21.06.2013 Views

Instalação do Capítulo da Catedral Santo Antônio sede da Diocese ...

Instalação do Capítulo da Catedral Santo Antônio sede da Diocese ...

Instalação do Capítulo da Catedral Santo Antônio sede da Diocese ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Diocese</strong> de Frederico Westphalen • RS • Ano XXIII • Nº 223 • Julho/2009<br />

<strong>Instalação</strong> <strong>do</strong> <strong>Capítulo</strong> <strong>da</strong> <strong>Catedral</strong><br />

<strong>Santo</strong> <strong>Antônio</strong> <strong>sede</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>Diocese</strong> de Frederico Westphalen<br />

Durante Santa Missa na <strong>Catedral</strong> <strong>Santo</strong><br />

<strong>Antônio</strong>, no <strong>do</strong>mingo, 14 de junho de 2009,<br />

gos constitua-se em uma homenagem e em um re-<br />

conhecimento muito justo aos padres <strong>da</strong> diocese.<br />

foi instituí<strong>do</strong> o <strong>Capítulo</strong> de Cônegos <strong>da</strong> Honran<strong>do</strong> a uns, honramos a to<strong>do</strong>s os padres”,<br />

<strong>Diocese</strong> de Frederico Westphalen. Concelebra<strong>da</strong> destacou Dom Antonio Carlos.<br />

por diversos Sacer<strong>do</strong>tes a cerimônia foi presidi<strong>da</strong> O processo para a criação <strong>do</strong> <strong>Capítulo</strong> <strong>da</strong><br />

pelo bispo <strong>da</strong> <strong>Diocese</strong> de Frederico Westphalen, <strong>Catedral</strong> inicia com uma solicitação <strong>do</strong> bispo à Con-<br />

Dom Antonio Carlos Rossi Keller e contou ain<strong>da</strong> gregação para o Clero (Roma) e o pedi<strong>do</strong> de instaucom<br />

a participação <strong>do</strong>s<br />

ração foi feito por <strong>do</strong>m<br />

monsenhores Luiz<br />

Antonio Carlos, logo<br />

Dalla Costa e José<br />

após sua chega<strong>da</strong> em<br />

Wilmar Dalla Costa.<br />

Frederico Westphalen.<br />

O <strong>Capítulo</strong> de<br />

– Surpreen-<br />

Cônegos <strong>da</strong> <strong>Diocese</strong> de<br />

dentemente, em menos<br />

Frederico Westphalen é<br />

de <strong>do</strong>is meses, exataintegra<strong>do</strong><br />

pelos Sacer-<br />

mente em 8 de dezem-<br />

<strong>do</strong>tes Leonir Agostinho<br />

bro de 2008, recebi a<br />

Fainello – Pároco <strong>da</strong> Ca-<br />

devi<strong>da</strong> autorização patedral<br />

<strong>Santo</strong> <strong>Antônio</strong>,<br />

de Frederico Westpha-<br />

len; Gui<strong>do</strong> Taffarel – Pá-<br />

Da esquer<strong>da</strong> para a Direito: Cônego Hélio Welter, Cônego Paulo Kempka,<br />

Cônego Gui<strong>do</strong> Tafarrel, Dom Antonio Carlos, Cônego Leonir Fainello,<br />

Cônego Valmor Tomasi e Cônego Vendelino Crestanello<br />

ra a instauração <strong>do</strong> Ca-<br />

bi<strong>do</strong> de Cônegos. Esperamos<br />

até 14 de junho,<br />

roco <strong>da</strong> Paróquia Nospara<br />

executar o decreto<br />

sa Senhora Apareci<strong>da</strong><br />

recebi<strong>do</strong> de Roma, por<br />

de Tenente Portela; Hé-<br />

ser uma <strong>da</strong>ta próxima à<br />

lio Luiz Welter – Pároco<br />

festa <strong>do</strong> padroeiro, San-<br />

<strong>da</strong> Paróquia Santa<br />

to <strong>Antônio</strong> –, explicou o<br />

Inês, de Três Passos;<br />

bispo <strong>da</strong> <strong>Diocese</strong> de Fre-<br />

Paulo Kempka, Pároco<br />

derico Westphalen.<br />

<strong>da</strong> Paróquia Nossa Se-<br />

A escolha <strong>do</strong>s<br />

nhora <strong>do</strong>s Navegantes<br />

sacer<strong>do</strong>tes para intede<br />

Rodeio Bonito; Ven-<br />

grar o <strong>Capítulo</strong> de Cône-<br />

delino Alcebíades Crestanello<br />

– Vigário Paro-<br />

Fiéis participaram de missa de<br />

instauração <strong>do</strong> <strong>Capítulo</strong> de Cônegos<br />

gos é feita diretamente<br />

pelo bispo. Posteriorquial<br />

<strong>da</strong> <strong>Catedral</strong> <strong>Santo</strong> <strong>Antônio</strong>, de Frederico Westmente é erigi<strong>do</strong> o cabi<strong>do</strong> e os cônegos fazem indi-<br />

phalen –, e Valmor Tomasi –Vigário Paroquial <strong>da</strong> Pa- cações ao bispo.<br />

róquia Santa Inês, de Três Passos.<br />

– É importante salientar que o <strong>Capítulo</strong> <strong>do</strong>s<br />

Segun<strong>do</strong> o bispo <strong>da</strong> <strong>Diocese</strong> de Frederico Cônegos tem um estatuto aprova<strong>do</strong> pelo bispo. No<br />

Westphalen, Dom Antonio Carlos Rossi Keller, o Ca- Estatuto <strong>do</strong> <strong>Capítulo</strong> <strong>da</strong> <strong>Diocese</strong> de Frederico Westbi<strong>do</strong><br />

de Cônegos – ou <strong>Capítulo</strong> de Cônegos – é um phalen, está previsto que o cabi<strong>do</strong> é forma<strong>do</strong> por secolégio<br />

de padres responsáveis por cui<strong>da</strong>r, junta- is cônegos catedráticos e um número indeterminamente<br />

com o bispo, <strong>da</strong> digni<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s cerimônias li<strong>do</strong> de cônegos honorários –, finalizou Dom Anto-<br />

túrgicas oficiais <strong>da</strong> diocese na catedral. “Além <strong>do</strong> nio.<br />

objetivo específico, penso que o <strong>Capítulo</strong> de Cône- Jornalista Priscila Nhoatto - Jornal O Alto Uruguai<br />

“Honra teu pai e tua mãe”<br />

Eu respeito a minha origem<br />

PÁG. 03<br />

Vocação é colocar-se a<br />

caminho para servir<br />

PÁG. 05<br />

Deus no transcender<br />

que o homem é<br />

PÁG. 08


02 • MENSAGEIRO DIOCESANO<br />

Evangelho de Jesus Cristo<br />

segun<strong>do</strong> Marcos (II)<br />

A reali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des de Marcos de líderes estava assumin<strong>do</strong> a coordenação.<br />

Len<strong>do</strong> com atenção o Evangelho segun<strong>do</strong> Isso causava tensões, ciúmes e brigas (Mc<br />

Marcos, podemos perceber a reali<strong>da</strong>de vivi<strong>da</strong> pe- 9,34-37; 10,41-45). Ain<strong>da</strong> não estava claro colas<br />

comuni<strong>da</strong>des na época em que foi escrito o mo se devia fazer para coordenar uma comunitexto,<br />

ou seja, quarenta anos depois <strong>da</strong> ressurrei- <strong>da</strong>de cristã.<br />

ção de Jesus. Muitos cristãos deviam estar pas- Certamente, a recor<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s fragili<strong>da</strong>san<strong>do</strong><br />

por situações difíceis de perseguições, des humanas <strong>do</strong>s grandes líderes, como Pedro<br />

conflitos, crises, dúvi<strong>da</strong>s. Deviam ter também (Mc 8,33; 14,37.50.66-72), aju<strong>da</strong>vam a criar um<br />

opiniões diferentes sobre Jesus, o que, certa- clima de maior compreensão entre os membros<br />

mente, gerava confusão e desentendimentos. Co- <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de. Ao mesmo tempo, convi<strong>da</strong>vam<br />

mo consequência disso, não devia estar bem cla- a assumir o serviço de liderança com humil<strong>da</strong>de,<br />

ro o que significava ser discípulo de Jesus. coragem e confiança.<br />

Muitas mulheres estavam assumin<strong>do</strong> ser-<br />

1. Pequenas comuni<strong>da</strong>des espalha<strong>da</strong>s viços importantes nas comuni<strong>da</strong>des (cf. Rm<br />

pela ci<strong>da</strong>de de Roma e re<strong>do</strong>ndezas. 16,1-16). Essa novi<strong>da</strong>de causava certa tensão,<br />

Judeus cristãos haviam leva<strong>do</strong> a Boa Notí- pois, segun<strong>do</strong> a mentali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> época, elas devicia<br />

de Jesus até Roma, entre eles o casal Áquila e am ficar em casa cui<strong>da</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong>s filhos e <strong>do</strong> mari-<br />

Priscila (At 18,1-4). Aos poucos, o número de ante desse clima de perseguição muitos tinham <strong>do</strong>. Não eram ouvi<strong>da</strong>s na hora <strong>da</strong>s grandes decicristãos<br />

foi crescen<strong>do</strong>, os quais vinham <strong>do</strong> ju<strong>da</strong>- nega<strong>do</strong> a fé, traí<strong>do</strong>, perdi<strong>do</strong> o primeiro fervor e de- sões e também não podiam ser testemunhas.<br />

ísmo e de outras religiões. Reuniam-se nas ca- sanima<strong>do</strong>. Não foi fácil romper com os preconceitos e as vesas,<br />

forman<strong>do</strong> assim, pequenas comuni<strong>da</strong>des Em agosto <strong>do</strong> ano 70, os romanos destru- lhas estruturas (cf. Mc 2,21-22) para que novas<br />

(Rm 16,3-5.10-11.14-15). íram o Templo de Jerusalém e arrasaram a ci<strong>da</strong>- relações igualitárias pudessem desabrochar e<br />

As comuni<strong>da</strong>des eram forma<strong>da</strong>s por po- de. Centenas foram mortos e outros tantos, ven- crescer no seio <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des, conforme o<br />

bres, escravos, pessoas com melhores condi- di<strong>do</strong>s como escravos. Cerca de setecentos jo- Evangelho de Jesus Cristo.<br />

ções de vi<strong>da</strong> como pequenos comerciantes, arte- vens foram leva<strong>do</strong>s a Roma para participar, cosãos<br />

e até sol<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> exército romano. Roma já mo venci<strong>do</strong>s, no desfile em honra de Tito, o gene- 5. Como entender o escân<strong>da</strong>lo <strong>da</strong> Cruz?<br />

contava com, aproxima<strong>da</strong>mente, um milhão de ral vitorioso. Depois <strong>do</strong> desfile, foram mortos ou Os judeus não-cristãos diziam que Jesus<br />

habitantes. Quase metade <strong>da</strong> população era de vendi<strong>do</strong>s como escravos. To<strong>do</strong>s esses aconteci- não podia ser o Messias, pois o Deuteronômio enescravos.<br />

Os judeus eram numerosos: cerca de mentos abalaram profun<strong>da</strong>mente as comuni<strong>da</strong>- sinava que um condena<strong>do</strong> à morte na cruz devia<br />

40.000 pessoas, organiza<strong>da</strong>s em torno de várias des cristãs. ser considera<strong>do</strong> como um maldito de Deus (cf.<br />

sinagogas. Os cristãos, na época <strong>da</strong> re<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> Dt 21,22-23). Para os judeus isso era um escân-<br />

Evangelho, eram cerca de 5.000 pessoas. 3. Pobreza, desigual<strong>da</strong>de, escravidão. <strong>da</strong>lo (cf. 1Cor 1,23). A cruz era um impedimento<br />

O poder e a riqueza estavam concentra<strong>do</strong>s para crer em Jesus Cristo. Por isso, pergunta-<br />

2. Comuni<strong>da</strong>des persegui<strong>da</strong>s pelo Impé- nas mãos de poucas famílias. O Império recolhia vam: Quem é Jesus? (cf. Mc 4,41). Será que ele<br />

rio Romano. pesa<strong>do</strong>s impostos <strong>do</strong>s povos <strong>do</strong>mina<strong>do</strong>s, com é mesmo o Messias, o Filho de Deus? (cf. Mc<br />

A proposta de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s cristãos, basea<strong>da</strong> os quais sustentava a administração imperial, o 14,61).<br />

no Evangelho de Jesus Cristo, não era bem vista exército e a construção de luxuosos edifícios pú- Por outro la<strong>do</strong>, alguns cristãos aguar<strong>da</strong>pelo<br />

Império Romano e também por muitas pes- blicos, palácios, praças, jardins... O trabalho era vam com esperança o Reino de Deus para breve,<br />

soas que não eram cristãs. As comuni<strong>da</strong>des vivi- realiza<strong>do</strong> pelos escravos. Em Roma, a pobreza o que significaria o fim de to<strong>do</strong>s os sofrimentos e<br />

am sob ameaças, suspeitas, calúnias, desconfi- era tanta, que cerca de 200.000 pessoas eram ali- angústias. Esperavam a vin<strong>da</strong> triunfante e glorioanças.<br />

Os cristãos eram acusa<strong>do</strong>s de serem gru- menta<strong>da</strong>s diariamente pelo Impera<strong>do</strong>r. Certa- sa <strong>do</strong> Cristo ressuscita<strong>do</strong>. Estavam ain<strong>da</strong> impos<br />

fecha<strong>do</strong>s e clandestinos. Eram acusa<strong>do</strong>s de mente fazia isso para evitar revoltas populares. pregna<strong>do</strong>s pela mentali<strong>da</strong>de triunfalista e naciorealizarem<br />

ritos estranhos, desumanos e perigo- A socie<strong>da</strong>de estava dividi<strong>da</strong> em ricos e po- nalista <strong>do</strong>s judeus. Não queriam saber <strong>do</strong> escânsos<br />

para a segurança <strong>do</strong> Império. bres, em livres e escravos, marca<strong>da</strong> pelo <strong>do</strong>mí- <strong>da</strong>lo <strong>da</strong> cruz.<br />

Em 64, houve um grande incêndio em Ro- nio <strong>do</strong>s homens sobre as mulheres.<br />

ma. Dizem que foi provoca<strong>do</strong> pelo próprio impe- Muitos cristãos traziam para dentro <strong>da</strong>s co- 6. Como ser discípulo, discípula de Jera<strong>do</strong>r<br />

Nero. Os cristãos foram acusa<strong>do</strong>s de tal cri- muni<strong>da</strong>des o mesmo mo<strong>do</strong> de pensar e agir <strong>da</strong> sus Cristo?<br />

me. Nero decretou a primeira grande persegui- socie<strong>da</strong>de romana. Por isso, a vivência <strong>da</strong> frater- Em meio a tantos problemas e preocupação<br />

aos cristãos. Era proibi<strong>do</strong> ser cristão. Decla- ni<strong>da</strong>de era um grande desafio. ções, como ser discípulo ou discípula de Jesus<br />

rar-se cristão, ser discípulo de Jesus Cristo sig- Cristo? Esta pergunta, ain<strong>da</strong> hoje, nos leva a abrir<br />

nificava ser candi<strong>da</strong>to ao martírio. Centenas de 4. Problemas de liderança. o Evangelho de Marcos.<br />

cristãos foram tortura<strong>do</strong>s e mortos. Entre eles, A maioria <strong>do</strong>s apóstolos e <strong>do</strong>s primeiros Mons. José Wilmar Dalla Costa<br />

São Pedro e, em torno <strong>do</strong> ano 67, São Paulo. Di- discípulos já tinha morri<strong>do</strong>. Uma nova geração Chanceler <strong>do</strong> Bispa<strong>do</strong> e Coord. Diocesano de Pastoral<br />

Leia o Mensageiro Diocesano na web - www.diocesefw.com.br


Apromessa de Deus em relação ao quarto<br />

man<strong>da</strong>mento está assim descrito no Decálogo:<br />

“Honra teu pai e tua mãe, para que se<br />

prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu<br />

Deus, te dá” (Ex 20,12). A Escritura recolhe junto <strong>do</strong><br />

man<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> honra aos pais a promessa de<br />

longevi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Deus paga com a felici<strong>da</strong>de, já<br />

nesta vi<strong>da</strong> a quem cumpre com amor esses deveres,<br />

mesmo que possam ser custosos. Ao abor<strong>da</strong>r este<br />

man<strong>da</strong>mento que encabeça a segun<strong>da</strong> tábua <strong>da</strong> Lei,<br />

indican<strong>do</strong> a ordem <strong>da</strong> cari<strong>da</strong>de (cf. Catecismo <strong>da</strong><br />

Igreja Católica, n. 2197), quero refletir sobre o seu<br />

significa<strong>do</strong> para nós e indicar uma chave de leitura<br />

para compreender e viver a sua observância a partir <strong>do</strong><br />

respeito a minha origem (cf. Eclo 3,12.16).<br />

Honrar os pais significa ser grato para com<br />

aqueles que nos deram a vi<strong>da</strong> e nos criaram, ser gratos<br />

pela nossa origem. Quem não respeita a sua origem<br />

fica sem raízes. Vive somente no momento, mas<br />

não sabe de onde vem e nem para onde vai. Honrar,<br />

respeitar os pais significa “tomar em consideração”.<br />

Eu só poderei olhar para frente se reconhecer de onde<br />

venho. Somente avançarei se “levar em consideração”<br />

o caminho que trilhei até agora. Por isso a necessi<strong>da</strong>de<br />

de respeitar e honrar seu pai e sua mãe, pois<br />

eles respondem pela nossa origem. Nós sempre os<br />

olhamos para conhecer quem somos. Sem este respeito,<br />

sem o olhar para trás para os pais e seus valo-<br />

res, perdemos o foco para o essencial. Em nossos pa-<br />

is encontramos a nossa própria história, assim como<br />

nos nossos avós, bisavós.<br />

O quarto man<strong>da</strong>mento constitui um <strong>do</strong>s fun<strong>da</strong>mentos<br />

<strong>da</strong> Doutrina Social <strong>da</strong> Igreja. A família é a cé-<br />

lula originária <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social. A vi<strong>da</strong> em família é uma ini-<br />

ciação à vi<strong>da</strong> em socie<strong>da</strong>de. É a comuni<strong>da</strong>de <strong>do</strong>méstica.<br />

Fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> nos laços <strong>do</strong> amor e <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> comum.<br />

As relações entre seus membros se compõe <strong>do</strong><br />

digno respeito <strong>da</strong> paterni<strong>da</strong>de, materni<strong>da</strong>de, filiação e<br />

fraterni<strong>da</strong>de. Essas relações implicam responsabili<strong>da</strong>-<br />

des de ca<strong>da</strong> categoria: <strong>do</strong>s pais entre si e com os filhos;<br />

<strong>do</strong>s filhos em relação aos pais; e <strong>do</strong>s irmãos en-<br />

tre si. E também <strong>da</strong>s relações entre os esposos. To<strong>da</strong>s<br />

essas relações se harmonizam ou não dentro <strong>do</strong> núcleo<br />

familiar. O testemunho <strong>da</strong> honra e <strong>do</strong> respeito começa<br />

com os próprios pais e é repassa<strong>do</strong> aos filhos<br />

numa pe<strong>da</strong>gogia vivencial. Esse núcleo familiar vivi<strong>do</strong><br />

no amor e no respeito mútuo sem anulação <strong>da</strong>s rela-<br />

ções competentes expressam o amor mesmo de Deus.<br />

Esse amor leva a considerar aos pais com a mes-<br />

ma incumbência divina expresso pelo próprio Deus a<br />

Moisés, no Sinai, e confirma<strong>do</strong> por Cristo, no Gólgota,<br />

que o querer de Deus é que honremo-lO e, depois Dele,<br />

honremos nossos pais, pois Deus mesmo os revestiu<br />

de autori<strong>da</strong>de. Por meio deles nos deu a vi<strong>da</strong> e o conhecimento<br />

<strong>do</strong> amor.<br />

A observância <strong>do</strong> quarto man<strong>da</strong>mento tem as<br />

suas raízes mais profun<strong>da</strong>s no senti<strong>do</strong> <strong>da</strong> nossa filia-<br />

ção divina. Deus, “de quem deriva to<strong>da</strong> a paterni<strong>da</strong>de<br />

no céu e na terra” (cf. Ef 3,15), é o único que se pode<br />

“HONRA TEU PAI E TUA MÃE”<br />

MENSAGEIRO DIOCESANO • 03<br />

Eu respeito a minha origem<br />

considerar Pai em to<strong>da</strong> a sua plenitude, e os nossos pa<strong>do</strong>u<br />

a São José a sustentar o lar; realizou o primeiro mi-<br />

lagre a pedi<strong>do</strong> de sua mãe (Jo 2,1-11); entre os seus<br />

discípulos escolheu três parentes seus (cf. Mc 3,17-<br />

18); e antes de morrer na Cruz, confiou a São João o<br />

cui<strong>da</strong><strong>do</strong> de Maria, sua mãe (Jo 19,26-27); sem contar<br />

inúmeros milagres que realizou movi<strong>do</strong> pelas lágrimas<br />

ou pelas palavras de uma mãe (Lc 7,11-17; Mt 15,18-<br />

26) ou de um pai (Mt 9,18-26; 17,14-20). As orações<br />

<strong>do</strong>s pais pelos filhos chegam a Deus com um acento<br />

muito particular. Assim como a oração filial pelos seus<br />

pais.<br />

Diante <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de presente nota-se um grande<br />

desinteresse pela história pessoal e, por conseguin-<br />

te, um desrespeito pela sua própria origem. Tantos con-<br />

tornos ganhou a família moderna, mas sua essência,<br />

sejam quais forem suas composições, é sempre a <strong>do</strong><br />

acolhimento e sustentação <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> humana. O quarto<br />

man<strong>da</strong>mento possui sua profun<strong>da</strong> vali<strong>da</strong>de não somente<br />

pelo olhar e vivencia <strong>da</strong> fé, mas pela sua impor-<br />

tância humana, social, política e cultural. Ao ler sobre o<br />

quarto man<strong>da</strong>mento se percebe o quanto as diversas<br />

contribuições e reflexões se acentuam em ca<strong>da</strong> épois,<br />

ao gerar-nos, participaram dessa paterni<strong>da</strong>de divi- ca. Só para explicitar um desses contornos: na déca<strong>da</strong><br />

na que se estende a to<strong>da</strong> a criação. Vemos neles um re- de oitenta dificilmente se falava <strong>da</strong> honra <strong>do</strong>s pais peflexo<br />

<strong>do</strong> Cria<strong>do</strong>r: ao amá-los e honrá-los retamente, es- los filhos. Desse perío<strong>do</strong> em diante começou a acentu-<br />

tamos honran<strong>do</strong> e aman<strong>do</strong> neles o próprio Deus como ar mais a honra <strong>do</strong>s pais em relação aos filhos. Pelo<br />

Pai. O quarto man<strong>da</strong>mento se dirige expressamente visto estas contribuições marcam a compreensão<br />

aos filhos em suas relações com seu pai e sua mãe e acerca <strong>do</strong> man<strong>da</strong>mento divino em determina<strong>do</strong>s pecom<br />

to<strong>do</strong>s os membros de seu grupo familiar (Cf. Cate- río<strong>do</strong>s históricos, mas nunca devem desvirtuá-lo de<br />

cismo, n. 2199). seu senti<strong>do</strong> originário.<br />

Apesar <strong>da</strong> clareza com que o man<strong>da</strong>mento é Há inúmeras formas de se honrarem os pais.<br />

expresso no Antigo Testamento os <strong>do</strong>utores e os sa- O respeito e a estima que lhes dedicamos. Honram-se<br />

cer<strong>do</strong>tes <strong>do</strong> Templo de Jerusalém haviam torci<strong>do</strong> o os pais quan<strong>do</strong> se aju<strong>da</strong> a sustentá-los em suas difiseu<br />

senti<strong>do</strong> e cumprimento. Ensinavam que, se al- cul<strong>da</strong>des materiais, espirituais e socorren<strong>do</strong>-os para o<br />

guém dizia ao seu pai e à sua mãe: “qualquer coisa seu necessário sustento. Honram-se os pais rezan<strong>do</strong><br />

que <strong>da</strong> minha parte possas receber ou necessita é cor- por eles, visitan<strong>do</strong>-os, ouvin<strong>do</strong>-os, cui<strong>da</strong>n<strong>do</strong>-os quanbã,<br />

isto é, oferen<strong>da</strong>”(cf. Mt 7,11; Mc 7,10-13), os pais <strong>do</strong> a<strong>do</strong>ecem ou ficam enfermos, hospitaliza<strong>do</strong>s ou gra-<br />

já não podiam tomar na<strong>da</strong> desses bens ain<strong>da</strong> que esti- vemente <strong>do</strong>entes. Por fim, quan<strong>do</strong> morrem, honram-<br />

vessem muito necessita<strong>do</strong>s, pois estariam cometen<strong>do</strong> se os pais cui<strong>da</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu funeral, promoven<strong>do</strong> conum<br />

sacrilégio aproprian<strong>do</strong>-se de algo que fora declara- dignas exéquias e garantin<strong>do</strong> uma honrosa sepultura,<br />

<strong>do</strong> “oferen<strong>da</strong> para o altar”. Esse costume era frequen- com os sufrágios e a Santa Missa. E também ao bustemente<br />

um mero artifício legal para as pessoas conti- car pôr em prática aquela sua última vontade expressa.<br />

nuarem a desfrutar de seus bens e sentirem-se deso- To<strong>do</strong> o empenho <strong>do</strong>s pais pelo cui<strong>da</strong><strong>do</strong>, pelo zelo,<br />

briga<strong>da</strong>s <strong>do</strong> dever natural de aju<strong>da</strong>r os pais necessita- pelo amor, pelo sacrifício dedica<strong>do</strong> aos filhos encon<strong>do</strong>s.<br />

Os man<strong>da</strong>mentos de Deus não são para se cum- tra um amparo para nunca ficarem expostos aos des-<br />

prir exteriormente, de um mo<strong>do</strong> aparente, mas preci- cui<strong>do</strong>s por parte de seus filhos e de outros. O amor<br />

sam ser entendi<strong>do</strong>s em sua profundi<strong>da</strong>de para serem ver<strong>da</strong>deiro levou e leva tantos pais a se preocupavivi<strong>do</strong>s<br />

em seu senti<strong>do</strong> pleno. rem com os filhos, desde o nascimento, por isso os<br />

Jesus, no entanto, explica o justo senti<strong>do</strong> des- filhos deveriam traduzir com singelo carinho aos pate<br />

man<strong>da</strong>mento aos <strong>do</strong>utores <strong>da</strong> lei e fariseus, desfa- is que essa <strong>do</strong>ação valeu a pena. Pois ser ingratos<br />

zen<strong>do</strong> os profun<strong>do</strong>s erros que havia naquela época so- aos pais, aban<strong>do</strong>ná-los, sujeitá-los ao ridículo ou mebre<br />

o tema. Jesus deixou-nos o exemplo cabal de en- nosprezar os pais tem por conseqüência a própria<br />

trega plena à vontade <strong>do</strong> Pai celestial – “Não sabíeis morte (Mc 7,10; Dt 5,16). Tenhamos Jesus, Maria e<br />

que deveria me ocupar <strong>da</strong>s coisas de meu Pai?” (Lc José, a sagra<strong>da</strong> família, como modelo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> famili-<br />

2,49), dirá a Maria e a José quan<strong>do</strong> o encontram em Je- ar para to<strong>da</strong>s as famílias cristãs e rezemos para que<br />

rusalém – mas, ao mesmo tempo, é o modelo perfeito a uni<strong>da</strong>de e comunhão expressem o amor entre os<br />

de como devemos cumprir o quarto man<strong>da</strong>mento e <strong>do</strong> pais e filhos. E vivam em paz!<br />

apreço que devemos ter pelos vínculos familiares: vi- Pe. Marco <strong>Antônio</strong> Jardinello<br />

veu sujeito à autori<strong>da</strong>de de seus pais (Lc 2,51) e aju- Forma<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Seminário Diocesano - Curso Propedêutico<br />

Leia o Mensageiro Diocesano na web - www.diocesefw.com.br


04 • MENSAGEIRO DIOCESANO<br />

Com as Leituras se oferece aos fiéis a mesa<br />

A Voz <strong>do</strong> Pastor<br />

Liturgia <strong>da</strong> Palavra<br />

<strong>da</strong> Palavra de Deus e são abertos para tove-se<br />

<strong>da</strong>r o máximo respeito, já que tal proclama-<br />

ção reveste-se de uma importância particular: É<br />

<strong>do</strong>s os tesouros <strong>da</strong> Sagra<strong>da</strong> Escritura. Cristo quem nos fala.<br />

Junto à mesa <strong>da</strong> Eucaristia, a Liturgia <strong>da</strong> Tal proclamação é distinta <strong>da</strong>s demais lei-<br />

Palavra é o centro de to<strong>da</strong> a Missa, enquanto Je- turas, e deve ser acompanha<strong>da</strong> com sinais e honsus<br />

mesmo, o Verbo que se fez Carne, vem para ras especiais, seja <strong>da</strong> parte <strong>do</strong> ministro ordena<strong>do</strong><br />

desvelar o mistério escondi<strong>do</strong> em sua Palavra. (somente o diácono, ou o presbítero ou o bispo<br />

As leituras são escolhi<strong>da</strong>s de mo<strong>do</strong> a es- podem proclamá-lo), que se prepara com a bentarem<br />

em co-relação entre si, evidencian<strong>do</strong> encação ou com uma oração própria, seja <strong>da</strong> parte<br />

deamento e a continui<strong>da</strong>de <strong>do</strong> projeto de Deus a <strong>do</strong>s fiéis que, além de escutá-lo em pé, fazem so-<br />

respeito <strong>do</strong> ser humano, no qual a Antiga Aliança, bre si um sinal <strong>da</strong> cruz com o polegar, junto ao<br />

realiza<strong>da</strong> com Moisés e os profetas <strong>do</strong> Antigo Tes- que proclama o Evangelho, por três vezes:<br />

tamento encontra seu cumprimento e realização - na fronte, como a dizer que a tua Pala-<br />

na Nova Aliança <strong>do</strong> Novo Testamento, no qual Je-<br />

sus é a finali<strong>da</strong>de de tu<strong>do</strong>.<br />

vra, Senhor, seja sempre impressa em nossa<br />

mente, e que dela sempre me recorde;<br />

- nos lábios, como a dizer, que a tua Pala-<br />

Dom Antonio Carlos Rossi Keller<br />

Bispo Diocesano de Frederico Westphalen<br />

1ª LEITURA.<br />

vra, Senhor esteja sempre em minha boca, para<br />

A primeira Leitura, quase sempre um tre- que eu possas sempre anunciá-la, proclamá-la e mação e acolhi<strong>da</strong> de tu<strong>do</strong> o que foi dito, aquele<br />

cho de algum <strong>do</strong>s livros <strong>do</strong> Antigo Testamento (exlevá-la aos irmãos que tem necessi<strong>da</strong>de de con- que proclamou o Evangelho beija o Evangelho li-<br />

ceto no Tempo Pascal), é tira<strong>da</strong> <strong>do</strong> Lecionário, ten- solo e de paz; <strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> o bispo preside a celebração, o livro é<br />

<strong>do</strong> como base a ordem <strong>do</strong> ano litúrgico em curso. - no peito, como a dizer, possa a tua Pala- leva<strong>do</strong> a ele, que o beija, e pode abençoar a as-<br />

vra, Senhor, morar sempre no meu coração, e sembléia com o Evangeliário.<br />

SALMO RESPONSORIAL.<br />

que eu possa adequar meus sentimentos a esta<br />

Após a 1ª Leitura, segue o Salmo Res- Palavra, guar<strong>da</strong><strong>da</strong> em meu coração como um te- A HOMILIA.<br />

ponsorial (não se deve chamá-lo de “Salmo de souro precioso. A Homilia faz parte <strong>da</strong> liturgia e <strong>do</strong> Rito <strong>da</strong><br />

Meditação”, etc... nem usar nenhum outro tipo de No Evangelho, não escutamos falar Palavra, e é necessária para fazer crescer a vi<strong>da</strong><br />

música...).<br />

d´Ele, ou sobre Ele. Mas escutamos Ele mesmo cristã. O sacer<strong>do</strong>te, ou o bispo, ou também o diá-<br />

Este é tira<strong>do</strong> <strong>do</strong> Lecionário, já que ca<strong>da</strong> que nos fala. cono, com autori<strong>da</strong>de que lhe é <strong>da</strong><strong>da</strong> por causa<br />

texto salmódico esta diretamente conecta<strong>do</strong> com Os Evangelhos transmitem o testemu- de seu ministério ordena<strong>do</strong>, utiliza este momento<br />

a relativa Leitura: portanto, a escolha <strong>do</strong> Salmo de- nho principal de sua vi<strong>da</strong>, vivi<strong>da</strong> em total confian- para explicar a Escritura, e catequizar o povo, em<br />

pende <strong>da</strong> Leitura.<br />

ça e aban<strong>do</strong>no ao Pai. Jesus, através de seu Evan- uma atitude pastoral e fraterna.<br />

O salmista canta ou recita os versos des- gelho, nos convi<strong>da</strong> nos encoraja a imitá-lo, Ele A Homilia é obrigatória nos <strong>do</strong>mingos e<br />

de o ambão e a assembléia está senta<strong>da</strong>, particinos deu o exemplo, demonstran<strong>do</strong> que em Deus nas diversas festas e soleni<strong>da</strong>des. E não pode ser<br />

pan<strong>do</strong> com o refrão, repeti<strong>do</strong> diversas vezes. podemos e devemos sempre confiar. Ele nos deu omiti<strong>da</strong>, a não ser por razões graves. A Homilia de-<br />

esta prova suprema de confiança em Deus, so- ve sempre ser feita, como já se disse, ou pelo diá-<br />

2ª LEITURA.<br />

bretu<strong>do</strong> durante sua Paixão e Morte na Cruz. cono, ou por um <strong>do</strong>s presbíteros, ou pelo Bispo.<br />

Sempre tira<strong>da</strong> de um <strong>do</strong>s livros <strong>do</strong> Novo Por esta razão, a Igreja ornou a procla-<br />

Testamento.<br />

mação <strong>do</strong> Evangelho com uma coroa de sinais.<br />

Já no início <strong>da</strong> Celebração Eucarística, o<br />

A PROFISSÃO DE FÉ.<br />

A Profissão de Fé na celebração <strong>da</strong> Mis-<br />

ALELUIA.<br />

Evangeliário (livro cui<strong>da</strong><strong>do</strong>samente e estetica- sa tem a finali<strong>da</strong>de de suscitar, na Assembléia, de-<br />

Termina<strong>da</strong> a segun<strong>da</strong> Leitura, segue o mente cura<strong>do</strong>, que contém os Evangelhos a se- pois <strong>da</strong> escuta <strong>da</strong> Palavra de Deus, nas leituras e<br />

Aleluia. Este deve ser sempre canta<strong>do</strong>, segui<strong>do</strong> rem proclama<strong>do</strong>s nas celebrações), é objeto de na homilia, uma resposta de assentimento e de re<strong>do</strong><br />

verso correspondente, coloca<strong>do</strong> no Lecioná- extraordinária atenção: é leva<strong>do</strong> na Procissão de cor<strong>da</strong>r à mente a “Regra <strong>da</strong> Fé”, antes de se <strong>da</strong>r<br />

rio. Existem inúmeros tons de Aleluia. Não se deentra<strong>da</strong>, e coloca<strong>do</strong> com cui<strong>da</strong><strong>do</strong> no altar, no cen- início ao Rito Eucarístico.<br />

ve usar, sob nenhuma hipótese, algum outro can- tro.<br />

to neste momento. Somente o Aleluia e o verso. Altar e Livro, mesa <strong>do</strong> Pão e <strong>da</strong> Palavra es- A ORAÇÃO UNIVERSAL.<br />

No tempo litúrgico <strong>da</strong> Quaresma, durante o qual tão estreitamente uni<strong>da</strong>s. Ambas são cerca<strong>da</strong>s Na Oração Universal, ou Prece <strong>do</strong>s fiéis,<br />

não se canta o Aleluia, deve-se usar o verso cor- de digni<strong>da</strong>de e cui<strong>da</strong><strong>do</strong>, trata<strong>da</strong>s com venera- o povo, exercitan<strong>do</strong> a sua função sacer<strong>do</strong>tal barespondente,<br />

coloca<strong>do</strong> no Lecionário.<br />

ção.Nas Soleni<strong>da</strong>des, a procissão <strong>do</strong> Altar ao lu- tismal, reza por to<strong>da</strong> a humani<strong>da</strong>de. É convenien-<br />

A Soleni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Páscoa, de Pentecostes gar <strong>da</strong> Proclamação <strong>do</strong> Evangelho, o ambão evi- te que nas Missas, com a participação de povo,<br />

e de Corpus Domini (Corpus Christi), está previs- dencia um sinal, que pretende dizer: O Senhor es- aconteça normalmente esta oração, através <strong>da</strong><br />

ta também uma “Sequência”, que pode ser can- tá vin<strong>do</strong> em nossa direção. Ele vai nos falar. qual são eleva<strong>da</strong>s súplicas pela Santa Igreja, pe-<br />

ta<strong>da</strong> ou por to<strong>do</strong>s, ou só por um grupo, ou um so- Usan<strong>do</strong>-se o incenso (sempre no turíbu- los governantes, por aqueles que se encontram<br />

lista, etc..., e à qual to<strong>do</strong>s participam senta<strong>do</strong>s. lo...), incensa-se o livro como a dizer: eis o Se- em dificul<strong>da</strong>de, pela humani<strong>da</strong>de em geral e pela<br />

nhor que nos vai falar: vamos escutá-lo e acolher salvação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO. sua Palavra. O sacer<strong>do</strong>te conclui esta oração, com<br />

À proclamação <strong>do</strong> <strong>Santo</strong> Evangelho de- No final <strong>da</strong> Proclamação, como confir- uma breve fórmula de oração.<br />

Leia o Mensageiro Diocesano na web - www.diocesefw.com.br


Espaço Vocacional<br />

MENSAGEIRO DIOCESANO • 05<br />

I Jorna<strong>da</strong> Estadual de Catequistas<br />

OSetor de Animação Bíblico-Catequética <strong>da</strong><br />

CNBB Sul 3, em conjunto com as coordena-<br />

ções diocesanas de catequese <strong>da</strong>s 18 dioce-<br />

ses <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul, idealizou, programou e realizou<br />

a I Jorna<strong>da</strong> Estadual de Catequistas que aconte-<br />

ceu no dia 24 de maio de 2009, em Santa Cruz <strong>do</strong><br />

Sul-RS.<br />

O evento teve como objetivos: Realizar um<br />

dia de animação, celebração e confraternização entre<br />

os catequistas <strong>do</strong> Regional Sul 3. Celebrar o Ano Catequético<br />

Nacional. Dar um novo impulso à catequese<br />

como serviço eclesial e como caminho para o discipula<strong>do</strong>.<br />

Esta Jorna<strong>da</strong>, evento solene dentro <strong>do</strong> Ano<br />

Catequético Nacional, foi prepara<strong>da</strong> e celebra<strong>da</strong> a partir<br />

<strong>do</strong> Texto-Base <strong>do</strong> ano Catequético Nacional – 2009<br />

com o Tema: Catequese, caminho para o discipula<strong>do</strong>.<br />

E o Lema: “Nosso coração arde quan<strong>do</strong> Ele fala, explica<br />

as Escrituras e parte o pão” (cf. Lc 24, 32-35).<br />

Este texto <strong>do</strong> Evangelho de Lucas, escolhi<strong>do</strong> como iti-<br />

nerário inspira<strong>do</strong>r para to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong>des celebrati-<br />

vas <strong>do</strong> Ano Catequético Nacional, aponta para a di-<br />

mensão <strong>da</strong> experiência <strong>do</strong> encontro com Jesus no ca-<br />

minho, na Palavra e na Eucaristia. Encontro esse que<br />

Vocação é colocar-se a<br />

caminho para servir<br />

Desde o início <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de, Deus tem se em <strong>da</strong>r uma resposta sincera no seguimento a Cris- as pessoas estão muito preocupa<strong>da</strong>s consigo<br />

revela<strong>do</strong> às pessoas de uma maneira muito to, fazen<strong>do</strong> o bem como Ele o fez, fazen<strong>do</strong>-se ser- mesmo.<br />

dinâmica, ou seja, Deus caminha com o po- vo, responden<strong>do</strong> ao seu man<strong>da</strong>to “ide por to<strong>do</strong> o Desse mo<strong>do</strong>, refletir a cerca <strong>da</strong> vocação,<br />

vo nos bons e nos maus momentos como um vian- mun<strong>do</strong>, e pregan<strong>do</strong> o evangelho a to<strong>da</strong> criatura” <strong>do</strong> chama<strong>do</strong> que se dá no seguimento e se revela<br />

<strong>da</strong>nte, migrante, sempre presente na peregrinação (Mc 16,15). no serviço a Jesus Cristo, nos faz lembrar to<strong>do</strong>s os<br />

<strong>do</strong> povo. Faz história com seu povo, acompanha, Vocação exige movimento, sair de sua pá- jovens, os quais apresentam suas limitações e inprotege,<br />

abençoa. tria, <strong>do</strong> meio de seus parentes e ir ao encontro <strong>da</strong>s quietações diante <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e de to<strong>do</strong> um quadro visí-<br />

Na Bíblia encontramos muitos relatos de pessoas. Esse chama<strong>do</strong> é especial, é único na vi<strong>da</strong> vel aos seus olhos. O vocaciona<strong>do</strong> é chama<strong>do</strong> a cohomens,<br />

mulheres, jovens e até crianças (Abraão, de ca<strong>da</strong> pessoa. A vocação, própria de ca<strong>da</strong> pes- locar-se a caminho, mergulhar profun<strong>da</strong>mente nos<br />

Sara, Moisés, Jeremias, Judite, Samuel, Maria, os soa, identifica-a de forma particular, uma vez que mistério <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> de Jesus Cristo e adentrar no desapóstolos<br />

e tantos outros) que responderam ao ela carrega consigo mesmo carismas e <strong>do</strong>ns para conheci<strong>do</strong>, sem saber o que poderá acontecer. A<br />

chama<strong>do</strong> de Deus e se colocaram a caminho, para serem coloca<strong>do</strong>s a serviço <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> fa- partir <strong>da</strong>s motivações de Jesus torna-se atitude de<br />

libertar, servir, acompanhar, denunciar, orientar o mília, <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, porque “temos <strong>do</strong>ns diferen- to<strong>do</strong>s os batiza<strong>do</strong>s <strong>da</strong>r passos de quali<strong>da</strong>des, sair<br />

povo que vivia oprimi<strong>do</strong> e escraviza<strong>do</strong>. Ele mesmo tes, conforme a graça concedi<strong>da</strong> a ca<strong>da</strong> um de <strong>do</strong> marco inicial: “Avancem para águas mais proenvia<br />

seu Filho Jesus no meio <strong>do</strong> povo, para que se nós...” (Rm 12, 6). Assim a vocação nos direciona fun<strong>da</strong>s e lancem as redes para a pesca” (Lc 5,4).<br />

coloque a caminho: “Jesus percorria to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong>- ao serviço, sermos construtores, participantes de Deus continua chaman<strong>do</strong> pessoas <strong>do</strong> medes<br />

e povoa<strong>do</strong>s, ensinan<strong>do</strong> nas sinagogas, pre- um projeto, no qual to<strong>da</strong>s as pessoas tenham a sua io <strong>do</strong> povo para se consagrarem como sacer<strong>do</strong>tes,<br />

gan<strong>do</strong> a Boa Notícia <strong>do</strong> Reino de Deus, curan<strong>do</strong> to- parcela de contribuição e sejam felizes. religiosos, religiosas ou leigos para “ser luz <strong>da</strong>s na<strong>do</strong><br />

tipo de <strong>do</strong>ença e enfermi<strong>da</strong>de” (Mt 9, 35), reve- To<strong>da</strong>s as pessoas são vocaciona<strong>da</strong>s, são ções e para que a sua salvação chegue até os conlan<strong>do</strong><br />

a to<strong>do</strong>s o plano amoroso de Deus com a hu- chama<strong>da</strong>s a serem missionárias, para assumir li- fins <strong>da</strong> terra” (Is 49,6). Pode ter chega<strong>do</strong> a sua vez!<br />

mani<strong>da</strong>de e anuncian<strong>do</strong> que é possível viver o céu vremente uma missão nas diferentes vertentes <strong>do</strong> Se Ele te chamar, não tenha me<strong>do</strong> de dizer SIM e cojá<br />

aqui. quotidiano, <strong>da</strong> vivência <strong>do</strong> dia-a-dia. Para esse locar-se também a caminho para servi-lo.<br />

Por isso, quan<strong>do</strong> se fala em vocação, de- chama<strong>do</strong> a ser missionário, percebe-se a reali<strong>da</strong>- Ir. Neide Lamperti<br />

ve-se ter presente o chama<strong>do</strong> de Deus que consiste de <strong>do</strong> atual perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> qual fazemos parte em que Missionária Scalabriniana - Passo Fun<strong>do</strong>, RS<br />

tequistas, entre eles padres e religiosas, to<strong>do</strong>s identifica<strong>do</strong>s<br />

com a camiseta <strong>do</strong>s Beatos Manuel e Adílio e<br />

portan<strong>do</strong> o símbolo <strong>do</strong>s Beatos (2 cruzes e a palma)<br />

como identificação <strong>da</strong> diocese.<br />

A programação <strong>do</strong> dia constou de uma calorosa<br />

acolhi<strong>da</strong> na praça <strong>da</strong> <strong>Catedral</strong>, caminha<strong>da</strong> até o<br />

parque de eventos <strong>da</strong> Octoberest, celebração Eucarística,<br />

almoço e confraternização, apresentações artísticas<br />

e culturais, oração de envio com a entrega de<br />

um símbolo <strong>do</strong> evento a ca<strong>da</strong> diocese <strong>do</strong> Regional Sul<br />

3 <strong>da</strong> CNBB. Durante a caminha<strong>da</strong> foram realiza<strong>do</strong>s os<br />

transforma a vi<strong>da</strong> e desperta para a missão. ritos iniciais <strong>da</strong> celebração Eucarística com enfoque<br />

A diocese de Frederico Westphalen, que hoje especialmente catequético.<br />

conta com aproxima<strong>da</strong>mente 3.850 catequistas, rea- A presença de muitos bispos, sacer<strong>do</strong>tes, relizou<br />

encontros de formação com o rico conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> ligiosas e religiosos foi um testemunho muito signifi-<br />

Texto-Base <strong>do</strong> Ano Catequético Nacional, preparan- cativo e encoraja<strong>do</strong>r para os catequistas. Dom Jacin-<br />

<strong>do</strong>-se assim, para a 10ª Jorna<strong>da</strong> Catequética Dioce- to Flach, bispo referencia <strong>da</strong> catequese no Regional<br />

sana celebra<strong>da</strong> dentro <strong>da</strong> I Jorna<strong>da</strong> Estadual de Cate- Sul 3, presidiu a celebração Eucarística e na homilia<br />

quistas. incentivou os catequistas a se prepararem e abraça-<br />

A maioria <strong>da</strong>s 38 paróquias <strong>da</strong> diocese orga- rem ain<strong>da</strong> mais esse ministério eclesial com amor,<br />

nizou suas caravanas e somou a alegria <strong>do</strong> encontro, gratui<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de.<br />

em Santa Cruz <strong>do</strong> Sul, com os 10 mil catequistas de<br />

tantas outras dioceses. Frederico Westphalen mar- Irmã Lecticia Albarello<br />

cou presença e participação no evento com 1.200 ca- Coordenação diocesana de catequese<br />

Leia o Mensageiro Diocesano na web - www.diocesefw.com.br


06 • MENSAGEIRO DIOCESANO<br />

Informativo <strong>do</strong>s Beatos<br />

Manuel e Adílio<br />

Os <strong>Santo</strong>s e Beatos mais<br />

o Ano Sacer<strong>do</strong>tal<br />

Agora, em junho de 2009,<br />

foi aberto o Ano Sacer<strong>do</strong>tal na Igreja<br />

universal que perdura até junho<br />

de 2010. É uma grande benção o Pa-<br />

www.diocesefw.com.br<br />

pa ter introduzi<strong>do</strong> este tempo de re- refletirmos sobre a espirituali<strong>da</strong>de martirial e vi<strong>da</strong> <strong>do</strong><br />

flexão mais especifica sobre o sa- sacer<strong>do</strong>te.<br />

cerdócio ministerial e de mo<strong>do</strong> ge- Teremos a ordenação diaconal de Mauro Lural<br />

o sacerdócio comum de to<strong>do</strong>s iz Argenton e Rudinei Negri, no dia 24 de julho próxios<br />

fiéis. mo, que já será um momento de comunhão diocesa-<br />

Diante <strong>da</strong> relíquia <strong>do</strong> cora- na no Santuário <strong>do</strong>s Mártires. Mas devemos intensifição<br />

de São João Maria Vianey, no car a reflexão sobre o ano sacer<strong>do</strong>tal nos lugares que<br />

dia 19 de junho, com solenes vés- vivemos e de mo<strong>do</strong> especial a vi<strong>da</strong> pessoal de sacerperas,<br />

foi aberto o Ano Sacer<strong>do</strong>tal <strong>do</strong>tes em Cristo.<br />

no Vaticano. E a to<strong>da</strong> Igreja foi reco- Que São Vianey e os Beatos Manuel e Adílio<br />

men<strong>da</strong><strong>da</strong> nas mais diversas Igrejas sejam nossos intercessores quan<strong>do</strong> desejamos uma vicaminha<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> Igreja é uma constante à vi<strong>da</strong> particulares, bem como paróquias e comuni<strong>da</strong>des se<br />

fizessem atos que demonstrassem o inicio desse<br />

<strong>da</strong> mais santa pauta<strong>da</strong> pelos ensinamentos de Cristo.<br />

nossos esforços deve ser coloca<strong>do</strong> a ano.<br />

Vigário Paroquial de Nonoai<br />

interrogação: o que realizamos é em vista <strong>do</strong> Reino de No Santuário diocesano <strong>do</strong>s Bem-<br />

Deus ou para méritos próprios? Caso a resposta for aventura<strong>do</strong>s Manuel e Adílio dedicamos to<strong>do</strong><br />

para segun<strong>da</strong> afirmativa não vale a pena to<strong>da</strong> a o dia <strong>da</strong> sexta-feira, 19 de junho, na soleni<strong>da</strong>organização<br />

<strong>da</strong> Igreja, mas se for pela causa <strong>do</strong> Reino de <strong>do</strong> Coração de Jesus, para oração mais inde<br />

Deus então sim estaremos no caminho certo. Isso tensa. Preparamos um espaço orante junto a<br />

nos exige dedicação a exemplo de São João Maria capela <strong>do</strong> Santíssimo onde muitos tiveram o<br />

Vianey, o Cura d’Ars e <strong>do</strong>s Beatos Manuel e Adílio. oportuni<strong>da</strong>de de fazer suas orações. No final<br />

No mês de junho, lembramos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> de vári- <strong>da</strong> tarde, culminamos o dia com celebração euos<br />

santos bem conheci<strong>do</strong>s que tiveram vi<strong>da</strong> austera carística marcan<strong>do</strong> a abertura sacer<strong>do</strong>tal.<br />

na busca pelo Reino. São casos como de <strong>Santo</strong> Antô- Este dia foi muito orante e participativo.<br />

nio, São João Batista, São Pedro e São Paulo. Pode- O Papa sugere como modelo de saríamos<br />

dizer figurões <strong>do</strong> cristianismo. Pessoas, ou cer<strong>do</strong>te o Cura d´Ars, lembran<strong>do</strong> os 150 anos<br />

santos homens que não mediram esforços para que de seu nascimento para o céu. Um modelo veos<br />

ensinamentos divinos se fizessem ver<strong>da</strong>de entre a nerável para to<strong>do</strong>s os padres <strong>da</strong> Igreja Católihumani<strong>da</strong>de.<br />

Foram ver<strong>da</strong>deiros modelos de vi<strong>da</strong> ca. No entanto, Bento XVI, faz um apelo que é<br />

evangélica. louvável olhar para exemplos de santos sacer-<br />

Tanto <strong>Antônio</strong> como João, em épocas dife- <strong>do</strong>tes regionais. É claro que na diocese de Frerentes,<br />

realizaram pelo desprendimento, ações que derico Westphalen encontramos muitos desnos<br />

são caras até os dias atuais. Lembran<strong>do</strong> Pedro, ses incansáveis homens que deram a vi<strong>da</strong> penosso<br />

primeiro papa, ficamos muito felizes de ver lo evangelho de Cristo. Em ca<strong>da</strong> Paróquia enque<br />

apesar <strong>da</strong> fraqueza humana Deus realiza tantas contramos modelos de bons padres que santicoisas<br />

maravilhosas. Um líder que se fortaleceu sem- ficaram um povo e se santificaram pelo testepre<br />

nos passos de Jesus. Em Paulo, aparece o ar<strong>do</strong>r munho de vi<strong>da</strong>. Mas de mo<strong>do</strong> especial temos<br />

missionário que nos move a sermos evangeliza<strong>do</strong>res o Beato Manuel como insigne modelo de sanem<br />

meio a tantas reali<strong>da</strong>des que necessitam <strong>da</strong> Pala- ti<strong>da</strong>de, coragem e determinação. É neste<br />

vra de Deus. São exemplos de vi<strong>da</strong> que arrastam até Bem-aventura<strong>do</strong> que encontramos caracterísas<br />

pessoas menos fervorosas a realizarem ações de ticas louváveis e dignas de serem segui<strong>da</strong>s.<br />

bon<strong>da</strong>de, de amor, de fraterni<strong>da</strong>de entre outras.<br />

Paulo assumiu tamanha importância que decretamos<br />

o Ano Paulino na Igreja universal, lembran<strong>do</strong><br />

os <strong>do</strong>is mil anos de nascimento desse Apóstolo.<br />

Ca<strong>da</strong> sacer<strong>do</strong>te tem a possibili<strong>da</strong>de de buscar<br />

em Padre Manuel Gómez González uma inspi-<br />

ração para sua vi<strong>da</strong> sacer<strong>do</strong>tal.<br />

Acredito que será muito importante fa-<br />

Foram diversas as ativi<strong>da</strong>des propostas e realiza<strong>da</strong>s zermos encontros no Santuário com to<strong>do</strong>s os<br />

entre junho de 2008 e junho de 2009. sacer<strong>do</strong>tes que atuam em nossa diocese para<br />

Ade santi<strong>da</strong>de. To<strong>do</strong> o empreendimento de Pe. Leandro Piffer<br />

Leia o Mensageiro Diocesano na web - www.diocesefw.com.br


“Um dia uma criança me parou...”<br />

MENSAGEIRO DIOCESANO • 07<br />

Esta frase <strong>do</strong> Padre Zezinho aju<strong>da</strong> a expressar pouco mais pelos prediletos de Jesus, as crianças. ja escan<strong>da</strong>loso, não temos como interferir na liber<strong>da</strong>um<br />

pouco os sentimentos <strong>da</strong> experiência reali- Entre dúvi<strong>da</strong>s e opções! de de Deus atuar na história (Lc 6,20-21; Mt 25,35;<br />

za<strong>da</strong> pela comuni<strong>da</strong>de de filosofia, Bom Pastor A presença <strong>do</strong> Gabriel em nossa casa provo- Mc 2,16; Mt 11,19; 21,32; Lc 15,1s).<br />

<strong>da</strong> <strong>Diocese</strong> de Chapecó, residente em Passo Fun<strong>do</strong>, cou muitos questionamentos e dúvi<strong>da</strong>s. Tentamos Urgências<br />

com um menino chama<strong>do</strong> Gabriel (nome fictício), de contemplar as mais contundentes: Vale a pena traba- Urge como desafio trazer em cena os “Crisapenas<br />

nove anos de i<strong>da</strong>de. Gabriel é uma criança lhar para recuperar um menino, se são milhares os tos” escondi<strong>do</strong>s nos lugares ocultos, a exemplo de<br />

que reside próxima de nossa casa e que aos poucos que estão nesta reali<strong>da</strong>de? Temos que combater as Gabriel. Sabemos que a socie<strong>da</strong>de se esforça para igfoi,<br />

como um Anjo de Deus, conquistan<strong>do</strong> o coração causas e não ficar em um caso específico? Por que al- norar a existência desses lugares. São 'Cristos' esde<br />

nossa comuni<strong>da</strong>de. Sempre media<strong>do</strong>s pelo diálo- guém rouba, mesmo sen<strong>do</strong> aju<strong>da</strong><strong>do</strong>? Por que não condi<strong>do</strong>s que aparecem em lugares ocultos, e apago,<br />

sentimo-nos no dever de fazer alguma coisa por quer estu<strong>da</strong>r, tomar banho, fazer os serviços mais rentemente inexistentes. Não tem como negar que<br />

ele. Esta aproximação fez-nos sentir que a reali<strong>da</strong>de simples? Por que faz de tu<strong>do</strong> para utilizar, por alguns nos últimos quarenta anos, as teologias <strong>da</strong> libertação<br />

familiar era, também, retrato vivo de tantos lares que minutos, o computa<strong>do</strong>r? Por que para fazer algum contribuíram amplamente para resgatar as experiênvivem<br />

sem as mínimas condições de vi<strong>da</strong>. É a família serviço é preciso negociar? Em última instância, o cias desses “Cristos” ocultos.<br />

<strong>da</strong>s faltas: falta água, luz, rede de esgoto, roupa, ca- que embasa nossa opção pelos 'Gabrieis' <strong>da</strong> história? To<strong>da</strong>s as vezes que a Igreja separou-se <strong>do</strong>s<br />

sa, alimentos... Falta também saber onde está o pai, A opção pelos pobres pobres também se separou <strong>do</strong> Evangelho e, ao cononde<br />

a mãe trabalha, saber qual será o futuro <strong>da</strong>s cin- A base de nossa opção cristã pelos pobres trário, to<strong>da</strong> a conversão <strong>da</strong> Igreja ao Evangelho semco<br />

crianças. O que não falta nesta família? Não falta está explícita no Evangelho e nos <strong>do</strong>cumentos <strong>da</strong> Igre- pre passou pela relação com os pobres. Por isso, a<br />

uma avó heroína que toma conta de to<strong>do</strong>s. Não falta ja. Jesus oferece o amor de Deus a to<strong>do</strong>s/as igual- questão <strong>do</strong>s pobres será sempre um termômetro imesperança<br />

que o dia de amanhã possa ser melhor. mente, com um amor especial para ca<strong>da</strong> pessoa tor- portante para medir o teor profético <strong>da</strong> Igreja.<br />

Por isso, aproveitamos este espaço para par- nan<strong>do</strong>-se impossível fazer comparações diante <strong>do</strong> O Documento de Apareci<strong>da</strong> afirma: “nos trâtilhar<br />

com os leitores o que tem significa<strong>do</strong> um sinal vi- amor de Deus. “Não é possível falar seriamente de mites <strong>da</strong> justiça, a Igreja não é juíza entre partes, mas<br />

vo de Deus para nossa comuni<strong>da</strong>de. Referin<strong>do</strong>-se ao 'amores preferenciais' <strong>da</strong> parte de Deus com relação 'advoga<strong>da</strong> <strong>da</strong> justiça <strong>do</strong>s pobres'” (DA 395, 533), ou<br />

menino, o seminarista Regiano Bregal<strong>da</strong>, assim tes- a alguns seres humanos em detrimento de outros”. mesmo “casa <strong>do</strong>s pobres” (DA 8, 524). A pobreza<br />

temunhou: “Gabriel nos fez enxergar nele, Jesus Cris- “Há, contu<strong>do</strong>, um campo em que Deus é necessaria- (fruto <strong>da</strong> injustiça), apesar de não ser queri<strong>da</strong> por Deto,<br />

e nos fez enxergar Jesus nos vários rostos que es- mente radical e parcial: o campo <strong>da</strong> justiça. Aí Deus us, torna-se, como no caso <strong>do</strong> Gabriel, instrumento<br />

tão caí<strong>do</strong>s por terra em busca de um mun<strong>do</strong> melhor, coloca-se <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>da</strong> justiça e contra a injustiça, sem de Deus para nos evangelizar.<br />

mun<strong>do</strong> onde podem ter uma fatia de pão para saciar a menor 'neutrali<strong>da</strong>de', e sem simples "preferências": “O que vale não são as palavras bonitas, mas sim o<br />

a fome”. Aprendemos com o Gabriel a encontrar De- Deus está contra a injustiça e coloca-se <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s testemunho, o gesto concreto” (Jon Sobrino).<br />

us no pobre. Por isso, escrevemos esta experiência "injustiça<strong>do</strong>s". Independentemente de nossa vonta- Rogério Luiz Zanini<br />

como uma provocação continua para fazermos um de, concor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> ou não, mesmo que para alguns se- Padre <strong>da</strong> <strong>Diocese</strong> de Chapecó e professor <strong>do</strong> Itepa<br />

O Seguimento a Jesus Cristo<br />

“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo to. No entanto, Deus sempre nos dá a liber<strong>da</strong>de pa- seguições por defender a vi<strong>da</strong>, permanecer firme ditome<br />

ca<strong>da</strong> dia sua cruz e me siga.” (Lc 9, 23). ra respondermos positiva ou negativamente ao cha- ante <strong>da</strong>s tribulações e <strong>do</strong>s desgastes pela <strong>do</strong>ação<br />

Em meio a tantas propostas de riqueza, de ma<strong>do</strong> para segui-lo. de vi<strong>da</strong>, amar quem me despreza, per<strong>do</strong>ar uma<br />

prazer imediato, de desejos carnais insaciáveis, “... renuncie a si mesmo...”. Não se trata de ofensa, pedir perdão, etc.<br />

que o mun<strong>do</strong> oferece, Cristo propõe algo totalmen- negar sua identi<strong>da</strong>de, mas de renunciar as suas es- “... e me siga”. Ao contrário <strong>do</strong> que muitos<br />

te diferente e concreto. Jesus estava em um lugar truturas e seguranças, que de um mo<strong>do</strong> ou de outro pensam, o convite que Cristo nos faz não é para o<br />

retira<strong>do</strong>, a sós com seus discípulos. Após a profis- lhe impedem de encontrar a ver<strong>da</strong>deira felici<strong>da</strong>de e sofrimento, mas sim para a alegria, não é para a<br />

são de fé de Pedro (tu és “o Messias de Deus”), Je- descobrir a vontade <strong>do</strong> Pai. Jesus Cristo fez isso du- morte, mas sim para a vi<strong>da</strong>. O seguimento a Jesus<br />

sus faz um anúncio <strong>do</strong> caminho que teria de per- rante to<strong>da</strong> a sua vi<strong>da</strong>, renunciou a to<strong>da</strong> estrutura e Cristo é caracteriza<strong>do</strong> pela experiência pessoal, pecorrer.<br />

Em segui<strong>da</strong>, voltan<strong>do</strong>-se para os discípulos, segurança para fazer em tu<strong>do</strong> a vontade <strong>do</strong> Pai. la percepção <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de, pela conversão e com<br />

faz-lhes o convite: “Se alguém quer me seguir...” “... tome ca<strong>da</strong> dia a sua cruz...”. To<strong>do</strong>s os ela a decisão de assumirmos a nossa cruz. Mas aci-<br />

Este convite se repete nos dias de hoje a to<strong>do</strong>s nós, seres humanos têm os seus momentos de dificul- ma de tu<strong>do</strong> o seguimento a Jesus tem como finali-<br />

Ele não obriga ninguém a segui-lo, to<strong>do</strong>s somos <strong>da</strong>des e sofrimentos. Porém o sofrimento humano <strong>da</strong>de a construção <strong>do</strong> Reino de Deus. Através <strong>da</strong><br />

convi<strong>da</strong><strong>do</strong>s e livres para decidir.O seguimento a Je- ganha um novo senti<strong>do</strong> em Jesus Cristo. O ver<strong>da</strong>- cruz carrega<strong>da</strong> a ca<strong>da</strong> dia, o Reino de Deus comesus<br />

Cristo parte primeiramente de um encontro pes- deiro cristão faz de sua cruz e sofrimento o impulso çará a crescer dentro de nós e se tornará visível. O<br />

soal com Cristo, uma experiência marcante <strong>do</strong> para a vi<strong>da</strong>. Não se trata de buscar o sofrimento e Espírito <strong>Santo</strong> nos <strong>da</strong>rá a força necessária, nos conamor<br />

misericordioso de Deus. Esta experiência, po- nem de se acomo<strong>da</strong>r e calar diante <strong>da</strong>s situações duzirá nesta caminha<strong>da</strong> e abrirá os nossos corarém<br />

desacomo<strong>da</strong>, desestrutura e ressignifica a vi- causa<strong>da</strong>s pelas injustiças sociais, mas de aceitar e ções para o amor ao próximo, em especial àqueles<br />

<strong>da</strong> humana. Impulsiona-nos a uma mu<strong>da</strong>nça de enfrentar com amor a cruz de ca<strong>da</strong> dia, os peque- que mais necessitam.<br />

mentali<strong>da</strong>de e de atitude, é o início de um processo nos e grandes desafios numa perspectiva cristã. Neimar Demarco<br />

contínuo de conversão. É impossível continuarmos Talvez a cruz que eu deva suportar hoje seja vencer<br />

Estu<strong>da</strong>nte de Teologia <strong>do</strong> 3° Semestre –<br />

os mesmos após ter um encontro pessoal com Cris- o meu orgulho, suportan<strong>do</strong> as humilhações e per-<br />

Seminário Dom Bruno Mal<strong>da</strong>ner - Passo Fun<strong>do</strong><br />

Leia o Mensageiro Diocesano na web - www.diocesefw.com.br


08 • MENSAGEIRO DIOCESANO<br />

Deus no transcender que o homem é<br />

Apresente reflexão quer trazer alguns<br />

fun<strong>da</strong>mentos que estão relaciona<strong>do</strong>s à<br />

transcendência humana que ocorre numa<br />

relação consciente de um eu pessoal, com a alteri<strong>da</strong>de<br />

(o outro enquanto pessoa) e Deus, o Ser Transcendente<br />

por excelência. O conteú<strong>do</strong> deste artigo faz parte <strong>da</strong><br />

continui<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s anteriores cuja temática abor<strong>da</strong> a<br />

questão <strong>da</strong> Experiência de Deus.<br />

A transcendência humana se manifesta <strong>da</strong> se-<br />

guinte maneira: o eu ultrapassa-se a si mesmo, através<br />

<strong>do</strong> deu interior e vai em busca <strong>da</strong> alteri<strong>da</strong>de, e com ela,<br />

retornar a si, incorporan<strong>do</strong>-a e tornan<strong>do</strong>-se mais ser.<br />

Assim o homem vai ao ser <strong>da</strong> alteri<strong>da</strong>de volta para ele<br />

mesmo e, continua assim o movimento circular. Por isso<br />

o homem pode ser sempre mais. Ele não é um ser<br />

pronto, mas um ser aberto que procura se realizar. É<br />

uma totali<strong>da</strong>de não totaliza<strong>da</strong>, que vai se totalizan<strong>do</strong> dialeticamente<br />

através <strong>do</strong> movimento circular.<br />

A) No Conhecer<br />

No conhecer porque quan<strong>do</strong> conhecemos nós<br />

não somos um eu solitário, pois estamos volta<strong>do</strong>s para<br />

o mun<strong>do</strong> exterior, para a alteri<strong>da</strong>de (mun<strong>do</strong> <strong>da</strong>s coisas e<br />

<strong>da</strong>s pessoas). O meu pensamento para conhecer tem<br />

que pensar alguma coisa. E para pensar tenho que abrir<br />

para o mun<strong>do</strong> (coisas e pessoas). No momento em que<br />

entro em contato com esta reali<strong>da</strong>de intenciona<strong>da</strong> ela<br />

une-se ao meu ego pensante, constituin<strong>do</strong> assim o<br />

mun<strong>do</strong> de compreensão e de conhecimento. Na expe-<br />

riência <strong>do</strong> conhecimento, portanto, o homem é trans-<br />

cendência e nela se auto-realiza. Se é intencional, ele<br />

transcende, vai além de si mesmo, para a alteri<strong>da</strong>de, cujo<br />

ser interioriza, colocan<strong>do</strong> no espaço de sua cons-<br />

ciência e aperfeiçoan<strong>do</strong> a perfectibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> inteligência.<br />

Dentro deste processo, o homem não fica no que<br />

se afirma e se nega, mas a inteligência faz com que os<br />

<strong>do</strong>is se unem, isto é, faz uma síntese, ao qual vai realizan<strong>do</strong><br />

o homem. Nesse ser temos a transcendência e, é<br />

dentro deste processo que vamos nos realizan<strong>do</strong>. Quan-<br />

to mais interiorização conseguimos, mais cultos podemos<br />

ficar. É uma comunicação que vai em direção <strong>da</strong><br />

ver<strong>da</strong>de, <strong>da</strong>quilo que é ou pelo menos abre possibili<strong>da</strong>-<br />

des melhores para a humani<strong>da</strong>de. Essa transcendência<br />

pertence à própria natureza <strong>do</strong> homem.<br />

B) No agir<br />

O homem é um sujeito de realizações e não objeto.<br />

Ele não é um ser que está pronto, acaba<strong>do</strong>, mas está<br />

sempre por fazer-se, que está sempre além de suas<br />

determinações. O homem pelo agir se realiza, porque o<br />

seu agir está essencial e necessariamente verti<strong>do</strong> ao<br />

mun<strong>do</strong> e vice-versa. É através <strong>da</strong> execução de tarefas<br />

concretas que eu me realizo e assim torno-me o que realmente<br />

sou. A transcendência manifesta-se concreta-<br />

mente no relacionamento <strong>do</strong> meu agir ao mun<strong>do</strong>.<br />

Em qualquer agir humano temos uma transcendência<br />

porque quan<strong>do</strong> o homem age, ele se realiza, pois<br />

o ego não cai pronto <strong>do</strong> céu, ele é um cabe<strong>da</strong>l de possibi-<br />

li<strong>da</strong>des que vai se realizan<strong>do</strong> enquanto ser que é capaz<br />

de se transcender, ir além <strong>do</strong> que já é. O agir é parte cons-<br />

titutiva <strong>da</strong> realização humana. Nele está a consciência e a<br />

liber<strong>da</strong>de de traçar ações que tenham como meta o bem<br />

<strong>da</strong>s pessoas. O bem é próprio <strong>do</strong> valor humano e espiri-<br />

tual, condição para um agir com ética na comuni<strong>da</strong>de.<br />

Leia o Mensageiro Diocesano na web - www.diocesefw.com.br<br />

C) No relacionamento Interpessoal<br />

<strong>do</strong>. É o primeiro e o último. É um relacionamento vertical<br />

que não pertence mais a este mun<strong>do</strong>. É um tipo de trans-<br />

cendência que se manifesta no fenômeno religioso nas<br />

suas múltiplas figuras e formas de expressão.<br />

Podemos assim dizer, que tanto no conhecer,<br />

no agir e no relacionamento interpessoal aponta para o in-<br />

condiciona<strong>do</strong>, para Deus. É o horizonte último <strong>da</strong> auto-<br />

realização espiritual e pessoal <strong>do</strong> homem. É um apelo<br />

que a própria pessoa faz. No incondiciona<strong>do</strong> encontramos<br />

o fun<strong>da</strong>mento original e originário que tece o valor<br />

<strong>do</strong> acontecer pessoal, interpessoal, social e cela seu últi-<br />

mo senti<strong>do</strong>, no que significa ter: um fun<strong>da</strong>mento absolu-<br />

to e transcendente de ser e de senti<strong>do</strong>; um fun<strong>da</strong>mento<br />

espiritual-pessoal, com vi<strong>da</strong>, consciência e liber<strong>da</strong>de em<br />

plenitude, originários e ilimita<strong>do</strong>s; um Tu absoluto, que<br />

A relação intersubjetiva revela ain<strong>da</strong> melhor a es- em tu<strong>do</strong> nos encontra e interpela, que em tu<strong>do</strong> se pre-<br />

trutura transcendente <strong>do</strong> homem. Aqui há um relaciona- sentifica e age no qual tu<strong>do</strong> se encerra o senti<strong>do</strong> autêntimento<br />

entre o eu e o tu. É nesse tu que nos realizamos de co e decisivo de nosso ser aí, Tu que em nossa lingua-<br />

uma maneira fabulosa. Aqui a transcendência é mais cla- gem denominamos Deus. De certa maneira, as pessoas<br />

ra, realiza mais humanamente. É um valor pessoal, onde em geral tem <strong>sede</strong> de Deus.<br />

o tu é uma reali<strong>da</strong>de autônoma e independente. Por isso Quan<strong>do</strong> na história não se aponta para essa reatem<br />

que aceitar esse tu assim como ele é, não posso ma- li<strong>da</strong>de, outros “absolutos”, “valores” são coloca<strong>do</strong>s no<br />

nipulá-lo como objeto, porque senão não tenho uma rela- lugar <strong>do</strong> Absoluto que é Deus. Negar o incondiciona<strong>do</strong> é<br />

ção intersubjetiva. Nesse relacionamento interpessoal se negar-se a si próprio ou a sua própria afirmação. Negar o<br />

transcende inteiramente, de tal maneira que vê no outro o incondiciona<strong>do</strong> é negar o fun<strong>da</strong>mento que norteia os va-<br />

valor autônomo, que o outro pode me aceitar ou não. Po- lores éticos em nosso meio. Nessa reali<strong>da</strong>de, a existên-<br />

de me dizer sim ou não. Nesse relacionamento, portanto, cia humana deixa de valorizar a sua própria transcendên-<br />

é preciso que tenha reciproci<strong>da</strong>de, diálogo e não monó- cia e cair numa pobreza humana e espiritual, no vazio, na<br />

logo, porque senão eu imponho meus pensamentos. No superficiali<strong>da</strong>de e na per<strong>da</strong> de senti<strong>do</strong>, agin<strong>do</strong> muitas vediálogo<br />

eu transcen<strong>do</strong>. No amor, por exemplo, eu me co- zes instintivamente, cain<strong>do</strong> na barbárie. A crença ou a<br />

loco num relacionamento total com o tu; há um esvazia- não crença mu<strong>da</strong> a nossa compreensão de nós mesmos<br />

mento que <strong>do</strong>a inteiramente a um tu. Nesse relaciona- e <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Parece a pagar os horizontes <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

mento eu e tu é transcendência total, não é sentimento de existir e de tu<strong>do</strong> o que é seu correlato. O espírito de posposse<br />

e <strong>do</strong>minação, como na relação eu e isso. O ciúme, se, <strong>do</strong> lucro, <strong>da</strong> relativização <strong>do</strong> outro, <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, a falta<br />

por exemplo, não revela um relacionamento interpessoal de ética e de respeito ao bem <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, que é a pes-<br />

de amor, mas expressa um sentimento de posse <strong>do</strong> ou- soa na sua coletivi<strong>da</strong>de, viven<strong>do</strong> com condições e quali-<br />

tro e não de transcendência <strong>do</strong> eu para o tu. <strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>.<br />

Nessa transcendência total de um eu para um tu Nesse ponto, acreditamos que está o vigor ou o<br />

surge à amizade, fideli<strong>da</strong>de, gratidão, confiança, soli<strong>da</strong>ri- perigo <strong>da</strong> pessoa humana em nosso tempo. Atualmente<br />

e<strong>da</strong>de e, sobretu<strong>do</strong> amor. São relações que realizam pro- o homem busca uma nova maneira de descoberta de si e<br />

fun<strong>da</strong>mente a natureza humana. É a comunicabili<strong>da</strong>de di- de busca de senti<strong>do</strong> na Crença em Deus. A transcendên-<br />

alogal que enriquecem as relações de nossa existência, cia <strong>do</strong> homem que brota <strong>da</strong> sua natureza, irrompeu com<br />

de vivermos e agirmos em comunhão. Dessa dimensão o novo e irresistível vigor. O perigo espiritual de nossa era<br />

brota a responsabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s valores sociais como o dire- não está tanto e nem primordialmente na descrença e<br />

ito, a justiça, a paz e a liber<strong>da</strong>de, valores autênticos, in- num fun<strong>da</strong>mental “não” a Deus. O materialismo científicondicionalmente<br />

váli<strong>do</strong>s. co e ateísmo teórico (tão temi<strong>do</strong>s), coisas <strong>do</strong> século XIX,<br />

de há muito foi supera<strong>do</strong>. Além <strong>do</strong> perigo <strong>da</strong> seculariza-<br />

D) Transcendência horizontal e relativa ção de to<strong>do</strong>s os ambientes, soma<strong>da</strong> ao agnosticismo, in-<br />

(O homem se auto-realiza na transcendência ho- diferentismo e materialismo prático, não esquecen<strong>do</strong>, ao<br />

rizontal e relativa, por ser essencial e necessariamente es- la<strong>do</strong> desses aspectos negativos, a nova explosão <strong>da</strong> per-<br />

sa transcendência volta<strong>da</strong> para fora (no espaço <strong>da</strong> expe- gunta pelo senti<strong>do</strong> e <strong>da</strong> pergunta para Deus, nos dias de<br />

riência) <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>da</strong>s coisas e <strong>da</strong>s pessoas). A horizon- hoje, o perigo está mais na procura de uma transcendên-<br />

tal a que se dá no horizonte experiencial <strong>do</strong> homem. A re- cia vaga, de uma experiência imediata e irracional de Delativa,<br />

a que se dá na realização com seres finitos, com a us, onde esquecem qualquer fun<strong>da</strong>mentação, justificareali<strong>da</strong>de<br />

ôntica, na reali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s entes. ção e determinação racional. É uma fé que não sabe o<br />

que crê. Não se deve fazer desse absoluto um transcen-<br />

E) Transcendência Vertical e Absoluta dente vago, irracional, não colocan<strong>do</strong> o aspecto racional.<br />

O homem se auto-realiza também numa trans- É preciso que o homem contemporâneo se introduza na<br />

cendência Vertical e Absoluta, que já por natureza o ho- Fé e que deve saber que Deus não lhe é estranho. Deus é<br />

mem tende ir além deste mun<strong>do</strong>, e desta vi<strong>da</strong>. A ultra- transcendente, é Emanuel, caminha conosco. Qual é a<br />

passagem <strong>da</strong> imanência, o movimento de transcender minha, a nossa visão de Transcendência? Onde busco<br />

ao Último e Altíssimo, ao Absoluto e Divino, atingin<strong>do</strong> en- o(s) seu(s) fun<strong>da</strong>mento(s)?<br />

tão o senti<strong>do</strong> de absoluta transcendência. O relaciona- Pe. Claudir Miguel Zuchi<br />

mento com o Absoluto é o último relacionamento de tu- Vigário Paroquial de Seberi


Oração pelos Sacer<strong>do</strong>tes<br />

Ó Jesus, Pontífice Eterno, Divino Sacrifica<strong>do</strong>r, Vós que, no Vosso incomparável<br />

amor, deixastes sair <strong>do</strong> Vosso Sagra<strong>do</strong> Coração o sacerdócio<br />

cristão, dignai-Vos derramar, nos Vossos sacer<strong>do</strong>tes, as on<strong>da</strong>s vivificantes<br />

<strong>do</strong> Amor infinito.<br />

Vivei neles, transformai-os em Vós, tornai-os, pela Vossa graça, instrumentos<br />

de Vossas Misericórdias.<br />

Atuai neles e por eles, e fazei que, revesti<strong>do</strong>s inteiramente de Vós pela<br />

fiel imitação de Vossas a<strong>do</strong>ráveis virtudes, operem, em Vosso nome e pela<br />

força de Vosso espírito, as obras que Vós mesmo realizastes para a salvação<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

Divino Redentor <strong>da</strong>s almas, vede como é grande a multidão <strong>do</strong>s que<br />

<strong>do</strong>rmem ain<strong>da</strong> nas trevas <strong>do</strong> erro; contai o número dessas ovelhas infiéis<br />

que ladeiam os precipícios; considerai a multidão <strong>do</strong>s pobres, <strong>do</strong>s famintos,<br />

<strong>do</strong>s ignorantes e <strong>do</strong>s fracos que gemem ao aban<strong>do</strong>no.<br />

Voltai para nós por intermédio <strong>do</strong>s Vossos sacer<strong>do</strong>tes. Revivei neles;<br />

atuai por eles, e passai de novo através <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, ensinan<strong>do</strong>, per<strong>do</strong>an<strong>do</strong>,<br />

consolan<strong>do</strong>, sacrifican<strong>do</strong>, e reatan<strong>do</strong> os laços sagra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> amor entre o<br />

Coração de Deus e o coração humano.<br />

Amém.<br />

(Oração indulgencia<strong>da</strong> por S. Pio X em 03/03/1905)<br />

Agen<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>Diocese</strong><br />

Julho/2009<br />

04 - Crismas Paróquia Santa Terezinha - Erval Seco – 15 horas.<br />

05 - Crismas Paróquia Nossa Senhora <strong>da</strong> Purificação- Nova Candelária: 10<br />

horas<br />

07 - Reunião Equipe Diocesana de Coordenação <strong>da</strong> Catequese – Cúria. 9 horas<br />

11 - Crismas Paróquia São José de Sede Nova, juntamente com Bom Progresso<br />

– Horário: 15 horas.<br />

12 a 17 - Mutirão de Comunicação – Assembléia Regional <strong>da</strong> Ação Evangeliza<strong>do</strong>ra.<br />

Centro de Eventos PUCRS. – Porto Alegre.<br />

18 - Crismas Paróquia Nossa Senhora Apareci<strong>da</strong> de Tenente Portela<br />

Horários: 9horas- Barra <strong>do</strong> Guarita<br />

14 horas- Interior na Matriz<br />

19 horas- Ci<strong>da</strong>de - Matriz<br />

19 - Crismas Paróquia Nossa Senhora Apareci<strong>da</strong> de Tenente Portela<br />

Local: Vista Gaúcha – 9 horas.<br />

21 e 22 - Visita de Dom Odílo Pedro Scherer – Cardeal <strong>da</strong> Arquidiocese de São<br />

Paulo.<br />

20 a 29 - Escola Diaconal <strong>Santo</strong> Estevão – Regional.<br />

24 – Ordenação Diaconato – Mauro Luiz Argenton e Rudinei Negri –<br />

Paróquia Nossa Senhora <strong>da</strong> Luz - Nonoai- 19horas e 30 min.<br />

Bispo Ordenante Dom Antonio Carlos Rossi Keller.<br />

25- Encontro <strong>da</strong> Menina Moça – Palestra Os sacramentos- Dom Antonio Carlos<br />

Rossi Keller – Local: CFTP . Horário : 10 horas<br />

25 - Crismas Paróquia São Francisco de Assis - Alpestre – 14 horas.<br />

26 - Renovação Carismática – Cenáculo e <strong>Santo</strong> Augusto– Palestra: Jesus<br />

Cristo é o Senhor – Dom Antonio Carlos Rossi Keller – horário: 10 horas.<br />

28 - Encontro <strong>da</strong> Equipe de Coordenação Diocesana de Pastoral – Cúria –<br />

9horas.<br />

29 - Encontro de Formação – Equipes de Formação com Catequistas <strong>da</strong>s<br />

Paróquias - CFTP- Frederico Westphalen-RS- Horário: 9 horas.<br />

30 - Abertura <strong>da</strong> Escola Cristã de Política- Dom Antonio Carlos Rossi Keller -<br />

Local - URI – horário: 19 horas.<br />

MENSAGEIRO DIOCESANO • 09<br />

Aniversários <strong>do</strong>s Sacer<strong>do</strong>tes<br />

02 - Pe. Vilmar Rodrigues (nascimento)<br />

03 - Pe. Otto Seidel SCJ (ordenação)<br />

06 - Pe. Amadeu Balestrin (ordenação)<br />

09 - Pe. Gui<strong>do</strong> Taffarel (ordenação)<br />

- Pe. João Ferrari Manfio (ordenação)<br />

10 - Pe. Nelcir Chies (ordenação)<br />

11 - Pe. Renato José Rohr SCJ (nascimento)<br />

12 - Pe. Gui<strong>do</strong> Amadeu Londero (ordenação)<br />

24 - Frei Aldir Mattei OFM (nascimento)<br />

27 - Pe. Gui<strong>do</strong> Amadeu Londero (nascimento<br />

EU RECOMENDO!<br />

Ten<strong>do</strong> em vista o início <strong>do</strong> Ano Sacer<strong>do</strong>tal<br />

aberto no último dia 19 de junho pelo <strong>Santo</strong> Padre<br />

o Papa Bento XVI, pela ocasião <strong>do</strong>s 150<br />

anos <strong>do</strong> falecimento de São João Maria Vianey,<br />

o Cura d´Ars, gostaria de sugerir como leitura<br />

justamente um livro que conte um pouco<br />

<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> deste santo, agora patrono de to<strong>do</strong>s<br />

os sacer<strong>do</strong>tes. Viveu na França, um pequeno<br />

camponês cristão que, desde a mais tenra i<strong>da</strong>de,<br />

amava a solidão e o bom Deus. Como<br />

aqueles senhores de Paris tinham feito a Revolução<br />

Francesa e não deixavam as pessoas rezar,<br />

ele ia assistir à missa, com os pais, no fun<strong>do</strong><br />

de um celeiro.Os padres mantinham-se escondi<strong>do</strong>s, e quan<strong>do</strong> um deles era<br />

apanha<strong>do</strong>, cortavam-lhe a cabeça segun<strong>do</strong> as regras <strong>da</strong> arte. Eis por que João<br />

Maria Vianney alimentava o sonho de tornar-se sacer<strong>do</strong>te. Entrou tarde para o<br />

seminário e fracassou em to<strong>do</strong>s os exames. As vocações eram ca<strong>da</strong> vez mais<br />

raras, e no fim acabaram por aceitá-lo apesar de tu<strong>do</strong>. Foi designa<strong>do</strong> para Ars<br />

e ficou lá até à sua morte. O último sacer<strong>do</strong>te <strong>da</strong> França no último lugarejo <strong>da</strong><br />

França. Mas foi cem por cento sacer<strong>do</strong>te, o que não acontece com freqüência.<br />

Foi sacer<strong>do</strong>te tão completamente, que o último lugarejo <strong>da</strong> França acabou por<br />

ter o primeiro sacer<strong>do</strong>te <strong>da</strong> França, e a França inteira viajou para vê-lo. Ora, ele<br />

convertia to<strong>do</strong>s os que iam visitá-lo, e, se não tivesse morri<strong>do</strong>, teria converti<strong>do</strong><br />

a França inteira… Quer saber mais? Então leia o livro “O Cura d´Ars” de<br />

Henri Ghéon.<br />

Outra sugestão de leitura também tem em<br />

vista o Ano Sacer<strong>do</strong>tal e abor<strong>da</strong> um tema de<br />

suma importância para a vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s cristãos,<br />

<strong>do</strong>s sacer<strong>do</strong>tes, enfim, <strong>da</strong> Igreja: a confissão.<br />

O livro “Por que confessar-se?” escrito<br />

por Rafael Stanziona de Morais vão de encontro<br />

<strong>da</strong>s questões que o leitor de hoje gostaria<br />

de formular a propósito <strong>da</strong> confissão, e<br />

dão respostas sinceras que farão pensar a<br />

quem quer que se in<strong>da</strong>gue com franqueza.<br />

Apresentam o Sacramento <strong>da</strong> Reconciliação<br />

como o grande instrumento <strong>da</strong> misericórdia<br />

de Deus, e mostram que não se poderia<br />

imaginar um meio mais humano de curar as feri<strong>da</strong>s profun<strong>da</strong>s <strong>da</strong> alma. Destinam-se<br />

aos que têm a nobreza de reconhecer os seus erros, aos que desejam<br />

reaproximar-se de Deus, e podem ajudá-los a experimentar a mais pura e<br />

mais íntima de to<strong>da</strong>s as alegrias: a alegria de estar bem com Deus.<br />

Tenha uma boa leitura. Eu Recomen<strong>do</strong>!<br />

Pe. Marco <strong>Antônio</strong> Jardinello<br />

To<strong>do</strong>s os livros recomen<strong>da</strong><strong>do</strong>s nesta coluna, encontram-se na Livraria Diocesana<br />

Leia o Mensageiro Diocesano na web - www.diocesefw.com.br


10 • MENSAGEIRO DIOCESANO<br />

Coluna <strong>do</strong><br />

Coluna <strong>do</strong><br />

TRIBUNAL ECLESIÁSTICO<br />

Incapaz para Casar (III)<br />

N<br />

os últimos <strong>do</strong>is artigos consideramos<br />

os três vícios a que se refere o cân.<br />

1095. E, como vimos, alguns muito<br />

alguns recordem <strong>do</strong> que aconteceu na capital <strong>do</strong> Egi-<br />

to em 1997: um jovem, após conhecer e namorar<br />

uma jovem de 18 anos, a pediu em casamento; após<br />

pertinentes a muitos casamentos. as cerimônias, em que, pela tradição, a noiva usava<br />

Analisaremos, agora, mais <strong>do</strong>is vícios, talvez não tão um cha<strong>do</strong>r (véu que cobria o rosto), foram ao quarto<br />

comuns, mas de significativa ocorrência como apa- <strong>do</strong> hotel e, ao retirar o véu, o rapaz se deparou com<br />

recem em processos de nuli<strong>da</strong>de matrimonial. São uma mulher horrorosa (segun<strong>do</strong> o jornal) e de 45<br />

os cânn. 1096 e 1097, sobre o que dizemos, são víci- anos de i<strong>da</strong>de.<br />

os que incidem sobre o entendimento. Mas não se trata apenas de outra pessoa, di-<br />

Diz-nos o cân. 1096, § 1: Para que possa ha- ferente <strong>da</strong>quela que se pretendia casar, subir ao altar<br />

ver consentimento matrimonial, é necessário que os para incorrer em erro. Revelar-se o oposto <strong>do</strong> que era<br />

contraentes não ignorem, pelo menos, que o matri- antes <strong>do</strong> casamento também denota a existência de<br />

mônio é um consórcio permanente entre homem e erro. Como por exemplo: um jovem conhece uma momulher,<br />

ordena<strong>do</strong> à procriação <strong>da</strong> prole por meio de ça por exemplo de honesti<strong>da</strong>de; após o casamento,<br />

alguma cooperação sexual. ela se revela amoral, egoísta, infiel, adúltera. O jovem<br />

Não é tão simples se chegar ao matrimônio educação pode fazer com que a crian- jamais teria casa<strong>do</strong> se soubesse antes o que só depocompletamente<br />

ignorante, visto to<strong>da</strong> a disponibili<strong>da</strong>- ça/a<strong>do</strong>lescente/jovem busquem informações e mes- is ela revelou sobre si. Ou como a jovem que conhece<br />

de de informação hoje em dia. Mas pode acontecer e mo soluções de problemas desta ordem junto a quem o noivo como sen<strong>do</strong> católico e após o casamento des-<br />

o matrimônio seria inváli<strong>do</strong>. Uma coisa importante não tem capaci<strong>da</strong>de de orientar de acor<strong>do</strong> com o que cobre que pertence a uma seita fanática. Não foi a es-<br />

(cf. cân. 1096, § 2): depois <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de (14 anos pa- Deus deseja. Bem diz o dita<strong>do</strong>: “Quan<strong>do</strong> os pais são te rapaz que ela deu o seu consentimento. São estas<br />

ra meninos e 12 anos para meninas) esta ignorância omissos, os filhos são problemáticos”.<br />

situações de erro de pessoa. Também.<br />

não se presume. O cân. 1097, § 1 traz um outro vício: O erro No próximo artigo, continuaremos a análise<br />

O matrimônio, portanto, é um consórcio; é de pessoa torna inváli<strong>do</strong> o matrimônio. É raro, mas <strong>do</strong> cân. 1097, quanto ao seu segun<strong>do</strong> parágrafo, no<br />

de uma união que gera um relacionamento especial pode acontecer.<br />

tocante ao erro de quali<strong>da</strong>de de pessoa.<br />

entre os contraentes, na globali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. É um O erro é um juízo falso <strong>da</strong> inteligência. Para<br />

Pe. Jacson Rodrigo Pinheiro<br />

consórcio permanente, isto é, estável. Acontece en- que exista, segun<strong>do</strong> este cânon, tratar-se-ia <strong>do</strong> casa-<br />

Juiz e Defensor <strong>do</strong> Vínculo no Tribunal<br />

tre homem e mulher (o que exclui união entre pesso- mento que alguém realiza com pessoa diferente <strong>da</strong>- Eclesiástico Interdiocesano de Passo Fun<strong>do</strong><br />

as <strong>do</strong> mesmo sexo). E está ordena<strong>do</strong> à procriação <strong>da</strong> quela que o contraente desejava.<br />

prole por meio de alguma cooperação sexual (com- Poderíamos pensar, num primeiro momento,<br />

preende-se, portanto, que a união não pode ser mera- na seguinte situação: um jovem namora uma moça<br />

mente idealista, de amizade, etc..., mas ver<strong>da</strong>deira que tem irmã gêmea. No dia <strong>do</strong> casamento, é a irmã<br />

união de amor). Tu<strong>do</strong> isto deve ser de conhecimento que sobe ao altar com o rapaz e este não identifica, na<strong>do</strong>s<br />

contraentes. quele instante, vin<strong>do</strong> a descobrir na noite de núpcias<br />

Algo importante: este cânon toca aos pais no (vocês lembram <strong>da</strong>quela festa <strong>da</strong> uva em Caxias <strong>do</strong><br />

que se refere à obrigação de orientar seus filhos, in- Sul em que a irmã gêmea desfilou no lugar <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>clusive<br />

no que diz respeito ao sexo. A omissão desta deira soberana e ninguém notou a diferença?). Talvez<br />

Na diocese de Frederico Westphalen, a Pastoral <strong>da</strong> Criança vem<br />

desenvolven<strong>do</strong> um trabalho acelera<strong>do</strong> em to<strong>da</strong>s as paróquias. Aconteceu<br />

uma capacitação a nível de <strong>Diocese</strong> onde foram capacita<strong>do</strong>s 15 pessoas,<br />

uma de ca<strong>da</strong> paróquia, em alimentação enriqueci<strong>da</strong> e hortas caseiras. Ca<strong>da</strong><br />

capacita<strong>do</strong>r está elaboran<strong>do</strong> seu planejamento para começar o trabalho com as<br />

líderes e as mães. Outra ação que está sen<strong>do</strong> trabalha<strong>da</strong> nas paróquias são é os<br />

“brinque<strong>do</strong>s e brincadeiras” que estão <strong>da</strong>n<strong>do</strong> um impulso grande e aumentan<strong>do</strong> a auto-estima <strong>da</strong>s líderes,<br />

agentes de saúde e <strong>do</strong> PIM. Estarão acontecen<strong>do</strong> capacitações <strong>do</strong> Novo Guia no dia 09 de julho, no Cine<br />

Floresta, com 32 líderes. Dia 10, Assembleia em Seberi. Dias 01 e 02 em Pinheirinho <strong>do</strong> Vale. Dias 07 e 08<br />

em Palmeira <strong>da</strong>s Missões. Dias 13 e 14, Palmeira <strong>da</strong>s Missões, Dia 16 e, <strong>Santo</strong> Augusto. Dia 28, em Seberi.<br />

Cleci Pacheco de Souza - Coordena<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> Pastoral <strong>da</strong> Criança<br />

Leia o Mensageiro Diocesano na web - www.diocesefw.com.br<br />

Atendimento:<br />

E-mail: camara@diocesefw.com.br<br />

Quartas-feiras na Cúria Diocesana - FW - Fone: (55) 3744-3782<br />

Horário: 08h30min às 11h30min e 13h30min às 17 horas<br />

<strong>Diocese</strong> de Frederico Westphalen – RS<br />

Rua <strong>do</strong> Comércio, 672, 3º. An<strong>da</strong>r | Caixa Postal 82<br />

98.400-000 | Frederico Westphalen-RS | (55) 3744-3782<br />

curia@diocesefw.com.br - secretariafw@diocesefw.com.br<br />

SUPERVISÃO GERAL:<br />

Ecônomo <strong>da</strong> Cúria Diocesana: Monsenhor Luiz Dalla Costa<br />

Secretária: Maria Helena Binotto<br />

DIAGRAMAÇÃO E IMPRESSÃO: Pluma Gráfica-Editora<br />

TIRAGEM: 1.200 exemplares<br />

COLABORADORES DO MÊS:<br />

Dom <strong>Antônio</strong> Carlos Rossi Keller, Mons. José Wilmar Dalla Costa,<br />

Pe. Marco <strong>Antônio</strong> Jardinello, Pe. Leandro Piffer,<br />

Pe. Rogério Luiz Zanini, Ir. Neide Lamperti, Ir. Lecticia Albarello,<br />

Seminarista Neimar Demarco, Pe. Claudir Miguel Zuchi,<br />

Pe. Jacson Rodrigo Pinheiro,<br />

Jornalista Priscila Nhoatto<br />

Livraria<br />

Diocesana<br />

Rua <strong>do</strong> Comércio, 672 - Cx. P. 82<br />

98400-000 - Frederico Westphalen - RS<br />

Fone: (55) 3744-5053<br />

E-mail: livraria@diocesefw.com.br<br />

Fone: (55)0800-7590<br />

Telefax: (55) 3744-4747 / 4726 / 4736

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!