José Albano, Um Grande Poeta do Brasil e Filho do Ceará, jaz ...

Que a França que ele tanto amou respeite a paz que afinal
foi encontrar em seu solo fecundo, regado tantas vezes pelo
sangue dos santos e dos mártires . Que os bons fados ainda
resguardem do tempo que tudo destrói a sepultura singela em
que ele foi inumado a 13 de julho de 1923 .
TRAPEZE J. N9 202, eis a sua referência, na necrópole lon­
ginqua de Montauban, último informe dali enviado por seu ir­
mão Joaquim Albano, que morreu na Europa, sem ter podido
concretizar o sonho de enviar para o Ceará, os restos mortais
do grande filho.
A OBRA DO GRANDE POETA
Mas o leitor que não tenha entrado em cantata com a vas­
ta e maravilhosa bagagem poetica que se conseguiu colher da
vida de José Albano poderá espantar-se se não dissermos algo
de mais concreto para caracterizar a alta linhagem da sua men­
sagem artística.
E como esta reportagem, queria, antes mostrar José Alba­
no através da vida que ele viveu, uma da esfera intelectual
propriamente dita, tentaremos dar uma idéia daquilo que o
poeta legou, para a posteridade - poesia e tão-só poesia,
como acontece às abelhas que só sabem dar mel, para empre­
garmos a imagem de um poeta .
Segundo escreve Manuel Bandeira, organizador da coletâ­
nea que vem de ser publicada com as principais composições
do poeta, era sonho de José Albano reunir em volume de luxo
as suas obras já então esgotadas. Mas a morte sobreveio antes
que ele pudesse realizar o anseio.
Agora, o livro surge e nele estão contidos os versos que
se constituiam pequenos volumes publicados pelo autor: RE­
DONDILHAS (oficinas de Fidel Giró, Barcelona); ALEGORIA
(Oficinas de Fidel Giró, Barcelona), CANÇÃO A CAMõES e
ODE À UNGUA PORTUGUESA (Oficinas de Fidel Giró), (Bar­
celona); SONNETS BY JOSEPH ALBANO WITH PORTUGUESE
FRASE TRANSLATION (Ex-Typografia Hodierna Fortalixiae);
ANTOLOGIA POÉTICA DE JOSÉ ALBANO (Ex Typis Assis Be­
zerra, Fortalixae); COMÉDIA ANGÉLICA de José Albano (Tipo­
grafia Moderna, Fortaleza).
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