1 Desenvolvimento de Novos Produtos e Serviços em Bancos - Anpad
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Fase 1) O DNP começa com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um novo produto ou <strong>de</strong><br />
a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> um produto já existente, no mercado como um todo ou <strong>em</strong> nichos. Esta<br />
i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> vir <strong>de</strong> duas fontes principais: fontes externas ao<br />
Banco ou fontes internas. Como fontes externas <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, figuram estudos<br />
<strong>de</strong> legislação ou conjuntura econômica, análise da concorrência ou mesmo informações<br />
obtidas direta ou indiretamente dos clientes dos <strong>Bancos</strong>, por meio dos canais <strong>de</strong> distribuição<br />
ou comunicação. Por sua vez as fontes internas constitu<strong>em</strong> análises dos produtos atuais do<br />
Banco (<strong>em</strong> termos <strong>de</strong> matriz SWOT) <strong>em</strong> busca <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s além <strong>de</strong> análises extraídas<br />
das bases <strong>de</strong> dados e sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> informação sobre clientes.<br />
Fase 2) Uma vez captada esta oportunida<strong>de</strong> (por qualquer área ou canal do Banco), a idéia é<br />
amadurecida pela área <strong>de</strong> <strong>Produtos</strong>. Este amadurecimento da idéia faz-se necessário para se<br />
<strong>de</strong>finir o conceito do produto e os primeiros contornos do mesmo b<strong>em</strong> como uma priorida<strong>de</strong><br />
para <strong>de</strong>senvolvimento. Esse amadurecimento <strong>de</strong> idéias para posterior escolha das que<br />
continuarão o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento já havia sido apontado por Wheelwright e Clark<br />
(1992 p.112), <strong>em</strong> um mo<strong>de</strong>lo batizado <strong>de</strong> Funil <strong>de</strong> <strong>Desenvolvimento</strong>. Nesta fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição<br />
do conceito do produto, a orientação dos gestores é a mais diversa possível nos Banco<br />
estudados. Todavia há um ponto <strong>em</strong> comum que é o <strong>de</strong>senho do produto levando-se <strong>em</strong><br />
consi<strong>de</strong>ração: finalida<strong>de</strong>, público-alvo e comportamento <strong>de</strong> consumo essencialmente. Nesta<br />
fase há ou não o envolvimento das <strong>de</strong>mais áreas do Banco, porém se houver este ocorre <strong>de</strong><br />
maneira informal.<br />
Fase 3) Esta fase po<strong>de</strong> ou não estar integrada à fase 2. Uma vez <strong>de</strong>finido o conceito, passa-se<br />
ao <strong>de</strong>senho <strong>de</strong>finitivo do produto envolvendo as <strong>de</strong>mais áreas do Banco. Nesta fase po<strong>de</strong><br />
existir o suporte <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> informação e TI para o controle e troca <strong>de</strong> informações entre<br />
as áreas. Em alguns <strong>Bancos</strong> (como Banco A e C) existe uma normatização bastante rígida,<br />
orientando esta fase para não haver perda <strong>de</strong> informação ou erro <strong>de</strong> análise (ZEITHAML et<br />
al, 1990). Neste momento faz-se um contra-ponto entre o conceito do produto e a análise <strong>de</strong><br />
viabilida<strong>de</strong> do mesmo sob a ótica das diversas áreas do Banco. Cada uma das áreas analisa <strong>em</strong><br />
profundida<strong>de</strong> o novo produto e apresenta recomendações, avaliações <strong>de</strong> risco e pontos críticos<br />
para cada novo produto. Uma vez passado por todas as áreas, o <strong>de</strong>senho do produto é refeito<br />
para a<strong>de</strong>quar todas as recomendações das diversas áreas do Banco envolvidas no DNP.<br />
Nesse meio t<strong>em</strong>po (<strong>de</strong> <strong>de</strong>senho do produto) po<strong>de</strong>m ter havido diversas aprovações<br />
intermediárias e Comitês para aprovação e alinhamento das informações do produto. Esses<br />
Comitês t<strong>em</strong> por objetivo acompanhar e dar suporte ao <strong>de</strong>senvolvimento do produto na visão<br />
das áreas do Banco. Depen<strong>de</strong>ndo das <strong>de</strong>cisões que precis<strong>em</strong> ser tomadas, esses comitês po<strong>de</strong><br />
ser formados apenas por analistas <strong>de</strong> produtos, passando por superinten<strong>de</strong>ntes ou até diretores.<br />
No caso do Comitê envolvendo diretores, <strong>em</strong> todos os <strong>Bancos</strong>, já existe uma periodicida<strong>de</strong><br />
mensal <strong>de</strong> encontros, e neste último caso aproveita-se o fórum para se discutir e apresentar<br />
também os novos produtos antes <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> lançados.<br />
As fases 2 e 3, apresentadas anteriormente, são consi<strong>de</strong>radas fases críticas pelos <strong>Bancos</strong>,<br />
corroborando com os estudos <strong>de</strong> Cooper e Kleinschmidt (1986). “Se o produto nascer<br />
quadrado ele termina quadrado” (segundo dados da pesquisa <strong>em</strong>pírica), <strong>em</strong> referência à<br />
importância na clareza e abrangência da <strong>de</strong>finição do conceito. Um <strong>de</strong>staque <strong>de</strong>ve ser feito ao<br />
Banco C. Essa é uma necessida<strong>de</strong> tão essencial ao DNP para o Banco C que uma vez captada<br />
uma oportunida<strong>de</strong>, ocorre o amadurecimento da idéia <strong>de</strong> uma forma livre. A equipe<br />
responsável pelo DNP é estimulada a “abrir a mente para ver todas as possibilida<strong>de</strong>s que<br />
po<strong>de</strong> ter para aquele produto” s<strong>em</strong> se preocupar com quaisquer recursos <strong>em</strong> um primeiro<br />
momento, segundo dados coletados do Banco C.<br />
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