3 Objetivos e Justificativas - Fiesp
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5 o Prêmio FIESP<br />
Conservação e Reúso de Água<br />
Várzea Paulista<br />
Gerente de Produção: André Gustavo de Andrade Monteiro<br />
Gerente de Meio Ambiente: Luiz Carlos Alvares Marques<br />
Coordenador de Produção: Vicente de Paulo Silva Júnior<br />
Engenheiro de Produção: Cássio Fernandes Machado Vetrenka
Índice<br />
1 - Identificação da Empresa 03<br />
2 - Processo Industrial 08<br />
3 - <strong>Objetivos</strong> e <strong>Justificativas</strong> 10<br />
4 - Descrição dos Projetos 11<br />
5 - Resultados Obtidos por Projeto 16<br />
6 - Resumo Geral 19<br />
7 - Considerações Finais 21<br />
8 - Anexos 22<br />
2
1 Identificação da Empresa<br />
1.1 Informações Gerais<br />
A Elekeiroz é uma grande empresa do ramo Petroquímico com mais de 100 anos de<br />
existência, controlada pela Itaúsa Industrial. Possui dois sites, sendo um situado em Várzea<br />
Paulista-SP, objeto deste projeto, onde são fabricados os produtos Anidrido Ftálico, Anidrido<br />
Maleico, Ácido Sulfúrico, Ácido Fumárico, Plastificantes, Resinas Poliéster, Formaldeído e<br />
Concentrado Uréia Formol. O outro site foi adquirido em 2002 e está situado no Pólo Petroquímico<br />
de Camaçari no estado da Bahia, onde são produzidos Álcoois de origem petroquímica (2-Eil,1-<br />
Hexanol, Normal Butanol e Isobutanol), Ácido 2-Etilhexanóico, Anidrido Ftálico e Plastificantes.<br />
1.2 Unidade de Várzea Paulista<br />
A empresa tem investido nos últimos anos na modernização e otimização das plantas.<br />
Todas as unidades hoje são controladas por SDCD (Sistema Digital de Controle Distribuído) e<br />
possuem equipamentos de tecnologia avançada na questão ambiental, como os incineradores<br />
catalíticos instalados nas unidades de Anidrido Maleico e de Formaldeído.<br />
Uma característica importante da unidade industrial de Várzea Paulista é a otimização<br />
energética, com o aproveitamento de vapor das unidades de Ácido Sulfúrico e Anidrido Maleico para<br />
a geração de energia elétrica. Atualmente, a Elekeiroz gera eletricidade através de dois turbo<br />
geradores, em quantidade suficiente para atender cerca de 66% da energia total consumida (base<br />
2009). A recuperação de calor de outras unidades em forma de vapor de baixa e média pressão<br />
permite a utilização do mesmo nos processos à partir de uma rede interna de distribuição,<br />
produzindo vapor através da queima de combustível somente em eventual necessidade.<br />
3
1.3 Sistemas de Gestão<br />
A empresa iniciou em abril de 2000 a implementação da certificação ISO 9000 de cada um<br />
dos seus processos produtivos, atingindo sucesso nesse objetivo, pois atualmente, todas as<br />
unidades produtivas possuem a certificação.<br />
Em meados da década de 90, a partir da participação do Grupo Itaúsa em missões de<br />
qualidade na Ásia, foi implantada a filosofia 5S, que deu origem a diversos programas participativos,<br />
hoje sob a designação geral de Programa Sustentar. Esse programa utiliza o conceito de melhoria<br />
contínua e visa principalmente a economia de energia elétrica, o uso consciente da água, a<br />
reciclagem, segurança, o trabalho em equipe e a valorização de sugestões dos empregados. A<br />
empresa também segue as diretrizes do Comitê de Sustentabilidade Ambiental, Social e Cultural do<br />
Grupo Itaúsa Industrial.<br />
A Elekeiroz é signatária do Programa Atuação Responsável desde de sua implementação<br />
no Brasil, em 1992, sendo este um programa mundial da indústria química, conduzido neste país<br />
pela ABIQUIM. Este programa visa atender de maneira abrangente as questões de segurança,<br />
saúde e meio ambiente, além de, atualmente, temas como responsabilidade social, qualidade e<br />
proteção empresarial.<br />
1.4 Gestão Ambiental<br />
A Elekeiroz possui um sistema de gestão ambiental alinhado com o Código de Proteção<br />
Ambiental do Programa Atuação Responsável, com a sua Política Ambiental e com a Política<br />
Ambiental do Grupo Itaúsa Industrial. Dentro do Programa de Sustentabilidade da Itaúsa Industrial,<br />
a Elekeiroz participa de comissões como a de Reciclagem, assim como do grupo de auditoria de<br />
prestadores de serviços ambientais. Além disso, passa por auditorias periódicas da gestão<br />
ambiental pela controladora. Possui uma equipe própria dedicada ao Meio Ambiente e Segurança<br />
do Trabalho, e participa ativamente da Comissão de Política Ambiental da ABIQUIM .<br />
1.5 Gestão de Utilidades<br />
A área de Utilidades é responsável pelo gerenciamento da água em todo o site da Elekeiroz.<br />
Esta atividade vai desde a captação da água no Rio Jundiaí, passando pelo tratamento para suas<br />
aplicações e distribuição.<br />
Além disso, a gestão de Utilidades é responsável pela geração e distribuição de energia,<br />
vapor, ar comprimido, gás natural e nitrogênio.<br />
4
1.5.1 Água<br />
Ações efetivas de racionalização no consumo de água são desenvolvidas desde 1999,<br />
obtendo redução no volume de água captada do Rio Jundiaí, em aproximadamente 20%. Outra<br />
ação importante é o projeto de recuperação de água pluvial. Foram captados em 2008 e 2009,<br />
3.761m³ de água de chuva.<br />
Dentro do Programa Sustentar, foi criada a CIEA (Comissão Interna de Economia de Água),<br />
para garantir a conscientização dos colaboradores a respeito da utilização do recurso água e gerir<br />
os projetos relativos ao tema.<br />
Os projetos mais recentes e as últimas ações implantadas, visando a economia de água,<br />
serão detalhadas neste relatório.<br />
1.5.2 Efluentes<br />
Em 2004 foi instalado um emissário particular de 4km para envio dos efluentes provenientes<br />
da Elekeiroz para tratamento na Estação de Tratamento de Efluentes de Jundiaí, projeto pioneiro<br />
intermunicipal. Dentro da gestão de minimização de efluentes das unidades, foi alcançada uma<br />
redução de aproximadamente 24%, desde a implantação do empreendimento.<br />
1.5.3 Eficiência Energética<br />
A empresa possui um sistema de geração interna de energia, tendo como base um turbo<br />
gerador alimentado pelo vapor da unidade de Ácido Sulfúrico. Em 2000, na ampliação e otimização<br />
da unidade de Anidrido Maleico, foi vislumbrada a oportunidade de aumentar a geração própria de<br />
energia a partir da recuperação energética obtida na instalação de um incinerador catalítico,<br />
destinado ao abatimento total das emissões atmosféricas da unidade (tecnologia de ponta em nível<br />
mundial). Como o vapor gerado no incinerador e nos reatores da planta é de alta pressão e<br />
superaquecido, possibilitou-se a instalação de um segundo sistema turbo gerador, aumentando<br />
expressivamente a geração de energia elétrica e atingindo a produção de acima de 70 % da energia<br />
elétrica necessária para o próprio consumo.<br />
Outro grande indicador do trabalho de eficiência energética é o resultado conseguido<br />
durante o período de racionamento de energia em 2001/2002, quando a empresa conseguiu uma<br />
economia superior a da meta estipulada no plano, disponibilizando 4300 MW ao mercado.<br />
5
1.5.4 Mudança da matriz energética<br />
Em 2003, foi realizada a substituição total da matriz energética do site por Gás Natural.<br />
Foram substituídos combustíveis como óleos 1 e 2A, óleo diesel e GLP das diversas unidades,<br />
como da caldeira de geração de vapor da área de Utilidades e até de áreas administrativas, como a<br />
cozinha industrial e o vestiário. O projeto, pioneiro na cidade de Várzea Paulista, consistiu na<br />
construção de um gasoduto de 4km do ramal da concessionária, em Jundiaí, até a Elekeiroz. Este<br />
projeto teve um expressivo ganho ambiental com a redução de poluentes como particulados, óxidos<br />
de enxofre e gás responsável pelo efeito estufa (CO2).<br />
1.6 Tecnologias Limpas<br />
A Elekeiroz investe muitos recursos no desenvolvimento de tecnologias mais limpas e<br />
modernas. A seguir, são citados alguns exemplos de aplicações de projetos que abordam essa<br />
questão:<br />
- Instalação de incinerador catalítico na chaminé da unidade de Anidrido Maleico, no ano de<br />
2000. O incinerador evita a emissão de substâncias orgânicas para a atmosfera, tendo também<br />
como benefício a geração de energia elétrica à partir de vapor;<br />
- Instalação de incinerador catalítico na chaminé da unidade de Formaldeído, no ano de<br />
1997. O incinerador catalítico da unidade de Formaldeído leva o nome de ECS (Emission Control<br />
System) e impede a emissão de substâncias orgânicas e monóxido de carbono para a atmosfera;<br />
- Instalação de selo flutuante, reduzindo as emissões evaporativas no tanque de benzeno,<br />
no ano de 2000;<br />
- Instalação de pós reator, misturador estático e ejetores a ar comprimido, no ano de 2006,<br />
reduzindo a emissão de substâncias orgânicas na unidade de Anidrido Ftálico;<br />
Fumárico.<br />
- Reutilização dos efluentes da planta de Anidrido Maleico para a produção de Ácido<br />
1.7 Outras Ações<br />
Foi realizado, em 2002, um projeto de revegetação, com plantio de árvores nativas na Serra<br />
do Japi, executado com o auxílio da ONG Associação Mata Ciliar.<br />
Outro trabalho de destaque que podemos citar é o realizado pela Comissão de Reciclagem<br />
dos Programas Participativos. Além da economia em termos de recursos naturais, a arrecadação na<br />
venda de papéis, copos e outros materiais recicláveis é revertida em benefício dos próprios<br />
funcionários, como por exemplo, na construção de um Centro de Convivência para atividades de<br />
lazer.<br />
6
1.8 Comunidade<br />
A empresa tem desenvolvido nos últimos anos ações efetivas junto à Comunidade de<br />
Várzea Paulista. Alguns exemplos são: a participação ativa na Agenda 21 junto à Prefeitura do<br />
Município; os eventos internos na Semana do Meio Ambiente e SIPAT, com a participação da<br />
comunidade de entorno em palestras, como economia de energia, água e segurança no lar.<br />
Como destaque, a Elekeiroz patrocinou em 2008 um programa de educação ambiental,<br />
denominado Planeta Água, destinado a alunos da rede pública de Várzea Paulista (1.700 alunos).<br />
Formado por um espetáculo teatral e oficinas de arte, o projeto promoveu a conscientização e<br />
educação dos alunos para a redução do consumo e preservação dos recursos naturais, em especial<br />
a água e a mata atlântica.<br />
1.9 Participações<br />
A Elekeiroz, através de seus programas ambientais, realizou apresentações em diversos<br />
eventos, tais como: Semana da Engenharia Química na UNICAMP; 1º Encontro do Pólo Hidroviário<br />
de Araçatuba; Programa ECOAR da TV Educativa de Jundiaí; Workshop de Tecnologias Mais<br />
Limpas da ABIQUIM; Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí; entre<br />
outros.<br />
1.10 Reconhecimento<br />
A Elekeiroz teve reconhecido e publicado em 2002, pela Cetesb, dois casos de sucesso de<br />
Produção Mais Limpa: a instalação de um incinerador catalítico com recuperação de energia na<br />
unidade de Anidrido Maleico, e o reúso dos efluentes da unidade Anidrido Maleico para a fabricação<br />
de ácido fumárico. Em 2004, recebeu um prêmio da revista Tintas e Vernizes, na categoria<br />
Responsabilidade Social – Ambiental, pela construção do emissário de efluentes.<br />
Em 2008, recebeu a menção honrosa no 15º Prêmio FIESP de Mérito Ambiental, com o<br />
projeto ambiental da unidade de Anidrido Ftálico, que se divide nas seguintes etapas: mudança da<br />
matriz energética, instalação de misturador estático, pós-reator e ejetores a ar comprimido em<br />
tanques de Anidrido Ftálico, além da adequação da coluna de destilação da unidade.<br />
7
2 Processo Industrial<br />
Na unidade industrial de Várzea Paulista, a Elekeiroz produz diversos produtos químicos,<br />
que são divididos em sete unidades: Ácido Sulfúrico, Anidrido Ftálico, Anidrido Maleico, Resinas<br />
Poliéster, Formol, Plastificantes e Ácido Fumárico. Para estes processos, a Elekeiroz produz três<br />
tipos de água, denominadas Água Industrial, Água Desmineralizada e Água Potável, que são<br />
utilizadas para o sistema de resfriamento, sistema de geração de vapor e na incorporação de<br />
produtos.<br />
Na Figura 2.1, temos um diagrama do sistema de tratamento e distribuição da água na<br />
Elekeiroz, assim como o sistema de recuperação de água, proveniente do processo e da água de<br />
chuva. Esta água de recuperação é enviada para o início do tratamento, através de uma estocagem<br />
intermediária, denominada caixa de reposição.<br />
Captação de<br />
Água Potável<br />
Poços 01 e 02<br />
Captação de<br />
Água de Chuva<br />
Captação de<br />
Água Bruta do<br />
Rio Jundiaí<br />
2.1 Água Industrial<br />
Reservatório de<br />
Água Potável<br />
Caixa de<br />
Reposição<br />
Estação de<br />
Tratamento I<br />
Estação de<br />
Tratamento II<br />
Estação de<br />
Tratamento III<br />
Tratamento e Distribuição de Água<br />
Água Recuperada do Processo<br />
8<br />
Filtro de Carvão<br />
Ativado<br />
Estocagem de<br />
Água Industrial<br />
Figura 2.1: Diagrama de blocos do sistema de produção de água da Elekeiroz.<br />
Caixas d’água<br />
Produção de<br />
Água<br />
Desmineralizada<br />
Sistema de<br />
Resfriamento<br />
Incorporação de<br />
Água no<br />
Processo<br />
A água bruta, inicialmente, é captada do Rio Jundiaí continuamente através de um sistema<br />
de bombeamento, e em seguida, recebe uma dosagem de solução de hipoclorito de sódio, visando<br />
a oxidação da carga orgânica.
Água<br />
Industrial<br />
A água captada é distribuída entre três estações de tratamento, denominadas ETA I, ETA II<br />
e ETA III. Nestas estações, realiza-se a clarificação da água com sulfato de alumínio e polieletrólito,<br />
com o objetivo de coagular e flocular os sólidos suspensos.<br />
A água clarificada segue para os decantadores, onde ocorre a deposição dos flóculos, e<br />
posteriormente, é filtrada nos leitos de areia. Na seqüência, é feita a correção de pH, e a água, que<br />
passa a ser denominada água industrial, segue para os reservatórios de onde é distribuída para as<br />
unidades fabris para uso nos sistemas de resfriamento e incorporação no produto.<br />
2.2 Água Desmineralizada<br />
A água desmineralizada é utilizada para geração de vapor nos processos industriais e na<br />
incorporação de produtos. A Elekeiroz possui dois sistemas de tratamento de desmineralização de<br />
água (Figura 2.2.1), o Sistema de Desmineralização A e o Sistema de Desmineralização B, que<br />
consistem na passagem por um filtro de carvão, que tem como função reter o cloro livre presente na<br />
água, além de ser uma barreira mecânica para reter impurezas; em seguida, a água passa pelos<br />
vasos de resina catiônica e aniônica, onde ocorre a retenção dos cátions e ânions, produzindo,<br />
assim, água desmineralizada.<br />
Neste processo existe um tempo de campanha específico, em que o sistema<br />
desmineralizador permanece em funcionamento até que as resinas dos vasos se saturem. Esta<br />
saturação é constatada quando a qualidade de água na saída do vaso aniônico e/ou catiônico já<br />
não atinge algum dos parâmetros de qualidade definidos (condutividade, pH, dureza e sílica). Neste<br />
momento, o processo é parado para a regeneração dos leitos e lavagem do filtro de carvão. No<br />
processo de regeneração são utilizadas soluções de ácido sulfúrico e solução de hidróxido de sódio,<br />
nos vasos catiônicos e aniônicos, respectivamente. As soluções utilizadas nas regenerações geram<br />
efluentes.<br />
Filtro de Carvão<br />
Desclorador<br />
Vaso de Resina<br />
Catiônica<br />
9<br />
Vaso de Resina<br />
Aniônica<br />
Figura 2.2.1: Diagrama de blocos do sistema de desmineralização de água da Elekeiroz.<br />
2.3 Água Potável<br />
Água<br />
Desmineralizada<br />
A água para fins potáveis é captada de dois poços artesianos. Em seguida, é bombeada<br />
para um reservatório principal, onde se adiciona uma solução de hipoclorito de sódio, visando a<br />
oxidação da matéria orgânica presente. Posteriormente, é filtrada em um filtro de carvão, com o<br />
intuito de reter o cloro livre. A partir do filtro, a água é distribuída para todas as caixas d’água da<br />
unidade. O controle de qualidade realizado segue os parâmetros da portaria 518 do Ministério da<br />
Saúde.
3 <strong>Objetivos</strong> e <strong>Justificativas</strong><br />
Todas as medidas e modificações realizadas na Estação de Tratamento de Água visaram a<br />
redução da captação da água do Rio Jundiaí, bem como a diminuição da geração de efluentes.<br />
O trabalho envolveu a conscientização de todos os colaboradores quanto à importância<br />
deste recurso, ao seu uso racional e ao reaproveitamento de efluentes, sendo as principais<br />
melhorias apresentadas na Tabela 3.1.<br />
Número do<br />
Projeto<br />
01<br />
02<br />
03<br />
04<br />
05<br />
06<br />
07<br />
08<br />
09<br />
Tabela 3.1: Apresentação e descrição das melhorias adotadas.<br />
Projeto<br />
Aproveitamento da água da<br />
chuva<br />
Reúso dos efluentes da<br />
expansão do Vaso Catiônico<br />
Reúso dos efluentes da<br />
lavagem rápida do Sistema<br />
Desmineralizador<br />
Reúso dos efluentes da<br />
lavagem do Filtro de Carvão<br />
Reúso dos efluentes da<br />
lavagem do Filtro de Carvão<br />
de Água Potável<br />
Reúso dos efluentes da<br />
bancada de análises da<br />
Estação de Tratamento de<br />
Água<br />
Reúso da água de partida<br />
das bombas dos poços<br />
artesianos<br />
Padronização das descargas<br />
de fundo das Estações de<br />
Tratamento de Água<br />
Ações e campanhas de<br />
conscientização de<br />
funcionários<br />
10<br />
<strong>Objetivos</strong> e<br />
<strong>Justificativas</strong><br />
Aproveitamento da água<br />
captada da chuva e<br />
diminuição do volume<br />
captado do Rio Jundiaí<br />
Diminuição do volume de<br />
água captada do rio e da<br />
geração de efluentes<br />
Diminuição do volume de<br />
água captada do rio e da<br />
geração de efluentes<br />
Diminuição do volume de<br />
água captada do rio e da<br />
geração de efluentes<br />
Diminuição do volume de<br />
água captada dos poços<br />
artesianos<br />
Diminuição do volume de<br />
água captada do rio e da<br />
geração de efluentes<br />
Diminuição do desperdício<br />
de água no sistema de água<br />
potável<br />
Evitar o desperdício de água<br />
durante as descargas de<br />
fundo<br />
Criar com os colaboradores<br />
a filosofia de consumo<br />
consciente<br />
Resultados Obtidos<br />
Aproveitamento de água de<br />
chuva, de uma área de<br />
950m 2 , totalizando 3.800m³<br />
entre 2008 e 2009<br />
Reúso de 1.300m³ de<br />
efluentes entre 2008 e 2009.<br />
Reúso de 5.200m³ de<br />
efluentes entre 2008 e 2009.<br />
Reúso de 7.000m³ de<br />
efluentes entre 2008 e 2009.<br />
Reúso de 7.000m³ de<br />
efluentes entre 2008 e 2009.<br />
Reúso de 100% dos<br />
efluentes das análises<br />
realizadas na Estação de<br />
Tratamento de Água<br />
Aproveitamento total da<br />
água retirada dos poços<br />
artesianos<br />
Redução de tempo e<br />
freqüência das descargas de<br />
fundo, minimizando o<br />
desperdício de água<br />
Otimização e redução do<br />
consumo de água, e geração<br />
de efluentes
4 Descrição dos Projetos<br />
4.1 Aproveitamento da Água da Chuva<br />
Este projeto foi dividido em duas partes, sendo uma delas o reúso da água de chuva de<br />
alguns telhados direcionado para o início do tratamento e a outra parte, o reúso da água de chuva<br />
do telhado do prédio administrativo como água tratada (industrial).<br />
A primeira parte do projeto, consiste em algumas modificações, como adequação e<br />
direcionamento de galerias, tubulações e calhas, para a captação da água da chuva dos telhados<br />
dos prédios do setor de Utilidades e do estacionamento de veículos, e direcionamento para a caixa<br />
de reposição. Desta, a água é bombeada para a entrada da Estação de Tratamento de Água,<br />
passando pelo tratamento e sendo disponibilizada como água industrial e/ou água desmineralizada.<br />
Na segunda parte do projeto para recuperar a água de chuva, foi realizada a extensão da<br />
galeria que coleta água das calhas do prédio administrativo, reaproveitando este volume para a<br />
caixa de água tratada (industrial). Foram realizadas análises ao longo do período de chuvas, e<br />
constatou-se que esta água possui uma qualidade que atende os parâmetros para ser utilizada<br />
como água industrial. Em função disso, a água da chuva captada do prédio administrativo não<br />
passa por tratamento.<br />
de chuva.<br />
Na Figura 4.1.1 pode-se verificar as áreas impermeáveis, onde temos recuperação da água<br />
Almoxarifado<br />
Estacionamento<br />
Sala de Controle da<br />
Estação de<br />
Tratamento de Água<br />
Caixa de Reposição<br />
Água de chuva direcionada para a caixa de reposição<br />
Água de chuva direcionada para o reservatório de água industrial<br />
11<br />
Estação de<br />
Tratamento de Água<br />
Figura 4.1.1: Diagrama representativo das áreas onde a chuva é recuperada.<br />
4.2 Reúso dos Efluentes da Expansão do Vaso Catiônico<br />
Prédio Administrativo<br />
Reservatório de Água<br />
Industrial<br />
No Sistema Desmineralizador é realizado um processo de descompactação da resina<br />
catiônica, com a função de aumentar a superfície de contato e melhorar a troca iônica. Neste<br />
processo é utilizada água industrial, que gera efluentes com poucos contaminantes e turbidez<br />
abaixo da especificação.
Foram realizadas adequações no descarte desse efluente, com o objetivo de reaproveitá-lo<br />
na entrada da Estação de Tratamento de Água, através do direcionamento de uma canaleta para a<br />
caixa de reposição.<br />
4.3 Reúso dos Efluentes da Lavagem Rápida do Sistema Desmineralizador<br />
Durante a regeneração do Sistema Desmineralizador (Figura 4.3.1), é realizado o<br />
procedimento de lavagem rápida, que consiste na utilização de água industrial para eliminar<br />
resíduos de hidróxido de sódio e ácido sulfúrico, que possam estar presentes nas resinas.<br />
Anteriormente ao projeto, a água utilizada para este procedimento era enviada para a rede de<br />
efluentes.<br />
No entanto, após análises feitas pelo laboratório, verificou-se que, com a qualidade<br />
apresentada por este efluente, era possível a recuperação no início da Estação de Tratamento de<br />
Água. Portanto, foram realizadas algumas modificações nas canaletas ao redor dos leitos e a<br />
instalação de uma tubulação de PVC para interligar a antiga canaleta de efluentes com a canaleta<br />
direcionada à caixa de reposição.<br />
Figura 4.3.1: Sistema Desmineralizador. Em detalhe o ponto de recuperação de água.<br />
12
4.4 Reúso dos Efluentes da Lavagem do Filtro de Carvão<br />
Os filtros de carvão têm como principal função retirar o cloro livre presente na água<br />
industrial, além de atuar como barreira mecânica para sólidos suspensos, que interferem na<br />
produção de água desmineralizada.<br />
Após uma campanha do Sistema Desmineralizador, ocorre a saturação do leito de carvão<br />
do filtro, sendo necessário um procedimento de retrolavagem. Este procedimento é realizado com<br />
água industrial, sendo que o efluente gerado possui qualidade dentro dos parâmetros para ser<br />
utilizado como água bruta. Portanto, ao invés de enviá-lo para a rede de efluentes, verificou-se a<br />
viabilidade do direcionamento desta água para a caixa de reposição.<br />
Foram realizadas adequações nas tubulações de lavagem para direcionar este efluente<br />
para a caixa de reposição.<br />
4.5 Reúso dos Efluentes da Lavagem do Filtro de Carvão de Água Potável<br />
Durante a operação, ocorre a saturação do filtro de carvão ativo para água potável, sendo<br />
necessário um procedimento de lavagem, onde é utilizada água potável para fazer a limpeza do<br />
carvão. Esta lavagem gera um efluente com qualidade dentro dos parâmetros para ser utilizado<br />
como água bruta. Portanto, ao invés de enviá-lo para a rede de efluentes, verificou-se também a<br />
viabilidade do direcionamento do mesmo para a caixa de reposição.<br />
4.6 Reúso dos Efluentes da Bancada de Análises da ETA<br />
Na bancada do laboratório da ETA, são realizadas as análises de qualidade das águas de<br />
todo o sistema de tratamento e distribuição. Após essas análises, as vidrarias de laboratório são<br />
lavadas. Com este projeto, foi realizada uma modificação na bancada para que o efluente gerado<br />
nessa lavagem fosse desviado para a caixa de reposição, reaproveitando o mesmo como água<br />
bruta.<br />
4.7 Reúso da Água de Partida das Bombas dos Poços Artesianos<br />
Na partida das bombas dos poços artesianos, a água captada no início era descartada por<br />
conter uma qualidade inferior a requerida para uso potável. Verificou-se, através da realização de<br />
análises, que essa água possui uma qualidade para ser utilizada como água bruta. Para essa<br />
recuperação, foi realizada uma instalação com tubulação de PVC, que possibilita o direcionamento<br />
da água para a caixa de reposição.<br />
13
4.8 Padronização das Descargas de Fundo das Estações de Tratamento<br />
No tratamento de água, na etapa de decantação, ocorre um acúmulo de lodo no fundo dos<br />
tanques, que deve ser retirado através das descargas de fundo.<br />
A quantidade de lodo gerada não é constante, devido a grande variação de turbidez da<br />
água captada do Rio Jundiaí. Sendo assim, quanto maior a turbidez da água do rio, maior a geração<br />
de lodo nos decantadores. Da mesma forma, quando a turbidez da água do rio é menor, gera-se<br />
uma menor quantidade de lodo.<br />
Após estas observações, foi constatado que o volume das descargas de fundo era<br />
constante, e que se descartava muita água quando havia pouca geração de lodo. Para evitar o<br />
descarte excedente, foram realizadas modificações nos equipamentos do sistema de descargas de<br />
fundo, possibilitando o controle do tempo entre as descargas, através de temporizadores<br />
eletrônicos. Foi desenvolvido um novo procedimento, a partir da relação entre o tempo de descarga<br />
com os valores de turbidez e vazão de entrada de água bruta nas ETA’s, possibilitando a<br />
padronização destas descargas.<br />
4.9 Ações e Campanhas de Conscientização de Funcionários<br />
Através do programa participativo Sustentar (Figuras 4.9.1) foi criada a CIEA (Comissão<br />
Interna de Economia de Água), formada por representantes de todas as unidades fabris e<br />
administrativas.<br />
Esta comissão tem como objetivo a conscientização de funcionários e o desenvolvimento de<br />
melhorias que contribuam para a economia e uso racional da água, minimizando também a geração<br />
de efluentes em todas as unidades.<br />
A Figura 4.9.2 ilustra uma campanha de conscientização realizada através da CIEA em<br />
Outubro de 2009, com o intuito de criar a filosofia de consumo consciente nos colaboradores e<br />
terceiros da empresa.<br />
14
Figura 4.9.1: Cartaz do programa participativo Sustentar.<br />
Figura 4.9.2: Cartaz de conscientização da utilização de água.<br />
15
5 Resultados Obtidos por Projeto<br />
5.1 Aproveitamento da Água da Chuva<br />
A área total do projeto para aproveitamento de água da chuva equivale a uma superfície<br />
impermeabilizada de 950m 2 , correspondente à área de todo o telhado do prédio administrativo,<br />
telhado do estacionamento de veículos, uma parte do almoxarifado, e às calçadas e telhados da<br />
Estação de Tratamento de Água.<br />
A execução do projeto foi dividida em duas partes: primeiramente, foi direcionada a galeria<br />
de água em torno da área da ETA para a caixa de reposição. Esta adequação teve um custo<br />
aproximado de R$2.300,00.<br />
Para a segunda parte, foi realizada toda a adequação das canelas do prédio administrativo,<br />
onde foi direcionada a água de chuva para a caixa de água já tratada (industrial). Esta modificação<br />
teve um custo de R$2.000,00.<br />
O volume de água captada da chuva é verificado por um pluviômetro e pela área<br />
impermeabilizada onde ocorre a captação. O volume médio de água da chuva captada é de 150m³<br />
por mês (Figura 5.1.1).<br />
Do volume total de água de chuva captada, 40% não necessita de tratamento e 60%<br />
necessita de menos tratamento, ou seja, devido a este projeto, tem-se uma economia média mensal<br />
de R$50,00 em tratamento. O retorno sobre o valor investido ocorrerá em 8 anos. Apesar do pouco<br />
retorno financeiro, existe um grande benefício ambiental, pois se deixa de captar aproximadamente<br />
1.800m³ de água do Rio Jundiaí por ano.<br />
Água de Chuva Captada - 2008 / 2009<br />
400<br />
350<br />
300<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
jan/08<br />
fev/08<br />
mar/08<br />
abr/08<br />
mai/08<br />
jun/08<br />
jul/08<br />
ago/08<br />
set/08<br />
out/08<br />
nov/08<br />
dez/08<br />
Figura 5.1.1: Volume de água de chuva captada (m³) nos anos de 2008 e 2009.<br />
16<br />
jan/09<br />
fev/09<br />
mar/09<br />
abr/09<br />
mai/09<br />
jun/09<br />
jul/09<br />
ago/09<br />
Água de Chuva Captada m³<br />
set/09<br />
out/09<br />
nov/09<br />
dez/09
5.2 Reúso dos Efluentes da Expansão do Vaso Catiônico<br />
O tempo utilizado na etapa de expansão no processo de regeneração varia entre 20 e 40<br />
minutos. Assumindo um tempo médio de 30 minutos e a bomba com a vazão de 15m³/h, teremos<br />
uma recuperação de 7,5m³ por regeneração. Entre 2008 e 2009, tivemos uma média mensal de 13<br />
regenerações, o que equivale a 97,5m³ por mês de efluentes recuperado.<br />
Para esta adequação, tivemos um custo de implantação R$332,00. Considerando o custo<br />
com a economia no tratamento de efluentes e com a recuperação de água, teremos uma economia<br />
mensal de aproximadamente R$917,00, ou seja, o retorno sobre o valor investido ocorrerá em<br />
menos de 1 mês.<br />
5.3 Reúso dos Efluentes da Lavagem Rápida do Sistema Desmineralizador<br />
No procedimento de lavagem rápida da regeneração do sistema de desmineralização, foi<br />
verificado o consumo de aproximadamente 4,0m³. Mensalmente, são realizados aproximadamente<br />
80 procedimentos de lavagem rápida, e isto significa uma recuperação de 320m³ de efluentes por<br />
mês.<br />
Nesta modificação, o custo de implantação foi de R$318,00. Considerando o custo com a<br />
economia no tratamento de efluentes e com a recuperação de água, teremos uma economia mensal<br />
de aproximadamente R$3.000,00, ou seja, o retorno sobre o investimento ocorrerá em menos de 1<br />
mês.<br />
5.4 Reúso dos Efluentes da Lavagem do Filtro de Carvão<br />
O tempo utilizado no procedimento de retrolavagem do filtro de carvão é de 25 minutos, com<br />
uma vazão de 17m³/h. Isto corresponde a um valor aproximado de 7m³ por retrolavagem.<br />
Mensalmente, são feitos 3 procedimentos de retrolavagem neste filtro, o que equivale a 21m³ de<br />
efluentes recuperado.<br />
Nesta modificação, o custo de implantação foi de R$380,00. Considerando o custo com a<br />
economia no tratamento de efluentes e com a recuperação de água, teremos uma economia mensal<br />
de aproximadamente R$210,00, ou seja, o retorno sobre o investimento ocorrerá em,<br />
aproximadamente, 2 meses.<br />
17
5.5 Reúso dos Efluentes da Lavagem do Filtro de Carvão de Água Potável<br />
De acordo com o procedimento adotado, o equipamento deve ser retrolavado uma vez a<br />
cada 8 horas. A vazão desta corrente é de 11,80m 3 /h, e o tempo de retrolavagem é 15 minutos, e<br />
portanto, o volume de água reaproveitada neste caso é de 3,31m 3 por retrolavagem, resultando em,<br />
aproximadamente, 300m³ de água recuperada por mês.<br />
Por ser uma água que se enquadra nos parâmetros de qualidade da água industrial,<br />
teremos uma economia com tratamento de R$96,00/mês. O custo para implantação deste processo<br />
foi de R$350,00, ou seja, o retorno do investimento ocorrerá em 4 meses.<br />
5.6 Reúso dos Efluentes da Bancada de Análises da ETA<br />
Verificando a lavagem de vidraria na bancada de análises, foi levantado um volume de 150<br />
litros por dia de geração de efluentes. O custo de implantação para reaproveitar este efluente foi de<br />
R$50,00.<br />
A economia gerada com esta modificação foi de R$15,00 por mês, gerando um retorno do<br />
investimento em pouco mais de 3 meses.<br />
5.7 Reúso da Água de Partida das Bombas dos Poços Artesianos<br />
O procedimento de drenagem da primeira água durante a partida dos poços é realizada<br />
uma vez ao dia. Foi constatado, através de medição, um volume médio de 0,17m 3 /dia. A água é<br />
enviada para a caixa de recalque e posteriormente, bombeada para as ETA’s, onde recebe o<br />
tratamento, diminuindo o volume de água bruta captada do Rio Jundiaí. O custo de implantação foi<br />
de R$100,00.<br />
5.8 Padronização das Descargas de Fundo das ETA’s<br />
Nenhuma obra foi realizada para a padronização das descargas de fundo, sendo necessária<br />
apenas a elaboração de um estudo otimizando o procedimento operacional das descargas.<br />
Houve uma otimização no tempo entre as descargas de fundo, que proporcionou uma<br />
economia de água industrial de 650m³ por mês, diminuindo a geração de efluentes na mesma<br />
quantidade. Com essa redução, tivemos uma economia de aproximadamente R$6.100,00 por mês.<br />
18
6 Resumo Geral<br />
6.1 Volume Total de Água Reutilizada<br />
Os projetos realizados na Estação de Tratamento de Água alcançaram uma redução no<br />
volume de água captada do Rio Jundiaí, que são mostradas na Tabela 6.1.1.<br />
Número do<br />
Projeto<br />
Tabela 6.1.1: Reduções alcançadas em cada projeto.<br />
Projeto<br />
19<br />
Volume<br />
Recuperado<br />
(m³/ano)<br />
Custo de<br />
Implantação<br />
(R$)<br />
Retorno<br />
Financeiro<br />
(R$/ano)<br />
01 Aproveitamento da água da chuva 1.800 4.300 580<br />
02<br />
03<br />
04<br />
05<br />
06<br />
07<br />
08<br />
09<br />
Reúso dos efluentes da expansão do Vaso<br />
Catiônico<br />
Reúso dos efluentes da lavagem rápida do<br />
Sistema Desmineralizador<br />
Reúso dos efluentes da lavagem do Filtro de<br />
Carvão<br />
Reúso dos efluentes da lavagem do Filtro de<br />
Carvão de Água Potável<br />
Reúso dos efluentes da bancada de análises<br />
da Estação de Tratamento de Água<br />
Reúso da água de partida das bombas dos<br />
poços artesianos<br />
Padronização das descargas de fundo das<br />
Estações de Tratamento de Água<br />
Ações e campanhas de conscientização de<br />
funcionários<br />
1176 332 11.000<br />
3840 318 36.000<br />
264 380 2.500<br />
3.600 350 1.150<br />
60 50 550<br />
60 100 20<br />
7800 - 73.200<br />
- 500 -<br />
TOTAL 18.600 6.330 125.000<br />
O projeto como um todo, resultou numa economia de 1.550m 3 /mês, ou 18.600m 3 /ano de<br />
redução no volume de água captada do Rio Jundiaí. Isto equivale, a 2,4% de redução no total do<br />
volume de água, tendo-se como base o valor médio de 780.000m 3 /ano de captação de água do Rio<br />
Jundiaí.<br />
Considerando um consumo per capita de 100 litros de água por dia, a economia gerada<br />
através destes projetos seria o suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 190.000<br />
habitantes por um dia.
6.2 Redução da Geração de Efluentes<br />
Os projetos implementados também objetivaram a redução na geração de efluentes, exceto<br />
o projeto de aproveitamento da água da chuva.<br />
As reduções alcançadas são mostradas na Tabela 6.2.1.<br />
Número do<br />
Projeto<br />
Tabela 6.2.1: Reduções alcançadas na emissão de efluentes.<br />
Projeto<br />
20<br />
Redução dos<br />
Efluentes<br />
(m 3 /ano)<br />
Redução dos<br />
Efluentes<br />
01 Aproveitamento da água da chuva - -<br />
02<br />
03<br />
04<br />
05<br />
06<br />
07<br />
08<br />
09<br />
Reúso dos efluentes da expansão do Vaso<br />
Catiônico<br />
Reúso dos efluentes da lavagem rápida do<br />
Sistema Desmineralizador<br />
Reúso dos efluentes da lavagem do Filtro de<br />
Carvão<br />
Reúso dos efluentes da lavagem do Filtro de<br />
Carvão de Água Potável<br />
Reúso dos efluentes da bancada de<br />
análises da Estação de Tratamento de Água<br />
Reúso da água de partida das bombas dos<br />
poços artesianos<br />
Padronização das descargas de fundo das<br />
Estações de Tratamento de Água<br />
Ações e campanhas de conscientização de<br />
funcionários<br />
TOTAL 16.800<br />
(%)<br />
1.176 100<br />
3.840 100<br />
264 100<br />
3.600 100<br />
60 100<br />
60 100<br />
7.800 40<br />
- -<br />
Além de reduzir o volume de captação de água do Rio Jundiaí, com o aumento da<br />
porcentagem de água de reutilização, obteve-se uma grande redução nos volumes lançados como<br />
efluentes. O volume total de redução de efluentes foi de 16.800m³ por ano.
7 Considerações Finais<br />
Baseando-se no ideal do desenvolvimento sustentável, a Elekeiroz demonstra sua<br />
preocupação com o meio ambiente, através da adoção de medidas que visam a preservação e<br />
reutilização do recurso água, garantindo um futuro melhor não só para a geração atual, como para<br />
as gerações futuras.<br />
Projetos como esse envolvem ações de fácil implementação, sendo necessário apenas<br />
criatividade e visão crítica dos colaboradores, além de serem aplicáveis a qualquer tipo de indústria<br />
onde exista tratamento de água.<br />
Os benefícios conquistados são bastante positivos, tanto do ponto de vista de preservação<br />
do meio ambiente, com reduções na captação de água do Rio Jundiaí e na emissão de efluentes,<br />
quanto no âmbito financeiro, com uma economia de, aproximadamente, R$125.000 por ano.<br />
Além disso, existe um benefício gerado pela economia e uso racional da água que não<br />
podemos quantificar, que provém da conscientização dos funcionários e colaboradores da<br />
necessidade de um desenvolvimento sustentável. Este retorno intangível reforça o conceito de<br />
responsabilidade social da Elekeiroz com a comunidade.<br />
21
8 Anexos<br />
Anexo 1 - Política da Qualidade<br />
Anexo 2 - Política Ambiental<br />
Anexo 3 - Certificado de compromisso do Programa Atuação Responsável – Abiquim<br />
22