Dissertação em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />
3.1 Jatropha curcas L.<br />
3.1.1 Botânica<br />
Jatropha curcas é conhecido na botânica como pinhão manso. Possui outros<br />
nomes populares, como purgueira, grão maluco, pinhão <strong>de</strong> purga e pinhão do<br />
Paraguai. Pertence à família das euforbiáceas (CORTESÃO, 1956; PEIXOTO,<br />
1973).<br />
Diversos autores tentaram <strong>de</strong>finir a orig<strong>em</strong> do pinhão manso, porém a fonte<br />
permanece controversa (HELLER, 1996). Cortesão (1956) e Peixoto (1973) afirmam<br />
<strong>em</strong> suas obras que a espécie é oriunda da América do Sul, do Brasil e ainda das<br />
Antilhas, tendo sido introduzido por navegadores portugueses, <strong>em</strong> fins do século<br />
XVIII, nas ilhas <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong> e <strong>em</strong> Guiné, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> mais tar<strong>de</strong> foi difundido pelo<br />
continente africano, estando atualmente diss<strong>em</strong>inado e conhecido <strong>em</strong> todo o mundo<br />
(GUIMARÃES, 2008).<br />
O pinhão manso é um arbusto que atinge <strong>de</strong> dois a cinco metros <strong>de</strong> altura. O<br />
diâmetro do tronco po<strong>de</strong> chegar a vinte centímetros. Possui raízes curtas e pouco<br />
ramificadas (PEIXOTO, 1973).<br />
Seu tronco é cinzento-castanho, esver<strong>de</strong>ado, dividido <strong>em</strong> ramos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a raiz<br />
(CORTESÃO, 1956). Seu lenho é mole e a medula <strong>de</strong>senvolvida (PEIXOTO, 1973).<br />
Nos seus vasos lactíferos circula um látex, que é expelido <strong>em</strong> gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s<br />
e serve para cicatrização <strong>de</strong> ferimentos (FACT FOUNDATION, 2010).<br />
As folhas são caducas, esparsas, largas, alternas e palminervadas.<br />
Possu<strong>em</strong> três a cinco lóbulos, com recortes <strong>em</strong> ângulo obtuso, que terminam com a<br />
ponta aguda. Têm cor ver<strong>de</strong> com nervuras esbranquiçadas e salientadas na parte<br />
inferior. Seus pecíolos são longos e esver<strong>de</strong>ados, e no fim da estação seca ca<strong>em</strong><br />
(CORTESÃO, 1956; PEIXOTO, 1973).<br />
A espécie é monoica com flores díclinas, sendo as flores <strong>de</strong> coloração<br />
amarela ou ver<strong>de</strong>. As flores masculinas encontram-se na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> e são mais<br />
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