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Introdução à homeopatia clássica

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Introdução à<br />

<strong>homeopatia</strong> clássica<br />

IAH AC Introdução à <strong>homeopatia</strong> clássica<br />

© IAH 2009<br />

Embora se tenha demonstrado que são eficazes pelas doses moleculares que se<br />

aplicam (micro, nano ou picodoses ou diluições maiores) os medicamentos antihomotóxicos<br />

seguem sendo no fundo fármacos homeopáticos pouco diluídos.<br />

Tanto é assim que, o que não se conseguiu descobrir sobre os princípios<br />

operativos da <strong>homeopatia</strong> clássica diluída durante décadas, poderia encontrar<br />

bases científicas na investigação homotoxicológica. Esta dualidade é o principal<br />

motivo pelo qual um estudo básico da história e os princípios da <strong>homeopatia</strong><br />

façam parte deste curso e sejas necessários para compreender melhor os<br />

medicamentos e o tratamento anti-homotóxicos.<br />

1


Objetivos<br />

• O Dr. Hahnemann, o pai espiritual da <strong>homeopatia</strong><br />

• A diluição homeopática<br />

• Princípios homeopáticos<br />

• Os testes<br />

• Materia Medica e os livros de repertórios<br />

• Bases científicas da <strong>homeopatia</strong><br />

• Aplicações terapêuticas da <strong>homeopatia</strong> clássica<br />

• O Dr. Reckeweg e a <strong>homeopatia</strong><br />

• Homeopatia complexa e medicamentos anti-homotóxicos<br />

© IAH 2009 2<br />

A partir desta apresentação iremos compreender a base da medicina moderna, a<br />

filosofia do embasamento da pesquisa baseada em provas científicas.<br />

Necessitamos compreender a natureza da saúde e da doença, e como a<br />

<strong>homeopatia</strong> se fez nos últimos 200 anos.<br />

2


Dr. Samuel Hahnemann<br />

• 1755-1843<br />

• Médico e químico nascido em<br />

Meissen<br />

• Principio básico: Similia similibus<br />

curentur<br />

• 1810: Organon da medicina<br />

© IAH 2009 3<br />

O pai da <strong>homeopatia</strong> clássica foi o médico transilvano (atual Romênia) Samuel<br />

Hahnemann. Viveu de 1755 a 1843 e morreu em Paris. Como era comum<br />

naquele tempo era médico, químico e farmacêutico ao mesmo tempo. Propôs o<br />

principio da similaridade, básico da <strong>homeopatia</strong>, com a frase “similia similibus<br />

currentur”, que significa “o semelhante pode curar-se com o semelhante”.<br />

Uma obra básica da bibliografia homeopática é o Organon de Hahnemann,<br />

publicado em 1810 (primeira edição).<br />

3


Homeopatia<br />

• Medicina holística na qual se empregam preparados de origem<br />

animal, vegetal e mineral.<br />

• Etimologia:<br />

• Raízes gregas:<br />

» Omoios: “parecido”<br />

» Pathos: “sofrimento”<br />

• Raízes<br />

• Hipócrates, Celso e Paracelso preconizaram por tratar os<br />

pacientes com preparados parecidos com suas doenças.<br />

© IAH 2009 4<br />

Em síntese, devemos ter presente que a <strong>homeopatia</strong> é uma estratégia médica<br />

holística em que os medicamentos empregados procedem de plantas, animais e<br />

minerais. Que o semelhante deve tratar-se com o semelhante está<br />

etimologicamente implícito no nome <strong>homeopatia</strong>. As raízes da <strong>homeopatia</strong> vão<br />

muito mais além de Hahnemann. Os princípios básicos homeopáticos se<br />

encontram já em Hipócrates, Celso e Paracelso (o principio da similaridade)<br />

4


Homeopatia<br />

• Hahnemann compreendeu a estreita correspondência entre os<br />

sintomas clínicos dos pacientes e a patogenia experimental dos<br />

preparados.<br />

• Hahnemann elaborou uma filosofía sistemática da medicina e<br />

métodos estritos de diagnóstico e tratamento.<br />

© IAH 2009 5<br />

A genialidade de Hahnemann consistiu em relacionar a imagem tóxica em<br />

pessoas sãs com a imagem medicamentosa nos doentes. Mediante esta<br />

correlação nos ensinou um dos princípios básicos da medicina anti-homotóxica.<br />

Para neutralizar os sintomas criados pela presença de uma homotoxina<br />

necessitamos de uma substância diluída que em concentrações altas produza<br />

um quadro tóxico parecido nas pessoas sãs.<br />

Além dos princípios homeopáticos, nas pesquisas modernas se tem observado<br />

outros mecanismos de ação. As doses diminutas parecem ter um efeito<br />

regulador mediante a ativação de mecanismos concretos capazes de estimular<br />

ou inibir a secreção dos mediadores.<br />

A <strong>homeopatia</strong> é mais que um tratamento, mais que outro tipo de medicina. É<br />

antes de tudo uma filosofia da medicina, uma forma diferente de abordar o<br />

doente. As estratégias de tratamento e diagnóstico da <strong>homeopatia</strong> estão tão<br />

distantes das formas convencionais que a comunicação entre ambas se torna<br />

muito difícil..<br />

5


Hahnemann e a <strong>homeopatia</strong><br />

• A “dynamis” é a “energía vital” ou força vital<br />

• A doença é uma desregulação da dynamis<br />

• Que pode restablecer-se mediante um equilíbrio sutil: o<br />

medicamento homeopático<br />

© IAH 2009 6<br />

O que Hahnemann definiu como “dynamis” poderia traduzir-se hoje em dia como<br />

energia vital ou força vital, presente em cada ser vivo, presente em cada pessoa.<br />

As interações do sujeito com seu ambiente poderiam originar um desequilíbrio<br />

desta dynamis, o que se contempla como uma disfunção do organismo na<br />

medicina acadêmica.<br />

O desequilíbrio da dynamis se manifesta em forma de sintomas clínicos,<br />

intensificados ou inibidos pelas modalidades. As modalidades em <strong>homeopatia</strong><br />

são aspectos capazes de melhorar ou piorar os sintomas (melhor com frio, pior<br />

com calor, melhor ao deitar-se, pior estando de pé e movendo-se, etc).<br />

Os medicamentos homeopáticos são substâncias que em doses muito baixas<br />

induzem ao restabelecimento da dynamis desregulada. Em principio, devemos<br />

entender esta indução mais como uma energia que como uma presença<br />

molecular.<br />

As hipóteses modernas sobre o principio operativo dos fármacos homeopáticos<br />

em diluições maiores fazem referência à ressonância produzida pela indução<br />

eletromagnética que irradia do próprio medicamento. Cada substância possui<br />

suas características e freqüências próprias a este respeito. E o “quadro<br />

patológico” e o medicamento homeopático têm a mesma freqüência, a<br />

ressonância é possível e o medicamento funcionará. Até o momento não existe<br />

nenhuma prova científica de que esta hipótese seja correta.<br />

6


Métodos científicos de Hahnemann<br />

• Observação<br />

• Reflexão<br />

• Experiência<br />

© IAH 2009 7<br />

Os métodos de Hahnemann estavam longe dos critérios baseados em provas<br />

científicas com a qual opera hoje a medicina acadêmica. Hahnemann nos<br />

devolve às 3 características essenciais que um médico deveria possuir na boa<br />

medicina de primeira linha: observação, reflexão e experiência.<br />

A observação do paciente em todos seus aspectos (visão holística) deve<br />

estabelecer as bases do tratamento eficaz.<br />

A reflexão sobre o observado, buscando correlações, causas e conseqüências,<br />

deve aumentar as probabilidades de que o tratamento tenha êxito.<br />

A experiência é o catalisador que acelera a formulação das conclusões,<br />

traduzindo-as em protocolos terapêuticos efetivos.<br />

7


Observação<br />

“É importante observar a essência da doença,<br />

pois a verdadeira natureza de uma doença se<br />

revela tão somente em sua totalidade”.<br />

Hahnemann<br />

“Tão somente não trates de encontrar nada após os fenômenos;<br />

eles são en si mesmos a doutrina”.<br />

Goethe<br />

© IAH 2009 8<br />

Não são importantes só os sintomas e sinais (critérios objetivos), mas também a<br />

vida do paciente com seus sintomas e, através deles, os fatores que os<br />

melhoram ou pioram, e a repercussão que tem as mudanças em relação ao ser<br />

holístico e seu ambiente.<br />

O fenômeno do paciente enfermo, com todas suas características, é o que se<br />

tem que tratar. Se o interrogatório do paciente acerca de seus sintomas e<br />

modalidades (em <strong>homeopatia</strong>, a estratégia para perguntar e analisar os sintomas<br />

e modalidades denomina-se repertorização) é amplo e tem detalhes suficientes,<br />

teremos em conta o que está por trás daqueles sintomas (as causas). Só assim<br />

é possível um embasamento totalmente holístico.<br />

8


Reflexão<br />

“A reflexão é uma maneira não de reproduzir, mas<br />

de produzir a realidade”.<br />

“Compreende tanto a ação da vontade como o intelecto e o poder<br />

da imaginação como ato consciente, uma valorização e evolução<br />

espirituais, e ver com os olhos do espírito”.<br />

Hahnemann<br />

© IAH 2009 9<br />

A reflexão sobre o observado se faz sem interpretações por parte do médico,<br />

com empatia, tratando de ver as coisas como o paciente as vê. As<br />

interpretações durante a repertorização (interrogatório do paciente pelo médico<br />

para repertorizar os sintomas, sinais e modalidades) poderiam levar a perguntas<br />

falsas na repertorização, o que se traduziria finalmente em um falso remédio. O<br />

médico deve ser um catalisador que acelere as revelações do paciente, além de<br />

um catalisador para a rápida recuperação da saúde mediante os medicamentos<br />

corretos.<br />

9


Experiência<br />

“A medicina é uma ciência baseada na<br />

experiência. A experiência se obtém não mediante<br />

a experimentação aleatória, mas pela compreensão<br />

espiritual do que se tem experimentado”.<br />

Hahnemann<br />

“A dinâmica da experiência consta de capacidades adquiridas e<br />

de uma familiaridade interna com o objeto em questão”.<br />

Aristóteles<br />

© IAH 2009 10<br />

Embora o meio acadêmico queira fazer da medicina uma ciência “exata” está<br />

seguirá sendo sempre uma ciência humana como a sociologia, a psicologia, etc.<br />

A boa medicina baseia-se, sobretudo na experiência. Quanto mais pacientes se<br />

veem e mais repertorizações se fazem, melhor e mais perfeito será o protocolo<br />

de tratamento. O que se faz frequentemente se faz melhor. Isso confirma uma<br />

das leis fundamentais da psicologia de aprendizagem.<br />

10


Os “sintomas” definidos por Hahnemann<br />

Os sintomas compreenden tanto sintomas subjetivos como<br />

constatações em qualquer região do organismo, de natureza<br />

psicológica ou física, independentemente de seu grau de<br />

diferenciação pela percepção ou a investigação até o nível<br />

molecular.<br />

© IAH 2009 11<br />

Em <strong>homeopatia</strong>, um sintoma deve ser interpretado em sentido amplo.<br />

Diferentemente da medicina acadêmica, o sintoma não necessariamente deve<br />

ser objetivo no sentido absoluto da palavra, que significa que deve ser<br />

mensurável mediante técnicas objetivas. Os sintomas são subjetivos e inclusive<br />

surrealistas (a Matéria Médica contém muitos exemplos em que a imagem<br />

medicamentosa está relacionada com a forma em que o paciente vive seu<br />

sintoma, por exemplo, estômago pesado com se fosse explodir, cefaléia como se<br />

tivesse um prego metido no crânio, sensação de estar em pedaços). A maioria<br />

destes sintomas é bastante irreal e não podem ser medidos de nenhuma<br />

maneira objetiva, mas são extremamente importantes na repertorização.<br />

Tratando-se de um ser holístico, as emoções e impressões fazer parte do todo e<br />

se representam, portanto na imagem medicamentosa.<br />

Segundo Hahnemann, os sintomas podem ser puramente objetivos, subjetivos,<br />

impressões irreais e inclusive surreais que conduzem a expressões, interações<br />

verbais ou não verbais, aspectos psicológicos e emoções. A imagem total deve<br />

correlacionar-se com a imagem completa que descreve a Matéria Médica ou ser<br />

similar a ela. Desta forma, encontra-se o medicamento adequado.<br />

11


Teorias científicas<br />

Medicina<br />

Homeopatia<br />

convencional<br />

Doutrina Etiológica, analítica Fenomenológica, sintética<br />

Natureza da<br />

reflexão<br />

Análise da causa,<br />

quantitativa<br />

Investigação Dedutiva Indutiva<br />

Estratégia<br />

terapêutica<br />

Mudança bioquímica<br />

após o diagnóstico<br />

clínico, relativo ao<br />

órgão<br />

Analógica, qualitativa<br />

Controle de sinais após<br />

comparar o quadro clínico<br />

com o quadro sintomático,<br />

sistêmico, personotrópico<br />

Objetivo<br />

terapêutico<br />

Curar a doença<br />

Curar a pessoa<br />

© IAH 2009 12<br />

Esta tabela compara a medicina acadêmica com a <strong>homeopatia</strong> em quanto à<br />

doutrina, tipo de reflexão, investigação, estratégia terapêutica e objetivo. As<br />

diferenças são evidentes, inclusive em certas ocasiões há uma oposição total. A<br />

diferença principal radica na doença objetivada da medicina acadêmica frente à<br />

pessoa “subjetiva” em estado alterado (doença). Um enfoque normalizado frente<br />

a outro holístico e individualizado.<br />

12


As diluições homeopáticas<br />

© IAH 2009<br />

Existem diferentes tipos de diluições homeopáticas. Vale a pena estudar as mais<br />

habituais.<br />

13


Diluições homeopáticas mais frequentes<br />

• Diluição decimal<br />

(diluições D; em EUA e outros países, diluições X)<br />

• Diluição centesimal (C ou CH)<br />

• Diluição de Korsakov (K)<br />

© IAH 2009 14<br />

Na história da <strong>homeopatia</strong> tem-se desenvolvido muitos tipos de diluição. Embora existam outros<br />

tipos, as diluições decimais, centesimais e de Korsakov são as que mais se empregam em todo o<br />

mundo. Também são populares as potências LM, embora só as utilizem homeopatas clássicos<br />

em seus medicamentos unitários.<br />

O procedimento para obter uma diluição homeopática descreve-se nas chamadas farmacopéias,<br />

que seguem de maneira exata os laboratórios homeopáticos. Existem várias farmacopéias<br />

reconhecidas no mundo. As mais seguidas são a alemã (HAB: Homöopathisches Arznei Buch) e<br />

a francesa (PF: Pharmacopée française). Os medicamentos da Heel fabricam-se segundo a<br />

farmacopéia alemã.<br />

As diluições decimais estão muito presentes na escola alemã. Em cada passo de diluição usa-se<br />

uma concentração de 1:10. Entre cada 2 passos de diluição se realiza um processo de<br />

dinamização, que consiste em agitar o líquido com firmeza repetidas vezes (Hahnemann: 10<br />

vezes). A partir de uma tintura mãe, a D1 é uma diluição de 1:10, a D2 é uma diluição de 1:100, a<br />

D3 é uma diluição de 1:1000, ...a D9 é uma diluição de 1:1.000.000.000, e assim sucessivamente.<br />

As diluições centesimais possuem uma concentração de 1:100 em cada passo de diluição.<br />

Também aqui, entre cada dois passos de diluição de produz uma dinamização. A C1 ou 1CH é<br />

uma diluição de 1:100, a C2 ou 2CH é uma diluição de 1:10.000, a C5 ou 5CH é uma diluição de<br />

1:10.000.000.000, e assim sucessivamente. As potências ou diluições C estão muito presentes<br />

na escola francesa.<br />

As diluições D estão muito mais dinamizadas que as diluições C, já que se agitam 10 vezes em<br />

cada passo de 1:10, o que somente ocorre em cada passo de 1:100 nas segundas. Assim, uma<br />

D6 poderia ter a mesma concentração molecular que uma C3 (ambas são diluições de<br />

1:1.000.000), mas para produzir a D6, o líquido foi agitado 60 vezes nos distintos passos,<br />

enquanto que somente se agitou 30 vezes na C3. Esta diferença é significativa, sobretudo em<br />

diluições mais altas.<br />

Korsakov desenvolveu as diluições que levam seu nome. Com as diluições D e C, os laboratórios<br />

farmacêuticos tem que usar um recipiente distinto em cada passo de diluição; nas diluições de<br />

Korsakov utiliza-se o mesmo recipiente desde a primeira diluição até a última. A quantidade<br />

residual que se adere a parede é algo ao redor de 1:100 partes do líquido que havia no frasco. As<br />

máquinas de Korsakov aspiram o líquido do recipiente depois da dinamização e voltam a enchelo<br />

depois para prosseguir com as diluições seguintes. As diluições de Korsakov são fáceis de<br />

preparar, pois nos tempos modernos é uma máquina dirigida por um computador que faz as<br />

diluições e intercepta as diluições intermediárias que se necessitem.<br />

14


A diluição decimal<br />

• Parte inicial da tintura* 1 + 9 partes de veículo, dinamização, D1<br />

• 1 parte de D1 + 9 partes de veículo *2 , dinamização, D2<br />

• 1 parte de D2 + 9 partes de veículo, dinamização, D3<br />

• ………<br />

• 1 parte de D(n-1) + 9 partes de veículo, dinamização, Dn<br />

* 1 A concentração da parte inicial da tintura mãe se descreve na farmacopéia e pode variar<br />

segundo a substância empregada.<br />

* 2 O veículo que se utiliza para fazer diluições homeopáticas é a água ou o álcool, ou uma<br />

mistura de ambos.<br />

© IAH 2009 15<br />

Como nos medicamentos anti-homotóxicos se empregam somente diluições<br />

homeopáticas decimais, é interessante que se estude o procedimento com mais<br />

detalhes.<br />

A farmacopéia alemã (HAB) descreve de forma pormenorizada como deve<br />

realizar-se a diluição decimal e uma substância para que seja correta. Para cada<br />

substância se define a primeira parte, a partir da tintura mãe sem diluir. A<br />

primeira diluição de 1:10 se enche até uma medida padrão (100%) com um<br />

veículo ou diluente (água ou álcool). Uma vez realizada a primeira diluição<br />

molecular, agita-se esta com firmeza umas 10 vezes. O que o recipiente contém<br />

agora é a primeira diluição decimal, quer dizer, uma D1. Toma-se 1 parte desta<br />

diluição D1 e coloca-se em 9 partes de diluente ou veículo em um frasco novo.<br />

Este líquido se dinamiza de novo e se cria uma diluição D2.<br />

Embora, em principio, as diluições podem chegar onde se queira, nos<br />

medicamentos anti-homotóxicos, e desde logo em medicamentos compostos, a<br />

maioria das diluições vão de D2 a D8. Se for empregada diluições maiores como<br />

em Injeel ou Homaccord, (ver a apresentação sobre grupos de medicamentos de<br />

IAH AC) sempre teremos uma diluição menor da mesma substância que conterá<br />

moléculas.<br />

15


Os princípios homeopáticos<br />

© IAH 2009<br />

Neste ponto descrevem-se 4 princípios homeopáticos:<br />

O principio da similaridade<br />

O princípio da inversão<br />

A regra de Paracelso<br />

O princípio de Burgi<br />

16


O princípio da similaridade<br />

• O principio do “como se”.<br />

• O quadro clínico da intoxicação produzida em pessoas sãs pela<br />

administrção de uma concentração tóxica de uma substância há<br />

de ser similar ao padrão patológico do paciente. Só então<br />

poderá uma concentração muito baixa desta substância curar o<br />

paciente com um padrão patológico similar ao quadro tóxico da<br />

pessoa sã.<br />

© IAH 2009 17<br />

Um paciente que apresente um quadro patológico ou um quadro clínico parecido<br />

ao quadro tóxico descrito ao ingerir concentrações elevadas de uma toxina em<br />

estado de saúde, poderá tratar-se com aquela toxina em concentrações muito<br />

baixas para curar sua doença.<br />

Os quadros patogênicos de descrever na denominada Matéria Médica (ver mais<br />

adiante nesta mesma apresentação).<br />

17


O princípio de inversão<br />

• Uma substância que em concentrações moleculares altas<br />

produz um quadro tóxico nas pessoas sãs pode curar o mesmo<br />

padrão patológico em um paciente se a usar em concentrações<br />

muito baixas.<br />

© IAH 2009 18<br />

O princípio da inversão tem a ver com a dose e completa o princípio da<br />

similaridade.<br />

Em <strong>homeopatia</strong>, se utiliza uma substância segundo o quadro tóxico que produz<br />

nas pessoas sãs.<br />

Se uma abelha pica uma pessoa sã, se observam diversos sintomas clínicos:<br />

edema local, dor, enrijecimento, etc. Para tratar um paciente cujos sintomas são<br />

como se houvesse lhe picado uma abelha (embora na verdade não tenha sido<br />

picado) devemos diluir Apis mellifia (abelha melífera) para curar a afecção. O<br />

princípio da similaridade e os efeitos inversos ao inverter-se a dose são os<br />

princípios mais importantes da <strong>homeopatia</strong>.<br />

18


A regra de Paracelso (1493-1541)<br />

• A dose faz o veneno.<br />

© IAH 2009 19<br />

Paracelso propôs que uma substância não pode chamar-se veneno por suas<br />

características moleculares somente, já que a dose é o principal parâmetro de<br />

sua carga tóxica. O arsênico se define como um veneno, mas isso só é verdade<br />

em determinadas doses. As substâncias que normalmente se definem como<br />

saudáveis podem ser tóxicas em concentrações ou doses maiores.<br />

Portanto, não é a molécula em si que pode ter efeito tóxico, mas o número de<br />

moléculas em determinadas doses. Sé então pode-se ver um quadro<br />

patogenético em um pessoa sã e inverter a dose poderia curar a um paciente<br />

com um quadro patológico parecido ao quadro tóxico.<br />

Substância, quadro patogenético e dose, são parâmetros essenciais da<br />

<strong>homeopatia</strong>.<br />

19


Princípio de Burgi, 1932<br />

• “Os efeitos de duas substâncias que produzem a mesma<br />

mudança funcional ou eliminam os mesmos sintomas se somam<br />

quando os objetivos farmacológicos são os mesmos e se<br />

potencializam quando são distintos”.<br />

© IAH 2009 20<br />

Burgi propôs que a administração simultânea de diferentes substâncias com<br />

ações terapêuticas similares produziria um efeito sinérgico que seria mais que a<br />

soma dos efeitos individuais de todas as substâncias sozinhas.<br />

Nos medicamentos anti-homotóxicos compostos, além da ação complementar<br />

das distintas substâncias da fórmula, a sinergia dos componentes obedece ao<br />

princípio de Burgi.<br />

20


O teste em <strong>homeopatia</strong><br />

© IAH 2009<br />

Os testes são essenciais em <strong>homeopatia</strong>, pois pelo teste se conhece o quadro<br />

patogenético de uma substância homeopática.<br />

21


O “teste“<br />

• Umapessoasã(voluntária)<br />

• toma uma dose alta<br />

• ou várias doses baixas<br />

• de uma substância tóxica<br />

• que produzirá nela um quadro de intoxicação<br />

• que se registra de maneira exata e logo se ordena,<br />

• e que se connhecerá como o quadro medicamentoso desta<br />

substância.<br />

• Na descrição se incluem sintomas somáticos e psicológicos, e<br />

também as modalidades observadas no quadro medicamentoso<br />

© IAH 2009 22<br />

Os testes são os ensaios patogênicos que formam a base de pesquisa<br />

homeopática clássica. O objetivo de um teste é revelar o quadro patogenético de<br />

uma substância que poderia se utilizado como medicamento homeopático. O<br />

quadro patogenético é uma imagem clínica completa dos sintomas somáticos e<br />

psicológicos que uma pessoa sã apresenta ao intoxicar-se com a substância<br />

testada.<br />

Observa-se em detalhe e se anota o quadro tóxico. Uma vez feito o teste, a<br />

substância poderá ser usada em doses muito baixas para tratar ou curar o<br />

paciente que tenha um quadro patológico parecido ao quadro tóxico observado<br />

durante o teste.<br />

22


Sintomas e modalidades<br />

• Os sintomas são clínicos<br />

• As modalidades são os parâmetros ou condições que melhoram<br />

ou pioram o estado sintomático do paciente<br />

© IAH 2009 23<br />

A cefaléia é um sintoma clínico. Sua melhora com compressas frias e sua piora<br />

com o calor e o sol são modalidades. Em um teste se observam e descrevem<br />

tanto os sintomas clínicos como as modalidades.<br />

As modalidades frequentemente têm a ver com melhorias ou piora subjetivos<br />

devido às mudanças físicas do ambiente. As modalidades freqüentes estão<br />

relacionadas aos sentidos, como o calor, o frio, o dia, a noite, a pressão em um<br />

ponto afetado, os sons ou ruídos, os odores ou os aromas. As modalidades<br />

podem afetar todo o quadro patogenético ou a partes do mesmo.<br />

23


Materia Medica e repertórios<br />

© IAH 2009<br />

Os homeopatas usam atualmente dois tipos de livros para buscar o<br />

medicamento correto para o paciente: a Matéria Médica e um Repertório. De<br />

fato, cada um destes livros é a versão reversa do outro.<br />

24


Materia Medica<br />

• Livro em que se descrevem em detalhes os<br />

quadros medicamentosos, divididos em<br />

sintomas por tecidos, órgãos e localizações<br />

corporais.<br />

• A materia medica de uma substância contém:<br />

• Características gerais<br />

• sintomas mentais<br />

• sintomas cefálicos (olhos, ouvidos, nariz,<br />

face,…)<br />

• sintomas de garganta<br />

• sintomas gástricos<br />

• Etc.<br />

© IAH 2009 25<br />

Os componentes homeopáticos com seus quadros patogenéticos se descrevem<br />

em detalhes por ordem alfabética na Matéria Médica. São muitos os grandes<br />

homeopatas que tem escrito a Matéria Médica: Allen, Boericke, Phatak, etc.<br />

A descrição detalhada do quadro patogenético se divide em sintomas em relação<br />

com os distintos órgãos, aparelhos, tecidos, sentidos, etc. A Matéria Médica é<br />

um livro interessante onde compara finalmente os sintomas do paciente com o<br />

quadro patogenético eleito depois da repertorização.<br />

25


© IAH 2009 26<br />

Este é um exemplo da Matéria Médica de Murphy. Este texto contém uma<br />

classificação alfabética das substâncias que se usam nos medicamentos<br />

homeopáticos, se unitários ou compostos.<br />

26


© IAH 2009 27<br />

Aqui observamos o quadro patogenético de Arnica montana, denominada<br />

vulgarmente como arnica comum ou tabaco de montanha. Arnica montana é um<br />

grande remédio homeopático em geral, na terapêutica anti-homotóxica se usa<br />

especialmente nos medicamentos que servem para tratar desordens<br />

locomotoras.<br />

27


© IAH 2009 28<br />

O quadro patogenético de Arnica montana começa por suas características<br />

farmacológicas. Nos primeiros pontos que se ressaltam vemos os sinônimos da<br />

planta, onde cresce, quais são suas características farmacológicas, em que<br />

órgãos ou aparelhos atua e qual sua aplicação geral. É uma descrição muito<br />

parecida a descrição farmacológica convencional dos efeitos da substância.<br />

28


© IAH 2009 29<br />

Mas abaixo vemos seu emprego homeopático em geral. Mas abaixo ainda, este<br />

se divide em níveis detalhados. A atividade da arnica de descreve por regiões,<br />

órgãos, aparelhos e tecidos.<br />

As partes das frases que aparecem em negrito e cursivo se denominam<br />

sintomas-chave, já que são muito importantes para poder usar esta substância<br />

como medicamento homeopático. De fato, podemos afirmar que se o sintomachave<br />

não estiver presente no paciente com problemas nesta parte do corpo, o<br />

mais provável é que esse medicamento não seja adequado para tratá-lo.<br />

29


© IAH 2009 30<br />

Abaixo da aplicação homeopática vemos também as modalidades. Estas são<br />

parâmetros que pioram ou melhoram os sintomas do paciente.<br />

O texto diz: “Melhor ao fazer com a cabeça baixa ou fazer com os membros<br />

estendidos. Pior com feridas, quedas, golpes, hematomas, choques,<br />

traumatismos laborais, exercício físico excessivo, entorse. Pior com mínimo<br />

toque, movimento, repouso, vinho, frio úmido. Pior depois de dormir e com idade<br />

avançada, álcool, gás carbônico. Pior ao fazer sobre o lado esquerdo”.<br />

Em negrito e cursivo se encontram as palavras: “fazer com a cabeça baixa,<br />

feridas e hematomas”.<br />

30


Repertório<br />

• O inverso da Materia Medica<br />

• Livro em que, durante a<br />

anamnese, o homeopata<br />

busca os sintomas e as<br />

modalidades que observa no<br />

paciente<br />

• Refere-se a determinadas<br />

substâncias<br />

• Que contém aqueles sintomas<br />

e modalidades em seu quadro<br />

medicamentoso<br />

© IAH 2009 31<br />

A partir do interrogatório do paciente, de seus sintomas e modalidades, o<br />

repertório conduz o homeopata a um ou uns poucos preparados (similares).<br />

Ajustando as perguntas, ao final pode-se distinguir algum detalhe que determine<br />

qual é o medicamento mais similar para o paciente.<br />

O repertório se usa durante a repertorização, o processo de interrogar o paciente<br />

e observá-lo.<br />

Também aqui existem grandes homeopatas que escreveram seu repertório.<br />

Nomes como Kente, Hering, Hahnemann, etc... constituem obras habituais.<br />

Nestes tempos modernos existem inclusive programas de computador para<br />

repertorizar os pacientes. Como exemplo, o Repertório Mac, que permite<br />

selecionar os sintomas e modalidades do paciente, e chegar aos possíveis<br />

preparados aos distintos níveis.<br />

31


© IAH 2009 32<br />

Esta é uma página do repertório de Kent, repertório e autor que são bem<br />

conhecidos e apreciados pela <strong>homeopatia</strong>.<br />

32


© IAH 2009 33<br />

Imaginem que o paciente tenha dor nas costas. A zona está machucada depois<br />

de uma queda (com hematomas). Abrimos agora o repertório e vamos ao<br />

capítulo “Costas”. Neste capítulo buscamos “dor”, e em dor buscamos<br />

“machucados” ou “hematomas”.<br />

33


© IAH 2009 34<br />

Encontramos “Arn”. escrito em negrito, que é uma abreviatura de Arnica<br />

montana.<br />

Também aparecem outros preparados, como Alumina, Eupatorium, Kalium<br />

carbonicum, Natrium muriaticum, etc. Temos que examinar mais a fundo o<br />

paciente, fazer-lhe mais perguntas, para ajustar a escolha do medicamento.<br />

34


© IAH 2009 35<br />

Se virmos também que o paciente treme quando lhe dói as costas, buscamos<br />

isto no repertório e voltaremos a encontrar Arnica montana.<br />

Para escolher o medicamento, quanto mais sintomas encontramos<br />

correspondentes com Arnica montana, mais nos convencemos de que este é o<br />

medicamento para o paciente.<br />

35


Base científica da <strong>homeopatia</strong><br />

© IAH 2009<br />

O enfoque estritamente individual do paciente, holístico por tratar-se de um ser<br />

humano único, praticamente impede de criarem-se grupos de ensaio<br />

comparáveis. Como na <strong>homeopatia</strong> não existem as doenças (só os pacientes),<br />

na <strong>homeopatia</strong> clássica não se pode realizar investigações, pois a<br />

individualidade do paciente é absoluta. Isso significa que não se podem formar<br />

grupos de pacientes com a MESMA afecção, já que, inclusive tendo a mesma<br />

“doença” segundo a medicina acadêmica, a doença seguirá de forma diferente<br />

em cada pessoa.<br />

Por outro lado, tem-se realizados ensaios clínicos homeopáticos, inclusive<br />

randomizados e duplo-cego, com resultados notáveis a favor da <strong>homeopatia</strong>.<br />

Ademais, a investigação básica tem mostrado em muitas publicações que as<br />

diluições, inclusive acima do número de Avogadro, exercem efeitos fisiológicos.<br />

Estamos longe de conhecer a farmacodinâmica dos medicamentos<br />

homeopáticos e, embora haja algumas hipóteses verossímeis para explicar o<br />

princípio operativo de algum fármaco homeopático unitário, a <strong>homeopatia</strong><br />

contrasta tão violentamente com a medicina acadêmica que sempre haverá lugar<br />

para as críticas e o ceticismo.<br />

36


Porque é difícil a investigação homeopática?<br />

• Os modelos de medição foram criados para os medicamentos<br />

ponderáveis e não podem ser usados facilmente com os<br />

fármacos homeopáticos<br />

• Na <strong>homeopatia</strong> não existe a doença, só o doente<br />

• Em consequência, uma mesma doença segundo a definição<br />

acadêmica se trata com medicamentos distintos nos distintos<br />

pacientes<br />

• Por dogma, o mundo acadêmico ou convencional não aceita<br />

nenhum resultado de investigação homeopática uma vez<br />

superado o número de Avogadro<br />

• Nas diluições altas, a hipótese é que entidades menores que as<br />

moléculas por pura indução eletromagnética são as que<br />

desencadeiam o mecanismo de ação do fármaco. Medir este<br />

tipo de efeito é impossível segundo o princípio de Heisenberg<br />

© IAH 2009 37<br />

Embora existam muitas razões pelas quais a <strong>homeopatia</strong> clássica resulte em<br />

dificuldades de aplicar-se os princípios dos ensaios “normais”, tem-se realizado<br />

numerosos estudos de preparados unitários com bons resultados terapêuticos.<br />

Inclusive a investigação básica tem mostrado resultados notáveis com os<br />

preparados unitários.<br />

Os estudos básicos mais controvertidos são provavelmente os realizados pelo<br />

imunólogo francês Benveniste, de renome mundial e também pelo médico Louis<br />

Rey. Embora as pesquisas de Benveniste tenham sido confirmadas pelo<br />

professor Ennis, um farmacologista inglês, seguem-se debatendo seus<br />

resultadosaté a data, já que aceitá-los minaria a lógica da teoria molecular da<br />

farmácia acadêmica convencional.<br />

1 Benveniste, J.: "Human basophil degranulation triggered by very dilute<br />

antiserum against IgE", E. Davenas, F. Beauvais, J. Amara, M. Oberbaum, B.<br />

Robinzon, A. Miadonnai, A. Tedeschi, B. Pomeranz, P. Fortner, P. Belon, J.<br />

Sainte-Laudy, B. Poitevin, J. Benveniste, Nature 333, 816-818 (30/06/1988)<br />

2 Rey, L.: “Thermoluminescence of ultra-high dilutions of Lithium chloride and<br />

Sodium chloride”, Physica A, 2003, 323, 67-74<br />

3 Ennis, M. et al.: “Histamine dilutions modulate basophil activation”.<br />

Inflammation<br />

Research, 2004 May;53(5):181-188<br />

37


Quão certa é uma medição em ciência?<br />

• Segundo o princípio da incerteza de Heisenberg, a objetividade<br />

não é possível ao nível básico.<br />

∆x∆p ≥ h/4π<br />

∆x = factor de incerteza do lugar<br />

∆p = fator de incerteza do impulso<br />

h = constante de Planck (aprox. 6,63×10 -34 J·s)<br />

© IAH 2009 38<br />

O físico Werner Heisenberg afirmou que é impossível assinalar a posição e a<br />

velocidade de uma partícula ao mesmo tempo. Seu princípio da incerteza é<br />

citado como de grande importância para a medicina quântica. A conseqüência<br />

deste princípio é que, quando se começa a medir algo, se influi no fenômeno de<br />

tal maneira que a medição é falsa.<br />

O princípio ou relação da incerteza de Heisenberg tem enormes conseqüências<br />

para muitos ramos da física e desempenha um papel importante na física<br />

quântica. Poderia ser relevante na reprodução das pesquisas realizadas com<br />

medicamentos homeopáticos unitários em diluições médias e altas. Também se<br />

aplica aos grandes objetos (carros, aviões, casas...), embora muito menos,<br />

inclusive à escala desprezível, devido à pequena magnitude da constante de<br />

Planck. Sem dúvida, nos tratamentos com microdoses e mais na <strong>homeopatia</strong>,<br />

onde se utilizam quantidades muito pequenas, talvez quânticas, o princípio da<br />

incerteza de Heinsenberg poderia ser de extrema importância ao tratar-se de<br />

medir o efeito.<br />

38


Aplicações terapêuticas da<br />

<strong>homeopatia</strong> clássica<br />

© IAH 2009<br />

39


Homeopatia<br />

• Indicações principais<br />

• transtornos agudos<br />

• transtornos funcionais<br />

• transtornos psicosomáticos<br />

• doenças crônicas<br />

© IAH 2009 40<br />

A <strong>homeopatia</strong> pode aplicar-se à maioria dos tipos de doenças ou desordens: as<br />

alterações da força vital (afecções aguda, inflamações em sua maioria), os<br />

desequilíbrios, as desordens de origem psicossomática e também algumas<br />

doenças crônicas.<br />

40


Homeopatia<br />

• A terapia homeopática clássica não está indicada para as<br />

afeções com lesões graves nem para as doenças terminais ou<br />

malignas<br />

• Nestes casos serve como complemento<br />

© IAH 2009 41<br />

Como ocorre com qualquer outro tipo de medicina, a <strong>homeopatia</strong> também tem<br />

seus limites. A <strong>homeopatia</strong> clássica não deveria ser de primeira escolha para<br />

tratar lesões graves, nem cânceres terminais, embora em todos estes casos<br />

pode-se melhorar a qualidade de vida. No último caso mencionado, a<br />

<strong>homeopatia</strong> não é o tratamento essencial, mas é complementar aos outros<br />

métodos terapêuticos e tratamento, a maioria procedentes da medicina<br />

acadêmica (p. ex. os vômitos induzidos pela quimioterapia podem ser bem<br />

tratados com a <strong>homeopatia</strong>).<br />

41


Exemplos de grupos de preparados<br />

Preparados vegetales<br />

Aconitum<br />

Belladonna<br />

Nux vomica<br />

Preparados animales<br />

Apis<br />

Sepia<br />

Lachesis<br />

Preparados minerales<br />

Calcium carbonicum<br />

Hepar sulfuris<br />

Silicea<br />

Acónito ou matalobos<br />

Belladona ou belladama<br />

Noz vômica<br />

Abelha melífera<br />

Sepia<br />

Cascavel muda ou matabuey<br />

Cálcio de concha de ostra<br />

Sulfuro de cálcio<br />

Ácido salicílico<br />

© IAH 2009 42<br />

Em <strong>homeopatia</strong> utilizam-se normalmente três grupos de substâncias: preparados<br />

de origem vegetal, de origem animal e mineral. Citam-se exemplos de cada<br />

grupo com seu nome científico oficial e seu nome vulgar.<br />

42


O Dr. Reckeweg e<br />

a <strong>homeopatia</strong> clássica<br />

© IAH 2009<br />

Depois de seus estudos de medicina acadêmica, o Dr. H.-H. Reckeweg estudou<br />

<strong>homeopatia</strong> clássica para tentar encontrar a forma de abordar os efeitos<br />

secundários e as contra-indicações dos fármacos convencionais. Mas tampouco<br />

a <strong>homeopatia</strong> clássica era a solução, pois é uma medicina muito empírica.<br />

Somente a prática clínica durante anos, talvez décadas, determina que a<br />

<strong>homeopatia</strong> tenha êxito, pois reconhecer os quadros patogenéticos nos<br />

pacientes nos pacientes exige muita experiência.<br />

Depois de estudar e seguir os seminários do prof. August Bier, que defendia<br />

certo tipo de <strong>homeopatia</strong> clínica em sua época, o Dr. Reckeweg chegou a<br />

consolidar seu conhecimentos de <strong>homeopatia</strong>, que levariam depois a elevar seu<br />

enfoque integrador de ambos os tipos de medicina, criando pouco a pouco o<br />

conceito de homotoxicologia, uma ponte entre a medicina acadêmica e a<br />

medicina homeopática.<br />

Não só encontramos diluições homeopáticas, principalmente diluições baixas,<br />

nos medicamentos compostos. A influência da <strong>homeopatia</strong> clássica se encontra<br />

acima de tudo na gama dos Injeel (ver apresentação sobre grupos de<br />

medicamentos IAH AC), acordes de potência de uma mesma substância juntas<br />

no mesmo frasco. Também na gama dos Homaccord (ver a apresentação sobre<br />

Homaccord de IAH AC) constata-se a presença do gênio homeopático de<br />

Reckeweg.<br />

43


Homeopatia complexa e<br />

medicamentos anti-homotóxicos<br />

© IAH 2009<br />

Já dissemos que existem diferenças fundamentais entre os medicamentos<br />

homeopáticos complexos e os medicamentos anti-homotóxicos (ver a<br />

apresentação sobre preparados básicos de IAH AC).<br />

Os medicamentos anti-homotóxicos se formulam e atuam tendo em conta a<br />

função sinérgica ou atividade complementar de seus componentes, e se<br />

empregam na clínica segundo o quadro patológico do paciente e dentro de um<br />

marco de referência específico, a tabela da evolução das doenças (TED).<br />

Embora se classifiquem como homeopáticos pelas diluições homeopáticas<br />

empregadas, os medicamentos anti-homotóxicos são algo mais que<br />

medicamentos homeopáticos complexos. Estas diferenças são de grande<br />

importância para poder compreender porque os medicamentos anti-homotóxicos<br />

atuam mais profundamente que os homeopáticos complexos e porque podem<br />

ser entendidos mais facilmente pelos médicos acadêmicos.<br />

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