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ICMBio em Foco
Edição 243
ICMBio
participa de colóquio internacional
Instituto Chico Mendes debate
trilhas de longo curso
Presidente Vizentin (5º da esquerda para direira) participa do
painel “Biodiversidade no Rio+20
Mesmo com pouco mais de cinco anos de existência,
o Instituto Chico Mendes tem contribuído muito para
a produção e divulgação do conhecimento científico
sobre a biodiversidade. Só para ter uma ideia, nesse
período o Instituto autorizou mais de dez mil pesquisas
científicas, a maioria em unidades de conservação.
A afirmação foi feita na última sexta-feira, no plenário
do Senado, pelo nosso presidente durante o
Colóquio Internacional sobre a Rio+20 e Biodiversidade:
Avaliando “O Futuro que Queremos”. Roberto
Vizentin falou no painel “Biodiversidade na Rio+20:
o papel da ciência e educação” e centrou seu discurso
em dois pontos: a contribuição do ICMBio para disseminação
do conhecimento sobre a biodiversidade e
a agenda de inovação científica para a conservação.
O presidente fez questão de destacar que, além de
administrar 312 UCs federais em todo o país, o Instituto
tem uma política dedicada à pesquisa científica.
Este trabalho envolve tanto servidores do ICMBio
como uma rede de instituições parceiras, entre elas,
universidades e centros de pesquisas. “O resultado
das pesquisas, além de servir à academia, é revertido
para a gestão das unidades de conservação, para as
populações extrativistas e tradicionais que vivem nelas.
As UCs são verdadeiros laboratórios a céu aberto”,
enfatizou.
Vizentin destacou ainda a relação estreita que o
ICMBio mantém com o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico - CNPq. Esta
Amanda Freitas
cooperação se dá, principalmente, na viabilização de
projetos de iniciação científica, promoção de seminários
e concessão de bolsas de pesquisa a estudantes
universitários e servidores do Instituto.
No que se refere à agenda inovadora para geração
de conhecimento, Vizentin destacou o conceito de
“transição direta para a sustentabilidade”, adotado
pelo governo, que requer a inclusão da pesquisa científica
e inovação tecnológica no processo de desenvolvimento
econômico do país. “Não há como pensar
em desenvolvimento sustentável sem levar em consideração
as unidades de conservação, sem garantir a
preservação das espécies, dos ecossistemas, dos processos
ecológicos”, afirmou o presidente.
Ele disse ainda para a plateia, formada em boa parte
por convidados estrangeiros, que o Brasil tem uma
política nacional de conservação de seus biomas. E
citou que nada menos do que 60% do território da
Amazônia fica dentro de áreas protegidas, mais particularmente
unidades de conservação e terras indígenas.
Por fim, já na parte dedicada ao debate, o presidente
do ICMBio fez questão de lembrar que o país investe
também em um novo conceito de gestão dos recursos
naturais – a agrobiodiversidade ou agroecologia.
Nesta prática, disse o presidente, a dinâmica produtiva
e econômica corre junto com a lógica da conservação.
Promovido pelas comissões de Relações Exteriores e
de Meio Ambiente do Senado, o colóquio reuniu, durante
toda a sexta-feira, especialistas do Brasil e do exterior
para discutir o documento final da Rio+20, “O
Futuro que Queremos”, e os próximos passos a serem
dados, levando-se em conta, principalmente, o papel
de liderança assumido pelo Brasil nesse debate global.
Segundo os organizadores, este foi o primeiro de
uma série de três eventos que enfocarão os aspectos
jurídicos e políticos do documento final da Rio+20.
Os próximos encontros deverão tratar da poluição hídrica
e do ar e de questões relativas à conservação do
solo e das águas, incluindo oceanos.
Celso Junius, secretário-executivo do Mosaico Carioca, Ernesto Viveiros de Castro, chefe do Parna Tijuca,
Carlos Minc, secretário estadual do Ambiente, e André Ilha, diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do
Inea, apresentam projeto Trilha Transcarioca
O presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, participou
do painel “Trilhas de longo percurso no Brasil e
no mundo”, como parte da programação do Seminário
Internacional sobre Trilhas de Longo Percurso.
O evento foi organizado pelo Mosaico Carioca, no
auditório do RioZoo, antigo Museu da Fauna, entre
os dias 26 e 29 de abril.
O objetivo do seminário foi apresentar um panorama
geral sobre as trilhas de longo curso no Brasil
e no mundo, divulgar o projeto Trilha Transcarioca,
bem como debater e colher subsídios de montanhistas,
excursionistas, pesquisadores, gestores e
especialistas para o seu desenvolvimento. O seminário
contou com a participação de órgãos federais,
estaduais e municipais, e reuniu cerca de 200
convidados e participantes nas diferentes palestras,
apresentações, oficinas e visita técnica.
O Instituto Chico Mendes também foi representado
pelo chefe do Parque Nacional da Serra dos Órgãos,
Leandro Goulart, que tratou sobre “Trilha Caminhos
da Serra do Mar (RJ)”; pela chefe da Reserva Extrativista
Chico Mendes, Silvana Lessa, com a palestra
“Trilha Chico Mendes (AC)”; e por Cristina Batista,
analista ambiental da Floresta Nacional do Tapajós,
que falou sobre “Trilha da Floresta Nacional do Tapajós
(PA)”.
Entre os dias 26 e 29 de abril, os participantes trataram
sobre “Planejamento e Manejo de Trilhas Especiais
- Longo curso e trilhas para bicicleta”, com
aulas teóricas e práticas na parte baixa do Parque
Nacional do Itatiaia. No dia 30, foi realizada atividade
prática de campo na parte alta daquele parque
nacional.
Durante esses dias, os participantes tiveram noção
sobre fundamentos e classificação das trilhas: tipo,
classe, atributos, cenários; uso dirigido e projetado
– modos de viagem, usos permitidos, parâmetros
de projeto para as classes de trilhas e modos de
viagens; objetivos de gestão das diferentes trilhas,
conflitos de uso e introdução ao conceito de RO-
VAP - Rango de Oportunidades para Visitantes em
Áreas Protegidas em relação ao planejamento da trilha;
entre outros temas.
Luiz Morier
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