Protocolo de avaliação e cuidados no transplante intestinal e ...
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Diretrizes Assistenciais<br />
<strong>Protocolo</strong> <strong>de</strong> <strong>avaliação</strong> e <strong>cuidados</strong><br />
<strong>no</strong> <strong>transplante</strong> <strong>intestinal</strong> e multivisceral.<br />
Versão eletrônica atualizada em fev/2012
Transplante <strong>de</strong> Intesti<strong>no</strong> Delgado Isolado<br />
Indicações:<br />
• Falência <strong>intestinal</strong> irreversível associada às complicações da nutrição<br />
parenteral<br />
• Doença hepática reversível<br />
• Episódios <strong>de</strong> infecção associados aos cateteres: 2 ou mais por a<strong>no</strong>,<br />
fungemia, choque ou SARA.<br />
• Perda <strong>de</strong> 2 ou mais acessos ve<strong>no</strong>sos centrais dos 6 principais (jugular,<br />
subclávia e femoral).<br />
• Distúrbios hidro-eletrolíticos refratários<br />
• Déficit <strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento em crianças<br />
• Síndrome do intesti<strong>no</strong> “ultra-curto” mesmo na ausência <strong>de</strong> complicações da<br />
NPT.<br />
Contra-indicações:<br />
• Perda completa <strong>de</strong> acesso ve<strong>no</strong>so profundo<br />
• Infecção não controlada (bacteriana, viral ou fúngica)<br />
• Doença neoplásica maligna com seguimento me<strong>no</strong>r que cinco a<strong>no</strong>s<br />
consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> mau prognóstico<br />
• Doença cardiovascular e/ou pulmonar sem possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento<br />
• Incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entendimento do tratamento cirúrgico e acompanhamento<br />
clínico
• Falta <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência ao tratamento pré-<strong>transplante</strong><br />
Transplante Multivisceral<br />
Indicações:<br />
• Falência múltipla <strong>de</strong> órgãos abdominais – “Catástrofes abdominais”<br />
• Falência <strong>intestinal</strong> irreversível, complicada com falência hepática avançada<br />
(cirrose ou fibrose avançada), <strong>de</strong>monstrada por sinais clínicos <strong>de</strong> cirrose ou<br />
através <strong>de</strong> biópsia mostrando hepatopatia crônica. -<br />
• Tumores benig<strong>no</strong>s ou malig<strong>no</strong>s <strong>de</strong> baixo grau, irressecáveis, envolvendo o<br />
mesentério, associados a metástases hepáticas, na ausência <strong>de</strong> doença<br />
extra-abdominal.<br />
• Na ausência <strong>de</strong> metástases hepáticas e comprometimento vascular celíaco,<br />
po<strong>de</strong>rá ser realizado o <strong>transplante</strong> multivisceral com preservação do fígado do<br />
receptor (multivisceral modificado).<br />
• Trombose difusa do sistema mesentérico-portal associada ou não à falência<br />
hepática, mesmo na ausência <strong>de</strong> falência <strong>intestinal</strong>.<br />
• Outras indicações não clássicas<br />
Contra-indicações:<br />
• Presença <strong>de</strong> metástases extra-abdominal que contra indique o <strong>transplante</strong><br />
multivisceral .
• Os mesmos critérios dos pacientes que realizarão <strong>transplante</strong> <strong>de</strong> intesti<strong>no</strong><br />
isolado<br />
Termo <strong>de</strong> Consentimento:<br />
Os pacientes candidatos a <strong>transplante</strong> <strong>de</strong>verão ser esclarecidos sobre o<br />
procedimento e consentir livremente. Será necessário o registro formal <strong>de</strong>sta<br />
<strong>de</strong>cisão em um dos instrumentos, conforme o tipo <strong>de</strong> <strong>transplante</strong> proposto.<br />
Apenas os pacientes que consentirem a realização do <strong>transplante</strong> serão submetidos<br />
a uma <strong>avaliação</strong> composta <strong>de</strong> história e exame clínico completos, além <strong>de</strong><br />
avaliações complementares.<br />
Seleção dos candidatos / Avaliação Pré-Operatória:<br />
A seleção do candidato a uma <strong>de</strong>ssas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>transplante</strong> é bastante<br />
criteriosa e envolverá uma equipe multidisciplinar (enfermagem, médico, fisioterapia,<br />
nutrição, assistente social, psicologia, etc) para minimizar os riscos <strong>de</strong> complicações<br />
e para proporcionar a estes pacientes o melhor resultado possível. Por meio <strong>de</strong>stas<br />
avaliações, será i<strong>de</strong>ntificada a causa básica da doença primária e sua<br />
irreversibilida<strong>de</strong>, assim como disfunção <strong>de</strong> outros órgãos associada à patologia<br />
principal.
Exames necessários <strong>no</strong> pré-operatório:<br />
Qualquer exame adicional po<strong>de</strong>rá ser solicitado pelo medico responsável<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do contexto clinico da doença <strong>de</strong> base que se julgar necessário.<br />
• Exames <strong>de</strong> Imagem<br />
Exames <strong>de</strong> imagem pré-<strong>transplante</strong><br />
Exame Região Comentário<br />
RX Tórax<br />
Tomografia<br />
Computadorizada e<br />
Angio tomografia<br />
Ultrasso<strong>no</strong>grafia<br />
com Doppler<br />
Cintilografia e PET<br />
SCAN CT<br />
Avaliação<br />
Endoscópica<br />
Trânsito <strong>intestinal</strong> s/n<br />
Tórax<br />
Abdômen e pelve Com contraste VO e IV.<br />
Cervical - opcional Avaliação da patência do sistema<br />
ve<strong>no</strong>so cervical (veias jugulares e<br />
subclávias)<br />
Abdominal Estudo doppler da aorta abdominal e<br />
Ecocardiograma. ECG<br />
sistema portal<br />
Conforme suspeita Para avaliar pacientes com suspeitas<br />
Digestiva Alta<br />
Colo<strong>no</strong>scopia e/ou<br />
enteroscopia através <strong>de</strong><br />
estomas<br />
<strong>de</strong> metástases
• Avaliação Laboratorial<br />
Os exames laboratoriais serão realizados para avaliar o estado clínico dos<br />
candidatos e incluem exames hematológicos, imu<strong>no</strong>lógicos, bioquímicos,<br />
parasitológicos, urinálise e dosagem <strong>de</strong> vitaminas e minerais.<br />
Exames laboratoriais pré <strong>transplante</strong><br />
Hematologia Hemograma completo, Glicemia <strong>de</strong> Jejum, TP/TTPA,<br />
Ferro, Ferritina, Transferrina<br />
Banco <strong>de</strong> Sangue Tipagem sanguínea ABO e Rh, pesquisa <strong>de</strong> anticorpos<br />
irregulares e teste <strong>de</strong> coombs direto (se paciente<br />
internado po<strong>de</strong> ser lançado como exame pré-<br />
Imu<strong>no</strong>logia / Infecção<br />
transfusional; paciente exter<strong>no</strong>, lançar os exames como<br />
<strong>de</strong>scrito)<br />
Hepatite A, B e C; Citomegalovírus; Vírus Epstein Barr;<br />
HIV ; Chagas; Sífilis; HTLV I e II e Toxoplasmose.<br />
Bioquímica Eletrólitos Na/K/Ca íon/P/Mg<br />
Função Renal Ur/Cr,Clearance <strong>de</strong><br />
Função Hepática<br />
creatinina e Clearance <strong>de</strong><br />
Uréia<br />
BTF/AST/ALT/FA/GGT.<br />
Proteínas Eletroforese<br />
pré-albumina<br />
<strong>de</strong> Proteínas;<br />
Vitaminas Vit A, D, B1, B6, B12, ácido fólico.<br />
Minerais Cobre e Zinco<br />
Urianálise Urina tipo I e urocultura<br />
Parasitológico EPF 3 amostras<br />
• Espirometria: indicada para pacientes tabagistas.<br />
• Avaliação infecciosa pré-operatória:<br />
• Vacinação: influenza, pneumococo 23 valente, hepatite A e hepatite B (checar<br />
anti-HBs e anti-HAV total antes da recomendação), dupla adulto (dT),<br />
meningococo C e H. influenzae b (referência: CRIE Vila Mariana – Rua<br />
Borges Lagoa, 770)
• Avaliação pela Equipe Clínica <strong>de</strong> Infectologia do <strong>transplante</strong><br />
• PPD: se maior ou igual a 5mm – investigar doença em ativida<strong>de</strong> (CT <strong>de</strong> tórax<br />
e 3 amostras <strong>de</strong> escarros para pesquisa e cultura BAAR . Se mantiver a<br />
suspeita radiológica com escarros negativos, solicitar broncoscopia com LBA:<br />
PCR para Mycobacterium tuberculosis, pesquisa e cultura para aeróbios,<br />
fungos e micobactérias e biópsia transbrônquica. Se exames negativos:<br />
indicação para quimioprofilaxia com Isoniazida 5 – 10mg/kg/dia durante 6<br />
meses)<br />
• Profilaxia anti-parasitários pré-operatório: Pacientes candidatos ao <strong>transplante</strong><br />
<strong>de</strong>verão receber ivermectina 0,2mg/kg/dia em dose única com repetição da<br />
mesma em duas semanas <strong>no</strong> momento da inclusão em fila <strong>de</strong> espera e a<br />
cada seis meses.<br />
• Avaliação pré-operatória dos cateteres em caso <strong>de</strong> pacientes que<br />
fazem/fizeram uso <strong>de</strong> cateteres para nutrição parenteral:<br />
Tem como objetivo i<strong>de</strong>ntificar e avaliar a gravida<strong>de</strong> dos episódios <strong>de</strong> infecção<br />
associados ao cateter central. Contará com os seguintes itens:<br />
• Avaliação dos cateteres: i<strong>de</strong>ntificação dos tipos <strong>de</strong> cateteres utilizados, tempo<br />
<strong>de</strong> permanência e localização.<br />
• Orientar profilaxia <strong>de</strong> infecções associadas aos cateteres e episódios <strong>de</strong><br />
translocação bacteriana<br />
• Avaliação Cardiológica pré-operatória:
A <strong>avaliação</strong> cardiológica seguirá o <strong>Protocolo</strong> Institucional <strong>de</strong> Avaliação Cardiológica<br />
do pré-<strong>transplante</strong> hepático, que se encontra nas diretrizes médicas do Portal<br />
Einstein.<br />
• Avaliação imu<strong>no</strong>lógica pré-operatória:<br />
Laboratório <strong>de</strong><br />
Data da coleta Histocompatibilida<strong>de</strong><br />
Einstein<br />
No dia da Inscrição 1. Tipagem HLA Classe<br />
I e Classe II<br />
2. Reativida<strong>de</strong> contra<br />
painel <strong>de</strong> antíge<strong>no</strong>s<br />
(PRA)<br />
Enquanto aguarda na 1. Novo PRA a cada 6<br />
fila <strong>de</strong> espera meses - (caso receba<br />
sangue <strong>de</strong>verá enviar<br />
uma amostra após 21<br />
dias da transfusão)<br />
• Avaliação Hemoterápica pré-operatoria:<br />
Laboratório <strong>de</strong><br />
Histocompatibilida<strong>de</strong><br />
Incor<br />
1. Amostra <strong>de</strong> sangue<br />
(2ml em tubo seco) para<br />
soroteca (prova<br />
cruzada) anexar o<br />
resultado da tipagem<br />
1. Encaminhamento <strong>de</strong><br />
amostra <strong>de</strong> sangue a<br />
cada 90 dias<br />
(caso receba sangue<br />
<strong>de</strong>verá enviar uma<br />
amostra após 15 dias da<br />
transfusão)<br />
1. Tipagem sanguínea ABO e Rh, pesquisa <strong>de</strong> anticorpos irregulares e teste<br />
<strong>de</strong> Coombs direto (para paciente internado po<strong>de</strong> ser lançado como exame
pré-transfusional,; se paciente exter<strong>no</strong>, lançar os exames como<br />
discriminado)<br />
2. O banco <strong>de</strong> sangue, <strong>no</strong> prazo máximo <strong>de</strong> 12 h após o recebimento da<br />
amostra do paciente, comunica à equipe médica do receptor o grau <strong>de</strong><br />
dificulda<strong>de</strong> e o tempo necessário para reservar a quantida<strong>de</strong> acordada<br />
(<strong>de</strong>scrita adiante) <strong>de</strong> hemocomponentes:<br />
• Baixo: Tempo <strong>de</strong> atendimento = 6 h<br />
• Médio: Tempo <strong>de</strong> atendimento = 48 h<br />
• Alto: Tempo <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong>finido caso a caso.<br />
OBS: O grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> e, consequentemente, o tempo <strong>de</strong> atendimento<br />
po<strong>de</strong>m sofrer alterações após transfusão <strong>de</strong> sangue. Portanto, <strong>de</strong>ve-se repetir<br />
os exames <strong>de</strong> tipagem sanguínea ABO/Rh, pesquisa <strong>de</strong> anticorpos<br />
irregulares e teste <strong>de</strong> Coombs direto sempre que o paciente receber<br />
transfusão.Biópsia hepática pré-operatória para casos específicos:<br />
• Biópsia hepática pré-operatória para casos específicos:<br />
Realização da biópsia, quando indicada, pelo médico assistente, a fim <strong>de</strong> obter<br />
resultado <strong>de</strong>finitivo sobre o grau <strong>de</strong> fibrose hepática, quando os sintomas clínicos<br />
e/ou exames <strong>de</strong> imagem não <strong>de</strong>finirem sinais <strong>de</strong> hepatopatia crônica.
• Inscrição na lista para <strong>transplante</strong>:<br />
Após a <strong>avaliação</strong> <strong>cuidados</strong>a do ponto <strong>de</strong> vista clínico e laboratorial, se a Equipe<br />
transplantadora concluir que o paciente tem indicação e está apto ao <strong>transplante</strong>, ele<br />
será incluído em lista <strong>de</strong> <strong>transplante</strong>.<br />
O paciente é encaminhado ao enfermeiro coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> <strong>transplante</strong>s do HIAE<br />
(ambulatório da Unida<strong>de</strong> da Vila Mariana) que será responsável pela checagem e<br />
encaminhamento para os seguintes procedimentos:<br />
1. encaminhamento para equipe multiprofissional: nutricionista, psicóloga, assistente<br />
social e encaminhamento para <strong>avaliação</strong> odontológica, quando indicado.<br />
2. preenchimento do questionário <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (SF-36)<br />
3. inscrição na lista <strong>de</strong> espera para <strong>transplante</strong> multivisceral da Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
do Estado <strong>de</strong> São Paulo e encaminhamento <strong>de</strong> amostra <strong>de</strong> sangue para prova<br />
cruzada a cada 90 dias.<br />
4. <strong>avaliação</strong> <strong>de</strong> situação vacinal. Caso não tenham sido vacinados, todos os<br />
pacientes <strong>de</strong>verão ser encaminhados para vacinação para influenza, vacina anti-<br />
pneumocócica, reforço da dupla adulto (dT), vacina para meningococo C, vacina<br />
para H. influenzae b e vacina para hepatite A e B (checar anti-HBs e anti-HAV total<br />
antes da recomendação). Referência para imunização: Centro <strong>de</strong> Referência para<br />
Imu<strong>no</strong>biológicos Especiais Vila Mariana – Rua Borges Lagoa, 770.<br />
5. Encaminhamento para <strong>avaliação</strong> ginecológica/urológica, quando necessário
Dada a condição clínica <strong>de</strong> alguns pacientes, alguns po<strong>de</strong>m ser inscritos para o<br />
<strong>transplante</strong> durante a internação, neste caso a documentação necessária para<br />
inscrição é encaminhada para o ambulatório da Unida<strong>de</strong> Vila Mariana e as outras<br />
avaliações e procedimentos serão feitos durante a internação.<br />
Calendário <strong>de</strong> acompanhamento após a inscrição na lista<br />
A freqüência das consultas após a inscrição em lista <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da condição clínica<br />
do paciente, uma vez que o paciente não necessita colher exames periodicamente e<br />
que não há atualização do MELD.<br />
Tratamento das complicações relacionadas à <strong>de</strong>scompensação hepática:<br />
O manejo <strong>de</strong> complicações relacionadas à <strong>de</strong>scompensação hepática será o mesmo<br />
<strong>de</strong>scrito <strong>no</strong> <strong>Protocolo</strong> Institucional <strong>de</strong> Preparo e Acompanhamento do Candidato ao<br />
Transplante <strong>de</strong> Fígado, que se encontra nas diretrizes médicas.<br />
Captação <strong>de</strong> enxertos<br />
O recebimento das ofertas <strong>de</strong> enxertos da Central <strong>de</strong> Transplantes da Secretaria<br />
Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> será <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um médico pertencente à equipe <strong>de</strong><br />
Transplante Intestinal / Multivisceral.<br />
Serão utilizados doadores com morte encefálica e consentimento familiar para<br />
doação. A seleção <strong>de</strong> enxertos viáveis para <strong>transplante</strong> seguirá critérios
semelhantes aos usados para o <strong>transplante</strong> hepático, com modificações em alguns<br />
parâmetros (critérios <strong>de</strong> Bresce<strong>no</strong> modificado):<br />
• Doadores < = 50 a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
• Preferência da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> ABO a compatibilida<strong>de</strong>.<br />
• Doadores com peso 25 a 50% inferior ao receptor.<br />
• Doadores com IMC ≤ 25kg/m2.<br />
• Estabilida<strong>de</strong> hemodinâmica, sem ou com pouca droga vasoativa.<br />
• Sorologia para CMV<br />
Cada caso será avaliado individualmente pela Equipe transplantadora que <strong>de</strong>cidirá<br />
quanto à aceitação ou recusa do órgão.<br />
Em caso <strong>de</strong> aceitação da oferta do enxerto, o médico responsável pelo atendimento<br />
telefônico irá comunicar a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> enfermagem que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ará todo<br />
processo <strong>de</strong> <strong>transplante</strong>, <strong>de</strong> forma semelhante ao protocolo do <strong>transplante</strong> <strong>de</strong> fígado.<br />
O fluxo em seguida será o mesmo <strong>de</strong>scrito <strong>no</strong> Portal Einstein em Fluxograma da<br />
Captação e do Transplante <strong>de</strong> Órgãos - (Coração, Pulmão, Fígado, Rim e Pâncreas-<br />
Rim)<br />
Equipe cirúrgica para extração:<br />
A equipe cirúrgica do doador será composta por:<br />
• 2 médicos da equipe <strong>de</strong> <strong>transplante</strong><br />
• 1 instrumentadora<br />
• 1 médico resi<strong>de</strong>nte, quando houver<br />
• 1 perfusionista
O material a ser utilizado na captação é idêntico ao utilizado para captação <strong>de</strong><br />
enxertos hepáticos, acrescido <strong>de</strong> um grampeador <strong>intestinal</strong> linear <strong>de</strong> 75 mm, e mais<br />
3 cargas. A solução <strong>de</strong> preservação utilizada será a Viaspan® (Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Wisconsin-Belzer) ou Custodiol ® (HTK), ou a critério do Serviço. Deverão ser<br />
levados para o procedimento 7L <strong>de</strong>sta solução (2 a 4L para perfusão e 1 a 2L para<br />
preservação, e 1L <strong>de</strong> reserva).<br />
Exames que <strong>de</strong>verão ser colhidos do doador <strong>no</strong> momento da extração:<br />
• 1 Swab <strong>de</strong> alça <strong>intestinal</strong> para pesquisa VRE e encaminhar para microbiologia<br />
• 1 Swab <strong>de</strong> alça <strong>intestinal</strong> para pesquisa KPC e encaminhar para microbiologia<br />
• 1 frasco <strong>de</strong> Hemocultura para microbiologia<br />
• Urocultura para a microbiologia<br />
• Amostra <strong>de</strong> sangue: 1 tubo com tampa marrom e outro com EDTA para o<br />
Laboratório <strong>de</strong> Histocompatibilida<strong>de</strong><br />
• Amostra <strong>de</strong> sangue: 1 tubo com tampa marrom e outro com EDTA para o Banco<br />
<strong>de</strong> sangue<br />
O pedido dos exames será feito pelo médico que realizar a extração e serão<br />
encaminhados ao Centro Cirúrgico do Hospital Israelita Albert Einstein pela Equipe<br />
da Captação (instrumentadoras). A enfermagem do Centro Cirúrgico encaminhará<br />
os exames aos respectivos laboratórios.
Procedimento cirúrgico para extração do órgão do doador<br />
Procedimento Cirúrgico do Doador<br />
1. Tóraco-laparotomia mediana fúrculo-púbica com ester<strong>no</strong>tomia; <strong>no</strong> caso <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s técnicas ou <strong>no</strong><br />
enxerto multivisceral, incisões transversas auxiliares po<strong>de</strong>rão ser empregadas<br />
2. Inspeção e palpação dos órgãos da cavida<strong>de</strong> abdominal<br />
3. Avaliação da viabilida<strong>de</strong> do enxerto <strong>intestinal</strong>, dando ênfase ao seu aspecto perfusional<br />
4. Ma<strong>no</strong>bras <strong>de</strong> Cattell e Kocher<br />
5. Colectomia parcial, preservando apenas a porção proximal do cólon direito junto à válvula íleo-cecal<br />
6. Secção da primeira alça jejunal com grampeador linear<br />
7. Dissecção em direção à raiz do mesentério, proximal aos primeiros vasos jejunais, com i<strong>de</strong>ntificação<br />
dos vasos mesentéricos superiores<br />
8. I<strong>de</strong>ntificação dos vasos pancreato-duo<strong>de</strong>nais inferiores e cólicos médios; o enxerto <strong>intestinal</strong> estará<br />
pronto para ser retirado<br />
9. Heparinização plena do doador<br />
10. Canulação da aorta abdominal infra-renal<br />
11. Clampeamento da aorta torácica e secção da veia cava inferior, junto ao átrio direito<br />
12. Perfusão com solução <strong>de</strong> preservação gelada (2 a 3L <strong>no</strong> adulto e 50-100mL/kg <strong>no</strong>s doadores<br />
pediátricos)<br />
13. Resfriamento da cavida<strong>de</strong> com gelo moído <strong>de</strong> soro fisiológico<br />
14. Ao térmi<strong>no</strong> da perfusão, os vasos mesentéricos são seccionados distalmente aos vasos cólicos médios<br />
e o enxerto é removido, sendo o primeiro órgão abdominal a ser retirado<br />
15. São retirados ainda enxertos vasculares: vasos ilíacos, carótidas e i<strong>no</strong>minada<br />
No caso <strong>de</strong> enxerto multivisceral são removidos em mo<strong>no</strong>bloco: esôfago distal, estômago, duo<strong>de</strong><strong>no</strong>,<br />
pâncreas, baço (retirado na cirurgia <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>ja), intesti<strong>no</strong> <strong>de</strong>lgado, cólon direito e fígado. Além dos enxertos<br />
vasculares habituais, é removida a aorta torácica e abdominal até o nível das artérias renais, contendo o<br />
tronco celíaco e a artéria mesentérica superior.<br />
Para o enxerto mulvisceral modificado, a separação do fígado se dá através da secção do colédoco<br />
supra-pancreático, secção portal a 1,5 cm da borda superior do pâncreas, secção da artéria gastroduo<strong>de</strong>nal<br />
e da artéria hepática comum próxima à emergência da artéria esplênica <strong>de</strong> forma a confeccionar um patch<br />
proporcionando um enxerto hepático que possa ser utilizado com segurança. Na cirurgia <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>ja, será<br />
realizado reimplante da artéria <strong>no</strong> tronco celíaco.<br />
Armazenamento dos Órgãos<br />
Os órgãos serão armazenados em 1 ou 2L <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> preservação a 4°C.
Cirurgia do Receptor<br />
Exames necessários na admissão hospitalar*:<br />
• Hemograma<br />
• Sódio, potássio<br />
• Uréia, creatinina<br />
• Glicemia<br />
• Bilirrubina total e frações<br />
• Albumina<br />
• AST, ALT, Fosfatase alcalina<br />
• Tempo <strong>de</strong> Protrombina<br />
• RNI<br />
• Radiografia <strong>de</strong> tórax (PA)<br />
• Eletrocardiograma<br />
• Exames pré-transfusionais<br />
*Outros exames po<strong>de</strong>m ser solicitados <strong>de</strong> acordo com o quadro clínico do paciente<br />
** No Centro Cirúrgico é coletada amostra para ser encaminhada ao Laboratório <strong>de</strong><br />
Histocompatibilida<strong>de</strong><br />
Equipe para cirurgia do receptor<br />
Após aceitação do enxerto pela equipe médica, a equipe <strong>de</strong> enfermagem avisará o<br />
centro cirúrgico, a equipe <strong>de</strong> anestesia e a equipe cirúrgica do receptor, que será<br />
composta por médicos da equipe <strong>de</strong> <strong>transplante</strong> <strong>intestinal</strong>, médicos do programa <strong>de</strong><br />
<strong>transplante</strong> hepático, resi<strong>de</strong>ntes do <strong>transplante</strong> e instrumentadora.<br />
Hemoterapia:<br />
O total reservado <strong>de</strong> hemocomponentes varia <strong>de</strong> acordo com o diagnóstico do<br />
receptor:
•Trombose mesenterico-portal<br />
o50 unida<strong>de</strong>s (u) <strong>de</strong> Concentrado <strong>de</strong> Hemácias (CH)<br />
o50 u <strong>de</strong> Plasma Fresco Congelado (PFC)<br />
o50 u plaquetas randômicas ou dose equivalente <strong>de</strong> plaquetaférese<br />
Demais diagnósticos<br />
o20 u CH<br />
o20 u PFC<br />
o20 u plaquetas randômicas ou dose equivalente <strong>de</strong> plaquetaférese<br />
OBS: a reserva <strong>de</strong> hemocomponentes será mantida por, <strong>no</strong> máximo, 15 dias para os<br />
casos <strong>de</strong> baixo grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>; <strong>no</strong>s <strong>de</strong>mais casos, o tempo <strong>de</strong> reserva será<br />
discutido caso a caso.<br />
A recuperação intra-operatória <strong>de</strong> sangue autólogo não é recomendada. Esta<br />
estratégia <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> sangue po<strong>de</strong>rá ser utilizada em situações<br />
excepcionais e <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>cisão conjunta dos médicos do receptor e do banco <strong>de</strong><br />
sangue.<br />
Procedimentos Cirúrgicos do Transplante<br />
As técnicas cirúrgicas estão <strong>de</strong>scritas <strong>no</strong>s quadros a seguir conforme o<br />
procedimento cirúrgico a ser realizado.
1. Laparotomia mediana xifo-púbica.<br />
2. Lise das a<strong>de</strong>rências.<br />
Transplante Intestinal: Técnica Cirúrgica<br />
Transplante Intestinal: Técnica Cirúrgica<br />
3. Colocação <strong>de</strong> afastador “Bookwalter” e <strong>avaliação</strong> da cavida<strong>de</strong>.<br />
4. I<strong>de</strong>ntificação e preparo dos seguimentos intestinais remanescentes para realização das reconstruções.<br />
5. Preparo da aorta abdominal infra-renal para a anastomose arterial.<br />
6. Preparo da veia cava inferior infra-renal para a anastomose ve<strong>no</strong>sa.<br />
7. Colocação do enxerto na cavida<strong>de</strong> abdominal.<br />
8. Reconstrução arterial: anastomose térmi<strong>no</strong>-lateral da artéria mesentérica superior do enxerto na aorta abdominal infra-<br />
renal, sutura contínua, polipropile<strong>no</strong> 5.0 ou 6.0. Utilização <strong>de</strong> patch <strong>de</strong> artéria ilíaca se necessário.<br />
9. Reconstrução ve<strong>no</strong>sa: anastomose térmi<strong>no</strong>-lateral da veia mesentérica superior do enxerto na veia cava inferior infra-<br />
renal, sutura contínua, polipropile<strong>no</strong> 5.0 ou 6.0. Utilização <strong>de</strong> patch <strong>de</strong> veia ilíaca se necessário.<br />
10. Revascularização do enxerto e revisão da hemostasia.<br />
11. Deslocamento <strong>de</strong> todo conteúdo luminal do enxerto para o cólon direito do mesmo; secção ao nível da válvula íleo-cecal<br />
com grampeador linear 75mm, com remoção do cólon direito, evitando assim contaminação da cavida<strong>de</strong>.<br />
12. Confecção <strong>de</strong> anastomose duo<strong>de</strong><strong>no</strong>-jejunal (enxerto), látero-lateral, 2 pla<strong>no</strong>s: total com fio absorvível poliglactina 4.0,<br />
sutura contínua; seromuscular com seda 4.0 , sutura separada.<br />
13. Confecção <strong>de</strong> anastomose do ileocólica, látero-lateral, 2 pla<strong>no</strong>s: total com fio absorvível poliglactina 4.0, sutura contínua;<br />
seromuscular com seda 4.0 , sutura separada.<br />
14. Exteriorização da ileostomia em quadrante inferior direito da pare<strong>de</strong> abdominal.<br />
15. Gastrostomia à Stamm, com colocação <strong>de</strong> sonda dupla (gastro-jejunal); suturas em bolsa do estômago e fixação à<br />
pare<strong>de</strong> abdominal com seda 4.0 .<br />
16. Drenagem da cavida<strong>de</strong> abdominal com 2 dre<strong>no</strong>s “ tipo JP ”, para vigilância das 2 suturas intestinais.<br />
17. Fechamento com fio polidioxa<strong>no</strong>na 1 ou 0.<br />
18. Maturação da ileostomia com fio polidioxa<strong>no</strong>na 4.0 ou fio poliglactina 4.0.
Transplante Multivisceral: Técnica Cirúrgica<br />
Transplante Multivisceral: Técnica Cirúrgica<br />
1. Incisão subcostal bilateral com prolongamento media<strong>no</strong> infra e supra-umbilical.<br />
2. Lise das a<strong>de</strong>rências.<br />
3. Colocação <strong>de</strong> afastador “Bookwalter” ou Thompson e <strong>avaliação</strong> da cavida<strong>de</strong>.<br />
4. Acesso à artéria mesentérica superior junto à aorta.<br />
5. Acesso ao tronco celíaco junto à aorta.<br />
6. Liberação do fígado da veia cava inferior retro-hepática <strong>no</strong>s mol<strong>de</strong>s do <strong>transplante</strong> hepático.<br />
7. Secção do esôfago distal com grampeador linear <strong>intestinal</strong> 75mm.<br />
8. Desvascularização das vísceras remanescentes do intesti<strong>no</strong> anterior e médio (ligadura do tronco celíaco e artéria<br />
mesentérica superior).<br />
9. Clampeamento e secção das veias hepáticas.<br />
10. Liberação final <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rências, retirada da peça e hemostasia.<br />
11. Preparo das veias hepáticas para a anastomose <strong>de</strong> drenagem ve<strong>no</strong>sa (união dos óstios ve<strong>no</strong>sos).<br />
12. Preparo da aorta abdominal infra-renal para reconstrução arterial.<br />
13. Confecção <strong>de</strong> conduto arterial: anastomose termi<strong>no</strong>-lateral <strong>de</strong> segmento <strong>de</strong> aorta do doador com aorta abdominal<br />
infra-renal; sutura contínua, polipropile<strong>no</strong> 4.0 ou 5.0.<br />
14. Colocação do enxerto na cavida<strong>de</strong> abdominal.<br />
15. Confecção <strong>de</strong> anastomose térmi<strong>no</strong>-lateral entre a veia cava supra-hepática do enxerto e os óstios ve<strong>no</strong>sos na veia<br />
cava inferior do receptor (igual ao <strong>transplante</strong> hepático); sutura contínua, polipropile<strong>no</strong> 4.0.<br />
16. Confecção <strong>de</strong> anastomose térmi<strong>no</strong>-terminal entre o conduto arterial do receptor ao conduto arterial do enxerto<br />
(preparado na ban<strong>de</strong>ja), sutura contínua, polipropile<strong>no</strong> 4.0 ou 5.0.<br />
17. Revascularização do enxerto.<br />
18. Lavagem do enxerto com sangue através da veia cava inferior infra-hepática do enxerto.<br />
19. Clampeamento da veia cava inferior infra-hepática do enxerto.<br />
20. Liberação do clampe nas veias hepáticas<br />
21. Revisão hemostasia.<br />
22. Confecção <strong>de</strong> anastomose esôfago-gástrica, térmi<strong>no</strong>-lateral, 2 pla<strong>no</strong>s: total com fio poliglactina 4.0, contínuo;<br />
adventícia-seromuscular com seda 4.0 , sutura separada; associada válvula anti-refluxo Nissenl.<br />
23. Deslocamento <strong>de</strong> todo conteúdo luminal do enxerto para o cólon direito do mesmo; secção com grampeador linear<br />
<strong>intestinal</strong> 75mm ao nível da válvula íleo-cecal, com remoção do cólon direito, evitando assim contaminação da<br />
cavida<strong>de</strong><br />
24. Confecção <strong>de</strong> anastomose ileocólica, látero-lateral, 2 pla<strong>no</strong>s: total com fio poliglactina, sutura contínua; seromuscular<br />
com seda 4.0 , sutura separada.<br />
25. Exteriorização da ileostomia em quadrante inferior direito da pare<strong>de</strong> abdominal.<br />
26. Gastrostomia a Stamm, com colocação <strong>de</strong> sonda dupla (gastro-jejunal); suturas em bolsa do estômago e fixação à<br />
pare<strong>de</strong> abdominal com polipropile<strong>no</strong> 3.0.<br />
27. Drenagem da cavida<strong>de</strong> abdominal com 2 dre<strong>no</strong>s “ tipo JP ”, como vigilância da sutura esofágica e <strong>intestinal</strong>.<br />
28. Fechamento com fio polidioxa<strong>no</strong>na 1 ou 0.<br />
29. Maturação da ileostomia com fio polidioxa<strong>no</strong>na 4.0 ou fio poliglactina 4.0.<br />
Transplante Multivisceral Modificado: Técnica Cirúrgica
Transplante Multivisceral Modificado: Técnica Cirúrgica<br />
1. Incisão subcostal bilateral com prolongamneto media<strong>no</strong> infra e supra-umbilical<br />
2. Lise das a<strong>de</strong>rências<br />
3. Colocação <strong>de</strong> afastador “Bookwalter” ou Thompson.e <strong>avaliação</strong> da cavida<strong>de</strong>.<br />
4. Acesso à artéria mesentérica superior junto à aorta abdominal.<br />
5. Dissecção do hilo hepático com i<strong>de</strong>ntificação do ducto colédoco, veia porta, artéria gastroduo<strong>de</strong>nal e artéria hepática<br />
própria.<br />
6. Dissecção da artéria hepática até sua origem <strong>no</strong> tronco celíaco e i<strong>de</strong>ntificação das artérias esplênica e gástrica<br />
esquerda.<br />
7. Secção do esôfago distal com grampeador linear <strong>intestinal</strong> 75mm.<br />
8. Desvascularização das vísceras do intesti<strong>no</strong> anterior e médio (ligadura da artéria gástrica esquerda, esplênica,<br />
gastroduo<strong>de</strong>nal e artéria mesentérica superior), mantendo porém a circulação arterial hepática intacta.<br />
9. Secção do ducto colédoco.<br />
10. Secção da veia porta supra-pancreática.<br />
11. Liberação final <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rências, retirada da peça e hemostasia.<br />
12. Preparo da aorta abdominal infra-renal para reconstrução arterial.<br />
13. Confecção <strong>de</strong> conduto arterial: anastomose térmi<strong>no</strong>-lateral <strong>de</strong> segmento <strong>de</strong> aorta do doador com aorta abdominal<br />
infra-renal; sutura contínua, polipropile<strong>no</strong> 4.0 ou 5.0<br />
14. Colocação do enxerto na cavida<strong>de</strong> abdominal.<br />
15. Confecção <strong>de</strong> anastomose térmi<strong>no</strong>-terminal entre a veia porta do receptor com a veia porta supra-pancreática do<br />
enxerto; sutura contínua, polipropile<strong>no</strong> 6.0.<br />
16. Confecção <strong>de</strong> anastomose térmi<strong>no</strong>-terminal entre o conduto arterial do receptor ao conduto arterial do enxerto<br />
(preparado na ban<strong>de</strong>ja), sutura contínua, polipropile<strong>no</strong> 4.0 ou 5.0.<br />
17. Revascularização do enxerto.<br />
18. Revisão hemostasia.<br />
19. Colédoco-colédoco anastomose, térmi<strong>no</strong>-terminal, sutura contínua, fio polidioxa<strong>no</strong>na 5.0 ou 6.0.<br />
20. Confecção <strong>de</strong> anastomose esôfago-gástrica, térmi<strong>no</strong>-lateral, 2 pla<strong>no</strong>s: total com fio poliglactina 4.0, contínuo;<br />
adventícia-seromuscular com seda 4.0 , sutura separada; válvula anti-refluxo Nissen.<br />
21. Deslocamento <strong>de</strong> todo conteúdo luminal do enxerto para o cólon direito do mesmo; secção ao nível da válvula íleo-<br />
cecal com grampeador <strong>intestinal</strong> linear 75mm, com remoção do cólon direito, evitando assim contaminação da<br />
cavida<strong>de</strong><br />
22. Confecção <strong>de</strong> anastomose ileocólica, látero-lateral, em 2 pla<strong>no</strong>s: total com fio poliglactina 4.0, sutura contínua;<br />
seromuscular com seda 4.0 , sutura separada.<br />
23. Exteriorização da ileostomia em quadrante inferior direito da pare<strong>de</strong> abdominal.<br />
24. Gastrostomia a Stamm, com colocação <strong>de</strong> sonda dupla (gastro-jejunal); suturas em bolsa do estômago e fixação à<br />
pare<strong>de</strong> abdominal com seda 4.0.<br />
25. Drenagem da cavida<strong>de</strong> abdominal com 2 dre<strong>no</strong>s “ tipo JP ”, como vigilância da sutura esofágica e <strong>intestinal</strong>.<br />
26. Fechamento com fio polidioxa<strong>no</strong>na 1 ou 0.<br />
27. Maturação da ileostomia com fio polidioxa<strong>no</strong>na 4.0 ou fio poliglactina 4.0.<br />
Manejo da pare<strong>de</strong> abdominal
Nos casos on<strong>de</strong> houver gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>feitos da pare<strong>de</strong> abdominal, po<strong>de</strong>rão ser<br />
utilizados:<br />
• Tela <strong>de</strong> matriz extracelular (Allo<strong>de</strong>rm ® )<br />
• Fascia <strong>de</strong> doadores falecidos<br />
• Transplante <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> abdominal<br />
• Telas com dupla face (Gore Dual Mesh ®)<br />
Consi<strong>de</strong>rações sobre o procedimento anestésico:<br />
No momento da internação a enfermagem do <strong>transplante</strong> <strong>no</strong>tifica o médico da<br />
Equipe <strong>de</strong> Anestesia do Transplante que é responsável pela re<strong>avaliação</strong> pré-<br />
operatória e pelos <strong>cuidados</strong> necessários ao transporte do paciente para a sala <strong>de</strong><br />
operação. Basicamente o processo é semelhante à anestesia realizada para o<br />
Transplante Hepático.<br />
A indução anestésica será realizada após monitorização não-invasiva convencional.<br />
O risco <strong>de</strong> aspiração pulmonar <strong>de</strong> conteúdo gástrico (esvaziamento gástrico<br />
retardado) indica intubação com seqüência rápida <strong>de</strong> drogas e ma<strong>no</strong>bra <strong>de</strong> Sellick<br />
após administração <strong>de</strong> propofol ou barbitúrico associado a opiói<strong>de</strong>, e bloqueio<br />
neuromuscular com succinilcolina. A manutenção da anestesia será obtida com a<br />
administração <strong>de</strong> isoflura<strong>no</strong> em mistura <strong>de</strong> O2, opiói<strong>de</strong>s (fentanil ou sufentanil),<br />
benzodiazepínicos (midazolam) e bloqueadores neuromusculares (atracúrio ou<br />
cisatracúrio). O óxido nitroso não será utilizado pelo risco <strong>de</strong> embolia ve<strong>no</strong>sa aérea e<br />
distensão <strong>de</strong> alças intestinais. A profundida<strong>de</strong> anestésica será monitorada pelo
Índice Bispectral (BIS) para assegurar, durante períodos <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong><br />
hemodinâmica, nível a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> administração <strong>de</strong> agentes anestésicos.<br />
Monitorização e Equipamentos<br />
Após a rotina <strong>de</strong> monitorização não-invasiva e indução anestésica, se dará início à<br />
monitorização invasiva que <strong>de</strong>ve incluir, com relação aos acessos vasculares, duas<br />
linhas arteriais e duas ve<strong>no</strong>sas <strong>de</strong> calibre 8,5 ou 9 Fr (um para posicionamento do<br />
cateter <strong>de</strong> Swan-Ganz e um para infusão <strong>de</strong> fluidos).<br />
Monitorização Trans-operatória<br />
Não-invasiva Eletrocardioscopia D2/V5 com análise <strong>de</strong><br />
segmento ST<br />
Pressão arterial não-invasiva<br />
Oximetria <strong>de</strong> pulso<br />
Índice Bispectral (BIS);<br />
Respiratória Cap<strong>no</strong>grafia<br />
Analisador <strong>de</strong> fluxos e pressões<br />
Hemodinâmica<br />
invasiva<br />
Analisador <strong>de</strong> oxigênio<br />
Pressão arterial<br />
Pressão ve<strong>no</strong>sa central (PVC)<br />
Pressão <strong>de</strong> artéria pulmonar (PAP)<br />
Ecocardiografia transesofágica (se necessário)<br />
Os equipamentos <strong>de</strong> suporte e a <strong>avaliação</strong> laboratorial imprescindíveis ao<br />
procedimento, estão <strong>de</strong>scritos nas tabela abaixo.<br />
Equipamentos <strong>de</strong> Suporte necessário <strong>no</strong> intra-operatório<br />
Equipamentos <strong>de</strong> Suporte<br />
Conservação Sangüínea Sistema <strong>de</strong> auto-transfusão (Cell Saver)<br />
Sistema <strong>de</strong> infusão rápida <strong>de</strong> fluidos aquecidos (Level One)<br />
Conservação Térmica Colchão, manta, aquecedor <strong>de</strong> fluidos
Análise Laboratorial<br />
Análise Laboratorial Intra-operatório*<br />
Eletrolítica Sódio, potássio, cálcio iônico e magnésio<br />
Gasométrica O2, CO2<br />
Metabólica pH, bicarbonato, glicose, lactato<br />
Hematológica<br />
Hematócrito<br />
INR,TTPA, dosagem fibri<strong>no</strong>gênio, dímero-D<br />
Tromboelastografia<br />
Contagem plaquetária<br />
* os exames solicitados <strong>no</strong> intra-operatório po<strong>de</strong>m variar conforme a evolução<br />
clínico-cirúrgica <strong>de</strong> cada paciente<br />
Controle hemodinâmico e Reposição Volêmica Revisão Raffael<br />
Em <strong>de</strong>corrência da similarida<strong>de</strong> com a anestesia para <strong>transplante</strong> hepático, a<br />
orientação intra-operatória quanto às condutas frente à evolução hemodinâmica e<br />
reposição volêmica, inicialmente seguirão os protocolos e consensos já <strong>de</strong>scritos e<br />
publicados pela equipe anestésica do <strong>transplante</strong> hepático.<br />
No final do procedimento o paciente será encaminhado à unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terapia<br />
intensiva em ventilação mecânica e com monitorização hemodinâmica e ventilatória<br />
<strong>de</strong> transporte.<br />
Pós-operatório Imediato:<br />
Exames laboratoriais <strong>no</strong> pós-operatório diários ou quando necessários**:<br />
• Gasometria arterial<br />
• Uréia<br />
• Creatinina<br />
• Sódio<br />
• Potássio<br />
• AST<br />
• ALT
• amilase<br />
• Fosfatase alcalina<br />
• Bilirrubinas<br />
• Tempo <strong>de</strong> Protrombina/ RNI<br />
• Hemograma<br />
• Cálcio iônico<br />
• Lactato<br />
• Nível <strong>de</strong> tacrolimo<br />
• A coleta <strong>de</strong> glicemia foi substituída pelo controle <strong>de</strong> glicemia capilar, com sua<br />
freqüência a<strong>de</strong>quada a cada paciente e situação.<br />
• RX <strong>de</strong> tórax PA, na admissão e quando indicado.<br />
**os exames solicitados <strong>no</strong> pós-operatório po<strong>de</strong>m variar <strong>de</strong> acordo com a evolução<br />
clínico-cirúrgica <strong>de</strong> cada paciente<br />
Suporte Intensivo do Pós-Transplante Precoce<br />
Será realizada a monitorização dos parâmetros hemodinâmicos, respiratórios,<br />
metabólicos e hidroeletrolíticos.<br />
O suporte hemodinâmico <strong>de</strong>ve procurar um equilíbrio entre a reposição volêmica e o<br />
uso <strong>de</strong> drogas vasopressoras, uma vez que o enxerto sofre com a hiper-hidratação<br />
(e<strong>de</strong>ma pós-reperfusão) e com o uso abusivo <strong>de</strong> drogas vasopressoras.<br />
Na fase inicial, há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> altos níveis <strong>de</strong> drogas imu<strong>no</strong>ssupressoras, para<br />
controlar a rejeição, que po<strong>de</strong> ocasionar disfunção renal, hipertensão arterial,<br />
problemas neuropsíquicos e favorecimento a infecções, principalmente as<br />
oportunistas. Além disso, enxertos intestinais sempre apresentam lesões<br />
<strong>de</strong>correntes das isquemias e da lesão <strong>de</strong> reperfusão, sendo potencial foco <strong>de</strong>
translocação bacteriana. A monitorização inicial do enxerto será através da<br />
<strong>avaliação</strong> do estoma e <strong>de</strong> seus produtos, além <strong>de</strong> enteroscopias.<br />
Imu<strong>no</strong>ssupressão:<br />
O esquema <strong>de</strong> imu<strong>no</strong>ssupressão será individualizado e inicialmente serão utilizados<br />
02 protocolos <strong>de</strong> imu<strong>no</strong>ssupressão, cuja a escolha <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá do estudo<br />
imu<strong>no</strong>lógico e das características do receptor.<br />
O protocolo 1 é baseado <strong>no</strong> protocolo instituído <strong>no</strong> Centro <strong>de</strong> Transplante<br />
Multivisceral <strong>de</strong> Indianápolis e o protocolo 2 é baseado <strong>no</strong> protocolo instituído <strong>no</strong><br />
Centro <strong>de</strong> Transplante <strong>de</strong> Oxford.<br />
<strong>Protocolo</strong> 1 <strong>de</strong> Imu<strong>no</strong>ssupressão - Esquema <strong>de</strong> Indianápolis:<br />
1. Timoglobulina<br />
Esquema <strong>de</strong> administração da Timoglobulina<br />
Dia Dosagem Cuidados<br />
Pré-medicação, 30 a 60 minutos antes:<br />
Paracetamol 750mg pela sonda enteral.<br />
Dipirona 2,0g IV como alternativa ao Paracetamol.<br />
Pós<br />
revascularização<br />
150mg<br />
Difenidramina 25 mg IV.<br />
2 mg/kg se o peso do receptor for < 60kg – arredondar<br />
para as dosagens <strong>de</strong> 25mg<br />
PO 2 150mg Infusão inicial <strong>de</strong> 1 h<br />
Pausa por 1 h para <strong>avaliação</strong> <strong>de</strong> efeitos adversos.<br />
Se ausentes, prosseguir infusão. Se presentes<br />
comunicar a equipe <strong>de</strong> TI<br />
PO 4 150mg Administrar num período <strong>de</strong> 6 a 12 horas<br />
PO 6 150mg Administrar num período <strong>de</strong> 6 a 12 horas<br />
PO 8 150mg Administrar num período <strong>de</strong> 6 a 12 horas<br />
O monitoramento da resposta imu<strong>no</strong>lógica à Timoglobulina será feito por meio da<br />
pesquisa <strong>de</strong> CD3, diária. A administração da Timoglobulina, inicialmente, não será<br />
baseada <strong>no</strong>s valores <strong>de</strong> CD3.
2. Corticosterói<strong>de</strong>s<br />
Serão utilizados a Metilprednisona e a Prednisona. A forma <strong>de</strong> administração está<br />
<strong>de</strong>scrita na tabela abaixo.<br />
Esquema <strong>de</strong> administração dos corticosterói<strong>de</strong>s<br />
MEDICAMENTO E VIA DE ADMINISTRAÇÃO<br />
Dia Metilpredinisolona<br />
Prednisona<br />
IV<br />
VO ou sonda<br />
Dosagem Dosagem<br />
Pré-revascularização 1,0 g a 500 mg<br />
PO 1 250 mg<br />
PO 2 250 mg*<br />
PO 3 250 mg<br />
PO 4 125 mg*<br />
PO 5 80 mg<br />
PO 6 60 mg *<br />
PO 7 40 mg<br />
PO 8 20 mg *<br />
PO 9 10mg<br />
PO 10 10 mg **<br />
* administrar 30’ antes da timoglobulina<br />
3. Tacrolimo<br />
• Será administrado à admissão na UTI<br />
• Dosagem: 0,1 a 0,15 mg/kg/d , 12/12h, via sonda enteral, ou 0,03 a 0,05<br />
mg/kg/d, 12/12h, IV.<br />
• O início do tacrolimo po<strong>de</strong> ser postergado em casos <strong>de</strong> disfunção renal ou<br />
infecção não-controlada.<br />
• Assim que iniciado, procura-se ajustar a dose <strong>de</strong> tacrolimo <strong>de</strong> acordo com os<br />
níveis sangüíneos, que <strong>de</strong>verão estar entre 10-12 ng/ml .<br />
4. Anticorpo mo<strong>no</strong>clonal anti-CD 20 (RITUXIMAB - MABTHERA)<br />
• Será administrado <strong>no</strong> PO3 em dose única 150mg/m 2 IV.<br />
• Pré-medicações: Paracetamol 500 mg via sonda e Difenidramina 25mg
5. Imu<strong>no</strong>ssupressão <strong>de</strong> Manutenção: Tacrolimo e Corticói<strong>de</strong><br />
• Tacrolimo: Níveis: Primeiro mês = 10-12 ng/mL Após Primeiro Mês = 8 e<br />
10ng/mL.<br />
• Prednisona ficará em 10 mg <strong>no</strong> 10º PO e <strong>de</strong>pois o <strong>de</strong>smame será feito ao<br />
longo <strong>de</strong> 3 a 12m<br />
<strong>Protocolo</strong> 2 <strong>de</strong> Imu<strong>no</strong>ssupressão - Esquema <strong>de</strong> Oxford:<br />
1. ALEMTUZUMAB (CAMPATH®), conforme a tabela abaixo*:<br />
Campath Data da infusão Dosagem Via <strong>de</strong><br />
1ª dose Intra-operatório<br />
4 horas após<br />
reperfusão<br />
2ª dose 24 horas após a<br />
primeira dose<br />
administração<br />
30 mg Subcutânea ou<br />
intrave<strong>no</strong>sa*<br />
30 mg Subcutânea ou<br />
intrave<strong>no</strong>sa*<br />
Pré-medicação 30<br />
minutos antes<br />
Paracetamol 750mg<br />
VG ou Dipirona 1g<br />
EV; Difenidramina<br />
50mg EV)<br />
Paracetamol 750mg<br />
VG ou Dipirona 1g<br />
EV + Difenidramina<br />
50mg EV +<br />
Metilprednisolona<br />
250mg EV<br />
* Se Campath® for administrado EV diluir em SF 0,9% 500mL – infusão em 2<br />
horas.<br />
*Consi<strong>de</strong>rações sobre ALEMTUZUMAB (CAMPATH®):<br />
Anticorpo mo<strong>no</strong>clonal humanizado <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> DNA recombinante dirigido contra<br />
CD52. As principais complicações observadas foram relacionadas com a infusão<br />
ve<strong>no</strong>sa do medicamento (febre, calafrios, náusea e hipotensão) e infecções<br />
oportunistas que são minimizadas pela administração SC e pré-medicações.
O mecanismo <strong>de</strong> ação do Campath® po<strong>de</strong> estar relacionado com a lise das células<br />
por mecanismo <strong>de</strong> ação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> anticorpo, lise celular intermediada por<br />
complemento e indução da apoptose.<br />
Reações Adversas Comuns relacionadas ao Campath®:<br />
- Calafrios (90% a 92%)<br />
- Febre (85% a 100%)<br />
- Hipotensão (67%)<br />
- Náuseas e Vômitos (53% a 63%)<br />
- Anemia (76%)<br />
- Linfopenia (>97%)<br />
- Neutropenia (77%)<br />
- Trombocitopenia (71%)<br />
- Infecção por CMV (>55%)<br />
- Rash (13%)<br />
- Urticária (16%)<br />
- Diarréia (5% a 10%)<br />
- Neutropenia Febril (>5% a 10%)<br />
- Insônia (10%)<br />
- Hipertensão (14% a 16%)<br />
2. Corticosterói<strong>de</strong>s<br />
Serão utilizados a Metilprednisona e a Prednisona. A forma <strong>de</strong> administração está<br />
<strong>de</strong>scrita na tabela abaixo.<br />
Esquema <strong>de</strong> administração dos corticosterói<strong>de</strong>s<br />
MEDICAMENTO E VIA DE ADMINISTRAÇÃO<br />
Dia Metilpredinisolona<br />
Prednisona<br />
IV<br />
VO ou sonda<br />
Dosagem<br />
500 mg-30 minutos antes da<br />
Dosagem<br />
Pré-revascularização<br />
reperfusão<br />
PO 1 250 mg<br />
PO 2 250 mg*<br />
PO 3 250 mg<br />
PO 4 125 mg*<br />
PO 5 80 mg<br />
PO 6 60 mg *<br />
PO 7 40 mg<br />
PO 8 20 mg *<br />
PO 9 10mg
PO 10 10 mg **<br />
3. Tacrolimo - Prograf®<br />
• Será administrado à admissão na UTI<br />
• Dosagem: 0,1 a 0,15 mg/kg/d , 12/12h, via sonda enteral, ou 0,03 a 0,05<br />
mg/kg/d, 12/12h, IV.<br />
• O início do tacrolimo po<strong>de</strong> ser postergado em casos <strong>de</strong> disfunção renal ou<br />
infecção não-controlada.<br />
• Assim que iniciado, procura-se ajustar a dose pelos níveis sangüíneos, que<br />
<strong>de</strong>verão estar entre 10-12 ng/ml .<br />
4. Imu<strong>no</strong>ssupressão <strong>de</strong> Manutenção: Tacrolimo e Corticói<strong>de</strong>.<br />
• Tacrolimo: Níveis: Primeiro mês = 10-12 ng/mL Após Primeiro Mês = 8 e<br />
10ng/mL.<br />
• Prednisona ficará em 10 mg <strong>no</strong> 10º PO e <strong>de</strong>pois o <strong>de</strong>smame será feito ao<br />
longo <strong>de</strong> 3 a 12m<br />
Situações especiais que necessitam <strong>de</strong> imu<strong>no</strong>ssupressão diferenciada:<br />
a.Imu<strong>no</strong>ssupressão para Enxertos sem fígado com cross-match positivo -<br />
hipersensibilizados<br />
Imu<strong>no</strong>globulina IV (IVIG 10%): 2g/Kg em SO e PO 18<br />
Imu<strong>no</strong>globulina IV (IVIG 10%): 1g/Kg em SO para intesti<strong>no</strong> isolado<br />
Basiliximab: 1mg/kg IV, iniciar <strong>no</strong> PO 21 (manutenção mensal até 12 meses) – e<br />
para intesti<strong>no</strong> isolado<br />
b.Imu<strong>no</strong>ssupressão <strong>no</strong> Re-<strong>transplante</strong> precoce - enxertos multiviscerais<br />
Timoglobulina 2mg/kg IV, dose única, pelo risco <strong>de</strong> GVHD.<br />
c. Imu<strong>no</strong>ssupressores complementares<br />
Sirolimus: 5mg/d oral; medicação complementar para pacientes com efeitos<br />
adversos severos dos inibidores <strong>de</strong> calcineurina.
d. Imu<strong>no</strong>ssupressão <strong>no</strong> Transplante Pediátrico<br />
Indução<br />
Doador – Timoglobulina 2mg/kg<br />
Receptor – Basiliximab 12mg/m 2 PO 0 e PO 4<br />
Metilprednisolona 20mg/kg na reperfusão<br />
Imu<strong>no</strong>ssupressão <strong>de</strong> manutenção para o <strong>transplante</strong> pediátrico<br />
Tacrolimus – 15ng/dL por 6 semanas<br />
Prednisona – 5mg/kg<br />
Antimicrobia<strong>no</strong>s pré-operatório e intra-operatório:<br />
Pré-operatório* Trans-operatório<br />
Tazocin<br />
(ajustar dose conforme<br />
clearance <strong>de</strong> creatinina)<br />
Vancomicina<br />
(ajustar dose conforme<br />
clearance <strong>de</strong> creatinina)<br />
4,5g IV até 1 hora antes da<br />
incisão<br />
1g IV até 2 horas antes da<br />
incisão<br />
Zoltec 200mg IV 1x/d<br />
4,5g IV 6/6 h<br />
1g IV 12-12h<br />
*Em pacientes alérgicos à penicilina utilizar como profilaxia antimicrobiana: MERONEM 1G EV<br />
+ VANCOMICINA 1G EV<br />
Antimicrobia<strong>no</strong>s pós-operatório:<br />
Esquema profilático <strong>de</strong> infecções <strong>no</strong>s transplantados<br />
Infecção Medicamento<br />
Via e Dosagem Período<br />
Bacteriana* Vancomicina 1,0g -12/12h<br />
Fúngica<br />
Citomegalovírus:<br />
Piperacilina/Tazobactam 4,5g -<br />
6/6h<br />
IV 10 dias.<br />
Fluconazol 200mg IV 4 semanas ou<br />
enquanto estiver<br />
internado.<br />
Fluconazol 200mg VO ou Sonda enteral 3 meses<br />
Ganciclovir: ** (in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
sorologia – para todos)<br />
IV 5mg/Kg 12/12h Enquanto estiver<br />
Valganciclovir via oral ou enteral 900<br />
Imu<strong>no</strong>globulina para CMV :<br />
Após 72h da cirurgia<br />
mg/dia<br />
internado<br />
3 meses<br />
IV 150mg/kg/dose 1x semana 8doses<br />
1x a cada 2 semanas
(opcional) 4 doses<br />
P. jirovecci: Sulfametoxazol/Trimetoprima Oral/enteral (400/80<br />
mg/dia)<br />
1x mês 8 doses<br />
6 meses a 1 a<strong>no</strong>.<br />
*Em pacientes alérgicos à penicilina utilizar: MERONEM 1G EV 8/8H e VANCOMICINA 1G EV<br />
12/12H por 10 dias – ajuste <strong>de</strong> dose conforme clearance <strong>de</strong> creatinina / protocolo<br />
vancocinemia)<br />
Calendário <strong>de</strong> Monitoramento e Vigilância <strong>de</strong> potencial infecção<br />
Des<strong>de</strong> a admissão e ao longo do acompanhamento <strong>no</strong> pós-operatório, todos os<br />
receptores <strong>de</strong>verão ser monitorados quanto à presença <strong>de</strong> infecções bacterianas e<br />
virais, conforme <strong>de</strong>scritos na tabela abaixo.<br />
Exames <strong>de</strong> vigilância infecciosa<br />
Objetivo Método Organismos Pré-<br />
Bactérias<br />
Resistentes<br />
Vírus<br />
Swabs<br />
PCR<br />
quantitativo.<br />
PCR<br />
quantitativo<br />
PCR<br />
quantitativo<br />
operatório<br />
Mês<br />
0-3 Semanal<br />
Bacilos Gram negativos (KPC)<br />
Enterococcus (VRE)<br />
<strong>Protocolo</strong> institucional<br />
Citomegalovírus*<br />
Epstein Barr<br />
A<strong>de</strong><strong>no</strong>vírus<br />
Paciente<br />
estará<br />
recebendo<br />
profilaxia<br />
Mês<br />
4-6<br />
Mensal<br />
Após<br />
mês 7<br />
(cada<br />
retor<strong>no</strong>)<br />
X X<br />
X X X<br />
X X X
• O monitoramento da infecção pelo citomegalovírus será feito por meio <strong>de</strong><br />
PCR quantitativo. Como o paciente receberá profilaxia <strong>no</strong>s 3 primeiros meses<br />
não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coleta do PCR. Após este período o paciente <strong>de</strong>verá<br />
coletar a cada retor<strong>no</strong> ambulatorial até o final do primeiro a<strong>no</strong>. Para qualquer<br />
valor positivo <strong>de</strong> PCR está indicado o tratamento tanto para pacientes<br />
sintomáticos como para pacientes assintomáticos. O tratamento seguirá o<br />
protocolo institucional <strong>de</strong> tratamento para infecção pelo citomegalovírus, com<br />
ganciclovir IV ou valganciclovir, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo se a doença é invasiva ou não,<br />
respectivamente. O monitoramento da resposta ao tratamento será feito<br />
semanalmente e a suspensão será feita após a negativação do PCR.<br />
• Preferencialmente o paciente <strong>de</strong>verá ficar em quarto individual, porém não é<br />
indicado a precaução durante o contato ou respiratória (aerossol / gotículas)<br />
empiricamente. O número <strong>de</strong> profissionais que assistem a este paciente <strong>de</strong>ve<br />
ser restrito, assim como <strong>de</strong> acompanhante e visitas. Não é permitida a visita<br />
<strong>de</strong> crianças. Tanto os pacientes quanto os visitantes receberão a orientação<br />
necessária quanto às medidas <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> doenças infecciosas<br />
transmissíveis. Os visitantes serão avaliados pela equipe <strong>de</strong> enfermagem,<br />
através do uso <strong>de</strong> um instrumento <strong>de</strong> “screening” (em análise para aprovação<br />
e <strong>de</strong>scrito abaixo).<br />
Ficha <strong>de</strong> <strong>avaliação</strong> dos visitantes quanto ao risco <strong>de</strong> potencial fonte <strong>de</strong><br />
infecção
Caro visitante,<br />
Nossa instituição prima por garantir um ambiente seguro para todos os<br />
pacientes, familiares, visitantes e profissionais da saú<strong>de</strong>.<br />
Parte <strong>de</strong>ste compromisso inclui a triagem do estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> diário dos pais,<br />
tutores, outros membros da família e visitantes<br />
Esta triagem <strong>no</strong>s ajuda a prevenir a disseminação da infecção.<br />
Para <strong>no</strong>s ajudar, por favor, leia e responda as seguintes questões:<br />
Nome do paciente que você está visitando:<br />
_______________________________________________________________<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> internação:<br />
_______________________________________________________________<br />
Número <strong>de</strong> adultos visitando (≥ 18 a<strong>no</strong>s):<br />
_______________________________________________________________<br />
Número <strong>de</strong> adolescentes visitando (13 a 17 a<strong>no</strong>s):<br />
_______________________________________________________________<br />
Nas últimas 3 semanas teve contato com alguma pessoa com varicela (catapora),<br />
sarampo, caxumba, rubéola ou coqueluche, na escola, creche, em casa ou <strong>no</strong><br />
trabalho? Sim ( ) Não ( )<br />
Destes visitantes, algum <strong>de</strong>les estava doente, com febre, diarréia ou vômito, lesões<br />
cutâneas <strong>no</strong>s últimos 3 dias ou com frio, incluindo febre, tosse, dor <strong>de</strong> garganta,<br />
corrimento nasal <strong>no</strong>s últimos 3 dias? Sim ( ) Não ( )<br />
Por acaso, recebeu vacina contra varicela, sarampo, rubéola, caxumba, febre<br />
amarela nas últimas 6 semanas e apresentou reação vacinal?
No caso <strong>de</strong> alguma resposta afirmativa, por favor explique:<br />
___________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________<br />
__________________________________________<br />
______________________________________________________<br />
Assinatura do adulto pelo responsável Data da triagem<br />
Visitantes com potenciais doenças transmissíveis (diarréia, lesões cutâneas,<br />
conjuntivite e infecções <strong>de</strong> vias aéreas), bem como reações vacinais por vacinas <strong>de</strong><br />
vírus atenuados nas últimas 6 semanas (exemplo <strong>de</strong> vacinas: febre amarela,<br />
varicela, sarampo, rubéola, caxumba) <strong>de</strong>vem evitar o contato com transplantados.<br />
Todos os visitantes <strong>de</strong>vem seguir as <strong>no</strong>rmas <strong>de</strong> higiene das mãos e procedimentos<br />
<strong>de</strong> isolamento.<br />
O Serviço <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Infecção Hospitalar acompanhará todos os<br />
pacientes internados nesta unida<strong>de</strong> para i<strong>de</strong>ntificar as infecções hospitalares por<br />
meio <strong>de</strong> busca ativa executada por enfermeiro especialista e orienta as medidas<br />
preventivas.
Consi<strong>de</strong>rações sobre o uso da jeju<strong>no</strong>stomia:<br />
Após o <strong>transplante</strong> o paciente necessitará <strong>de</strong> outras medicações além dos<br />
imu<strong>no</strong>ssupressores. Em geral, <strong>de</strong>senvolvem intolerância à glicose, dislipi<strong>de</strong>mia,<br />
hipertensão e outras comorbida<strong>de</strong>s que requerem outros medicamentos.<br />
A jeju<strong>no</strong>stomia <strong>de</strong>ve ser utilizada somente para alimentação e administração do<br />
Prograf. Todos os medicamentos <strong>de</strong>vem ser administrados via oral ou via gastro-<br />
jeju<strong>no</strong>.
Complicações do pós-operatório:<br />
Complicações relacionadas ao <strong>transplante</strong> <strong>intestinal</strong> e multivisceral<br />
Complicação Frequência Comentários<br />
Procedimento<br />
cirúrgico<br />
50% Hemorragia, fistulas e obstruções biliares e vasculares;<br />
perfuração <strong>intestinal</strong>, <strong>de</strong>iscência da ferida operatória e<br />
evisceração,<br />
Coagulopatias, hipertensão portal, a<strong>de</strong>rências vasculares<br />
Hemorragia pósoperatória<br />
<strong>de</strong> cirurgias anteriores ou problemas técnicos<br />
Complicações<br />
Ocorrem em <strong>transplante</strong>s combinados <strong>de</strong> intesti<strong>no</strong> e fígado<br />
biliares<br />
e mutivisceral modificado. Obstrução biliar como<br />
complicação tardia<br />
Complicações<br />
Potencialmente graves. Trombose <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s vasos,<br />
Vasculares<br />
obstrução ve<strong>no</strong>sa<br />
Gastrointestinais Fístulas, sangramento, hipermotilida<strong>de</strong><br />
Rejeição aguda do 90% Mais comum, ocorrendo em 48% das vezes antes <strong>de</strong> 30<br />
enxerto<br />
dias.<br />
Rejeição crônica 8% Grave. Necessitando <strong>de</strong> combinações <strong>de</strong> agentes<br />
imu<strong>no</strong>ssupressores<br />
Doença do enxerto 0% a 14% Na maioria dos casos autolimitada e com resolução<br />
vs hospe<strong>de</strong>iro<br />
espontânea.<br />
Infecção 70% dos óbitos. Maior causa <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong> <strong>no</strong> TI. Ocorre em<br />
media 4 episódios por paciente. Associada a<br />
imu<strong>no</strong>ssupressão, tempo <strong>de</strong> transoperatório, dificulda<strong>de</strong>s<br />
técnicas, severida<strong>de</strong> da doença hepática, sépsis,<br />
transfusões múltiplas, reintervenção cirúrgicas, alteração<br />
na pare<strong>de</strong> abdominal, cateteres e dre<strong>no</strong>s. Infecções<br />
fúngicas po<strong>de</strong>m estar associadas.<br />
Citomegalovirus 34% Patóge<strong>no</strong> viral mais frequente. Compromete o enxerto em<br />
(CMV)<br />
cerca <strong>de</strong> 65% dos casos, bons resultados em 90% dos<br />
casos.<br />
Epstein-Barr (EBV) Complicação mais severa do manejo da imu<strong>no</strong>ssupressão<br />
em transplantados. Manifesta-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> um quadro viral<br />
inespecífico ou mo<strong>no</strong>nucleose autolimitada até<br />
complicações mais graves como doenças linfoproliferativas<br />
pós <strong>transplante</strong> .<br />
Doença recorrente rara Apenas um caso <strong>de</strong>scrito<br />
Monitoramento para i<strong>de</strong>ntificação precoce <strong>de</strong> rejeição<br />
Seguimento endoscópico pós-operatório para o diagnóstico <strong>de</strong> rejeição<br />
Será confeccionada uma ileostomia, durante o procedimento cirúrgico, para<br />
vigilância <strong>de</strong> quadro <strong>de</strong> rejeição. Os pacientes serão submetidos à enteroscopia com<br />
magnificação, se possível, e biópsias (3 a 5 fragmentos) para <strong>avaliação</strong> <strong>de</strong> rejeição e<br />
outras afecções <strong>no</strong> enxerto (enterites infecciosas,doenças linfoproliferativas).
<strong>Protocolo</strong> <strong>de</strong> acompanhamento endoscópico <strong>no</strong> pós-<strong>transplante</strong>:<br />
Tempo pós Tx 1º mês 2º mês 3º a 9º mês<br />
Freqüência da EDA 2x por semana 1x por semana<br />
Análise Histológica:<br />
1x por mês, ou quando<br />
necessário<br />
• Seguirá a rotina da endoscopia, toda vez que fizer a Endoscopia fará biópsia<br />
• 3 a 5 fragmentos<br />
• Pesquisa <strong>de</strong> C4D será avaliada em cada caso<br />
Tratamento da Rejeição Celular Aguda<br />
O tratamento da Rejeição Celular Aguda, suspeitada pelo quadro clínico e<br />
endoscópico, e confirmada por biópsia seguirá o seguinte protocolo.<br />
Transplante em adultos<br />
O tratamento será realizado conforme <strong>de</strong>scrito na tabela abaixo:
Tratamento da rejeição celular em adultos<br />
Tipo da Rejeição Conduta<br />
Leve Pulso <strong>de</strong> Metilpredinisolona 1,0g IV e reciclagem.<br />
Ajuste da imu<strong>no</strong>ssupressão <strong>de</strong> manutenção; Consi<strong>de</strong>rar a<br />
associação <strong>de</strong> outros agentes (Sirolimus)<br />
Mo<strong>de</strong>rada e Grave Pulso <strong>de</strong> Metilpredinisolona 1,0g IV e reciclagem<br />
Alemtuzumab: 30mg SC em pare<strong>de</strong> abdominal anterior.<br />
Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pré-medicações<br />
(Meperidina/Metilpredinisolona/Paracetamol/Difenidramina)<br />
Ajuste da imu<strong>no</strong>ssupressão <strong>de</strong> manutenção; consi<strong>de</strong>rar a<br />
associação <strong>de</strong> outros agentes.<br />
Revisão do perfil imu<strong>no</strong>lógico: checar resultado do “cross-match”<br />
Transplante Pediátrico<br />
Tratamento da rejeição celular em crianças<br />
Tipo da Rejeição Conduta<br />
Leve Metilprednisolona – 20mg/kg por 3 dias<br />
Mo<strong>de</strong>rada e Grave Timoglobulina 5mg/kg<br />
Com níveis <strong>de</strong> TAC a<strong>de</strong>quados – associar MMF
Monitoramento Imu<strong>no</strong>lógico após o <strong>transplante</strong><br />
Laboratório <strong>de</strong> Histocompatibilida<strong>de</strong><br />
Data da coleta<br />
Einstein<br />
Dia do <strong>transplante</strong> Amostra <strong>de</strong> sangue do receptor e doador, como<br />
3ºPO PRA<br />
já é feito <strong>no</strong> tx hepático – para eventual<br />
complementação da tipagem HLA<br />
Até 30 dias A cada 7 dias PRA<br />
31 até 60 dias A cada 15 dias PRA<br />
61 dias até final do 6° mês Mensal<br />
7° até 9° mês Bimensal<br />
Segundo a<strong>no</strong> A cada 3 meses<br />
**Este monitoramento po<strong>de</strong> mudar em caso <strong>de</strong> rejeição humoral<br />
Possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tratamento da Rejeição mediada por anticorpos ou rejeições<br />
refratárias<br />
Rejeição mediada por<br />
Bortezomib (VELCADE®)<br />
anticorpos:<br />
Imu<strong>no</strong>globulina IV<br />
Histologia+presença Anticorpo mo<strong>no</strong>clonal anti-CD 20, Rituximab (MABTHERA<br />
<strong>de</strong> DSA<br />
® )<br />
Plasmaférese<br />
Reabilitação Nutricional<br />
Os pacientes submetidos ao <strong>transplante</strong> <strong>intestinal</strong> / multivisceral necessitarão <strong>de</strong><br />
uma adaptação nutricional, on<strong>de</strong> o objetivo é a readaptação à ingesta <strong>de</strong> dieta via<br />
oral, promovendo numa primeira fase a estabilida<strong>de</strong> do paciente e do enxerto<br />
através <strong>de</strong> nutrição enteral / parenteral, com intenso monitoramento <strong>de</strong> fluidos e<br />
eletrólitos para que alcance um anabolismo i<strong>de</strong>al.
<strong>Protocolo</strong> <strong>de</strong> reabilitação nutricional do transplantado<br />
Tipo Esquema <strong>de</strong> administração<br />
Oferta calórica 30% a mais do cálculo energético basal. 30 – 40 kcal/kg; iniciando com<br />
22 – 25 kcal/kg<br />
Oferta protéica 1,5 - 2,0 g/kg<br />
Oferta carbo 70 - 75% das calorias não protéicas (
O fechamento da ileostomia será realizado <strong>no</strong> prazo <strong>de</strong> 4 a 12 meses, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />
da evolução do paciente.<br />
Seguimento ambulatorial<br />
Após a alta hospitalar os pacientes serão seguidos <strong>no</strong> ambulatório <strong>de</strong> <strong>transplante</strong><br />
<strong>intestinal</strong> e multivisceral para <strong>avaliação</strong> clínica e laboratorial. Terão retor<strong>no</strong>s<br />
semanais <strong>no</strong>s 3 primeiros meses, 15 em 15 dias <strong>no</strong>s 3 meses seguintes e mensal a<br />
partir <strong>de</strong> então ou quando necessário.<br />
Seguimento ambulatorial<br />
1-3º mês 3-6º mês 6º mês em diante<br />
Freqüência semanal quinzenal mensal<br />
• Os exames solicitados <strong>no</strong> pós-operatório <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão da condição clínica e da<br />
doença <strong>de</strong> base do paciente.<br />
• Exames anuais <strong>de</strong> <strong>avaliação</strong> sistêmicos também serão solicitados: com<br />
enfoque <strong>no</strong> em doenças cardiovasculares, neoplasias e doenças metabólicas,<br />
ósseas e ginecológicas/urológicas, além da recidiva da doença <strong>de</strong> base.
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