Introdução à homotoxicologia
Introdução à homotoxicologia
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Introdução à <strong>homotoxicologia</strong><br />
IAH AC Introdução à <strong>homotoxicologia</strong><br />
© IAH 2009<br />
A <strong>homotoxicologia</strong>, desenvolvida pelo médico alemão Hans-Heinrich Reckeweg,<br />
é um conceito científico subjacente à medicina anti-homotóxica. É uma forma<br />
diferente de abordar o paciente e sua doença.<br />
Na medicina convencional o conceito de “terreno do paciente” é desconhecido, e<br />
portanto, com freqüência parece que trata-se o paciente unicamente pelos<br />
sintomas que apresenta.<br />
1
Objetivos<br />
• Conhecer os princípios básicos da <strong>homotoxicologia</strong><br />
• Doença e saúde<br />
• A homotoxina<br />
• A origem e a história da tabela de seis fases<br />
• A dinâmica de uma doença na tabela de seis fases<br />
• O princípio da evolução da doença<br />
© IAH 2009<br />
2<br />
Muitos aspectos da medicina anti-homotóxica são diferentes da medicina<br />
convencional. Embora com freqüência utilize-se a mesma terminologia, referemse<br />
a temas diferentes. Portanto, é importante compreender bem o que significam<br />
saúde e doença em <strong>homotoxicologia</strong>.<br />
Na <strong>homotoxicologia</strong>, as causas da doença são vistas como homotoxinas.<br />
Portanto, deveríamos poder defini-las. Pode-se encontrar informações mais<br />
específicas sobre as homotoxinas no tema “IAH AC Homotoxinas”.<br />
Como se verá com detalhes em outros temas, a Tabela de Evolução da Doença<br />
(TED) é um instrumento dinâmico para avaliar a evolução da doença do<br />
paciente. É um instrumento essencial na abordagem anti-homotóxica do<br />
paciente. O fato de que com o tempo o paciente evolui ou de que o tipo de<br />
doença mude na tabela é muito importante, porque dirigirá nossa decisão de<br />
como tratar o paciente e que medicação é adequada para fazê-lo de uma<br />
maneira homotoxicologicamente correta.<br />
2
O pai da <strong>homotoxicologia</strong>:<br />
o Dr. H-H Reckeweg<br />
© IAH 2009<br />
O Dr. Hans-Heinrich Reckeweg foi o “pai” da <strong>homotoxicologia</strong>. Devido a seu<br />
imenso trabalho e a suas publicações, a <strong>homotoxicologia</strong> se converteu em uma<br />
abordagem holística da medicina. Não só a teoria, senão também o uso diário de<br />
medicamentos anti-homotóxicos, está presente em mais de 70 países em todo o<br />
mundo. Atualmente, especialistas em <strong>homotoxicologia</strong> de todo o mundo seguem<br />
investigando este campo e tem feito da <strong>homotoxicologia</strong> uma abordagem<br />
adequada na medicina moderna.<br />
A convicção do Dr. Reckeweg levou muitos médicos a tratar seus pacientes de<br />
uma maneira diferente. Mesmo após mais de 20 depois de sua morte, a<br />
<strong>homotoxicologia</strong> é um conceito muito apreciado na medicina complementar e<br />
cada vez mais vai transformando-se mais em uma “revelação” no âmbito da<br />
medicina convencional. Desta forma, o Dr. Reckeweg conseguiu realizar seu<br />
sonho com êxito: construir uma ponte entre a medicina convencional e a<br />
medicina complementar.<br />
3
“Um dia gostaria de unir a homeopatia com a<br />
corrente dominante na medicina”<br />
H.-H. Reckeweg 1905-1985<br />
© IAH 2009<br />
4<br />
De fato, a <strong>homotoxicologia</strong> é um conceito facilmente compreensível, tanto para o<br />
médico da medicina não convencional como para o médico da medicina<br />
convencional. Embora às vezes pareça que ambos os tipos de medicina são<br />
opostos, atualmente vemos que os médicos com formação convencional abremse<br />
cada vez mais à medicina anti-homotóxica e os homeopatas estão vinculados<br />
de maneira menos estrita à terapia clássica unicista. Isso deve-se aos avanços<br />
da biologia molecular, que fazem com que seja mais evidente o mecanismo de<br />
ação da medicina anti-homotóxica.<br />
O Dr. Reckeweg realmente estabeleceu uma ponte entre a alopatia e a<br />
homeopatia, e desta forma, criou uma plataforma integradora que abre caminho<br />
com facilidade à prática médica diária.<br />
4
O que é a <strong>homotoxicologia</strong>?<br />
© IAH 2009<br />
Estudemos agora com mais profundidade os princípios básicos da<br />
<strong>homotoxicologia</strong>. O que é a <strong>homotoxicologia</strong> e de que forma se diferencia da<br />
abordagem médica convencional do paciente e sua doença?<br />
5
HOMO TOXICO LOGIA<br />
Homem Toxina Estudo<br />
© IAH 2009<br />
6<br />
O termo Homotoxicologia é formado por três palavras: “homo” que significa ser<br />
humano, “tóxico” que provém de toxina ou veneno, e finalmente “logia” que<br />
provém do grego “logos”, que significa estudo.<br />
Em resumo, podemos descrever a <strong>homotoxicologia</strong> como o estudo da influência<br />
das substâncias tóxicas sobre os seres humanos.<br />
6
A <strong>homotoxicologia</strong> é<br />
o estudo da influência das<br />
homotoxinas sobre o organismo<br />
humano<br />
A <strong>homotoxicologia</strong> é uma ponte<br />
entre a medicina complementar e a<br />
medicina convencional<br />
© IAH 2009<br />
7<br />
Em <strong>homotoxicologia</strong> estudamos como a presença de homotoxinas influirá sobre<br />
as funções da célula e através destas, sobre as funções de todo o organismo<br />
humano. A reação ou o bloqueio dos mecanismos de defesa contra a<br />
homotoxina definirá a situação clínica em que se encontra o paciente. Os<br />
sintomas são a expressão da intenção do organismo em eliminar as toxinas.<br />
Como a abordagem em <strong>homotoxicologia</strong> continua sendo clínica, se tem<br />
pesquisado sobre o modo de ação deste tipo de medicamentos. A<br />
<strong>homotoxicologia</strong> está muito relacionada com a medicina convencional e é muito<br />
valorizada por médicos convencionais de “mente aberta”, porque os mecanismos<br />
de ação dos medicamentos anti-homotóxicos podem ser explicados através dos<br />
modelos de biologia molecular desta medicina convencional. Por outro lado, e ao<br />
contrário do que ocorre com os medicamentos alopáticos, a maioria dos<br />
medicamentos anti-homotóxicos contém micro doses ou nano doses de<br />
componentes ativos e, portanto não são tóxicos. A escassez de efeitos<br />
secundários e de contra-indicações, a ausência de interações medicamentosas e<br />
sua segurança e eficácia fazem com que a <strong>homotoxicologia</strong> classifique-se como<br />
uma terapia “suave”. Desta maneira, a <strong>homotoxicologia</strong> constitui uma ponte entre<br />
a medicina convencional e a homeopatia. Esta ponte refere-se ao sólido<br />
diagnóstico da medicina convencional e ao tratamento suave e não tóxico da<br />
terapia anti-homotóxica.<br />
7
Definição homotoxicológica de doença<br />
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa<br />
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e<br />
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para<br />
compensar a lesão tóxica que recebeu.<br />
© IAH 2009<br />
8<br />
Do ponto de vista homotoxicológico, a doença é produzida pela reação do corpo<br />
diante da presença de homotoxinas prejudiciais. O que reconhecemos como<br />
sintomas clínicos da doença é o resultado da reação do sistema à ameaça.<br />
Isto significa que a doença não é a presença de sintomas por si só, mas que<br />
estes somente devem ser vistos como uma demonstração de uma atividade de<br />
defesa contínua.<br />
Enquanto se considere os sintomas clínicos somente como uma ameaça para a<br />
qualidade de vida do paciente e todo o tratamento vise à eliminação destes<br />
sintomas, os resultados serão superficiais e na realidade estaremos<br />
comprometendo a longo prazo a saúde do paciente.<br />
Um tratamento bioterapêutico leva em conta as homotoxinas causadoras da<br />
enfermidade e mediante a estimulação do próprio sistema de defesa do corpo,<br />
irá atuar sobre as causas reais da doença. A bioterapia sempre é um tratamento<br />
regulador e não um tratamento supressor.<br />
8
Definição homotoxicológica de doença<br />
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa<br />
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e<br />
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para<br />
compensar a lesão tóxica que recebeu.<br />
© IAH 2009<br />
9<br />
Expressão: O que vemos não é o que temos. Os sintomas são somente a<br />
conseqüência de uma atividade do organismo contras as agressões tóxicas. Se,<br />
por exemplo, há uma inflamação, o tratamento causal indica que teremos que<br />
fazer algo para a inflamação desencadeada pelas homotoxinas, o qual se pode<br />
realizar através da regulação da atividade de defesa. A mera supressão dos<br />
sintomas pode ser comparada como empurrar um iceberg para debaixo da água<br />
com a esperança de que o mesmo nunca voltará a aparecer. Se deixarmos de<br />
fazer pressão, o iceberg voltará a aparecer. Este fenômeno explica a recorrência<br />
das doenças na medicina convencional.<br />
Pode-se fazer outra comparação. Os sintomas clínicos são somente a expressão<br />
de algo mais profundo, da mesma maneira que as palavras que diz uma pessoa<br />
são a expressão de seus pensamentos. A supressão das palavras, a proibição<br />
de falar, não irá modificar as causa da fala, que são os pensamentos na mente<br />
da pessoa que fala. O tratamento da mente, como na psicoterapia, dará lugar<br />
automaticamente a diferentes expressões.<br />
Da mesma forma, a supressão da febre nas doenças virais, pode parecer eficaz<br />
a curto prazo. No longo prazo, só aumentará a proliferação do vírus porque a<br />
febre tem um efeito virostático já que as citocinas atuam melhor com altas<br />
temperaturas.<br />
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Definição homotoxicológica de doença<br />
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa<br />
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e<br />
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para<br />
compensar a lesão tóxica que recebeu.<br />
© IAH 2009<br />
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Biologicamente: “Bios” significa vida, “logos” significa palavra, estudo, ou<br />
também “regra”. Biológico significa “segundo as regras da vida”. Qualquer ação<br />
terapêutica que vá contra este feito biológico vai contra os aspectos básicos da<br />
vida. Se suprimirmos uma inflamação e este processo inflamatório tiver como<br />
objetivo eliminar as homotoxinas e/ou suas influências negativas sobre os<br />
tecidos, estaremos interrompendo um processo de limpeza e ficaremos com os<br />
efeitos da intoxicação. Ao bloquear o efeito de limpeza de um processo<br />
inflamatório tomamos uma medida contra a vida porque as homotoxinas<br />
persistirão e seguirão intoxicando com mais intensidade a longo prazo, o que<br />
significa que o efeito das homotoxinas será mais evidente na célula que na<br />
matriz extra-celular.<br />
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Definição homotoxicológica de doença<br />
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa<br />
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e<br />
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para<br />
compensar a lesão tóxica que recebeu.<br />
© IAH 2009<br />
11<br />
Orientados: Este termo é extremamente importante na definição<br />
homotoxicológica da doença. Significa que a reação do sistema de defesa será<br />
proporcional às necessidades para se chegar ao objetivo. Isso inclui todos os<br />
aspectos reguladores que se refere à <strong>homotoxicologia</strong>. A mobilização da defesa<br />
realiza-se no nível necessário para se chegar ao objetivo, que na maioria dos<br />
casos é a eliminação da homotoxina e sua atividade interativa negativa com a<br />
célula e com seu ambiente, e a restauração da homeostase. A regulação do<br />
nível de atividade realiza-se mediante um mecanismo complexo de sistemas<br />
auto-reguladores que atuam entre si, e isso através de muitos mediadores e<br />
sistemas de retro-alimentação diferentes.<br />
A maioria das reações do sistema de defesa está orientada, mas se pode<br />
produzir reações inadequadas (não orientadas) que geram doenças por si<br />
mesmas. Por exemplo, as doenças auto-imunes são uma reação inadequada do<br />
sistema de defesa. O sistema imune ataca os próprios tecidos, que em<br />
condições normais seriam tolerados e não atacados. Ocorre o mesmo em<br />
reações alérgicas como a febre do feno. A reação do sistema de defesa não<br />
guarda relação com o risco do agressor (o pó ou o pólen) e, portanto não está<br />
orientada.<br />
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Definição homotoxicológica de doença<br />
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa<br />
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e<br />
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para<br />
compensar a lesão tóxica que recebeu.<br />
© IAH 2009<br />
12<br />
O mecanismo de defesa está aí para proteger o organismo da agressão tóxica.<br />
Não funciona só quando o antígeno está atacando o sistema. O mecanismo de<br />
defesa deve ser um sistema em alerta em todo o momento. Desta maneira se há<br />
alteração na homeostase pode-se ativar a resposta adequada, seja ela imune,<br />
hormonal ou enzimática, etc.. Só estando em espera e alerta o tempo todo, é<br />
possível uma defesa eficaz e orientada. A falha do sistema produzirá uma<br />
intoxicação.<br />
Os mecanismos reguladores estão muito controlados mediante sistemas de<br />
retro-alimentação positivos e negativos. O bloqueio ou derivação destes<br />
sistemas de retro-alimentação impedirá a regulação e produzirá doenças<br />
crônicas.<br />
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Definição homotoxicológica de doença<br />
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa<br />
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e<br />
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para<br />
compensar a lesão tóxica que recebeu.<br />
© IAH 2009<br />
13<br />
Definimos uma homotoxina como QUALQUER substância que seja tóxica para o organismo<br />
humano (homo=ser humano, tóxico=veneno). A toxicidade pode ser um efeito molecular<br />
bioquímico direto, um efeito bloqueador físico ou ainda um efeito interativo prejudicial. Portanto, a<br />
nós não nos interessa unicamente a homotoxina por si mesma, mas também, e talvez<br />
principalmente efeitos que ela produz (inclusive a distância) sobre a célula.<br />
Diferenciamos entre homotoxinas endógenas e exógenas.<br />
As homotoxinas exógenas são substâncias que por definição já são tóxicas para o organismo<br />
humano em certas situações (ver o slide anterior). Algumas delas são bem conhecidas (tabaco,<br />
álcool, drogas/fármacos de muitos tipos), outras são menos conhecidas (substâncias aromáticas,<br />
colorantes, corantes alimentares) e outras desconhecidas (cádmio, evaporação de adesivos,<br />
gases, radiações...).<br />
As homotoxinas endógenas são produzidas no próprio corpo. A maioria são produtos<br />
intermediários ou finais de processos metabólicos (p. ex. CO2). Outras homotoxinas endógenas<br />
são a conseqüência de um desequilíbrio de secreção hormonal (p. ex. estrógeno/progesterona), a<br />
inibição ou ausência de um mediador ou da secreção de uma substância intermediária (p.ex.<br />
insulina na diabetes, serotonina na depressão) ou de sua recaptação acelerada (p. ex.<br />
concentrações baixas de serotonina na depressão) ou justamente o contrário, o aumento da<br />
estimulação continua e persistente de um aporte de mediadores (p. ex. hormônio tireoidiano no<br />
hipertireoidismo).<br />
É essencial a atividade de interferência ou de bloqueio das homotoxinas sobre o funcionamento<br />
normal dos sistemas orgânicos e dos sistemas ativadores ou reguladores (sistema hormonal,<br />
sistema nervoso...).<br />
Se desejar informações mais detalhadas sobre as homotoxinas, ver o tema “IAH AC Drenagem e<br />
desintoxicação”.<br />
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14<br />
A Tabela de Evolução da Doença (previamente denominada tabela de seis<br />
fases) é um instrumento para avaliar a evolução da doença do paciente. A<br />
utilização correta da mesma não somente dá uma idéia da gravidade da doença<br />
do paciente, mas também ajudará o médico a estabelecer um plano terapêutico<br />
eficaz.<br />
A Tabela da imagem foi a primeira Tabela da Evolução da Doença ou Tabela de<br />
seis fases original de Reckeweg, traduzida do alemão para o espanhol (versão<br />
alemã de 1957).<br />
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© IAH 2009<br />
15<br />
Na faixa horizontal vemos seis fases nesta versão inicial. A fase de inflamação (nome atual) se<br />
chamou “fase de reação” porque o corpo está reagindo à homotoxina. A atual “fase de<br />
‘desdiferenciação” (contrária a diferenciação embrionária das células) se denominou “fase<br />
neoplásica” devido a nova formação de tecido nos tumores.<br />
Também é interessante o fato de que tivera 2 blocos de 3 classes cada um deles, separados por<br />
uma divisão biológica. Ao lado esquerdo desta divisão estão todas as doenças nas quais as<br />
homotoxinas causadoras ou seus efeitos são extra-celulares. Do lado direito da mesma a<br />
presença ou o efeito da homotoxina é principalmente intra-celular.<br />
A referência a matriz extra-celular, ou a Matriz Vivente, tal como se conhece na histologia<br />
moderna atualmente, não existia no momento da elaboração desta tabela (1957) porque ainda<br />
não se conhecia esta conceito. (Sistema da Regulação Basal, Pischinger, 1975). Embora<br />
Reckeweg tenha se referido a mesma incluindo o nível mesenquimatoso como um nível separado<br />
(o mesênquima deve estar debaixo da camada mesodérmica), a matriz só adquiriu importância<br />
em uma nova tabela de seis fases no início da década de 1990. Atualmente sabemos que a<br />
Matriz Vivente tem três níveis que atuam entre si: a matriz extra-celular, a matriz intra-celular e a<br />
matriz intra-nuclear. Analisaremos esta última nesta conferência,e ainda, com mais detalhes no<br />
tema “IAH AC Histologia e fisiologia da matriz vivente.”<br />
Como o Dr. Reckeweg estava muito interessado na toxicologia, há poucas referências às<br />
doenças relacionadas com a mente. Também isso é completamente diferente na última versão<br />
da tabela.<br />
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© IAH 2009<br />
16<br />
Nesta faixa vertical reconhecemos as 3 camadas embrionárias: o ectodermo, o<br />
endodermo e o mesodermo. Como se afirmou no slide anterior, o mesênquima<br />
se refere à fase prévia do que posteriormente de denominou matriz extra-celular.<br />
De um ponto de vista embriológico puro deve-se classificar como mesodermo e<br />
não aparecer como uma diferenciação tissular separada.<br />
É importante a ordem em que se classificam as fases e as camadas<br />
embrionárias (e os tecidos resultantes). È evidente que Reckeweg inspirou-se<br />
em Hering porque ambos referem-se à lei de Hering em Homeopatia. A lei de<br />
Hering afirma que as doenças evoluíram com o passar do tempo do exterior para<br />
o interior, de órgãos e tecidos menos importantes para outros mais importantes e<br />
de doenças não-celulares para doenças celulares.<br />
16
Segunda tabela das homotoxicoses<br />
Fases<br />
humorais<br />
Saúde<br />
Fases<br />
da matriz<br />
Doenças<br />
Fases<br />
celulares<br />
Tecidos<br />
Ectodermo<br />
Entodermo<br />
Mesênquima<br />
Mesodermo<br />
Excreção<br />
Impregnação<br />
Inflamação<br />
Inter-celular<br />
Deposição<br />
D<br />
I<br />
V<br />
I<br />
S<br />
Ã<br />
O<br />
B<br />
I<br />
O<br />
L<br />
Ó<br />
G<br />
I<br />
C<br />
A<br />
Degeneração<br />
Desdiferenciação<br />
Intra-celular<br />
© IAH 2009<br />
17<br />
Ao final da década de 1980 realizaram-se mudanças fundamentais na tabela<br />
existente. Para compreendermos temos que recordar alguns aspectos<br />
histológicos que se descobriram e colocaram em prática naquele momento. O<br />
dado principal é que se acrescentaram as Fases matriciais ao conceito existente<br />
de Reckeweg.<br />
17
O terreno do paciente<br />
• «La bactérie n’est rien, c’est le terrain qui fait tout.»<br />
• “As bactérias não são nada,<br />
o terreno é tudo”<br />
Claude Bernard<br />
Século XIX<br />
© IAH 2009<br />
18<br />
No século XIX o histologista francês Claude Bernard elaborou a terminologia<br />
“terreno interno” ou meio interno. Estava-se referindo ao ambiente direto da<br />
célula, tanto estrutural como fisiológico. A qualidade de vida da célula se<br />
relaciona diretamente com a pureza de seu ambiente direto, porque esta é a<br />
zona de que toma seu alimento e sua energia e onde deposita seus produtos<br />
finais.<br />
Louis Pasteur, o descobridor dos microorganismos na medicina moderna,<br />
referiu-se a Claude Bernard quando mencionou que uma infecção bacteriana<br />
está mais relacionada com uma modificação do meio interno do paciente do que<br />
com a presença de uma bactéria ou de outro microorganismo.<br />
A bactéria não é a causa de uma infecção bacteriana, mas o meio interno do<br />
paciente se converte em um meio de cultura que favorece a proliferação do<br />
microorganismo. Por este motivo, os antibióticos, deste ponto de vista, não são o<br />
tratamento causal para todos os pacientes (terreno individual) da mesma<br />
maneira. Em um terreno adequado,um antibiótico pode ser um tratamento<br />
puramente sintomático uma vez que muitas vezes náo houve necessidade para<br />
ser administrado.<br />
Os antibióticos inibem diretamente a proliferação das bactérias. O tratamento<br />
causal deve ser limpar o terreno de tal forma que o mesmo se converta em um<br />
terreno inadequado para as bactérias inibindo assim sua proliferação por<br />
privação. Isso favorece o sistema de defesa, que deve eliminar menos<br />
agressores e sobretudo, um terreno limpo dará menos chance para uma<br />
recorrência.<br />
18
Célula de<br />
parênquima<br />
de um órgão<br />
Membrana<br />
basal<br />
Substância<br />
basal<br />
Axón<br />
Colágeno<br />
Célula de<br />
defesa<br />
Elastina<br />
Fibroblasto<br />
Virchow<br />
O sistema Pischinger<br />
Mastócito<br />
Capilar<br />
Axón<br />
Endócrinio<br />
SNC<br />
Pischinger<br />
Biorritmo<br />
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19<br />
O meio interno de Claude Bernard é um feito histológico. Na histologia moderna<br />
denomina-se atualmente a Matriz Vivente (MV), formada por diferentes níveis ou<br />
componentes (extra-celular, intra-celular e intra-nuclear). A matriz extra-celular é<br />
uma zona de transmissão entre todos os sistemas reguladores e a célula. Os<br />
nervos, os capilares, os vasos linfáticos...todos terminam ou começam na matriz<br />
extra celular (MEC). Nenhum deles termina nem se origina na célula. As<br />
interações entre os diferentes sistemas (sistema nervoso, corrente sanguínea,<br />
sistema de defesa, estrutura basal...) tem lugar nas trocas dos mediadores muito<br />
diferenciados que encontram-se na matriz extra-celular (MEC). Desta forma a<br />
célula se relaciona diretamente com a matriz extra-celular, e a qualidade da<br />
função e sua capacidade dependem da pureza da matriz extra-celular e de suas<br />
característica de transmissão.<br />
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© IAH 2009<br />
20<br />
A própria matriz extra-celular está formada por uma rede tridimensional fina de<br />
proteoglucanos e glucosaminoglucanos (mucopolissacarídeos). Um<br />
proteoglucano está formado por uma molécula de ácido hialurônico sobre a qual<br />
se fixa a proteína central, unidas mediante proteínas de união. Horizontalmente,<br />
em uma estrutura arbórea, fixam-se proteínas transversais que transportam<br />
complexos de açúcares (glucosaminoglucanos, por exemplo, condroitín sulfato).<br />
Se deseja informações mais detalhadas sobre a estrutura da matriz, consulte<br />
também o tema “IAH AC Histologia e fisiologia da matriz vivente.”<br />
20
Segunda tabela das homotoxicoses<br />
Saúde<br />
Fases<br />
humorales<br />
Fases<br />
da matriz<br />
Doenças<br />
Fases<br />
celulares<br />
Tecidos<br />
Ectodermo<br />
Entodermo<br />
Mesênquima<br />
Mesodermo<br />
Excreção<br />
Impregnação<br />
Inflamação<br />
Inter-celular<br />
Deposição<br />
D<br />
I<br />
V<br />
I<br />
S<br />
Ã<br />
O<br />
B<br />
I<br />
O<br />
L<br />
Ó<br />
G<br />
I<br />
C<br />
A<br />
Degeneração<br />
Desdiferenciação<br />
Intra-celular<br />
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21<br />
O principal motivo pelo qual na década de 1980 incorporou-se a matriz à tabela<br />
de seis fases foi o fato de que naquele momento os homotoxicologistas<br />
acreditavam que o depósito das homotoxinas acontecia na matriz. É claro que<br />
atualmente temos dúvidas sobre este ponto.<br />
Nesta versão da tabela permaneceu a classificação embriológica dos tecidos<br />
(como na tabela do Dr. Reckeweg), mas as fases classificaram-se em 3 blocos<br />
de 2 fases. De uma divisão incial da tabela em dois blocos (fases humoral e<br />
celular) a tabela se dividiu em 3 blocos, integrando a matriz como um feito<br />
histológico (fases humorais, matriciais e celulares).<br />
Para ser mais corretos na terminologia da fases, a fase de Reação, se converteu<br />
em uma fase de “Inflamação” porque a reação do sistema de defesa é uma<br />
inflamação na segunda fase. A fase de “Neoplasia” se converteu na fase de<br />
“Desdiferenciação” devido a característica das possibilidades onipontentes da<br />
célula em processo de desdiferenciação (o contrário da célula embionária em<br />
processo de diferenciação).<br />
21
Seis fases das homotoxicoses<br />
• Excreção: expulsão dos produtos tóxicos<br />
• Inflamação: inicia a limpeza mediante a ativação do<br />
sistema de defesa<br />
• Depósito: armazenamento dos produtos tóxicos no espaço<br />
extra-celular<br />
• Impregnação: o principal efeito da intoxicação se faz intracelular.<br />
Começa a alteração dos sistemas enzimáticos<br />
• Degeneração: a intoxicação destrói a célula<br />
• Fases de desdiferenciação: a célula se desdiferencia a uma<br />
célula indiferenciada, se criam neoplasias<br />
© IAH 2009<br />
22<br />
Aqui vemos as principais características das seis fases da tabela.<br />
Posteriormente estudaremos com mais detalhes as caracteríticas de cada uma<br />
delas.<br />
22
A divisão biológica marca a<br />
diferença entre a intoxicação extracelular<br />
e a intra-celular<br />
Do ponto de vista orgânico a divisão<br />
biológica é com frequência o ponto<br />
sem retorno<br />
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A divisão biológica (o corte biológico) é a linha imaginária que divide as fases de depósito e<br />
impregnação da antiga tabela de seis fases do Dr. Reckeweg. Isso significa que encontra-se no<br />
centro da tabela de seis fases e no meio das fases da matriz. Não é simplesmente uma linha<br />
divisória. É simbólica e sua utilidade terapêutica estratégica é muito grande.<br />
Todo efeito intoxicador que atravessa a divisão biológica produz uma lesão com freqüência<br />
irreparável da célula, ou a própria homotoxina , por seu efeito, colocará em perigo a saúde da<br />
célula, porque se produzirá uma interação destrutiva no núcleo celular e nas estruturas intercelulares.<br />
Por este motivo a divisão biológica é a linha divisória entre as doenças com bom prognóstico e as<br />
doenças com um prognóstico duvidoso, entre a pureza intra-celular relativa e uma situação<br />
intacta, e uma intoxicação intra-celular ou um estado de deficiência, entre a inibição reparável da<br />
função e a lesão irreparável. Em termos gerais também pode-se considerar que forma-se a linha<br />
divisória entre as patologias principalmente agudas e as patologias principalmente crônicas.<br />
Quando se cruza a divisão biológica, o tratamento deverá ser mais profundo. Afinal, as fases da<br />
esquerda da divisão podem associar-se a recuperação completa se estimular-se corretamente o<br />
mecanismo defensivo do próprio corpo e se conseguir uma drenagem e uma desintoxicação<br />
adequados. Não só desaparecerão os sintomas clínicos, mas o terreno do paciente dará menos<br />
oportunidade para que produzam novas agressões e intoxicações. À direita da linha divisória já<br />
se pode observar a participação da célula, que jã vai estar lesionada. É aqui onde se devem<br />
integrar os 3 pilares da <strong>homotoxicologia</strong> na estratégia terapêutica. Estes 3 pilares são: 1.<br />
Drenagem e desintoxicação; 2. Imuno-modulação; e 3. Apoio orgânico e celular.<br />
23
A divisão biológica marca a<br />
diferença entre a intoxicação extracelular<br />
e a intra-celular ou<br />
seu efeito, entre a auto-regulação<br />
e a compensação<br />
Do ponto de vista orgânico,<br />
a divisão biológica é o ponto<br />
sem retorno<br />
© IAH 2009<br />
Á direita da divisão biológica o tratamento está focado em interromper a disfunção intracelular,<br />
devido aos processos de intoxicação observados pela presença intra-celular de<br />
homotoxinas ou pela presença extra-celular destas com um efeito desestabilizador intracelular,<br />
(p. ex. estimulando a respiração celular mediante a utilização de catalisadores<br />
do ciclo do ácido cítrico ou dando suporte aos órgãos mediante os princípios dos<br />
medicamentos compositum), “purificando” o espaço intersticial (drenagem) e<br />
compensando a lesão celular permanente produzida pela intoxicação intra-celular<br />
avançada (na medida do possível). Além disso, com frequência devem-se aplicar<br />
medidas terapêuticas imuno-moduladoras (p. ex. fármacos reguladores da inflamação) e<br />
medidas de drenagem e desintoxicação (que formam os 3 pilares da <strong>homotoxicologia</strong>).<br />
Ao final se tentará devolver o organismo a sua auto-regulação. As fases que estão em<br />
contato com a divisão biológica à esquerda e à direita da tabela caracterizam-se por<br />
períodos latentes de ausência de sintomas, o que permite que um organismo evolua<br />
discretamente através da divisão. Por este motivo o tratamento das fases de depósito e<br />
de impregnação são mais difíceis para o médico porque os sintomas nem sempre<br />
expressam a gravidade da doença.<br />
As oportunidades de uma avaliação terapêutica nestas fases medianas com frequência<br />
são imprecisas e estão mascaradas pela ausência de sintomas. Ademais, também se<br />
deverá tratar o paciente mesmo quando não tenha sintomas clínicos em absoluto, algo<br />
que algumas pessoas consideram completamente desnecessário. Afinal, não é<br />
necessário tratar alguém que não sente-se doente.<br />
Além de ativar os mecanismos de defesa ao nível de espaço extra-celular, a drenagem<br />
também é um fator crucial. Às vezes ainda pode-se estimular os processos inflamatórios<br />
para conseguir a “purificação” rápida dos tecidos intoxicados. Esta inflamação também<br />
pode aparecer espontaneamente como outra faceta do processo de cicatrização.<br />
Chamamos isso de “avanço para a saúde” forçada ou espontânea, ou deslocamento<br />
sintomático no bom sentido.<br />
24
© IAH 2009<br />
25<br />
O corpo maneja as homotoxinas de 6 formas diferentes. O Dr. H-H Reckeweg classificou as<br />
homotoxicoses (doenças) neste quadro dinâmico, ou seja, a tabela de seis fases das<br />
homotoxicoses, como a chamou. Com o tempo uma doença pode evoluir desde a fase de<br />
excreção, através da inflamação (previamente as fases de reação), às fases de depósito.<br />
Posteriormente há uma evolução das fases de impregnação, através das de degeneração, até as<br />
de desdiferenciação (previamente as fases de neoplasia). O corpo pode omitir certas fases, ou<br />
seja, a evolução pode ocorrer sem sintomas devidos a aparição destas fases.<br />
O sistema da tabela de seis fases não somente nos permite conhecer a gravidade de uma<br />
doença (nível de intoxicação e reação do corpo a esta intoxicação), mas também fazer<br />
prognóstico terapêutico.<br />
A tabela de seis fases dá ao médico uma classificação clara das doenças e lhe permite<br />
interpretar corretamente qualquer alteração dos sintomas. Além de sua utilidade como ferramenta<br />
de avaliação para o médico, possui também uma importância fundamental para determinar os<br />
medicamentos anti-homotóxicos reais (a maioria dos produtos relaciona-se diretamente com uma<br />
determinada situação do organismo) para estimular a evolução favorável no menor tempo<br />
possível.<br />
As seis fases em questão, se assignam a três grupos de dois (as fases humorais, matriciais e<br />
celulares), que se dividem no meio do caminho entre as fases da matriz pela sua divisão<br />
biológica. Uma vez que se cruza esta divisão, isso indica que as homotoxinas ou seus efeitos<br />
evoluíram do meio extra-celular ao intra-celular, em outras palavras, as homotoxinas que<br />
inicialmente estavam fora da célula podem avançar para o interior da célula, ou a homotoxina<br />
está fisicamente fora da célula mas o efeito de intoxicação se produz principalmente dentro da<br />
célula.<br />
25
© IAH 2009<br />
26<br />
As fases humorais são as fases de excreção e de inflamação Caracterizam-se<br />
por esforços repetidos por parte do corpo de conseguir a desintoxicação<br />
(eliminação) espontânea. As estruturas intra-celulares sempre permanecem<br />
intactas, embora veremos que pode-se perder numerosas células no processo<br />
de inflamação, se bem que serão substituídas por células intactas e sadias<br />
posteriormente. Há um tendência espontânea rumo a melhora. Isso significa que<br />
se impedir uma intoxicação adicional e o paciente estiver em uma situação em<br />
que se favoreça a eliminação (p. ex. repouso), a doença desaparecerá, sempre<br />
que não haja obstáculos mecânicos (p. ex. seio congestionado na sinusite). O<br />
prognóstico das doenças nas fases humorais geralmente é favorável e o<br />
processo de recuperação pode acelerar significativamente mediante o<br />
tratamento com medicamentos anti-homotóxicos, com um risco insignificantes<br />
de efeitos secundários.<br />
26
© IAH 2009<br />
27<br />
As fases matriciais são as fases de deposição e de impregnação. As doenças destas fases<br />
produzem-se no nível da substância basal, o sistema básico de biorregulação (SBBR) o<br />
denominado espaço de Pischinger ou o Sistema de regulação basal segundo Pischinger. Todos<br />
estes termos são sinônimos.<br />
As fases matriciais são cruciais na evolução do paciente porque nestas fases se produzem a<br />
passagem real da presença ou o efeito extra-celular da homotoxina à presença ou o efeito intracelular.<br />
A importância de um sistema básico de biorregulação que funcione adequadamente, ou<br />
seja, que não está intoxicado, é fundamental para a proteção do corpo contras as doenças<br />
degenerativas crônicas.<br />
As fases celulares são as fases de degeneração e de neoplasia ou de desdiferenciação. Estão do<br />
outro lado da divisão biológica. Isso significa que a intoxicação se produziu não somente entre as<br />
células mas também dentro das células, ou que a intoxicação extra-celular tenha efeitos intracelulares.<br />
De maneira lenta, mas segura, se inibem as funções das células até o ponto de sua<br />
destruição. Os mecanismos de autorregulação fracassam e o corpo tenta compensá-los. A<br />
eliminação das células mediante apoptose e a atividade dos linfócitos granulares grandes (LGG);<br />
linfócitos citolíticos naturais (linfócitos NK, células NK ou células agressoras naturais) e linfócitos<br />
citotóxicos (linfócitos Tc) é insatisfatória. A condensação ou o depósito das homotoxinas na<br />
células é o princípio fundamental das fases celulares. Como já mencionado antes, pode ser a<br />
presença de uma homotoxina intra-celular ou a presença de uma toxina extra-celular que tem um<br />
efeito intra-celular. Neste momento a ruptura da passagem normal de mediadores para a célula<br />
poderia produzir uma disfunção intra-celular. Portanto, a intoxicação do ambiente da célula e a<br />
alteração da oxigenação celular também pode produzir a morte ou a disfunção celular. As<br />
estruturas intra-celulares podem lesionar-se de maneira irreversível. Há uma tendência<br />
espontânea ao agravamento dos sintomas (se não se administra nenhum tratamento a situação<br />
do paciente se agravará, por exemplo um paciente com artrose que deixa de se mover se não<br />
recebe nenhum suporte terapêutico) e o prognóstico geralmente será ruim. Ainda no caso de<br />
uma drenagem completa (na medida do possível) das homotoxinas, o paciente permanece<br />
doente de maneira latente. A lesão intra-celular segue existindo, mesmo quando o paciente já<br />
não mostrar sintomas clínicos.<br />
27
© IAH 2009<br />
28<br />
Do ponto de vista homotoxicológico os sintomas do paciente podem ser aliviados, mas com<br />
frequência não podem ser curados completamente. A lesão intra-celular e a morte celular são<br />
irreversíveis e a cicatrização depois da lesão permanece para sempre. Além disso, qualquer nova<br />
intoxicação significativa na zona ou órgão afetado dará lugar à criação acelerada de uma nova<br />
fase celular em progressão. Isso significa que há uma probabilidade elevada de que um paciente<br />
com artrose sempre siga sendo um paciente com artrose ao nível celular, mesmo quando estiver<br />
assintomático, tendo melhor mobilidade, etc.. Podemos melhorar muito sua situação, mas ao<br />
nível celular ficaram os tecidos da degeneração.<br />
Deixando à parte as patologias mentais, esta tabela proporciona uma classificação<br />
homotoxicológica surpreendentemente simples das doenças. A nova tabela estabelece<br />
diferenças em relação com os diversos órgãos e sistemas orgânicos. Também inclui as doenças<br />
psicológicas, como já havia feito pela primeira vez do médico e homotoxicologista italiano Dr. Ivo<br />
Bianchi.<br />
A tabela proporciona vários exemplos de homotoxicoses em cada quadrante. A classificação de<br />
todos os milhares de doenças nesta tabela, com este tipo de letra, provavelmente daria lugar a<br />
uma tabela de seis fases tão grande quanto uma quadra de tênis. Pretende-se que esta tabela<br />
seja uma ajuda ao raciocínio, não uma enciclopédia. As doenças podem ser colocadas<br />
corretamente na tabela mediante analogia. A tabela não contém sintomas porque é possível que<br />
um mesmo sintoma apareça em várias doenças. Por exemplo, a dor pode fazer parte de uma<br />
fase de inflamação (p. ex. na artrite), de uma fase de depósito (p. ex. formação de cálculos), de<br />
uma fase de impregnação (p. ex. angina de peito), de uma fase de degeneração (p. ex. na<br />
artrose) ou de uma fase de desdiferenciação (p. ex. câncer intestinal).<br />
28
© IAH 2009 29<br />
A importância do espaço extra-celular tornou-se evidente a partir da descrição do<br />
sistema da regulação basal de Prof. Alfred Pischinger. Por este motivo se<br />
integrou à tabela de seis fases. Como o depósito e a impregnação das toxinas<br />
ou seus efeitos à distância da célula se relacionam com a localização das<br />
homotoxinas (presentes na MEC), ambas fases de denominam fases matriciais.<br />
A alteração da regulação da matriz tem um efeito direto sobre a matriz extracelular<br />
e intra-celular. Se os mecanismos de reparação e os mecanismos<br />
reguladores já não podem compensar o efeito das toxinas sobre a matriz, se<br />
produzem doenças ao nível celular. Por este motivo as doenças que somente<br />
afetam as enzimas reguladoras e produzem depósitos na matriz extra-celular se<br />
encontram nas fases de deposição e fases de impregnação, respectivamente.<br />
Deste forma criaram-se 3 blocos de 2 fases cada um no lugar de 2 blocos de 3<br />
fases, como aparecia na tabela original de seis fases do Dr. Reckeweg.<br />
Se deseja mais informação sobre a MEC, estude o tema “IAH AC Histologia e<br />
fisiologia da matriz”.<br />
29
Tabela da Evolução<br />
da Doença<br />
(TED)<br />
Ano 2007<br />
© IAH 2009<br />
30<br />
Na versão da década de 1990 da tabela de seis fases, os diferentes tecidos não<br />
se denominaram de acordo com sua origem embrionára. Os nomes dos tecidos<br />
se referiam a nomenclatura que se utiliza na medicina moderna. Devido a isso<br />
perdeu-se a importância da origem embrionária do tecido. Era muito necessário<br />
combinar a precisão da origem embrionária com a terminologia tissular moderna<br />
tal e como se utiliza na prática diária. Por este motivo em 2006 especialistas em<br />
<strong>homotoxicologia</strong> trabalharam juntos para elaborar esta nova tabela de seis fases,<br />
denominada agora Tabela de Evolução da Doença ou TED. Há muitas<br />
mudanças em comparação com as tabelas anteriores. Ademais se tem<br />
atualizado os exemplos das doenças que aparecem nesta tabela.<br />
A tabela atual inclui ou classifica os tecidos novamente segundo sua origem<br />
embrionária, fazendo referência a suas vicariações mais plausíveis na mesma<br />
camada embriológica. O princípio das seis fases segue sendo o mesmo, embora<br />
tenha-se acrescentado um código de cores para simbolizar, do branco ao preto,<br />
a pureza de um organismo excretor e o prognóstico sombrio da morte celular e a<br />
desdiferenciação. Ao contrário da tabela original do Dr. Reckeweg, o<br />
mesênquima se classifica no mesmodermo porque do ponto de vista<br />
embriológico origina-se nele mesmo. Não é nada mais do que classificá-lo<br />
corretamente do ponto de vista histológico.<br />
Segundo a abordagem homeopática do paciente, e em relação com a materia<br />
medica, a “mente” está na parte superior da tabela, e já não na inferior.<br />
30
Ectodérmico<br />
© IAH 2009<br />
31<br />
Em primeiro lugar, vemos que desapareceu a classificação das fases humorais,<br />
da matriz e celulares da parte superior da tabela. O motivo disso é deixar muito<br />
claro que esta tabela de nenhum modo quer referir-se a posição topográfica da<br />
homotoxina no corpo, mas unicamente a localização de seu principal efeito e a<br />
reação do corpo ante esse efeito. Como a maioria das fases dilui-se entre si,<br />
como também os diversos níveis da matriz vivente se diluiam entre si, qualquer<br />
referência a localização topográfica da homotoxina em si mesma poderia dar<br />
lugar a conclusões falsas porque uma doença poderia ser produzida devido ao<br />
efeito de uma homotoxina muito longe do ponto em que está alojada a própria<br />
homotoxina.<br />
O principais tecidos que se originam na camada ectodérmica são a pele, as vias<br />
respiratórias superiores, o sistema nervoso, o olho e o sistema nervoso<br />
autônomo. As doenças relacionadas com estes tecidos encontram-se nesta<br />
parte da tabela de seis fases.<br />
31
Endodérmico<br />
© IAH 2009<br />
32<br />
O tecidos endodérmicos são o aparelho respiratório inferior, o tubo digestivo e<br />
aparelho urogenital (não os rins). Além deste tecidos, também se encontram aqui<br />
os tecidos exócrinos (sexuais, digestivos e respiratórios) e o sistema endócrino<br />
com suas glândulas. As doenças relacionadas com estes tecidos encontram-se<br />
nesta parte da tabela de seis fases.<br />
32
Mesodérmico<br />
© IAH 2009<br />
33<br />
A maior parte da tabela está formada pelos tecidos mais profundos. Como já se<br />
mencionou antes, e ao contrário da classificação do Dr.Reckeweg, o<br />
mesênquima (nome antigo do tecido conectivo) pertence a camada<br />
mesodérmica. Os tecidos que se originam na camada mesodérmica são o tecido<br />
conectivo, o tecido ósseo, o sangue, o sistema cardiovascular, o sistema<br />
linfático, as articulações (estrutura intra-articular), os rins, o tecido seroso, os<br />
tecidos germinais (ambos os sexos) e os músculos.<br />
As doenças relacionadas com estes tecidos encontram-se nesta parte da tabela<br />
de seis fases.<br />
33
Evolução para a doença<br />
© IAH 2009<br />
34<br />
O Dr. H-H Reckeweg recebeu formação em homeopatia tradicional. Um dos<br />
pilares do ensino desta medicina é a lei de Hering.<br />
Esta lei afirma que uma doença que evolui até a recuperação da saúde, o fará<br />
do interior para o exterior, dos órgãos vitais até os órgãos menos vitais, do<br />
tronco até as extremidades (de maneira centrífuga). Uma doença que se reprime<br />
ou se torna crônica tende a mover-se até os tecidos (órgãos) mais profundos (de<br />
maneira centrípeda).<br />
O Dr. Reckeweg incorporou essa lei e esta idéia a sua <strong>homotoxicologia</strong>, como se<br />
define em sua tabela de seis fases. Ao deslocamento dos sintomas o chamou<br />
“vicariação”. Atualmente tem-se abandonado o termo “vicariação” devido a sua<br />
origem etimológica. O termo antigo “vicariação progressiva” denomina-se<br />
atualmente “a evolução da doença”. A evolução da doença indica o que<br />
realmente é: o movimento dos efeitos da intoxicação da esquerda para a direita<br />
e da parte superior até a parte inferior da tabela.<br />
34
Evolução para a doença<br />
© IAH 2009<br />
35<br />
Evolução da doença<br />
A progressão de uma doença, na qual o movimento se dirige da fase da esquerda para a fase de<br />
direita na tabela de seis fases, se chama evolução da doença. Para o paciente isso significa um<br />
agravamento da situação, porque as homotoxinas estão tendendo a uma fase de depósito,<br />
possivelmente da zona extra-celular para a intra-celular, ao invés de serem processadas e<br />
eliminadas. Uma vez mais queremos enfatizar o fato de que não é crucial a localização<br />
topográfica de uma homotoxina, mas o efeito que tem. Na evolução da doença os efeitos da<br />
intoxicação se movem da esquerda para a direita da tabela e da parte superior à parte inferior. A<br />
evolução da doença induz doenças crônicas. Com frequência existe um tratamento supressor<br />
atrás desta evolução. Quando se trata uma doença aguda com tratamento supressor, as<br />
homotoxinas poderiam condensar ou poderiam unir-se à matriz extra-celular. Depois de algum<br />
tempo as toxinas poderiam alterar os processo de regulação interativos ao nível da MEC,<br />
poderiam entrar na célula ou alterar a função celular do exterior e interferir com a comunicação<br />
entre as células e a matriz e com a comunicação intra-celular, dando lugar a doenças celulares e<br />
ainda a genotoxicidade, que produz câncer.<br />
Se por exemplo, se suprime um eczema (p. ex. utilizando uma pomada de corticóides de uso<br />
externo), as homotoxinas que produziram o eczema (o eczema é a defesa biologicamente<br />
eficiente contra as homotoxinas que se apresentam no nível da pele) se moveram pelo corpo até<br />
um canal de eliminação alternativo. Isso se pode realizar pelo SBBR, a circulação sanguínea e o<br />
sistema linfático. Se estas homotoxinas se depositam nas células dos brônquios com a intenção<br />
de serem eliminadas através do aparelho respiratório, afetarão o sistema respiratório e, por<br />
exemplo, podem produzir asma brônquica.<br />
A evolução da doença pode durar décadas. Isso significa que pode haver anos de saúde<br />
aparente entre duas fases da doença. Isso porque as fases de depósito quase sempre passam<br />
desapercebidas.<br />
Muitas doenças aparentemente leves como a gripe, as doenças virais da infância, o herpes labial,<br />
etc., são mais graves do ponto de vista homotoxicológico que outras doenças inflamatórias<br />
aparentemente graves e agudas do ponto de vista da medicina tradicional como a artrite, a nefrite<br />
ou a inflamação purulenta da bexiga. Afinal de contas, o primeiro grupo é viral e portanto<br />
atravessa imediatamente a parede celular, produzindo uma intoxicação intra-celular que supõe<br />
um risco real de lesão celular irreparável. O segundo grupo que inclui todas as fases da<br />
inflamação, que pode ser acompanhada de dores parecem mais graves, mas nas quais a<br />
intoxicação tem lugar entre as células. As estruturas intra-celulares não correm risco de lesão<br />
salvo se houver complicações.<br />
35
Evolução para a doença<br />
© IAH 2009<br />
36<br />
A comparação anterior mostra a necessidade de adotar uma atitude diferente se<br />
quiser que um resultado seja uma avaliação homotoxicológica correta da<br />
gravidade da doença. Não devemos concentrar simplesmente nos sintomas<br />
subjetivos do paciente, mas também devemos determinar sua posição na Tabela<br />
de Evolução da Doença e, o que é mais importante, em que medida é provável<br />
que esta doença se mova para a direita ou para a esquerda nesta tabela.<br />
A supressão dos mecanismos de defesa corporais orientados biologicamente,<br />
como a febre em caso de infecções virais, só é aceitável se a situação realmente<br />
parece estar escapando das mãos. A supressão nunca deve ser a resposta aos<br />
primeiros sintomas. Este tipo de abordagem terapêutica não é recomendada<br />
para a prevenção em nenhuma circunstância. A possível complicação bacteriana<br />
de uma rinitis vírica raras vezes justifica um antibiótico de amplo espectro. Sem<br />
dúvida, muitos médicos gerais prescrevem antibióticos de maneira rotineira, Do<br />
ponto de vista homotoxicológico isso é uma catástrofe.<br />
Se reservamos os tratamentos supressores dos sintomas (antibióticos,<br />
corticóides, fármacos para reduzir a febre) para as situações potencialmente<br />
mortais, atuaremos muito bem nestes momentos. Se já temos usado de maneira<br />
extensa em um paciente, encontraremos que os mesmos terão perdido sua<br />
eficácia e será necessário aumentar consideravelmente a dose (tóxica).<br />
36
Evolução para a saúde<br />
© IAH 2009<br />
37<br />
As doenças que se movem da direita para a esquerda na Tabela de Evolução da<br />
Doença se denominam evolução para a saúde. O termo anterior era “vicariação<br />
regressiva”. Eliminou-se este termo devido à origem etimológica que não diz nada<br />
sobre o que realmente está ocorrendo no corpo. As evoluções para a saúde aparecem<br />
em um corpo em “recuperação” e tem um único objetivo: a eliminação.<br />
O paciente se é referido acima com sua asma brônquica, que já não tem mais crises<br />
depois de certo tempo, mas que apresenta eczema, está apresentando uma evolução<br />
para a saúde. As homotoxinas estão evoluindo dos tecidos mais profundos para a<br />
superfície. O homotoxicológico terá a intenção de tratar o eczema bioterapeuticamente,<br />
de modo que de estimulem os mecanismos de defesa localmente na MEC e as<br />
homotoxinas se tornem inofensivas e sejam eliminadas.<br />
A evolução para a saúde nem sempre é mais agradável para o paciente do que a<br />
doença prévia. A artrite é mais dolorosa que a artrose, o eczema é visível e a asma nem<br />
sempre é evidente, a diarréia depois de uma constipação crônica pode ser uma benção<br />
do ponto de vista homotoxicológico mas pode ser um inferno para o paciente.<br />
Portanto, é essencial proporcionar o paciente o suporte adequado para motivá-lo e<br />
explicá-lo porque são tão importantes as fases de reação e eliminação. Em qualquer<br />
caso, o tratamento supressor dos sintomas devidos à evolução para a saúde está<br />
absolutamente contra-indicado pelos motivos que já foram explicados. É necessário<br />
proporcionar suporte bioterapêutico aos mecanismos de defesa do corpo e não querer<br />
controlá-los. Este último possivelmente significaria que estaríamos atuando contra os<br />
próprios mecanismos de defesa orientados do corpo, algo que deve-se evitar por todos<br />
os meios.<br />
37
Como classificar as<br />
doenças na Tabela da Evolução da<br />
Doença?<br />
Árvore de decisão<br />
© IAH 2009<br />
Nesta perte da conferência vão ser analisadas com detalhes as características<br />
de cada uma das fases. Ao final se apresenta uma árvore de decisão mediante a<br />
qual se seleciona a fase correta da doença atual com perguntas simples.<br />
Como a terapia anti-homotóxica depende da fase em que está o paciente, é<br />
obrigatória uma classificação correta das doenças por parte do estudioso.<br />
38
• A Tabela da Evolução da Doença<br />
é uma classificação<br />
homotoxicológica dinâmica das<br />
doenças. As seis fases se<br />
referem à forma na qual o<br />
organismo maneja os diferentes<br />
tecidos com as homotoxinas<br />
presentes.<br />
© IAH 2009<br />
39<br />
A principal característica da Tabela de Evolução da Doença é que leva em<br />
consideração o aspecto dinâmico de uma doença. A mesma homotoxina pode,<br />
com o passar do tempo, criar doenças em diferentes fases. Para avaliar o nosso<br />
paciente hoje devemos olhar as evoluções da doença que houveram no passado<br />
(história do paciente) e as evoluções da doença que provavelmente poderiam<br />
ocorrer (abordagem profilática).<br />
A reação do corpo à presença das homotoxinas determina a fase na qual está o<br />
paciente. Portanto, o parâmetro principal não é a própria homotoxina , mas a<br />
forma na qual o corpo a maneja.<br />
39
Fases de excreção<br />
• O organismo está em um estado<br />
de hiperexcreção, sem nenhuma<br />
mobilização das defesas.<br />
• Além do aumento da excreção<br />
não há nenhum sinal clínico de<br />
doença.<br />
© IAH 2009<br />
40<br />
As fases de excreção incluem todas as hipersecreções (endócrinas) e<br />
hiperexcrecões que o paciente realiza em seus diferentes órgãos e tecidos.<br />
Como todas estas secreções e excreções são mais altas em comparação com<br />
os valores normais da população, devem-se ver como um primeiro estado da<br />
doença. É claro, a presença de homotoxinas é um perigo latente e é necessária<br />
a eliminação e a desintoxicação, mas em condições normais os órgãos<br />
desintoxicadores e os sistemas de excreção as eliminarão sem que se manifeste<br />
nenhum sintoma clínico.<br />
Embora a forma de vida normal traz uma carga de intoxicação, o corpo a maneja<br />
sem que se produza nenhuma manifestação de defesa. Portanto, a eliminação<br />
das toxinas passa por um processo normal de aumento da excreção e o paciente<br />
não tem nenhum outro sintomas clínico em absoluto.<br />
40
Fases de inflamação<br />
• Mobilização das defesas<br />
• O processo de inflamação é<br />
uma limpeza da MEC<br />
• -itis<br />
© IAH 2009<br />
41<br />
Uma vez que as homotoxinas se acumulam, se mobilizará a defesa ao nível da<br />
MEC para neutralizar a situação de intoxicação. Uma manifestação local de<br />
defesa de denomina “inflamação”, o motivo pelas quais nas inflamações agudas<br />
o paciente está em uma fase de inflamação. Todas as inflamações agudas<br />
classificam-se nesta fase.<br />
É importante que vejamos esta inflamação com uma vontade do organismo de<br />
libertar-se das toxinas. Pode-se considerar que a fagocitose é o primeiro passo<br />
da desintoxicação.<br />
Poderiam estar presentes todas as características de inflamação: inchaço,<br />
vermelhidão, dor, aumento da temperatura e perda do tecido afetado.<br />
Se deve considerar a inflamação como uma “turbo limpeza” da matriz. A célula<br />
não está afetada, embora os processos de inflamação possam lesionar a célula<br />
(p. ex. os radicais livres liberados por neutrófilos frustrados).<br />
41
Fases de deposição<br />
• As homotoxinas se armazenam<br />
na MEC<br />
• Sem sintomas clínicos graves,<br />
poucas queixas<br />
• Risco grave de transtorno da<br />
função celular e de intoxicação a<br />
longo prazo pelo armazenamento<br />
próximo à célula<br />
© IAH 2009<br />
42<br />
Se as vias de inflamação se bloqueiam ou se a quantidade de homotoxinas<br />
escapa das mãos, o organismo elegerá um processo de armazenamento<br />
(temporal) ou depósito das homotoxinas. Em última análise isto se realizará ao<br />
nível da MEC. Literalmente as homotoxinas unem-se à rede tridimensional de<br />
proteoglucanos. Desta maneira se produz uma situação bastante perigosa,<br />
porque nas fases de depósito se vêem poucos sinais clínicos com muito poucos<br />
sintomas (a princípio) por parte do paciente, mas ao mesmo tempo o<br />
armazenamento desta carga tóxica ameaçará a célula viva e colocará em perigo<br />
seu funcionamento adequado. É somente questão de tempo para as<br />
homotoxinas impregnarem o interior da célula ou interferirem desde o exterior da<br />
célula com a função celular, onde pode ter muitos efeitos sobre as funções<br />
celulares.<br />
42
Fases de impregnação<br />
• As homotoxinas impregnan o<br />
interior da célula ou permanecem<br />
fora da célula, mas tem efeitos de<br />
intoxicação intra-celular<br />
• As doenças aparecem com<br />
frequência em crises, com<br />
grandes períodos de latência<br />
• Podem-se dar situações agudas<br />
potencialmente mortais<br />
© IAH 2009<br />
43<br />
Uma vez que as homotoxinas impregnam da MEC até o interior da célula ou tem<br />
efeito ao nível intra-celular ,aparecerão as doenças das fases de impregnação.<br />
Uma célula após outra apresenta uma maior ou menor obstrução intra-celular de<br />
seus processos metabólicos. Observa-se um funcionamento inadequado da<br />
célula, e as reações do organismo contra as homotoxinas freqüentemente já não<br />
são ,mais orientadas.. Com frequência vemos períodos de latência prolongados<br />
enquanto uma carga mínima de uma homotoxina específica produz uma reação<br />
excessiva das defesas do organismo (asma, febre do feno, enxaqueca, úlcera<br />
gástrica...).<br />
Se pode chegar às fases de impregnação em um período muito curto. Depende<br />
das características das homotoxinas. A maioria dos vírus tentará entrar em uma<br />
célula hospedeira para proliferar. Se produz rapidamente e embora o organismo<br />
tente elaborar uma defesa específica (Ig) (eliminação induzida pela atividade dos<br />
linfócitos T e NK), a situação aguda é uma fase de impregnação devida a<br />
presença intra-celular da homotoxina. Ainda se posteriormente se produzir a<br />
restauração completa do tecido e se substituirem as células perdidas, a situação<br />
viral permanece na fase de impregnação durante todo o tempo que está<br />
presente o vírus, porque o vírus se incorpora ao material genético da célula. Nas<br />
síndromes pós virais esta situação pode durar um período prolongado, inclusive<br />
anos.<br />
43
Fases de degeneração<br />
• A célula morre por intoxicação<br />
• Transtornos degenerativos<br />
• -osis<br />
• Perda e endurecimento de tecido<br />
© IAH 2009<br />
44<br />
A intoxicação intra-celular pelas homotoxinas ou por seu efeito de intoxicação<br />
intra-celular está no nível em que a célula morre. A progressão da intoxicação<br />
produz perda de função da célula afetada até sua morte. A longo prazo vemos<br />
perda tissular e declínio da função de todo tecido afetado.<br />
Por definição, as fases de degeneração incluem doenças degenerativas<br />
crônicas, a maioria delas irreversíveis com o tempo.<br />
44
Fases de desdiferenciação<br />
• Crescimento celular incontrolado<br />
• Omnipotência das novas células<br />
(de regreso as origens antes da<br />
diferenciação)<br />
• Câncer, tumores<br />
• Perda das funções tissulares<br />
© IAH 2009<br />
45<br />
As fases de desdiferenciação incluem todas as doenças nas quais a principal<br />
característica é a proliferação celular (crescimento tissular). As células perdem<br />
sua especificidade e se desdiferenciam a células onipotentes (especificidade<br />
embrionária invertida) que podem migrar facilmente a outras localidades do<br />
corpo (metástases). Todos os tumores malignos, os cânceres, classificam-se<br />
aqui.<br />
45
© IAH 2009<br />
46<br />
Nos slides seguintes analisaremos algumas perguntas mediante as quais é mais<br />
fácil classificar a doença de um Tabela de Evolução da Doença. A árvore de<br />
decisão nem sempre é conclusiva, embora na maioria dos casos será de grande<br />
ajuda.<br />
As perguntas podem ser respondidas começando com os dados clínicos, e<br />
permite sua classificação na fase correta. Como se verá em outras<br />
conferências, a classificação da doença do paciente na tabela tem<br />
conseqüências tanto sobre a gravidade da doença como sobre o plano<br />
terapêutico que se deve aplicar para tratar a situação atual.<br />
46
Árvore de decisão<br />
Dados<br />
Características da fase<br />
Tratamento<br />
© IAH 2009 47<br />
Em primeiro lugar devemos analisar as características que apresenta o paciente,<br />
compará-las com as características das fases da Tabela de Evolução da Doença<br />
e extrair estas conclusões para determinar a estrutura de nosso tratamento. Nem<br />
todas as fases são tratadas, da mesma maneira e portanto, deve-se utilizar esta<br />
árvore de decisão.<br />
47
Dano cromossômico,<br />
células atípicas, neoplasia<br />
maligna franca<br />
Destruição tissular<br />
Dano enzimático,<br />
lesão funcional<br />
Piora com<br />
períodos de normalidade<br />
Neoplasia maligna<br />
presente<br />
Pré-neoplasia<br />
maligna presente<br />
NÃO<br />
Degeneração presente<br />
NÃO<br />
Transtorno funcional<br />
a nível tissular<br />
SIM:<br />
Tratamento<br />
GPP, GPM;<br />
GPC, GPOR<br />
SIM:<br />
Tratamento<br />
GPP, GPM;<br />
GPC, GPOR<br />
SIM:<br />
Tratamento<br />
GPP, GPM;<br />
GPC, GPOR<br />
© IAH 2009<br />
48<br />
Na árvore de decisão iniciamos à partir de um cenário do pior caso para o melhor.<br />
Em primeiro lugar olhamos de uma abordagem médica convencional pura se há uma neoplasia<br />
maligna ou uma lesão pré-cancerosa. Ao nível da célula isso significa que há uma lesão<br />
cromossômica, que poderia haver células atípicas ou uma neoplasia maligna evidente pura. Se<br />
ocorre isso, estamos na fase de desdiferenciação e o tratamento serão os 3 pilares completos da<br />
<strong>homotoxicologia</strong> que são: 1. Drenagem e desintoxicação; 2. Imuno-modulação; e 3. Apoio<br />
orgânico e celular. Estes 3 pilares se constroem com medicamentos que contém grupos de<br />
preparados de plantas (GPP), grupos de preparados de minerais (GPM), grupos de preparados<br />
de catalisadores (GPC) e grupos de preparados de órgãos (GPOR).<br />
Se não há uma neoplasia maligna, descemos pela árvore até a fase seguinte e olhamos se há<br />
degeneração. Clinicamente encontraremos destruição tissular. Se ocorre isso, estamos na fase<br />
de degeneração e de novo é necessário a abordagem dos 3 pilares, porque além do tratamento<br />
da MEC, o sistema de defesa deve recuperar sua capacidade de regulação, o suporte das células<br />
e o suporte dos órgãos deve compensar a lesão celular.<br />
Se tampouco há degeneração deve-se buscar uma desordem funcional ao nível tissular. Poderse-ia<br />
descobrir a lesão de uma enzima, uma lesão funcional, períodos de piora com períodos de<br />
normalidade. Se ocorre isso, o paciente está na fase de impregnação e devem-se incluir os 3<br />
pilares do tratamento homotoxicológico no protocolo terapêutico.<br />
48
Tecidos agregados em<br />
crescimentos benignos<br />
anormais, ou as substâncias se<br />
agregaram para formar<br />
um depósito<br />
Depósito presente<br />
NÃO<br />
SIM:<br />
Tratamento<br />
GPP, GPM;<br />
Processo inflamatório,<br />
processo único<br />
Aumento da secreção<br />
de um processo fisiológico<br />
normal ante a presença<br />
de uma homotoxina<br />
Inflamação aguda<br />
presente<br />
NÃO<br />
Aumento da<br />
excreção de líquidos,<br />
neurotransmisores<br />
SIM:<br />
Tratamento<br />
GPP, GPM;<br />
SIM:<br />
Tratamento<br />
GPP, GPM<br />
© IAH 2009 49<br />
Se não há nenhuma lesão enzimática nem tissular, deve-se buscar se há<br />
depósito. Clinicamente poder-se-iam encontrar tecidos agregados em<br />
crescimentos benignos anormais ou substâncias que se agregaram para formar<br />
depósitos. Se ocorre isso, o paciente está na fase de depósito e deve-se tratar<br />
com os 2 primeiros pilares (drenagem e desintoxicação por um lado e imunomodulação<br />
por outro lado). Não se utilizam grupos de preparados de órgãos nem<br />
grupos de preparados de catalisadores.<br />
Se não há depósitos, deve-se buscar uma inflamação aguda. Clinicamente<br />
deveríamos encontrar um processo de inflamação evidente. Se ocorre isso, o<br />
paciente está na fase de inflamação. Também aqui são necessários os dois<br />
primeiros pilares do tratamento homotoxicológico.<br />
Se não há inflamação mas vemos um aumento da excreção de líquidos,<br />
neurotransmissores ou outras substâncias do corpo, o paciente encontra-se em<br />
uma fase de excreção. Neste caso será suficiente principalmente o primeiro pilar<br />
do tratamento homotoxicológico (a drenagem deveria ser suficiente para<br />
proporcionar suporte ao paciente). Em alguns casos poderia ser interessante a<br />
imuno-modulação para acelerar o processo de limpeza e para evitar a<br />
recorrência.<br />
49
Três Pilares da <strong>homotoxicologia</strong>:<br />
MARCOS TEMPORAIS DO TRATAMENTO<br />
DESINTOXICAÇÃO<br />
IMUNO-<br />
MODULAÇÃO<br />
REGULAÇÃO<br />
ORGÂNICA<br />
© IAH 2009<br />
50<br />
Uma vez que estamos à direita da Divisão de Regulação / Compensação da<br />
Tabela de Evolução da Doença, devemos saber que uma simples drenagem,<br />
combinado com uma terapia imuno-moduladora, não será suficiente devido ao<br />
caráter celular da doença. À direita da divisão, a célula está afetada ao nível<br />
intra-celular. Para evitar uma lesão adicional à célula (do tecido e portanto<br />
também do órgão) é necessário adicionar suporte das células e dos órgãos.<br />
Na medicina antihomotóxica o suporte dos órgãos realiza-se mediante a<br />
aplicação de medicamentos compositum. O suporte das células se consegue<br />
principalmente mediante a aplicação de catalisadores (isolados ou incorporados<br />
aos medicamentos compositum).<br />
50
Perguntas básicas em <strong>homotoxicologia</strong> (1)<br />
• Qual é o diagnóstico clínico hoje?<br />
• Onde eu situaría esse diagnóstico na Tabela de Evolução da<br />
Doença?<br />
• Que dados clínicos me dá a história do paciente?<br />
• O diagnóstico atual provavelmente relaciona-se com um ou<br />
mais dados de sua histária?<br />
© IAH 2009<br />
51<br />
As perguntas dos slides seguintes devem nos ajudar a estabelecer uma<br />
abordagem terapêutica, começando com a história do paciente e sua situação<br />
atual e com as evoluções anteriores da Tabela de Evolução da Doença.<br />
A seqüência lógica das perguntas deve levar a eleição correta do tipo de<br />
medicamentos anti-homotóxicos que deveriam figurar no protocolo terapêutico<br />
final.<br />
51
Perguntas básicas em <strong>homotoxicologia</strong> (2)<br />
• Que tipo de evolução está se produzindo neste paciente: para a<br />
saúde ou para a doença?<br />
• Quais são as consequências terapêuticas desta evolução?<br />
• Como se integrarão no protocolo para o tratamento da doença<br />
atual?<br />
© IAH 2009<br />
52<br />
52
Perguntas básicas em <strong>homotoxicologia</strong> (3)<br />
• Quais medicamentos se deve levar em consideração?<br />
• Medicamentos para a drenagem<br />
• Fármacos reguladores da inflamação<br />
• Suporte celular<br />
• Suporte da função orgânica<br />
• Qualidade de vida<br />
• Sintomatologia<br />
• Que aspecto tem o protocolo final?<br />
© IAH 2009<br />
53<br />
53
Biblioteca de suporte<br />
© IAH 2009<br />
54
Hans-Heinrich Reckeweg<br />
• Nasceu em 9 de maio de 1905 em Herford<br />
• 1924-1930 Estudos de medicina em<br />
Würzburg, Berlín, Münster e de novo em<br />
Berlim<br />
• 1930 Obteve o doutorado com uma tese<br />
sobre o tratamento dietético da úlcera de<br />
estômago<br />
• 1930-1932 Médico residente em<br />
Völklingen e Harburg<br />
© IAH 2009<br />
55<br />
Nascido em Herford, Westphalia, Alemanha, em 1905, Hans-Heinrich foi o filho<br />
mais velho de uma família de cinco filhos. Teve interesses muito variados. Hans-<br />
Heinrich interessou-se por música (piano) que praticou até ter experiência que<br />
lhe permitia muitas vezes ganhar elogios de seu público ocasional. Mais tarde<br />
começou a pintar em seu tempo livre. Seu pai, Heinrich-Friedrich Reckeweg, era<br />
professor da escola, mas posteriormente tornou-se homeopata, e ficou muito<br />
satisfeito pela fato de seu filho menor escolher a medicina como profissão.<br />
Estudou nas Universidades de Würzburg, Berlim e Münster., para finalizar em<br />
Berlim. Durante seus estudos em medicina, já estava muito interessado em<br />
toxicologia e em medicina natural. Especialmente nas aulas do Prof. August Bier,<br />
que o levaram a decisão de praticar uma medicina suave, o que o levou a<br />
aprofundar os estudos na homeopatia.<br />
Suas primeiras experiências práticas como médico, foram nos dois anos em que<br />
foi médico residente em Vöklingen y Harburg.<br />
55
Hans-Heinrich Reckeweg<br />
• Em 1º de maio de 1935 iniciou seu<br />
exercício como médico em Berlim com<br />
direitos de dispensação<br />
• 1936 Fundou a Heel (Herba est ex luce)<br />
• 26 produtos próprios: Gotas Heel<br />
• 1948-1949 Desenvolveu a teoria das<br />
homotoxinas<br />
© IAH 2009<br />
56<br />
Depois de 2 anos como residente abriu seu próprio consultório em 1935. Como<br />
era hábito naquela época, também dispensava fármacos. Como também estava<br />
utilizando suas próprias fórmulas homeopáticas, necessitava de um laboratório<br />
pata tê-las a disposição. Por este motivo em 1936 fundou a Heel. O nome é a<br />
abreviatura de Herba Est Ex Luce que significa “as plantas medicinais obtém seu<br />
poder curativo da luz”. Inicialmente criou 26 produtos que denominou “Heel´s<br />
Tropfen”, que em alemão quer dizer “gotas de Heel”. Posteriormente ampliou<br />
muito a gama de produtos até a variedade que conhecemos atualmente.<br />
Em 1948 e 1949 finalizou a teoria das homotoxinas como causadoras das<br />
doenças.Embora já houvesse artigos e conferências anteriores sobre os<br />
princípios básicos da <strong>homotoxicologia</strong>, em 1955 foi publicado sua obra básica<br />
sobre <strong>homotoxicologia</strong>, denominada: “Homotoxinas e homotoxicose: princípios<br />
de uma síntese em medicina”.<br />
56
Hans-Heinrich Reckeweg<br />
• 1945-1955 Exerceu em Triberg<br />
• 1952 Publicação no Münchener Medizinische Wochenschrift<br />
• “As homotoxinas e as opções para tratar as homotoxicoses”<br />
• 1955 “Homotoxinas e homotoxicoses: Princípios de uma síntese<br />
em medicina”<br />
© IAH 2009<br />
57<br />
O Dr. Reckeweg foi um grande palestrante e tinha a capacidade de convencer<br />
muitas pessoas de seu público para que seguissem o caminho da medicina<br />
suave e integradora que defendia. Depois de anos de prática, de muitas<br />
conferências e artigos, finalmente publicou sua abordagem integradora em um<br />
livro de 1955. Esta obra básica segue inspirando a muitos estudantes a obter um<br />
conhecimento mais profundo da <strong>homotoxicologia</strong>.<br />
57
Hans-Heinrich Reckeweg<br />
• 1955 Mudou-se para Baden-Baden<br />
• 1961 Fundou a Sociedade Internacional<br />
de Homotoxicologia<br />
• 1962 “Homotoxin-Journal” (Diário das<br />
homotoxinas)<br />
• Fundou a SociedadeInternacional de<br />
Medicina Biológica<br />
• 1972 Iniciou a publicação<br />
periódica “Biologische Medizin”<br />
(Medicina Biológica)<br />
© IAH 2009<br />
58<br />
Depois de mudar-se para Baden-Baden, Alemanha, a expansão dos remédios<br />
Heel foi um feito. Ali as instalações cresceram rapidamente.<br />
Em 1961 o Dr. Reckeweg fundou a Sociedade Internacional de Homotoxicologia<br />
para agrupar os médicos homotoxicológicos, primeiro somente em território<br />
alemão e posteriormente também no exterior. A revista “Homotoxina “ era um<br />
instrumento para informar os médicos dos protocolos eficazes, os congressos,<br />
etc. Em 1972 desaparecia a revista “Homotoxina” que foi substituída pela revista<br />
médica “Biologische Medizin” (Medicina Biológica).<br />
58
Hans-Heinrich Reckeweg<br />
• 1976 “Homotoxicologia, visão exaustiva<br />
de uma síntese em medicina”<br />
• 1978 “Problemas de câncer”<br />
• 1977 e 1981 Homeopatia Antihomotóxica<br />
• 1978 Vendeu a empresa Heel à Quandt<br />
• 1978 Imigrou para os Estados Unidos<br />
© IAH 2009<br />
59<br />
Nos anos seguintes, o Dr. Reckeweg publicou inúmeros livros sobre diferentes<br />
temas homotoxicológicos. Inclusive publicou uma matéria medica e um repertório<br />
dedicado exclusivamente aos componentes que utilizava em suas fórmulas.<br />
Em 1978 o Dr. Reckeweg vendeu sua empresa, que até então tinha sido uma<br />
empresa familiar a Delton Gruop, cujo principal acionista é o Sr. Stefan Quandt.<br />
Com grandes investimentos foi possível desenvolver o Laboratório Heel, que<br />
nos anos seguintes disponibilizava seus produtos em mais de 70 países em todo<br />
o mundo.<br />
O Dr. Reckeweg e sua família, mudaram-se para os Estados Unidos, onde em<br />
Albuquerque, no estado do Novo México, fundou uma nova empresa, BHI<br />
(Biological Homeopathic Industries), para conquistar os Estados unidos com a<br />
<strong>homotoxicologia</strong>. Criou uma gama de 52 novos produtos, conhecidos como<br />
produtos BHI. Atualmente também esta empresa tornou-se propriedade<br />
completa e subsidiária de Ego-Pharm, um braço farmacêutico do portfólio<br />
financeiro “Delton”, propriedade de Stephan Quandt. BHI mudou seu nome para<br />
Heel Inc.<br />
59
Hans-Heinrich Reckeweg<br />
• 1978 Fundou a BHI, desenvolveu 52<br />
novos fármacos homeopáticos<br />
• 13 de junho de 1985 morreu no hospital<br />
Bircher-Benner, Zürich<br />
© IAH 2009<br />
60<br />
No princípio da década de 1980 o Dr. Reckeweg sofreu em acidente vascular<br />
cerebral do que nunca se recuperou completamente. Transferiu a propriedade de<br />
sua empresa norte-americana para sua filha Mônica Doerper-Reckeweg e a seu<br />
genro Friedrich Doerper.<br />
O Dr. Hans-Heinrich Reckeweg morreu aos 80 anos de idade em Zurich, Suíça.<br />
Entretanto, a empresa que fundou tornou-se a número 2 mundial em medicina<br />
complementar. A <strong>homotoxicologia</strong> é atualmente um conceito na medicina que é<br />
estudado e seguido por milhares de médicos generalistas e especialistas de todo<br />
o mundo. Um de cada dois medicamentos homeopáticos complexos que se<br />
utilizam em todo mundo é da Heel.<br />
60