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1.2. Título do Projeto: VIOLÊNCIA SEXUAL E SAÚDE ... - fapesc

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2.3 Síntese de resulta<strong>do</strong>s e impactos da pesquisa - cumprimento <strong>do</strong>s objetivos; impactos <strong>do</strong>s<br />

resulta<strong>do</strong>s da pesquisa: avanço <strong>do</strong> conhecimento; inovação tecnológica; benefícios sociais,<br />

econômicos, ambientais, culturais e regionais, efetivos ou espera<strong>do</strong>s; contribuição à formulação<br />

de políticas públicas; outros impactos ou efeitos observa<strong>do</strong>s ou potenciais (até 500 palavras,<br />

espaço simples, fonte times new roman, tamanho 10)<br />

Os programas de atenção a homens que cometem agressão, assim como os programas de sensibilização e<br />

reflexão direciona<strong>do</strong>s à população masculina constituem uma experiência recente no campo <strong>do</strong> gênero. Como por geral<br />

acontece com toda nova experiência, ela tem de inventar seu referencial teórico a partir de experiências e reflexões<br />

cujos objetivos se aplicavam a áreas diferentes, assim como tem de enfrentar uma ausência de sensibilidade por parte da<br />

população, <strong>do</strong>s governos e das agências de financiamento, razões pelas quais se requer uma vasta gama de estratégias<br />

de visibilização da nova experiência.<br />

É marcante também o compromisso que as/os entrevistadas/os mostram: muitas/os, principalmente os<br />

facilita<strong>do</strong>res ou psicólogos homens, insistem no fato de que apenas se poderá trabalhar com homens que cometem<br />

agressão caso o facilita<strong>do</strong>r ou psicólogo tenha feito um trabalho pessoal com relação à própria masculinidade, ou com a<br />

maneira em que foi socializa<strong>do</strong> enquanto homem. Acredita-se que, caso não tenha revisto os próprios machismos e as<br />

próprias prerrogativas de superioridade sobre as mulheres inerentes à masculinidade dita tradicional ou hegemônica,<br />

não se poderá trabalhar com os homens que cometem agressão. Há, portanto, um continuum entre facilita<strong>do</strong>res e<br />

psicólogos por um la<strong>do</strong>, e usuários <strong>do</strong>s programas por outro, sen<strong>do</strong> que ambos os grupos pertencem a um mesmo solo<br />

social.<br />

Essa importância <strong>do</strong> social faz-nos lembrar que a violência <strong>do</strong>s homens contra as mulheres não é algo que diz<br />

respeito apenas a programas de atenção a pessoas vitimárias ou vitimizadas, mas a toda uma questão de ordem sóciocultural<br />

que requer mudanças profundas em to<strong>do</strong>s os âmbitos de nossas vidas. A busca que muitos destes programas<br />

empreendem por intercâmbio de experiências com o movimento feminista, a luta para o reconhecimento por parte de<br />

órgãos governamentais, a importância de sensibilização por parte de uma população mais ampla, tu<strong>do</strong> isto indica a<br />

necessidade de não se ater apenas aos programas em si. Antes que se proporem como soluções para o problemas<br />

menciona<strong>do</strong>s, estes programas se mostram, de maneira mais ou menos consciente, como ações parciais que, em<br />

conjunto a muitas outras, podem provocar mudanças significativas que impliquem em uma maior equidade de gênero.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s indicam as dificuldades pelas quais os programas passam, dentre elas a instabilidade <strong>do</strong> fomento<br />

financeiro que faz com que, por vezes, sequer haja orçamento para pagar os facilita<strong>do</strong>res. Por outro la<strong>do</strong>, demonstram<br />

aspectos positivos como os indica<strong>do</strong>res de mudanças que os homens trazem (assegura<strong>do</strong>s por suas parceiras quan<strong>do</strong><br />

possível).<br />

Na ausência de política pública no Brasil que dê conta <strong>do</strong> trabalho com homens autores de violência contra as<br />

mulheres, a despeito <strong>do</strong> proposto pela Lei Maria da Penha, os resulta<strong>do</strong>s dessa pesquisa, incluin<strong>do</strong> o <strong>do</strong>cumento gera<strong>do</strong><br />

pelo worshop que será envia<strong>do</strong> à Secretaria de Políticas para as Mulheres, podem significar uma contribuição<br />

importante nesse cenário.<br />

3.1. Data: 12 /01 / 2009<br />

3. DETALHAMENTO TÉCNICO<br />

3.2. Avaliação (feita pelo(a) coordena<strong>do</strong>r(a) da pesquisa):<br />

Prestação de contas financeira: Finalizada X Em atraso

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