1.2. Título do Projeto: VIOLÊNCIA SEXUAL E SAÚDE ... - fapesc
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2 DESCRIÇÃO DA PESQUISA, RESULTADOS E IMPACTOS<br />
2.1 Resumo da pesquisa (até 500 palavras, espaço simples, fonte times new roman, tamanho<br />
A violência contra a mulher tem si<strong>do</strong> considerada um problema de saúde pública, no entanto, a atenção a homens<br />
autores de violência ainda é reduzida, em comparação a programas destina<strong>do</strong>s às vítimas de agressão.<br />
Diante deste contexto, o núcleo de pesquisas Margens/UFSC, em parceria com outras universidades brasileiras, buscou<br />
investigar programas latino-americanos de atenção a homens autores de violência.<br />
Este relatório final compreende os resulta<strong>do</strong>s desta investigação, realizada entre os anos de 2006 e 2007, intitulada<br />
“Violência Sexual e Saúde Mental: análise <strong>do</strong>s programas de atendimento a homens autores de violência sexual” que<br />
teve o objetivo de analisar meto<strong>do</strong>logias de atendimento latino-americanas a homens autores de violência sexual e a<br />
elaboração de um perfil sócio-demográfico destes na cidade de Florianópolis/SC. A pesquisa realizada teve a intenção<br />
de fornecer subsídios às políticas públicas para redução da violência sexual praticada contra a mulher, a partir de uma<br />
análise crítica das atuais propostas, traçan<strong>do</strong> uma nova perspectiva de trabalho com enfoque na população masculina.<br />
Esteve inspirada, por um la<strong>do</strong>, nas atuais diretrizes <strong>do</strong> governo brasileiro para redução da violência contra as mulheres e<br />
por outro, nas atuais políticas públicas brasileiras em saúde mental. Foram visita<strong>do</strong>s programas no México, Peru,<br />
Argentina, Nicarágua, Honduras e Brasil. Meto<strong>do</strong>logicamente, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com os<br />
gestores <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s programas, visitas às instituições, análise de material programático e, quan<strong>do</strong> possível,<br />
observações participantes <strong>do</strong>s grupos de homens. Dentre os aspectos investiga<strong>do</strong>s ressaltam-se: formas de<br />
encaminhamento, modalidades de atendimento, suporte teórico, formação <strong>do</strong>s profissionais envolvi<strong>do</strong>s, duração das<br />
atividades, dificuldades encontradas, formas de avaliação, natureza jurídica e financiamento <strong>do</strong> programa. Dentre to<strong>do</strong>s<br />
estes países apenas Honduras oferece um programa de atendimento realmente estatal, enquanto a grande maioria <strong>do</strong>s<br />
outros países, mesmo que tenham programas com algum vínculo com prefeituras de suas respectivas cidades,<br />
funcionam como Organizações Não-Governamentais. A despeito <strong>do</strong>s diferentes aportes teórico-meto<strong>do</strong>lógicos e da<br />
diversidade de formação <strong>do</strong>s agentes que trabalham com os usuários, foi possível identificar estratégias comuns que<br />
partem <strong>do</strong> entendimento <strong>do</strong> que é violência e de que os sujeitos se reconheçam como autores de ações violentas. To<strong>do</strong>s<br />
os programas visita<strong>do</strong>s trabalham com módulos sucessivos de atividades que podem atingir quase <strong>do</strong>is anos. Os<br />
programas são, em sua maioria, estrutura<strong>do</strong>s em trabalhos de grupos com demanda espontânea, possuin<strong>do</strong> etapas<br />
reflexivas, educativas e terapêuticas. Destacamos aqui os efeitos positivos que esses trabalhos têm alcança<strong>do</strong> para a<br />
contenção da prática de violência e a necessidade de ações de intervenção no Brasil voltadas a essa população. Parte-se<br />
<strong>do</strong> princípio que punição por si só não traz mudanças, e tão importante quanto fornecer suporte às vítimas, é inserir os<br />
autores em programas educativos e reflexivos, pensan<strong>do</strong>-se também formas de prevenção. A pesquisa foi concluída com<br />
a realização de workshop (etapa financiada pela FAPESC) que contam com a participação de quatro especialistas<br />
estrangeiros coordena<strong>do</strong>res de programas de atenção a homens agressores e em torno de 70 outros profissionais que<br />
trabalham na área, com intuito de discutir os resulta<strong>do</strong>s e elaborar <strong>do</strong>cumento a ser envia<strong>do</strong> para a SPM.<br />
2.2 Caracterização da Pesquisa:<br />
PESQUISA BÁSICA (PB):<br />
PB visan<strong>do</strong> o avanço <strong>do</strong> conhecimento sobre o tema em estu<strong>do</strong> (BAC)<br />
PB para avançar conhecimento, com potencial de aplicação tecnológica (BT)<br />
PB para o avanço <strong>do</strong> conhecimento, com potencial para contribuir em políticas públicas (BP)<br />
PB visan<strong>do</strong> avançar o conhecimento, com potencial de aplicação pública ou privada (BPP)<br />
PESQUISA TECNOLÓGICA (PT)<br />
PESQUISA EM POLÍTICAS PÚBLICAS (PP) X<br />
PESQUISA TECNOLÓGICA E POLÍTICAS PÚBLICAS (TPP)