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DOAÇAO DE
TERRENO GERA
POLÊMICA EM FOZ
Parece que o festival de
doações de terrenos do Município
de Foz a entidades e clubes
de serviço que vem ocorrendo
nos últimos tempos vai chegar
ao fim. Pelo menos é o que
ficou claro na última sessão da
Câmara Municipal, quando o vereador
Dobrandino Gustavo da
Silva, do PMDB, defendeu a
rejeição do projeto de lei que
autorizava a doação de um terreno
com 2.270 m2 à
Associação dos Engenheiros de
Foz do Iguaçu.
"Tenho muito respeito pelos
engenheiros - afirmou Dobrandino
e admiro a classe,
mas entendo que os terrenos da
Prefeitura pertencem à comunidade
e por isso as doações precisam
ser mais criteriosas". Para o
vereador ,a doação de um terreno
a essa associação seria "um
grande desrespeito para com a
comunidade carente, que não
tem condições de comprar um
terreno onde morar ", acrescentando
que "não posso estar de
acordo com doações a quem tenha
condições de comprar, pois
vejo os engenheiros como uma
classe que tem altos rendimentos".
Em aparte, o vereador Wádis
Benevenutti disse que a entidade
não tem fins lucrativos
e por essa razão "nada deve
obstar a doação por parte da
Prefeitura para a construção
da sede dessa associação".
Dobrandino lembrou ao colega
que amanhã ou depois
outras associações irão pleitear
lotes - como é o caso da Asso-
PAPELARIA
ciação de Auto Escolas que já
falou eni pedir - e pode acontecer
como o fez a Associação dos
Odontólogos. "que ganhou um
terreno, e construiu uma cerca
de arame para promover churrascada
aos domingos".
Wádis concordou que fl local
não poderia ser utilizado apenas
para fazer churrascadas e Severino
Sacomori disse que os engenheiros
tem o direito de levar
suas esposas a um local de lazer,
ao que Dobrandino acrescentou
que podem ter o direito, "mas
não às custas do dinheiro do
povo".
Alberto Koelbl e João Kuster
também - defenderam a doação
do terreno aos engenheiros.
O primeiro alegou que a construção
da sede da associaão iria
valorizar o local, e o segundo
disse que era "melhor ter uma
sede de engenheiros do que um
matagal para abrigar marginais".
O vereador Antonio das
Graças justificou seu voto contrário
porque "muitos chefes de
família deixam de comprar
leite para pagar prestações de
terrenos ,enquanto esses engenheiros
têm dinheiro e podem
comprar da Prefeitura. Os vereadores
que se elegeram com os votos
dos engenheiros votem favorável
a esse projeto, mas os que
foram eleitos pelo povo sofrido
devem votar contrários a ele".
Por fim , o vereador Ciro
Dias disse que "ninguém se lembra
dos favelados que precisam
de lotes para morar", e referiuse
à favela da Pluma, onde centenas
de pessoas vivem mal.
Uma estatística alarmante
e que vem comprovar mais uma
vez o uso inadequado de agrotáxicos:
1.230 casos se intoxicação,
este ano, no Paraná, hoje o
segundo maior consumidor de
pesticidas do País, e que empregará
na safra 83184 cerca de 30
mil toneladas. Somente a cultura
de algodão contribuiu com
813 registros, principalmente no
manuseio de sementes tratadas,
provocando intoxicações de agricultores
na fase de plantio.
Entre as principais culturas
que envolvem os envenenamentos
estão a soja (42 casos) e o
café (109). A falta de equipamentos
de proteção na aplicação de
produtos altamente tóxicos resultou
nesse elevado número de
acidentes na fase de plantio do
algodão. Contribuíram ainda as
campanhas maciças de estímulo
para o uso desses produtos, a
inexistência de fiscalização nas
aplicações, a inexperiência e a
displicência de agricultores na
manipulação de grande poder
tóxico.
ALE RTAMENTO
Essas informações foram
prestadas por técnicos do Departamento
de Fiscalização, da Secretaria
de Agricultura, Setor
Estadual de Ecotoxologia, observando
não haver um dispositivo
legal que permita a fiscalização
nas aplicações e possibilite a autuação
dos infratores. Existe
CONGRATULA- SE COM A DIRECÃO E FUNCIONÁRIOS DO
NOSSO TEMPO
PELO TRANSCURSO 3 ANIVERSÁRIO
PINHEIRINHOSI BOLAS E ENFEITES NATALINOS
CARTÕES DE BOAS FESTAS 1 PRESENTES INTELIGENTES
AGROTÓXICOS
ENVENENAM 1.230
PESSOAS NO PR
também uma dispersão fiscalizatória
em termos de competência,
envolvendo o Ministério da Agricultura,
Secretaria da Agricultura
e Secretaria de Saúde Pública.
Conforme o engenheiro
agrônomo Reinaldo Skalisz, executor
estadual de Ecotoxologia
da SEAG, a este órgão compete
fiscalizar o comércio de formulações
químicas destinadas à
agricultura.
Para impedir o agravamento
dessa situação, a Secretaria da
Agricultura, através da
Coordenadoria de Defesa Sanitária
Vegetal, continua realizando
em todo o Estado a "Operação
Agrotóxicos", alertando os produtores
e promovendo a interdição
e apreensão de venenos fora
dos padrões exigidos.
Na atual safra, apesar da irracionalidade
no uso de agrotóxicos,
o consumo será inferior ao
ao ano passado e de outros anteriores.
Em 1980, a agricultura
paranaense consumiu 48 mil
toneladas de pesticidas; em
1981, 55 mil toneladas; em
1982, 35 mil e em 83 deverá utilizar
cerca de 30 mil toneladas.
Os Municípios em que se registraram
as maiores ocorrências
de intoxicação localizam-se nos
núcleos regionais de Campo
Mourão, Cascavel, Cornélio Procópio,
Londrina, Umuarama e
1 vaiporã.
OPERAÇÃO AGROTÓXICOS
Uma verdadeira blitz está sendo
realizada na "Operação Agrotôxicos"
pela Secretaria da Agricultura do Parena,
em todo o Estado , visando
disciplinar o comércio de herbícidas,
fungicidas e inseticidas. Mais de 600
autos de infração e interdição já
foram lavrados, este ano, contra
comerciantes e fabricantes do defensivos
agrícolas, pelos técnicos
da Coordenadoria de Defesaa Sanitária
Vegetal, do Departamento de
Fiscalização.
Uma intensa fiscalização junto
a esses setores será desenvolvida
até o final do ano, mobilizando
36 engenheiros agrônomos e 13 auxiliares
técnicos, os quais mantém
uma severa vigilância junto aos
1.075 estabelecimentos comerciais e
industriais de pesticidas. Esse esquema
fiscalizatório tem a finalidade de
evitar que insumos de baixa qualidade
sejam vendidos aos agricultores
e venham a comprometer se metas
de produção e produtividade.
Conforme levantamento procedido
pela Coordenadoria de Defesa
Sanitária Vegetal, este ano no Paraná,
á foram apreendidos e interditados
637 mil 353 quilos de defensivos
agrícolas (herbicidas, fungicidas e
inseticidas, líquidos e em pó). Desse
total foram apreendidos 45 mil 713
quilos, retirados definitivamente do
mercado. A interdição ultrapassa
500 mil quilos
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