WEBSITE DO DIRETOR LARS VON TRIER - Paola Mouro
WEBSITE DO DIRETOR LARS VON TRIER - Paola Mouro
WEBSITE DO DIRETOR LARS VON TRIER - Paola Mouro
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
2.1. <strong>LARS</strong> <strong>VON</strong> <strong>TRIER</strong><br />
2.1.1. Início de tudo<br />
Lars von Trier nasceu em 1956, na cidade de Copenhague na Dinamarca, em uma família<br />
de intelectuais em que, segundo ele, apenas a religião e as emoções eram proibidas.<br />
Viveu uma infância nada convencional, no qual sua mãe permitia que ele se expressasse<br />
com livre arbítrio em todas as decisões que lhe aparecessem, decidindo até mesmo se<br />
queria ir ao colégio, ou fazer seus deveres. Trier afirma que essa característica de criação<br />
sempre lhe pareceu bastante vantajosa, entretanto, lhe trouxe uma eterna sensação de<br />
ansiedade e necessidade de controlar tudo o que ocorre a sua volta.<br />
Com aproximadamente 10 anos de idade, Trier começou a se interessar pelo cinema ao<br />
ter contato com uma câmera super 8mm que sua mãe possuía. Nela, criou inúmeras<br />
curtas amadores onde retratava o mundo a sua volta, experimentando e inventando suas<br />
próprias técnicas.<br />
Nos anos 70, dentro de um grupo de diretores de cinema amadores, Trier elaborou dois<br />
curtas independentes: “The Orchid Gardener” e “Menthe - la bienheureuse”. Porém, foi<br />
anos mais tarde, com sua entrada na Escola Dinamarquesa de Cinema, que o diretor<br />
pode de fato explorar tudo o que o cinema da época oferecia. Lá, seu fascínio pelos<br />
equipamentos pode ser bastante explorado e expresso em filmes que o destacaram<br />
dentro das produções acadêmicas. Quanto a esse período, Trier afirma (2005, p.32) que<br />
não aceitava com facilidade as regras e convenções que lhe eram impostas, entrando em<br />
atrito constantemente com a maioria de seus professores.<br />
Os principais produtos lançados por Trier nesse período foram os filmes de curta<br />
metragem “Nocturne” (1980) e “Liberation Pictures” (1982) que, de acordo com ele<br />
(2005, p.36) são exemplos das experimentações técnicas que ele buscava na época.<br />
Segundo Dubois (2004, p.149), Trier apresenta um cinema “Maneirista” ou “Pós<br />
Moderno”, que sente a necessidade de se reinventar, pois teria se iniciado após o<br />
estabelecimento e domínio das técnicas e linguagens do cinema.<br />
Fig 1. Lars von Trier em 1968.<br />
Fig 2. Lars von Trier nos anos 70.<br />
Fig 3. Lars von Trier nos anos 90.<br />
3