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T'rcio ficou muito aborrecido
SUCESSÃO EM FOZ
ir
Executiva do POS em companhia de Clóvis Vianria, Tércio e Maio-
-rek
Té rcio quase chorou na
tumultuada reunião do PDS
Uma reunião que contou
com a presença maciça dos membros
do Diretório Municipal do
PDS de Foz do Iguaçu mostrou
que há profundas divergências
em torno da escolha de um nome
para substituir o coronel
Clóvis Cunha Vianna frente à
chefia do Executivo.
O encontro realizado na última
sexta-feira na sede do Clube
Hípico foi marcada pela
Executiva do recém eleito Diretório
e visava arrancar uma
definição formal do deputado
Tércio Albuquerque quanto à
sua condição de candidato
ou não b sucessão. A executiva
havia definido reunião para a
terça-seguinte (dia 29) com o
objetivo de escolher um novo
nome em substituição a Tércio,
e essa atitude - considerada pre- -
cipitada por algumas lideranças,
foi mal vista pelo deputado e pela
maioria dos suplentes de
vereadores do PDS.
Visivelmente magoado,
com a voz embargada e os
olhos cheios de lágrimas, o deputado
Tércio Albuquerque foi o
primeiro a discursar, desafiando
qualquer um a "comprovar se
alguma vez a minha honra foi
manchada. Nunca denegri o
voto do povo, e não fui
candidato por minha vontade,
mas sim depois de muita
insistência de vários companheiros".
O deputado falou das várias
reuniões sobre a sucessão de que
participou, e citou uma realizada
no Hotel Bourbon "com a presença
de vereadores e deputados
federais do PMDB e do PDS,
onde o governador José Richa
disse que gostaria que fosse
escolhida uma pessoa da comunidade,
independente de cor partidária
e que essa pessoa formasse
um plano comum de trabalho.
Fui surpreendido com o radicalismo
do PMDB que insistia em
dizer que o escolhido não podia
ter cargo eletivo... Meu Deus!
Quem tem voto não vale nada?
Por que esse remédio é maldito
para nós e benéfico para eles?
Lá em Curitiba botaram um
prefeito biônico que é deputado
leçieral e teve o voto popular".
Mostrando vários dociimn-
tos de apoio à sua candidatura
assinados por vereadores, deputados
estaduais, deputados federais
e presidentes de Diretórios
do PDS, Tércio afirmou que
"em pleno centro da cidade
o PMDB afirmou, durante a
campanha eleitoral, que não
aceitaria prefeito nomeado.
É gozado, na hora de conseguir
voto falaram aquilo que o povo
gostaria de ouvir, mas na hora de
sentar na mesa fazem diferente"
Em tom elevado, Tércio falou
vários minutos por metáforas,
distribuindo acusações sem
declinar nomes e lamentando
a traição, afirmando saber "jogar
com amor,mas se jogarem bruto
eu também sei jogar bruto".
Depois, mais calmo, o deputado
defendeu a constitucionalidade
do projeto de lei que
faculta deputados se licenciarem
do cargo para assumirem um
cargo executivo. "Inconstitucional
- disse - e' o decreto em
que o vice-governador assumiu a
presidência do BADEP sendo
vice-governador. Se continuarem
mexendo conosco, vamos cassar
o vice-governador do Paraná—.
Ao final do seu emocionado
pronunciamento, o deputado
disse que seu desejo era "disputar
uma eleição direta, mas como
não é possível no momento,
aceitamos as regras do jogo. Peço
portanto ao Diretório que
me dê um prazo de oito dias para
que eu decida se continuo
ou no candidato".
O próximo a usar da palavra
foi o deputado Antonio Mazurek,
afirmando que a "sociedade
brasileira sabe que o PDS
tem uma determinaço
história" e lamentando que
"os companheiros do nosso
partido estão sendo massacrados
com muitas decisões injustas.
Concordamos que Richa foi
governador porque a maioria
da sociedade decidiu mudar,
mas não podemos admitir perseguições—.
Em seguida, o deputado
confessou que a sucessão em
Foz "após um estágio bastante
adiantado, estacionou. Percebi
também um interesse por parte
do presidente da República
o
/
de um entendimento coro o
governador do Estado. O governo
federal não quer violentar
a autoridade do governador,
mas tenho conviccção de que
não vai querer também se indispor
com 14 deputados federais
que não querem ver um prece
dente aberto de um prefeito
em área de segurança pertencer
às hostas peemedebistas".
Por fim o deputado pediu
que o novo Diretório atendesse
ao pedido formulado pelo deputado
Tércio Albuquerque dizen
do acreditar no diálogo e acreditando
que "não prevalecerá o
interesse pessoal de quem quer
que seja".
DEBATES
O caldo começou a engrossar
na hora em que a Executiva
bateu o pé dizendo que a
reunião de terça-feria seria realizada
de qualquer forma, uma vez
vez que fora convocada legalmente.
Bento Vidal, vice-presidente
do Diretório, disse que "já
se foi o tempo em que tudo se
resolvia após um belo discurso.
Precisamos pisar firme e deixar
as paixões de lado".
Alguns suplentes de
vereadores criticaram a atitude
da executiva em marcar a reunião
de terça-feira sem antes
consultar o deputado Tércio. E
o vereador José Arceno, bastante
exaltado, classificou a atitude
de "maquiavelismo político".
Bento Vidal pediu calma afirmando
que "desta forma não
chegaremos a lugar nenhum",
enquanto que o suplente de vereador
Carlos Taborda respondia
que a atitude foi "ingênua
e ofensiva".
O presidente do Diretório,
Walter Cavalcanti Barbosa,
vendo os ânimos exaltados,
pediu calma e disse que a preocupação
do Diretório era de
encontrar uma solução para o
problema da sucessão
Terça-feira a reunião foi realizada
e o Diretório, por unanimidade,
decidiu conceder os 5
dias pedidos por Tércio. Mas,
avisaram: "que ele não venha de
Brasília com um nome que não
seja o dele ou alguém ligado ao
nosso Diretório".
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