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DEZEMBRO <strong>2010</strong> 1<br />
Publicação Trimestral do<br />
COLÉGIO MANUEL BERNARDES<br />
72<br />
FUNDADO<br />
A 6 DE ABRIL DE 1938<br />
Director: Câmara Pereira nova.floresta@cmb.pt<br />
<strong>Dezembro</strong> <strong>2010</strong> • N.º 77 • ANO LXXI (2.ª Série)<br />
Meus caros amigos,<br />
O vosso jornal NOVA<br />
FLORESTA muda, a partir<br />
de hoje, de Director e não<br />
é pelas melhores razões. O<br />
Senhor Dr. Ângelo Raposo,<br />
figura mítica do nosso <strong>Colégio</strong>,<br />
encontra-se bastante doente<br />
há já algum tempo e, por esta<br />
razão, não pode continuar a dar<br />
o seu apoio ao jornal.<br />
Assim, a Administração<br />
do <strong>Colégio</strong> endereçou-me o<br />
convite de o substituir no<br />
cargo, convite esse aceite de<br />
imediato, uma vez que, como<br />
antigo aluno e membro da<br />
Administração, não me podia<br />
negar a fazê-lo.<br />
Não quero, porém, deixar<br />
de prestar a minha homenagem<br />
ao Sr. Dr. Raposo, do<br />
qual tenho a honra de ter<br />
sido aluno e de lhe enviar<br />
os meus desejos de melhoras,<br />
bem como lhe agradecer, em<br />
nome do <strong>Colégio</strong> em geral<br />
e da Administração em particular,<br />
tudo o que fez em<br />
prol da Instituição <strong>Manuel</strong><br />
<strong>Bernardes</strong>.<br />
Gostaria, também, de enviar<br />
uma pequena mensagem<br />
de agradecimento a todos que<br />
têm colaborado, ao longo destes<br />
anos, com o Nova Floresta,<br />
especialmente ao Sr. Amaro, ao<br />
Sr. Director Pedagógico e aos<br />
Srs. Professores e Alunos. Estas<br />
colaborações têm feito do nosso<br />
jornal o que ele é hoje.<br />
Estarei sempre ao vosso<br />
dispor, para que a publicação<br />
se mantenha um elemento de<br />
referência e um elo de ligação<br />
entre a comunidade educativa<br />
– corpo docente, alunos,<br />
trabalhadores e encarregados<br />
do de educação.<br />
Como se está aproximar<br />
a época natalícia, gostaria de<br />
vos enviar os meus sinceros<br />
votos de um Santo Natal, com<br />
muita saúde e todo o sucesso<br />
para as vossas vidas<br />
Um abraço amigo<br />
José António da Camara<br />
Pereira Gonçalves<br />
Feliz Natal e Próspero Ano Novo<br />
Que este Natal traga a esperança de um mundo melhor são os<br />
votos da Administração/Direcção do <strong>Colégio</strong> <strong>Manuel</strong> <strong>Bernardes</strong><br />
a toda a comunidade educativa e restantes amigos.<br />
“O sinal da porta<br />
lembra a responsabilidade de todo o crente<br />
quando este atravessa o seu limiar.<br />
Passar por aquela porta significa<br />
confessar que Jesus Cristo é o Senhor,<br />
revigorando a fé n’Ele<br />
para viver a vida nova que nos deu.<br />
É uma decisão que supõe a liberdade de escolher<br />
e ao mesmo tempo a coragem<br />
de abandonar alguma coisa,<br />
na certeza de adquirir a vida divina”<br />
(cf. Mt 13, 44-46).<br />
(João Paulo II, Incarnationis mysterium, n. 3)<br />
Natal, abrir<br />
a porta a Jesus<br />
Nós, os cristãos, não podemos<br />
fechar os olhos a este ambiente<br />
laicista que parece decidido a<br />
fazer desaparecer tudo o que é<br />
cristão da nossa cultura. Contudo,<br />
não podemos esquecer a nossa<br />
parte de culpa. Nós próprios fizemos<br />
do Natal uma festa pagã. É<br />
preciso que, ao chegarmos a este<br />
dia, meditemos com sinceridade<br />
no significado que o Nascimento<br />
do Salvador tem para nós.<br />
Jesus nasce na pobreza e no<br />
abandono. N’Ele Deus aproximase<br />
da nossa história e oferece-nos<br />
o Seu amor e misericórdia. Em<br />
Jesus, a nossa humanidade sabe-<br />
ANOS<br />
se inundada pelo mistério de<br />
Deus, pela Sua Luz, pela Sua<br />
bondade.<br />
Celebrar este dia é proclamar<br />
que ainda é possível a esperança.<br />
É a ocasião para a «grande mudança»<br />
como diziam os Padres da<br />
Igreja. Deus faz-se homem para<br />
que o homem possa participar na<br />
própria vida de Deus. O Senhor<br />
faz-se escravo para que o escravo<br />
possa chegar a converter-se no<br />
Seu Senhor.<br />
No Natal, escutamos a mensagem<br />
do anjo, no Evangelho de<br />
(Continua na pág. 2)
2<br />
Natal, abrir<br />
a porta a Jesus<br />
(Continuação da pág. 1)<br />
Lucas: «Hoje, (…) nasceu-vos<br />
um Salvador: o Messias, o Senhor».<br />
Recebamos esta mensagem<br />
no nosso coração. O que nasce<br />
é o Salvador. É um de nós…<br />
Comparte a nossa sorte e conhece<br />
os nossos caminhos…<br />
Sabe lidar com a pobreza…<br />
Pode guiar-nos! Ao seguirmos<br />
os Seus passos, sabemos que<br />
somos salvos do egoísmo e da<br />
«doença», da nossa mudez, do<br />
nosso consumismo e do nosso<br />
desvario. Jesus é o Messias. É o<br />
enviado por Deus. As Suas palavras<br />
nascem do próprio Deus,<br />
por isso estão cheias de vida<br />
e de verdade. As suas acções<br />
tornam evidente a compaixão<br />
de Deus para com os pobres<br />
e os marginalizados.<br />
Ao Menino de Belém reconhecemo-lo<br />
como o Senhor.<br />
Com efeito, Ele é mais que um<br />
profeta. Comparte connosco a<br />
humanidade mais genuína e<br />
comparte com Deus a glória<br />
que nos ilumina e nos diviniza.<br />
Ele é o Senhor da nossa<br />
existência.<br />
Ele vem visitar-nos, dando<br />
especial atenção aos atribulados<br />
e derrotados, para que ninguém<br />
desista da vida, mesmo perante<br />
as tribulações e as derrotas<br />
da história. Por isso, mesmo<br />
sofrendo, ou curvados sobre<br />
o peso das derrotas da nossa<br />
história, temos de estar vigilantes<br />
para O acolher; temos<br />
de mudar algo ou tudo para<br />
que este encontro aconteça<br />
em nós; temos de olhar bem<br />
para perceber os sinais da Sua<br />
presença e do que quer realizar<br />
na nossa vida; enfim, temos<br />
de confiar porque é Ele que<br />
sempre nos procura…<br />
«Olha que estou à porta e<br />
bato; se alguém ouvir a minha<br />
voz e abrir a porta, Eu entrarei<br />
em sua casa e cearei com ele e<br />
ele comigo» (Ap. 3, 20). É um<br />
dos versículos mais belos da<br />
Bíblia. É uma experiência única<br />
e profundamente misteriosa. É<br />
feliz aquele a quem Jesus bate<br />
à porta do seu coração. Sim, é<br />
pela «porta» do coração que<br />
entra Cristo e dá a salvação ao<br />
homem. É no coração que se<br />
celebra o «banquete» que sacia<br />
a fome da Vida em abundância<br />
e se transforma a história em<br />
festa verdadeira.<br />
Assim, a Boa-Nova já não será<br />
só algo que se diz ou ouve, algo<br />
que se transmite ou recebe; mas<br />
será Alguém que nos ama e que<br />
ardentemente deseja celebrar<br />
o seu amor connosco. Por isso,<br />
neste Natal, abre a porta da tua<br />
vida e do teu coração a Jesus.<br />
Num mundo que o ignora e<br />
persegue, não podemos calar esta<br />
Boa-nova: Jesus é o Senhor e a<br />
nossa história foi redimida para<br />
sempre pela humilde ternura<br />
que nasce para a nossa salvação<br />
e a nossa glória.<br />
«Significa isto que o Evangelho<br />
não é apenas uma comunicação<br />
de realidades que se<br />
podem saber, mas uma comunicação<br />
que gera factos e muda<br />
a vida. A porta tenebrosa do<br />
tempo, do futuro, foi aberta<br />
de par em par. Quem tem<br />
esperança, vive diversamente;<br />
foi-lhe dada uma vida nova.»<br />
(Spe Salvi 2) Por isso, alegraivos.<br />
Alegrai-vos! “Nasceu-nos<br />
hoje um Salvador!” Pequeno,<br />
pobre, humilde. Grande lição!<br />
Quando os grandes da terra<br />
procuram o poder, a riqueza,<br />
a importância… Tu, Senhor<br />
nasces num «curral», na situação<br />
de pobreza em que tantas<br />
pessoas, ainda hoje, vivem sem<br />
esperança de vida melhor.<br />
Alegrai-vos porque o Senhor<br />
veio ao nosso coração. Deu-nos<br />
o seu amor e perdão, abriu-nos<br />
ao próximo, … Nasceu!<br />
É festa. Festa porque hoje o<br />
mundo está um pouco melhor.<br />
Quantos acolhem, partilham,<br />
ajudam, celebram!...<br />
Senhor, ajuda a que nos<br />
abramos ao Teu AMOR para<br />
que continuemos a viver Natal<br />
todos os dias.<br />
.Que o Deus Menino traga a<br />
todos a força e a coragem para<br />
cada um ser fiel à sua vocação<br />
e missão. Um Santo Natal para<br />
todos.<br />
P. António Tavares<br />
Bom Natal<br />
Peter Singer, em Practical<br />
Ethics diz-nos que: Se estivermos<br />
à procura de um objectivo mais<br />
abrangente do que os nossos interesses,<br />
algo que nos permitirá<br />
interpretar as nossas vidas como<br />
possuindo um significado para<br />
além dos estreitos limites dos<br />
nossos próprios estados de consciência,<br />
uma solução óbvia é adoptar<br />
o ponto de vista ético. Este ponto<br />
de vista ético...exige ir além de<br />
uma perspectiva pessoal até ao<br />
ponto de vista de um espectador<br />
imparcial. (...) É transcender as<br />
nossas preocupações egocêntricas<br />
e identificarmo-nos com o<br />
ponto de vista mais objectivo<br />
possível – (...) O ponto de vista<br />
do Universo;<br />
Esta é uma época especial,<br />
é certo; é o momento do nascimento,<br />
da ascensão e de olhar o<br />
amanhã com a esperança e a credulidade<br />
da criança que olha para<br />
o mundo e se deixa surpreender.<br />
Surpreender com o mundo em<br />
redor, mágico e fantástico, que não<br />
compreende - mas também que,<br />
naturalmente, não se preocupa<br />
em questionar profundamente<br />
Foi numa noite gelada e húmida<br />
de Novembro, depois de uma<br />
extenuante jornada de trabalho<br />
e aulas, que centenas de alunos<br />
e respectivas famílias estiveram<br />
no colégio para participar numa<br />
sessão nocturna de observação<br />
astronómica, com recurso a 3<br />
telescópios pelos quais os participantes<br />
puderam observar corpos<br />
celestes que antes só tinham visto<br />
ampliados em fotografia.<br />
Os benefícios pedagógicos<br />
da actividade são evidentes, os<br />
conteúdos científicos abordados<br />
têm a maior relevância mas o<br />
facto que mais surpreendeu foi a<br />
enorme adesão à iniciativa.<br />
O que terá levado quase 400<br />
pais, alunos e professores a vencerem<br />
o frio e humidade da noite de<br />
15 de Novembro, comparecendo<br />
no colégio durante a noite? Afinal<br />
tratou-se de uma actividade facultativa,<br />
completamente livre, onde<br />
não haviam faltas para quem não<br />
comparecesse, onde só ia quem<br />
queria. A resposta a esta questão<br />
só pode residir no interesse pela<br />
Ciência, na capacidade de entrega<br />
de professores/educadores e na<br />
abnegação com que os pais dos<br />
nossos alunos se dedicam à tarefa<br />
de ensinar e educar. É em actividades<br />
como esta que se pode<br />
comprovar a enorme vitalidade do<br />
nosso <strong>Colégio</strong>, vivido com entrega<br />
e paixão por todos os elementos<br />
da nossa comunidade.<br />
A sessão de observação tinha<br />
como público alvo os 4º, 7º e 10º<br />
DEZEMBRO <strong>2010</strong><br />
- o que o leva a gostar de estar<br />
com os amigos e colegas, qual a<br />
causa da fruição dos momentos<br />
singulares com a família, cujas<br />
recordações perdurarão ( vos garanto)<br />
para toda a vida, ou seja,<br />
o que o impulsiona para estar<br />
e fazer o que mais gosta, sem<br />
saber a sua causa, a sua origem.<br />
Tal como Dickens nos relata em<br />
Um Conto de Natal, a visita às<br />
nossas memórias é um exercício<br />
praticamente inato, visceral, próprio<br />
do ser humano, que almeja<br />
uma releitura dos nossos actos e<br />
que nos abre, verdadeiramente,<br />
outras direcções no vasto campo<br />
de possibilidades da acção humana.<br />
Ser capaz de coligir o melhor<br />
e o pior que fizemos no passado,<br />
realizar a síntese desses momentos<br />
e partir para uma realidade<br />
nova. É também o momento da<br />
reconciliação, connosco e com os<br />
outros, fortalecendo os laços de<br />
amizade e filiação, ou reconectando<br />
ligações e afectos que nos<br />
fazem, de nós Homens, animais<br />
de uma outra espécie, talvez tão<br />
diferente das restantes. Voltamos<br />
pois, a Singer e seu ao ponto de<br />
vista; num período conturbado<br />
como é o nosso presente, qual o<br />
valor das nossas experiências, se<br />
não o de nos trazer a sabedoria<br />
Há estrelas e planetas no céu<br />
ano, juntamente com as respectivas<br />
famílias. Esta escolha foi<br />
feita com base no facto de, nesses<br />
anos, serem leccionados conteúdos<br />
de astronomia. A divulgação<br />
cingiu-se a essas turmas, mas a<br />
informação rapidamente passou<br />
aos outros anos de escolaridade,<br />
dando-se uma passagem activa<br />
dessa informação (mais um sinal<br />
da vitalidade da instituição). Na<br />
sessão apareceram funcionários<br />
não-docentes, professores, membros<br />
da administração e Director<br />
Pedagógico, até ex-alunos, mas<br />
os primeiros a marcar presença<br />
foram alguns alunos de 1ºciclo,<br />
que permaneceram no colégio<br />
desde o final das aulas!<br />
Começamos por fazer observação<br />
da Lua a ampliações moderadas<br />
num primeiro telescópio,<br />
seguindo-se a observação de Júpiter<br />
e seus satélites. Nessa altura,<br />
na hora combinada para o início da<br />
sessão, 19h30, encontravam-se já<br />
mais de uma centena de pessoas<br />
a participar nas observações e<br />
assim foi até ao final da sessão<br />
que se prolongou para além do<br />
inicialmente previsto, pela chegada<br />
constante de pessoas. Com o<br />
avançar da noite a ampliação nos<br />
telescópios aumentou e pudemos<br />
observar as bandas de nuvens em<br />
Júpiter, as crateras Copernicus e<br />
Tycho na Lua, tendo esta última<br />
a curiosidade de ter sido criada à<br />
apenas 100 milhões de anos e de<br />
poder estar associada à extinção<br />
dos dinossauros na Terra. A sessão<br />
e o conhecimento para nos religarmos<br />
ao mundo? Não apenas<br />
pela vontade e desejo, mas pela<br />
iniciativa práxica, de ajudarmos<br />
aquele que está ali mesmo ao nosso<br />
lado. É, também, o momento de<br />
nos reunirmos, simbolicamente,<br />
em volta da Luz, na consciência<br />
de um corpo colectivo, que nós<br />
somos apenas uma parte. A coesão<br />
de uma comunidade depende<br />
desta visão conjunta, de uma<br />
unidade somática (da cidade),<br />
cujo equilíbrio está dependente<br />
das acções, individuais e colectivas.<br />
Este é um apelo de sempre,<br />
claro está, mas que se eleva num<br />
momento particular da História na<br />
nossa narrativa nacional.<br />
Se, para nós, o Natal é símbolo<br />
de família, de reunião, de afecto,<br />
que o seja no sentido universal<br />
do termo, de Dádiva; não como<br />
mera simbologia material, mas<br />
daquilo que a própria noção evoca:<br />
O descentramento da nossa<br />
individualidade e a entrega ao<br />
Outro, daquilo que, maximamente,<br />
e num tempo tão verdadeiramente<br />
necessário, podemos<br />
solidariamente: nós mesmos e,<br />
assim, assumir o ponto de vista<br />
do Universo.<br />
Bom Natal!<br />
foi concluída observado o enxame<br />
estelar das Pleiades e “uma “ estrela<br />
dupla, conhecida pelo nome<br />
Albireo. À vista desarmada Albireo<br />
parece uma simples estrela mas<br />
com um telescópio constatou-se<br />
que se tratam de 2 estrelas próximas<br />
de cores diferentes, provando<br />
que as estrelas têm cor.<br />
Para o sucesso da iniciativa<br />
muito contribuíram alunos voluntários<br />
de 11ºano, que se mostraram<br />
incansáveis como monitores<br />
que operavam os telescópios e<br />
que auxiliaram a montagem e<br />
desmontagem do material. Não<br />
se pode menosprezar a abertura<br />
e apoio à iniciativa por parte do<br />
Director Pedagógico e da Administração<br />
do <strong>Colégio</strong> que acarinhou<br />
a ideia e facultou a logística de<br />
abertura de portas num horário<br />
muito alargado. Para terminar<br />
gostaria de dar uma palavra de<br />
agradecimento ao astrónomo<br />
Mário Ramos que deu um apoio<br />
importante, com a sua presença<br />
desinteressada no evento que<br />
terminou já depois das 22h e com<br />
+7ºC de temperatura.<br />
carlos.bernardino@cmb.pt<br />
Natal<br />
solidário<br />
Este ano entregamos<br />
a receita da venda destes<br />
postais ao SERVIÇO DE<br />
PEDIATRIA DO INSTI-<br />
TUTO PORTUGUES DE<br />
ONCOLOGIA<br />
As crianças agradecem.<br />
Nós também.
O que é o Pão por Deus?<br />
É apanágio do nosso colégio,<br />
proporcionar que seus alunos<br />
participem em várias visitas de<br />
estudo a locais diversos, muitos<br />
deles de difícil acesso a título<br />
individual.<br />
A pré-escola não é exceção.<br />
Desde os 3 anos de idade, altura<br />
em que ingressam no colégio, os<br />
nossos pequeninos têm oportunidade<br />
de visitar locais e praticar<br />
atividades que, fora das salas da<br />
“infantil”, os põem em contacto<br />
com o mundo real. Criteriosamente<br />
escolhidas pelas educadoras,<br />
de acordo com as matérias que<br />
estão a ser abordadas, as visitas<br />
de estudo surgem como comple-<br />
Sítio do Picapau<br />
Amarelo<br />
Fomos ao Teatro Politeama<br />
ver o “ SÍTIO DO PICAPAU<br />
AMARELO ”!<br />
Gostámos de todas as personagens,<br />
estava muito bonito e<br />
todos tinham roupas lindas.<br />
As mais bonitas foram a Bruxa<br />
Cuca e a Sereia!...<br />
Meninos da Turma B – 5 Anos<br />
DEZEMBRO <strong>2010</strong> 3<br />
A tradição do Pão por Deus remonta a altura em que<br />
houve um terramoto em Lisboa a 1 de Novembro de 1755 e,<br />
em consequência disto, houve muita pobreza e necessidade<br />
de pedir. A partir daí, todos os anos no dia 1 de Novembro<br />
normalmente as pessoas punham as mesas com o que tinham<br />
em casa (comida e bebida) e, quando chegavam os pobres,<br />
entravam e comiam à vontade e à saída ainda lhes davam mais<br />
alguma coisa.<br />
Em Portugal no dia de Todos os Santos , de manhã bem<br />
cedinho, as crianças saem à rua em pequenos grupos para pedir<br />
o "Pão por Deus".<br />
Passeiam assim por toda a povoação e ao fim da manhã<br />
voltam com os seus sacos de pano cheios de romãs, maçãs,<br />
doces, bolachas, rebuçados, chocolates, castanhas, broas, nozes<br />
e, às vezes, até dinheiro!<br />
É costume os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro,<br />
aos seus afilhados no Dia de Todos os Santos!<br />
Hoje já só pedem as crianças para não se perder a tradição.<br />
E mesmo assim, só nas terras mais pequenas.<br />
É costume neste dia as pessoas confeccionarem broas para<br />
comerem e darem.<br />
Educadora: Isabel Lucas<br />
mento e/ou consolidação daquilo<br />
que se está a aprender e são, por<br />
norma, atividades recebidas com<br />
enorme entusiasmo e euforia por<br />
todas as crianças.<br />
Mas qual será a verdadeira<br />
importância das visitas de estudo<br />
no processo da aprendizagem de<br />
uma criança?<br />
Sabe-se que a criança aprende<br />
com a exploração do mundo que a<br />
rodeia. É interagindo, agindo, vendo,<br />
experimentando e descobrindo,<br />
que forma o seu pensamento<br />
sobre todas as coisas e compreende<br />
como tudo acontece e porque<br />
acontece. Assim sendo e para<br />
que o processo de aprendizagem<br />
O início de mais<br />
um Ano Lectivo!...<br />
Setembro chegou ...e com<br />
ele um novo grupo de crianças<br />
iniciam um percurso de crescimento<br />
/ aprendizagem, partindo<br />
à descoberta.<br />
Assim, exploram o espaço,<br />
criam novas amizades e experimentam<br />
muitas actividades.<br />
Pintam com as mãos e os pés,<br />
formando com eles imagens suas<br />
conhecidas, colam folhas secas<br />
das árvores e outros materiais,<br />
fazem o Pão por Deus e festejam<br />
o S.Martinho.<br />
Também na sala exploram as<br />
áreas existentes e fazem construções,<br />
expressando assim a sua<br />
criatividade.<br />
Educador: Isabel Lucas<br />
A importância das visitas de estudo<br />
no processo da aprendizagem<br />
decorra com sucesso, devemos<br />
proporcionar-lhe situações que<br />
lhe estimulem a capacidade de<br />
observar, a curiosidade de saber,<br />
a atitude crítica e a vontade de<br />
experimentar.<br />
As visitas de estudo são um<br />
excelente ponto de partida para<br />
levar a criança a observar in loco,<br />
a questionar, a experimentar e a<br />
criticar; são uma forte contribuição<br />
para a sua formação social e pessoal<br />
promovendo a sua independência,<br />
autonomia, sentido de cidadania,<br />
espírito crítico e auto-estima; são<br />
um meio natural para que desenvolvam<br />
a forma como se expressa<br />
e comunica, através da relação do<br />
seu “eu” com o meio envolvente,<br />
da linguagem verbal e não verbal,<br />
de várias formas de expressão e<br />
do uso do “faz de conta”; são o<br />
melhor método para que conheça<br />
o mundo, com as respostas que<br />
obtém à sua curiosidade natural e<br />
ao seu desejo de saber porquê.<br />
As visitas de estudo contribuem<br />
para melhorar a aprendizagem das<br />
crianças e a sua relação com a<br />
realidade, fomentando a socializa-<br />
ção, cooperação, responsabilização<br />
e motivação. Por outro lado, em<br />
contacto directo com o meio,<br />
desenvolvem o espírito de investigação,<br />
observação, argumentação e<br />
conclusão. Ao visitar uma fábrica,<br />
um museu ou qualquer outra<br />
realidade, as crianças despertam<br />
para tudo o que têm à sua volta<br />
e ao seu dispor. Cabe-nos depois<br />
a nós mostrar-lhes que tudo isso<br />
pode ser utilizado, de forma responsável,<br />
na sua construção e crescimento<br />
enquanto seres humanos<br />
pertencentes a uma sociedade em<br />
permanente transformação. Quanto<br />
mais informação armazenarem,<br />
melhor e mais humana e conscientemente<br />
farão as suas escolhas,<br />
mais vasto será o seu leque de<br />
oportunidades, mais armas terão<br />
para vencer na vida!<br />
Melhor que muitos ensinamentos,<br />
mais eficaz que muitas<br />
palavras, presenciar acontecimentos<br />
e vivenciar experiências<br />
Dia 11 de Novembro<br />
Dia de<br />
S. Martinho<br />
- Neste dia fomos ao <strong>Colégio</strong><br />
dos crescidos!<br />
- Estavam lá os assadores com o<br />
carrinho a assar castanhas!<br />
- Comemos as castanhas quentinhas<br />
e que boas estavam …<br />
Meninos da Turma B – 5 Anos<br />
é o caminho mais rápido para<br />
que a criança aprenda aquilo de<br />
que vai necessitar para ser um<br />
adulto criativo, cívico, capaz de<br />
responder a qualquer desafio, de<br />
enfrentar qualquer dificuldade e<br />
de aproveitar da melhor forma<br />
qualquer sucesso.<br />
Partindo de todos estes pressupostos<br />
as crianças da turma E,<br />
4 anos, da pré-escola, durante o<br />
presente ano lectivo, já visitaram o<br />
Museu do Teatro, o Metropolitano<br />
de Lisboa, ao Parque dos Moinhos<br />
de Santana, foram ao teatro e<br />
interagiram com um vendedor de<br />
castanhas. Muitas outras visitas<br />
estão programadas e irão acontecer<br />
ao sabor das matérias que forem<br />
surgindo na sala de aulas.<br />
Este texto foi escrito ao abrigo do<br />
novo Acordo Ortográfico<br />
Ana Fernandes,<br />
educadora dos 4 anos
4<br />
DEZEMBRO <strong>2010</strong>
DEZEMBRO <strong>2010</strong> 5<br />
QUADRO DE HONRA<br />
Saudação do Director<br />
Em nome da Administração,<br />
do competente corpo docente e<br />
dos demais funcionários do <strong>Colégio</strong><br />
<strong>Manuel</strong> <strong>Bernardes</strong>, saúdo<br />
todos os presentes e particularmente<br />
os alunos, razão de ser<br />
desta cerimónia do Quadro de<br />
Honra.<br />
Hoje celebramos o (vosso)<br />
sucesso dos nossos alunos. Celebramos<br />
o trabalho realizado<br />
durante o ano lectivo passado,<br />
para que fique na nossa memória<br />
o reconhecimento do esforço, do<br />
trabalho que vos levou a alcançar<br />
metas a que se propuseram.<br />
Mas, que de que trabalho<br />
se trata quando mencionamos<br />
o percurso realizado pelos alunos?<br />
Referimos a memorização<br />
de conteúdos, os puros resultados<br />
académicos, mobilizados<br />
pelo saber científico, avaliados<br />
apenas em alguns momentos<br />
ao longo do ano, ou estamos<br />
a caracterizar algo mais abrangente,<br />
uma concepção universal<br />
ou universalizante do labor dos<br />
nossos alunos?<br />
Fala-se, pois, do “ Bom Trabalho”.<br />
Esta designação tem três<br />
significados passíveis de traduzir<br />
o termo “ Bom”:<br />
- Poderá signifcar a excelência<br />
em qualidade, um trabalho altamente<br />
disciplinado.<br />
- Poderá significar a responsibilidade<br />
– já que se traduz em<br />
cumprimento dos compromissos<br />
assumidos e considerar as suas<br />
implicações para a comunidade<br />
mais ampla no meio em que se<br />
encontra.<br />
- Poderá, finalmente, significar<br />
que é cativante – que é algo que<br />
nos dá satisfação e que, mesmo<br />
que difícil ou que obrigue a um<br />
esforço considerável.<br />
Neste sentido, a missão dos<br />
educadores é preparar os jovens<br />
para uma vida marcada pelo “<br />
bom trabalho”, de forma a que se<br />
possam sentir estimulados e manter<br />
essa qualidade num mundo<br />
laboral, em prol da sociedade.<br />
Encontramo-nos, assim, numa<br />
acepção que valoriza o desempenho<br />
excelente, cativante e, em<br />
última análise, ético. É, talvez,<br />
este último, que merece a nossa<br />
atenção, pelas suas implicações no<br />
modo como se encara e interpreta<br />
o universo educativo, com particular<br />
atenção aos nossos alunos.<br />
Esta “ mente ética”, como<br />
H Gardner designou, é essencial<br />
na formação de alunos comprometidos<br />
com o seu projecto de<br />
vida, do qual resultará o papel<br />
enquanto cidadão.<br />
A estrutura desta orientação<br />
ética inicia-se no seio familiar. As<br />
crianças observam atentamente<br />
os seus pais quando estes tomam<br />
decisões sobre aspectos do diaa-dia.<br />
Observam se os pais têm<br />
orgulho no seu trabalho, como<br />
falam dos seus superiores ou<br />
colegas, se o trabalho é apenas<br />
um meio desagradável de obter<br />
rendimento ou se possui um<br />
significado intrínseco. Os valores<br />
religiosos, incorporados e defendidos<br />
abertamente, também são<br />
estímulos importantes. Observam<br />
o divertimento dos seus pais, se<br />
respeitam as regras de um jogo, se<br />
o seu objectivo é apenas a vitória<br />
ou se tem um valor próprio para<br />
si mesmos, independentemente<br />
de quem ganha ou perde.<br />
Analisam o comportamento<br />
dos seus pais enquanto cidadãos:<br />
falam e discutem sobre comunidade:<br />
Pretendem melhorar a<br />
sociedade, participam voluntariamente<br />
ou a motivação (deles) é<br />
individual e o seu envolvimento<br />
destina-se apenas à concretização<br />
de objectivos particulares?<br />
Os adultos fora de casa também<br />
exercem influência e são<br />
escrutinados da mesma forma.<br />
Quando os jovens projectam sobre<br />
o seu futuro profissional, prestam<br />
atenção particular aos adultos que<br />
exercem um trabalho que está no<br />
seu horizonte de pretensões.<br />
Quer estejam ou não conscientes<br />
disso, estes adultos são<br />
modelos realistas, ou seja, transmitem<br />
as crenças, aspirações,<br />
comportamentos de quem ocupa<br />
tais profissões.<br />
Por outro lado, os pares, os colegas.<br />
Desde cedo, as crianças convivem<br />
com outras que partilham<br />
aproximadamente a mesma idade.<br />
São fortemente influenciadas<br />
pelos comportamentos e crenças<br />
dos colegas, particularmente os<br />
que são vistos como os que têm<br />
mais prestígio, e/ou que têm mais<br />
poder. Como tal, todos os alunos<br />
que se encontram aqui hoje são<br />
modelos de referência para os demais<br />
colegas. Esta escolha de pares<br />
é particularmente importante na<br />
adolescência. È nesta altura que os<br />
jovens testam as diferentes opções<br />
de vida. É importante que estes<br />
grupos tenham uma consciência<br />
comunitária, que se dediquem<br />
aos estudos, ao serviço comunitário,<br />
cujas actividades tenham<br />
consequência na construção de<br />
uma sociedade melhor. Os pares<br />
são fundamentais , já que o seu<br />
sentido ético e os próprios modelos<br />
de comportamento podem<br />
ser afectados por comportamentos<br />
dúbios.<br />
Mesmo com estes factores, reunidos<br />
no sentido positivo – todas<br />
as influências atrás descritas se<br />
exercerem na direcção do comportamento<br />
ético bem alinhado- é<br />
possível o desvio deste percurso.<br />
A vivência e a experiência de práticas<br />
impróprias que são toleradas<br />
por quem nos serve de modelo<br />
levam ao perigoso desvio de um<br />
comportamento ético e totalmente<br />
indesejável para o aluno trabalhador.<br />
É necessário estarmos atentos<br />
ao percurso das comunidades.<br />
Todas as sociedades modernas<br />
incorporam as virtudes da verdade,<br />
da integridade, da lealdade, da<br />
justiça; nenhuma apoia explicitamente<br />
a falsidade, desonestidade<br />
e a injustiça flagrante.<br />
O conhecimento não tem uso<br />
meramente académico; é indispensável<br />
para um olhar crítico<br />
ao nosso redor, para enriquecer<br />
o olhar sobre a realidade e possibilitar<br />
a recusa à imoralidade,<br />
ao laxismo, à indiferença. Mas<br />
tal conhecimento sem uma visão<br />
dos que estão à nossa volta, se<br />
perseguirmos apenas os nossos<br />
interesses pessoais, perde-se a<br />
orientação axiológica que sustenta<br />
verdadeiramente uma comunidade;<br />
J. Sacks, diz-nos que “<br />
quanto tudo o que é importante<br />
pode ser comprado e vendido,<br />
quando os compromissos podem<br />
ser quebrados só porque já não<br />
nos são vantajosos(...), quando o<br />
nosso valor é medido em virtude<br />
de quanto ganhamos e gastamos,<br />
então (...) está-se a destruir as<br />
mesmas virtudes das quais todos<br />
dependemos a longo prazo.”<br />
Assim, o bom trabalhador ou<br />
estudante está dependente da sua<br />
disposição em realizar um bom<br />
trabalho e a continuar a tentar<br />
alcançar esse objectivo perante<br />
uma situação difícil. Devemos<br />
enunciar (e fazer delas nossas<br />
também), então, as quatro directrizes<br />
de Gardner para alcançar<br />
este bom desempenho:<br />
1. Missão – Na escola, fora da<br />
escola, no trabalho, deve-se conseguir<br />
caracterizar, com clareza, o<br />
objectivo a alcançar nas suas actividades;<br />
sem esse conhecimento<br />
explícito dos seus propósitos, o<br />
mais certo é permanecer sem<br />
rumo ou caminhar em direcção<br />
ao incerto.<br />
2. Modelos – As referências,<br />
os exemplos são indispensáveis.<br />
Preferencialmente por via directa<br />
ou então através de textos , é<br />
necessário que os jovens tenham<br />
como fontes de influência comportamentais<br />
indivíduos que personificam<br />
o bom trabalho. Na ausência<br />
de tais referências, perdem-se os<br />
modos correctos de agir.<br />
3. O espelho individual – O<br />
bom trabalhador olha atentamente<br />
para o espelho e interroga-se sobre<br />
os métodos que utiliza para alcançar<br />
os resultados desejados.<br />
E já que estamos todos sujeitos<br />
à auto-ilusão, é importante que<br />
estejamos ladeados por quem,<br />
pela sua experiência, sabedoria<br />
e conhecimento, nos possam<br />
ajudar a olhar com verdade e<br />
realidade, através da franqueza<br />
e sinceridade.<br />
4. O espelho enquanto responsabilidade<br />
– Mesmo que os<br />
nossos alunos estejam a realizar<br />
um excelente trabalho individualmente,<br />
é importante estabelecer<br />
o compromisso com os<br />
colegas, monitorizando o nosso<br />
trabalho e o deles, aceitando a<br />
crítica e criticando, responsável<br />
e honestamente. Como afirmou<br />
o dramaturgo Molière “ somos<br />
responsáveis não só pelo que<br />
fazemos, mas também pelo que<br />
não fazemos”.<br />
O trabalho da Escola é adquirir<br />
um domínio do currículo, sejam<br />
as literacias básicas, as disciplinas<br />
mais importantes ou impulsionar<br />
o pensamento sintetizador e<br />
criativo. Na maioria das escolas,<br />
hoje em dia, a ênfase recai quase<br />
exclusivamente na obtenção<br />
da excelência nas actividades<br />
académicas.<br />
Mas, mais do que isso, a escola<br />
e os educadores podem ajudar a<br />
encontrar o caminho da mente<br />
ética; os alunos têm que compreender<br />
o porquê de estarem a<br />
aprender o que aprendem e como<br />
este conhecimento pode ser usado<br />
para fins construtivos. Enquanto<br />
discentes disciplinados, é o seu<br />
dever compreender o mundo. Mas<br />
o real alcance de tais aprendizagens<br />
é utilizar essa compreensão<br />
para melhorar a qualidade de<br />
vida e de subsistência e intervir<br />
quando essa compreensão ( ou<br />
não compreensão) tem um uso<br />
destrutivo. Daí, caros alunos, que<br />
se deva dizer que a construção<br />
de uma comunidade melhor irá<br />
depender do vosso esforço.<br />
Talvez, paradoxalmente, se<br />
o esforço que vos impulsiona a<br />
obter bons resultados for visto<br />
como um conhecimento que deve<br />
ser usado para fins construtivos<br />
e, desse empenho, obterem um<br />
prazer adicional ao trabalho escolar,<br />
considerando-o importante<br />
em si mesmo, então irão alcançar<br />
a verdadeira faceta do Bom<br />
Trabalho.<br />
..<br />
Mto Obrigado.<br />
Hugo Quinta<br />
Director Pedagógico
6<br />
QUADRO DE HONRA<br />
Excelentíssima Administração,<br />
caros professores, funcionários,<br />
pais, colegas e a todos os que<br />
um dia honraram o nome desta<br />
casa.<br />
Hoje cabe-me a mim um<br />
dos papéis mais nobres que já<br />
desempenhei na minha vida.<br />
Dando a voz por aquela que foi<br />
provavelmente a minha segunda<br />
casa, pretendo transmitir um profundo<br />
agradecimento a todos os<br />
que traçaram o meu rumo e o de<br />
todos aqueles que hoje discursam<br />
juntamente comigo mas, acima<br />
de tudo, pretendo representar e<br />
falar em nome de todos vocês,<br />
caros colegas, porque no fundo<br />
o <strong>Colégio</strong> é feito por nós, somos<br />
nós que o pintamos tal como ele é<br />
e depois guardamos esse precioso<br />
desenho na nossa lembrança para<br />
a posteridade. Hoje quero-vos<br />
revelar um pouco desse meu<br />
desenho, no qual os momentos<br />
de felicidade se sobrepõem aos<br />
de tristeza.<br />
Todos nós nascemos inseridos<br />
num mundo sem qualquer tipo<br />
de conhecimento, sabedoria ou<br />
virtude. Ouso mesmo dizer que<br />
a única igualdade entre os seres<br />
reside no nascimento. Por conseguinte<br />
o nosso desenvolvimento<br />
leva-nos a percorrer determinados<br />
rumos, os quais nos conduzem à<br />
formação de uma personalidade e<br />
carácter próprios. E, de facto, é<br />
a consequente multiplicidade de<br />
identidades desenvolvidas com o<br />
crescimento que atribui cores tão<br />
variadas ao mundo.<br />
Ora este desenvolvimento<br />
ou esta construção, se assim o<br />
entenderem, não é nada mais,<br />
nada menos, que um aglomerado<br />
Despedida<br />
de histórias cuja maior ou menor<br />
importância fizeram e vão fazendo<br />
aquilo que hoje somos.<br />
A história que hoje vos conto<br />
tem a característica de ser comum<br />
a todos vós que, agora, sentados<br />
nas cadeiras onde eu e tantos<br />
outros alunos desta casa reflectiram<br />
ou simplesmente bocejaram<br />
com aquilo que vos é dito, me<br />
pedem para ser extenso, para<br />
não terem mais aulas hoje. Pois<br />
bem, o início da história e o seu<br />
fim têm um só nome: <strong>Colégio</strong><br />
<strong>Manuel</strong> <strong>Bernardes</strong>.<br />
A fluidez, ou não, do meu<br />
discurso é travada aqui, uma vez<br />
que sou obrigado a deter-me no<br />
exacto momento em que tudo começou.<br />
Perdoem-me o devaneio,<br />
mas um dia perceberão o quão<br />
saboroso é recordar e lembrar os<br />
pequenos detalhes que hoje nos<br />
fazem grandes. Mas, continuando,<br />
foi precisamente num pequeno<br />
detalhe que tudo começou: entrando<br />
pela porta onde, quer fosse<br />
o Senhor Aníbal ou a Dona Rosa,<br />
a saudação matinal dava o mote<br />
para o dia começar em pleno. Depois<br />
chegava o toque, que tantas<br />
vezes ecoou nas nossas cabeças,<br />
revelando o início de uma nova<br />
etapa. Seguiam-se os primeiros<br />
burburinhos para a escolha de<br />
um chefe de turma, as paixões<br />
de um 5º ou 6º anos, os gritos<br />
masculinos para apanhar as balizas<br />
da quinta ou simplesmente para<br />
avisar quando o prefeito chegasse<br />
à porta da sala para não ficar de<br />
castigo, perdendo um precioso<br />
intervalo nas filas do bar.<br />
Porém, recuando um pouco,<br />
é preciso pegar na origem desses<br />
mesmos murmúrios e entender<br />
onde é que eles começaram. Tudo<br />
se iniciou do outro lado, onde os<br />
lápis de cor ou as canetas de feltro<br />
foram o nosso primeiro desafio,<br />
seguidos de desenhos, das letras<br />
e dos números. A pouco e pouco<br />
demos por nós a não pintar por<br />
fora das margens, a conseguir desenhar<br />
a cara de alguém, e depois<br />
foi um pulo até não darmos erros<br />
ortográficos ou a ter a alegria de<br />
chegar a uma conta de somar e<br />
obter o resultado acertado.<br />
Mais tarde o toque de entrada<br />
passou a ser mais grave, perdendo<br />
a timidez e a ingenuidade da<br />
infância e conduzindo-nos a um<br />
novo mundo, talvez o início do<br />
admirável mundo novo de cada<br />
um, em que as cores deixam de ser<br />
baças para ganharem uma nitidez<br />
que tem tanto de maravilhoso<br />
como de assustador. Era a Língua<br />
Portuguesa a deixar-nos adjectivar<br />
aquilo que é belo ou a verbalizar<br />
os nossos desejos, ouvindo os<br />
constantes pedidos da sempre<br />
querida professora Antonina,<br />
para que o Mostrengo entrasse<br />
para a nossa cabeça, era a Matemática<br />
a pôr ordem no universo,<br />
equacionando um mundo exacto<br />
e de probabilidades descrito nas<br />
centenas de fichas elaboradas<br />
pela estimada Professora Edwiges,<br />
não esquecendo nunca a ternura<br />
da professora Ana Palrão ou a<br />
calma do professor Pinheiro, era<br />
a História a revelar o passado e<br />
a desvendar mistérios testados<br />
nas 150 perguntas da professora<br />
Margarida Remédios ou no carisma<br />
do professor Menezes, era a<br />
Música pela mão da dócil professora<br />
Gilda Latino a dar-nos uma<br />
sensibilidade que hoje se tende a<br />
perder, era o Inglês a permitir-nos<br />
comunicar em qualquer parte do<br />
DEZEMBRO <strong>2010</strong><br />
mundo com a autoridade e vocabulário<br />
indispensável da professora<br />
Cecília ou com a amizade da<br />
professora Fátima Silva. Seguia-se<br />
a Geografia, com a professora Ana<br />
Gonzalez a mostrar que o planeta<br />
é também feito por rios e oceanos,<br />
ou ainda o Francês pela mão<br />
do inconfundível professor João<br />
Branco, pela querida professora<br />
Odete ou mesmo pela sempre<br />
amiga professora Maria dos Anjos.<br />
Nunca esquecer a versatilidade<br />
dos professores Aureliano e Gil<br />
que introduziram as ciências em<br />
todas as componentes nas nossas<br />
vidas, ou ainda a parte artística da<br />
nossa adolescência, levada a cabo<br />
por professores como Saldanha,<br />
José Filipe, Susana ou Filipa, a<br />
par das lições informáticas pelo<br />
professor Freixo Nunes ou pela<br />
professora Paulete. Neste rumo,<br />
uma hora era sempre reservada<br />
para aprendermos que a nossa<br />
audácia se concentra nos valores<br />
que escolhemos para a nossa vida.<br />
Um bem-haja ao Professor Pedro<br />
César que, sendo um amigo,<br />
acompanhou todas as turmas do<br />
meu ano e, certamente, ninguém<br />
se esquecerá de conceitos como<br />
vocação, moral, ética ou aquilo<br />
que nos sustenta, o amor, tão<br />
bem ensinados por ele.<br />
Chegado a este ponto travo<br />
o meu texto, uma vez que fiquei<br />
sem tinta na caneta. Não<br />
querendo perder o impulso que<br />
levo e a vontade de continuar a<br />
ter o <strong>Colégio</strong> vivo no meu pensamento,<br />
rapidamente encontro
outra e prossigo. Sou obrigado<br />
a comparar esta minha atitude<br />
com aquela que tomei no meu<br />
nono ano. Altura de decisões,<br />
na medida em que precisamos<br />
de encontrar a alavanca certa, se<br />
ambicionamos um dia ser adultos,<br />
eu e certamente todos os meus<br />
companheiros, que hoje revisitam<br />
o <strong>Colégio</strong>, não quisemos perder<br />
esse impulso chamado <strong>Manuel</strong><br />
<strong>Bernardes</strong> e tivemos a maturidade<br />
suficiente para decidir ficar, sabendo<br />
que a verdadeira alavanca<br />
estava aqui. Ficámos, ocupando<br />
mais uns quartos e salas deste<br />
autêntico lar.<br />
Aqui, algumas rotinas<br />
mudaram. Se uns andavam a<br />
vaguear pela História com a companhia<br />
das professoras Patrícia ou<br />
Cristina Mariano, outros perdiamse<br />
pelos números sob o comando<br />
da professora Luísa Latino, outros<br />
concentravam-se na matéria e na<br />
energia proveniente do carismático<br />
professor Carlos Bernardino<br />
ou pela querida professora Ana<br />
Cristina, seguindo-se aqueles que<br />
não temiam a crise e procuravam<br />
no inconfundível professor Ramos<br />
explicações que fizessem emergir<br />
um gestor. Tudo isto, seguido de<br />
perto pela nossa língua que nos<br />
lembrava o património cultural e<br />
a importância de saber escrever<br />
e falar através de um Eça de<br />
Queiroz ou de Pessoa. Quem<br />
não via um Alberto Caeiro na<br />
professora Sónia, ou um ortónimo<br />
na professora Maria João<br />
Carvalho, ou mesmo um Álvaro<br />
de Campos na professora Maria<br />
João Alves?! Paralelamente, o<br />
mote dado pelos romanos, “mente<br />
sã num corpo são” mantinha-se,<br />
ladeando a Filosofia que, a bem<br />
ou a mal, fosse com o professor<br />
Hugo Quintas, Luís Loia ou Gil,<br />
nos tornou melhores oradores; e<br />
DEZEMBRO <strong>2010</strong> 7<br />
a Educação Física onde nunca<br />
ninguém se esquecerá certamente<br />
da quinta ou do ginásio após tanto<br />
suor lá deixado. Um bem-haja<br />
ao professor Nuno, ao professor<br />
Eduardo, à professora Cátia, João<br />
Pedro ou Gonçalo. Por último,<br />
mas não menos importante, um<br />
obrigado muito especial a alguém<br />
que nos marcou profundamente,<br />
não só pela forma como aprofundou<br />
o inglês nas nossas vidas, mas<br />
também pelos seus conselhos e<br />
sugestões que fizeram de cada aula<br />
uma descoberta. Falo, obviamente,<br />
da professora Adélia.<br />
De facto foram todas estas<br />
aprendizagens que nos permitiram<br />
conhecer o mundo e, por<br />
conseguinte, engrandecer, tendo<br />
em conta que ninguém nasce na<br />
grandeza. E assim, fui destacando<br />
todos os criadores da nossa cultura,<br />
todos aqueles que, através da<br />
palavra, nos ensinaram a pensar,<br />
educando a nossa mente e os nossos<br />
valores. Falo dos professores<br />
e peço desculpa àqueles que não<br />
evoquei, mas o tempo que passei<br />
nesta casa não foi o suficiente para<br />
conhecer suficientemente todas<br />
as pessoas. Um muito obrigado a<br />
todos pela vossa dedicação!<br />
Dirijo da mesma forma um<br />
reconhecido agradecimento à<br />
administração do <strong>Colégio</strong>, que<br />
preza diariamente para que esta<br />
casa mantenha aquilo que de<br />
melhor tem e para que todos<br />
nos sintamos bem. Continuem<br />
a ser, numa analogia ao nosso<br />
hino, o “farol guiando a gente<br />
na terra”.<br />
De seguida, as minhas palavras<br />
são dirigidas a todos os funcionários<br />
e prefeitos que, directa<br />
ou indirectamente, contribuíram<br />
para o rumo que fui delineando<br />
ao longo deste discurso. Desde a<br />
Dona Judite ou o Senhor Amaro<br />
que velavam pelo silêncio na<br />
nossa estimada biblioteca, ao Stor<br />
Miguel com a sua voz inconfundível,<br />
à ordeira Stora <strong>Manuel</strong>a, ao<br />
grande Stor Zé, às storas Natércia,<br />
Lurdes ou Galateia que, fazendo<br />
parte de uma geração de outras<br />
tantas pessoas como o stor Pedro<br />
Machado ou o Stor Fábio, ficarão<br />
para sempre guardadas no nosso<br />
pensamento. Da mesma forma,<br />
mas em especial, porque sentimos<br />
por ele uma multiplicidade<br />
de sentimentos dependendo<br />
da idade, fosse medo, terror<br />
inicialmente, mas logo trocados<br />
pela amizade e companheirismo<br />
nunca menosprezando o respeito<br />
de sempre. De facto ficou por<br />
falar alguém responsável por<br />
uma disciplina que, não sendo<br />
leccionada numa sala de aula,<br />
está sempre presente em cada<br />
corredor, em cada canto. Qual<br />
professor, ele tem o nome de<br />
Senhor Ramiro e para sempre a<br />
sua voz imponente, o seu sorriso,<br />
os seus avisos ou discursos a que<br />
nos habituámos, serão sempre uma<br />
referência para cada um de nós,<br />
como uma lembrança que jamais<br />
poderá ser apagada.<br />
Uma última, mas não menos<br />
importante palavra a todos os pais<br />
que desde sempre fizeram de<br />
tudo para que pudéssemos incluir<br />
na nossa curta história de vida o<br />
nome <strong>Colégio</strong> <strong>Manuel</strong> <strong>Bernardes</strong>.<br />
A todos um obrigado por compreenderem<br />
os nossos trabalhos de<br />
casa, por nos limparem os ténis,<br />
vindos da quinta, cheios de terra<br />
(agora isso já não acontece), por<br />
nos deixarem almoçar no largo<br />
do colégio, enfim por estarem<br />
aqui hoje com o intuito de nos<br />
aplaudir.<br />
Ainda a propósito da história,<br />
ela inevitavelmente tem como<br />
desfecho um décimo segundo<br />
ano que termina esse percurso e<br />
fecha um pedaço da nossa identidade.<br />
Porém, ao sair existem<br />
determinados hábitos que já não<br />
conseguimos evitar, determinadas<br />
ideias que nos foram incutidas, as<br />
quais defendemos para o resto das<br />
nossas vidas. Este é o motivo pelo<br />
qual o <strong>Colégio</strong> nunca é passado<br />
quando se sai, ele é presente e<br />
futuro. E acreditem, para vos<br />
contar esta história, confesso que<br />
voltei ao colégio, apenas para rever<br />
e recordar. Não deixem que a vossa<br />
história, a de cada um de vocês<br />
esmoreça, nunca percam esse<br />
pedaço de vocês, chamado <strong>Colégio</strong><br />
<strong>Manuel</strong> <strong>Bernardes</strong>, porque<br />
no que toca a amizades criadas,<br />
a laços nascidos entre saltos,<br />
correrias, namoros, eles fizeram<br />
de nós aquilo que hoje somos.<br />
Mesmo os espaços que viram os<br />
nossos sorrisos e os nossos choros,<br />
fossem eles a quinta, palco de<br />
confrontos futebolísticos sempre<br />
com uma audiência feminina a<br />
quem tentávamos impressionar,<br />
ou os jardins onde nós rapazes<br />
teimávamos em ficar, apesar da<br />
proibição de o fazer, ou mesmo<br />
a sala de jogos ou a própria rádio<br />
que tantas dedicatórias transmitiu.<br />
Falo ainda dos cinemas ou dos<br />
chás dançantes nos últimos dias<br />
de aulas, ou nos incontornáveis arraiais,<br />
simbolizando uma das mais<br />
valiosas tradições do <strong>Colégio</strong>. Uma<br />
referência a todas as viagens que o<br />
<strong>Colégio</strong> sempre nos proporcionou,<br />
a partir do sétimo ano. A todas<br />
as outras, fossem as fantásticas<br />
idas a Paris com o professor João<br />
Branco e com a professora Helena<br />
Beja Lopes, ou mesmo as inesquecíveis<br />
estadias em Inglaterra,<br />
com a teacher Fátima Silva. E<br />
por fim, a viagem de finalistas.<br />
A qual merecia praticamente<br />
um capítulo do meu discurso,<br />
mas não o podendo fazer restame<br />
dizer que por uma semana<br />
Punta Cana tornou-se o <strong>Colégio</strong><br />
<strong>Manuel</strong> <strong>Bernardes</strong> em tudo o que<br />
ele tem de melhor. Nós, alunos<br />
como mote, acompanhados não<br />
só pelo senhor Ramiro como pelo<br />
professor Luis Loia, demos uma<br />
volta pelo paraíso e ainda assim<br />
fomos capazes de lhe ensinar<br />
umas coisas que só o <strong>Colégio</strong><br />
proporciona.<br />
Enfim perco-me nesta lista<br />
que revela mais mil sítios,<br />
eventos, acontecimentos neste<br />
colégio, mas há coisas que ficam<br />
para sempre nossas e cada aluno<br />
sabe onde se refugiar. Por isso<br />
mantenho-me vosso cúmplice e<br />
para me encontrar no meu texto,<br />
sou obrigado a escutar o toque da<br />
saída cuja inevitabilidade coloca<br />
um ponto final à história que vos<br />
contei. Quando ele acontecer a<br />
cada um de vós, guardem-no, bem<br />
guardado, porque um dia, como<br />
o faço hoje, vão ser capazes de o<br />
prolongar para se demorarem um<br />
pouco mais num qualquer corredor<br />
do <strong>Colégio</strong>. Neste pequeno<br />
prolongamento que permito a<br />
mim mesmo, encontro-me nos<br />
vossos rostos e digo-vos que não<br />
é preciso estudar muito para ser<br />
alguém. É preciso sim, saírem<br />
daqui conscientes da vossa identidade.<br />
Nós temos a sorte de a<br />
nossa ter um ponto em comum<br />
denominado <strong>Manuel</strong> <strong>Bernardes</strong>.<br />
E acreditem que esse é o ponto<br />
de partida para a audácia e para<br />
se ser original neste mundo.<br />
Cabe-vos a todos darem ou não<br />
continuidade à rampa que é este<br />
<strong>Colégio</strong>. Quanto a mim, é isso que<br />
agora vou fazer, indo a correr para<br />
uma aula de Direito, para a qual<br />
já estou atrasado. Muito obrigado!<br />
Até sempre!<br />
Guilherme Beja Lopes
8<br />
O livro infantil A Sementinha na Lua, da autoria de<br />
Isabel Loureiro, com ilustrações de Norberto Nunes<br />
foi lançado no passado dia 22 de Outubro, a aventura<br />
foi no <strong>Colégio</strong> <strong>Manuel</strong> <strong>Bernardes</strong>.<br />
“Cortei uma maçã em vários gomos. Dentro da maçã<br />
Visita aos laboratórios<br />
O 4º ano C participou no corta-mato<br />
do colégio.<br />
Com grande claque a apoiar os participantes, ficaram em 1º e 3º lugar a Maria Inês Morais e o<br />
<strong>Manuel</strong> Neve<br />
DEZEMBRO <strong>2010</strong><br />
O livro infantil “A Sementinha na Lua”<br />
estavam oito sementes. Queres conhecer as histórias<br />
das oito sementinhas que cresceram dentro da maçã?<br />
O que terá acontecido a cada uma delas?<br />
Queres saber?...”<br />
É sempre com grande entusiasmo que o 4ºC vai aos laboratórios do colégio aprender com os “crescidos”.<br />
Este ano já lá fomos 2 vezes!<br />
Os colegas mais velhos parecem mesmo professores!<br />
De bata branca, “autênticos doutores”, muito bem nos explicaram a matéria e connosco fizeram<br />
experiências.<br />
Obrigado a todos que nos fazem ficar mais “sábios”<br />
Às 6ª feiras o 4ºC vai ler histórias inventadas da Carochinha e do João Ratão ao 1ºB.<br />
Para nós, é muito bom podermos ler para os nossos amiguinhos e achamos que eles também gostam de nos<br />
ouvir.<br />
Problema<br />
Segue estas instruções cuidadosamente. Vais ter uma surpresa<br />
no fim.<br />
1. Multiplica o número do teu mês de nascimento por 2.<br />
R:._______________________________________________<br />
2. Soma 5 ao teu resultado.<br />
R:._______________________________________________<br />
3. Multiplica por 50.<br />
R:._______________________________________________<br />
4. Soma a tua idade ao resultado.<br />
R:._______________________________________________<br />
5. Agora subtrai 250.<br />
R:._______________________________________________<br />
Surpresa!<br />
O resultado final tem no algarismo das centenas o teu mês de<br />
nascimento. Os dois últimos algarismos indicam a tua idade.<br />
Visita de Estudo<br />
No dia 22 de Novembro, eu<br />
fui a uma visita de estudo aos<br />
Moinhos de Maré de Corroios.<br />
Estes moinhos foram mandados<br />
construir há seiscentos anos por<br />
D. Nuno Alvares Pereira, são<br />
muito antigos.<br />
Quando chegámos, o monitor<br />
Luís e a monitora Madalena contaram-nos<br />
a história dos Moinhos<br />
de Maré de Corroios.<br />
A seguir fomos ver uma peça<br />
de teatro de fantoches. A peça<br />
teve alguns intervalos, um deles<br />
foi para peneirarmos a farinha.<br />
As mós do moinho só funcionavam<br />
com a maré-alta. Mexemos<br />
em vários tipos de farinha.<br />
Vimos um filme que mostrava<br />
como é que o moinho funcionava<br />
antigamente.<br />
No fim subimos para o primeiro<br />
andar e estivemos a pintar um<br />
livrinho que a monitora nos deu.<br />
Gostei muito desta visita de<br />
estudo.<br />
O 4º ano C quis partilhar com os colegas do 3ºB os<br />
conhecimentos que adquiriram, quando no ano passado<br />
foram ao centro de ciência viva de Constância.<br />
Com a nossa partilha, achámos que os colegas até<br />
foram mais motivados para a visita a Constância.<br />
É bom partilhar!
O Golfe<br />
O CMB tem mais uma oferta em termos de actividades<br />
extra curriculares – O Golfe. Modalidade cada vez com maior<br />
visibilidade e olímpica em 2016, requer uma iniciação mais<br />
cedo do que aquela que estamos habituados.<br />
O Golfe é um desporto que promove um estilo de vida<br />
saudável, respeitando o ambiente e vivendo a natureza.<br />
Exige muita concentração e respeito pelos valores e ética<br />
desportiva. Apaixonante para quem o experimenta e vê a<br />
bola voar…<br />
Actividade destinada prioritariamente aos alunos do 2º<br />
ciclo, pode funcionar também com alunos do 3º ciclo.<br />
Os responsáveis por esta actividade serão professores de<br />
Educação Física do <strong>Colégio</strong>, praticantes e com formação e<br />
experiência no seu ensino no meio escolar.<br />
DEZEMBRO <strong>2010</strong> 9<br />
José Costa Dias<br />
(Prof. Ed. Física)<br />
Corta mato CMB<br />
No passado dia 10 de Novembro<br />
de <strong>2010</strong>, realizou-se o<br />
Corta-Mato do <strong>Colégio</strong> <strong>Manuel</strong><br />
<strong>Bernardes</strong>, que decorreu durante a<br />
manhã, nos campos exteriores.<br />
INFANTIS A FEMININOS 2001<br />
Nome Número Ano/Turma Classificação<br />
Maria Morais 1545 4C 1º<br />
Rafaela Duarte 1434 4B 2º<br />
Madalena Santos 1189 4B 3º<br />
INFANTIS A MASCULINOS 2001<br />
Nome Número Ano/Turma Classificação<br />
Vasco Matos 1512 4B 1º<br />
Rafael Peralta 1276 4E 2º<br />
<strong>Manuel</strong> Neves 1273 4C 3º<br />
INFANTIS A FEMININOS 2000<br />
Nome Número Ano/Turma Classificação<br />
Marta Ferreira 101 6E 1º<br />
Mariana Antunes 474 5A 2º<br />
Filipa cerveira 354 5D 3º<br />
INFANTIS A MASCULINOS 2000<br />
Nome Número Ano/Turma Classificação<br />
Diogo Cabrita 433 5E 1º<br />
Francisco Ferraz 736 5B 2º<br />
João Correia 2 5A 3º<br />
INFANTIS B FEMININOS- 1999/98<br />
Nome Número Ano/Turma Classificação<br />
Laura Manteigas 729 6B 1º<br />
Maria Estevão 708 6E 2º<br />
Constança Manteigas 730 6B 3º<br />
INFANTIS B MASCULINOS - 1999/98<br />
Nome Número Ano/Turma Classificação<br />
Miguel Rodrigues 281 7B 1º<br />
Sebastião Dias 169 7A 2º<br />
Rodrigo Rosa 438 6B 3º<br />
Este ano, participaram nesta<br />
prova cerca de 200 alunos, do1º<br />
ciclo, 2º ciclo, 3º ciclo e Secundário,<br />
sendo que os primeiros<br />
seis classificados de cada escalão<br />
foram apurados para o Corta-Mato<br />
de Lisboa.<br />
De seguida, serão apresentados<br />
os três primeiros classificados<br />
de cada escalão.<br />
INICIADOS FEMININOS - 1997/1996<br />
Nome Número Ano/Turma Classificação<br />
Mariana Esteves 46 9B 1º<br />
Catarina Bajanca 177 9E 2º<br />
Ana Santos 551 8A 3º<br />
INICIADOS MASCULINOS - 1997/96<br />
Nome Número Ano/Turma Classificação<br />
Gonçalo Seabra 221 9A 1º<br />
Miguel Solano 192 9A 2º<br />
Miguel Silva 564 9C 3º<br />
JUVENIS FEMININOS - 1995/1994<br />
Nome Número Ano/Turma Classificação<br />
Patrícia Marinho 878 11E 1º<br />
Marta Saraiva 60 11D 2º<br />
Rita Alvito 271 11D 3º<br />
JUVENIS MASCULINOS - 1995/1994<br />
Nome Número Ano/Turma Classificação<br />
Rodrigo Batalha 713 11A 1º<br />
Gonçalo Fogaça 556 10B 2º<br />
Pedro Ventura 737 11A 3º<br />
JUNIORES FEMININOS - 1993 E ANTES<br />
Nome Número Ano/Turma Classificação<br />
Ana Luísa Alvito 277 12B 1º<br />
Alexandra Paula 749 12B 2º<br />
Luisa Vieira 261 12A 3º<br />
O departamento de Educação Física<br />
CMB lidera Circuito<br />
sub-13 da ABL<br />
A equipa de Iniciados Femininos do CMB lidera sem derrotas o<br />
Circuito sub-13 da Associação de Basquetebol de Lisboa com 4 vitórias<br />
e 12 pontos.A próxima jornada realiza-se no dia 4 de <strong>Dezembro</strong> das<br />
9 às 13h no Pav. Da Ajuda em Lisboa.
10<br />
Matemática em acção no C.M.B.<br />
De há uns tempos a esta parte,<br />
a discussão em torno da Matemática<br />
tem-se acentuado, não no<br />
que diz respeito à sua importância<br />
ou ao seu lugar no ensino (cuja<br />
matéria nem sequer se questiona),<br />
mas sim quanto à forma de<br />
levar os alunos a adquirirem as<br />
competências necessárias no âmbito<br />
desta disciplina de forma a<br />
poderem aplicar tais competências<br />
num futuro próximo, no mundo<br />
laboral. Mais ainda: acentuou-se<br />
a discussão acerca do que se<br />
considera «necessário saber» em<br />
Matemática. O Ministério da<br />
Educação e as Universidades não<br />
se entendem: um quer apenas<br />
que os meninos saibam resolver<br />
expressões numéricas como “1 + 2<br />
=”, com base em imagens, tarefas<br />
e actividades de investigação, materiais<br />
didácticos manipuláveis e<br />
computadores, que mostrem bem<br />
a diferença entre «uma unidade»<br />
e «duas unidades» e que, com<br />
base em ideologias motivacionais<br />
elaboradas, mostrem que é<br />
possível calcular “1 + 2” e que<br />
se tem que “1 + 2 = 3”. As<br />
universidades limitam-se a exigir<br />
que os alunos saibam Matemática,<br />
o que vai um pouco mais além<br />
de calcular o valor numérico de<br />
“1 + 2”…<br />
Tudo isto levou à criação de<br />
um enorme fosso entre aquilo que<br />
um aluno comum «leva consigo»<br />
quando termina o 12º ano e aquilo<br />
que lhe é exigido que «traga consigo»<br />
quando chega a um curso<br />
superior. Uma determinada faixa<br />
de “pensadores” entende que<br />
as universidades exigem demais.<br />
Porém, penso que se compreende<br />
que a onda de facilitismo e de<br />
vinte e cinco de abrilização da<br />
Ensino Básico – 2º Ciclo<br />
Educação não leva a outro ponto<br />
senão à falta de rigor no trabalho<br />
e à quebra dos índices de qualidade<br />
dos serviços, em virtude da<br />
má preparação dos profissionais<br />
nas diversas áreas de serviço da<br />
sociedade.<br />
O <strong>Colégio</strong> <strong>Manuel</strong> <strong>Bernardes</strong>,<br />
compreendendo esta realidade,<br />
tem procurado remar contra a<br />
maré, não se deixando levar pelas<br />
ideologias facilitistas. Tem procurado<br />
ajudar os alunos a ultrapassar<br />
as suas dificuldades sem as retirar<br />
do seu caminho. Tem procurado<br />
levar os seus alunos a chegar<br />
onde é necessário… e não apenas<br />
onde lhes dizem que é suficiente<br />
ou que “basta por aqui”. Assim<br />
sendo, ao fim de algum tempo<br />
de preparação, foi possível criar<br />
e desenvolver alguns projectos<br />
ao nível do Departamento de<br />
Matemática que vieram ajudar os<br />
alunos a percorrer esse tal caminho<br />
com obstáculos, cuja meta é o<br />
sucesso de os ultrapassar e não<br />
o aplainar da estrada.<br />
Deu-se início, como projecto<br />
pioneiro, ao «Projecto Pedro<br />
Nunes», que, em regime tutorial,<br />
leva os alunos a fazerem pequenas<br />
investigações sobre temas diversos<br />
da Matemática. Auxiliados de<br />
perto por um professor, pesquisam<br />
sobre um tema a seu gosto<br />
e podem ir além daquilo que<br />
é possível ser feito em sala de<br />
aula, promovendo o gosto pela<br />
Matemática, o espírito crítico e<br />
de investigação e aumentando<br />
as competências específicas da<br />
disciplina. Iniciámos o projecto<br />
com 13 alunos e, até agora, todos<br />
têm estado empenhados e<br />
satisfeitos.<br />
Está, também pela primeira<br />
vez, a ser leccionada uma disciplina<br />
extracurricular no 12º<br />
ano, designada por «Tópicos<br />
de Matemática Avançada», cujo<br />
objectivo é ajudar os alunos que<br />
têm frequência em Matemática<br />
A a prepararem melhor o seu<br />
acesso ao ensino superior, nomeadamente<br />
para cursos que estejam<br />
ligados às áreas da Matemática ou<br />
onde esta seja leccionada. Nesta<br />
disciplina, os alunos complementam<br />
os seus estudos nos que diz<br />
respeito “às pontas que ficam<br />
O sino da Igreja de uma cidade bate as seis horas<br />
em 15 segundos.<br />
Quanto tempo demora a bater as doze horas?<br />
por coser” em Matemática A e<br />
são introduzidos em conteúdos<br />
de domínio pré-universitário,<br />
garantindo-lhes desde já alguns<br />
conhecimentos e algumas rotinas<br />
de nível superior.<br />
Por outro lado, o Departamento<br />
promoveu em Novembro,<br />
como vem sendo hábito, a participação<br />
dos alunos desde o 6º ano<br />
até ao 12º ano nas Olimpíadas<br />
Portuguesas da Matemática. Os<br />
alunos responderam positivamente<br />
(cerca de noventa) ao convite<br />
de participarem nesta prova. É de<br />
destacar que a prova foi aberta<br />
pela primeira vez aos 7º e 8º anos.<br />
Além disso, e à semelhança do ano<br />
anterior, o Departamento promove<br />
ainda o «Problema do Mês», iniciativa<br />
à qual têm correspondido<br />
diversos alunos. Destacamos a<br />
aluna Carolina Furtado, do 5º B,<br />
que venceu com todo o mérito<br />
o Problema do mês de Outubro,<br />
tendo sido congratulada com um<br />
«Certificado de Mérito» pelo<br />
seu desempenho na resolução do<br />
problema desse mês. Ainda que<br />
em Outubro não tivessem sido<br />
entregues resoluções correctas<br />
dos restantes problemas, foi positiva<br />
a adesão dos alunos a esta<br />
iniciativa.<br />
No fundo, nós, professores<br />
de Matemática do CMB, temos<br />
apenas procurado mostrar aos<br />
nossos alunos que a Matemática<br />
não é uma ciência monstruosa,<br />
enfadonha e inútil mas que serve<br />
para resolver problemas, que serve<br />
e ajuda a pensar, que desenvolve o<br />
raciocínio, o espírito crítico e nos<br />
ajuda a olhar com maior destreza<br />
para os problemas concretos de<br />
muitas áreas do conhecimento.<br />
Ou seja, de uma forma simples<br />
procuramos mostrar que a Matemática<br />
é útil e necessária, além<br />
de ser bonita e elegante. Como<br />
disse o poeta Fernando Pessoa, “o<br />
que há é pouca gente para dar por<br />
isso”… mas talvez (pelo menos<br />
no nosso <strong>Colégio</strong>) esta realidade<br />
possa mudar em breve.<br />
Ânimo! Um Santo e Feliz<br />
Natal a todos.<br />
O Coordenador,<br />
Emanuel Oliveira.<br />
DEZEMBRO <strong>2010</strong><br />
COLÉGIO MANUEL BERNARDES<br />
Problema de Matemática<br />
Do Mês de Novembro<br />
Ensino Básico – 5º, 6º e 7º anos<br />
O senhor A foi à padaria e comprou metade dos<br />
pães que lá havia mais meio pão. Depois, foi lá o<br />
senhor B que comprou metade dos pães que ainda<br />
lá havia mais meio pão. Por último, o senhor Cfoi à<br />
padaria e comprou metade dos restantes pães mais<br />
meio pão.<br />
Sabendo que, no final, sobraram 10 pães, quantos<br />
pães havia inicialmente na padaria?<br />
Ensino Básico – 8º e 9º anos<br />
Qual o menor número de inteiros positivos consecutivos<br />
cuja soma seja igual a 1000 ?<br />
Ensino Secundário<br />
Na figura seguinte encontra -se um octógono regular<br />
inscrito numa circunferência de raio 1. Considera<br />
ainda que P é um ponto dessa circunferência .<br />
C<br />
P<br />
B<br />
D<br />
2 2<br />
2<br />
Calcula o valor de PA + PB + L+<br />
PH .<br />
Problema do Mês de Novembro<br />
VENCEDORES<br />
2º Ciclo: 334 – Carolina Carneiro (5º A)<br />
3º Ciclo: 126 – Filipa Inês Vilhena (8º C)<br />
155 – Filipe Fidalgo (8º A)<br />
Secundário: 390 – José Ricardo Ferro (12º A)<br />
Problema de Matemática Do Mês de Outubro<br />
Ensino Básico – 3º Ciclo<br />
90<br />
A fracção pode ser escrita na forma:<br />
37<br />
1<br />
2 +<br />
1<br />
x +<br />
1<br />
y +<br />
z<br />
Determina os valores de x, y e z.<br />
A<br />
E<br />
H<br />
F<br />
G<br />
Problema<br />
do Mês de Outubro<br />
VENCEDORES<br />
2º Ciclo<br />
844 – Carolina Furtado (5º B)<br />
3º Ciclo<br />
Não foi entregue nenhuma<br />
resolução correcta.
DEZEMBRO <strong>2010</strong> 11<br />
Ano Lectivo <strong>2010</strong>/2011<br />
Percurso dos Transportes<br />
Local: Telheiras /Lumiar<br />
Horário: 18h00<br />
TARDE<br />
Quinta dos Inglesinhos<br />
Rua Padre Américo<br />
Rua Aristides Sousa Mendes<br />
Azinhaga Torre do Fato<br />
Rua Fernando Namora<br />
Rua Prof. António Quadros<br />
Parque dos Príncipes<br />
Rua Simões Raposo<br />
Rua Prof. Moisés Amzalak<br />
Av.ª Nações Unidas<br />
Av.ª Rainha D. Amélia<br />
Quinta do Lambert<br />
Rua José Costa Pereira<br />
Rua <strong>Manuel</strong> Marques<br />
Rua Agostinho Neto<br />
Rua Mário Castrim<br />
Rua David Mourão Ferreira<br />
Parque das Conchas<br />
Avª. M. Madalena Vieira<br />
da Silva<br />
Alta de Lisboa<br />
Local: 5 de Outubro<br />
/Areeiro<br />
Horário: 18h00<br />
TARDE<br />
Paço do Lumiar<br />
Azinhaga Torre do Fato<br />
Av.ª das Nações Unidas<br />
Eixo Norte-Sul<br />
Av.ª Álvaro Pais<br />
Avª. 5 de Outubro<br />
Avª. Duque D’ Ávila<br />
Avª. Conde de Valbom<br />
Avª. João Crisóstomo<br />
Avª. da Républica<br />
Túnel da Av.ª João XXI<br />
Rua Sarmento Beires<br />
Av.ª Afonso Costa<br />
Av.ª Padre <strong>Manuel</strong> da Nóbrega<br />
Av.ª de Madrid<br />
Av.ª João XXI<br />
Local: Benfica / Sete Rios / Telheiras<br />
Horário: 7h00<br />
Local: Benfica / Alfragide<br />
Horário: 18h00<br />
TARDE<br />
Av.ª do <strong>Colégio</strong> Militar<br />
Centro Comercial Colombo<br />
Av.ª dos Lusíadas - (só até Alto dos Moinhos)<br />
Alto dos Moinhos – Escola Delfim dos Santos (por<br />
baixo viaduto)<br />
Metro Alto dos Moinhos (Av.ª dos Lusíadas)<br />
Rua Virg´lio Ferreira (esquina)<br />
Rua Lúcio de Azevedo<br />
Estrada da Luz<br />
Sete-Rios – Jardim Zoológico<br />
Twin Towers<br />
Av.ª José Malhoa (só até meio e vira para a Av.ª Col.<br />
Bordalo Pinheiro)<br />
Rua Prof. Gentil Martins (Furnas)<br />
Rua Barahona de Freitas<br />
Estrada de Benfica (Pastelaria Califa)<br />
Estrada de Benfica (Igreja)<br />
Av.ª Grão Vasco<br />
Alameda Álvaro Proença<br />
Circulo de Leitores (Buraca – Bombas Galp)<br />
Quinta Grande – Alfragide (Banco B.E.S.)<br />
Quinta Grande – Alfragide (Bancos)<br />
Local: Loures / Odivelas<br />
Horário: 18h00<br />
TARDE<br />
Paço do Lumiar<br />
Azinhaga dos Ulmeiros (Força Aérea)<br />
Rua Abel Salazar (Antigo Feira Nova)<br />
Rua Prof. Vieira de Almeida<br />
Avenida Padre Cruz<br />
Estrada do Desvio (Lumiar)<br />
A8 (Loures)<br />
Infantado - Avenida das Descobertas<br />
Rua Vasco da Gama<br />
Fanqueiro - Rua José Gomes Ferreira<br />
Rua Anselmo Braancamp Ferreira<br />
Rua do Sacramento<br />
Rua S. João de Deus<br />
Loures - Rua da República<br />
Rua Augusto Marques Raso (Bombeiros)<br />
Rua Tenente Cel. João Augusto Vieira Lopes (Liceu)<br />
Flamenga (Centro Comercial Flamingos)<br />
Avenida Salgado Zenha<br />
Póvoa de Santo Adrião – Rua Henrique dos Santos<br />
Rua Major Mousinho de Albuquerque<br />
Odivelas - Rua Prof. Abreu Lopes<br />
Quinta do Mendes<br />
Quinta Nova<br />
Rua Abel Manta<br />
Rua Aquilino Ribeiro<br />
Rua Guilherme Gomes Fernandes<br />
Rua Dr. Fernando Cunha<br />
Alameda Infante D. Henrique<br />
MANHÃ<br />
Cemitério de Benfica Av.ª José Malhoa<br />
Rua Jorge Barradas Rua Basílio Teles<br />
Rua das Pedralvas Av.ª Columbano Bordalo Pinheiro<br />
Portas de Benfica Rua das Laranjeiras<br />
Damaia Alto dos Moinhos<br />
Av.ª D. Pedro V Estrada da Luz<br />
Av.ª Carlos Cunha Tavares Alto dos Moinhos<br />
Estrada da Ponte Rua João de Freitas Branco<br />
Alfragide Estrada da Luz<br />
Cemitério de Benfica Torres de Lisboa<br />
Rua Jorge Barradas Rua Tomás da Fonseca<br />
Rua das Pedralvas Rua Fernando Namora<br />
Portas de Benfica Rua Padre Américo<br />
Damaia <strong>Colégio</strong><br />
Av.ª D. Pedro V Novos<br />
Av.ª Carlos Cunha Tavares Av.ª 5 de Outubro<br />
Estrada da Ponte Quinta do Lambert<br />
Av.ª Quinta Grande Rua <strong>Manuel</strong> Marques<br />
Av.ª das Laranjeiras Rua Agostinho Neto<br />
Rua da Encosta Alameda das Linhas de Torres<br />
Rua D. Luís I Lumiar<br />
Estrada I.C. 19<br />
Sete-Rios<br />
Twin-Towers<br />
Rua António Albino Machado<br />
(Torres de Lisboa)<br />
Os Grandes Marcos<br />
da História da Alimentação<br />
Sabia que o pão já existia 10.000 anos<br />
antes do nascimento de Cristo? E que<br />
já se faziam pipocas 3.600 anos antes<br />
do início da nossa Era? Ou ainda que os<br />
hambúrgueres já se comiam no século<br />
XIV? O Comezainas preparou para si uma<br />
viagem através do tempo, em que mostra<br />
a história dos alimentos até aos anos 60<br />
do século XX. Venha saber mais sobre a<br />
origem dos alimentos que, a cada dia,<br />
entram na sua dieta alimentar. E, depois<br />
de tanta fartura, nada como o bom Alka-<br />
Seltzer de 1931, não lhe parece?<br />
Introdução<br />
Todos necessitam de combustível para<br />
sobreviver, mas os seres humanos são os<br />
únicos seres vivos que aliam os gostos às<br />
simples necessidades nutricionais. Embora<br />
todos os animais se alimentem, apenas o<br />
Homem cozinha os alimentos. Deste modo,<br />
a culinária transforma-se num símbolo da<br />
nossa humanidade, algo que nos distingue<br />
do resto dos elementos da natureza.<br />
A alimentação transformou-se rapidamente<br />
num dos muitos rituais comuns aos<br />
seres humanos, variando de cultura para<br />
cultura, mas assumindo, quase sempre,<br />
uma actividade de grupo.<br />
O Homem, enquanto elemento do<br />
ecossistema, necessita de comida, e os seus<br />
hábitos alimentares variam em função do<br />
que o meio que o rodeia lhe pode oferecer.<br />
Contudo, também os seres humanos<br />
foram determinantes na evolução dos alimentos,<br />
seja pela selecção e domesticação<br />
de espécies animais e vegetais, seja pelo<br />
desenvolvimento de todos os métodos e<br />
instrumentos necessários à sua transformação<br />
para a dieta humana. O culminar<br />
de todo este processo é, sem dúvida, a<br />
proliferação dos alimentos transgénicos<br />
e a crescente uniformização dos hábitos<br />
alimentares dos povos.<br />
Antes da Era Cristã<br />
10.000 a.C. – Primórdios da Agricultura;<br />
cultivo de cereais e fabrico rudimentar<br />
de pão; sal, peixe e arroz já são usados<br />
na alimentação;<br />
8.000 a.C. – lentilhas;<br />
7.000 a.C. – feijões;<br />
6.500 a.C. – Domesticação generalizada<br />
do gado, embora já existisse gado caprino<br />
e porcino doméstico desde 9.000 a.C. e<br />
7.000 a.C. respectivamente;<br />
6.000 a.C. – queijo e milho;<br />
5.500 a.C. – mel e açúcar de cana;<br />
5.000 a.C. – azeite e abóboras;<br />
4.000 a.C. – uvas, laranjas e melancias;<br />
3.600 a.C. – pipocas;<br />
3.200 a.C. – domesticação das galinhas;<br />
3.000 a.C. – sopa, cevada, cenouras,<br />
ervilhas, favas, cebolas, pimenta;<br />
2.800 a.C. – rebentos de soja;<br />
2.700 a.C. – chá;<br />
2.600 a.C. – cogumelos;<br />
2.500 a.C. – batatas;<br />
2.000 a.C. – alfarroba;<br />
1.500 a.C. – amendoim e chocolate;<br />
1.000 a.C. – pepino e pickles;<br />
900 a.C. – tomates verdes;<br />
600 a.C. – couves;<br />
500 a.C. – salsichas e alcachofras;<br />
400 a.C. – pasta e beterraba;<br />
300 a.C. – bananas;<br />
200 a.C. – espargos;<br />
65 a.C. – marmelos.<br />
Depois de Cristo<br />
100 d.C. – mostarda, pudins, morangos,<br />
alcaparras, nabos, gelado;<br />
200 d.C. – sushi;<br />
600 d.C. – beringela;<br />
700 d.C. – espinafres<br />
900 d.C. – bacalhau;<br />
1.000 d.C. – nêsperas;<br />
1.300 d.C. – introdução do açúcar em<br />
Inglaterra, a partir do Médio Oriente;<br />
hambúrgueres e waffles;<br />
1.500 d.C. – agrião e panquecas; lagosta,<br />
perú, abacate (entre outros) começam a ser<br />
trazidos do Novo Mundo para a Europa;<br />
1484 d.C. – cachorro quente;<br />
1493 d.C. – introdução de ananás na<br />
Europa;<br />
1517 d.C. – introdução de batata doce<br />
na Europa;<br />
1529 d.C. - introdução de baunilha<br />
na Europa;<br />
1544 d.C. - introdução de tomate na<br />
Europa;<br />
1554 d.C. – queijo Camembert;<br />
1615 d.C. – introdução de café na<br />
Europa;<br />
1.800 d.C. – batatas fritas e bolachas<br />
de água e sal (crackers);<br />
1747 d.C. – açúcar de beterraba;<br />
1756 d.C. – maionese e molho tártaro;<br />
1762 d.C. – sanduíches;<br />
1765 d.C. – 1.º restaurante do mundo<br />
abre em Paris<br />
1767 d.C. – água com gás;<br />
1819 d.C. – spaghetti;<br />
1830 d.C. – refrigerantes;<br />
1850 d.C. – marshmallows;<br />
1856 d.C. – leite condensado;<br />
1868 d.C. – molho Tabasco;<br />
1869 d.C. – sopa enlatada Campbell;<br />
1870 d.C. – margarina;<br />
1876 d.C. – Heinz Ketchup;<br />
1886 d.C. – Coca-Cola;<br />
1889 d.C. – Pizza (como a conhecemos<br />
hoje em dia);<br />
1890 d.C. – manteiga de amendoim<br />
e chá Lipton;<br />
1896 d.C. – Chop Suey;<br />
1906 d.C. – atum em lata;<br />
1904 d.C. – banana split;<br />
1905 d.C. – chupa-chupas;<br />
1906 d.C. – Corn Flakes Kellogg’s;<br />
1913 d.C. – Bolachas Oreo;<br />
1917 d.C. – Donuts e Vichyssoise;<br />
1924 d.C. – comida congelada;<br />
1936 d.C. – barra de chocolate Mars;<br />
1938 d.C. – Nescafé (1.º café solúvel<br />
instantâneo);<br />
1941 d.C. – M&Ms;<br />
1955 d.C. – 1.º Restaurante<br />
MacDonald’s;<br />
1959 d.C. – gelado Haagen-Dazs;
12<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Quadro de Mérito<br />
Desportivo<br />
Estes alunos mereceram tal distinção, pela forma<br />
como se destacaram na disciplina de Educação Física,<br />
com a sua iniciativa, empenho e qualidade de trabalho,<br />
bem como, pelas performances alcançadas nas<br />
várias representações e competições desportivas em<br />
que participaram, em representação do <strong>Colégio</strong>.<br />
Desde sempre, colaborando e participando de<br />
modo espontâneo e entusiástico em várias actividades<br />
desportivas existentes no <strong>Colégio</strong>, foram considerados<br />
alunos correctos, distinguindo-se pela sua educação,<br />
conquistando simpatias gerais, o apreço e a estima<br />
de todos.<br />
Pelo sua dedicação, espírito de sacrifício, trabalho<br />
de equipa e enorme capacidade de trabalho, conseguindo<br />
conciliar as suas actividades desportivas<br />
com as várias actividades escolares, consideram-se<br />
estes alunos um exemplo a seguir e merecedores<br />
deste prémio.<br />
DEZEMBRO <strong>2010</strong><br />
Propriedade e Administração: <strong>Colégio</strong> <strong>Manuel</strong> <strong>Bernardes</strong><br />
Morada: Quinta dos Azulejos - Largo Padre Augusto Gomes Pinheiro, 44 - Paço do Lumiar - 1600-549 Lisboa<br />
Telefone: 21 757 05 01 / 21 757 05 12 - Fax: 21 757 23 11 - e-mail: colegio@cmb.pt - site: cmb.pt<br />
Direcção/Redacção: Câmara Pereira - Jorge Amaro<br />
Composição: Regigráfica, Lda. - Dep. Legal: 19238<br />
Premiados 2009/<strong>2010</strong><br />
Foram distinguidos com o Quadro de Mérito Pessoal os Alunos : Filipe Serralheiro Santos, Ana Rita Rodrigues e José Guilherme Beja Lopes<br />
AFj_BES_DarM_260x140_2.ai 1 1/28/10 5:57 PM<br />
Quadro de Mérito Desportivo, os Alunos: Nuno Esteves, Pedro Teixeira e José Evangelista<br />
Quadro de Excelência, os Alunos: Ana Margarida Pereira, Marta Filipa Gomes Melo e José Guilherme Beja Lopes<br />
Ensine o seu filho<br />
a dar a mão<br />
e a poupar<br />
Quadro de Mérito Pessoal<br />
Alunos que<br />
- Menção de Muito Elevado pelo corpo disciplinar<br />
ratificado pelo Conselho de<br />
Turma;<br />
- Alunos propostos pelos Conselho de Turma<br />
do ano terminal de secundário, de acordo com o<br />
percurso escolar do aluno;<br />
- Alunos que se distingam pelo elevado sentido<br />
de responsabilidade;<br />
- Alunos que demonstrem carácter altruísta;<br />
- Espírito de cooperação e solidariedade que<br />
resulte na procura do bem comum da comunidade<br />
escolar.,<br />
No poupar é que está a ajuda e na ajuda é que está o ganho. Abra ou faça um primeiro reforço numa<br />
Conta Poupança BES Júnior com €100, receba o Baby, um porquinho mealheiro<br />
apadrinhado pelo Cristiano Ronaldo e ensine o seu filho a poupar. Mais, até 31 de Março de <strong>2010</strong>, por cada<br />
Baby entregue, o BES e o Cristiano Ronaldo contribuem com €2 para uma instituição de solidariedade social<br />
de apoio a bebés e crianças.<br />
Abra uma conta que toma conta. Vá a bes.pt/junior e escolha a instituição que quer ajudar.<br />
Quadro de Excelência<br />
- Menção de Muito Elevado pelo corpo disciplinar;<br />
- Alunos propostos pelo Conselho de Turma<br />
do ano terminal de secundário, de acordo com o<br />
percurso escolar do aluno;<br />
- Cumpram todos os requisitos do Quadro de<br />
Honra, acrescidos de manifesta capacidade de desempenho<br />
num sentido transdisciplinar;<br />
- Vocação e dedicação que se projectem em<br />
elaborações artísticas, académicas ou desportivas<br />
simbolizantes da paideia do CMB, edificada no seu<br />
Projecto Educativo.<br />
Quem sabe,<br />
sabe e quem<br />
abre uma conta<br />
que toma conta<br />
é que sabe