HÉLDER TERMINA DAKAR NO PÓDIO - O Primeiro de Janeiro
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8 | O <strong>Primeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> economia<br />
Segunda-feira, 16 <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> <strong>de</strong> 2012<br />
Reino Unido dá «receita» para UE ultrapassar crise após corte <strong>de</strong> «rating»<br />
redobrar esforços para<br />
relançar crescimento<br />
Em França, Sarkozy pe<strong>de</strong><br />
coragem para reformar o<br />
país. Já Merkel acredita<br />
que a Grécia po<strong>de</strong><br />
ultrapassar e voltar a<br />
crescer.<br />
O chefe da divisão europeia da<br />
Standard & Poor’s para a dívida soberana,<br />
Moritz Kraemer, consi<strong>de</strong>ra<br />
que a resposta dos lí<strong>de</strong>res europeus<br />
à crise da dívida soberana “não está<br />
à altura” dos riscos. Esta é uma<br />
das justificações apresentadas pela<br />
agência <strong>de</strong> notação que, na passada<br />
sexta feira, anunciou o corte do «rating»<br />
da maioria dos países da Zona<br />
Euro, entre os quais a França, que<br />
per<strong>de</strong>u a nota máxima, e Portugal,<br />
Espanha e Itália, que baixaram dois<br />
níveis. Ontem, os governos esboçaram<br />
algumas reações a esta <strong>de</strong>cisão<br />
da agência <strong>de</strong> notação.<br />
“Tónica no mercado livre”<br />
Para o chefe da diplomacia britânica,<br />
William Hague, a União Europeia<br />
<strong>de</strong>ve “redobrar os seus esforços<br />
para relançar o crescimento”<br />
após o corte da notação financeira<br />
<strong>de</strong> nove países da zona euro, que<br />
consi<strong>de</strong>rou “grave”, antes <strong>de</strong> lembrar<br />
que o Reino Unido tem uma<br />
notação <strong>de</strong> AAA, a melhor atribuída<br />
pelas agências <strong>de</strong> «rating». “Tal<br />
significa que a zona euro está longe<br />
<strong>de</strong> resolver os seus problemas. Na<br />
Europa, e nomeadamente no Reino<br />
Unido, precisamos <strong>de</strong> redobrar<br />
os nossos esforços para relançar o<br />
crescimento económico”, disse o<br />
responsável em <strong>de</strong>clarações ao canal<br />
<strong>de</strong> televisão britânico Sky News.<br />
Esses esforços passam, segundo<br />
Hague, “por mais acordos <strong>de</strong> comerciais<br />
com o resto do mundo e<br />
isso passa pela promoção do mercado<br />
único, parando com a adoção<br />
<strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> regulação que<br />
dificultam a vida das empresas”.<br />
O Reino Unido, que não integra<br />
a zona euro, é um forte opositor à<br />
criação <strong>de</strong> uma taxa europeia, <strong>de</strong>fendida<br />
por Paris, sobre as transações<br />
financeiras, a menos que esta<br />
não seja <strong>de</strong>cidida ao nível mundial.<br />
“Não po<strong>de</strong>mos per<strong>de</strong>r mais tempo<br />
com diretivas burocráticas, a tónica<br />
<strong>de</strong>verá ser colocada sobre o<br />
europa. Crise da dívida soberana continua a dividir lí<strong>de</strong>res<br />
europeus que <strong>de</strong>moraram a encontrar uma solução consensual<br />
semana dos mercados<br />
resultados da<br />
inflação concentram<br />
atenções<br />
As atenções dos investidores<br />
vão estar esta semana voltadas<br />
para a divulgação <strong>de</strong> indicadores<br />
macroeconómicos<br />
norte-americanos, a evolução<br />
da inflação na zona euro, EUA<br />
e no Reino Unido bem como<br />
para os resultados <strong>de</strong> instituições<br />
e empresas. Na quarta-feira,<br />
serão divulgados também<br />
na Europa os números da<br />
produção do setor da cons-<br />
trução relativos a novembro.<br />
No mesmo dia, em Portugal, o<br />
INE divulga a síntese económica<br />
<strong>de</strong> conjuntura. Na quinta<br />
feira, é a vez dos índices <strong>de</strong><br />
preços na produção industrial.<br />
Ao longo da semana, serão<br />
divulgados os resultados <strong>de</strong><br />
várias instituições financeiras<br />
norte-americanas, entre as<br />
quais a Citigroup, Bank of<br />
América e Morgan Stanley.<br />
Ainda nos EUA, serão conhecidas<br />
as contas das tecnológicas<br />
IBM, Microsoft e Google,<br />
da petrolífera Schlumberger e<br />
da General Electric.<br />
DR<br />
mercado livre. É isso que a Europa<br />
<strong>de</strong>ve fazer para avançar”, reforçou<br />
Hague.<br />
“crise po<strong>de</strong> ser superada”<br />
Em Amboise, naquela que foi a<br />
sua primeira reação à <strong>de</strong>scida da<br />
nota financeira da França, o Presi<strong>de</strong>nte<br />
francês, Nicolas Sarkozy, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u,<br />
ontem, que “a crise po<strong>de</strong><br />
ser superada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que haja vonta<strong>de</strong><br />
coletiva e coragem para reformar<br />
o país”. “Vou falar aos franceses<br />
no final do mês, vou dizer-lhes<br />
quais as <strong>de</strong>cisões importantes que<br />
é preciso tomar sem per<strong>de</strong>r tempo”,<br />
disse o chefe <strong>de</strong> estado francês,<br />
numa cerimónia <strong>de</strong> homenagem<br />
ao ex-primeiro-ministro Michel<br />
Debré, reforçando: “vou dizer-lhes<br />
que a crise po<strong>de</strong> ser superada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que tenhamos vonta<strong>de</strong> coletiva<br />
e a coragem <strong>de</strong> reformar o nosso<br />
país.”<br />
O presi<strong>de</strong>nte disse ainda que “a<br />
França atravessa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008, uma<br />
crise absolutamente sem prece<strong>de</strong>ntes”.<br />
“Escolhi dizer a verda<strong>de</strong><br />
aos franceses sobre a gravida<strong>de</strong><br />
da crise. Já lhes disse que se trata<br />
<strong>de</strong> uma situação que não se <strong>de</strong>ve<br />
subestimar, nem dramatizar em<br />
excesso”, acrescentou.<br />
Nicolas Sarkozy vai reunir-se na<br />
quarta-feira com os parceiros sociais<br />
para uma “cimeira da crise”,<br />
na qual irá propor várias reformas,<br />
como a criação <strong>de</strong> um IVA social e<br />
uma taxa sobre as transações financeiras.<br />
merkel acrediTa na Grécia<br />
Por seu turno, a chanceler alemã<br />
Angela Merkel insistiu que a Grécia<br />
po<strong>de</strong> voltar ao crescimento económico<br />
se seguir um comportamento<br />
<strong>de</strong> austerida<strong>de</strong>. Numa entrevista a<br />
uma rádio, a Deutschlandfunk, salientou<br />
que a redução da <strong>de</strong>spesa<br />
“geralmente leva a que a economia<br />
não seja capaz <strong>de</strong> crescer tanto”.<br />
Angela Merkel referiu, no entanto,<br />
haver muitos exemplos <strong>de</strong> países<br />
on<strong>de</strong> foram aplicados programas do<br />
FMI e “fortes fases <strong>de</strong> crescimento<br />
aconteceram <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma fase<br />
<strong>de</strong> recessão”. As reformas estruturais<br />
“nunca têm efeitos imediatos<br />
e necessitam <strong>de</strong> algum tempo antes<br />
<strong>de</strong> os seus efeitos serem sentidos<br />
e <strong>de</strong>vem ser implementadas<br />
com veemência, claro”, rematou.<br />
Marca <strong>de</strong> chocolates<br />
Imperial a crescer<br />
Aposta<br />
no<br />
Oriente<br />
A empresa <strong>de</strong> chocolates<br />
Imperial preten<strong>de</strong> apostar<br />
nos mercados do Médio e do<br />
Extremo Oriente este ano,<br />
para sustentar um ritmo positivo<br />
<strong>de</strong> crescimento. Detida<br />
pelo grupo RAR, a Imperial<br />
assegurou em 2011 distribuição<br />
em novos mercados<br />
como a Argélia, Vietname,<br />
Rússia, Moçambique e Israel,<br />
sendo que “em 2012 uma<br />
das principais apostas passa<br />
pela expansão” nas geografias<br />
asiáticas, como explicou<br />
a presi<strong>de</strong>nte executiva, Manuela<br />
Tavares <strong>de</strong> Sousa. “As<br />
exportações representam<br />
20 por cento do volume <strong>de</strong><br />
negócios da Imperial. Já ao<br />
nível do mercado interno,<br />
as nossas previsões apontam<br />
para um crescimento <strong>de</strong><br />
cerca <strong>de</strong> três por cento em<br />
2011”, referiu a responsável<br />
da empresa que em 2010<br />
apresentou um volume <strong>de</strong> negócios<br />
<strong>de</strong> 20,5 milhões <strong>de</strong> euros,<br />
com 155 colaboradores.<br />
Segundo Manuela Tavares<br />
<strong>de</strong> Sousa, o crescimento da<br />
empresa, que comemora 80<br />
anos em 2012, em dois dígitos<br />
no mercado externo <strong>de</strong>ve<br />
manter-se em 2012 <strong>de</strong>vido,<br />
precisamente, às apostas em<br />
novos países. Em relação às<br />
movimentações <strong>de</strong> preços<br />
das matérias-primas que têm<br />
vindo a afetar a produção, às<br />
quais Portugal não escapa, a<br />
“Imperial tem conseguido<br />
absorver parte <strong>de</strong>sses custos,<br />
sem reflexo significativo no<br />
preço final”.