Jean Baptiste Debret – Aclamação de D. Pedro, s.d. óleo sobre tela, 48x70 cm Museu Nacio<strong>na</strong>l de Belas <strong>Arte</strong>s, Rio de Janeiro/RJ Jean Baptiste Debret – Um funcionário a passeio com sua família, início do século XIX aquarela sobre papel, 17 x 25 cm pertencente ao álbum Viag<strong>em</strong> pitoresca e histórica ao Brasil, publicado <strong>em</strong> 1934 4
<strong>material</strong> <strong>educativo</strong> para o professor-propositor INDEPENDÊNCIA época; o pintor Johann Moritz Rugendas (veja <strong>na</strong> DVDteca <strong>Arte</strong> <strong>na</strong> <strong>Escola</strong>, documentário sobre esse artista) registra seu olhar sobre tais aventuras <strong>em</strong> Viag<strong>em</strong> pitoresca através do Brasil (1834); enquanto o pintor Adrien Tau<strong>na</strong>y retrata paisagens e descreve aspectos da roti<strong>na</strong> da tribo Bororo. 1816. Chega ao Brasil a Missão Artística Francesa. Sob a responsabilidade de Joachim Lebreton, integram a comitiva carpinteiros, ferreiros, serralheiros, mecânicos, curtidores, gravadores e pintores, como Jean-Baptiste Debret e Nicolas Antoine Tau<strong>na</strong>y; o arquiteto Grandjean de Montigny; o escultor August Marie Tau<strong>na</strong>y; e os irmãos Marc e Zepherin Ferrez, gravadores de moedas, ligados também à introdução da fotografia no Brasil, uma nova forma de registro. Diferent<strong>em</strong>ente dos artistas viajantes das missões cientificas, o grupo francês de artistas e técnicos estabelece vínculos prolongados com o Brasil, e como os primeiros, colabora <strong>na</strong> construção do repertório visual do país. A <strong>Escola</strong> Real de Ciências, <strong>Arte</strong>s e Ofícios, criada <strong>em</strong> 1816, é transformada <strong>na</strong> Acad<strong>em</strong>ia Imperial de Belas <strong>Arte</strong>s (Aiba), com duplo intuito: formar o artista para o exercício das belas-artes e também o artífice para as atividades industriais. Se, por um lado, a Missão Artística Francesa conta com a generosidade do rei, por outro, acirra a antipatia dos portugueses que aqui se encontravam. A arte local praticada até então seguia a expressividade estética do barroco, e os franceses apresentavam o equilíbrio neoclássico das linhas retas e simétricas, por eles desenvolvida <strong>na</strong> corte <strong>na</strong>poleônica. Pode-se dizer, também, que a Missão Artística Francesa é o marco da implantação do ensino artístico no Brasil. Debret foi encarregado de ensi<strong>na</strong>r pintura histórica <strong>na</strong> <strong>Escola</strong> Real. Enquanto Nicolas Antoine Tau<strong>na</strong>y, aos 61 anos, veio i<strong>na</strong>ugurar a <strong>Escola</strong>, sendo especializado <strong>em</strong> retrato, pintura histórica e de paisag<strong>em</strong>. Debret, anotador de seu t<strong>em</strong>po, entre aquarelas e desenhos descreve múltiplas dimensões da vida refletidas <strong>na</strong> corte, no trabalho escravo, nos grupos indíge<strong>na</strong>s, <strong>na</strong> cidade do Rio de Janeiro e no cotidiano das famílias comuns. 5