e estadual, (como<br />
incentivos a exportação), variáveis macroeconômicas, como aumento da taxa de<br />
juros, variações cambiais, linhas de crédito, impactos no meio ambiente e consumo<br />
de energia. Soma-se a esse contexto a presença de itens de infraestrutura física,<br />
meios de transportes, energia elétrica, terrenos e saneamento básico, dentre outros.<br />
DEFINIÇÕES<br />
a) Agentes Decisores (AD): são os elementos da cadeia produtiva que tem a<br />
capacidade de interferir positivamente de modo a alterar seu<br />
funcionamento, definindo os requisitos do produto; e<br />
b) Pontos Críticos (PC): são os elos da cadeia produtiva que apresentam a<br />
característica de interferir negativamente no fluxo produtivo e no fluxo de<br />
conhecimento, provocando gargalos (restrições e/ou descontinuidades).<br />
ATORES SECUNDÁRIOS: Dentre os atores secundários, foram identificados:<br />
a) Governos Federal, Estadual e Municipal;<br />
b) Institutos de capacitação e formação de recursos humanos como as<br />
Universidades, Institutos de Pesquisa e Tecnologias, SEBRAE (Serviço de<br />
Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SENAI (Serviço Nacional de<br />
Aprendizagem Industrial) que oferecem cursos, treinamentos e palestras<br />
<strong>para</strong> qualificação profissional, e as demais instituições públicas e privadas<br />
de ensino técnico; e<br />
c) Organizações de serviços tecnológicos, que dão apoio a todo o processo,<br />
as organizações de infraestrutura tecnológica, com fornecimento de<br />
equipamentos, os institutos de pesquisa e laboratórios <strong>para</strong> testes, as<br />
40
organizações de transporte e logística, as organizações de serviços de<br />
manutenção e por fim as organizações regulamentadoras como o<br />
INMETRO, que definem as diretrizes e critérios <strong>para</strong> regularizar e certificar<br />
os produtos do setor.<br />
ATORES PRINCIPAIS: Quanto aos atores principais, foram identificados os<br />
fornecedores de insumos primários constituídos pelas indústrias eletroeletrônicas,<br />
plástico, materiais, metal-mecânico e TIC, os quais fornecem <strong>para</strong> as indústrias de<br />
peças e equipamentos responsáveis pela manufatura de diferentes componentes<br />
que, por sua vez, fornecem <strong>para</strong> empresas que trabalham com módulos pré-<br />
fabricados ou <strong>para</strong> empresas produtoras de equipamentos e componentes do setor<br />
eletroeletrônico. Estes, por outro lado, também recebem módulos pré-fabricados das<br />
empresas.<br />
Como clientes de empresas do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> foram<br />
identificados três grupos de consumidores potenciais:<br />
a) O primeiro compreende os que trabalham com o produto final, que são os<br />
atacadistas, as lojas de departamentos e supermercados;<br />
b) No segundo grupo estão os revendedores e integradores de serviços que<br />
utilizam esses produtos em aplicações diversas; e<br />
c) O terceiro grupo corresponde a mercados externos, como América<br />
Latina, Europa, África, EUA, que podem comprar o produto ou o serviço.<br />
Para o desenho da cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
deve-se considerar:<br />
a) No caso dos atacadistas, eles podem negociar produtos diretamente<br />
com as empresas ou por meio de representação própria;<br />
b) As empresas de integração e serviços responsáveis pela utilização e<br />
integração de equipamentos do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>,<br />
constituindo um novo produto com tecnologias e conceitos incorporados<br />
(como por exemplo, <strong>Automação</strong> Industrial, predial, comercial e bancária);<br />
c) O mercado exterior é tratado pelas indústrias isoladamente ou em<br />
consórcio;<br />
41
d) As empresas podem fornecer serviços de assistência técnica ou<br />
terceirizar os mesmos, que é uma forte tendência no mercado; e<br />
e) Embora os aspectos sócio-ambientais ainda não sejam incorporados<br />
efetivamente dentro da cadeia produtiva, o mercado apresenta forte<br />
tendência no desenvolvimento de produtos que contemplem esse<br />
aspecto.<br />
Para facilitar a compreensão do leitor desse relatório, a cadeia produtiva do<br />
setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresentada na Figura 8 foi definida a partir da<br />
representação inicial dos fluxos produtivos macro e detalhado do setor de <strong>Eletrônica</strong><br />
<strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, conforme mostra a Figura 6 e a Figura 7. Nestas representações<br />
pode-se observar de modo claro alguns elementos importantes constituintes de uma<br />
cadeia produtiva, dentre eles, o fluxo de conhecimento, agentes decisões, pontos<br />
críticos, e o conceito de cadeia de valor associado à cadeia produtiva.<br />
3.2.2.1. Fluxo Produtivo Macro do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
A representação do fluxo produtivo macro do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> da Figura 6 é constituída dos seguintes elos (agentes):<br />
Projeto (1);<br />
Aquisição (2);<br />
Logística Interna (Armazenamento) (3);<br />
Fornecimento (4);<br />
Produção e Industrialização (Operações) (5);<br />
Logística Externa (Distribuição) (6);<br />
Marketing e Vendas (7); e<br />
Comprador (8).<br />
42
Legenda<br />
Fluxo de produção<br />
SETOR<br />
1<br />
FLUXO PRODUTIVO MACRO DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO<br />
PROJETO<br />
3<br />
4<br />
FORNECIMENTO<br />
2<br />
AQUISIÇÃO<br />
LOGÍSTICA<br />
INTERNA<br />
(ARMAZENAMENTO)<br />
5<br />
PRODUÇÃO &<br />
INDUSTRIALIZAÇÃO<br />
(OPERAÇÕES)<br />
Figura 6 - Fluxo Produtivo Macro do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />
43<br />
6<br />
LOGÍSTICA<br />
EXTERNA<br />
(DISTRIBUIÇÃO)<br />
7<br />
MARKETING<br />
E<br />
VENDAS<br />
8<br />
COMPRADOR
3.2.2.2. Fluxo Produtivo Detalhado do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
A representação do fluxo produtivo detalhado do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> da Figura 7 é constituída dos seguintes elos (agentes):<br />
Projeto (1);<br />
Aquisição (2);<br />
Logística Interna (Armazenamento) (3);<br />
Fornecimento (4);<br />
Produção e Industrialização (Operações) (5);<br />
Logística Externa (Distribuição) (6);<br />
Marketing e Vendas (7);<br />
Comprador (8);<br />
Canais de Comercialização (9);<br />
Serviços Pós-Venda (10);<br />
Integração (11);<br />
Necessidade (12); e<br />
Apoio (13).<br />
44
PC<br />
12<br />
NECESSIDADE<br />
- <strong>Estudo</strong> de<br />
Viabilidade:<br />
(EVTEC-<br />
Técnico-<br />
Econômico,<br />
Sócio-ambiental)<br />
Legenda<br />
SETOR<br />
PC<br />
1<br />
PROJETO<br />
13<br />
APOIO<br />
- P,D & I<br />
- Impacto Ambiental<br />
- Análise de<br />
Mercado<br />
Fluxo de produção<br />
3<br />
FLUXO PRODUTIVO DETALHADO DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO<br />
4<br />
FORNECIMENTO<br />
2<br />
AQUISIÇÃO<br />
LOGÍSTICA<br />
INTERNA<br />
(ARMAZENAMENTO)<br />
PC <strong>–</strong> Pontos Críticos<br />
5<br />
PRODUÇÃO &<br />
INDUSTRIALIZAÇÃO<br />
(OPERAÇÕES)<br />
11<br />
INTEGRAÇÃO<br />
6<br />
LOGÍSTICA<br />
EXTERNA<br />
(DISTRIBUI-<br />
ÇÃO)<br />
Figura 7 - Fluxo Produtivo detalhado do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />
45<br />
7<br />
MARKETING<br />
E<br />
VENDAS<br />
11<br />
11<br />
9<br />
CANAIS DE<br />
CANAIS DE<br />
COMERCIALIZACAO<br />
CANAIS DE<br />
COMERCIALIZACAO<br />
COMERCIALIZAÇÃO<br />
8<br />
COMPRADOR<br />
10<br />
PC<br />
SERVICOS<br />
POS-VENDA
3.2.2.3. Cadeia Produtiva Detalhada do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
A representação da cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
da Figura 8 é constituída dos seguintes elos (agentes):<br />
Projeto (1);<br />
Aquisição (2);<br />
Logística Interna (Armazenamento) (3);<br />
Fornecimento (4);<br />
Produção e Industrialização (Operações) (5);<br />
Logística Externa (Distribuição) (6);<br />
Marketing e Vendas (7);<br />
Comprador (8);<br />
Canais de Comercialização (9);<br />
Serviços Pós-Venda (10);<br />
Integração (11);<br />
Necessidade (12);<br />
Apoio (13);<br />
ICT (Instituições de Ciência e Tecnologia) (14);<br />
Insumos (15);<br />
Setores (16); e<br />
Mercado de Origem (17).<br />
46
12<br />
NECESSIDADE<br />
- <strong>Estudo</strong> de<br />
Viabilidade:<br />
(EVTEC-<br />
Técnico-<br />
Econômico,<br />
Sócio-ambiental)<br />
PC<br />
PC<br />
14<br />
ICT<br />
Legenda<br />
SETOR<br />
PC<br />
1<br />
PROJETO<br />
13<br />
APOIO<br />
- P, D & I<br />
- Impacto Ambiental<br />
- Análise de<br />
Mercado<br />
Fluxo de produção<br />
3<br />
Fluxo do conhecimento<br />
CADEIA PRODUTIVA DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO<br />
4<br />
FORNECIMENTO<br />
2<br />
AQUISIÇÃO<br />
LOGÍSTICA<br />
INTERNA<br />
(ARMAZENAMENTO)<br />
15 INSUMOS<br />
Semicondutores<br />
TIC<br />
Plástico<br />
Metal-mecânico<br />
5<br />
PRODUÇÃO &<br />
INDUSTRIALIZAÇÃO<br />
(OPERAÇÕES)<br />
11<br />
INTEGRAÇÃO<br />
PC<br />
PC <strong>–</strong> Pontos Críticos<br />
16 SETORES<br />
Eletroeletrônico<br />
Plásticos<br />
Materiais<br />
Metal-mecânico<br />
TIC<br />
6<br />
LOGÍSTICA<br />
EXTERNA<br />
(DISTRIBUI-<br />
ÇÃO)<br />
Figura 8 - Cadeia Produtiva do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />
47<br />
17 MERCADO<br />
DE ORIGEM<br />
Interno<br />
Externo<br />
7<br />
MARKETING<br />
E<br />
VENDAS<br />
11<br />
11<br />
9<br />
CANAIS DE<br />
CANAIS DE<br />
COMERCIALIZACAO<br />
CANAIS DE<br />
COMERCIALIZACAO<br />
COMERCIALIZAÇÃO<br />
8<br />
COMPRADOR<br />
10<br />
PC<br />
SERVICOS<br />
POS-VENDA
3.2.2.4. Cadeia Produtiva e Fluxo de Conhecimentos do Setor de <strong>Eletrônica</strong><br />
<strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
A representação da cadeia produtiva e o fluxo de conhecimento associado à<br />
mesma, do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> da Figura 9 são constituídos dos<br />
seguintes elos (agentes):<br />
Projeto (1);<br />
Aquisição (2);<br />
Logística Interna (Armazenamento) (3);<br />
Fornecimento (4);<br />
Produção e Industrialização (Operações) (5);<br />
Logística Externa (Distribuição) (6);<br />
Marketing e Vendas (7);<br />
Comprador (8);<br />
Canais de Comercialização (9);<br />
Serviços Pós-Venda (10);<br />
Integração (11);<br />
Necessidade (12);<br />
Apoio (13);<br />
ICT (Instituições de Ciência e Tecnologia) (14);<br />
Insumos (15);<br />
Setores (16); e<br />
Mercado de Origem (17).<br />
Aplicação (18);<br />
Dimensões de Apoio (19);<br />
Viabilidade (20);<br />
Tecnologias de Produção (21);<br />
Produto (22);<br />
Bens e Serviços (23);<br />
Tipos de Canais (24);<br />
Dimensões de Logística (25);<br />
RH/Talentos (26);<br />
Normas e Padrões, Certificação (27);<br />
48
Mercado de Destino (28);<br />
Mercado Nacional (29);<br />
Clientes (30);<br />
Mercado Internacional (31); e<br />
Tipos de Serviço de Pós-Venda (32)<br />
49
20 VIABILIDADE<br />
Financiamento<br />
Tecnologia<br />
Sócio-Econômico<br />
Ambiental<br />
Infraestrutura<br />
12<br />
NECESSIDADE<br />
- <strong>Estudo</strong> de<br />
Viabilidade:<br />
(EVTEC-<br />
Técnico-<br />
Econômico,<br />
Sócio-ambiental)<br />
18 APLICAÇÃO<br />
<strong>Automação</strong><br />
Industrial, Predial,<br />
Comercial e<br />
Bancária<br />
Processos /<br />
Controle Integrado<br />
de Sistemas<br />
AD<br />
PC<br />
14<br />
ICT<br />
CADEIA PRODUTIVA/FLUXO DE CONHECIMENTOS DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO<br />
PC<br />
19 DIMENSÕES DE<br />
APOIO<br />
Institucional, Legal,<br />
Regulatório, Normativo<br />
PC<br />
Legenda<br />
SETOR<br />
PC<br />
1<br />
PROJETO<br />
13<br />
APOIO<br />
- P, D & I<br />
- Impacto Ambiental<br />
- Análise de<br />
Mercado<br />
20 TECNOLOGIAS<br />
DE APOIO<br />
Processos<br />
Sistemas<br />
Novos Materiais<br />
Mercado<br />
Fluxo de produção<br />
3<br />
4<br />
FORNECIMENTO<br />
2<br />
AQUISIÇÃO<br />
LOGÍSTICA<br />
INTERNA<br />
(ARMAZENAMENTO)<br />
15 INSUMOS<br />
Semicondutores<br />
TIC<br />
Plástico<br />
Metal-mecânico<br />
Fluxo de produção complementar<br />
21 TECNOLOGIAS DE<br />
PRODUÇÃO<br />
Bens e serviços<br />
<strong>Automação</strong><br />
Processos / Controle<br />
Integração de Sistemas<br />
5<br />
PRODUÇÃO &<br />
INDUSTRIALIZAÇÃO<br />
(OPERAÇÕES)<br />
11<br />
INTEGRAÇÃO<br />
16 SETORES<br />
Eletroeletrônico<br />
Plásticos<br />
Materiais<br />
Metal-mecânico<br />
TIC<br />
Fluxo do conhecimento<br />
22 PRODUTO<br />
Hardware<br />
Software<br />
Serviços<br />
6<br />
LOGÍSTICA<br />
EXTERNA<br />
(DISTRIBUI-<br />
ÇÃO)<br />
25 DIMENSÕES DE<br />
LOGÍSTICA<br />
Institucional, Legal,<br />
Regulatório, Normativo<br />
PC<br />
17 MERCADO<br />
DE ORIGEM<br />
Figura 9 - Cadeia Produtiva / Fluxo de Conhecimentos do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />
50<br />
Interno<br />
Externo<br />
23 BENS E SERVIÇOS<br />
7<br />
AD<br />
PC <strong>–</strong> Pontos Críticos<br />
MARKETING<br />
E VENDAS<br />
26 RH /<br />
TALENTOS<br />
PC<br />
27 NORMAS<br />
E PADRÕES,<br />
CERTIFICAÇÃO<br />
24 TIPOS DE CANAIS<br />
INDIRETO (Integrador e<br />
Revendedor)<br />
DIRETO (Filiais)<br />
11<br />
11<br />
9<br />
AD <strong>–</strong> Agentes Decisores<br />
CANAIS DE<br />
CANAIS DE<br />
COMERCIALIZACAO<br />
CANAIS DE<br />
COMERCIALIZACAO<br />
COMERCIALIZAÇÃO<br />
PC<br />
8<br />
29 MERCADO<br />
NACIONAL<br />
Regiões<br />
Estados<br />
28 MERCADO<br />
DE DESTINO<br />
Interno<br />
Externo<br />
COMPRADOR<br />
PC<br />
30 CLIENTES<br />
Governo (Órgãos e<br />
Empresas) e Privado:<br />
Industrial: Automotivo,<br />
Aeronáutico, Plástico,<br />
Químico, Petroquímico, Naval,<br />
TIC, Têxtil, Couro e Calcados,<br />
Elétrico, Geração<br />
Transmissão e Distribuição de<br />
Energia, Alimentação e<br />
Transportes, Cana e Etanol<br />
Agronegócio, Saneamento.<br />
Comercial<br />
Predial (Residencial e<br />
Corporativo)<br />
Bancário<br />
PC<br />
10<br />
PC<br />
SERVICOS<br />
POS-VENDA<br />
31 MERCADO<br />
INTERNACIONAL<br />
América Latina, Europa,<br />
Ásia, África, EUA<br />
32 TIPOS DE SERVIÇOS<br />
Ciclo de Vida<br />
Política de Trocas<br />
Serviços de Apoio:<br />
Assistência Técnica e<br />
Manutenção<br />
Reciclagem<br />
Meio-Ambiental: Tratamento<br />
de Resíduos
3.2.2.5. Interface na Cadeia Produtiva<br />
O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresenta boa articulação interna à<br />
cadeia e com o mercado internacional e doméstico, exceto nas interfaces entre:<br />
Fabricantes de produtos finais e fornecedores nacionais de componentes;<br />
O segmento de informática e os fabricantes de equipamentos industriais,<br />
particularmente os de automação industrial; e<br />
Fabricantes de produtos finais e o mercado exterior.<br />
Dentre as principais necessidades do setor, podem-se destacar:<br />
Implementação de mecanismos de diálogo entre os fabricantes de<br />
produtos finais e os de componentes de modo a retirar as incertezas<br />
quanto à demanda futura e facilitar a capacitação tecnológica do setor, de<br />
modo a atender a demanda com produtos de última geração e com<br />
inovações tecnológicas; e<br />
Revisão do perfil de alíquotas do Imposto de Importação ao longo da<br />
cadeia produtiva no complexo. Atualmente há discrepâncias que<br />
favorecem a importação de produtos acabados e, portanto, inibem o<br />
aporte de mais valor agregado no país.<br />
3.2.2.6. Pontos Críticos e Agentes Decisores na Cadeia Produtiva<br />
Na Figura 10 são apresentados os elos denominados de PC <strong>–</strong> Pontos<br />
Críticos, que apresentam criticidade em suas relações na cadeia produtiva.<br />
Esses PC são: Serviços Pós-Venda (10), Necessidade (12), Apoio (13), ICT<br />
(14), Setores (16), Tecnologias de apoio (20), RH/Talentos (26), Normas e Padrões,<br />
Certificações (27), Mercado Internacional (31) e Tipos de Serviços (32).<br />
Os elos denominados de AD <strong>–</strong> Agentes Decisores são aqueles que possuem<br />
a capacidade de modificar o contexto da cadeia produtiva.<br />
(25).<br />
Esses AD são: Dimensões de Apoio (19) e Dimensões de Logística<br />
51
20 VIABILIDADE<br />
Financiamento<br />
Tecnologia<br />
Sócio-Econômico<br />
Ambiental<br />
Infraestrutura<br />
12<br />
NECESSIDADE<br />
- <strong>Estudo</strong> de<br />
Viabilidade:<br />
(EVTEC-<br />
Técnico-<br />
Econômico,<br />
Sócio-ambiental)<br />
18 APLICAÇÃO<br />
<strong>Automação</strong><br />
Industrial, Predial,<br />
Comercial e<br />
Bancária<br />
Processos /<br />
Controle Integrado<br />
de Sistemas<br />
AD<br />
PC<br />
14<br />
ICT<br />
PONTOS CRÍTICOS E AGENTES DECISORES NA CADEIA PRODUTIVA/CADEIA DE CONHECIMENTOS<br />
PC<br />
19 DIMENSÕES DE<br />
APOIO<br />
Institucional, Legal,<br />
Regulatório, Normativo<br />
PC<br />
Legenda<br />
SETOR<br />
PC<br />
1<br />
PROJETO<br />
13<br />
APOIO<br />
- P, D & I<br />
- Impacto Ambiental<br />
- Análise de<br />
Mercado<br />
20 TECNOLOGIAS<br />
DE APOIO<br />
Processos<br />
Sistemas<br />
Novos Materiais<br />
Mercado<br />
Fluxo de produção<br />
3<br />
4<br />
FORNECIMENTO<br />
2<br />
AQUISIÇÃO<br />
LOGÍSTICA<br />
INTERNA<br />
(ARMAZENAMENTO)<br />
15 INSUMOS<br />
Semicondutores<br />
TIC<br />
Plástico<br />
Metal-mecânico<br />
Fluxo de produção complementar<br />
21 TECNOLOGIAS DE<br />
PRODUÇÃO<br />
Bens e serviços<br />
<strong>Automação</strong><br />
Processos / Controle<br />
Integração de Sistemas<br />
5<br />
PRODUÇÃO &<br />
INDUSTRIALIZAÇÃO<br />
(OPERAÇÕES)<br />
11<br />
INTEGRAÇÃO<br />
16 SETORES<br />
Eletroeletrônico<br />
Plásticos<br />
Materiais<br />
Metal-mecânico<br />
TIC<br />
Fluxo do conhecimento<br />
22 PRODUTO<br />
Hardware<br />
Software<br />
Serviços<br />
6<br />
LOGÍSTICA<br />
EXTERNA<br />
(DISTRIBUI-<br />
ÇÃO)<br />
25 DIMENSÕES DE<br />
LOGÍSTICA<br />
Institucional, Legal,<br />
Regulatório, Normativo<br />
PC<br />
17 MERCADO<br />
DE ORIGEM<br />
Figura 10 <strong>–</strong> Pontos Críticos e Agentes Decisores na Cadeia Produtiva / Cadeia de Conhecimentos do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />
52<br />
Interno<br />
Externo<br />
23 BENS E SERVIÇOS<br />
7<br />
AD<br />
PC <strong>–</strong> Pontos Críticos<br />
MARKETING<br />
E VENDAS<br />
26 RH /<br />
TALENTOS<br />
PC<br />
27 NORMAS<br />
E PADRÕES,<br />
CERTIFICAÇÃO<br />
24 TIPOS DE CANAIS<br />
INDIRETO (Integrador e<br />
Revendedor)<br />
DIRETO (Filiais)<br />
11<br />
11<br />
9<br />
AD <strong>–</strong> Agentes Decisores<br />
CANAIS DE<br />
CANAIS DE<br />
COMERCIALIZACAO<br />
CANAIS DE<br />
COMERCIALIZACAO<br />
COMERCIALIZAÇÃO<br />
PC<br />
8<br />
29 MERCADO<br />
NACIONAL<br />
Regiões<br />
Estados<br />
28 MERCADO<br />
DE DESTINO<br />
Interno<br />
Externo<br />
COMPRADOR<br />
PC<br />
30 CLIENTES<br />
Governo (Órgãos e<br />
Empresas) e Privado:<br />
Industrial: Automotivo,<br />
Aeronáutico, Plástico,<br />
Químico, Petroquímico, Naval,<br />
TIC, Têxtil, Couro e Calcados,<br />
Elétrico, Geração<br />
Transmissão e Distribuição de<br />
Energia, Alimentação e<br />
Transportes, Cana e Etanol<br />
Agronegócio, Saneamento.<br />
Comercial<br />
Predial (Residencial e<br />
Corporativo)<br />
Bancário<br />
PC<br />
10<br />
PC<br />
SERVICOS<br />
POS-VENDA<br />
31 MERCADO<br />
INTERNACIONAL<br />
América Latina, Europa,<br />
Ásia, África, EUA<br />
32 TIPOS DE SERVIÇOS<br />
Ciclo de Vida<br />
Política de Trocas<br />
Serviços de Apoio:<br />
Assistência Técnica e<br />
Manutenção<br />
Reciclagem<br />
Meio-Ambiental: Tratamento<br />
de Resíduos
3.2.2.7. Ciclo da Cadeia Produtiva<br />
A cadeia produtiva de um setor, quando equilibrada e funcionando de maneira<br />
harmônica, existe em forma de um ciclo, agregando valor entre os diferentes elos<br />
componentes. No setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> isso não é diferente e a<br />
Figura 11 apresenta esse ciclo, considerando os elos produtivos e como devem ser<br />
organizados <strong>para</strong> serem eficientes.<br />
Legenda:<br />
Ciclo da cadeia produtiva -<br />
Elos da cadeia -<br />
Pós-Venda<br />
Consumidor<br />
Necessidade<br />
Canais de<br />
Comunicação<br />
Projeto<br />
Apoio<br />
Ou<br />
Suporte<br />
Marketing &<br />
Vendas<br />
Figura 11 <strong>–</strong> Ciclo da Cadeia Produtiva.<br />
53<br />
Produção &<br />
Industrialização<br />
(Operações)<br />
ou<br />
Integração<br />
Logística<br />
Aquisição<br />
Fornecimento
3.2.2.8. Considerações<br />
A cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é bem abrangente<br />
e complexa considerando que este setor participa como ator de todas as cadeias<br />
produtivas de todos os setores da economia brasileira. Assim, nessa cadeia são<br />
identificados diversos agentes, os quais foram agrupados como: atores principais,<br />
atores secundários, contexto que envolve a cadeia, clientes intermediários e clientes<br />
finais. Assim, foram identificados <strong>para</strong> o eixo principal da cadeia os seguintes<br />
elementos: Necessidade, P, D & I, Produção & Industrialização, Logística e Mercado,<br />
sendo detalhado cada um desses agentes, e estabelecendo suas relações com os<br />
demais elementos dessa cadeia.<br />
Para o desenho da cadeia produtiva deste setor foram consideradas algumas<br />
premissas relativas ao setor atacadista, empresas de integração de tecnologias e<br />
equipamentos, mercado exterior, serviços e aspectos sócio-ambientais, sendo<br />
imprescindível <strong>para</strong> a realização e organização dessa cadeia a participação de<br />
entidades governamentais por meio da definição de uma política macro e<br />
microeconômica de curto, médio e longo prazo.<br />
Para facilitar a compreensão, a cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> foi definida partindo de uma representação inicial dos fluxos produtivos<br />
macro, e detalhado posteriormente. Nessas representações pode-se observar de<br />
modo claro alguns elementos importantes constituintes de uma cadeia produtiva,<br />
dentre eles, o fluxo de conhecimento, agentes decisores, pontos críticos, e o<br />
conceito de cadeia de valor associado à cadeia produtiva.<br />
A partir da detecção de uma necessidade do mercado, é feito um estudo de<br />
viabilidade técnica e econômica. O contexto que envolve a cadeia refere-se às<br />
influências do ambiente, tecnologias envolvidas, questões sócio-econômicas<br />
relacionadas às políticas impostas pelos governos, federal e estadual, (como<br />
incentivos a exportação), variáveis macroeconômicas, como aumento da taxa de<br />
juros, variações cambiais, linhas de crédito, impactos no meio ambiente e consumo<br />
de energia. Soma-se a esse contexto a presença de itens de infraestrutura física,<br />
meios de transportes, energia elétrica, terrenos e saneamento básico, dentre outros.<br />
54
3.2.3. Política de Desenvolvimento Industrial do Setor<br />
Os objetivos de uma política de desenvolvimento industrial <strong>para</strong> o segmento<br />
de automação deverão estar voltados <strong>para</strong> uma Sociedade do Conhecimento,<br />
ampliando a eficiência e a competitividade da empresa nacional, bem como a sua<br />
maior inserção no mercado internacional, criando empregos e elevando a renda,<br />
portanto, produzindo bem-estar <strong>para</strong> a sociedade. Dentro dessa política, entende-se<br />
por competitividade todo o incentivo <strong>para</strong> a indústria inovar e diferenciar produtos<br />
<strong>para</strong> concorrer em um nível mais elevado, mais dinâmico, de maior renda e que<br />
contemple aspectos sociais e a preservação do meio ambiente.<br />
3.2.3.1. Políticas Públicas<br />
As políticas públicas são importantes <strong>para</strong> a indução e o desenvolvimento<br />
tecnológico e competitivo das indústrias que fornecem produtos <strong>para</strong> a Tecnologia<br />
da Informação e Comunicação, a saber, os fabricantes de produtos eletrônicos<br />
ligados a componentes, telecomunicações e bens de informática. Essas são áreas<br />
estratégicas <strong>para</strong> o país, uma vez que são fundamentais <strong>para</strong> o desenvolvimento de<br />
vários setores da economia. Portanto, o desenvolvimento sustentado dessas áreas<br />
permite menor dependência externa.<br />
O fortalecimento da indústria de componentes no país consolida a fabricação<br />
de bens finais. Esta indústria, principalmente de componentes semicondutores, é<br />
intensiva em capital, mão-de-obra qualificada e precisa de elevados investimentos<br />
em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O fornecimento de componentes <strong>para</strong> as<br />
áreas de informática, telecomunicações, áudio, vídeo e eletrônica embarcada, é<br />
fundamental <strong>para</strong> o desenvolvimento competitivo de produtos fabricados no país e<br />
<strong>para</strong> a alavancagem visando o mercado externo.<br />
Pela importância da <strong>Automação</strong>, os incentivos do governo devem ser comple-<br />
mentares com outros mecanismos de política industrial que levem em conta a<br />
evolução das práticas adotadas em outros países, por meio de estratégias que<br />
contemplem:<br />
55
a) Linhas de ação horizontais: Inovação e desenvolvimento tecnológico;<br />
inserção externa; modernização industrial e ambiente institucional/aumento<br />
da capacidade produtiva;<br />
b) Opções estratégicas: insumos; software; e bens de capital; e<br />
c) Atividades portadoras de futuro: biotecnologia; nanotecnologia;<br />
biomassa/energias renováveis e reciclabilidade.<br />
3.2.3.2. Poder de Compra do Estado<br />
Nas políticas públicas destaca-se, também, a importância do Poder de<br />
Compra do Estado como um indutor da competitividade e de incentivo às indústrias<br />
instaladas e a tecnologia desenvolvida no país:<br />
As entidades públicas e as empresas de economia mista, nas licitações<br />
nacionais e/ou internacionais por elas realizadas, devem dar preferência a:<br />
Produtos fabricados no país com tecnologia nacional, reconhecidos pela<br />
Secretaria de Política de Informática (SEPIN) do MCT;<br />
Serviços associados aos mesmos produtos; e<br />
Por parte das entidades de fomento, criação de financiamentos<br />
diferenciados com características indutoras à compra de produtos com<br />
tecnologia nacional e serviços associados.<br />
3.2.3.3. Mapa de Rotas Estratégicas da Política Industrial<br />
O atual mapa de rotas estratégicas do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
leva em consideração prioridades, objetivos estratégicos e diretrizes estratégicas<br />
delineadas pelo governo.<br />
3.2.3.3.1. Prioridades<br />
Foco na produção de bens comercializáveis e setores dinâmicos da<br />
economia;<br />
Construção de parcerias entre setor público e setor privado;<br />
56
Transparência na escolha das linhas de pesquisa com recursos dos<br />
fundos setoriais;<br />
Ênfase <strong>para</strong> tecnologia industrial básica (metrologia, normatização,<br />
propriedade intelectual e gestão tecnológica);<br />
Difusão de tecnologias maduras e estímulo aos ganhos de eficiência dos<br />
setores;<br />
Estímulo <strong>para</strong> absorção de novas tecnologias (Nova Agenda de Política<br />
Tecnológica);<br />
Promoção das exportações e redução das barreiras tarifária;<br />
Plano estratégico <strong>para</strong> exportações (maior número de empresas<br />
exportadoras e novos mercados); e<br />
Diversificação dos mercados, centrada no binômio produto-mercado de<br />
destino.<br />
3.2.3.3.2. Objetivos Estratégicos<br />
Ampliar a eficiência da estrutura produtiva;<br />
Aumentar o volume do comércio exterior;<br />
Elevar a capacidade de inovação das empresas; e<br />
Promover redução das disparidades regionais.<br />
3.2.3.3.3. Diretrizes Estratégicas Governamentais<br />
Promoção do crescimento econômico sustentável;<br />
Melhoria do bem-estar e da distribuição de renda; e<br />
Redução das desigualdades sociais, com políticas focalizadas.<br />
3.2.4. Marcos Regulatórios<br />
Muitas empresas obtêm benefícios através da Lei de Informática (Lei 10.176,<br />
de 11.1.2001), que possibilita a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados<br />
(IPI) devido sobre os produtos de TI incentivados, desde que esses produtos sejam<br />
fabricados no Brasil por empresas que aplicam em P, D & I.<br />
57
Diversas empresas têm sido contempladas também em editais da<br />
Financiadora de <strong>Estudo</strong>s e Projetos - FINEP, a qual, aplicando recursos de variadas<br />
origens, apóia os investimentos em P, D & I de empresas, tanto internamente quanto<br />
em parceria com instituições científicas e tecnológicas (ICT). Todavia, deve-se<br />
ressaltar que tais benefícios são facultados a qualquer empresa que invista<br />
seriamente nessas atividades, sem discriminação de origem de capital (GUTIERREZ<br />
e PAN, 2008).<br />
Outros importantes recursos <strong>para</strong> P, D & I no segmento de <strong>Automação</strong><br />
Industrial, <strong>para</strong> empresas e ICTS, provêm de aplicações obrigatórias nessas<br />
atividades por parte de empresas concessionárias e permissionárias de distribuição,<br />
geração e transmissão de energia elétrica, bem como de concessionárias <strong>para</strong><br />
exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e/ou gás natural. Nos dois<br />
casos, parte dos recursos é destinada a fundos aplicados pela FINEP e outra parte é<br />
aplicada diretamente pelas concessionárias, internamente ou em parceria com<br />
empresas fornecedoras e ICTS do setor (GUTIERREZ e PAN, 2008).<br />
É importante observar que os benefícios da Lei de Informática não têm sido<br />
suficientes <strong>para</strong> sensibilizar os fornecedores internacionais, tendo em vista que os<br />
sistemas automáticos de controle industrial são compostos por uma significativa<br />
parcela de serviços e também porque vários dos dispositivos utilizados em tal<br />
sistema, especialmente os medidores, são de natureza eletromecânica, não sendo<br />
abrangidos por aquela lei (GUTIERREZ e PAN, 2008).<br />
3.2.5. Principais Dificuldades do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
3.2.5.1. Problemas Gerais<br />
O complexo eletroeletrônico e o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
apresentam volume comercial e escala de produção de padrão mundial em diversos<br />
produtos, conforme citado acima. Entretanto, a cadeia produtiva não se acha<br />
plenamente integrada, especialmente quanto à produção de componentes. Por sua<br />
vez, vários segmentos apresentam taxas de crescimento próximas à média da<br />
indústria brasileira.<br />
Para evitar algumas discrepâncias entre as alíquotas de imposto de<br />
importação de insumos e de produtos finais na cadeia produtiva do setor, visando<br />
58
sempre a maior competitividade <strong>para</strong> os produtos fabricados no país, sugere-se uma<br />
revisão destas alíquotas.<br />
A aceleração das importações do complexo, embora justificada pela<br />
intensidade e profundidade das transições tecnológicas, causa preocupação devido<br />
ao volume, comparável às importações de combustíveis pelo país, à intensa<br />
concorrência movida por produtores de bens simples e baratos, especialmente da<br />
China, e a lentidão do crescimento das exportações brasileiras.<br />
O complexo eletroeletrônico e o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, como os<br />
demais setores industriais brasileiros, ressentem-se dos encargos, popularmente<br />
denominados de ―Custo Brasil‖.<br />
As legislações que envolvem determinados setores são importantes e até<br />
cruciais <strong>para</strong> o desenvolvimento do setor no Brasil. A supressão dessas leis, por<br />
exemplo, a Lei de Informática, seria fatal <strong>para</strong> o setor. A legislação <strong>para</strong> o<br />
desenvolvimento setorial compensa, em parte, a elevada carga tributária existente<br />
no país.<br />
Os empresários do setor são contrários a mutabilidade das regras que<br />
normatizam as atividades industriais no complexo. Ademais, a alta velocidade de<br />
inovação no complexo, onde o ciclo de produto é inferior a dois anos, aliada à baixa<br />
velocidade de atualização das regras de decisão do governo constituem um óbice<br />
comum a diversos segmentos dentro do setor.<br />
3.2.5.2. Informalidade do Setor<br />
Os produtos industrializados, que procuram atender preferencialmente o<br />
mercado interno apesar da concorrência desleal do mercado informal ou mercado<br />
cinza, hoje, menos que no passado, obtiveram importantes benefícios nos últimos<br />
anos graças à política governamental de desoneração de produtos do setor. É<br />
necessário discutir ainda mecanismos e incentivos complementares <strong>para</strong> a<br />
consolidação do setor no mercado interno e <strong>para</strong> que possa atender em escala<br />
crescente o mercado externo.<br />
Para o crescimento efetivo das indústrias de TICs devem-se avaliar diversos<br />
mecanismos <strong>para</strong> uma diminuição das importações e uma maior atuação dos<br />
fabricantes locais no mercado internacional. A escala produtiva e a baixa tributação<br />
59
são os marcos da competitividade mundial de produtos eletrônicos, sem o que se<br />
torna muito difícil vislumbrar uma indústria eletrônica no Brasil que não dependa de<br />
incentivos fiscais.<br />
3.2.5.3. Base Produtiva Tecnológica<br />
A implantação no Brasil de uma base tecnológica e produtiva no setor de<br />
<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> possui forte conteúdo estratégico, na medida em que<br />
amplia a capacitação do país <strong>para</strong> competir na economia digital. Trata-se ainda de<br />
tecnologia importante <strong>para</strong> o desenvolvimento de todos os demais setores da<br />
economia brasileira, sendo fundamental <strong>para</strong> dotar o Brasil de uma menor<br />
dependência externa e dar condições <strong>para</strong> que o país possa participar do mercado<br />
internacional. O fortalecimento industrial no desenvolvimento de tecnologias e<br />
produtos no setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é fundamental <strong>para</strong> a consolidação<br />
da indústria de bens finais, pois permitirá o domínio da tecnologia dos produtos, e<br />
consequentemente, a capacidade de inovação, e a geração de riqueza.<br />
A utilização de equipamentos de automação no Brasil é considerada muito<br />
baixa em relação ao mercado. Segundo estudo realizado pela ARC (2008), o Brasil<br />
necessita multiplicar em 100 o uso da automação em suas indústrias. Além dos<br />
equipamentos, há graves deficiências no país em gerência e uso de aplicativos de<br />
informática em planejamento e controle da produção.<br />
A agregação de valor e o design local do componente são fundamentais<br />
porque o estágio tecnológico e o desempenho do bem final são definidos pelos<br />
componentes. Consequentemente, o conteúdo tecnológico e a integração são cada<br />
vez mais definidos pelos componentes, além do fato de que a capacidade e<br />
viabilidade de plataformas de exportação com valor agregado aos produtos ficarem<br />
condicionadas à disponibilidade de indústria local.<br />
A indústria de produtos do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é, por<br />
excelência, de cultura mundial, intensiva em investimento de capital e mão-de-obra<br />
qualificada. Além disso, seus altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento<br />
asseguram-lhe a necessária inovação tecnológica. O desenvolvimento industrial<br />
brasileiro no setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> age de forma a adensar sua cadeia<br />
produtiva contribuindo <strong>para</strong> a redução do déficit da balança comercial do setor, na<br />
60
medida em que há substituição de importações <strong>para</strong> o aumento de exportações de<br />
produtos com maior valor agregado, pois todos os potenciais investimentos no<br />
segmento de componentes necessitam de plantas industriais com escala suficiente<br />
<strong>para</strong> abastecer o mercado interno e, principalmente, o externo. Esta indústria<br />
exporta de 20% a 70% da sua produção (ARC, 2008).<br />
3.2.5.4. Políticas de incentivos<br />
Os incentivos governamentais <strong>para</strong> atrair investimentos deve atender às<br />
necessidades específicas das empresas e aos interesses do país, visando otimizar a<br />
sua utilização a partir da:<br />
a) Competitividade das empresas decorrentes das diferentes disponibilidades<br />
dos fatores de produção. Para compensar as deficiências existentes, um<br />
conjunto de ações deveria ser implementado, visando o aperfeiçoamento<br />
das políticas regulatórias e redução da taxa de juros, a ampliação das<br />
linhas de financiamento com taxas compatíveis com as praticadas nos<br />
países mais industrializados e ou países com programas de incentivo <strong>para</strong><br />
implantar / desenvolver indústrias competitivas mundialmente, bem como<br />
a adoção de benefícios fiscais que atendam as necessidades do setor e<br />
permitam a sua consolidação; e<br />
b) Estabelecimento de prazos e metas <strong>para</strong> consolidação do segmento.<br />
Nesse horizonte, necessitar-se-ia do desenvolvimento e capacitação<br />
tecnológicos, de programas destinados a fomentar a pesquisa de apoio à<br />
indústria envolvendo Universidades, Institutos e Centros Tecnológicos, da<br />
criação de novos Institutos especialmente dedicados ao estudo de novas<br />
tecnologias e de projetos em semicondutores, visando o suporte às<br />
empresas atraídas pelo conjunto das ações e incentivos.<br />
3.2.5.5. Problemas Regionais<br />
Tendo em vista a importância do pólo industrial do Amazonas <strong>para</strong> o<br />
complexo eletroeletrônico, há um delicado equilíbrio entre a produção na Zona<br />
Franca de Manaus e o resto do país.<br />
61
Os índices efetivos de proteção tarifária visam cobrir o chamado ―custo<br />
Manaus‖, o que implica no fato de que qualquer incentivo fiscal adicional tende a<br />
induzir a migração de fabricantes de outras regiões do país, principalmente Sul e<br />
Sudeste, <strong>para</strong> a capital amazonense. Por outro lado, qualquer medida que onere os<br />
custos industriais na região (por exemplo, a exigência de maior verticalização da<br />
produção) pode deslocar empresas de Manaus <strong>para</strong> outros pontos do país, o que<br />
resultaria em maciço em desemprego no Estado. Portanto, o desenvolvimento de<br />
―clusters‖ industriais em Manaus que venham a adquirir crescente competitividade<br />
internacional, é uma dos principais desafios <strong>para</strong> a região, ao lado do<br />
aprimoramento dos instrumentos e mecanismos de política industrial existente,<br />
representada pelos Processos Produtivos Básicos (PPBs).<br />
A Zona Franca de Manaus (ZFM) deveria se transformar rapidamente em<br />
plataforma de exportação, ainda mais devido ao seu status de ―terceiro país‖ dentro<br />
do Mercosul. É importante que as vendas de insumos e componentes tenham<br />
tratamento equi<strong>para</strong>do às exportações de modo que os fabricantes localizados no<br />
país possam competir em igualdade de condições com os fornecedores de produtos<br />
importados (desonerados do ―Custo Brasil‖ e muitas vezes subsidiados em seus<br />
países de origem) dentro da Zona Franca de Manaus.<br />
3.2.5.6. Concorrência Internacional<br />
No setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, a formação de alianças globais ainda<br />
não é tão aparente quanto a que ocorre em outros setores industriais, como o<br />
automotivo. Nem todos os grandes fabricantes internacionais (global players) têm<br />
unidades industriais no Brasil. Por sua vez, grande parte dos fabricantes que<br />
compõem o complexo são empresas nacionais, sem vínculos muito fortes com<br />
empresas internacionais.<br />
O Japão e a Comunidade Européia, por conta de empresas subsidiárias e<br />
parcerias com fabricantes nacionais, gozam de uma participação importante no<br />
complexo. Os Estados Unidos voltaram a investir de maneira acentuada no Brasil,<br />
visando primordialmente o mercado de telecomunicações e de informática. Já a<br />
Coréia que pretende assumir posição de liderança mundial optou em estabelecer<br />
uma plataforma de produção e exportação no Brasil. Há estudos <strong>para</strong> que empresas<br />
62
de Taipei também venham a se integrar aos pólos indústrias existentes no Brasil e<br />
no Mercosul.<br />
Baseado nos dados obtidos no IBGE, ABINEE e outras fontes, observou-se<br />
que a China é um grande concorrente das empresas instaladas no mercado<br />
brasileiro, como já acontece em boa parte do mundo, aonde a indústria eletrônica<br />
alcança taxas anuais de crescimento superiores às do Brasil. Sua estratégia em<br />
atuar globalmente a partir dos produtos mais simples e mais baratos resultou na<br />
eliminação de diversos produtos antes fabricados no país e na redução do valor<br />
agregado local dos produtos ainda fabricados (EMBASSY BRAZIL, 2006).<br />
A concorrência internacional dentro do mercado brasileiro impõe as seguintes<br />
dificuldades às empresas instaladas no Brasil:<br />
A Alta taxa de inovação (as empresas operam com produtos cujo grau de<br />
obsolescência é ao redor de dois anos, especialmente em<br />
telecomunicações e informática) o que impõe altos níveis de importação,<br />
tanto <strong>para</strong> bens industriais, quanto <strong>para</strong> uso final;<br />
Os fornecedores estrangeiros oferecem condições de financiamento mais<br />
vantajosas do que as vigentes no mercado brasileiro (disponibilidade de<br />
crédito e taxas de juros extremamente atraentes);<br />
Os fornecedores estrangeiros mais agressivos e de países recém-<br />
industrializados oferecem preços inferiores aos praticados no mercado<br />
internacional.<br />
63
4. Panorama Atual<br />
4.1. Mercado<br />
4.1.1. Contextualização<br />
O mercado da automação fornece insumos e bens finais <strong>para</strong> diversos<br />
setores produtivos da economia. As atividades desenvolvidas garantem avanços<br />
tecnológicos <strong>para</strong> a melhoria da competitividade dos diferentes ramos da indústria,<br />
tais como petroquímica, siderurgia, mineração, automobilística, agroindústria,<br />
alimentícia, têxtil, couro e calçados, comunicações, transportes, entre outros, bem<br />
como <strong>para</strong> o setor predial, bancário, comercial e de serviços em geral.<br />
A evolução tecnológica do mercado de automação é constante, envolvendo<br />
uma extensa cadeia de atividades que se inicia na pesquisa científica e termina na<br />
entrada em operação da unidade produtiva. Não há duas plantas exatamente iguais<br />
e, portanto, sua automação dificilmente é passível de padronização.<br />
Os sistemas já existentes são diferentes e requerem sempre adaptações <strong>para</strong><br />
compatibilizar equipamentos novos com os existentes, aplicativos e infraestrutura de<br />
comunicação. Existe a necessidade de padronização dos sistemas, protocolos de<br />
comunicação e maior disseminação de normas técnicas (Apêndices II e III).<br />
Tudo isso faz com que as atividades relativas à automação de processos<br />
industriais demandem mão-de-obra de elevada qualificação (portanto, maiores<br />
salários), o que confirma que a questão dos baixos salários como variável <strong>para</strong><br />
elevar a competitividade das empresas, não é um elemento presente na Indústria de<br />
<strong>Automação</strong>. Entre essas atividades, podem ser destacadas as seguintes:<br />
a) Concepção e projeto de dispositivos: É a etapa com maior conteúdo de<br />
trabalho criativo, que requer a participação de equipe multidisciplinar<br />
constituída por pessoal especializado das áreas de ciências dos materiais,<br />
computação, engenharia mecânica e elétrica;<br />
b) Elaboração de normas e protocolos de automação;<br />
c) Desenvolvimento de software produto;<br />
d) Elaboração de estratégias de automação e controle. Essas estratégias<br />
são determinadas por atuação conjunta da engenharia de controle e<br />
64
automação e da engenharia de processo, que conhecem as variáveis<br />
relevantes e suas relações de causa e efeito;<br />
e) Especificação e dimensionamento dos sistemas de instrumentação;<br />
f) Projeto de detalhamento do sistema de automação;<br />
g) Desenvolvimento e implantação de novas técnicas de controle avançado.<br />
Envolve a utilização de sistemas especialistas, programação de MPC<br />
(controlador preditivo multivariável), entre outros;<br />
h) Fabricação de dispositivos de automação;<br />
i) Desenvolvimento da aplicação de software;<br />
j) Projeto da rede industrial. Projeto da rede de comunicação de dados entre<br />
os instrumentos de campo e os equipamentos de controle e supervisão,<br />
com definição da forma de transmissão de dados, de protocolos de<br />
comunicação e dimensionamento e especificação do cabeamento e dos<br />
dispositivos e/ou equipamentos de transmissão e recepção; e<br />
k) Implantação e operação do sistema de automação. Envolve seleção,<br />
aquisição, instalação, adaptação, ajuste, configuração e teste dos<br />
instrumentos, dispositivos, equipamentos e software que constituem a<br />
plataforma de automação, bem como da rede de comunicação de campo,<br />
e a sua integração.<br />
4.1.2. Análise do Macro-Ambiente e do Micro-Ambiente<br />
O Brasil é um país de grande diversidade tanto cultural quanto física e<br />
estrutural, o que permite analisar diversos segmentos de mercado e situações<br />
contrastantes em suas regiões. A Região Sudeste, por exemplo, concentra grande<br />
parte da população e um desenvolvimento industrial destacável quando com<strong>para</strong>do<br />
ao de outras regiões, com grande movimentação no mercado financeiro, com mão-<br />
de-obra especializada, mas de alto custo. Uma análise desse contexto é primordial<br />
<strong>para</strong> se estabelecerem metas e programas.<br />
No âmbito do comércio exterior, o Brasil mantém bom relacionamento e<br />
acordos com diversos países e blocos econômicos. É integrante do MERCOSUL,<br />
juntamente com Argentina, Paraguai e Uruguai.<br />
65
O mercado eletroeletrônico brasileiro é o segmento mais dinâmico, de maior<br />
crescimento e que menos contribui <strong>para</strong> a erosão dos postos de trabalho nas<br />
indústrias. Em contrapartida, apresenta altos volumes de importação e altos índices<br />
de substituição de produtos fabricados no país por produtos importados.<br />
A análise aprofundada desses cenários será apresentada no decorrer deste<br />
trabalho, <strong>para</strong> que se possa ter um panorama geral do mercado brasileiro, do ponto<br />
de vista interno e externo.<br />
4.1.3. Mercado Nacional 1<br />
4.1.3.1. Oferta no Mercado Nacional<br />
Uma multiplicidade de empresas <strong>–</strong> cerca de 1.500, de acordo com a ISA<br />
(2007), de portes variados, atuam na oferta de produtos e sistemas <strong>para</strong> a<br />
automação do controle de processos industriais no país. A caracterização permite<br />
afirmar que: (GUTIERREZ e PAN, 2008).<br />
Empresas internacionais, instaladas no país, são equivalentes a<br />
aproximadamente 30% do total das empresas instaladas, que oferecem<br />
amplo espectro de produtos e soluções completas de automação;<br />
Micro e pequenas empresas integradoras, em muitos casos, formadas por<br />
ex-funcionários de empresas internacionais, que atuam de forma<br />
independente ou associada a fabricantes de equipamentos; e<br />
Pequenas e médias empresas, formadas com capital nacional, que<br />
oferecem um espectro limitado de produtos <strong>–</strong> hardware e/ou software,<br />
desenvolvidos com tecnologia própria, sendo que raramente oferecem<br />
sistemas completos de automação.<br />
Segundo Gutierrez e Pan (2008), o mercado brasileiro é fortemente<br />
competitivo e dominado por empresas internacionais, líderes mundiais do mercado<br />
de <strong>Automação</strong> Industrial <strong>–</strong> ABB, Emerson, GE Fanuc, Honewell, Invensys, Rockwell,<br />
Schneider, Siemens e Yokogawa, além de algumas empresas nacionais que<br />
desenvolveram tecnologias próprias e competitivas dentro do mercado, como é o<br />
1 A redação dos itens 4.1.3.1 até 4.1.4.3 baseia-se fortemente em Gutierrez e Pan (2008).<br />
66
caso da ALTUS, BCM, COESTER, ECIL, ELIPSE, SENSE, SMAR e WEG, dentre<br />
outras, conforme apresentado no Quadro 2 a seguir.<br />
Quadro 2 - Principais Fabricantes Nacionais Ligados à <strong>Automação</strong> Industrial.<br />
Empresa Linha de Produtos<br />
Altus CLPs e soluções completas<br />
Atan (Accentury) Provedor de software e soluções completas<br />
BCM CLPs e outros dispositivos de controle<br />
Coester Atuadores de válvulas<br />
Ecil Dispositivos de controle <strong>para</strong> sistemas elétricos<br />
Elipse Software Supervisores (SCADA)<br />
Novus Dispositivos de controle<br />
Presys Dispositivos de controle<br />
Sense Sensores<br />
Smar Dispositivos de controle e soluções completas<br />
Spin Software Supervisório (SCADA)<br />
Taurus Máquinas de Controle Numérico (CNC)<br />
Trisolutions Provedor de software e soluções completas<br />
WEG<br />
Fonte: Gutierrez e Pan, 2008.<br />
Inversores de frequência, dispositivos de controle e proteção e<br />
soluções completas em automação<br />
Todas elas estão presentes no país e atuam de forma abrangente,<br />
oferecendo soluções completas <strong>–</strong> hardware, software e serviços <strong>–</strong> que incorporam<br />
tecnologias no estado da arte. Atuam tanto diretamente como também por meio de<br />
integradores e representantes comerciais.<br />
A partir do surgimento de protocolos digitais abertos de comunicação, essas<br />
empresas vêm adotando práticas de maior flexibilização na oferta de pacotes de<br />
automação, com a possibilidade de inserção nos seus pacotes de equipamentos e<br />
software de outros fornecedores, favorecendo a solução de integração de<br />
automação. As estratégias dessas empresas não contemplam o desenvolvimento<br />
nem a fabricação local de dispositivos que são importados.<br />
As atividades que realizam no país restringem-se ao desenvolvimento e à<br />
integração das soluções finais (aplicações) <strong>para</strong> as plantas industriais. A utilização<br />
de mão-de-obra local limita-se às etapas de comercialização e implantação dos<br />
sistemas e produtos nos clientes.<br />
67
No extremo oposto, identifica-se um grupo de empresas de origem local, na<br />
maioria de pequeno e médio porte, que vêm conseguindo manter-se há anos em um<br />
mercado de forte concorrência, dominado por competidores de potencial técnico e<br />
financeiro muito superior. Tais empresas ofertam produtos inteiramente<br />
desenvolvidos no país com capacitação própria. As empresas mais conhecidas<br />
desse grupo estão identificadas no Quadro 2 anteriormente apresentado.<br />
De maneira geral, essas empresas nacionais possuem um portfólio de<br />
produtos limitado, em função do seu pequeno porte ou de sua origem em outro<br />
setor. À exceção da WEG, pode-se afirmar que o faturamento agregado desse grupo<br />
de empresas não ultrapassa umas poucas centenas de milhões de reais, valor<br />
muitas vezes inferior ao do faturamento de qualquer uma das grandes fornecedoras<br />
internacionais apresentadas anteriormente.<br />
Poucas são as empresas que fornecem um leque amplo de soluções, como<br />
as apresentadas no Quadro 2, competindo diretamente com as grandes marcas<br />
internacionais. Isso leva a uma atuação predominante no mercado de reposição e de<br />
fornecimento de pequenos sistemas ou em nichos particulares, como o das usinas<br />
de açúcar e de álcool.<br />
Segundo Gutierrez e Pan (2008), entretanto, essas empresas têm conseguido<br />
não apenas se manter no mercado interno como também se internacionalizar,<br />
criando bases próprias de comercialização e assistência técnica em vários países. O<br />
efeito de sua atuação sobre a economia, em especial a geração de renda e<br />
empregos altamente qualificados, é radicalmente diverso do das empresas<br />
internacionais, pois dinamizam toda a cadeia de atividades ligadas à automação<br />
dentro do país, sobretudo a estrutura de pesquisa tecnológica e científica.<br />
O percentual da força de trabalho vinculada às atividades de P, D & I de alta<br />
qualificação nessas empresas varia entre 10% e 15% do total, correspondendo a um<br />
investimento anual em P, D & I superior a 5% do faturamento.<br />
Várias dessas empresas têm sido beneficiadas pela Lei de Informática (Lei<br />
10.176, de 11.1.2001), que possibilita a redução do Imposto sobre Produtos<br />
Industrializados (IPI), devido ao incentivo sobre os produtos de TI, desde que<br />
fabricados no Brasil por empresas que aplicam em P, D & I. Diversas empresas têm<br />
sido contempladas também em editais da Financiadora de <strong>Estudo</strong>s e Projetos -<br />
68
FINEP, a qual, aplicando recursos de variadas origens, apóia os investimentos em P,<br />
D & I de empresas, tanto internamente quanto em parceria com instituições<br />
científicas e tecnológicas (ICT). Todavia, deve-se ressaltar que tais benefícios são<br />
facultados a qualquer empresa que invista seriamente nessas atividades, sem<br />
discriminação de origem de capital.<br />
Como exemplo de investimentos em P, D & I, pode-se citar o caso da<br />
empresa Altus, que, em atendimento a um edital de microeletrônica, em 2005,<br />
encomendou o desenvolvimento de um circuito integrado específico, <strong>para</strong> integração<br />
a seus CLPs, ao Centro de Excelência em Tecnologia <strong>Eletrônica</strong> Avançada<br />
(CEITEC). Conforme amplamente noticiado pela imprensa, esse trabalho foi<br />
concluído com grande sucesso.<br />
A WEG é outra empresa que tem vários projetos de pesquisa no segmento<br />
de <strong>Automação</strong> Industrial com várias universidades do país e no exterior. É<br />
importante esclarecer que trabalhos dessa natureza são custeados pelo Estado<br />
brasileiro como forma de mitigar os riscos tecnológicos e financeiros associados ao<br />
projeto, mas sempre cabe à fabricante parceira que irá explorar economicamente os<br />
seus resultados uma contrapartida sob a forma de aporte financeiro ao projeto,<br />
naturalmente proporcional ao porte da empresa.<br />
Outros importantes recursos <strong>para</strong> P, D & I no segmento de <strong>Automação</strong><br />
Industrial, <strong>para</strong> empresas e ICTS, provêm de aplicações obrigatórias nessas<br />
atividades por parte de empresas concessionárias e permissionárias de distribuição,<br />
geração e transmissão de energia elétrica, bem como de concessionárias <strong>para</strong><br />
exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e/ou gás natural. Nos dois<br />
casos, parte dos recursos é destinada a fundos aplicados pela FINEP e outra parte é<br />
aplicada diretamente pelas concessionárias, internamente ou em parceria com<br />
empresas fornecedoras e ICTS do setor.<br />
É importante observar que os benefícios da Lei de Informática não têm sido<br />
suficientes <strong>para</strong> sensibilizar os fornecedores internacionais, tendo em vista que os<br />
sistemas automáticos de controle industrial são compostos por uma significativa<br />
parcela de serviços e também porque vários dos dispositivos utilizados em tal<br />
sistema, especialmente os medidores, são de natureza eletromecânica, não sendo<br />
abrangidos por aquela lei.<br />
69
Sobre a participação nos mercados de cada tipo de sistema de controle, tem-<br />
se no Brasil a mesma situação do mercado mundial de SDCDs, liderado<br />
majoritariamente por Emerson, Yokogawa, Honeywell e ABB. Nenhuma das<br />
empresas nacionais fornece SDCDs. No Gráfico 8, pode-se observar a distribuição<br />
de CLPs no mercado brasileiro, destacando-se a presença de um fabricante nacional<br />
com forte presença entre os fabricantes internacionais.<br />
Gráfico 8 - Mercado Nacional de CLP.<br />
Fonte: Empresa do Setor, 2007.<br />
Segundo Gutierrez e Pan (2008), na categoria identificada por Outras Locais,<br />
destacam-se a Atos, a BCM, a Novus, a Smar e a WEG. A empresa Atos, criada há<br />
mais de 30 anos, foi adquirida pela Schneider em agosto de 2007. Esse último fato,<br />
bem como a aquisição da Atan pela Accenture, ocorrida em abril de 2008, são<br />
sintomas da importância que o crescimento do mercado brasileiro de automação<br />
vem adquirindo em âmbito internacional.<br />
Em dezembro de 2008 a WEG foi destacada pela Frost & Sullivan como uma<br />
empresa inovadora na área de controle de processos industriais nos mercados<br />
emergentes.<br />
Cabe observar que a Frost & Sullivan realizou um estudo específico sobre o<br />
mercado brasileiro e mexicano de SDCDs e constatou-se que este mercado tem<br />
perspectivas de atingir US$ 926 milhões em 2012. Em suas conclusões, tal estudo<br />
recomendou a intensificação das atividades comerciais das empresas de automação<br />
70
industrial nesses países, frisando a necessidade de contratação de profissionais de<br />
engenharia de software experientes <strong>para</strong> atender melhor aos clientes.<br />
O CNC, por sua vez, chegou a ser fabricado no país na época da reserva de<br />
mercado <strong>para</strong> informática, que abrangia também equipamentos de eletrônica digital<br />
<strong>para</strong> controle de processos industriais. Naquela época, houve o desenvolvimento e a<br />
produção de CNCs brasileiros pela Digicon e pela Romi, tradicional fabricante de<br />
máquinas-ferramenta. Entretanto, desde o fim da reserva, o próprio mercado<br />
mundial sofreu significativas mudanças, de forma que atualmente apenas um CNC é<br />
fabricado no país, pela Romi, que o incorpora a algumas de suas máquinas. O<br />
restante do mercado utiliza CNCs importados, principalmente da GE Fanuc e da<br />
Siemens. Também não existe fabricação local de robôs, que são fornecidos ao<br />
mercado por meio de importação.<br />
Atualmente, CNCs são fabricados localmente pela MCS e a WEG fabrica os<br />
servoacionamentos aplicados em máquinas-ferramenta.<br />
4.1.3.2. Demanda do Mercado Nacional<br />
A demanda por recursos de automação industrial pode ser segmentada,<br />
segundo os seus objetivos, em reposição de dispositivos e produtos antigos,<br />
modernização e expansão de linhas existentes e implantação de projetos totalmente<br />
novos. De forma geral, os projetos de modernização são aqueles que apresentam<br />
maior demanda por serviços de integração, função da necessidade de adaptação<br />
dos recursos mais modernos, baseados em tecnologias digitais, aos sistemas<br />
legados, normalmente baseados em tecnologias antigas, como pneumáticas e<br />
analógicas.<br />
Dadas as diferenças entre os competidores acima mostradas, são as<br />
empresas multinacionais dominantes que normalmente fornecem os principais<br />
pacotes de automação, ou seja, são elas as responsáveis pela totalidade do<br />
fornecimento da solução de automação das grandes plantas industriais. Isso é<br />
verdadeiro tanto <strong>para</strong> os novos projetos quanto <strong>para</strong> os projetos de modernização de<br />
unidades completas de plantas já existentes.<br />
Nesse caso, a participação de qualquer outro fornecedor, na qualidade de<br />
subcontratado, é eventual, e ocorre caso haja uma exigência do cliente, ou pelo uso<br />
71
de um produto em particular, ou pela redução de custo em um dado dispositivo. Isso<br />
porque nem sempre o fornecedor do pacote dispõe entre seus produtos de<br />
dispositivos que atendam à totalidade dos requisitos especificados, inclusive a<br />
relação custo/benefício.<br />
Uma vez que não existe produção local de dispositivos nem de software por<br />
parte das grandes fornecedoras internacionais, cada um desses projetos é<br />
basicamente atendido por importação, sendo muito baixa no país a geração de<br />
empregos associada. No entanto, o caso é mais grave quando se trata de plantas<br />
industriais novas, pois, dependendo do grau de dependência tecnológica do<br />
investidor brasileiro, muitas vezes a venda do pacote de automação é fechada por<br />
acordo entre a empresa licenciadora da tecnologia do processo e a empresa<br />
fornecedora do sistema de automação, sem qualquer possibilidade de abertura do<br />
fornecimento a terceiros.<br />
Por outro lado, o pequeno porte das fornecedoras locais de automação <strong>para</strong><br />
controle de processos e a indisponibilidade de produtos como o SDCD não permitem<br />
a sua participação na liderança de grandes negócios.<br />
Os fornecimentos de reposição ou de sistemas de pequeno ou médio porte ou<br />
ainda com características de nicho, que muitas vezes não interessam às empresas<br />
dominantes, são atendidos pelas ofertas independentes: integradoras, fabricantes de<br />
dispositivos e desenvolvedores de software. Entretanto, eventuais parcerias <strong>para</strong><br />
fornecimento de pequenos pacotes fazem-se necessárias, tendo em vista limitações<br />
do portfólio de produtos.<br />
4.1.4. Mercado Internacional<br />
4.1.4.1. Evolução do Comércio Internacional<br />
O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é constituído, predominantemente, por<br />
médias e grandes empresas. É um segmento que apresenta como característica<br />
básica o uso intensivo de inovações tecnológicas e de insumos como o silício, base<br />
constante do processo produtivo, mas com um grau de dependência de exportações<br />
muito forte. Isto se deve ao fato do Brasil não possuir empresas fabricantes de peças<br />
e outros materiais relacionados aos eletroeletrônicos <strong>para</strong> atender a demanda dos<br />
72
grandes setores industriais do próprio segmento e de outros segmentos que<br />
dependem de automação industrial, peças, componentes e materiais diversos.<br />
O setor eletroeletrônico e outras empresas que utilizam componentes e<br />
equipamentos diversos dependem do mercado internacional, que apresenta<br />
constante ascensão, mas pode acarretar um desequilíbrio importante da balança<br />
comercial.<br />
Um dos principais objetivos deste estudo é de apresentar o Brasil em sua<br />
estrutura física, cultural e econômica, apresentando análises de oportunidades <strong>para</strong><br />
o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e alguns pontos fracos deste mercado, como<br />
por exemplo, dependência atual de importações.<br />
4.1.4.2. Mercado Mundial - Oferta<br />
Os primeiros SDCDs chegaram ao mercado em 1975 pelas mãos da<br />
Honeywell, Yokogawa e Bristol, incorporada pela Emerson, mais tarde seguidas pela<br />
Bailey (incorporada pela ABB) e Foxboro, hoje, do grupo Invensys. Na década<br />
seguinte, começaram a ser utilizados alguns padrões de TI (Tecnologia da<br />
Informação), como o sistema operacional UNIX, o protocolo TCP/IP e as redes<br />
Ethernet, embora de forma ainda restrita. Datam dessa época, também, as primeiras<br />
tentativas de integração de CLPs e SDCDs.<br />
Pressões de mercado marcaram os anos 1990, fazendo com que fosse<br />
adotada a interface Windows e, principalmente, a padronização do barramento de<br />
campo, com a consolidação dos protocolos FF e Profibus. Novos produtos surgiram<br />
no mercado nessa época, fazendo uso de barramento de campo, trazidos pela ABB,<br />
Emerson, Siemens e Yamatake.<br />
Intensivo em hardware, quase todo proprietário, o SDCD sentiu fortemente o<br />
impacto do lançamento no mercado de componentes eletrônicos padronizados,<br />
como microprocessadores e microcontroladores da Intel e Motorola, tornando<br />
insustentável manter os altos preços dos sistemas, como havia sido a prática até<br />
então.<br />
Tal disponibilidade de componentes, somada ao crescimento da capacidade<br />
de processamento e de comunicação de outros dispositivos de controle, propiciou<br />
que fabricantes de CLPs usassem sua experiência <strong>para</strong> ingressar no mercado de<br />
73
SDCDs, caso da Rockwell e da Schneider. Em resposta, os tradicionais fabricantes<br />
de SDCDs lançaram novas gerações de produtos, consolidando a tendência de<br />
combinar os conceitos e as funcionalidades do CLP e do SDCD.<br />
Os fornecedores de SDCD resolveram também mudar de estratégia.<br />
Verificaram que o mercado de hardware nos países centrais estava alcançando a<br />
saturação. A maior parte dos sistemas havia sido instalada nas décadas de 1970 e<br />
1980, e o longo tempo de vida dos sistemas, algo em torno de quinze a vinte anos,<br />
apontava <strong>para</strong> um mercado de reposição no Primeiro Mundo.<br />
Um grande novo mercado surgia nas regiões de maior crescimento industrial:<br />
China, América Latina e Leste Europeu. Por outro lado, a padronização possibilitou a<br />
entrada no mercado de hardware de um grande número de empresas menores,<br />
além desse mercado estar sujeito à forte concorrência com a fabricação asiática,<br />
especialmente da China.<br />
Assim, os fornecedores de SDCD iniciaram a transição <strong>para</strong> um modelo de<br />
negócios baseado em software e serviços, expandindo seu portfólio com a oferta de<br />
novas ferramentas e funcionalidades.<br />
Tais fornecedores estão, cada vez mais, consolidando suas operações e<br />
assumindo o papel de integradores, responsáveis únicos por todo um sistema de<br />
automação do controle de um projeto.<br />
Quanto ao CLP, foi lançado pela Modicon (incorporada à Schneider) durante<br />
os anos 1970, embora tenha ganhado maior projeção somente durante a década<br />
seguinte. A partir daí, o seu crescimento fez com que, atualmente, um grande<br />
número de processos industriais fizesse uso de CLPs, especialmente aqueles que<br />
não necessitavam de uma solução proprietária ou que, por outro lado, requeiram alta<br />
flexibilidade. A possibilidade de conexão de IHM e de comunicação em rede com<br />
protocolos padronizados ampliou sua utilização também em SDCDs e sistemas<br />
SCADA. Alguns fornecedores de SDCD lançaram seus próprios modelos de CLP.<br />
Além da Schneider, são tradicionais fornecedores de CLP a Allen-Bradley<br />
(incorporada pela Rockwell), a ABB, a Honeywell, a Omron e a General Electric, hoje<br />
associada à japonesa Fanuc.<br />
74
Na exposição acima, verifica-se a ocorrência de um intenso processo de<br />
consolidação no segmento nos últimos anos. Diversos tradicionais fornecedores são<br />
agora marcas de corporações multinacionais que ostentam grandes portfólios de<br />
produtos e soluções integradas, uma vez que há superposição e complementaridade<br />
entre soluções SDCD, CLP e SCADA, esta última normalmente referida como<br />
software. Assim, podem ser citados como expoentes atuais no mercado mundial de<br />
controle de processos industriais os seguintes ABB (fusão entre Asea e Brown-<br />
Boveri, incorporou a Bailey);<br />
Emerson (incorporou a Bristol, a Fisher e a Rosemount);<br />
GE-Fanuc (joint venture entre as empresas General Electric e Fanuc,<br />
japonesa);<br />
Honeywell;<br />
Invensys (incorporou a Foxboro);<br />
Rockwell (incorporou a Allen-Bradley);<br />
Schneider (incorporou Modicon e Telemecanique);<br />
Siemens; e<br />
Yokogawa.<br />
Os investimentos em P, D & I dessas empresas são elevados, equivalendo a<br />
parcelas significativas do seu faturamento. A Tabela 2 apresenta alguns dados sobre<br />
as empresas relativas ao ano de 2007, fornecendo um panorama de seu potencial<br />
competitivo.<br />
75
Tabela 2 - Faturamento dos Principais Fabricantes Internacionais Ligados à <strong>Automação</strong><br />
Industrial.<br />
Empresa<br />
Faturamento<br />
(US$ Bilhões)<br />
% Faturamento<br />
(<strong>Automação</strong><br />
Industrial)<br />
76<br />
Dispêndios em P, D & I<br />
(% Faturamento Total)<br />
ABB 29,2 27,0 3,9<br />
Emerson 22,0 45,0 1,8<br />
GE Fanuc n.d. n.d. n.d.<br />
Honeywell 34,1 36,6 4,2<br />
Invensys 5,1 45,2 2,8<br />
Rockwell 5,0 100,0 2,4<br />
Schneider 25,5 28,5 2,4<br />
Siemens 102,0 22,9 4,9<br />
Yokogawa 5,0 100,0 7,0<br />
Fonte: INTECH, 2008.<br />
Nos mercados de cada tipo de sistema de controle, existe ainda o predomínio<br />
de um grupo ou outro de empresas, certamente por causa da origem e do histórico<br />
de atuação. Assim, o mercado de SDCDs é liderado por Emerson, Yokogawa,<br />
Honeywell e ABB. Já o mercado de CLPs é liderado pela Siemens e pela Rockwell.<br />
4.1.4.3. Mercado Mundial - Demanda<br />
Segundo Gutierrez e Pan (2008), John Pfeiffer em artigo publicado na revista<br />
InTech, de fevereiro de 2005, estima que o faturamento total naquele ano do<br />
segmento de controle industrial no mundo em termos de equipamentos, sistemas e<br />
serviços foi da ordem de US$ 99 bilhões. Já os serviços de integração de sistemas<br />
<strong>para</strong> este mesmo ano, segundo a Control Systems Integrators Association (CSIA),<br />
atingiram o montante de US$ 20 bilhões.<br />
Em 2007, de acordo com a consultoria ARC Advisory Group, as vendas de<br />
automação no mundo ultrapassaram US$ 50 bilhões, sendo US$ 32 bilhões <strong>para</strong> a<br />
automação de processos contínuos e US$ 18 bilhões <strong>para</strong> a automação de<br />
processos discretos. Quanto às perspectivas, a empresa projeta um crescimento<br />
<strong>para</strong> o setor, até o ano de 2011, de 9,6% a.a. <strong>para</strong> a automação de processos e de<br />
6,8% a.a. <strong>para</strong> a automação discreta.<br />
Assim, apesar da carência de dados consolidados e publicamente<br />
disponibilizados, é possível estimar que o volume total de faturamento envolvendo a
cadeia de automação industrial no mundo se situa entre US$ 70 bilhões e US$ 100<br />
bilhões, com perspectivas otimistas de crescimento.<br />
Já o mercado mundial de CLPs, ainda segundo a ARC, alcançou US$ 9<br />
bilhões em 2007, sendo esperado um crescimento anual até 2012 de 6,5% a.a. É<br />
interessante observar que esse crescimento é puxado pelos países emergentes,<br />
principalmente os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e os do Leste Europeu<br />
(GUTIERREZ e PAN, 2008). Observa-se que as estimativas acima foram realizadas<br />
antes da crise que se iniciou em setembro de 2008 e estender-se-á, ao menos, por<br />
este ano de 2009. Entende-se que as previsões <strong>para</strong> 2011 e 2012 poderão ser<br />
afetadas.<br />
4.1.5. Efeitos da Globalização do Mercado<br />
A globalização do mercado de eletrônica <strong>para</strong> automação vem trazendo<br />
importantes mudanças o, dentre elas:<br />
Processo intenso e crescente de aquisições e fusões no complexo<br />
eletroeletrônico como aconteceu com alguns protagonistas como a<br />
Whirlpool, Electrolux, SEB e a General Electric;<br />
A globalização também está causando o aporte de novos investimentos;<br />
As ações propostas <strong>para</strong> o complexo deverão incrementar os<br />
investimentos explícitos sensivelmente em curto prazo;<br />
Melhoria da produtividade no complexo é uma das mais acentuadas no<br />
cenário industrial brasileiro e mundial;<br />
Melhoria da qualidade. O complexo apresenta a maior população de<br />
empresas certificadas dentro do setor;<br />
A atualização tecnológica dos produtos fabricados no país alcançou<br />
praticamente a dos países líderes, com investimentos cada vez maiores<br />
em P, D & I; e<br />
Os preços dos produtos da área de automação variaram menos do que o<br />
restante da indústria, apresentando estabilidade ao longo do ano passado.<br />
77
4.1.6. Análise do Mercado da Indústria de <strong>Automação</strong><br />
A seguir serão apresentadas informações relevantes <strong>para</strong> análise do Mercado<br />
de Indústria de <strong>Automação</strong>, classificadas dentro dos segmentos de <strong>Automação</strong><br />
Industrial, Predial, Comercial e Bancária.<br />
4.1.6.1. Segmento de <strong>Automação</strong> Industrial<br />
Na Tabela 3 é apresentada uma análise de mercado do segmento de<br />
<strong>Automação</strong> Industrial, sendo apresentados, os principais produtos, informações da<br />
disponibilidade de tecnologias no Brasil, e informações de faturamento no mercado<br />
nacional e mundial. Outra informação importante de análise é o mercado mundial de<br />
controladores programáveis desse segmento, conforme mostra a Tabela 4.<br />
É importante destacar que o segmento de <strong>Automação</strong> Industrial no Brasil tem<br />
uma interação muito forte com os setores de Óleo e Gás Natural, sendo importante<br />
dados desses setores na análise de mercado. A Tabela 5 apresenta informações do<br />
Mercado de Integração de Sistemas <strong>para</strong> os setores de Óleo e Gás Natural, com<br />
previsão de US$ 22,5 bilhões <strong>para</strong> o período de 2008-2012. A Tabela 6 apresenta<br />
informações do Mercado de Integração de Sistemas <strong>para</strong> os setores de Óleo e Gás<br />
Natural, onde no plano anterior eram previstos investimentos da ordem de US$ 10<br />
bilhões / ano enquanto o plano atual prevê investimentos da ordem de US$ 12,6<br />
bilhões / ano.<br />
78
Tabela 3 <strong>–</strong> Análise de Mercado do Segmento de <strong>Automação</strong> Industrial.<br />
Produtos <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> Industrial<br />
Disponibilidade<br />
de Tecnologia<br />
no Brasil<br />
79<br />
Mercado Mundial<br />
(Milhões de US$)<br />
Mercado<br />
Brasileiro<br />
(Milhões de US$)<br />
Controlador Programável (CP) Sim 10.000 100<br />
Relé Programável Não 600 6<br />
IHMs (Interfaces Homem-Máquina) Sim 1.000 10<br />
Inversores <strong>para</strong> motores AC Sim 15.000 150<br />
Sistemas de Acionamento <strong>para</strong><br />
motores de máquinas operatrizes<br />
Não 3.000 30<br />
Fontes de Alimentação Sim 1.600 16<br />
CNC (Controle Numérico) Não 5.000 50<br />
Sistemas de Sincronismo e Power<br />
Quality<br />
CCMi (Centros de Controle de<br />
Motores Inteligentes)<br />
Sim 2.000 20<br />
Sim 25.000 250<br />
Sensores Máquinas Sim 1.000 10<br />
Instrumentação Industrial Sim 5.000 50<br />
Acionamentos de válvulas Industriais Sim 7.000 70<br />
Controladores de Segurança (SIL) Não 1.000 10<br />
Controladores de Área Classificada<br />
(EX)<br />
Sim 1.000 10<br />
Software Supervisão (SCADA) Sim 3.000 30<br />
Redes Industriais e equipamentos<br />
relacionados<br />
Sim 1.500 15<br />
Dispositivos Robóticos Não 200.000 200<br />
SDCD Não 300.000 300<br />
Equipamentos <strong>para</strong> condicionamento<br />
de energia<br />
Sim 30.000 30<br />
Remotas Área Elétrica - IEC61850 Não 2.000 20<br />
RVs e RTs Sim 4.000 40<br />
Relés <strong>para</strong> Proteção Elétrica Não 5.000 50<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Total - 623.700 1.467
Segmentos do Mercado<br />
Mundial de CPs<br />
Tabela 4 - Segmentos do Mercado Mundial de CPs.<br />
2006<br />
(Milhões de<br />
US$)<br />
Percentual<br />
80<br />
Projeção 2011<br />
(Milhões de<br />
US$)<br />
Percentual CAGR<br />
Cimento e Vidro 84,6 1% 111,1 0,90% 5,60%<br />
Químico 382,8 4,60% 514,7 4,30% 6,10%<br />
Energia Elétrica 369,1 4,40% 570,5 4,80% 9,10%<br />
Alimentos e Bebidas não<br />
alcoólicas<br />
981,9 11,80% 1.429,40 12,10% 7,80%<br />
Metal e Mineração 232,3 2,80% 369,1 3,10% 11,70%<br />
Óleo e Gás 208,8 2,50% 363 3,10% 9,70%<br />
Farmacêutico 371,2 4,50% 535,4 4,50% 7,60%<br />
Papel e Celulose 269,7 3,20% 355,9 3% 5,70%<br />
Refino 4,5 8,90% 5,4 9,90% 5,60%<br />
Água e Esgoto 501 6,00% 803,2 6,80% 9,90%<br />
Automotivo 1.305,40 15,70% 1.698,10 14,30% 5,40%<br />
<strong>Automação</strong> Predial 276,3 3,30% 423,2 3,60% 8,90%<br />
Elétrico 278 3,30% 346,4 2,90% 4,50%<br />
Eletrônico 648,2 7,80% 863,3 7,30% 5,90%<br />
Metalúrgico 559,6 6,70% 766,7 6,50% 6,50%<br />
Fabricante de Máquinas 1.016,80 12,20% 1.557,30 13,20% 8,90%<br />
Outros 764,2 9,20% 1.021,00 8,60% 6%<br />
Total * 8.340,40 100% 11.834,00 100% 7,30%<br />
Fonte: Relatório ARC, 2007.<br />
Observação: * O valor de US$ 8340.40 milhões refere-se à venda de equipamentos<br />
(aproximadamente US$ 5.500 milhões) acrescida de pequenos serviços associados.
Tabela 5 <strong>–</strong> Segmento de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas <strong>–</strong> Óleo & Gás.<br />
Segmento de Negócio<br />
81<br />
Valores em US$ Bilhões<br />
Petrobras Petrobras Diferença<br />
2007-2011 2008-2012 (%)<br />
E&P 49.3 65.1 32%<br />
RTC 21.9 (*) 29.6 35%<br />
G&E 7.3 (*) 6.7 -8%<br />
Petroquímica 3.3 4.3 30%<br />
Distribuição 2.3 2.6 13%<br />
Biocombustível 1.2 1.5 25%<br />
Corporativo 1.8 2.5 39%<br />
Total 87.1 112.4 29%<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
(*) No plano 2007-2011 contemplava investimentos em biocombustíveis.<br />
Tabela 6 <strong>–</strong> Área de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas <strong>–</strong> Óleo & Gás.<br />
Área de Negócio<br />
Investimento<br />
Doméstico<br />
Colocação no<br />
Mercado<br />
Nacional<br />
Valores em US$ Bilhões<br />
Conteúdo<br />
Nacional<br />
2008-2012 2008-2012 (%)<br />
E&P 54.6 29.5 54%<br />
Abastecimento 31.4 24.3 77%<br />
G&E 6.6 5.0 76%<br />
Distribuição 2.5 2.4 100%<br />
Áreas Corporativas 2.3 1.9 80%<br />
Total 97.4 63.1 65%<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
4.1.6.2. Segmento de <strong>Automação</strong> Predial<br />
Os projetos de automação predial e empresarial valorizam o estilo de vida do<br />
individuo e proporcionam maior conforto e comodidade. Aliando tecnologia na<br />
fronteira do conhecimento com a automatização de sistemas, a automação
esidencial pode superar as expectativas na elaboração de projetos especiais<br />
personalizados de acordo com a necessidade de cada pessoa.<br />
O impacto do segmento de <strong>Automação</strong> Predial no mercado pode ser<br />
considerado ainda recente no Brasil e muito ligado ao setor de serviços, com um<br />
número reduzido de empresas nacionais associadas, com poucos valores<br />
divulgados <strong>para</strong> uma análise de mercado, mas em crescente e forte evolução.<br />
Como acontece com qualquer processo de inovação tecnológica, a<br />
concepção, produção e operação dos sistemas de automação predial, ainda se<br />
ressente de profissionais adequadamente formados e de regras e práticas claras nas<br />
relações projetista-cliente e fabricante-cliente. Os compradores estão cada vez mais<br />
exigentes e exigindo qualidades dos produtos. Em geral, os sistemas vendidos na<br />
maior parte dos edifícios de escritórios têm muito mais marketing do que eficiência e<br />
utilidade.<br />
Os profissionais que atuam em projeto e manutenção de sistemas, por<br />
inexistência de cursos de formação específica <strong>–</strong> que deveriam integrar<br />
conhecimentos de mecânica, instalações prediais, elétrica, eletrônica e<br />
instrumentação ou são egressos da área comercial das empresas fabricantes com<br />
foco nos aspectos comerciais, ou da área de <strong>Automação</strong> Industrial com foco nos<br />
aspectos técnicos do problema. Ainda existem muito poucos profissionais que<br />
conseguem aliar os dois aspectos e no Brasil ainda não existe programa de<br />
graduação em gerenciamento de recursos. Como os clientes e profissionais do setor<br />
imobiliário ainda não têm conhecimento ou experiência com projetos de automação,<br />
e como não existe uma preocupação com nas demandas do cliente, o mercado de<br />
projetos e consultoria tem sido predominantemente ocupado por profissionais do<br />
primeiro grupo, que trabalham em parceria com os fabricantes <strong>–</strong> em geral grandes<br />
empresas multinacionais que se valem da inexistência de regulamentação <strong>para</strong><br />
disseminar sistemas fechados, do ponto de vista de operação, consolidando uma<br />
prática semelhante à utilizada pelos fabricantes de elevadores. Na maioria dos<br />
edifícios ―inteligentes‖, a manutenção dos sistemas de automação acaba sendo<br />
realizada pelo próprio fabricante.<br />
82
4.1.6.2.1. Benefícios do Mercado<br />
Atualmente a <strong>Automação</strong> Predial tem ganhado força e garantido seu espaço<br />
nas residências de todo o mundo, onde além dos benefícios usuais, como conforto,<br />
segurança, comunicação e até status. A <strong>Automação</strong> Predial pode propiciar economia<br />
e sustentabilidade aos utilizadores, tais como:<br />
i. Conservação de Energia: Através da melhor precisão no sistema de<br />
comando com uso da eletrônica e automatização dos procedimentos tem-<br />
se a eliminação de desperdícios. Além disto, rotinas de tarefas e novos<br />
métodos de controle permitem processos mais eficientes;<br />
ii. Conforto Ambiental: A própria otimização das rotinas de controle e o<br />
aumento da precisão do sistema possibilita redução dos tempos<br />
de resposta, o que proporciona a manutenção dos ambientes dentro dos<br />
parâmetros de controle;<br />
iii. Supervisão Predial: Toda sua instalação pode ser resumida na tela de<br />
um computador (on-line), com telas gráficas, alarmes e relatórios emitidos<br />
e/ou arquivados automaticamente. Isto constitui poderosa ferramenta <strong>para</strong><br />
diagnose preventiva e corretiva de problemas; e<br />
iv. Confiabilidade: A operação, o controle dos sistemas, a identificação e<br />
visualização de defeitos passam a ser automáticos, ficando independentes<br />
de falha humana.<br />
Por outro lado, instalações automatizadas apresentam inúmeras vantagens<br />
sobre as convencionais, como por exemplo:<br />
i. Flexibilidade: Possibilidade de alteração das características<br />
operacionais de sistemas por mudanças nos softwares, em vez de<br />
correções ou atualizações, tornando possível, alterações substanciais<br />
nas maneiras de funcionamento com baixíssimo ou até nenhum custo;<br />
ii. Dimensões: Compactação dos elementos de comando e acionamento<br />
de sistemas elétricos através do uso da microeletrônica e eletrônica de<br />
potência, valorizando o espaço e sua ocupação, bem como minimizando<br />
possibilidades de interferência física entre as diversas instalações;<br />
83
iii. Confiabilidade: Menor desgaste dos elementos devido à substituição de<br />
mecanismos eletromecânicos por eletrônicos (estáticos <strong>–</strong> chaves<br />
estáticas);<br />
iv. Funções Intrínsecas: Reaproveitamento de experiências de mercado e<br />
otimização do tempo de desenvolvimento de soluções, graças à<br />
utilização de soluções pré-formatadas e à facilidade de reuso de métodos<br />
computacionais;<br />
v. Precisão: Sistemas eletrônicos e com feedback (operando em malha<br />
fechada), permitindo maior precisão e confirmação das ações, resultando<br />
em eficiência energética, qualidade do produto final, conforto, entre<br />
outros; e<br />
vi. Supervisão e Gerenciamento Centralizado: Utilização das ferramentas<br />
de teleinformática (interfaces micro processadas, métodos<br />
computacionais e redes de dados) e de processamento distribuído,<br />
proporcionando o total gerenciamento das instalações através de<br />
computadores.<br />
Estes benefícios podem ser vistos principalmente na redução do consumo<br />
doméstico de água tratada e de energia. Já a energia elétrica é mais onerosa <strong>para</strong> o<br />
consumidor, por isso, a procura por soluções que viabilizem a redução no consumo.<br />
A Tabela 7 apresenta valores de redução de consumo de energia nas diferentes<br />
locais a partir da utilização da automação predial.<br />
Com o desenvolvimento econômico, a demanda energética e hídrica cresce<br />
rapidamente, e muitas vezes mais rapidamente que o crescimento da oferta, o que<br />
pode causar racionamentos de energia e água. Isso demonstra a importância de se<br />
pensar na sustentabilidade de maneira coletiva. Embora a maior parte da água<br />
mundial seja usada na agricultura e indústria, o consumo doméstico não pode ser<br />
desprezado e com sua utilização correta, beneficia-se a sociedade.<br />
84
Tabela 7 - Redução de energia com aplicação de <strong>Automação</strong> Predial.<br />
Tipos Percentual<br />
Estoques e Depósitos 60%<br />
Banheiros 50%<br />
Salas de Reuniões e Conferências 50%<br />
Armazéns 40%<br />
Corredores e Halls 30%<br />
Escritórios 30%<br />
Fonte: Canato, 2007.<br />
Como consequência da racionalização de recursos naturais que a automação<br />
predial oferece, tem-se a redução dos impactos ambientais provocados pela<br />
captação de água e geração de energia.<br />
Embora tenha sido demonstrado que a automação residencial sustentável<br />
ainda não atingiu um nível de retorno de investimento aceitável, existem pessoas<br />
dispostas a pagar pela redução do impacto ambiental.<br />
4.1.6.2.2. Tendências do Mercado de <strong>Automação</strong> Predial<br />
Atualmente, o mercado da automação predial nacional pode ser caracterizado<br />
pelas seguintes tendências:<br />
i. A substituição prematura em função dos modismos e retirada periódica de<br />
componentes do mercado em função de se tornarem obsoletos por sua<br />
falta de compatibilidade com os sistemas em uso <strong>–</strong> obsolescência<br />
programada <strong>–</strong> que induz a frequentes e onerosas substituições de todo o<br />
sistema, que em geral é fechado (proprietário). É interessante observar<br />
que na <strong>Automação</strong> Industrial, observa-se a tendência oposta: os sistemas<br />
são abertos e projetados de modo a garantir a substituição parcial dos<br />
componentes, sem necessidade de substituição do sistema. Em uma<br />
fábrica, um módulo defeituoso é substituído sem que seja necessário <strong>para</strong>r<br />
linha de montagem e substituir todo o sistema, fiação, etc. Com isso, o<br />
fabricante se obriga a manter peças de reposição <strong>para</strong> garantir a<br />
85
continuidade do processo produtivo, garantir sua imagem e fidelizar o<br />
cliente;<br />
ii. O superdimensionamento e inadequação da tecnologia adotada, que faz o<br />
cliente arcar com investimentos extras sem retorno;<br />
iii. A resistência do cliente em aceitar sistemas de detecção com tecnologia<br />
nacional <strong>–</strong> embora existam empresas que fabricam equipamentos,<br />
integram e projetam, especialmente <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> Industrial; com a<br />
abertura da economia, estão sendo importados equipamentos não<br />
tropicalizados, pouco robustos <strong>para</strong> as condições locais, e painéis prontos<br />
e montados sem a preocupação de formação adequada do pessoal de<br />
assistência técnica, acarretando custos adicionais ao cliente;<br />
iv. Processos de especificação inadequados e não adaptados a cada<br />
aplicação. Desatenção aos requisitos de compatibilidade entre os vários<br />
sistemas integrados em um mesmo projeto;<br />
v. Não inserção do projeto de automação predial no projeto de infraestrutura<br />
civil e de arquitetura o que implica em soluções adaptadas de maior custo<br />
e menor funcionalidade;<br />
vi. Descompromisso com a relação custo-benefício e com a solução da<br />
engenharia do problema. Diferentemente da <strong>Automação</strong> Industrial onde:<br />
Qualquer investimento implica em retorno imediato ao operador da<br />
máquina ou ponto; e<br />
Automatiza-se apenas aquilo que é reconhecidamente prioritário.<br />
vii. Necessidade de melhoria da qualidade dos sistemas de supervisão em<br />
relação às interfaces de usuário, aplicativos de controle <strong>para</strong> sistemas de<br />
redes; e<br />
viii. As despesas anuais com os custos mensais diretos e indiretos elevados;<br />
4.1.6.2.3. Mercado Atual da <strong>Automação</strong> Predial<br />
Apesar do mercado da automação predial existente não ser recente no Brasil<br />
(<strong>Automação</strong> Predial, 2006), necessita ser melhor explorado em todo o seu potencial.<br />
Ele foi e em muitos casos ainda é tratado apenas por suas vertentes — utilidades,<br />
86
ar-condicionado e segurança. Quando o projeto de automação predial é elaborado<br />
como parte de um projeto novo, facilita-se a implantação e maximiza-se o retorno.<br />
Por exemplo, em países como os Estados Unidos e na Europa, os provedores<br />
de automação fazem a proposição da automação logo no início do projeto e<br />
acompanham o andamento das obras. Esta é uma realidade muito distinta do<br />
mercado brasileiro.<br />
É claro que projetos novos têm instalação mais fácil, mas o grande filão da<br />
automação predial é mesmo o retrofitting (partindo da arquitetura original) e aí a<br />
capacidade do fornecedor se põe à prova <strong>–</strong> lembrando que são sempre projetos<br />
mais onerosos <strong>para</strong> o cliente, tornando-se importante o detalhamento do projeto,<br />
dentro do melhor custo x benefício possível. Muitas vezes o cliente quer uma<br />
solução que encarece muito o projeto e o fornecedor precisa ter sensibilidade <strong>para</strong> já<br />
propor, por exemplo, a estrutura de cabeamento adequada <strong>para</strong> suportar futuras<br />
expansões.<br />
Os investimentos em automação predial são elevados. Segundo a revista<br />
<strong>Automação</strong> Industrial, 2006, em um novo projeto, a automação toma de 1% a 2,5%<br />
do valor total do investimento; em um retrofitting, isso pode chegar a 3,5%<br />
facilmente. Esses valores são <strong>para</strong> um projeto completo de automação, incluindo a<br />
automação, incêndio e segurança <strong>–</strong> sendo que o controle climático e a segurança<br />
são os itens de maior impacto no custo final.<br />
O retorno não é facilmente mensurável dado que as ações são preventivas<br />
(segurança e incêndio) e no Brasil não existem regras <strong>para</strong> se automatizar um<br />
edifício, apenas normas de associações internacionais que norteiam padrões a<br />
serem seguidos, como as da ASHRAE (www.ashrae.com) <strong>para</strong> ar-condicionado. No<br />
Brasil, existem normas <strong>para</strong> segurança e incêndio, mas ainda muito insipientes. Este<br />
cenário deve mudar já que a ABNT possui comissões permanentes <strong>para</strong> esta área.<br />
4.1.6.2.4. Aplicações no Mercado Nacional<br />
4.1.6.2.4.1. Soluções Tecnológicas Nacional<br />
Muitas empresas vêm desenvolvendo projetos de automação predial,<br />
utilizando um controlador lógico programável (CLP) <strong>para</strong> monitorar ambientes de<br />
87
escritório. Este processo permite transplantar <strong>para</strong> um edifício comercial a lógica e<br />
os equipamentos adotados na automação industrial e nas plataformas de petróleo<br />
da Petrobras.<br />
4.1.6.2.4.2. Siemens Building Technology - SBT<br />
A Siemens tem atuado em todos os setores, desde edifícios residenciais e de<br />
comércio, a hospitais, aeroportos e indústrias farmacêuticas <strong>–</strong> nas salas limpas<br />
controladas — privilegiando sempre a integração.<br />
Considerando o potencial deste mercado, a empresa Siemens implementou<br />
desde o ano de 1998, o setor de Building Technology (SBT), com a aquisição do<br />
Grupo Eletrovat, possuindo três divisões que atendem as diferentes vertentes da<br />
<strong>Automação</strong> Predial: incêndio, segurança & automação e monitoração & alarmes,<br />
com o intuito de oferecer serviços de forma integrada, aumentando o retorno de<br />
maneira global, corporativa e integrada. Os projetos de <strong>Automação</strong> desta empresa<br />
são elaborados seguindo as normas internacionais, o que limita um pouco o<br />
empreendedor, pelo alto investimento inicial, onde a Siemens confiando na redução<br />
de consumo adota a política de assumir os custos do projeto em troca de cerca de<br />
5% do valor da conta de energia.<br />
A SBT atua em um mercado mundial de cerca de 6 bilhões de Euros por ano<br />
e que responde melhor quando se propõe uma solução mais completa. Por isso a<br />
empresa trabalha com qualquer protocolo (LONTalk, EIB, CEBus, Ethernet, Modbus)<br />
e até seu protocolo proprietário já possui interfaces <strong>para</strong> trabalhar com os de<br />
mercado. Cada protocolo tem seu lugar no mercado e, como acontece na área<br />
industrial, existem aplicações específicas. Ethernet TCP/IP é a tendência em<br />
protocolo corporativo, mas mesmo em automação predial, a comunicação de<br />
infraestrutura precisa de protocolos mais robustos.<br />
Como exemplo de desafio tecnológico da Siemens, pode ser citada a<br />
automação do Shopping Dom Pedro, localizado em Campinas, SP, pertencente ao<br />
Grupo português Sonae, cliente da Siemens na Europa. Essa empresa pôde colocar<br />
em prática muitos conceitos em que acredita, como por exemplo, trabalhar desde o<br />
projeto em parceria com o empreendedor. Com custo total em torno de R$350<br />
milhões, este Shopping, por suas dimensões, utilizou-se de um sistema com muitos<br />
88
sensores que, além de monitorar a existência de gases, mantinha uma ventilação<br />
forçada. E os equipamentos podem ser programados <strong>para</strong> gerar mensagens de<br />
manutenção a serem enviadas <strong>para</strong> a central ou diretamente <strong>para</strong> o fabricante. A<br />
integração da parte de automação à segurança e à telefonia tornou-se um<br />
showroom do que a automação predial pode fazer. Existem lá cinco centrais de<br />
detecção e controle de incêndio, ligadas ao sistema de refrigeração e exaustão,<br />
auxiliando no estabelecimento de procedimentos de segurança em situações de<br />
emergência.<br />
Lembra-se que qualquer projeto não deve se encerrar no start-up, mas ter<br />
continuidade em um acompanhamento, mesmo porque no mercado de building são<br />
muitas as alterações na planta inicial.<br />
A responsabilidade técnica sobre os projetos é limitada e restrita à exceção<br />
do projeto técnico com ausência de responsabilidade civil. E mudar esse quadro, ou<br />
seja, estabelecer normas técnicas obrigatórias e leis de responsabilidade civil <strong>para</strong><br />
os projetistas é fundamental <strong>para</strong> aumentar a segurança e, consequentemente,<br />
fortalecer esse mercado.<br />
4.1.6.2.4.3. Controles ofertados / demandados pelo Mercado<br />
A Conexel está se colocando no mercado como um provedor de soluções em<br />
automação industrial e predial o que significa atender de maneira eficiente às<br />
necessidades específicas do projeto do cliente. O LONTALK é um dos protocolos<br />
padrão utilizados pela empresa, mas ela também integra projetos com outros<br />
protocolos como o DALI, específico <strong>para</strong> a parte elétrica e de iluminação que<br />
possibilita o uso de dimmers em reatores de lâmpadas fluorescentes, adequando a<br />
luminosidade do ambiente ao nível de incidência de luz natural, proporcionando uma<br />
redução do consumo de energia. O Metrô de São Paulo, por exemplo, estuda a<br />
implantação de controle de iluminação tanto pela economia quanto pelo conforto<br />
visual das estações.<br />
O controle da inteligência de um edifício, hotel, hospital ou shopping — da<br />
iluminação, do fluxo de entrada e saída de veículos e pessoas, do ar-condicionado,<br />
do controle de alarme de incêndio, segurança e de utilidades -, tudo pode ser feito<br />
de forma integrada em um aplicativo de software possuindo duas versões <strong>para</strong> o<br />
89
controle: PC ou PLC. O primeiro é mais indicado quando o volume de informações é<br />
muito grande, além de ser uma tendência, onde o cliente prefere interfaces<br />
amigáveis, lembrando que a automação predial, quando bem projetada, promove<br />
economias de uso e de instalação.<br />
Há algum tempo não se admitia fazer controle de processo baseado em PC,<br />
porque as máquinas não eram confiáveis. Como todas as tecnologias evoluíram hoje<br />
isso está mais que assegurado, com vantagens como capacidade de<br />
processamento.<br />
Também se constata uma tendência de se utilizar a rede Ethernet, cada vez<br />
mais veloz, confiável e conhecida. Algumas aplicações com essa rede chegam até<br />
as máquinas, ligando o sistema corporativo diretamente ao chão-de-fábrica, que<br />
pode ser transposto <strong>para</strong> a automação predial, interligando desde o controle de<br />
acesso, monitoração de energia, segurança, até o controle de equipamentos.<br />
Adicionalmente, a utilização de softwares Supervisório pode representar a<br />
integração de todas as aplicações da automação predial, com softwares<br />
desenvolvidos <strong>para</strong> o cliente, através de produtos de mercado.<br />
Por não precisar de respostas extremamente rápidas como na indústria, as<br />
aplicações prediais - sejam elas <strong>para</strong> residência, edifício, shopping, hotel ou hospital<br />
- podem se utilizar dos endereçamentos disponíveis na Ethernet através do IP.<br />
E os <strong>para</strong>lelos da <strong>Automação</strong> industrial/predial não <strong>para</strong>m por aí, pois existem<br />
muitas aplicações similares: sensores, PCs, PLCs, protocolos, Ethernet, Web. Nessa<br />
última tecnologia, entretanto, ainda que se fale muito em Wi-Fi e ENOcean, a criação<br />
de uma intranet ainda é a solução mais confiável.<br />
4.1.6.2.5. Perspectivas Futuras<br />
Com relação às perspectivas futuras, podem-se contemplar os seguintes<br />
cenários possíveis e <strong>para</strong>doxais, com inúmeras variantes:<br />
Um cenário negativo, correspondente à manutenção das práticas atuais e<br />
seu risco de destruir um mercado com grande potencial. Apesar da<br />
crescente consciência por parte dos empresários com a satisfação dos<br />
seus clientes, o número de administradores de condomínio, e de clientes<br />
90
(investidores e locatários) que desconfia ter comprado edifícios com<br />
sistemas inteligentes pouco operacionais e dispendiosos é grande,<br />
distanciando os fornecedores cada vez mais dos pequenos<br />
empreendimentos <strong>–</strong> um mercado de varejo com grande potencial se<br />
convenientemente explorado; e<br />
Um cenário otimista, aposta no amadurecimento do mercado,<br />
especialmente, em relação ao custo-benefício dos sistemas inteligentes,<br />
que poderá forçar o mercado de projeto, de instalação e manutenção a<br />
corrigir sua rota, com forte possibilidade de surgir um novo tipo de<br />
profissional ou empresa que conheça e transite em todas as áreas da<br />
engenharia e sistemas prediais, que saiba orientar seu cliente <strong>para</strong> uma<br />
decisão adequada e compatível com suas necessidades, possibilite<br />
sanear e ampliar o mercado no atacado e no varejo. A possibilidade deste<br />
cenário se consolidar também pode estar relacionada ao aumento da<br />
competitividade decorrente do processo de globalização da economia,<br />
que deverá demandar projetos e sistemas mais operacionais, confiáveis e<br />
abertos, que se espelhem no modelo de automação industrial e permitam<br />
aos clientes a liberdade de escolha.<br />
Com o desenvolvimento de novas tecnologias e com o crescimento da<br />
demanda e produção, os preços dos sistemas de automação predial declinarão,<br />
tornando-se mais acessíveis, e em futuro próximo certamente a automação predial<br />
se tornará não só acessível, mas como também primordial <strong>para</strong> manter a<br />
sustentabilidade das habitações e escritórios do mundo.<br />
4.1.6.3. Segmento de <strong>Automação</strong> Comercial<br />
4.1.6.3.1. Características do Mercado de <strong>Automação</strong> Comercial<br />
O Brasil conta atualmente com vasto processo de automação de<br />
estabelecimentos comerciais, em fase de constante crescimento, com uso cada vez<br />
mais intenso, não somente restrito às grandes cadeias de lojas de bens de consumo<br />
duráveis e supermercados, mas constatado também em pequenos e médios<br />
estabelecimentos.<br />
91
Segundo a AFRAC <strong>–</strong> Associação Brasileira de <strong>Automação</strong> Comercial, este<br />
setor é beneficiado pela legislação brasileira que implementa normas e medidas em<br />
favor da automatização dos estabelecimentos. Em 2008, por exemplo, com a<br />
implantação da Nota Fiscal Paulista, a venda de impressoras fiscais teve aumento<br />
de até 30% em relação ao ano de 2007.<br />
Hoje, o mercado de automação movimenta no Brasil cerca de 1,2 bilhões de<br />
reais, contando com cerca de dois milhões de estabelecimentos que juntos<br />
empregam 25 milhões de pessoas, o mercado varejista e atacadista nacional é um<br />
dos setores que mais deve consumir tecnologia nos próximos anos.<br />
De acordo com a EAN Brasil - Associação Brasileira de <strong>Automação</strong>,<br />
atualmente a grande maioria dos distribuidores e atacadistas trabalha de forma<br />
automatizada desde a captação de pedidos, se<strong>para</strong>ção de cargas, controle do<br />
estoque e compra, sendo o uso do código de barras e da automação muito forte no<br />
setor. Ao mesmo tempo, a automação se tornou ferramenta essencial <strong>para</strong> o varejo,<br />
possibilitando soluções <strong>para</strong> seu completo funcionamento, desde reposição de<br />
estoques, informações contábeis até controles fiscais e operacionais.<br />
No campo comercial, a inovação tecnológica está associada com a redução<br />
de custos, agilidade e flexibilidade da produção, desenvolvimento de produtos e<br />
conceitos que atendam às necessidades do mercado consumidor. A inovação<br />
proporciona maior competitividade a uma determinada tecnologia ou descoberta<br />
tecnológica de um produto ou processo, ampliando a sua parcela de mercado, e<br />
agregando lucratividade e valor econômico.<br />
A indústria de alimentos é parceira do varejo no desenvolvimento de soluções<br />
e respostas <strong>para</strong> o adequado abastecimento e reposição de produtos nos pontos de<br />
venda. A automação vem permitindo atingir um nível superior de qualidade nesse<br />
relacionamento, permitindo um fluxo de produtos constante, sem interrupção e com<br />
permanente aperfeiçoamento de técnicas que objetivam uma maior produtividade e<br />
um menor custo.<br />
As empresas brasileiras têm se mostrado cada vez mais preocupadas com<br />
seu potencial inovador e o ritmo desse processo vem se acelerando, com o número<br />
de estabelecimentos automatizados praticamente dobrando a cada ano. Isto<br />
contribui <strong>para</strong> o planejamento e o controle das empresas, servindo também como<br />
92
instrumento de competição por clientes que já preferem os estabelecimentos<br />
automatizados. Além disso, existe a questão fiscal, traduzida basicamente na<br />
necessidade de combate à sonegação, particularmente do ICMS (Imposto sobre<br />
Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).<br />
A Comissão Técnica Permanente do ICMS (COTEPE), órgão ligado ao<br />
Conselho Nacional de Política Fazendária, aponta <strong>para</strong> a possibilidade de<br />
automação cada vez maior de estabelecimentos nos próximos anos, o que poderá<br />
gerar negócios da ordem de alguns bilhões de dólares no período.<br />
Como existe capacitação tecnológica e física <strong>para</strong> a produção de grande<br />
parte das soluções de automação comercial demandadas pelo mercado, tanto em<br />
software quanto em hardware, espera-se um impacto ainda mais positivo na<br />
indústria instalada no país nos próximos anos.<br />
Dentro desse processo torna-se importante sistematizar conhecimentos,<br />
frequentemente muito dispersos sobre o setor, bem como iniciar a discussão de<br />
oportunidades de atuação do BNDES, tanto no apoio à modernização do setor<br />
comercial quanto na consolidação de uma oferta interna de equipamentos e<br />
soluções competitivas e capazes, inclusive, de concorrer no mercado internacional, a<br />
exemplo do que já ocorre com a Indústria de <strong>Automação</strong> Bancária.<br />
no Quadro 3.<br />
As principais características desse segmento de mercado são apresentadas<br />
Quadro 3 <strong>–</strong> Segmentos do Mercado da <strong>Automação</strong> Comercial.<br />
Segmentos do Mercado Características<br />
Fabricantes de Equipamentos<br />
Desenvolvedores de Software 500 empresas<br />
Fornecedores de Suprimentos<br />
Prestadores de Serviços<br />
Fonte: Fonseca, 2008.<br />
100 empresas;<br />
60% de toda movimentação financeira;<br />
Principais Produtos:<br />
Caixas registradoras eletrônicas;<br />
Impressoras;<br />
CPUs, PDVs;<br />
Balanças, Leitores de código de barras.<br />
50 empresas;<br />
Elo com os fabricantes de Equipamentos.<br />
3000 empresas;<br />
Responsáveis pela integração, implementação e manutenção<br />
dos Sistemas.<br />
93
4.1.6.3.2. Potencial de Investimentos no Mercado Interno<br />
Os números do último censo do IBGE apontam a existência de mais de três<br />
milhões de estabelecimentos comerciais no país, cuja distribuição por segmento é<br />
mostrada na Tabela 8, a exemplo do que calcula a Associação Brasileira de<br />
Supermercados <strong>–</strong> ABRAS <strong>para</strong> o número de lojas de supermercados (cerca de 80<br />
mil levantados no ano 2006 junto aos seus associados).<br />
Se, isoladamente, esses números espantam pela elevada taxa de<br />
crescimento registrado, com<strong>para</strong>ndo-os com o número total de estabelecimentos<br />
constata-se que ainda é muito baixo o nível de automação do comércio no Brasil,<br />
podendo aumentar muito, principalmente nos pequenos estabelecimentos.<br />
À medida que as lojas instalam soluções de automação que envolvem<br />
dispositivos de leitura ótica, a pressão é crescente <strong>para</strong> que os fornecedores adotem<br />
códigos de barras <strong>para</strong> identificar seus produtos, estendendo a utilização de<br />
etiquetas magnéticas e tecnologia RFID <strong>para</strong> identificação e controle de produtos.<br />
Tabela 8 <strong>–</strong> Estabelecimentos Comerciais no Brasil.<br />
Classes e Gêneros de Comércio<br />
Produtos farmacêuticos, de<br />
perfumaria, odontológicos, da flora<br />
medicinal, de limpeza e higiene<br />
doméstica, veterinários e químicos de<br />
uso na agropecuária e <strong>para</strong> outros fins<br />
Ferragens, ferramentas e produtos<br />
metalúrgicos, vidros, tintas, madeiras,<br />
material de construção, material<br />
elétrico e de eletrônica<br />
Número de<br />
Estabelecimentos<br />
Comerciais<br />
94<br />
Total da Receita<br />
(US$ Milhões)<br />
49.435 6.016,29<br />
57.557 11.974,25<br />
Combustíveis e lubrificantes 24.881 16.116,31<br />
Centros de Distribuição,<br />
Supermercados e Hipermercados<br />
10.180 20.811,34<br />
Outros 542.479 87.783,14<br />
Comércio Varejista 684.532 142.701,33<br />
Fonte: SEBRAE, 2005.
4.1.6.3.3. Sub-segmentos da <strong>Automação</strong> Comercial<br />
Dentre os sub-segmentos da <strong>Automação</strong> Comercial podem-se destacar os<br />
serviços de correio, governo eletrônico através da urna eletrônica, governo eletrônico<br />
através de serviços como a declaração de imposto de renda, delegacia eletrônica,<br />
IPTU, IPVA, etc.<br />
Na automação de serviços do governo podem-se destacar alguns serviços,<br />
dentre eles as urnas eletrônicas, contemplando sua utilização na totalidade dos<br />
municípios e resultados oficiais divulgados em menos de 24h. Segundo pesquisa<br />
realizada pelo IBOPE em 2004, o Brasil liderava o ranking de internautas que<br />
acessam serviços públicos através da WEB com cerca de 35% de utilizadores<br />
(Gráfico 9). Atualmente esses números elevaram consideravelmente.<br />
Gráfico 9 <strong>–</strong> Porcentagem de Internautas que Acessam Serviços Públicos.<br />
Fonte: IBOPE/NetRatings apud Correio Popular, 29/02/2004.<br />
Na automação postal, um sub-segmento que aproveitou as facilidades da<br />
automação, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) utiliza soluções<br />
turn-key, que envolvem, além das unidades de processamento, balança eletrônica,<br />
leitor óptico, impressora e software. Inicialmente voltadas <strong>para</strong> agências próprias da<br />
ECT, tais soluções deverão, gradualmente, ser também adquiridas pelas lojas de<br />
franchising.<br />
95
4.1.6.3.4. Principais Dificuldades <strong>para</strong> Inserção no Mercado<br />
Segundo a revista INFO (setembro 2007), o investimento inicial mínimo em<br />
automação comercial gira em torno de 240 mil reais, com um retorno de<br />
investimento previsto <strong>para</strong> aproximadamente três anos. As principais despesas que<br />
deverão ser realizadas por uma empresa até atingir equilíbrio operacional serão as<br />
seguintes:<br />
Equipamentos e licenças de software;<br />
Salários da equipe inicial, encargos trabalhistas;<br />
Aluguel, energia elétrica, acesso à Internet; e<br />
Serviços de contabilidade, divulgação dos produtos.<br />
Além das empresas mencionadas anteriormente, existem ainda outros players<br />
no mercado da <strong>Automação</strong> que desenvolvem produtos inovadores <strong>para</strong> competir no<br />
mercado. A grande maioria dele desenvolve soluções sob medida <strong>para</strong> ―pequenos<br />
negócios‖ do tipo fábrica de doces caseiros, atendimento de restaurantes<br />
automatizado, entre outras.<br />
4.1.6.3.5. Cenário Internacional<br />
O mercado internacional é dominado por algumas grandes empresas que<br />
atuam em nível mundial, como IBM, NCR, Olivetti, Siemens Nixdorf e Unisys, e<br />
fazem da força de suas marcas e do seu fôlego financeiro uma barreira à entrada de<br />
novos participantes. Salta à vista a ausência de empresas asiáticas na liderança do<br />
setor, evidenciando o estágio ainda incipiente da automação comercial, mesmo em<br />
países como o Japão.<br />
A participação de tais empresas no mercado mundial de automação comercial<br />
não é conhecida, ao contrário dos fabricantes de computadores, por exemplo, mas<br />
de qualquer forma trata-se de empresas com faturamento anual da ordem de bilhões<br />
de dólares <strong>–</strong> no caso da IBM, de US$ 76 bilhões, com lucro líquido de US$ 6 bilhões.<br />
O Brasil está entre os quatro países prioritários nos investimentos da norte-<br />
americana NCR, que, após a cisão da AT&T, que se dividiu em três empresas (uma<br />
de operação de telecomunicações, a AT&T, uma de equipamentos de<br />
telecomunicações, a Lucent, e uma de informática e automação, a NCR), alçou vôo<br />
96
próprio apoiada na tradição de sua marca. A empresa tem faturamento mundial de<br />
US$ 7 bilhões e está focada em segmentos específicos, como comércio de varejo,<br />
sistema financeiro e computadores. Na área financeira, além de ATMs (com 30% do<br />
mercado mundial) e cash dispensers, oferece equipamentos <strong>para</strong> automação<br />
comercial, como PDVs leitores de código de barras. Para as empresas de<br />
telecomunicações, fornece servidores e soluções <strong>para</strong> gerenciamento de clientes e<br />
contas (bilhetagem).<br />
A NCR, além de líder mundial do segmento de data warehouse (grandes<br />
bancos de dados voltados ao marketing e melhor conhecimento do cliente), com<br />
50% de um mercado estimado em US$ 3 bilhões anuais e em grande crescimento, é<br />
fornecedora da maior instalação do gênero em funcionamento do mundo, na rede<br />
varejista Wall Mart, nos Estados Unidos: um banco de dados que ocupa cerca de<br />
oito terabytes em equipamentos com processadores <strong>para</strong>lelos.<br />
4.1.6.4. Segmento de <strong>Automação</strong> Bancária<br />
Um sistema de automação bancária é um agregado de hardware e software<br />
que implementa a automação de agências e também os seus alternativos, quais<br />
sejam: call center, home banking e Internet Banking. Nas agências, os sistemas de<br />
automação compõem-se de redes às quais estão ligados vários computadores, além<br />
dos terminais financeiros dos caixas, com seus periféricos específicos, e dos ATMs.<br />
De forma semelhante, os alternativos às agências são redes de computadores às<br />
quais estão conectados equipamentos de atendimento específicos <strong>para</strong> cada<br />
modalidade alternativa. Decorre daí que um fornecedor de automação bancária é,<br />
antes de tudo, um fornecedor de soluções, onde o software tem um peso muito<br />
expressivo. O hardware utilizado atualmente está baseado em redes de<br />
microcomputadores, que já se tornaram commodities, excetuando-se os<br />
equipamentos especialmente desenvolvidos <strong>para</strong> aplicações bancárias, dos quais o<br />
mais importante é o ATM.<br />
seguintes:<br />
Dentre os principais objetivos da automação bancária podem-se destacar os<br />
Prover melhores serviços ao cliente em ambiente de agências;<br />
Substituir equipamentos antigos, utilizando nova tecnologia; e<br />
Agregar valor <strong>para</strong> as Agências e Clientes.<br />
97
Atendendo esses objetivos, o mercado de <strong>Automação</strong> Bancária espera<br />
proporcionar ao cliente e ao mercado os seguintes benefícios.<br />
Contribuir <strong>para</strong> a redução do tempo de fila nas agências.<br />
Aumentar a produtividade;<br />
Melhorar a percepção dos clientes em relação aos serviços bancários;<br />
Reduzir ocorrências de hardware;<br />
Melhorar a desempenho e disponibilidade do equipamento; e<br />
Reduzir custos de manutenção.<br />
4.1.6.4.1. Análise do Mercado<br />
A automação bancária contribui <strong>para</strong> o processo de concentração dos bancos<br />
que vêm ocorrendo em um ritmo lento, porém constante, confirmando tendência<br />
mundial. O cenário de 2007 evidencia uma queda de 20% do número de bancos<br />
desde o ano de 2000 (FEBRABAN, 2008). A Tabela 9 apresenta informações deste<br />
setor ao longo dos últimos.<br />
Tabela 9 <strong>–</strong> Números do Setor Bancário.<br />
Período 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007<br />
98<br />
Var 2007-<br />
2006<br />
Número de bancos 192 182 167 165 164 161 159 155 -2,5%<br />
Privados nacionais com<br />
e sem participação<br />
estrangeira<br />
Privados estrangeiros e<br />
com controle<br />
estrangeiro<br />
Públicos federais e<br />
estaduais<br />
Fonte: FEBRABAN, 2008.<br />
105 95 87 88 88 84 85 n.d. n.d.<br />
70 72 65 62 62<br />
63<br />
61 n.d. n.d.<br />
17 15 15 15 14 14 13 n.d. n.d.<br />
A tecnologia que viabiliza a redução sistemática de mão-de-obra no comércio,<br />
originou-se nos bancos. Os ATM (Automatic Teller Machine) ou terminais de<br />
transferência de fundos, os ―caixas eletrônicos‖ e os home banks foram os<br />
precursores das máquinas de ―auto-serviço‖ no comércio, dos terminais de ponto de<br />
vendas ―inteligentes‖ e do comércio eletrônico, via Internet.<br />
Segundo, o IBOPE, NetRatings, no final de 2007, a população de usuários<br />
ativos da Internet com mais de 16 anos era de 40 milhões (FEBRABAN, 2008), onde<br />
o número de clientes pessoas físicas de Internet Banking superou a cifra de 25
milhões de usuários, representando cerca de dois terços dos internautas e um<br />
número ainda mais expressivo se considerarmos que parte da população jovem<br />
ainda não possui conta bancária.<br />
A utilização de meios eletrônicos de pagamentos avança a cada ano. Em<br />
2007, o número de cartões de crédito aumentou cerca de 20%, enquanto o número<br />
de transações com cartões mostrou expansão de 21%, totalizando R$ 183,1 bilhões,<br />
sendo registrado no ultimo ano <strong>para</strong> cada cartão uma média mensal de duas<br />
transações no valor médio próximo a R$ 80,00. A Tabela 10 apresenta algumas<br />
informações referentes a utilização de meios eletrônicos <strong>para</strong> o setor bancário<br />
(FEBRABAN, 2008).<br />
Tabela 10 <strong>–</strong> Banco Eletrônico: Números do Setor.<br />
Período 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007<br />
99<br />
Var<br />
2007-<br />
2006<br />
Var<br />
2007-<br />
2006<br />
Postos Eletrônicos 14453 16748 22428 24367 25595 27405 32776 34790 6% 141%<br />
Clientes Internet<br />
Banking (1)<br />
8.3 8.8 9.2 11.7 18.1 26.3 27.3 29.8 9% 259%<br />
Cartões de Crédito (1) 28 35 42 45 53 68 79 93 18% 232%<br />
Nº de Transações<br />
com Cartões (2)<br />
Valor Total<br />
Transações com<br />
Cartão (2)<br />
Fonte: FEBRABAN, 2008.<br />
(1) Números expressos em milhões<br />
(2) Números expressos em bilhões<br />
0.7 0.8 1.0 1.1 1.4 1.7 2.0 2.4 19% 243%<br />
50.4 63.6 73 88 101.3 123 151.2 183.1 21% 263%<br />
Os mercados de <strong>Automação</strong> Bancária e Comercial até aqui têm sido distintos,<br />
assim como distinta tem sido a sua caracterização. Entretanto, existem relações<br />
cada vez mais intensas entre esses dois tipos de automação, como é o caso, por<br />
exemplo, da transferência automática de fundos realizada nos PDVs das lojas ou da<br />
colocação de ATMs no comércio. Assiste-se, também, à extensão do conceito de<br />
ATM, que, originário da automação bancária, vem gerando terminais de auto-<br />
atendimento <strong>para</strong> compra de itens em lojas de correio, informações sobre controle<br />
de consultas médicas, saldos de cartões de crediário em cadeias de lojas, entre<br />
outros. Além disso, boa parte dos fornecedores de soluções atua em ambas as<br />
áreas de automação, acrescentando ao seu portfólio de produtos serviços de<br />
assistência técnica, suporte operacional, supervisão e, até, operação.
4.1.6.4.2. Mercado Internacional<br />
O mercado mundial é dominado pelos grandes fornecedores de soluções e<br />
pelos fabricantes de ATMs. Sobre os primeiros não se dispõe de estatísticas,<br />
enquanto que a participação dos principais fabricantes de ATMs no mercado mundial<br />
pode ser observada no Quadro 4, onde as quatro maiores participações somam<br />
quase 60% do mercado total. Delas, a Diebold é apenas fabricante de ATMs,<br />
enquanto as demais são também fornecedoras de soluções completas. A NCR, que<br />
herdou as atividades de informática e automação da AT&T, tem liderança crescente<br />
nesse mercado no período examinado.<br />
Quadro 4 <strong>–</strong> Principais Empresas no Mercado Mundial de ATMs.<br />
Principais Empresas no Mercado Mundial de ATMs<br />
1) NCR (Estados Unidos) 11) Wang/Olivetti (Itália)<br />
2) Interbold/Diebold (Estados Unidos) 12) Hitachi (Japão)<br />
3) Fujitsu (Japão) 13) Bull (França)<br />
4) Siemens Nixdorf (Alemanha) 14) Sid (Brasil)<br />
5) Triton Systems (Estados Unidos) 15) Toshiba (Japão)<br />
6) Procomp (Brasil) 16) Papelaco (Portugal)<br />
7) Itautec Philco (Brasil) 17) Hyosung (Coréia do Sul)<br />
8) Oki (Japão) 18) Dassault (França)<br />
9) Omron (Japão) 19) Digital Equipment (estados Unidos)<br />
10) Tidel (Estados Unidos) 20) LG (Coréia do Sul)<br />
Fonte: FEBRABAN, 2008.<br />
4.1.6.4.3. Mercado Nacional<br />
Os bancos têm realizado investimentos crescentes visando à automação de<br />
suas atividades, especialmente naquilo que é conhecido como linha de frente das<br />
agências (caixas e ATMs). Os investimentos das instituições financeiras brasileiras<br />
são crescentes ao longo desses últimos anos em automação. No entanto, a<br />
quantificação desse mercado é muito difícil, devido à enorme variedade dos<br />
100
sistemas negociados. Uma forma encontrada <strong>para</strong> medi-lo é representada pelo<br />
número de ATMs vendidos, abstraindo-se o fato de que estes podem também<br />
apresentar configurações extremamente variadas, dependendo da solução de<br />
automação adotada.<br />
Por outro lado, a atualização do parque instalado dos bancos é constante,<br />
havendo ainda a junção de bancos no mercado e a renovação dos sistemas dos<br />
bancos estaduais em processo de privatização, o que leva a constantes<br />
investimentos em automação.<br />
A automação das atividades bancárias vem ocorrendo em todo o mundo<br />
como uma maneira de facilitar o acesso do cliente aos serviços do banco, mas<br />
principalmente como um redutor de custos. Trabalhar com custos menores tem<br />
assumido uma importância cada vez maior em função da intensificação da<br />
concorrência entre os bancos. A Tabela 11 mostra o custo médio estimado de uma<br />
transação bancária como função do meio através do qual ela é efetuada. Embora<br />
esses dados não sejam atualizados, pode-se constatar a viabilidade de utilização de<br />
recursos de automação bancária na área de serviços.<br />
Tabela 11 <strong>–</strong> Custo Médio de uma Transação Bancária.<br />
Tipo de Transação US$<br />
Na Agência 1,07<br />
Através de Telefone 0,54<br />
Em Caixa Eletrônico 0,27<br />
Via Home Banking 0,15<br />
Via Internet 0,10<br />
Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />
No Brasil, além do acirramento da concorrência, outro fenômeno vem se<br />
verificando, ou seja, a aquisição de vários e tradicionais bancos nacionais por outros<br />
de controle estrangeiro. O alto processo inflacionário vivido pelo país nas últimas<br />
décadas propiciou o surgimento de diversas e criativas formas de defesa do poder<br />
101
aquisitivo, o que requereu também novos sistemas de controle, vários deles inéditos<br />
em nível mundial. As soluções dos fornecedores internacionais não atendiam às<br />
necessidades dos bancos, não havendo também, por parte de tais empresas,<br />
interesse em desenvolver produtos exclusivos <strong>para</strong> o mercado brasileiro, mas sim a<br />
preferência em ofertar as soluções-padrão <strong>para</strong> o mercado internacional.<br />
Por outro lado, o fato de apenas uma pequena parcela das instituições<br />
financeiras brasileiras ser controlada por capitais estrangeiros determinou que não<br />
houvesse pressões <strong>para</strong> a adoção de soluções consagradas internacionalmente.<br />
Como consequência, a liderança mundial de fornecedores como NCR, Siemens<br />
Nixdorf, Olivetti e Fujitsu não se verificou no país. Assim, a necessidade de<br />
desenvolvimento de soluções específicas <strong>para</strong> o mercado brasileiro e as limitações<br />
legais a investimentos estrangeiros em atividades bancárias no país levaram ao<br />
surgimento de uma indústria constituída por um pequeno número de empresas<br />
nacionais, lideradas pela Itautec Philco, Procomp e Sid.<br />
A evolução da participação das empresas ofertantes no mercado brasileiro de<br />
<strong>Automação</strong> Bancária, novamente quantificada segundo o número de ATMs<br />
fornecidos, observou a partir de 1999, uma queda de desempenho da Sid, empresa<br />
detentora de tecnologia consagrada e de uma expressiva base instalada frente aos<br />
concorrentes, refletindo a crise financeira que vem enfrentando a Sharp, sua<br />
controladora.<br />
O desenvolvimento paulatino das soluções de automação, sempre em<br />
atendimento a novas especificações dos bancos, criou entre estes e seus<br />
fornecedores uma forte parceria, baseada no domínio da tecnologia dos sistemas<br />
(software e hardware). Porém, com a entrada de investimentos estrangeiros no setor<br />
bancário do país, esse cenário começou a sofrer alterações. Os novos bancos já<br />
trazem suas parcerias consolidadas com fornecedores internacionais, sendo muito<br />
difícil a entrada dos ofertantes nacionais na parcela de mercado que eles<br />
representam. O mesmo ocorre quando tradicionais bancos nacionais têm seu<br />
controle vendido a bancos estrangeiros, demandando das empresas nacionais uma<br />
ação de vendas não mais junto aos seus clientes locais, mas às matrizes<br />
internacionais, o que requer um adicional de investimento em marketing e vendas<br />
nada desprezível.<br />
102
Mais recursos começam também a ser demandados das ofertantes em<br />
função de um novo tipo de negócio já existente em outros países e que está se<br />
firmando como tendência dominante: a transformação da aquisição de ATMs em<br />
aquisição de transações pelos bancos, os quais não podem assistir ao crescimento<br />
indefinido de seus parques de equipamentos, sob pena de deterioração de seus<br />
índices financeiros, requerendo, então, que esses equipamentos colocados a seu<br />
serviço passem a ser de propriedade de terceiros (em geral, os próprios fabricantes).<br />
Os bancos remuneram as novas proprietárias dos equipamentos pelas transações<br />
que eles efetuam, havendo a garantia de uma demanda mínima. Por outro lado, uma<br />
proprietária de terminais pode colocá-los simultaneamente a serviço de diversos<br />
bancos, otimizando o seu uso. Esse negócio permite melhorar os índices financeiros<br />
dos bancos, porém requer das empresas fabricantes dos equipamentos uma alta<br />
disponibilidade de recursos <strong>para</strong> imobilização.<br />
Essas mudanças no cenário bancário brasileiro, demandando volumes<br />
crescentes de recursos por parte das empresas ofertantes, e também o início de<br />
uma atuação internacional já começam a produzir efeitos sobre os fabricantes<br />
brasileiros. Nesse sentido, o fato mais importante, ocorrido ao final de 1999, foi a<br />
venda integral da Procomp à Diebold, empresa fabricante de ATMs líder do mercado<br />
norte-americano e de quem a Procomp já adquiria alguns equipamentos e<br />
mecanismos dispensadores de cédulas.<br />
É oportuno ressaltar o aspecto estratégico de tal negociação, configurado na<br />
própria forma de pagamento das ações da Procomp: parte em dinheiro e parte em<br />
ações da Diebold, o que fez dos antigos donos da Procomp acionistas individuais da<br />
empresa americana. A união das duas empresas representa, <strong>para</strong> a Diebold, a<br />
aquisição de uma grande base instalada no país, em cujo mercado sua presença<br />
não era expressiva, e também de uma linha completa de soluções e serviços de que<br />
ela não dispunha, o que a impedia de disputar alguns mercados com sua principal<br />
concorrente <strong>–</strong> a NCR. Para a Procomp, isso significa o acesso ao mercado<br />
internacional, a começar pela América Latina, e a consolidação de sua posição<br />
interna.<br />
103
4.1.6.4.4. Análise do Mercado: Equipamentos em <strong>Automação</strong> Bancária e<br />
localização<br />
Na Tabela 12 é apresentado o total de equipamentos ATMs destinados à<br />
automação bancária e comercial e à informática em geral existente no mercado. A<br />
maioria desses equipamentos possui tecnologia nacional adquirida no decorrer dos<br />
últimos anos.<br />
Tabela 12 <strong>–</strong> Número total de equipamentos de <strong>Automação</strong> Bancária e sua localização.<br />
<strong>Automação</strong><br />
Bancária Total de<br />
Equipamentos<br />
Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />
Ano Em agências<br />
Quiosques<br />
locais públicos<br />
Em postos<br />
de<br />
atendimento<br />
cheque já instalados. Se forem considerados os equipamentos de outras redes<br />
104<br />
Total<br />
2000 95.791 4.094 8.516 108.401<br />
2001 117.159 5.063 9.848 132.070<br />
2002 106.325 7.993 10.113 124.431<br />
2003 107.690 10.132 10.902 128.724<br />
2004 109.972 9.927 20.618 140.517<br />
2005 115.330 10.405 22.712 148.447<br />
2006 120.861 9.126 26.070 156.057<br />
2007 128.986 8.812 28.975 166.773<br />
Variação<br />
2007-2006<br />
Os equipamentos <strong>para</strong> automação de escritórios aparecem também nessa<br />
pesquisa, por não poderem ser facilmente dissociados do restante. Porém, não<br />
estando no foco do trabalho, não se encontram computados em sua totalidade.<br />
Os microcomputadores que integram os terminais PDV e os terminais de<br />
caixa bancário modular estão englobados no item microcomputadores.<br />
Analogamente, os teclados especiais utilizados em sistemas de automação bancária<br />
e comercial não possuem classificação específica, estando incluído no item teclado<br />
genérico.<br />
É importante destacar a instalação, em 2007-2008, de mais de dez mil caixas<br />
automáticos adaptados especialmente <strong>para</strong> assegurar o acesso a pessoas<br />
portadoras de deficiência. O parque de ―ATMs full‖, ou seja, de terminais de auto-<br />
atendimento completos, que possibilitam todo tipo de transações bancárias, cresceu<br />
cerca de 20% em 2008 ficando claro o processo de substituição gradativa dos<br />
demais tipos de equipamentos de auto-atendimento como os dispensadores de<br />
dinheiro, terminais de depósitos e de extratos. Por outro lado, a menor utilização de<br />
cheques como meio de pagamento não justifica a substituição dos dispensadores de<br />
6,9%
compartilhadas, serão superados os 170 mil dispositivos de auto-atendimento em<br />
operação no Brasil, certamente um dos maiores parques de ATMs do mundo.<br />
4.1.6.4.5. Despesas em Tecnologias do Segmento de <strong>Automação</strong> Bancária<br />
Nos últimos anos, houve uma redução significativa do valor das importações<br />
de computadores e periféricos, enquanto as importações de partes e peças <strong>para</strong><br />
esses produtos cresceram, o que reflete um aumento da montagem local de<br />
equipamentos como microcomputadores, impressoras e terminais de vídeo, inclusive<br />
<strong>para</strong> exportação, a qual se expandiu no mesmo período. A exportação de<br />
equipamentos de informática deve-se mais a esforços individuais e estratégias de<br />
logística das empresas fabricantes do que a condições de competitividade dos<br />
produtos, até porque o seu alto conteúdo de componentes importados não permite<br />
que eles concorram em igualdade de condições no mercado mundial. Há pouco<br />
tempo, uma grande parte do mercado brasileiro de informática é atendida pelo<br />
chamado gray market, que não figuram nas estatísticas oficiais de importação.<br />
Os produtos de informática em geral são de padrão mundial, comportando-se<br />
como commodities. Sua competitividade, portanto, está diretamente ligada à<br />
obtenção de insumos mais baratos. Uma indústria de componentes local capaz de<br />
atender às montadoras de equipamentos é fundamental <strong>para</strong> a almejada redução de<br />
custos como frete e manutenção de estoques. Ainda mais, é necessária a abertura<br />
dos kits de montagem, hoje importados completos, <strong>para</strong> permitir que uma indústria<br />
brasileira de componentes tenha acesso a esse mercado, pois em muitos casos isso<br />
não depende apenas de condições de fornecimento mais vantajosas, estando sujeito<br />
a variáveis como a propriedade do projeto. Assim, <strong>para</strong> que qualquer ação no<br />
sentido de aumentar a competitividade internacional dos equipamentos de<br />
informática brasileiros seja eficaz, deve-se levar em conta a realização de atividades<br />
de projeto e desenvolvimento no país.<br />
O equipamento típico de automação bancária é o ATM, que custa em média<br />
aproximadamente R$ 8 mil. Em 1999, o produto, cujo mercado total foi de 16,6 mil<br />
unidades, o que equivale a cerca de R$ 250 milhões, gerou um déficit comercial de<br />
US$ 1,2 milhão, inferior a 1% do mercado total. Vale observar que, no mesmo ano, o<br />
mercado global de equipamentos de informática, da ordem de R$ 7 bilhões, gerou<br />
um desequilíbrio na balança comercial pouco maior que US$ 500 milhões em<br />
105
produtos completos, superior a 12% do mercado. O desenvolvimento local dos<br />
produtos <strong>para</strong> automação bancária propiciou ainda a existência de uma rede de sub-<br />
fornecedores locais <strong>–</strong> fabricantes de mecanismos de impressão, de leitura de<br />
códigos de barras em documentos, dispensadores de cédulas, entre outros. Os<br />
mecanismos dispensadores de cédulas representam cerca de 40% do custo de um<br />
terminal ATM médio. É por essa razão, aliás, que as quatro maiores fabricantes<br />
mundiais de ATM possuem mecanismos próprios.<br />
A Tabela 13 apresenta a relação de produtos do setor e a Tabela 14, as<br />
principais despesas de investimento em tecnologia realizadas pelo setor bancário<br />
nos últimos anos.<br />
Tabela 13 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Bancária: Equipamentos e Localização.<br />
106
ATMs Ano Em Agências<br />
Quiosques<br />
em locais<br />
públicos<br />
107<br />
Em Postos<br />
de<br />
Atendimento<br />
Total<br />
2000 12.078 2.975 586 15.639<br />
2001 16.394 3.340 2.803 22.537<br />
Saque e 2002 25.647 4.396 3.190 33.233<br />
Variação<br />
2007/2006<br />
Depósito 2003 32.781 5.201 3.577 41.559 14%<br />
2004 39.798 4.214 4.208 48.220<br />
2005 42.981 4.322 4.749 52.052<br />
2006 44.007 4.036 5.384 53.427<br />
2007 51.212 3.440 6.240 60.892<br />
Adaptadas 2006 7.085 311 473 7.869 114,3%<br />
a PCDs 2007 14.928 541 1.395 16.864<br />
2000 40.785 1.063 5.770 47.618<br />
2001 50.691 1.557 5.818 58.066<br />
2002 46.697 2.195 5.475 54.367<br />
Cash Dispenser 2003 44.342 2.833 5.131 52.306 -1.9%<br />
2004 38.243 4.665 13.800 56.708<br />
2005 38.527 5.393 15.343 59.263<br />
2006 36.793 4.526 15.579 56.898<br />
2007 33.812 4.580 17.400 55.792<br />
2000 15.322 14 364 15.700<br />
2001 17.890 7 219 18.116<br />
2002 16.488 8 476 16.972<br />
Terminal de 2003 15.086 9 733 15.828 -11.2%<br />
Depósitos 2004 17.390 592 1.192 19.174<br />
2005 18.218 224 1.120 19.562<br />
2006 16.677 5 1.241 17.923<br />
2007 14.834 18 1.071 15.923<br />
2000 20.439 30 1.791 22.260<br />
2001 23.133 150 976 24.259<br />
2002 7.572 821 916 9.309<br />
Terminal de 2003 4.236 1.491 1.381 7.108 -8.8%<br />
Extrato e Saldo 2004 2.179 133 1.089 3.401<br />
2005 2.120 145 1.094 3.359<br />
2006 1.784 156 1.567 3.507<br />
2007 1.958 142 1.100 3.200<br />
2000 7.167 12 5 7.184<br />
2001 9.051 9 32 9.092<br />
2002 9.921 573 56 10.550<br />
ATMs Ano Em Agências<br />
Quiosques<br />
em locais<br />
Em Postos<br />
de<br />
Total<br />
Variação<br />
2007/2006
108<br />
públicos Atendimento<br />
Dispensador de 2003 11.245 598 80 11.923 -14.2%<br />
Cheques 2004 12.362 323 329 13.014<br />
Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />
2005 13.484 321 406 14.211<br />
2006 14.515 92 1.826 16.433<br />
2007 12.242 91 1.769 14.102<br />
Tabela 14 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Bancária: Despesas em Tecnologia.<br />
Especificação Descrição<br />
Hardware<br />
Mainframes, PCs, ATMs, Storages, robôs, etc.<br />
Telecomunicações<br />
Linhas / equipamentos<br />
Softwares de terceiros<br />
Software In House<br />
Salários e encargos profissionais de<br />
desenvolvimento, de produção e<br />
de outras áreas de TI<br />
Outras áreas de TI<br />
Salários e encargos profissionais<br />
Outras despesas<br />
Serviços em geral, despesas com<br />
instalações físicas, alocação de<br />
despesas, despesas gerais, etc.<br />
Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />
Investimentos<br />
R$ (milhões)<br />
Aquisições 2.181 15%<br />
Aluguéis, leasings, contratos de serviços,<br />
salários, encargos, etc.<br />
%<br />
2.505 17%<br />
Aquisições 769 5%<br />
Aluguéis, leasings, contratos de serviços,<br />
salários, encargos, etc.<br />
Software básico e aplicativos, fábricas de<br />
software, terceirizações, etc. (aquisições de<br />
software, desenvolvimento de novas<br />
aplicações, manutenção de sistemas)<br />
Desenvolvimento de novas aplicações,<br />
manutenção de sistemas<br />
Aluguéis, leasings, contratos de serviços,<br />
salários, encargos, etc.<br />
2.484 17%<br />
2.267<br />
15%<br />
330 2%<br />
1.594 11%<br />
Software básico, produção, backoffice, etc. 591 4%<br />
Aluguéis, leasings, contratos de serviços,<br />
salários, encargos, etc.<br />
1.186 8%<br />
Aquisições, imobilizações 27 0%<br />
Aluguéis, leasings, contratos de serviços,<br />
salários, encargos, etc.<br />
935 6%<br />
Em 2007 os bancos investiram R$ 6,2 bilhões, incremento de 16% sobre o<br />
ano anterior, superando em R$ 300 milhões o valor orçado. Por outro lado as<br />
despesas globais de TI foram controladas, perfazendo um total de quase R$ 15<br />
bilhões. É importante ressaltar, o câmbio favorável naquele período contribuiu <strong>para</strong><br />
um crescimento menor do que o esperado. É interessante observar que ano a ano,<br />
a parcela de recursos do orçamento de TI destinada a investimentos cresce
superando agora 40% do total. Também os serviços de desenvolvimento e<br />
manutenção de sistemas prestados por terceiros (15%) superam com<br />
desenvolvimento de software in house (13%). Também as despesas com<br />
equipamentos, que no passado constituíam a parcela mais pesada do orçamento de<br />
TI, hoje representam um terço do total.<br />
O setor bancário registrou nestes últimos anos um crescimento de mais 50%<br />
na utilização de PPAs (Pontos de Atendimento) pelos bancos, ocasionado,<br />
sobretudo pela força de vendas. A explosão de dados a serem arquivados e<br />
explorados vem impondo aos bancos importantes investimentos <strong>para</strong> ampliar sua<br />
capacidade de armazenamento e processamento de informações como atestam os<br />
números de 2007, apresentados na Tabela 15.<br />
Tabela 15 <strong>–</strong> Recursos Computacionais dos Bancos.<br />
Tipo de Equipamento 2003 2004 2005 2006 2007<br />
109<br />
Variação<br />
2007/2006<br />
Mainframes (MIPS) 164.608 228.701 272.442 349.441 403.128 15%<br />
Servidores UNIX / LINUX centralizados 1.835 2.241 2.347 2.530 2.874 14%<br />
Servidores UNIX / LINUX em pontos<br />
de atendimento<br />
- - - - 5.719 -<br />
Servidores Windows centralizados 12.428 11.863 10.302 13.727 13.492 -2%<br />
Servidores Windows em pontos de<br />
Atendimento<br />
- - - - 16.698 -<br />
Terminais de Caixa 131.773 120.015 119.233 131.719 133.385 1%<br />
Estações de trabalho / PCs / Notebooks 373.537 378.184 447.567 478.982 510.847 7%<br />
PPAs / Blackberry's/ Assemelhados - - 1.902 8.360 12.206 46%<br />
Fitotecas robotizadas 135 139 143 167 188 13%<br />
Discos 2.074 1.914 2.628 5.213 7.010 34%<br />
Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />
Ao mesmo tempo, gradativamente o processo de outsourcing pelos bancos<br />
ganha espaço: telecomunicações, impressão, help desk, projetos e manutenção de<br />
sistemas, processamento de cartões já se tornaram serviços a serem terceirizados.<br />
A partir do ano de 2007, os bancos transferiram <strong>para</strong> terceiros a responsabilidade<br />
por um maior volume de serviços prestados por fábricas de softwares. No entanto,<br />
ainda é incipiente a prática de delegar a terceiros o tratamento de operações de<br />
backoffice. A Tabela 16 apresenta informações de serviços terceirizados e<br />
outsourcing no setor bancário.
Tabela 16 <strong>–</strong> Terceirização / Outsourcing.<br />
Terceirização / Outsourcing 2005 2006 2007<br />
110<br />
Variação<br />
2007/2006<br />
Telecomunicações 68 68 74 9%<br />
Serviços de Impressão 62 76 73 -4%<br />
Help Desk 48 63 67 6%<br />
Projeto e desenvolvimento de aplicativo 52 62 64 3%<br />
Manutenção de sistemas legados 43 43 55 27%<br />
Processamento de Cartões 52 58 54 -7%<br />
Fábrica de Software 43 52 46 -12%<br />
Backup Site 38 49 44 -10%<br />
BodyShop 20 37 37 0%<br />
Infraestrutura de CPD 29 29 33 13%<br />
Áreas de BackOffice - - 7 -<br />
Fonte: FEBRABAN, 2009.<br />
4.1.7. Ciclo de Desenvolvimento de um Produto<br />
4.1.7.1. Ciclo de Vida de um Produto Industrial<br />
O ciclo de vida de um produto industrial é um elemento importante a ser<br />
considerado na cadeia produtiva, sendo composto basicamente de atividades,<br />
verificação dos resultados e métodos, conforme ilustra a Figura 12.<br />
O ciclo de desenvolvimento de um produto industrial é composto de três<br />
grandes etapas: Especificação, Metodologia de Concepção e Verificação e<br />
Validação, conforme é descrito a seguir:<br />
Etapa 1: Especificação e Concepção<br />
Estabelecimento de modelos que considerem aspectos de: funcionalidade,<br />
comportamento e informação do sistema em estudo; e<br />
Necessidade de utilização de softwares específicos.<br />
Etapa 2: Métodos de concepção<br />
Coordenação de tarefas, considerando a análise funcional, modos de<br />
funcionamento e arquitetura operativa; e<br />
Métodos específicos (caseiros).
Etapa 3: Verificação e validação<br />
Verificação: Propriedades do modelo independentes do Caderno de<br />
Especificações;<br />
Validação: conformidade ao Caderno de Especificações; e<br />
Simulação.<br />
Figura 12 <strong>–</strong> Ciclo de Vida de um Produto Industrial.<br />
Fonte: Martinie, 1998.<br />
4.1.7.2. Ciclo de Desenvolvimento de um Produto<br />
Enquanto o ciclo de vida de um produto abrange as macro-etapas de<br />
concepção até implementação no mercado do produto, o ciclo de desenvolvimento<br />
de um produto industrial, também chamado de ciclo em V, define detalhadamente as<br />
diferentes fases de desenvolvimento de um projeto industrial até a sua integração no<br />
meio produtivo (Figura 13). O nível de automação de um país pode ser constatado<br />
por meio desse ciclo, onde se podem diagnosticar as diferentes etapas de<br />
concepção de um produto e sua integração no meio produtivo.<br />
111
Figura 13 <strong>–</strong> Ciclo em V de desenvolvimento de um Produto.<br />
Fonte: Oliveira, 2008.<br />
4.1.7.2.1. Ciclo de Vida de um Produto Automatizado<br />
O ciclo em V sintetiza as diferentes etapas associadas à concepção de um<br />
produto inteligente: uma fase inicial de projeto e concepção (abrangendo fase de<br />
requisitos, especificações, modelo, componentes e prototipagem) e uma segunda<br />
fase de implementação final associada à integração de sistemas (abrangendo a<br />
integração final em nível de hardware e software, testes e certificações, produção e<br />
supervisão).<br />
É importante ressaltar que nos países altamente industrializados todas as<br />
etapas desse ciclo são realizadas, mostrando domínio tecnológico no processo de<br />
concepção, integração e disponibilidade de um determinado produto no mercado.<br />
Nos países em vias de desenvolvimento, normalmente se pode encontrar somente o<br />
112
lado direito do ciclo em V, correspondente à fase de integração do sistema, não<br />
existindo, ou sendo raramente empregada, a fase de projeto e desenvolvimento.<br />
4.1.7.3. Setores de Aplicação na área de <strong>Automação</strong><br />
O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> vem sofrendo um processo de<br />
mudanças profundas em suas estruturas produtivas, na formatação de uma<br />
produção mais eficaz e eficiente, bem como mais sustentável. Tais modificações<br />
podem ser observadas nas matérias-primas, nos equipamentos e no<br />
desenvolvimento de novos processos e, sobretudo, nas estratégias de<br />
comercialização, em que novos atores têm surgido, modificando as condições<br />
competitivas internacionais.<br />
O crescimento das unidades industriais tem sido acompanhado pela<br />
expansão dos respectivos sistemas de controle, normalmente, porém, sem a<br />
substituição dos sistemas existentes, o que tem levado à coexistência em uma<br />
mesma instalação industrial de tecnologias e protocolos diferentes.<br />
Em 2007, da revista InTech da ISA <strong>–</strong> The Instrumentation Systems and<br />
Automation Society, divulgou os resultados de uma pesquisa realizada sobre o uso<br />
de protocolos de automação na indústria e suas principais tendências e distribuição<br />
no mercado <strong>para</strong> aplicações.<br />
Nessa pesquisa pôde-se observar que 80% das empresas entrevistadas<br />
fazem uso de protocolos em seus processos, embora a grande maioria utilize mais<br />
de um protocolo na planta industrial.<br />
As principais aplicações são direcionadas ao controle de processos<br />
contínuos, discretos, em batelada e híbrido, conforme mostra o Gráfico 10. A base<br />
instalada de cada um desses protocolos é apresentada no Gráfico 11, onde se<br />
podem destacar o FF e o Profibus como os que têm participação crescente no<br />
mercado.<br />
Os resultados da pesquisa mostram uma tendência clara <strong>para</strong> a adoção de<br />
barramento de campo e de redes ethernet. Contudo, a conexão à Internet é vista<br />
com reservas, dada a desconfiança em relação à segurança (por exemplo, possíveis<br />
invasões por hackers).<br />
113
Gráfico 10 <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> <strong>–</strong> Principais Setores de Aplicações Industriais.<br />
4.1.8. Mutações no Processo Produtivo<br />
Fonte: Intech, 2007.<br />
Gráfico 11 <strong>–</strong> Base de Protocolos Instalados.<br />
Fonte: Intech, 2007.<br />
A atual fase de desenvolvimento do capitalismo é marcada por mudanças que<br />
intensificam a internacionalização da economia (globalização financeira do capital),<br />
ao mesmo tempo em que promovem a introdução de inovações tecnológicas e<br />
organizacionais de grande porte no denominado ―mundo do trabalho‖.<br />
A vasta bibliografia sobre a questão aponta, de forma geral, que as mudanças<br />
ocorridas no ―mundo do trabalho‖ não podem ser analisadas observando-se,<br />
exclusivamente, o fenômeno do avanço tecnológico. Deve-se evitar uma postura<br />
determinista em termos de inovação; importa considerar que a riqueza social é<br />
produzida sob determinadas relações sociais de produção, em condições<br />
específicas, no âmbito das trajetórias vividas pela humanidade.<br />
114
O processo de globalização da economia mundial que trouxe novos modelos<br />
de produção, emergidos nos anos de 1970/1980, vem estimulando a realização de<br />
inúmeros estudos nos diversos ramos do conhecimento. Dentre eles, destacam-se<br />
aqueles nas áreas da economia e da sociologia sobre a aplicação e consequências<br />
de tais modificações tecnológicas, que permitem o adensamento de novos<br />
equipamentos e de novas formas de organização do processo de trabalho.<br />
No entanto, o intenso debate sobre o tema apresenta-se polarizado: há os<br />
que acreditam na extinção do modelo taylorista-fordista e na emergência de novos<br />
modelos; os que desconfiam dessa possibilidade e insistem na permanência da<br />
preponderância de um taylorismo, mesmo que adaptado; e, ainda, aqueles que<br />
consideram a existência de variadas combinações nos processos produtivos.<br />
Os estudos dos americanos Sabel e Piore (1984) sobre o esgotamento do<br />
padrão fordista de produção defendem o advento de um novo modelo sócio-<br />
produtivo, alternativo à produção em massa fordista, conhecido como<br />
―especialização flexível‖. Apresenta a caracterização da forma organizacional de<br />
atividades produtivas em distritos industriais e em territórios definidos por ―redes de<br />
alianças entre empresas‖ (de pequeno e médio porte) que se complementam a partir<br />
do uso de tecnologias sofisticadas e do estabelecimento de relações sociais<br />
consensuais sedimentadas em uma proximidade geográfico-social (espaço-tempo),<br />
envolvendo frequentemente laços culturais, sociais, políticos e, portanto,<br />
comunitários.<br />
David Harvey (1992) considera que, na atualidade, vivencia-se uma fase da<br />
produção capitalista, de ―acumulação flexível‖ do capital, que tem como<br />
característica principal o confronto direto com a rigidez do modelo fordista, ao apoiar-<br />
se na flexibilidade do processo de trabalho, do mercado de trabalho, do produto e do<br />
padrão de consumo. Para o autor, a ―acumulação flexível‖ caracteriza-se pelo<br />
surgimento de setores da produção inteiramente novos que incorporam com rapidez<br />
as inovações trazidas pelo atual padrão de desenvolvimento do capitalismo em<br />
escala mundial, de forma desigual, que convive, ao mesmo tempo, com padrões<br />
tradicionais de produção.<br />
Está em voga falar da emergência de um novíssimo modelo, que<br />
supostamente seria universal, o modelo japonês de produção. Helena Hirata (1993)<br />
115
indica a amplitude do debate que envolve especialistas do ramo do trabalho nos<br />
mais diversos países, destacando que a literatura traz enfoques variados e nuances<br />
desse modelo de produção, dentre eles, os aspectos da gestão e da possibilidade<br />
de tomada de decisão pelos trabalhadores. A diversidade das dimensões analisadas<br />
mostra como o modelo japonês é multiforme e rico no entender da autora; no<br />
entanto, as respostas à questão do surgimento, de fato, de um novo <strong>para</strong>digma de<br />
organização industrial alternativo à produção fordista ainda não encontrou consenso<br />
entre os especialistas do trabalho, tanto pela falta de sistematização das<br />
experiências quanto de seus indicadores de resultados.<br />
Para os trabalhadores, as consequências da teia complexa de mudanças no<br />
mundo do trabalho produzem efeitos agudos, particularmente no que diz respeito ao<br />
campo do Direito do Trabalho, sobretudo por causa dos novos aportes de<br />
(des)regulação e flexibilização das relações de trabalho. Parte dos direitos sociais e<br />
de cidadania, frutos de conquistas históricas dos trabalhadores, vem sendo<br />
eliminada ou flexibilizada nos códigos trabalhistas.<br />
Para fundamentar sua crítica à pretensão de alguns autores de enxergar no<br />
modelo japonês a substituição ao padrão taylorista-fordista de produção, Valle<br />
(1997) destaca que:<br />
(i) No chamado ―modelo japonês‖ há um relaxamento no grau de se<strong>para</strong>ção<br />
entre tarefas de planejamento e tarefas de execução, e não a eliminação<br />
desse princípio;<br />
(ii) Just in time, por exemplo, toma cada posto fordista e faz dele um cliente e<br />
um fornecedor de outros postos, tornando uma organização ainda mais<br />
rígida e tensa do que aquela que Ford imaginava, uma vez que todo o<br />
pessoal (inclusive os gerentes e supervisores) é pressionado pelos<br />
problemas de integração;<br />
(iii) Continuam válidos dois princípios centrais do Shop management System, o<br />
planejamento rigoroso dos postos de trabalho e a seleção e treinamento<br />
dos trabalhadores, sempre sob a égide da ―ciência‖;<br />
(iv) Proposta do alargamento de tarefas já havia sido feita há muitos anos pela<br />
segunda geração de racionalização da produção (―GRUPO DE<br />
HARVARD‖); e<br />
116
(v) Própria ―cooperação entre trabalhadores e direção‖ não é uma novidade.<br />
Ela fora sugerida pelo próprio Taylor, que chegou mesmo a apontar esta<br />
mudança de atitude mental como a maior dificuldade <strong>para</strong> implantação de<br />
seu sistema (VALLE, 1997).<br />
No Brasil, estudos elaborados em importantes centros de pesquisas analisam<br />
as características, abrangência e implicações da introdução de mudanças<br />
tecnológicas e organizacionais no mundo da produção.<br />
As pesquisas com<strong>para</strong>tivas entre Brasil<strong>–</strong>França<strong>–</strong>Japão sobre as novas<br />
tecnologias, a organização do trabalho e a política de gestão, realizadas por Hirata<br />
no início dos anos 80, dão conta de que o processo de implementação de mudanças<br />
tecnológicas e organizacionais em empresas instaladas no país de origem se fazia<br />
em ritmo e modalidades diferentes das existentes nas filiais de outros países. A<br />
autora, ao retomar a análise, quase quinze anos após a realização da pesquisa<br />
com<strong>para</strong>tiva, constata que poucas modificações ocorreram e que os obstáculos à<br />
introdução de novas formas organizacionais continuavam ainda presentes. Uma das<br />
mudanças visíveis são as brechas que se abriram na ideologia do taylorismo,<br />
amplamente predominante no meio empresarial brasileiro daquela época e que, a<br />
seu ver, constituía-se em um dos obstáculos principais às mudanças. (HIRATA e<br />
MORAES, 1999).<br />
Dentre as inovações trazidas pelos novos modos de produção, a qualificação<br />
dos trabalhadores ganha destaque, apesar da noção de qualificação encontrar-se no<br />
âmago da Sociologia do Trabalho há mais de cinco décadas. O debate aberto por<br />
Braverman (1987), no início dos anos setenta, em torno da desqualificação<br />
inelutável, gradual e progressiva dos trabalhadores em contexto de maior<br />
aprofundamento da divisão do trabalho no capitalismo, teve como uma de suas<br />
variantes consagradas, durante longo período, a tese da polarização das<br />
qualificações (FREYSSENET, 1997; KERN e SCHUMAN, 1980; SORGE, et al, 1983;<br />
HIRATA, 1994).<br />
Os aspectos que revestem tal questão <strong>–</strong> qualificação, treinamento,<br />
capacitação da força de trabalho <strong>–</strong> têm sido objeto de preocupação em várias partes<br />
do mundo, acompanhando os processos de mutação do trabalho. O debate que se<br />
estende da tese da polarização das qualificações à tese atual do modelo da<br />
117
competência está longe de ser concluídos e novos elementos de análise, a partir de<br />
teorizações e pesquisas empíricas, têm enriquecido a literatura sobre o tema.<br />
Hirata (1994, 1997), após vários estudos, conclui que, na França, por<br />
exemplo, a noção de competência é apresentada, cada vez mais, como uma<br />
alternativa ao conceito de qualificação. Assim, tanto no ambiente da empresa,<br />
quanto no ambiente acadêmico e dos especialistas, essa noção vem recebendo uma<br />
diversidade de críticas.<br />
O ponto central da crítica, de modo geral, repousa na intenção ou nos<br />
inconvenientes da passagem de um conceito multidimensional de qualificação,<br />
outrora formalizado, que serviu de base na França, a uma codificação social (das<br />
classificações), <strong>para</strong> outro, ainda em construção, designado como o ―modelo da<br />
competência‖. Cabe dizer que a noção de competência é originária do ―mundo da<br />
empresa‖ e posteriormente foi assumida por alguns sociólogos e economistas<br />
(HIRATA, 1997 p.30).<br />
4.1.9. Mudanças no Processo de Trabalho<br />
A acumulação flexível do capital em seu dinamismo pode dizer que várias<br />
formas e contornos são observados, na atualidade, nos processos de mudanças<br />
tecnológicas, na organização e gestão do trabalho. Por essa razão, apontar, pura e<br />
simplesmente, a substituição de modelos de produção, como se isto pudesse ocorrer<br />
de forma mecânica, ao ponto de os modelos se tornarem universais, não se permite<br />
compreender o quadro atual das mudanças.<br />
Sob a ótica da engenharia de produção, em geral, e da organização e gestão<br />
do processo de trabalho em particular, o autor destacou que, na maior parte dos<br />
casos relatados, a ‗adoção‘ (ou a tentativa) do ―modelo japonês‖ reduz-se à<br />
aplicação de ―técnicas‖ ou ―sistemas‖ tais como just in time, kanban, manufatura<br />
celular, círculos de controle de qualidade, polivalência, controle de qualidade total,<br />
entre outros. Shiroma (1993) registrou, ainda, que <strong>para</strong> a gerência de indústrias de<br />
processos discretos, como a mecânica, a metalúrgica e a eletroeletrônica, algumas<br />
dessas técnicas e modelos parecem se constituir na ―modernidade‖.<br />
No geral, as pequenas mudanças empreendidas não alteram<br />
substancialmente a organização produtiva, mas são ressaltadas como se a empresa<br />
118
estivesse sintonizada com o ―modelo japonês‖ <strong>–</strong> talvez o caso mais típico seja a<br />
substituição parcial das plaquetas de ordens de produção por cartões coloridos,<br />
como se isso por si só caracterizasse um just in time. Em síntese, o autor acredita<br />
que, desta forma, o modelo deixaria de ser japonês <strong>para</strong> se tornar nissei (SALERNO,<br />
1993) 2 .<br />
Os resultados da pesquisa apontam <strong>para</strong> efetiva existência de um processo<br />
em curso de reestruturação produtiva na indústria eletroeletrônica da Zona Franca<br />
de Manaus <strong>–</strong> ZFM. Este se apresenta, porém, de forma bastante parcial e<br />
heterogênea, longe de corresponder a uma transformação radical e sem<br />
contradições, em direção ao <strong>para</strong>digma pós-fordista.<br />
No que concerne à reestruturação produtiva pela qual vem passando o setor<br />
eletroeletrônico da ZFM, deve-se destacar, inicialmente, o lugar desse tipo de<br />
indústria (montadora) no plano da divisão internacional do trabalho.<br />
A introdução de novos equipamentos é o aspecto mais relevante das<br />
mudanças ocorridas no processo produtivo. As inovações tecnológicas concentram-<br />
se na área de inserção automática, considerada a mais importante, o coração das<br />
empresas.<br />
A utilização da força de trabalho no processo produtivo do setor<br />
eletroeletrônico já não atinge os mesmos percentuais dos anos 1970/1980. Hoje, a<br />
redução de mão-de-obra na produção direta é fato irreversível, pois o maquinário<br />
tecnologicamente mais avançado vem propiciando ao capital uma produção em<br />
larga escala, quantitativamente superior ano a ano, com qualidade inegavelmente<br />
melhor. As numerosas linhas de montagem manual, intensiva em mão-de-obra<br />
feminina, já não se fazem presentes.<br />
Cabe salientar que a situação não é determinada, simplesmente, pelo avanço<br />
tecnológico, como expressam/observam os operários entrevistados. É pressuposto<br />
deste trabalho que a forma complexa como a tecnologia é introduzida nas empresas<br />
está diretamente relacionada com as relações de trabalho ali estabelecidas. A<br />
aquisição de máquinas tecnologicamente mais avançadas trouxe aos trabalhadores,<br />
que permanecem empregados, uma sobrecarga de trabalho.<br />
2 Sobre a adoção de técnicas japonesas em empresas brasileiras um importante trabalho foi<br />
elaborado por Eneida Oto Shiroma, 1993.<br />
119
Algumas plantas industriais foram concebidas e colocadas em operação, na<br />
década de 1990, a partir da concepção de empresa enxuta, com o objetivo principal<br />
de promover a intensificação da racionalização no uso da força de trabalho, ao<br />
mesmo tempo em que se vislumbravam melhorias na fluidez das informações.<br />
No caso das montadoras, estas vêm promovendo ao longo dos últimos anos<br />
uma diminuição constante de seu quadro de trabalhadores, eliminando setores e<br />
departamentos, reduzindo níveis hierárquicos e terceirizando serviços em todas as<br />
áreas do processo produtivo.<br />
Outra forma de reestruturação do processo produtivo, presente há alguns<br />
anos nas empresas pesquisadas, diz respeito à subcontratação de empresas por<br />
encomendas de serviços ligados à produção; em geral, isso ocorre nos momentos<br />
de maior demanda. A competitividade em ambiente capitalista vem promovendo a<br />
centralização de capitais, permitindo maior oligopolização do sistema como um todo.<br />
Nesse contexto, grande parte das empresas torna-se subcontratada, enquanto<br />
outras entram em processo de falência, como terminou acontecendo com uma das<br />
empresas pesquisadas.<br />
Essas mudanças na organização e gestão do processo de trabalho<br />
determinaram novas acomodações da mão-de-obra, com implicações na política<br />
salarial das empresas. Cabe salientar, que é visível a valorização da ―cultura<br />
empresarial‖ própria em cada empresa pesquisada, como se observou nas<br />
declarações das gerências.<br />
Percebe-se que a cultura empresarial está influenciada disseminando<br />
ideologicamente o discurso ‗modernizante‘, sobretudo do chamado modelo japonês<br />
de gestão produtiva. Expressões como o just in time, kanban, kaizen, círculo de<br />
controle de qualidade, entre outras, estão presentes na linguagem da gerência. No<br />
entanto, a aplicação desses métodos não corresponde à introdução de práticas<br />
democratizadoras no ambiente fabril; apesar de as relações interpessoais terem<br />
melhorado o ambiente de trabalho, as formas de controle e gestão do trabalho<br />
permanecem bastante rígidas. A disciplina fabril conta mais do que todos os outros<br />
componentes na estratégia empresarial.<br />
As exigências crescentes, feitas pelas empresas, <strong>para</strong> a contratação de<br />
operadores de máquinas <strong>–</strong> como melhor nível de escolarização (grau médio ou<br />
120
superior); conhecimento técnico em eletrônica; línguas estrangeiras, entre outras,<br />
não se justificam, na medida em que o trabalho a ser realizado está limitado a uma<br />
prescrição que não ultrapassa os limites da supervisão dos equipamentos.<br />
O parcelamento e o isolamento das tarefas foram agravados com o processo<br />
de enxugamento de mão-de-obra. Muitos operadores ficam responsáveis pela<br />
operação de mais de uma máquina (o que lhes confere multitarefa na operação dos<br />
equipamentos). A sobrecarga de trabalho dificulta as relações bilaterais entre eles.<br />
Além do mais, a demissão de muitos técnicos e/ou a terceirização da camada de<br />
trabalhadores que presta assistência técnica aos equipamentos, feita<br />
predominantemente de forma corretiva, estabeleceram uma distância ainda maior<br />
entre operadores e técnicos. Antes da terceirização do corpo técnico (de<br />
manutenção) dos equipamentos, a presença desses era permanente nas áreas de<br />
inserção automática, havia possibilidade de diálogo entre operadores e técnicos; a<br />
troca de informações viabilizava o aprendizado durante o processo de trabalho, que<br />
consistia em algo mais do que uma simples operação prescrita.<br />
As empresas promoveram um enxugamento dos setores automatizados. Boa<br />
parcela de trabalhadores foi substituída por mulheres, normalmente advindas da<br />
produção manual; ao mesmo tempo, provocou-se um esvaziamento de conteúdos,<br />
com a simplificação do trabalho. A mão-de-obra feminina é treinada apenas <strong>para</strong> as<br />
operações de supervisão dos equipamentos. Os trabalhos de manutenção técnica<br />
são realizados por técnicos e engenheiros <strong>–</strong> todos do sexo masculino. Há uma<br />
associação bastante recorrente entre trabalho feminino e postos taylorizados.<br />
4.1.10. Considerações<br />
A evolução tecnológica do mercado de automação é constante, envolvendo<br />
uma extensa cadeia de atividades que se inicia na pesquisa científica e termina na<br />
entrada em operação da unidade produtiva. Os sistemas existentes requerem<br />
sempre atualizações tecnológicas compatibilizando equipamentos novos com os<br />
existentes, aplicativos e infraestrutura de comunicação.<br />
Tudo isso faz com que as atividades relativas à automação de processos<br />
industriais demandem mão-de-obra de elevada qualificação, onde o modelo<br />
tradicional taylorismo-fordismo exige novas adaptações. Nas empresas do ramo<br />
121
eletroeletrônico não está, efetivamente, procurando trabalhadores com o perfil mais<br />
criativo, com maior capacidade de abstração, e efetiva ampliação de sua<br />
qualificação. Em algumas falas das gerências, faz-se uso livre da expressão<br />
competência, indicando ausência de preocupação conceitual. O termo é utilizado<br />
como sinônimo de capacidade de adaptação ao posto de trabalho, o que dista da<br />
concepção conjuntural que normalmente tem na literatura especializada.<br />
Dentre as principais atividades desse novo mercado de trabalho podem-se<br />
destacar os seguintes:<br />
a) Concepção e projeto de dispositivos, que exige um conteúdo considerável<br />
de criatividade, e formação de equipes de trabalho multidisciplinares com<br />
mão de obra especializada em diferentes áreas de conhecimento<br />
(administração e gerenciamento, ciências dos materiais, computação,<br />
engenharia mecânica e elétrica e outras);<br />
b) Implantação e operação do sistema de automação, envolvendo seleção,<br />
aquisição, instalação, adaptação, ajuste, configuração e teste dos<br />
instrumentos, dispositivos, equipamentos e software que constituem a<br />
plataforma de automação, bem como das redes de comunicação<br />
industriais, e a sua integração.<br />
c) Utilização de normas, protocolos e estratégias de controle e automação;<br />
d) Formação de recursos humanos <strong>para</strong> os setores de projeto e<br />
especificação e produtos, manutenção, setores de vendas e pós-venda; e<br />
e) Geração de patentes e aumento de competitividade da empresa.<br />
4.2. Panorama Econômico e Desempenho <strong>Setorial</strong><br />
A ABINEE distribui as indústrias do setor eletroeletrônico em dez áreas afins:<br />
<strong>Automação</strong> Industrial; Componentes Elétricos e Eletrônicos; Equipamentos<br />
Industriais; Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; Informática;<br />
Material Elétrico de Instalação; Serviço de Manufatura em <strong>Eletrônica</strong>; Sistemas<br />
Eletroeletrônicos Prediais; Telecomunicações; e Utilidades Domésticas.<br />
122
Este documento é baseado em análise de resultados do setor eletroeletrônico<br />
e nota técnica com a análise econômica do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial<br />
realizada pela ABINEE.<br />
Esta análise é imprescindível, considerando-se que o segmento de <strong>Eletrônica</strong><br />
<strong>para</strong> <strong>Automação</strong> exerce um papel estratégico em relação aos demais segmentos do<br />
setor eletroeletrônico, e os resultados de outras áreas pode afetar diretamente este<br />
segmento.<br />
Para melhor compreensão, é importante destacar que a ABINEE classifica o<br />
segmento de <strong>Automação</strong> Industrial como uma grande área do setor eletroeletrônico,<br />
contemplado neste estudo prospectivo de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> as áreas de<br />
<strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária.<br />
4.2.1. Análise Geral do Setor Eletroeletrônico<br />
As informações econômicas sobre o setor elétrico e eletrônico, selecionadas<br />
<strong>para</strong> este estudo, abrangem o período entre os anos de 2001 e 2008. Os dados<br />
foram extraídos das análises feitas pelo Departamento de Economia da ABINEE e<br />
apontam <strong>para</strong> a evolução do setor nesse período, bem como <strong>para</strong> a sua importância<br />
e representatividade no contexto nacional. Além dos dados consolidados, conforme<br />
descrito na Tabela 17, a ABINEE apresenta as mesmas informações <strong>para</strong> cada um<br />
dos setores sob a sua coordenação, o que será visto mais a frente.<br />
123
Tabela 17 <strong>–</strong> Indicadores Gerais da Indústria Eletroeletrônica 2001 a 2008.<br />
INDICADORES 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
FATURAMENTO (R$ bilhões) 58,2 56,4 63,9 81,6 92,8 104,1 111,7 123,1<br />
FATURAMENTO (US$ bilhões) 24,7 19,3 20,8 27,9 38,1 47,8 57,3 67,0<br />
INVESTIMENTO (Percentual sobre o faturamento) 4% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 4%<br />
NÚMERO DE EMPREGADOS (em mil) 131,2 123,3 122,6 132,9 133,1 142,9 156,1 161,9<br />
EXPORTAÇÕES (US$ milhões) (1) 4.732 4.415 4.771 5.344 7.767 9.249 9.300 9.891<br />
IMPORTAÇÕES (US$ milhões) (1) 13.489 10.294 10.048 12.667 15.135 19.705 24.053 32.033<br />
SALDO DA BALANÇA COMERCIAL (US$ milhões) (1) (8.757) (5.879) (5.277) (7.323) (7.368) (10.456) (14.753) (22.142)<br />
FLUXO DE COMÉRCIO (US$ milhões) (2) 18.220 14.710 14.819 18.011 22.902 28.954 33.353 41.924<br />
FATURAMENTO/EMPREGADO (US$ mil) 188,5 156,2 169,9 209,9 286,6 334,6 367,3 413,7<br />
EXPORTAÇÕES/FATURAMENTO (%) 19,2 22,9 22,9 19,2 20,4 19,3 16,2 14,8<br />
EXPORTAÇÕES/TOTAL EXPORTAÇÕES DO PAÍS (%) (1) 8,1 7,3 6,5 5,5 6,6 6,7 5,8 5,0<br />
IMPORTAÇÕES/TOTAL IMPORTAÇÕES DO PAÍS (%) (1) 24,3 21,8 20,8 20,2 20,6 21,6 19,9 18,5<br />
FATURAMENTO/PIB (%) (1) (3) 4,5 3,8 3,8 4,2 4,3 4,4 4,3 4,2<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
(1) Série revisada; (2) Exportações + Importações; (3) PIB a preços correntes;<br />
(4) Com a nova metodologia do IBGE <strong>para</strong> o calculo do PIB.<br />
Fontes: IBGE, BACEN e SECEX.<br />
124
4.2.1.1. Balança Comercial do Setor Eletroeletrônico<br />
O panorama mundial apresenta o complexo eletroeletrônico como o mais<br />
importante setor industrial da atualidade, destacando-se:<br />
Faturamento mundial do complexo, superior a US$ 2 trilhões;<br />
Constitui a base da chamada ―sociedade da informação‖;<br />
Permeia todos os setores industriais;<br />
Fundamenta todos os serviços modernos;<br />
Reestrutura a vida pessoal, profissional e da família; e reconfigura o lazer;<br />
É sinônimo de tecnologia, portanto é o coração das indústrias de alta<br />
performance; e<br />
É o principal difusor de inovações, da produtividade, de redução de custos<br />
e de preços.<br />
O mercado de produtos do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é muito<br />
sensível a variação do dólar em relação ao real. O forte crescimento do ritmo das<br />
importações ante o das exportações, provocado pela combinação da valorização<br />
cambial com expansão da economia interna, produziu, em 2008, déficit de US$ 22,1<br />
bilhões na balança comercial do setor eletroeletrônico. Esse resultado superou em<br />
50,3% o saldo negativo de US$ 14,7 bilhões apurado em 2007. Como será discutido<br />
a seguir, o mercado é muito sensível ao rápido crescimento das importações em<br />
relação ao das exportações. Impulsionado pela valorização do câmbio, o déficit<br />
comercial do setor tende a se agravar nos próximos anos (ABINEE, 2009).<br />
Como se sabe, é notória a perda de representatividade da indústria de<br />
componentes elétricos e eletrônicos no mercado interno, fato atribuído, em parte,<br />
aos problemas decorrentes da elevada carga tributária e à constante valorização do<br />
real frente ao dólar. Esse segundo fator esteve presente no cotidiano das empresas<br />
locais até o terceiro trimestre de 2008, quando o início da crise financeira<br />
internacional fez a moeda brasileira desvalorizar abruptamente, em decorrência da<br />
interrupção do ingresso de capitais externos e da saída dos mesmos <strong>para</strong> a<br />
cobertura de prejuízos nos balanços das matrizes ou em busca da segurança de<br />
aplicações em títulos do governo americano. Se, por um lado, esse contexto<br />
intensificou a concorrência no mercado interno <strong>para</strong> os componentes eletrônicos,<br />
devido ao estrangulamento das operações externas, por outro lado, a acomodação<br />
125
dos distúrbios internacionais, a partir do segundo trimestre de 2009, trouxe de volta o<br />
―fantasma‖ da valorização cambial, que se sobrepôs como problema <strong>para</strong> esse<br />
segmento.<br />
O setor caminha, portanto, na contramão daqueles que produzem bens<br />
primários e intermediários estratégicos. Estes observam saldos comerciais<br />
crescentes, como é o caso do agronegócio e de produtos extrativos minerais, caso<br />
dos setores automobilístico, aeronáutico e siderúrgico. A explicação <strong>para</strong> esse<br />
fenômeno reside, por um lado, na baixa densidade da cadeia produtiva brasileira e,<br />
por outro, nos reflexos nocivos da política econômica, o que o coloca em<br />
permanente dilema: crescer sustentado por uma produção nacional ou transformar-<br />
se em intermediário nas aquisições de equipamentos e produtos criados no exterior.<br />
Nos tópicos a seguir, destaca-se a evolução das exportações e das importações do<br />
setor no período recente.<br />
4.2.1.1.1. Exportações de Produtos do Setor Eletroeletrônico<br />
O comportamento das exportações de produtos de automação industrial<br />
apresenta uma trajetória ascendente, como pode ser verificado na Tabela 18, que<br />
mostra valores de exportações de produtos eletroeletrônicos por áreas.<br />
Embora as exportações do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial tenham subido<br />
de US$ 74,2 milhões, em 2001, <strong>para</strong> US$ 314,2 milhões em 2008 <strong>–</strong> incremento de<br />
mais de 300% -, fruto do excelente desempenho do comércio internacional nesse<br />
período, ainda assim, a sua participação no volume total das vendas externas do<br />
setor eletroeletrônico foi de apenas 3,0% em 2008. Em com<strong>para</strong>ção às demais<br />
áreas, esse desempenho iguala-se ao de Informática e é inferior a de todos os<br />
demais segmentos.<br />
126
Tabela 18 <strong>–</strong> Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões) de 2001 a 2008.<br />
Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
<strong>Automação</strong> Industrial (1) 74,2 66,7 76,5 114,4 143,7 238,9 280,3 314,2<br />
Componentes Elétricos e Eletrônicos (2) 1.636,8 1.716,2 1.760,0 1.992,8 2.286,0 2.708,4 3.151,1 3.304,3<br />
Equipamentos Industriais 351,6 297,6 362,8 475,9 640,4 917,8 1.012,8 1.141,2<br />
Geração, Transmissão e Distribuição de<br />
Energia Elétrica<br />
204,9 170,5 165,0 274,7 334,6 515,8 657,2 864,9<br />
Informática 254,9 121,2 193,5 263,3 387,0 411,0 337,8 312,6<br />
Material Elétrico de Instalação 154,7 142,4 150,7 202,8 228,6 308,2 288,5 325,5<br />
Telecomunicações 1.337,8 1.343,0 1.333,9 1.142,0 2.832,3 3.114,5 2.491,5 2.539,7<br />
Utilidades Domésticas 716,7 557,7 728,7 878,4 914,4 1.034,6 1.080,7 1.088,5<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Total 4.731,7 4.415,2 4.771,0 5.344,2 7.767,0 9.249,1 9.299,8 9.890,8<br />
(1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos;<br />
(2) Inclui motocompressores <strong>para</strong> refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças;<br />
(3) Inclui auto-rádios.<br />
Fonte: MDIC/Secex<br />
127
Enquanto na área de <strong>Automação</strong> Industrial houve um incremento de 12,1 %<br />
com<strong>para</strong>ndo 2008 com 2007, no complexo eletroeletrônico, nesse mesmo período, o<br />
incremento foi de 6,4 %. Na área de GTD, foi registrado nesse mesmo período maior<br />
incremento, 31,6 % (Tabela 19).<br />
Tabela 19 <strong>–</strong> Variação das exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008.<br />
Exportações do Setor Eletroeletrônico <strong>–</strong> 2007 e 2008<br />
Áreas<br />
Janeiro-Dezembro<br />
128<br />
US$ milhões<br />
2007 2008<br />
Var%<br />
<strong>Automação</strong> Industrial 280,3 314,2 12,1<br />
Componentes 3.151,1 3.304,3 4,9<br />
Equipamentos Industriais 1.012,8 1.141,2 12,7<br />
GTD 657,2 864,9 31,6<br />
Informática 337,8 312,6 -7,5<br />
Material de Instalação 288,5 325,5 12,8<br />
Telecomunicações 2.491,5 2.539,7 1,9<br />
Utilidades Domésticas 1.080,7 1.088,5 0,7<br />
Total 9.299,8 9.890,8 6,4<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Um olhar apurado sobre as exportações do setor elétrico e eletrônico permite<br />
identificar a posição relativa que ocupam os produtos da área de <strong>Automação</strong><br />
Industrial nesse contexto. De acordo com a Tabela 20, que exibe os principais<br />
produtos da pauta de exportação do setor, as vendas de telefones celulares gozam<br />
de larga vantagem em relação aos demais produtos. Em 2008, as exportações de<br />
aparelhos celulares atingiram US$ 2,2 bilhões, com crescimento de 6% em relação a<br />
2007, o que representou o dobro das vendas observadas <strong>para</strong> componentes <strong>para</strong><br />
equipamentos industriais (US$ 1,0 bilhão). Todos os demais produtos tiveram<br />
vendas inferiores a US$ 1,0 bilhão, inclusive aqueles relacionados ao segmento de<br />
<strong>Automação</strong> Industrial.
Tabela 20 <strong>–</strong> Produtos mais Exportados 2007 e 2008.<br />
Produtos mais exportados <strong>–</strong> 2007 e 2008<br />
Produtos<br />
Janeiro-Dezembro<br />
129<br />
US$ milhões<br />
2007 2008<br />
Var%<br />
Telefones Celulares 2.085 2.207 6<br />
Comp. p/ Equip. Industriais 886 1.049 18<br />
<strong>Eletrônica</strong> Embarcada 716 790 10<br />
Motores e Geradores 568 655 15<br />
Motocompressor Hermético 704 644 -9<br />
Transformadores 327 443 36<br />
Refrigeradores 292 281 -4<br />
Outros Mat. Elet. Instalação 186 228 23<br />
Cabos p/ Telecomunicação 216 225 4<br />
Outros Equips. Industriais 231 215 -7<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Apesar do volume ainda não ter alcançado a marca de um bilhão de dólares,<br />
deve-se ressaltar o incremento observado <strong>para</strong> as exportações de transformadores<br />
(+36%), cujas vendas passaram de US$ 327 milhões <strong>para</strong> US$ 443 milhões, de<br />
Outros materiais elétricos de instalação (+23%), com vendas que foram de US$ 186<br />
milhões em 2007 <strong>para</strong> US$ 228 milhões em 2008; e motores e geradores (+15%),<br />
que alcançaram US$ 655 milhões em 2008 contra US$ 568 milhões no ano anterior.<br />
Quanto ao destino das vendas dos produtos eletroeletrônicos (Tabela 21), os<br />
países da Aladi continuaram sendo os principais compradores em 2008, somando<br />
US$ 5,34 bilhões, o que representou mais do que a metade do total exportado pelo<br />
setor. O crescimento de 8,0% das exportações <strong>para</strong> essa região entre 2007 e 2008<br />
superou, inclusive, o ritmo de expansão das exportações totais do setor (6,4%).
Tabela 21 - Destino das Exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008.<br />
Destino das Exportações <strong>–</strong> 2007 e 2008<br />
Regiões<br />
Janeiro-Dezembro<br />
130<br />
US$ milhões<br />
2007 2008<br />
Var%<br />
Estados Unidos 1.864,0 1.776,3 -4,7<br />
Aladi (Total) 4.941,5 5.335,7 8,0<br />
- Argentina 2.115,9 2.293,2 8,4<br />
- Outros Aladi 2.825,6 3.042,5 7,7<br />
União Européia 1.072,4 1.146,2 6,9<br />
Sudeste da Ásia (Total) 341,3 427,0 25,1<br />
- China 97,7 130,9 34,0<br />
- Outros Sudeste da Ásia 243,5 296,1 21,6<br />
Demais Países do Mundo 1.080,6 1.205,6 11,6<br />
Total 9.299,8 9.890,8 6,4<br />
Fonte: ABINEE, 2009<br />
Nesse mesmo período, impressiona o crescimento expressivo das<br />
exportações <strong>para</strong> o Sudeste da Ásia (+25,1%), principalmente <strong>para</strong> China (+34,0%),<br />
apesar do nível das vendas ser bem menos expressivo em com<strong>para</strong>ção às demais<br />
regiões. A China adquiriu apenas US$ 130,9 milhões em produtos no ano de 2008 e<br />
US$ 97,7 milhões em 2007. As compras dos demais países do Sudeste asiático<br />
alcançaram US$ 243,5 milhões em 2007 e US$ 296,1 milhões em 2008.<br />
Embora impliquem em volumes superiores a US$ 1,0 bilhão, as exportações<br />
<strong>para</strong> o mercado americano continuaram recuando no período. Entre 2007 e 2008, a<br />
retração das vendas foi de 4,7%, provocando a perda de representatividade dos<br />
EUA, cuja participação nas exportações totais do setor passou de 20% em 2007<br />
<strong>para</strong> 18% em 2008.<br />
Para melhor percepção das exportações por segmento e região, reproduz-se<br />
a Tabela 22 e Gráfico 12 que apresentam as vendas do setor eletroeletrônico e a<br />
posição relativa referentes ao período de janeiro-dezembro de 2008. Dos bens de<br />
automação industrial exportados em 2008 - 18% são destinados aos Estados<br />
Unidos; 43,4 % são destinados à ALADI dos quais 10% à Argentina; União Européia<br />
12,6 % e Sudeste da Ásia 10,7 %.
Tabela 22 <strong>–</strong> Destino das Exportações do Setor Eletroeletrônico por Área <strong>–</strong> 2008.<br />
Exportações do Setor Eletroeletrônico<br />
Janeiro-Dezembro de 2008 <strong>–</strong> (US$ milhões)<br />
Regiões Al COM EI GTD INF MEI TEL UD TOTAL<br />
Estados Unidos 56,4 969,7 259,3 134,5 39,5 31,3 215,2 70,4 1.776,3<br />
Aladi (Total) 136,3 1.232,2 355,8 371,5 245,5 167,4 2.076,2 750,7 5.335,7<br />
- Argentina 31,5 589,5 124,4 88,0 153,7 60,3 908,0 337,7 2.293,2<br />
- Outros Aladi 104,8 624,7 231,4 283,5 91,8 107,1 1.168,2 412,9 3.042,5<br />
União Européia 39,6 554,6 255,7 74,1 11,7 66,0 54,4 90,0 1.146,2<br />
Sudeste da Ásia<br />
(Total)<br />
33,6 231,3 54,5 57,0 5,8 16,7 18,6 9,7 427,0<br />
- China 4,0 99,0 10,8 3,3 1,3 6,8 4,6 1,1 130,9<br />
- Outros Sudeste<br />
da Ásia<br />
Demais Países do<br />
Mundo<br />
29,5 132,3 43,6 53,7 4,4 9,9 14,0 8,6 296,1<br />
48,2 316,5 215,9 227,8 10,2 44,0 175,2 167,7 1.205,6<br />
Total 314,2 3.304,3 1.141,2 864,9 312,6 325,5 2.539,7 1.088,5 9.890,8<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Regiões<br />
a) Participação no Destino das Exportações do setor por Área <strong>–</strong> 2008.<br />
Al<br />
%<br />
COM<br />
%<br />
EI<br />
%<br />
GTD<br />
%<br />
131<br />
INF<br />
%<br />
MEI<br />
%<br />
TEL<br />
%<br />
UD<br />
%<br />
TOTAL<br />
%<br />
Estados Unidos 18,0 29,3 22,7 15,5 12,6 9,6 8,5 6,5 18,0<br />
Aladi (Total) 43,4 37,3 31,2 43,0 78,5 51,4 81,8 69,0 53,9<br />
- Argentina 10,0 17,8 10,9 10,2 49,2 18,5 35,8 31,0 23,2<br />
- Outros Aladi 33,4 19,4 20,3 32,8 29,4 32,9 46,0 37,9 30,8<br />
União Européia 12,6 16,8 22,4 8,6 3,7 20,3 2,1 8,3 11,6<br />
Sudeste da Ásia (Total) 10,7 7,0 4,8 6,6 1,8 5,1 0,7 0,9 4,3<br />
- China 1,3 3,0 0,9 0,4 0,4 2,1 0,2 0,1 1,3<br />
- Outros Sudeste da<br />
Ásia<br />
Demais Países do<br />
Mundo<br />
9,4 4,0 3,8 6,2 1,4 3,0 0,6 0,8 3,0<br />
15,3 9,6 18,9 26,3 3,3 13,5 6,9 15,4 12,2<br />
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Bens de: AI <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Industrial; COM <strong>–</strong> Componentes Elétricos e Eletrônicos; EI <strong>–</strong> <strong>Eletrônica</strong><br />
Industrial; GTD <strong>–</strong> Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; INF <strong>–</strong> Informática; MEI <strong>–</strong><br />
Material Elétrico de Instalação; TEL <strong>–</strong> Telecomunicações; UD <strong>–</strong> Utilidades Domésticas.
) Participação das exportações do setor elétrico e eletrônico em 2007 e 2008.<br />
Gráfico 12 <strong>–</strong> Comportamento das Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos<br />
Econômicos.<br />
Fonte: ABINEE, 2008.<br />
4.2.1.1.2. Importações de Produtos do Setor Eletroeletrônico<br />
O comportamento das importações da área de <strong>Automação</strong> Industrial, assim<br />
como dos demais segmentos representados pela ABINEE, apresenta trajetória<br />
exponencial, como pode ser verificado na Tabela 23, que mostra valores de<br />
importações de produtos eletroeletrônicos por áreas.<br />
Tabela 23 <strong>–</strong> Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões).<br />
Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
<strong>Automação</strong> Industrial (1) 965,8 776,1 707,8 870,4 828,8 1.325,6 1.757,4 2.275,8<br />
Componentes Elétricos<br />
Eletrônicos (2)<br />
6.228,8 5.213,1 5.734,6 7.825,8 9.617,2 11.909,8 13.647,9 17.824,0<br />
Equipamentos Industriais 1.580,3 1.795,4 1.287,1 894,7 949,9 1.518,5 1.892,1 2.805,8<br />
Geração, Transmissão e<br />
Distribuição de Energia<br />
Elétrica<br />
337,5 279,0 221,1 224,3 223,0 310,2 388,3 498,1<br />
Informática 1.042,7 736,9 656,8 778,1 1.017,5 1.399,7 1.883,3 2.242,3<br />
Material Elétrico de<br />
Instalação<br />
593,4 436,9 449,4 585,6 569,7 651,6 755,6 1.043,9<br />
Telecomunicações 2.340,1 707,1 605,0 923,7 1.093,5 1.234,5 2.020,9 3.202,7<br />
Utilidades Domésticas (3) 400,0 350,0 386,0 564,7 835,5 1.354,9 1.707,5 2.140,1<br />
Total 13.488,7 10.294,4 10.047,9 12.667,3 15.135,0 19.704,9 24.053,0 32.032,9<br />
Fonte: ABINEE, 2009<br />
(1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos;<br />
(2) Inclui motocompressores <strong>para</strong> refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças;<br />
(3) Inclui auto-rádios.<br />
132
Evidentemente, as importações foram favorecidas pela valorização da moeda<br />
doméstica, no período que antecede a crise mundial, registrando crescimento de<br />
40%, em dólares, ou 16%, em Reais. A expansão econômica, mais acelerada em<br />
2008, foi outro fator que contribui <strong>para</strong> o avanço das importações sobre o mercado<br />
doméstico. Entretanto, os reflexos da crise econômica mundial, evidenciados no<br />
Brasil a partir de setembro de 2008, provocaram a reversão do cenário econômico<br />
vivido. Assim, as importações que haviam crescido 43% nos nove primeiros meses<br />
de 2008, em relação ao mesmo período de 2007, mostraram modesto avanço<br />
interanual de 7% no quarto trimestre de 2008.<br />
A área de componentes eletroeletrônicos registrou, em dis<strong>para</strong>da, o maior<br />
volume de importação em 2008. (US$ 17,8 bilhões), seguida por Telecomunicações<br />
(US$ 3,2 bilhões), Equipamentos Industriais (US$ 2,8 bilhões), <strong>Automação</strong> industrial<br />
(US$ 2,3 bilhões) e Informática (US$ 2,2 bilhões), conforme mostra a Tabela 24.<br />
Tabela 24 <strong>–</strong> Importações do Setor Eletroeletrônico 2007 e 2008.<br />
Importações do Setor Eletroeletrônico <strong>–</strong> 2007 e 2008<br />
Áreas<br />
Janeiro-Dezembro<br />
133<br />
US$ milhões<br />
2007 2008<br />
Var%<br />
<strong>Automação</strong> Industrial 1.757,4 2.275,8 29,5<br />
Componentes 13.647,9 17.824,0 30,6<br />
Equipamentos Industriais 1.892,1 2.805,8 48,3<br />
GTD 388,3 498,1 28,3<br />
Informática 1.883,3 2.242,3 19,1<br />
Material de Instalação 755,6 1.043,9 38,2<br />
Telecomunicações 2.020,9 3.202,7 58,5<br />
Utilidades Domésticas 1.707,5 2.140,1 25,3<br />
Total 24.053,0 32.032,9 33,2<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Adicionalmente, chama a atenção de todos aqueles que se debruçam sobre<br />
os números do setor eletroeletrônico o seu elevado coeficiente de importação. Nota-<br />
se, a partir da Tabela 25, que o ritmo de crescimento total das importações entre<br />
2007 e 2008 atingiu 33,2%. Constata-se também que o incremento das importações<br />
das áreas de Telecomunicações (+58,5%); Equipamentos Industriais (+48,3%);<br />
Material de Instalação (+38,2%) foi superior ao do total.
Mesmo <strong>para</strong> os demais setores, a expansão das importações não foi tão<br />
inferior assim ao aumento do total. A área menos afetada foi a de Informática, cujas<br />
importações se expandiram ao redor de 20% entre 2007 e 2008.<br />
Outro fator de destaque é que do total geral, 56% corresponderam às<br />
importações de Componentes Elétricos e Eletrônicos (US$ 17,8 bilhões), com<br />
destaque <strong>para</strong> os aqueles utilizados na produção de bens eletrônicos como os<br />
componentes <strong>para</strong> informática, semicondutores e componentes <strong>para</strong><br />
telecomunicações, que registraram cerca de US$ 4,0 bilhões cada um deles.<br />
No tocante aos dez produtos mais importados do setor eletroeletrônico, de<br />
acordo com a Tabela 25, mais uma vez, surgem com força aqueles relacionados à<br />
área de Componentes. Embora o ritmo de crescimento das importações de telefones<br />
celulares (+113%), que passaram de US$ 375 milhões, em 2007, <strong>para</strong> US$ 797<br />
milhões, em 2008, e de outros equipamentos industriais (+51%) tenha sido intenso,<br />
o volume das compras externas de componentes superou a casa dos US$ 10,0<br />
bilhões nesses dois anos. No caso dos componentes <strong>para</strong> telecomunicações, o<br />
incremento foi de 50%, ao passo que os de informática atingiu 31% e o de<br />
semicondutores, 18%.<br />
Quanto à origem das importações, destacam-se os países do Sudeste da<br />
Ásia, que somaram US$ 20,0 bilhões, representando 63% do total importado de<br />
produtos do setor. Somente a China foi responsável por quase US$ 10 bilhões (31%<br />
do total) das compras feitas pelo setor no Brasil, ampliando sua participação em 3<br />
pontos percentuais em relação a 2007 (Tabela 26).<br />
134
Tabela 25 <strong>–</strong> Produtos mais Importados 2007 e 2008.<br />
Produtos mais Importados <strong>–</strong> 2007 e 2008<br />
Produtos<br />
Janeiro-Dezembro<br />
135<br />
US$ milhões<br />
2007 2008<br />
Var%<br />
Comp. p/ Informática 3.088 4.053 31<br />
Semicondutores 3.423 4.041 18<br />
Comp. p/ Telecomunicações 2.649 3.979 50<br />
Instrumentos de Medida 975 1.280 31<br />
<strong>Eletrônica</strong> Embarcada 885 1.261 43<br />
Outros Equips. Industriais 773 1.169 51<br />
Outros Equips. Informática 890 981 10<br />
Comp. p/ Equip. Industriais 627 832 33<br />
Telefones Celulares 375 797 113<br />
Outros Mat. Elet. Instalação 496 671 35<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Tabela 26 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.<br />
Importações do Setor Eletroeletrônico - 2008<br />
Regiões<br />
Janeiro-Dezembro<br />
US$ milhões<br />
2007 2008<br />
Var%<br />
Estados Unidos 3.388,0 4.055,0 19,7<br />
Aladi (Total) 756,5 1.137,7 50,4<br />
- Argentina 270,0 318,5 18,0<br />
- Outros Aladi 486,6 819,1 68,4<br />
União Européia 4.407,6 5.726,6 29,9<br />
Sudeste da Ásia (Total) 14.718,1 20.029,5 36,1<br />
- China 6.710,3 9.808,3 46,2<br />
- Outros Sudeste da Ásia 8.007,9 10.221,1 27,6<br />
Demais Países do Mundo 782,7 1.084,1 38,5<br />
Total 24.053,0 32.032,9 33,2<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Apesar de registrar montante menos expressivo, os países que compõem a<br />
Aladi também aumentaram sua participação no total importado do setor. Com<br />
exceção da Argentina, as compras externas de produtos eletroeletrônicos dos<br />
demais países pertencentes a este bloco cresceram 68,4% no período citado.
Por conta da substituição de mercados, com o aumento da participação<br />
relativa dos países do Sudeste asiático, os Estados Unidos, mesmo com avanço de<br />
19,7% nas nossas aquisições, continuaram perdendo representatividade, passando<br />
de 14%, em 2007, <strong>para</strong> 13%, em 2008.<br />
As Tabelas 27 e 28 apresentam as importações do setor eletroeletrônico, por<br />
área e por região de origem, referentes ao período de janeiro-dezembro de 2008,<br />
bem como a participação relativa das importações de cada segmento do setor<br />
eletroeletrônico nas regiões mencionadas e o Gráfico 13 apresenta a participação<br />
nas importações deste setor.<br />
Tabela 27 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.<br />
Importações do Setor Eletroeletrônico<br />
Janeiro-Dezembro de 2008 <strong>–</strong> (US$ milhões)<br />
Regiões Al COM EI GTD INF MEI TEL UD TOTAL<br />
Estados<br />
Unidos<br />
798,3 1.273,8 568,1 55,3 359,7 164,1 545,8 289,9 4.055,0<br />
Aladi (Total) 30,0 523,5 47,5 28,9 72,8 45,3 254,3 135,4 1.137,7<br />
- Argentina 12,1 159,0 26,2 18,6 0,9 31,1 14,3 56,3 318,5<br />
- Outros Aladi 17,9 364,5 21,3 10,3 71,8 14,1 240,0 79,1 819,1<br />
União<br />
Européia<br />
Sudeste da<br />
Ásia (Total)<br />
843,1 2.531,4 696,6 200,7 211,3 385,2 464,8 393,5 5.726,6<br />
446,1 13.014,9 1.384,1 165,6 1.555,1 409,2 1.787,8 1.266,6 20.029,5<br />
- China 137,7 5.553,9 757,9 84,9 877,0 267,1 1.179,3 950,5 9.808,3<br />
- Outros<br />
Sudeste da<br />
Ásia<br />
Demais<br />
Países do<br />
Mundo<br />
308,4 7.461,0 626,2 80,7 678,1 142,1 608,4 316,1 10.221,1<br />
158,3 480,4 109,5 47,7 43,4 40,1 150,1 54,7 1.084,1<br />
Total 2.275,8 17.824,0 2.805,8 498,1 2.242,3 1.043,9 3.202,7 2.140,1 32.032,9<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
136
Tabela 28 <strong>–</strong> Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.<br />
Regiões<br />
Participação das Importações do Setor Eletroeletrônico<br />
Al<br />
%<br />
COM<br />
%<br />
Janeiro-Dezembro de 2008<br />
EI<br />
%<br />
137<br />
GTD<br />
%<br />
INF<br />
%<br />
MEI<br />
%<br />
TEL<br />
%<br />
UD<br />
%<br />
TOTAL<br />
%<br />
Estados Unidos 35,1 7,1 20,2 11,1 16,0 15,7 17,0 13,5 12,7<br />
Aladi (Total) 1,3 2,9 1,7 5,8 3,2 4,3 7,9 6,3 3,6<br />
- Argentina 0,5 0,9 0,9 3,7 0,0 3,0 0,4 2,6 1,0<br />
- Outros Aladi 0,8 2,0 0,8 2,1 3,2 1,4 7,5 3,7 2,6<br />
União Européia 37,0 14,2 24,8 40,3 9,4 36,9 14,5 18,4 17,9<br />
Sudeste da Ásia<br />
(Total)<br />
19,6 73,0 49,3 33,2 69,4 39,2 55,8 59,2 62,5<br />
- China 6,1 31,2 27,0 17,0 39,1 25,6 36,8 44,4 30,6<br />
- Outros Sudeste da<br />
Ásia<br />
Demais Países do<br />
Mundo<br />
13,6 41,9 22,3 16,2 30,2 13,6 19,0 14,8 31,9<br />
7,0 2,7 3,9 9,6 1,9 3,8 4,7 2,6 3,4<br />
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Bens de: AI <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Industrial; COM <strong>–</strong> Componentes Elétricos e Eletrônicos; EI <strong>–</strong> <strong>Eletrônica</strong><br />
Industrial; GTD <strong>–</strong> Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; INF <strong>–</strong> Informática; MEI <strong>–</strong><br />
Material Elétrico de Instalação; TEL <strong>–</strong> Telecomunicações; UD <strong>–</strong> Utilidades Domésticas.<br />
Dos bens de <strong>Automação</strong> Industrial importados em 2008 <strong>–</strong> 35,1% são<br />
provenientes dos Estados Unidos; 1,3% são provenientes da ALADI dos quais 0,8%<br />
da Argentina; 37,0% da União Européia e 19,6% do Sudeste da Ásia.<br />
Gráfico 13 <strong>–</strong> Comportamento das Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos<br />
Econômicos.<br />
Fonte: ABINEE, 2008.
4.2.1.1.3. Saldo do Setor Eletroeletrônico<br />
A balança comercial do setor eletroeletrônico, por blocos econômicos, mostra<br />
que no acumulado de 2008, o déficit comercial de produtos eletroeletrônicos foi de<br />
US$ 22,1 bilhões, 50% superior ao ocorrido no ano anterior (US$ 14,75 bilhões).<br />
Entende-se que o resultado apresentado em 2008 não foi pior por que a crise<br />
mundial limitou o ritmo de crescimento das importações, arrefecendo a crescente<br />
diferença entre as compras e as vendas ao exterior. A ABINEE estima que, se não<br />
fosse pela crise, o déficit comercial poderia atingir cifra superior a US$ 25 bilhões. O<br />
Gráfico 14 exibe as informações mencionadas acima <strong>para</strong> os anos de 2007 e 2008.<br />
Gráfico 14 <strong>–</strong> Balança Comercial de Produtos Eletroeletrônicos (US$ bilhões).<br />
Fonte: ABINEE, 2008.<br />
Destaca-se também que este saldo negativo foi recorde histórico, uma vez<br />
que o déficit do setor nunca havia ultrapassada a marca de US$ 15 bilhões<br />
O setor elétrico e eletrônico, ao lado do setor químico e farmacêutico,<br />
apresenta déficit estrutural crônico, que tende a se agravar se nada for feito. <strong>Estudo</strong><br />
promovido pela ABINEE (Agenda 2020) aponta algumas medidas que podem<br />
arrefecer essa explosiva situação<br />
4.2.1.2. Faturamento do Setor de Eletroeletrônicos<br />
O faturamento do setor eletroeletrônico cresceu significativamente nos últimos<br />
cinco anos, como mostra a Tabela 29. De um total de US$ 24,7 bilhões em 2001, a<br />
receita bruta do setor alcançou quase US$ 70 bilhões em 2008, impulsionada pelo<br />
excepcional desempenho do comércio mundial e crescimento do mercado interno.<br />
138
Tabela 29 <strong>–</strong> Faturamento da Indústria Eletroeletrônica por Área (US$ milhões) de 2001 a 2008.<br />
Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
<strong>Automação</strong> Industrial (1) 511 503 560 715 957 1.244 1.589 1.876<br />
Componentes Elétricos<br />
Eletrônicos (2)<br />
2.237 2.022 2.239 2.973 3.555 4.322 5.209 5.170<br />
Equipamentos Industriais 2.781 2.422 2.743 3.527 4.853 6.119 7.977 9.997<br />
Geração, Transmissão e<br />
Distribuição de Energia<br />
Elétrica<br />
1.934 1.748 1.449 1.907 2.694 4.212 5.440 6.487<br />
Informática 6.263 4.576 5.438 7.049 10.039 13.512 16.138 19.199<br />
Material Elétrico de<br />
Instalação<br />
1.952 1.589 1.495 2.033 2.626 3.103 3.924 4.529<br />
Telecomunicações 4.860 2.539 2.852 4.445 6.759 7.690 8.964 11.726<br />
Utilidades Domésticas (3) 4.198 3.859 4.044 5.242 6.647 7.607 8.096 8.005<br />
Total 24.736 19.257 20.820 27.891 38.131 47.808 57.338 66.989<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
(1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos;<br />
(2) Inclui motocompressores <strong>para</strong> refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças;<br />
(3) Inclui auto-rádios.<br />
4.2.1.3. Principais Produtos Exportados / Importados do Setor Eletroeletrônico<br />
A Tabela 30 apresenta os principais produtos exportados de 2003 a 2008,<br />
onde se destaca que os produtos mais exportados foram os telefones celulares. A<br />
Tabela 31 apresenta os principais produtos mais importados de 2003 a 2008, onde<br />
em 2008 os componentes <strong>para</strong> informática foram os mais importados. Na Tabela 32,<br />
está indicado o Fluxo de Comércio de Produtos Eletroeletrônicos por Área de 2001 a<br />
2008, onde se constata que o maior fluxo é na área de componentes elétricos e<br />
eletrônicos, principalmente pelo volume de importações.<br />
139
Tabela 30 <strong>–</strong> Principais Produtos Eletroeletrônicos Exportados <strong>–</strong> 2003 a 2008 (US$ milhões).<br />
Produtos 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
Telefones Celulares 1.068,6 736,0 2.408,9 2.664,7 2.085,0 2.207,2<br />
Componentes <strong>para</strong><br />
Equipamentos Industriais<br />
299,9 294,4 426,1 616,4 885,6 1.048,9<br />
<strong>Eletrônica</strong> Embarcada 294,0 405,1 552,6 630,7 716,0 790,0<br />
Motores e Geradores 216,8 280,0 348,6 431,6 567,9 655,2<br />
Motocompressor Hermético 461,7 506,3 549,2 643,0 704,3 644,1<br />
Transformadores 53,0 92,7 133,0 202,1 326,7 443,2<br />
Refrigeradores 163,7 243,7 253,3 278,5 292,2 281,3<br />
Cabos <strong>para</strong> Telecomunicação 55,5 71,4 98,0 129,3 216,4 224,8<br />
Instrumentos de Medida 50,2 79,5 88,5 151,4 177,5 204,1<br />
Componentes <strong>para</strong><br />
Telecomunicações<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
147,6 208,2 207,0 191,2 178,5 154,8<br />
Tabela 31 <strong>–</strong> Principais Produtos Eletroeletrônicos Importados <strong>–</strong> 2003 a 2008 (US$ milhões).<br />
Produtos 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
Componentes <strong>para</strong> Informática 878,7 1.170,1 1.597,8 2.177,5 3.088,5 4.052,6<br />
Semicondutores 1.742,9 2.397,5 2.904,2 3.332,5 3.423,3 4.040,5<br />
Componentes <strong>para</strong><br />
Telecomunicações<br />
812,5 1.285,1 1.744,8 2.420,3 2.649,4 3.978,9<br />
Instrumentos de Medida 510,8 665,4 592,6 796,5 975,3 1.280,1<br />
<strong>Eletrônica</strong> Embarcada 454,3 546,4 648,3 657,1 884,6 1.261,1<br />
Componentes <strong>para</strong><br />
Equipamentos industriais<br />
414,7 497,9 498,4 620,3 627,1 832,2<br />
Telefones Celulares 86,8 166,7 231,3 282,1 374,6 797,0<br />
Aparelhos Eletrodomésticos 73,9 70,0 89,5 377,4 480,5 607,7<br />
Componentes Passivos 257,4 342,8 372,1 488,5 494,1 599,0<br />
Máquinas <strong>para</strong> Processamento<br />
de Dados<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
221,7 304,6 358,6 409,5 431,6 598,3<br />
140
Tabela 32 <strong>–</strong> Fluxo de Comércio de Produtos Eletroeletrônicos por Área <strong>–</strong> 2001 a 2008 (US$<br />
milhões).<br />
Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />
<strong>Automação</strong> Industrial (1) 1.040,0 842,8 784,3 984,7 972,5 1.564,4 2.037,7 2.590,0<br />
Componentes Elétricos<br />
Eletrônicos (2)<br />
Equipamentos<br />
Industriais<br />
Geração, Transmissão<br />
e Distribuição de<br />
Energia Elétrica<br />
7.865,6 6.929,3 7.494,6 9.818,6 11.903,2 14.618,1 16.799,0 21.128,3<br />
1.932,0 2.093,0 1.649,9 1.370,6 1.590,2 2.436,3 2.904,9 3.947,0<br />
542,4 449,4 386,1 498,9 557,6 826,0 1.045,4 1.363,0<br />
Informática 1.297,6 858,1 850,3 1.041,4 1.404,5 1.810,7 2.221,1 2.554,9<br />
Material Elétrico de<br />
Instalação<br />
748,1 579,3 600,1 788,4 798,3 959,8 1.044,1 1.369,4<br />
Telecomunicações 3.677,9 2.050,1 1.938,8 2.065,8 3.925,8 4.349,1 4.512,4 5.742,4<br />
Utilidades Domésticas<br />
(3)<br />
1.116,7 907,7 1.114,7 1.443,1 1.749,8 2.389,1 2.788,2 3.228,6<br />
Total 18.220,4 14.709,6 14.818,9 18.011,4 22.902,0 28.954,0 33.352,9 41.923,7<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
(1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos;<br />
(2) Inclui motocompressores <strong>para</strong> refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças;<br />
(3) Inclui auto-rádios.<br />
4.2.1.4. Panorama Comercial com a China<br />
A China assumiu, nos últimos anos, posição de destaque no comércio<br />
bilateral com o Brasil, sendo em 2008 o 2º principal mercado de origem das<br />
importações e o 3º destino das exportações. O fluxo de comércio<br />
(exportações+importações) entre os dois países aumentou mais de quinze vezes, de<br />
2000 <strong>para</strong> 2008, passando de U$ 2,3 bilhões <strong>para</strong> US$ 36 bilhões.<br />
Relativamente ao setor eletroeletrônico, a China constitui o principal<br />
fornecedor do Brasil, representando mais de 30% do total importado em 2008, a<br />
maior participação relativa em termos de país na pauta brasileira.<br />
4.2.1.4.1. Exportações<br />
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e<br />
Comércio Exterior <strong>–</strong> MDIC, as exportações brasileiras <strong>para</strong> a China passaram de<br />
US$ 1,08 bilhão em 2000, <strong>para</strong> US$ 16,4 bilhões em 2008.<br />
A pauta de exportações do Brasil com a China está concentrada em um<br />
número reduzido de produtos, na maior parte básicos (commodities) e<br />
semimanufaturados. A participação relativa de produtos básicos tem crescido mais<br />
141
apidamente do que as exportações de manufaturas e, em 2008, representou mais<br />
de 70% do total das exportações brasileiras <strong>para</strong> a China. A participação dos<br />
produtos básicos na pauta de exportações brasileira foi de 37%, em 2008.<br />
Os cinco principais produtos brasileiros vendidos <strong>para</strong> a China foram<br />
responsáveis por mais de 80% de nossa receita de exportação em 2008 com aquele<br />
país, a saber: soja em grãos (32,3% do total exportado); minérios de ferro (30,0%);<br />
óleos brutos de petróleo (10,4%); óleo de soja em bruto (5,0%) e pasta química de<br />
madeira <strong>–</strong> celulose (4,2%).<br />
O complexo de soja e os minérios têm mantido uma participação na pauta de<br />
exportações acima de 50%, desde 2001. No que concerne às exportações<br />
brasileiras de soja, a China ultrapassou o Japão, em 2003, e tornou-se o maior<br />
importador de soja brasileira. Em 2008, a China importou US$ 5,3 bilhões do<br />
produto, apresentando crescimento de 88,0% em relação a 2007.<br />
O crescimento do setor siderúrgico na China estimula as importações de<br />
minério de ferro. A China é o principal comprador de minério de ferro produzido no<br />
Brasil, com importações de US$ 3,7 bilhões em 2007, continuando a expandir suas<br />
importações em 2008 (US$ 4,9 bilhões, com crescimento de 31,7% sobre 2007).<br />
4.2.1.4.2. Importações<br />
As importações brasileiras provenientes da China passaram de US$ 1,2<br />
bilhão em 2000 <strong>para</strong> US$ 20,0 bilhões, em 2008. A participação da China na pauta<br />
de importações brasileira passou de 2,2% em 2000 <strong>para</strong> 11,6% em 2008.<br />
A pauta de importações apresenta uma elevada presença de máquinas,<br />
aparelhos e materiais elétricos e eletrônicos. Parte significativa dos produtos<br />
eletroeletrônicos importados da China é de componentes usados na indústria da<br />
informática, telefonia e outros aparelhos elétricos, que entram na cadeia produtiva<br />
das indústrias instaladas no Brasil, notadamente nos estados do Amazonas, São<br />
Paulo e Bahia.<br />
Os dez principais produtos importados da China em 2008 foram: circuitos<br />
impressos e outras partes, <strong>para</strong> aparelhos de telefonia (5,3% do total da pauta de<br />
importações); partes e acessórios de máquinas automáticas <strong>para</strong> processamento de<br />
dados (4,8%); dispositivos de cristais líquidos LCD (4,0%); máquinas automáticas<br />
142
<strong>para</strong> processamento de dados e suas unidades (3,6%); partes de aparelhos<br />
transmissores ou receptores (3,5%); coques e semicoques de hulha (3,0%); circuitos<br />
integrados e microconjuntos eletrônicos (2,6%); motores, geradores e<br />
transformadores elétricos e suas partes (2,5%); laminados planos de ferro ou aços<br />
(2,3%); e aparelhos transmissores/receptores de telefonia celular (2,2%).<br />
No que diz respeito ao crescimento das importações de produtos do setor<br />
eletroeletrônico, na com<strong>para</strong>ção 2007/2008, destacam-se aparelhos<br />
transmissores/receptores de telefonia celular (157,3%); e partes de aparelhos<br />
transmissores/receptores (105,2%).<br />
4.2.1.5. Considerações sobre o desempenho de 2008<br />
O déficit da balança comercial do setor atingiu o montante de US$ 10,3<br />
bilhões no primeiro trimestre, 61% acima do verificado no mesmo período de 2007<br />
(US$ 6,4 bilhões). O faturamento da área de GTD <strong>–</strong> Geração, Transmissão e<br />
Distribuição de Energia Elétrica <strong>–</strong> cresceu 12% nesse período, sendo o destaque<br />
inicial.<br />
Os negócios continuaram sustentados, principalmente, pelas encomendas de<br />
equipamentos <strong>para</strong> transmissão de energia, em função dos leilões ocorridos nos<br />
últimos anos. Em 2008, ocorreu um novo leilão, no dia 27 de junho, com cerca de 3<br />
mil quilômetros de linhas, que deverá gerar investimentos da ordem de R$ 2,86<br />
bilhões nos próximos anos. Neste leilão, entre outras, está prevista a interligação na<br />
Região Norte entre o estado do Pará e Manaus/AM, integrando boa parte do sistema<br />
isolado ao restante do país (SIN <strong>–</strong> Sistema Interligado Nacional). Além disso, os<br />
investimentos abrangem, também, reforço das linhas existentes e implantação de<br />
novas linhas.<br />
Quanto à distribuição, as encomendas, no início de 2008 foram menores do<br />
que no início de 2007, em decorrência, entre outros fatores, da redução das<br />
encomendas do Programa Luz <strong>para</strong> Todos, que se encontra em fase final. Apesar<br />
disso, espera-se a retomada de alguns negócios, uma vez que ainda existem cerca<br />
de 500 mil ligações <strong>para</strong> serem realizadas neste ano de 2008. Notou-se, também,<br />
neste primeiro semestre, queda no ritmo de investimentos em infraestrutura deste<br />
segmento.<br />
143
Em geração, as encomendas começam a aparecer devido aos leilões<br />
ocorridos em 2007, e aos que estão em curso. Como o segmento é de longa<br />
maturação, o faturamento decorrente não deve ser expressivo em 2008, ou seja, o<br />
reflexo positivo só ocorrerá a partir de 2009. Nas áreas de <strong>Automação</strong> Industrial e<br />
equipamentos industriais, que cresceram 17% e 12%, respectivamente, os negócios<br />
permaneceram aquecidos no primeiro semestre em virtude dos investimentos<br />
produtivos em diversos setores, especialmente açúcar e álcool, petróleo e gás,<br />
siderurgia e mineração.<br />
Quanto à área de informática, cujo crescimento atingiu 8% neste início de<br />
ano, a continuidade dos programas do Governo <strong>para</strong> a inclusão digital, que deram<br />
condições especiais de financiamento <strong>para</strong> microcomputadores pessoais e<br />
determinaram ações de combate ao mercado ilegal, contribuíram <strong>para</strong> o bom<br />
desempenho desse segmento industrial. Neste primeiro semestre, o mercado<br />
brasileiro de microcomputadores pessoais movimentou 5,7 milhões de unidades,<br />
registrando crescimento de 31% em com<strong>para</strong>ção ao mesmo período de ano passado<br />
(4,3 milhões). Deste total, 3,9 milhões são desktops e 1,8 milhões são notebooks,<br />
sendo que este último teve crescimento de 186%, enquanto as vendas de desktops<br />
cresceram 5%.<br />
O crescimento do faturamento da área de telecomunicações, de 33% nos seis<br />
primeiros meses deste ano, ocorreu em função da implantação da infraestrutura da<br />
tecnologia 3G e da banda larga <strong>para</strong> Internet. Também contribuiu <strong>para</strong> este<br />
crescimento a venda de telefones celulares. Neste caso, segundo dados da<br />
ANATEL, a implantação de novas linhas neste primeiro semestre chegou a 12,2<br />
milhões de terminais, 81% acima das ocorridas no mesmo período de 2007 (6,7<br />
milhões).<br />
Também foi importante o crescimento de 7% das exportações destes<br />
aparelhos, que passaram de 11,4 milhões de unidades, no primeiro semestre de<br />
2007, <strong>para</strong> 12,2 milhões de unidades, no primeiro semestre de 2008. O faturamento<br />
da área de material elétrico de instalação cresceu 7%, com os negócios estimulados<br />
pelo crescimento da indústria da construção civil. Como já citado, as áreas que<br />
apontaram resultados negativos foram as de componentes eletroeletrônicos (-5%) e<br />
utilidades domésticas (-8%). No primeiro caso, continuaram as dificuldades, devido à<br />
144
forte concorrência com produtos importados e pelas suas condições desfavoráveis<br />
de acesso ao mercado. No caso de utilidades domésticas, por conta do fraco<br />
desempenho dos bens da linha marrom e dos eletrodomésticos portáteis.<br />
Em relação ao 1º trimestre de 2009, até o quarto trimestre de 2008, as<br />
empresas do setor manifestavam otimismo por causa do ritmo de crescimento dos<br />
negócios, com 90% delas mostrando expectativa de estabilidade e crescimento em<br />
relação ao trimestre anterior. Destaca-se que 100% das empresas fabricantes de<br />
equipamentos industriais, por exemplo, demonstravam expectativas favoráveis <strong>para</strong><br />
o ano de 2009. Com o início da crise, tais expectativas foram revertidas<br />
abruptamente, passando de otimistas <strong>para</strong> pessimistas em relação ao 1º trimestre<br />
de 2009. Nesse caso, apenas 26% das empresas continuaram apostando em<br />
crescimento no 1º trimestre de 2009 em relação ao ano anterior. (Gráfico 14 do<br />
subitem 4.2.1.1.3). Pode-se constatar que esta taxa foi a mais baixa dos últimos<br />
anos. É importante destacar também que as diversas áreas da indústria<br />
eletroeletrônica têm comportamentos muito distintos, e que os efeitos da crise as<br />
atingem de maneira e intensidade diferentes.<br />
Sondagens feitas pela ABINEE revelaram que o faturamento do setor<br />
eletroeletrônico deverá recuar 2,0% em 2009. Em especial, destaca-se o fato de<br />
que a área de Telecomunicações deverá registrar retração por causa,<br />
principalmente, da queda de vendas de telefones celulares, visto que as empresas<br />
desta área acreditam que os investimentos em infraestrutura deverão manter-se<br />
firmes no decorrer de 2009 (Tabela 33).<br />
145
Tabela 33 <strong>–</strong> Projeções de Faturamento por Área (em R$ milhões a preços correntes).<br />
Projeção <strong>para</strong> o Faturamento Total por Área<br />
(R$ milhões a preços correntes)<br />
Áreas 2008 2009 Var %<br />
<strong>Automação</strong> Industrial 3.446 3.481 1%<br />
Componentes 9.500 8.930 -6%<br />
Equipamentos<br />
Industriais<br />
146<br />
18.369 18.737 2%<br />
GTD 11.919 11.919 0%<br />
Informática 35.278 35.278 0%<br />
Material de Instalação 8.323 7.906 -5%<br />
Telecomunicações 21.546 20.039 -7%<br />
Utilidades Domésticas 14.710 14.710 0%<br />
Total 123.092 121.000 -2%<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Pelas projeções realizadas acima indicadas a área de <strong>Automação</strong> Industrial<br />
deverá crescer 1 % em 2009 com<strong>para</strong>do com 2008. Haverá um crescimento de 2 %<br />
em equipamentos industriais e o setor elétrico e eletrônico em 2009 com<strong>para</strong>do com<br />
2008 terá redução do faturamento de 2 % (Tabela 34).<br />
Tabela 34 <strong>–</strong> Projeções dos Principais indicadores do setor.<br />
Projeções dos Principais Indicadores do Setor<br />
Indicador 2008 2009<br />
2009 X<br />
2008<br />
Faturamento (R$ milhões) 123.092 121.000 -2%<br />
Faturamento (US$ milhões) 66.989 55.244 -18%<br />
Exportações (US$ milhões) 9.891 7.500 -24%<br />
Importações (US$ milhões) 32.033 23.000 -28%<br />
Saldo (US$ milhões) -22.142 -15.500 -30%<br />
Nº de Empregados (mil) 162 152 -6%<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Pela crise e a revisão das estimativas <strong>para</strong> 2009, no setor elétrico e eletrônico<br />
haverá uma queda do faturamento de 18 %. As exportações terão uma queda de 24<br />
% com<strong>para</strong>ndo a estimativa de 2009 com 2008 e uma maior queda nas importações<br />
com<strong>para</strong>ndo a estimativa de 2009 com 2008 <strong>–</strong> queda de 28 %, o que resulta numa
queda na balança do saldo comercial com<strong>para</strong>ndo 2009 com 2008 de 30 % (Tabela<br />
35).<br />
Tabela 35 <strong>–</strong> Saldos Negativos da Balança Comercial do Setor Eletroeletrônico.<br />
Ano US$ bilhões Com<strong>para</strong>ndo Incremento em %<br />
2003 5,3 -- --<br />
2004 7,3 2004 sobre 2003 38,8<br />
2005 7,4 2005 sobre 2004 0,6<br />
2006 10,5 2006 sobre 2005 41,9<br />
2007 14,8 2007 sobre 2006 41,1<br />
2008 22,1 2008 sobre 2007 50,1<br />
2009 previsão 15,5 --<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Pela crise mundial, no setor elétrico e eletrônico em 2009, estima-se queda<br />
nas exportações e uma maior queda nas importações o que resultaria (com<strong>para</strong>ndo<br />
a estimativa de 2009 com 2008 haveria uma ―queda‖ na balança comercial) em<br />
2009, um saldo negativo na balança comercial de aproximadamente 15,5 bilhões ao<br />
invés de aproximadamente 30 bilhões de dólares previstos inicialmente. Sem a crise,<br />
o saldo comercial estaria crescendo quase geometricamente e com esse ritmo, se<br />
nada for feito, governo e iniciativa privada, o país terá muitas dificuldades de<br />
suportar este déficit, principalmente pela importação crescente de componentes<br />
eletrônicos e em particular pela importação de semicondutores.<br />
4.2.2. Análise Econômica do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> 3<br />
4.2.2.1. Apresentação<br />
Em um mundo globalizado, a busca pela automação em diversos setores da<br />
atividade econômica responde a três exigências primordiais: aprimoramento da<br />
qualidade de produtos e processos, obtenção de ganhos de produtividade e,<br />
consequentemente, elevação da competitividade das empresas. Além disso, outra<br />
justificativa <strong>para</strong> investimentos em automação relaciona-se à segurança dos<br />
3<br />
Nota Técnica produzida pelo Departamento de Economia da ABINEE (DECON), por solicitação do<br />
Centro de Gestão e <strong>Estudo</strong>s Estratégicos (CGEE), no âmbito do <strong>Estudo</strong> <strong>Prospectivo</strong> <strong>Setorial</strong> de<br />
<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> (Cavalcanti, 2009).<br />
147
processos industriais e de infraestrutura críticos, uma vez que a automação permite<br />
minimizar o erro humano.<br />
Cada um desses objetivos incorpora elementos de diferenciação <strong>para</strong> o<br />
desempenho de uma empresa ou de um setor econômico. A acirrada concorrência<br />
capitalista se volta à busca incessante por resultados melhores e sustentáveis ao<br />
longo do tempo. Nesse sentido, a automação é um fato presente nas estratégias<br />
empresariais, gozando de participação crescente em seus orçamentos.<br />
Por outro lado, a automação traz subjacente dois aspectos de natureza<br />
fundamental <strong>para</strong> a viabilidade dos negócios e <strong>para</strong> a ampliação da participação no<br />
mercado (market share). O primeiro diz respeito ao seu caráter integrador. A cada<br />
dia, é crescente o número de empresas que passam a utilizar equipamentos e<br />
softwares de gestão que permitem, seja do ponto de vista do processo produtivo,<br />
seja do ponto de vista da administração interna, a integração de diversas funções,<br />
aumentando assim as economias de escala e de escopo.<br />
O segundo aspecto relaciona-se ao progresso tecnológico. É inegável que a<br />
automação, ao expandir as fronteiras dos controles mecânicos e garantir melhor<br />
gestão e organização dos processos internos, passou a representar um importante<br />
foco de inovação. A bem da verdade, automação depende muito da inovação, o que<br />
eleva a sua importância e presença nas decisões de investimento das empresas.<br />
Sem adentrar no mérito do conceito de automação, é conveniente<br />
destacarmos o fato de que esta apresenta natureza multidisciplinar, exigindo a<br />
participação de uma ampla gama de setores do conhecimento humano, como<br />
mecânica, eletrônica, elétrica, física, química e informática. Cabe ressaltar, também,<br />
que os avanços produzidos pela automação exercem forte efeito multiplicador sobre<br />
a geração de emprego e renda e contribuem <strong>para</strong> canalizar as atividades científicas<br />
do país na criação de produtos com elevado conteúdo tecnológico e alto valor<br />
agregado.<br />
É o caso, por exemplo, dos avanços produzidos no setor industrial, em<br />
particular, nos ramos automotivo, siderúrgico, aeronáutico, de papel e celulose e de<br />
plásticos, apenas <strong>para</strong> citar alguns. Com a abertura da economia no início dos anos<br />
90 e o aumento da concorrência estrangeira, a indústria de transformação brasileira<br />
148
passou por radical transformação ao buscar se adaptar aos novos tempos. Em todo<br />
o percurso, é impossível dissociar as mudanças dos processos de automação.<br />
No setor bancário, a situação é mais antiga e profunda. Desde o final dos<br />
anos 60, a automação bancária passou por quatro etapas distintas, com a<br />
implantação de:<br />
1º) Sistemas automatizados <strong>para</strong> controle administrativo;<br />
2º) Sistemas automatizados <strong>para</strong> apoio gerencial;<br />
3º) Sistemas automatizados <strong>para</strong> atendimento ao público e;<br />
4º) Sistemas automatizados por meio remoto e uso da Internet.<br />
Ao final dos anos 60, foram colocadas em prática as primeiras experiências<br />
de automação <strong>para</strong> controle administrativo. O aparecimento dos centros de<br />
processamento de dados (CPDs), localizados nas proximidades dos centros<br />
urbanos, simboliza esse momento. Os CPDs alteraram completamente a rotina do<br />
serviço de retaguarda das agências bancárias e passaram a controlar e centralizar<br />
as informações de um número crescente de agências dispersas pelas cidades e<br />
regiões do país.<br />
No início dos anos 80, aparecem os primeiros bancos eletrônicos e suas<br />
agências on-line que empregam sistemas automatizados <strong>para</strong> atendimento público.<br />
Nesse processo, as contas são atualizadas instantaneamente e as informações são<br />
transmitidas eletronicamente. Nesse mesmo período começam a operar também os<br />
terminais de transferência de fundos com o uso de cartões magnéticos.<br />
Por fim, os bancos adentraram ao mundo da Internet e passaram a deslocar<br />
<strong>para</strong> a rede mundial os serviços, que ainda podem ser realizados nas agências, mas<br />
que se tornaram muito mais ágeis e simples por intermédio de um desktop ou de um<br />
notebook.<br />
No âmbito do comércio, a crescente concorrência entre lojas do mesmo<br />
formato e entre diferentes tipos de lojas, leva as empresas do setor a implantarem<br />
programas de redução de custos, de racionalização das operações e de<br />
diferenciação de serviços <strong>para</strong> atrair maior número de consumidores. As<br />
modificações visam maior eficiência operacional e melhorias na gestão das<br />
empresas, de forma a capacitá-las a obter vantagens com<strong>para</strong>tivas firmes, cada vez<br />
149
mais centradas na estrutura de custos, qualidade, atendimento e serviços<br />
oferecidos.<br />
Entre outras coisas, as vantagens estão baseadas na automatização como<br />
elemento cada vez mais importante na cadeia de varejo e no suporte à atividade de<br />
distribuição e no emprego de novos sistemas, ferramentas e técnicas, como gestão<br />
de estoques, gerência por categoria, Electronic Data Interchange (EDI) e<br />
benchmarking.<br />
A automatização do setor tem permitido um conhecimento maior sobre a<br />
circulação de produtos e ganhos de eficiência na cadeia ―varejo-fabricantes‖. O EDI<br />
é, por exemplo, uma das formas de integração entre empresas, substituindo<br />
documentos comerciais entre fornecedores e varejo, como pedidos de compra,<br />
faturas, conhecimento de embarque, avisos de recebimento, etc. Outro instrumento<br />
é o Efficient Consume Response (ECR) onde através do qual, fornecedores e<br />
distribuidores compartilham informações e trabalham em conjunto, trazendo maior<br />
eficiência à cadeia como um todo, obtendo redução de custos e de estoques totais e<br />
melhor atendimento ao consumidor através, por exemplo, de um sortimento correto<br />
das lojas.<br />
É perceptível que a automação avança em várias frentes e representa<br />
caminho irreversível em direção ao futuro. A realidade econômico-financeira deste<br />
segmento está retratada na próxima seção. Números sobre faturamento,<br />
exportações e importações são apresentados. Em sequência, se estabelece um<br />
<strong>para</strong>lelo crítico com a crise financeira mundial, que despontou em 2007, mas atingiu<br />
a maioria das nações a partir do segundo semestre de 2008. Os reflexos da crise<br />
<strong>para</strong> a continuidade do ciclo de investimentos no Brasil são discutidos na terceira<br />
seção, com ênfase <strong>para</strong> os possíveis efeitos no segmento de automação do país.<br />
Por fim, apresenta-se uma breve conclusão.<br />
<strong>Automação</strong>.<br />
O Anexo II apresenta dados econômicos do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
150
4.2.2.2. Os Números do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> 4<br />
A produção de equipamentos, máquinas, softwares e serviços utilizados na<br />
<strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Residencial, Comercial e Bancária cresceu durante o<br />
ciclo de investimentos no período recente no país. Embora seja quase impossível<br />
se<strong>para</strong>r a produção desses equipamentos por área representativa, reconhece-se<br />
que a automação assume importância crescente dentro do setor produtivo nacional.<br />
Como já foi apresentado anteriormente, não há no Brasil instituições que<br />
contabilizem dados do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> conforme segmentado<br />
neste estudo: industrial, predial, comercial e bancária. Cada instituição (ABINEE,<br />
IBGE e FEBRABAN) considera essas empresas como tendo representatividade nas<br />
áreas industrial, elétrica e eletrônica, geração de energia e/ou informática e outras.<br />
Há um maior número de empresas nessa atividade. Dados da PIA Empresa<br />
(Pesquisa Industrial Anual do IBGE) mostram que entre 2005 e 2007 (último ano<br />
disponível), a quantidade de empresas cuja atividade principal restringia-se ao<br />
desenvolvimento de produtos <strong>para</strong> automação industrial saltou de 3.534 <strong>para</strong> 3.835,<br />
o que significou a expansão de 8,5% em apenas três anos. O Quadro 5 traz<br />
esclarecimentos sobre esses números.<br />
É ainda mais importante o fato de que os grupos de atividades ligados à<br />
produção de aparelhos e instrumentos de medida e de equipamentos dedicados à<br />
automação industrial, o que se pode chamar de ―núcleo‖ do complexo, tiveram<br />
expansão nesse período. No primeiro caso, o número de empresas passou de 226<br />
<strong>para</strong> 320 (41,6%), enquanto no segundo, o avanço foi de 219 <strong>para</strong> 246 (12,3%).<br />
4<br />
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e <strong>Eletrônica</strong> (ABINEE) divulga regularmente<br />
informações sobre faturamento, exportação, importação e número de empregados do setor<br />
eletroeletrônico. Dentre as áreas de sua competência, insere-se o segmento de <strong>Automação</strong> Industrial.<br />
Portanto, os dados disponíveis no Quadro 2 provêm das planilhas oferecidas pelo Departamento de<br />
Economia (DECON) da ABINEE. Dados de empresa e produção física foram extraídos da PIA<br />
Empresa 2006 e da PIA Produto 2006 (IBGE). Para a produção física, projetou-se, a partir da PIA<br />
Produto, os resultados <strong>para</strong> 2007 e 2008.<br />
151
Quadro 5 <strong>–</strong> Número de Empresas ligadas ao Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
(Representação na PIA Empresa).<br />
CNAE* Grupos de Atividades 2005 2006 2007<br />
30.2<br />
31.2<br />
33.2<br />
33.3<br />
33.9<br />
Fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas<br />
eletrônicos <strong>para</strong> processamento de dados<br />
Fabricação de equipamentos <strong>para</strong> distribuição e controle de<br />
energia elétrica<br />
Fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e<br />
controle - exceto equipamentos <strong>para</strong> controle de processos<br />
industriais<br />
Fabricação de máquinas, aparelhos e equipamentos de<br />
sistemas eletrônicos dedicados à automação industrial e<br />
controle do processo produtivo<br />
Manutenção e re<strong>para</strong>ção de equipamentos médicohospitalares,<br />
instrumentos de precisão e ópticos e<br />
equipamentos <strong>para</strong> automação industrial<br />
Fonte: IBGE, 2009.<br />
152<br />
388 451 494<br />
584 532 585<br />
226 234 320<br />
219 254 246<br />
112 129 183<br />
TOTAL 3.534 3.606 3.835<br />
* CNAE 1.0 <strong>–</strong> Classificação Nacional de Atividades Econômicas.<br />
Ademais, não é difícil inferir que o ciclo de investimentos observado entre<br />
2006 e 2008 tenha elevado o número de empresas em várias dessas áreas ligadas<br />
à automação. Por um lado, o crescimento foi impulsionado pelas inversões feitas em<br />
siderurgia, petróleo e gás, papel e celulose, automobilística e aeronáutica <strong>–</strong> ramos<br />
intensivos em capital e, por outro, pelos setores alimentício, têxtil e de calçados que,<br />
embora sejam intensivos em mão-de-obra, viram-se forçados a intensificar a<br />
mecanização/automação <strong>para</strong> enfrentarem a redução de competitividade produzida<br />
pela valorização da moeda nacional.<br />
Outro aspecto importante diz respeito ao número de postos de trabalho<br />
gerados no setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> (Quadro 6). De acordo com a PIA<br />
Empresa, entre 2005 e 2007, o número de empregos nos setores representados<br />
saltou de 87,6 mil <strong>para</strong> 109,8 mil (25,3%). Os destaques ficam <strong>para</strong> os ramos de<br />
máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos <strong>para</strong> processamento de dados<br />
com incremento de 51,9% e o de fabricação de máquinas, aparelhos e<br />
equipamentos de sistemas eletrônicos dedicados à automação industrial e controle
do processo produtivo com 34,1% de aumento no número de empregados. O ramo<br />
que apresentou a menor quantidade de postos gerados foi o de fabricação de<br />
equipamentos <strong>para</strong> distribuição e controle de energia elétrica com 2,8%.<br />
Quadro 6 <strong>–</strong> Número de Empregados ligados ao Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
(Representação na PIA Empresa).<br />
CNAE* Grupos de Atividades 2005 2006 2007<br />
30.2<br />
31.2<br />
33.2<br />
33.3<br />
33.9<br />
Fonte: IBGE, 2009.<br />
Fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas<br />
eletrônicos <strong>para</strong> processamento de dados<br />
Fabricação de equipamentos <strong>para</strong> distribuição e controle de<br />
energia elétrica<br />
Fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e<br />
controle - exceto equipamentos <strong>para</strong> controle de processos<br />
industriais<br />
Fabricação de máquinas, aparelhos e equipamentos de<br />
sistemas eletrônicos dedicados à automação industrial e<br />
controle do processo produtivo<br />
Manutenção e re<strong>para</strong>ção de equipamentos médicohospitalares,<br />
instrumentos de precisão e ópticos e<br />
equipamentos <strong>para</strong> automação industrial<br />
153<br />
28.704 33.956 43.588<br />
31.775 29.550 32.649<br />
15.988 15.596 18.577<br />
6.360 7.744 8.530<br />
2.828 3.776 4.474<br />
TOTAL 87.660 92.628 109.825<br />
* CNAE 1.0 <strong>–</strong> Classificação Nacional de Atividades Econômicas.<br />
A análise das informações estatísticas sobre faturamento, importações e<br />
exportações do segmento de automação no Brasil (Quadros 7 e 8) revela que:<br />
O faturamento das empresas de automação mais do que dobrou no<br />
período compreendido entre 1996 e 2008, retratando claramente a sua<br />
importância <strong>para</strong> outros segmentos industriais, como siderurgia, petróleo e<br />
gás, mineração, açúcar e álcool, automobilística e aeronáutica. No âmago<br />
do ciclo de investimentos recente (2006-2008), a receita líquida subiu<br />
aproximadamente 27%, passando de R$ 2,7 bilhões, em 2006, <strong>para</strong> R$<br />
3,4 bilhões em 2008;<br />
Embora tenha alcançado resultados intrínsecos bastante expressivos, o<br />
faturamento de <strong>Automação</strong> Industrial manteve participação relativamente
aixa quando com<strong>para</strong>do ao total do setor elétrico e eletrônico. Avançou<br />
de 2,5% em 2005 <strong>para</strong> 2,8% em 2007 e 2008. Portanto, somente em 2007<br />
é que o faturamento do segmento consegue superar a participação que<br />
havia alcançado em 2003. Esse resultado conduz à percepção de que<br />
embora as empresas brasileiras nas áreas industrial, comercial e de<br />
serviços se esforcem <strong>para</strong> elevar os níveis de automatização, seguindo à<br />
orientação geral em um contexto econômico globalizado, ainda há lacunas<br />
importantes que ao serem preenchidas permitirão o fortalecimento e<br />
amadurecimento da Indústria de <strong>Automação</strong> no Brasil;<br />
Dado o grau de desenvolvimento tecnológico do país, não é estranho o<br />
fato de o segmento ser cronicamente deficitário. Para todo o período de<br />
análise, observa-se saldo comercial negativo que avança de maneira<br />
expressiva no ciclo de investimentos recente. O déficit comercial subiu de<br />
US$ 1,1 bilhão <strong>para</strong> US$ 2,0 bilhões entre 2006 e 2008 <strong>–</strong> avanço de<br />
81,0%;<br />
154
Anos<br />
Faturamento<br />
(A)<br />
Quadro 7 <strong>–</strong> Aspectos Econômicos dos Setores de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e Eletroeletrônico.<br />
<strong>Automação</strong> Industrial (R$ milhões) Setor Eletroeletrônico (R$ milhões)<br />
Exportações<br />
(B)<br />
Importações<br />
(C)<br />
Saldo<br />
Comercial<br />
Faturamento<br />
(D)<br />
Exportações<br />
(E)<br />
155<br />
Importações<br />
(F)<br />
Saldo<br />
Comercial<br />
Part. (A) / (D) Part. (B) / (E) Part. (C) / (F)<br />
1996 536 54 875 (821) 35.298 2.693 9.927 (7.234) 1,5% 2,0% 8,8%<br />
1997 582 74 971 (897) 38.143 3.136 12.605 (9.469) 1,5% 2,4% 7,7%<br />
1998 614 88 1.101 (1.013) 37.383 3.351 12.594 (9.243) 1,6% 2,6% 8,7%<br />
1999 798 126 1.438 (1.312) 41.581 5.760 17.906 (12.146) 1,9% 2,2% 8,0%<br />
2000 993 114 1.465 (1.351) 50.972 8.093 21.752 (13.659) 1,9% 1,4% 6,7%<br />
2001 1.201 174 2.271 (2.096) 58.155 11.124 31.712 (20.588) 2,1% 1,6% 7,2%<br />
2002 1.473 195 2.272 (2.077) 56.386 12.928 30.142 (17.214) 2,6% 1,5% 7,5%<br />
2003 1.721 235 2.174 (1.939) 63.958 14.657 30.867 (16.211) 2,7% 1,6% 7,0%<br />
2004 2.090 334 2.546 (2.211) 81.582 15.632 37.052 (21.420) 2,6% 2,1% 6,9%<br />
2005 2.330 350 2.017 (1.668) 92.810 18.905 36.839 (17.934) 2,5% 1,9% 5,5%<br />
2006 2.708 520 2.886 (2.366) 104.078 20.135 42.898 (22.762) 2,6% 2,6% 6,7%<br />
2007 3.096 546 3.423 (2.877) 111.694 18.116 46.855 (28.739) 2,8% 3,0% 7,3%<br />
2008 3.445 577 4.181 (3.604) 123.058 18.169 58.844 (40.675) 2,8% 3,2% 7,1%<br />
Fonte: ABINEE, 2009.
O crescimento do déficit comercial do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
esteve associado ao volume de importações que se elevou de US$ 1,3<br />
bilhão, em 2006, <strong>para</strong> US$ 2,3 bilhões em 2008, ou seja, cerca de US$ 1,0<br />
bilhão a mais nesse curto período de dois anos. Vale notar também que as<br />
exportações cresceram no período, ascendendo de US$ 239 milhões <strong>para</strong><br />
US$ 314 milhões. Com isso, as importações do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> elevaram a sua participação no total das compras externas<br />
feitas pelo setor elétrico e eletrônico de 6,7%, em 2006, <strong>para</strong> 7,1% em<br />
2008, ao passo que as exportações passaram de 2,6% <strong>para</strong> 3,2%,<br />
respectivamente;<br />
156
Anos<br />
Faturamento<br />
(A)<br />
Quadro 8 <strong>–</strong> Panorama Econômico dos Setores de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e Eletroeletrônico.<br />
<strong>Automação</strong> Industrial (R$ milhões) Setor Eletroeletrônico (R$ milhões)<br />
Exportações<br />
(B)<br />
Importações<br />
(C)<br />
Saldo<br />
Comercial<br />
Faturamento<br />
(D)<br />
Exportações<br />
(E)<br />
157<br />
Importações<br />
(F)<br />
Saldo<br />
Comercial<br />
Part. (A) / (D) Part. (B) / (E) Part. (C) / (F)<br />
1996 533 53,8 870,9 (817,1) 35.122 2.680,0 9.877,7 (7.197,7) 1,5% 2,0% 8,8%<br />
1997 540 68,9 900,7 (831,8) 35.383 2.909,2 11.693,3 (8.784,1) 1,5% 2,4% 7,7%<br />
1998 529 75,7 948,3 (872,6) 32.199 2.886,2 10.847,6 (7.961,4) 1,6% 2,6% 8,7%<br />
1999 440 69,6 792,4 (722,8) 22.910 3.173,4 9.865,4 (6.692,0) 1,9% 2,2% 8,0%<br />
2000 542 62,3 800,5 (738,2) 27.854 4.422,6 11.886,6 (7.464,0) 1,9% 1,4% 6,7%<br />
2001 511 74,2 965,8 (891,6) 24.736 4.731,7 13.488,7 (8.757,0) 2,1% 1,6% 7,2%<br />
2002 503 66,7 776,1 (709,4) 19.257 4.415,2 10.294,4 (5.879,2) 2,6% 1,5% 7,5%<br />
2003 560 76,5 707,8 (631,3) 20.820 4.771,0 10.047,9 (5.276,9) 2,7% 1,6% 7,0%<br />
2004 715 114,4 870,4 (756,0) 27.891 5.344,2 12.667,3 (7.323,1) 2,6% 2,1% 6,9%<br />
2005 957 143,7 828,8 (685,1) 38.131 7.767,0 15.135,0 (7.368,1) 2,5% 1,9% 5,5%<br />
2006 1.244 238,9 1.325,6 (1.086,7) 47.808 9.249,1 19.704,9 (10.455,8) 2,6% 2,6% 6,7%<br />
2007 1.589 280,3 1.757,4 (1.477,0) 57.338 9.299,8 24.053,0 (14.753,2) 2,8% 3,0% 7,3%<br />
2008 1.876 314,2 2.275,8 (1.961,6) 66.989 9.890,8 32.032,9 (22.142,2) 2,8% 3,2% 7,1%<br />
Fonte: ABINEE, 2009.
A abertura das informações do comércio exterior da área de automação<br />
(metodologia ABINEE) revela que todos os segmentos de produtos<br />
mostram situação deficitária, sendo que, em termos absolutos, aparelhos<br />
eletromédicos e instrumentos de medida têm sido os principais<br />
responsáveis pelo déficit do segmento. O saldo negativo <strong>para</strong> os<br />
aparelhos eletromédicos cresceu de US$ 111,6 milhões <strong>para</strong> US$ 589,9<br />
milhões entre 2006 e 2008. Por sua vez, o déficit das transações externas<br />
com instrumentos de medida passou de US$ 514 milhões <strong>para</strong> US$ 1,1<br />
bilhão no mesmo período. Outro segmento que merece destaque nessa<br />
avaliação é o de outros equipamentos de automação industrial, cujo déficit<br />
subiu de US$ 34,5 bilhões <strong>para</strong> US$ 243,0 bilhões <strong>para</strong> os anos em tela<br />
(Quadros 9 e 10 5 ).<br />
5<br />
Encontra-se no Anexo I a relação completa dos produtos importados e exportados pelo segmento<br />
de automação industrial <strong>para</strong> os anos de 2005 e 2006. Há uma ruptura da série <strong>para</strong> os anos de 2007<br />
e 2008, em virtude de mudanças promovidas na classificação das Nomenclaturas Comuns do<br />
MERCOSUL (NCM). Em consequência, tornou-se extremamente complexo realizar o encadeamento<br />
da série com segurança.<br />
158
PRODUTOS<br />
Quadro 9 <strong>–</strong> Balança Comercial dos Produtos do Setor Eletroeletrônico ligados à <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />
Exportações<br />
(A)<br />
JAN-DEZ/06 (US$ milhões) JAN-DEZ/07 (US$ milhões) JAN-DEZ/08 (US$ milhões)<br />
Importações<br />
(B)<br />
Saldo<br />
Comercial<br />
Exportações<br />
(C)<br />
159<br />
Importações<br />
(D)<br />
Saldo<br />
Comercial<br />
Exportações<br />
(E)<br />
Importações<br />
(F)<br />
Saldo<br />
Comercial<br />
Alarmes 4.710 11.960 (7.250) 4.987 14.411 (9.424) 4.967 16.733 (11.766)<br />
Aparelhos Eletromédicos 7.516 119.111 (111.595) 15.983 480.472 (464.489) 17.740 607.684 (589.944)<br />
Aparelhos <strong>para</strong><br />
Sinalização e Controle<br />
de Tráfego<br />
5.252 8.559 (3.307) 3.576 5.940 (2.364) 813 8.083 (7.270)<br />
Comando Numérico 4.501 27.784 (23.283) 6.202 32.948 (26.746) 13.082 46.775 (33.693)<br />
Instrumentos de medida 138.950 652.957 (514.007) 177.511 975.338 (797.827) 204.070 1.280.101 (1.076.031)<br />
Outros Equipamentos de<br />
<strong>Automação</strong> Industrial<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
56.623 91.103 (34.480) 72.078 248.246 (176.168) 73.498 316.422 (242.924)
O Quadro 10 mostra as variações interanuais <strong>para</strong> exportações e<br />
importações dos segmentos de produtos listados anteriormente. Destaca-<br />
se a elevada variação das importações de aparelhos eletromédicos<br />
(303,4% em 2007 e 26,5% em 2008) e de outros equipamentos de<br />
automação industrial (172,5% em 2007 e de 27,5% em 2008). Surpreende<br />
positivamente o aumento de 110,9% das exportações de produtos de<br />
comando numérico na passagem de 2007 <strong>para</strong> 2008.<br />
Quadro 10 <strong>–</strong> Balança Comercial de Produtos do Setor Eletroeletrônico.<br />
PRODUTOS<br />
160<br />
(Variações anuais <strong>–</strong> em %)<br />
Exportações Importações<br />
Ano 07/<br />
Ano 06<br />
Ano 08/<br />
Ano 07<br />
Ano 07/<br />
Ano 06<br />
Ano 08/<br />
Ano 07<br />
Alarmes 5,9 (0,4) 20,5 16,1<br />
Aparelhos Eletromédicos 112,7 11,0 303,4 26,5<br />
Aparelhos <strong>para</strong> sinalização e controle de tráfego (31,9) (77,3) (30,6) 36,1<br />
Comando numérico 37,8 110,9 18,6 42,0<br />
Instrumentos de medida 27,8 15,0 49,4 31,2<br />
Outros equipamentos de automação industrial 27,3 2,0 172,5 27,5<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
4.2.2.3. Reflexos da Crise Financeira Mundial<br />
Não faz parte do escopo desse trabalho discutir a natureza da crise financeira<br />
mundial. O intuito é apenas retratar os possíveis impactos da turbulência externa<br />
<strong>para</strong> a economia nacional, e, em especial, <strong>para</strong> o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong>.<br />
De todo modo, convém salientar que a crise atual deve sua origem aos<br />
excessos do mercado de hipotecas americano. Como salientam Cintra e Farhi<br />
(2008): ―As instituições que captavam os instrumentos financeiros criados pelos<br />
bancos universais <strong>para</strong> escapar dos limites do Acordo de Basiléia, formaram o<br />
chamado Global Shadow Banking System. Esses agentes captavam recursos no<br />
curto prazo, operando altamente alavancados e investindo em ativos de longo prazo
e ilíquidos. Atuavam como bancos sem sê-lo e foram responsáveis por carregar os<br />
derivativos de crédito lastreados nas hipotecas subprime. No entanto,<br />
diferentemente dos bancos, eram displicentemente reguladas e supervisionadas,<br />
sem reservas de capital, sem acesso aos seguros de depósitos, às operações de<br />
redesconto e às linhas de empréstimos de última instância dos bancos centrais‖.<br />
As informações do Quadro 11 mostram que a participação dos subprime no<br />
total das novas hipotecas no mercado financeiro dos EUA passou de 8,6% em 2001<br />
<strong>para</strong> 20,1% em 2006.<br />
Anos<br />
Quadro 11 <strong>–</strong> Volume Total de Hipotecas Emitidas nos EUA.<br />
Hipotecas<br />
Emitidas<br />
Hipotecas<br />
Subprime<br />
161<br />
(A)/(B)<br />
(%)<br />
Hipotecas<br />
Subprime<br />
Securitizadas<br />
(C )/(B)<br />
2001 2.215 190 8,6 95 50,4<br />
2002 2.885 231 8,0 121 52,7<br />
2003 3.945 335 8,5 202 60,5<br />
2004 2.920 540 18,5 401 74,3<br />
2005 3.120 625 20,0 507 81,2<br />
2006 2.980 600 20,1 483 80,5<br />
Fonte: Ernani Filho (2008).<br />
Afora o necessário debate sobre a arquitetura do sistema financeiro mundial<br />
que não é objeto deste estudo, deve-se ressaltar que foram 4 os canais de<br />
transmissão da crise <strong>para</strong> a economia brasileira:<br />
Efeito expectativas: as alarmantes notícias sobre a fragilidade do sistema<br />
bancário americano, o aumento do desemprego ao redor do mundo e a<br />
gravidade da situação de algumas empresas produtivas, principalmente do<br />
setor automotivo, derrubaram os índices de confiança do consumidor e dos<br />
empresários. No Brasil e no mundo, as sondagens feitas mostram que os<br />
agentes temem o desemprego e por isso estão se tornando mais<br />
cautelosos <strong>para</strong> assumir compromissos de longo prazo. Os Gráficos 15 e<br />
16 a seguir expressam o comportamento dos índices de confiança <strong>para</strong> o<br />
consumido e <strong>para</strong> a indústria no Brasil.
120<br />
115<br />
110<br />
105<br />
100<br />
95<br />
90<br />
130<br />
120<br />
110<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
jan/08<br />
jan/08<br />
fev/08<br />
mar/08<br />
Indice de Confiança do Consumidor<br />
(IBRE/FGV)<br />
abr/08<br />
mai/08<br />
jun/08<br />
jul/08<br />
ago/08<br />
Gráfico 15 <strong>–</strong> Índice de Confiança do Consumidor.<br />
fev/08<br />
Fonte: IBGE, 2009.<br />
Indice de Confiança da Indústria de Transformação<br />
(IBRE/FGV)<br />
mar/08<br />
abr/08<br />
mai/08<br />
jun/08<br />
jul/08<br />
ago/08<br />
Gráfico 16 <strong>–</strong> Índice de Confiança da Indústria de Transformação.<br />
Fonte: IBGE, 2009.<br />
162<br />
set/08<br />
set/08<br />
Efeito crédito: os primeiros (e graves) sintomas da crise foram percebidos<br />
através da restrição ao crédito. Literalmente, o mercado de crédito ―travou‖<br />
nos meses de outubro e novembro do ano passado, apontando discreta<br />
melhora a partir de dezembro por conta das ações tomadas pelo Banco<br />
Central e Ministério da Fazenda. De todo modo, o receio das famílias e das<br />
empresas tem mantido as novas contratações de crédito em patamares<br />
reduzidos. Formou-se uma expectativa positiva no mercado corporativo<br />
out/08<br />
out/08<br />
nov/08<br />
nov/08<br />
dez/08<br />
dez/08<br />
jan/09<br />
jan/09<br />
fev/09<br />
fev/09<br />
mar/09<br />
mar/09<br />
abr/09<br />
abr/09
após a disponibilização de mais R$ 100 bilhões no orçamento do BNDES<br />
<strong>para</strong> 2009 e 2010. Se a situação não piorar, é provável que algumas<br />
empresas retomem os seus programas de investimento <strong>para</strong>lisados após o<br />
início da crise. De todo modo, a retomada não terá a mesma amplitude<br />
anterior e estará restrita a alguns setores e empresas melhor posicionadas<br />
no mercado.<br />
Efeito câmbio: a desvalorização da moeda nacional ganhou proporção que<br />
não se via desde 2002. Entre os meses de setembro de 2008 e fevereiro de<br />
2009, a média mensal da cotação do dólar apresentou valorização de<br />
24,2%. O impacto sobre a inflação era o mais esperado, mas por enquanto<br />
os resultados tem sido modestos. Por sua vez, dada a forte compressão de<br />
margem provocada pela valorização do Real no período que antecedeu a<br />
crise, a mudança no cenário cambial representa boa oportunidade <strong>para</strong> as<br />
empresas brasileiras recuperarem competitividade no mercado externo, a<br />
despeito da fraca demanda por produtos nacionais.<br />
Efeito exportações: o quarto - e derradeiro - canal de transmissão da crise<br />
está representado pelo desaquecimento do comércio mundial e,<br />
consequentemente, pela queda das exportações nacionais. É bem verdade<br />
que o ritmo de crescimento das exportações brasileiras vinha dando sinais<br />
de enfraquecimento nos últimos anos em razão da forte valorização do<br />
Real. Apesar da abrupta reversão do cenário cambial em setembro/outubro<br />
de 2008, o ritmo de crescimento das exportações manteve-se fraco, agora<br />
provocado pela desaceleração do comércio mundial. Para o acumulado<br />
janeiro e fevereiro 2009, a retração das exportações foi de 21,9% em<br />
relação à igual período do ano anterior. O saldo comercial foi derrubado em<br />
26,3% dentro da mesma base de com<strong>para</strong>ção e não se agravou ainda mais<br />
porque as importações caíram 21,6%, em face da retração dos<br />
investimentos e da atividade econômica interna.<br />
No quarto trimestre de 2008, sondagem feita pelo IPEA (2009) junto a várias<br />
associações setoriais mostrava um contexto preocupante (Anexo III <strong>–</strong> Quadros 29,<br />
30 e 31). No tocante ao volume de produção, apenas as empresas do setor de<br />
163
papelão ondulado e editorial e gráfica apostavam em crescimento. Para setores<br />
como siderurgia, tubos e acessórios de metal e fundidos, a queda esperada era de<br />
mais de 20%.<br />
Esperava-se ainda forte queda das vendas <strong>para</strong> o mercado doméstico e<br />
externo. No mercado interno, as empresas de papelão ondulado foram as únicas a<br />
sinalizar crescimento (até 5%). Para o mercado externo, setores como siderurgia,<br />
automóveis, autopeças, fundidos, pneus, tubos e acessórios de metal e editorial e<br />
gráfica já esperavam recuo de mais de 20% em suas vendas.<br />
Entendendo-se que o segmento de automação guarda relação umbilical com<br />
os investimentos gerados em outros setores da atividade econômica, convém<br />
destacar que a crise financeira internacional desdobra-se em dois pontos<br />
potencialmente negativos sobre as perspectivas <strong>para</strong> o investimento no Brasil 6 .<br />
1º) o elevado grau de incerteza sobre o crescimento da economia mundial e<br />
seus impactos no Brasil, levando a um adiamento das decisões de investimento;<br />
2º) a redução na disponibilidade de recursos <strong>para</strong> investimentos. Essa<br />
dificuldade abrange o financiamento através de lucros retidos, em um contexto de<br />
redução do crescimento da economia. E não menos importante o desaparecimento<br />
das fontes de financiamento externo.<br />
Esse segundo aspecto é relevante tendo em vista que as empresas<br />
brasileiras financiam seus investimentos, principalmente, através de lucros retidos. O<br />
autofinanciamento respondeu por mais da metade dos fundos utilizados pelas<br />
empresas industriais e de infraestrutura <strong>para</strong> viabilizar seus investimentos entre<br />
2001 e 2007 (Quadro 12). Dentre os recursos de terceiros, destacam-se os créditos<br />
do BNDES. Em média, o Banco respondeu por cerca de 20% dos recursos usados<br />
<strong>para</strong> financiar os investimentos das empresas industriais e de infraestrutura no<br />
período.<br />
6 Para maiores informações, ver Torres Filho (2008a); Torres Filho (2008b) e Torres Filho (2009).<br />
164
Quadro 12 <strong>–</strong> Fontes de recursos das Empresas Brasileiras <strong>–</strong> Indústria e Infraestrutura.<br />
Modalidades 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007<br />
Autofinanciamento 39% 60% 49% 57% 57% 42% 51%<br />
BNDES 16% 22% 16% 19% 21% 21% 26%<br />
Captações externas 30% 6% 30% 13% 10% 17% 9%<br />
Debêntures 14% 10% 5% 9% 10% 15% 7%<br />
Ações 2% 2% 5% 4% 3% 5% 6%<br />
Fonte: Puga e Nascimento (2008).<br />
A generalização do ciclo de investimento no período recente contribuiu <strong>para</strong> a<br />
maior solidez do processo. As inversões em infraestrutura, além de aumentarem a<br />
competitividade sistêmica da economia, tiveram a capacidade de alavancar<br />
investimentos do setor privado em outros segmentos <strong>–</strong> o chamado ―efeito arraste‖. A<br />
expansão dos setores de bens de consumo durável e de construção residencial, por<br />
sua vez, gerou efeitos multiplicadores na economia ao elevar o nível de renda e o<br />
volume de emprego. Por isso, o dinamismo do mercado interno se tornou relevante.<br />
Infelizmente, a crise financeira internacional abortou esse processo. A queda<br />
nos preços das commodities impactou setores que vinham liderando o crescimento<br />
dos investimentos na indústria, tais como extração de petróleo e minério de ferro,<br />
siderurgia e papel e celulose. A restrição ao crédito, por outro lado, teve efeito<br />
significativo sobre o setor de veículos automotores e, em menor escala, sobe a<br />
construção residencial.<br />
Para o BNDES (2009), existem três grupos distintos de reação à crise<br />
(Quadro 13). O primeiro é formado pelos setores cujos investimentos tendem a<br />
continuar firmes, apesar do agravamento da crise internacional. É o caso de petróleo<br />
e gás, eletroeletrônica, indústria da saúde, energia elétrica, telecomunicações,<br />
saneamento e rodovias. São investimentos que dependem do Programa de<br />
Aceleração do Crescimento <strong>–</strong> PAC, agora mais do que nunca, necessário <strong>para</strong><br />
acelerar o crescimento das grandes empresas estatais.<br />
O segundo grupo é constituído pelos setores da indústria e da infraestrutura<br />
cujos investimentos tendem a ser mais afetados pela crise <strong>–</strong> extrativa mineral,<br />
165
siderurgia, papel e celulose e automotivo <strong>–</strong> quanto pelo recuo na construção<br />
residencial.<br />
Finalmente o terceiro grupo é formado pelos setores com elevados volumes<br />
de investimentos considerados não firmes, motivados por outros fatores que não a<br />
crise internacional, mas também devido a ela.<br />
Quadro 13 <strong>–</strong> Investimentos Mapeados no Brasil (2009/2012).<br />
166<br />
(em R$ bilhões)<br />
Desempenho no Período Ago/08 Dez/08<br />
1 - Indústria e Infraestrutura 890,2 769,3<br />
Investimentos mantidos<br />
Investimentos reduzidos pela<br />
crise internacional<br />
Investimentos reduzidos por<br />
outros fatores<br />
Petróleo e Gás 269,7 269,7<br />
Energia Elétrica 141,1 141,1<br />
Telecomunicações 77,8 77,8<br />
Saneamento 49,4 49,4<br />
Rodovias 27,8 26,7<br />
Eletroeletrônica (inclui software) 27,0 24,0<br />
Petroquímica 23,7 23,7<br />
Indústria da Saúde 8,0 8,0<br />
Extrativa Mineral 72,3 48,0<br />
Siderurgia 60,5 24,5<br />
Automotivo 35,3 23,5<br />
Papel e Celulose 26,7 9,0<br />
Sucroalcooleiro 28,5 19,7<br />
Ferrovias 28,9 17,0<br />
Portos 13,6 7,2<br />
2 - Construção 570,4 535,7<br />
Investimentos reduzidos pela<br />
crise internacional<br />
Construção residencial 570,4 535,7<br />
3 - TOTAL 1.460,60 1.305,00<br />
Fonte: Torres Filho et al (2009).<br />
Considerando apenas os projetos ―firmes‖, o BNDES estima que haverá<br />
crescimento de 9,6% dos investimentos no período 2009-2012, com<strong>para</strong>do ao<br />
período 2004-2007 (Quadros 14 e 15). A análise dos setores afetados pela crise<br />
internacional mostra que a indústria sofrerá a maior reavaliação nas perspectivas de
investimento, ainda assim deverá apresentar taxa de crescimento de 9,8%. A maior<br />
rigidez dos projetos de infraestrutura implica em uma expansão anual real de 11,5%,<br />
enquanto na construção residencial a redução da taxa de crescimento das inversões<br />
deverá permitir avanço de 8,5% - o menor entre todos os segmentos.<br />
Quadro 14 <strong>–</strong> Crescimento dos Investimentos (Projetos Firmes) <strong>–</strong> 2009/2012.<br />
Segmentos 2004-2007 2009-2012<br />
167<br />
(em R$ bilhões)<br />
Taxa de Cresc.<br />
Média ao ano<br />
(%)<br />
Indústria 281,5 450,1 9,8<br />
Infraestrutura 185,3 319,1 11,5<br />
Construção residencial 357,0 535,7 8,5<br />
TOTAL 823,8 1.304,9 9,6<br />
Fonte: Torres Filho et al (2009).<br />
Quadro 15 <strong>–</strong> Desempenho <strong>Setorial</strong> <strong>–</strong> 2007/2008.
SETORES<br />
Desembolsos<br />
∆ %<br />
Aprovações<br />
2007 2008 08/07 2007 2008<br />
168<br />
(Em R$ milhões)<br />
∆ %<br />
08/07<br />
1 - Agropecuária 4.998 5.594 11,9% 5.158 5.191 0,6%<br />
2 - Indústria 26.446 39.021 47,5% 38.174 57.734 51,2%<br />
Extrativa 1.050 3.311 215,3% 4.421 12.665 186,5%<br />
Alimentos e Bebidas 4.773 10.073 111,0% 7.351 11.305 53,8%<br />
Têxtil e Vestuário 402 1.348 235,3% 887 1.052 18,6%<br />
Celulose e Papel 1.808 858 -52,5% 337 1.038 208,0%<br />
Química e Petroquímica 4.275 5.624 31,6% 6.187 6.869 11,0%<br />
Metalurgia e Produtos 3.642 3.717 2,1% 4.093 10.414 154,4%<br />
Mecânica 3.383 3.425 1,2% 3.728 3.745 0,5%<br />
Material de Transporte 4.765 7.545 58,3% 8.313 7.001 -15,8%<br />
Outros 2.346 3.120 33,0% 2.857 3.645 27,6%<br />
3 - Infraestrutura 25.633 35.096 36,9% 45.651 44.304 -3,0%<br />
Energia Elétrica 6.371 8.644 35,7% 12.828 17.097 33,3%<br />
Construção 357 367 2,8% 1.214 1.067 -12,1%<br />
Transporte Rodoviário 9.889 13.839 39,9% 9.953 14.151 42,2%<br />
Transporte Ferroviário 1.485 1.193 -19,7% 3.914 1.270 -67,6%<br />
Outros Transportes 1.940 3.171 63,5% 10.885 1.381 -87,3%<br />
Atividade Aux.Transportes 1.012 621 -38,6% 1.796 2.717 51,3%<br />
Serviços Utilidade Pública 1.197 1.072 -10,4% 1.143 1.797 57,2%<br />
Telecomunicações 3.379 6.188 83,1% 3.948 4.822 22,1%<br />
Outros 1 2 100,0% 1 2 100,0%<br />
4 - Comércio e Serviços 7.815 11.166 42,9% 9.768 14.143 44,8%<br />
5 - TOTAL 64.892 90.878 40,0% 98.750 121.371 22,9%<br />
Fonte: BNDES, (2009).<br />
4.2.2.3.1. Efeitos Diretos da Crise <strong>para</strong> o Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
Com base nas estimativas acima, torna-se desnecessário dizer que as<br />
melhores oportunidades <strong>para</strong> o segmento de automação residem naqueles setores<br />
cujos investimentos são considerados firmes. Se confirmada a disposição das<br />
empresas desses setores de manter os investimentos previstos, como no caso da<br />
Petrobras, há uma boa chance de crescer a <strong>Automação</strong> Industrial por razões<br />
técnicas, mas também por razões mercadológicas derivadas da própria crise.
Para as áreas que puxaram o crescimento dos investimentos nos últimos<br />
anos, como siderurgia, automobilística e extrativa mineral, os sinais são menos<br />
alvissareiros. Certamente, levarão tempo <strong>para</strong> recuperar o ritmo anterior à crise. Não<br />
são boas, portanto, as perspectivas de incremento da automação nesses setores.<br />
Por outro lado, considerando-se o fato de que a crise tende a elevar a já acirrada<br />
concorrência inter-capitalista, não é de todo improvável que investimentos<br />
defensivos em automação venham a ser feitos nas empresas desses setores. O<br />
aumento da concorrência chinesa e o estrangulamento do mercado externo em<br />
várias regiões do mundo podem <strong>–</strong> e devem <strong>–</strong> provocar reações internas que façam<br />
as empresas desses setores buscarem maior produtividade por meio da automação<br />
dos processos produtivos.<br />
A automação bancária é uma realidade consolidada no país. São menores os<br />
graus de liberdade <strong>para</strong> investimentos maciços neste setor. Embora sólida e<br />
lucrativa, a rede bancária do país não deve aumentar os seus investimentos,<br />
principalmente em automação, durante a travessia da crise. Com a diminuição da<br />
rentabilidade advinda das operações de crédito (consignado, direto ao consumidor e<br />
imobiliário) e da aquisição de títulos públicos, por causa das reduções futuras da<br />
taxa Selic, os bancos no Brasil tendem a manter postura defensiva, buscando operar<br />
com ganhos de Tesouraria e arriscando pouco em novos negócios.<br />
Para o setor do comércio, a situação pode ser distinta. Apesar da crise, a<br />
probabilidade de crescimento da automação comercial não é de todo pequena. Se a<br />
robustez do mercado interno for preservada, ainda que a taxas menores que dois<br />
dígitos, é provável que o Brasil se torne um importante player <strong>para</strong> as redes já<br />
instaladas e aquelas que têm a pretensão de ingressar no mercado local. O aumento<br />
da concorrência, inevitavelmente, forçará mudanças nas redes atacadistas e<br />
varejistas que, se por um lado, vão pressionar a indústria a oferecerem produtos a<br />
preços menores, por outro, serão obrigadas a intensificar o uso de tecnologia e de<br />
novas formas de distribuição e logística. Além disso, cabe ressaltar que o advento do<br />
cartão de débito tem provocado maciça automação dos pontos de venda, o que<br />
deve prosseguir nos próximos anos. O mesmo vale <strong>para</strong> a necessidade de aquisição<br />
de equipamentos e softwares compatíveis com o uso da nota fiscal eletrônica. Além<br />
de São Paulo, vários estados estão ingressando nessa nova sistemática de<br />
169
cobrança do imposto, o que amplia os horizontes <strong>para</strong> empresas de automação<br />
comercial.<br />
No campo da <strong>Automação</strong> Predial/Residencial, as perspectivas devem ser<br />
divididas. A interrupção de novos lançamentos imobiliários, por conta do<br />
estreitamento das linhas de crédito, lança um horizonte ruim <strong>para</strong> as vendas de<br />
produtos de automação predial/residencial. Em termos quantitativos, as vendas de<br />
câmeras e produtos da área de telefonia, assim como toda a linha de bens voltados<br />
<strong>para</strong> a automação interna dos apartamentos, vão cair. Por outro lado, como a<br />
questão da segurança nas grandes cidades brasileiras ainda é fator crítico, não se<br />
pode desconsiderar a manutenção das vendas <strong>para</strong> atender a esse segmento do<br />
mercado. Se o agravamento da crise mundial trouxer repercussões sociais negativas<br />
no Brasil, com aumento do desemprego e da pobreza, as vendas <strong>para</strong> esse<br />
segmento, inevitavelmente, tendem a aumentar.<br />
Mesmo dentro desse contexto pessimista, as empresas contam com a força<br />
do mercado consumidor nacional e com os efeitos mais claros de todas as ações<br />
dos governantes dos diversos países <strong>para</strong> evitar a recessão, e do próprio governo<br />
brasileiro, <strong>para</strong> resgatar a confiança dos investidores.<br />
Por outro lado, com o dólar valendo mais de R$ 2,00, melhorou a<br />
competitividade dos produtos nacionais tanto no mercado interno como no exterior, e<br />
isto, certamente, terá influência <strong>para</strong> o reposicionamento da produção local no<br />
mercado.<br />
É unânime entre as empresas pesquisadas que o setor terá neste ano um<br />
crescimento aquém das projeções iniciais. No entanto, a perspectiva é de que<br />
continuará acompanhando a trajetória do PIB, cujas projeções alcançam 3,5% <strong>para</strong><br />
2009, o que implicaria em um crescimento do setor em torno de 8%.<br />
4.2.2.4. Considerações<br />
<strong>Automação</strong> e inovação caminham juntas nos dias de hoje. Automatizar<br />
processos e operações complexas ou aquelas que colocam em risco à vida humana<br />
representa não apenas a possibilidade de evitar complicações trabalhistas, mas,<br />
sobretudo, gerar resultados maiores e duradouros. Boa parte das inovações<br />
170
ecentes traz consigo processos automatizados e isto tende a ser a tônica <strong>para</strong> o<br />
futuro.<br />
Dado o estágio de desenvolvimento tecnológico do Brasil, o segmento de<br />
<strong>Automação</strong> Industrial é cronicamente deficitário. Entre 1996 e 2008, o saldo<br />
comercial foi sempre negativo e avançou ainda mais no ciclo recente de<br />
investimentos (2006-2008). O déficit comercial subiu de US$ 1,1 bilhão <strong>para</strong> US$ 2,0<br />
bilhões entre 2006 e 2008 <strong>–</strong> avanço de 81,0%. O avanço do déficit não impediu, no<br />
entanto, que o faturamento do setor crescesse. Ou seja, pode-se intuir que as<br />
empresas aqui instaladas se beneficiaram com a queda da cotação do dólar, ao<br />
importar máquinas, equipamentos e programas com valores menores.<br />
De fato, o faturamento do setor expandiu-se de R$ 2,4 bilhões, em 2006, <strong>para</strong><br />
R$ 3,7 bilhões, em 2008, o que representou incremento nominal ao redor de 27%.<br />
Ainda assim, a participação relativa do faturamento do segmento de <strong>Automação</strong><br />
Industrial continua baixa no total das receitas líquidas do setor elétrico e eletrônico.<br />
Situa-se abaixo de 3,0%, apesar do crescimento de 2,6%, em 2006, <strong>para</strong> 2,8% em<br />
2008.<br />
A crise financeira internacional solapou o ciclo de investimentos que a<br />
economia brasileira vivia desde 2006. Certamente o desenvolvimento da área de<br />
automação será afetado pela interrupção dos investimentos realizados em diversos<br />
setores da atividade econômica. Existem ainda perspectivas favoráveis <strong>para</strong> a<br />
<strong>Automação</strong> Industrial ligada àqueles setores que não devem interromper os seus<br />
investimentos, conforme avaliação do BNDES. Na área comercial, as vantagens e<br />
oportunidades advêm do provável acirramento da concorrência entre grandes redes<br />
atacadistas e varejistas, caso o país consiga se preservar frente à crise. Por fim, na<br />
área residencial/predial, o eterno problema da violência urbana nas metrópoles,<br />
porém nos últimos tempos estendendo-se <strong>para</strong> cidades menores, abre uma janela<br />
de oportunidades <strong>para</strong> o setor. Infelizmente, o mesmo não se pode esperar da<br />
construção civil, cujos novos lançamentos imobiliários já desapareceram.<br />
Finalmente, é necessário alertar os policy makers <strong>para</strong> as transformações e a<br />
dinâmica inovadora que a automação promove. A ampliação dos gastos com<br />
educação de qualidade e incentivos <strong>para</strong> que as empresas realizem P, D & I no país<br />
são pré-requisitos <strong>para</strong> a superação do crônico déficit comercial que essa área<br />
171
apresenta. Sem ciência e tecnologia, a automação no Brasil continuará progredindo<br />
a reboque de outras nações.<br />
4.3. Principais Produtos da indústria de <strong>Automação</strong><br />
Os principais produtos da indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> utilizados<br />
nos segmentos da <strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária podem ser<br />
classificados como: atuadores, sensores, controladores, redes de comunicação,<br />
softwares, sistemas, concepção, serviços, integração e assistência técnica e suporte<br />
tecnológico.<br />
4.3.1. Atuadores<br />
Os atuadores provêem ao sistema de automação a energia necessária <strong>para</strong><br />
atingir determinado objetivo projetado. A descrição dos principais tipos e atuadores<br />
utilizados na Indústria de <strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 16.<br />
Quadro 16 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Atuadores.<br />
Item Descrição dos Principais Tipos de Atuadores<br />
1 Atuadores Diversos: Eletromecânicos, Eletromagnéticos, Pneumáticos, etc.<br />
2 Atuadores de aplicação geral com sistemas de segurança (certificação de SIL)<br />
3 Atuadores Inteligentes<br />
4 Atuadores Distribuídos com inteligência local e integração de sensores<br />
5<br />
Componentes Diversos: disjuntores, relés de proteção, inversores <strong>para</strong> motores<br />
e outros<br />
6 Servo Posicionamento <strong>para</strong> altas velocidades e precisão<br />
7 Acionamento de Eixos elétricos (cilindros)<br />
4.3.2. Sensores<br />
Os sensores medem grandezas dos processos automatizados (por exemplo,<br />
o desempenho do sistema de automação ou uma propriedade particular de alguns<br />
de seus componentes) gerando variáveis <strong>para</strong> os elementos de controle. A descrição<br />
dos principais tipos de sensores utilizados na indústria de eletrônica <strong>para</strong> a<br />
automação é apresentada no Quadro 17.<br />
172
Quadro 17 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Sensores.<br />
Item Descrição dos Principais Tipos de Sensores<br />
1 Sensores Diversos: Eletroquímicos, eletromagnéticos, eletromecânicos, e outros<br />
2 Sensores Inteligentes<br />
3 Sensores Wireless<br />
4 Sensores Distribuídos<br />
5 Sensores integrados e sistemas de segurança específicos<br />
6 RFID e sua integração nos sistemas sensoriais<br />
7 Nanosensores<br />
8 Tecnologia dos sensores a laser<br />
9 Transmissores sem fio (Wireless)<br />
10 Transmissores inteligentes<br />
11 Dispositivos de Visão<br />
12 Sensores e de segurança (certificação de SIL)<br />
13 Elementos proporcionais de vazão e pressão<br />
14 Réguas potenciométricas<br />
4.3.3. Controladores<br />
Eles utilizam as informações dos sensores <strong>para</strong> regular, controlar os<br />
dispositivos e tomar decisões a partir de elementos finais de controle (hardware e<br />
software), sistemas de aquisição e controle de informações. A descrição dos<br />
principais tipos de controladores utilizados na indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 18.<br />
173
Quadro 18 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Controladores.<br />
Item Descrição dos Principais Tipos de Controladores<br />
1 CLPs - Controladores Lógicos Programáveis<br />
2 CLPs associados a sistemas de controle em tempo-real<br />
3 CLPs Híbridos<br />
4 PC Industrial<br />
5 SDCD (Sistema Digital de Controle Distribuído)<br />
6 Programmable Automation Controller (PAC)<br />
7 Unidades Lógicas de Controle genéricos e de segurança (certificação de SIL)<br />
8 Controladores de processos industriais<br />
9 Intertravamento<br />
10 Sistemas de controle embarcados em Tempo Real<br />
11 Terminais de auto-atendimento <strong>para</strong> agências de atendimento ao cliente<br />
12 Interfaces Homem-Máquina<br />
13 Sistemas de Controle Integrado robô/planta<br />
14 Sistemas de Controle Distribuídos<br />
15 Sistemas de Controle com auto-diagnóstico<br />
16 Controle Avançado Multivariável (Advanced Process Control - APC)<br />
17 Caixas automáticos<br />
18 Centrais telefônicas<br />
19 Controle de tráfego e estacionamento<br />
20 Controle de Climatização<br />
4.3.4. Redes de Comunicação<br />
Redes de comunicação são consideradas sistemas de comunicação<br />
industriais, considerando protocolos proprietários, avanço da ethernet industrial e<br />
comunicação sem fio (Wireless), utilização da Internet <strong>para</strong> monitoramento<br />
permanente à distância de instalações automatizadas. A descrição dos principais<br />
tipos de redes de comunicação industrial utilizadas na indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 19.<br />
174
Quadro 19 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Redes de Comunicação Industrial.<br />
Item Descrição dos Principais Tipos de Redes de Comunicação<br />
4.3.5. Softwares<br />
1 Redes de campo<br />
2 Redes Wireless padronizadas<br />
3 Redes de Comunicação Wi-Fi e RF<br />
4 Redes Industriais Baseadas em Ethernet<br />
5 Protocolos de Comunicação genéricos e sistemas de segurança<br />
6 Protocolos e redes de comunicação sem fio e altíssima velocidade<br />
7 Dispositivos Wireless e Ethernet Compatíveis com padronização<br />
A sistematização de conceitos e procedimentos através de softwares de<br />
concepção, simulação e exploração incluindo programação em tempo real. Devem<br />
ser considerados os sistemas de supervisão inteligentes, sistemas de manutenção e<br />
predição e monitoramento de falhas e sistemas MES (Manufacturing Execution<br />
Systems). A descrição dos principais tipos de softwares utilizados na indústria de<br />
<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 20.<br />
175
Quadro 20 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Softwares industriais.<br />
Item Descrição dos Principais Tipos de Softwares<br />
1 Simuladores e Softwares Aplicativos<br />
2 Simuladores <strong>para</strong> Treinamento de Operadores (Operator Training Simulators - OTS)<br />
3 Manufatura colaborativa sobre as plantas de controle de processo<br />
4 Ferramentas de Otimização de Planejamento de Produção<br />
5 Gestão de Projetos, envolvendo requisitos, implementação, e comissionamento<br />
6 Sistemas de Prototipagem Virtual <strong>para</strong> Projeto<br />
7 SIS - Sistemas Instrumentados de Segurança e Gerenciamento de Alarmes<br />
8 Nível de Integridade de Segurança <strong>–</strong> SIL<br />
9 Plant Triage (Auditoria de Malhas)<br />
10 Monitoração de informação e controle de fluxo Integrando RFID<br />
11 Softwares de Integração entre robôs e plantas automatizadas<br />
12 Sistemas inteligentes de serviços e de produção<br />
13<br />
Sistemas IHM e de Gerenciamento, com destaque <strong>para</strong> Supervisórios, baseados em<br />
objeto<br />
14 Sistemas Operados remotamente<br />
15 Sistemas de diagnóstico incorporado<br />
16 Integração de Salas de Controle com SDCD utilizando Realidade Virtual<br />
17 Sistemas de Balanço Automatizado de Produção e Processos<br />
4.3.6. Sistemas<br />
Sistemas são ferramentas de base que fornecem subsídios e conceitos <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong>. A descrição dos principais tipos de sistemas utilizados na indústria de<br />
<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 21.<br />
176
Quadro 21 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Sistemas.<br />
Item Descrição dos Principais Tipos de Sistemas<br />
1 Sistemas de Aquisição de Dados<br />
2 Sistemas de <strong>Automação</strong><br />
3 ERP - Integração na <strong>Automação</strong><br />
4 MES - Sistemas de Execução da Manufatura<br />
5 PIMS & MES integrados a Business Intelligence (BI)<br />
6 Sistemas Colaborativos de Gerenciamento de Projetos<br />
7 Sistemas Integrados de Gerenciamento de Ativos<br />
8 Sistemas de Controle de Workflow<br />
9 Sistemas de Informação e supervisão inteligentes<br />
10 Sistemas especialistas como ferramenta de suporte a decisão e IA (controle automático)<br />
11 Sistemas de Aquisição de Dados<br />
12 Sistema de cobrança (tíquete inteligente)<br />
13 Prédios Inteligentes<br />
14 Sistemas de Monitoramento de Alarmes<br />
15 Sistemas de Transportes<br />
16 Sistemas de Gerenciamento de Energia<br />
4.3.7. Concepção, Serviços, Integração e Assistência Técnica<br />
A concepção, serviços e assistência técnica são desenvolvidos através de<br />
integradores com formação técnica <strong>para</strong> projeto, implementação, execução de<br />
serviço, vendas, pós-venda, política de trocas, e assistência técnica em <strong>Automação</strong>.<br />
A descrição dos principais tipos de serviços utilizados na indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 22.<br />
177
Quadro 22 <strong>–</strong> Descrição dos principais tipos de Serviços.<br />
Item Descrição dos Principais Tipos de Serviços<br />
1 Engenharia básica de projetos de automação (site survey, diagnóstico, projeto de sistema, etc.)<br />
2 Integração de CLPs e SDCDs<br />
3 Integração de sistemas (controle, segurança e gerencial)<br />
4 Inspeção e teste de aceitação em fábrica e no campo<br />
5 Treinamento<br />
6 Comissionamento<br />
7 Documentação<br />
8 Suporte e assistência técnica<br />
4.3.8. Suporte Tecnológico<br />
Através de um suporte tecnológico torna-se possível a utilização de<br />
tecnologias atuais em <strong>Automação</strong>, e o desenvolvimento e pesquisa de novas<br />
tecnologias necessárias e imprescindíveis ao avanço da <strong>Automação</strong>. A descrição<br />
dos principais tipos de suporte tecnológico utilizados na indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> é apresentada no Quadro 23.<br />
178
Quadro 23 - Descrição dos principais tipos de Suporte Tecnológico.<br />
Item Descrição dos Principais Tipos de Suporte Tecnológico<br />
1 Elementos de suprimento e tratamento de energia<br />
2 Microcontroladores, Microprocessadores e Dispositivos de Lógica Programável<br />
3 FPGAs e PLAs (Program Logic Arrays)<br />
4 Circuitos Analógicos (amplificadores, conversores AD, DA) e Fontes de Alimentação<br />
5 Biochip<br />
6 Condicionadores de Sinais Programáveis (conversor de sinal)<br />
7 Elementos com maior grau de tecnologia incorporada <strong>para</strong> Diagnóstico<br />
8 Materiais com novas propriedades eletromagnéticas e eletrônicas<br />
9 Materiais Inteligentes<br />
10 Utilização intensiva de Compósitos e materiais e FGM (function grading material)<br />
11 Modificação dos materiais <strong>para</strong> obter sistemas altamente recicláveis<br />
12 Exploração e Integração de Nanotecnologias, Nanosistemas e Nanoeletrônicos<br />
13 Tecnologias de Controle discreto e contínuo<br />
14 Inteligência Artificial<br />
15 Estimação de Parâmetros<br />
16 Fusão hardware e software <strong>para</strong> sistemas de informação<br />
17 Linguagens de orientação a objetos, com técnica de IA e Sistemas operacionais de tempo real<br />
18<br />
Tecnologias de Controle orientadas a objeto (biblioteca) <strong>para</strong> utilização em sistemas<br />
especialistas (suporte) e IA (controle automático)<br />
4.3.9. Considerações<br />
Considerando a complexidade e abrangência da indústria de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> torna-se imprescindível a classificação de seus produtos como:<br />
atuadores, sensores, controladores, redes de comunicação, softwares, sistemas,<br />
concepção, serviços, integração e assistência técnica e suporte tecnológico.<br />
Entretanto, a utilização desses produtos pode ser diferente em cada um dos<br />
segmentos em estudo. Enquanto a <strong>Automação</strong> Industrial utiliza de maneira<br />
equilibrada todos os produtos classificados, a <strong>Automação</strong> Predial utiliza grande parte<br />
desses produtos, mas possui importante ligação ao segmento de serviços,<br />
integração e assistência técnica, e a <strong>Automação</strong> Comercial e Bancária apresenta<br />
uma importante componente de utilização no setor de serviços.<br />
179
4.4. <strong>Automação</strong> Industrial<br />
4.4.1. Introdução<br />
<strong>Automação</strong> industrial é o conjunto das técnicas e dos sistemas de produção<br />
fabril baseado em sistemas com a capacidade de executar tarefas previamente<br />
executadas pelo homem e de controlar sequências de operações sem a intervenção<br />
humana, ou seja, é o sistema automático pelo qual, mecanismos controlam seu<br />
próprio funcionamento, quase sem a interferência humana. A <strong>Automação</strong> Industrial<br />
tem capacidade de controlar máquinas e processos quase independentes do<br />
controle humano com a utilização de qualquer dispositivo mecânico ou eletro-<br />
eletrônico programável.<br />
Entre os dispositivos eletroeletrônicos pode-se utilizar computadores ou<br />
outros dispositivos (como controladores lógicos programáveis, robôs ou CNCs),<br />
substituindo, muitas vezes, tarefas humanas ou realizando outras que o ser humano<br />
não consegue realizar. É um passo além da mecanização, onde operadores<br />
humanos são providos de maquinaria <strong>para</strong> auxiliá-los em seus trabalhos.<br />
4.4.2. Classificação<br />
Pode-se ter automação de processos, que envolve o controle e<br />
instrumentação de etapas no processo de produção; e a automação do<br />
gerenciamento e tomada de decisões através de sistemas de informação. As<br />
empresas do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> podem ser classificadas em duas<br />
divisões:<br />
a) <strong>Automação</strong> Industrial: aplicações utilizando CLPs de pequeno, médio e<br />
grande porte, Interfaces Homem Máquina, acessórios e softwares e<br />
equipamentos <strong>para</strong> automação de processos, máquinas, gerenciamento,<br />
<strong>para</strong> qualquer tipo, tamanho ou complexidade de automação; e<br />
b) <strong>Automação</strong> Elétrica: aplicações envolvendo <strong>Automação</strong> de Usinas hidro<br />
e termoelétricas, subestações - PCHs, Sistemas de Distribuição (remotas<br />
de poste), Controle e Monitoramento de Tensão e Controle,<br />
Telecomando/Telecontrole<br />
180
A seguir serão descritas as principais aplicações desse segmento nos mais<br />
diversos setores.<br />
4.4.2.1. <strong>Automação</strong> de Processos Industriais<br />
Conceitualmente, automação é o conjunto das técnicas baseadas em<br />
equipamentos e programas com objetivo de executar tarefas previamente<br />
programadas pelo homem e de controlar sequências de operações sem a<br />
intervenção humana. Através de intertravamentos (sequências de programação) do<br />
sistema, o usuário consegue maximizar com qualidade e precisão seu processo<br />
produtivo, controlando, assim, variáveis diversas (temperatura, pressão, nível e<br />
vazão) e gerenciando à distância toda a cadeia produtiva.<br />
A automação permite o monitoramento de variáveis (exemplo: temperatura de<br />
um tanque ou pressão de uma linha de gás) ou um controle sofisticado do processo<br />
(exemplo: abertura e fechamento remoto de válvulas proporcionais) podem-se<br />
avaliar algumas vantagens diretas na hora de investir em equipamentos ou na<br />
melhoria de processos existentes. As principais aplicações são as seguintes:<br />
Sistema de Aferição; Processos em geral; Processos Funil; Manufatura; Otimização<br />
de processos produtivos.<br />
4.4.2.2. Energia Elétrica e Sistemas de Energia<br />
Principais Aplicações: automação de usinas hidro e termoelétricas;<br />
automação de subestações; automação de pequenas centrais hidrelétricas - PCHs;<br />
automação de sistemas de distribuição (remotas de poste); controle e<br />
monitoramento de tensão e controle; e telecomando / telecontrole.<br />
4.4.2.3. Saneamento<br />
Principais Aplicações: automação de estação tratamento de água e esgoto;<br />
automação de estação de tratamento de efluentes; macromedição; booster’s;<br />
reservatórios e elevatórios; e captação e bombeamento.<br />
181
4.4.2.4. Gerenciamento de Energia<br />
Principais Aplicações: controle de qualidade de energia; controle de demanda;<br />
controle de fator de potência; controle de consumo; e monitoração de tensão e<br />
corrente.<br />
4.4.2.5. Alimentação e Têxtil<br />
Principais aplicações: fiação; tingimento; acabamento; tratamento;<br />
refrigeração; estocagem; ensacadeiras / embalagens; e pesagem.<br />
4.4.2.6. Incineração e Tratamento de Resíduos<br />
Principais aplicações: estufas; incineração de resíduos sólidos; tratamento e<br />
disposição de resíduos; maquinários específicos.<br />
4.4.2.7. Couro e Calçados<br />
Principais Aplicações: estufas; incineração de resíduos sólidos; automação de<br />
processos <strong>para</strong> tecnologia limpa; e processos de conservação.<br />
4.4.2.8. Máquinas e Equipamentos<br />
Principais Aplicações: injetoras; moldes; extrusoras; prensas; máquinas de<br />
pintura; máquinas de solda; e engarrafadoras.<br />
4.4.2.9. Metalurgia e Siderurgia<br />
Principais Aplicações: fornos; fundição; forjaria; afinação de aço; tratamentos<br />
de resíduos sólidos; conformação de chapas; fornos; e laminação a quente e a frio.<br />
4.4.2.10. Açúcar e Álcool<br />
e dosagem.<br />
Principais Aplicações: armazenamento, moagem, envasamento, refino<br />
4.4.2.11. Petroquímica<br />
Principais Aplicações: medição de gás; processos eletroquímicos; dosadores;<br />
tratamento de petróleo e derivados; e transporte e armazenagem.<br />
182
4.4.2.12. Outros setores da <strong>Automação</strong><br />
Esta grande área da <strong>Automação</strong> Industrial envolve o desenvolvimento de<br />
projetos nas mais diferentes áreas de atuação das indústrias, dentre os principais<br />
mercados podem-se destacar as áreas de farmacêutica e veterinária, química,<br />
petroquímica, alimentícia, higiene e limpeza, vidraria, automobilística, cimenteira,<br />
setor agrícola e pecuário, siderurgia, laboratórios e bancadas de testes. A seguir<br />
serão descritas as principais atividades deste setor.<br />
4.4.2.12.1. <strong>Automação</strong> Agrícola e Agroindústria<br />
No começo desse novo milênio, tanto os computadores como a eletrônica tem<br />
uma base bem estabelecida na agricultura e pecuária, e em indústrias preocupadas<br />
com a produção alimentar e biomassa. As aplicações do monitoramento eletrônico e<br />
controle <strong>para</strong> essas tradicionais indústrias têm sido estimulados pela constante e<br />
grande influência dos computadores e eletrônica em todos os aspectos de nossa<br />
vida. De uma maneira geral, a eletrônica deixou de ser considerada cara, complexa<br />
e de benefícios duvidosos, como era vista uma década atrás.<br />
A automação na agricultura é ampla e multidisciplinar a que nos permitiria dar<br />
dezenas de outros exemplos de sua aplicação. Esse processo é irreversível e será<br />
ainda mais explorado no futuro. Isso contribuirá com um ganho na produtividade<br />
através de um melhor gerenciamento da informação. No entanto, não se pode<br />
esquecer de que nesse processo as interações, homem e máquina, são muito<br />
próximos. Interfaces homem-máquina devem ser bem planejadas e desenvolvidas e<br />
exigirá, dos pesquisadores, um maior estudo dessa relação no processo de<br />
automação.<br />
Muitos desenvolvimentos específicos deverão ser realizados nos próximos<br />
anos, consequência inevitável do progresso científico. Assim, é esperado que a<br />
automação na agricultura avance continuamente nos próximos anos.<br />
O processo de automação pode contribuir na área agrícola através da<br />
melhoria de qualidade, redução de perdas, redução de riscos, aumento de<br />
produtividade, melhor controle de custos e aumento do retorno de investimento,<br />
planejamento do negócio, proteção ao meio-ambiente e também facilitar a vida do<br />
produtor, consequentemente, proporcionando uma maior competitividade.<br />
183
Inicialmente, as primeiras aplicações de instrumentação e controle na<br />
agricultura foram direcionadas <strong>para</strong> os produtos de maior valor. Hoje se pode dizer<br />
que a automação agrícola é encontrada nos setores da produção vegetal e animal,<br />
pesquisa, ensino, extensão e planejamento. Dentre as principais aplicações podem-<br />
se destacar:<br />
Monitoramento eletrônico de máquinas no campo;<br />
Controle integrado de tratores e de seus respectivos implementos; e<br />
Agricultura de precisão, baseada em sistemas de navegação GPS,<br />
sensores de produção nas mais diferentes formas <strong>para</strong> as diferentes<br />
culturas e considerável potencial <strong>para</strong> a navegação automática de<br />
máquinas no campo.<br />
Outra tendência é a aplicação de visão artificial embarcada em uma máquina<br />
agrícola, baseada em câmeras CCD. No campo, sua capacidade de reconhecer<br />
culturas e características do solo tem servido de base <strong>para</strong> muitas aplicações na<br />
condução de veículos e em tratamentos específicos. Esse tipo de tecnologia<br />
possibilitará um processo seletivo de eliminação de plantas daninhas, trazendo<br />
importantes benefícios <strong>para</strong> preservação do meio ambiente.<br />
O processamento e análise de imagens na área agrícola, através do<br />
sensoriamento remoto, tem sido de fundamental importância em vários aspectos.<br />
Por exemplo, imagens coletadas por sensores localizados em satélites permitem a<br />
identificação de solos degradados, áreas alagadas, identificação de culturas,<br />
planejamento agrícola, auxiliam na preservação ambiental e em muitas outras<br />
atividades.<br />
A análise de imagens, além do sensoriamento remoto, também é usada <strong>para</strong><br />
quantificar doenças em raízes de plantas, identificação e seleção de grãos, cálculo<br />
de área foliar de uma cultura, etc.<br />
Dispositivos robóticos, ou máquinas computadorizadas <strong>para</strong> executar<br />
atividades específicas sem a interferência humana, tem sido objeto de estudo na<br />
área agrícola.<br />
Junto a esta realidade outros fatores, como o altíssimo custo de mão-de-obra,<br />
o envelhecimento da população rural sem perspectivas de renovação, a<br />
184
necessidade de minimizar a exposição dos operadores a atividades insalubres e a<br />
preocupação com a conservação do equilíbrio ambiental.<br />
Todos estes fatores têm incentivado e justificado pesquisas em robôs<br />
agrícolas moveis por grupos. Em particular, as necessidades de preservação e de<br />
recuperação ambiental têm levado a um crescente número de trabalhos de pesquisa<br />
nesta área.<br />
Trabalhos têm apresentado soluções viáveis <strong>para</strong> o desenvolvimento de<br />
máquinas agrícolas semi-autônomas ou autônomas que possibilitam operações mais<br />
precisas <strong>para</strong> reduzir custos e minimizar o impacto ambiental de tarefas agrícolas,<br />
como a aplicação de agro-químicos. Também se deve considerar que um robô<br />
agrícola móvel pode dispensar elementos de ―conforto e ergonomia‖ e os custos da<br />
eletrônica necessária <strong>para</strong> construção de um veículo estão cada vez mais<br />
acessíveis. Um exemplo dessa eletrônica são os microprocessadores, câmaras de<br />
vídeo, comunicação digital, receptores GPS (Sistema de Posicionamento Global)<br />
entre outras. Empresas atuantes nessa área vêm buscando solução <strong>para</strong> viabilizar<br />
as tecnologias de robôs agrícolas móveis, utilizando o padrão internacional ISO<br />
11783, <strong>para</strong> eletrônica embarcada em máquinas e implementos agrícolas, possui<br />
características <strong>para</strong> utilização de dispositivos <strong>para</strong> possibilitar a navegação.<br />
As redes de comunicação têm proliferado em sistemas eletrônicos digitais e<br />
embarcados em variados veículos e instalações. Se por um lado existem soluções já<br />
adotadas e aceitas, por outro, o recente desenvolvimento das redes de sensores<br />
sem fio poderá ampliar ainda mais a presença da tecnologia eletrônica no campo. O<br />
uso de instrumentos transmitindo dados via rádio ou via infravermelho no ambiente<br />
agrícola é comum há algumas décadas. Há atualmente várias opções no mercado<br />
de estações climatológicas e de sistemas de automação de irrigação que se utilizam<br />
desses meios de comunicação. A vantagem óbvia é a grande facilidade de<br />
instalação e manutenção de sistemas operando sem fio no campo. Entretanto,<br />
diante das possibilidades de aplicações do que se designou de computação<br />
pervasiva ou sistemas ubíquos, estabelecidos através das redes de sensores sem<br />
fio distribuídos no campo e atravessando as porteiras, os benefícios serão inúmeros.<br />
Se a prática da AP nos modelos atuais permite uma economia potencial de insumos<br />
e menor contaminação ambiental, esse impacto positivo pode ser ainda mais<br />
185
significativo se o controle de processos, como a pulverização, for auxiliado por uma<br />
ampla grade de sensores sem fio monitorando as plantas o solo e o ambiente com<br />
informações espaciais em tempo real.<br />
O desenvolvimento de sistemas de posicionamento global a partir da<br />
utilização de redes neurais, como também o uso de sistemas de informações<br />
geográficas (SIS) e sistemas de posicionamento global (GPS) também tem sido<br />
utilizados na agricultura.<br />
4.4.2.12.2. <strong>Automação</strong> Pecuária<br />
Se forem aplicados os conceitos de <strong>Automação</strong> no processo produtivo agro-<br />
pecuário, pode-se definir automação agrícola como: ―Tecnologia de Informação<br />
aplicada ao setor agrícola e pecuário‖.<br />
No setor pecuário a automação esta sendo cada vez mais utilizada, entre as<br />
diversas aplicações podem-se destacar a análise de imagens <strong>para</strong> quantificação de<br />
gordura de carcaça de suínos, na área de criação de animais.<br />
A automação permite que o produtor identifique e obtenha informações sobre<br />
o rebanho através de transponders, permite um melhor manejo e rastreabilidade dos<br />
animais, controle da sanidade, controle da nutrição, melhor controle do ambiente da<br />
instalação (controle de ventiladores e nebulizadores, automação de sistemas e<br />
sistemas inteligentes de acionamento).<br />
O uso da visão artificial por câmeras e ressonância nuclear magnética tem<br />
sido usado <strong>para</strong> monitorar padrões de crescimento e comportamento animal.<br />
Câmeras já são utilizadas por alguns produtores de animais, no exterior, <strong>para</strong><br />
controlar a rastreabilidade de rebanhos o comportamento dos animais em baias de<br />
crescimento. O comportamento dos mesmos pode indicar variações de temperatura<br />
ambiente, por exemplo, a qual poderá ser alterada pelo criador. Ainda, sensores de<br />
odores podem ser usados <strong>para</strong> monitorar a dispersão de mau-cheiro do criatório.<br />
Isso tem evitado maiores problemas em áreas mais densamente povoadas.<br />
186
4.4.2.12.3. <strong>Automação</strong> da Cadeia Cana-Etanol<br />
O bagaço, o bioproduto do processamento do etanol da fermentação da cana-<br />
de-açúcar, é uma matéria prima altamente promissora <strong>para</strong> produção do bioetanol.<br />
Ela já está disponível no local da agroindústria do etanol, e com a melhoria de<br />
tecnologia de co-geração de energia aumentará a disponibilidade do bagaço. O<br />
bioetanol obtido a partir do bagaço da cana-de-açúcar pode ser obtido no mesmo<br />
local do etanol convencional obtido a partir do açúcar, usando de forma integrada as<br />
unidades de fermentação e destilação, o que diminui custos de produção. O produto<br />
obtido depois da hidrólise pode ser diluído no caldo da cana de açúcar, assim<br />
diminuindo os impactos do potencial inibidor de fermentação.<br />
Considerando a qualidade dos produtos gerados durante a produção do<br />
bioetanol, as variáveis que influenciam a decomposição do açúcar e<br />
consequentemente a produção de inibidores da fermentação (por ex. temperatura,<br />
pressão, pH) devem ser determinadas. Estas variáveis podem mudar <strong>para</strong> cada tipo<br />
de pré-tratamento e processos de hidrólise, e devem ser monitorados e controlados<br />
<strong>para</strong> diminuir os efeitos dos inibidores. Variações na composição do material<br />
influenciarão algumas das variáveis monitoradas/controladas em um processo<br />
industrial (por exemplo, temperatura e pH).<br />
Para identificar equipamentos, instrumentação e automação na produção de<br />
etanol é necessário definir todas as operações dos processos e verificar as variáveis<br />
que influenciam o comportamento do processo, monitorando variáveis de estado em<br />
processos biotecnológicos utilizadas no ajuste da planta de etanol. É uma<br />
promissora área de pesquisa com impacto significativo na indústria biotecnológica, e<br />
que requer um eficiente monitoramento com sensores confiáveis <strong>para</strong> ajustar o<br />
controle dos processos.<br />
Outros aspectos importantes referem-se à modelagem computacional e<br />
integração do processo, análises apropriadas da biomassa, à avaliação da<br />
fermentação semi-sólida, incluindo o desenvolvimento de sensores robustos <strong>para</strong><br />
escala industrial, à geração e disponibilização de dados confiáveis dos processos<br />
agroindustriais <strong>para</strong> permitir a modelagem e simulação, e que inclusive sugerem a<br />
187
criação de uma ampla rede de troca de informações e integração entre os grupos de<br />
pesquisa, como aspecto estratégico <strong>para</strong> avanço no setor.<br />
Para o processo de plantio e colheita da cana de açúcar, a Agricultura de<br />
Precisão (AP) necessita da automação. Tecnologias de sensoriamento remoto,<br />
estratégia de amostragem de solo, usam de GPS e GIS (Sistema de Informação<br />
Geográfico), entre muitos outros estão sendo adaptadas e desenvolvidas <strong>para</strong> o uso<br />
agrícola, como o uso de sensores de refletância observando alguns espectros de luz<br />
tem se mostrado viável <strong>para</strong> identificar níveis de nitrogênio, matéria orgânica,<br />
insetos, plantas invasoras, entre outros, correlacionáveis através de espectroscopia<br />
de luz. Alem de novos instrumentos <strong>para</strong> medir e construir mapa de condutividade<br />
elétrica do solo tem surgindo no mercado.<br />
A utilização de sensores ditos on-the-go são um dos grandes alvos da<br />
indústria e da pesquisa nesta área. A técnica aproveitando o momento das práticas<br />
agrícolas <strong>para</strong> realiza inspeção ou monitoramento da cultura, visando evitar custos<br />
operacionais adicionais. Porém sua aplicação nem sempre é possível, em casos<br />
como monitoramento de pragas, doenças, níveis de nitrogênio na planta e outras<br />
variáveis da área cultivada, torna-se necessário entrar com instrumentos por terra na<br />
cultura dificultando muito a realização de uma amostragem eficiente.<br />
Tem surgido no mercado, serviços de fotografias tanto por satélite como por<br />
aeronaves. Recentemente tem surgido no mercado Veículos Aéreos Não Tripulados<br />
<strong>–</strong> VANT <strong>para</strong> realizar serviços de fotografias <strong>para</strong> setores de construção de obras.<br />
Houve avanços significativos em ultimas décadas. Os vários trabalhos e<br />
contribuições em métodos de sensoriamento remoto possibilitam hoje uma melhor<br />
compreensão de como a refletância e emitância das folhas altera em resposta à<br />
espessura e idade da folha, à espécie da planta, à forma da copa, estado nutricional<br />
e estado hídrico da planta.<br />
A presença da clorofila e sua absorção preferencial em diferentes<br />
comprimentos de onda fornecem a base <strong>para</strong> utilização com plataformas<br />
rádiométricas de banda larga por satélite ou sensores hiperespectrais que medem a<br />
refletância em bandas estreitas. A compreensão da refletância das folhas leva a<br />
diferentes índices vegetativo <strong>para</strong> quantificar diversos parâmetros agronômicos das<br />
188
culturas, por exemplo, a área foliar, cobertura vegetal, biomassa, tipo de cultura,<br />
estado nutricional, e de rendimento. Emitância de dossel é uma medida da<br />
temperatura foliar e os termômetros infravermelhos têm possibilitado criar índices de<br />
estresse de cultura atualmente utilizados <strong>para</strong> quantificar necessidades hídricas.<br />
Para a cultura da cana ainda carece de estudos e de metodologia <strong>para</strong> obtenção da<br />
variabilidade espacial.<br />
O papel da automação tem sido a substituição da mão-de-obra na busca pelo<br />
aumento da eficiência e competitividade. Apesar da existência da busca por<br />
tecnologias inovadoras <strong>para</strong> que cultura da cana mantenha-se competitiva ainda há<br />
espaço significativo <strong>para</strong> que a mecanização na forma mais convencional avance<br />
nas etapas de cultivo, plantio e colheita antes da automação entrar em cena.<br />
Porém, com a Agricultura de Precisão, os erros considerados desprezíveis<br />
frente às grandezas encontrados no campo, tornam-se significativos. Sobreposição<br />
na aplicação de insumos e espaços deixados pelas máquinas começa a ser<br />
contabilizados. Qualidade na operação torna-se mensurável economicamente. Os<br />
processos de monitoramento e medidas no campo tendem a se intensificar e esse<br />
requer uma quantidade de mão-de-obra qualificada pouco disponível no mercado<br />
brasileiro. Há, portanto potencial <strong>para</strong> sensoriamento automatizado.<br />
A automação na nossa realidade tende <strong>para</strong> a busca da qualidade e<br />
minimização de erros. Outro papel importante da Agricultura de Precisão é a<br />
economia de insumo. A aplicação de insumos à taxa variada pode ser realizada<br />
desde que haja máquinas automatizadas que possam aplicar de acordo com mapa<br />
de recomendação ou indicada por um sensor ―on-the-go‖.<br />
A adoção da Agricultura de Precisão requer uma mudança de postura na<br />
gestão e passar a observar a variabilidade como um dos elementos a ser<br />
considerado e gerenciado. Essa postura é considerada por muitos como uma<br />
mudança natural de <strong>para</strong>digma, porém essa mudança exige comprometimento e<br />
muito investimento. Não se faz um investimento se o retorno for considerado incerto<br />
ou se o momento não for adequado. Ainda estão sendo exploradas as<br />
oportunidades e o potencial de retorno <strong>para</strong> essa cultura. A pesquisa deve ainda<br />
aprofundar e apresentar soluções criativas e aplicáveis.<br />
189
Com o advento da AP trouxe consigo uma quantidade relativamente grande<br />
de instrumentos eletrônicos quer seja <strong>para</strong> auxiliar na navegação, quer seja na<br />
aplicação de insumos.<br />
A tecnologia de eletrônica embarcada em máquinas agrícolas tem se evoluído<br />
de forma muito intensa no vácuo de outros setores. O poder computacional<br />
disponibilizado às novas máquinas permite realizar operações agrícolas integradas<br />
ao Sistema de Informação da empresa. Tratores e implementos com conexão<br />
eletrônica intercambiável e com reconhecimento automático das funções ativas<br />
poderá ser instrumentos comum de série. Porém o que se observa é a solução<br />
proprietária de fabricante resultado de esforços próprios <strong>para</strong> atender à demanda.<br />
Geraram-se então equipamentos e formatos de arquivo não compatíveis.<br />
A conexão on-line com máquinas de diferentes fabricantes no campo tornaria<br />
possível a realização de operações coordenadas em tempo real, reduzindo tempos<br />
improdutivos, eliminando custos desnecessários e trazendo o aumento da eficiência.<br />
Isso somente é possível se houver um padrão único de comunicação. Com essa<br />
abordagem, o protocolo ISO 11783 está sendo elaborado. O potencial de uso do<br />
padrão é real, pois agrega interesses de toda cadeia.<br />
Assim uma série de oportunidades existe nas aplicações da agricultura de<br />
precisão na cadeia cana-etanol, como:<br />
Amostragens e monitoramento de solos e plantas;<br />
Utilização de imagens;<br />
Monitoramento na colheita com o uso de monitores de quantidade e<br />
qualidade da cana;<br />
Intervenções na lavoura, como por exemplo, nas aplicações de insumos<br />
sólidos e líquidos;<br />
No cultivo, o que inclui projetos de novas máquinas;<br />
Utilização de piloto automático com planejamento de percurso;<br />
Utilização de recursos matemáticos e computacionais <strong>para</strong> utilizar toda<br />
informação;<br />
Avaliações ambientais;<br />
Utilização e aplicação de resíduos agrícolas e agroindustriais;<br />
190
Desenvolvimento de sensores e ferramentas <strong>para</strong> rastreamento;<br />
Desenvolvimento do ISOBUS como aspecto fundamental <strong>para</strong> ampliar a<br />
versatilidade na utilização dos equipamentos de diferentes marcas;<br />
<strong>Automação</strong> da irrigação em cana, necessária em várias regiões do Brasil; e<br />
Sensores <strong>para</strong> plantadoras.<br />
4.4.2.12.4. <strong>Automação</strong> da Logística de Produção de Cana-Etanol<br />
A questão da logística é fundamental na produção do etanol e uma série de<br />
possibilidades <strong>para</strong> a instrumentação e automação existe, incluindo ações em<br />
parceria entre instituições públicas e iniciativa privada. Por exemplo, o<br />
monitoramento de frotas nas Usinas, através de telemetria, com comunicação em<br />
tempo real, é uma alternativa concreta, especialmente considerando que o preço da<br />
informação via satélite ainda apresenta custo relativamente elevado.<br />
A busca de alternativa <strong>para</strong> armazenamento da cana antes de entrar na<br />
agroindústria é outra possibilidade a ser avaliada, <strong>para</strong> evitar os congestionamentos<br />
e demora da entrada da matéria prima <strong>para</strong> processamento imediato, o que traz<br />
prejuízos e perda de eficiência nas Usinas.<br />
Também existem oportunidades de incorporações de sensores nas máquinas<br />
<strong>para</strong> ações preventivas. Finalmente o transporte de palhas representa desafio<br />
presente <strong>para</strong> a logística.<br />
Também como contribuição <strong>para</strong> a logística, a Embrapa Solos liderou trabalho<br />
de zoneamento agroecológico <strong>para</strong> a expansão da cana-de-açúcar <strong>para</strong> todo o<br />
Brasil, levando em conta somente áreas passíveis de mecanização com colheita e<br />
sem queima, ou seja, áreas com declividades inferiores a 12%.<br />
Conforme relatado uma série de oportunidades e desafios <strong>para</strong> a<br />
Instrumentação e <strong>Automação</strong> nas diferentes atividades agrícolas e agroindustriais da<br />
cadeia cana-etanol existem. Considerando a tendência de evolução cada vez maior<br />
das atividades relacionadas à produção do etanol evoluir, inclusive com a<br />
internacionalização da produção e uso do biocombustível, uma plataforma de<br />
pesquisa e inovação em instrumentação e automação <strong>para</strong> agroenergia seria<br />
fundamental e poderia, em futuro próximo, ser articulada e implementada.<br />
191
4.4.2.12.5. <strong>Automação</strong> do Setor de Gás Natural<br />
A utilização do gás natural apresenta muitas vantagens econômicas, mas sua<br />
maior contribuição é diretamente na melhoria dos padrões ambientais. Suas<br />
principais aplicações são as seguintes:<br />
a) Residencial e comercial: cozimento, aquecimento de água, calefação (em<br />
regiões de clima frio), entre outros;<br />
b) Industrial: combustível <strong>para</strong> fornecimento de calor, geração de eletricidade<br />
e de força motriz matéria-prima nos setores químico, petroquímico e de<br />
fertilizantes redutor siderúrgico na fabricação de aço; e<br />
c) Automotivos: combustível <strong>para</strong> veículos leves e pesados.<br />
Nesta área muitos trabalhos de <strong>Automação</strong> Industrial vêm sendo<br />
desenvolvidos com o apoio da Petrobras através da Gaspetro voltadas <strong>para</strong> defesa<br />
do meio ambiente, e com objetivo de oferecer a melhor alternativa energética de<br />
hoje e do futuro - um combustível versátil, econômico e limpo que será<br />
disponibilizado em escala compatível com a demanda de modo a alavancar o Brasil<br />
rumo à modernidade energética, destacando-se:<br />
a) Pesquisa Básica: desenvolvimento de sistemas integrados de simulação,<br />
supervisão e controle da operação de distribuição de gás natural em<br />
dutos, composto de software inteligente com interface gráfica e hardware<br />
microcontrolado com transmissão de dados via cabo ou ethernet, de baixo<br />
custo e alto valor tecnológico agregado que auxilie desde a etapa de<br />
projeto de uma malha de distribuição ao monitoramento e controle em<br />
tempo real do escoamento do gás natural nos dutos.<br />
b) Pesquisa Aplicada: desenvolver soluções tecnológicas de válvula de<br />
controle de pulso e seu acoplamento a um módulo pré-pago <strong>para</strong> ser<br />
disponibilizado aos consumidores residenciais de gás natural;<br />
c) Desenvolvimento de Novos Equipamentos e Tecnologia:<br />
implementação de módulo único de processamento e controle do fluxo de<br />
gás natural, microcontrolado, com leitor de cartão indutivo e válvula<br />
192
solenóide de dois estágios com controle por pulso (restritor de vazão) <strong>para</strong><br />
ser acoplado a medidor de gás; e<br />
d) Implantação do Produto Final: Desenvolver fornecedores <strong>para</strong> implantar<br />
soluções de processamento e controle do fluxo de gás natural, em escala<br />
industrial, a ser aplicado <strong>para</strong> diferentes classes de consumidores.<br />
4.4.2.12.6. <strong>Automação</strong> da Indústria Farmacêutica<br />
Normalmente, aplicações na indústria farmacêutica utilizam soluções na área<br />
de automação de processos contínuos e discretos, incluindo serviços desde o<br />
projeto elétrico até o start-up das unidades, possuindo protocolos padronizados pela<br />
indústria farmacêutica, sistemas validáveis e sistemas de tecnologia de automação,<br />
voltados ao aspecto gerencial das plantas controláveis.<br />
A cadeia produtiva da indústria farmacêutica inclui as diferentes etapas que<br />
cada vez mais necessitam de um alto grau de automação. Essas etapas<br />
correspondem ao recebimento de produtos de base, armazenamento de insumos,<br />
dispensação, produção, embalagem, armazenagem de produto acabado e<br />
expedição, onde os principais atores desse processo são: Produção, Farmácias,<br />
Distribuição, Armazenagem e Hospitais.<br />
A automação do setor de distribuição de medicamentos é o ponto final dessa<br />
cadeia, que é a atividade comercial que consiste no abastecimento, realização ou<br />
fornecimento de produtos destinados à transformação, revenda ou utilização em<br />
serviços médicos, unidades de saúde e farmácia, excluindo o fornecimento ao<br />
público.<br />
4.4.2.12.7. <strong>Automação</strong> de Sistemas de Irrigação<br />
Nos últimos anos, a automação de sistemas de irrigação vem sendo<br />
implantada de forma intensiva, principalmente em função do surgimento de técnicas<br />
apropriadas que vem acompanhando a modernização crescente da agricultura e<br />
abertura do mercado brasileiro às importações, principalmente com relação à<br />
irrigação localizada, liderada por empresas americanas, israelenses e européias.<br />
A necessidade da busca da otimização dos recursos produtivos, da<br />
competitividade no mercado produtivo, da necessidade de aumento de produtividade<br />
193
e redução de custos, leva a uma tendência de adoção de tecnologias capazes de<br />
tornar a exploração cada vez mais competitiva e rentável. A automação de sistemas<br />
de irrigação se faz necessária não somente pela possibilidade de diminuição dos<br />
custos com mão-de-obra, mas principalmente por necessidades operacionais, tais<br />
como irrigação de grandes áreas no período noturno.<br />
itens:<br />
As principais vantagens da automação de sistemas de irrigação os seguintes<br />
Diminuição de mão-de-obra;<br />
Irrigações noturnas sem necessidade de acompanhamento;<br />
Redução da potência de acionamento e custo de bombeamento;<br />
Precisão nos tempos e turnos de irrigação; e<br />
Eficiência na aplicação de água.<br />
4.4.3. Empresas<br />
No Anexo IV deste panorama é apresentada a relação das principais<br />
empresas que atuam no segmento de <strong>Automação</strong> Industrial, cadastradas na<br />
ABINEE, e seus produtos.<br />
4.4.4. Principais Produtos<br />
No Anexo V deste panorama é apresentada a relação dos produtos nacionais<br />
do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial, cadastrados na ABINEE.<br />
No Apêndice IV é apresentada uma descrição sucinta dos principais produtos<br />
do segmento de <strong>Automação</strong> Industrial.<br />
4.4.5. Marco Regulatório<br />
O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> é regido por normas especificas <strong>para</strong><br />
equipamentos de <strong>Automação</strong> <strong>para</strong> utilização em diferentes ambientes, com<br />
destaque a áreas explosivas, sendo os mesmos classificados <strong>para</strong> aplicações nas<br />
indústrias petroquímicas, produção de petróleo e gás, naval e offshore.<br />
194
4.4.5.1. Instalação de Equipamentos em Plantas Industriais<br />
Ao se instalar sistemas elétricos, de instrumentação ou de automação em<br />
uma planta de processamento petroquímica, ou em um local onde possam estar<br />
presentes produtos inflamáveis, as medidas de proteção tomadas e o grau de<br />
proteção que elas conferem dependem do risco potencial envolvido. O estudo de<br />
classificação de áreas tem por finalidade mapear e determinar as extensões e<br />
abrangências das áreas que podem conter misturas explosivas e,<br />
consequentemente permitir a posterior especificação de equipamentos e sistemas<br />
adequados <strong>para</strong> cada tipo de área classificada.<br />
Embora varie conforme as normas adotadas em cada país, classificação de<br />
áreas sempre é feita em função do tipo de material inflamável presente e da<br />
probabilidade de sua presença em concentrações que tornem explosiva sua mistura<br />
com o ar. As áreas da planta de processamento são classificadas na fase inicial do<br />
projeto, envolvendo principalmente a especialidade de processo, a partir das<br />
informações relativas a dados, tais como a pressão, a concentração e o inventário<br />
dos diversos produtos combustíveis presentes no processamento da planta. A partir<br />
deste estudo de classificação de áreas, deve ser assegurado que a especificação e<br />
instalação dos equipamentos atendam às exigências da área, em conformidade com<br />
as respectivas Normas aplicáveis.<br />
Um plano de classificação de áreas é um grupo de documentos que fornecem<br />
informações sobre as áreas que contenham ou possam conter atmosferas<br />
potencialmente explosivas de uma planta de processamento químico. Este grupo de<br />
documentos compreende desenhos de plantas e elevações com as extensões das<br />
áreas classificadas, lista de dados de processos sobre as substâncias inflamáveis,<br />
lista dos dados das fontes de risco, e nos casos de espaços fechados, informações<br />
pertinentes ao projeto de ventilação e de ar-condicionado, os quais possam afetar a<br />
classificação ou a extensão das áreas classificadas.<br />
Os documentos do plano de classificação de áreas de uma instalação<br />
industrial constituem de um grupo de desenhos que mostram, em escala, o arranjo<br />
completo das instalações industriais da planta, mostrando as marcações das<br />
extensões das áreas classificadas. Estas extensões e tipos de áreas classificadas<br />
devem ser definidos com base nas informações contidas nas listas de dados de<br />
195
processo das substâncias inflamáveis e nas fontes de risco, <strong>para</strong> todas as<br />
instalações existentes.<br />
O plano de classificação de áreas deve ser elaborado com base na obtenção<br />
de informações referentes às características do processo e da planta. Para esta<br />
finalidade, adicionalmente às recomendações técnicas prescritas nas normalizações<br />
sobre classificações de áreas, devem ser consultados profissionais da respectiva<br />
planta, representantes especialistas das seguintes disciplinas:<br />
Engenharia de processo;<br />
Operação;<br />
Manutenção e da inspeção de equipamentos;<br />
Projeto (tubulação, caldeiraria, mecânica, elétrica e instrumentação); e<br />
Segurança industrial.<br />
Sempre que possível, um grupo multidisciplinar, formado por profissionais<br />
representantes destas áreas, deve ser designado <strong>para</strong> os serviços de elaboração da<br />
documentação requerida pelo plano de classificação de áreas.<br />
Os planos de classificação de áreas elaborados em bases preliminares, ou<br />
seja, em fases de projeto básico, devem conter notas indicando claramente que toda<br />
a documentação foi emitida somente como base de referência e não são válidas<br />
<strong>para</strong> a operação da planta. Nestas situações, toda a documentação do plano de<br />
classificação de área deve ser revisada de acordo com os dados reais e certificados<br />
de processo e de arranjo físico dos equipamentos, durante a fase de detalhamento<br />
do projeto.<br />
4.4.5.2. Princípios de segurança na classificação de áreas<br />
Instalações onde os materiais inflamáveis são manuseados ou armazenados<br />
devem ser projetadas, operadas e mantidas de modo que qualquer liberação de<br />
material inflamável e, consequentemente, a extensão da área classificada seja a<br />
menor possível, seja em operação normal ou com relação à frequência, duração e<br />
quantidade. É importante examinar as partes de equipamentos em processo e<br />
sistemas, os quais possam liberar material inflamável, e considerar modificações do<br />
projeto <strong>para</strong> minimizar a probabilidade e frequência de liberação, quantidade e a<br />
196
taxa de liberação de material. Em caso de atividades de manutenção, exceto<br />
aquelas de operação normal, a extensão da zona pode ser afetada, mas é esperado<br />
que esta seja controlada por uma sistemática de permissão de trabalho.<br />
Os seguintes passos devem ser seguidos em uma situação que possa haver<br />
uma atmosfera explosiva de gás:<br />
a) eliminar a probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás<br />
ao redor da fonte de ignição; ou<br />
b) eliminar a fonte de ignição.<br />
Se estas medidas não forem possíveis de ser executadas, medidas de<br />
proteção, equipamentos de processo, sistemas e procedimentos devem ser<br />
selecionados e pre<strong>para</strong>dos de tal modo que a probabilidade de ocorrência<br />
simultânea dos eventos a e b acima seja a menor possível. Tais medidas podem ser<br />
usadas, independentemente, se elas forem reconhecidas como sendo altamente<br />
confiáveis, ou em combinação, <strong>para</strong> atingir um nível equivalente de segurança.<br />
4.4.5.3. Objetivos da classificação de áreas<br />
A classificação de áreas é um método de análise e classificação do ambiente<br />
onde possa ocorrer uma atmosfera explosiva, de modo a facilitar a seleção<br />
adequada e instalação de equipamentos a serem usados com segurança em tais<br />
ambientes, levando em conta os grupos de gás, assim como as respectivas classes<br />
de temperatura.<br />
Na maioria dos locais onde os produtos inflamáveis são utilizados, é difícil<br />
assegurar que jamais ocorrerá a presença de uma atmosfera explosiva. Pode<br />
também ser difícil assegurar que os equipamentos jamais se constituirão em fontes<br />
de ignição. Entretanto, em situações onde exista uma alta probabilidade de<br />
ocorrência de uma atmosfera explosiva, a confiabilidade é obtida pelo uso de<br />
equipamentos que tenham uma baixa probabilidade de se tornarem fontes de<br />
ignição. Por outro lado, onde houver uma baixa probabilidade de ocorrência de uma<br />
atmosfera explosiva, podem-se utilizar equipamentos construídos com base em<br />
normas industriais de aplicação geral.<br />
197
4.4.5.4. Normas e Regulamentações<br />
Atualmente, no Brasil, os projetos de classificação de áreas são normalmente<br />
elaborados baseando-se na Norma ABNT: NBR IEC 60079-10 e em guias de<br />
aplicação específicos, estabelecidos na normalização interna das próprias empresas<br />
químicas ou petroquímicas. Tais guias de aplicação ou normas internas de<br />
classificação de áreas são elaboradas com base nas características de seus<br />
processos produtos, nas características dos produtos manipulados (explosões,<br />
volume dos inventários, níveis de pressão, temperatura e vazão) e nos arranjos de<br />
suas instalações (ao tempo ou no interior de prédios fechados). Normalmente tais<br />
guias de aplicação contêm figuras típicas de classificação de áreas, com<br />
determinação das extensões das áreas classificadas ao redor de fontes de risco,<br />
equipamentos ou instalações típicas de seu processo produtivo.<br />
O NEC (National Electric Code), em artigo 500 a partir do ano de 1996,<br />
também passou a incorporar a designação de Zonas e de Grupos <strong>para</strong> os estudos<br />
de classificação de áreas. Até então, a designação utilizada baseava-se em critérios<br />
diferentes <strong>para</strong> a identificação de Divisões e Grupos. As Divisões eram denominadas<br />
de Divisão 1 (equivalente à Zona 1 da IEC) e Divisão 2 (equivalente à Zona 2 da<br />
IEC). Os Grupos eram subdivididos em Grupos A, B (equivalente ao Grupo IIC da<br />
IEC), Grupo C (equivalente ao Grupo IIB da IEC) e Grupo D (equivalente ao Grupo<br />
lIA da IEC).<br />
Também a Norma API 505 <strong>–</strong> American Petroleum Institute - Recommended<br />
Practice for Classification of Locations for Electrical Installations at Petroleum<br />
Facilities passou a incorporar a definição de zonas em seus procedimentos de<br />
classificação de áreas, a partir de 1997. Apesar das alterações ocorridas no NEC e<br />
no API, alinhando-se com os as nomenclaturas internacionais da IEC sobre<br />
classificação de áreas, ainda hoje podem ser encontrados projetos com a<br />
terminologia antigamente utilizada nas normas norte-americanas, seja na<br />
documentação de projetos antigos ou na documentação de equipamentos<br />
importados dos EUA (BULGARELLI, 2006).<br />
Uma relação das principais normas técnicas utilizadas no setor é apresentada<br />
nos Apêndices II e III.<br />
198
4.4.5.5. GT Ex - Atmosferas Explosivas<br />
Grupo de trabalho composto por empresas dos segmentos de <strong>Automação</strong><br />
Industrial e material elétrico de instalação, onde essas empresas possuem produtos<br />
certificados de acordo com SBAC - Sistema Brasileiro de Avaliação da<br />
Conformidade. As seguintes empresas fazem parte atualmente desse grupo: ABB,<br />
Alpha, Blinda, Bknav, Conex, Coester, Conexel, Consistec, Honeywell, Engro,<br />
Invensys, Kap, Lince, Lumens Phoenix Contact, Rockwell Automation, Schneider,<br />
Schmersal, Sense, Setha, SEW, Siemens, WEG e Yokogawa.<br />
Este grupo tem como principal objetivo apoiar a certificação compulsória<br />
implantando a certificação com inspeção dos fabricantes antes mesmo da Europa<br />
defendendo a fiscalização das instalações até culminar na publicação da NR-10<br />
incentivando a certificação de profissionais Ex.<br />
4.4.5.5.1. Principais Atribuições<br />
Apoiar a certificação Ex nacional;<br />
Disseminar informações sobre o mundo Ex;<br />
Contribuir na elaboração das políticas Ex;<br />
Compor as comissões de certificação dos OCPs;<br />
Avaliar os impactos da regulamentação Ex;<br />
Orientar empresas sobre normas e políticas Ex;<br />
Defender os interesses das empresas; e<br />
Divulgar as regulamentações Ex aos usuários.<br />
4.4.5.5.2. Principais Produtos<br />
Material elétrico instalação (caixas, prensa-cabos, acessórios);<br />
Iluminação industrial (luminárias);<br />
Sensores (proximidade, nível, vazão, temperatura);<br />
Atuadores (válvulas, conversores, acionadores);<br />
Equipamentos especiais (analisadores, medidores);<br />
Equipamentos de automação (PLCs, controladores, instrumentação);<br />
Equipamentos de comando (CCMs, partidas); e<br />
Motores elétricos.<br />
199
4.4.5.5.3. Regulamentação Ex<br />
Contribuir <strong>para</strong> a evolução do Programa Brasileiro de Avaliação da<br />
Conformidade - PBAC, sem inviabilizar o mercado produtor e consumidor;<br />
Aumentar a segurança das instalações;<br />
Apoiar e acompanhar a atualização das normas técnicas;<br />
Incentivar o desenvolvimento e atualização de produtos;<br />
Esclarecer as regras de certificação ao mercado; e<br />
Inibir a comercialização de produtos de origem duvidosa.<br />
4.4.5.5.4. Vantagens da Nova Regulamentação Ex<br />
a) DIPQ <strong>–</strong> Declaração de Importação de Produtos Ex<br />
Viabilizar o mercado consumidor proporcionando aos usuários a<br />
flexibilidade de poder utilizar equipamentos de reposição e produtos<br />
diferenciados não certificados no SBAC devido abaixa demanda;<br />
Coibir abusos por meio de restrições seletivas de produtos e de<br />
quantidades; e<br />
Viabilizar as inspeções nas plantas com a implantação do selo DIPQ<br />
implementado pelos próprios OCPs, que podem inspecionar os produtos.<br />
b) Produtos marcados Ex destinados às áreas não classificadas<br />
Visando reduzir as variações de produtos, muitos fabricantes mundiais<br />
disponibilizam somente as versões Ex;<br />
Muitos destes produtos não viabilizam a certificação brasileira, pois o<br />
nicho de aplicação não se justifica;<br />
Ainda devido a diferenças de certificação adotadas em alguns países,<br />
produtos <strong>para</strong> Zona 2 podem ser auto declarados, disseminando a<br />
marcação em uma grande variedade de produtos;<br />
A nova regulamentação possibilita a utilização destes produtos <strong>para</strong><br />
aplicações em áreas Não Classificadas;<br />
A regra atual penaliza a grande maioria destes produtos, pois sua<br />
aplicação usual não é em atmosferas potencialmente explosivas;<br />
200
O logotipo INMETRO, o logotipo do OCP e a marcação BR Ex são<br />
condições obrigatórias <strong>para</strong> a utilização em atmosferas potencialmente<br />
explosivas; e<br />
Usuários cada vez mais esclarecidos exigindo o certificado de<br />
conformidade INMETRO dos produtos Ex, <strong>para</strong> compor o prontuário das<br />
instalações elétricas, sob pena de fiscalização do MTE (NR 10).<br />
4.4.5.6. Área de Refino<br />
Na área de refino o processo requer muitos e complexos controles, diferentes<br />
da área de exploração, onde a instrumentação <strong>para</strong> o refino é muito mais ligada ao<br />
controle e a otimização dos processos. Uma das diferenças com as tecnologias<br />
utilizadas no setor de exploração e produção é que o refino possui muitas malhas de<br />
controle e unidades de processos mais complexas o que limita um pouco o uso dos<br />
PLCs com supervisórios, que dão maior flexibilidade, utilizando SDCDs <strong>para</strong> apurar<br />
mais o controle das unidades e opera-se com muitas IHMs.<br />
De qualquer modo, têm-se muitas tecnologias semelhantes às utilizadas no<br />
setor de Energia e Petróleo, mas com visões diferentes. Os sistemas de<br />
transferência de custódia, por exemplo. ―O E&P faz medição fiscal <strong>para</strong> efeitos de<br />
impostos e royalties; no refino, a medição tem seu foco no faturamento aos clientes<br />
internos e externos, pois não se quer entregar menos que o comprado‖. As estações<br />
de medição fiscal das refinarias basicamente usam medidores tipo turbina e<br />
provadores. Só mais recentemente o refino começou a avaliar medidores ultra-<br />
sônicos.<br />
A área de refino é muito próxima à de qualquer indústria petroquímica porque<br />
possui tanques de estocagem, utilizando medidores de nível de tanques, além de<br />
outros processos, tais como tratamento de água, tratamento de efluentes, entre<br />
outros. A refinaria também compra energia elétrica, gera energia elétrica, ar<br />
comprimido <strong>para</strong> uso do processo e <strong>para</strong> instrumentação. No caso da Petrobras, a<br />
interface com as outras áreas, tais como financeira, pessoal, contratação compras,<br />
entre outras ficam por conta do software, utilizada por todo o sistema Petrobras. A<br />
troca de informações de processo acontece, mesmo, em grande volume, entre as<br />
plantas dentro de cada Unidade, existindo interações off site com clientes <strong>–</strong> via<br />
Canal Cliente, um sistema especial, parte da Intranet da estatal, utilizado <strong>para</strong><br />
201
agendar a compra, o carregamento de caminhões e a transferência de produtos,<br />
interagindo também de forma on-line nas pontas dos dutos da Transpetro,<br />
integrando os sistemas de automação.<br />
Segundo a equipe da gerência de tecnologia de automação, instrumentação e<br />
elétrica, da área de abastecimento, os desafios das novas unidades de processo na<br />
área de instrumentação do refino estão muito ligados às melhorias da qualidade de<br />
combustíveis <strong>–</strong> visando adequar-se aos crescentes demandas na área de meio<br />
ambiente e <strong>para</strong> aumentar a competitividade do negócio, utilizando ainda a<br />
automação como aliada nesse processo. Em função das demandas do negócio, a<br />
área de refino é um celeiro de desafios <strong>para</strong> a automação e instrumentação,<br />
desenvolvendo soluções no projeto de novas refinarias, projetos novos em<br />
combustíveis alternativos e voltados a adaptação das unidades de refino <strong>para</strong><br />
processamento de óleos pesados, o que demanda tecnologias específicas como<br />
uma nova tecnologia <strong>para</strong> a medição de nível de dessalgadoras, por exemplo.<br />
4.4.5.6.1. Instalações Elétricas e <strong>Automação</strong> de uma Unidade Industrial<br />
O processo de regularização das instalações elétricas e automação de uma<br />
unidade industrial classificada são baseados na norma NBR IEC 60079-14, que se<br />
refere aos equipamentos com proteções necessárias <strong>para</strong> se trabalhar em área<br />
classificada (tipo Ex). Assim, deverá possuir documentos de Classificação de áreas,<br />
e também uma inspeção das áreas, onde serão relatadas as não conformidades,<br />
baseadas na norma de Inspeção NBR IEC 60079-17, verificando se os<br />
equipamentos estão de acordo com o tipo de zoneamento, Zona 0, Zona 1 e Zona 2,<br />
referente a produtos inflamáveis, ou Zona 20, Zona 21 e Zona 22, referentes a<br />
poeiras combustíveis e também se a instalação do mesmo foi executada da forma<br />
adequada conforme norma citada.<br />
Existem muitos tipos de proteção de equipamentos elétricos e eletrônicos Ex<br />
certificados, <strong>para</strong> determinado tipo de zona, como: Ex-d, à prova de explosão; Ex-e,<br />
segurança aumentada; Ex-p, pressurizado; Ex-i, segurança intrínseca; Ex-n, não<br />
acendível; Ex-o, imerso em óleo; Ex-m, encapsulado, Ex-q, imerso em areia; por<br />
isso é necessária a especificação correta do equipamento <strong>para</strong> a área a ser<br />
instalada.<br />
202
Na classificação de áreas se conhece o grupo de gases de nossa área e<br />
também a temperatura de auto-ignição, estes itens são muito importantes <strong>para</strong> se<br />
especificar os equipamentos adequados, além de que é compulsória a certificação<br />
deles. O laudo de inspeção das instalações, segundo a norma citada NBR IEC<br />
60079-17 obtêm-se as não conformidades em relação às áreas classificadas, ou<br />
seja, vários itens referentes à falta de equipamentos, equipamentos inadequados ao<br />
tipo de Zoneamento, tipo de instalação inadequada. Com esse laudo podem-se<br />
providenciar as correções, adquirindo o equipamento correto e certificado, e fazendo<br />
a instalação adequada. Existem muitos casos, onde a empresa adquire o<br />
equipamento correto, porém em uma inspeção nota-se a instalação inadequada do<br />
mesmo, não conforme normas.<br />
O processo de regularização de uma unidade industrial deverá ser feito por<br />
um profissional qualificado e habilitado. Os profissionais Ex deverão ter<br />
conhecimento de normas, e experiência com esse tipo de instalação e automação<br />
em áreas classificadas. Toda essa exigência origina-se da versão da NR 10, que<br />
ratifica o compromisso das empresas em normalizar sua situação elétrica, estimula a<br />
regularização de equipamentos de áreas classificadas e exige que as empresas se<br />
preocupem mais com a segurança dos seus funcionários e patrimônio.<br />
Instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de<br />
incêndio ou explosões devem adotar dispositivos de proteção, como alarme e<br />
seccionamento automático, <strong>para</strong> prevenir sobre-tensões, sobre-correntes, falhas de<br />
isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação,<br />
consequentemente as empresas deverão fazer a regularização <strong>para</strong> a obtenção do<br />
Certificado das instalações elétricas em áreas classificadas, que será parte do<br />
Prontuário da NR-10, juntamente com o <strong>Estudo</strong> de Classificação de áreas.<br />
4.4.5.7. Atmosferas Explosivas<br />
As normas brasileiras sobre atmosferas explosivas são elaboradas pelo<br />
Subcomitê SC-31 (Atmosferas Explosivas) do COBEI - Comitê Brasileiro de<br />
Eletricidade, <strong>Eletrônica</strong>, Telecomunicações e Iluminação, constituídas de cerca de<br />
60 profissionais envolvidos em equipamentos e instalações elétricas em atmosferas<br />
explosivas, representantes de cerca de 40 empresas nas áreas de consultoria,<br />
projeto, instalação, fabricação, laboratórios de ensaios, Organismos de Certificação<br />
203
acreditados pelo Inmetro, seguradoras, órgãos de classe, indústria siderúrgica, e<br />
empresas das áreas químicas, petroquímicas e da indústria do petróleo, usuárias de<br />
equipamentos e de instalações em atmosferas explosivas de gases, vapores,<br />
névoas ou poeiras explosivas, cujo objetivo é elaborar e manter as normas<br />
brasileiras referentes aos equipamentos e instalações onde exista o risco devido à<br />
possibilidade de presença de atmosferas explosivas de gases, vapores, névoas ou<br />
poeiras combustíveis empresas. A principal missão desse Subcomitê é a elaboração<br />
de Normas Brasileiras, baseadas em texto condensado pelos integrantes do grupo,<br />
no formato ABNT/NBR-IEC referentes aos equipamentos e instalações Ex,<br />
equivalente à respectiva norma internacional IEC, onde exista o risco devido à<br />
possibilidade de presença de atmosferas explosivas de gases, vapores, névoas<br />
inflamáveis ou poeiras combustíveis, acompanhando a elaboração e participando da<br />
evolução das respectivas normas técnicas internacionais elaboradas pelo TC-31 da<br />
IEC.<br />
O Subcomitê SC-31 possui atualmente uma carteira de trabalho de 35<br />
normas, entre projetos de novas normas e de manutenção das já publicadas e<br />
atualizadas através de novas edições. Nesta série de Normas encontram-se as de<br />
procedimentos de classificação de áreas, de instalação, inspeção, manutenção,<br />
reparo e revisão de equipamentos e instalações, especificações técnicas de<br />
produtos, especificação e ensaios de graus de proteção de invólucros, definição das<br />
características técnicas dos tipos de proteção e procedimentos de ensaios e de<br />
desempenho dos produtos. Seguindo a tendência normativa mundial dos países<br />
membros da IEC, incluindo o Brasil, as Normas que envolvem certificação de<br />
produtos e de instalações Ex são Normas equivalentes IEC.<br />
Esta política de normalização tem por objetivo harmonizar as Normas<br />
Nacionais de cada país com a normalização Internacional, de forma a padronizar os<br />
procedimentos de projeto, ensaios, marcação, certificação, classificação de áreas,<br />
instalação, inspeção, manutenção, reparos e revisão de equipamentos e instalações<br />
Ex. Desta forma, as normas que são elaboradas pelo Subcomitê SC-31 são normas<br />
do tipo equivalente NBR IEC, ou seja, são normas harmonizadas com as respectivas<br />
normas da IEC, sem desvios.<br />
204
Sempre que o Brasil tem propostas de melhorias às normas Ex existentes, as<br />
mesmas são enviadas <strong>para</strong> análise pelo TC-31, <strong>para</strong> incorporação nas normas<br />
internacionais da IEC, de forma que tais comentários são também incorporados<br />
pelas respectivas normas equivalentes NBR IEC. O Subcomitê SC-31 encontra-se<br />
subdividido em seis Comissões de <strong>Estudo</strong> (CE), organizadas por temas e por áreas<br />
de especialização técnica, de forma a otimizar a participação dos profissionais e<br />
empresas envolvidas nos trabalhos.<br />
4.4.5.7.1. Equipamentos e Produtos específicos<br />
Existem empresas com propósito especifico de comercializar produtos <strong>para</strong><br />
as áreas de automação e eletricidade destinadas a utilização em atmosferas<br />
potencialmente explosivas, dispondo de uma linha completa de produtos <strong>para</strong><br />
medição de vazão de líquidos e gases com eletrônica local e remota. Estas<br />
empresas devem ser formadas por profissionais experientes e com um a estrutura<br />
treinada <strong>para</strong> os serviços de assistência técnica pós-vendas, com atendimento<br />
diferenciado e sempre atualizado em termos de tecnologias disponíveis no mundo,<br />
que possam proporcionar a modernização de plantas industriais otimizando a<br />
relação custo-benefício das instalações.<br />
Pode-se citar como exemplo de equipamentos as Unidades Remotas <strong>para</strong><br />
Zona 1, um equipamento extremamente versátil, confiável e com protocolo de<br />
comunicação totalmente aberto, Redes de Campo; Interfaces <strong>para</strong> controle na Zona<br />
1 e Zona 2; Painéis pressurizados; Equipamentos de pressurização; Medidores de<br />
vazão; Válvulas solenóides; Controles Aeronáuticos; Quadros de distribuição de<br />
força <strong>para</strong> Zona 1 e Zona 2; Equipamentos Elétricos <strong>para</strong> Zona 1 e Zona 2.<br />
4.4.5.7.2. Certificação INMETRO<br />
requisitos:<br />
Para certificação INMETRO esses produtos devem atender os seguintes<br />
Comprovar que o equipamento fabricado ou fornecido <strong>para</strong> uso em área<br />
potencialmente explosiva está em conformidade com as normas brasileiras;<br />
Exigência legal e Obrigatória (Portaria 176 de 17.07.2000):<br />
205
1. Exige que a partir de 2001 todos os equipamentos elétricos <strong>para</strong> áreas<br />
classificadas ostentem a identificação da Certificação do Sistema<br />
Brasileira de Certificação (SBC);<br />
2. Mantém a certificação compulsória salvo as exceções previstas<br />
(pequena quantidade, squid mounted);<br />
3. Define a Norma do INMETRO NIE DINQP 096 fev/00 como regra<br />
específica <strong>para</strong> a certificação de equipamentos elétricos <strong>para</strong><br />
atmosferas explosivas (hoje Portaria 083 de 03/Abr/2006):<br />
Ensaio de tipo;<br />
Avaliação do sistema de qualidade; e<br />
Determina que a certificação se baseie nas normas IEC a partir de<br />
maio 2004.<br />
Conforme a Portaria 598 e pela própria NR 10 e também pela Portaria 126<br />
de 03/06/2005 e NR28 e NR 03 as quais se estabelecem critérios de multa,<br />
embargo e interdição, respectivamente.<br />
4.4.5.7.3. Equipamentos, Produtos e Serviços<br />
Os principais produtos utilizados específicos em atmosferas explosivas são os<br />
seguintes: Conectores Elétricos, Módulos de <strong>Automação</strong>, Caixa de Passagem e<br />
distribuição, Unidade de Controle de Pressão (Ex p), Estações de Controle e<br />
Comando, Terminais de Visualização (IHMs), Coletores de Dados (Pocket PC),<br />
Sensor Magnético (Magnetic Reed Switch). O Quadro 24 apresenta os principais<br />
serviços realizados nessa área.<br />
Vale a pena ressaltar que esses produtos e serviços têm vasta utilização no<br />
setor de Gás Natural e Petróleo, como também em indústrias químicas,<br />
farmacêuticas, e terminais de carregamento.<br />
206
Quadro 24 - Relação de Serviços Específicos em Atmosferas Explosivas.<br />
Relação de Serviços Soluções<br />
Analisadores e Tecnologia de<br />
Medição<br />
Tecnologia de <strong>Automação</strong><br />
Equipamentos Elétricos <strong>para</strong><br />
Mineração<br />
Engenharia de Serviços<br />
Sistemas de Medição e Aquisição de<br />
Dados<br />
Motores e Acionamentos<br />
Treinamento<br />
Equipamentos de Controle e<br />
Conexões<br />
Tecnologia de Aquecimento<br />
Fonte: Bulgarelli, 2006.<br />
Analisadores e Sistemas de Análise<br />
Medição de Vibração<br />
Medição de Umidade<br />
Instrumentação Sísmica<br />
Medição de Temperatura<br />
Monitoração de temperatura<br />
Interfaces e Barramentos Ex<br />
Sistemas de Visualização e Comunicação<br />
Motores<br />
<strong>Automação</strong><br />
Conversores<br />
Sistemas de Controle Elétrico<br />
Desenvolvimento de Soluções<br />
Serviços<br />
Armazenamento, Distribuição e Manipulação<br />
de Fluídos Perigosos, Leite e Alimentos<br />
Motores Ex d<br />
Soluções de Acionamentos<br />
Sistemas de Controle<br />
Serviços<br />
Seminários<br />
4.4.6. Cenário atual da <strong>Automação</strong> Industrial<br />
4.4.6.1. Contexto Atual<br />
Estações de comando e controle<br />
Sistemas de instalação Ex<br />
Unidades de pressurização Ex p<br />
Proteção em poeiras explosivas<br />
Sistemas de aquecimento<br />
Componentes industriais<br />
Componentes domésticos<br />
Sistemas de detecção de vazamento<br />
Detecção de Água<br />
Nos últimos anos, a área de <strong>Automação</strong> Industrial está sendo repensada em<br />
função do grande desenvolvimento experimentado pelas técnicas digitais. No<br />
contexto industrial, há algumas décadas os problemas de automação são cada vez<br />
mais importantes. A sociedade de<strong>para</strong>-se com o avanço da tecnologia e com os<br />
seus desafios, que não são poucos. No entanto, observa-se que algumas perguntas<br />
precisam ser respondidas <strong>para</strong> melhor encaminhar esta importante área do<br />
conhecimento: como as instituições podem formar profissionais com capacitação<br />
207
técnica suficiente <strong>para</strong> contornar suas próprias dificuldades? E garantir uma relação<br />
técnica com a sociedade sem assustá-la? O assunto é diversificado, pois abrange<br />
desde tópicos relativos à arquitetura de hardware e software, programação de<br />
controladores lógicos programáveis, controle de malhas contínuas até o<br />
gerenciamento estratégico de uma empresa, passando pela supervisão dos<br />
processos industriais e pela logística da produção. As técnicas desenvolvidas <strong>para</strong> o<br />
tratamento desses problemas atingiram hoje um relativo grau de sofisticação<br />
tecnológica e formal, exigindo pessoal técnico com formação específica <strong>para</strong> sua<br />
aplicação adequada.<br />
Os cursos de formação profissional vêm se colocando na contingência de<br />
munir seus estudantes de ferramentas que os possibilitem, no menor tempo<br />
possível, se adequarem ao quotidiano técnico de uma empresa e, pelo maior tempo<br />
possível, estarem pre<strong>para</strong>dos <strong>para</strong> se atualizar tecnicamente. Estes objetivos, em<br />
parte conflitantes, conduzem <strong>para</strong> a seguinte questão: qual o compromisso ideal<br />
entre profundidade e abrangência quando se leciona uma disciplina de automação<br />
industrial?<br />
De fato, as limitações de tempo em um curso de engenharia obrigam que se<br />
opte ou por aprofundar certos tópicos da matéria, deixando o aluno sem visão de<br />
conjunto, ou por dar uma idéia geral do problema, deixando lacunas na formação do<br />
estudante que tornarão mais lento o acompanhamento dos avanços de seu campo<br />
de trabalho. E assim, a formação de engenheiros qualificados <strong>para</strong> o futuro é<br />
necessária, equilibrando estas decisões sobre profundidade e abrangência.<br />
Segundo Paulo Freire, a tecnologia de um país é sua educação de qualidade, e a<br />
tecnologia é a base de sustentação da economia e soberania de uma nação.<br />
O atual desenvolvimento da tecnologia e, em termos mais específicos, da<br />
automação, levou ao surgimento de novas técnicas de implementação de<br />
funcionalidades, de forma a aperfeiçoar a produção industrial, a operação de<br />
equipamentos, construção de dispositivos simples e baratos em larga escala e, em<br />
último caso, fornecer um benefício ao usuário final. O aumento da capacidade<br />
computacional dos dispositivos de processamento, o surgimento de novas formas de<br />
comunicação industrial, com protocolos bem definidos e de desempenho eficiente, o<br />
desenvolvimento de sistemas embarcados e implementação em hardware, as novas<br />
208
formas de gerenciamento de informações de produção, por meio de sistemas<br />
especializados, enfim, a tecnologia evoluiu bastante e, a serviço da automação,<br />
dispõe uma variedade de alternativas <strong>para</strong> a implementação de formas mais<br />
eficazes na resolução de problemas.<br />
4.4.6.2. Desafios<br />
Com base nisso, diferentes contextos permitem definir interessantes áreas<br />
nas quais a tecnologia possibilita novas perspectivas atuais e futuras <strong>para</strong> o<br />
desenvolvimento da automação. Em algumas delas, são levantados problemas<br />
comuns que surgem da própria evolução tecnológica, como problemas sociais. A<br />
maioria, porém, discute os benefícios de algumas tecnologias consideradas<br />
relevantes <strong>para</strong> a automação.<br />
Entre os muitos desafios da automação moderna, serão abordados neste<br />
trabalho os seguintes: no campo social, Formação Técnica de Profissionais e<br />
Educação da Sociedade quanto à Evolução Tecnológica Proporcionada pela<br />
<strong>Automação</strong>:<br />
1. Segurança e Confiabilidade em Sistemas Críticos;<br />
2. Otimização de Informações, no sentido de Fornecer uma Interface Homem<br />
Máquina Apropriada;<br />
3. Reconhecimento de Padrões;<br />
4. Identificação de Falhas em Sistemas de <strong>Automação</strong>;<br />
5. Comunicação Segura entre Dispositivos Heterogêneos;<br />
6. Sistemas de <strong>Automação</strong> Residencial;<br />
7. Gerenciamento de Informações de Tempo Real;<br />
8. Aplicações em Áreas correlacionadas a Medicina; e<br />
9. Impactos Sociais e Ambientes Gerados pela <strong>Automação</strong>.<br />
4.4.6.3. Cenário Atual da Robótica no Brasil e no Mundo<br />
No Brasil a principal aplicação de robótica é na área de soldagem e<br />
montagem industrial. A compra de robôs no Brasil fica muito abaixo da média<br />
mundial, e o número de robôs novos comprados pela indústria brasileira vem caindo<br />
desde 2000, segundo um relatório divulgado pela UNECE - United Nations Economic<br />
Commission for Europe. Em 2000, a indústria brasileira adquiriu 700 máquinas, essa<br />
209
quantidade caiu <strong>para</strong> 280 em 2002 e <strong>para</strong> 230, em 2003. O investimento lento no<br />
Brasil contrasta com o aumento registrado mundialmente, onde em 2007, os<br />
investimentos globais aumentaram em 19%.<br />
Os números registrados no Brasil contrastam com os verificados em outras<br />
regiões. Na América do Norte, o aumento no setor foi de 28%. No Japão, com cerca<br />
de metade dos atuais 800.000 robôs existentes, o crescimento foi de 25%. Na União<br />
Européia, o aumento foi mais modesto, de 4%. Mas segundo o estudo, isso se deve<br />
ao fato de que a região apresentou dígitos duplos de crescimento de mercado desde<br />
1994, com exceção de 1997 e 2001-2002.<br />
Não há dados atualizados da aplicação da robótica em 2009. A Organização<br />
das Nações Unidas (ONU) previu que o investimento no setor deveria continuar a<br />
crescer e que haveria um aumento anual de quase 7% até 2007. Esse aumento nos<br />
investimentos pode ser explicado por avanços em tecnologia, importante aumento<br />
no custo da mão-de-obra especializada e, principalmente, na queda dos preços do<br />
produto. No ano passado, um robô custou um quarto do preço registrado em 1990.<br />
Em residências, o uso de robôs domésticos também tem aumentado. No fim<br />
de 2003, cerca de 600.000 máquinas estavam em uso mundialmente. A previsão<br />
<strong>para</strong> o período 2004-2007 é de que mais de 4 milhões de unidades devem ser<br />
adicionadas a esse total. A maior parte dos robôs atualmente em uso é de<br />
cortadores de grama e aspiradores de pó. Mas o estudo afirma que, no futuro, os<br />
robôs estarão realizando todo tipo de atividade.<br />
Estima-se que no mundo inteiro exista pelo menos um milhão de unidades<br />
(possivelmente o estoque real está perto de um milhão de unidades), dos quais<br />
400.000 no Japão, perto de 250.000 na União Européia e aproximadamente 120.000<br />
na América do Norte. Na Europa, a Alemanha lidera com 112.700 unidades, seguida<br />
por Itália com 50.000, França 32.000, Espanha com 30.000 e o Reino Unido com<br />
20.000. Estima-se que o Brasil tenha mais de 9.000 unidades.<br />
O número de robôs por trabalhadores existentes na indústria de manufatura é<br />
aproximadamente 350 <strong>para</strong> 10.000 empregados no Japão, 150 na Alemanha, 120<br />
na Itália, 100 na Suécia e cerca de 90 na Finlândia. Na Espanha, França, Estados<br />
Unidos, Áustria, e Dinamarca. No Reino Unido, a densidade atingiu<br />
aproximadamente 40.<br />
210
Dentro do contexto mundial, dois setores se destacam:<br />
Indústria automobilística: onde em países como Japão, Itália e Alemanha<br />
há aproximadamente um robô <strong>para</strong> cada dez trabalhadores; e<br />
Robôs de serviço atuantes em residências: estima-se um crescimento em<br />
escala mundial, onde no final de 2003, aproximadamente 610.000<br />
aspiradores autônomos e robôs cortadores de grama estarão em operação,<br />
e entre os anos de 2004 - 2008, mais de 4 milhões de novas unidades<br />
estão previstas. No Brasil não existe nenhum dado detalhado.<br />
4.4.7. Principais Resultados<br />
Pesados investimentos em automação são muitas vezes justificados pela<br />
segurança de processos industriais e de infraestrutura críticos, pois a automação<br />
tem sido vista como uma forma de minimizar o erro humano. Entretanto, alguns<br />
acidentes graves em plantas químicas e nucleares têm chamado a atenção <strong>para</strong> a<br />
possibilidade de ocorrência de eventos não previstos pelos projetistas dos sistemas<br />
de controle. Nesses casos, a farta disponibilidade e informações não-relevantes,<br />
ocupando tanto os sistemas quanto seus operadores, fez com que irregularidades<br />
rapidamente evoluíssem <strong>para</strong> catástrofes. Verificou-se também que nem sempre os<br />
operadores possuem um conhecimento sobre o processo coerente com quem o<br />
projetou.<br />
4.4.8. Considerações<br />
As indústrias e atividades associadas à automação industrial e controle de<br />
processos podem representar um importante papel na geração de empregos<br />
altamente qualificados em física, química, engenharia, software e eletrônica e<br />
microeletrônica.<br />
A automação pode também contribuir <strong>para</strong> canalizar atividades científicas<br />
<strong>para</strong> a criação de produtos com elevado conteúdo tecnológico e alto valor agregado.<br />
Contudo, <strong>para</strong> que estes efeitos benéficos se tornem realidade, é fundamental<br />
incrementar o valor agregado no país aos produtos e serviços de automação que<br />
aqui são consumidos.<br />
211
4.5. <strong>Automação</strong> Predial<br />
O uso racional de energia elétrica, a segurança e conforto dos usuários e a<br />
preocupação com o meio ambiente são fatores relevantes <strong>para</strong> o uso de tecnologias<br />
de automação aplicadas em plantas. As plantas inteligentes são concebidas <strong>para</strong><br />
causarem o mínimo impacto ambiental, com o menor consumo de energia possível e<br />
melhor aproveitamento dos recursos, além de proporcionar maior segurança e<br />
conforto <strong>para</strong> seus usuários (MONTEBELLER, 2006).<br />
Assim cada planta é diferenciada, tendo características próprias e inerentes a<br />
cada aplicação, os conceitos de automação são utilizados no sentido de atender as<br />
necessidades e requisitos e desta forma garantir que todos os sistemas atendam<br />
estas demandas específicas. Essas aplicações podem ser direcionadas a<br />
aeroportos, setor de alimentos e bebidas, edifícios comerciais, instituições<br />
educacionais, indústria farmacêutica, administração governamental, hospitais,<br />
hotéis, química, shopping centers, e outros setores.<br />
A integração passou a ser uma exigência atual dos sistemas que compõem a<br />
automação predial, onde o projeto de automação deve prever, além dos sistemas<br />
básicos de controle e gerenciamento dos dispositivos, as redes de dados, voz,<br />
multimídia, Internet, entre outros.<br />
4.5.1. Conceito de Domótica<br />
Domótica é a área tecnológica que se aplica à busca da eficiência,<br />
produtividade, conforto e segurança necessários e imprescindíveis nas instalações<br />
industriais, prediais e residenciais (SARAMAGO, 2002).<br />
Este conceito surgiu no final dos anos 70, <strong>para</strong> resolver os problemas de<br />
qualidade dos espaços habitacionais, surgem nos EUA os primeiros sistemas de<br />
edifícios a serem eletronicamente controlados. Nos anos 80, surge o termo smart<br />
house, intelligent house ou domótica, a partir do aparecimento de sistemas de<br />
automação de segurança, iluminação e acesso justificados pela tendência de<br />
economia de energia. A partir dos anos 90, a tendência é integrar os diferentes<br />
sistemas (segurança, condicionamento ambiental, etc.) que compõem uma<br />
edificação, com o objetivo de melhorar a produtividade e o conforto dos usuários.<br />
212
Esta tecnologia permite a gestão de todos os recursos habitacionais,<br />
apresentando inúmeras vantagens e motivações, entre as quais economia na gestão<br />
da energia, conforto, segurança e comunicação.<br />
Atualmente a evolução tecnológica dos diferentes sistemas de automação<br />
aliada as novas tecnologias de comunicação em rede, tem estimulado a indústria de<br />
construção a incorporar soluções inovadoras de <strong>Automação</strong> Predial em seus novos<br />
empreendimentos levantando a um crescimento deste setor em cerca de 20% ao<br />
ano e já é possível encontrar algumas construtoras que oferecem em seus<br />
empreendimentos a base dessa tecnologia. (AURESIDE, 2009).<br />
4.5.2. Classificação<br />
A automação predial é considerada uma vasta área de aplicação do setor de<br />
<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, e as empresas que atuam nessa área podem ser<br />
classificadas em diferentes setores de aplicação.<br />
Um projeto de automação predial exige um planejamento e especificação de<br />
funcionalidades de modo a ter um investimento com possibilidade de retorno em<br />
curto prazo de tempo, com possibilidade de incorporação de novas tecnologias em<br />
qualquer momento. O planejamento deve ser orientado <strong>para</strong> as novas tecnologias,<br />
necessidades, níveis de sistemas, manutenção e facilidade de utilização.<br />
4.5.2.1. Edifícios Inteligentes<br />
Os mesmos conceitos aplicáveis a residências também são utilizados <strong>para</strong> a<br />
automação de edifícios, tornando-os muito mais eficientes, seguros e econômicos. A<br />
automação de um edifício inteligente é caracterizada pela integração de diversos<br />
sistemas.<br />
O projeto de edifícios inteligentes deve considerar aspectos relacionados ao<br />
tamanho, conforto, padrões de qualidade, integração e climatização de ambientes,<br />
visando ainda à redução de custos de energia e manutenção. Assim, torna-se<br />
imprescindível o desenvolvimento de um conjunto de soluções completas e<br />
integradas <strong>para</strong> automação e controle de um edifício, capazes de atender as essas<br />
213
demandas do usuário final e requisitos de planejamento, instalação e<br />
comissionamento (SIEMENS, 2009).<br />
Os principais sistemas a serem automatizados em um edifício (Figura 14)<br />
são os seguintes:<br />
Controle de ar-condicionado;<br />
Controle de energia e consumo;<br />
Controle de bomba de água;<br />
Controle de alarme de Incêndio;<br />
Racionalização de custos de energia;<br />
Controle de iluminação;<br />
Sistema de segurança;<br />
Controle de acesso;<br />
CFTV;<br />
Detecção de incêndios;<br />
Estacionamentos; e<br />
Instalações elétricas, hidráulicas, gás, entre outros.<br />
A automação desses sistemas permite o gerenciamento de recursos e<br />
manutenção rápida de todos os dispositivos instalados no edifício, além de garantir o<br />
bem estar dos ocupantes do local.<br />
214
Detecção de<br />
incêndio<br />
Figura 14 - Principais Sistemas de <strong>Automação</strong> de um Edifício Inteligente.<br />
Fonte: Montebelller, 2006.<br />
Aspectos relacionados à segurança de usuários e funcionários representam<br />
um fator preponderante na escolha de um projeto de automação predial. Sensores<br />
de presença em salas e escritório, controles de acesso, circuitos fechados de TV e<br />
elevadores automatizados são apenas alguns exemplos, entre os muitos aplicáveis<br />
<strong>para</strong> tornar um prédio seguro, confortável e prático atendendo, desta forma,<br />
exigências de um público preocupado com a proteção pessoal e social.<br />
O sistema predial abrange a automação elétrica, hidráulica e de ar-<br />
condicionado; segurança patrimonial como controle de acesso, detecção e alarme<br />
de incêndios; circuito fechado de televisão; sistemas de voz, sistemas de<br />
comunicação via rádio, entre outros. Além desses, os sistemas de elevadores, de<br />
geradores, no-break, redes de instrumentação elétrica inteligente e equipamentos<br />
diversos do interior do edifício como cozinhas e lavanderias, também fazem parte da<br />
<strong>Automação</strong> Predial.<br />
Controle de<br />
Acesso<br />
Ar-condicionado<br />
<strong>Automação</strong> Predial<br />
(Sistema Supervisório)<br />
A quantidade de elementos passíveis de automação em um edifício é grande<br />
e a interligação desses elementos é uma tarefa difícil.<br />
215<br />
Iluminação<br />
Outros<br />
Sistemas<br />
Segurança
4.5.2.2. <strong>Automação</strong> Residencial<br />
<strong>Automação</strong> da Rede Elétrica é uma das principais áreas da <strong>Automação</strong><br />
Residencial. Significa controlar e integrar todos os itens que envolvem energia<br />
elétrica, ou seja, integrar os diversos itens energizados, como: portões, persianas,<br />
portas, iluminação, sonorização, entre outros.<br />
Os projetos de automação integrada em sistemas prediais modernos devem<br />
incluir recursos de conforto e disponibilidade ao usuário, por meio da gestão<br />
integrada de serviços e equipamentos de automação. Os principais recursos que a<br />
<strong>Automação</strong> Predial deverá incorporar são os seguintes:<br />
Gerenciamento e distribuição de energia e controle de demanda;<br />
Controle de iluminação, de acessos e simulação de presença;<br />
Controle bioclimático por meio de calefação, ventilação e condicionamento<br />
de ar;<br />
Distribuição, filtragem e aquecimento de água, segurança e comunicação<br />
e acesso remoto;<br />
Equipamentos multimídia: controle de áudio, vídeo e som ambiente;<br />
Segurança (alarmes, monitoramento);<br />
Telefonia e TV por assinatura com capacidade de monitoramento;<br />
Redes de dados e informática;<br />
Persianas e cortinas automáticas;<br />
Eletrodomésticos inteligentes;<br />
Utilidades (irrigar, bombas, aspiração central, gás); e<br />
Sistemas de mobilidade e acesso (cadeiras de rodas, macas e<br />
elevadores).<br />
4.5.2.3. <strong>Automação</strong> de Sistemas de Transporte e Armazenamento<br />
<strong>Automação</strong> ferroviária;<br />
Torre de comando;<br />
Vias de acesso;<br />
Pátios de manobra;<br />
Estacionamentos de Trens;<br />
Estocagem de grãos;<br />
216
Movimentações de cargas; e<br />
Silos.<br />
4.5.2.4. Outros Sistemas de <strong>Automação</strong><br />
<strong>Automação</strong> de subestações e usinas;<br />
<strong>Automação</strong> de concessionárias de energia elétrica;<br />
<strong>Automação</strong> sistemas de telecomunicação;<br />
Concessionárias de energia, que são Centros de Operação de<br />
Telecomunicação conectados a diversos sítios não atendidos. Nesses<br />
sítios, são controlados equipamentos de infraestrutura, tais como: ar-<br />
condicionado, grupo diesel gerador, sistemas de alimentação, no-breaks,<br />
entre outros, e equipamentos de telecomunicação tais, como multiplex,<br />
rádios UHF, VHF, sistemas de fibra óptica, entre outros;<br />
<strong>Automação</strong> de concessionárias de água e esgoto;<br />
<strong>Automação</strong> do sistema de gerenciamento de energia de uma cidade; e<br />
<strong>Automação</strong> Predial de estações de trem.<br />
4.5.3. Empresas<br />
Considerando a importância do segmento de <strong>Automação</strong> Predial, a ABINEE<br />
implementou uma área de acompanhamento denominada de Sistemas<br />
Eletroeletrônicos Prediais constituída atualmente por 31 empresas (Quadro 25),<br />
concentradas fortemente no estado de São Paulo e distribuídas geograficamente<br />
conforme mostra o Gráfico 17.<br />
217
Quadro 25 - Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos Industriais.<br />
No Empresa Estado<br />
1 Acces Control e Sistemas Ltda * SP<br />
2 ACS Automacao Controles Sistemas Industriais Ltda * SP<br />
3 Antenas Thevear Ltda * SP<br />
4 AZ Indústria Eletronica Ltda * RS<br />
5 Biometrus Ind Eletro-Eletronicas S/A * MG<br />
6 Bycon Ind e Com Eletro Eletronicos Ltda * SP<br />
7 Compatec Sistemas Eletronicos Ltda * RS<br />
8 Comtex Indústria Comercio Imp Exp S/A * RJ<br />
9 Controle Engenharia e Instalacoes Ltda * MG<br />
10 Contronics <strong>Automação</strong> Ltda * SC<br />
11 Danval Indústria de Equipamentos Ltda * SP<br />
12 Exatron Indústria Eletronica Ltda * RS<br />
13 Fort Knox Tecnologia De Seguranca Ltda * SP<br />
14 Garen Indústria Eletroeletronica Ltda-ME * SP<br />
15 General Electric Do Brasil Ltda SP<br />
16 HDL da Amazonia Ind Eletronica Ltda * SP<br />
17 Helmut Mauell do Brasil Ind e Com Ltda * SP<br />
18 Intelbras S/A Ind Telecom Eletron Bras * SC<br />
19 Kodo BR Eletronica Ltda * BA<br />
20 Panasonic do Brasil Ltda * SP<br />
21 Pial Legrand Gl Eletro-Eletronicos Ltda SP<br />
22 Robert Bosch Ltda SP<br />
23 Saturnia Sistemas de Energia Ltda * SP<br />
24 Schneider Electric Brasil Ltda SP<br />
25 Siemens Ltda SP<br />
26 Sony Brasil Ltda SP<br />
27 Sulton Produtos Eletronicos Ltda * PR<br />
28 Teikon Tecnologia Industrial S/A * RS<br />
29 Tron Controles Eletricos Ltda * PE<br />
30 Vertex Indústria e Comercio Ltda * RS<br />
31 VMI Sistemas de Seguranca Ltda * MG<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
* Empresas nacionais.<br />
218
Gráfico 17 <strong>–</strong> Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem a área de<br />
Sistemas Eletrônicos Prediais.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
A área de Sistemas Eletroeletrônicos Prediais é constituída dos grupos:<br />
a) Segurança <strong>Eletrônica</strong>;<br />
b) Sistemas <strong>para</strong> Incêndio; e<br />
c) <strong>Automação</strong> e Controle de Conforto e Utilidade.<br />
A Tabela 36 apresenta os dados globais de faturamento apresentados nesses<br />
últimos cinco anos por esse segmento, representados pela venda de materiais e<br />
equipamentos e serviços de integração (ABINEE, 2009). Pode-se constatar um<br />
aumento significativo de crescimento anual do faturamento nesse setor a partir de<br />
2006 (aproximadamente 30%).<br />
Em relação ao período de 2009 a 2011 o crescimento do segmento estava<br />
previsto <strong>para</strong> 20% ao ano (previsão de mercado <strong>para</strong> 2011 era de R$ 3,45 bilhões).<br />
Entretanto, <strong>para</strong> estes três anos, a ABINEE está considerando um<br />
crescimento menor, pois a base dos anos anteriores (2008, por exemplo) é mais<br />
elevada e a crise internacional afetou este segmento, que é fornecedor de outras<br />
indústrias que diminuíram fortemente seus investimentos. Para este ano, a ABINEE<br />
prevê um resultado pouco negativo ou zerado.<br />
219
Tabela 36 <strong>–</strong> Faturamento das Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos<br />
Industriais.<br />
Ano Faturamento (em bilhões de R$) % Crescimento<br />
2006 1,25 -----<br />
2007 1,56 25%<br />
2008 2,00 28 %<br />
2009 * 2,40 20 %<br />
2010 * 2,88 20 %<br />
2011 * 3,46 20 %<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
(*): Valores previstos pela ABINEE, considerando crescimento de 20% ao ano.<br />
No Anexo VI deste panorama é apresentada uma relação completa das<br />
principais indústrias que atuam no segmento de <strong>Automação</strong> Predial, cadastradas na<br />
ABINEE, e seus produtos.<br />
4.5.4. Produtos<br />
No Anexo VII deste panorama é apresentada a relação dos produtos<br />
nacionais do segmento de <strong>Automação</strong> Predial, cadastrados na ABINEE.<br />
No Apêndice V é apresentada uma descrição sucinta dos principais produtos<br />
do segmento de <strong>Automação</strong> Predial.<br />
4.5.5. Cenário Atual da <strong>Automação</strong> Predial<br />
Um projeto em automação predial e deve prever os equipamentos e o espaço<br />
físico utilizados <strong>para</strong> a automação de seus recursos. Os projetistas devem ter em<br />
mente quais tecnologias serão utilizadas e qual o espaço físico disponível <strong>para</strong> o uso<br />
dessas tecnologias. Dessa forma, os edifícios inteligentes devem ser capazes de se<br />
adaptarem às futuras tecnologias sem que haja uma modificação profunda em sua<br />
estrutura.<br />
A automação de um prédio certamente será uma exigência do futuro,<br />
entretanto a grande discussão gerada em torno desse contexto, é que a grande<br />
maioria dos prédios não possui a infraestrutura necessária <strong>para</strong> a automação<br />
exigida, devendo-se tomar a decisão de modificar a estrutura do prédio ou construir<br />
novo prédio que atenda tais exigências.<br />
220
As tecnologias Wireless podem facilitar a tomada de decisão, pois as mesmas<br />
são disponíveis em sensores, equipamentos de controle e computadores e podem<br />
formar redes sem estrutura física permitindo que prédios antigos, ou mesmo pouco<br />
automatizados, possuam seus recursos interligados sem a necessidade de se<br />
modificar a estrutura física desses prédios.<br />
Considerando o crescimento da demanda e novas pesquisas nas áreas,<br />
meios de implantar a automação de uma forma geral se tornarão mais acessíveis, e<br />
com isso a domótica sustentável também se tornará mais barata, e em um futuro<br />
próximo, praticamente todas as residências contarão com meios de torná-las mais<br />
sustentáveis, e provavelmente a utilização desses dispositivos serão obrigatórios e<br />
regulamentados.<br />
4.5.6. Principais Benefícios da <strong>Automação</strong> Predial<br />
A automação predial deve proporcionar ao usuário final:<br />
Desfrutar de uma vida saudável, feliz e segura;<br />
Realizar muitas tarefas automaticamente a fim de tirar de seus habitantes<br />
o stress do gerenciamento da casa;<br />
Integrar atividades residenciais, profissionais, de aprendizado e lazer; e<br />
Não perturbar as pessoas com detalhes tecnológicos sobre como elas<br />
realmente funcionam.<br />
Este último item ilustra uma tendência que veio à tona ultimamente. Hoje em<br />
dia, o foco de desenvolvimento da domótica tem sido centrado muito mais nas<br />
pessoas e suas interações com o ambiente inteligente, e não mais em tecnologia e<br />
inteligência artificial propriamente dita. Sendo assim, o termo ―inteligente‖ se tornou<br />
obsoleto, ou ao menos fora de moda, e foi substituído por termos como ―casa alerta‖,<br />
―ambientes integrados‖, ―ambientes vivos e interativos‖, ―casa obediente‖, entre<br />
outros. As maiores motivações <strong>para</strong> o desenvolvimento da domótica não são<br />
apenas luxo e conforto, como se pode pensar em um primeiro momento. As<br />
principais motivações são:<br />
A aceleração do ritmo diário das pessoas, com estilos de vida cada vez<br />
mais ocupados, e consequente demanda por eficiência e flexibilidade no<br />
dia-a-dia;<br />
221
A quebra das barreiras do tempo e do espaço (crescente ―tele-presença‖);<br />
O envelhecimento da população, levando a uma maior demanda de<br />
idosos vivendo por mais tempo em suas casas;<br />
A crescente demanda por segurança, devido ao aumento da criminalidade<br />
e/ou senso de insegurança;<br />
O aumento da necessidade de preservação do ambiente e de economizar<br />
energia, promovendo o desenvolvimento sustentável e compensando o<br />
aumento do preço da energia;<br />
A crescente necessidade de ter em cada casa um ―santuário‖ da<br />
privacidade, descanso e relaxamento; e<br />
O modo de vida tecnológico das novas gerações, cada vez mais<br />
crescente.<br />
Diante dessas motivações, o interesse é cada vez maior em desenvolver<br />
sistemas e dispositivos domóticos, a fim de controlar as várias funções de um<br />
edifício inteligente. E mesmo que a domótica sustentável ainda não pague o<br />
investimento com a economia que é capaz de gerar em um prazo aceitável, existem<br />
pessoas que estão dispostas a pagar pela redução do impacto ambiental e do<br />
consumo de água e energia. A Figura 15 apresenta um quadro de sustentabilidade<br />
da <strong>Automação</strong> Predial.<br />
Figura 15 - Sustentabilidade da <strong>Automação</strong> Predial.<br />
Fonte: Canato, 2007.<br />
222
4.5.7. Principais Resultados<br />
Os principais benefícios da <strong>Automação</strong> Predial são a eficiência e economia,<br />
onde a integração possibilita que sistemas distintos trabalhem de forma conjunta e<br />
otimizada. Por exemplo, a integração do sistema de automação predial ao sistema<br />
de detecção e alarme de Incêndio permite que na ocorrência de um evento, os<br />
sistemas de ventilação de pressurização de escada sejam acionados<br />
automaticamente e o ar-condicionado desligado. Dentre os principais resultados<br />
podem-se destacar os seguintes:<br />
Redução de custos operacionais;<br />
Otimização da eficiência energética;<br />
Melhoria na manutenção e diagnostico de solução e falhas;<br />
Melhoria no gerenciamento de informações;<br />
Maior flexibilidade; e<br />
Arquitetura aberta <strong>–</strong> liberdade de escolha.<br />
Todos esses aspectos e características garantem que uma determinada<br />
planta terá mais conforto, eficiência, segurança e economia.<br />
4.5.8. Considerações<br />
A <strong>Automação</strong> Predial deve proporcionar ao usuário final, muitos benefícios,<br />
não apenas considerando aspectos relacionados ao luxo e conforto, como também<br />
proporcionar eficiência e flexibilidade da utilização de recursos, segurança,<br />
preservação e racionalização de recursos ambientais, através da economia de<br />
energia, promovendo o desenvolvimento sustentável.<br />
Existe um interesse crescente em desenvolver sistemas e dispositivos de<br />
automação predial, mesmo que a <strong>Automação</strong> Predial sustentável ainda não pague o<br />
investimento com a economia que é capaz de gerar em um prazo aceitável, existem<br />
pessoas que estão dispostas a pagar pela redução do impacto ambiental e do<br />
consumo de água e energia.<br />
O mercado da <strong>Automação</strong> Predial no Brasil apresenta um grande potencial a<br />
ser explorado, sendo atualmente explorado apenas em serviços considerados<br />
básicos tais como, acesso, ar-condicionado e segurança. Deve-se considerar que<br />
um projeto de automação predial novo é mais fácil de ser implementado e de se<br />
223
prever um retorno financeiro, ao contrário de um retrofitting de uma instalação antiga<br />
onde podem acontecer imprevistos no projeto das instalações que acabam onerando<br />
o projeto, alongando o tempo de retorno e desestimulando o empreendedor.<br />
Nos Estados Unidos, Europa e Japão, os provedores de automação são<br />
chamados pelos empreendedores <strong>para</strong> fazer a proposição da automação logo no<br />
início do projeto e até fiscalizar o andamento das obras, o que não acontece ainda<br />
no Brasil.<br />
Em termos de investimento, o mercado de <strong>Automação</strong> Predial gera grandes<br />
economias, algo em torno de 25%, chegando a pagar sozinho o investimento em um<br />
ano — quando em projeto novo. No caso de um retrofitting, o valor desse tipo de<br />
investimento chega a dobrar por conta das adaptações de vários protocolos,<br />
entretanto, o retrofitting, em maior ou menor escala.<br />
4.6. <strong>Automação</strong> Comercial<br />
Sistemas de automação comercial designam genericamente aquele conjunto<br />
de soluções - hardware e software combinados - que processam e gerenciam as<br />
operações de venda do comércio, principalmente em nível de varejo<br />
4.6.1. Introdução<br />
<strong>Automação</strong> comercial pode ser entendida como um esforço <strong>para</strong> transformar<br />
tarefas manuais repetitivas em processos automáticos, realizados por uma máquina<br />
(EAN Brasil, 2003). Isto quer dizer que tarefas que são executadas por pessoas e<br />
passíveis de erro, como digitação de preço dos produtos, quantidade de itens, uma<br />
simples anotação do peso de uma mercadoria ou mesmo o preenchimento de um<br />
cheque, na automação comercial são feitas por meio de computador com total<br />
eficiência e maior velocidade.<br />
As caixas registradoras mecânicas e eletromecânicas foram as precursoras<br />
da automação comercial e causaram uma verdadeira revolução na gestão do<br />
comércio. Em seguida, acompanhando a evolução tecnológica, surgiram as caixas<br />
registradoras eletrônicas, concentrando-se na operação de registro e totalização das<br />
compras efetuadas.<br />
224
Sistemas de automação comercial designam genericamente o conjunto de<br />
soluções composto por: dispositivos automatizados e/ou programas computacionais<br />
combinados <strong>para</strong> facilitar o processo de automatização de processamento e<br />
gerenciamento de operações de venda do comércio, principalmente em nível de<br />
varejo.<br />
Os dispositivos automatizados <strong>para</strong> automação comercial, comumente<br />
conhecidos no mundo da publicidade, do marketing e da gestão de empresas, como<br />
sistema POS (point of sale) ou PDV (ponto de venda ou serviço) são utilizados<br />
normalmente em um local onde uma transação financeira ocorre, como, por<br />
exemplo, o caixa de uma loja, ou o local onde estão as máquinas de cartão de<br />
crédito. Esses dispositivos são correntemente utilizados em restaurantes, hotéis,<br />
estádios, supermercados e lojas de varejo, ou seja, se algo pode ser vendido, existe<br />
um sistema POS.<br />
O POS utiliza uma linha telefônica <strong>para</strong> comunicação, e os cupons das<br />
vendas são impressos pelo próprio POS, dependendo do tipo de equipamento<br />
utilizado na transação, não sendo necessário o uso de um PC, automação comercial<br />
ou ECF (equipamento emissor de cupom fiscal). Um exemplo claro de um POS são<br />
máquinas de pagamento de cartões de crédito, sistemas que contabilizam a venda e<br />
emitem nota fiscal ou mesmo as máquinas de VR (vale- refeição).<br />
Da mesma forma, a expressão automação de escritório (office automation)<br />
era uma expressão popular nos anos 1970 e anos 1980, antes que o computador<br />
pessoal entrasse em cena. Nos dias atuais é um conceito que envolve o uso de<br />
equipamentos de informática e programas computacionais <strong>para</strong> criar, coletar,<br />
armazenar, manipular e retransmitir digitalmente informações necessárias <strong>para</strong> a<br />
realização de tarefas e cumprimento de objetivos em um escritório ou local de<br />
trabalho.<br />
Armazenamento de dados brutos, transferências eletrônicas e gerenciamento<br />
eletrônico de informações de negócios consistem nas atividades básicas de um<br />
sistema de automação de escritório, que ajuda a otimizar e automatizar<br />
procedimentos administrativos existentes.<br />
A espinha dorsal da automação de escritório é a Internet, a qual permite que<br />
os usuários utilizem a transmissão de dados, correspondência, voz e imagem por<br />
225
meio da rede. Além destas, todas as demais tarefas realizadas em um escritório,<br />
inclusive ditado, digitação, preenchimento de formulários, cópia, transmissão e<br />
recepção de informações, gerenciamento de microfilmes e registros e utilização<br />
centralizada de telefonia.<br />
A automação comercial e de escritório proporciona a total integração entre o<br />
homem e a máquina, reduzindo-se mão-de-obra e despesas. Tarefas passíveis de<br />
erros, como cálculo e digitação de preços, quantidades, ou mesmo o preenchimento<br />
de um cheque, na automação são feitas por meio de dispositivos automatizados e<br />
gerenciados por computador, proporcionando total rapidez, eficiência e segurança.<br />
Independente do segmento de atuação de uma determinada empresa, a<br />
velocidade e confiança inseridas dentro da automação comercial são itens<br />
fundamentais <strong>para</strong> garantir a satisfação de atendimento a um cliente, transformando<br />
um negócio em sucesso, com competitividade, agilidade, qualidade de serviços<br />
prestados e confiança.<br />
4.6.2. Classificação<br />
4.6.2.1. <strong>Automação</strong> de Setores Comerciais<br />
4.6.2.1.1. <strong>Automação</strong> de Lojas<br />
A frente de uma loja pode ser automatizada com coletores de dados<br />
eficientes, PDVs inteligentes, sistemas de alto desempenho <strong>para</strong> capturar as<br />
informações dos produtos, reduções de filas entre outros, que garantem um<br />
atendimento rápido e eficaz. Na retaguarda de uma loja, são colocados dispositivos<br />
<strong>para</strong> a captura automática de dados que podem auxiliar em diversas etapas, dentre<br />
elas:<br />
a) Movimentação de estoques: A utilização de coletor de dados otimiza de<br />
modo eficaz as operações de movimentação, gerenciamento e<br />
armazenagem de mercadorias, e os coletores com comunicação sem fio<br />
tornam possível efetuar o controle do estoque em tempo real;<br />
b) Auditoria de preços: Por meio do scanning das etiquetas nas gôndolas,<br />
o coletor de dados confere no sistema se o preço está de acordo com a<br />
gôndola e com o check-out, e no caso de necessidade uma nova etiqueta<br />
226
é impressa. O processo possibilita a eliminação de diferenças entre o<br />
valor do produto na gôndola e no caixa, evitando questionamentos do<br />
cliente e dando mais fluidez ao check-out;<br />
c) Pesquisa de preços de concorrentes: Permite a coleta de preços de<br />
forma rápida e em maior volume. Sua apuração disponibiliza dados <strong>para</strong><br />
realizar uma com<strong>para</strong>ção com os preços encontrados no mercado. Este<br />
recurso viabiliza o aumento do número de produtos pesquisados, de<br />
forma a minimizar perdas; e<br />
d) Serviços ao cliente: Possibilidade de agregar ao negócio as soluções de<br />
eliminação de filas, lista de presentes, pesquisa de opinião e apoio a<br />
vendas.<br />
Por meio da identificação dos estoques e utilizando coletores de dados, os<br />
inventários se tornam muito mais rápidos, precisos e seguros, garantindo a redução<br />
de estoques e um controle preciso do mesmo.<br />
O inventário pode ser feito em tempo real ou não, com o uso de coletores de<br />
dados que, além de reduzir o tempo e o custo do processo, garantem a total<br />
qualidade das informações de estoque. Além do inventário de produtos, um<br />
estabelecimento comercial pode também ter um controle preciso dos bens<br />
patrimoniais e isto pode igualmente ser feito com o emprego de coletores de dados.<br />
4.6.2.1.2. <strong>Automação</strong> de Bares e Restaurantes<br />
Para a <strong>Automação</strong> de Bares e Restaurantes poderá ser disponibilizado ao<br />
cliente um sistema integrado de controle de estoques através de comanda<br />
eletrônico. Consequentemente, o sistema gerenciaria o consumo dos clientes e<br />
evitaria o problema de perda de comandas, já que todas as transações ficariam<br />
armazenadas em um PC. O consumo também dis<strong>para</strong>ria ordens de compra quando<br />
o estoque de determinado produto estivesse abaixo de um limite. A implementação<br />
deste sistema também permitiria conhecer os clientes melhor permitindo assim a<br />
prestação de serviços diferenciados.<br />
Outro serviço que poderá ser implementado é o serviço de atendimento ao<br />
cliente através de garçom eletrônico. Nele, um sinal enviado por rede sem fio <strong>para</strong><br />
227
uma central que irá registrar uma chamada e sinalizar em um painel, onde as<br />
mesmas serão inseridas em uma fila de atendimento, podendo os clientes<br />
acompanhar o andamento dessa fila através do painel eletrônico.<br />
4.6.2.1.3. <strong>Automação</strong> de Supermercados<br />
Os seguintes serviços poderão ser disponibilizados:<br />
Sistema integrado de controle de estoques ligado diretamente no caixa. O<br />
sistema providenciaria um modelo matemático <strong>para</strong> programar a compra<br />
mantendo sempre um estoque de segurança e minimizando o preço de<br />
estoque e frete; e<br />
As pequenas lojas apresentam sistemas semelhantes aos dos<br />
supermercados, mas mais customizáveis mais simples de operar e com<br />
interfaces mais amigáveis.<br />
4.6.2.1.4. <strong>Automação</strong> de Consultórios<br />
Os seguintes serviços poderão ser disponibilizados ao cliente:<br />
Sistema customizado de controle de clientes;<br />
Envio de malas diretas;<br />
No caso de atendimentos, envio de mensagens de confirmação de<br />
agendamento; e<br />
Envio de mensagens de marketing.<br />
4.6.2.2. <strong>Automação</strong> de Depósitos<br />
4.6.2.2.1. Processo de Se<strong>para</strong>ção<br />
A aplicação de se<strong>para</strong>ção de produtos (picking) opera a movimentação dos<br />
produtos das posições de armazenagem no depósito <strong>para</strong> a área de conferência e<br />
embalagem, ou diretamente <strong>para</strong> o embarque nos caminhões. Esta se<strong>para</strong>ção pode<br />
ser executada por pedido de venda individual ou consolidada em vários pedidos,<br />
dependendo das características do processo.<br />
Utilizando-se dos coletores de dados e do sistema de redes sem fio, o<br />
sistema de gestão informa aos operadores as atividades de se<strong>para</strong>ção que devem<br />
228
ser executadas, dados do pedido de venda, produtos, lotes, quantidades e posições<br />
de armazenagem.<br />
Concluída a se<strong>para</strong>ção, o sistema pode dis<strong>para</strong>r a geração das notas fiscais<br />
no sistema de gestão. Desta forma, a execução da se<strong>para</strong>ção é orientada e<br />
controlada pelo sistema, eliminando as movimentações desnecessárias e<br />
aumentando a velocidade dos carregamentos, ao mesmo tempo em que garante a<br />
produtividade do depósito e a segurança do processo.<br />
Com a automação, os sistemas funcionam com informações precisas e em<br />
tempo real, conseguindo otimizar e direcionar a rota de se<strong>para</strong>ção eliminando erros,<br />
ganhando-se tempo no processo, garantia de 100% de rastreabilidade e redução de<br />
custos.<br />
4.6.2.2.2. Recebimento, Conferência, Embalagem e Expedição<br />
O processo de conferência é uma garantia adicional de que o produto certo<br />
está seguindo <strong>para</strong> o cliente certo. Esta operação é feita rapidamente e sem erros<br />
por meio de um sistema de coleta de dados. Basta o operador registrar o número do<br />
pedido ou da ordem de se<strong>para</strong>ção e em seguida ler os códigos dos produtos<br />
se<strong>para</strong>dos.<br />
Qualquer erro de excesso ou falta de itens é automaticamente sinalizado pelo<br />
sistema, permitindo a correção do problema antes da expedição <strong>para</strong> o cliente.<br />
Dentre os principais benefícios podem-se destacar:<br />
Expedição correta dos produtos;<br />
Diminuição de volumes na área de expedição;<br />
Expedições mais rápidas; e<br />
Otimização do processo.<br />
4.6.2.2.3. Inventário<br />
As contagens dos estoques podem ser executadas pelos coletores de dados<br />
a partir de uma lista gerada pelo sistema de gestão com os itens a serem<br />
inventariados, ou a partir da contagem total dos itens no depósito e suas posições<br />
de armazenagem. Esta aplicação reduz o tempo e os custos de execução do<br />
inventário, garantindo a confiabilidade do processo, evitando erros na identificação<br />
229
visual dos produtos, no preenchimento de planilhas e na digitação dos dados. Dentre<br />
os principais benefícios podem-se destacar os seguintes:<br />
Informações on-line sobre o estoque;<br />
Garantia de reposições de estoque mais eficientes;<br />
Redução de até 70% no tempo de realização de inventários;<br />
Otimização do processo; e<br />
Redução dos custos.<br />
4.6.2.2.4. Movimentação nos Depósitos<br />
A operação é executada com o uso de coletores de dados a partir da leitura<br />
da etiqueta do item (unidade, embalagem ou pallet) indicando posição de<br />
armazenagem, origem e destino da movimentação.<br />
Esta movimentação, realizada com coletores de dados integrados ao sistema<br />
de gestão, gera automaticamente neste sistema uma transferência dos saldos de<br />
estoque dos materiais entre depósitos. Além disso, a movimentação automatizada<br />
garante que o produto certo está sendo movimentado <strong>para</strong> o lugar certo. Dentre os<br />
principais benefícios podem-se destacar os seguintes:<br />
100% de integração da operação ao sistema;<br />
Eliminação dos erros de movimentação de materiais;<br />
Ausência de <strong>para</strong>das na produção e re-trabalhos;<br />
Otimização do processo; e<br />
Redução dos custos.<br />
4.6.2.2.5. Controle de Qualidade<br />
O uso de coletores de dados móveis possibilita que o controle de qualidade<br />
seja executado automaticamente durante os processos de recebimento e produção<br />
e no ponto da operação.<br />
A liberação ou reprovação pelo controle de qualidade pode ser executada a<br />
partir dos coletores, o mesmo acontecendo com o roteiro de inspeção ou a retirada e<br />
identificação de amostras <strong>para</strong> laboratório.<br />
Todos os relatórios de qualidade podem ser preenchidos no local da inspeção<br />
diretamente pelo operador, permitindo que as informações sejam enviadas<br />
230
apidamente <strong>para</strong> o sistema e se tornam imediatamente disponíveis. Dentre os<br />
principais benefícios podem-se destacar os seguintes:<br />
Eliminação de papel;<br />
Relatórios on-line e diretamente no sistema;<br />
Tomadas de decisões rápidas e precisas;<br />
Eliminação de <strong>para</strong>das na produção, no recebimento ou na liberação de<br />
produtos;<br />
Otimização do processo; e<br />
Redução dos custos.<br />
4.6.2.3 <strong>Automação</strong> das Vendas<br />
A solução de automação de vendas permite a automação dos processos<br />
realizados pela força de vendas a partir da utilização de coletores de dados, onde os<br />
vendedores ficam integrados e conectados às suas empresas, com todas as<br />
informações necessárias em mãos, sem precisar fazer uso de papéis, reduzindo<br />
custos operacionais e erros de digitação. Isto faz com que a empresa torne-se mais<br />
competitiva, aumentando sua produtividade no processo de vendas, aperfeiçoando a<br />
atuação da equipe, reduzindo custos e melhorando a comunicação. Dentre os<br />
principais benefícios podem-se destacar os seguintes:<br />
Processo rápido e eficaz na captura de pedidos dos clientes;<br />
Controle das atividades da equipe de vendas;<br />
Fácil acesso às informações da base de clientes e produtos da empresa; e<br />
Fácil comunicação com a matriz.<br />
4.6.3. Empresas<br />
No Anexo VIII deste panorama é apresentada a relação das principais<br />
indústrias que atuam no segmento de <strong>Automação</strong> Comercial, cadastradas na<br />
ABINEE, e seus produtos.<br />
4.6.3.1. Exemplos de Empresas Atuantes no Brasil<br />
A Itautec Philco, empresa do Grupo Itaú atua basicamente em eletrônica de<br />
consumo e informática/automação, entrou no segmento de <strong>Automação</strong> Comercial a<br />
231
partir da sua similaridade com a <strong>Automação</strong> Bancária, onde historicamente tem forte<br />
presença.<br />
A empresa Dataregis, de capital nacional, foi criada durante os anos da<br />
reserva de mercado <strong>para</strong> a produção pioneira de caixas registradoras eletrônicas no<br />
país. Seu faturamento provém totalmente da <strong>Automação</strong> Comercial, produzindo,<br />
além das caixas registradoras, soluções de automação diversas, como terminais<br />
PDV, sistema de preenchimento de cheques, scanners de mesa e de mão,<br />
impressoras fiscais entre outras. A empresa vem desenvolvendo tecnologia própria<br />
<strong>para</strong> diversos produtos.<br />
A Unisys, esta entre as quatro principais empresas mundiais do setor,<br />
entretanto é a única que não têm fabricação de hardware no país. Outras empresas<br />
como Sid, Zanthus, NCR e Sweda vêm perdendo nos últimos anos a participação no<br />
mercado.<br />
A IBM que é uma das empresas líderes mundiais neste segmento, começou a<br />
atuar mais agressivamente no mercado nacional a partir de 1993, tendo forte<br />
representatividade no segmento no Brasil, onde atua em quatro frentes principais:<br />
1. Serviços de informática de maneira geral (processamento de dados até<br />
consultoria, instalação de redes e software);<br />
2. Mainframes;<br />
3. Microcomputadores; e<br />
4. <strong>Automação</strong> comercial, em que dispõe de toda a gama de componentes de<br />
soluções <strong>para</strong> automação, a maioria com tecnologia própria.<br />
4.6.3.2. Situação do Mercado de Soluções<br />
As duas maiores empresas do mercado são a IBM e Itautec Philco (Gráfico<br />
18) que representam cerca de 60% do mercado de negócios específicos <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong> Comercial incluindo:<br />
1. Marketing;<br />
2. Comercialização;<br />
3. Projeto/desenvolvimento de equipamentos; e<br />
4. Montagem/fabricação.<br />
232
4.6.4. Produtos<br />
Gráfico 18 - Mercado <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> Comercial.<br />
Fonte: BNDES, 2007.<br />
Nos dias atuais torna-se cada vez mais intensa a utilização no comércio de<br />
um PDV conectado a um microcomputador, ou dependendo do porte do<br />
estabelecimento, em uma rede de microcomputadores, concentrando assim as<br />
funções de controle da empresa, tais como caixa, consulta a lista de preços, controle<br />
de estoques, faturamento, compras entre outras. Os principais produtos tecnológicos<br />
utilizadas no mercado da <strong>Automação</strong> Comercial são ilustrados na Figura 16.<br />
233
Figura 16 - Produtos e Serviços <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> Comercial.<br />
Fonte: DKAL <strong>–</strong> <strong>Automação</strong> Comercial, 2008.<br />
No Anexo IX deste panorama é apresentada a relação de todos os produtos<br />
nacionais do segmento de <strong>Automação</strong> Comercial, cadastrados na ABINEE.<br />
No Apêndice VI é apresentado uma descrição sucinta dos principais produtos<br />
do segmento de <strong>Automação</strong> Comercial.<br />
4.6.5. Marco Regulatório<br />
A <strong>Automação</strong> Comercial têm sido fundamental <strong>para</strong> o crescimento e<br />
fortalecimento do setor. Sem o uso intensivo da tecnologia, distribuidores e<br />
atacadistas não teriam alcançado o nível de desenvolvimento atual. O<br />
gerenciamento correto e preciso das operações, vem sendo o principal fator de<br />
234
melhoria na qualidade das empresas deste setor. Isto é proporcionado pela<br />
disponibilidade de informações devido ao uso correto da automação,<br />
As caixas registradoras mecânicas foram os primeiros equipamentos<br />
colocados em um ponto de venda com a finalidade de controlar as operações<br />
comerciais. As caixas registradoras eletrônicas só surgiram nos anos 70, sendo<br />
sucedidas pelos terminais de ponto de venda (PDV), que utilizam recursos de<br />
informática, a partir de leitores de códigos de barras (scanners) ou canetas ópticas.<br />
De forma intensiva e em quase todas as empresas do setor, o código de<br />
barras está hoje no produto, na caixa e no pallet, formando a base <strong>para</strong> todo o<br />
processo de automação do setor. Mesmo naqueles que ainda não usam o código<br />
desde a entrada de mercadorias até a saída, essa tendência já é bem clara, tanto<br />
entre atacadistas como entre distribuidores, sendo cada vez mais frequente a<br />
utilização de sistemas por etiqueta magnética RFID (Radio-Frequency IDentification),<br />
caracterizando a tendência atual de acompanhamento do produto em toda a sua<br />
cadeia, reduzindo estoques e controlando o mercado de distribuição do produto.<br />
Hoje os sistemas de automação comercial envolvem como elemento principal<br />
ainda o PDV composto, na maioria dos casos, de teclado do operador, leitor óptico<br />
(scanner), monitor de vídeo (alguns modelos com display do cliente), impressora de<br />
cupom fiscal e, também, impressora de cheques. O conjunto de PDVs é conectado<br />
em rede a um servidor ou um microcomputador, dependendo do porte do<br />
estabelecimento - que concentra as funções de controle da empresa, tais como<br />
caixa, consulta a lista de preços, controle de estoques, faturamento, compras, entre<br />
outras.<br />
Além da economia de tempo do cliente, redução de estoques e análise de<br />
aceitação de um determinado produto no mercado, outro apelo de mercado de uma<br />
loja automatizada é a prestação de novos serviços de forma eletrônica diretamente<br />
no ponto de venda que é, assim, transformado em ponto de serviço. Como exemplo,<br />
pode-se citar os serviços bancários, onde a possibilidade de conexão direta de<br />
empresas com os bancos reduz custos tanto da empresa quanto do banco, e a<br />
movimentação eletrônica é bem mais barata que os custos de processamento de um<br />
cheque.<br />
235
É crescente, ainda, o uso da automação comercial como fator de<br />
cumprimento da legislação fiscal, evitando a sonegação e mantendo registros<br />
invioláveis das operações comerciais.<br />
O segmento de mercado da <strong>Automação</strong> Comercial movimenta em torno um<br />
bilhão de reais por ano, e a entidade de abrangência nacional: AFRAC <strong>–</strong> Associação<br />
Brasileira de <strong>Automação</strong> Comercial é a entidade gestora nessa área, tendo como<br />
principal missão divulgar e promover o crescimento da automação comercial no país.<br />
4.6.6. Principais Benefícios da <strong>Automação</strong> Comercial<br />
A <strong>Automação</strong> Comercial é atualmente considerada um dos setores mais<br />
promissores <strong>para</strong> o mercado de tecnologia, permitindo agilizar vendas, controlar o<br />
fluxo de negócios e conhecer bem os clientes, o que é a meta de qualquer<br />
organização, independentemente do tamanho da empresa.<br />
Ao mesmo tempo, o consumidor está cada vez mais exigente. Hoje o cliente<br />
quer encontrar uma variedade maior de produtos à sua disposição, deseja ser mais<br />
bem atendido e, principalmente, procura sempre preços mais compatíveis. Com isso,<br />
os comerciantes começaram a vislumbrar que a automação comercial pode gerar<br />
ótimos resultados em seu negócio, como pode ser constatado nos supermercados e<br />
lojas de departamento, entre outras, que passaram a apresentar excelentes<br />
resultados comerciais com a utilização da informática.<br />
Dentre os principais benefícios da automação comercial <strong>para</strong> uma empresa,<br />
podem-se destacar as seguintes:<br />
Informatização das operações internas e integração ao mundo externo<br />
(fornecedores, bancos, operadoras de cartão de crédito, consumidor,<br />
entre outras);<br />
Maior controle e gestão do negócio com acesso a informações contábeis,<br />
controles fiscais e operacionais;<br />
Garantia de maior velocidade de processamento na verificação de<br />
informações;<br />
Maior rapidez no atendimento a clientes no caixa;<br />
Redução de tarefas manuais;<br />
Redução de erros e custos e aumento na confiabilidade;<br />
236
Aumento significativo no fluxo de clientes por check-out;<br />
Aumento da satisfação de clientes;<br />
Aumento na segurança, permitindo a detecção de cheques roubados,<br />
sustados e falsificados;<br />
Maior agilidade na troca e devolução de mercadorias; e<br />
Redução desgaste de seus funcionários.<br />
Atualmente, não há mais razões <strong>para</strong> que os pequenos e médios<br />
comerciantes deixem de investir em automação comercial, devendo ser encarada<br />
como um importante investimento pelo comerciante empreendedor que pretende,<br />
por meio de um controle efetivo de suas operações comerciais, aperfeiçoar sua<br />
gestão, buscando eficiência e produtividade.<br />
4.6.7. Principais Resultados<br />
A <strong>Automação</strong> Comercial vem sendo muito importante <strong>para</strong> o desenvolvimento<br />
da indústria em geral, trazendo melhoria nos produtos e processos. Ainda mais<br />
porque possibilitou a ampliação dos índices de produtividade e, tanto nesses<br />
segmentos como em outros, foi possível transferir o trabalhador de atividades<br />
mecânicas <strong>para</strong> novas funções que exigem inteligência e qualificação.<br />
No segmento de <strong>Automação</strong> Comercial, observa-se forte tendência de<br />
expansão da automação <strong>para</strong> as empresas de menor porte, associada à maior<br />
utilização do código em todos os segmentos. Dessa forma, tem-se a certeza de que<br />
em alguns anos o nível de automação do setor será bastante ampliado, abrangendo<br />
praticamente todas as empresas, com uso de um número cada vez maior de<br />
ferramentas tecnológicas.<br />
A evolução da automação comercial vem ocorrendo de forma muito rápida<br />
sendo importante destacar dois aspectos fundamentais do mercado:<br />
a) Necessidade de redução de custos com maior eficiência nas operações,<br />
onde ainda há muito mais a ganhar, principalmente nas empresas que<br />
automatizaram a frente de loja, mas não a retaguarda; e<br />
b) Capacidade de manutenção do negócio de supermercados diante do<br />
desenvolvimento do B2B (business-to-business) e do B2C (business-to-<br />
237
consumer). A automação facilita a vida do cliente no supermercado e isso<br />
será cada vez mais verdadeiro com a adoção de novas ferramentas. O<br />
cliente continuará querendo ir ao supermercado, mesmo que algumas<br />
vezes faça a compra pela Internet.<br />
Pode-se citar o exemplo da indústria farmacêutica e comércio de<br />
medicamentos, onde desde 1998 o código de barras <strong>para</strong> identificação de<br />
medicamentos passou a ser obrigatório obedecendo à Resolução da Agência<br />
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).<br />
Sua utilização é importante <strong>para</strong> agilizar os processos, evitar erros e reduzir<br />
custos das operações comerciais, sendo também um mecanismo que confere ao<br />
produto um selo de identificação impresso e indelével. Hoje, o código é usado por<br />
toda a indústria, sendo crescente sua utilização no varejo de medicamentos. Ele<br />
permite a automação dos processos de venda e identificação de produtos no varejo,<br />
na distribuição e no transporte, sendo fundamental <strong>para</strong> aumentar a eficiência e<br />
segurança no descarte de produtos em hospitais, por meio do desenvolvimento de<br />
ferramentas <strong>para</strong> caracterizar as embalagens.<br />
Pode-se verificar que a indústria farmacêutica vem sofrendo um processo<br />
contínuo e crescente de automação, tanto nas operações industriais como no setor<br />
de embalagem e na logística, com aperfeiçoamento contínuo, sempre buscando<br />
garantir a qualidade dos produtos, sendo previsto <strong>para</strong> os próximos anos o uso de<br />
dispositivos robóticos, seguindo o caminho da indústria automobilística.<br />
4.6.8. Considerações<br />
<strong>Automação</strong> Comercial contribui decisivamente <strong>para</strong> que empresas<br />
conquistem e mantenham clientes, permitindo um aumento de receita. Esses<br />
benefícios resultam das potencialidades geradas pela informatização, em termos de:<br />
Eliminação de atividades que não agregam valor <strong>para</strong> o consumidor, ou seja,<br />
atividades que representam custos adicionais <strong>para</strong> o lojista, mas que o cliente<br />
não percebe como um serviço importante <strong>para</strong> ele, como acontece nas<br />
tarefas burocráticas e administrativas, que representam despesas <strong>para</strong> o<br />
comerciante e não acrescentam nada <strong>para</strong> o cliente;<br />
238
Aumento da fidelidade do cliente pela melhoria, padronização e, ao mesmo<br />
tempo, percepção de individualização do atendimento; e<br />
Captação, processamento e utilização de informações confiáveis e baratas.<br />
Os principais benefícios da <strong>Automação</strong> Comercial podem ser qualificados em<br />
termos operacionais, de governança e legais, e são descritos a seguir:<br />
a) Operacionais<br />
Redução dos custos de atendimento, logística e compras;<br />
Redução no tempo de atendimento ao cliente;<br />
Melhor comunicação com o cliente, através da emissão de cupons fiscais<br />
com discriminação de produtos, exibição clara e correta de preços e<br />
condições, etc.;<br />
Segurança e rapidez na liberação de cheques e cartões de crédito, na<br />
concessão de crédito e na negociação de preço ou prazo com o<br />
consumidor;<br />
Segurança e agilidade na devolução e troca de produtos;<br />
Redução de erros por conta da captação automática de dados e eliminação<br />
de transcrições, do uso de fontes cadastrais únicas, do monitoramento de<br />
funcionários, etc.<br />
Eficiência em serviços tais como: entrega domiciliar e venda por<br />
encomenda; e<br />
Redução de papéis e documentos.<br />
b) Gestão e Gerenciamento<br />
Comunicação ágil e segura com fornecedores e clientes;<br />
Facilidade <strong>para</strong> a apuração de margens, giro de estoque, descontos, etc.,<br />
do mais baixo nível de detalhe possível (por item) até os mais diversos<br />
resumos agregados, como por departamentos, grupos ou categorias de<br />
produtos, de compradores, grupos de compradores, etc.;<br />
Segurança e rapidez no inventário de mercadorias e no controle financeiro<br />
dos estoques;<br />
Redução dos custos, aumento da segurança e agilidade da contabilização;<br />
239
Maior eficiência na administração do fluxo de caixa; e<br />
Maior agilidade na avaliação de risco de crédito, inadimplência, etc.<br />
c) Conformidades Legais<br />
Apuração correta de impostos com representação confiável de operações;<br />
Redução dos custos de apuração e controle de tributos; e<br />
Maior eficiência no planejamento tributário.<br />
4.7. <strong>Automação</strong> Bancária<br />
4.7.1. Introdução<br />
Nos dias atuais, a automação bancária vem crescendo continuamente e<br />
alguns serviços estão intimamente ligados a nossa vida cotidiana, dentre eles, os<br />
sistemas automáticos de transferência de fundos e serviços de auto-atendimento.<br />
No Brasil, o setor bancário vem investindo pesadamente em soluções de<br />
automação que, pelas peculiaridades e correntes da longa convivência com a<br />
inflação e da realidade tributária, deram origem a uma indústria pujante. O estudo<br />
desse segmento é bastante oportuno no momento em que ocorre um avanço do<br />
capital externo no controle de instituições financeiras locais que, a exemplo de<br />
outros setores, pode levar a encomendas junto a fornecedores que se constituem<br />
em parceiros estratégicos globais dos novos controladores.<br />
Com o advento da nova legislação tributária (ICMS), no que diz respeito à<br />
obrigatoriedade de emissão eletrônica de cupom fiscal, há perspectivas concretas de<br />
aumento na taxa de automação das atividades comerciais, principalmente de<br />
pequenas e médias empresas.<br />
Isso deve ocorrer na medida em que a referida legislação obriga que<br />
estabelecimentos com faturamento anual mínimo de R$ 120 mil emitam cupom<br />
fiscal. Observe-se que tal mudança objetiva a diminuição da sonegação,<br />
particularmente do ICMS. Dessa forma, torna-se oportuno proceder à atualização do<br />
estudo sobre automação comercial, um dos objetivos do presente trabalho. Além<br />
disso, verifica-se que a tendência das empresas líderes do segmento é tratar os<br />
segmentos de <strong>Automação</strong> Comercial e Bancária de forma integrada, daí surgindo à<br />
240
motivação <strong>para</strong> ampliar o escopo do estudo sobre automação. Como exemplos,<br />
podem ser citados a transferência automática de fundos, atividade originariamente<br />
bancária, que passa a ser realizada em pontos de venda das lojas, e a colocação de<br />
terminais de auto-atendimento bancário no comércio.<br />
Além disso, verificou-se a presença de empresas nacionais em posição<br />
destacada no ranking setorial de automação. Isso denota competência e viabilidade,<br />
tanto tecnológica como física, <strong>para</strong> disponibilizar grande parte das soluções de<br />
automação comercial e bancária demandadas pelo mercado, o que se traduz em<br />
impacto altamente positivo na indústria instalada no país, reforçado pela expectativa<br />
de aumento significativo na taxa de automação de estabelecimentos comerciais, em<br />
virtude da nova sistemática de emissão de cupom fiscal, anteriormente comentada.<br />
No presente texto, pretende-se atualizar <strong>–</strong> no caso da automação comercial <strong>–</strong> e<br />
sistematizar dados e conhecimentos sobre os segmentos de <strong>Automação</strong> Comercial e<br />
Bancária, além de apresentar uma discussão sobre as oportunidades de atuação do<br />
BNDES, tanto no apoio à modernização do setor comercial quanto na consolidação<br />
de uma oferta interna de soluções competitivas em termos do mercado global de<br />
<strong>Automação</strong> Comercial e Bancária.<br />
4.7.2. Empresas<br />
No Anexo X deste panorama é apresentada a relação das principais<br />
empresas que atuam no segmento de <strong>Automação</strong> Bancária, cadastradas na<br />
ABINEE, e seus produtos.<br />
4.7.3. Produtos e Serviços<br />
No Anexo XI deste panorama é apresentada a relação dos produtos do<br />
segmento de <strong>Automação</strong> Bancária, cadastradas na ABINEE, e seus produtos.<br />
No Apêndice VII é apresentada uma descrição sucinta dos principais produtos<br />
do segmento de <strong>Automação</strong> Bancária.<br />
241
4.7.4. Cenário Atual do Segmento de <strong>Automação</strong> Bancária<br />
Os efeitos das recentes mudanças no controle acionário de alguns bancos,<br />
vendidos a investidores estrangeiros, e do aumento de participação dos<br />
fornecedores internacionais no mercado brasileiro já se fazem sentir sobre a balança<br />
comercial, que apresenta posições deficitárias crescentes, embora ainda pequenas,<br />
em itens como ATMs, terminais de auto-atendimento e mecanismos dispensadores.<br />
O nascimento da indústria de equipamentos <strong>para</strong> automação comercial a<br />
partir da expansão das empresas de equipamentos <strong>para</strong> automação bancária e da<br />
evolução de pequenas fabricantes de PDVs brasileiras nascidas durante a reserva<br />
de mercado <strong>para</strong> a informática dotou o segmento de <strong>Automação</strong> Comercial de<br />
algumas características comuns à automação bancária. As mais importantes são a<br />
existência de desenvolvimento local de produtos e de alguns fabricantes de<br />
componentes e periféricos, cabendo destacar os mecanismos impressores e os<br />
teclados. Entretanto, a forte presença de fornecedores de soluções e demandantes<br />
internacionais faz com que os impactos sobre a balança comercial não sejam tão<br />
significativos quanto na automação bancária. Os subfornecedores, por seu lado,<br />
também vêm sentindo a concorrência internacional, evidenciada nos valores<br />
crescentes do déficit comercial de mecanismos de impressão, mesmo levando-se<br />
em consideração a expansão do mercado de impressoras fiscais.<br />
É importante observar a quase inexistência do problema das importações<br />
ilegais de equipamentos nos dois mercados de automação. As soluções ofertadas<br />
não podem ser qualificadas de commodities, pois, além da necessária homologação<br />
de produtos por motivos fiscais, são fortemente diferenciadas pela tecnologia e pelo<br />
software. Assim, <strong>para</strong> ser competitiva, uma empresa precisa ir muito além de uma<br />
simples redução de custos, pois o que está em jogo é a capacidade de<br />
desenvolvimento e a qualidade dos serviços, entre os quais o de suporte.<br />
4.7.5. Considerações<br />
A área de <strong>Automação</strong> Bancária no Brasil vem crescendo continuamente e<br />
alguns serviços estão intimamente ligados a nossa vida cotidiana, dentre eles, os<br />
sistemas automáticos de transferência de fundos e serviços de auto-atendimento.<br />
242
No Brasil, o setor bancário vem investindo pesadamente em soluções de<br />
automação que, pelas peculiaridades e correntes da longa convivência com a<br />
inflação e da realidade tributária, deram origem a uma indústria pujante, considerada<br />
na fronteira do conhecimento.<br />
O estudo desse segmento é bastante oportuno no momento em que ocorre<br />
um avanço do capital externo no controle de instituições financeiras locais que, a<br />
exemplo de outros setores, pode levar a encomendas junto a fornecedores que se<br />
constituem em parceiros estratégicos globais dos novos controladores.<br />
4.8. Dimensões Comuns<br />
4.8.1. Talento<br />
4.8.1.1. Nível de Emprego<br />
Os dados a seguir apresentados refletem a Nota Técnica da ABINEE 7 e se<br />
referem a avaliação conjuntural do setor eletroeletrônico no 4º trimestre de 2008.<br />
Reflexo do desempenho econômico nos últimos anos refletiu no aumento de<br />
4,4% no número de empregados no setor, que passou de 156,1 mil funcionários, no<br />
final de dezembro de 2007, <strong>para</strong> 163 mil funcionários, no final de junho/08 (Gráfico<br />
19). Estes dados refletem um bom desempenho da economia do país, fator<br />
fundamental <strong>para</strong> a atividade da indústria eletroeletrônica.<br />
a) Número de empregados do setor nos últimos 3 anos (em mil).<br />
7 Nota Técnica produzida pelo Departamento de Economia da ABINEE (DECON),17/03/2009.<br />
243
) Número de empregados do setor nos últimos anos (em mil).<br />
Gráfico 19 <strong>–</strong> Número de Empregados no setor.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Outra consequência do esfriamento do mercado foi a redução do número de<br />
empregados no setor eletroeletrônico, que chegou a atingir 165 mil no mês de<br />
outubro de 2008, caindo <strong>para</strong> 164 mil em novembro de 2008 e <strong>para</strong> 162 mil no final<br />
de dezembro de 2008. Apesar dessa queda, o setor encerrou 2008 empregando 162<br />
mil pessoas, quase 6 mil a mais do que o registrado no final de 2007 (Gráfico 19).<br />
O crescimento da renda e do emprego, aliado às novidades dos modernos<br />
bens de consumo dos segmentos de telefonia e de computação, tem sido importante<br />
<strong>para</strong> alavancar as vendas dessa indústria. Por sua vez, os investimentos no estoque<br />
de capital e na infraestrutura do país motivam a indústria de bens de capital<br />
representada pelas áreas de GTD <strong>–</strong> Geração, Transmissão e Distribuição de Energia<br />
Elétrica, Equipamentos Industriais e <strong>Automação</strong> Industrial, além das indústrias de<br />
Informática e de Telecomunicações.<br />
O Quadro 6 do subitem 4.2.2.2 relativo a análise econômica do setor de<br />
<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresenta o número de empregados ligados ao setor de<br />
<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>, por grupo de atividades segundo os códigos da CNAE.<br />
4.8.1.2. Resultados referentes ao estoque e a geração de empregos no setor<br />
Em 2007, o número total de empregados no setor atingiu 155,0 mil, cerca de<br />
12,1 mil a mais do que no final de 2006 (142,9 mil). As áreas de Informática, GTD e<br />
Equipamentos Industriais foram responsáveis por cerca de 80% dos novos<br />
empregos gerados. É importante lembrar que, no início dos anos 90, em virtude do<br />
forte ajuste provocado pelo processo de abertura comercial do país, o número de<br />
empregos no setor caiu drasticamente.<br />
244
4.8.2. Infraestrutura Sócio-Politico-Institucional<br />
Estruturas políticas que apóiam a inovação, incluindo: proteção à propriedade<br />
intelectual, regulação de negócios, marco legal, ações em curso, Instituições,<br />
estruturas <strong>para</strong> colaboração entre os stakeholders de inovação, incluindo elementos<br />
necessários <strong>para</strong> proteção e preservação do meio-Ambiente e impactos do setor,<br />
políticas de trocas e substituição de produtos, processos considerando impacto<br />
ambiental e reciclagem.<br />
4.8.2.1. Questão Sócio-Ambiental<br />
Dentro da cadeia produtiva de um produto automatizado é importante<br />
considerar a reutilização e reciclagem na área de eletroeletrônicos, que necessita de<br />
uma abrangência maior, mais eficaz e eficiente na criação de postos de reciclagem,<br />
postos de coletas, transporte, envolvendo toda uma logística <strong>para</strong> neutralizar o<br />
impacto ambiental pós-produção.<br />
4.8.2.1.1. Desenvolvimento Sustentável<br />
Dentre os novos desafios da humanidade, surge a obrigação de refletir sobre<br />
o problema de desenvolvimento sem comprometer nossas próximas gerações,<br />
aspecto ainda não contemplado nas regras de desenvolvimento de países<br />
industriais, onde a maior parte da legislação ambiental contempla muito poucos<br />
aspectos ambientais, e o nível de degradação do planeta aumenta a cada dia.<br />
Assim, se for contemplada uma visão de longo prazo das consequências de<br />
um desenvolvimento industrial e o futuro do planeta, um desenvolvimento industrial<br />
sustentável deverá se apoiar em três alicerces: o meio-ambiente, o aspecto social e<br />
o contexto econômico (Figura 17).<br />
245
Figura 17 - Alicerces de um Desenvolvimento industrial sustentável.<br />
Fonte: Frachet, 2008.<br />
Segundo CNI (2002), o documento, conhecido como Agenda 21, foi elaborado<br />
em 1992, quando chefes de Estado e de Governo do mundo inteiro estiveram<br />
reunidos no Rio de Janeiro, e aprovaram por consenso um conjunto de princípios<br />
que tinha como objetivo lançar novas bases <strong>para</strong> a produção e distribuição das<br />
riquezas geradas pelo trabalho humano, que contemplassem a utilização adequada<br />
dos recursos oferecidos pelo planeta e assegurando a todos o direito a viver. Este<br />
documento contendo 40 capítulos apontou caminhos e definiu as responsabilidades<br />
de cada agente social na busca do desenvolvimento sustentável.<br />
Um destes capítulos tratou diretamente do papel da indústria nesse processo.<br />
Parte do reconhecimento de sua importância decisiva na promoção do<br />
desenvolvimento econômico e social de cada país. E aponta o desafio: ―As políticas<br />
e operações do comércio e da indústria, inclusive das empresas transnacionais,<br />
podem desempenhar um papel importante na redução do impacto sobre o uso dos<br />
recursos e o meio ambiente por meio de processos de produção mais eficientes,<br />
estratégias preventivas, tecnologias e procedimentos mais limpos de produção ao<br />
longo do ciclo de vida do produto, assim minimizando ou evitando os resíduos.<br />
Inovações tecnológicas, desenvolvimento, aplicações, transferências e os aspectos<br />
mais abrangentes da parceria e da cooperação são, em larga medida, da<br />
competência do comércio e da indústria.‖ (CNI, 2002).<br />
Em 2002, uma nova Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em<br />
Joanesburgo, teve a oportunidade de avaliar o quanto se avançou no período. Para<br />
246
a indústria brasileira, foi o momento de refletir sobre sua atuação na busca da<br />
sustentabilidade sócio-econômico-ambiental, bem como no combate à pobreza e às<br />
desigualdades que fragilizam nossa sociedade.<br />
Não considerar um desses fatores pode acarretar um desequilíbrio do<br />
sistema. No entanto, <strong>para</strong> coordenar esse conjunto de fatores torna-se<br />
imprescindível ter uma política social coerente em todo o contexto, análise técnica e<br />
social, de modo que as decisões sejam tomadas no sentido de preservar, antes de<br />
interesses particulares, os interesses da sociedade.<br />
4.8.2.1.2. Impactos Ambientais do Processo de Produção<br />
Impacto ambiental, segundo o Conselho Nacional de Meio Ambiente<br />
(CONAMA) - 01/86, ―é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e<br />
biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia<br />
resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam:<br />
I - a saúde, a segurança e o bem estar da população;<br />
II - as atividades sociais e econômicas;<br />
III <strong>–</strong> o conjunto de seres vivos, flora e fauna, que habitam ou habitavam um<br />
determinado ambiente geológico (Biota);<br />
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e<br />
V - a qualidade dos recursos ambientais.<br />
4.8.2.1.2.1. Classificação de Produtos Perigosos e Não Perigosos<br />
O processo produtivo provoca impactos ambientais negativos relevantes,<br />
sobretudo no quesito geração de resíduos sólidos, a saber:<br />
Classe I (perigosos) <strong>–</strong> aqueles que, em função de suas características<br />
intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou<br />
patogenicidade apresentam riscos à saúde pública por meio do aumento da<br />
mortalidade ou da morbidade, ou ainda que provoquem efeitos adversos ao<br />
meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.<br />
Classe II A (não-inertes) <strong>–</strong> resíduos que podem apresentar características de<br />
alta capacidade de combustão, não serem biodegradáveis e com baixa taxa<br />
247
de solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio<br />
ambiente, não se enquadrando nas classificações dos outros resíduos.<br />
Classe II B (inertes) <strong>–</strong> aqueles que, por suas características intrínsecas, não<br />
oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, e que, quando amostrados de<br />
forma representativa, segundo a norma ABNT/NBR 10007, e submetidos a<br />
um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, à<br />
temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma<br />
ABNT/NBR 10006, não apresentam nenhum de seus constituintes<br />
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da<br />
água, conforme listagem n.º 8 (Anexo H da ABNT/NBR 10004). Excetuam-se<br />
os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. Caso o resíduo não se<br />
enquadre na classificação acima, é importante realizar análises laboratoriais e<br />
avaliar se há presença de substâncias que conferem periculosidade.<br />
(ALMEIDA, 1994).<br />
Em se tratando de efluentes líquidos, o descarte inadequado das águas com<br />
resíduos tóxicos das cabines de pintura e de borras de tinta e de banhos químicos<br />
causa impacto de grande relevância, pois podem contaminar o corpo hídrico<br />
receptor, lençol freático ou solo, acarretando grandes prejuízos econômicos e<br />
ambientais <strong>para</strong> a sociedade civil e governo. A prática de descartar resíduos sem o<br />
devido tratamento é ilegal, passível de detenção e multas. Segundo o art. 33 da Lei<br />
nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, constitui crime ambiental provocar, pela<br />
emissão de efluente ou carregamento de materiais, o perecimento de espécimes da<br />
fauna aquática, sendo a pena de detenção de um a três anos, ou multa, ou ambos<br />
cumulativamente.<br />
Produtos químicos voláteis, como o solvente contido em tintas, adesivos e<br />
colas são liberados no ar e, segundo SILVA (2002), podem causar irritações nas<br />
membranas da mucosa, metamoglobinemia e cianose, além de apresentar<br />
mobilidade e potencial de bioacumulação. Algumas tintas <strong>para</strong> acabamento contêm<br />
Compostos Orgânicos Voláteis - VOCs e são altamente perigosos <strong>para</strong> a saúde do<br />
trabalhador que lida diretamente com o produto, bem como <strong>para</strong> o meio ambiente<br />
(LIMA, 2005).<br />
248
4.8.2.1.2.2. Ações Sustentáveis e o Uso de Tecnologias Limpas<br />
Para conservar e usar sustentavelmente um recurso é fundamental minimizar<br />
os desperdícios. Para Almeida (1994), tecnologias podem e devem ser adotadas<br />
<strong>para</strong> solucionar problemas e aproveitar os resíduos nas indústrias. As alternativas<br />
tecnológicas, contudo, devem ser avaliadas dentro de uma perspectiva de<br />
viabilidade tecnológica, econômica e ambiental. Segundo o autor, dentre as<br />
tecnologias que visam reduzir os danos ambientais proporcionando uma produção<br />
sustentável, incluem-se:<br />
Redução de uso de matérias-primas na fonte: reduzindo o consumo de<br />
materiais ao longo do ciclo de vida do produto, reduz-se também a<br />
quantidade de resíduos gerados;<br />
Recuperação de material: os materiais devem estar o mais próximo do seu<br />
estado natural <strong>para</strong> que possam ser recuperados;<br />
Recuperação, reutilização e disposição de resíduos: adoção de<br />
tecnologias que recuperem os resíduos, aproveitando o máximo a matéria-<br />
prima, obtendo ganhos ambientais e econômicos. Àqueles resíduos que<br />
não puderem ser reaproveitados dar-se-á destinação correta de<br />
disposição; e<br />
Recuperação de embalagens: as embalagens podem ser reaproveitadas,<br />
reutilizadas ou recicladas.<br />
4.8.2.1.3. Lixo Eletrônico<br />
São Resíduos de Aparelhos Elétricos Eletrônicos (RAEE) chamados<br />
popularmente no Brasil de ―sucata de informática‖, ―lixo eletrônico‖ ou ―lixo<br />
tecnológico‖ e, no exterior, WEEE (Waste Electrical and Electronic Equipment),<br />
Electronic Waste ou e-Waste. A União Européia implementou em janeiro de 2003 um<br />
sistema de responsabilidades ambientais, descrito na Diretiva 2002/96/EC, e que<br />
foram adaptadas e efetivadas em leis de muitos países. No Brasil leis semelhantes<br />
devem ser aprovadas, com incentivo <strong>para</strong> a reciclagem de sucata de informática<br />
(Sato, 1996).<br />
249
4.8.2.1.3.1. Reciclagem da Sucata de Eletroeletrônicos<br />
Uma palavra cada vez mais utilizada em <strong>Automação</strong> é a desmanufatura de<br />
um equipamento ou produto, que significa a capacidade de devolver na cadeia<br />
produtiva a matéria-prima dele originário. A desmanufatura permite recuperar metais,<br />
plásticos, vidros e outros componentes, além de metais preciosos de difícil<br />
se<strong>para</strong>ção que exigem alto grau tecnológico de metalurgia. Entretanto, são<br />
encontrados diversos elementos contaminantes, como fósforo, chumbo, cromo,<br />
cádmio e mercúrio, que requerem tratamento especial.<br />
Existem soluções técnicas simples ou extremamente caras <strong>para</strong> o tratamento<br />
da sucata de eletroeletrônicos, porém problemas relacionados à escala de custos,<br />
logística, legislação e cultura, dificultam o trabalho da reciclagem.<br />
Um exemplo disso pode ser verificado com a existência de computadores em<br />
desuso nos Estados Unidos, onde a Agência de proteção ambiental (EPA) alerta que<br />
75% destes equipamentos ainda estão armazenados em garagens e armários, à<br />
espera de serem reutilizados, reciclados ou simplesmente descartados.<br />
Um típico monitor de PC (Personal Computer) pode conter até 25% do seu<br />
peso em chumbo, por isso alguns estados dos EUA desenvolveram políticas que<br />
proíbem o descarte de qualquer lixo eletrônico, principalmente CRTs (Cathode Ray<br />
Tubes), ou tubos de imagens, nos aterros sanitários.<br />
Devido às fracas leis ambientais e trabalhistas, países da Ásia e África<br />
recebem lixo eletrônico (e-Waste) muitas vezes ilegalmente, e usam métodos de<br />
incineração e eliminação descontrolada que, por conta do elevado grau de<br />
toxicidade de substâncias como o chumbo, mercúrio e cádmio, acabam por gerar<br />
graves problemas ambientais e de saúde pública.<br />
4.8.2.1.4. Reciclagem no Brasil<br />
A legislação brasileira trata os resíduos pelo elemento contaminante e<br />
determina o seu tratamento, porém apenas alguns manufaturados dispõem de<br />
normas legais de descarte, como pilhas e baterias, que são recebidos pelos<br />
fabricantes sem custo <strong>para</strong> o consumidor. A maioria dos produtos ainda não dispõe<br />
de leis específicas e tem seu custo ambiental pago pelo usuário. Por conta da<br />
desinformação, muitos resíduos tóxicos como monitores e reatores são vendidos<br />
250
como sucata e o que não é reaproveitado; vidro chumbo, fósforo, capacitor de<br />
ascarel e DHEP que acabam indo <strong>para</strong> um aterro sanitário.<br />
4.8.2.1.4.1. Resíduos Eletroeletrônicos<br />
Resíduos eletroeletrônicos possuem grandes quantidades de metais<br />
pesados, que destinados de forma incorreta podem acarretar diversos e graves<br />
problemas que podem acarretar impactos ambientais e danos à saúde pública<br />
causados por esses resíduos, aspectos da legislação ambiental vigente em relação<br />
ao tema, levantamento dos nichos que compõem esse mercado, bem como a<br />
receptividade dos mesmos em relação a uma possível importação de outros países<br />
<strong>para</strong> tratamento interno, além de uma estimativa do nível de conhecimento dos<br />
trabalhadores envolvidos nesse tipo de atividade acerca do assunto.<br />
A situação atual do lixo tecnológico no Brasil ainda é uma questão que requer<br />
muita atenção em relação à legislação ambiental específica, às iniciativas públicas,<br />
privadas ou da própria população, principalmente no que se diz respeito à<br />
aplicação prática das atitudes que visam garantir um manejo seguro, como também<br />
em relação às informações gerais sobre essa categoria de resíduos, necessitando<br />
de medidas mais eficazes <strong>para</strong> tratamento dos resíduos gerados internamente.<br />
4.8.2.1.4.2. Lâmpadas<br />
As lâmpadas de vapores metálicos, de mercúrio, de sódio ou fluorescentes,<br />
contêm em seu interior um metal pesado, o mercúrio metálico, substância tóxica que<br />
uma vez ingerida ou inalada, causa danos ao sistema nervoso de seres vivos, além<br />
de sérios prejuízos ao meio ambiente. Lâmpadas são resíduos altamente perigosos,<br />
que devem ser descontaminados por empresas especializadas. Os seguintes<br />
aspectos deverão ser considerados:<br />
Armazenamento: desde a entrega ou coleta das lâmpadas até o seu destino<br />
final que seria a reciclagem e descontaminação das lâmpadas;<br />
Baixo poder poluidor: pequenas quantidades de lâmpadas apresentam baixo<br />
potencial poluidor e podem ser enviadas segundo as instruções de<br />
armazenamento e transportes, respeitadas as determinações do órgão<br />
ambiental estadual do gerador do resíduo. Instituições com Sistema de<br />
251
Gestão Ambiental (SGA) encaminham as lâmpadas de acordo com os<br />
padrões do seu plano de gestão; outras, com Núcleos de Implementação de<br />
Gestão Ambiental seguem os requisitos da sua Licença de Operação (LO); e<br />
Reciclagem de lâmpadas <strong>–</strong> resíduos perigosos: Estima-se que cerca de 80<br />
milhões de lâmpadas são substituídas anualmente no Brasil, um grande<br />
passivo ambiental que necessita de cuidados especiais quanto à sua<br />
armazenagem, transporte e descontaminação.<br />
Lâmpadas contendo mercúrio, metal altamente perigoso conforme norma<br />
ABNT <strong>–</strong> NBR 10004/04 estão classificadas como Resíduo Classe 1, portanto<br />
necessitam de descarte controlado, sendo indicada a reciclagem de lâmpadas<br />
como medida ambiental adequada. A empresa Ativa Reciclagem utiliza um<br />
processo de reciclagem a seco, capturando o mercúrio durante a destruição da<br />
lâmpada. Após a desmanufatura e tratamento, o vidro, metais, fósforo e mercúrio<br />
são preferencialmente reaproveitados em sua cadeia produtiva de origem.<br />
Licenciada pela CETESB, a Ativa Reciclagem fornece o Laudo de Desmanufatura e<br />
Descontaminação de Lâmpadas, o que assegura ao gerador a destinação correta<br />
de seus resíduos tóxicos, em conformidade com as normas ambientais em vigor.<br />
4.8.2.1.4.3. Monitores e Televisores<br />
No interior de um televisor ou de um monitor de computador, encontra-se o<br />
frágil tubo de imagem e a sua ruptura é muito perigosa. Ao implodir, os estilhaços<br />
de vidro podem ferir gravemente pessoas próximas.<br />
Conhecidos como cinescópios, os tubos de raios catódicos ou popularmente<br />
―tubos de imagem‖ são identificados mundialmente pela sigla CRT e integram os<br />
monitores de computadores (PC) e televisores. Tubos de imagem constituem um<br />
grave problema ambiental, pois contém 25% do seu peso em chumbo e estão se<br />
tornando rapidamente obsoletos, sendo substituídos em larga escala pelas novas<br />
tecnologias de HDTV, plasma e LCDs. países como EUA e toda a União Européia<br />
dispõem de legislação específica <strong>para</strong> a reciclagem de monitores e televisores.<br />
252
4.8.2.1.4.3.1. Reciclagem e Desmanufatura de Monitores e Televisores<br />
O processo compreende o recebimento, contagem e etiquetagem dos<br />
monitores, televisores ou tubos de imagem, com os dados do cliente. A<br />
desmanufatura é iniciada com a utilização de ferramentas elétricas e manuais de<br />
desmontagem, sendo que as partes do gabinete e peças internas são se<strong>para</strong>das e<br />
acondicionadas em recipientes específicos, de acordo com os tipos de materiais. A<br />
sucata de eletroeletrônicos empregados na informática consiste de plásticos,<br />
componentes elétricos, componentes eletrônicos e sucata de metais que são<br />
encaminhados <strong>para</strong> reciclagem.<br />
O tubo de imagem segue na linha da desmanufatura e, por um processo de<br />
se<strong>para</strong>ção térmica e aspiração, desenvolvido pela Ativa Reciclagem, os resíduos<br />
tóxicos são retidos: vidro com chumbo do funil e pó de fósforo do painel. Nesta fase<br />
é obtido o vidro limpo do painel, que também é encaminhado <strong>para</strong> reciclagem. O<br />
Certificado de Desmanufatura e Destinação Ambiental Correta são então emitidos<br />
<strong>para</strong> o cliente.<br />
4.8.2.1.4.3.2. Armazenagem <strong>para</strong> Reciclagem de Monitores e Televisores<br />
Os monitores e televisores devem ser armazenados em local coberto, em<br />
caixas de papelão ou envoltos em plástico tipo bolha e enrolados com fitas plásticas<br />
<strong>para</strong> evitar quebras. Cinescópios que são resultado de desmanufatura de monitores<br />
ou televisores devem estar em lugar coberto, envoltos em plástico tipo bolha e em<br />
caixas de papelão, evite prateleiras e escolha um local isolado <strong>para</strong> armazená-los. É<br />
necessário cuidado, pois a ruptura do cinescópio é muito perigosa: ao implodir, os<br />
estilhaços de vidro podem ferir gravemente pessoas próximas.<br />
O pó fosfórico do interior do tubo se desprende, fica em suspensão no ar e<br />
pode provocar intoxicação se inalado. Aos poucos este pó atinge o solo e contamina<br />
o meio ambiente. No interior de um típico monitor, encontra-se uma grande<br />
quantidade de fósforo e chumbo <strong>–</strong> metal altamente perigoso, considerado Classe 1<br />
pela Norma ABNT-NBR 10004/04, por isto a reciclagem de monitores e televisores<br />
deve ser considerada como reciclagem de resíduo perigoso.<br />
253
4.8.2.1.4.4. Procedimentos <strong>para</strong> Descarte de Equipamentos Eletroeletrônicos<br />
Os procedimentos <strong>para</strong> descarte de equipamentos eletroeletrônicos devem<br />
obedecer a leis especificas de cada país. Na cidade de Kiryu, no Japão, por<br />
exemplo, esta regulamentada uma lei de descarte <strong>para</strong> aparelhos eletrodomésticos<br />
do Centro de Tratamento de Lixo onde não é permitido o recolhimento de aparelhos<br />
de ar-condicionado, televisores, refrigeradores, freezers ou máquinas de lavar como<br />
lixo volumoso. A Figura 18 apresenta um programa de reciclagem de equipamentos.<br />
Figura 18 - Fluxograma de reciclagem dos CRTs.<br />
Fonte: Cavalcanti, 1995.<br />
A seguir são apresentados alguns procedimentos utilizados atualmente <strong>para</strong><br />
se desfazer de tais itens:<br />
1. Deve-se contatar o local onde foi comprado o produto <strong>para</strong> averiguar o<br />
nome de uma agência de coleta autorizada <strong>para</strong> retornar o produto ao fabricante.<br />
Quando for solicitado o recolhimento de algum produto, o estabelecimento onde o<br />
produto originalmente foi ou será comprado irá cobrar pela taxa de coleta e<br />
reciclagem;<br />
2. O item a ser reciclado deve ser levado diretamente a uma agência de<br />
coleta autorizada, e esta irá retornar o produto ao fabricante. O nome do fabricante<br />
do produto deverá ser confirmado, <strong>para</strong> o envio da taxa de reciclagem pelo correio; e<br />
3. O cupom de reciclagem deve ser levado junto com o item a ser reciclado<br />
<strong>para</strong> a respectiva agência de coleta.<br />
254
4.8.2.1.5. Eletrônicos Verdes ou e-Coeficientes<br />
O Greenpeace publicou um estudo que analisa o impacto ambiental na<br />
produção de equipamentos eletroeletrônicos, designado eletroeletrônica verde ou e-<br />
coeficientes, o qual apresenta um ranking das empresas que usam menor<br />
quantidade de produtos tóxicos por equipamento produzido e apresentam planos<br />
eficazes de reciclagem e assim ganham melhores notas.<br />
Neste ranking, foram analisados quatorze fabricantes globais de produtos de<br />
TI, dentre os quais a Nokia e a Dell tiveram a melhor avaliação e lideram a lista. As<br />
piores colocações ficaram com Lenovo, Motorola e Acer.<br />
A boa colocação da Nokia deve-se aos esforços desta companhia em diminuir<br />
o uso de elementos tóxicos na fabricação de seus produtos. A favor da Nokia conta<br />
ainda o fato de seus celulares não usarem plástico PVC. Já a Dell obteve bom<br />
desempenho em função da abrangência e eficácia de seus projetos de reciclagem<br />
de computadores.<br />
Apesar de bem colocadas no ranking, Nokia e Dell não tiveram desempenho<br />
bom o suficiente <strong>para</strong> merecer o ―selo verde‖ que o Greenpeace concederá aos<br />
fabricantes de eletrônicos que executarem boas práticas ecológicas na fabricação de<br />
seus produtos. Esta listagem deverá ser atualizada a cada três meses, permitindo<br />
que empresas possam executar medidas ecológicas e consequentemente melhorar<br />
a sua posição neste ranking. O Quadro 26 apresenta o ranking do Greenpeace de<br />
quatorze fornecedores e suas respectivas pontuações.<br />
255
Quadro 26 - Ranking GreenPeace.<br />
Posição Empresa Nº de Pontos<br />
1 Nokia 7.0<br />
2 Dell 7.0<br />
3 HP 5.7<br />
4 Sony Ericsson 5.3<br />
5 Samsung 5.0<br />
6 Sony 4.7<br />
7 LG 4.3<br />
8 Panasonic 3.3<br />
9 Toshiba 3.0<br />
10 Fujitsu-Siemens 3.0<br />
11 Apple 2.7<br />
12 Acer 2.3<br />
13 Motorola 1.7<br />
14 Lenovo 1.3<br />
Fonte: Sato, 1996.<br />
4.8.2.1.6. Contexto Normativo Atual<br />
A indústria brasileira acredita nos princípios da Agenda 21 como base <strong>para</strong> a<br />
construção do desenvolvimento sustentável nas nações tendo como objetivo<br />
compatibilizar o crescimento econômico, em harmonia com o meio ambiente e a<br />
promoção da qualidade de vida das pessoas. Neste contexto, uma indústria<br />
competitiva tem um papel de relevância na geração de empregos, na indução<br />
tecnológica e na melhoria do bem-estar das pessoas.<br />
Passados 10 anos de construção da Agenda 21, muito se fez na indústria<br />
brasileira com o objetivo de implementar esta nova consciência pró-sustentabilidade.<br />
O parque industrial brasileiro avançou, entre outras medidas, na adoção de<br />
metodologias de produção mais limpas, na certificação segundo normas da ISO, no<br />
uso sustentável dos recursos naturais, na implementação de uma infraestrutura<br />
tecnológica de apoio e, em especial, na educação ambiental.<br />
As políticas e operações do comércio e da indústria, inclusive das empresas<br />
transnacionais, podem desempenhar um papel importante na redução do impacto<br />
sobre o uso dos recursos e o meio ambiente por meio de processos de produção<br />
mais eficientes, estratégias preventivas, tecnologias e procedimentos mais limpos de<br />
produção ao longo do ciclo de vida do produto, assim minimizando ou evitando os<br />
resíduos. Inovações tecnológicas, desenvolvimento, aplicações, transferências e os<br />
256
aspectos mais abrangentes da parceria e da cooperação são, em larga medida, da<br />
competência do comércio e da indústria.<br />
O modelo a ser adotado é a gestão compartilhada, ou seja, que divide a<br />
responsabilidade entre fabricante, consumidor e poder público pela destinação<br />
adequada de pilhas, baterias, lâmpadas, computadores e celulares usados.<br />
4.8.2.1.6.1. Política Nacional de Resíduos<br />
A Política Nacional de Resíduos (Projeto de Lei nº 203, de 1991) "dispõe<br />
sobre o acondicionamento, a coleta, o tratamento, o transporte e a destinação dos<br />
resíduos de serviços de saúde". Em setembro de 2007, o governo federal<br />
encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de Política Nacional de Resíduos<br />
Sólidos (Lei 1991/07) que estabelece diretrizes, instrumentos, responsabilidades e<br />
proibições <strong>para</strong> o gerenciamento dos resíduos sólidos no país, que ainda se<br />
encontra em fase de análise pelo Congresso.<br />
Este Projeto de Lei levou em conta parte das propostas debatidas ao longo<br />
dos últimos sete anos em seminários regionais e nacionais com diversos segmentos<br />
da sociedade civil. Entre os atores que partici<strong>para</strong>m ativamente do processo de<br />
elaboração e difusão de propostas voltadas <strong>para</strong> a gestão sócio-ambiental<br />
compartilhada de resíduos sólidos destacam-se o Fórum Nacional Lixo e Cidadania,<br />
o Fórum Lixo e Cidadania da Cidade de São Paulo e o Movimento Nacional de<br />
Catadores de Materiais Recicláveis.<br />
A prática governamental não se restringe à classificação dos trabalhadores<br />
pelo Ministério do Trabalho, estendendo-se a outras, como, por exemplo, a<br />
destinação de linhas de crédito pelo Banco do Brasil e pelo Banco Nacional de<br />
Desenvolvimento Econômico (BNDES) que visam a implantação de projetos ligados<br />
à reciclagem, o que inclui a formação de cooperativas de catadores.<br />
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE 2002),<br />
os resíduos sólidos domiciliares e comerciais coletados diariamente atingiram a<br />
marca de 228,4 mil toneladas, sem contar o que não é coletado e jogado em curso<br />
d‘água, terrenos baldios, lixões. Por trás destes números estão os impactos<br />
ambientais praticamente invisíveis aos olhos do cidadão: contaminação de lençóis<br />
257
freáticos e do solo pelo cromo e do ar pelos gases emitidos pela destinação<br />
inadequada (lixões) dos resíduos gerados por 3672 municípios (66% do total).<br />
A deposição de resíduos a céu aberto é considerada ilegal pela Lei de Crimes<br />
Ambientais, mesmo assim 59,5% eram destinados desta forma, ou seja, 146,8 mil<br />
toneladas por dia, no período da pesquisa. Para aterros controlados seguiam 19,9%<br />
dos resíduos coletados e apenas 14,9% iam <strong>para</strong> os aterros sanitários. Chama<br />
atenção o fato de terem sido destinados, nos últimos 14 anos, 154 milhões de reais<br />
<strong>para</strong> programas de gerenciamento de resíduos sólidos nas cidades brasileiras. A<br />
cultura de jogar o lixo longe dos olhos da população e junto a mananciais hídricos<br />
e/ou em solos férteis tem-se revelado mais forte do que a consciência dos gestores<br />
municipais quanto aos danos causados pela destinação inadequada.<br />
Mais invisível ainda na vida cotidiana nas cidades, são os danos causados à<br />
natureza pela extração de matérias-primas, consumo de energia e água <strong>para</strong> a<br />
produção de latas de alumínio (cujos índices de reciclagem são altamente<br />
comemorados e divulgados pelos fabricantes), de embalagens ―longa vida‖, de<br />
garrafas PET e dos mais de 500 tipos de plásticos que entram sorrateiramente em<br />
nossas casas com a insígnia da praticidade e da modernidade. Já as embalagens de<br />
vidro, retornáveis 35 vezes <strong>para</strong> a mesma finalidade, desaparecem crescentemente<br />
do mercado.<br />
O processo de construção de propostas <strong>para</strong> responsabilizar a cadeia<br />
produtiva revela a gravidade tanto da geração, quanto da destinação de resíduos<br />
urbanos e aponta <strong>para</strong> a importância de se instituir uma Política Nacional de<br />
Resíduos Sólidos na qual se criem instrumentos e mecanismos <strong>para</strong> frear a<br />
irresponsabilidade de gestores públicos municipais e ao mesmo tempo<br />
responsabilizar fabricantes, importadores, revendedores, comerciantes e<br />
distribuidores.<br />
Diante desta realidade, nos primeiros anos de 2000 o Fórum Nacional Lixo e<br />
Cidadania e o Fórum Lixo e Cidadania da Cidade de São Paulo, entre outras<br />
iniciativas no país, realizaram diversos debates que resultaram em propostas<br />
debatidas em vários eventos de caráter nacional. No âmbito do Fórum Social<br />
Mundial foram organizados debates e decidiu-se, em 2003, criar a Articulação por<br />
uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma rede virtual, com atores plurais,<br />
258
<strong>para</strong> discussão e formulação coletiva de proposições. As propostas de maior<br />
destaque prevêem a integração dos catadores avulsos e organizados em sistemas<br />
públicos municipais de reaproveitamento de resíduos e a erradicação do trabalho de<br />
crianças em lixões e nas ruas. Também o fechamento dos lixões com cidadania, é<br />
uma proposta atual que exige do poder público municipal alternativas de geração de<br />
trabalho e renda e de moradia <strong>para</strong> as famílias que vivem nestes locais <strong>para</strong> depois<br />
retirá-las dos mesmos e proibir a catação.<br />
Nesse sentido, a proposta central, na época, era a de tributar os geradores<br />
(fabricantes, importadores, distribuidores, revendedores, comerciantes de produtos),<br />
como forma de responsabilização direta pelo passivo ambiental gerado, os resíduos<br />
sólidos. O recurso auferido pela tributação financiaria a estruturação dos sistemas de<br />
recuperação de resíduos - coleta seletiva, triagem, beneficiamento com inclusão dos<br />
catadores. E <strong>para</strong> viabilizar a destinação dos recursos, advindos destas fontes, seria<br />
criado um fundo federal que repassaria recursos <strong>para</strong> fundos municipais e distritais,<br />
prioritariamente <strong>para</strong> os municípios que implementassem políticas públicas de coleta<br />
seletiva com a participação de associações e cooperativas de catadores. Previa-se<br />
também a criação de conselhos gestores em nível federal, municipal e distrital <strong>para</strong><br />
monitorar a execução das ações e garantir o controle social de verbas públicas.<br />
Essas propostas forma defendidas pelo entendimento de que seria a melhor<br />
forma de assegurar uma política que articulasse a responsabilidade do setor<br />
empresarial, a integração dos catadores, a coordenação do processo como um todo<br />
pelo executivo municipal e a participação da sociedade civil.<br />
Nesse sentido, <strong>para</strong> avançar rumo a uma sociedade sustentável defende-se a<br />
instituição de instrumentos que obriguem as indústrias a mudarem seu padrão de<br />
produção no sentido de colocarem no mercado produtos efetivamente duráveis. E<br />
por outro lado, reivindica-se o estabelecimento de normas <strong>para</strong> a redução do<br />
consumo de recursos naturais nos processos industriais e <strong>para</strong> que os produtos pós-<br />
consumo sejam passíveis de aproveitamento integral. Significa dizer, <strong>para</strong> se atingir<br />
um patamar de sustentabilidade é preciso responsabilizar toda a cadeia produtiva,<br />
ou seja, desde o momento da extração da matéria prima até o momento em que o<br />
produto torna-se resíduo.<br />
259
O boletim CEMPRE (Compromisso Empresarial <strong>para</strong> Reciclagem) apresenta<br />
um levantamento da reciclagem de produtos eletroeletrônicos no Brasil, mostrando a<br />
multiplicação das cooperativas de trabalhadores em diferentes lugares do país,<br />
ultrapassando duas centenas, onde as associações que congregam as empresas<br />
produtoras de dejetos recicláveis e as empresas que se especializam na reciclagem.<br />
4.8.2.1.6.2. Pilhas e Baterias<br />
De acordo com dados da ABINEE, as pilhas de uso doméstico provenientes<br />
de suas quatro associadas (detentoras das marcas Duracell, Energizer, Eveready,<br />
Panasonic, Rayovac e Varta) estão livres de metais pesados como cádmio e<br />
mercúrio e, por essa razão, podem ser depositadas no lixo domiciliar.<br />
No entanto, 33% das pilhas disponíveis no mercado são falsificadas,<br />
oferecendo risco à saúde das pessoas e do meio ambiente. Em geral, não têm<br />
informações em português, não orientam sobre o que fazer com o produto esgotado<br />
e raramente indicam o país de origem ou o importador. "O setor de pilhas de uso<br />
doméstico suprimiu o uso de metais pesados estipulados pelas resoluções do<br />
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), pois entendeu que reciclá-los é<br />
econômica e ambientalmente inviável", comenta Jaime Cynamon, diretor da área de<br />
Meio Ambiente da ABINEE.<br />
A situação é diferente quando o assunto são as baterias de celular,<br />
automotivas e as industriais, que não podem ser dispostas em lixo comum. Como<br />
orientam os manuais de celulares, suas baterias podem ser recolhidas nos pontos-<br />
de-venda ou nas assistências técnicas, de onde são repassadas <strong>para</strong> os fabricantes.<br />
Na prática, essas empresas, com base em decisões corporativas mundiais,<br />
exportam os produtos <strong>para</strong> recicladoras estrangeiras. As baterias automotivas têm<br />
de ser coletadas pelos estabelecimentos comerciais que devem direcioná-las <strong>para</strong> a<br />
indústria de onde, então, precisam seguir <strong>para</strong> a reciclagem. É necessário que o<br />
proprietário da loja e o consumidor também contribuam, evitando a entrega a ferros-<br />
velhos.<br />
Além disso, buscam-se alternativas <strong>para</strong> sensibilizar as prefeituras <strong>para</strong> que<br />
os pontos de venda tenham pré-requisitos (um licenciamento simplificado), e os<br />
consumidores, <strong>para</strong> se conscientizarem de que as baterias velhas exigem<br />
260
tratamento adequado. Outro ponto que requer a máxima atenção é o transporte<br />
dessas baterias que só deve ser feito por empresas licenciadas e pre<strong>para</strong>das <strong>para</strong><br />
evitar acidentes ambientais.<br />
No caso das baterias industriais de chumbo, cádmio e seus compostos já<br />
existem um fluxo entre o fabricante, o comprador (as indústrias) e o reciclador,<br />
devendo ainda possuir um descarte adequado nas indústrias, e que estas baterias<br />
serem encaminhadas somente <strong>para</strong> recicladoras autorizadas pelo IBAMA.<br />
4.8.2.1.6.3. Lâmpadas<br />
Já existem leis que regulamentam o descarte de resíduos de lâmpadas com<br />
mercúrio provenientes de fábricas, escritórios e shopping centers, entre outros (95%<br />
de seu consumo).<br />
A Philips do Brasil tem insistido <strong>para</strong> que haja uma regulamentação federal,<br />
no âmbito do CONAMA. Esta empresa orienta seus clientes a utilizar uma das<br />
unidades recicladoras de lâmpadas existentes no país, e é <strong>para</strong> estas que sua<br />
planta fabril envia lâmpadas com mercúrio que, por alguma razão técnica, voltam do<br />
mercado.<br />
Quanto às lâmpadas incandescentes e fluorescentes de uso residencial,<br />
como não existe estrutura municipal que as classifique, o caminho até hoje tem sido<br />
o descarte no lixo comum. A reciclagem de lâmpadas deve abranger todos os<br />
agentes da cadeia de consumo: o poder público, o usuário e as empresas, criando<br />
um sistema de coleta, provendo informações técnicas adequadas sobre o produto e<br />
educação ambiental.<br />
―É necessário desenvolver um modelo técnico, financeiramente adequado e<br />
ambientalmente correto‖, defende Marcio Quintino, gerente de Qualidade e Meio<br />
Ambiente da Philips <strong>para</strong> a América Latina. A Associação Brasileira da Indústria de<br />
Iluminação <strong>–</strong> ABILUX (2003) informa que a reciclagem de lâmpadas está sendo<br />
discutida por um de seus grupos setoriais, focado na criação de uma<br />
regulamentação federal.<br />
4.8.2.1.6.4. Artigos de Impressão e Computação Pessoal<br />
Para o fabricante de impressoras Hewlett-Packard - HP, a reciclagem de seus<br />
itens de impressão e computação pessoal também deve ser uma responsabilidade<br />
261
compartilhada entre a sociedade, as empresas e o governo. A HP detém o maior<br />
programa do mundo em reciclagem no segmento eletroeletrônico, além de ser<br />
pioneira na utilização de materiais inovadores no processo de desenvolvimento de<br />
produtos e insumos que reduzem o uso de substâncias químicas e de embalagens,<br />
favorecendo a própria cadeia produtiva.<br />
Em 2006, reciclou mais de 74 mil toneladas de hardware e suprimentos nos<br />
países onde atua e a meta deste ano é reciclar 450 mil toneladas, sendo que o saldo<br />
acumulado é de mais de 375 mil toneladas de sucata desde 1987. A empresa<br />
espera que a legislação incentive e viabilize esses processos por meio da eliminação<br />
e redução de tributos, especialmente na comercialização de bens projetados com<br />
melhor capacidade sustentável.<br />
As baterias usadas nos notebooks e handhelds da HP, por exemplo, são<br />
fabricadas com materiais não-tóxicos (lítio/íon) e, ainda assim, a empresa estimula a<br />
devolução e destinação <strong>para</strong> reciclagem, onde existe um site especifico <strong>para</strong><br />
remessa.<br />
Desde 2003 no Brasil a empresa já reciclou 156 toneladas de hardware e 106<br />
toneladas de pilhas e baterias, recolhidas em seus escritórios e nos clientes. Além<br />
disso, as usadas em servidores e UPS, por conterem chumbo ácido, são<br />
armazenadas pela HP e, posteriormente, enviadas à reciclagem <strong>para</strong> recuperação<br />
do chumbo.<br />
Existem ainda programas de reciclagem <strong>para</strong> cartuchos de toner e impressão<br />
a jato de tinta. Lançada em 1992, nos Estados Unidos, essa iniciativa já conseguiu<br />
evitar o descarte de 90 milhões de cartuchos da empresa em aterros sanitários e<br />
direcionou mais de 92 mil toneladas de metais e plásticos <strong>para</strong> o mercado de<br />
materiais reciclados.<br />
Além disso, esta empresa recomenda que computadores em bom estado de<br />
funcionamento sejam doados <strong>para</strong> programas de inclusão digital ou que se faça a<br />
reciclagem de partes e peças, no caso de produtos sem possibilidade de reuso.<br />
4.8.2.1.6.5. Outros procedimentos<br />
Desde julho de 2005, a Technology Conservation Group (TCG), com sede em<br />
Jaguariúna (SP), atende fabricantes interessados em revenda ou reciclagem de<br />
262
produtos eletroeletrônicos. Geralmente, essas cargas apresentam defeitos, foram<br />
descontinuadas ou constam como excedente de inventário.<br />
A empresa, que tem sete filiais no mundo, revende equipamentos completos<br />
ou componentes, como circuitos integrados, coletores e placas de circuito impresso,<br />
metais preciosos contidos em Unidades Centrais de Processamento (Central<br />
Processing Units <strong>–</strong> CPUs), celulares, aparelhos de telecomunicação e som, fax e<br />
telefone, por meio de um banco de dados da TCG, sites de comercialização ou <strong>para</strong><br />
lojas de informática.<br />
Quando a empresa destina o produto <strong>para</strong> reciclagem, os produtos são<br />
se<strong>para</strong>dos e comercializados <strong>para</strong> quatorze recicladores de diversos materiais como<br />
plástico, ferro, alumínio, cobre, embalagem, placas de circuito impresso.<br />
Segundo CETESB (2006), os entraves <strong>para</strong> a reciclagem de produtos<br />
eletroeletrônicos no Brasil são:<br />
Legislação fiscal;<br />
Custo logístico; e<br />
Fiscalização <strong>para</strong> cumprimento da legislação vigente.<br />
4.8.2.1.7. Procedimentos de Reciclagem de Produtos Eletroeletrônicos em<br />
outros Países<br />
4.8.2.1.7.1. Procedimentos de Reciclagem de Produtos Eletroeletrônicos<br />
Estados Unidos<br />
O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresenta diversificação de áreas e de<br />
métodos produtivos, além da utilização de diversos tipos de matérias-primas. São<br />
utilizadas matérias-primas de outros segmentos, como: indústria de plásticos, de<br />
madeiras, de aço, petrolífera, de tintas e outras.<br />
Com a diversificação de matérias-primas e dos modelos apresentados, é<br />
possível verificar que a reutilização de materiais diversos, após o processo<br />
produtivo, não somente aquele gerado pelo processo produtivo é de grande valor<br />
comercial, além de gerar vantagens <strong>para</strong> o meio ambiente e <strong>para</strong> a inclusão social.<br />
O segmento industrial possui uma grande potencialidade, e unindo forças e<br />
conhecimento poderá melhorar processos, além de reutilizar peças e produtos pós-<br />
263
processo produtivo na criação da Cooperativa Nacional por meio de Centrais<br />
Inteligentes de Reciclagem, custeada pelos governos, indústrias e clientes.<br />
A Agência Nacional de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA)<br />
mantém campanhas <strong>para</strong> elevar o índice de reciclagem de eletrônicos<br />
(computadores, televisores e telefones celulares) que inclui trabalhos diretos com<br />
quem fabrica, distribui, utiliza e descarta esses produtos, no sentido de diminuir seus<br />
impactos ambientais (com design, cuidados na fabricação e redução de<br />
componentes tóxicos, incentivo ao reuso e à reciclagem e gerenciamento dos<br />
eletrônicos usados). Além disso, anualmente, é organizado o America Recycles Day<br />
<strong>para</strong> estimular a prática da reciclagem (US Environmental Protection Agency, 2007).<br />
Os instrumentos de política ambiental podem ser classificados em duas<br />
categorias: regulação direta, conhecida como comando e controle, que inclui<br />
padrões de poluição, proibição de certas atividades e controle dos equipamentos, de<br />
processos, de produtos e do uso de recursos; e instrumentos econômicos, como<br />
taxas e tarifas, subsídios, sistemas de devolução de depósitos e permissões de<br />
poluição comercializáveis (ALMEIDA, 1994)<br />
As medidas de política ambiental trazem benefícios sociais no que se refere à<br />
melhor qualidade de vida. Para as empresas argumenta-se, de um lado, que a<br />
adequação às exigências pode elevar os custos, gastos com pesquisa e<br />
desenvolvimento, reduzir lucros e a competitividade (PALMER, et al, 1995).<br />
Entretanto, de uma perspectiva dinâmica, foram constatados efeitos positivos sobre<br />
inovação tecnológica e produtividade dos recursos.<br />
Para Kemp (1990) a inovação ambiental, embora se origine da mesma<br />
perspectiva teórica evolucionária, difere da inovação tradicional, que consiste na<br />
sucessão de novas e mais eficientes técnicas de produção. A política ambiental é<br />
imprescindível <strong>para</strong> o primeiro tipo de inovação, visto que afeta as condições de<br />
oferta e demanda de tecnologias ambientais.<br />
Conforme a Organização <strong>para</strong> Cooperação e Desenvolvimento Econômico -<br />
OCDE é importante avaliar o impacto dos instrumentos de política ambiental com<br />
base no contexto no qual ocorre. Desse modo, identificou-se que um alto grau de<br />
inovação radical ocorreu apenas em resposta às regulações mais severas, como<br />
proibição de produtos; inovações incrementais e difusão tecnológica foi a reação<br />
264
mais recorrente, principalmente em relação às especificidades tecnológica, padrões<br />
de desempenho, subsídios e taxas de poluição.<br />
Segundo Porter & Van Der Linde (1995), a regulação mais frouxa parece<br />
refletir nenhuma inovação ou inovações incrementais, enquanto regulações<br />
rigorosas exigem soluções mais fundamentais, como a reconfiguração de produtos e<br />
processos. Além disso, regulações que contemplem as diferenças setoriais e<br />
fornecem tempo suficiente de adequação, tendem a gerar rápidas e significativas<br />
respostas tecnológicas, segundo Kemp (2000).<br />
De outro lado, regulações que definem a solução tecnológica, como padrões<br />
ou especificidades, serão menos inovadoras, enquanto a liberdade excessiva<br />
fornecida pelos instrumentos econômicos pode não ter resultados inovadores se, por<br />
exemplo, for mais vantajoso pagar a taxa <strong>para</strong> poluir. (Jaffe, et al, 2002; Kemp,<br />
2000).<br />
Além disso, se em um momento são realizados investimentos na mudança<br />
tecnológica <strong>para</strong> atender às exigências ambientais, em outro as inovações podem<br />
criar compensações econômicas e outros ganhos ambientais.<br />
Conforme Porter & Van der Linde (1995), como a poluição é um sinal de<br />
ineficiência no uso dos recursos, as inovações ambientais podem trazer benefícios<br />
que compensam os custos iniciais e criar vantagens competitivas. Os benefícios<br />
podem ocorrer <strong>para</strong> o produto - melhor qualidade, redução do custo e da<br />
embalagem, maior segurança, e <strong>para</strong> o processo, menores <strong>para</strong>lisações, economia<br />
de materiais e de armazenamento, economia de energia e das atividades de<br />
descarte dos resíduos.<br />
Para Andersen (2005), a eco-eficiência, medida pela intensidade de materiais,<br />
energia, dispersão de substâncias tóxicas, durabilidade e reciclabilidade, é um<br />
método de avaliação do desempenho ambiental do produtor, bem como um<br />
indicador de inovação ambiental. Dessa forma, é possível concluir que medidas de<br />
política ambiental podem gerar importantes mudanças tecnológicas, trazer outros<br />
benefícios e criar vantagens competitivas. Condições de rigor associadas à<br />
flexibilidade regulatória tendem a ter maiores impactos sobre a inovação.<br />
265
4.8.2.1.7.2. Procedimentos de Reciclagem de Produtos Eletroeletrônicos União<br />
Européia<br />
No ano de 2003, conforme Official Journal of the European Union (2003) a<br />
União Européia promulgou duas exigências <strong>para</strong> a produção/comercialização de<br />
equipamentos eletroeletrônicos: diretivas sobre a disposição final de produtos<br />
(Waste Electrical and Electronic Equipment - WEEE) e sobre o uso de substâncias<br />
nocivas (Restriction of the Use of certain Hazardous Substances in Electrical and<br />
Electronic Equipment - RoHS).<br />
A WEEE é um regulamento em vigor desde 2006, com o objetivo de prevenir<br />
e diminuir os resíduos de uma lista de equipamentos eletroeletrônicos selecionados<br />
segundo o estágio atual de análise científica. Fundamenta-se nos princípios do<br />
poluidor pagador, precaução e na responsabilidade estendida do produtor. A<br />
responsabilidade do produtor está associada às etapas de coleta seletiva,<br />
tratamento, recuperação, reciclagem e financiamento.<br />
A internalização dessas atividades visa estimular o design ecológico dos<br />
produtos e o fornecimento de informações. O tratamento pode ser realizado pelo<br />
produtor ou por terceiros, mas financiado pelo produtor.<br />
Essas exigências têm impactado os principais países, dentro e fora da União<br />
Européia, estimulando inovações tecnológicas, sobretudo quanto à substituição de<br />
substâncias nocivas. Países industrializados estão mais bem pre<strong>para</strong>dos e<br />
respondendo de modo mais inovador que os asiáticos de industrialização recente.<br />
Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos contêm substâncias nocivas à<br />
saúde e ao meio ambiente, como chumbo, cádmio, cromo, mercúrio e retardantes de<br />
chamas (os bifenis PBB e PBDE). Este tipo de poluição está mais associado à<br />
composição do produto do que aos resíduos gerados no processo de produção. O<br />
número de toneladas gerado de resíduos é crescente, como resultado, em parte, da<br />
rápida substituição dos produtos eletrônicos.<br />
Em 1998, foram gerados seis milhões de toneladas de resíduos de<br />
equipamentos eletroeletrônicos na União Européia, o que representou 4% do fluxo<br />
de resíduos municipais.<br />
Estima-se que a quantidade de resíduo gerado per capita situa-se entre 14 e<br />
20 kg ao ano, e estima-se que esse volume cresça.<br />
266
A taxa de recuperação varia de um mínimo de 70% a 80% do peso médio por<br />
utensílio e a taxa de reciclagem (de componentes, materiais e substâncias), de um<br />
mínimo de 50% a 75% do peso médio conforme uma lista de equipamentos<br />
selecionados, como eletrodomésticos, produtos de informática e telecomunicações,<br />
ferramentas, brinquedos, entre outros. Dessa classificação, excetuam-se<br />
equipamentos usados em outros equipamentos que não fazem parte desta diretiva<br />
e, temporariamente, os equipamentos da categoria, conforme apresentado no<br />
Quadro 27.<br />
Quadro 27 - Regulamentações WEEE por categorias de produtos cobertos.<br />
Produtos<br />
267<br />
Regulamentação WEEE<br />
Recuperação<br />
(% do peso)<br />
Reciclagem<br />
(% do peso)<br />
1. Grandes eletrodomésticos 80 75<br />
2. Pequenos eletrodomésticos 70 50<br />
3. Tecnologia de Sistemas de Informação e<br />
Telecomunicações<br />
75 65<br />
4. Eletrônicos de consumo 75 65<br />
5. Equipamentos de iluminação * 70 50<br />
6. Ferramentas eletroeletrônicas 70 50<br />
7. Brinquedos e produtos esportivos 70 50<br />
8. Equipamentos médicos - -<br />
9 Equipamentos <strong>para</strong> monitoramento e controle 70 50<br />
10. Equipamentos de serviço automático 80 75<br />
Fonte: Official Journal of the European Union, 2003.<br />
(*) exceto <strong>para</strong> lâmpadas de descarga de gás, cuja taxa de recuperação mínima é de 80% do peso<br />
da lâmpada.<br />
A RoHS diz respeito à eliminação e/ou redução de substâncias nocivas<br />
presentes nos equipamentos eletroeletrônicos. Esta norma é complementar à WEEE<br />
na medida em que recomenda a substituição de substâncias nocivas nos<br />
equipamentos eletroeletrônicos por materiais mais seguros facilitando a reciclagem.<br />
Decidiu-se que será somente tolerado o valor máximo de concentração de<br />
0,1% por kg (ou 1000mg/kg) em material homogêneo <strong>para</strong> chumbo, mercúrio,<br />
cromo, PBB e PDBE e o valor máximo de 0,01% (ou 100mg/kg) em material<br />
homogêneo <strong>para</strong> o cádmio. Isto se aplica aos equipamentos eletroeletrônicos<br />
abrangidos pelas categorias 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10 definidas na WEEE (primeira<br />
coluna do Quadro 27), incluindo as lâmpadas elétricas e os aparelhos de iluminação
de uso doméstico. As exigências são obrigatórias nos países da União Européia e<br />
têm impactos diferenciados. O impacto da RoHS no Reino Unido gerou custos e<br />
benefícios.<br />
Os custos foram estimados entre £700 milhões a £1300 milhões nos dez anos<br />
posteriores à data do relatório <strong>–</strong> decorrentes de gastos com capital, P, D & I e<br />
operação. Deste total, a maior dificuldade se refere à substituição do chumbo no<br />
processo de solda, <strong>para</strong> a qual foram previstos em torno de 5% dos gastos totais em<br />
P, D & I, bem como aumento nos gastos com energia e incrementos nos preços dos<br />
componentes. Os benefícios foram associados à facilidade de reciclagem,<br />
melhoria nas condições de vida e redução entre 1.400 a 4.300 toneladas de chumbo<br />
(DTI, 2006).<br />
Na Noruega, segundo Lee & Roine (2004), as diretivas da União Européia<br />
tem influenciado a legislação doméstica e estimulado inovações ambientais de modo<br />
diferenciado. A maioria dos produtores realizou inovações de produto ou de<br />
processo nos últimos dez anos <strong>para</strong> tratar de problemas ambientais e essas<br />
inovações dirigiram-se principalmente <strong>para</strong> substituição e eliminação de substâncias<br />
nocivas, tendo nas regulamentações da União Européia sua principal motivação.<br />
Quanto ao tratamento de resíduos, as empresas norueguesas estabeleceram um<br />
sistema coletivo, de modo a se responsabilizar financeiramente pelo tratamento, mas<br />
transferindo a responsabilidade física <strong>para</strong> outras organizações. Assim, as<br />
empresas pagam taxas sobre tipos e quantidades de produtos <strong>para</strong> essas<br />
organizações, que usam suas receitas <strong>para</strong> a indústria de reciclagem.<br />
Esse esquema de financiamento tem estimulado as inovações de processo na<br />
indústria de reciclagem, porém, não tem incentivado inovações de produto <strong>–</strong> <strong>para</strong><br />
reduzir a geração de resíduos e torná-los mais recicláveis - por parte dos produtores<br />
acima. As pequenas e médias empresas na União Européia estão razoavelmente<br />
pre<strong>para</strong>das <strong>para</strong> alterações tecnológicas na eliminação do chumbo, apesar de<br />
carecer de informações e conhecimento (TEH, et al, 2005)<br />
Os países industrializados fora da União Européia também têm sido afetados<br />
e estão respondendo às exigências. As empresas dos Estados Unidos estão<br />
relativamente pre<strong>para</strong>das em relação aos regulamentos e existem custos e<br />
oportunidades da adequação à RoHS. Segundo Veleva & Sethi (2004), as<br />
268
companhias mais representativas do segmento de componentes estão bem<br />
informadas sobre os regulamentos, onde a maioria está realizando ações <strong>para</strong><br />
redesign dos produtos e declarou estar pre<strong>para</strong>da <strong>para</strong> se adequar à RoHS e<br />
produzir produtos verdes no prazo solicitado.<br />
Dentre as ações de redesign, a Texas Instruments tem iniciativas de produtos<br />
livre de chumbo desde os anos 1980 e já manufaturou 1 bilhão desses produtos. A<br />
oportunidade <strong>para</strong> as empresas é a diferenciação de produto <strong>para</strong> as que fabricam<br />
produtos verdes, o que cria vantagens competitivas e consequente aumento da<br />
participação no mercado. Os impactos da RoHS são globais, afetando inclusive os<br />
produtos vendidos nos EUA e não tende a gerar duas linhas de produtos: uma com<br />
substâncias nocivas <strong>para</strong> o mercado interno e outra, sem as substâncias <strong>para</strong> a<br />
Europa (INFORM, 2003).<br />
Os principais manufatores de eletrônicos mudam o design e adotam novas<br />
tecnologias em uma linha de produção, pois uma vez adotada uma nova tecnologia<br />
seria mais cara e ineficiente a produção se<strong>para</strong>da <strong>para</strong> diferentes mercados.<br />
No Japão, um alto índice de inovação foi registrado na produção de<br />
eletrônicos e no tratamento de resíduos antes mesmo da promulgação das diretivas<br />
européias. A produção de eletrônicos com solda livre de chumbo data desde o início<br />
dos anos 1990 e teve êxito graças à criação de uma rede de inovação que cobre<br />
instituições diversas, como universidades, institutos de pesquisa, associações<br />
industriais. Por exemplo, 436 patentes foram registradas entre 1993 e 2001 <strong>para</strong><br />
desenvolvimento deste tipo de produto (YARIME, 2005).<br />
Segundo Tojo (2004), os principais manufatores de equipamentos<br />
eletroeletrônicos realizaram medidas <strong>para</strong> redução dos impactos ambientais nas<br />
áreas de eficiência energética, redução de substâncias nocivas e eficiência de<br />
recursos e reciclabilidade.<br />
Quanto à redução de substâncias nocivas, as medidas tomadas pelas<br />
empresas se referem a checagem e controle e gastos com P, D & I <strong>para</strong> eliminação<br />
de chumbo e cromo, bem como a fiscalização dos fornecedores, <strong>para</strong> os quais foram<br />
desenvolvidos guias verdes. Medidas de eficiência de recursos e reciclabilidade<br />
incluem: a redução do uso de materiais, por meio da miniaturização; o<br />
269
prolongamento da vida útil do produto via reuso de componentes e redução do peso;<br />
e redução do uso de componentes <strong>para</strong> facilitar a desmontagem.<br />
Quanto ao tratamento dos resíduos, um sistema de coleta e recuperação foi<br />
desenvolvido: o usuário final paga pela coleta comprando um ticket, cujo valor se<br />
diferencia conforme o produto, e o fluxo é repassado ao produtor. Como resultado, o<br />
número de produtos coletados e reciclados passou de oito milhões, entre março de<br />
2001 e abril de 2002, <strong>para</strong> dez milhões entre abril de 2002 e março de 2003.<br />
Os países de industrialização recente na Ásia são os principais produtores e<br />
exportadores de equipamentos eletroeletrônicos, sobretudo <strong>para</strong> os países<br />
industrializados. Mais da metade das exportações de China, Tailândia e Filipinas<br />
destinam-se a União Européia, Japão e EUA. De outro lado, os países asiáticos são<br />
também os principais importadores de resíduos e de equipamentos usados desses<br />
países, sobretudo dos EUA (VOSSENAAR, et al, 2006)<br />
As companhias chinesas, conforme Yu, et al (2006) têm tido uma ação mais<br />
reativa do que proativa, visto que passaram a se adequar a partir de 2004. A maioria<br />
das empresas está bem informada das diretivas, têm dedicado mais atenção à<br />
RoHS, que possui mais impactos, e são motivadas a se adequar principalmente<br />
pelas exigências dos clientes. Em termos de tamanho, as empresas que mais tem<br />
respondido são as grandes.<br />
A RoHS tem investido em inovação <strong>para</strong> encontrar componentes que possam<br />
substituir chumbo que é utilizado na solda. Quanto ao tratamento de resíduos, este<br />
setor está bem mais atrasado, visto que a coleta, reciclagem e disposição dos<br />
resíduos são realizadas informalmente, gerando prejuízos ambientais e à saúde.<br />
Hicks, et al (2005), enxerga nas diretivas européias estímulos <strong>para</strong> o<br />
estabelecimento de um setor formal: algumas empresas têm realizado investimentos<br />
no tratamento, mas os ambientes de incerteza gerados pela ausência de regulações<br />
domésticas aumentam os riscos dos investimentos. Como reação, a China tem<br />
implementado legislação semelhante à RoHS e estabelecido controles de<br />
importação de resíduos e equipamentos usados (VOSSENAAR, et al, 2006).<br />
Na Tailândia, o processo de ajustamento à RoHS se iniciou em 2003, quando<br />
as subsidiárias receberam ordens do escritório central e passaram a estabelecer<br />
seus próprios cronogramas e reajustar os fornecimentos. Em geral, poucas<br />
270
companhias estavam informadas das diretivas e declararam sofrer impactos diretos<br />
e indiretos das diretivas; a minoria estaria apta a cessar o uso das substâncias<br />
imediatamente. As principais dificuldades encontradas foram acesso ao<br />
conhecimento e às tecnologias adequadas e a eliminação do chumbo. Semelhante à<br />
China, as autoridades locais têm desenvolvido planos de ação <strong>para</strong> a coleta de<br />
produtos e resíduos e legislação similar à RoHS (VOSSENAAR, et al, 2006).<br />
Nas Filipinas, grande parte das empresas é do segmento de semicondutores<br />
e possuem significativa participação de transnacionais, seja na forma de subsidiárias<br />
ou contratando produtores.<br />
A diretiva RoHS tem tido mais impactos sobre inovação do que a diretiva<br />
WEEE. A RoHS tem impactos globais, atingindo toda a cadeia de produtores de<br />
diversos segmentos e coloca significativos desafios inovadores, principalmente<br />
quanto à eliminação do chumbo na solda. A WEEE tende a ter impactos mais<br />
regionais, sobre a indústria de reciclagem, mas pouco foi registrado sobre os seus<br />
efeitos inovadores e estímulo de redesign do produto.<br />
Os países industrializados estão mais bem pre<strong>para</strong>dos <strong>para</strong> se adequar de<br />
modo inovador e competitivo à RoHS. O Japão, por exemplo, foi o país com maior<br />
sucesso nessa transformação, visto que estabeleceu um sistema de inovação <strong>para</strong><br />
eliminar o chumbo da solda. Países asiáticos de industrialização recente, os maiores<br />
exportadores de eletrônicos atualmente, sofrem os impactos por duas vias: precisam<br />
se adequar <strong>para</strong> não perder exportações de um lado, e são os maiores importadores<br />
de resíduos e equipamentos usados dos países industrializados e não possuem um<br />
setor de tratamento adequado. Suas companhias estão pouco pre<strong>para</strong>das <strong>para</strong> se<br />
adequar, mas as respostas dependem da estrutura industrial local.<br />
Essas evidências parecem confirmar o argumento que regulações ambientais<br />
mais rigorosas tem maiores impactos sobre inovação e, inclusive, geram outros<br />
ganhos, como no caso dos Estados Unidos e do Japão. Mas o caso dos asiáticos<br />
indica que a capacitação técnica e institucional doméstica dos países é importante<br />
<strong>para</strong> uma adequação efetiva e inovadora.<br />
Na União Européia, a reciclagem de produtos do setor eletroeletrônico tem<br />
uma estratégia de controle, apoiada nos aspectos político e sócio-ambiental,<br />
permitindo uma renovação constante da produção industrial, priorizando atender os<br />
271
aspectos ambientais. Esta renovação está baseada em três fases, conforme ilustra<br />
a Figura 19:<br />
a) Equipamentos e Componentes: cada equipamento comercializado possui<br />
um índice de reciclabilidade;<br />
b) Estabelecimento de pontos de troca, ou depósito de equipamentos<br />
antigos, ou centros de coletas seletivas de lixos; e<br />
c) Centros Automatizados de Reciclagem.<br />
Usuários<br />
PROCESSO DE RECICLAGEM DE MATERIAIS<br />
Equipamentos<br />
e<br />
Componentess<br />
Figura 19 - Reciclagem de Materiais.<br />
Fonte: Adaptado de Eco-Systems, 2007.<br />
Para atender às diretrizes mencionadas anteriormente, existem leis<br />
específicas aplicadas <strong>para</strong> dois níveis da cadeia produtiva:<br />
a) Fabricação e Produção Industrial<br />
• Utilização de material ecológico e reciclável; e<br />
• Tratamento de resíduos de fabricação, materiais e líquidos que envolvem<br />
o processo de fabricação.<br />
b) Produção, Comercialização e Política de Incentivo ao Consumo e<br />
Renovação de Produtos<br />
• Classificação de produtos em função de seu impacto ambiental;<br />
• Reciclagem de materiais; e<br />
• Central Inteligente de Reciclagem.<br />
O REACH - Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of<br />
Chemical Substances, ou Registro, Avaliação, Autorização e Restrição de<br />
Substâncias Químicas é uma regulamentação européia aplicável a ao uso seguro de<br />
produtos químicos que entrou em vigor em 1º de Junho de 2007.<br />
272<br />
Pontos<br />
de<br />
Entrega<br />
Processo<br />
de<br />
Reciclagem
O objetivo do REACH é aumentar a proteção à saúde humana e ao meio<br />
ambiente através da melhor e precoce identificação das propriedades intrínsecas<br />
das substâncias químicas. Os benefícios do sistema REACH se evidenciarão<br />
gradativamente, tanto quanto mais substâncias forem incluídas no REACH. O<br />
REACH foi desenvolvido em um ambiente transparente e de consenso, com<br />
extensivos diálogos promovidos pela Comissão Européia antes e após a proposta<br />
ser apresentada.<br />
Esta regulação transfere grande responsabilidade à indústria no manejo do<br />
risco e no provimento de informações de segurança das substâncias químicas.<br />
Fabricantes e importadores precisam reunir as informações das propriedades de<br />
suas substâncias químicas, as quais permitirão o manejo seguro, e registrar a<br />
informação em um banco de dados central mantido pela Agência Européia de<br />
Produtos Químicos (ECHA), em Helsinki, Finlândia. Esta Agência atua como ponto<br />
focal no sistema REACH: gerenciar os bancos de dados necessários <strong>para</strong> operar o<br />
sistema, coordenar detalhadamente a avaliação de substâncias suspeitas e prover<br />
um banco de dados público sobre informação de risco aos consumidores e aos<br />
profissionais.<br />
Esta regulação também promove a substituição progressiva da maioria das<br />
substâncias perigosas quando alternativas viáveis são identificadas.<br />
4.8.2.1.8. Impacto Ambiental e Saúde do Trabalhador<br />
Para Cerqueira (2009) toda organização produtora de bens ou serviços têm<br />
como principal missão atender à satisfação de seus clientes intencionais ou<br />
pretendidos, onde seus processos visam gerar produtos destinados aos clientes,<br />
conforme os requisitos identificados.<br />
O conceito de produto e cliente pode ser estendido no sentido de englobar<br />
tudo aquilo que seja gerado nos processos ou atividades de uma organização.<br />
Assim, produto é qualquer resultado ou saída de uma atividade, dando ensejo à<br />
observação de que toda atividade gera produtos intencionais, mas também gera<br />
outros resultados não pretendidos que acabam impactando outras partes.<br />
Estas outras partes impactadas por produtos não pretendidos podem,<br />
portanto, ser considerados como clientes, pois acabam recebendo algo que provém<br />
273
do processo, apesar de não o desejarem (Maroti, 2002). Este é o caso dos rejeitos e<br />
resíduos que são eliminados nos processos produtivos e que impactam o meio<br />
ambiente e, como consequencia, causam problemas nas comunidades internas e<br />
externas à organização, o mesmo ocorrendo, no caso de problemas relacionados à<br />
segurança, que podem afetar a saúde dos trabalhadores envolvidos com as<br />
atividades da organização (Maroti, 2002). A Figura 20 ilustra os tipos de produtos<br />
gerados num processo produtivo.<br />
Figura 20 - Impacto Ambiental e saúde do trabalhador.<br />
Fonte: Cerqueira, 2009.<br />
O balanço entre as fontes de energia disponibilizadas, utilizadas e entregues<br />
durante um processo produtivo, normalmente apresenta um baixo rendimento, ou<br />
seja a energia entregue com o produto <strong>para</strong> o cliente é sempre muito menor da<br />
disponibilizada durante o processo. Isto significa que grande parte da energia<br />
aplicada no processo se perde nas mais diversas formas, gerando impactos ao meio<br />
ambiente. Consequentemente, todo produto não pretendido gerado implica em<br />
perda de energia e, corresponde a um desperdício, a uma falha ou a um resultado<br />
indesejável.<br />
Assim, nos processos produtivos podem ocorrer falhas que comprometem seu<br />
balanço de energia e, portanto, sua eficiência e eficácia. Dentre os possíveis tipos<br />
274
de falhas que podem ocorrer durante um processo produtivo pode-se identificar o<br />
atendimento do pedido dos clientes, na concepção e no desenvolvimento do<br />
produto, na aquisição dos insumos, na produção, no monitoramento, no manuseio,<br />
na embalagem, no armazenamento, na entrega, durante o uso do produto pelo<br />
cliente e no pós-uso, isto é, em todo o ciclo de vida do produto (Cerqueira, 2009).<br />
Cerqueira (2009) agrupa os modos de falha que ocorrem nos processos<br />
produtivos nas seguintes categorias:<br />
Falhas que comprometem a qualidade de um serviço ou produto, isto é, o<br />
atendimento aos requisitos: do cliente e relativos ao produto;<br />
Falhas que podem causar impactos ao meio ambiente ou que não<br />
atendem aos requisitos legais e outros requisitos das partes interessadas;<br />
e<br />
Falhas de segurança que podem comprometer a saúde das pessoas<br />
envolvidas direta ou indiretamente no processo.<br />
Ao mesmo tempo, Cerqueira (2009) define as seguintes premissas:<br />
Cliente é todo aquele impactado por um produto ou por um processo;<br />
Todo cliente tem o direito de ver atendido os seus requisitos;<br />
Toda organização fornecedora de produtos e serviços tem deveres <strong>para</strong><br />
com os requisitos declarados e não declarados dos clientes;<br />
Todos os produtos pretendidos ou não pretendidos saem dos processos<br />
produtivos da organização fornecedora, impactando clientes intencionais e<br />
não intencionais; e<br />
Existem requisitos normativos, legais e regulamentares, relativos aos<br />
produtos e aos processos, que devem ser atendidos pela organização que<br />
produz.<br />
Para atender estas premissas, torna-se necessário a gestão sobre os modos<br />
prováveis de falha que incidem nos processos e nos produtos, assegurando assim, a<br />
prevenção, o atendimento aos requisitos dos clientes intencionais, dos clientes não<br />
intencionais e das demais partes interessadas. A gestão deve atuar sobre as não-<br />
conformidades, com requisitos ou padrões estabelecidos, que têm potencialidade<br />
<strong>para</strong> originar falhas que possam comprometer adversamente a qualidade ou o meio<br />
ambiente ou a segurança e a saúde ocupacional (Cerqueira, 2009).<br />
275
A análise do risco envolvido com a não-conformidade potencial é essencial<br />
<strong>para</strong> a determinação do nível de controle requerido. Devendo considerar o efeito da<br />
falha ou a probabilidade dela acontecer (Figura 21).<br />
Figura 21 - Gestão Ambiental.<br />
Fonte: Cerqueira, 2009.<br />
Cerqueira, 2009, apresenta uma regra, denominada dos 10 <strong>para</strong> 1, que<br />
evidencia a necessidade da gestão atuar sobre as não conformidades potenciais, ou<br />
seja estabelece que o foco da gestão deve ser o de evitar a incidência das não<br />
conformidades com os requisitos e padrões estabelecidos. Assim, o sistema de<br />
gestão deve contemplar padrões preventivos relacionados a efeitos potenciais<br />
indesejáveis, identificados, analisados e priorizados (Figura 22).<br />
Figura 22 - Regras Ambientais.<br />
Fonte: Cerqueira, 2009.<br />
276
4.8.2.1.9. Recomendações do setor industrial brasileiro <strong>para</strong> desenvolvimento<br />
sustentável<br />
No sentido de contribuir com o processo de discussão das diretrizes <strong>para</strong><br />
promoção do desenvolvimento sustentável a Confederação Nacional da Indústria <strong>–</strong><br />
CNI elaborou um documento baseado nos temas abordados na Agenda 21 e reunião<br />
da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 10), realizada em<br />
Joanesburgo em 2002, apresentando o posicionamento empresarial industrial<br />
brasileira nesse tema, e estabelecendo um conjunto de princípios e recomendações<br />
que demonstram como o setor vem conciliando o crescimento econômico com o<br />
equilíbrio ecológico (CNI, 2009).<br />
Assim, os princípios gerais que norteiam a atuação do setor industrial<br />
brasileiro e permeiam o conjunto de princípios e recomendações <strong>para</strong> a Cúpula<br />
Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável <strong>–</strong> Rio + 10 (CNI, 2009), são os<br />
seguintes:<br />
1) Promover a competitividade da indústria, respeitando conceitos de<br />
desenvolvimento sustentável e racionalização na utilização de energia e<br />
recursos naturais;<br />
2) Assegurar a participação pró-ativa do setor industrial, em conjunto com o<br />
governo e organizações não governamentais no sentido de desenvolver e<br />
aperfeiçoar leis, regulamentos e padrões ambientais, nas negociações<br />
nacionais e internacionais;<br />
3) Fomentar a capacitação técnica, incentivando a pesquisa e<br />
desenvolvimento de novas tecnologias, com o objetivo de reduzir ou<br />
eliminar impactos adversos ao meio ambiente e à saúde; e<br />
4) Promover a divulgação e conhecimento da Agenda 21, estimulando sua<br />
implementação.<br />
4.8.2.1.9.1. Gestão de Recursos Florestais<br />
Princípios:<br />
A atividade florestal deve ser entendida como uma opção geradora de<br />
riquezas e promotora do crescimento econômico;<br />
277
A exploração dos recursos florestais é uma atividade dinâmica de uso do<br />
solo, devendo ser planejada e manejada respeitando a necessidade de<br />
conservação e restauração das matas naturais, a seleção das espécies,<br />
os corredores da fauna silvestre, a proteção dos rios e mananciais; e<br />
As atividades de manejo florestal devem contribuir <strong>para</strong> o bem-estar<br />
econômico e social dos trabalhadores florestais e das comunidades locais.<br />
Recomendações:<br />
Incentivar o zoneamento econômico-ecológico;<br />
Fortalecer pequenos e médios produtores florestais bem como suas<br />
formas associadas, aumentando investimentos em programas de<br />
desenvolvimento social e econômico;<br />
Disseminar informações acerca das atividades relacionadas aos recursos<br />
florestais estimulando a certificação e reconhecimento mútuo de produtos<br />
florestais;<br />
Incentivar a implementação de projetos de sequestro de carbono, inclusive<br />
em florestas nativas;<br />
Garantir recursos financeiros compatíveis com a demanda e o perfil da<br />
atividade florestal;<br />
Promover a modernização do parque industrial de base florestal e criar /<br />
difundir alternativas <strong>para</strong> a reciclagem e reaproveitamento de resíduos<br />
florestais; e<br />
Viabilizar soluções tecnológicas <strong>para</strong> o fornecimento de matérias-primas e<br />
alimentos que promovam a saúde e a melhoria do nível nutricional e da<br />
qualidade de vida da população.<br />
4.8.2.1.9.2. Gestão de Recursos Hídricos<br />
Princípios:<br />
A água é um bem com valor econômico;<br />
A bacia hidrográfica é a unidade territorial de planejamento, gestão e<br />
implantação da política de recursos hídricos;<br />
A implementação da política de gestão de recursos hídricos deve ser<br />
descentralizada e compartilhada;<br />
278
Gestão harmônica e integrada do uso múltiplo das águas;<br />
Educação e mobilização social <strong>para</strong> o uso sustentável dos recursos<br />
hídricos; e<br />
A água é um bem público, cuja gestão deve conciliar o interesse particular<br />
com o interesse geral.<br />
Recomendações:<br />
Estabelecer regras claras e estáveis que atendam ao princípio da<br />
razoabilidade;<br />
Integrar ações dos organismos de recursos hídricos;<br />
Articular gestão dos recursos hídricos com as do uso do solo;<br />
Assegurar a participação equânime dos usuários nos foros de recursos<br />
hídricos;<br />
Estimular a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias visando a<br />
disponibilidade e qualidade da água;<br />
Estabelecer mecanismos que assegurem a disponibilidade e qualidade da<br />
água, de modo a contribuir <strong>para</strong> competitividade da indústria;<br />
Promover campanhas no sentido de diminuir o desperdício da água; e<br />
Criar a Associação Interamericana de Usuários de Recursos Hídricos<br />
voltada a compartilhar informações, iniciativas e tecnologias, bem como<br />
estabelecer mecanismos de cooperação.<br />
4.8.2.1.9.3. Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social<br />
Princípios:<br />
A Indústria reconhece que a educação, a erradicação da pobreza, a<br />
promoção da saúde e a eliminação da exclusão social são fundamentais; e<br />
É sua responsabilidade atuar de forma integrada e complementar ao<br />
governo e a outros agentes da Sociedade no sentido de viabilizar o<br />
desenvolvimento social e econômico da região, utilizando de forma<br />
competitiva e sustentável seus recursos naturais.<br />
279
Recomendações:<br />
Promover a cooperação tecnológica e troca de know-how entre empresas,<br />
abrangendo identificação, avaliação, pesquisa e desenvolvimento, gestão,<br />
marketing e aplicação dos princípios da produção mais limpa;<br />
Estimular o desenvolvimento de programas de educação ambiental <strong>para</strong><br />
aumentar a consciência e a responsabilidade em todos os níveis, incluindo<br />
a dos gestores empresariais;<br />
Estimular a mudança nos padrões de consumo com vistas à redução de<br />
desperdícios e à geração de resíduos; e<br />
Estabelecer incentivos <strong>para</strong> a aplicação extensiva pela Indústria dos<br />
princípios do Desenvolvimento Sustentável, desenvolvendo políticas<br />
industriais que levem em conta a inclusão dos socialmente excluídos e<br />
fomentando programas sistêmicos e integrados de educação, cultura,<br />
lazer, saúde e esporte.<br />
4.8.2.1.9.4. Proteção da Atmosfera e Mudanças Climáticas<br />
Princípios:<br />
Inserção da questão climática no contexto do desenvolvimento<br />
sustentável;<br />
Manutenção do princípio de responsabilidades comuns, mas<br />
diferenciadas, entre os diversos estágios de desenvolvimento econômico<br />
dos países; e<br />
Integração do Brasil no mercado de carbono internacional.<br />
Recomendações:<br />
Definir responsabilidades por setor, promovendo o entendimento dos<br />
critérios de sustentabilidade, linha de base e adicionalidade;<br />
Promover a criação de um mercado doméstico de carbono a partir da<br />
participação ampla da sociedade e da abertura às oportunidades do<br />
mercado favorecendo o desenvolvimento de produtos e instrumentos<br />
financeiros;<br />
Promover inventário de projetos potenciais de mitigação do efeito estufa<br />
como parâmetro de evolução de competitividade do país;<br />
280
Inserir a questão da mudança do clima no contexto do desenvolvimento<br />
econômico sustentável, estabelecendo instrumentos e indicadores, com<br />
base científica, <strong>para</strong> a definição da sustentabilidade face o aquecimento<br />
global;<br />
Criar mecanismos de disseminação das informações científicas e<br />
tecnológicas sobre a evolução da mudança do clima;<br />
Promover o uso de mecanismos financeiros da própria Convenção <strong>para</strong> a<br />
obtenção de recursos e tecnologias que permitam avançar no<br />
desenvolvimento tecnológico e no aumento da eficiência energética das<br />
indústrias;<br />
Estimular o desenvolvimento e pesquisa de combustíveis alternativos que<br />
resultem na redução das emissões e garantam a competitividade das<br />
indústrias brasileiras; e<br />
Criar incentivos financeiros, por meio da diminuição de impostos e da<br />
redução de encargos dos financiamentos, destinados a indústrias que<br />
reduzirem a emissão de gases e que contribuírem <strong>para</strong> reduzir o<br />
aquecimento global.<br />
4.8.2.1.9.5. Diversidade Biológica e Gestão da Biotecnologia<br />
A automação quando utilizada na indústria farmacêutica, alimentícia e<br />
agropecuária, exige recomendações <strong>para</strong> o desenvolvimento sustentável que<br />
atendam princípios e recomendações concernentes a biodiversidade e<br />
Biotecnologia.<br />
Princípios:<br />
A biodiversidade possui valor econômico;<br />
Conservação e utilização sustentável dos componentes da biodiversidade;<br />
A gestão da biodiversidade deve ser compartilhada com os diversos atores<br />
da sociedade;<br />
A gestão da biotecnologia deve considerar aspectos éticos e de segurança<br />
à saúde e ao meio ambiente; e<br />
A biodiversidade é um patrimônio nacional que deve ser preservado e<br />
gerido com soberania.<br />
281
Recomendações:<br />
Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento biotecnológico com ênfase nas<br />
áreas de alimentação, medicamentos, cosméticos, biomateriais e proteção<br />
ambiental, que leve à obtenção de direitos de propriedade industrial;<br />
Criar mecanismos <strong>para</strong> facilitar o acesso à tecnologia nos termos da<br />
Convenção de Diversidade Biológica;<br />
Promover programas de conscientização e educação visando a<br />
conservação e uso sustentável da biodiversidade;<br />
Estabelecer regras claras e estáveis <strong>para</strong> o acesso à diversidade biológica<br />
e repartição dos benefícios, observando os interesses nacionais;<br />
Estabelecer incentivos fiscais e estimular a criação de fundos destinados a<br />
projetos de utilização sustentável da biodiversidade e de biotecnologia; e<br />
Disseminar informações científicas sobre questões ligadas a biotecnologia.<br />
4.8.2.1.9.6. Produtos Tóxicos e Resíduos Perigosos<br />
Princípios:<br />
A gestão segura de produtos químicos é fundamental <strong>para</strong><br />
desenvolvimento sustentável da sociedade e <strong>para</strong> a proteção da saúde<br />
humana e do meio ambiente;<br />
A gestão segura de substâncias químicas e a destinação final de resíduos<br />
perigosos devem estar baseadas na cooperação e na constituição de<br />
parcerias entre o poder público o setor produtivo e a sociedade civil de<br />
forma a que sejam desenvolvidas políticas e infraestruturas adequadas<br />
nos países da região; e<br />
As Informações sobre as características toxicológicas dos produtos<br />
químicos e de resíduos perigosos devem ser fornecidas a sociedade, <strong>para</strong><br />
que possam ser tomadas decisões sobre os produtos, com base nas<br />
avaliações de risco sobre as substâncias em questão. A avaliação de risco<br />
deve considerar preponderantemente os efeitos à saúde e ao meio<br />
ambiente.<br />
282
Recomendações:<br />
Trabalhar em consonância com as Prioridades de Ação resultantes da III<br />
Sessão do Fórum Intergovernamental de Segurança Química, com ênfase<br />
em:<br />
Expandir e acelerar a avaliação internacional dos riscos químicos, de<br />
acordo com metodologias harmonizadas;<br />
Aplicar, assim que possível, o Sistema de Classificação Global<br />
Harmonizado (GHS) em todos os países;<br />
Encorajar os países a ratificarem a Convenção de Roterdã sobre o<br />
Consentimento Previamente Informado (PIC);<br />
Utilizar Fichas de Segurança de Produtos Químicos <strong>–</strong> FISPQ (MSDS)<br />
como instrumentos de divulgação das características de substâncias<br />
químicas em uso, quer sejam produzidas no país ou importadas;<br />
Estabelecer programas nacionais de redução de riscos químicos, com<br />
destaque <strong>para</strong> estratégias de controle de pestes e doenças<br />
transmissíveis; identificação, neutralização e disposição segura de<br />
estoques de pesticidas e outros produtos químicos obsoletos; e<br />
Adoção de sistemas nacionais <strong>para</strong> a prevenção e resposta a grandes<br />
acidentes de processo em instalações industriais; ratificação da<br />
Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes <strong>–</strong><br />
POPs;<br />
Estabelecimento de Centros Toxicológicos; e de Registros de<br />
Emissões e Transferência de Poluentes adequados à realidade dos<br />
países ou regiões;<br />
Desenvolver perfis nacionais onde sejam incluídas as principais<br />
informações relativas à segurança química que sirvam de referência<br />
<strong>para</strong> a pre<strong>para</strong>ção de planos de ação nacionais ou regionais;<br />
Desenvolver a capacitação dos envolvidos com assuntos de segurança<br />
química de maneira prioritária, e<br />
Estabelecer estratégias <strong>para</strong> a prevenção, detenção e controle do<br />
tráfico ilegal de substâncias químicas.<br />
Participar dos esforços internacionais destinados a controlar a<br />
movimentação transfronteiriça de resíduos perigosos cobertos pela<br />
283
Convenção da Basiléia e trabalhar nacionalmente <strong>para</strong> a regulamentação<br />
e aplicação de seus instrumentos.<br />
4.8.2.1.9.7. Comércio e Meio Ambiente<br />
Princípios:<br />
A busca do desenvolvimento econômico deve ocorrer em bases<br />
sustentáveis e considerar as vocações e potencialidades regionais;<br />
A cooperação entre os países da Região deve estimular a transferência de<br />
tecnologia e a capacitação de recursos humanos;<br />
A implementação da regulamentação ambiental não deve resultar em<br />
barreira comercial; e<br />
Deve ser priorizado o uso de normas voluntárias sobre a adoção de<br />
regulamentos técnicos.<br />
Recomendações:<br />
Evitar a utilização protecionista de regulamentação e de normas<br />
ambientais e, em especial, não incentivando padrões e normas baseadas<br />
em métodos e processos produtivos, que tendem a funcionar como<br />
barreiras não tarifárias ao comércio internacional;<br />
Estabelecer um processo gradual de convergência das legislações,<br />
regulamentos e normas técnicas utilizadas pelos países da região, sempre<br />
contemplando as necessidades e condições locais e sub-regionais. A<br />
adequação dos instrumentos de política ambiental deverá atender ao<br />
requisito de não constituir entrave ao comércio entre os países da região;<br />
Aplicar e difundir os resultados obtidos por experiências regionais ou sub-<br />
regionais <strong>para</strong> facilitar o processo de integração entre blocos econômicos.<br />
Considerar os acordos já realizados (MCCA, PA, CARICOM, ALADI,<br />
MERCOSUL, NAFTA, bem como o Tratado de Cooperação Amazônica),<br />
em seus objetivos e experiências;<br />
Promover a difusão e o crescente atendimento dos acordos e protocolos<br />
ambientais internacionais (Agenda 21, Convenção do Clima, Protocolo de<br />
Montreal, Protocolo de Kyoto, etc.);<br />
284
Incentivar e dar credibilidade aos mecanismos voluntários de certificação,<br />
negociados internacionalmente;<br />
Proporcionar condições necessárias <strong>para</strong> que o setor privado possa<br />
prover-se adequadamente de experiências, tecnologias,<br />
Conhecimentos e serviços, de maneira a solucionar seus problemas<br />
ambientais;<br />
Estabelecer mecanismos de incentivos e financiamentos, em prazos e<br />
demais condições adequadas, de forma a propiciar amplo acesso das<br />
empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, aos recursos<br />
necessários <strong>para</strong> a internalização dos custos ambientais resultantes da<br />
utilização de sistemas de gestão e tecnologias e/de produção mais limpas;<br />
Criar e manter atualizados inventários com todos os acordos sobre<br />
medidas sanitárias e fitossanitárias; certificações e regulamentações<br />
técnicas; e<br />
Desenvolver e implementar infraestrutura técnica e jurídica que possibilite<br />
a aplicação das legislações decorrentes dos acordos internacionais <strong>para</strong><br />
possibilitar as soluções de controvérsias.<br />
4.8.2.1.9.5. Energia e Transporte<br />
Princípios:<br />
Energia:<br />
A expansão da oferta de energia é condição essencial ao<br />
desenvolvimento;<br />
O desenvolvimento sustentável tem como fundamento matrizes<br />
energéticas diversificadas, com aproveitamento dos recursos regionais; e<br />
O uso de fontes renováveis de energia, a conservação e a eficiência<br />
energética <strong>–</strong> na geração, distribuição e consumo <strong>–</strong> são fatores<br />
indispensáveis ao desenvolvimento sustentável.<br />
Transporte:<br />
O sistema de transporte multimodal é importante <strong>para</strong> a competitividade<br />
empresarial e a melhoria da qualidade de vida da população; e<br />
285
A utilização de combustíveis com menor potencial poluidor e a eficiência<br />
do sistema de transporte coletivo urbano são fundamentais <strong>para</strong> o<br />
aumento da eficácia dos meios e métodos de gestão do trânsito e<br />
circulação viária, com vistas à redução da emissão de poluentes.<br />
Recomendações:<br />
Remover as barreiras regulatórias que impedem o efetivo desenvolvimento<br />
do transporte multimodal, geração de energia distribuída e aproveitamento<br />
de fontes renováveis;<br />
Harmonizar as políticas regulatórias de transporte, visando a integração<br />
regional;<br />
Incrementar mecanismos de estímulo ao desenvolvimento do transporte<br />
ferroviário e hidroviário, de forma sustentável;<br />
Promover ampla política de conservação de energia, em todos os níveis,<br />
incentivando, também, a capacitação em eficiência energética nas<br />
universidades e centros de P, D & I;<br />
Incentivar a implantação de programas tecnológicos <strong>para</strong> conservação de<br />
energia e de fontes alternativas via cooperação técnica dos setores<br />
público / privado;<br />
Estimular a exploração do potencial em pequenas centrais hidrelétricas,<br />
sistemas de co-geração, com aproveitamento dos potenciais energéticos<br />
de cada região;<br />
Estimular programas voluntários <strong>para</strong> redução das emissões de CO2;<br />
Eliminar as reservas de cargas dos armadores de transporte de<br />
cabotagem de modo a reduzir o transporte rodoviário por longas<br />
distâncias; e<br />
Estimular a conformação de redes multimodais, que articulem a melhor<br />
utilização das vias terrestres, fluviais, marítimas e aéreas, bem como<br />
facilitem o trânsito fronteiriço de pessoas, veículos e cargas, além de<br />
contribuírem <strong>para</strong> a dinamização do comércio e dos investimentos no<br />
conjunto da região.<br />
286
4.8.2.1.10. Projeto CETESB<br />
A CETESB, órgão responsável pela qualidade ambiental e detentora de<br />
conhecimento técnico na área de tratamento de resíduos, desenvolveu através de<br />
seu Departamento de Tecnologia da Informação, um projeto inovador TI-Verde <strong>para</strong><br />
apontar metas ambientais <strong>para</strong> destinação adequada do lixo eletrônico, cabendo<br />
ainda à CETESB o papel de agente credenciador das empresas de reciclagem, por<br />
meio de concessão de Licenças de Instalação e de Operação, além do<br />
acompanhamento dos índices de reciclagem e dos balanços de quantidades de lixo.<br />
Um índice de reciclagem deve refletir valores referentes à quantidade de<br />
material reciclado, como também o risco associado aos elementos (chumbo, cobre,<br />
alumínio e outros) contidos nesses equipamentos. Através da implementação de um<br />
projeto piloto que permitirá estabelecer metodologias de gerenciamento de resíduos<br />
de TIC, gerados pelos órgãos do Governo do Estado de São Paulo, viabilizando a<br />
participação pela primeira vez de um país sul-americano no Programa das Nações<br />
Unidas - StEP - Solving the e-Waste Problem.<br />
Segundo Marketing (2009), este projeto recebeu o primeiro prêmio na<br />
categoria "Excelência em Inovação na Gestão Pública 2008" no 11º CONIP<br />
(Congresso de Inovação da Gestão Pública). Este projeto tem como meta evitar a<br />
contaminação ambiental e proteger a saúde pública dos efeitos nocivos causados<br />
pela disponibilização incorreta do lixo eletrônico (computadores, celulares, aparelhos<br />
de televisão e outros), como também agrega duas componentes:<br />
Social: baseada no estímulo à inclusão digital, prevendo inciativas <strong>para</strong><br />
doação de equipamentos com potencial de uso educacional, <strong>para</strong><br />
comunidades carentes, aumentando assim, a vida útil dos aparelhos que<br />
normalmente são disponibilizados; e<br />
Econômica: proporcionar a geração de empregos, com a abertura de<br />
indústrias e centros de reciclagem.<br />
Finalmente, a CETESB cogita estabelecer programas de parcerias com ECT<br />
(Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), supermercado e grandes<br />
estabelecimentos comerciais junto às empresas de reciclagem <strong>para</strong> o recolhimento<br />
de computadores e aparelhos de telefonia celular descartáveis pela população em<br />
287
geral. Essa parceria possibilitará que a população disponibilize equipamentos<br />
considerados obsoletos nesses estabelecimentos, garantindo e centralizando a<br />
coleta seletiva, <strong>para</strong> o envio às empresas recicladoras, parceiras do projeto TI-Verde<br />
(Marketing, 2009).<br />
4.8.2.1.11. Cooperativa Nacional<br />
A integração e cooperação entre áreas é o primeiro passo mais significativo<br />
no recolhimento e criação de Centrais Inteligentes de Reciclagem em pontos<br />
estratégicos pelo país, seja de empresas de produção, ou de empresas de serviços<br />
ou de distribuição. Não importa o tamanho da corporação, pequena, média ou<br />
grande, deverá se integrar e planificar um objetivo comum, que é a formação da<br />
Cooperativa Nacional de reutilização de materiais diversos pós-processo produtivo.<br />
A formação e criação de uma Cooperativa Nacional de reutilização de<br />
materiais diversos pós-processo produtivo, terá como objetivo centrar esforços no<br />
recebimento e recolhimento de materiais pós-processo produtivo e recolocando<br />
novamente <strong>para</strong> utilização das empresas conveniadas, evitando o descarte<br />
impróprio.<br />
Para a criação e execução deverá ser estimulada a cooperação da tríade<br />
empresas x governos x sociedade civil, com o desenvolvimento de um sistema pelo<br />
qual o se determinará que o usuário final paga pela coleta posteriormente à<br />
reciclagem e recolocação de material reciclado de novo no processo produtivo. Isto<br />
acontecerá por meio de um imposto verde agregado ao produto final, cujo valor, a<br />
ser repassado à Cooperativa, se diferencia conforme o produto.<br />
A Cooperativa Nacional se formará da união de todos, e serão criadas usinas<br />
de reciclagem em vários locais <strong>para</strong> o recebimento de material pós-produção,<br />
visando a seleção e reutilização de todos os segmentos. Para isso se faz<br />
necessário:<br />
a) Criação do imposto verde que será determinante na formação da<br />
cooperação;<br />
b) Redução de impostos, buscando a execução de programas inovadores de<br />
reutilização e reciclagem nas empresas que visam a sustentabilidade e<br />
288
proteção do meio ambiente, de forma a fortalecer a cooperação e<br />
reutilização de materiais pós-processo produtivo;<br />
c) Envolvimento dos distribuidores no processo de coleta de bens sucateados<br />
a serem reutilizados;<br />
d) Formação de mão-de-obra especializada na coleta, se<strong>para</strong>ção e<br />
reutilização de materiais diversos;<br />
e) Incentivo às empresas <strong>para</strong> recuperação de matas ciliares, mangues e<br />
outros em sua região de forma ordenada e colaborativa;<br />
f) Criação do cadastro nacional de recolhimento, reutilização e estocagem<br />
com selos de qualidades; e<br />
g) Criação da plaqueta que será utilizada em equipamentos, informando a<br />
vida útil, a forma de recolhimento e se estão utilizando materiais<br />
recicláveis.<br />
4.8.2.1.11.1. Cooperação, Integração e Logística<br />
O processo é simples, onde as indústrias produzem peças e equipamentos,<br />
empresas especializadas distribuem e clientes adquirem tais produtos. O diferencial<br />
é que nesta linha de raciocínio o cliente estará pagando pelo recolhimento do<br />
produto quando da sua não utilização. Por outro lado quando adquirir um produto<br />
novo, o antigo será recolhido e encaminhado à Cooperativa Nacional, que dará a<br />
destinação correta ao produto.<br />
Desta forma, lojas, magazines, assistência técnica, entre outras, serão<br />
incentivadas a integrar a Cooperativa Nacional porque receberá por este trabalho<br />
por meio de bônus e desconto, ofertados pelos fabricantes, e até mesmo redução de<br />
impostos. A empresa terá que estar integrada e trabalhando junto à Cooperativa<br />
Nacional que é um bem de todos.<br />
Todo produto terá sua destinação correta, e o imposto verde cobrirá todo o<br />
processo logístico, tendo o cliente a tranquilidade de que seu equipamento usado ou<br />
sucateado irá <strong>para</strong> a Cooperativa Nacional.<br />
289
4.8.2.1.11.2. Consumidor, Fornecedor e Fabricante<br />
A relação entre consumidor, fornecedor e fabricante deve prever a troca de<br />
produto eletroeletrônico usado por um novo, ou receber desconto, <strong>para</strong> atender a<br />
política de reciclagem. Com isso, o produto usado será retirado do mercado pela<br />
empresa, dentro da política de consumo e reciclagem.<br />
Uma forma de incentivar os lojistas e as redes de assistências técnicas é o<br />
oferecimento de benefícios fiscais pelos governos municipal, estadual e/ou federal.<br />
Essa política irá beneficiar à loja, ao cliente e às indústrias e o meio ambiente,<br />
promovendo inclusão social, por meio da criação de novos empregos.<br />
A logística é um ponto fundamental, pois estará incluída no processo de<br />
venda e recolhimento dos produtos eletroeletrônicos, levando-os <strong>para</strong> a destinação<br />
correta.<br />
É importante que haja uma forma de recolhimento desses produtos usados<br />
nas empresas envolvidas, principalmente as pequenas empresas prestadoras de<br />
serviço como as assistências técnicas que receberão equipamentos diversos.<br />
Poderá ser por meio de lojas de grande porte que deverão ser compensadas pelo<br />
serviço.<br />
4.8.3. Infraestrutura Física<br />
Estruturas físicas que apóiam a inovação centrada na P, D & I, Produção e<br />
Logística, incluindo redes de informação, transporte, saúde, água e energia.<br />
4.8.4. Considerações<br />
As dimensões comuns deste estudo foram: Talento, Infraestrutura sócio-<br />
politico-institucional, e Infraestrutura Física. Essas ações estão interligadas nas<br />
áreas foco deste estudo, e se for contemplada uma visão de longo prazo das<br />
consequências de um desenvolvimento industrial e o futuro do planeta, um<br />
desenvolvimento industrial sustentável deverá se apoiar em três alicerces: o meio-<br />
ambiente, o aspecto social e o contexto econômico.<br />
290
4.9. Considerações sobre o Panorama<br />
O segmento da <strong>Automação</strong> Bancária no Brasil vem mostrando nesses últimos<br />
anos sua importância e o dinamismo, bem como a presença significativa de<br />
fornecedores que desenvolvem localmente a tecnologia de seus produtos e<br />
soluções. Os dados da balança comercial mostram que é em função desse<br />
desenvolvimento local que tais segmentos registram coeficientes significativamente<br />
inferiores de importações quando com<strong>para</strong>dos com o restante da informática, por<br />
exemplo.<br />
Na atual situação cambial do Brasil, a competitividade de um produto em nível<br />
internacional depende, em boa medida, da máxima utilização de componentes<br />
nacionais, do software aos periféricos, passando pelo projeto e pela manufatura dos<br />
equipamentos. Decorre daí a necessidade, também, da existência de uma rede<br />
nacional de fornecedores com preços competitivos.<br />
4.10. Com<strong>para</strong>ção entre diferentes modelos de integração em <strong>Automação</strong><br />
Os conceitos de automação e integração são direcionados a aplicações de<br />
grandes áreas do segmento de serviços, dentre elas a <strong>Automação</strong> Industrial, predial,<br />
comercial e bancária, diferenciando-se entre si em termos de equipamentos do setor<br />
eletroeletrônico, recursos humanos e tecnologias envolvidas, conforme mostra o<br />
Quadro 28.<br />
291
Quadro 28 - Com<strong>para</strong>ção do Segmento de Serviços em <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />
Projeto<br />
Infraestrutura<br />
Uso e<br />
Manutenção<br />
Supervisão e<br />
Controle<br />
Quadro Com<strong>para</strong>tivo do Segmento de Serviços em <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
Fonte: Rosário, 2004.<br />
<strong>Automação</strong> Industrial <strong>Automação</strong> Predial<br />
Focos nos Objetivos de<br />
produtividade, qualidade,<br />
segurança e redução de<br />
custo.<br />
Redes Complexas,<br />
inteligência<br />
descentralizada, harmonia<br />
com o ambiente industrial.<br />
O uso deve ser simples e<br />
intuitivo. Soluções de<br />
problemas mais simples<br />
são possíveis <strong>para</strong> o<br />
usuário comum<br />
Deve permitir controle<br />
remoto, não havendo<br />
necessidade de supervisão<br />
constante.<br />
Foco nas pessoas e seus<br />
hábitos, visando facilitar o<br />
dia-a-dia.<br />
Redes relativamente<br />
simples, SDCDs e CLPs<br />
como cérebro do sistema,<br />
sensores e atuadores em<br />
grande número.<br />
Requer familiarização com<br />
os equipamentos,<br />
manutenção feita por<br />
técnicos devidamente<br />
treinados, sempre<br />
presente na indústria.<br />
Relatórios e Indicadores<br />
frequentes, a fim de medir<br />
desempenho do sistema.<br />
292<br />
<strong>Automação</strong> Comercial e<br />
Bancária<br />
Foco nas pessoas e seus<br />
hábitos, visando garantia de<br />
serviços, segurança e<br />
mercado competitivo.<br />
Redes simples, centralizada,<br />
importância nos<br />
instrumentos de controle do<br />
produto<br />
O uso deve ser simples e<br />
intuitivo, confiável e seguro,<br />
e centrado em programa<br />
computacional de gestão de<br />
serviços.<br />
Relatórios e Indicadores,<br />
com controle de serviços.
5. Considerações Finais<br />
Este estudo de panorama do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> apresentou<br />
um diagnóstico do setor, contemplando uma análise detalhada dos fatores que<br />
condicionam sua estrutura industrial, bem como a dinâmica competitiva e inovadora<br />
dos agentes que integram a cadeia produtiva industrial no Brasil e no contexto<br />
mundial. Este panorama permitiu:<br />
Mapear e conhecer a cadeia produtiva do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong>, mapeando a realidade nacional, não apenas em termos de<br />
recursos materiais e infraestrutura, como também em seus recursos<br />
humanos e ambientais;<br />
Mapear iniciativas de amplo alcance, que elevem o patamar de capacitação<br />
em algumas áreas-chave <strong>para</strong> o desenvolvimento econômico sustentável;<br />
Identificar vulnerabilidades importantes da sociedade e da economia e<br />
entendê-las como oportunidade de alavancar o desenvolvimento científico<br />
e tecnológico, social e econômico; e<br />
Identificar a participação deste setor em diversos outros setores da<br />
economia, tais como: Complexo de Defesa; Complexo Automotivo; TICs;<br />
Petróleo, Gás Natural e Petroquímica; Celulose e Papel; Aeronáutico;<br />
Siderúrgico; Têxtil e Confecções; Naval; Mineração; Complexo Industrial da<br />
Saúde; Agroindustrial; Couro e Calçados; Transportes; Alimentício, entre<br />
outros.<br />
A partir dessa análise, este estudo busca sinalizar as perspectivas do setor,<br />
por meio das tendências e questões relevantes, que permitirão em tempo futuro a<br />
formulação e execução de um Plano Estratégico <strong>Setorial</strong> com vistas ao aumento da<br />
competitividade do setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> no Brasil.<br />
Isto permitirá o direcionamento de uma política de desenvolvimento de<br />
produtos industriais <strong>para</strong> o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> e geração de<br />
serviços nas áreas de <strong>Automação</strong> Industrial, Predial, Comercial e Bancária no<br />
horizonte temporal de quinze anos. Ressalta-se que os aspectos ambientais durante<br />
293
a concepção, o planejamento, a organização e a operação das empresas, evitam a<br />
geração de resíduos sem os devidos cuidados de tratamento e descarte.<br />
Diante do exposto, verifica-se a importância da Indústria de <strong>Automação</strong> <strong>para</strong><br />
modernizar o parque fabril dos diferentes setores industriais do país, considerando a<br />
sua importância como gerador de riqueza, gerador de empregos qualificados,<br />
melhora sensível da competitividade das empresas pela atualização tecnológica e<br />
pelos impactos favoráveis com relação ao meio ambiente, bem como melhoria da<br />
qualidade de vida dos cidadãos. Assim, o setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong><br />
contribui de maneira sustentável <strong>para</strong> o desenvolvimento sócio-econômico e<br />
ambiental do Brasil.<br />
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APÊNDICE I <strong>–</strong> Fundamentação da Cadeia Produtiva<br />
I.1. Conceito de Cadeia Produtiva<br />
Para Dantas, Kertsnetzky e Prochnik (2002) apud Silva (2004), as cadeias<br />
produtivas resultam da crescente divisão do trabalho e maior interdependência entre<br />
os agentes econômicos. Por um lado, as cadeias são criadas pelo processo de<br />
desintegração vertical e especialização técnica e social. Por outro lado, as pressões<br />
competitivas por maior integração e coordenação entre as atividades, ao longo das<br />
cadeias, ampliam a articulação entre os agentes. (...) cadeia produtiva é um conjunto<br />
de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados e<br />
transferidos os diversos insumos. Os autores destacam dois tipos principais de<br />
cadeias:<br />
Cadeia produtiva empresarial, onde cada etapa representa uma empresa,<br />
ou um conjunto de poucas empresas que participam de um acordo de<br />
produção. Este tipo de cadeia é útil <strong>para</strong> a realização de análises<br />
empresariais, estudos de tecnologia e planejamento de políticas locais de<br />
desenvolvimento; e<br />
Cadeia produtiva setorial, onde as etapas são setores econômicos e os<br />
intervalos são mercados entre setores consecutivos.<br />
A Association Française de Normalisation (AFNOR) adota um conceito mais<br />
amplo, considerando a cadeia produtiva como um encadeamento de modificações<br />
da matéria-prima com finalidade econômica, que inclui desde a exploração dessa<br />
matéria-prima, em seu meio ambiente natural, até o seu retorno à natureza,<br />
passando pelos circuitos produtivos, de consumo, de recuperação, tratamento e<br />
eliminação de efluentes e resíduos sólidos.<br />
A cadeia produtiva compreende, portanto, os setores de fornecimento de<br />
serviços e insumos, máquinas e equipamentos, bem como os setores de produção,<br />
processamento, armazenamento, distribuição e comercialização (atacado e varejo),<br />
serviços de apoio (assistência técnica, crédito, entre outros), além de todo a<strong>para</strong>to<br />
tecnológico e institucional legal, normativo e regulatório, até os consumidores finais<br />
de produtos e subprodutos da cadeia. Assim, envolve o conjunto de agentes<br />
312
econômicos ligados à produção, distribuição e consumo de determinado bem ou<br />
serviço, e as relações que se estabelecem entre eles.<br />
A cadeia produtiva é concebida como uma série de nós, ligados por vários<br />
tipos de transações, como vendas e transferências intra-firma. Cada nó dentro da<br />
cadeia produtiva de uma mercadoria envolve a aquisição ou a organização de<br />
insumos visando a adição de valor ao produto em questão (MIELKE, 2006).<br />
Segundo Rodrigues (2002), uma cadeia produtiva é uma rede de atividades<br />
de produção, comércio e serviços funcionalmente integrada, cobrindo todos os<br />
estágios de uma cadeia de suprimento, desde a transformação de matérias-primas,<br />
passando pelos estágios intermediários de produção, até a entrega do produto<br />
acabado ao mercado.<br />
Trata-se, portanto, de uma sucessão de operações, ou de estágios técnicos<br />
de produção e de distribuição integradas, realizadas por diversas unidades<br />
interligadas como uma corrente, desde a extração e manuseio da matéria-prima até<br />
a distribuição do produto.<br />
―Na ótica adotada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio<br />
Exterior - MDIC, no seu programa Fórum de Competitividade, cadeia produtiva é o<br />
conjunto de atividades que se articulam progressivamente desde os insumos básicos<br />
até o produto final, incluindo distribuição e comercialização, constituindo-se em elos<br />
de uma corrente (...). Para o MDIC, entre outras possibilidades, o uso do conceito de<br />
cadeia produtiva permite‖ (MDIC, 2002, p.2 apud SILVA, 2004):<br />
Visualizar a cadeia de modo integral;<br />
Identificar debilidades e potencialidades nos elos;<br />
Motivar articulação solidária dos elos;<br />
Identificar gargalos, elos faltantes e estrangulamentos; e<br />
Identificar os elos dinâmicos, em adição à compreensão dos mercados,<br />
que trazem movimento às transações na cadeia produtiva.<br />
I.2. Cadeia de Valor Genérica<br />
A definição de cadeias de valores exige que as atividades com economias e<br />
tecnologias distintas sejam estudadas isoladamente, sendo que as funções gerais<br />
como fabricação ou marketing, de acordo com esta divisão, devem ser subdivididas<br />
313
em outras atividades. Por outro lado, a estrutura de mercado também pode ser<br />
considerada como ponto estratégico <strong>para</strong> a empresa, uma vez que esta inclui<br />
elementos de importância significativa <strong>para</strong> a análise do ambiente de atuação da<br />
indústria.<br />
Porter (1992) define cadeia de valores como as atividades relevantes de uma<br />
empresa considerando as que representam custos importantes e as que podem<br />
diferenciar as empresas das outras. A cadeia de valor não é uma coleção de<br />
atividades independentes e sim um sistema de atividades interdependentes.<br />
Assim, Porter (1992) afirma que o modo com que cada atividade é executada,<br />
combinado com seu custo, determinará se uma empresa tem custo alto ou baixo em<br />
relação à concorrência. O modo com que cada atividade de valor é executada,<br />
também irá determinar sua contribuição <strong>para</strong> as necessidades do comprador, e<br />
assim, <strong>para</strong> a diferenciação. As atividades de valor são, portanto, os blocos de<br />
construção distintos da vantagem competitiva. Uma com<strong>para</strong>ção das cadeias de<br />
valores dos concorrentes expõe as diferenças que determinam a vantagem<br />
competitiva. O valor e não o custo deve ser usado na análise da posição competitiva<br />
de uma empresa.<br />
Para Porter (1992) toda empresa é uma reunião de atividades que são<br />
executadas <strong>para</strong> projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seu produto e<br />
podem ser representadas utilizando-se uma cadeia de valor. Assim, ele apresenta a<br />
forma genérica de organização de uma cadeia de valor (Figura 23). Considerando<br />
esse modelo de competitividade, o estudo da cadeia produtiva permite identificar os<br />
agentes e suas relações a fim de proporcionar vantagem competitiva <strong>para</strong> o setor<br />
em estudo. A estratégia competitiva deve responder ao meio ambiente do<br />
setor/empresa de maneira que possa ser modelado considerando suas<br />
peculiaridades.<br />
É importante ressaltar que apesar de nem toda empresa do setor possuir<br />
todas as atividades citadas no modelo de Porter (1992), porque algumas atividades<br />
podem ser realizadas por outras empresas em parceria ou terceirizadas, ele<br />
apresenta os requisitos necessários de organização da cadeia de valor do setor de<br />
<strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>. Ressalta-se, também, que uma cadeia de valor excede<br />
314
as fronteiras da empresa a montante (fornecedores, fornecedores dos fornecedores,<br />
e assim por diante) e a jusante (clientes, clientes dos clientes, e assim por diante).<br />
Figura 23 <strong>–</strong> Forma de organização da cadeia de valor.<br />
Fonte: Porter, 1992.<br />
Com esse modelo, Porter (1992) estabelece uma divisão de áreas que<br />
compõe as atividades de valor em atividades primárias e de apoio (suporte) que<br />
formam a cadeia de valor, sendo que estas também podem ser contratadas pela<br />
empresa. Todas as atividades contribuem <strong>para</strong> o valor percebido pelo cliente, sendo<br />
divididas em:<br />
Primárias: são as envolvidas com a transformação direta dos produtos<br />
físicos, vendas e sua assistência técnica. Cada categoria pode ser divida<br />
em uma série de atividades distintas, que dependem da indústria<br />
particular e da empresa:<br />
- Logística interna: Atividades relacionadas com o recebimento,<br />
estocagem e distribuição de insumos e produtos;<br />
- Operações: Atividades relacionadas ao processo produtivo em si, de<br />
transformação dos insumos em bens;<br />
- Logística Externa: Atividades relacionadas com a coleta, estocagem e<br />
distribuição dos bens finais aos compradores;<br />
315
- Marketing e Vendas: Atividades relacionadas com provisão de um<br />
mercado <strong>para</strong> os bens produzidos; e<br />
- Serviços Pós-Venda: Atividades relacionadas com o atendimento ao<br />
cliente, depois da aquisição do produto.<br />
Apoio (suporte): são as que só atuam sobre os produtos de maneira<br />
indireta, pois apenas afetam as atividades primárias, na tentativa de<br />
torná-las mais produtivas.<br />
- Infraestrutura da empresa: Atividades de administração, planejamento,<br />
finanças, questões legais, etc.;<br />
- Desenvolvimento de tecnologia: Atividades, de qualquer âmbito, que<br />
estejam relacionadas com o desenvolvimento de novas tecnologias;<br />
- Gerência de recursos humanos: Atividades relacionadas com<br />
contratação, treinamento e desenvolvimento de mão-de-obra; e<br />
- Aquisição: Atividades relacionadas a compra de insumos necessários<br />
no processo produtivo.<br />
Com relação à margem (lucratividade), esta será atingida conforme a<br />
gerência da cadeia de valor.<br />
Cadeia de valor ou fluxo de valor designa a série de atividades relacionadas e<br />
desenvolvidas pela empresa <strong>para</strong> satisfazer as necessidades dos clientes, desde as<br />
relações com os fornecedores e ciclos de produção e venda até a fase da<br />
distribuição <strong>para</strong> o consumidor final. Cada elo dessa cadeia de atividades está ligado<br />
ao seguinte. Segundo Porter (1992), existem dois tipos possíveis de vantagem<br />
competitiva (liderança de custos ou diferenciação) em cada etapa da cadeia de<br />
valor.<br />
Desse modelo de Porter (1992), destaca-se que toda atividade, seja ela<br />
primária ou de apoio (suporte), suporta todas as outras atividades e emprega<br />
insumos comprados, recursos humanos e alguma combinação de tecnologias,<br />
dependendo, também, da infraestrutura proporcionada pela empresa, o que envolve,<br />
por exemplo, administração geral e finanças.<br />
316
Porter (1992) diz que os direcionadores são os determinantes estruturais do<br />
custo de uma atividade e as razões subjacentes pelas quais uma atividade é<br />
singular: economias de escala; padrão de utilização da capacidade; elos; inter-<br />
relações; aprendizagem; oportunidade; localização; fatores institucionais; integração;<br />
políticas de compras; políticas discricionárias.<br />
As políticas discricionárias são segundo Porter (1992): características,<br />
desempenho e configuração do produto; mix e variedade de produtos oferecidos;<br />
nível de serviço oferecido; índice de gastos com atividades; de marketing e<br />
desenvolvimento de tecnologia; tempo de entrega; compradores atendidos<br />
(pequenos e grandes); canais empregados (grande varejo e pequeno comércio);<br />
tecnologia de processo; especificidades de matérias-primas e insumos; políticas de<br />
recursos humanos; e gestão da produção.<br />
O setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong> possui uma cadeia de valor que é a<br />
interpretação de sua cadeia produtiva sob a ótica da produção industrial, das<br />
atividades econômicas e de sua participação na produção nacional. A Figura 24<br />
apresenta o modelo holístico de cadeia de valor em negócio na visão de Evans e<br />
Berman (2001) apud Begnis (2007).<br />
Figura 24 <strong>–</strong> Modelo holístico de cadeia de valor em negócios.<br />
Fonte: Evans e Berman, 2001, p. 138 apud Begnis, 2007.<br />
317
I.3. Sistema de Valor<br />
Sistema de Valor <strong>para</strong> Porter (1992) é o conjunto das cadeias de valores de<br />
toda a indústria: estratos formados pelos fornecedores, pelos canais e pelos<br />
consumidores O sistema de valor ocorre quando a cadeia de valores de uma<br />
empresa/setor encaixa-se em uma corrente maior de atividades, as ligações não só<br />
conectam as atividades dentro da empresa, como também criam interdependências<br />
entre uma empresa e os seus fornecedores e canais. O serviço ou produto de uma<br />
empresa/setor faz parte da cadeia de valor do consumidor.<br />
Pode-se entender que ―a lógica da cadeia de valor pode ser extrapolada em<br />
relação aos limites das firmas individuais, de tal modo que é inerente à própria lógica<br />
de cadeia a existência de elos que representam pontes ligando as atividades de uma<br />
empresa à outra. Desta forma, a cadeia de valor de uma empresa se ajusta em uma<br />
corrente maior de atividades, a qual Porter (1992) chamou de Sistema de Valores‖<br />
(BEGNIS, 2007). A Figura 25 apresenta o sistema de valores.<br />
Ainda segundo Begnis (2007) o produto de uma firma representa o insumo<br />
adquirido <strong>para</strong> a cadeia de valor da firma que o adquiriu. Este tipo de ligação entre<br />
as cadeias de valor dos fornecedores e dos compradores (canal) e a cadeia de valor<br />
de uma dada empresa, Porter (1992) chama de ―elos verticais‖. Tais elos, também,<br />
proporcionam oportunidades <strong>para</strong> a firma obter vantagens competitivas, uma vez<br />
que a forma como os fornecedores ou as empreses do canal executam as suas<br />
atividades afeta o custo ou o desempenho das atividades da firma e vice-versa.<br />
Logicamente a distribuição dos benefícios originados da otimização ou coordenação<br />
de elos comuns às cadeias de valores de uma díade de empresas será uma função<br />
do poder de barganha de cada firma, refletindo-se, portanto, em suas margens.<br />
318
Figura 25 <strong>–</strong> Sistema de valores.<br />
Fonte: Porter, 1992 apud Begnis, 2007.<br />
A análise da cadeia de valor serve <strong>para</strong> fortalecer a posição estratégica do<br />
setor. Para Rocha (1999) apud Rocha e Borinelli (2007), a utilidade da análise da<br />
cadeia de valor existe <strong>para</strong> ajudar a fornecer subsídios <strong>para</strong> o processo de<br />
formulação de estratégias e tem por objetivos:<br />
a) detectar oportunidades e ameaças;<br />
b) identificar estágios fortes e fracos;<br />
c) detectar oportunidades de diferenciação;<br />
d) identificar os principais determinantes de custos;<br />
e) localizar oportunidades de redução de custos; e<br />
f) com<strong>para</strong>r com a cadeia de valor dos concorrentes, etc.<br />
Rocha e Borinelli (2007) resumem dizendo que se pode afirmar que a análise<br />
de cadeias de valor serve <strong>para</strong> subsidiar o processo de gerenciamento estratégico,<br />
pois permite compreender e agir sobre a estrutura patrimonial, econômica, financeira<br />
e operacional das suas principais atividades, processos e entidades. O objetivo<br />
maior é conquistar e manter vantagem competitiva. E ainda comentam que Porter<br />
(1992) apresenta uma série de etapas a serem seguidas na análise estratégica de<br />
319
custos de uma Cadeia de Valor; Shank & Govindarajan (1993, p.58) resumem essa<br />
análise em quatro pontos específicos, tratados como um método <strong>para</strong> a análise da<br />
cadeia:<br />
suprimento);<br />
distribuição);<br />
internas); e<br />
negócio).<br />
a) elos com fornecedores (interação <strong>para</strong> beneficiar toda a cadeia de<br />
b) elos com clientes (explorar e melhorar as relações com os canais de<br />
c) elos das atividades internas (otimizar os processos e as atividades<br />
d) elos das unidades de negócio da empresa (otimizar as unidades de<br />
Com relação aos dados a serem coletados, Rocha (1999, p.103-111) apud<br />
Rocha e Borinelli (2007), propõe que, <strong>para</strong> as principais variáveis de um segmento<br />
relevante da cadeia, sejam identificados:<br />
a) a missão, as principais características do modelo de gestão e o<br />
posicionamento estratégico;<br />
b) a amplitude da linha de produtos, as dimensões das instalações e a<br />
capacidade ociosa; e<br />
c) a estrutura de custos, gastos com pesquisas, programas de qualidade e de<br />
preservação ambiental, etc.<br />
Ademais, deve-se analisar as principais peças contábeis das entidades, <strong>para</strong><br />
compreender a sua situação econômico-financeira-patrimonial, e apurar os seguintes<br />
índices:<br />
a) a montante: a proporção das compras da empresa em relação às vendas<br />
dos fornecedores e o custo de seu material em relação ao custo do produto acabado<br />
da empresa; e<br />
b) a jusante: a proporção das vendas da empresa em relação às compras dos<br />
clientes e o custo do material ou serviço fornecido em relação ao custo do produto<br />
acabado do cliente, etc.<br />
320
I.4. Criação e transferência de valor através de relacionamentos inter-firmas<br />
―Walters e Lancaster (2000) apontam inicialmente três aspectos do valor: (a) o<br />
valor é determinado pela utilidade resultante da combinação dos benefícios<br />
transferidos ao consumidor menos o custo total de aquisição dos benefícios<br />
recebidos; (b) valor relativo é a satisfação percebida em relação às alternativas<br />
oferecidas; (c) proposição de valor é uma manifestação de como o valor está sendo<br />
transferido <strong>para</strong> os consumidores‖ BEGNIS (2007).<br />
―Partindo deste entendimento, Walters e Lancaster (2000) concluem que o<br />
valor de qualquer produto ou serviço é o resultado da habilidade de satisfazer as<br />
prioridades dos consumidores. Estas prioridades são simplesmente as coisas que<br />
realmente importam <strong>para</strong> os consumidores e que pelas quais pagam um prêmio <strong>para</strong><br />
quem lhes proporcionem estas coisas‖ BEGNIS (2007).<br />
―Disto resulta que as oportunidades de valor são distinguidas pelo<br />
entendimento das prioridades dos consumidores, convertendo-se em produção,<br />
comunicação e transferência deste valor identificado. Assim, Walters e Lancaster<br />
(2000, p. 161) definem estratégia como ―a arte de criar valor‖ e a estratégia de valor<br />
como ―a arte de posicionar a empresa no lugar certo sobre a cadeia de valor‖. Para<br />
ele, a estratégia é um sistema de criação de valor em si mesma, no qual os<br />
membros de uma organização trabalham juntos <strong>para</strong> criar valor. Cadeia de valor,<br />
nesta perspectiva, é um sistema de negócios que cria satisfação (i.e. valor) <strong>para</strong> o<br />
usuário final e ainda atinge os objetivos dos demais interessados na empresa<br />
(stakeholders)‖ BEGNIS (2007). A Figura 26 apresenta o processo da cadeia de<br />
valor.<br />
321
Figura 26 <strong>–</strong> O Processo da Cadeia de Valor.<br />
Fonte: Walters e Lancaster, 2000 apud Begnis, 2007.<br />
Walters e Lancaster (2000) afirmam, ―que a expansão da cadeia de valor<br />
dificilmente ocorre sem a expansão dos ativos e competências centrais de uma<br />
organização‖. Consequentemente, isto significa que através da gestão dos<br />
relacionamentos e de informação, as atividades podem se tornar mais eficazes em<br />
decorrência da identificação de restrições da cadeia de valor e das atividades<br />
necessárias <strong>para</strong> que se assegure uma vantagem competitiva. Walters e Lancaster<br />
(2000) concordam com outros autores no sentido de que ―as expectativas atuais dos<br />
consumidores podem se modificar, o que requer uma contínua revisão da criação de<br />
valor‖ BEGNIS (2007).<br />
―Então, os resultados presentes e futuros da cadeia de valor podem<br />
necessitar a adição de atividades somente disponíveis fora da cadeia de valor. Isto<br />
implica na alternativa de junção de duas ou mais firmas <strong>para</strong> combinar estágios e<br />
alcançar os recursos e capacidades necessárias à nova realidade da criação de<br />
valor‖ BEGNIS (2007).<br />
322
APÊNDICE II - Principais Normas Técnicas - <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong><br />
Quadro 29: Principais Normas Técnicas so setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />
Nome Instituição Segmento Aplicação (Resumo)<br />
C37.60<br />
(2003)<br />
62271<br />
60068-2-30<br />
60255<br />
61000<br />
IEEE<br />
IEC<br />
IEC<br />
IEC<br />
IEC<br />
60870 IEC<br />
C37.1<br />
ANSI<br />
IEEE<br />
CISPR 22 IEC<br />
60079-0 a<br />
60079-27<br />
IEC<br />
ABNT-NBR<br />
947-5-2 IEC<br />
61000-xx<br />
series<br />
IEC<br />
<strong>Automação</strong> <strong>para</strong> o<br />
Setor Elétrico<br />
<strong>Automação</strong> <strong>para</strong> o<br />
Setor Elétrico<br />
Equipamentos<br />
Eletro/Eletrônicos<br />
em Geral<br />
<strong>Automação</strong> <strong>para</strong> o<br />
Setor Elétrico<br />
Equipamentos<br />
Eletro/Eletrônicos<br />
em Geral<br />
<strong>Automação</strong> <strong>para</strong> o<br />
Setor Elétrico<br />
Sistemas de<br />
<strong>Automação</strong><br />
Equipamentos de TI<br />
em geral<br />
Produtos Ex<br />
Componentes<br />
Eletro/Eletrônicos<br />
em Geral<br />
Equipamentos<br />
Eletro/Eletrônicos<br />
em Geral<br />
323<br />
Equipamentos de Chaveamento <strong>para</strong> Redes de<br />
Distribuição de Energia Elétrica. Refere-se a testes<br />
elétricos e mecânicos e ao grau de suportabilidade<br />
dos equipamentos testados a várias condições<br />
limite de utilização<br />
Testes Mecânicos, Elétricos e outros padrões, <strong>para</strong><br />
Equipamentos de chaveamento e controle de alta<br />
tensão<br />
Equipamentos Eletro/Eletrônicos. Refere-se a<br />
testes elétricos e mecânicos e ao grau de<br />
suportabilidade dos equipamentos testados a várias<br />
condições limite de utilização<br />
Testes Mecânicos, Elétricos e outros padrões,<br />
incluindo formatos de arquivos <strong>para</strong> Equipamentos<br />
de medição e relés de proteção<br />
Testes de Compatibilidade Eletromagnética em<br />
Equipamentos Eletro-Eletrônicos<br />
Testes Mecânicos, Elétricos e outros padrões,<br />
incluindo formatos de arquivos e protocolos <strong>para</strong><br />
Equipamentos e Sistemas de Tele controle<br />
Especificação e Análise de Sistemas usados em<br />
aplicações SCADA<br />
Limitações e Métodos de Medida: Características<br />
de Rádio Interferência<br />
Normas <strong>para</strong> produtos de automação, quando<br />
utilizados em atmosferas potencialmente explosivas<br />
de indústrias: químicas, petroquímicas,<br />
farmacêuticas e similares.<br />
Observação: Segmento regulamentado com<br />
certificação compulsória de produtos coordenado<br />
pelo do INMETRO, Portaria 83 de 3-4-2006, que<br />
atualmente encontra-se em fase de revisão do<br />
regulamento<br />
Sensores de Proximidade (Low Voltage Switcher<br />
and Controller)<br />
Compatibilidade Eletromagnética (Eletromagnetic<br />
Compatibility)
Nome Instituição Segmento Aplicação (Resumo)<br />
61131-3 IEC<br />
61499 IEC<br />
60079-0 ABNT NBR IEC<br />
60079-10 ABNT NBR IEC<br />
60079-14 ABNT NBR IEC<br />
60079-17 ABNT NBR IEC<br />
60079-19 ABNT NBR IEC<br />
60079-20 ABNT NBR IEC<br />
61241-10 ABNT IEC<br />
61241-14 ABNT IEC<br />
RP 505 API<br />
497 NFPA<br />
Equipamentos<br />
Eletro/Eletrônicos<br />
em Geral<br />
Equipamentos<br />
Eletro/Eletrônicos<br />
em Geral<br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
324<br />
Norma <strong>para</strong> programação de controladores que<br />
uniformiza a forma como os sistemas de controle<br />
são interpretados, através da padronização da<br />
programação. São definidas as linguagens de<br />
Sequenciamento Gráfico de Funções (SFC), usada<br />
<strong>para</strong> a estruturação de programas, e outras quatro<br />
linguagens interoperáveis entre si: Lista de<br />
Instruções (IL), Diagrama Ladder (LD), Diagrama<br />
de Blocos Funcionais (DFB) e Texto Estruturado<br />
(ST). Através da modularização e declaração de<br />
variáveis, os programas podem ser devidamente<br />
estruturados, aumentando a utilização, reduzindo<br />
erros e melhorando a eficiência. Além disso, a<br />
norma define a forma de configuração dos sistemas<br />
de controle.<br />
A adoção da norma proporciona benefícios <strong>para</strong> os<br />
usuários finais, programadores, fornecedores de<br />
ferramentas de software, integradores de sistemas,<br />
fornecedores de máquinas, fornecedores de<br />
sistemas SCADA e SDCD, equipes de<br />
comissionamento, manutenção e treinamento em<br />
sistemas de controle. A grande maioria dos<br />
produtos existentes no mercado de automação já<br />
faz uso desta norma.<br />
Norma <strong>para</strong> controle distribuído e automação,<br />
fornecendo blocos de base e funções <strong>para</strong><br />
implementação de algoritmos de controle de<br />
eventos<br />
Atmosferas explosivas <strong>–</strong> Parte 0: Requisitos Gerais<br />
Parte 10: Classificação de áreas <strong>–</strong> Atmosferas<br />
explosivas de gás<br />
Parte 14: Projeto, seleção e montagem de<br />
instalações elétricas<br />
Parte 17: Inspeção e manutenção de instalações<br />
elétricas<br />
Parte 19: Reparo, revisão e recuperação de<br />
equipamentos utilizados em atmosferas explosivas<br />
Parte 20: Dados de gases e vapores inflamáveis,<br />
referentes à utilização de equipamentos elétricos<br />
Parte 10: Classificação das áreas onde poeiras<br />
combustíveis estão ou possam estar presentes<br />
Parte 14: Equipamentos elétricos <strong>para</strong> utilização na<br />
presença de poeiras combustíveis: Seleção e<br />
Instalação<br />
Recommended Practice for classification of<br />
locations for electrical installations at petroleum<br />
facilities classified as Class I, Zone 0, Zone 1 and<br />
Zone 2 (American Petroleum Institute)<br />
Recommended practice for the classification of<br />
flammable liquids, gases, or vapors and of<br />
hazardous (classified) locations for electrical<br />
installations in chemical process areas (National<br />
Fire Protection Association)
APÊNDICE III - Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural<br />
Quadro 30: Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural.<br />
Nome Segmento Classificação Aplicação (Resumo)<br />
NR13<br />
N-247<br />
N-2595<br />
ISA 18.1<br />
NBR 5363<br />
(ABNT)<br />
NBR IEC<br />
60529<br />
(ABNT)<br />
NBR IEC<br />
8369<br />
(ABNT)<br />
NBR 8447<br />
(ABNT)<br />
N-2547<br />
(ABNT)<br />
IEC<br />
60534-8-4<br />
ISA<br />
ISA<br />
75.01<br />
ISA<br />
75.05<br />
ISA<br />
75.11<br />
ISA<br />
75.13<br />
ISA<br />
75.17<br />
ISA<br />
75.19<br />
FCI 70-2<br />
API RP 553<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Grau e Tipo de<br />
Proteção <strong>para</strong><br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Grau e Tipo de<br />
Proteção <strong>para</strong><br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Grau e Tipo de<br />
Proteção <strong>para</strong><br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Grau e Tipo de<br />
Proteção <strong>para</strong><br />
Equipamentos<br />
Elétricos<br />
Válvulas de Controle<br />
Válvulas de Controle<br />
325<br />
Caldeiras e Vasos de Pressão<br />
Portaria MTE no 3214, 08/06/78<br />
Válvula Esfera em Aço <strong>para</strong> Uso Geral e Fire Safe<br />
(PETROBRAS)<br />
Critérios de Projeto e Manutenção <strong>para</strong> Sistemas<br />
Instrumentados de Segurança em Unidades<br />
Industriais (PETROBRAS)<br />
Annuciator Sequences and Specifications<br />
Equipamentos Elétricos <strong>para</strong> Atmosferas<br />
Explosivas - Tipo de Proteção ―d‖ - Especificação<br />
Invólucros de Equipamentos Elétricos - Proteção<br />
Marcação de Equipamentos Elétricos <strong>para</strong><br />
Atmosferas Explosivas<br />
Equipamentos Elétricos <strong>para</strong> Atmosferas<br />
Explosivas de Segurança Intrínseca - Tipo de<br />
Proteção ―I‖<br />
Equipamentos Elétricos <strong>para</strong> Atmosferas Conversor<br />
de Frequência <strong>para</strong> Controle de Rotação de Motor<br />
Elétrico até 660 VCA (PETROBRAS)<br />
Industrial Process Control Valves Part 8: Noise<br />
Considerations - Section 4: Prediction of Noise<br />
Generated by Hydrodynamic Flow<br />
Válvulas de Controle Handbook of Control Valves<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Flow Equations for Sizing Control Valves)<br />
Control Valve Terminology<br />
Inherent Flow Characteristic and Rangeability of<br />
Control Valves<br />
Method of Evaluating the Performance of<br />
Positioners with Analog Input Signals and<br />
Pneumatic Output<br />
Control Valve Aerodynamic Noise Prediction<br />
Hydrostatic Testing of Control Valves<br />
Control Valve Seat Leakage<br />
Refinery Control Valves
Nome Segmento Classificação Aplicação (Resumo)<br />
API STD 598<br />
ISA RP75.23<br />
MSS SP-72<br />
N-1645<br />
ABNT<br />
NB 284<br />
ABNT<br />
NB 284<br />
API RP 520<br />
API RP 521<br />
API STD 526<br />
API STD 527<br />
ASME PTC<br />
25<br />
ASME<br />
ASME<br />
N-76<br />
N-550<br />
N-558<br />
N-1996<br />
N-1997<br />
N-2384<br />
ABNT NBR<br />
5410<br />
ABNT NBR<br />
10300<br />
IEC<br />
61000-4-3<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Sistemas de<br />
Segurança<br />
Válvulas de<br />
Segurança<br />
Válvulas de<br />
Segurança<br />
Válvulas de<br />
Segurança<br />
Válvulas de<br />
Segurança<br />
Válvulas de<br />
Segurança<br />
Válvulas de<br />
Segurança<br />
Válvulas de<br />
Segurança<br />
Válvulas de<br />
Segurança<br />
Válvulas de<br />
Segurança<br />
Válvulas de<br />
Segurança<br />
326<br />
Valve Inspection and Testing<br />
Considerations for Evaluating Control Valve<br />
Cavitation<br />
Ball Valves with Flanged or Butt-Welding Ends for<br />
General Service<br />
Critérios de Segurança <strong>para</strong> Projeto de Instalações<br />
Fixas de Armazenamento de Gás Liquefeito de<br />
Petróleo<br />
(PETROBRAS)<br />
Válvulas de Segurança e/ou Alívio de Pressão -<br />
Aquisição, Instalação e Utilização<br />
Válvulas de Segurança e/ou Alívio de Pressão -<br />
Aquisição, Instalação e Utilização<br />
Part I - Sizing, Selection, and Installation of<br />
Pressure- Relieving Devices in Refineries<br />
Guide for Pressure-Relieving and Depressuring<br />
Systems<br />
Flanged Steel Pressure Relief Valves<br />
Seat Tightness of Pressure Relief Valves<br />
Pressure Relief Devices<br />
Section I - Power Boilers<br />
Section VIII - Unfired Pressure Vessels<br />
Instalação Materiais de Tubulação (PETROBRAS)<br />
Instalação<br />
Instalação<br />
Instalação<br />
Instalação<br />
Projeto de Isolamento Térmico a Alta Temperatura<br />
(PETROBRAS)<br />
Construção, Montagem e Condicionamento de<br />
Instrumentação<br />
(PETROBRAS)<br />
Projeto de Redes Elétricas em Envelopes de<br />
Concreto e com Cabos Diretamente no Solo<br />
(PETROBRAS)<br />
Projeto de Redes Elétricas em Leitos <strong>para</strong> Cabos<br />
(PETROBRAS)<br />
Instalação Cabo Elétrico de Instrumentação<br />
Instalação Instalações Elétricas de Baixa Tensão<br />
Instalação<br />
Instalação<br />
Cabos de Instrumentação com Isolação Extrudada<br />
de PE ou PVC <strong>para</strong> Tensões até 300 V<br />
Electromagnetic Compatibility (EMC) - Part 4:<br />
Testing and Measurement Techniques - Section 3:<br />
Radiated, Radio-Frequency, Electromagnetic Field<br />
Immunity Test
Nome Segmento Classificação Aplicação (Resumo)<br />
API MPMS<br />
API<br />
RP 520<br />
API<br />
RP 551<br />
API<br />
STD 2000<br />
IEC 60770-1<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Petróleo e Gás<br />
Natural<br />
Instalação Manual of Petroleum Measurement Standards<br />
Instalação<br />
327<br />
Part II - Sizing, Selection, and Installation of<br />
Pressure- Relieving Devices in Refineries - Part II <strong>–</strong><br />
Installation<br />
Instalação Process Measurement Instrumentation<br />
Instalação<br />
Avaliação de<br />
Desempenho de<br />
Transmissores<br />
Venting Atmospheric and Low Pressure Storage<br />
Tanks Nonrefrigerated and Refrigereted<br />
Methods for Performance Evaluation of<br />
Transmitters for Use in Industrial Process Control<br />
Systems
APÊNDICE IV <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de<br />
<strong>Automação</strong> Industrial<br />
IV.1. Sistemas de Controle Industrial<br />
Entre os diversos tipos de sistemas de controle industriais, os mais<br />
conhecidos são os sistemas digitais de controle distribuído (SDCD). Contudo, um<br />
número cada vez maior de sistemas de controle se baseia na utilização dos CLPs,<br />
com grande capacidade de realizar operações discretas e de controlar múltiplas<br />
malhas, além de comunicar-se com sistemas na sala de controle, substituindo com<br />
seu custo menor, diversas aplicações proprietárias do SDCD.<br />
IV.1.1. Controlador Lógico Programável (CLP)<br />
Controladores programáveis, também designados CLP (Controlador Lógico<br />
Programável) são largamente utilizados em aplicações industriais, considerando sua<br />
elevada capacidade de processamento e capacidade de funcionamento em tempo<br />
real, sendo projetados <strong>para</strong> controlar múltiplas entradas e saídas e também <strong>para</strong><br />
funcionar em ambientes hostis, pois suportam grandes variações de temperatura e<br />
têm imunidade a ruídos elétricos e resistência à vibração e impacto.<br />
Os programas são, em geral, construídos em uma aplicação específica em<br />
um microcomputador e depois carregados em um controlador por meio de cabo ou<br />
via rede, sendo armazenados em memórias não-voláteis. O equipamento é fornecido<br />
com um software de programação que possibilita ao usuário desenvolver aplicativos<br />
voltados às suas necessidades específicas.<br />
IV.1.2. Programmable Automation Controller (PAC)<br />
O Programmable Automation Controller é um controlador de desenvolvimento<br />
que desempenha funções muito semelhantes ao CLP, porém dispõe de recursos<br />
mais sofisticados (hardware e software reprogramáveis) que facilitam a integração e<br />
a troca de informações com outros dispositivos e programas de controle.<br />
328
O PAC acrescenta a capacidade de controlar também processos contínuos e<br />
movimentos, podendo executar aplicações de automação tanto em indústrias de<br />
processo como em indústrias discretas.<br />
IV.1.3. SDCD<br />
SDCD é um sistema integrado, na forma de um pacote proprietário fechado<br />
(hardware + software + rede de comunicação) com recursos adaptados às<br />
peculiaridades de cada um dos segmentos da indústria <strong>–</strong> siderurgia, fabricação de<br />
cimento, metalurgia, produção de plásticos, refino de petróleo, alimentos, etc.<br />
(Gutierrez e Pan (2008).<br />
As funções de supervisão e comando são realizadas por um computador<br />
central na sala de supervisão. Nela, é possível visualizar e operar todo o conjunto<br />
das unidades centrais de controle por meio de consoles ou microcomputadores IHM.<br />
Uma estrutura compartilhada de comunicação de dados na qual circulam<br />
informações multiplexadas liga os controladores locais e o computador central.<br />
IV.2. Monitoramento e Supervisão Remota<br />
IV.2.1. Interface Homem-máquina (IHM)<br />
A interface homem-máquina é um dispositivo utilizado <strong>para</strong> interação do<br />
operador com o sistema controlado, permitindo a visualização de dados de um<br />
processo, bem como <strong>para</strong> alteração de seus parâmetros e de condições de<br />
operação das máquinas.<br />
IV.2.2. Sistemas SCADA<br />
Supervisório ou software de supervisão é um programa computacional que<br />
permite a comunicação entre um computador e uma rede de automação, trazendo<br />
ferramentas padronizadas <strong>para</strong> a construção de interfaces entre o operador e o<br />
processo. Sua função básica é permitir a visualização e a operação do processo de<br />
forma centralizada, por meio do recolhimento de dados em ambientes complexos,<br />
podendo estar eventualmente dispersos geograficamente, além de apresentar uma<br />
329
visualização de modo amigável <strong>para</strong> o operador, utilizando-se interface homem-<br />
máquina altamente sofisticada.<br />
O supervisório mais conhecido é o SCADA (Supervisory Control and Data<br />
Acquisition), que pode receber também orientações do sistema de gestão da<br />
produção <strong>para</strong> determinar as operações de produção. Consequentemente deve<br />
dialogar com os sistemas localizados hierarquicamente acima e abaixo dele,<br />
proporcionando também recursos e um ambiente <strong>para</strong> a criação de aplicações de<br />
controle e <strong>para</strong> a definição de funções de rede de protocolos específicos.<br />
IV.2.3. Softwares disponíveis junto a um Sistema SCADA<br />
Dentre os principais aplicativos que podem estar disponíveis em um sistema<br />
SCADA, podem-se destacar:<br />
Ferramentas voltadas à criação de aplicativos de controle baseados na<br />
lógica PID, sistemas especialistas <strong>para</strong> controle de processos e aplicativos<br />
de execução de lógicas fuzzy e neuro fuzzy;<br />
Ferramentas <strong>para</strong> configuração de redes <strong>para</strong> aplicação de protocolos<br />
industriais como o FF ou o Profibus;<br />
MES (Manufacturing Execution System): Controla todo o fluxo produtivo,<br />
incluindo estoques de matérias-primas, produtos em processamento e<br />
disponibilidade de máquinas.<br />
Utilizando-se o MES, podem ser calculados os KPI (Key Performance<br />
Indicators), que contribuem <strong>para</strong> a melhoria do desempenho da planta<br />
PIMS (Plant Information Management System), software utilizado <strong>para</strong><br />
armazenamento de todas as informações relevantes de processo. Coleta<br />
informações dos sistemas de supervisão, sistemas de controle e sistemas<br />
já existentes e os armazena em uma base de dados, que se distingue dos<br />
bancos de dados convencionais por ter grande capacidade de<br />
compactação e alta velocidade de resposta à consulta; e<br />
EAM (Enterprise Asset Management): Software empregado no<br />
gerenciamento dos equipamentos de uma planta.<br />
330
IV.3. Infraestrutura de Comunicação<br />
IV.3.1. Redes de Comunicação Industrial<br />
A transmissão de informações entre sensores, controladores e atuadores em<br />
um processo automatizado é normalmente realizada por meio de sinais elétricos. No<br />
caso da instrumentação analógica, a corrente que circulava pelos fios variava entre<br />
4-20 mA, enquanto <strong>para</strong> a instrumentação digital utilizava-se a interface serial RS-<br />
232. Recentemente o padrão que passou a ser utilizado é o USB (Universal Serial<br />
Bus).<br />
As redes industriais, também denominadas redes de campo (fieldbus)<br />
distinguem-se das redes de comunicação corporativas de dados por precisarem<br />
atender a requisitos mais rigorosos de resistência mecânica, por serem compatíveis<br />
com ambientes agressivos e corrosivos, com operação em temperaturas elevadas, e<br />
por possuírem maior imunidade a interferências eletromagnéticas.<br />
IV.3.2. Transmissão de Dados<br />
Considerando as necessidades de transmissão em termos de volume e<br />
velocidade dos dados, que variam de acordo com o tipo de dispositivo. Fisicamente,<br />
as redes industriais vêm sendo construídas com cabos metálicos: par trançado e<br />
cabo coaxial, fibras ópticas e redes sem fio (Wireless).<br />
As redes industriais são divididas em diferentes camadas de aplicação, de<br />
acordo com os requisitos de comunicação exigidos:<br />
Barramento de campo (sensorbus): conduz a comunicação de sensores e<br />
atuadores com os controladores. Requer capacidade de transmissão de<br />
pequeno volume de dados em altas velocidades.<br />
Barramento de Controle (devicebus): atende à comunicação dos<br />
controladores entre si e com o nível de supervisão. Requer capacidade de<br />
transmissão de média quantidade de dados em médias velocidades;<br />
Barramento de supervisão: conduz a comunicação entre as estações de<br />
supervisão e controle e os CLPs e níveis superiores de administração.<br />
Transfere grande volume de dados em tempos não-críticos, ou seja, não<br />
precisa de tempo real; e<br />
331
Camada corporativa: atende ao software de engenharia (CAD/CAE), de<br />
otimização de processo, ERP (Enterprise Resource Planning), entre<br />
outros. Conduz um grande volume de dados em tempos não-críticos. O<br />
meio de transmissão usual é a rede Ethernet.<br />
Dentro do contexto atual, considerando o seu alto grau de confiabilidade e<br />
forte redução de custos em relação às instalações convencionais, as redes sem fio<br />
vêm sendo cada vez mais utilizadas em aplicações industriais em que a utilização de<br />
cabos elétricos é inviável, como aquelas que envolvem dados a grandes distâncias,<br />
obstáculos físicos, interferências elétricas ou em áreas classificadas, tais como:<br />
manutenção de equipamentos, monitoramento de redes de distribuição de água,<br />
energia e combustíveis. De acordo com o ARC (Advisory Group), os negócios<br />
envolvendo redes sem fio constituem o segmento de negócios em automação<br />
industrial com maiores perspectivas de crescimento, com taxas superiores a 32% ao<br />
ano até 2010, quando deverão atingir US$ 1,18 bilhão.<br />
IV.3.3. Protocolos de Comunicação<br />
Para que diferentes dispositivos possam trocar informações, tornam-se<br />
imprescindível estabelecer códigos e regras simples de comunicação, denominados<br />
protocolos digitais, que podem ser industriais proprietários e abertos.<br />
Os protocolos proprietários surgiram inicialmente, desenvolvidos por grandes<br />
empresas fabricantes de dispositivos e fornecedores de sistemas completos<br />
(pacotes) de automação, enquanto os protocolos abertos surgiram como<br />
necessidade do mercado, sendo desenvolvidos por instituições internacionais<br />
formadas principalmente por associações de fabricantes, responsáveis pela<br />
divulgação e implementação em âmbito mundial.<br />
Os protocolos abertos propiciaram a interoperabilidade entre equipamentos<br />
produzidos por diferentes fabricantes, beneficiando os usuários, que se tornaram<br />
menos dependentes de um único fornecedor. Foram beneficiados também os<br />
fabricantes de menor porte, que tiveram aumentadas suas chances de participação<br />
em fornecimentos de pacotes de automação das grandes fornecedoras.<br />
332
IV.3.4. Protocolos de Comunicação Comerciais<br />
Os padrões de comunicação são estabelecidos em função das necessidades<br />
do mercado face às diferentes aplicações industriais (indústria automotiva, refinarias<br />
de petróleo, sistemas domóticos, entre outras), devendo o protocolo de comunicação<br />
se ajustar adequadamente ao processo. Tal protocolo deverá refletir essas<br />
diferenças, direcionando que um mesmo dispositivo individual precise ser ofertado<br />
em diferentes padrões, elevando o custo não somente do seu desenvolvimento<br />
como também da sua certificação individual.<br />
A maioria dos padrões digitais foi levada ao mercado durante a década de<br />
1990 por iniciativa dos próprios fabricantes, tanto nos Estados Unidos quanto na<br />
Europa. Nos dias atuais, os dois padrões mais difundidos são o Fieldbus Foundation<br />
(FF), dos EUA, e o Profibus, da Alemanha.<br />
Outro protocolo muito usado é o HART (Highway Addressable Remote<br />
Transducer Protocol), desenvolvido no começo dos anos 80, pela Rosemount (EUA),<br />
sendo uma das primeiras implementações de barramento de campo com protocolo<br />
proprietário, tornando-se pouco depois um padrão aberto, sofrendo significativa<br />
evolução nos últimos anos. Embora digital, este protocolo aceita também<br />
comunicação analógica no padrão 4-20 mA, o que o torna compatível com a enorme<br />
base analógica instalada existente no mundo.<br />
O protocolo Modbus, também muito utilizado industrialmente, desenvolvido<br />
pela Modicon (EUA) em 1979 <strong>para</strong> uso em seus CLP, tornou-se rapidamente um<br />
padrão industrial, apresentando algumas limitações, por não possibilitar a realização<br />
de funções desempenhadas pelos CLPs atuais.<br />
Mais recentemente, um grande número de sistemas de comunicação<br />
industrial vem sendo desenvolvido <strong>para</strong> uso de redes Ethernet em tempo real como<br />
base <strong>para</strong> os protocolos de controle, com o objetivo de facilitar a integração total da<br />
empresa, apresentando algumas dificuldades na interoperabilidade entre<br />
equipamentos de fornecedores diferentes.<br />
333
IV.4. Dispositivos Robóticos e Comandos Numéricos<br />
IV.4.1. Robô Industrial<br />
Um robô industrial é um sistema eletromecânico, normalmente com seis graus<br />
de liberdade, que permite o posicionamento espacial de uma ferramenta terminal<br />
(posição e orientação). Diferencia-se de um dispositivo automatizado programável<br />
pelos seguintes aspectos:<br />
Capacidade de interatividade com um ambiente por meio de sensores;<br />
Capacidade de tomar decisões em função do ambiente;<br />
Capacidade de aprendizagem;<br />
Posicionamento completo de uma ferramenta por meio de movimentos de<br />
rotação ou translação; e<br />
Capacidade de manipulação coordenada e hábil.<br />
O principal fator que impede uma maior utilização de sistemas robóticos na<br />
indústria é seu alto custo inicial. O tempo que leva <strong>para</strong> se recuperar o investimento<br />
em um robô depende dos custos de compra, instalação e manutenção. O preço de<br />
um robô será determinado pelas suas dimensões, grau de sofisticação e<br />
complexidade, exatidão e confiabilidade. Na especificação de sistemas<br />
automatizados utilizando dispositivos robóticos devem-se levar em conta as<br />
seguintes condições:<br />
Número de empregados substituídos pelo robô;<br />
Número de turnos realizados por dia;<br />
Produtividade com<strong>para</strong>da ao seu custo;<br />
Custo de projeto e manutenção; e<br />
Custo dos equipamentos periféricos.<br />
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Comando Numérico,<br />
Automatização Industrial e Computação Gráfica - SOBRACON, 60% dos robôs<br />
instalados no Brasil desenvolvem atividades relacionadas à indústria automobilística.<br />
Dentro do contexto mundial, o Brasil possui um número ainda muito baixo, embora<br />
crescente, com<strong>para</strong>do com o de países industrializados (cerca de 2% do total de<br />
robôs no mundo). A Asea Brown Boveri (ABB) detém cerca de 30% do mercado<br />
brasileiro, seguido da FANUC (18%), KUKA (13%), COMAU (8%), e robôs de outras<br />
marcas (28%). É importante notar o crescimento de aproximadamente 900% no<br />
334
número de robôs nas indústrias brasileiras nos últimos cinco anos, devido<br />
principalmente a investimentos privados realizados majoritariamente pelas indústrias<br />
automobilísticas.<br />
Dentre as principais aplicações dos robôs nas indústrias brasileiras, em<br />
termos percentuais, verifica-se, por exemplo, que os robôs da ABB são utilizados<br />
<strong>para</strong> soldagem por resistência por pontos (33%), manipulação de<br />
materiais/paletização (25%), soldagem por arco (18%), pintura (10%) e outras<br />
aplicações, tais como: corte a jato de água, colagem, corte por gás, acabamento e<br />
montagem (14%).<br />
IV.4.2. Comando Numérico Computadorizado (CNC)<br />
O Comando Numérico Computadorizado é um dispositivo dedicado ao<br />
controle automático de máquinas-ferramenta, dentre eles, tornos, fresadoras,<br />
mandrilhadoras e retificadoras, possibilitando que as ferramentas de corte ou<br />
usinagem e as peças a serem processadas sigam automaticamente trajetórias<br />
previamente programadas em código G.<br />
Como em um robô industrial, a programação é realizada antes da operação,<br />
consequentemente o programa pode ser introduzido na memória do CNC pelo<br />
operador da máquina por meio de uma IHM própria ou pode ser carregado<br />
diretamente por meio de um sistema CAD (Computer Aided Design) / CAM<br />
(Computer Aided Manufacture). Nesse último caso, uma das fases finais do projeto<br />
de uma peça feita com o auxílio do computador é a geração do programa <strong>para</strong> a<br />
fabricação, a ser enviado ao CNC.<br />
Além de executar o programa citado, o CNC recebe como entradas, sinais<br />
dos sensores localizados na máquina com informações tais como a velocidade da<br />
ferramenta e a posição da peça e envia, como saídas, sinais de controle <strong>para</strong> os<br />
acionamentos dos motores da máquina. Desempenha, portanto, a função de<br />
controlador no sistema automático constituído pela máquina.<br />
IV.4.3. Sistemas de Manufatura Flexível (FMS)<br />
Segundo Rosário (2004), desde os anos 80, as estruturas das plantas<br />
industriais vêm se modificando rapidamente, em busca de melhoria na produtividade<br />
335
e da racionalização dos recursos investidos a fim de atender às necessidades do<br />
mercado e da sociedade, assim como à competição entre os fornecedores e à<br />
exigência dos clientes. A implementação de novos métodos de produção como as<br />
células flexíveis de manufatura e de linhas de produção automatizadas tornam-se<br />
necessárias <strong>para</strong> a obtenção destas melhorias.<br />
A expressão Sistema de Manufatura Flexível caracteriza elementos de uma<br />
linha de produção interligados com a função de uma produção. A flexibilidade foi<br />
incorporada aos sistemas de produção com a presença cada vez mais frequente dos<br />
computadores nos sistemas de produção. Esta presença permitiu que a produção<br />
fosse alterada conforme a necessidade. Pode-se, por exemplo, em uma mesma<br />
linha de produção fazer peças tanto <strong>para</strong> móveis de cozinha como <strong>para</strong> móveis de<br />
escritório e <strong>para</strong> isso bastam pequenos ajustes. Nos últimos anos, os sistemas<br />
flexíveis de manufatura foram se tornando cada vez mais sofisticados e são muito<br />
utilizados em fabricas digitais.<br />
Um Sistema Flexível de Manufatura é composto das atividades desenvolvidas<br />
pelas pessoas, que são os elementos que compõem o sistema automatizado de<br />
manufatura. Estes elementos são os seguintes:<br />
a) Operação;<br />
b) Inspeção;<br />
c) Máquinas de Transporte e esteiras transportadoras; e<br />
d) Sistemas de Armazenamento.<br />
IV.5. Sensores e Atuadores<br />
IV.5.1. Instrumentação Industrial<br />
A instrumentação é a área da engenharia que engloba as atividades<br />
relacionadas a medição de grandezas físicas <strong>para</strong> monitoração ou controle de<br />
sistemas de automação. Trata também do desenvolvimento de novos dispositivos de<br />
medição e controle.<br />
Na grande maioria dos processos automáticos é necessária uma<br />
realimentação do processo. A realimentação consiste na medição de variáveis de<br />
saída do sistema controlado e na com<strong>para</strong>ção destas variáveis com valores de<br />
336
eferência. A diferença é informada ao controlador do processo <strong>para</strong> que o mesmo<br />
gere uma ação de controle adequada.<br />
IV.5.2. Sensores<br />
Termo empregado <strong>para</strong> dispositivos detetores de alguma forma de energia<br />
sensibilizante (como por exemplo, luz, calor ou movimento) traz informação sobre<br />
uma grandeza que se precisa medir (temperatura, pressão, velocidade, corrente,<br />
aceleração, posição, entre outras). Um sensor nem sempre tem as características<br />
elétricas necessárias <strong>para</strong> ser utilizado de imediato em um sistema de controle, e<br />
normalmente o sinal de saída deve ser condicionado através de um circuito de<br />
interface <strong>para</strong> adequação do sinal.<br />
Nas plantas automatizadas os sensores são elementos muito importantes. O<br />
sensor é um dispositivo capaz de monitorar a variação de uma grandeza física e<br />
transmitir esta informação a um sistema em que a indicação seja inteligível <strong>para</strong> o<br />
utilizador ou <strong>para</strong> o elemento de controle do sistema.<br />
Dentre os principais sensores do mercado podem-se destacar os seguintes:<br />
Proximidade: mecânicos, óticos, indutivos e capacitivos;<br />
Posição/Velocidade: potenciômetros, LVDT, encoders, taco-geradores;<br />
Força/Pressão; e<br />
Vibração/aceleração.<br />
Todos esses sensores devem possuir as seguintes características:<br />
acuracidade, resolução, repetição, range de funcionamento, sensibilidade e<br />
linearidade.<br />
IV.5.3. Transdutores<br />
Termo empregado <strong>para</strong> denominar um dispositivo completo, usado <strong>para</strong><br />
transformar uma grandeza qualquer em outra que pode efetivamente ser utilizada<br />
pelos dispositivos de controle. Neste sentido pode-se considerar um transdutor como<br />
uma interface entre o sensor e o circuito de controle ou eventualmente entre o<br />
controle e o atuador.<br />
337
Os transdutores transformam uma grandeza física (temperatura, pressão,<br />
entre outras) em um sinal de tensão ou corrente que pode ser facilmente<br />
interpretado por um sistema de controle.<br />
IV.5.4. Transmissores<br />
Dispositivo que pre<strong>para</strong> o sinal de saída de um transdutor <strong>para</strong> utilização à<br />
distância, fazendo certas adequações ao sinal. Estas adequações são os chamados<br />
padrões de transmissão de sinais. Um exemplo bastante conhecido é o ―loop‖ 4 a 20<br />
mA, que um padrão de transmissão de sinais em corrente.<br />
IV.5.5. Atuadores<br />
São dispositivos, que modificam o estado de uma variável, com o objetivo de<br />
corrigir a variável controlada. Recebem, portanto um sinal proveniente do controlador<br />
e agem sobre o sistema controlado. Trabalham com um nível de potência elevado.<br />
Exemplo de atuadores:<br />
Válvulas (Pneumáticas, Hidráulicas);<br />
Relés (Estático, Eletromecânico);<br />
Cilindro (Pneumáticos, Hidráulicos);<br />
Motores (Step-motor, Syncro, Servomotor); e<br />
Solenóides.<br />
338
APÊNDICE V <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de<br />
<strong>Automação</strong> Predial<br />
V.1. Níveis de <strong>Automação</strong> de Serviços Prediais<br />
A automação predial é um mercado em crescente expansão. A Associação<br />
Brasileira de <strong>Automação</strong> Residencial - AURESIDE estima que nos próximos cinco<br />
anos, o Brasil terá cerca de 40% das residências de médio e alto padrão<br />
apresentando algum sistema de automação. Pode-se classificar em diferentes níveis<br />
de integração os sistemas de automação predial:<br />
a) Autônomos: são sistemas independentes, onde não há uma<br />
interligação entre os dispositivos;<br />
b) Sistemas Integrados: são sistemas integrados a um controlador, por<br />
meio de um sistema de supervisão e controle; e<br />
c) Sistemas Complexos: são sistemas que podem ser personalizados de<br />
acordo com os desejos e hábitos do usuário, como deverá acontecer<br />
no projeto de uma casa inteligente.<br />
V.2. Sistemas Autônomos e Sistemas Integrados<br />
O conceito de edifício inteligente está associado ao nível de integração dos<br />
diferentes sistemas constituintes do mesmo. A interligação entre os sistemas permite<br />
que um Sistema de Supervisão e Controle do Edifício possa monitorar sensores,<br />
controlar atuadores e registrar eventos vindos de todas as partes do edifício.<br />
A <strong>Automação</strong> Predial é responsável pelo gerenciamento das funções vitais do<br />
edifício e pelo controle de acesso e segurança dos indivíduos. Estas funções são<br />
independentes entre si, mas atuam de forma integrada através da central de controle<br />
e supervisão. Os componentes da automação, distribuídos por todo o edifício, estão<br />
interligados por uma rede de comunicação de dados, permitindo assim que todos os<br />
sistemas autônomos ou não, possam se comunicar com a central de supervisão e<br />
controle.<br />
339
V.3. Integrador de Sistemas Prediais<br />
O integrador de sistemas Prediais como o profissional que elabora o projeto<br />
integrado, acompanha a execução da obra, participa da contratação dos terceiros<br />
envolvidos, supervisiona a instalação e garante o desempenho final do sistema<br />
integrado. Para atingir estes resultados perante seu cliente, seja ele o incorporador<br />
de um condomínio, um arquiteto ou o morador da residência, ele deve utilizar seus<br />
conhecimentos e habilidades, dispor de uma metodologia e incorporar em sua rotina<br />
novos fatores comportamentais.<br />
Este profissional deverá integrar diversos tipos de sistemas e funções, como<br />
iluminação, controles, segurança, controle de acesso, proteção contra incêndio,<br />
energia, sistemas hidráulicos, sistemas elétricos, ar-condicionado e climatização, a<br />
partir da troca de informações via Internet ou intranet através de softwares os<br />
usuários podem trocar informações, independente do horário, dia e local de trabalho.<br />
Constata-se que uma das principais dificuldades <strong>para</strong> se implantar a solução<br />
integradora é a falta de profissionais de perfil adequado a esta nova realidade <strong>para</strong><br />
suprir as necessidades do mercado, levando atualmente a condução de recursos<br />
atuando de forma isolada, constatando-se no final de uma obra a necessidade de<br />
inúmeros ajustes e adaptações, comprometendo assim o resultado final do projeto.<br />
V.4. Sistema de Supervisão e Controle<br />
O Sistema de Supervisão e Controle do Edifício é responsável por diversas<br />
ações, dentre as quais estão:<br />
A centralização das informações vindas de todas as partes do prédio, com<br />
o intuito de monitorar e controlar todas as funções operacionais do edifício;<br />
Controle automático de equipamentos e lógica de funcionamento dos<br />
sistemas;<br />
A economia de energia e a redução de custos através do uso racional dos<br />
recursos disponíveis e da energia elétrica;<br />
O fornecimento de ferramentas de software <strong>para</strong> a programação de<br />
manutenção preventiva dos equipamentos instalados; e<br />
A tomada de providências visando sanar problemas funcionais, falhas ou<br />
alarmes.<br />
340
A arquitetura de um sistema de supervisão e controle de um edifício é<br />
baseada em uma rede de equipamentos (processadores e controladores). Esta rede<br />
constitui um Sistema de Controle Distribuído (DCS <strong>–</strong> Distributed Control System), é<br />
caracterizada pela topologia hierárquica, com vários níveis de controladores.<br />
V.5. Integração e Protocolos Comerciais de Comunicação<br />
Um sistema de automação predial eficiente permite que as decisões sobre<br />
as plantas possam ser realizada de modo interativo com o usuário final, com<br />
possibilidade da obtenção de gráficos das operações nas plantas, relatórios<br />
automáticos, tendências e estatísticas estarão disponíveis a qualquer momento.<br />
Estes sistemas integrados deverão atender as seguintes exigências:<br />
Utilização de protocolos de comunicação abertos (aplicações e padrões como<br />
BACNet, LONWorks e ModBus);<br />
Soluções técnicamente integradas e abrangentes;<br />
Flexibilidade (possibilidade de ajustes <strong>para</strong> mudança de padrões);<br />
Fácil utilização a partir da implementação de interfaces simples e amigáveis<br />
<strong>para</strong> serem operadas pelo usuário final.<br />
Apesar de terem características diferentes, os protocolos de comunicação<br />
desenvolvidos <strong>para</strong> a <strong>Automação</strong> Predial respeitam uma singularidade que é a<br />
metodologia da modelagem e a integração de sistemas. No mercado pode-se<br />
encontrar diversas soluções comerciais de protocolos prontos <strong>para</strong> a implementação<br />
em projetos de <strong>Automação</strong> Predial, dentre as mais utilizadas pode-se destacar as<br />
seguintes:<br />
a) Padrão Americano: Sistemas X-10; SMART HOUSE; LonWorks,<br />
Sistema CEBus; Sistema BatiBUS; e<br />
b) Padrão Europeu: Sistema EIB (European Installation Bus); EHS<br />
(European Home Systems).<br />
341
APÊNDICE VI <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de<br />
<strong>Automação</strong> Comercial<br />
VI.1. Leitores de Códigos de Barras<br />
Leitores de códigos de barras são equipamentos que "iluminam" o código de<br />
barras por meio de uma fonte de luz própria, led ou laser, e, por meio de reflexão,<br />
recebem a imagem do código de barras em um sensor, digitalizando e decodificando<br />
a informação, podendo ser utilizados em aplicações diversas que requerem<br />
informação segura obtida correta e rapidamente.<br />
VI.2. Impressoras de Códigos de Barras<br />
A impressora de códigos de barras é aquela que utiliza cabeça térmica <strong>para</strong><br />
uma impressão precisa e rápida do código de barras, já que os outros tipos de<br />
impressora (jato de tinta, laser e matricial) imprimem com imperfeições, dificultando<br />
a leitura do código de barras. Pode utilizar etiquetas termo-sensíveis ou etiquetas de<br />
diversos materiais, em conjunto com ribbons de poliéster impregnados <strong>para</strong><br />
impressão.<br />
VI.3. Coletores de Dados<br />
Os coletores de dados são equipamentos com memória e processador que<br />
permitem a entrada (coleta) de dados de maneira portátil (móvel), ou seja, sem<br />
empecilhos <strong>para</strong> a livre movimentação do operador, apresentando alta robustez,<br />
permitindo assim a utilização direta no local onde as informações são geradas. A<br />
entrada de dados pode ser feita por meio de digitação, leitura de códigos de barras,<br />
leitura de cartão magnético ou qualquer outro processo.<br />
Estes equipamentos são largamente utilizados em sistemas de inventário de<br />
produtos, conferência, coleta de pedidos, controle de processos, serviço de<br />
entregas, entre outros, ou em qualquer outra aplicação que envolva a aquisição de<br />
um importante volume de dados <strong>para</strong> processamento local ou posterior, podendo o<br />
operador receber uma resposta no próprio ponto de atividade. Dentre os principais<br />
benefícios desses equipamentos podem-se destacar:<br />
342
Aumento da produtividade;<br />
Localização exata do ponto onde o produto será retirado;<br />
Redução dos tempos de operação e de erros e eliminação de anotações<br />
em papéis;<br />
Otimização dos recursos de movimentação; e<br />
Utilização de redes sem fio com entradas/saídas de dados via comando<br />
de voz.<br />
VI.4. Etiquetas <strong>Eletrônica</strong>s de Prateleiras<br />
Também conhecida como Electronic Shelf Label (ESL), esta tecnologia é<br />
capaz de comunicar, diretamente nas prateleiras, o preço, dados promocionais,<br />
informações técnicas e gerenciais do produto, como por exemplo, estoque e<br />
validade de promoções.<br />
Este produto geralmente utiliza uma tecnologia baseada em raios<br />
infravermelhos de alta frequência, livre de interferência e com grande capacidade de<br />
transferência de dados. Ele não utiliza cabos e tem comunicação bidirecional,<br />
tornando mais rápida a atualização de dados nas etiquetas e assegurando que<br />
tenham realmente recebido todas as atualizações de preços e dados em geral,<br />
informando imediatamente o administrador de qualquer problema que ocorra, como<br />
a não atualização de preços, bateria fraca ou mesmo furto da etiqueta.<br />
Estas etiquetas apresentam importantes características de utilização, dentre<br />
outras se podem destacar as seguintes:<br />
Robustez e leveza, com variedade de dimensões;<br />
Maior visibilidade, com características semelhantes ao papel;<br />
Robustez e leveza;<br />
É possível utilizar qualquer fonte e qualquer imagem nas etiquetas;<br />
Permite leitura de código de barras;<br />
Fácil e simples utilização <strong>para</strong> os operadores;<br />
Não requer investimento com infraestrutura;<br />
Adaptável a qualquer regulamentação; e<br />
Não requer contato próximo da etiqueta <strong>para</strong> atualização.<br />
343
Dentre os principais benefícios dessas etiquetas podem-se destacar: permite<br />
mudanças automáticas de preços; maior rapidez na execução de campanhas<br />
promocionais; e também proporciona maior agilidade na reposição dos produtos nas<br />
gôndolas, assegurando também a supervisão do sistema e do pessoal operacional,<br />
por meio, por exemplo, de relatórios trimestrais, semestrais ou diários que podem<br />
ser emitidos sobre a eficácia do pessoal.<br />
VI.5. Terminais de Auto-Atendimento<br />
Os terminais de auto-atendimento multimídia permitem a adição de vários<br />
tipos de periféricos como leitores de código de barras, câmeras de vídeo, leitores<br />
RFID, impressoras <strong>para</strong> a impressão de cupons, sensores de presença, tela touch<br />
screen, Wi-Fi, entre outras. Podem ser utilizados <strong>para</strong> diversas finalidades como:<br />
Consultas de RH;<br />
Divulgação interna da empresa;<br />
Divulgação externa em ambientes públicos;<br />
Feiras e shows; e<br />
Auto-Serviço: recarga de celular, pagamento de contas, entre outros.<br />
VI.6. Terminais de Consulta de Preços<br />
O terminal de consulta de preços proporciona rapidez aos consumidores que<br />
desejam consultar preços dentro das lojas, tirando dúvidas e evitando<br />
constrangimento na hora de passar as compras pelo caixa, sendo atualmente<br />
obrigatória por lei a disponibilidade desses equipamentos a uma distância máxima<br />
de 15 metros de qualquer produto ou outro terminal, em lojas que trabalham com<br />
código de barras.<br />
VI.7. Tecnologia RFID<br />
As "etiquetas inteligentes" utilizam a tecnologia de identificação por<br />
rádiofrequência (ou simplesmente RFID), sendo utilizadas em uma série de<br />
aplicações focando a cadeia de suprimento. Apesar de sua utilização recente no<br />
344
meio comercial, esta tecnologia já vem sendo aplicada desde a década de 60 em<br />
diversos ramos de atividades como montadoras, autopeças, pedágios e até no<br />
rastreamento de animais. Porém, em quase todas as aplicações não se tinha notícia<br />
de um padrão que possibilitasse seu uso uniforme em todos os elos da cadeia de<br />
suprimento.<br />
Com base na tecnologia RFID, o EPCglobal e o MIT (Massachusetts Institute<br />
of Technology), assistidos por órgãos independentes como a UCC/EAN<br />
International, criaram um padrão de código eletrônico de produto, designado EPC<br />
(Eletronic Product Code).<br />
Este padrão permite que as informações sejam disponibilizadas de forma<br />
padronizada, possibilitando que qualquer empresa envolvida na cadeia de<br />
suprimentos possa se valer desta informação, mesmo que ela tenha sido gerada por<br />
outra organização como, por exemplo, o fabricante. Consequentemente, qualquer<br />
empresa da cadeia de suprimento consegue identificar um produto.<br />
A partir do EPC as possibilidades de uso da tecnologia estão sendo<br />
ampliadas, substituindo com vantagens algumas aplicações que até então eram<br />
desenvolvidas com código de barras. Entretanto, vale a pena destacar que o RFID é<br />
uma tecnologia de captura automática de dados que depende, <strong>para</strong> que sua<br />
implantação ocorra com sucesso, de uma série de fatores, tais como:<br />
Visão executiva do projeto, análise dos desafios, impactos e tendências;<br />
Análise de processos, por meio do desenho ou de sua revisão;<br />
Desenho da solução, por meio da definição da melhor tecnologia<br />
(frequência, antenas, etiquetas inteligentes, entre outras) <strong>para</strong> atender às<br />
necessidades do projeto;<br />
<strong>Estudo</strong> e definição de pontos de leitura, e interface com o sistema de<br />
gestão (ERP) ou com o sistema de gerenciamento de depósito (WMS); e<br />
Serviços, como o levantamento em campo, instalação, configuração,<br />
software aplicativos e dispositivos <strong>para</strong> interface com outros sistemas.<br />
Dentre as inúmeras vantagens na utilização da tecnologia RFID em<br />
aplicações comerciais, podem-se destacar as seguintes:<br />
Redução dos níveis de inventário;<br />
345
Redução nos custos de transportes;<br />
Aumento de vendas;<br />
Redução do tempo de entrega e custos logísticos; e<br />
Aspecto colaborativo entre os diferentes elos da cadeia como um todo.<br />
VI.8. Redes Locais sem fio Wi-Fi<br />
À medida que as empresas tornam-se cada vez mais móveis e que as redes<br />
sem fio começam a ser mais utilizadas, a segurança passa a ocupar uma posição<br />
fundamental entre as preocupações dos departamentos de TIC. Os técnicos de<br />
informação enfrentam o desafio diário de manter as redes sem fio operando na sua<br />
capacidade máxima e a baixo custo, ao mesmo tempo em que preservam a<br />
integridade da rede e protegem os dados armazenados contra roubo e uso<br />
impróprio, sem esquecer a adequação a normas governamentais e financeiras.<br />
O conceito de Wireless switch permite cobertura de área com nível máximo<br />
de segurança, com alto desempenho (54 Mbps) e baixo custo <strong>para</strong> comunicação de<br />
dados, voz e imagem. Essas redes viabilizam a utilização ampla da rede de dados<br />
por meio da tecnologia Wi-Fi, ou seja, você pode utilizar este sistema <strong>para</strong> outras<br />
aplicações que não seja a dos coletores de dados, tais como: PDV sem fio, telefonia<br />
IP, terminais de auto-atendimento sem fio, balanças, verificadores de preços,<br />
impressoras e venda de acessos à Internet <strong>para</strong> terceiros.<br />
A infraestrutura de radiofrequência é composta por um conjunto de<br />
equipamentos destinados à formação de uma rede de comunicação sem fio em um<br />
ambiente determinado. Pode ser constituída por duas formas de administração:<br />
Descentralizada: composta por Access Points e antenas; e<br />
Centralizada: composta por um ou mais Wireless switches, hubs ou<br />
switches de rede e access ports.<br />
Dentre os principais recursos dos sistemas Wi-Fi <strong>para</strong> utilização comercial,<br />
podem-se destacar:<br />
Detecção de intrusão/acesso não autorizado e de outros dispositivos não<br />
autorizados <strong>para</strong> funcionamento em rede;<br />
346
Avaliação de vulnerabilidade por meio da identificação de pontos fracos<br />
da rede e configurações incorretas de dispositivos;<br />
Localização precisa dos dispositivos existentes na rede;<br />
Cancelamento de dispositivos não autorizados, com resposta<br />
imediata a ataques, permitindo aos administradores de segurança<br />
encerrar as conexões de dispositivos sem fio não autorizados; e<br />
Gerenciamento centralizado com diferentes níveis de usuários.<br />
VI.9. Telefonia VoIP<br />
A palavra VoIP (Voice over Internet Protocol) significa telefonia via Internet.<br />
Essa tecnologia permite o roteamento de conversas telefônicas utilizando a rede da<br />
Internet. Com ela é possível fazer ligações <strong>para</strong> telefones fixos tradicionais, não<br />
sendo necessário que ambas as partes envolvidas na conversa estejam utilizando a<br />
telefonia VoIP.<br />
A infraestrutura Wi-Fi, apresentada anteriormente torna viável a utilização de<br />
sistemas como esse, os quais permitem, além da economia, outros ganhos, tais<br />
como:<br />
Mobilidade entre os usuários;<br />
Mensagens de alerta via display, de forma automática pelo sistema;<br />
Gestão da conta (uso do telefone);<br />
Chamadas roteadas automaticamente <strong>para</strong> o telefone VoIP,<br />
independentemente de onde o usuário esteja localizado, sendo possível<br />
levar seu telefone IP e utilizá-lo de qualquer lugar onde haja uma<br />
conexão de Internet; e<br />
Oferecimento de outros serviços, tais como conversas em vídeo, envio de<br />
arquivos de texto, conferência em áudio, entre outros.<br />
347
APÊNDICE VII <strong>–</strong> Descrição dos Principais Produtos do Segmento de<br />
<strong>Automação</strong> Bancária<br />
VII.1. Terminais de Auto-Atendimento (ATM)<br />
O principal equipamento <strong>para</strong> automação bancária é o terminal de auto-<br />
atendimento <strong>–</strong> Automatic Teller Machine (ATM) <strong>–</strong>, que possibilita o saque de<br />
numerário. Quando seu único atributo é o saque, geralmente denomina-se cash<br />
dispenser. Este equipamento é fabricado com materiais leves e resistentes e possui<br />
sensores anti-violação e dispensadores de cédulas. As principais características<br />
desse equipamento são as seguintes:<br />
Flexibilidade quanto ao local de instalação e ao horário de funcionamento,<br />
Possibilidade de realizar operações dentro de um carro (drive thru) e,<br />
Além de saques de numerário, diversas outras funções poderão ser<br />
realizadas, como, por exemplo: consultas de saldos; aplicações<br />
financeiras, impressas ou exibidas no vídeo; transferência de valores;<br />
depósitos; impressão de folhas de cheque.<br />
Apesar de possuir uma estrutura básica, o ATM é constituído por vários<br />
módulos configuráveis, de forma a atender às necessidades de cada cliente:<br />
Módulos básicos configuráveis: CPU, leitora de cartões (magnéticos<br />
convencionais ou smart cards), impressora <strong>para</strong> comprovantes, monitor de<br />
vídeo comum ou do tipo tela sensível a toque (touch screen), teclado,<br />
dispensadores (de cédulas, envelopes e cheques), depositário, gabinetes<br />
(chapa e cofre); e<br />
Módulos opcionais: receptor <strong>para</strong> pagamento de contas,<br />
aceitador/dispensador de moedas, câmera de vídeo, filtro de privacidade,<br />
placa de som, identificador biométrico (reconhece o usuário através de suas<br />
impressões digitais), entre outros.<br />
Dentre esses módulos, o mais importante é o dispensador de numerário,<br />
mecanismo responsável pela contagem, classificação e disponibilização de cédulas<br />
ou, mais recentemente, moedas <strong>para</strong> o usuário.<br />
348
VII.2. Terminais Financeiros<br />
Produto de concepção modular, análogos a um microcomputador e adaptados<br />
às atividades de um caixa bancário, existindo também de mini-monitores de vídeo,<br />
calculadora e de teclado com leitor de cartões magnéticos.<br />
VII.3. Periféricos Diversos<br />
Com o advento da legislação fiscal <strong>para</strong> o ICMS, que torna obrigatória a<br />
emissão do cupom fiscal em substituição à nota fiscal de venda ao consumidor,<br />
ganha destaque o produto denominado emissor de cupom fiscal (ECF), apresentado<br />
em três versões: impressora fiscal (IF), terminal ponto de venda (PDV) ou caixa<br />
registradora eletrônica. A seu lado, dentre os produtos oferecidos, destaca-se<br />
também o PDV modular, similar a um microcomputador e um conjunto de periféricos<br />
típicos (impressora, monitor, teclado entre outros), apresentados ou não sob a forma<br />
de módulos (que lhe conferem flexibilidade), capaz de automatizar o processo de<br />
venda, sendo composto de:<br />
Módulos principais: CPU, teclado, display, gaveteiro;<br />
Principais periféricos: impressora fiscal (ECF/IF), leitor óptico;<br />
Outros periféricos: impressoras de cheque, balanças eletrônicas,<br />
Teclado PIN: (identificador de senhas de usuários); e<br />
Terminal opcional de consulta <strong>para</strong> clientes.<br />
Entre os equipamentos ECFs, destacam-se as impressoras fiscais, periféricos<br />
compactos capazes de funcionar interligados a terminais PDV, podendo ser<br />
considerados um dos mais importantes módulos deste último, em virtude da<br />
legislação do ICMS que determina a obrigatoriedade de emissão de cupom fiscal de<br />
forma automatizada. Entre os seus atributos, existe a possibilidade de imprimir<br />
cheques e outros documentos avulsos (como slips e recibos), bem como de<br />
autenticar documentos.<br />
VII.4. Soluções <strong>para</strong> Internet Banking<br />
As empresas oferecem, basicamente, serviços de implantação e/ou<br />
consultoria em sistemas de informática específicos <strong>para</strong> o setor bancário, além de<br />
349
assistência técnica, treinamento e soluções <strong>para</strong> Internet banking. Estas soluções<br />
viabilizam as operações bancárias através da Internet, incluindo dispositivos de<br />
segurança (criptografia), e redundam em comodidade e redução de custos <strong>para</strong> o<br />
usuário final e a instituição prestadora do serviço bancário.<br />
VII.5. Outros Produtos<br />
VII.5.1. Leitores<br />
Leitoras de códigos de barra e CMC-7: são aparelhos periféricos que<br />
geralmente trabalham em conjunto com os terminais financeiros, executando<br />
a atividade de leitura e identificação de documentos de modo bastante ágil;<br />
Leitores ópticos: periféricos dos PDVs, similares a scanners, destinados à<br />
decodificação de etiquetas de código de barras de produtos, informando as<br />
suas características, principalmente o preço, apresentados nas versões fixa<br />
(―de mesa‖) ou móvel (―pistola‖);<br />
Unidades de resposta audível: trata-se de uma solução que integra telefonia<br />
e informática (microcomputadores), capaz de automatizar o processo de<br />
atendimento telefônico;<br />
VII.5.2. Teclados<br />
Teclados específicos <strong>para</strong> identificação de senhas de usuários (clientes), com<br />
ou sem leitora de cartão e monitor do tipo liquid cristal display (LCD), que trabalham<br />
em conjunto com os terminais financeiros;<br />
VII.5.3. Impressoras<br />
Impressoras de códigos de barra: periférico específico <strong>para</strong> os terminais<br />
financeiros. Funcionam por sistema de transferência térmica <strong>para</strong> impressão<br />
de etiquetas que irão identificar produtos através de seus códigos de barras;<br />
Processadora de cheques e cartões: conhecida como terminal <strong>para</strong><br />
transferência eletrônica de fundos (TEF), objetiva, através de hardware e<br />
software, o processamento de meios de pagamento em geral, como cheques,<br />
cartões magnéticos e smart card, e funciona como periférico de um PDV,<br />
350
trabalhando com um teclado específico <strong>para</strong> identificação de senhas de<br />
usuários; dentre as suas vantagens, destaca-se a redução de índices de<br />
inadimplência de consumidores, em função da transferência on-line de<br />
recursos <strong>para</strong> a conta da empresa, após consulta sobre o limite de crédito do<br />
cliente.<br />
VII.5.4. Serviços<br />
Compreendem assistência técnica, treinamento e consultoria, além de<br />
sistemas de informática que visam à automação de procedimentos administrativos,<br />
comerciais, fiscais ou financeiros, isto é, processos de caráter operacional ou não,<br />
em empresas comerciais, sendo exemplos típicos os postos de gasolina, os<br />
supermercados, as lojas de conveniência entre outros.<br />
351
ANEXO I <strong>–</strong> Relação das Empresas integrantes do FEET - Fórum de<br />
Empresários Exportadores de Tecnologia<br />
Quadro 31: Empresas Integrantes do FEET.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
No Empresa Linha de Produtos Área Estado<br />
Chave estática<br />
Diodos retificadores<br />
1<br />
Aegis Semicondutores <br />
Ltda.<br />
<br />
Dissipadores de calor<br />
Acessórios p/semicondutor de Potência<br />
Ponte retificadora<br />
Diodos e Tiristores<br />
Controlador lógico/programável (CLP)<br />
Controladores e Conversores, Inversores de Frequência <strong>para</strong><br />
Motores,<br />
Contador<br />
Conversor serial p/tcp/ip ethernet<br />
Integrador sistema-automação predial e segurança<br />
Interface de comunicação p/clp via tcp/ip<br />
2<br />
Altus Sistemas de<br />
Informática S.A.<br />
<br />
<br />
<br />
Interface homem/máquina<br />
Isolador eletrônico de sinal<br />
Modulo didático p/clp<br />
Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão<br />
Painel/cabine/cubículo p/sistema energia media tensão<br />
Repetidores, geradores e equipamentos de rede<br />
Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados<br />
Softwares <strong>para</strong> automação<br />
Terminal de aquisição de dados<br />
Unidade terminal remota<br />
<strong>Automação</strong> de usina elétrica<br />
Controlador de fator de potencia/banco de capacitores<br />
Controlador lógico/programável (CLP)<br />
3<br />
<br />
BCM Engenharia Ltda.<br />
<br />
Controlador/registrador de demanda<br />
Modulo didático p/CLP<br />
Sistema de controle p/subestações transmissão/distribuição<br />
de energia<br />
Unidade terminal remota<br />
Balanças<br />
Coletor de dados portátil/fixo<br />
Gaveta de dinheiro p/equipamento de automação comercial<br />
Impressora de cheques<br />
Impressora fiscal<br />
Impressora matricial<br />
4<br />
<br />
Bematech Ind. Com.<br />
<br />
Equip. Eletrônicos S/A<br />
<br />
Impressora p/ código de barras<br />
Impressora térmica<br />
Impressoras diversas<br />
Interface display<br />
Leitora de código de barras/CMC-7<br />
Leitora óptica p/aplicações diversas<br />
Mecanismo p/impressora<br />
Micro terminal<br />
Modem<br />
Isolador de porcelana p/distribuição<br />
Isolador de porcelana p/subestação<br />
5<br />
Cerâmica Santa<br />
Terezinha S/A<br />
<br />
<br />
Isolador de porcelana p/transmissão<br />
Isolador de porcelana-bucha p/passagem/transformador<br />
Isolador de vidro p/distribuição<br />
Isolador de vidro p/transmissão<br />
AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />
AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />
AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />
AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />
352<br />
Componentes<br />
(AI)<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI, AP)<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI)<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AC, AB)<br />
GTD<br />
(AI)<br />
SP<br />
RS<br />
RS<br />
PR<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />
6<br />
Coel Controles<br />
Elétricos Ltda.<br />
Contador<br />
Controlador de nível<br />
Controlador de temperatura<br />
Relé de proteção p/operador de máquina<br />
Relé de tempo<br />
Relé p/comando e controle de máquinas<br />
Relé térmico<br />
Relés p/diversas aplicações<br />
Sensor de proximidade indutivo<br />
Sensor de proximidade infravermelho (fotoelétrico)<br />
Temporizador<br />
Timer programável<br />
Totalizador Horário<br />
Atuador elétrico<br />
7<br />
<br />
Coester <strong>Automação</strong><br />
<br />
S.A.<br />
Conversor de protocolo p/rede industrial (gateway)<br />
Equipamentos e acessórios p/ redes industriais<br />
Integrador sistema-industrial<br />
Redutor p/atuador elétrico<br />
Analisador de bateria<br />
Conversor de frequência p/ informática<br />
Estabilizador de tensão<br />
Inversor cc/ca<br />
8 CP <strong>Eletrônica</strong> S/A No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de<br />
energia<br />
Retificador industrial-corrente/proteção<br />
catódica/espec<br />
Unidade retificadora-ca/cc<br />
Botoeira p/controlador de tráfego<br />
Coletor de dados portátil/fixo<br />
Controlador de acesso em terminais por<br />
fichas/bilhetes<br />
Controlador de semáforos/central de controle de<br />
tráfego<br />
Controlador entrada passageiros por leitor magnético<br />
Controlador entrada passageiros-leitor cartão<br />
s/contato<br />
Controle estatístico da produção<br />
9 Digicon S/A Detector de veículos p/controle de tráfego (sensor)<br />
Equipamento p/contagem e seleção de cédulas<br />
Indicador/contador digital p/máquina operatriz<br />
Integrador sistema-bilhetagem eletrônica <strong>para</strong><br />
/transporte público<br />
Integrador sistema-controle de tráfego de veículos<br />
Parquímetro e sistema de gerenciamento<br />
Sistema de medição e controle de espessura p/filmes<br />
Sistema p/supervisão de máquinas injetoras<br />
Transdutor linear p/automatização de máquina<br />
operatriz<br />
Central privada comutação telefônica ip-pabx<br />
Central privada comutação telefônica -key system<br />
Digistar<br />
Central privada comutação telefônica -micro pabx<br />
10 Telecomunicações Central privada comutação telefônica -pabx<br />
S/A<br />
Conversor de protocolo voz sobre ip - gateway voip<br />
Porteiro eletrônico<br />
Telefone digital p/pabx<br />
AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />
AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />
AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />
AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />
353<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI, AP)<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI)<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI)<br />
<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI, AP)<br />
Telecomunicaç<br />
ão<br />
(AI, AP)<br />
SP<br />
RS<br />
RS<br />
RS<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />
11<br />
12<br />
13<br />
14<br />
15<br />
Conversor de interface<br />
Conversor de protocolo voz sobre ip - gateway voip<br />
Modem<br />
Modem hdsl<br />
Modem óptico pdh/sdh<br />
Digitel S/A Indústria Modem shdsl<br />
<strong>Eletrônica</strong> Multiplex óptico<br />
Multiplexador e1<br />
Plataforma de acesso multisserviços p/redes tdm<br />
Radio digital<br />
Radio modem<br />
Roteador<br />
Computador industrial<br />
Conversor de protocolo e1-r2<br />
Conversor de Sinais Eletro-Ótico<br />
Fonte de alimentação p/equipamentos de automação<br />
Gateways p/protocolos do setor elétrico<br />
Gerador de Base de Tempo <strong>para</strong> sincronismo de<br />
equipamentos via GPS<br />
Oscilógrafo digital-registrador digital de perturbação<br />
Plataforma de correio eletrônico-voz/fax/dados<br />
Sistema de áudio conferencia<br />
Ecil Informática Sistema de controle p/subestações transm/distr<br />
Indústria e Com Ltda energia<br />
Sistema de gerenciamento de energia elétrica<br />
Sistema de medição de energia centralizado<br />
Sistema de qualidade na distribuição de energia<br />
Sistema digital p/gravação de mensagens<br />
Sistema medição de fronteira p/energia elétrica<br />
Sistema web de telemetria<br />
Terminal linux p/call center<br />
Terminal Server Industrial<br />
Unidade de resposta audível (ura)<br />
Unidade terminal remota<br />
Estação de calibração de medidores de energia<br />
Medidor de demanda de energia<br />
Medidor de energia elétrica monofásico eletrônico<br />
Elo Sistemas<br />
Eletrônicos S/A<br />
<br />
<br />
Medidor de energia elétrica polifásico eletrônico<br />
Registrador microprocessado p/supervisão de<br />
energia<br />
Sistema de gerenciamento de energia elétrica<br />
Sistema medição de fronteira p/energia elétrica<br />
Tarifador de energia diferenciada<br />
Engetron Eng. Eletr. No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de<br />
Indústria e Com Ltda energia<br />
Medidor de energia elétrica monofásico<br />
FAE Ferragens e<br />
<br />
Aparelhos Elétricos<br />
<br />
S/A<br />
<br />
eletromecânico<br />
Medidor de energia elétrica monofásico eletrônico<br />
Medidor de energia elétrica polifásico eletromecânico<br />
Medidor de energia elétrica polifásico eletrônico<br />
Medidor do consumo de água <strong>–</strong> hidrômetro<br />
AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />
AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />
AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />
AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />
354<br />
Telecomunicaç<br />
ão (AI, AP, AC)<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI, AP)<br />
GTD<br />
(AI)<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI)<br />
GTD<br />
(AI, AP)<br />
RS<br />
SP<br />
RS<br />
MG<br />
CE
No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />
16<br />
17<br />
Force Line Ind. Com.<br />
Comp. Eletrônicos<br />
Ltda.<br />
Intelbras S/A Ind.<br />
Telecom. <strong>Eletrônica</strong><br />
Brasileira<br />
18 Itautec S/A<br />
19<br />
Leucotron<br />
Equipamentos Ltda.<br />
AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />
AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />
AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />
AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />
Autotransformador p/eletroeletrônicos domésticos<br />
Carregador de bateria p/equipamento portátil<br />
Cerca elétrica<br />
Conversor estático/fonte alimentação p/tel celular<br />
Cordão prolongador/extensão elétrica<br />
Estabilizador de tensão<br />
Filtro de linha p/proteção de equipamentos<br />
Fonte de alimentação p/eliminação de pilhas/bateria<br />
Intercomunicador<br />
No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia<br />
Reator eletrônico p/ lâmpada fluorescente<br />
Transformador com laminas de aço silício-bt, com núcleo de<br />
ferrite, p/ lâmpada halogena dicróica<br />
Central portaria<br />
Central privada comutação telefônica-micro pabx<br />
Central privada comutação telefônica-pabx<br />
Equipamento p/atendimento automático em pabx<br />
No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia<br />
Tarifador p/central/pabx/telex/telefone público<br />
Telefone com identificador de chamada<br />
Telefone de assinante<br />
Telefone sem fio<br />
Computador de médio porte<br />
Computador de pequeno porte<br />
Computador portátil<br />
Impressora fiscal<br />
Integrador sistema-automação bancária<br />
Integrador sistema-automação comercial<br />
Modulo de memória<br />
Microcomputador <strong>para</strong> automação bancária<br />
Microcomputador <strong>para</strong> automação comercial<br />
Placa mãe p/computador (motherboard)<br />
Servidor<br />
Sistema p/atendimento ao público-terminal/painel senhas<br />
Software p/automação bancária<br />
Software p/automação comercial<br />
Teclado p/ automação comercial<br />
Terminal de auto serviço bancário-saque/depósito/extr/.<br />
Terminal de auto atendimento p/ checkout<br />
Terminal de caixa automático<br />
Terminal de caixa bancário<br />
Terminal de consulta<br />
Terminal de consulta multimídia-totem ou quiosque<br />
Terminal de pagamento de contas<br />
Terminal de ponto de venda<br />
Terminal de transferência eletrônica de fundos<br />
Terminal dispensador de cédulas<br />
Terminal dispensador de talão/folha de cheque<br />
Unidade de resposta audível (ura)<br />
Adaptador de telefone analógico p/rede ip (ata)<br />
Central de atendimento-call center<br />
Central privada comutação telefônica IP-PABX<br />
Central privada comutação telefônica key system,<br />
micro PABX, pabx,sistema hibrido<br />
Dispositivo p/ligação telefônica via computador<br />
Interface celular p/PABX<br />
Software aplicativo p/PABX<br />
Telefone de assinante<br />
Telefone IP<br />
355<br />
Informática<br />
(AI, AP)<br />
Telecomunicação<br />
(AP, AC)<br />
Informática<br />
(AB, AC)<br />
Telecomunicação<br />
(AP, AC)<br />
SP<br />
SC<br />
SP<br />
MG
No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />
20<br />
21<br />
22<br />
Microsol Tecnologia<br />
S/A<br />
Nansen S/A<br />
Instrumentos de<br />
Precisão<br />
Novus Produtos<br />
Eletrônicos Ltda.<br />
AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />
AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />
AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />
AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />
Estabilizador de tensão<br />
Iluminação de emergência<br />
No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de<br />
energia<br />
Conjunto de medição energia elétrica p/uso externo<br />
Instrumento p/aferição/calibração medidores de<br />
energia<br />
Medidor de energia elétrica monofásico<br />
eletromecânico<br />
Medidor de energia elétrica monofásico eletrônico<br />
Medidor de energia elétrica polifásico eletromecânico<br />
Medidor de energia elétrica polifásico eletrônico<br />
Medidor eletrônico de energia multifunção e multitarifa<br />
Mesa p/aferição de medidor de energia em laboratório<br />
Registrador microprocessado p/supervisão de energia<br />
Sistema de aferição automática de medidores de<br />
energia<br />
Sistema de medição de energia centralizado<br />
Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados<br />
Sistema de telemedição de consumo de energia<br />
Software p/analise/comunicação/leitura medidor<br />
energia<br />
Unidade terminal remota<br />
Amperímetro/miliampermetro digital p/painel<br />
Chave estática p/chaveamento de potencia<br />
Contador<br />
Controlador de temperatura<br />
Controlador digital single-loop<br />
Controlador eletrônico diversos<br />
Indicador de sinal digital<br />
Medidor de umidade relativa do ar<br />
Modulo de potencia tiristorizado<br />
Registrador gráfico p/uso laboratorial<br />
Relé de estado solido<br />
Sistema de aquisição de dados (data logger)<br />
Software supervisão p/processo industrial pequeno<br />
porte<br />
Temporizador<br />
Termoelemento<br />
Termômetro digital<br />
Termômetro portátil digital<br />
Termopar<br />
Termo-resistência<br />
Termostato digital<br />
Termostato industrial<br />
Transmissor de temperatura e umidade relativa<br />
Transmissor eletrônico de temperatura<br />
Voltímetro/milivoltímetro digital p/painel<br />
356<br />
Informática<br />
(AI, AP)<br />
GTD<br />
(AP, AI)<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI)<br />
CE<br />
MG<br />
RS
No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />
23<br />
24<br />
<br />
25<br />
26<br />
Orteng Equipamentos<br />
e Sistemas Ltda.<br />
Parks S/A<br />
Comunicações Digitais<br />
Positivo Informática<br />
Ltda.<br />
Romagnole Produtos<br />
Elétricos Ltda.<br />
AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />
AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />
AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />
AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />
Carregador de bateria industrial<br />
Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />
Conjunto de medição energia elétrica p/uso externo<br />
Fonte de alimentação p/equipamentos telecomunicações<br />
Grupo motor gerador<br />
Integrador sistema: automação industrial, linha de<br />
transmissão, energia, usina hidroelétrica, usina termoelétrica<br />
Painel de controle/força p/grupo motor gerador<br />
Painel elétrico de proteção/comando/distribuição<br />
Painel/cabine/cubículo p/sistema energia: alta, baixa, média<br />
tensão<br />
Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento indl<br />
Retificador industrial-corrente/proteção<br />
catódica/espec<br />
Sistema de automação de rede de distribuição de energia<br />
Sistema de gerenciamento de energia elétrica<br />
Sistema digital de automação industrial<br />
Subestação: blindada, compacta, móvel, retificadora<br />
Subestação-projeto/instalação em mt/at<br />
Subestações<br />
Transformador de corrente<br />
Transformador de corrente industrial<br />
Transformador de potencial industrial<br />
Transformador de potencial indutivo<br />
Unidade supervisora de corrente alternada industrial<br />
Unidade terminal remota<br />
Concentrador de acesso ethernet<br />
Conversor de interface<br />
Conversor de sinais<br />
Dispositivo de acesso ethernet<br />
Modem<br />
Modem adsl<br />
Modem shdsl<br />
Multiplexador sdh<br />
Radio digital ponto a ponto-wimax<br />
Radio digital ponto multiponto<br />
Radio digital-wimax-estação base/assinante<br />
Roteador<br />
Roteador sem fio<br />
Sistema de gerenciamento de modem<br />
Computador de médio porte<br />
Computador de pequeno porte<br />
Computador portátil<br />
Mesa educacional informatizada- vários módulos didáticos<br />
Servidor<br />
Software educacional<br />
Software p/gerenciamento de rede de computadores<br />
Ferragens diversas p/linha transmissão/distribuição<br />
Fio esmaltado/nu<br />
Transformador/autotransformador de distribuição<br />
357<br />
GTD<br />
(AI)<br />
Telecomunicaç<br />
ão (AI)<br />
Informática<br />
(AI)<br />
GTD<br />
(AI)<br />
MG<br />
RS<br />
PR<br />
PR
No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />
27 Sense <strong>Eletrônica</strong> Ltda.<br />
28<br />
29<br />
30<br />
31<br />
Sensores Eletrônicos<br />
Instrutech Ltda.<br />
Setha Indústria<br />
<strong>Eletrônica</strong> Ltda.<br />
SMS Tecnologia<br />
<strong>Eletrônica</strong> Ltda<br />
Sweda Informática<br />
Ltda.<br />
AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />
AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />
AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />
AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />
Barreiras de Segurança Intrínseca<br />
Conector <strong>para</strong> Sensor de Proximidade<br />
Conversores/Condicionadores/Amplificadores de Sinais<br />
Cortinas de Luz/Barreiras Fotoelétricas<br />
Derivadores <strong>para</strong> Redes Industriais<br />
Distribuidor de Sinais Discretos e <strong>para</strong> Redes Industriais<br />
Fontes de Alimentação<br />
Interface <strong>para</strong> Redes Industriais (I/O)<br />
Isoladores Galvânicos de Sinais<br />
Isoladores Ópticos de Sinais<br />
Monitor/Sinalizador de Válvulas<br />
Sensor de Proximidade à Prova de Explosão (Exd)<br />
Sensor de Proximidade Capacitivo<br />
Sensor de Proximidade Efeito Hall<br />
Sensor de Proximidade Fotoelétrico (Infravermelho e Laser)<br />
Sensor de Proximidade Indutivo<br />
Sensor de Proximidade Magnético<br />
Sensor de Proximidade <strong>para</strong> Segurança Aumentada (Exe)<br />
Sensor de Proximidade <strong>para</strong> Segurança Intrínseca (Exi)<br />
Sensor de Proximidade Ultrasônico<br />
Supervisor de Rotação<br />
Válvula Solenóide<br />
Barreira óptica p/proteção em máquina operatriz<br />
Comando bi-manual eletrônico p/prensa<br />
Controle de simultaneidade p/acionamento de máquina<br />
Cortina de luz<br />
Sensor de proximidade capacitivo, indutivo, infravermelho<br />
(fotoelétrico), magnético<br />
Alto falante a prova de explosão<br />
Circuito fechado de televisão-cftv<br />
Intercomunicador<br />
Materiais elétricos diversos a prova de explosão<br />
Sinalizador acústico e visual a prova de explosão<br />
Sistema de chamada em alta voz-alarme e conversação<br />
Sistema de onda portadora-carrier p/ferrovia/metro/proc<br />
Sistema telefônico de emergência<br />
Telefone a prova de explosão<br />
Condicionador de energia p/equipamentos de áudio/vídeo<br />
Estabilizador de tensão<br />
Filtro de linha p/proteção de equipamentos<br />
Modulo de baterias<br />
No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia<br />
Software p/gerenciamento remoto de energia<br />
Variador de luminosidade-dimmer<br />
Caixa registradora eletrônica<br />
Computador compacto p/automação comercial<br />
Impressora de: cheques, fiscal, p/autenticação de<br />
documentos, térmica<br />
Leitora de código de barras/cmc-7<br />
Leitora óptica com balança eletrônica<br />
Microterminal de automação comercial<br />
Pistola laser p/leitura de código de barras<br />
Terminal de ponto de venda<br />
Terminal touchscreen p/automação comercial<br />
358<br />
<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI)<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI)<br />
Equipamentos<br />
Industriais<br />
(AI)<br />
Informática<br />
(AI, AP)<br />
Informática<br />
(AC)<br />
SP<br />
SP<br />
RJ<br />
SP<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />
32<br />
33<br />
34<br />
Tecsys do Brasil<br />
Industrial Ltda.<br />
Teikon Tecnologia<br />
Industrial S/A<br />
Trafo Equipamentos<br />
Elétricos S/A<br />
AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />
AP: <strong>Automação</strong> Predial<br />
AC: <strong>Automação</strong> Comercial<br />
AB: <strong>Automação</strong> Bancária<br />
Amplificador de potencia p/head-end catv<br />
Codificador-encoder mpeg-2/dvb<br />
Combinador p/tv por assinatura<br />
Conversor de fi p/frequência de banda l - up-converter<br />
Conversor uhf/vhf<br />
Demodulador p/tv por assinatura<br />
Modulador adjacente com filtro saw<br />
Modulador digital: qam p/sistema tv a cabo, qpsksistema<br />
transmissão via satélite, p/tv por assinatura<br />
Multiplexador digital<br />
Receptor de satélite: analógico, digital<br />
Receptor de tv via satélite, digital com decodificador,<br />
digital<br />
Sistema de acesso condicional p/tv-<br />
satélite/cabo/mmds<br />
Montagem de placa circuito impresso-componente<br />
convenc<br />
Montagem de placa circuito impresso-componente<br />
smd<br />
Serviço de montagem/teste de produto eletrônico<br />
Chave a óleo<br />
Controlador de energia-corte e religamento automático<br />
Detector do desvio de energia<br />
Disjuntor a gás sf6<br />
Reatores diversos p/sistemas elétricos de potencia<br />
Regulador de tensão p/sistemas de potencia<br />
Serviço de reforma em transformador<br />
Subestação compacta, móvel<br />
Transformador de aterramento, p/forno<br />
Transformador/autotransformador de distribuição, de<br />
força, indl a seco/resina,<br />
indl especiais<br />
359<br />
Telecomunica<br />
ção (AP, AC)<br />
Informática<br />
(AI)<br />
GTD<br />
(AI)<br />
SP<br />
RS<br />
RS
No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado<br />
35 WEG S/A<br />
AI: <strong>Automação</strong> Industrial<br />
Acionamentos de Corrente Alternada<br />
Acionamentos de Corrente Contínua<br />
Acionamentos de Servomotores<br />
<strong>Automação</strong> de Sistemas de Geração de Energia<br />
<strong>Automação</strong> de Usinas de Açúcar e Álcool<br />
Bornes e Réguas de Bornes<br />
Botoeiras e Sinalizadores<br />
Capacitores de Correção de Fator de Potência<br />
Centros de Controle de Motores (CCM)<br />
Convencionais<br />
Centros de Controle de Motores (CCM) Inteligentes<br />
Chaves de Partida Compensadora<br />
Chaves de Partida Direta<br />
Chaves de Partida Estrela-Triângulo<br />
Chaves de Partida Soft-Starters<br />
Chaves Seccionadoras<br />
Componentes <strong>para</strong> Comando, Controle, Proteção e<br />
Sinalização<br />
Contatores de Comando e de Força<br />
Controladores Lógicos Programáveis<br />
Conversores de Corrente Contínua<br />
Conversores de Frequência<br />
Conversores de Frequência com PLC<br />
Disjuntores Termomagnéticos<br />
Disjuntores em Caixa Moldada<br />
Disjuntores-motor<br />
Fusíveis tipo D<br />
Fusíveis tipo NH<br />
Geradores<br />
Interfaces Homem Máquina<br />
Inversores de Frequência<br />
Inversores de Frequência com PLC<br />
Motores de Corrente Continua<br />
Motores de Corrente Alternada<br />
Painéis de Comando e Controle em Baixa e Média<br />
Tensão<br />
Quadros de Distribuição Elétrica<br />
Relés de Nível<br />
Relés de Sobrecarga<br />
Relés Inteligentes<br />
Relés Programáveis<br />
Relés Temporizadores<br />
Servoconversores<br />
Servomotores<br />
Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Máquinas<br />
Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Processos<br />
Sistemas de Controle <strong>para</strong> Subestações de Energia<br />
Sistemas de Supervisão e Controle de Processos<br />
Industriais<br />
Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)<br />
Sistemas de Posicionamento<br />
Sistemas Elétricos e Eletrônicos Industriais<br />
Sistemas Supervisórios<br />
Soft-Starters<br />
Transformadores de Comando<br />
Transformadores de Força<br />
360<br />
Equipamentos<br />
Industriais<br />
(AI)<br />
SC
ANEXO II <strong>–</strong> Análise Econômica do Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong><br />
NCM<br />
DESCRIÇÃO<br />
ANEXO I<br />
BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (1)<br />
(Detalhamento dos produtos - Ano de 2005)<br />
US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />
ALARMES 4.484 12.371 52% 8%<br />
8531.10.10 ALARMES CONTRA INCENDIO OU SOBREAQUECIMENTO 123 497 3.362 119.802 24% 12%<br />
8531.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE ALARME,P/PROTECAO CONTRA ROUBO 4.197 319.174 7.749 2.113.879 60% 3%<br />
8543.81.00 CARTOES E ETIQUETAS DE ACIONAM.POR APROXIM. 164 1.124.479 1.259 8.569.648 -27% 36%<br />
APARELHOS ELETROMÉDICOS 5.973 89.509 15% 28%<br />
8421.29.11 HEMODIALISADOR TIPO CAPILAR 0 8 9.200 1.166.562 -98% 5%<br />
9018.90.21 BISTURI ELÉTRICO 859 814 1.148 172.469 86% -34%<br />
9018.90.29 OUTROS 18 1.465 1.751 32.530.283 1050% -18%<br />
9022.12.00 APARELS.DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 213 1 31.452 141 nihil 74%<br />
9022.13.11 APARS.DE RAIOS X,DE DIAGNOST.DE TOMADA MAXILAR PANORAM. 93 104 1.893 139 -21% 22%<br />
9022.13.19 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.DE ODONTOLOGIA 3.790 6.181 43 2.557 -2% 639%<br />
9022.13.90 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/ODONTOLOGIA 315 425 0 0 64% -100%<br />
9022.14.11 OUTROS APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/MAMOGRAFIA 31 1 3.357 93 nihil 67%<br />
9022.14.12 APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/ANGIOGRAFIA 0 0 10.214 51 nihil 34%<br />
9022.14.13 APARS.COMPUTADORIZ.DE DIAGNOSTICO,P/DENSITOMETRIA OSSEA 0 0 2.227 84 nihil 78%<br />
9022.14.19 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.MEDICO,CIRURGICO,ETC. 491 49 2.275 63 121% -26%<br />
9022.14.90 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/USO MEDICO,CIRURGICO,VETERINAR. 33 99 6.143 96 -52% 30%<br />
9022.19.10 ESPECTROMETROS/ESPECTROGRAFOS DE RAIOS X 0 0 3.961 75 -100% -6%<br />
9022.19.90 OUTROS APARELS.DE RAIOS X, P/OUTROS USOS 0 0 0 0 -100% -100%<br />
9022.21.10 APAREL.DE RADIOCOBALTO 0 0 0 0 nihil -100%<br />
9022.21.20 APARELHO DE GAMATERAPIA 0 0 0 0 nihil nihil<br />
9022.21.90 OUTS.APARS.DE RADIACAO ALFA,BETA,GAMA,P/USO MEDICO,ETC. 18 216 11.681 689 nihil 41%<br />
9022.29.00 APARELS.Q.UTILIZEM RADIACOES ALFA/BETA/GAMA P/OUTRO USO 0 0 0 0 nihil nihil<br />
9022.90.11 GERADORES DE TENSAO,P/APARS.DE RAIOS X/OUTS.RADIACOES 56 11 134 6 -7% -19%<br />
9022.90.19 OUTROS APARS.GERADORES DE RAIOS X 0 0 445 14.917 -100% -9%<br />
9022.90.80 OUTROS DISPOSITIVOS GERADORES DE RAIOS X 39 29 2.798 5.439 -75% 16%<br />
9025.11.10 TERMOMETROS CLINICOS DE LEITURA DIRETA 18 35.403 786 3.653.698 98% -35%<br />
APARELHOS PARA SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÁFEGO 3.525 1.731 126% -43%<br />
8530.10.10 APARS.ELETR.DIGIT.P/CONTROLE DE TRAFEGO DE VIAS FERREAS 9 8 65 1.444 1749% -49%<br />
8530.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE SINALIZACAO,ETC.P/VIAS FERREAS 3.115 384 600 4.093 121% -74%<br />
8530.80.10 OUTROS APARELS.DIGITAIS P/CONTROLE DE TRAFEGO DE CARROS 158 153 203 5.458 66% -19%<br />
8530.80.90 OUTS.APARS.ELETR.SINALIZACAO,ETC.P/VIAS TERRESTRES,ETC. 243 6.356 864 17.036 328% 153%<br />
COMANDO NUMÉRICO 5.907 29.877 36% 7%<br />
8472.90.90 OUTROS MAQS.E APARS.DE ESCRITORIO,BANCARIO,ETC. 1.750 4.839 1.048 65.661 -21% 190%<br />
8537.10.11 QUADROS C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T=32BITS 188 0 17.236 0 132% -12%<br />
8537.10.19 OUTS.QUADROS,PAINEIS,ETC.C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T
NCM DESCRIÇÃO<br />
ANEXO I<br />
BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (2)<br />
(Detalhamento dos produtos - Ano de 2005)<br />
US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />
9027.20.20 APARELHOS DE ELETROFORESE 0 0 0 0 nihil nihil<br />
9027.30.11 ESPECTROMETROS DE EMISSAO OPTICA 0 0 4.249 132 -100% 21%<br />
9027.30.19 OUTROS ESPECTROMETROS 85 41 5.882 549 43% 23%<br />
9027.30.20 ESPECTROFOTOMETROS 142 22 8.578 1.782 152% 13%<br />
9027.40.00 INDICADORES DE TEMPO DE EXPOSICAO 13 9 37 674 nihil -75%<br />
9027.50.10 COLORIMETROS 2 42 7.615 4.231 -15% 71%<br />
9027.50.20 FOTOMETROS 187 15.488 14.446 168.287 181% 11%<br />
9027.50.30 REFRATOMETROS 6 10 1.130 4.693 2108% 82%<br />
9027.50.40 SACARIMETROS 0 28 73 13 -81% -24%<br />
9027.50.90 OUTROS INSTRUMENT.E APARELS.P/ANALISES FISICAS 141 36 11.140 6.261 2458% 13%<br />
9027.80.11 CALORIMETROS 160 70 1.625 139 560% 70%<br />
9027.80.12 VISCOSIMETROS 5 15 2.028 765 -77% 20%<br />
9027.80.13 DENSITOMETROS 0 2 334 375 nihil -40%<br />
9027.80.14 APARS.MEDIDORES DE PH 51 712 1.622 12.260 33% 48%<br />
9027.80.20 ESPECTROMETROS DE MASSA 0 1 10.107 660 -100% 149%<br />
9027.80.30 POLAROGRAFOS 0 0 196 258 nihil -8%<br />
9027.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/ANALISE/ENSAIO/MEDIDA,ETC. 348 215.122 60.813 254.148 -66% 35%<br />
9027.90.10 MICROTOMOS 0 0 927 215 -100% 49%<br />
9028.10.11 DOS TIPOS UTILIZADOS EM POSTOS (ESTAÇÕES) DE SER. OU GARAG. 58 4 1.196 182 317% -14%<br />
9028.10.19 OUTROS 42 131 1.248 9.855 317% -12%<br />
9028.10.90 OUTROS CONTADORES DE GASES 224 22 4.035 100.669 2109% 30%<br />
9028.20.10 CONTADORES DE LIQUIDOS,PESO50KG 8.948 1.895 3.592 341 7% 240%<br />
9029.20.20 ESTROBOSCOPIOS 6 28 183 13.281 85% -11%<br />
9030.10.10 MEDIDORES DE RADIOATIVIDADE 15 115 862 7.575 -77% -6%<br />
9030.10.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA RADIACOES IONIZANTES 2 34 2.236 1.185 -89% 132%<br />
9030.20.10 OSCILOSCOPIOS DIGITAIS 10 21 2.239 1.451 -15% 44%<br />
9030.20.21 OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS DE FREQUENCIA > = 60 MHZ 0 0 119 260 -100% 22%<br />
9030.20.22 VETORSCOPIOS 0 0 93 11 nihil 112%<br />
9030.20.29 OUTROS OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS 2 8 184 1.352 nihil -42%<br />
9030.20.30 OSCILOGRAFOS 0 0 570 78 nihil -39%<br />
9030.31.00 MULTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 49 370 3.145 548.407 -50% 3%<br />
9030.39.11 VOLTIMETROS DIGITAIS,SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 39 593 185 134.256 159% 26%<br />
9030.39.19 OUTROS VOLTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 321 5.080 543 322.006 100% -26%<br />
9030.39.21 AMPERIMETROS SEM DISPOSIT.REGISTRADOR,P/VEIC.AUTOMOVEIS 412 1.297 45 12.028 31% 130%<br />
9030.39.29 OUTROS AMPERIMETROS S/DISPOSITIVO REGISTRADOR 39 1.435 980 156.165 65% 42%<br />
9030.39.90 OUTS.APARS.E INSTRUM.P/MEDIDA/CONTROLE TENSAO,ETC. 1.515 7.794 10.188 1.148.396 -10% 41%<br />
9030.40.10 ANALISADORES DE PROTOCOLO 0 0 2.371 115 nihil -58%<br />
9030.40.20 ANALISADORES DE NIVEL SELETIVO 0 0 299 29 nihil 72%<br />
9030.40.30 ANALISADORES DIGITAIS DE TRANSMISSAO 185 188 2.164 994 -26% 67%<br />
9030.40.90 OUTROS INSTRUMENTOS E APARS.P/TELECOMUNICACAO 204 79 25.327 8.720 -6% -35%<br />
9030.82.10 INSTRUMENTOS E APARS.P/TESTES DE CIRCUITOS INTEGRADOS 15 117 148 157 -95% 663%<br />
9030.82.90 UTROS INSTRUMENTOS E APARELS.P/MEDIDA/CONTROLE D.DISCO 0 0 60 72 -100% 44%<br />
9030.83.10 OUTROS,DE TESTE DE CONTINUIDADE DE CIRCUITOS IMPRESSOS 0 0 141 15 -100% 213%<br />
9030.83.20 OUTROS,DE TESTE AUTOMATICO DE CIRCUITO IMPRESSO MONTADO 0 0 1.063 2.648 -100% -32%<br />
9030.83.30 OUTROS,DE MEDIDAS DE PARAMETROS DE SINAIS DE TV./VIDEO 0 0 871 1.442 nihil 121%<br />
9030.83.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.C/DISP.REG 639 65 13.090 33.520 -48% -33%<br />
9030.89.10 ANALISADORES LOGICOS DE CIRCUITOS DIGITAIS 0 1 220 3.058 -70% 84%<br />
9030.89.20 ANALISADORES DE ESPECTRO DE FREQUENCIA 13 16 4.398 1.003 111% 11%<br />
9030.89.30 FREQUENCIMETROS 4 74 362 19.165 4% 20%<br />
Fonte: MDIC / SECEX<br />
362<br />
EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES VAR. % EM US$ - 05 / 04
NCM DESCRIÇÃO<br />
US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />
9030.89.40 FASIMETROS 1 8 22 1.762 838% -5%<br />
9030.89.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.ETC. 877 94.965 15.021 503.604 -10% 37%<br />
9031.10.00 MAQS.DE EQUILIBRAR PECAS MECANICAS 406 220 6.395 377 8% 86%<br />
9031.30.00 PROJETORES DE PERFIS 55 28 834 1.360 -48% 16%<br />
9031.41.00 INSTRUMENTOS E APARS.OPTICOS,P/CONTROLE DE DISCOS,ETC. 0 0 84 10 -100% -82%<br />
9031.80.11 DINAMOMETROS 70 71 1.077 1.472 -33% -42%<br />
9031.80.12 RUGOSIMETROS 0 0 1.286 469 nihil 10%<br />
9031.80.20 MAQS.P/MEDICAO TRIDIMENSIONAL 2.227 211 7.779 266 60% 24%<br />
9031.80.30 METROS PADROES 403 174 135 7.996 -9% -88%<br />
9031.80.50 APARELS.P/ANALISE DE TEXTEIS, COMPUTADORIZADOS 1 5 1.620 270 -99% 40%<br />
9031.80.60 CELULAS DE CARGA 109 657 5.105 70.953 88% -4%<br />
9031.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS,APARS.E MAQS.DE MEDIDA/CONTROLE 82 10.539 3.155 1.516 -99% -97%<br />
9032.89.30 EQUIPAMENTO DIGITAL AUTOMAT.P/CONTROLE DE VEIC.FERROV. 1.546 11 1.548 187 4813% -17%<br />
9032.89.81 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE PRESSAO 383 7.637 6.010 486.861 102% -21%<br />
9032.89.82 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE TEMPERATURA 3.966 246.511 13.293 1.045.112 74% 4%<br />
9032.89.83 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE UMIDADE 173 2.537 1.010 11.669 95% 62%<br />
9032.89.84 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE VELOCID.MOTORES 8.085 257.624 2.984 434.216 20% 21%<br />
9032.89.89 OUTS.INSTRUM.E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE GRANDEZ.N/ELETR 1.412 6.740 14.670 467.616 -24% -24%<br />
9032.89.90 OUTS.INSTRUMS.E APARS.AUTOMAT.P/REGULACAO/CONTROLE 8.253 43.847 126.387 1.501.292 17% -11%<br />
9107.00.10 INTERRUPTORES HORARIOS 483 197.624 1.518 835.388 30% 29%<br />
9107.00.90 OUTS.APARS.P/ACIONAR MECANIS. EM TEMPO DETERMINADO,ETC 20 4.045 333 974.942 -17% -28%<br />
OUTROS EQUIPAMENTOS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 35.346 102.762 70% 11%<br />
8421.19.10 CENTRIFUGADOR P/LABORAT.DE ANALISE,ENSAIO,PESQ.CIENTIF 174 321 1.755 2.408 88% -20%<br />
8423.20.00 BASCULAS DE PESAGEM CONTINUA EM TRANSPORTADORES 535 65 1.897 169 104% 42%<br />
8423.30.11 BASCULAS DOSADORAS C/APARS.PERIFERICOS C/UNID.FUNCIONAL 301 19 1.452 529 162% 52%<br />
8423.81.10 APARS.E INSTRUM.PESAGEM,DE MESA,C
NCM DESCRIÇÃO<br />
ANEXO I<br />
BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (1)<br />
(Detalhamento dos produtos - Ano de 2006)<br />
US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />
ALARMES 4.710 11.960 5% -3%<br />
8531.10.10 ALARMES CONTRA INCENDIO OU SOBREAQUECIMENTO 701 189 3.450 166.768 472% 3%<br />
8531.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE ALARME,P/PROTECAO CONTRA ROUBO 3.629 242.448 6.782 1.919.329 -14% -12%<br />
8543.81.00 CARTOES E ETIQUETAS DE ACIONAM.POR APROXIM. 380 783.884 1.727 27.214.937 132% 37%<br />
APARELHOS ELETROMÉDICOS 7.516 119.111 26% 33%<br />
8421.29.11 HEMODIALISADOR TIPO CAPILAR 0 0 12.171 1.482.602 -100% 32%<br />
9018.90.21 BISTURI ELÉTRICO 655 702 1.387 194.484 -24% 21%<br />
9018.90.29 OUTROS 23 13.510 2.183 67.709.499 26% 25%<br />
9022.12.00 APARELS.DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 2.532 11 47.721 180 1091% 52%<br />
9022.13.11 APARS.DE RAIOS X,DE DIAGNOST.DE TOMADA MAXILAR PANORAM. 114 104 2.010 1.324 23% 6%<br />
9022.13.19 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.DE ODONTOLOGIA 2.794 3.818 41 446 -26% -3%<br />
9022.13.90 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/ODONTOLOGIA 169 396 10 10 -46% nihil<br />
9022.14.11 OUTROS APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/MAMOGRAFIA 75 3 6.600 146 142% 97%<br />
9022.14.12 APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/ANGIOGRAFIA 83 1 16.073 77 nihil 57%<br />
9022.14.13 APARS.COMPUTADORIZ.DE DIAGNOSTICO,P/DENSITOMETRIA OSSEA 0 0 2.061 83 nihil -7%<br />
9022.14.19 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.MEDICO,CIRURGICO,ETC. 869 67 2.732 71 77% 20%<br />
9022.14.90 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/USO MEDICO,CIRURGICO,VETERINAR. 86 217 6.659 381 163% 8%<br />
9022.19.10 ESPECTROMETROS/ESPECTROGRAFOS DE RAIOS X 0 0 3.167 52 nihil -20%<br />
9022.19.90 OUTROS APARELS.DE RAIOS X, P/OUTROS USOS 0 0 0 0 nihil nihil<br />
9022.21.10 APAREL.DE RADIOCOBALTO 0 0 0 0 nihil nihil<br />
9022.21.20 APARELHO DE GAMATERAPIA 0 0 0 0 nihil nihil<br />
9022.21.90 OUTS.APARS.DE RADIACAO ALFA,BETA,GAMA,P/USO MEDICO,ETC. 0 0 7.405 40 -100% -37%<br />
9022.29.00 APARELS.Q.UTILIZEM RADIACOES ALFA/BETA/GAMA P/OUTRO USO 0 0 0 0 nihil nihil<br />
9022.90.11 GERADORES DE TENSAO,P/APARS.DE RAIOS X/OUTS.RADIACOES 88 7 353 33 56% 164%<br />
9022.90.19 OUTROS APARS.GERADORES DE RAIOS X 0 0 1.583 31 nihil 255%<br />
9022.90.80 OUTROS DISPOSITIVOS GERADORES DE RAIOS X 15 47 5.845 5.652 -61% 109%<br />
9025.11.10 TERMOMETROS CLINICOS DE LEITURA DIRETA 13 743 1.112 5.327.267 -28% 43%<br />
APARELHOS PARA SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÁFEGO 5.252 8.559 49% 394%<br />
8530.10.10 APARS.ELETR.DIGIT.P/CONTROLE DE TRAFEGO DE VIAS FERREAS 2.708 347 265 435 28734% 310%<br />
8530.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE SINALIZACAO,ETC.P/VIAS FERREAS 1.980 50 6.756 4.796 -36% 1026%<br />
8530.80.10 OUTROS APARELS.DIGITAIS P/CONTROLE DE TRAFEGO DE CARROS 511 107 251 1.014 223% 24%<br />
8530.80.90 OUTS.APARS.ELETR.SINALIZACAO,ETC.P/VIAS TERRESTRES,ETC. 53 3.435 1.287 43.643 -78% 49%<br />
COMANDO NUMÉRICO 4.501 27.784 -24% -7%<br />
8472.90.90 OUTROS MAQS.E APARS.DE ESCRITORIO,BANCARIO,ETC. 878 4.506 1.170 123.638 -50% 12%<br />
8537.10.11 QUADROS C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T=32BITS 324 0 16.063 0 72% -7%<br />
8537.10.19 OUTS.QUADROS,PAINEIS,ETC.C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T
NCM<br />
DESCRIÇÃO<br />
ANEXO I<br />
BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (2)<br />
(Detalhamento dos produtos - Ano de 2006)<br />
US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />
9027.20.20 APARELHOS DE ELETROFORESE 0 0 0 0 nihil nihil<br />
9027.30.11 ESPECTROMETROS DE EMISSAO OPTICA 24 1 7.373 59.153 nihil 74%<br />
9027.30.19 OUTROS ESPECTROMETROS 19 4 8.351 1.040 -78% 42%<br />
9027.30.20 ESPECTROFOTOMETROS 70 31 13.200 1.881 -51% 54%<br />
9027.40.00 INDICADORES DE TEMPO DE EXPOSICAO 0 0 46 1.037 -100% 24%<br />
9027.50.10 COLORIMETROS 27 147 8.435 2.179 1373% 11%<br />
9027.50.20 FOTOMETROS 42 24 13.900 212.791 -77% -4%<br />
9027.50.30 REFRATOMETROS 387 57 2.027 3.715 5940% 79%<br />
9027.50.40 SACARIMETROS 0 64 515 32 4900% 605%<br />
9027.50.90 OUTROS INSTRUMENT.E APARELS.P/ANALISES FISICAS 589 19 16.993 6.274 316% 53%<br />
9027.80.11 CALORIMETROS 316 60 1.685 152 98% 4%<br />
9027.80.12 VISCOSIMETROS 16 28 3.087 1.004 239% 52%<br />
9027.80.13 DENSITOMETROS 7 1 418 382 1436% 25%<br />
9027.80.14 APARS.MEDIDORES DE PH 45 509 1.974 13.332 -13% 22%<br />
9027.80.20 ESPECTROMETROS DE MASSA 141 1 11.178 108 28912% 11%<br />
9027.80.30 POLAROGRAFOS 4 1 239 210 nihil 22%<br />
9027.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/ANALISE/ENSAIO/MEDIDA,ETC. 1.232 230.583 69.808 395.972 254% 15%<br />
9027.90.10 MICROTOMOS 0 0 1.249 144 nihil 35%<br />
9028.10.11 DOS TIPOS UTILIZADOS EM POSTOS (ESTAÇÕES) DE SER. OU GARAG. 0 0 637 430 -100% -47%<br />
9028.10.19 OUTROS 5 121 933 7.887 -89% -25%<br />
9028.10.90 OUTROS CONTADORES DE GASES 1.452 569 3.924 84.582 549% -3%<br />
9028.20.10 CONTADORES DE LIQUIDOS,PESO50KG 23.173 7.345 1.499 860 159% -58%<br />
9029.20.20 ESTROBOSCOPIOS 3 10 250 11.409 -54% 37%<br />
9030.10.10 MEDIDORES DE RADIOATIVIDADE 6 1 1.094 17.830 -58% 28%<br />
9030.10.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA RADIACOES IONIZANTES 1 7 2.207 1.026 -56% -1%<br />
9030.20.10 OSCILOSCOPIOS DIGITAIS 23 19 2.607 1.972 120% 16%<br />
9030.20.21 OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS DE FREQUENCIA > = 60 MHZ 8 6 136 156 nihil 14%<br />
9030.20.22 VETORSCOPIOS 0 0 64 16 nihil -32%<br />
9030.20.29 OUTROS OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS 67 6 450 4.167 3706% 145%<br />
9030.20.30 OSCILOGRAFOS 0 0 788 68 nihil 38%<br />
9030.31.00 MULTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 134 1.129 3.879 6.439.260 174% 23%<br />
9030.39.11 VOLTIMETROS DIGITAIS,SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 23 555 356 84.464 -42% 92%<br />
9030.39.19 OUTROS VOLTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 219 3.247 752 228.025 -32% 38%<br />
9030.39.21 AMPERIMETROS SEM DISPOSIT.REGISTRADOR,P/VEIC.AUTOMOVEIS 459 1.783 100 10.596 12% 124%<br />
9030.39.29 OUTROS AMPERIMETROS S/DISPOSITIVO REGISTRADOR 109 2.055 1.498 174.430 177% 53%<br />
9030.39.90 OUTS.APARS.E INSTRUM.P/MEDIDA/CONTROLE TENSAO,ETC. 1.677 28.448 13.295 1.529.671 11% 30%<br />
9030.40.10 ANALISADORES DE PROTOCOLO 0 0 2.039 83 nihil -14%<br />
9030.40.20 ANALISADORES DE NIVEL SELETIVO 0 0 435 24 nihil 46%<br />
9030.40.30 ANALISADORES DIGITAIS DE TRANSMISSAO 2 4 2.484 1.736 -99% 15%<br />
9030.40.90 OUTROS INSTRUMENTOS E APARS.P/TELECOMUNICACAO 1.937 608 22.358 9.981 850% -12%<br />
9030.82.10 INSTRUMENTOS E APARS.P/TESTES DE CIRCUITOS INTEGRADOS 55 64 2.360 1.685 256% 1489%<br />
9030.82.90 UTROS INSTRUMENTOS E APARELS.P/MEDIDA/CONTROLE D.DISCO 1 1 156 641.409 nihil 160%<br />
9030.83.10 OUTROS,DE TESTE DE CONTINUIDADE DE CIRCUITOS IMPRESSOS 0 0 69 38 nihil -51%<br />
9030.83.20 OUTROS,DE TESTE AUTOMATICO DE CIRCUITO IMPRESSO MONTADO 393 24 2.622 1.269 nihil 147%<br />
9030.83.30 OUTROS,DE MEDIDAS DE PARAMETROS DE SINAIS DE TV./VIDEO 9 2 1.496 2.700 nihil 72%<br />
9030.83.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.C/DISP.REG 1.883 497 7.725 15.565 195% -41%<br />
9030.89.10 ANALISADORES LOGICOS DE CIRCUITOS DIGITAIS 111 4 331 341 90072% 52%<br />
9030.89.20 ANALISADORES DE ESPECTRO DE FREQUENCIA 61 52 4.732 1.208 369% 8%<br />
9030.89.30 FREQUENCIMETROS 4 92 405 21.512 -11% 12%<br />
Fonte: MDIC / SECEX<br />
365<br />
EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES VAR. % EM US$ - 05 / 04
NCM DESCRIÇÃO<br />
US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO<br />
9030.89.40 FASIMETROS 2 102 42 4.094 308% 87%<br />
9030.89.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.ETC. 880 22.170 19.305 1.737.234 0% 28%<br />
9031.10.00 MAQS.DE EQUILIBRAR PECAS MECANICAS 506 187 5.325 498 25% -17%<br />
9031.30.00 PROJETORES DE PERFIS 57 9 837 190 3% 0%<br />
9031.41.00 INSTRUMENTOS E APARS.OPTICOS,P/CONTROLE DE DISCOS,ETC. 0 0 299 20 nihil 256%<br />
9031.80.11 DINAMOMETROS 39 284 1.762 1.041 -45% 64%<br />
9031.80.12 RUGOSIMETROS 39 17 1.235 522 nihil -4%<br />
9031.80.20 MAQS.P/MEDICAO TRIDIMENSIONAL 2.113 361 11.414 266 -5% 47%<br />
9031.80.30 METROS PADROES 569 180 123 24.125 41% -9%<br />
9031.80.50 APARELS.P/ANALISE DE TEXTEIS, COMPUTADORIZADOS 2 9 1.988 255 93% 23%<br />
9031.80.60 CELULAS DE CARGA 187 15.433 7.127 161.529 72% 40%<br />
9031.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS,APARS.E MAQS.DE MEDIDA/CONTROLE 0 0 0 4 -100% -100%<br />
9032.89.30 EQUIPAMENTO DIGITAL AUTOMAT.P/CONTROLE DE VEIC.FERROV. 7 1 550 131 -100% -64%<br />
9032.89.81 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE PRESSAO 454 13.699 6.822 474.246 19% 13%<br />
9032.89.82 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE TEMPERATURA 5.148 477.133 22.318 1.118.721 30% 68%<br />
9032.89.83 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE UMIDADE 179 3.118 1.030 33.663 4% 2%<br />
9032.89.84 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE VELOCID.MOTORES 13.811 468.800 4.521 212.696 71% 51%<br />
9032.89.89 OUTS.INSTRUM.E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE GRANDEZ.N/ELETR 1.521 7.399 15.291 518.896 8% 4%<br />
9032.89.90 OUTS.INSTRUMS.E APARS.AUTOMAT.P/REGULACAO/CONTROLE 20.107 100.701 120.136 1.324.248 144% -5%<br />
9107.00.10 INTERRUPTORES HORARIOS 572 307.382 1.755 1.194.663 18% 16%<br />
9107.00.90 OUTS.APARS.P/ACIONAR MECANIS. EM TEMPO DETERMINADO,ETC 52 11.331 484 841.568 165% 45%<br />
OUTROS EQUIPAMENTOS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 56.623 91.103 60% -11%<br />
8421.19.10 CENTRIFUGADOR P/LABORAT.DE ANALISE,ENSAIO,PESQ.CIENTIF 282 344 2.651 2.681 62% 51%<br />
8423.20.00 BASCULAS DE PESAGEM CONTINUA EM TRANSPORTADORES 717 58 3.089 579 34% 63%<br />
8423.30.11 BASCULAS DOSADORAS C/APARS.PERIFERICOS C/UNID.FUNCIONAL 245 235 2.323 368 -18% 60%<br />
8423.81.10 APARS.E INSTRUM.PESAGEM,DE MESA,C
ANEXO III <strong>–</strong> Expectativas das Entidades<br />
Quadro 32: Expectativas das Entidades - Volume de Produção - (4º Trimestre de 2008).<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Categorias de<br />
uso<br />
Bens de Capital<br />
Insumos e Bens<br />
Intermediários<br />
Bens de Consumo<br />
Duráveis<br />
Bens de Consumo<br />
não Duráveis<br />
Setores de Representação<br />
das Entidades<br />
Máquinas e equipamentos mecânicos<br />
Eletro eletrônicos<br />
Máquinas agricolas<br />
Aluminio primário e transformados<br />
Celulose e papel<br />
Tubos e acessórios de metal<br />
Siderurgia<br />
Pneus<br />
Papelão ondulado<br />
Fundidos M<br />
Fundidos NM<br />
Autoveículos<br />
Autopeças<br />
Alimentação<br />
Calçados<br />
Editorial e gráfica<br />
Medicamentos<br />
Mais de<br />
20%<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
367<br />
Queda Estabilidade<br />
Aumento<br />
11% a<br />
20%<br />
x<br />
x<br />
x<br />
6% a<br />
10%<br />
x<br />
x<br />
Até 5% 0% Até 5%<br />
Fonte: ABIMAQ <strong>–</strong> ABINEE <strong>–</strong> ANFAVEA <strong>–</strong> ABAL <strong>–</strong> Bracelpa <strong>–</strong> IBS <strong>–</strong> ABPO <strong>–</strong> ABIA <strong>–</strong> Abrigaf <strong>–</strong><br />
Abimo <strong>–</strong> Abicalçados <strong>–</strong> ANIP <strong>–</strong> Abifa, 2009.<br />
Quadro 33: Expectativas das Entidades - Vendas <strong>para</strong> o Mercado Interno - (4º Trimestre 2008).<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Categorias de<br />
uso<br />
Bens de Capital<br />
Insumos e Bens<br />
Intermediários<br />
Bens de Consumo<br />
Duráveis<br />
Bens de Consumo<br />
não Duráveis<br />
Setores de Representação<br />
das Entidades<br />
Máquinas e equipamentos mecânicos<br />
Eletro eletrônicos<br />
Máquinas agricolas<br />
Aluminio primário e transformados<br />
Celulose e papel<br />
Tubos e acessórios de metal<br />
Siderurgia<br />
Pneus<br />
Papelão ondulado<br />
Fundidos M<br />
Fundidos NM<br />
Autoveículos<br />
Autopeças<br />
Alimentação<br />
Calçados<br />
Editorial e gráfica<br />
Medicamentos<br />
Mais de<br />
20%<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
6% a<br />
10%<br />
Queda Estabilidade<br />
Aumento<br />
11% a<br />
20%<br />
x<br />
x<br />
x<br />
6% a<br />
10%<br />
x<br />
x<br />
Até 5% 0% Até 5% 6% a<br />
10%<br />
Fonte: ABIMAQ <strong>–</strong> ABINEE <strong>–</strong> ANFAVEA <strong>–</strong> ABAL <strong>–</strong> Bracelpa <strong>–</strong> IBS <strong>–</strong> ABPO <strong>–</strong> ABIA <strong>–</strong> Abrigaf <strong>–</strong><br />
Abimo <strong>–</strong> Abicalçados <strong>–</strong> ANIP <strong>–</strong> Abifa, 2009.<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
11% a<br />
20%<br />
11% a<br />
20%<br />
Mais de<br />
20%
Quadro 34: Expectativas das Entidades - Vendas <strong>para</strong> o mercado externo - (4º Trimestre 2008).<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Categorias de<br />
uso<br />
Bens de capital<br />
Insumos e bens<br />
intermediários<br />
Bens de consumo<br />
duráveis<br />
Bens de consumo<br />
não duráveis<br />
Setores de Representação<br />
das Entidades<br />
Mais de<br />
20%<br />
368<br />
Queda Estabilidade<br />
Aumento<br />
11% a<br />
20%<br />
Máquinas e equipamentos mecânicos x<br />
6% a<br />
10%<br />
Até 5% 0% Até 5%<br />
Eletro eletrônicos x<br />
Máquinas agricolas x<br />
Aluminio primário e transformados x<br />
Celulose e papel x<br />
Tubos e acessórios de metal x<br />
Siderurgia x<br />
Pneus x<br />
Papelão ondulado x<br />
Fundidos M x<br />
Fundidos NM x<br />
Autoveículos x<br />
Autopeças x<br />
Alimentação x<br />
Calçados x<br />
Editorial e gráfica x<br />
Medicamentos x<br />
Fonte: ABIMAQ <strong>–</strong> ABINEE <strong>–</strong> ANFAVEA <strong>–</strong> ABAL <strong>–</strong> Bracelpa <strong>–</strong> IBS <strong>–</strong> ABPO <strong>–</strong> ABIA <strong>–</strong> Abrigaf <strong>–</strong><br />
Abimo <strong>–</strong> Abicalçados <strong>–</strong> ANIP <strong>–</strong> Abifa, 2009.<br />
6% a<br />
10%<br />
11% a<br />
20%<br />
Mais de<br />
20%
ANEXO IV <strong>–</strong> Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Industrial<br />
Quadro 35: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Industrial.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
1 ABB<br />
Analisador/Detector/Controlador de Gases em Geral<br />
Anunciador Eletrônico de Alarme<br />
Chave de Nível <strong>Eletrônica</strong><br />
Controle Estatístico da Produção<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />
Integrador Sistema-Industrial<br />
Medidor de Vazão Magnético<br />
Medidor de Vazão Mássica<br />
Painel de <strong>Automação</strong> com CLP<br />
Registrador de Processo Gráfico Retangular<br />
Transmissor Eletrônico de Pressão<br />
Transmissor Eletrônico de Pressão Diferencial<br />
Transdutor Eletrônico de Corrente/Pressão<br />
Transdutor de Temperatura<br />
Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />
Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)<br />
2 Able Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />
3<br />
4 ACS<br />
Ace Schmersal<br />
5 Actaris<br />
Sensor de Proximidade Capacitivo<br />
Sensor de Proximidade Indutivo<br />
Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />
Isolador Óptico<br />
Unidade Terminal Remota<br />
Sistema de Controle de Demanda de Energia Elétrica<br />
Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />
Sistema de Medição de Energia Centralizado<br />
Sistema de Medição de Energia/Água/Gás<br />
Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />
Software p/gerenciamento de Energia Elétrica<br />
Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />
Sistema de Medição de Energia/Água/Gás<br />
Sistema de Medição p/Consumidor Livre<br />
Sistema de Telemedição de Consumo de Energia<br />
Software p/Supervisão Sistema Refrigeração e Climatização<br />
6 Advantech Computador Industrial SP<br />
7 Agilent Integrador Sistema-Teste e Medição p/Autom. Industrial Segura SP<br />
8 Altus<br />
9<br />
Areva<br />
Controlador lógico/programável (CLP)<br />
Controladores e Conversores, Inversores de Frequência <strong>para</strong><br />
Motores<br />
Contador<br />
Conversor serial p/tcp/ip ethernet<br />
Interface de comunicação p/ CLP via TCP/IP<br />
Interface homem/máquina<br />
Isolador eletrônico de sinal<br />
Modulo didático p/clp<br />
Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados<br />
Unidade terminal remota<br />
Terminal de aquisição de dados<br />
Repetidores, geradores e equipamentos de rede<br />
Softwares <strong>para</strong> automação<br />
Integrador Sistema-Energia<br />
Integrador Sistema-Industrial<br />
Integrador Sistema-Infraestrutura<br />
Unidade Terminal Remota<br />
369<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
RS<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
10 Arteche EDC<br />
Digitalização de Subestação de Energia<br />
Integrador Sistema-energia<br />
Unidade Terminal Remota<br />
Sistema de Controle p/Subestações Transm/Distr Energia<br />
Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />
Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)<br />
Sistema Integrado p/Proteção/Controle Sistemas Energia<br />
11 Asten Atuador Eletromecânico SP<br />
12 ATI<br />
13 AZ<br />
14 Balluff<br />
15<br />
BCM<br />
Interface p/Comunicação de Dados<br />
Unidade Terminal Remota<br />
Sistema de Supervisão e Comando de Chave Seccionadora<br />
Sistema Telesupervisão p/Sistema Distribuição Energia<br />
Software P/Gerencia de Equipamentos de Telesupervisão<br />
Controlador de Atuador Sem Fio a Longa Distância<br />
Controlador de Bomba Sem Fio a Longa Distância<br />
Controlador de Equipamento Sem Fio a Longa Distância<br />
Equipamento de Supervisão e Controle<br />
Equipamento de Telemetria<br />
Transmissor/Receptor de RF p/Sistemas de <strong>Automação</strong><br />
Chave Múltipla Rotativa<br />
Encoder Incremental/Absoluto<br />
Programador de Posição<br />
Sensor de Proximidade Capacitivo<br />
Sensor de Proximidade Indutivo<br />
Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />
Sensor de Proximidade Magnético<br />
Sensor de Proximidade ultra-sônico<br />
Supervisor de Rotação e Fonte de Alimentação<br />
Transdutor Linear ultra-sônico<br />
<strong>Automação</strong> de Usina Elétrica<br />
Controlador Lógico/Programável (CLP)<br />
Unidade Terminal Remota<br />
Sistema de Controle p/Subestações Transm/Distr Energia<br />
16 CAS Sistema p/Medição Remota/<strong>Automação</strong> Distribuição Energia SP<br />
17 Coel<br />
18<br />
Coester<br />
Sensor de Proximidade Indutivo<br />
Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />
Atuador Elétrico<br />
Conversor de Protocolo p/Rede Industrial (Gateway)<br />
Equipamentos e acessórios p/ redes industriais<br />
Integrador Sistema-Industrial<br />
Redutor p/atuador elétrico<br />
19 Conexel Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />
20<br />
Consistec<br />
Termopar<br />
Termoresistência<br />
Transmissor Eletrônico Diversos<br />
21 Controle Eng Painel de <strong>Automação</strong> com CLP MG<br />
22<br />
Digicon<br />
Controle Estatístico da Produção<br />
Indicador/Contador Digital p/ Máquina Operatriz<br />
Sistema de Medição e Controle de Espessura p/Filmes<br />
Sistema p/Supervisão de Máquinas Injetoras<br />
Transdutor Linear p/Autom. de Máquina Operatriz<br />
23 Dimelthoz Controlador Lógico/Programável (CLP) RS<br />
24 Eletroppar Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico) SP<br />
25 Elepot Software p/Setor Elétrico RJ<br />
26 Eletromatic Medidor de Nível p/ Poço Artesiano SP<br />
27 Eliseu Kopp Sistema de Gerenciamento de Apartes RS<br />
370<br />
PR<br />
SP<br />
RS<br />
SP<br />
RS<br />
SP<br />
RS<br />
SP<br />
RS
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
28 Elo<br />
Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />
Sistema de Medição de Energia Centralizado<br />
Sistema Medição de Fronteira p/Energia Elétrica<br />
29 Elster Sistema de Medição de Energia Centralizado RS<br />
30 Engro<br />
31 Ecil<br />
32 Equipe-Equips<br />
33 Esystech<br />
34 Exacta<br />
35<br />
Festo<br />
Registrador de Processo Gráfico Retangular<br />
Transdutor de Temperatura<br />
Termoelemento<br />
Termopar<br />
Termopar com Isolação Mineral<br />
Termoresistência<br />
Computador industrial<br />
Conversor de protocolo e1-r2<br />
Conversor de Sinais Eletro-Ótico<br />
Fonte de alimentação p/equipamentos de automação<br />
Gateways p/protocolos do setor elétrico<br />
Gerador de Base de Tempo <strong>para</strong> sincronismo de equipamentos via<br />
GPS<br />
Oscilógrafo digital-registrador digital de perturbação<br />
Plataforma de correio eletrônico-voz/fax/dados<br />
Sistema de áudio conferencia<br />
Sistema de controle p/subestações transm/distr energia<br />
Sistema de gerenciamento de energia elétrica<br />
Sistema de medição de energia centralizado<br />
Sistema de qualidade na distribuição de energia<br />
Sistema digital p/gravação de mensagens<br />
Sistema medição de fronteira p/energia elétrica<br />
Sistema web de telemetria<br />
Terminal linux p/call center<br />
Unidade de resposta audível (ura)<br />
Unidade terminal remota<br />
Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />
Termopar<br />
Termopar com Isolação Mineral<br />
Termoresistência<br />
Software de Missão Crítica<br />
Software de Missão Crítica de Tempo Real Tecnologia ARM<br />
Cabos de extensão e compensação<br />
Controladores de Temperatura<br />
Poços termométricos<br />
Termopares<br />
Termoresistências PT-100<br />
Transmissores de temperatura e pressão<br />
Tubos cerâmicos<br />
Modulo de Controle-Eixo Eletromecânico<br />
Sensor de Proximidade de Efeito Hall<br />
Sensor de Proximidade Indutivo<br />
Sensor de Proximidade Magnético<br />
Sensor Óptico<br />
Sensor Pneumático<br />
Terminal de Válvula Eletro Pneumático<br />
36 Frata Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico) SP<br />
37 Full Gauge<br />
38 GE<br />
Pressostato Industrial<br />
Termostato Industrial<br />
Software p/Supervisão Sistema Refrigeração e Climatização<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />
Integrador Sistema-Energia<br />
Integrador Sistema-Industrial<br />
Integrador Sistema-Industrial-Siderurgia/Metalurgia<br />
371<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
PR<br />
SP<br />
SP<br />
RS<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
39 GTA<br />
Controlador Lógico/Programável (CLP)<br />
Controlador/Indicador Eletrônico p/Processo<br />
Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />
Sistema de Supervisão de Grandezas Não Elétricas Via PC<br />
Transmissor Digital de RPM<br />
40 Hasco Sensor de Proximidade Magnético SP<br />
41<br />
Helmut Mauell<br />
42 Heraeus<br />
43 HI Tecnologia<br />
44<br />
Hobeco<br />
Controladores Programáveis (UACs)<br />
Relés<br />
Sistemas de Anunciadores e Registradores de Alarmes e Eventos<br />
Sistemas Visuais <strong>para</strong> Salas de Controle<br />
Coletor de Amostra em Metais Líquido<br />
Sensor de Oxigênio em Metais Líquidos Aço-Cobre<br />
Sensor p/ Sistema Sublanca<br />
Termopar Descartável<br />
Bridge de comunicação Modbus/TCP-Modbus/RTU<br />
Condicionar de sinais<br />
Controlador Lógico Programável (CLP)<br />
Controlador <strong>para</strong> unidade de Plunger Lift<br />
Controlador <strong>para</strong> unidade elevação de óleo BCP/BCS<br />
Controlador <strong>para</strong> unidade Gás Lift<br />
Controlador Unidade Bombeio Mecânico<br />
Conversor serial RS232/RS485<br />
Conversor serial/Ethernet<br />
Fonte de Alimentação<br />
Interface Homem Máquina<br />
Kit <strong>para</strong> treinamento em CLP<br />
Rede de Telemetria<br />
Registrador Sequencial de Evento<br />
Unidade Terminal Remota<br />
Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />
45 Ingeteam Integrador Sistema-Industrial-Siderurgia/Metalurgia SP<br />
46 Inova Termostato Industrial RS<br />
47 Instrutech<br />
Sensor de Proximidade Capacitivo<br />
Sensor de Proximidade Indutivo<br />
Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />
Sensor de Proximidade Magnético<br />
372<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
RJ<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
48 Invensys<br />
Controladores Eletrônicos Diversos<br />
Conversor de Sinal Eletrônico<br />
Conversor de Sinal Pneumático<br />
Extrator de Raiz Quadrado Pneumático<br />
Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong><br />
Integrador de Sinal Eletrônico<br />
Integrador de Sinal Pneumático<br />
Isolador Eletrônico de Sinal<br />
Pressostato p/Equip de Refrigeração e Ar-Condicionado<br />
Registrador de Processo Gráfico Retangular<br />
Registrador Pneumático<br />
Relé de Calculo Eletrônico Multiplicador/Divisor<br />
Relé de Calculo Eletrônico Somador/Subtrator<br />
Relé de Calculo/Limitação Pneumática<br />
Seletor de Sinal Eletrônico/Chave Seletora<br />
Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />
Transmissor Eletrônico de Pressão<br />
Transmissor Eletrônico de Pressão Diferencial<br />
Transmissor Pneumático de Nível<br />
Transmissor Pneumático de Pressão<br />
Transmissor Pneumático de Pressão Diferencial<br />
Transmissor Pneumático de Temperatura<br />
Transmissor de Vazão Eletrônico<br />
Transmissor de Vazão Pneumático<br />
Transmissor Eletrônico de Nível<br />
Transmissor Pneumático de Pressão/Corrente<br />
Transdutor Eletrônico de Corrente/Pressão<br />
Termostato Industrial<br />
Termoelemento<br />
Termopar<br />
Termoresistência<br />
49 IMS Software p/Gerenciamento de Energia Elétrica RS<br />
50 I-Vision<br />
51 Jonhis<br />
Câmeras industriais inteligentes<br />
Sistemas de imagem e processamento de imagens, customizados<br />
Sistemas de rastreabilidade por imagem<br />
Sistemas de visão computacional p/indústria<br />
Sistemas embarcados de alto desempenho<br />
Sistemas <strong>para</strong> visualização em processos Metalúrgicos/Siderúrgicos<br />
Controladores Eletrônicos Diversos<br />
Controlador/Indicador Eletrônico p/Processo<br />
Registrador de Processo Gráfico Circular<br />
Registrador de Temperatura/Pressão Através de Software<br />
Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />
Transmissor Eletrônico de Pressão<br />
Termopar<br />
Termopar com Isolação Mineral<br />
Termoresistência<br />
52 Kap Sensor de Proximidade Magnético SP<br />
53 Koblitz<br />
54 Landis+Gyr<br />
Integrador Sistema-Energia<br />
Integrador Sistema-Industrial<br />
Controlador de Energia-Corte e Religamento Automático<br />
Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />
Sistema de Medição de Energia Centralizado<br />
Sistema de Medição de Energia/Água/Gás<br />
Sistema de Telemedição de Consumo de Energia<br />
55 Lince Medidor de Nível com Tecnologia RF Admitância RJ<br />
56 Magnetrol<br />
57 Mar Girius<br />
Chave de Fluxo<br />
Chave de Nível Eletromecânica<br />
Chave de Nível <strong>Eletrônica</strong><br />
Chave de Nível Eletromecânica<br />
Pressostato Industrial<br />
373<br />
SP<br />
MG<br />
SP<br />
SP<br />
PR<br />
SP<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
58 MCM Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> MG<br />
59<br />
MDI<br />
60 Metaltex<br />
Controlador Lógico/Programável (CLP)<br />
Potenciômetro Digital<br />
Caixas plásticas <strong>para</strong> botões de comando<br />
Interfaces a relé eletromecânico<br />
Interfaces a relé estado sólido<br />
Relés<br />
Sensores magnéticos reed<br />
Temporizadores<br />
61 Metso Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial SP<br />
62 Mettler<br />
63 MS<br />
64 MSA<br />
65 Nansen<br />
Sonda p/Medição de Condutividade<br />
Sonda p/Medição de Oxigênio Dissolvido<br />
Sonda p/Medição de PH<br />
Sonda p/Medição de Redox<br />
Chave de Nível Nuclear<br />
Medidor de Nível de Ultra-som<br />
Medidor de Umidade/Espessura/Gramatura-Processo NIR<br />
Medidor de Vazão por Ultra-som<br />
Analisador/Detector/Controlador de Gases em Geral<br />
Analisador/Detector/Controlador de Oxigênio<br />
Unidade Terminal Remota<br />
Sistema de Medição de Energia Centralizado<br />
Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />
Sistema de Telemedição de Consumo de Energia<br />
Software p/Analise/Comunicação/Leitura Medidor Energia<br />
66 NBN Sistema Automático p/Execução dos Processos de Couro RS<br />
67 NCR Integrador Sistema-Industrial SP<br />
68 Novus<br />
Controlador Digital Single-Loop<br />
Controladores Eletrônicos Diversos<br />
Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />
Termostato Industrial<br />
Software Supervisão p/Processo Industrial Pequeno Porte<br />
Termoelemento<br />
Termopar<br />
Termoresistência<br />
Transmissor de Temperatura e Umidade Relativa<br />
69 Omron Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial SP<br />
70 Orbe Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />
71 Orteng<br />
72 Ottime<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />
Integrador Sistema-Energia<br />
Unidade Terminal Remota<br />
Sistema de <strong>Automação</strong> de Rede de Distribuição Energia<br />
Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />
Sistema Digital de <strong>Automação</strong> Industrial<br />
Acionamento de Motor de Passo<br />
Controlador Programável<br />
Linha de Montagem Automática<br />
Linha de Montagem Manual<br />
Manipulador p/Carga/Descarga/Movimentação Componentes<br />
Movimentador Linear Modular<br />
73 Pextron Detector Fotoelétrico SP<br />
74 PHB Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />
75 Phoenix Controlador Lógico/Programável (CLP) SP<br />
76<br />
Pilz Integrador Sistema-Soluções p/<strong>Automação</strong> Indl Segura SP<br />
77 Rockwell<br />
Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />
Chave elétrica seccionadora<br />
Chopper p/sistema de tração<br />
374<br />
RS<br />
SP<br />
SP<br />
RJ<br />
SP<br />
MG<br />
RS<br />
MG<br />
SP<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
78<br />
Roque&Correia<br />
Controlador lógico/programável (clp)<br />
Conversor estático p/acion motor ca/inversor frequência<br />
Conversor estático p/acionamento motor cc<br />
Integrador sistema-automação industrial<br />
Integrador sistema-industrial<br />
Modulo eletrônico p/partida/<strong>para</strong>da suave motor elétrico<br />
Motor elétrico de corrente alternada<br />
Motor elétrico de corrente contínua<br />
Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão<br />
Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento indl<br />
Sistema de controle distribuído<br />
Sistema de potência distribuída<br />
Sistema supervisório industrial<br />
Integrador Sistema-Saneamento<br />
Sistema Integrado Telecomando/Telemetria p/Saneamento<br />
Software p/Teste/Comunicação/Controle/<strong>Automação</strong><br />
79 Saturnia Integrador Sistema-Energia SP<br />
80<br />
Schneider<br />
Controlador Programável<br />
Controlador Programável com IHM alfanumérica integrada<br />
Interface Homem Máquina alfanumérica<br />
Interface Homem Máquina gráfica<br />
Remota de E/S distribuída<br />
Software de Programação<br />
81 SEG Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados SP<br />
82 S&E<br />
83 Sense<br />
Amperímetros digitais <strong>para</strong> painel<br />
Chave seletora de termopar<br />
Contadores digitais<br />
Cronômetros digitais <strong>para</strong> painel<br />
Encoders incrementais<br />
Frequencímetros digitais <strong>para</strong> painel<br />
Horímetros digitais <strong>para</strong> painel<br />
Indicadores de sinais de processo<br />
Ohmímetros <strong>para</strong> painel<br />
Ohmímetros portáteis/<br />
Pirômetros (indicadores/ controladores de temperatura) digitais p/<br />
painel<br />
Tacômetros digitais <strong>para</strong> painel<br />
Termômetros portáteis<br />
Voltímetros digitais <strong>para</strong> painel<br />
Barreiras de Segurança Intrínseca<br />
Conector <strong>para</strong> Sensor de Proximidade<br />
Conversores/Condicionadores/Amplificadores de Sinais<br />
Cortinas de Luz/Barreiras Fotoelétricas<br />
Derivadores <strong>para</strong> Redes Industriais<br />
Distribuidor de Sinais Discretos e <strong>para</strong> Redes Industriais<br />
Fontes de Alimentação<br />
Interface <strong>para</strong> Redes Industriais (I/O)<br />
Isoladores Galvânicos de Sinais<br />
Isoladores Ópticos de Sinais<br />
Monitor/Sinalizador de Válvulas<br />
Sensor de Proximidade à Prova de Explosão (Exd)<br />
Sensor de Proximidade Capacitivo<br />
Sensor de Proximidade Efeito Hall<br />
Sensor de Proximidade Fotoelétrico (Infravermelho e Laser)<br />
Sensor de Proximidade Indutivo<br />
Sensor de Proximidade Magnético<br />
Sensor de Proximidade <strong>para</strong> Segurança Aumentada (Exe)<br />
Sensor de Proximidade <strong>para</strong> Segurança Intrínseca (Exi)<br />
Sensor de Proximidade Ultrasônico<br />
Supervisor de Rotação<br />
Válvula Solenóide<br />
84 SGF Sistema p/Controle e Contagem de Vasilhames<br />
375<br />
PR<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
85 Siemens<br />
Analisador/Detector/Controlador de Gases em Geral<br />
Anunciador Eletrônico de Alarme<br />
Barreira de Segurança Intrínseca<br />
Computador Industrial<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />
Integrador Sistema-Industrial<br />
Sistema de Controle Distribuído<br />
86 Syncro Acionamento de Motor de Passo SP<br />
87 Splice Sistema p/Rastreamento Bovino<br />
88 Tecnotron<br />
Conector p/Sensor de Proximidade<br />
Fonte p/Sensor de Proximidade<br />
Sensor de Proximidade Capacitivo<br />
Sensor de Proximidade Indutivo<br />
Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />
Sensor de Proximidade Magnético<br />
Sinalizador p/ Válvula Solenóide<br />
89 Tectrol Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />
90 Telvent<br />
Unidade Terminal Remota<br />
Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />
Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)<br />
91 Toshiba Transdutor de Temperatura MG<br />
92 Trafo Controlador de Energia-Corte e Religamento Automático RS<br />
93 Tron<br />
94 Unidigital<br />
Controlador de Energia-Corte e Religamento Automático<br />
Sensor de Nível<br />
Sensor de Proximidade Capacitivo<br />
Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />
Interfaces Diversas p/CLP e Outros Equipamentos<br />
Software de Supervisão e Controle<br />
Sistema de Inspeção Visual p/ Indústria<br />
95 Ward Transdutor de Temperatura MG<br />
96 Vorax Integrador Sistema-Industrial SP<br />
97 WEG Sistema de <strong>Automação</strong> e Controle SC<br />
98 XPS Fonte de Alimentação p/Equipamentos de <strong>Automação</strong> SP<br />
99 Yaskawa<br />
100 Yokogawa<br />
Integrador Sistema-Industrial<br />
Integrador Sistema-Robotizado<br />
Sistema de Condicionamento de Amostras p/Gases/Líquidos<br />
Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)<br />
376<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
PE<br />
RS<br />
SP<br />
SP
ANEXO V - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado<br />
Nacional de <strong>Automação</strong> Industrial<br />
Quadro 36: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />
Industrial.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Item Especificação do Produto<br />
1 Acessorios P/Sensores Descartaveis P/Metalurgia/Siderurgia<br />
2 Acionamento de Motor de Passo<br />
3 Acionamentos de Corrente Alternada<br />
4 Acionamentos de Corrente Contínua<br />
5 Acionamentos de Servomotores<br />
6 Alarme de Fluxo<br />
7 Alarme de Nível<br />
8 Analisador de Concentração<br />
9 Analisador de Oxi-Redução<br />
10 Analisador/Controlador/Transmissor de Cloro<br />
11 Analisador/Detector/Controlador de Gases Em Geral<br />
12 Analisador/Detector/Controlador de Oxigênio<br />
13 Analisador/Medidor/Transmissor Indl de Redox<br />
14 Analisador/Medidor/Transmissor Indl. de Condutividade<br />
15 Analisador/Medidor/Transmissor Industrial de Ph<br />
16 Anunciador Eletrônico de Alarme<br />
17 Atuador Elétrico<br />
18 Atuador Eletromcânico<br />
19 Atuador Pneumático<br />
20 <strong>Automação</strong> de Sistemas de Geração de Energia<br />
21 <strong>Automação</strong> de Usina Elétrica<br />
22 <strong>Automação</strong> de Usinas de Açúcar e Álcool<br />
23 Barreira de Segurança Intrinseca<br />
24 Bornes<br />
25 Botoeiras<br />
26 Bridge de Comunicação-Modbus/Tcp-Modbus/Rtu<br />
27 Célula Industrial P/Climpagem Modulos/Componentes Mecan<br />
28 Capacitores de Correção de Fator de Potência<br />
29 Célula Industrial P/Montagem/Teste Componentes Automot<br />
30 Célula Industrial P/Parafusamento Com Torque Controlado<br />
31 Célula Industrial P/Prensagem Componentes Mcânicos<br />
32 Célula Industrial P/Rebitagem Com Controle Forca/Avanco<br />
377
Item Especificação do Produto<br />
33 Central Telesupervisão/Telecomando/Telemetria P/Saneam<br />
34 Centros de Controle de Motores (CCM) Convencionais<br />
35 Centros de Controle de Motores (CCM) Inteligentes<br />
36 Chave de Fluxo<br />
37 Chave de Nível Eletromecanica<br />
38 Chave de Nível <strong>Eletrônica</strong><br />
39 Chave de Nível Nuclear<br />
40 Chave de Nível Pneumatica<br />
41 Chave de Vazao<br />
42 Chave Multipla Rotativa<br />
43 Chaves de Partida Compensadora<br />
44 Chaves de Partida Direta<br />
45 Chaves de Partida Estrela-Triângulo<br />
46 Chaves de Partida Soft-Starters<br />
47 Chaves Seccionadoras<br />
48 Chaves Soft-Starters<br />
49 Coletor de Amostra em Metais Líquidos<br />
50 Coluna Manométrica<br />
51 Comando Numerico Computadorizado (CNC)<br />
52 Computador de Vazão<br />
53 Computador Industrial<br />
54 Condicionador de Sinais<br />
55 Conector P/Sensor de Proximidade<br />
56 Contatores Auxiliares<br />
57 Contatores de Comando<br />
58 Contatores de Força<br />
59 Controlador Contínuo de Peso<br />
60 Controlador de Atuador Sem Fio a Longa Distancia<br />
61 Controlador de Bomba Sem Fio a Longa Distancia<br />
62 Controlador de Dispositivos P/Controle Consumo Energia<br />
63 Controlador de Energia-Corte e Religamento Automatico<br />
64 Controlador de Equipamento Sem Fio a Longa Distancia<br />
65 Controlador Digital Multi-Loop<br />
66 Controlador Digital Single-Loop<br />
67 Controlador Eletrônico Diversos<br />
68 Controlador Lógico/Programável (CLP)<br />
69 Controlador P/Elevação de Óleo Multi Métodos<br />
70 Controlador Programável<br />
378
Item Especificação do Produto<br />
71 Controlador/Indicador Eletrônico P/Processo<br />
72 Controle Automatizado P/Secadores e Aeração de Graos<br />
73 Controle Estatistico da Produção<br />
74 Controle Temperatura/Monitor Umidade P/Graos Em Fluxo<br />
75 Conversor de Protocolo P/Rede Industrial (Gateway)<br />
76 Conversor de Sinal Eletrônico<br />
77 Conversor de Sinal Pneumático<br />
78 Conversor Eletropneumático<br />
79 Conversores de Corrente Contínua<br />
80 Conversores de Frequência<br />
81 Conversores de Frequência Com PLC<br />
82 Detector Fotoelétrico<br />
83 Digitalização de Subestação de Energia<br />
84 Distribuidor Eletrônico de Sinal<br />
85 Disjuntores Em Caixa Moldada<br />
86 Disjuntores Termomagnéticos<br />
87 Disjuntores-Motor<br />
88 Elementos Primarios de Vazão<br />
89 Encoder Incremental/Absoluto<br />
90 Equipamento de Supervisão e Controle<br />
91 Equipamento de Telemetria<br />
92 Equipamento P/Telealarme em Subestações<br />
93 Estação Controladora de Reservatorio P/Saneamento<br />
94 Estação de Razao <strong>Eletrônica</strong><br />
95 Extrator de Raiz Quadrada Eletrônico<br />
96 Extrator de Raiz Quadrada Pneumático<br />
97 Filtro Regulador<br />
98 Fluxostato<br />
99 Fonte de Alimentação P/Equipamentos de <strong>Automação</strong><br />
100 Fonte P/Sensor de Proximidade<br />
101 Fusíveis Tipo D<br />
102 Fusíveis Tipo Nh<br />
103 Gateway P/Protocolo do Setor Elétrico<br />
104 Gerador de Impulso Rotativo<br />
105 Geradores<br />
106 Indicador/Contador Digital P/Máquina Operatriz<br />
107 Integrador de Sinal Eletrônico<br />
108 Integrador de Sinal Pneumático<br />
379
Item Especificação do Produto<br />
109 Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />
110 Integrador Sistema-Energia<br />
111 Integrador Sistema-Industrial<br />
112 Integrador Sistema-Industrial-Siderurgia/Metalurgia<br />
113 Integrador Sistema-Infraestrutura<br />
114 Integrador Sistema-Robotizado<br />
115 Integrador Sistema-Saneamento<br />
116 Integrador Sistema-Soluções P/<strong>Automação</strong> Industrial Segura<br />
117 Integrador Sistema-Teste e Medição P/<strong>Automação</strong> Industrial<br />
118 Interface de Comunicação P/Clp Via Tcp/Ip<br />
119 Interface de Comunicação P/Protocolo Fieldbus<br />
120 Interface Homem/Máquina<br />
121 Interface P/Comunicação de Dados<br />
122 Interfaces Diversas P/Clp e Outros Equipamentos<br />
123 Inversores de Frequência<br />
124 Inversores de Frequência Com PLC<br />
125 Isolador Eletrônico de Sinal<br />
126 Isolador Óptico<br />
127 Linha de Montagem Automatica<br />
128 Linha de Montagem Manual<br />
129 Manipulador P/Carga/Descarga/Movimentação Componentes<br />
130 Manômetro<br />
131 Medidor de Nível Capacitivo<br />
132 Medidor de Nível Com Tecnologia Rf Admitância<br />
133 Medidor de Nível Condutivo<br />
134 Medidor de Nível Diversos<br />
135 Medidor de Nível Eletromcânico<br />
136 Medidor de Nível Hidrostático<br />
137 Medidor de Nível Nuclear<br />
138 Medidor de Nível P/Poco Artesiano<br />
139 Medidor de Nível Por Ultra-Som<br />
140 Medidor de Nível/Densidade/Vazão-Eletrônico Nuclear<br />
141 Medidor de Umidade/Espessura/Gramatura-Processo Nir<br />
142 Medidor de Vácuo Diversos<br />
143 Medidor de Vácuo Tipo Penning<br />
144 Medidor de Vácuo Tipo Pirani<br />
145 Medidor de Vazão Diversos<br />
146 Medidor de Vazão Magnético<br />
380
Item Especificação do Produto<br />
147 Medidor de Vazão Massica<br />
148 Medidor de Vazão por Ultra-Som<br />
149 Medidor de Vazão Sólido<br />
150 Medidor de Vazão Tipo Turbina<br />
151 Modulo de Controle-Eixo Eletromcânico<br />
152 Monitor de Sinal de Processo<br />
153 Motores de Corrente Alternada<br />
154 Motores de Corrente Continua<br />
155 Movimentador Linear Modular<br />
156 Oscilografo Digital-Registrador Digital de Perturbação<br />
157 Painéis de Comando e Controle em Baixa e Média Tensão<br />
158 Painel de <strong>Automação</strong> Com CLP<br />
159 Pirometro de Radiação<br />
160 Pirometro Digital<br />
161 Pirometro Diversos<br />
162 Pirometro Óptico<br />
163 Pirometro Registrador<br />
164 Placa <strong>Eletrônica</strong> P/Composição Servocontroles Eletrohidr<br />
165 Potenciometro Digital<br />
166 Pressostato Industrial<br />
167 Pressostato P/Equip de Refrigeração e Ar-Condicionado<br />
168 Programador de Posição<br />
169 Programador Sequenciador<br />
170 Purgador P/Vapor e Ar Comprimido<br />
171 Quadros de Distribuição Elétrica<br />
172 Rede de Telemetria<br />
173 Rede Industrial P/CLP<br />
174 Registrador de Processo Grafico Circular<br />
175 Registrador de Processo Grafico Retangular<br />
176 Registrador de Temperatura/Pressão Atraves de Software<br />
177 Registrador Pneumático<br />
178 Registrador Sequencial de Evento<br />
179 Réguas de Bornes<br />
180 Relé de Calculo Eletrônico Multiplicador/Divisor<br />
181 Relé de Calculo Eletrônico Somador/Subtrator<br />
182 Relé de Calculo/Limitação Pneumático<br />
183 Relés de Nível<br />
184 Relés de Sobrecarga<br />
381
Item Especificação do Produto<br />
185 Relés Inteligentes<br />
186 Relés Programáveis<br />
187 Relés Temporizadores<br />
188 Seletor de Sinal Eletrônico/Chave Seletora<br />
189 Sensor de Analise Carbono/Carbono Equiv. em Ferros Fundidos<br />
190 Sensor de Carbono Em Aco<br />
191 Sensor de Nível<br />
192 Sensor de Oxigênio Em Metais Líquidos Aco-Cobre<br />
193 Sensor de Proximidade A Prova de Explosão<br />
194 Sensor de Proximidade Capacitivo<br />
195 Sensor de Proximidade de Efeito Hall<br />
196 Sensor de Proximidade Indutivo<br />
197 Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)<br />
198 Sensor de Proximidade Magnético<br />
199 Sensor de Proximidade Ultra-Sonico<br />
200 Sensor de Temperatura em Metais Líquidos<br />
201 Sensor Óptico<br />
202 Sensor P/Sistema Sublanca<br />
203 Sensor Pneumático<br />
204 Sequenciador Programável<br />
205 Servoconversores<br />
206 Servomotores<br />
207 Sinalizadores<br />
208 Sinalizador P/Valvula Solenoide<br />
209 Sincro P/Comando e Indicação de Posição Angular<br />
210 Sistema A Laser P/Posicionamento<br />
211 Sistema Automatico de Dosagem-Ver Tambem Balanca Indl<br />
212 Sistema Automatico P/Execucao dos Processos de Couro<br />
213 Sistema de Aferição de Vazão em Linha Com Bocais Sonico<br />
214 Sistema de <strong>Automação</strong> de Rede de Distribuição de Energia<br />
215 Sistema de <strong>Automação</strong> e Controle<br />
216 Sistema de Condicionamento de Amostras P/Gases/Líquidos<br />
217 Sistema de Controle de Demanda de Energia Elétrica<br />
218 Sistema de Controle Distribuido<br />
219 Sistema de Controle P/Subestações Transm/Distr Energia<br />
220 Sistema de Controle Remoto<br />
221 Sistema de Gerenciamento de Apartes<br />
222 Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica<br />
382
Item Especificação do Produto<br />
223 Sistema de Gerenciamento de Producao<br />
224 Sistema de Gerenciamento Em Redes Elétricas<br />
225 Sistema de Imagem e Visão<br />
226 Sistema de Inspeção Visual P/Indústria<br />
227 Sistema de Localização de Falhas Em Redes Distribuição<br />
228 Sistema de Medição de Energia Centralizado<br />
229 Sistema de Medição de Energia/Agua/Gas<br />
230 Sistema de Medição e Controle de Espessura P/Filmes<br />
231 Sistema de Medição P/Consumidor Livre<br />
232 Sistema de Potencia Distribuida<br />
233 Sistema de Qualidade na Distribuição de Energia<br />
234 Sistema de Supervisão de Grandezas Nao Elétricas Via Pc<br />
235 Sistema de Supervisão e Comando de Chave Seccionadora<br />
236 Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados<br />
237 Sistema de Telemedição de Consumo de Energia<br />
238 Sistema de Telessupervisão de Eventos Via Rádio<br />
239 Sistema de Termometria P/Silo/Armazem-Central/Portatil<br />
240 Sistema de Transmissão de Programas P/Cnc e Clp<br />
241 Sistema Digital de <strong>Automação</strong> Industrial<br />
242 Sistema Digital de Controle Distribuido (Sdcd)<br />
243 Sistema Integrado P/Protecao/Controle Sistemas Energia<br />
244 Sistema Integrado Telecomando/Telemetria P/Saneamento<br />
245 Sistema Medição de Fronteira P/Energia Elétrica<br />
246 Sistema P/Controle e Contagem de Vasilhames<br />
247 Sistema P/Controle/Tarifa/Demanda/<strong>Automação</strong><br />
248 Sistema P/Medição Remota/<strong>Automação</strong> Distribuição Energia<br />
249 Sistema P/Rastreamento Bovino<br />
250 Sistema P/Supervisão de Máquinas Injetoras<br />
251 Sistema Supervisorio Industrial<br />
252 Sistema Telesupervisão P/Sistema Distribuição Energia<br />
253 Sistema Web de Telemetria<br />
254 Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Máquinas<br />
255 Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Processos<br />
256 Sistemas de Controle <strong>para</strong> Subestações de Energia<br />
257 Sistemas de Posicionamento<br />
258 Sistemas de Supervisão e Controle de Processos Industriais<br />
259 Sistemas Elétricos e Eletrônicos Industriais<br />
260 Sistemas Supervisórios<br />
383
Item Especificação do Produto<br />
261 Soft-Starters<br />
262 Software de Missão Crítica<br />
263 Software de Missão Crítica de Tempo Real Tecnologia Arm<br />
264 Software de Supervisão e Controle<br />
265 Software P/Analise/Comunicação/Leitura Medidor Energia<br />
266 Software P/<strong>Automação</strong> do Processo de Calibração<br />
267 Software P/Gerencia de Equipamentos de Telesupervisão<br />
268 Software P/Gerenciamento de Energia Elétrica<br />
269 Software P/Leitura e Configuração de Medidores<br />
270 Software P/Monitoração e Registro de Variaveis Processo<br />
271 Software P/Setor Elétrico<br />
272 Software P/Sistema Fieldbus<br />
273 Software P/Supervisão Sistema Refrigeração/Climatização<br />
274 Software P/Telemedição/Teleleitura de Consumo Energia<br />
275 Software P/Teste/Comunicação/Controle/<strong>Automação</strong><br />
276 Software Supervisão P/Processo Industrial Pequeno Porte<br />
277 Sonda de Profundidade P/Medição Nível Em Reservatorio<br />
278 Sonda P/Medição de Condutividade<br />
279 Sonda P/Medição de Oxigênio Dissolvido<br />
280 Sonda P/Medição de Ph<br />
281 Sonda P/Medição de Redox<br />
282 Supervisor de Dados de Producao<br />
283 Supervisor de Rotação e Fonte de Alimentação<br />
284 Terminal de Supervisão<br />
285 Terminal de Valvula-Eletropneumático<br />
286 Terminal Industrial Dnc<br />
287 Termoelemento<br />
288 Termopar<br />
289 Termopar Com Isolação Mineral<br />
290 Termopar Descartavel<br />
291 Termoresistencia<br />
292 Termostato Industrial<br />
293 Totalizador de Vazão<br />
294 Totalizador Eletrônico de Sinal<br />
295 Transdutor de Pressão/Corrente<br />
296 Transdutor de Pressão/Vácuo<br />
297 Transdutor de Temperatura<br />
298 Transdutor Eletrônico de Corrente/Pressão<br />
384
Item Especificação do Produto<br />
299 Transdutor Linear Indutivo<br />
300 Transdutor Linear P/Automatização de Máquina Operatriz<br />
301 Transdutor Linear Ultra-Sônico<br />
302 Transdutor Pneumático de Pressão/Corrente<br />
303 Transformadores de Comando<br />
304 Transformadores de Força<br />
305 Transmissor de Temperatura e Umidade Relativa<br />
306 Transmissor de Vazão Eletromcânico<br />
307 Transmissor de Vazão Eletrônico<br />
308 Transmissor de Vazão Pneumático<br />
309 Transmissor Digital de RPM<br />
310 Transmissor Eletrônico de Nível<br />
311 Transmissor Eletrônico de Pressão<br />
312 Transmissor Eletrônico de Pressão Diferencial<br />
313 Transmissor Eletrônico de Temperatura<br />
314 Transmissor Eletrônico Diversos<br />
315 Transmissor Magnético de Fluxo<br />
316 Transmissor Pneumático de Nível<br />
317 Transmissor Pneumático de Pressão<br />
318 Transmissor Pneumático de Pressão Diferencial<br />
319 Transmissor Pneumático de Temperatura<br />
320 Transmissor/Receptor de Rf P/Sistemas de <strong>Automação</strong><br />
321 Unidade Galvanicamente Isolada/Intrinsecamente Segura<br />
322 Unidade Terminal Remota<br />
323 Valvula de Controle<br />
324 Valvula Eletropneumatica<br />
325 Valvula Industrial<br />
326 Valvula Reguladora de Pressão/Regulador de Pressão<br />
327 Valvula Solenoide<br />
328 Valvula Termostatica<br />
329 Visor de Fluxo<br />
330 Visor de Nível<br />
385
ANEXO VI - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Predial-Residencial<br />
Quadro 37: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Predial-Residencial.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
1 Acces<br />
2 ACS<br />
3<br />
Amelco<br />
Integrador Sistema-CFTV<br />
Integrador Sistema-Controle de Acesso p/Área Restrita<br />
Integrador Sistema-Detecção/Combate de Incêndio<br />
Cartão modular de entrada/saída<br />
Controlador de fator de potencia/banco de capacitores<br />
Controlador/registrador de demanda<br />
Interface serial de comunicacao<br />
Isolador óptico<br />
Micromodem p/linha privada<br />
Registrador microprocessado p/supervisao de energia<br />
Sistema de controle de demanda de energia elétrica<br />
Sistema de gerenciamento de energia elétrica<br />
Sistema de medicao de energia centralizado<br />
Sistema de medicao de energia/agua/gas<br />
Sistema de supervisao/controle/aquisicao de dados<br />
Software p/gerenciamento de energia elétrica<br />
Transdutor de tensao<br />
Transdutor digital de grandezas elétricas<br />
Unidade de processamento digital de variaveis elétricas<br />
Unidade terminal remota<br />
Automatização de Porta e Portão<br />
Central de Portaria<br />
Fechadura Elétrica<br />
Porteiro Eletrônico<br />
Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas<br />
Vídeo Porteiro<br />
4 Alcatel Circuito Fechado de Televisão-CFTV SP<br />
5 Altus<br />
6 Areva<br />
Controlador lógico programável CLP<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Predial e Segurança<br />
Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas<br />
Sistema Integrado de <strong>Automação</strong> Predial e Segurança<br />
Sistema Integrado de Supervisão e Controle p/ Segurança<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Predial e Segurança<br />
7 ATI Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas MG<br />
8 AZ<br />
Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios<br />
Central Decodificadora de Telealarme<br />
Central Receptora de Rádio<br />
Codificador de Rádio Alarme<br />
Coletor Transmissor de Dados p/Sistema de Alarme<br />
Controlador de atuador sem fio a longa distância<br />
Controlador de bomba sem fio a longa distância<br />
Controlador de equipamento sem fio a longa distância<br />
Equipamento de Rádio Monitoramento de Alarme<br />
Equipamento de supervisão e controle<br />
Equipamento de telemetria<br />
Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança<br />
Sensor Magnético p/Sistema de Segurança<br />
Sensor Magnético RF p/Sistema de Alarme<br />
386<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
RS<br />
SP<br />
RS
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
9 Biometrus<br />
Chave de Segurança Biométrica<br />
Controle/Registro/Coleta de Dados p/Acesso/Ponto/Rota<br />
Integrador Sistema-Controle de Acesso p/Área Restrita<br />
Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas<br />
Software p/Controle de Acesso<br />
10 Bycon Gravador digital de vídeo p/CFTV (DVR) SP<br />
11 Compatec<br />
12 Comtex<br />
13 Controle<br />
14 Contronics<br />
15 Danval<br />
Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios<br />
Cerca Elétrica<br />
Discador Automático p/Sistema de Alarme<br />
Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança<br />
Sensor Magnético p/Sistema de Segurança<br />
Sensor Magnético por RFp/sistema de alarme<br />
Teclado p/Controle de Acesso<br />
Transmissor/Receptor de RF p/Sistema de Segurança<br />
Câmera móvel-domo (analógica, IP e Wireless)<br />
Circuito fechado de televisão-CFTV<br />
Console de operação p/ câmera móvel-domo<br />
Modulo de monitoramento integrado p/ câmera<br />
Sistema móvel de vídeo vigilância p/viaturas<br />
Unidade gerenciadora de comando e vídeo p/ câmera móvel<br />
Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />
Painel de automação com CLP<br />
Painel elétrico de proteção/comando/distribuição<br />
Painel/cabine/cubiculo p/sistema energia baixa tensão<br />
Painel/cabine/cubiculo p/sistema energia media tensão<br />
Claviculário eletrônico<br />
Controle/registro/coleta de dados-p/acesso/ponto/rota/.<br />
Sistema p/controle de rondas<br />
Campainha p/extensão de telefone<br />
Campainha p/ônibus<br />
Campainha-cigarra/musical/eletrônica<br />
Interruptor de cordel p/ônibus<br />
Monitor e vídeo p/ônibus<br />
Painel de destino p/ônibus<br />
Relé p/veículo<br />
16 Digistar Porteiro Eletrônico RS<br />
17 Eletromatic<br />
Automatização de Porta e Portão<br />
Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios<br />
Cerca Elétrica<br />
Controle Remoto p/ Porta Automática<br />
Discador Automático p/Sistema de Alarme<br />
Fechadura Elétrica<br />
Porteiro Eletrônico<br />
Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança<br />
Sensor Magnético p/Sistema de Segurança<br />
Sensor Magnético RF p/Sistema de Alarme<br />
Sirene p/ Alarme<br />
387<br />
MG<br />
RS<br />
RJ<br />
MG<br />
SC<br />
SP<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
18 Eletroppar<br />
19 Exatron<br />
20 Fort Knox<br />
21 Garen<br />
Automatização de Porta e Portão<br />
Cancela Automática p/ Veiculo<br />
Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios<br />
Cerca Elétrica<br />
Comunicador de Dados por GPRS/Ethernet-Segurança<br />
Controle Remoto p/ Porta Automática<br />
Discador Automático p/Sistema de Alarme<br />
Porteiro Eletrônico<br />
Receptor de Dados por GPRS/Ethernet-Segurança<br />
Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança<br />
Sistema de Monitoramento de Ambiente-Segurança<br />
Apontador laser/controle remoto por laser<br />
Chave magnética p/iluminação publica<br />
Dispositivo de proteção contra surtos<br />
Fotocélula (fotoresistor)<br />
Fotosoquete<br />
Interruptor automático por presença/sensor de presença<br />
Lanterna recarregável por a oel<br />
Minuteria (interruptor temporizado)<br />
Protetor contra surto/transiente em circuito alimentação<br />
Relé fotoelétrico p/iluminação publica<br />
Relé fotoelétrico p/instalação comercial ou industrial<br />
Relé fotoeletrônico<br />
Relé fotolux<br />
Relé fototimer p/instalação comercial ou industrial<br />
Sensor corporativo monitoramento + iluminação<br />
Sensores de presença <strong>para</strong> iluminação<br />
Sensor do nível de lux<br />
Sensor infravermelho p/monitoramento sistema segurança<br />
Sensor infravermelho p/sistema de segurança<br />
Shorting gap<br />
Soquete/tomada p/relé a oelétrico<br />
Variador de luminosidade-dimmer<br />
Integrador Sistema-CFTV<br />
Integrador Sistema-Contra Roubo/Intrusão<br />
Integrador Sistema-Controle de Acesso p/Área Restrita<br />
Automatização de Porta e Portão<br />
Autotransformador p/eletroeletrônicos domésticos<br />
Cancela Automática p/ Veiculo<br />
Cerca Elétrica<br />
Controle Remoto p/ Porta Automática<br />
Fonte de alimentação p/eliminação de pilhas/bateria<br />
Motor a,baixa tensão,ate 600v,monofásico<br />
Motor a,baixa tensão,ate 600v,trifásico<br />
Motor elétrico especial p/aplicações diversas<br />
Motor elétrico p/churrasqueira<br />
Motor elétrico p/maquina de lavar<br />
Motor elétrico p/portão eletrônico<br />
Motor elétrico p/ventilador<br />
Reator eletrônico p/ lâmpada fluorescente<br />
388<br />
SP<br />
RS<br />
SP<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
22 General Electric<br />
23 GLOBUS<br />
24 HDL<br />
Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />
Contator<br />
Disjuntor em caixa moldada industrial<br />
Disjuntor em caixa moldada residencial/comercial<br />
Gerador Elétrico-sincrono<br />
Hidrogerador p/grande central<br />
Hidrogerador p/media central<br />
Hidrogerador p/mini usina<br />
Hidrogerador p/pequena central<br />
Ignitor p/lâmpada de descarga a vapor<br />
Iluminação de Emergência<br />
Integrador sistema-<strong>Automação</strong> Industrial<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Predial e Segurança<br />
Integrador sistema-energia<br />
Integrador sistema-industrial<br />
Integrador sistema-infra-estrutura<br />
Integrador sistema-telecomunicações<br />
Lâmpada de multivapores metálicos<br />
Lâmpada de vapor: mercúrio e sódio<br />
Lâmpada fluorescente compacta<br />
Lâmpada fluorescente tubular<br />
Lâmpada halogena<br />
Lâmpada incandescente<br />
Lâmpada p/veiculo<br />
Luminária: industrial/comercial, pública e residencial/decorativa<br />
Painel de Comando p/Alarme<br />
Painel elétrico de proteção/comando/distribuição<br />
Painel mosaico/sinótico<br />
Painel/cabine/cubículo p/sistema energia alta tensão<br />
Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão<br />
Painel/cabine/cubículo p/sistema energia media tensão<br />
Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento industrial<br />
Regulador de tensão p/sistemas de potencia<br />
Regulador eletrônico p/turbina hidráulica/hidrogerador<br />
Relé auxiliar<br />
Relé de proteção/supervisão p/sistema elétrico<br />
Serviço de reforma em gerador/motor elétrico<br />
Turbogerador a gás<br />
Turbogerador a vapor<br />
Controlador programável<br />
Termostatos digitais e analógicos<br />
Controladores digitais<br />
Automatização de porta e portão<br />
Câmera p/circuito fechado de televisão<br />
Central portaria<br />
Central privada comutação telefônica-micro ABX<br />
Central privada comutação telefônica-pabx<br />
Fechadura elétrica<br />
Gravador digital de vídeo p/CFTV (DVR)<br />
Intercomunicador<br />
Porteiro eletrônico<br />
Sistema de controle de acesso a áreas restritas<br />
Vídeo Porteiro<br />
389<br />
SP<br />
RS<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
25 HELMUT<br />
Anunciador eletrônico de alarme<br />
Painel dinâmico digital de retroprojeção (DVD á wall)<br />
Painel mosaico/sinótico<br />
Registrador seqüencial de evento<br />
Relé auxiliar<br />
Relé de alarme ou sinalização<br />
Relé de tempo<br />
Sistema de controle remoto<br />
Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados<br />
26 Imply Sinalizador de Advertência p/ Obras RS<br />
27 Intelbras<br />
Anunciador eletrônico de alarme<br />
Central portaria<br />
Central privada comutação telefônica-micro DVD<br />
Central privada comutação telefônica <strong>–</strong>pabx<br />
Equipamento p/atendimento automático em DVD<br />
No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia<br />
Tarifador p/central/DVD /telex/telefone público<br />
Telefone com identificador de chamada<br />
Telefone de assinante<br />
Telefone ip<br />
Telefone sem fio<br />
28 KVA Iluminação de Emergência RS<br />
29 Kodo<br />
Câmera p/Circuito Fechado de Televisão<br />
Quadriculador de Imagem-PB/Cor<br />
30 Labramo Sinalizador Visual p/ Edifício/Torre SP<br />
31 Microsol Iluminação de Emergência CE<br />
32 Netio<br />
33<br />
Nitrix<br />
34 Panasonic<br />
Backup p/ Painel de Centrais de Alarme<br />
Comunicador GPRS/IP p/Telecomando/Telecontrole<br />
Câmera p/Circuito Fechado de Televisão<br />
Circuito Fechado de Televisão-CFTV<br />
Quadriculador de Imagem-PB/Cor<br />
Aparelho de som conjugado (micro/mini system)<br />
Auto-rádio (cd/mp3 players/DVD)<br />
Câmera: de vídeo-filmadora e Fotográfica digital<br />
Forno domestico de microondas<br />
Gravador de DVD<br />
Lanterna DVD átil<br />
Pilha: alcalina e bateria seca<br />
Telefone de assinante<br />
Televisor: CRT, LCD e PLASMA<br />
Vídeo cassete<br />
Vídeo disco digital (DVD)<br />
390<br />
SP<br />
SC<br />
BA<br />
SP<br />
MG<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
35 Pial Legrand<br />
Arandela<br />
Armário/painel/quadro p/distribuição energia-bt<br />
Caixa com tomada e disjuntor<br />
Caixa de derivação ou de passagem de parede<br />
Campainha-cigarra/musical/ icróica a<br />
Canaleta: p/painel e plástica/acessórios<br />
Chave elétrica de baixa tensão p/instalação<br />
Chave interruptora blindada<br />
Chave/lâmpada de teste<br />
Conector elétrico/borne<br />
Contator<br />
Cordão prolongador/extensão elétrica<br />
Disjuntor em caixa moldada residencial/comercial<br />
Espelho p/interruptor/tomada de embutir<br />
Fita/abraçadeira p/amarração de fios e cabos<br />
Fusível: cartucho e rolha<br />
Identificador p/painel/cabo<br />
Iluminação de emergência<br />
Interruptor automático por presença/sensor de presença<br />
Interruptor: centro e fim de cordão<br />
Interruptor: p/ embutir e p/ sobrepor<br />
Interruptor p/campainha/pulsador de embutir/sobrepor<br />
Isolante-fita de borracha de autofusão<br />
Isolante-fita isolante adesiva p/instalação elétrica<br />
Luminária: blindada e residencial/decorativa<br />
Minuteria (interruptor temporizado)<br />
Plugue/pino: industrial, polarizado e residencial<br />
Porta-starter p/ icróic fluorescente<br />
Porteiro eletrônico<br />
Quadro blindado<br />
Relé fotoelétrico p/instalação comercial ou industrial<br />
Soquete p/lâmpada especial-lapiseira/ icróica/halogena/<br />
Soquete p/lâmpada fluorescente tubular<br />
Soquete p/lâmpada incandescente/fluorescente compacta<br />
Starter p/lâmpada fluorescente<br />
Terminal elétrico<br />
Timer programável<br />
Tomada: de embutir em parede e p/ sobrepor<br />
Tomada industrial: de embutir e de sobrepor<br />
Tomada: p/TV/dados e polarizada<br />
Tomada/pino/adaptador p/telefone/dados (RJ)<br />
Variador de luminosidade-dimmer<br />
Vídeo porteiro<br />
36 Procomp Integrador Sistema-Contra Roubo/Intrusão SP<br />
391<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
37 Robert Bosch<br />
Alternador p/veiculo<br />
Bobina de ignição p/veiculo<br />
Bomba de injeção eletrônica p/veiculo<br />
Bomba em tanque de combustível p/veiculo<br />
Buzina p/veiculo<br />
Dínamo p/veiculo<br />
Distribuidor p/veiculo<br />
Esmerilhadeira<br />
Furadeira<br />
Injeção eletrônica de combustível p/veiculo<br />
Lixadeira<br />
Martelete<br />
Modulo eletrônico p/diversas aplicações em veiculo<br />
Motor elétrico p/limpador/lavador pára-brisa de veiculo<br />
Motor elétrico p/partida/arranque de veiculo<br />
Motor elétrico p/ventilador de veiculo<br />
Plaina<br />
Politriz<br />
Regulador de voltagem p/veiculo<br />
Retificadeira<br />
Sensor de estacionamento p/veiculo<br />
Serra circular<br />
Serra tico-tico<br />
Vela de ignição p/veiculo<br />
Vela incandescente p/veiculo<br />
38 Rontan Aviso Luminoso p/ Saída de Veiculo SP<br />
39<br />
Saturnia<br />
Acumulador elétrico estacionário reg p/válvula-bateria<br />
Acumulador elétrico estacionário ventilado-bateria<br />
Acumulador elétrico tracionario-bateria<br />
Fonte de alimentação p/equipamentos telecomunicações<br />
Integrador sistema-energia<br />
Quadro p/telefonia-especial/distribuição-ca/cc<br />
Sistema de energia p/telecomun em container/gabinete<br />
Sistema retificador chaveado em alta freqüência<br />
Unidade condicionadora de corrente alternada<br />
Unidade condicionadora de tensão<br />
Unidade conversora-cc/cc<br />
Unidade de diodo de queda<br />
Unidade de supervisão de corrente alternada<br />
Unidade de supervisão de corrente continua<br />
Unidade retificadora-ca/cc<br />
392<br />
SP<br />
RJ
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
40<br />
Schneider<br />
Barramento blindado<br />
Barramento blindado p/alta corrente<br />
Bobina de impedância p/sistema de tração<br />
Botão e botoeira: p/comando, p/sinalização<br />
Canaleta e ferragem p/instalação aérea industrial<br />
Canalização elétrica pré-fabricada<br />
Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />
Chave elétrica: compensadora, comutadora, de partida direta,<br />
Chave elétrica: estrela/triangulo, interruptora, reversora<br />
Chave elétrica: seccionadora, série/<strong>para</strong>lela<br />
Chave eletrônica fim-de-curso (micro switch)<br />
Chave fim de curso: eletromecânica e rotativa<br />
Chave interruptora a gás p/poste<br />
Chopper p/sistema de tração<br />
Computador industrial<br />
Conector elétrico/borne<br />
Contato elétrico<br />
Contator: Geral, a gás SF6 e a prova de explosão, sobre barra<br />
Contator integrado (disjuntor/seccionador)<br />
Controlador lógico programável (CLP)<br />
Conversor estático p/acionamento motor ca/inversor freqüência<br />
Conversor estático p/acionamento motor cc<br />
Conversor/inversor p/sistema de tração<br />
Disjuntor: a gás SF6, a seco, p/rede aérea<br />
Disjuntor em caixa moldada: industrial, Residencial/Comercial<br />
Dispositivo de comando e proteção naval<br />
Equipamentos diversos p/sistema de tração<br />
Interface Homem-Máquina (IHM)<br />
Interruptor: de embutir, de sobrepor<br />
Interruptor p/campainha/pulsador de embutir/sobrepor<br />
Interruptor-seccionador com comando rotativo<br />
Isolante-fita ou laminado de poliéster<br />
Mesa de comando local de rota (controle de tráfego)<br />
Modulo elétrico/eletrônico p/controle grupo gerador<br />
Painel elétrico de proteção/comando/distribuição<br />
Painel mosaico/sinótico, sinótico p/controle de rota e tráfego<br />
Painel/cabine/cubículo p/sistema energia: alta, baixa e média<br />
tensão<br />
Painel/quadro/mesa de comando naval<br />
Plugue/pino: industrial, polarizado e residencial<br />
Pressostato industrial<br />
Rede industrial p/CLP<br />
Relé p/comando e controle de máquinas, p/sistema de tração<br />
Relé térmico<br />
Relés p/diversas aplicações<br />
Retificador industrial-corrente/proteção catódica/espec<br />
Sensor de proximidade: fotoelétrico, indutivo e magnético<br />
Sistema de sinalização p/ferrovia/metro (tráfego)<br />
Sistema de transmissão dados p/controle tráfego veículo<br />
Sistema de transmissão de programas p/CNC e CLP<br />
Subestação: blindada, compacta, móvel e retificadora<br />
Subestações<br />
Terminal de supervisão<br />
Tomada: polarizada, p/ sobrepor, industrial de embutir e<br />
sobrepor<br />
Transformador/autotransformador industrial a seco/resina<br />
393<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
41 Setha<br />
42 Siemens<br />
Circuito Fechado de Televisão-CFTV<br />
Sistema Telefônico de Emergência<br />
Acionador de Alarme de Incêndio<br />
Analisador/detector/controlador de gases em geral<br />
Anunciador eletrônico de alarme<br />
Aparelho de ondas curtas p/terapia<br />
Aparelhos diversos de ultra-som p/uso medico<br />
Armário/painel/quadro p/distribuição energia-bt<br />
Balança eletrônica p/pesagem industrial<br />
Balança eletrônica rodoviária<br />
Banco de capacitor automático p/correção fator potencia<br />
Bandeja/leito/calha p/condutor elétrico<br />
Barramento blindado<br />
Barramento blindado p/alta corrente<br />
Barreira de segurança intrínseca<br />
Base p/fusível<br />
Base p/fusível nh<br />
Bisturi eletrônico<br />
Bobina p/motor elétrico<br />
Botão e botoeira p/comando<br />
Botão e botoeira p/sinalização<br />
Caixa de derivação ou de passagem de piso<br />
Central de Alarme de Incêndio<br />
Centro de controle de motores-ccm (painel)<br />
Centro de controle de tráfego p/trem/metro<br />
Chave elétrica compensadora<br />
Chave elétrica comutadora<br />
Chave elétrica de baixa tensão p/instalação<br />
Chave elétrica de outros tipos/especial<br />
Chave elétrica de partida direta<br />
Chave elétrica estrela/triangulo<br />
Chave elétrica interruptora<br />
Chave elétrica reversora<br />
Chave elétrica rotativa<br />
Chave elétrica seccionadora<br />
Chave elétrica serie/<strong>para</strong>lela<br />
Chave fim de curso eletromecânica<br />
Chave interruptora blindada<br />
Chopper p/sistema de tração<br />
Compensador de energia estático<br />
Compensador de energia síncrono<br />
Computador industrial<br />
Comutador de derivação em carga p/transformador<br />
Contator<br />
Contator a vácuo<br />
Controle e automação de trem/metro<br />
Conversor estático p/acion motor ca/inversor freqüência<br />
Conversor estático p/acionamento motor cc<br />
Conversor estático p/acionamento servomotores<br />
Conversor/inversor p/sistema de tração<br />
Detector de chama/faísca p/sistema de alarme incêndio<br />
Detector infravermelho/uv p/sistema de alarme incêndio<br />
Detector iônico de fumaça p/sistema de alarme incêndio<br />
Detector óptico de fumaça p/sistema alarme incêndio<br />
394<br />
RJ<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
42 Siemens<br />
Detector térmico p/sistema de alarme incêndio<br />
Detector termovelocimétrico p/sistema alarme incêndio<br />
Disjuntor a gás SF16<br />
Disjuntor a óleo<br />
Disjuntor a seco<br />
Disjuntor a vácuo<br />
Disjuntor em caixa moldada industrial<br />
Disjuntor em caixa moldada residencial/comercial<br />
Dispositivo diferencial residual<br />
Dispositivos diversos p/sistema de alarme incêndio<br />
Eletrocardiógrafo<br />
Equipamento de raio x p/diagnostico medico<br />
Equipamentos diversos p/sistema de tração<br />
Estabilizador de tensão<br />
Excitatriz estática p/maquina elétrica rotativa<br />
Foco cirúrgico halogênio<br />
Fusível diazed<br />
Fusível nh<br />
Gerador elétrico-síncrono<br />
Gerador síncrono naval<br />
Gerador/alternador p/sistema de tração<br />
Hidrogerador p/grande central<br />
Hidrogerador p/media central<br />
Hidrogerador p/mini usina<br />
Hidrogerador p/pequena central<br />
Ignitor p/lâmpada de descarga a vapor<br />
Iluminação de Emergência<br />
Integrador sistema-automação industrial<br />
Integrador sistema-controle de tráfego de veiculos<br />
Integrador sistema-industrial<br />
Interruptor de embutir<br />
Interruptor de sobrepor<br />
Luminária industrial/comercial<br />
Luminária publica<br />
Medidor de radiação p/aparelho de raio x<br />
Monitor de umidade em óleo<br />
Monitor hospitalar de beira de leito<br />
No-break rotativo<br />
No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia<br />
Painel de comando p/alarme<br />
Painel elétrico de proteção/comando/distribuição<br />
Painel mosaico/sinótico<br />
Painel sinótico p/controle de rota (controle tráfego)<br />
Painel/cabine/cubículo p/sistema energia alta tensão<br />
Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão<br />
Painel/cabine/cubículo p/sistema energia media tensão<br />
Painel/quadro/mesa de comando naval<br />
Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento indl<br />
Porta-escova p/motor elétrico<br />
Projetor p/iluminação<br />
Reatores diversos p/sistemas elétricos de potencia<br />
Regulador de tensão p/sistemas de potencia<br />
Regulador eletrônico p/turbina hidráulica/hidrogerador<br />
Relé de proteção/supervisão p/sistema elétrico<br />
Relés p/diversas aplicações<br />
395<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
42 Siemens<br />
43<br />
Sony<br />
44 Sulton<br />
Seccionador p/operação com carga<br />
Seccionador p/operação sem carga<br />
Serviço de reforma em gerador/motor elétrico<br />
Serviço de reforma em transformador<br />
Sinalizador acústico e visual p/alarme de incêndio<br />
Sinalizador acústico/visual de alarme<br />
Sirene p/alarme<br />
Sistema de controle distribuído<br />
Sistema de monitoração de transformador<br />
Sistema de sinalização p/ferrovia/metro (tráfego)<br />
Subestação blindada<br />
Subestação compacta<br />
Subestação movel<br />
Subestação retificadora<br />
Subestações<br />
Tomada de embutir em parede<br />
Tomada de embutir no piso<br />
Tomada de sobrepor<br />
Tomada industrial de sobrepor<br />
Transformador de corrente<br />
Transformador de corrente industrial<br />
Transformador de potencial capacitivo<br />
Transformador de potencial industrial<br />
Transformador de potencial indutivo<br />
Transformador p/forno<br />
Transformador/autotransformador de distribuição<br />
Transformador/autotransformador de forca<br />
Transformador/autotransformador indl a seco/resina<br />
Transformador/autotransformador indl especiais<br />
Trilho p/montagem de conector<br />
Turbogerador a gás<br />
Turbogerador a vapor<br />
Aparelho de áudio portátil-cd player<br />
Aparelho de áudio portátil-mp3/mp4 player<br />
Aparelho de som conjugado (micro/mini system)<br />
Auto-radio (CD/MP3 players/DVD)<br />
Câmera de vídeo-filmadora<br />
Câmera fotográfica digital<br />
Computador portátil<br />
Gravador de DVD<br />
Radio gravador<br />
Sistema home theater<br />
Televisor-LCD<br />
Toca disco modular a laser<br />
Vídeo disco digital (DVD)<br />
Carregador de bateria com fonte chaveada<br />
Central de alarme contra roubo e acessórios<br />
Cerca elétrica<br />
Controle remoto p/central de alarme<br />
Controle remoto p/porta automática<br />
Discador automático p/sistema de alarme<br />
Fonte de alimentação<br />
Sensor infravermelho p/sistema de segurança<br />
Sensor magnético p/sistema de segurança<br />
Sensor magnético por RF p/sistema de alarme<br />
Sirene p/alarme<br />
396<br />
PR<br />
SP<br />
PR
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
45 Teikon<br />
46 Thevear<br />
47 Tron<br />
Montagem de placa circuito impresso-componente convenc<br />
Montagem de placa circuito impresso-componente smd<br />
Montagem/teste de produtos eletrônicos<br />
Amplificador de potencia p/antena<br />
Amplificador de sinal p/antena (booster)<br />
Antena coletiva<br />
Antena doméstica: TV-externa, TV-interna<br />
Central portaria<br />
Circuito Fechado de Televisão-CFTV<br />
Conversor de sinal p/antena<br />
Distribuidor de sinal p/antena<br />
Divisor de frequencia p/antena<br />
Intercomunicador<br />
Misturador/equalizador de frequencia p/antena<br />
Modulador de áudio e vídeo p/antena<br />
Porteiro Eletrônico<br />
Receptor de sinais de vídeo/áudio via satélite<br />
Se<strong>para</strong>dor de VHF/UHF p/antena<br />
Sinalizador Acústico/Visual de Alarme<br />
Tomada de alta frequencia p/antena<br />
Vídeo Porteiro<br />
Controlador de energia-corte e religamento automático<br />
Controladores: nível, temperatura<br />
Conversor serial p/tcp/ip ethernet<br />
Dosador de líquido p/lavanderia/cozinha/tratamento água<br />
Fonte p/redução consumo energia em rede de iluminação<br />
Gerador trifásico p/simulação e teste em equipamentos<br />
Indicador digital de temperatura<br />
Pára-raios de baixa tensão<br />
Protetor contra surto/transiente em circuito alimentação<br />
Relé: auxiliar, proteção, tempo, térmico<br />
Relé de proteção p/motor elétrico<br />
Relé de proteção térmica<br />
Relés p/diversas aplicações<br />
Sensor: nível, proximidade capacitivo<br />
Sistema de controle acesso a armários/ambientes telefon<br />
Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados<br />
Temporizador<br />
Temporizador p/eventos cíclicos<br />
Timer programável<br />
Totalizador horário<br />
48 Upsai Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança SP<br />
49 Vertex<br />
Iluminação de Emergência<br />
Luminária residencial/decorativa<br />
50 VMI Equipamento de raio X p/inspeção de bagagem/carga MG<br />
397<br />
RS<br />
SP<br />
PE<br />
RS
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
51 WEG<br />
Acionamentos de Corrente Alternada<br />
Bornes e Réguas de Bornes<br />
Botoeiras e Sinalizadores<br />
Capacitores de Correção de Fator de Potência<br />
Centros de Controle de Motores (CCM) Convencionais<br />
Centros de Controle de Motores (CCM) Inteligentes<br />
Chaves de Partida Compensadora<br />
Chaves de Partida Direta<br />
Chaves de Partida Estrela-Triângulo<br />
Chaves de Partida Soft-Starters<br />
Chaves Seccionadoras<br />
Componentes <strong>para</strong> Comando, Controle, Proteção e Sinalização<br />
Contatores de Comando e de Força<br />
Controladores Lógicos Programáveis<br />
Conversores de Frequência<br />
Conversores de Frequência Com PLC<br />
Disjuntores Termomagnéticos<br />
Disjuntores DM Caixa Moldada<br />
Disjuntores-Motor<br />
Fusíveis Tipo D e Nh<br />
Interfaces Homem-Máquina<br />
Inversores de Frequência<br />
Inversores de Frequência Com PLC<br />
Motores de Corrente Alternada<br />
Painéis de Comando e Controle em Baixa e Média Tensão<br />
Quadros de Distribuição Elétrica<br />
Relés de Nível<br />
Relés de Sobrecarga<br />
Relés Inteligentes<br />
Relés Programáveis<br />
Relés Temporizadores<br />
Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Máquinas<br />
Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Processos<br />
Sistemas Supervisórios<br />
Sistemas de Supervisão e Controle<br />
Soft-Starters<br />
398<br />
SC
ANEXO VII - Principais Produtos Comerciais Fabricados<br />
no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong> Predial-Residencial<br />
Quadro 38: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />
Predial-Residencial.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Item Especificação do Produto<br />
1 Acionador de Alarme de Incêndio<br />
2 Acionamentos de Corrente Alternada<br />
3 Automatização de Porta e Portao<br />
4 Aviso Luminoso P/Saída de Veiculo<br />
5 Backup P/Painel de Centrais de Alarme<br />
6 Botoeiras e Sinalizadores<br />
7 Cabeça de Comando Elétrico P/Sistema Combate Incêndio<br />
8 Câmera Móvel-Domo<br />
9 Câmera P/Circuito Fechado de Televisão<br />
10 Cancela Automática P/Veiculo<br />
11 Canhão de Iluminação Infravermelha P/CFTV<br />
12 Capacitores de Correção de Fator de Potência<br />
13 Central de Alarme Contra Roubo e Acessorios<br />
14 Central de Alarme de Incêndio<br />
15 Central Decodificadora de Telealarme<br />
16 Central Portaria<br />
17 Central Receptora de Rádio<br />
18 Centros de Controle de Motores (CCM) Convencionais ou Inteligentes<br />
19 Cerca Elétrica<br />
20 Chave de Segurança Biométrica<br />
21 Chaves de Partida Compensadora<br />
22 Chaves de Partida Direta<br />
23 Chaves de Partida Estrela-Triângulo<br />
24 Chaves de Partida Soft-Starters<br />
25 Chaves Seccionadoras<br />
26 Circuito Fechado de Televisão-CFTV<br />
27 Claviculario Eletrônico<br />
28 Codificador de Rádio Alarme<br />
29 Codificador P/Rádio Monitoramento<br />
30 Coletor Transmissor de Dados P/Sistema de Alarme<br />
31 Componentes <strong>para</strong> Comando, Controle, Proteção e Sinalização<br />
32 Comunicador de Dados por Gprs/Ethernet-Segurança<br />
399
Item Especificação do Produto<br />
33 Comunicador GPRS/IP P/Telecomando/Telecontrole<br />
34 Console de Operação P/Câmera Móvel<br />
35 Contatores de Comando e de Força<br />
36 Controlador de Acesso em Terminais por Fichas/Bilhetes<br />
37 Controlador de Panoramizador-Pan/Tilt<br />
38 Controle Remoto P/Porta Automática<br />
39 Controle/Registro/Coleta de Dados-P/Acesso/Ponto/Rota<br />
40 Conversores de Frequência<br />
41 Conversores de Frequência com PLC<br />
42 Cortina de Luz<br />
43 Detector de Chama/Faisca P/Sistema de Alarme Incêndio<br />
44 Detector de Gás Residencial<br />
45 Detector de Metal P/Revista Pessoal Fixo/Portatil<br />
46 Detector de RF/Tel Celular/Celular Espião/Câmera Oculta<br />
47 Detector Infravermelho/UV P/Sistema de Alarme Incêndio<br />
48 Detector Ionico de Fumaca P/Sistema de Alarme Incêndio<br />
49 Detector Óptico de Fumaca P/Sistema Alarme Incêndio<br />
50 Detector Térmico P/Sistema de Alarme Incêndio<br />
51 Detector Termovelocimetrico P/Sistema Alarme Incêndio<br />
52 Discador Automático P/Sistema de Alarme<br />
53 Disjuntores<br />
54 Dispositivo P/Senha Digital<br />
55 Dispositivos Diversos P/Sistema de Alarme Incêndio<br />
56 Equipamento de Rádio Monitoramento de Alarme<br />
57 Equipamento Segurança C/Câmara Fotográfica Operada Remotamente<br />
58 Fechadura Elétrica<br />
59 Fusíveis Tipo D E Nh<br />
60 Gravador Digital de Vídeo P/CFTV (DVR)<br />
61 Iluminação de Emergência<br />
62 Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Ar-Condicionado/Iluminação<br />
63 Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Predial e Segurança<br />
64 Integrador Sistema-CFTV<br />
65 Integrador Sistema-Contra Roubo/Intrusão<br />
66 Integrador Sistema-Controle de Acesso P/Área Restrita<br />
67 Integrador Sistema-Detecção/Combate de Incêndio<br />
68 Interfaces Homem Máquina<br />
69 Inversores de Frequência<br />
70 Inversores de Frequência Com PLC<br />
400
Item Especificação do Produto<br />
71 Maleta P/Monitoramento/Gravação de Áudio/Vídeo Sem Fio<br />
72 Microcâmera Sem Fio<br />
73 Microfone Sem Fio P/Escuta de Ambientes<br />
74 Modulo de Monitoramento Integrado P/Câmera Móvel-Domo<br />
75 Monitor de Vídeo/Áudio Com/Sem Receptor<br />
76 Motores de Corrente Alternada<br />
77 Painéis de Comando E Controle Em Baixa E Média Tensão<br />
78 Painel de Comando P/Alarme<br />
79 Panoramizador-Pan/Tilt<br />
80 Placa de Captura Digital de Imagens<br />
81 Porteiro Eletrônico<br />
82 Porteiro Eletrônico Sem Fio<br />
83 Processador de Interface em Tempo Real<br />
84 Processador de Rede em Tempo Real<br />
85 Processador P/Controle de Acesso em Tempo Real<br />
86 Processador P/Monitoramento em Tempo Real<br />
87 Quadriculador de Imagem-Pb/Cor<br />
89 Quadros de Distribuição Elétrica<br />
90 Receptor de Dados por Gprs/Ethernet-Segurança<br />
91 Receptor de Vídeo/Áudio P/Microcâmera<br />
92 Relés de Nível<br />
93 Relés de Sobrecarga<br />
94 Relés Inteligentes<br />
95 Relés Programáveis<br />
96 Relés Temporizadores<br />
97 Relógio Elétrico/Eletrônico de Ponto<br />
98 Sensor Infravermelho P/Sistema de Segurança<br />
99 Sensor Magnético P/Sistema de Segurança<br />
100 Sensor Magnético por RF P/Sistema de Alarme<br />
101 Sinalizador Acustico e Visual P/Alarme de Incêndio<br />
102 Sinalizador Acustico/Visual de Alarme<br />
103 Sinalizador de Advertencia P/Obras<br />
104 Sinalizador Visual P/Edificio/Torre<br />
105 Sirene P/Alarme<br />
106 Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas<br />
107 Sistema de Monitoramento de Ambiente-Segurança<br />
108 Sistema Integrado de <strong>Automação</strong> Predial E Segurança<br />
109 Sistema Integrado de Supervisão E Controle P/Segurança<br />
401
Item Especificação do Produto<br />
110 Sistema Rádio Monitoramento P/Segurança-Acesso/Incêndio<br />
112 Sistema Telefonico de Emergência<br />
113 Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Máquinas<br />
114 Sistemas de <strong>Automação</strong> e Controle de Processos<br />
115 Sistemas de Supervisão e Controle<br />
116 Sistemas Supervisórios<br />
117 Soft-Starters<br />
118 Software P/Controle de Acesso<br />
119 Teclado P/Controle de Acesso<br />
120 Tele Alarme P/Monitorização<br />
121 Terminal de Acesso P/Estacionamento<br />
122 Terminal de Acesso-Catraca<br />
123 Transformador de Impedancia P/CFTV (Balun)<br />
124 Transmissor Portatil de Vídeo/Áudio<br />
125 Transmissor/Receptor de Rf P/Sistema de Segurança<br />
126 Transmissor/Receptor de Vídeo Via Rede Elétrica<br />
127 Transmissor/Receptor P/Controle Base Móvel de Câmera<br />
128 Unidade Gerenciadora de Comando e Vídeo P/Câmera Móvel<br />
129 Valvula de Retencao P/Sistema Combate Incêndio<br />
130 Vídeo Porteiro<br />
402
ANEXO VIII - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Comercial<br />
Quadro 39: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Comercial.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
1<br />
ACS<br />
Cartão Modular de Entrada e Saída SP<br />
2 AIDC Impressora Térmica SP<br />
3 APB<br />
Controlador Entrada Passageiros por Leitor Magnético<br />
Controlador entrada passageiros-leitor cartão s/contato<br />
4 Balluf Sistema de Identificação com Etiqueta <strong>Eletrônica</strong> SP<br />
5 Bematech<br />
Balanças<br />
Coletor de dados portátil/fixo<br />
Gaveta de dinheiro p/equipamento de automação comercial<br />
Impressora de cheques<br />
Impressora fiscal<br />
Impressora matricial<br />
Impressora p/ código de barras<br />
Impressora térmica<br />
Impressoras diversas<br />
Interface display<br />
Leitora de código de barras/CMC-7<br />
Leitora óptica p/aplicações diversas<br />
Mecanismo p/impressora<br />
Micro terminal<br />
Modem<br />
6 Brtec Relógio de Parede SP<br />
7 Contronics Sistema p/Controle de Rondas SC<br />
8 Dataregis<br />
9 Digicon<br />
Impressoras Diversas<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Comercial<br />
Modem GSM/GPRS<br />
Software p/ <strong>Automação</strong> Comercial<br />
Terminal de Consulta de Preço<br />
Terminal de Ponto de Venda<br />
Coletor de Dados Portátil/Fixo<br />
Controlador Entrada Passageiros por Leitor Magnético<br />
Controlador entrada passageiros-leitor cartão s/contato<br />
10 Elgin Impressora p/ Código de Barras SP<br />
11 Eliseu Kopp<br />
Painel Elétrico p/Mensagens Publicitárias-Triedro<br />
Painel Eletrônico p/ Mídia Externa<br />
Painel p /Informação Visual-Indústria/Comércio/Prédio<br />
Painel p/ Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura<br />
Placar Eletrônico Poliesportivo<br />
12 Engebras Controle Eletrônico de Estacionamento Público (Tráfego) SP<br />
13 Gertec<br />
Computador Compacto p/<strong>Automação</strong> Comercial<br />
Display p/consumidor<br />
Microterminal de <strong>Automação</strong> Comercial<br />
Modem GSM/GPRS<br />
Teclado p/Equipamento de <strong>Automação</strong> Comercial<br />
Terminal de Consulta de Preço<br />
14 IBM Sistema p/Atendimento ao Público-Terminal/Painel Senhas SP<br />
403<br />
SP<br />
PR<br />
SP<br />
RS<br />
RS<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
15 Imply<br />
Painel Eletrônico p/ Mídia Externa<br />
Painel p /Informação Visual-Indústria/Comércio/Prédio<br />
Painel p/ Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura<br />
Placar Eletrônico Poliesportivo<br />
16 I-Vision Câmera Industrial de Imagem e Visão MG<br />
18<br />
Itautec<br />
19 Mecaf<br />
20 Menno<br />
21 Procomp<br />
Impressora fiscal<br />
Integrador sistema-automação comercial<br />
Microcomputador <strong>para</strong> automação comercial<br />
Sistema p/atendimento ao público-terminal/painel senhas<br />
Software p/automação comercial<br />
Teclado p/ automação comercial<br />
Terminal de auto atendimento p/ checkout<br />
Terminal de consulta<br />
Terminal de consulta multimídia-totem ou quiosque<br />
Terminal de pagamento de contas<br />
Terminal de ponto de venda<br />
Impressora Térmica<br />
Impressoras Diversas<br />
Impressora Térmica<br />
Modulo Gaveteiro p/<strong>Automação</strong> Comercial<br />
Impressora Térmica<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Comercial<br />
Terminal de Atendimento <strong>–</strong> SUS<br />
Terminal de Ponto de Venda<br />
Terminal Lotérico<br />
22 Sagem-Orga Cartão Inteligente SP<br />
20 Serttel<br />
23 Shempo<br />
25<br />
Sweda<br />
Integrador Sistema-Estacionamento Público P/VE<br />
Sistema de Monitoramento/Rastreamento Veículos (GPS)<br />
Painel Elétrico p/ Mensagens Publicitárias-Triedro<br />
Painel Eletrônico p/ Mídia Externa<br />
Painel p /Informação Visual-Indústria/Comércio/Prédio<br />
Painel p/ Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura<br />
Relógio Digital Outdoor<br />
Relógio e Termômetro Digital p/ Painel Publicitário<br />
Sistema p/Atendimento ao Público-Terminal/Painel Senhas<br />
Computador Compacto p/<strong>Automação</strong> Comercial<br />
Impressora Térmica<br />
Leitora Ótica com Balança <strong>Eletrônica</strong><br />
Microterminal de <strong>Automação</strong> Comercial<br />
Pistola Laser p/ Leitura de Código de Barras<br />
Terminal de Ponto de Venda<br />
Touchscreen p/ <strong>Automação</strong> Comercial<br />
26 Tecpoint Máquina Automática de Impressão de Carimbos SP<br />
27 TESC Controle Eletrônico de Estacionamento Público (Tráfego) SP<br />
28 Unisys<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Comercial<br />
Terminal de Ponto de Venda<br />
404<br />
RS<br />
SP<br />
SP<br />
RS<br />
SP<br />
PE<br />
SP<br />
SP<br />
SP
ANEXO IX - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado<br />
Nacional de <strong>Automação</strong> Comercial<br />
Quadro 40: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />
Comercial.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Item Especificação do Produto<br />
1 Câmera Industrial de Imagem e Visão<br />
2 Cartao Inteligente<br />
3 Cartao Magnético/de Código de Barras<br />
4 Cartao Modular de Entrada/Saída<br />
5 Coletor de Dados Portatil/Fixo<br />
6 Computador Compacto P/<strong>Automação</strong> Comercial<br />
7 Computador de Pequeno Porte (Mac)-Comércio<br />
8 Controlador de Abastecimento de Frota de Veiculos<br />
9 Controlador Eletrônico P/Fila Unica<br />
10 Controlador Entrada Passageiros por Leitor Magnético<br />
11 Controlador Entrada Passageiros-Leitor Cartao S/Contato<br />
12 Controlador Entrada Passageiros-Leitor Ótico/Indutivo<br />
13 Controladora Remota de Terminais<br />
14 Controle Eletrônico de Estacionamento Público (Tráfego)<br />
15 Display P/Consumidor<br />
16 Equipamento de <strong>Automação</strong> Postal<br />
17 Equipamento de Reconhecimento de Fala<br />
18 Equipamento P/Inserir Informações em Banco Dados Via Fax<br />
19 Equipamento P/Rastreamento/Autenticação de Objeto<br />
20 Etiqueta <strong>Eletrônica</strong> Anti-Furto/Rígida<br />
21 Impressora P/Código de Barras<br />
22 Impressora Térmica<br />
23 Impressoras Diversas<br />
24 Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Comercial<br />
25 Integrador Sistema-Empresarial<br />
26 Integrador Sistema-Estacionamento Rotativo Público P/Veículos<br />
27 Leitora Optica com Balanca <strong>Eletrônica</strong><br />
28 Leitora Optica P/Aplicações Diversas<br />
29 Máquina Automática de Impressão de Carimbos<br />
30 Microterminal de <strong>Automação</strong> Comercial<br />
31 Modem GSM/GPRS<br />
32 Modulo Gaveteiro P/<strong>Automação</strong> Comercial<br />
405
Item Especificação do Produto<br />
33 Painel de Imagem Digital-Outdoor<br />
34 Painel Elétrico P/Mensagens Publicitárias - Triedro<br />
35 Painel Eletrônico P/Midia Externa<br />
36 Painel P/Informação Visual-Aeroporto/Metro/Rodoviária<br />
37 Painel P/Informação Visual-Indústria/Comercio/Predio<br />
38 Painel P/Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura<br />
39 Painel P/Publicidade/Resultado em Estádios<br />
40 Painel Rotativo P/Mensagens Publicitarias em Estadios<br />
41 Pistola Laser P/Leitura de Código de Barras<br />
42 Placar Eletrônico Poliesportivo<br />
43 Relógio de Parede<br />
44 Relógio de Vigia<br />
45 Relógio Digital-Outdoor<br />
46 Relógio e Termômetro Digital P/Painel Publicitário<br />
47 Relógio Sinaleiro Digital<br />
48 Sistema de Identificação com Etiqueta <strong>Eletrônica</strong><br />
49 Sistema de Monitoramento/Rastreamento Veiculos por GPS<br />
50 Sistema de Vigilancia <strong>Eletrônica</strong> de Mercadoria<br />
51 Sistema P/Atendimento ao Público-Terminal/Painel Senhas<br />
52 Sistema P/Controle de Rondas<br />
53 Software P/<strong>Automação</strong> Comercial<br />
54 Software-Plataforma de Segurança Empresarial<br />
55 Teclado P/Equipamento de <strong>Automação</strong> Comercial<br />
56 Terminal de Atendimento-Sus<br />
57 Terminal de Consulta de Preço<br />
58 Terminal de Ponto de Venda<br />
59 Terminal Loterico<br />
60 Terminal Touchscreen P/<strong>Automação</strong> Comercial<br />
61 Transponder-Rf Tag-Etiqueta <strong>Eletrônica</strong> de Leitura RF<br />
406
ANEXO X - Empresas Nacionais - <strong>Automação</strong> Bancária<br />
Quadro 41: Empresas Nacionais de <strong>Automação</strong> Bancária.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
1 AIDC Impressora Fiscal SP<br />
2 Alcatel-Lucent<br />
Terminal de Comunicação<br />
Terminal de Consulta<br />
Terminal de Vídeo-Texto<br />
3 Amelco Sistema de Controle de Acesso p/Atm SP<br />
5 Braview Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD MG<br />
6 Bull Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Bancária SP<br />
7 Canon Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Scanner/Fax SP<br />
8<br />
9<br />
CIS<br />
Cobra<br />
Leitor/Gravador de Cartões Inteligentes (Smart Cards)<br />
Leitora de Cartão Magnético<br />
Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />
Computador de Médio Porte<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Bancária<br />
Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extrato<br />
Terminal de Caixa Automático<br />
10 Daiken Integrador Sistema-Salas de Auto-Atendimento P/Bancos SP<br />
11 Daruma Impressora Fiscal SP<br />
12 Dataregis<br />
Caixa Registradora <strong>Eletrônica</strong><br />
Impressora Fiscal<br />
Terminal de Consulta<br />
13 Dell Computador de Médio Porte RS<br />
14<br />
Digicon<br />
Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax SP<br />
15 Elgin Impressora Matricial SP<br />
16 Envision Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD SP<br />
17 Epson<br />
18 Esystech<br />
19 Gertec<br />
20 HP<br />
Impressora Fiscal<br />
Impressora Jato de Tinta<br />
Impressora Matricial<br />
Software p/Controle de Ativo de TI<br />
Software p/Gerenciamento de Rede de Computadores<br />
Leitor/Gravador de Cartões Inteligentes (Smart Cards)<br />
Leitora de Cartão Magnético<br />
Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />
Micro terminal com Display em Cristal Líquido<br />
Terminal de Transferência <strong>Eletrônica</strong> de Fundos<br />
Computador de Médio Porte<br />
Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax<br />
Impressora Jato de Tinta<br />
Impressora Laser<br />
407<br />
SP<br />
SP<br />
RJ<br />
SP<br />
SP<br />
PR<br />
SP<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
21 IBM<br />
Computador de Grande Porte<br />
Computador de Médio Porte<br />
Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extrato<br />
Terminal de Caixa Automático<br />
Terminal de Caixa Bancário<br />
Terminal de Consulta<br />
Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque<br />
Terminal Dispensador de Talão / Folha de Cheques<br />
22 Imply Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque RS<br />
23 Itautec<br />
24<br />
Konica<br />
Minolta<br />
25 Lexmark<br />
26<br />
LG<br />
27 Mecaf<br />
28 Menno<br />
Integrador sistema-automação bancária<br />
Microcomputador <strong>para</strong> automação bancária<br />
Software p/automação bancária<br />
Terminal de auto serviço bancário-saque/depósito/extr/.<br />
Terminal de caixa automático<br />
Terminal de caixa bancário<br />
Terminal de transferência eletrônica de fundos<br />
Terminal dispensador de cédulas<br />
Terminal dispensador de talão/folha de cheque<br />
Copiadora/Duplicadora/Máquina Reprográfica SP<br />
Impressora Jato de Tinta<br />
Impressora Laser<br />
Monitor de Vídeo p/ Informática <strong>–</strong> CRT<br />
Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD<br />
Impressora Fiscal<br />
Impressora p/Autenticação de Documentos<br />
Leitor/Gravador de Cartão Magnético<br />
Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />
Aparelho P/ Verificação de Autenticidade de Papel Moeda<br />
Cofre com Fechadura <strong>Eletrônica</strong><br />
29 Microtarget Modulo Terminal de Vídeo SP<br />
30 Mineoro Porta de Acesso Giratória p/ Segurança RS<br />
31 Motorola Leitora de Código de Barras/CMC-7 SP<br />
32 NCR Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Bancária PR<br />
33 Nilko Cassete P/ Máquina Dispensadora de Moedas PR<br />
34<br />
Oki<br />
35 Positivo<br />
36 Procomp<br />
Impressora LED<br />
Impressora Matricial<br />
Computador de Médio Porte<br />
Software p/Gerenciamento de Rede de Computadores<br />
Computador de Médio Porte<br />
Impressora Matricial<br />
Impressora p/Autenticação de Documentos<br />
Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Bancária<br />
Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extrato<br />
Terminal de Caixa Automático<br />
Terminal de Caixa Bancário<br />
Terminal de Consulta<br />
Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque<br />
Terminal de Pagamento de Contas<br />
Terminal de Transferência <strong>Eletrônica</strong> de Fundos<br />
Terminal Dispensador de Talão / Folha de Cheques<br />
Terminal Financeiro<br />
37 Sagem Leitora de Cartão com Chip SP<br />
408<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
RS<br />
SP<br />
PR<br />
SP
No Empresa Linha de Produtos Estado<br />
38 Samsung<br />
Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax<br />
Impressora Laser<br />
Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD<br />
39 Semp Toshiba Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD SP<br />
40 Sweda<br />
41 Technometal<br />
42<br />
Tecpoint<br />
43 Xerox<br />
Caixa Registradora <strong>Eletrônica</strong><br />
Impressora de Cheques<br />
Impressora Fiscal<br />
Impressora p/Autenticação de Documentos<br />
Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />
Cofre P/ATM<br />
Gabinete P/<strong>Automação</strong> Bancária<br />
Impressora p/Autenticação de Documentos<br />
Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />
Terminal de Pagamento de Contas<br />
Copiadora/Duplicadora/Máquina Reprográfica<br />
Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax<br />
Impressora Laser<br />
44 ZPM Impressora Fiscal RS<br />
409<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
SP<br />
RJ
ANEXO XI - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado<br />
Nacional de <strong>Automação</strong> Bancária<br />
Quadro 42: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de <strong>Automação</strong><br />
Bancária.<br />
Fonte: ABINEE, 2009.<br />
Item Especificação do Produto<br />
1 Aparelho de Revista de Pessoal por Amostragem<br />
2 Aparelho P/Verificação de Autenticidade de Papel Moeda<br />
3 Caixa Registradora <strong>Eletrônica</strong><br />
4 Cassete P/Máquina Dispensadora de Moedas<br />
5 Cofre Com Fechadura <strong>Eletrônica</strong><br />
6 Cofre P/ATM<br />
7 Computador de Grande Porte<br />
8 Computador de Medio Porte<br />
9 Copiadora/Duplicadora/Máquina Reprografica<br />
10 Datador/Carimbador Automatico<br />
11 Dispensador Automatico de Cédulas P/Caixa<br />
12 Emulador de Terminal de Vídeo<br />
13 Equipamento Multifuncao-Impressora/Copiador/Escaner/Fax<br />
14 Equipamento P/Contagem E Selecao de Cédulas<br />
15 Gabinete P/<strong>Automação</strong> Bancária<br />
16 Gaveta de Dinheiro P/Equipament0 de <strong>Automação</strong> Comercial<br />
17 Guarda Volumes Eletrônico<br />
18 Impressora de Cheques<br />
19 Impressora Fiscal<br />
20 Impressora Jato de Tinta<br />
21 Impressora Laser<br />
22 Impressora Led<br />
23 Impressora Matricial<br />
24 Impressora P/Autenticação de Documentos<br />
25 Integrador Sistema-<strong>Automação</strong> Bancária<br />
26 Integrador Sistema-Salas de Auto-Atendimento P/Bancos<br />
27 Leitor/Gravador de Cartao Magnético<br />
28 Leitor/Gravador de Cartoes Inteligentes (Smart Cards)<br />
29 Leitora Classificadora de Cheques<br />
30 Leitora de Cartao com Chip<br />
31 Leitora de Cartao Magnético<br />
32 Leitora de Cheques<br />
410
Item Especificação do Produto<br />
33 Leitora de Código de Barras/CMC-7<br />
34 Mecanismo Depositario<br />
35 Mecanismo Dispensador de Cédula<br />
36 Microterminal Com Display em Cristal Líquido<br />
37 Modulo Sensor Óptico P/Leitura de Código de Barras<br />
38 Modulo Terminal de Vídeo<br />
39 Monitor de Cristal Líquido Com Touchscreen<br />
40 Monitor de Vídeo P/Informática-CR<br />
41 Monitor de Vídeo P/Informática-LCD<br />
42 Porta de Acesso Giratória P/Segurança<br />
43 Sistema de Controle de Acesso P/ATM<br />
44 Software P/<strong>Automação</strong> Bancária<br />
45 Software P/Controle de Ativo de TI<br />
46 Software P/Gerenciamento de Rede de Computadores<br />
47 Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extr/.<br />
48 Terminal de Caixa Automático<br />
49 Terminal de Caixa Bancário<br />
50 Terminal de Coleta/Consulta de Dados<br />
51 Terminal de Comunicação<br />
52 Terminal de Consulta<br />
53 Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque<br />
54 Terminal de Pagamento de Contas<br />
55 Terminal de Pagamento de Contas/Dispensador de Cartões<br />
56 Terminal de Transferência <strong>Eletrônica</strong> de Fundos<br />
57 Terminal de Vídeo<br />
58 Terminal de Vídeo-Texto<br />
59 Terminal Depositário de Cédulas<br />
60 Terminal Dispensador de Cédulas<br />
61 Terminal Dispensador de Talão/Folha de Cheque<br />
62 Terminal Financeiro<br />
63 Terminal P/Transação Comercial Via Cartão<br />
64 Unidade Digital de Armazenamento de Dados em Disco<br />
65 Verificadora/Impressora de Cheques<br />
411
ANEXO XII <strong>–</strong> Empresas atuantes no Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong><br />
<strong>Automação</strong><br />
Quadro 43: Empresas Atuantes no Setor de <strong>Eletrônica</strong> <strong>para</strong> <strong>Automação</strong>.<br />
Fonte: ABINEE/SINAEES, 2009.<br />
No Empresa Área Estado<br />
1 Abancar Comercial (AP) SP<br />
2 ABB (AI) SP<br />
3 Able (AI) SP<br />
4 Acces (AI, AP) SP<br />
5 Ace Schmersal (AI) SP<br />
6 Acros <strong>Automação</strong> Industrial (AI) SP<br />
7 ACS (AI, AC) SP<br />
8 Actaris (AI) SP<br />
9 Actron (AI) SP<br />
10 Advantech (AI) SP<br />
11 Aegis Semicondutores Ltda. (AI) SP<br />
12 AES (AI, AP) SP<br />
13 Aeroeletrônica Ind. Comp. Aviônicos S/A (AI) RS<br />
14 Agena (AP) RJ<br />
15 Agilent (AI) SP<br />
16 AIDC (AC, AB) SP<br />
17 Alarm Wolx (AP) SP<br />
18 ALbarsch (AI) RS<br />
19 Alcatel-Lucent (AP, AB) SP<br />
20 Alstom Hydro Energia Brasil (AI) SP<br />
21 Alta Segurança Ind. E Com. (AI) SP<br />
22 Altus Sistemas de Informática S.A. (AI, AP) RS<br />
23 Amelco (AP, AB) SP<br />
24 Analion Ind. E Com. (AI) SP<br />
25 Anixter do Brasil (AP) SP<br />
26 APB (AC, AI) SP<br />
27 Areva (AI, AP) SP<br />
28 Arteche EDC (AI)<br />
29 ASCA Equip. Ind. (AI) RJ<br />
30 Asten (AI) SP<br />
31 Atan Ciência da Informação (AI) MG<br />
32 ATEEI Equip. Elet. (AI) PR<br />
412<br />
PR
No Empresa Área Estado<br />
33 ATI (AI, AP) SP<br />
34 Áudiolab (AI) MG<br />
35 Aureon (AP) SP<br />
36 <strong>Automação</strong> ICS (AI) MG<br />
37 Autron (AI) SP<br />
38 AUXXI Sistema Eletrônicos (AI) SP<br />
39 Avibras Ind. Aeroespacial (AI) SP<br />
40 AZ (AI, AP) RS<br />
41 Aztec Sistemas (AI) SP<br />
42 Balluff (AI, AC)<br />
43 BCM Engenharia Ltda. (AI) RS<br />
44 Bematech Ind. Com. Equip. Eletrônicos S/A (AC, AB) PR<br />
45 BI2TI (AI) MG<br />
46 Biometrus (AP) MG<br />
47 BMS (AI) MG<br />
48 Boc Edwards Brasil (AI) SP<br />
49 Brapenta <strong>Eletrônica</strong> LTDA (AI, AP) SP<br />
50 Brascontrol (AI) SP<br />
51 Braview (AB) MG<br />
52 Brink Mobil Equip. Educacionais (AI) PR<br />
53 Brtec (AC) SP<br />
54 Brumark (AI) SP<br />
55 BSE Sistemas Eletrônicos LTDA (AI) SP<br />
56 Bucka (AP) SP<br />
57 Bull (AB) SP<br />
58 CAM Brasil Multiserviços (AI) RJ<br />
59 Canon (AB) SP<br />
60 Carmon Ind. <strong>Eletrônica</strong> (AI) SP<br />
61 CAS (AI) SP<br />
62 CCK <strong>Automação</strong> LTDA (AI) SP<br />
63 Cegelec (AI, AP) SP<br />
64 Cerâmica Santa Terezinha S/A GTD (AI) SP<br />
65 Chimbo (AI) SP<br />
66 CIS (AB) SP<br />
67 Cobra (AB) RJ<br />
68 Coel Controles Elétricos Ltda. (AI, AP) SP<br />
69 Coester <strong>Automação</strong> S.A. (AI) RS<br />
70 Cofibam (AI) SP<br />
413<br />
SP
No Empresa Área Estado<br />
71 Colortec Iluminação Técnica (AP) SP<br />
72 Compatec (AP) RS<br />
73<br />
Compsis <strong>–</strong> Computadores Sist. Ind. Com.<br />
LTDA<br />
414<br />
(AI) SP<br />
74 Comtex (AP) SP<br />
75 Conaut Controles Automáticos (AI) SP<br />
76 Condata (AI) RS<br />
77 Conexel (AI) SP<br />
78 Confor Instrum. De Medição (AI) SP<br />
79 Conprove Ind. E Com. (AI) SC<br />
80 Consensum Ind. E Com. (AI) SP<br />
81 Consistec (AI) SP<br />
82 Contech (AI) SP<br />
83 Controles Gráficos Daru (AI) RJ<br />
84 Comtemp (AI) SP<br />
85 Contrasin Indústria e Comércio LTDA (AI) MG<br />
86 Controle Eng (AI) MG<br />
87 Contronics (AC) SC<br />
88 CP <strong>Eletrônica</strong> S/A (AI) RS<br />
89<br />
CPDIA <strong>–</strong> Centro de Pesq. e Desenv. Inform e<br />
Aut.<br />
(AI) SP<br />
90 Cronotec <strong>Eletrônica</strong> LTDA (AI) SP<br />
91<br />
CTC <strong>–</strong> Centro Tecn. Desenvolvimento de<br />
Campinas<br />
(AP) SP<br />
92 CTF Tcnologies do Brasil LTDA (AI) SP<br />
93 Curtis <strong>Eletrônica</strong> (AI) SP<br />
94 Daiken (AB) SP<br />
95 Daitech (AI) PR<br />
96 Dani Condutores (AP) SP<br />
97 Daruma (AB) SP<br />
98 Datacabos (AP) RS<br />
99 Datanav Engenharia LTDA (AI) SP<br />
100 Dataprom (AI, AP) PR<br />
101 Dataregis (AC, AB) SP<br />
102 Decibel (AP) SP<br />
103 Dell (AB) RS<br />
104 Denise Brandemburg Scholz (AI) SC<br />
105 Detector Eletr. BR (AI, AP) RJ<br />
106 Dettecta Sist. de Segurança (AP) SP<br />
107 Deutschebras Iman (AP) SP
No Empresa Área Estado<br />
108 DI Elétrons (AI) MG<br />
109 Digicon S/A (AI, AP, AC, AB) RS<br />
110 Digimat (AI) SP<br />
111 Digimec (AI) SP<br />
112 Digistar Telecomunicações S/A<br />
415<br />
Telecomunicação<br />
(AI, AP)<br />
113 Digisystem (AI) PR<br />
114 Digitel S/A Indústria <strong>Eletrônica</strong><br />
Telecomunicação<br />
(AI, AP, AC)<br />
115 Dimas de Melo Pimenta SIS Ponto ACES (AI, AP) SP<br />
116 Dimelthoz (AI) RS<br />
117 Dover (AI) RS<br />
118 Dresser (AI) SP<br />
119 Durcon Equip. Ind. (AI) SP<br />
120 ECB (AI) SP<br />
121 Ecil Informática Indústria e Com Ltda (AI, AP) SP<br />
122 Efacec (AI) SP<br />
123 Eicasa (AI) SP<br />
124 Eirich Industrial (AI) SP<br />
125 Elepot (AI) RJ<br />
126 Eletrocontroles Varitec (AI, AP) SP<br />
127 Eletromatic (AI, AP) SP<br />
128 <strong>Eletrônica</strong> Lidbom (AP) RS<br />
129 Eletropar Eletromecânica (AP) PR<br />
130 Eletroppar (AI, AP) SP<br />
131 Eletrotela Tecnologia digital (AI) MG<br />
132 Eletrothermo (AI) SP<br />
133 Elgin (AC, AB) SP<br />
134 Eliseu Kopp (AI, AC) RS<br />
135 Elo Sistemas Eletrônicos S/A<br />
GTD<br />
(AI)<br />
136 Elster (AI) RS<br />
137 Emerson Process Management (AI) SP<br />
138 Engebras (AC) SP<br />
139 Engeletro (AI) MG<br />
140 Engetron Eng. Eletr. Indústria e Com Ltda (AI) MG<br />
141 Engistrel (AI) SP<br />
142 Engro (AI) SP<br />
143 Enmetec (AI, AP) SP<br />
144 Ensec Enga Sist. de Segurança (AP) SP<br />
SP<br />
RS<br />
RS
No Empresa Área Estado<br />
145 Envision (AB) SP<br />
146 EPP (AI, AP) SP<br />
147 Epson (AB) SP<br />
148 Equipe-Equips (AI) SP<br />
149 Escher Inst. Ind. (AI) RJ<br />
150 Escontrol (AI) SP<br />
151 Esystech (AI, AB) PR<br />
152 Exacta (AI) SP<br />
153 Exata Inst. <strong>Eletrônica</strong> (AP) SC<br />
154 Exatron (AP) RS<br />
155 Ezamv (AP) RJ<br />
156 Fábrica de Manômetros Record (AI) SP<br />
157 FAE Ferragens e Aparelhos Elétricos S/A<br />
416<br />
GTD<br />
(AI, AP)<br />
158 Famabras (AI) SP<br />
159 Fascitec (AI) SP<br />
160 Festo (AI) SP<br />
161 Filizola S.A. Pesagem e <strong>Automação</strong> (AI) SP<br />
162 Fluid Ind. Com. Cont. Automáticos (AI) SP<br />
163 Fockink (AI) RS<br />
164 Fokus Brasil Sinalização Viária (AI) SP<br />
165 Force Line Ind. Com. Comp. Eletrônicos Ltda.<br />
Informática<br />
(AI, AP)<br />
166 Fort Knox (AP) SP<br />
167 Fotosensores Tec. Eletronica (AI) CE<br />
168 Frata (AI) SP<br />
169 FT (AI) SP<br />
170 Full Gauge (AI) RS<br />
171 GA Energia S/A (AI) SP<br />
172 Garen (AP) SP<br />
173 GE (AI, AP) SP<br />
174 Gertec (AC, AB)<br />
175 GLOBAL (AI) SP<br />
176 GLOBUS (AP) RS<br />
177 GTA (AI) SP<br />
178 Hahntel - Pollux (AI) SC<br />
179 Hasco (AI) SP<br />
180 HDL (AP) SP<br />
181 Helmut Mauell (AI) SP<br />
CE<br />
SP<br />
SP
No Empresa Área Estado<br />
182 Helzin (AI) SP<br />
183 Henry Equip. Eletrônicos (AP) PR<br />
184 Heraeus (AI) SP<br />
185 HI Tecnologia (AI) SP<br />
186 Hiter (AI) SP<br />
187 Hobeco (AI) RJ<br />
188 Honeywell do Brasil (AI) SP<br />
189 Hossoi (AP) SP<br />
190 HP (AB) SP<br />
191 Hytronic (AI) SP<br />
192 IBM (AC) SP<br />
193 IBRACON (AI) RS<br />
194 ICP (AI) SP<br />
195 Imply (AP, AC, AB) RS<br />
196 IMS (AI) RS<br />
197 Incontrol (AI) SP<br />
198 Ind. E Com. Barcha (AI) SP<br />
199 Ind. Elétricas Elite S/A - Inelsa (AI) CE<br />
200 Ineltec Tecnologias (AP) SP<br />
201 Infranav (AI) RJ<br />
202 Ingeteam (AI) SP<br />
203 Inova (AI) RS<br />
204 Instrutech (AI) SP<br />
205<br />
Intelbras S/A Ind. Telecom. <strong>Eletrônica</strong><br />
Brasileira<br />
417<br />
Telecomunicação<br />
(AP, AC)<br />
206 Interdidactic Sistemas Educacionais (AI) SP<br />
207 Invensys (AI) SP<br />
208 IOPE (AI) SP<br />
209 Ipsis Sistemas de Controle (AI) SP<br />
210 Italterm (AI) SP<br />
211 Itautec S/A<br />
Informática<br />
(AB, AC)<br />
212 I-Vision (AI, AC) MG<br />
213 João Wagner Wood Rossi - Telebell (AI) DF<br />
214 Johnson Controles (AP) SP<br />
215 Jonhis (AI) SP<br />
216 Kap (AI) SP<br />
217 Karrow (AI) PR<br />
218 KL Ind. E Com. (AP) RS<br />
SC<br />
SP
No Empresa Área Estado<br />
219 Koblitz (AI) SP<br />
220 Kodo (AP) BA<br />
221 Konica Minolta (AB) SP<br />
222 Kratos Dinamômetros (AI) SP<br />
223 KRON (AI) SP<br />
224 Kuttner (AI) MG<br />
225 KVA (AP) RS<br />
226 Labramo (AP) SP<br />
227 Landis+Gyr (AI) PR<br />
228 Lase (AP) RJ<br />
229 LCA (AP) SP<br />
230 Leucotron Equipamentos Ltda.<br />
418<br />
Telecomunicação<br />
(AP, AC)<br />
231 Leuze Electronic (AI, AP) SP<br />
232 Lexmark (AB) SP<br />
233 LG (AB) SP<br />
234 LGM Engenharia e Tecnologia D‘Agua LTDA (AI) DF<br />
235 Lince (AI) RJ<br />
236 Locktron (AP) SP<br />
237 Loefer do Brasil (AI) SP<br />
238 Luxtron (AP) SP<br />
239 Madis Rodbel (AP) SP<br />
240 Maelli (AP) RS<br />
241 Magnetrol (AI) SP<br />
242 Maquel Ind. Maq. Equip. Elet. (AI) SP<br />
243 Mar Girius (AI) SP<br />
244 Marposs Aparelhos Eletr. de Medição LTDA (AI) SP<br />
245 Martom Segurança <strong>Eletrônica</strong> (AP) SP<br />
246 MCM (AI) MG<br />
247 MCS Engenharia LTDA (AI) SP<br />
248 MDI (AI) RS<br />
249 Mecaf (AC, AB) SP<br />
250 MEKAB (AI) SP<br />
251 Menno (AC, AB) RS<br />
252 MEPA (AI) SP<br />
253 Metaltex (AI) SP<br />
254 Metalúrgica Nova Amaericana (AI) SP<br />
255 Metso (AI) SP<br />
256 Mettler (AI) SP<br />
MG
No Empresa Área Estado<br />
257 Microblau (AI, AP) SP<br />
258 Microhard (AI) RS<br />
259 Microsistemas Sistemas Eletrônicos S/A (AI, AP) PR<br />
260 Microsol Tecnologia S/A<br />
419<br />
Informática<br />
(AI, AP)<br />
261 Microtarget (AB) SP<br />
262 Mineoro (AB) RS<br />
263 Mirabit (AI, AP) RJ<br />
264 MOOG do Brasil Controles (AI) SP<br />
265 Motorola (AB) SP<br />
266 MS (AI) RJ<br />
267 MSA (AI) SP<br />
268 MTC Engenharia S/A (AI) RJ<br />
269 Naka Inst. Ind. (AI) SP<br />
270 Nansen S/A Instrumentos de Precisão<br />
GTD<br />
(AP, AI)<br />
271 NBN (AI) RS<br />
272 NCR (AI, AB) SP<br />
273 Netio (AP) SP<br />
274 Newlux (AI) SP<br />
275 Newtec Produtos Inteligentes LTDA (AI) MA<br />
276 Niágara S/A (AI) SP<br />
277 Nilko (AB) PR<br />
278 Nitrix (AP) MG<br />
279 NIVE-CON (AI) SP<br />
280 Norgren (AI) SP<br />
281 Novotec Exp. E Imp. (AI) RS<br />
282 Novus Produtos Eletrônicos Ltda.<br />
<strong>Automação</strong><br />
(AI)<br />
283 Nykon Dwyler (AI) SP<br />
284 OFF Light <strong>Automação</strong> e Conservação LTDA (AI) PR<br />
285 Oki (AB) SP<br />
286 Omron (AI) SP<br />
287 Opto <strong>Eletrônica</strong> S/A (AI) SP<br />
288 Optsensys Instrum. Óptica e Eletrôn. LTDA (AI) SP<br />
289 Orbe (AI) SP<br />
290 OMEL (AI) SP<br />
291 Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda.<br />
GTD<br />
(AI)<br />
292 Ottime (AI) SP<br />
293 Parker Hannifin (AI) SP<br />
CE<br />
MG<br />
RS<br />
MG
No Empresa Área Estado<br />
294 Parks S/A Comunicações Digitais<br />
420<br />
Telecomunicação<br />
(AI)<br />
295 Passo Ind. Com. Equip. Elet. (AP) RS<br />
296 PC Microship (AP) SP<br />
297 Perkons S/A (AI) PR<br />
298 Periscópio Equip. Optronicos (AI) RJ<br />
299 Pextron (AI) SP<br />
300 PHB (AI) SP<br />
301 Phoenix (AI) SP<br />
302 Pial Legrand (AP) SP<br />
303 Pilz (AI) SP<br />
304 Plantech Eng. de Sistemas (AP) SP<br />
305 Ponfac (AI) RS<br />
306 Positivo Informática Ltda.<br />
Informática<br />
(AI, AB)<br />
307 Positronic (AI) SP<br />
308 Presys (AI) SP<br />
309 Priel <strong>Eletrônica</strong> (AI, AP) SP<br />
310 Pró-Digital (AP) PR<br />
311 Procomp (AP, AC, AB) SP<br />
312 RBS Tecn. de Informação (AP) ES<br />
313 Reason Tecnologia S/A (AI) SC<br />
314 RELM CHATRAL (AI) SP<br />
315 REMATEL (AI) RS<br />
316 Renno Tecnologia (AI) SP<br />
317 Resmat Parsh Sist. contra Incêndio (AP) SP<br />
318 Rontan (AP) SP<br />
319 Rockwell (AI) SP<br />
320 Roque&Correia (AI) PR<br />
321 Romagnole Produtos Elétricos Ltda.<br />
GTD<br />
(AI)<br />
322 RSP Technology (AP) SP<br />
323 Sagem-Orga (AC, AB) SP<br />
324 Samsung (AB) SP<br />
325 SAN-EI (AP) SP<br />
326 Sandvik do Brasil (AI) SP<br />
327 Saturnia (AI) SP<br />
328 Schalt (AP) SP<br />
329 Schenck Process Equips Industriais LTDA (AI) SP<br />
330 Schneider (AI) SP<br />
RS<br />
PR<br />
PR
No Empresa Área Estado<br />
331 SDC Engenharia de Sistemas (AI) SP<br />
332 SDM (AI) PR<br />
333 SEG (AI) SP<br />
334 S&E (AI) SP<br />
335 Sekron (AI, AP) SP<br />
336 Selco Sistemas Eletrônicos LTDA (AI) SC<br />
337 Selcon Sist. Eletrônicos Controle LTDA (AI) SP<br />
338 Semp Toshiba (AB) SP<br />
339 Sense <strong>Eletrônica</strong> Ltda. (AI) SP<br />
340 Sensonic Ind. <strong>Eletrônica</strong> (AP) RJ<br />
341 Sensores Eletrônicos Instrutech Ltda. (AI) SP<br />
342 Sensormatic (AP) SP<br />
343 Serttel (AC) PE<br />
344 Set Point Com. E Ind. (AI) SP<br />
345 Setha Indústria <strong>Eletrônica</strong> Ltda.<br />
421<br />
Equipamentos<br />
Industriais<br />
(AI, AP)<br />
346 SGF (AI) SP<br />
347 Shadow Detectores de Metais (AP) PR<br />
348 Shempo (AC) SP<br />
349 SHW Instrumentação (AI) SP<br />
350 Siemens (AI, AP) SP<br />
351 Silkan (AP) SP<br />
352 Sinatron (AI) RS<br />
353 Siproel (AI, AP) PR<br />
354 Sistron Sist. de Energia (AI) MG<br />
355 Sitron Equip. Eletro. (AI) SP<br />
356 SLG (AP) SP<br />
357 SMAR (AI) SP<br />
358 SMS Tecnologia <strong>Eletrônica</strong> Ltda<br />
Informática<br />
(AI, AP)<br />
359 Soliton <strong>Eletrônica</strong> (AI) SP<br />
360 Spacecomm (AP) PR<br />
361 Spectro Enga (AP) PR<br />
362 Sphera Planetaria (AI) SP<br />
363 Spider Tecnologia (AI, AP) SP<br />
364 Spin Engenharia de <strong>Automação</strong> (AI, AP) DF<br />
365 Splice (AI) SP<br />
366 Staefa Control (AP) SP<br />
RJ<br />
SP
No Empresa Área Estado<br />
367<br />
STM Tecnologia e Equipamentos Especiais<br />
LTDA<br />
422<br />
(AI) SP<br />
368 Sulton (AP) PR<br />
369 Suprasonic <strong>Eletrônica</strong> (AI) SP<br />
370 Sweda Informática Ltda.<br />
Informática<br />
(AC, AB)<br />
371 Symnetics (AI) SP<br />
372 Syncro (AI) SP<br />
373 System Partner (AI) SP<br />
374 Technometal (AB) SP<br />
375 Tecnac do Brasil (AI) RJ<br />
376 Tecnotron (AI) SP<br />
377 Tecpoint (AC, AB) SP<br />
378 Tecsys do Brasil Industrial Ltda.<br />
Telecomunicação<br />
(AP, AC)<br />
379 Tectelcom Aeroespacial (AI) SP<br />
380 Tectrol (AI) SP<br />
381 Teikon Tecnologia Industrial S/A<br />
Informática<br />
(AI)<br />
382 TEL Telecomunicações e <strong>Eletrônica</strong> (AP) SP<br />
383 Telecomando (AP) SP<br />
384 Telemática Sist. Inteligentes (AP) SP<br />
385 Telesparker Digital (AP) SP<br />
386 Telvent (AI) SP<br />
387 TESC (AC) SP<br />
388 Therma Inst. Medição Autom. Projetos (AI) SP<br />
389 Thevear (AP) SP<br />
390 Toledo do Brasil Ind. Balanças (AI) SP<br />
391 Toshiba (AI) MG<br />
392 Trafo Equipamentos Elétricos S/A<br />
GTD<br />
(AI)<br />
393 Trafit (AI) BA<br />
394 Transdata (AI, AP) SP<br />
395 Translancier Ind. E Com. (AI) RJ<br />
396 Tron (AI) PE<br />
397 Tropico Eq. El. Ilumnação (AI) SP<br />
398 Turotest Medidores LTDA (AI) SP<br />
399 Tyco Valves Controls (AI) SP<br />
400 Ultrak Tecn. de Segurança (AP) SP<br />
401 Unidigital (AI) RS<br />
402 Uniontec (AP) SP<br />
SP<br />
SP<br />
RS<br />
RS
No Empresa Área Estado<br />
403 Unisys (AC) SP<br />
404 Unitron Engenharia (AP) SP<br />
405 Upsai (AP) SP<br />
406 Varixx Ind. Elterônica (AI) SP<br />
407 Vector Eng. e Sistemas de <strong>Automação</strong> LTDA (AI) SP<br />
408 Veeder Root (AI) SP<br />
409 Versão <strong>Automação</strong> (AI) RS<br />
410 Vertex (AP) RS<br />
411 Viasat tecn. em Comunicações (AP) MG<br />
412 View Tech <strong>Automação</strong> Industrial (AI) SP<br />
413 Vincere (AI) SP<br />
414 Visual Sistemas Eletrônicos (AI) MG<br />
415 Voith Siemens Hydro Power Generation (AI) SP<br />
416 Vorax (AI) SP<br />
417 Ward (AI) MG<br />
418 WEG S/A<br />
423<br />
Equipamentos<br />
Industriais<br />
(AI, AP)<br />
419 Weguardyou (AP) SP<br />
420 Wetzel (AP) SP<br />
421 Whyte Martins Gases Industriais (AI) RJ<br />
422 Xerox (AB) RJ<br />
423 XPS (AI) SP<br />
424 Yaskawa (AI) SP<br />
425 Yokogawa (AI) SP<br />
426 ZAF Sistemas Analíticos (AI) SP<br />
427 ZPM (AB) RS<br />
SC