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POCINHO<br />
amendoeiras e<br />
gravuras rupestres<br />
Entre as curvas do Douro, uma pequena aldeia<br />
cresceu como entreposto comercial, após a construção<br />
das linhas ferroviárias que uniram as principais<br />
localidades da região norte do país. Na bonita<br />
estação do Pocinho, onde agora termina a Linha do<br />
Douro, antes cruzavam-se bens e passageiros que circulavam<br />
entre esta via e a desactivada Linha do Sabor.<br />
A aldeia beneficiou assim da sua localização estratégica,<br />
sendo um dos pontos de ligação entre os distritos<br />
da Guarda e de Bragança, ligando os concelhos<br />
de Vila Nova de Foz Côa e Torre de Moncorvo. Já nos<br />
anos 80, o Pocinho conheceu outra fase do seu desenvolvimento,<br />
com a construção da sua barragem<br />
e a criação de uma albufeira onde são permitidas<br />
actividades náuticas como o windsurf, a navegação à<br />
vela ou a simples natação. A natureza ganhou assim<br />
outro protagonismo na aldeia, que é agora ponto de<br />
<strong>para</strong>gem obrigatória nos roteiros turísticos que nos<br />
levam pelas paisagens do Douro vinhateiro e, sobretudo,<br />
por quem procura ver as amendoeiras a anunciar<br />
a chegada da Primavera.<br />
Mas desde há alguns anos que a região ganhou outra<br />
grande atracção turística e cultural: as gravuras rupestres<br />
do Vale do Côa, descobertas em 1992 e classificadas<br />
como Património da Humanidade da UNESCO<br />
em 1998, distinção que reconhece a importância<br />
deste património como um dos maiores centros arqueológicos<br />
de arte rupestre da Europa.<br />
Em plena Terra Quente transmontana,<br />
Vila Nova<br />
de Foz Côa,<br />
Embarcação Senhora da Veiga<br />
Estação do Pocinho<br />
Distância da estação a Vila Nova de Foz Côa<br />
Acessos:<br />
7 km<br />
Duas carreiras diárias, às 11h15 e às<br />
19h20, da empresa Lopes & Filhos (tel.<br />
271 312 112)<br />
Táxi: T. 967017934, 914465510<br />
A estação<br />
Neste grande edifício<br />
amarelo, que<br />
marca o ponto<br />
final da linha do<br />
Douro, sobressaem<br />
o alpendre do cais<br />
(suportado por consolas em margarida) e os painéis<br />
de azulejos com cenas rurais que, como os da estação<br />
do Pinhão, são da autoria de J. Oliveira. Há<br />
também um pequeno e cuidado<br />
jardim, e um antigo ar-<br />
mazémferroviário. também apelidada<br />
de “capital da amendoeira”,<br />
assume-se assim como um destino<br />
turístico incontornável, de<br />
grande riqueza paisagística<br />
e patrimonial.