Guia - Facom - Universidade Federal da Bahia
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O rock baiano e sua reali<strong>da</strong>de<br />
quase desconheci<strong>da</strong><br />
Cascadura / David Campbell<br />
“COM UMA PRODUÇÃO FREQUENTE<br />
E EM ALTA ROTATIVIDADE, O ROCK<br />
BAIANO AOS POUCOS DEIXA DE<br />
LADO OS QUEIXUMES QUE TANTO<br />
O MARCARAM E PASSA A SER MAIS<br />
PROFISSIONAL E A SE SOLIDIFICAR”<br />
<strong>Guia</strong> de Produção do Rock<br />
O rock na <strong>Bahia</strong> sempre viveu um<br />
dilema, revelando talentos e, ao<br />
mesmo tempo, brigando por espaço,<br />
seja na mídia, seja na socie<strong>da</strong>de.<br />
Atualmente, não é muito diferente.<br />
O melhor do rock baiano, porém, é<br />
poder assistir sempre o surgimento<br />
de ban<strong>da</strong>s e artistas relevantes<br />
e interessantes, numa sequência<br />
que poucos lugares no país tem o<br />
privilégio.<br />
O cenário local continua observando<br />
uma grande diversi<strong>da</strong>de de novos<br />
nomes, em sintonia com os veteranos<br />
que já alcançaram seu espaço. De<br />
Retrofoguetes, Cascadura e Ronei<br />
Jorge e Os Ladrões de Bicicleta a<br />
Vendo 147, Tentrio, Maglore, Você me<br />
Excita, The Pivos e Barcos, entre tantos<br />
outros. Com problemas e muita mão<br />
na massa, a cena baiana continua<br />
efervescente.<br />
Ban<strong>da</strong>s - A trinca de ouro do rock<br />
baiano, Retrofoguetes, Cascadura e<br />
Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta,<br />
ca<strong>da</strong> um com seu estilo e a seu modo,<br />
vem mostrando que o insistente<br />
trabalho de quali<strong>da</strong>de e bem articulado<br />
traz benefícios. Com seus discos<br />
bem recebidos pela crítica nacional,<br />
costumam encher shows em Salvador<br />
Salvador, 2010<br />
por Luciano Matos<br />
e continuam requisitados em festivais e<br />
shows em várias partes do país.<br />
São exemplos positivos que mostram<br />
como trabalhos bem realizados<br />
podem render, mesmo na <strong>Bahia</strong>, onde<br />
muitos acreditam que fazer rock é<br />
algo impossível. Evidente que até<br />
essas ban<strong>da</strong>s enfrentam dificul<strong>da</strong>des e<br />
estão longe de uma sustentabili<strong>da</strong>de<br />
satisfatória. Entretanto, nomes como<br />
Pitty saíram desse mercado do rock<br />
soteropolitano e hoje estão entre os<br />
principais do rock nacional.<br />
Caminho que vem sendo seguido pela<br />
ban<strong>da</strong> Vivendo do Ócio, muito mais<br />
nova, mas já com uma boa projeção<br />
e um trabalho de respeito. Ou outras<br />
que tentam essa batalha longe de<br />
casa, no eixo Rio-São Paulo, como a<br />
Formidável Família Musical e Matiz.<br />
Outros permanecem por aqui e<br />
buscam seu espaço. Alguns, inclusive,<br />
já ro<strong>da</strong>ram o Brasil inteiro e chegaram<br />
até a sair do país, como a veterana<br />
The Honkers. A ban<strong>da</strong> punk Pastel de<br />
Miolos permanece na ativa há 14 anos,<br />
enquanto a Lisergia está voltando<br />
depois de um longo período longe <strong>da</strong><br />
cena. Além de fazer shows, a ban<strong>da</strong><br />
promete lançar material novo.<br />
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