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A Estrutura do Sistema Capitalista Contemporâneo - Faap

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(...) a lógica ordena<strong>do</strong>ra e contraditória destes capitais centraliza<strong>do</strong>s é a de<br />

capital financeiro, compreendi<strong>do</strong> como a fusão das diferentes formas de riqueza<br />

ou genericamente, a fusão da forma lucro com a forma juros (...). São formas<br />

que operam a partir da lógica de capital financeiro latu senso. Trata-se <strong>do</strong><br />

pre<strong>do</strong>mínio de uma lógica financeira geral (...) nas decisões de investimento e de<br />

acumulação de capital (...) como nuclea<strong>do</strong>ra daqueles capitais centraliza<strong>do</strong>s em<br />

seu movimento estratégico. (BRAGA, 1996, p.91).<br />

Desse mo<strong>do</strong>, “da economia financeira, a crise se propagou para a economia real” em<br />

que a superprodução nos países emergentes e a especulação nos merca<strong>do</strong>s nacionais e<br />

internacionais foram elementos decisivos na caminhada em direção a uma crise (RAMONET,<br />

2008).<br />

Esses excedentes [comerciais e de reserva em dívidas] também vêm constituin<strong>do</strong><br />

a base de um processo de criação de „liquidez‟, isto é, de meios amplamente<br />

fictícios de financiamento de operações especulativas de alto rendimento<br />

(CHESNAIS, 2008, p).<br />

O repasse e a difusão em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, desses títulos vincula<strong>do</strong>s aos créditos<br />

concedi<strong>do</strong>s para pessoas que não estariam aptas a receber tal crédito, talvez tenha si<strong>do</strong> o<br />

estopim desencadea<strong>do</strong>r da crise. Há um enorme débito <strong>do</strong>s grandes bancos. Assistiu-se a<br />

criação <strong>do</strong>s interesses <strong>do</strong>s acionistas frente ao das empresas denomina<strong>do</strong> de “ditadura <strong>do</strong>s<br />

acionistas” (CHESNAIS, 2008)<br />

A resposta a esse dilema [superprodução] se encontra no poder de expansão <strong>do</strong><br />

crédito. É aí que o capitalismo contemporâneo encontra a demanda que permite<br />

realizar as exigências <strong>do</strong> valor acionário. Esse mecanismo atinge seu paroxismo<br />

nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. […] Empurran<strong>do</strong> para o alto os preços <strong>do</strong>s ativos<br />

patrimoniais, o crédito desconecta o consumo da renda disponível” (AGLIETTA<br />

e BERREBI apud CHESNAIS, 2007 ).<br />

Neste contexto de crises, muitas empresas e bancos quebraram e houve necessidade de<br />

a intervenção <strong>do</strong>s Governos Nacionais, para salvá-los a fim de não piorar a situação de falta<br />

de liquidez global, por meio de injeções monetárias na economia e estatizações de diversas<br />

empresas 32 .<br />

32 (1) Falência <strong>do</strong> Banco Lehman Brothers (2) quase falência da ex-maior segura<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> AIG que<br />

solicitou U$40 bilhões de dólares ao Banco Central <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s (3) (3) Compra total de U$ 200<br />

bilhões de dólares por parte <strong>do</strong> Governo Norte-Americano das empresas FNMA (Federal National<br />

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