Divino Sospiro Coro Gulbenkian - Gulbenkian Música - Fundação ...
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24<br />
02<br />
domingo 24 Fevereiro 2013<br />
19:00h – Grande Auditório<br />
<strong>Divino</strong> <strong>Sospiro</strong><br />
<strong>Coro</strong> <strong>Gulbenkian</strong><br />
Enrico Onofri direção musical
MUSICA.GULBENKIAN.PT<br />
parceiro<br />
institucional<br />
parceiros<br />
media
<strong>Divino</strong> <strong>Sospiro</strong><br />
<strong>Coro</strong> <strong>Gulbenkian</strong><br />
Enrico Onofri direção musical<br />
Artur Carneiro maestro do coro<br />
Fulvio Bettini barítono (orfeo)<br />
Ana Quintans soprano (la musica / euridice)<br />
Fernando Guimarães tenor (apollo / pastore)<br />
Romina Basso meio-soprano (speranza / proserpina)<br />
Luciana Mancini meio-soprano (messaggera)<br />
Hugo Oliveira barítono (plutone)<br />
Antonio Abete baixo (caronte)<br />
Joana Nascimento contralto (pastore)<br />
Carolina Figueiredo contralto (ninfa)<br />
Pedro Cachado tenor (spirito)<br />
Manuel Rebelo barítono (pastore / eco)<br />
Luca Dordolo tenor (pastore)<br />
Claudio Monteverdi<br />
L’ Orfeo<br />
Hora prevista para o fim do concerto: 21h<br />
Sem Intervalo<br />
domingo 24 Fevereiro 2013<br />
19:00h – Grande Auditório<br />
24<br />
02<br />
03 3
História ao Lado<br />
por gonçalo frota<br />
Vida e morte<br />
O mito grego de Orfeu e Eurídice, deificado<br />
nas obras dos poetas Virgílio e Ovídio,<br />
tem alimentado a criação nas mais variadas<br />
disciplinas artísticas. Na música, o caso<br />
será mais flagrante, dada a natureza<br />
da história de um Orfeu que parte para<br />
a salvação da sua amada (Eurídice) munido<br />
apenas da lira de Apolo, das suas canções<br />
e da crença na música como superadora<br />
da morte. Mas a história produziu igualmente<br />
o seu encanto na pintura, na dança,<br />
na literatura e em toda a sorte de espectáculos<br />
multidisciplinares. Nalgumas encenações<br />
da ópera de Monteverdi, na década de 90,<br />
Orfeu foi recriado como estrela punk-rock.<br />
Nessa mesma década, o escritor indo-britânico<br />
Salman Rushdie abordou também o mito,<br />
recentrando a história nos anos 60 e 70 em<br />
Mumbai, no seu romance O Chão que Ela Pisa.<br />
Orfeu e Eurídice, na transfiguração operada<br />
por Rushdie, dão pelos nomes Ormus Cama<br />
e Vina Apsara e são as duas maiores estrelas<br />
do mundo rock, assombrados pelo passado<br />
04<br />
de um amor também ele de vida ou morte.<br />
As canções de Cama, que o tornam objeto<br />
de adoração universal, são-lhe sopradas por<br />
um gémeo ausente, nado-morto. Então<br />
sob a fatwa decretada pelo ayatollah Komeini<br />
na sequência do lançamento d’Os Versículos<br />
Satânicos, a história de Orfeu ou Ormus Cama<br />
serve de rastilho para a reflexão do autor<br />
sobre a possibilidade de a sua obra lhe valer<br />
a eternidade, de nenhuma morte poder apagá-la,<br />
colocando em análise a capacidade de uma<br />
obra suplantar e fintar a mortalidade.<br />
A recontextualização na área do pop rock não<br />
é acidental e é escolhida por Rushdie enquanto<br />
pináculo da transitoriedade e da fugacidade,<br />
atribuindo-lhe uma legitimação em que<br />
a música, mesmo na sua forma mais popular<br />
e descartável, pode almejar à vida eterna.<br />
O facto de a obra de Monteverdi, com mais<br />
de 400 anos, continuar a ser objeto de novas<br />
encenações, parece ser a mais cabal prova<br />
de que o mito de Orfeu tem a sua validade<br />
renovada regularmente.<br />
salman rushdie © dr
Claudio Monteverdi<br />
cremona, 15 de maio 1567 (batizado)<br />
veneza, 29 de novembro de 1643<br />
L’ Orfeo<br />
estreia: mântua, 24 de fevereiro de 1607<br />
duração: c. 2h<br />
No dia de hoje, 24 de fevereiro, corria o ano<br />
de 1607, no Palácio Ducal dos Gonzaga,<br />
em Mântua, foi estreada L’Orfeo, favola<br />
in musica [fábula musical], composta por<br />
Claudio Monteverdi. De importância cimeira<br />
no contexto da História da Ópera, L’Orfeo,<br />
não sendo a primeira ópera mas sim<br />
a primeira referência deste género musical,<br />
substancializa o apogeu de uma corrente<br />
com raízes bem mais profundas do que<br />
comummente se pensa.<br />
O drama musical não surgiu do nada,<br />
de uma eureka, de um achado de determinado<br />
compositor. Foi o res ultado de uma gestação<br />
lenta, ao longo de todo o séc. XVI. A tradição<br />
bucólica greco-romana, presente em vários<br />
escritos da antiguidade clássica, foi, segundo<br />
Joachim Steinheuer, o modelo dos músicos<br />
e dramaturgos da Itália renascentista. Cenas<br />
exteriores e campestres são, recorrentemente,<br />
o pano de fundo aos amores entre deuses<br />
e semi-deuses, pastores e ninfas. A Fabula<br />
di Orfeo, do humanista Angelo Poliziano<br />
(1454-1494), representada em Florença<br />
em 1480, é tida como a primeira fábula musical,<br />
uma peça teatral com forte componente musical.<br />
Em meados do séc. XVI surgem os intermezzi<br />
[intermédios], madrigais, canções a solo<br />
e secções instrumentais interpretadas entre<br />
atos de peças de teatro, um entretenimento<br />
contido noutro entretenimento, atingindo<br />
a sua expressão máxima em 1589 com<br />
La Pellegrina, para o casamento de Ferdinando<br />
de’ Medici (1549-1609) e Cristina de Lorena<br />
(1565-1637). São seis intermédios, cada um<br />
com uma pequena história independente,<br />
musicada por diversos compositores e cuja<br />
partitura, publicada em 1591 por Cristofano<br />
Malvezzi (1547-1599), felizmente sobreviveu.<br />
Paralelamente, em Florença, um grupo de<br />
humanistas, músicos e poetas procuravam<br />
ressuscitar a declamação cantada do drama<br />
grego, influenciados por Girolamo Mei<br />
(1519-1594) e pelo seu tratado De modis musicis<br />
antiquorum [Sobre os modos da música antiga],<br />
c. 1573, no qual proclamara que o sistema<br />
musical havia sido corrompido e que a música<br />
deixara de ser um veículo da palavra,<br />
055<br />
monteverdi, por bernardo strozzi, 1640, gallerie dell’accademia, veneza © dr
orphée et eurydice, por nicolas poussin, 1648, musée du louvre © dr<br />
preconizando, por isso, o regresso à forma<br />
e ao estilo musical dos antigos gregos, salvando<br />
a música da decadência total e, com isso, a própria<br />
sociedade. Era a reafirmação da crença clássica<br />
platónica nas virtudes sobrenaturais da música,<br />
capaz de manipular as acções humanas.<br />
Este cenóbio passaria à História como Camerata<br />
Fiorentina ou Camerata di Bardi, por existir<br />
sob o patrocínio de Giovanni de’ Bardi<br />
(1534-1612), dela fazendo parte, entre outros,<br />
Giulio Caccini (1551-1618) e Jacopo Peri<br />
(1561-1633), compositores fundamentais<br />
na génese de um novo estilo musical: a ópera.<br />
Refutando os excessos da prática polifónica<br />
da época, centrada na exibição do contraponto<br />
e remetendo o texto poético para um segundo<br />
plano, a Camerata procurou reconstituir<br />
o estilo musical da tragédia greco-romana<br />
(bem como o cantus obscurior de Cícero,<br />
(106-43 a.C.), figura de retórica na arte<br />
06<br />
da oratória que preconizava cantar passagens<br />
mais emotivas do discurso, assim realçando<br />
a veracidade de tais sentimentos), com<br />
o que criou o estilo ou género rappresentativo:<br />
a prevalência da palavra sobre a música,<br />
representando os afectos e as emoções<br />
humanas através da monodia, uma única linha<br />
melódica, de carácter simples, acompanhada<br />
por um instrumento: o contínuo, base harmónica.<br />
Assistia-se à teorização de uma prática que,<br />
esparsamente, decorria há vários anos, como<br />
podemos constatar numa carta de Poliziano<br />
ao humanista Pico della Mirandola (1463-1494)<br />
sobre o cantor Fabio Orsini, datada de 1488:<br />
“a voz não era a de um leitor, nem claramente<br />
a de um cantor. Foi simples ou modulada, variando<br />
de acordo com as passagens do poema […], calmo,<br />
apaixonado ou veemente; sempre verdadeiro, claro<br />
e agradável ao ouvido…”.<br />
A expensas de Jacopo Corsi (1561-1602), mecenas
florentino, o Carnaval de 1598 assistiria<br />
à estreia de La favola di Dafne, com libreto<br />
de Ottavio Rinuccini (1562-1621) e música de<br />
Jacopo Peri. Dafne foi a primeira das fabulas<br />
rappresentata in musica, o primeiro drama<br />
inteiramente cantado, passando à posteridade<br />
como a primeira ópera da História, apesar<br />
de nenhum exemplar da partitura ter chegado<br />
aos nossos dias.<br />
O sucesso de Dafne entre os círculos eruditos<br />
da cidade fica patente na encomenda à mesma<br />
dupla de uma nova obra, L’Euridice, estreada<br />
em Florença em 1600, por ocasião do casamento<br />
de Maria de’ Medici (1575-1642) com Henrique<br />
IV de França (1553-1610).<br />
Em 1602, Caccini publicaria a sua versão<br />
musical de L’Euridice, sobre o mesmo libreto<br />
de Rinuccini.<br />
A figura de Claudio Monteverdi surge com<br />
maior relevância em 1605, no auge de uma<br />
polémica que animava os círculos musicais<br />
da península itálica, e que opunha Giovanni<br />
Artusi (1540-1613) ao compositor. Nascido<br />
em Cremona, e tendo entrado ao serviço<br />
de Vincenzo I Gonzaga (1562-1612), duque<br />
de Mântua, em 1589, Monteverdi cedo mostrara<br />
os seus dotes, alcançando em 1602 o cargo de<br />
maestro della musica (compositor da corte).<br />
Na introdução do Quinto Livro de Madrigais,<br />
Monteverdi, em resposta a Artusi, propõe<br />
a divisão da música em duas correntes: a prima<br />
pratica, devedora dos ideais polifónicos<br />
do séc. XVI, e a seconda pratica, baseada na<br />
verdade das palavras, sendo estas a controlar<br />
a harmonia. A mudança dos paradigmas estéticos<br />
da Itália seiscentista ganhara redobrado fôlego.<br />
Nesse sentido, não poderia ser mais eloquente<br />
a escolha do mito de Orfeu para a composição<br />
de uma nova obra a estrear durante os festejos<br />
carnavalescos promovidos pela Accademia<br />
degli Invaghiti [Academia dos Enamorados],<br />
da qual faziam parte os filhos mais velhos<br />
do duque de Mântua: Francesco (1586-1612)<br />
e Ferdinando (1587-1626).<br />
Filho de Apolo e da musa Calíope, Orfeu era<br />
dotado de um talento musical inultrapassável,<br />
hipnotizando toda a Natureza com o seu canto<br />
e o som da sua lira. Desesperado pela morte<br />
de sua amada, a ninfa Eurídice, com quem<br />
recentemente se casara, decide ir resgatá-la<br />
ao mundo dos mortos. Comovendo às lágrimas<br />
Plutão, rei dos mortos, consegue levar Eurídice,<br />
mas com uma condição: não poderá olhar para<br />
a sua amada até estarem cobertos pelos raios<br />
do Sol. Durante o longo trilho que os conduzirá<br />
ao mundo dos vivos, Orfeu é assaltado pela<br />
dúvida: terá Plutão cumprido a sua palavra?,<br />
estará Eurídice atrás de si como pensa?…<br />
Ao virar-se para trás, em busca da sua amada,<br />
a figura da ninfa começa a esfumar-se e Orfeu<br />
perde-a para sempre.<br />
L’Orfeo estreou-se a 24 de fevereiro de 1607.<br />
O pouco que se sabe sobre este acontecimento<br />
deve-se à correspondência coeva: por um<br />
lado, as cartas de Francesco para Ferdinando<br />
Gonzaga (que em 1607 estudava Teologia<br />
na Universidade de Pisa) e de Carlo Magno,<br />
oficial da corte de Mântua, para seu irmão<br />
Giovanni.<br />
A 23 de fevereiro, véspera da estreia, Magno<br />
relata alguns detalhes: “Será muito inusual pois<br />
todos os atores irão cantar a sua parte. Irei com<br />
toda a certeza tal é o meu grau de curiosidade,<br />
a não ser que a falta de espaço na sala assim mo<br />
impeça.”. Mais adiante conta que foram dadas<br />
instruções para a impressão e distribuição<br />
do libreto “para que todos na audiência possam<br />
ter uma cópia para acompanhar enquanto<br />
é cantado.”. Numa carta posterior, Magno<br />
dá conta de uma segunda representação,<br />
a 1 de março, por ordens do duque, para todas<br />
as damas residentes, o que dá a entender que<br />
a assistência presente na estreia de L’Orfeo<br />
era unicamente masculina.<br />
Dado a dimensão da obra e os recursos vocais<br />
e instrumentais requeridos é de presumir<br />
que participaram todos os músicos ao serviço<br />
da corte de Mântua. Quanto aos principais<br />
cantores, John Whenham avança, não sem<br />
reticências, os seguintes nomes: os castrados<br />
Giovanni Magli (A <strong>Música</strong> / Proserpina)<br />
e Girolamo Bacchini (Eurídice) e o tenor<br />
Francesco Rasi (Orfeu).<br />
O autor do libreto foi Alessandro Striggio<br />
(c.1573-1630), filho do compositor homónimo,<br />
membro da Accademia degli Invaghiti<br />
e secretário privado do duque Vincenzo.<br />
Baseando-se no Livro XI das Metamorfoses<br />
07
de Ovídio (43 a.C. – c. 18 d.C.) e do Livro IV<br />
das Geórgicas de Virgílio (70 a.C. – 19 d.C.),<br />
Striggio escreveu um libreto muito próximo<br />
das versões de Poliziano, Guarini e Rinuccini,<br />
articulando a ação em cinco atos e acrescentando<br />
um prólogo. Este, na tradição grega, era de<br />
suma importância, ao enunciar o recorte da ação<br />
dramática que seria narrada e captar a simpatia<br />
do ouvinte para que este pudesse ser tocado<br />
pelas mesmas paixões das personagens.<br />
A exiguidade da sala e o facto de o palco ser<br />
estreito, segundo palavras do próprio Monteverdi,<br />
explica a simplicidade dos meios cénicos,<br />
centrando-se toda a ação em dois locais<br />
distintos: os campos da Trácia (atos I, II e V)<br />
e no Mundo Inferior, o Tártaro (atos III e IV),<br />
o que em termos práticos significava apenas<br />
dois cenários.<br />
A publicação da partitura em 1609 (e de novo<br />
em 1615), em Veneza, por Ricciardo Amadino<br />
(1572-1621), deixa em aberto uma série<br />
de premissas: Monteverdi lista um conjunto<br />
de instrumentos, não especificando o que<br />
cada um toca mas, antes sim, onde toca.<br />
A partitura é mais um esqueleto que um<br />
corpo, um ponto de partida para a ornamentação<br />
e embelezamento do discurso musical,<br />
segundo o que o próprio compositor preconizou<br />
em diversas situações. Assim, cada interpretação<br />
de L’Orfeo tem um som e uma identidade<br />
distinta de todas as outras.<br />
Monteverdi é inovador ao votar os géneros<br />
do passado e do presente à coexistência,<br />
percorrendo uma diversidade de estilos<br />
ao longo da obra. Com uma compreensão<br />
intuitiva da relação entre texto e música,<br />
o compositor alargou os recitativos, tornando-os<br />
mais amplos e contínuos, procurou uma<br />
cuidadosa organização tonal e deu largas<br />
a um profundo lirismo nos momentos-chave,<br />
essencial para a caracterização e acentuação<br />
do tonus dramaticus, acrescentando indicações<br />
precisas sobre os instrumentos que deveriam<br />
tocar em diversas cenas (a especificidade<br />
tímbrica ao serviço da interpretação psicológica<br />
do carácter quer de personagens quer de<br />
ambientes). A grande inovação monteverdiana<br />
é a utilização recorrente de ritornelos, um<br />
refrão (quer vocal quer instrumental) que<br />
08<br />
permite unificar cenas inteiras, conferindo-lhes<br />
coerência narrativa e grande intensidade<br />
emocional. Monteverdi confere ao coro<br />
um papel preponderante, personificando<br />
ao longo da obra pastores, ninfas, espíritos<br />
do inferno, comentando a ação à imagem<br />
do coro das tragédias clássicas... Por último,<br />
a organização interna, cada ato musicalmente<br />
bem delimitado, terminando sempre com<br />
uma intervenção coral e instrumental,<br />
desenrolando-se toda a obra à volta de um<br />
eixo musical, o clímax, Possente Spirto, no III<br />
ato, com os seus ecos virtuosos para diversos<br />
instrumentos.<br />
L’Orfeo começa com uma toccata instrumental,<br />
precedendo a entrada da <strong>Música</strong> personificada<br />
(A <strong>Música</strong>). Depois de dar as boas-vindas<br />
à audiência, enuncia os vários poderes da<br />
música e apresenta Orfeu, que com o seu canto<br />
“seduzia as feras e o próprio Inferno cedeu às suas<br />
súplicas”. Toda a narrativa está uniformizada<br />
por um ritornelo de grande eficácia musical.<br />
O ato I centra-se nos esponsais de Orfeu<br />
e Eurídice; no ato II, Orfeu recebe a notícia<br />
da morte de Eurídice, narrada por uma<br />
mensageira: “In um fiorito prado”. Promete<br />
ir resgatá-la ao mundo dos mortos no pungente<br />
lamento “Tu se morta”. O ato III conta como<br />
o herói, depois de hipnotizar Caronte com o seu<br />
canto, “Possente Spirto”, consegue atravessar<br />
o rio Styx e chegar ao mundo dos mortos.<br />
No ato IV assistimos ao encontro com Hades<br />
e o fatídico regresso ao mundo dos vivos<br />
de Eurídice. Por último, no ato V, Orfeu<br />
é resgatado por Apolo para gozar das graças<br />
divinas. É a moral cristã a prevalecer sobre<br />
os preceitos da antiguidade clássica, um final<br />
feliz (lieto fine) ao invés do final trágico (mesto<br />
fine) mitológico.<br />
Inovação conservadora, L’Orfeo é, nas palavras<br />
de Denis Arnold, a primeira “ópera viável”:<br />
encerra o Renascimento musical, inaugura<br />
o Barroco e é ponto de partida para<br />
o desenvolvimento do género ao longo<br />
da primeira metade do séc. XVII. Passados<br />
406 anos, o poder dramático e emocional<br />
desta obra-prima permanece intocável.<br />
josé bruto da costa
orfeo ed euridice, atribuído a tiziano, c. 1508, accademia carrara, bergamo (pormenor) © dr<br />
9
enrico onofri © colletti<br />
Notas Biográficas<br />
10<br />
Enrico Onofri<br />
maestro<br />
Enrico Onofri nasceu em Ravena, Itália,<br />
tendo aí iniciado os seus estudos musicais.<br />
Mais tarde deslocou-se para Milão, sendo<br />
entretanto convidado por Jordi Savall para<br />
ocupar o lugar de concertino da Capella Reial<br />
de Catalunya. Desde então, colaborou com<br />
outros prestigiados agrupamentos de música<br />
antiga como o Concentus Musicus Wien,<br />
o Ensemble Mosaïques ou o Concerto Italiano.<br />
Em 1987 assumiu as funções de concertino<br />
e violino solista do Il Giardino Armonico.<br />
Desde 2002, Enrico Onofri tem-se apresentado<br />
também como maestro, com grande sucesso,<br />
recebendo convites para dirigir inúmeras<br />
orquestras em festivais na Europa e no<br />
Japão. Em 2000 fundou o grupo de câmara<br />
Imaginarium. É o maestro principal da<br />
orquestra <strong>Divino</strong> <strong>Sospiro</strong> desde 2005.<br />
Apresentou-se em muitas das principais<br />
salas de concerto a nível internacional, tendo<br />
colaborado com artistas de renome como<br />
Nikolaus Harnoncourt, Gustav Leonhardt,<br />
Christoph Coin, Cecilia Bartoli ou Katia<br />
e Marielle Labèque.<br />
As suas gravações foram distinguidas<br />
com prestigiados prémios internacionais:<br />
Grammophone Award, Grand Prix des<br />
Discophiles, Echo-Deutsche, Caecilia e ainda<br />
inúmeros Diapason d’Or, Choc de la Musique<br />
e 10 de Répertoire.<br />
Enrico Onofri é professor de violino<br />
barroco e interpretação de música barroca no<br />
Conservatório Bellini, em Palermo, na Sicília.<br />
É regularmente convidado a orientar cursos<br />
de aperfeiçoamento na Europa, no Japão<br />
e na Juilliard School de Nova Iorque.
fulvio bettini © dr<br />
Fulvio<br />
Bettini<br />
barítono<br />
Fulvio Bettini estudou no Pontifício Instituto de<br />
<strong>Música</strong> Sacra e, sob orientação de Margareth<br />
Hayward, no Conservatório de Milão. Depois<br />
de frequentar cursos de especialização nos<br />
Países Baixos e na Alemanha, colaborou com<br />
os mais importantes agrupamentos de<br />
instrumentos de época (tais como Le Concert<br />
des Nations, La Capella Reial de Catalunya,<br />
The English Concert, L’Arpeggiata, Ensemble<br />
Baroque de Limoges, Il Giardino Armonico,<br />
Accademia Bizantina, entre outros),<br />
apresentando-se em inúmeros teatros e festivais<br />
europeus e colaborando regularmente com os<br />
maestros Christina Pluhar, René Jacobs, Jordi<br />
Savall, Sigiswald Kuijken, Giovanni Antonini,<br />
Ottavio Dantone e Diego Fasolis.<br />
O seu vasto repertório percorre vários séculos<br />
– da polifonia renascentista à música<br />
contemporânea –. Cantou óperas de Monteverdi,<br />
Carissimi, Cavalli, Conti, Draghi, Galuppi,<br />
Glass, Gluck, Händel, Haydn, Mozart, Porpora,<br />
Sarro, Sellitto, Telemann e Vivaldi.<br />
Dentre as suas interpretações, destacam-se<br />
Walpurgisnacht de Mendelssohn, Apollo e Dafne<br />
e Agrippina de Händel, Lélio de Berlioz,<br />
Don Giovanni de Mozart (em que interpretou<br />
Leporello), Il mondo della luna de Haydn,<br />
Satyagraha de Philip Glass e a estreia moderna<br />
da oratória Martirio di San Sebastiano de Conti,<br />
em Salzburgo. Com L’Arpeggiata e Christina<br />
Pluhar, participou na gravação discográfica<br />
das Vespro della beata Vergine de Monteverdi.<br />
Em L’Orfeo, interpretou tanto Orfeo como<br />
Apollo em várias produções – uma das quais,<br />
com Jordi Savall e Gilbert Deflo, foi editada<br />
em DVD –.<br />
Ana<br />
Quintans<br />
soprano<br />
Ana Quintans concluiu a licenciatura em<br />
Escultura na Faculdade de Belas Artes da<br />
Universidade de Lisboa e formou-se em<br />
canto no Conservatório Nacional. Estudou<br />
posteriormente no Flanders Operastudio<br />
(Gent) com uma bolsa da <strong>Fundação</strong> Calouste<br />
<strong>Gulbenkian</strong>.<br />
No domínio da ópera interpretou, entre<br />
outros papéis, Poppea e Amore (L’incoronazione<br />
di Poppea), Belinda e Segunda Feiticeira<br />
(Dido and Aeneas), Pamina, Primeira Dama<br />
e Papagena (A Flauta Mágica), Lisetta<br />
(Il mondo della luna, de Avondano), Atalanta<br />
(Serse, de Händel), Argie (Les Paladins,<br />
de Rameau), Spinalba (La Spinalba,<br />
de Francisco António de Almeida) e Olympia<br />
(Les contes d’Hoffmann).<br />
Em concerto, cantou como solista em Salve<br />
Regina e Stabat Mater de Pergolesi, Magnificat<br />
de Bach, Gloria de Vivaldi, Beatus Vir<br />
de Francisco António de Almeida, Fantasia<br />
Coral de Beethoven, Stabat Mater de Domenico<br />
Scarlatti, Requiem Missa em Dó menor<br />
e Exsultate Jubilate de Mozart, Dixit Dominus<br />
e Messias de Händel, Petite messe solennelle<br />
de Rossini, Requiem de Fauré e Gloria de<br />
Poulenc e estreou, em setembro de 2008,<br />
From the Depth of Distance de Luís Tinoco.<br />
Apresentou-se nos principais palcos<br />
nacionais e em vários países europeus,<br />
no Japão e nos Estados Unidos da América,<br />
incluindo a Opéra de Lyon, o Landestheater<br />
Bregenz, a Cité de la Musique e a Opéra<br />
Comique de Paris, o Carnegie Hall de Nova<br />
Iorque e o Barbican Center de Londres.<br />
ana quintans © dr<br />
11
fernando guimarães © dr<br />
Fernando Guimarães nasceu no Porto, onde<br />
se licenciou em canto pela Escola das Artes<br />
da Universidade Católica Portuguesa, na classe<br />
de António Salgado. Foi galardoado em 2007<br />
com o Prémio Jovens Músicos e com o 2º Prémio<br />
do Concurso Luísa Todi. Como vencedor<br />
do Concurso Internacional de Canto “L’Orfeo”,<br />
em Verona, cantou o papel principal da ópera<br />
homónima de Monteverdi em Mântua (no 400º<br />
aniversário da sua estreia), Berlim e Budapeste.<br />
É convidado habitual de grupos como Cappella<br />
Mediterranea e Clematis (Leonardo García<br />
Alarcón), L’Arpeggiata (Christina Pluhar),<br />
Pygmalion (Raphäel Pichon), Le Parlement<br />
de Musique (Martin Gester), Les Muffatti<br />
(Peter Van Heyghen), Al Ayre Español<br />
(Eduardo López-Banzo) e Orquestra Barroca<br />
de Sevilha, apresentando-se regularmente<br />
como solista nas principais salas e festivais<br />
europeus. Tem-se apresentado também<br />
com regularidade na <strong>Fundação</strong> Calouste<br />
<strong>Gulbenkian</strong> e no Centro Cultural de Belém,<br />
trabalhando frequentemente com as<br />
principais orquestras e grupos de música<br />
antiga portugueses, nomeadamente<br />
o <strong>Divino</strong> <strong>Sospiro</strong>.<br />
Apresentou-se recentemente no papel<br />
de Orphée, em La Descente d’Orphée aux<br />
Enfers de Charpentier, com Les Arts<br />
Florissants, na Ópera de Versalhes e na Cité<br />
de la Musique. Outros êxitos recentes incluem<br />
o papel de Abramo na estreia moderna<br />
de Isacco, figura del Redentore de Nicola Conti<br />
(Festival da Flandres), e a ópera Il Paride,<br />
de Giovanni Bontempi, com L’Arpeggiata,<br />
no Festival Sanssouci de Potsdam e no<br />
Festival de Innsbruck.<br />
12<br />
Fernando<br />
Guimarães<br />
tenor<br />
Romina<br />
Basso<br />
meio-soprano<br />
Nascida em Gorizia, Itália, estudou<br />
no Conservatório de Veneza “B. Marcello”<br />
e na Universidade de Trieste. Participou<br />
em masterclasses com Peter Maag, Regina<br />
Resnick, Rockwell Blake, Claudio Desderi,<br />
Elio Battaglia e Claudio Strudthoff,<br />
especializando-se em repertório barroco<br />
e em Rossini. Conquistou vários prémios<br />
como o Seghizzi, Palma D’Oro, Città di<br />
Conegliano, ModenaMusica, Toti dal Monte,<br />
As.Li.Co e Operalia de Placido Domingo.<br />
Apresenta-se regularmente em Itália<br />
– Accademia di Santa Cecilia, Academia<br />
Chigiana – e um pouco por toda a Europa:<br />
Barbican Centre, La Monnaie de Bruxelas,<br />
Théatre des Champs-Élysées, Cité de la<br />
Musique e, óperas de Montpellier, Bordeaux,<br />
Madrid, Nice e Nimes, entre outros. Ao<br />
longo da sua carreira tem colaborado com<br />
os prestigiados agrupamentos Accademia<br />
Bizantina, Concerto Italiano, Il Complesso<br />
Barocco, Le Concert des Nations, Les Arts<br />
Florissants e Les Musiciens du Louvre.<br />
Foi dirigida pelos prestigiados maestros<br />
Mackerras (Flauta Mágica), Jordi Savall<br />
(Orfeo, Madrigali Guerrieri et Amorosi), Bruggen<br />
(Requiem de Mozart), Alan Curtis (Montezuma,<br />
Tolomeo, Rodelinda, Lotario, Dido and Aeneas,<br />
Giulio Cesare), Minkowski (Alcina, Stabat Mater<br />
de Pergolesi), Paul McCreesh (La Resurrezione,<br />
Il trionfo del Tempo e del Disinganno) e Spinozi<br />
(Orlando Furioso), entre muitos outros.<br />
Algumas das suas atuações foram gravadas<br />
e transmitidas pela RAI, BBC3, Radio France,<br />
Arte e Mezzo. Gravou ainda para diversas<br />
etiquetas como a Deutsche Grammophon,<br />
Naïve e EMI.<br />
romina basso © dr
luciana mancini © dr<br />
Luciana<br />
Mancini<br />
meio-soprano<br />
De nacionalidade chilena e sueca, estudou<br />
canto lírico e interpretação de música antiga<br />
no Real Conservatório de Haia, sob orientação<br />
de Rita Dams, Jill Feldman, Michael Chance,<br />
Peter Kooij e Diane Forlano.<br />
Apresentou-se recentemente como Vita<br />
Mondana e Prudentio em Rappresentatione<br />
di Anima et di Corpo de Cavalieri, na Staatsoper<br />
de Berlim, com direção de René Jacobs;<br />
Volupia e Didone em Egisto de Cavalli,<br />
na Opéra Comique, em Paris; e Amastre<br />
em Serse de Händel. Destaca-se igualmente<br />
a sua participação em Il Paride de Bontempi,<br />
sob direção de Christina Pluhar.<br />
Para além dos maestros já citados, tem<br />
trabalhado com Enrico Onofri, Jean-Christophe<br />
Spinosi, Neeme Järvi, Klaas Stok, Jean Tubery<br />
e Wolfgang Katschner, e tem participado nos<br />
mais importantes festivais mundiais, tais como<br />
o Festival de <strong>Música</strong> Antiga de Bruges, o Festival<br />
de <strong>Música</strong> Sacra de Cuenca, o Festival da Semana<br />
Santa em Valladolid e o Festival de Sablè.<br />
O seu vasto repertório inclui ainda obras<br />
de Luigi Rossi (Bradamante em Il palazzo<br />
incantato), Jacopo Peri (Dafne em L’Euridice),<br />
J. S. Bach (oratórias diversas) e Händel<br />
(Matilde em Lotario, Galatea em Aci, Galatea<br />
e Polifemo, e Cleofe na oratória Resurrezione).<br />
Nos próximos meses interpretará Die sieben<br />
letzten Worte unseres Erlösers am Kreuze<br />
de Haydn, de novo Egisto no Grande Teatro<br />
de Luxemburgo, e Annio em La clemenza<br />
di Tito de Mozart, no Teatro de Drottningholm,<br />
em Estocolmo.<br />
Hugo<br />
Oliveira<br />
barítono<br />
Nascido em Lisboa, Hugo Oliveira estudou<br />
na Escola Superior de <strong>Música</strong> e, como<br />
bolseiro da <strong>Fundação</strong> Calouste <strong>Gulbenkian</strong>,<br />
no Real Conservatório de Haia. Em 2009<br />
venceu o 3º Concurso de Canto da <strong>Fundação</strong><br />
Rotária Portuguesa e o Stichting Nederlands<br />
Vocalisten Presentatie.<br />
Com o Estúdio de Ópera do Porto – Casa<br />
da <strong>Música</strong>, participou em produções de Joaz,<br />
de Benedetto Marcello, e L’Ivrogne Corrigé,<br />
de Gluck, além de Frankenstein!, de Heinz-Karl<br />
Gruber, com Pierre-André Valade e com a<br />
Sinfónica de Londres e François-Xavier Roth,<br />
no Barbican Centre.<br />
Na série de ópera do Concertgebouw –<br />
Zaterdagmatinée: NPS – participou em La Wally,<br />
de A. Catalani, Samson et Dalila, de Saint-Saëns<br />
e Lohengrin de Wagner. No Festival<br />
de Aix-en-Provence foi o protagonista da ópera<br />
Un Retour, de Oscar Strasnoy. Interpretou<br />
também Orphée em Les malheurs d’Orphée<br />
de Milhaud, na Cité de la Musique, Fauteuil<br />
em L’enfant et les sortilèges no Concertgebouw<br />
de Amesterdão, Aeneias em Dido and Aeneias<br />
de Purcell, Adonis em Venus and Adonis<br />
de John Blow, Momus em Le Carnaval et La Folie<br />
de Destouches, e Anima Dannata em<br />
Rappresentatione di anima et di corpo<br />
de Cavalieri, com L’Arpeggiata e Christina<br />
Pluhar.<br />
O seu vasto repertório inclui oratória e obras<br />
como o Requiem de Mozart, Die Legende von<br />
der Heiligen Elisabeth de Liszt, Pulcinella<br />
de Stravinsky, e ainda Jetzt immer Schnee<br />
de Gubaidulina.<br />
hugo oliveira © dr<br />
13
antónio abete © dr<br />
Depois de ganhar, em 1992, o William Walton<br />
Foundation Competition, que lhe permitiu<br />
cantar Don Geronimo em Il Matrimonio Segreto<br />
de Cimarosa, a carreira de Antonio Abete<br />
tem vindo a acumular diversas distinções –<br />
tais como o primeiro prémio no As.Li.Co –.<br />
Cantou com Ivor Bolton em L’incoronazione<br />
di Poppea na Opéra Bastille, Orfeo ed Euridice<br />
de Haydn com Cecilia Bartoli, sob a direção<br />
de Hogwood, no Thêatre du Châtelet,<br />
e Tamerlano de Händel, sob a direção<br />
de Trevor Pinnock – produção editada em<br />
CD e DVD –. Dedica-se com especial ênfase<br />
ao repertório dos séculos XVII e XVIII,<br />
colaborando com o pianista Maurizio Pollini<br />
e os maestros Giovanni Antonini, Rinaldo<br />
Alessandrini, William Christie, Alan<br />
Curtis, René Jacobs, Jordi Savall e Sigiswald<br />
Kuijken, entre outros. Foi já acompanhado<br />
pelos prestigiados agrupamentos Il Giardino<br />
Armonico, Hesperion XXI, Les Arts<br />
Florissants, Concerto Italiano e Concerto<br />
Barocco, apresentando-se no Concertgebouw<br />
de Amesterdão, Teatro Massimo em Palermo,<br />
Teatro Regio em Parma, Théâtre des Champs-<br />
-Élysées, Théâtre Royal de La Monnaie, Teatro<br />
Real de Madrid e Salle Pleyel.<br />
A sua discografia contempla ainda Orlando<br />
finto pazzo de Vivaldi, Vespro della Beata Vergine<br />
e L’Orfeo de Monteverdi – tendo estas duas<br />
últimas gravações sido distinguidas com o<br />
Diapason d’Or –, bem como Il primo omicidio<br />
de Scarlatti – com a qual ganhou o Grammy<br />
Music Award 1998 na categoria de Melhor<br />
Interpretação Vocal Barroca –.<br />
14<br />
António<br />
Abete<br />
baixo<br />
Joana<br />
Nascimento<br />
contralto<br />
Joana Nascimento estudou na Escola de <strong>Música</strong><br />
do Conservatório Nacional com Manuela de Sá.<br />
Posteriormente, trabalhou com Liliana<br />
Bizineche e Susana Teixeira. Como bolseira<br />
da <strong>Fundação</strong> Calouste <strong>Gulbenkian</strong>, estudou<br />
no Trinity College of Music, em Londres,<br />
sob a orientação de Hazel Wood. Participou<br />
em cursos de aperfeiçoamento de Jill<br />
Feldman, Peter Harvey, Peter Harrison,<br />
Helmut Lips, Marius van Altena, Max van<br />
Egmond, Martyn Hill, Iris dell’Acqua, Omar<br />
Ebrahim, Ian Pastridge, Dorothy Dorow,<br />
Robert Tear e Ron Murdock, entre outros.<br />
Como solista, cantou obras de Monteverdi,<br />
Vivaldi, J. S. Bach, Händel, Pergolesi, Mozart<br />
(tais como o Requiem), Haydn, Mendelssohn,<br />
Beethoven, Rossini, Saint-Saëns, Bruckner,<br />
Vaughan Williams, Honegger, Stockhausen<br />
e Louis Andriessen (26 os Encontros<br />
<strong>Gulbenkian</strong> de <strong>Música</strong> Contemporânea).<br />
Desempenhou os papéis de Joaz, na ópera<br />
homónima de Benedetto Marcello; Fatima,<br />
na ópera Zaira de Marcos Portugal; Strawberry<br />
Woman, em Porgy and Bess de Gershwin;<br />
e Mrs. Noye, em Noye’s Fludde de Britten.<br />
Apresentou-se com a Orquestra <strong>Gulbenkian</strong><br />
no Festival ao Largo (iniciativa do Teatro<br />
Nacional de São Carlos), tendo interpretado<br />
El amor brujo de Manuel de Falla. Em recital,<br />
apresentou-se com os pianistas Helena<br />
Rodrigues, João Crisóstomo e Nicholas McNair.<br />
É membro fundador do grupo vocal Voces<br />
Caelestes. Colabora regularmente com<br />
o grupo vocal Officium e o <strong>Coro</strong> <strong>Gulbenkian</strong>.<br />
Paralelamente ao seu trabalho artístico,<br />
desenvolve intensa atividade na área<br />
da pedagogia da voz.<br />
joana nascimento © dr
carolina figueiredo © dr<br />
Carolina<br />
Figueiredo<br />
contralto<br />
Carolina Figueiredo licenciou-se em Direito<br />
e concluiu uma pós-graduação em Tradução<br />
Jurídica. Formou-se em canto lírico na Escola<br />
de <strong>Música</strong> do Conservatório Nacional de Lisboa<br />
em 2005, na classe de Filomena Amaro,<br />
e trabalha regularmente com Manuela de Sá.<br />
Participou em masterclasses e workshops<br />
de interpretação com Lucia Mazzaria,<br />
Tom Krause e João Paulo Santos, e frequenta<br />
regularmente os workshops da European<br />
Network of Opera Academies (ENOA)<br />
organizados pela <strong>Fundação</strong> <strong>Gulbenkian</strong>.<br />
Cantou, como solista, no Messias de Händel;<br />
Missa da <strong>Coro</strong>ação, Spatzenmesse e Missa brevis<br />
em Sol maior de Mozart; Te Deum de Sousa<br />
Carvalho; Heiligemesse de Haydn; Gloria<br />
de Vivaldi; várias obras sacras de J. S. Bach,<br />
Purcell, Schutz, Fauré, Francisco António<br />
de Almeida e Carlos Seixas. No domínio<br />
da ópera, interpretou Bastien em Bastien<br />
e Bastienne de Mozart, Marthe em Faust<br />
de Gounod, Pastora em Peer Gynt de Grieg<br />
e Vorsangerinnen em Turandot de Busoni.<br />
Trabalhou sob a direção de Martin André,<br />
Moritz Gnann, Michael Corboz, Jorge Matta,<br />
António Lourenço, Jorge Alves e José Robert,<br />
em colaboração com a Orquestra Sinfónica<br />
Portuguesa, a Orquestra <strong>Gulbenkian</strong>,<br />
o <strong>Divino</strong> <strong>Sospiro</strong>, a Orquestra do Norte<br />
e a Orquestra do Algarve.<br />
É membro efetivo do <strong>Coro</strong> <strong>Gulbenkian</strong><br />
desde 1998.<br />
Pedro<br />
Cachado<br />
tenor<br />
Pedro Nunes Cachado é natural da Golegã<br />
e estudou na Escola de <strong>Música</strong> do Conservatório<br />
Nacional com Ana Paula Russo e, na Escola<br />
Superior de <strong>Música</strong> de Lisboa, com Luís<br />
Madureira. Participou em cursos de<br />
aperfeiçoamento em canto e interpretação<br />
de Lucia Mazzaria, Susan Waters, João Paulo<br />
Santos e Tom Krause.<br />
Como solista, cantou nas primeiras audições<br />
modernas dos Te Deum de David Perez<br />
e António Leal Moreira, com a orquestra<br />
<strong>Divino</strong> <strong>Sospiro</strong>, no auditório da <strong>Fundação</strong><br />
Calouste <strong>Gulbenkian</strong>, sob a direção<br />
de Enrico Onofri. Destaca-se igualmente<br />
a sua interpretação de In Festo assumptiones<br />
de Carlos Seixas, Magnificat de J. S. Bach,<br />
Saul (Jonathan) de Händel, Oratória de Natal<br />
de Saint-Saëns, Missa em Sol maior de Carlos<br />
Seixas, e Weinachthistorie (Evangelista)<br />
de Schütz – na abertura do Festival de<br />
<strong>Música</strong> Sacra de São Roque –. Recentemente,<br />
interpretou os papéis de Monostatos, em<br />
A Flauta Mágica de Mozart, e Le Petit Veillard,<br />
em L’Enfant et les Sortilèges de Ravel.<br />
É membro do <strong>Coro</strong> <strong>Gulbenkian</strong> desde 2010.<br />
pedro cachado © dr<br />
15
manuel rebelo © dr<br />
Manuel<br />
Rebelo<br />
barítono tenor<br />
Manuel Rebelo começou a estudar música<br />
aos seis anos de idade. Concluiu o curso<br />
de Canto da Escola de <strong>Música</strong> do<br />
Conservatório Nacional com a classificação<br />
máxima e diplomou-se em Formação Musical<br />
pela Escola Superior de <strong>Música</strong> de Lisboa.<br />
Frequenta atualmente o Mestrado em Direção<br />
Coral do Instituto Piaget, sob a orientação<br />
de Paulo Lourenço. É membro de vários<br />
grupos vocais de renome, como o <strong>Coro</strong><br />
<strong>Gulbenkian</strong> ou o grupo Chapella Patriarcal.<br />
Em 2006 estreou-se no domínio da ópera,<br />
na <strong>Fundação</strong> Calouste <strong>Gulbenkian</strong>, no elenco<br />
de Salomé de Richard Strauss, sob a direção<br />
de Lawrence Foster. Nos anos seguintes<br />
interpretou Professor Barroso na ópera<br />
Orquídea Branca, de Jorge Salgueiro,<br />
em estreia absoluta, e In Paradisum, de Eurico<br />
Carrapatoso, com o quarteto Tetvocal,<br />
a Sinfonietta de Lisboa e o coro Ricercare,<br />
obra que também gravou.<br />
Em 2008 foi solista em A Sea Symphony,<br />
de Vaughan Williams, no Grande Auditório<br />
do CCB, com a Orquestra Sinfónica Nacional.<br />
Em 2009 integrou o elenco do musical Deus.<br />
Pátria. Revolução., com direção musical de Luís<br />
Bragança Gil, também no CCB.<br />
Em 2007 dirigiu um concerto de solidariedade<br />
preenchido com obras para coro de câmara<br />
e contínuo de Eurico Carrapatoso, Alessandro<br />
Scarlatti e J. S. Bach. Em 2009 dirigiu<br />
o concerto de encerramento do Festival<br />
de <strong>Música</strong> da Cartuxa, com repertório para<br />
coro a cappella.<br />
16<br />
Luca<br />
Dordolo<br />
Nascido em Monfalcone, Itália, desde cedo<br />
mostrou ter interesse pelo canto lírico, vindo<br />
a integrar a Schola Cantorum S. Ambrogio na<br />
mesma cidade, sob direção do maestro Pietro<br />
Poclen. Paralelamente, estuda piano com Danilo<br />
Tuzzi no Conservatório de Trieste e flauta barroca<br />
num curso de música antiga da cidade de Urbino.<br />
Conclui o curso de Canto com a classificação<br />
máxima no Conservatório de Veneza “B. Marcello”.<br />
Depois de ganhar o prémio As.Li.Co.,<br />
aperfeiçoou-se com Leyla Gencer, Renata<br />
Scotto, Serge Wilfart e Jean-Claude Malgoire.<br />
Apresentou-se em diversos festivais europeus<br />
no âmbito da música barroca, colaborando<br />
com prestigiados agrupamentos – tais como o<br />
Concerto Italiano, La Cappella della Pietà dei<br />
Turchini, Il Complesso Barocco, Barocchisti e<br />
Cantar Lontano – e com os maestros Rinaldo<br />
Alessandrini, Antonio Florio, Alan Curtis,<br />
Diego Fasolis e Marco Mencoboni, entre outros.<br />
Destaca-se, na sua carreira, a interpretação<br />
de Telemaco em Il ritorno d’Ulisse in patria<br />
(no Théâtre des Champs-Élysées) e de Don<br />
Ottavio em Don Giovanni de Mozart, para além<br />
dos vários outros papéis, aclamados pelo<br />
público e pela crítica, em que foi dirigido<br />
por Riccardo Muti, Zubin Meta, Rinaldo<br />
Alessandrini, René Jacobs e Claudio Scimone,<br />
e com os quais pisou os palcos do La Scala de<br />
Milão (onde cantou Pastore em L’Orfeo), São<br />
Carlos de Nápoles, Academia de <strong>Música</strong> de<br />
Brooklyn em Nova Iorque, entre outros.<br />
Luca Dordolo tem também trabalhado no<br />
domínio da música contemporânea, sendo<br />
de sublinhar a sua participação na estreia<br />
mundial de Mal’akhim – Angels de Riccardo<br />
Piacentini.<br />
luca dordolo © dr
<strong>Divino</strong><br />
<strong>Sospiro</strong><br />
Desde a sua criação, o agrupamento <strong>Divino</strong><br />
<strong>Sospiro</strong> já participou em alguns dos mais<br />
prestigiados festivais e em algumas das salas<br />
mais importantes da Europa, bem como nos<br />
Dias da <strong>Música</strong>, Festival de <strong>Música</strong> de Leiria,<br />
Festival d’Île de France – espectáculo gravado<br />
pela Radio France –, Teatro Nacional de São<br />
Carlos, Folle Journée de Nantes, Folle Journée<br />
au Japon, Festival de Varna, Fevereiro Lírico<br />
em San Lorenzo de L’Escorial, Mozartiana<br />
Festival em Gdansk, Auditório Nacional<br />
de Espanha em Madrid e o conceituado<br />
Festival d’Ambronay.<br />
Entretanto, foram muitos os registos<br />
e gravações deste agrupamento, dos quais<br />
destacamos os realizados para a Radio France,<br />
Antena 2, RTP e Mezzo, e a gravação de um<br />
CD para a editora japonesa Nichion, com<br />
repertório dedicado a W. A. Mozart – que<br />
mereceu o galardão de bestseller naquele país –.<br />
<strong>Divino</strong> <strong>Sospiro</strong> conta com a participação<br />
frequente dos prestigiados artistas Enrico<br />
Onofri, Chiara Banchini, Christina Pluhar,<br />
Rinaldo Alessandrini, Maria Cristina<br />
Kiehr, Alexandrina Pendatchanska,<br />
Gemma Bertagnolli, Alfredo Bernardini,<br />
Katia e Marielle Labèque, Christophe Coin<br />
e Maria Bayo.<br />
Em janeiro de 2011, em estreia mundial<br />
moderna, apresentou no Centro Cultural<br />
de Belém a ópera Antigono de Antonio<br />
Mazzoni e, em fevereiro de 2012, apresentou<br />
em estreia mundial a edição critica de Morte<br />
d’Abel, oratória de Pedro António Avondano.<br />
Em 2012 apresentou ainda o CD 1700, Século<br />
dos portugueses, rapidamente aclamado pela<br />
crítica internacional. Atualmente,<br />
o repertório da orquestra não se restringe<br />
apenas ao período barroco, tendo-se alargado<br />
também aos períodos clássico e até romântico,<br />
com algumas incursões pela música<br />
contemporânea.<br />
Desde a temporada 12/13, o <strong>Divino</strong> <strong>Sospiro</strong><br />
mantém com o <strong>Coro</strong> <strong>Gulbenkian</strong> uma<br />
colaboração regular em projetos artísticos<br />
no âmbito da música antiga, incluindo<br />
a realização de digressões internacionais<br />
e de gravações discográficas.<br />
17<br />
divino sospiro © dr
<strong>Divino</strong> <strong>Sospiro</strong><br />
Enrico Onofri maestro<br />
primeiros violinos<br />
Alessandro Tampieri Concertino<br />
Iskrena Yordanova<br />
Alfia Bakieva<br />
segundos violinos<br />
Paolo Perrone<br />
Maria Cristina Vasi<br />
Leonor de Lera<br />
terceiros violinos<br />
Elisa Bestetti<br />
Reyes Gallardo<br />
violas<br />
Massimo Mazzeo<br />
Miriam Macaia<br />
viola da gamba / lirone<br />
Rodney Prada<br />
viola da gamba<br />
Sofia Diniz<br />
violoncelos<br />
Diana Vinagre<br />
Ana Raquel Pinheiro<br />
violones<br />
Marta Vicente<br />
chitarrone e ceterone<br />
Pietro Prosser<br />
alaúde<br />
Diego Cantalupi<br />
18<br />
primeiro cornetto<br />
Doron Sherwin<br />
segundo cornetto<br />
Josué Melendéz<br />
dulçaína<br />
José Gomes<br />
flautins<br />
Pedro Castro<br />
Inez Moz Caldas<br />
trombones<br />
Adam Woolf<br />
Ole-Kristian Andersen<br />
Joost Swinkels<br />
Erik Björkqvist<br />
David Yacus<br />
trompete<br />
Stephen Mason<br />
cravo / órgão<br />
Mariangiola Martello<br />
Marcin Swiatckievicz<br />
harpa<br />
Marta Graziolino<br />
percussão<br />
Rui Silva
<strong>Coro</strong><br />
<strong>Gulbenkian</strong><br />
Fundado em 1964, o <strong>Coro</strong> <strong>Gulbenkian</strong> conta<br />
presentemente com uma formação sinfónica<br />
de cerca de 100 cantores, atuando igualmente<br />
em grupos vocais reduzidos, conforme<br />
a natureza das obras a executar. Assim, tanto<br />
pode apresentar-se como grupo a cappella,<br />
como colaborar com a Orquestra <strong>Gulbenkian</strong><br />
ou outros agrupamentos para a execução<br />
de obras coral-sinfónicas do repertório<br />
clássico e romântico. Na música do século XX<br />
tem interpretado, frequentemente em estreia<br />
absoluta, inúmeras obras contemporâneas<br />
de compositores portugueses e estrangeiros.<br />
Tem sido igualmente convidado para colaborar<br />
com as mais prestigiadas orquestras mundiais,<br />
sob a direção de maestros como Sir Colin<br />
Davis, Claudio Abbado, Emmanuel Krivine,<br />
Frans Brüggen, Franz Welser-Möst, Rafael<br />
Frübeck de Burgos, Gerd Albrecht e Theodor<br />
Guschlbauer.<br />
Para além da sua apresentação regular<br />
em Lisboa, e das suas digressões em Portugal,<br />
o <strong>Coro</strong> <strong>Gulbenkian</strong> atuou em numerosos países<br />
em todo o mundo. Em 1992, uma digressão<br />
por várias cidades da Holanda e da Alemanha,<br />
com a Orquestra do Século XVIII, deu origem<br />
à gravação ao vivo da Nona Sinfonia de Beethoven,<br />
que foi incluída na edição integral das sinfonias<br />
de Beethoven que Frans Brüggen realizou<br />
para a Philips com aquela orquestra.<br />
Paralelamente a estas colaborações e digressões,<br />
o <strong>Coro</strong> <strong>Gulbenkian</strong> tem participado em alguns<br />
importantes festivais internacionais.<br />
No plano discográfico, o nome do <strong>Coro</strong><br />
<strong>Gulbenkian</strong> encontra-se associado às editoras<br />
Philips, Archiv / Deutsche Grammophon,<br />
Erato, Cascavelle, Musifrance, FNAC-Music,<br />
Aria-Music e Pentatone, tendo ao longo dos<br />
anos registado um repertório diversificado,<br />
com particular incidência na música<br />
portuguesa do século XVI ao século XX.<br />
Algumas gravações receberam prémios<br />
internacionais, como o Prémio Berlioz<br />
da Academia Nacional Francesa do Disco<br />
Lírico, o Grand Prix International du Disque<br />
da Academia Charles Cros e o Orphée d’Or.<br />
Em 2006, por ocasião do cinquentenário<br />
da morte de Luís de Freitas Branco,<br />
assinalado no ano anterior, o <strong>Coro</strong><br />
<strong>Gulbenkian</strong> registou a primeira integral<br />
dos Madrigais Camonianos deste compositor.<br />
Neste mesmo ano, gravou para a editora<br />
Portugaler obras a cappella de Pero<br />
de Gambôa e Lourenço Ribeiro, e vilancicos<br />
negros do século XVII, de Santa Cruz<br />
de Coimbra, e para a editora Portugalsom<br />
obras corais de Fernando Lopes-Graça.<br />
Em 2010 gravou em DVD a Missa Solemnis<br />
de Beethoven, com a Orquestra de Câmara<br />
da Europa, dirigida por John Nelson, tendo<br />
esta atuação sido transmitida em direto<br />
pela plataforma audiovisual www.medici.tv.<br />
Desde 1969, Michel Corboz é o Maestro<br />
Titular do <strong>Coro</strong>, sendo as funções de Maestro<br />
Adjunto desempenhadas por Jorge Matta<br />
desde janeiro de 2012.<br />
coro gulbenkian © rita santos - arte das musas<br />
19
<strong>Coro</strong> <strong>Gulbenkian</strong><br />
Michel Corboz maestro titular<br />
Jorge Matta maestro adjunto<br />
sopranos<br />
Mariana Moldão<br />
Marisa Figueira<br />
Rosa Caldeira<br />
Susana Duarte<br />
Teresa Duarte<br />
contraltos<br />
Fátima Nunes<br />
Joana Nascimento *<br />
Manon Marques<br />
Patrícia Mendes<br />
tenores<br />
Frederico Projecto<br />
João Branco<br />
Pedro Cachado *<br />
Pedro Miguel<br />
Sérgio Fontão<br />
baixos<br />
Artur Carneiro<br />
Manuel Rebelo *<br />
Ricardo Martins<br />
Rui Borras<br />
* Cantores solistas<br />
Coordenadora: Mariana Portas<br />
Produtora: Fátima Pinho<br />
20
ené jacobs © philippe matsas<br />
Agenda<br />
25 02<br />
ciclo de piano<br />
segunda 25 Fevereiro 2013<br />
19 :00h – Grande Auditório<br />
Gabriela Montero piano<br />
Orquestra <strong>Gulbenkian</strong><br />
René Jacobs maestro<br />
Jörg Widmann clarinete<br />
Johannes Brahms<br />
Intermezzo, op. 117<br />
Fryderyk Chopin<br />
Scherzo nº 3, em Dó sustenido menor, op. 39<br />
© joana dilão<br />
e obras de<br />
Ernesto Lecuona, Alberto Ginastera,<br />
Ernesto Nazareth, Moisés Moleiro<br />
Improvisos<br />
sobre temas fornecidos pelo público<br />
quinta 28 Fevereiro 2013<br />
21:00h – Grande Auditório<br />
sexta 01 Março 2013<br />
19:00h – Grande Auditório<br />
28<br />
01<br />
02<br />
03<br />
Joseph Haydn<br />
Sinfonia nº 104, em Ré maior, Londres, Hob.I:104<br />
Wolfgang Amadeus Mozart<br />
Concerto para Clarinete e Orquestra, em Lá maior,<br />
K.622<br />
Franz Schubert<br />
Sinfonia nº 6, em Dó maior, D. 589<br />
21<br />
gabriela montero © colin bell-licensed to emi classics
26 - 27 - 28 Março<br />
terça, 21:00h — Grande Auditório<br />
quarta, 19:00h — Grande Auditório<br />
quinta, 21:00h — Grande Auditório<br />
<strong>Coro</strong> e Orquestra<br />
<strong>Gulbenkian</strong><br />
Michel Corboz maestro<br />
Rachel Harnisch soprano<br />
Fernando Guimarães tenor<br />
Rudolf Rosen barítono<br />
Um Requiem Alemão<br />
brahms<br />
MUSICA.GULBENKIAN.PT<br />
22<br />
michel corboz ©dr
Não é permitido tirar fotografias<br />
nem fazer gravações sonoras ou filmagens<br />
durante os concertos.<br />
Desligue o alarme do seu relógio<br />
ou telemóvel antes do início dos concertos.<br />
Programas e elencos sujeitos a alteração<br />
sem prévio aviso.<br />
direção criativa<br />
Ian Anderson<br />
design e direção de arte<br />
The Designers Republic<br />
design gráfico<br />
AH–HA<br />
impressão e acabamento<br />
Textype - Artes Gráficas, Lda<br />
tiragem<br />
600 exemplares<br />
preço<br />
2€<br />
Lisboa, Fevereiro 2013
MUSICA.GULBENKIAN.PT