No. 22/1979
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pular e Esportes. A composicao da Delegacao<br />
marfiniana consta do Anexo I da presente Ata.<br />
A Delegacao da Republica Federativa do Brasil<br />
foi chefiada por Sua Excelencia o Senhor Embai-<br />
xador Ramiro Saraiva Guerreiro, Ministro das Re-<br />
lacoes Exteriores.<br />
As duas Partes manifestaram seu agrado ante os<br />
resultados que vem caracterizando as relacoes<br />
entre o Brasil e Costa do Marfim na area banca-<br />
ria, considerando positivo o papel desempenhado<br />
pelo Banco Real e pelo Banco do Brasil nesse se-<br />
tor. Demonstraram, igualmente, sua satisfacao<br />
pela inauguracao em Abidjan, em fevereiro do cor-<br />
rente ano, da primeira agencia do Banco do Bra-<br />
sil na Africa e pela realizacao, na mesma opor-<br />
tunidade, do Primeiro Simposio para o Fomento<br />
do Intercambio Comercial Brasil-Africa Ocidental.<br />
A Parte brasileira tomou nota favoravelmente de<br />
solicitacao marfiniana para a implantacao de ban-<br />
cos marfinianos no Brasil no espirito do princi-<br />
pio da reciprocidade, ficando entendido que deve<br />
ser caracterizado como banco comercial marfinia-<br />
no, instituicao bancaria em que o capital aciona-<br />
rio seja de pelo menos 51% (cinquenta e um por<br />
cento) marfiniano. O assunto sera objeto de estu-<br />
dos por parte dos orgaos competentes do Gover-<br />
no brasileiro. As duas Partes constataram com<br />
satisfacao a participacao do Brasil no Banco Afri-<br />
cano de Desenvolvimento e no Fundo Africano de<br />
Desenvolvimento, como Pais nao-regional, e con-<br />
sideram essa participacao fator relevante para o<br />
desenvolvimento das relacoes economicas e fi-<br />
nanceiras entre o Brasil e o Continente Africano.<br />
Considerando a importancia do setor de seguros<br />
como fator de dinamizacao das relacoes economi-<br />
cas bilaterais, a parte brasileira expressou inte-<br />
resse quanto a instalacao de empresas brasileiras<br />
de seguros, na Costa do Marfim. A parte marfi-<br />
niana acolheu favoravelmente a proposicao bra-<br />
sileira, que devera ser submetida as exigencias<br />
normativas prevalescentes na Costa do Marfim.<br />
A Parte brasileira tomou nota do interesse de-<br />
monstrado pela Parte marfiniana referente a so-<br />
licitacao de abertura de uma linha de credito<br />
em favor do Banco Nacional de Desenvolvimen-<br />
to Agricola da Costa do Marfim, no valor de<br />
US$ 10.000.000,00 (dez milhoes de dolares), fi-<br />
cando acertado que o assunto sera objeto de es-<br />
tudo por parte dos Orgaos competentes dos Ge<br />
vernos brasileiro e marfiniano.<br />
As duas Delegacoes procederam a avaliacao das<br />
relacoes economicas e comerciais entre os dois<br />
paises. Tal exame revelou que o esforco tanto<br />
dos Governos, quanto dos setores privados de<br />
cada pais, podera contribuir para a realizacao<br />
das potencialidades de cooperacao comercial e<br />
economica. Neste sentido, ambas as Partes mani-<br />
festaram a opiniao de que o intercambio comer-<br />
cial entre os dois paises deveria desenvolver-se<br />
de uma maneira equilibrada e dinamica. A Parte<br />
brasileira mostrou-se favoravel a organizar con-<br />
tatos com os setores publicos e privados no Bra-<br />
sil, visando a criar condicoes para o desenvolvi-<br />
mento de um esforco de promocao comercial mar-<br />
finiano no Brasil.<br />
As duas Partes convieram intercambiar experien-<br />
cia na area do planejamento governamental, no-<br />
meadamente no setor de tecnicas de planificacao.<br />
Conscientes da importancia desempenhada pelos<br />
centros de estudos e pesquisa no processo de de-<br />
senvolvimento economico e social dos paises em<br />
desenvolvimento, as duas Partes expressaram sua<br />
intencao de incrementar a cooperacao entre cen-<br />
tros de estudos e pesquisas marfinianas e brasi-<br />
leiras, com o proposito de utilizarem plenamente<br />
seus recursos humanos e fisicos.<br />
As duas Delegacaes manifestaram satisfacao pela<br />
recente assinatura de Protocolo de Entendimen-<br />
tos entre os dois paises, visando a normalizacao<br />
das relacoes de cooperacao para a implantacao<br />
da cultura de soja na Costa do Marfim. A Dele-<br />
gacao marfiniana deixou claro que a cultura de<br />
soja e essencial para o desenvolvimento agricola<br />
de seu pais. Assim sendo, considera o projeto de<br />
implantacao de cultura de soja na Costa do Mar-<br />
fim prioritario. A Delegacao brasileira tomou nota<br />
da solicitacao marfiniana e lembrou, nesse senti-<br />
do, que o assunto havia sido objeto do Protocolo<br />
de Acordo assinado em Brasilia, em 15 de agos-<br />
to de <strong>1979</strong>, pelo Ministro da Agricultura da Cos-<br />
ta do Marfim e pelo Ministro da Fazenda do<br />
Brasil. Da boa implementacao deste Programa<br />
depende a diversificacao ulterior da cooperacao<br />
no campo da agricultura.<br />
Documento digitalizado pela equipe de Mundorama - Divulgação Científica em Relações Internacionais (http://www.mundorama.net).