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globalização positiva e globalização negativa: a diferença é o estado

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PAUL SINGER<br />

ao Estado democrático, como representante da vontade coletiva, funções de<br />

regulação e de controle dos mecanismos de mercado e de sistemática<br />

correção de seus resultados distributivos, a crise do Estado, resultante da<br />

<strong>globalização</strong>, impõe a invenção de uma nova estrat<strong>é</strong>gia.<br />

A resposta não-liberal à crise do Estado <strong>é</strong> a construção de um Estado<br />

mundial. A qual <strong>é</strong> lógica mas prematura: a <strong>globalização</strong> ainda está em curso<br />

e se encontra longe de seu fim, que seria a economia mundial globalizada.<br />

A ampliação dos espaços econômicos avança, como o vem fazendo há mais<br />

de cinco s<strong>é</strong>culos, mas falta muito ainda para um único espaço econômico<br />

mundial. Logo, o Estado mundial não passa por enquanto de uma utopia.<br />

Mas não o Estado regional, que corresponde à constituição de espaços<br />

econômicos regionalmente integrados. Neste momento histórico (com<br />

desculpas pelo chavão), um programa de <strong>globalização</strong> <strong>positiva</strong>, isto <strong>é</strong>,<br />

politicamente conduzida, viabiliza-se sob a forma de integração regional<br />

que se orienta para uma total unificação econômica e política. Ao mesmo<br />

tempo, as novas economias federais promovem sua integração recíproca,<br />

por<strong>é</strong>m de forma <strong>positiva</strong>, negociada e conduzida a partir da Organização<br />

Mundial do Com<strong>é</strong>rcio e de suas co-irmãs originadas de Bretton Woods.<br />

JULHO DE 1997 65<br />

Recebido para publicação em<br />

15 de outubro de 1996.<br />

Paul Singer <strong>é</strong> professor da Fa-<br />

culdade de Economia e Admi-<br />

nistração da USP. Já publicou<br />

nesta revista "Perspectivas de<br />

desenvolvimento da Am<strong>é</strong>rica<br />

Latina" (n° 44).<br />

Novos Estudos<br />

CEBRAP<br />

N.° 48, julho 1997<br />

pp. 39-65

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