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ANNO XII RI€TOE JANEIRO; 15 DE SETEMBRO DE 1909 NUM. 1166<br />

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Pcrlodluo lnimorinlieo<br />

IlliiNtrado, bl-scmaiiul<br />

RbdacçXo n Escmptoriq:<br />

183 — Rua da Alfândega — 183<br />

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"Grande<br />

íLl^lsTO<br />

OO PHAHMACEUIICO S CHIMICO JOÃO DA SII.VA SIt,VEIR.»<br />

Depurativo do Sangue ^<br />

Vende-se em tudaá as<br />

' Único que cura a Syphüis!<br />

-^^TT^garlas<br />

mim Fabrica-PELOTAS-Rio Grande do Sul


EXPEDIENTE<br />

ASSIOlfATÜXAS<br />

-l.nio.... 1SSQ00 | Semestre... 7$Q09<br />

Exterior, anno SOS000<br />

Numero avulso, 100 réis<br />

Nos Estados e no Interior, S09 réis<br />

Q# Agentes do Correio on qualquer pessoa que nos<br />

enviar S aalignaturas com pagamento adoantado, nadem<br />

des.iontiu- (5% «Io coinmlssao.<br />

Toda a correspondência, seja de que espeoie fôr, deve<br />

ser dirigida a ALFREDO VELLOSO, proprietário dal»<br />

folha.<br />

A. Citamos agentes nas localidades onilo<br />

ainda nao temos esses auxiliares.<br />

Jf>ua e crua (CHRONICA SEMANAL)<br />

Nfto foi, dc corto, mui pródiga<br />

Essa semana passada<br />

Em factos de nomeada<br />

Para uma chronica encher ;<br />

Foi mesmo um tanto somitica,<br />

Pois de casos a respeito,<br />

Nao vejo ld grande geito<br />

De assumptoa me fornecer...<br />

Houve a data patriótica,<br />

Nosso grande dia sete,<br />

Que de anuo em anno repete<br />

Que o nosso grande Brozil,<br />

Mandando .1 fava a metrópole<br />

Mais os seus ensinamentos,<br />

Proclamou aos quatro ventos<br />

A independência civil.<br />

Conforme um antigo habito,<br />

A data eoramemorada<br />

Teve uma grande parada<br />

De forças de terra e mar:<br />

Mais: recepção em palácio,<br />

Espectaculos de gala,<br />

Salvas... (nisso nem se fala)<br />

E luminárias sem pai*...<br />

E' lempo j!i de a Republica<br />

Fazer nesse grande dia<br />

Festas p'ra o povo. Andaria<br />

Talvez melhor o Bmzü;<br />

Desenvolvendo o ardor cívico,<br />

Saberia a brava gente<br />

Porque vive hoje contente<br />

Nossa Pátria, a Mãe gentil.<br />

Dessa grande data histórica<br />

Que tao mal se commemora,<br />

Muita gente ainda ignora<br />

Toda a importaucia real.<br />

Ao governo cabe o estimulo,........<br />

Q,ue_aa-povo- deve ser dado<br />

Para que o dia sagrado<br />

Nao seja um dia banal.,,<br />

* *<br />

Foi á Policia Marítima,<br />

Numa longa e triste endeixa,<br />

Apresentar uma queixa<br />

Uma mulher, um peixão...<br />

Acanhada e muito tímida.<br />

De rogada se fazia,<br />

Mas afinal disse que ia<br />

Queixar-se do seu Falcão.,.<br />

Esse melro, um lindo pássaro,<br />

( Dizia a bei Ia queixosa)<br />

Deixou-a triste, chorosa,<br />

Sem lhe dizer agua vae...<br />

E, tomando nm transatlântico.<br />

Ao mar largo se fizera<br />

Co1 uma mulher, uma fera,<br />

Que da mente lhe náo sae.,.<br />

O seu marido legitimo,<br />

O seu Falcão tao amado,<br />

Depois de a ter desprezado<br />

Fugira como um villflo !<br />

Ella, que o amara ao delírio,<br />

Que lhe dera o amor, a vida,<br />

Ao ver-se assim preterida,<br />

Teve uma desillus&o...<br />

Pois elle era tao hypocrita<br />

Que de tal modo a illudira? I<br />

Mentira, pura mentira!<br />

Ninguém pôde acreditar 1<br />

Elle, coitado, foi victima<br />

Duma mandinga, um feitiço,,,<br />

Depois que passar tudo isso<br />

Elle á casa há de voltar...<br />

Minha aenhoraj console-se<br />

Co' a fuga do seu marido,<br />

O RIO NU—15 DE SETEMBRO DE 1909<br />

Do seu Falcão lao quorldo<br />

E um bom conselho lhe dou:<br />

Procure outro homem o arranje-se<br />

Nesse período de luto,..<br />

Se quer jlt um substituto,<br />

Com grande prazer eu vou...<br />

Agora que „ siderúrgica<br />

(ludustria do (erro, entende ?)<br />

Favores o Nilo estendo,<br />

Que me sinto muito bem...<br />

Nfto tenho mina. E1 unia lastima!<br />

Mas nfto me engano, nem erro,<br />

Garantindo quo no ferro<br />

Sou gente como ninguém...<br />

A situação, nfto ha duvida,<br />

Para vocenoia e horrivel...<br />

Que falta grande e terrível<br />

Faz o marido a" mulher!...<br />

Mus... nfto faça ceremonius,<br />

Se alguma cousa lhe bole<br />

E quer que alguém a console,<br />

Aqui me tem, se me quer...<br />

Erasmo.<br />

Jury do"


O RIO NU—15 DE SETEMBRO DE 1909<br />

"UMA VIDA AMOROSA"<br />

'<br />

Commentarios<br />

cjs hermistas e uivilistas conU.nn.nm a trocar<br />

i desaforos dos maia grossos. Do parte dos<br />

u \lSln hermistas nao me admira,' mas os cividaSsS<br />

listas... Que diabo!... Elles deviam ter<br />

í^rtase as regrus de civilidade.<br />

P<br />

Mas o cnso é que o termo — civil — nem sem-<br />

„re tem o sua verdadeira significação nem obriga a<br />

creatura a fazer jtts ao titulo.<br />

Os guardas civis, por exemplo. Em principio,<br />

piles devem ser o contrario da policia de arma.<br />

entretanto, eu ainda hontem vi um entrando em<br />

uma rotula, nn rua do Núncio. E esse camarada,<br />

upezar de civil, ia armado.<br />

De resto, pouco importa que o desaforu seja<br />

erosso Ha pessoas que gostam das cousas assim<br />

mesmo; outras preferem que uma cousa seja fina,<br />

mas bem comprida.<br />

* *<br />

O «Jornal do Brasil», por exemplo, elogiou o<br />

orçamento do ministério das Kelaçôes Exteriores,<br />

„„. ser —disse elle—; o mais pequenino de todos.<br />

Na mesma hora cm que eu lia isto, uma consta<br />

do theatro Apollo, conversando com uma companheira,<br />

junto de mim, amrmava que encontrando<br />

umn bem grande, utto se impressiona.<br />

Nao sei de que falava ella, mas o caso é que<br />

nao concorda com o «Jornal do Brasil»..<br />

# *<br />

Dizem os noticiários que o sr. Leopoldo de<br />

Bulhões mandou abrir concursos de primeira en-<br />

;<br />

trancia em todas as repartições de Fazenda.<br />

Ahi esta um concurso tao diffieil, que alé se<br />

devia marcar limite de idade aos concorrentes.<br />

Entrar pela primeira vez é uma das cousas<br />

mais custosas... E' preciso que o camarada tenha<br />

uma grande te.. .nacidade e vigor.<br />

Emfim, será bom, porque- os ara. Bulhões nao<br />

se assustam com esses concursos.<br />

Elles nao entram nunca. .<br />

E o caso do Polo ?<br />

O tal Cook e o tenente Peary continuam a<br />

discutir cada qual quer a gloria de ter descoberto<br />

o eixo da terra. _ .<br />

Ha de ser engraçado se por causa do Polo sae<br />

um tempo queate.<br />

A questão ê que cada qual. diz ter sido o pnmoiro<br />

a se apoderar do Polo e tirar-lhe os tres mysterios<br />

que o envolviam.<br />

Eu ca nao sei o que pense. Pois se aqui na<br />

vida commum, lidando com mulheres, a gente<br />

nunca consegue saber ao certo quem foi o primeiro.<br />

*' *<br />

D'ahi, pode ser que tanto o Cook como o<br />

Peary tenham direito ao titulo de deüorador da<br />

branuura polar. , ,<br />

Pode ser que o Cook tenha ido por um lado e<br />

o Peary pelo outro. Vocês bem sabem que essas<br />

cousas tanto se fazem pela frente como por traz.<br />

Foi cread.i,"na Câmara dos Deputados, uma<br />

nova commissão que se chama — commissão de<br />

favores. TT ¦<br />

Ora, sra. Câmara ! Tenha modos. Ha por ahi<br />

.<br />

Terminando hoje a publicação do<br />

folhetim > A Cabeça do Carvalho», começaremos<br />

em breve a publicar em rodapé a 21<br />

ediçflo do romance do grande successo «Uma<br />

Vida Amorosa», que, reunido em volume, foi<br />

fortemente disputado pelos nossos leitores e<br />

do qual nao existo mais um único exemplar<br />

a venda.<br />

Essa nova edição, quo vamos dar em<br />

rodapé, será illustrudu a capricho, estando<br />

esse trabalho entregue a um dos mais distinctos<br />

desenhistas bruzileiros.<br />

Çambiarras<br />

ÜCTf?\;e regresso a Lisboa, trouxonos as suas<br />

TI |»*| despodidns o nosso velho e sympathico<br />

(èjSJ amigo Velloso da Costa, estimado ex-<br />

XJSXfQ contraregra da empreza E. Viotorino.<br />

Disse-nos o «espanta-patrulhas» do Velloso,<br />

que pretendia<br />

muitas creaturinhas que fazem favores... Mas na<br />

sua idade !...<br />

ZÉ FlDEUS.<br />

€phemerides gichericas<br />

(Do tempo em que os animaes falavam )<br />

Setembro.<br />

14.—Paz o M. Ethereo exame de grammatica<br />

E d6, levando bomba, o grão oavaco.<br />

A Augusta o inicia, então, na pratica<br />

Das linguas vivas. E' — Vacca e Macaco.<br />

15.—Com o Jota V. se atraca, na Avenida,<br />

O Jota Lage. Ha gritos de soecorro<br />

E a gente foge toda, espavorida...<br />

Nao ha dizer talvez i Gato e Cachorro.<br />

16.—Nomeado director do Matadouro<br />

Novo, é distineto e «lustre jornalista.<br />

Ao Eio chega o sen doutor Campista,<br />

Zaz, traz, né cego !... W Borboleta e Touro.<br />

TdbaeXo.<br />

voltar no Brazil para o anno, com<br />

uma prodigiosa Itvupe de «pulgas amestradas<br />

por elle.<br />

Que nos leve o diabo se duvidamos 1...<br />

SE-<br />

Informam-nos que a sra. Medina pretende<br />

deixar o theatro para se fazer sócia numa casa de<br />

coiros, para cujo fim ja tem entrado com algum<br />

capital,.. em beijos.<br />

Muito gosta a Julieta Pinto de flores 1<br />

Mas... só em ramos.<br />

SSC<br />

Tosou os cabellos a Juliu Mendes.<br />

Desconfia-se que o tenha feito nas machinas da<br />

ssmiria do Raul.<br />

3S<br />

Por um postal que nos enviou o Theodoro dos<br />

Santos, sabemos que ao embarcar em Pernambuco,<br />

para Lisboa, a companhia Brazão, o actor-ponto<br />

Álvaro Monteiro requisitou uma força policial atnn<br />

de ir retirar do Banco o celebre cheque do ncem<br />

libras». ¦ , ,<br />

Irra ! O tal cheque prega-lhe cada choque !<br />

Afim de vêr se vao Ia das pernas em matéria<br />

de representar, o actor Faria resolveu fazer uso da<br />

A Saúde da Mulher.<br />

Ora, bravos I seu Pistolinha I<br />

=§&<br />

O futuro Dr. Coutinho tem empregado todos os<br />

esforços a vêr se consegue fazer com que a Mana<br />

Thereza se preste a um estudo anatômico...<br />

O cavalheiro Chico é que nao estará pelos<br />

autos dessa dissecação..,<br />

Apezar do retirada de scena a «Zaza», continua<br />

o actor Mal zullo a fazer o papel de Cascard... todas<br />

as noites, com a Piedade Facadinha.<br />

Estão rotas as relações entre o Plácido e o<br />

Salvnterra, por ter este dito que havia comido uma<br />

raiada... of&recida por aquelle<br />

Ora ahi >sta no que dao as congestões... de<br />

vinho.<br />

as<br />

Disse nos o GrijO que nao realisa o seu benefloio<br />

no Lyrico, tal como pretendia, por lhe haver<br />

o bacharel Celistrino declarado que «a mem dúzia<br />

de gatos pingados que tem na companhia nao esta<br />

na altura de cantar naquelle theatro».<br />

Olhem que esta é mesmo daquellns !<br />

m<br />

Partindo para Lisboa, trouxe-nos as suas despedidas<br />

o nctor-costmmére Castello Branco, dizendo-nos<br />

que ia em primeira classe e por conta da<br />

empreza Galhardo. .<br />

Agradecidos e... boa viagem, seu felizardo.<br />

¦SUS:<br />

A actriz da companhia Miranda que maior<br />

cotação teve em S. Paulo, segundo disse o Ferreira<br />

d'Almeida, foi a Carmen Osório.<br />

E - aécrescentou o d'Almeida - Participa-nos a corista Maria Emitia, nao ser<br />

olla mas sim a sua collega Piedade quem<br />

aquillo era só<br />

de cem mil reis para cima I<br />

-SUS:<br />

Esta novamente do posse da chave e... da<br />

Therezinha, o cavalheiro Chico.<br />

Aquella mama Carmen sempre nos sahiu uma<br />

finória !...<br />

esta<br />

precisando fazer uso do Elixir de Nogueira, Uo<br />

chimico Silveira.<br />

O seu a seu dono.<br />

Dizem que a Cremilda pediu ao Galhardo para<br />

mandar pôr uma chaisc-longue estofada cm seu<br />

camarim, para poder A vontade descatiçar... portas<br />

a dentro e fechadas, durante o primeiro acto d»<br />

«-Sonho». ,<br />

Tape também o buraco da fechadura, sim l<br />

m<br />

Durnnte a estadia do «Asturias» com a compnnhla<br />

Miranda neste porto, passoram-sB coisas em<br />

terra... Santo Deus !...<br />

Quo o diga a Carlot... perdão, a Carqueja que<br />

o diga.<br />

'32:<br />

Por mais que fOsse procurada, ninguém viu li<br />

bordo a Margarida Velloso.<br />

Fechara-se na cabine abraçada a uma garrafa de<br />

iviski.<br />

SE:<br />

Ao vér as ricas prendas com que presentearam<br />

& Cremilda na noite de seu beneficio, exclamou o .<br />

corista Mattos :<br />

— Ah 1 com isto sim, é que eu montava mesmo<br />

uma casa d-òuriveà I<br />

Brevemente — 2! edição de «Uma Vida Amorosa»,<br />

com illustrações.<br />

A conselho do Gomes, a Láurinha levou para<br />

bordo uns frascos de Lugoliua do Dr. Eduardo<br />

França, afim de livrar-se das sumas durante.a<br />

viagem.<br />

®£<br />

O Castello Branco que se muna de uma cota<br />

de malha do aço, por causa das duvidas e... do<br />

Albuquerque, quando regressar a Lisboa a companhia<br />

Galhardo.<br />

Quem avisa,..<br />

O Fura.<br />

Au <strong>Bi</strong>jou de Ia Mode— 2todt%aíça.<br />

dos, por atacauo--e a varejo. Calçado nacional e estrangeiro<br />

para homens, senhoras e crianças. Preços<br />

baratissimos, rua da Carioca n. 80.<br />

Cousas de bonde...<br />

"pM<br />

pobre diabo —nao «carregado de esteiras<br />

m*j velhas» e sim carregando uma velha<br />

|f/rl3yÇ cama de ferro — faz signal ao motorneiro<br />

zfiaet)) de um bonde mixto Andarahy-Leopoldo,<br />

para... desaparar.<br />

O carro pira ; mas, quando o passageiro quor<br />

embarcar a mal'a cama, o conduetor protesta:<br />

Aqui nao vae... tenha paciência... Aqui<br />

nao vae mais nada... Esta tudo cheio e os passageiros<br />

nao podem ficar apertados no centro do<br />

carro...<br />

E entoo, atraz ?... também...<br />

—Também nao vae nada !...— exclamam, a<br />

una voece, os passageiros da ¦<br />

plataforma trazeira.<br />

Fiz Kal.<br />

TROVAS PARA VIOLA<br />

( fernX PINTA )<br />

Pois se aqui mesmo onde habito,<br />

Aqui mesmo hei de aturar-te,<br />

Daqui mesmo üu mé limito<br />

A mandar-te... a qualquer parte.<br />

B' que, fugir ã, tortura<br />

Nao ha, decerto, quem possa,<br />

Porque nfio faz grande mossa<br />

Mfio macia era cara dura.<br />

LICOR TIBAINA<br />

O melhor purificador do sangue<br />

GRANADO & C — Rua 1° de Março, 14<br />

Porque se püo o freio aos cavallos?<br />

Por ser preciso domal-os.<br />

Nao, senhor, está enganado.<br />

Por ser necessário guial-os.<br />

Também nSo G por essa razão.<br />

Essa e boa I Então, porque ha de ser ?<br />

Porque elles nSo sabem pol-o.


vy ' ¦¦ '<br />

íVi ^.''/íV ;¦ -¦¦¦¦ a-.. . ¦--¦¦-',*;<br />

_ Olha, Kosalia: passei a noite fora de casa, trabalhando, e<br />

agora ao chegar encontrei sobre o criado mudo esta ponta de<br />

charuto... Creio que tu não fumas...<br />

— Desses não fumo, não; são muito Unos e ea só me satisfaço<br />

com os grossos, bem grossos, que me encham bem a bocea...<br />

loterias da Capitai federal<br />

gabbado 25 d» corrente<br />

100:000$000-^o» 4$soq<br />

Sabbado 9 de Outubro<br />

100:000$000 - pob 6$soo<br />

<strong>Bi</strong>lhetes á venda em todas as casas lotericas<br />

4 &<br />

Então, Ernestina, que tal aquelle oficial de cavallaria que<br />

tc apresentei hontem 7<br />

EelÜssimo 1 Monta admirável mente e não esporeia a moataria...<br />

Límr<br />

Tihaln/t DKGEANAD0 & a é ° de"<br />

iWWI 1 l!/£llilw purativo mais efflcaz<br />

e recommcndado — Rua Primeiro de Março n. 14.<br />

O RIO NU- 15 DE SETEMBRO DE 1909<br />

Theatro d'0 RIO NU<br />

DE PERNAS FB/ODAR<br />

CANÇONETA CÔMICA<br />

Phhsosacsbm i Um veíhote apoiado a uma<br />

bengala. Entra, cumprimenta o<br />

'depois jiuditorio<br />

c assoa-sc com estrondo a un<br />

enorme lenço tabaquciro. ,-. ,_- ^-,<br />

Cavalheiros e damas presentes<br />

A quem fcnlio o prazer de falar, i<br />

N'e5te mundo, um trambolho, os viventes y<br />

Andam todos ile peruas p'r'o ar.<br />

Os mancebos, rapazes d'outr'ora,<br />

- Eram fortes e ueseuipenados ;<br />

Quando chegam aos vinte,os d agora,<br />

Já vão velhos, roidos, cançaüos.<br />

Hoje então, não i raro de ver<br />

Quando um moço se chega a casar,<br />

Sc faz festas demais i mulher<br />

Fica logo... de pernas p'r'o ar I<br />

Um sujeito, Bernardo Gentil,<br />

Fez promessas a um santo qualquer,<br />

Se fizesse esticar o pemil<br />

A uma sogra que tinha a morrer.<br />

Mas o santo não quiz attefldel-o,<br />

E a velhota consegue escapar..;<br />

Com tal gana, á paulada, era velo<br />

Pôr o santo de... pernas p'r'o ar I<br />

Dos esposos Martins, a criada,<br />

Uma moça de truz, bem nutrida,<br />

Encontrei-a a semana passada ;<br />

— Que acabava de ser despedida.<br />

Inquerindo do ciso a razão,<br />

Respondeu-me coitada a chorar,<br />

Que a patroa toscara o patrão<br />

Junto d'ella... de pernas p'r'o ar I<br />

Eu conheço um sujeito qualquer<br />

Que se avtsa um emprego graddo,<br />

Foi a custa se sua mulher<br />

Que foi quem lhe tratou d'isso tudo.<br />

E diz cila: - Para o conseguir<br />

Muitas voltas eu tive que dar ;<br />

Com aquelles a quem fui pedir<br />

Andei mesmo : — de pernas p'r'o ar I<br />

Tendo em casa também oratório,<br />

A beata mulher do Mathias,<br />

Vae-lbe a casa o bom padre Gregorio<br />

Conf essal-a de três em três dias,<br />

Mas o homem que é meio careca,<br />

Por acaso n'um dia foi dar<br />

Com a esposa agarrada ao padreca<br />

Confessar-se... de pernas p'r'o ar!...<br />

Mas agora reparo, é que vejo<br />

Que me estou a tornar massa dor ;<br />

Vcu raspar-me, mas antes desejo<br />

A vossencias pedir um favor :<br />

P'ra que á regra eu não faça excepção,<br />

Quero as palmas ouvir estalar, _<br />

Pois se apanho estrondosa ovaçao,<br />

Também viro... de pernas p'r'o ar !..,<br />

A. E. Soares Júnior.<br />

BrEviímisnSE — Uma Vida Amorosa —<br />

Romance de sensação.<br />

$ *<br />

Um sujeito viuvo foi passar um mez em<br />

casa da filha casada e logo nos primeiros dias<br />

esta notou que o pae não estava satisfeito.<br />

Via-o passeai, apprehensivo, fumando o seu<br />

GàvrochE, e um dia indagou :<br />

Que tens, papae ? Estás triste ?<br />

Estou.<br />

Estás doente ?<br />

Não.<br />

Meu marido te maltratou ?<br />

Não.<br />

Tens queixa de mim ?<br />

Não.<br />

Então que tens ? Fala I<br />

Muda de cozinheira. A que tens é velha<br />

e feia como um demônio !<br />

¦ ¦ .VA<br />

¦ a; . a. -¦¦. A . . .---.AÍ A\\<br />

"» »os sens<br />

as minhas aspirações ficam muito abai»<br />

braços.,.<br />

& .&<br />

Entre esposos a.<br />

EMA. -O que seria de ti, querido,<br />

se me p<br />

""Ei»<br />

— Endoidecia, com certeza.<br />

to. -Naturalmente, tomavas a ç«*^<br />

EMB. - Não; a tanto nao me levaria<br />

& &<br />

a pelle mais macia. Dá ao «WUoaeftr_q _<br />

seja. E' tônico, faz crescer o^aüeuo e<br />

Agoa Japonesa-<br />

tônico, -!¦


, " - - '<br />

, ., c»ar commigo, passear de automóvel,<br />

lf«hor=Sescolha<br />

que devo fazer. Vamos a ver<br />

%H ,'a escola :<br />

professor.-Menino<br />

Alfredo, pode dizer-me o<br />

,1 rara o colleeio com cara de satisfeito.<br />

Ilixir de Xuru.t>i Composto — «Por<br />

Ü Z medica, principiei<br />

a tomar o Elixir de Turubi<br />

L,formulado sr. pharmaceutico<br />

Benjamimdos<br />

K Depositário Eduardo C. Sequeira, Pelotas). Tendo<br />

oi o loto melhoras, resolvi continuar a fazer uso deste<br />

re lio depurativo, com o qual, depois de algum tempo,<br />

ti satisfação de ficar radicalmente curado. Sao passs<br />

dons sinos que obtive este resultado e até esta<br />

li Mia mais senti, nem mesmo dores rheumaücas em<br />

q, ucr parto do corpo, achando-me forte e goauido<br />

elto.-saúde. —Rio Grande, 1 de Outubro de 1900.<br />

mim Bapüsta de Oliveira. ><br />

Encontra-se á venda em todas as pharmacias e<br />

lAiias, iM Deposito: em Pelotas—Eduardo C. Sequeira.<br />

Drogaria Pacheco, Rua dos Andradas 95.<br />

& g<br />

' iL— <br />

Olhe: mamãe já sabe que foi você quem<br />

r Su ? 1 Não diga isso nem brincando I<br />

¦" yuem me furou 0 chapéo outro dia...<br />

¦J<br />

O RIO NU— 15 DE SETEMBRO DE 1909<br />

Versos camoneanos...<br />

(ADAPTADOS AOS NOSSOS DIAS)<br />

No modo meu de ver (talvez errado)<br />

Andaate amais que bem», trocando o gozo<br />

Do «arame» de umperâ, velho e cansado,<br />

KhcmnaticQ, impotente e asaás feioso :<br />

Por esse amor, tão firme e tão gostoso,<br />

De um joven. tão correcto, avantajado,..<br />

Em tudo. — O qual, mais listo c mais garboso<br />

Dará.,. conta, a melhor, do seu recado,, .<br />

A mim, que te conheço, 6 minha Andreia,<br />

Mudança tal nfio causa-me surpreza,<br />

Alguma. Não me ;issombr;i e não me espanta.<br />

— Qne vale o arame vil de algum burguez<br />

Boçal, gorducho, estúpido — Uma. voz<br />

Que outro * valor» mais alto se alevanta ?. * *<br />

ESCAKAVKI.HO<br />

sfe<br />

Os bons cigarros «Jsstellõea de S. Pauto,<br />

vendem-sc nesta Capital na Confeitaria Çaslellaes,<br />

Charutaria Paris, Tahacaria de Londres e Charutaria<br />

do Bar da. Brahvia.<br />

& i%<br />

— Vejam cs senhores I Eu tinha idealisado um<br />

marido assim, forte, bonito, vigoroso... e afinal<br />

casei-me com um fracalhão... que leva toda a noite<br />

a tossir e... não faz mais nada...<br />

Ai de mim se não lhe desse a tomar o Peitoral de<br />

Angico Pelotense, para fortifical-o I Então é que eu<br />

ficava mesmo a ver navios...<br />

sfe sfe<br />

PREÇO<br />

3S000<br />

DEPOSITO<br />

no Braail<br />

A. FREITAS & COMP.<br />

do l>r. Eduardo França<br />

Adoptado na Europa e no<br />

hospital'de marinha.-<br />

REMÉDIO SEJI GORDURA<br />

Cura efflcaz das raolosttna da<br />

peite, feridas, frlelraa, suor doa<br />

pós, assaduraa, inuacliaa, tinha,<br />

114—Ourives—11+<br />

S. Pedro, 90 —Na Europa<br />

CAMO Eeba — Milão<br />

Bardas, brctoojaa.<br />

gouorThfjas,eta<br />

* &<br />

Dialogo, na Avenida, junto í Repartição do<br />

Povoamento do Solo t<br />

— Então, Gencsio, como vae isso 7<br />

-Mal, muito mal I Imagina que sou pae pela<br />

fl0naJ. Meus parabéns ? Aquillo não é mulher, € uma<br />

taboa de multiplicação !...<br />

& *<br />

T>omada Seccativa de São La-<br />

.,,-0^ única que cura toda e qualquer ferida<br />

universo.- Rua dos Andradas n. 95.<br />

5_.<br />

rtwSÊ li<br />

bM 1 Mi I ¦<br />

Sabes, venho dar-te uma novidade: estou ÍÇravida!<br />

Ohl deseracada, como caiste nessa asneira? Nao sabes<br />

que para o nosso melo de vida um filho é » obstáculo ao noMO<br />

BmhlPÍ'0exacto-, principalmente nos ultimes mezes. Mas...


O RIO NU-15 DE SETEMi3RO_DE_l^<br />

M. VIUVA<br />

§^^t lis jóias?... Mostrou a chavezinha de<br />

3,lSi iiifkel... Venha commigo fi Santa ThekV&Jc<br />

reza. Que chnlet formoso tenho eu lá...<br />

kfÍPíZs Que ninho Rjra o nosso amor. A consta<br />

era curiosa, quiz ver o ninho. Foram.<br />

Nesse Ínterim .luliao havia chegado ao ponto<br />

dos bondes de Santa Therezu e ao olhar para cima<br />

viu Ivette que procurou oceultar-se delle. De um<br />

pulo subiu as escudas Foi direito a ella:<br />

— Ivette, Ivette, procurava-te unciozo. Ia agora<br />

a tua casinha ; ha tanto tempo nao nos víamos;<br />

preciso tanto fular-te.<br />

E como cila lhe voltasse o rosto e a estação<br />

2? episódio — Pelirio vermelho<br />

/ouilt.o nao podin continuar.<br />

%'tW Jí| Mathilde emmngreciu a olhos vistos ,<br />

(i todo o sou organismo so resentia dtiqucllu<br />

^ seJ agitação intensa o cruel.<br />

Passados os primeiros me.es de viuvez, em que<br />

viveu calma e feliz, sem uma saudade sem um<br />

leseio passado o periodo de agitação fuiios.i, em<br />

corpo o nos nervos «* »£»<br />

queiuaâeseobiiuno<br />

impetuosas, irresistíveis, fez-se cm sua vida secreta<br />

°m<br />

F^a°pelà necessidade-a mais violentae<br />

iarolacavel- i necessidade de amor physicode<br />

pSralnBual.que<br />

é para as mulheres uma cousa<br />

tao indispensável como » "fP'»9*»<br />

me «rasava<br />

procurar um nllivio para a affliccao,que ">« coi savu<br />

a ausência do marido - principalmente<br />

il noite<br />

Mathilde desceu a praticar eousas u<br />

gulares, acrobacias solitárias, presti ti-<br />

Kitaçao "ra, (no verdadeiro sentido (Ia palaque<br />

significa - mover depressa<br />

com os dedos). B confiando ao? trovesseirosuas<br />

niuguns de viuva, MatMde fe,<br />

conseguiu uma noite -apôs mui pios<br />

e variados esforços-obter um aüivio<br />

para os seus desejos ardentes, freue-<br />

UCOSConseguiu<br />

alcançar um espasmo,<br />

que lembrava as delicias das noites<br />

nupciaes, mas lembrava apenas, de<br />

longe; fatigava muito, fazia passara<br />

anciã de gozo, mas nao dava o vei-cladeiro<br />

prazer, era mais um esforço, uma<br />

cousa forçada, que s6 alcançava difncilmente<br />

e nao consolava...<br />

Entretanto, apezur do pouco encanto<br />

d'esses momentos de delírio, em<br />

oue ella se extenuava sozinha e arque ante, Ma-<br />

Se continuou aquellas manobras. Nao lhe davam<br />

a felicidade, mus ao monos descarregavam o e.\cesso<br />

de electricidade de sua carne...<br />

E como aquillo era fácil, nao dependia de<br />

nessôa alguma, tornou-se, em pouco tempo um<br />

ITtío Quo havia ella de fazer, fi noite, sozinha,<br />

lio leiió muito grande? Nao tinha sonmo, seu espirito<br />

nao satisfeito por aquelles gozos sohtauos,<br />

continuava preoceupado pelas cous_de_voIupia,_<br />

vÔttava sempre a pensm- naquillo J com o pensamento<br />

voltava fl sua carne o prurido sensual e elia<br />

1600<br />

Ora" com a repetição todas as noites, nao tardaram<br />

á se manifestai- em Mathilde symptomas<br />

alarmantes-magreza, olheiras, enfraquecimento<br />

oernl e ate uma tossezinha de mSu agouro ..<br />

De mais como todas as mulheres de instmctos .<br />

sadios, Mathilde nao chegava nunca a encontrar<br />

verdadeiro prazer naquillo e, em vez do se acostama?,<br />

encontrava cada vez mais dificuldade -<br />

alcançar o frêmito supremo, que tirava de seu<br />

sjii.Erue SE a iebre damninha.<br />

com desespero, com humilhação, ella solucava,<br />

reconhecendo a falta insubstituível, que faz<br />

um iiomein, qualquer homem, ainda que de paredes e meias, cocottes declaradas, d'essas chairritada,<br />

indignada, vendo-se cm tal<br />

J^anea.<br />

Quasi em frente ii sua casa um »<br />

tosse o<br />

fU ÔS mS mudou-se e aconteceu<br />

eme foi para uma d'essas ruas mixtas, como ha tan-<br />

£no Rio de Janeiro, onde as fnmil os mais serias<br />

é respeitáveis moram, tendo por visinhas, tis vezes<br />

»<br />

esquerda, havia uma cnsa onde estavnn sempre,<br />

quer nas rótulas em baixo, quer na sacada em<br />

cimn, mulheres de ollios pintados e pente* os<br />

áppuratosos. Essas niulheres estuyara aliI, tliao<br />

noite, por traz das jancllns enfcreabertasou recostodas<br />

no purapeito e chamavam com gestos cynicos<br />

os homens, quo passavam. „„„„,„,,<br />

Mathilde, oceulta também pelas venezi nas<br />

observava aquillo. De vez em quando via entrar<br />

um homem e, nao podendo ter duvida sobie o que<br />

elle ia fazer, nao podia deixar de imaginar a scena.<br />

Tornou-se então paru ella. uma tortura con-<br />

*~<br />

^feil^l^-<br />

A's vezt i a janella ficam mal fecliad:,- c o vento alria a.<br />

stante aquella observação. As mulheres, apezar de<br />

um certo cuidado, tinham descuidos.escandalosos.<br />

Abrindo a rotula para dar entrada a um cavalheiro,<br />

deixnvom-sc ver em umdeshabtle muito summano,<br />

e tinham para o freguez gestos de carinho logo ft<br />

entrada. Só o facto de ver entrar os homens, neivosos<br />

e rápidos, e depois sahir com a face vermelhu,<br />

congesta, os olhos pizados e o passo<br />

59<br />

mé^MMM,<br />

NOVELLA DE ARROXO<br />

POK<br />

[[ VAKABÜNDO]]<br />

tro-<br />

PeB°pêios<br />

vidros das janellas acima dns rótulas,<br />

-Miithilde, de sua casa, que era alta, via o interior<br />

da =ala das cocottes, Viu-as abraçar e beijar os fre-<br />

Kiiezes, eucostundo-se muito a elles, provocamdo<br />

os via-os depois caminhar para a alcova,<br />

enlaçados... A's vezes via no sobrado eousas<br />

üeiores.<br />

Uma das mulheres tinha a cama mesmo na<br />

sala da frente —era uma húngara pequenina e<br />

secca mas vibrante, e a mais nfreguezuda na<br />

'<br />

ea»a A cada nm, que chegava, ella fechava as<br />

iauellas, mus fts vezes fechava-as mal, o vento as<br />

entieabi-iu e Mathilde via a mulher e o homem<br />

em attiludes inequívocas...<br />

Mesmo quando o vento nao fazia d'essas indiscreçOes<br />

a mulher só tinha recato durante o aoto<br />

principal. Apenas acabava ò... serviço, abria as<br />

ianellas e Mathilde via-a andar pelo quarto, em<br />

nttitudes um nao sei que.que douunciava o amplexo<br />

de pouco antes. Depois, ns despedidas com longos<br />

beijos, ella a apertal-o com as pernas, pura lho<br />

deixar uma lembrança forte, pura que elle voltasse...<br />

Calculem o que eram essas scenas para a pobre<br />

viuva, saudosa e faminta.<br />

Ella contava os homens que cada mulher recebia<br />

diariamente. Em uma noite chegou a contur<br />

oito .só pura a húngara.<br />

E olhando paru as janellas fechadas sobre o<br />

leito, pela oitava vez, Mathilde pensava<br />

camisa, com o cabello desgrenbado e ás vezes até<br />

o corno ainda marcado peias mãos e os lábios do<br />

homem. Via-os depois vestir-se, elle cora os gestos<br />

íatigados, ella indifferonte, mas tendo unida nas<br />

cíTivesae vasia pois o bonde havia partido dois<br />

minutos antes, Julião upproxímou-se da linda viuva<br />

e segredou-lhe ao ouvido :<br />

Que dirias meu amor, se eu te perguntasse:<br />

— queres ser minha legitima mnlherzinha ?<br />

Ella voltou-se rápido.<br />

Que?... . .<br />

Julião contou-lhe tudo. Pela primeira vez<br />

deixou descoberta a pagiua do livro de sua alma.<br />

Um sorrizo pairou nos lábios rubros da deliciosa<br />

creatuni. Um aperto de mao significativo foi o<br />

signal da alegria que reinava no coração de ambos.<br />

— nao era<br />

possível qne aquella mulherzinlia tao magra ainda<br />

tivesse desejos aquella hora. Devia receber friamente,<br />

só por obrigação, o impulso muscular e<br />

forte do homem, deixando-o guzar sozinho. Oito,<br />

só numa noite, em menos de cinco horas ! E pensar<br />

que um b6 seria para ella uma benção divina I...<br />

Mathilde acabou por odiar aquellas mulheres,<br />

tomar-lhes horror e ódio, pela certeza de que ellas<br />

recebiam, insensíveis, o que poderia ser para outras<br />

gozo sem par.<br />

Afinal o que elia tinha era inveja, inveja de<br />

creaturas, que malbarateavam, que tinham com<br />

exaggerada fartura, a ponto de nao poder aprecial-a,<br />

a felicidade, que faltava a ella Mathilde.<br />

Esse sentimento foi se enraizando no espirito<br />

de Mathilde. Vivia com os olhos pregados na casa<br />

suspeita, e ficava tremula, com os dentes batendo<br />

a cada freguez, que entrava na rotula, como so<br />

aquelle homem viesse para o seu quarto.<br />

Era a peior anciã a de ver aquelles homens,<br />

que se dirigiam para casa, saber que elles iam rijos<br />

de desejo, adivinhar nos gestos rápidos eom quo<br />

elles andavam, o furor sensual, que se ia cravai- no<br />

corpo de uma d^iquellas mulheres indiüerentes,<br />

venaes, que se despiam, se estendiam sobre o Jeito<br />

e se entregavam por dinheiro unicamente, sem<br />

vibrar, sem sentir a ventura...<br />

Mathilde fazia a conta de todos os que entravum<br />

e sommava os amplexos, que num só dia eram<br />

dados e recebidos naquella casa... Quantos momentos<br />

detolupia encobria em uma semana aquella<br />

parede... ,<br />

A principio, causava-lhe admiração a pouca<br />

demora dos homens, que entravam e pouco depois<br />

sabiam, com a gravata mal atada e a golla do<br />

casaco mal disposta. Então elles nao perdiam<br />

tempo em conversas?...<br />

Depois, acostumou-se aquillo e divertia-se, ou<br />

antes torturava-se, calculando os momentos. Elle<br />

agora entrou no quarto... despe-se... agora enegou-se<br />

ao leito... beija-a... agarra-a... deve ser<br />

agora .. agora de certo estfi elle... treme-lhe o<br />

cSrpo todo... ja deve ter acabado... Este estfi<br />

demorando mais...<br />

E foi surgindo em seu cérebro uma idéia louca,<br />

mas que por isso mesmo foi tomando vulto. Pois<br />

se nao havia senão esse recurso!...<br />

E uma tarde, fi noitinha, fi hora de jantar, no<br />

pequeno inlerregno em que aquellas cocottes sus-<br />

Pendiam o commercio e fechavam as janellas, uma<br />

mulher, com um véu espesso sobre o rosto, bateu a<br />

rotula. Era Mathilde. Uma das cocottes vem<br />

espiar pela veneziana, teve um gesto de espanto,<br />

mas Mathilde fállou-lhe rapidamente, a poita<br />

abriu-se e ella entrou na casa suspeita.<br />

D. Villaflok.<br />

Sednctor I<br />

Patife!<br />

Pimenta estava jâ muito longe, seguido da<br />

corista que logo ao primeiro grito desandou a<br />

CGI1<br />

- Vamos, gritou o capitão dando um murro<br />

em Carvalho, explique-se. Acha-me com cara de<br />

touro ?<br />

Misericórdia !<br />

Qual misericórdia, qual nada. Metta-se em<br />

Pa°A<br />

sova foi tremenda. O pobre aícpviteiro ficou<br />

Entretanto Carvalho havia chegado ao«Setinio<br />

Cco» e abrira a porta. Com um phosphoro acceso<br />

na mao procurava penetrar no quarto onde estava<br />

o grande movei. A corista aguardava nn corredor<br />

quo o gnz fosse acceso. Mas o titular Pitanga nao<br />

podendo suster o nervoso que o atormentava,verteu<br />

physiologicamente todo o liquido que havia ingerido<br />

durante o dia e esse liquido corria a bom<br />

correr do movei.<br />

Carvalho parou espantado. Nfto podia atinar<br />

com a cousa.—Quo diabo seria aquillo ? —Tomou<br />

uma resolução. Abriu a Almanjarra e... Oh!<br />

horror dos horrores. Os treB mandos saltaram de<br />

dentro furibundos.<br />

«*'*if<br />

moldo de pancadas. Nao P0UQfe 1m"sv,srV,Í?o<br />

Uma cacetada violenta no frontal o levíira paia o<br />

outro mundo de onde nao se volta mais ,<br />

No outro dia, de manha, os jornaes notavam<br />

sensacionalmente sob o titulo «Crime Mystenoso»<br />

a morte de um homem. Era Carvalho o gwuue<br />

Carvalho, cuja cabeça pensante dêm sota, az no<br />

mundo elegante com o seu repositório dein tom u<br />

çoes. Os autores do delicto tinham se sumido ..<br />

sombra. Somente, restava mutilada, com 09 ca<br />

bcllos pastosos de sangue coagulado a cabeça uo<br />

Carvalho...<br />

Mvstorios do Elo de Janeiro...<br />

FIM.


O RIO NU—15 DE SETEMBRO DE 1909<br />

^ROUPAS BRANCAS?<br />

A' GLORIA DO BRASIL<br />

3 J(ua da Carioca 3<br />

= BOM E BARATO ___<br />

/Ias zonas...<br />

(S^Yt?* .conftibalaçfles.. do Barão Pernalto com<br />

Q(&Ç% a Sarah Gala pouco duraram. Nfto houve<br />

fÍHWo accôrdo possível e o viuvo terminou man-<br />

Ç&S& dando 4 rapariga um postal em que pedia<br />

quo o odiasse!<br />

-UlftMurrinha Xexéo esta indignada por ver a<br />

0,S,ípudd|ra1rgdaSxeou o celebre «Canteiro das Vio-<br />

Mimi montar uma tolerância na zona Joaquim<br />

Silva 04-1. -<br />

Quem ha de gostar desta sopa é o Jayme Papae<br />

Grande!<br />

A Amélia Paulista sempre levou avante o<br />

seu desejo de prender certo ourives.<br />

E o bocô do Pedreiro ainda marcha e por cima<br />

os acompanha ao cinematographo !<br />

Anda mesmo azarada a Bosa Pivete! Nem<br />

mesmo um vestido melhorzinho tem para passear<br />

com o Quininho I<br />

Vá, seu moço, dfi uma farpeia & gaja 1<br />

A Ottilia Macaca ChimpanzS tem-se dado<br />

tao bem com a Lugolina, do dr. Eduardo França,<br />

que até vae aconselhar a Maioral Cavalio de Páo a<br />

fazer uso delia também.<br />

Agora é que a Macaca deu no vinte !<br />

Apezar de ter desabado o chapêo para nfto<br />

letll3°'<br />

Com a estadia de uma- formiguinha no<br />

,rwentilho..,a Emma tem melhorado de..freiras...<br />

Naturalmente bom sangue do biohino.<br />

K<br />

nno n-/fir tinha o Mario l<br />

Q<br />

Dteem que a Hilda Galhofa recolheu-se ao<br />

,„. materno para esquecer o Gallo do. Begimento.<br />

Mas ô certo 6 que a gaja esta em uso do Blixir de<br />

mgrnira, do ohimico Silveira;<br />

Oue herança lhe deixou o Papagaio 1<br />

-Causa pena zfiaixonite aguda do Bastirmos<br />

e do Pernalto; um, triste pelas falsidade» feitas á<br />

Gallinba; outro, aborrecido por ter dito a Cata<br />

que o esquecesse 1<br />

«TofZal'aasdsombro.o<br />

pic-nic realizado em<br />

RnoBÜba sob a gerencia da Maioral AUçtto. As<br />

homas do dia couberam á Elvira Carrapato, do<br />

Sventtlho Hespanhol», que ser conhecido, foi descoberta a figuração do Augusto<br />

Cbapeleiro, no passeio de carro com a Cabeça de<br />

Morcego e a crioula Americana, da zoua Lapa.<br />

Quem o mandou saltar, para ir ao botequim<br />

buscar vinho do Porto para o cocheiro ?<br />

A indiscreçfto do moço dos galões, dizendo<br />

que a Graciosa da zona chie o deixara entrar pelos<br />

fundos... da casa, fez a rapariga ficar furiosa.<br />

Entretanto, diz o Maseavinho que o mesmo suecedeu<br />

com elle, apezar de já ter encontrado o<br />

caminho aberto...<br />

Quem deve estar contente eom esses boatos é a<br />

Alagoana da Pinta. 7 ,<br />

Anda<br />

fez um, suecesso<br />

apaixonado o celebre Baul das «sete<br />

denois das comedorias. .<br />

chagas», pela tal mulher-üomem. .<br />

Como agüenta... tempo a rapariga 1<br />

Nftó vá o feitiço virar contra o feiticeiro, hein !<br />

- Depois da sahida do Dr. Cupidmho, tem Tome cautela, seu Chagas 1<br />

Voltou<br />

melhorado a Olga Jurity. O rapaz por sua vez<br />

de novo para as antigas zonas o<br />

indefectível Aragao. ,<br />

também esta melhor... de roupas.<br />

Tudo isto, corretagem do Irtneu Major de Olhe, seu moço, previna-se com uns tubos de<br />

Prophilina, o poderoso preservativo que se vende no<br />

Baêtl''Foi<br />

eleito mordomo do «Palácio da Prom- Godoy, Fernandes & Paiva, se<br />

ntidao» o inabalável Monção.<br />

P<br />

Pudera! o platônico mancebo tem aindaespei-n.iea<br />

11X1 de vér a Agueda Divisa imprimir'....<br />

5_<br />

O que faTia o Heitor, á uma hora da noite,<br />

na zona Seriado, com a Rosa Frango d'Agua?<br />

Talvez convencendo a gaja de que vpltasse ás<br />

cavaçóes diárias e que usasse a A Saúde da Mulher,<br />

-nao quer euttar<br />

para o estaleiro, ouviu n,„,„„„t;ii,n<br />

-A ida de «certo moço» ao «Conventilho<br />

Hespanhol», foi uma verdadeira decepção, porque<br />

o gajo levou os eontras da Maioral e teve de cahtv<br />

na rua chuchando no dedo.<br />

Ora, sen aquelle, que fiasco !...<br />

Brevemente -2Í edição de «Uma Vida Amo-<br />

rosa», com illustrações. . ¦ '-_ '<br />

' - O Cunha da Gloria do Brasil que e «autole<br />

com o Souza vendedor. O gajo é conhecidis-<br />

afim de endireitar o utero.<br />

Que paixonite, seu Fortuna.!<br />

-A Izolina Tartaruga, ha dias, junto com<br />

uma «discípula», de carro na Avenida, procurava<br />

«assestar» o «lorgnou», para melhor ver os prédios,<br />

porém o dito nao segurava no olho.<br />

Falta de costume, madamal -<br />

Esta intrigada a Cavalio de Páo, por ter a<br />

Esmeralda recusado o convite para opic me.<br />

Pudera! Ella nao vae para isso .;.<br />

E' graude o aborrecimento da Maiotal murrinha<br />

Xexéo contra as três pessoas da «santíssima<br />

trindade». Allega a Maioral que o tempero da fiima<br />

faz o «Canteiro», até então perfumado,<br />

ficar com o<br />

cheiro do seu vulgo.<br />

Naturalmente a Violeta esqueceu-se dos saudosos<br />

tempos do alvo Benjamim...<br />

-Foi vista no Leme, na posição em que<br />

«Lopes perdeu a guerra», a Julia GonorrMa. sifnoprfr todas as mulheres da Lapa que sempre<br />

requerem a sua presença quando se trata de comer<br />

algum pratinho<br />

Com<br />

certeza procurava a «bicha» perdida pe a Emerentina<br />

Quiabo Duro, ou então esperava algum «jogo<br />

m°d-T<br />

Alzira Nabo Podre, do «Ninho das Andotinhas»,<br />

desistiu do serviço do «chopp» e deu para<br />

levar telegrammas falsos da zona Mem de bá para<br />

a zona Tobias Barreto. «Ji<br />

de bacalháo com sal...<br />

Mala Peruai<br />

Kabanete — Infelizmente chegaram tarde. Coniinuf<br />

que nos dará muito prazer ¦ mande, porém,<br />

«s terças e Ss sextas, atémeio-dia.<br />

No próximo numero iniciaremos um concurso<br />

interessante para os leitores e principalmente para<br />

as leitoras desta secçfto.<br />

Esperem até sexta-feira pelo fim e condições<br />

desse concurso. LmGPA db PkaTA.<br />

marca de cigarros<br />

Candelária.-Nova<br />

deliciosos, cada carteira & premiada.<br />

Carlos o que estas tu fazendo ?<br />

Z m'ukda?mama.<br />

Nfto estou fazendo cousa<br />

Os resultados desse serviço sao una vestidos<br />

velhos que lhe dá a pessoa que a mandaI-<br />

Brevemente começarão os «exercícios nymphomamacos»<br />

entre a Eosa Frango d'Agua e a<br />

Iracema Cantora. , .. ns„An<br />

Dizem que a Eosa manchará os lábios e ainaa<br />

por cima entrará com ..10 fachos» diários para a<br />

cocaína.<br />

Pobre Heitor! _ ¦-.- alguma. dja ,jia estás pareéegggggj^^!^<br />

de te" Pae*<br />

.„„ Aa<br />

Ao<br />

que consta, o Automeo Barbou o, da<br />

zona Espirito Santo, sempre conseguiu contiatar a<br />

Dalila Mamfte Nfio Quer para todo o serviço... com<br />

a condição de fazer elle a limpeza.<br />

Safa! Que gente para dai- S língua ' ¦.. F PIRÃSSÍNÜNGA<br />

CotrTo auxilio do Manoel Açouguei o e, do<br />

12q<br />

«agaloado» Barbosa, conseguiu a Mana Augusta<br />

__ jjua âe Ouilidor —120<br />

Chapelaria_P^ssilluIlga<br />

Chapéos nacionaes e estrangeiros; Bengalas<br />

e guardas-chuvas<br />

__ para homens e meninos —<br />

¦V»-<br />

3Sffi^h<br />

Almanaks para 1910<br />

Acham-so a venda em nosso escriptorio, oa<br />

BOgU«AÍmanak<br />

das Senhoras» e «Almanak do Lerabrancas<br />

Luso-Brazilciro», a l$oOO.«Almanaok, JUMr<br />

Irado» o «Almauack dos Tboatros,. (do Lisboa)<br />

a 1?Os'<br />

pedidos do Interior devom vir acompanhados<br />

do mais 50Ü reis para o porto do Correio.<br />

CANCROCIDA MOURA<br />

Cura cancros venereos, molles e duros. Cura<br />

í 7das sypbiliticas, antigas e recentes. Cura feridas<br />

na lingua, cortes, arranhões, etc. etc. JNao e<br />

pomada. JNao tem cheiro. Em todas as<br />

nharmacias e drogarias. Depositários: Bragança<br />

Cid & Cí, rua do Hospício n. 9 e Godoy, Fernandes<br />

& "Paiva,<br />

rua de S. Pedro n. 82. Em S. Paulo.<br />

L. Queiroz & Cí<br />

COUSAS DO ACASO<br />

A encantadora Bosa, uma copeira<br />

Eximia, quo 6 empregada dolancredo,<br />

Um typo que do feio metto medo<br />

Mas que tem uma esposa de primeira,<br />

Teve outro dia forte discussão<br />

Com a patroa,<br />

Por causa de ter feito ao seu patrfto<br />

Uma bem boa...<br />

Foi o seguinte:—A Eosa, um bello dia,<br />

Foi fi «casinha» ter, de manha cedo,<br />

Onde a esperava cheio de alegria,<br />

Ha muito, o carrancudo do Tatiorado,<br />

Que previamente havia combinado<br />

Com ella, Eosa, o plano assás brejeiro<br />

Que o fez ficar deveras «constipado»<br />

Por nfto fazer-lhe a «analyse» primeiro...<br />

De forma que o coitado, sem saber<br />

Que trazia o «nariz» mal o a pingar,<br />

Com a mulher a noite se foi tor<br />

Fazendo-a então também se «constipar»...<br />

Dando por tal, a pobre foi, raivosa,<br />

Ao marido tomar satisfação,<br />

Metteu-o em rigorosa confissão<br />

E elle confessou ter sido a Bosa.. _.<br />

A mulherzinlia então, qual cobra iraaa,<br />

Mordeudo-so de raiva, forte avança<br />

Para perto da pobre da creada<br />

Tentando segural-a pela trança...<br />

Mas Eosa a dominou e num instante,<br />

Assim baixinho lhe dizendo então:<br />

— Seu primo, o grande infame, seu amante,<br />

Foi quem me pregou tal «constipaçfto»...<br />

JakbaS Ribeiro.<br />

NÃO HA MAIS SYPHILIS<br />

deoois que o Professor Metchinikoff conseguiu descobrir<br />

o meio de prevenil-a. Essa humanitária desçobertà'<br />

a que denominamos 3?rophilxna (ou<br />

Wiana-Ai de Venus), evita o contagio do<br />

SS:, principal porta por on*= entaem<br />

nosso organismo a terrível praga-a SyphUis<br />

= maior deseraça da humanidade I<br />

',' Cuidado mocidade 1 Nos «combates de Venus»<br />

trazei sempre no bolso para o que to e vier .»<br />

W.<br />

SSíSmí. Depo^-vf deTeventivo^o<br />

1$000 Em todas as pharmacias e drogarias. Depositarios<br />

: Bragança, Cid & Cí, rua do Hospício n. 9 e<br />

GÓdÓV, Fernandes & PAiva, rua de S. Pedro n. B2.<br />

*3mS. Paulo, L: Queiroz & C.<br />

OjA.-VA.CAO<br />

Quanto mais a gente corre<br />

Para lhe deitar o laço,<br />

Mais o bichinho se escapa<br />

Sempre no mesmo compasso.<br />

2J-823<br />

05_-8o5 20—520 49—849<br />

Zn Q27 SO 68O<br />

Chico Ficha.<br />

m<br />

¦*:13.IXM-4'<br />

\2<br />

V- ¦ '--'¦ ¦¦ r;itt0jst-~i_<br />

í:


"<br />

O RIO NU- 15 DE SETEMBRO DE 1009^<br />

_^ ...«¦¦¦^.¦¦¦ .rnir.^—'-»'¦'*¦*¦''<br />

SSgj—-<br />

'<br />

r . c%®, ¦ .. : _<br />

Depois de uma partida de laul lennis, cm que elle vence<br />

i vontade, combina com ella um encontro para meia-noite,<br />

emquanto q o marido está em viagem... —.,,.,.,.?<br />

- Deixarás a porta de teu quarto aberta, nao é^erdade?<br />

— Nâo. Aberta não deixo, mas apenas.., entreaberta.<br />

' " "' **"*~-**m*^***í<br />

MEIAS... PALAVRAS<br />

A mulher de um typo que trabalha de sol a sol para ganhar<br />

duzentos mil réis mensaes/oz e recebe esmolas valiosas.<br />

Em casa, diz ao marido que acertou meia centena na cobra<br />

e lamenta que na lista dos bichos não esteja a pomba, para<br />

que ella pudesse ganhar diariamente...<br />

-¦ ^^^z^^^-Üjj^-~ ^<br />

Nascorridas.emquantoXmarido rccommenda ao jockey<br />

toda a seriedade no pareô, a mulher entra com seu jogo.:<br />

_ Elle monta bem, Fedegoso, mas é muito tribofeiro ,<br />

quando a gente pensa que elle vae ganhar por ires corpos,<br />

o semvergonha chega juntinho, juntmho...<br />

No lar, o marido, entrando em explicaçBes com a esposa<br />

a respeito de uma carta anonyma que o pwera de_ que sua<br />

filha não era só sua, pois elle tivera a collaboracao de um<br />

am;g

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