Palestra do Dr. Valter Casarin - International Plant Nutrition Institute
Palestra do Dr. Valter Casarin - International Plant Nutrition Institute
Palestra do Dr. Valter Casarin - International Plant Nutrition Institute
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Dr</strong>. <strong>Valter</strong> <strong>Casarin</strong><br />
IPNI Brasil<br />
Diretor Adjunto<br />
MANEJO DE MICRONUTRIENTES<br />
NA CULTURA DA SOJA<br />
X Encontro Técnico<br />
Fundação MT<br />
14 de Maio de 2010
INFORMAÇÕES GERAIS<br />
Na medida em que a população mundial e a demanda por<br />
alimentos, combustível e fibra continuam a aumentar, existe<br />
em paralelo a necessidade crescente por conhecimento e<br />
informação basea<strong>do</strong> em ciência responsável. É nesse contexo<br />
que aparece o IPNI.<br />
O “<strong>International</strong> <strong>Plant</strong> <strong>Nutrition</strong> <strong>Institute</strong>” (IPNI) é uma<br />
organização nova, sem fins lucrativos, dedicada ao manejo<br />
responsável <strong>do</strong>s nutrientes das plantas – N, P, K, Ca, Mg, S e<br />
micronutrientes – para o benefício da família humana.
IPNI: ESCRITÓRIOS E EQUIPE CIENTÍFICA<br />
<strong>Dr</strong>. Terry L. Roberts<br />
President<br />
3500 Parkway Lane<br />
Suite 350<br />
Norcross GA 30092-2806 USA<br />
Phone: 770-447-0335<br />
Fax: 770-443-0439<br />
E-mail: troberts@ipni.net<br />
<strong>Dr</strong>. Luís I. Prochnow<br />
Director, Brazil Program<br />
Rua Alfre<strong>do</strong> Guedes, 1949<br />
Ed. Rácz Center, Sala 701<br />
13416-901 Piracicaba, SP, Brazil<br />
Phone: 5519-3433-3254<br />
Fax: 5519-3433-3254<br />
E-mail: lprochnow@ipni.net<br />
<strong>Dr</strong>. <strong>Valter</strong> <strong>Casarin</strong><br />
Deputy Director, Brazil Program<br />
Rua Alfre<strong>do</strong> Guedes, 1949<br />
Ed. Rácz Center, Sala 701<br />
13416-901 Piracicaba, SP, Brazil<br />
Phone: 5519-3433-3254<br />
Fax: 5519-3433-3254<br />
E-mail: vcasarin@ipni.net
WEBSITE NO<br />
BRASIL<br />
DRIS<br />
FERTREC’X
PUBLICAÇÕES<br />
Better Crops Informações Agronômicas Livros
Parceria:<br />
Global Maize Project
Global Maize: Overview<br />
• The first effort of the recently formed IPNI work group Nutrient<br />
Management Decision Support for Maize Systems (WG04).<br />
• Work group is composed of 10 IPNI scientists working in 34<br />
countries.<br />
• Identified ecological intensification (EI) of maize-based production<br />
systems as a high priority and common need.<br />
• EI is a term developed by Cassman (1999) that conceptualizes a<br />
production system that satisfies the anticipated increase in food<br />
demand while meeting acceptable standards for environmental<br />
quality.<br />
• Since EI is conceptual, an iterative discovery process is being used<br />
at each location to identify a specific combination of management<br />
practices that satisfies its requirements.
Global Maize<br />
Centers<br />
• Brazil<br />
– 18 Itiquiria, Mato Grosso<br />
– 19 Ponta Grossa, Paraná<br />
• China<br />
– 20 Jilin<br />
– 21 Hebei<br />
• India<br />
– 22 Ranchi, Jharkhand<br />
– 23 Dharwar, Karnataka<br />
• Argentina<br />
– 24 Balcarce<br />
– 25 Parana<br />
• U.S.<br />
– 26 Iowa<br />
– 27 Indiana<br />
• Mexico<br />
– 28 Celaya<br />
– 29 Toluca<br />
• Columbia<br />
– 38 To be determined<br />
• Russia<br />
– Planned (with wheat initiative)
MANEJO DE MICRONUTRIENTES<br />
NA CULTURA DA SOJA
“Por micronutrientes devemos entender<br />
aqueles nutrientes que as plantas necessitam em<br />
pequeníssimas proporções; são eles: boro (B),<br />
cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn),<br />
molibdênio (Mo) e zinco (Zn).<br />
Embora as quantidades sejam muito<br />
diminutas, nos casos de deficiência muito<br />
acentuada as culturas não completam bem seu<br />
ciclo vegetativo e, portanto, ou não dão colheita ou<br />
produzem muito pouco.”...<br />
(MALAVOLTA, 1958)
...“É necessário que dêem atenção crescente às<br />
eventuais faltas <strong>do</strong>s micronutrientes discuti<strong>do</strong>s.<br />
Uma deficiência severa de qualquer um<br />
deles pode por em perigo tôda a lavoura.<br />
Os mistura<strong>do</strong>res de adubos, por sua vez,<br />
devem começar a pensar nesse assunto,<br />
completan<strong>do</strong> suas fórmulas com determina<strong>do</strong>s<br />
micronutrientes...”<br />
(MALAVOLTA, 1958)
Importância <strong>do</strong>s Micronutrientes
CLASSIFICAÇÃO<br />
Essenciais: A planta ou o homem não vive sem.<br />
Benéficos: não essenciais. Em dadas condições → ajudam<br />
crescimento e produção da planta. Exemplos: sódio (Na) e silício (Si)<br />
para a planta<br />
Tóxicos: não essenciais, não benéficos<br />
Toxidez ? a <strong>do</strong>se faz o veneno (Paracelso)
MICRONUTRIENTES - Essencialidade<br />
Critérios de essencialidade → Arnon e Stout (1939):<br />
<strong>Plant</strong>as: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn<br />
Elementos benéficos: Co, Si, Na, Se, V, Al<br />
Animais e humanos: Co, Cu, Cr, F, I, Fe, Mn, Mo, Se e Zn<br />
Fertilizantes: ferramenta no combate à fome e subnutrição;<br />
Prioridade no “ranking” das dez maiores desafios mundiais;<br />
Principais deficiências: Fe, Zn, I, Se e vitamina A.
EFEITO DOS MICRONUTRIENTES<br />
DUAS LEIS IRREVOGÁVEIS<br />
(1) A LEI DO MÍNIMO (LIEBIG, 1862)<br />
A colheita é limitada pelo fator de produção que estiver em<br />
menor proporção-<br />
“a colheita não aumenta se faltar um micronutriente”<br />
(2) UMA LEI BÁSICA DA ECOLOGIA<br />
Na natureza não há comida grátis<br />
Pagamento da conta - micro muitas vezes
Fonte: Yamada (2004)
Funções <strong>do</strong>s Micronutrientes
Mn e Cu<br />
CO 2<br />
Fotossíntese<br />
Energia<br />
(Comida)<br />
H 2 O<br />
Açúcar
Deficiência de Mn<br />
- Mn
ROBERTSON, W.K.; THOMPSON, L.G.; MARTIN, F.G. Manganese and cooper<br />
requeriments for soybeans. Agronomy Journal, Madison, 65:641-4, 1973.<br />
Produtividade (kg/ha)<br />
Mn (kg/ha)
FONTE: SANCONOWICZ & SILVA, 1997<br />
Produtividade (sacas/ha)
FONTE: MANN et al., 2002<br />
Produtividade (kg/ha)
FONTE: GALRÃO, 2002 (média de 3 cultivos)<br />
Produtividade (t/ha)
FONTE: SFREDO et al., 1997<br />
Produtividade (sacas/ha)
Crescimento<br />
B<br />
Zn<br />
B<br />
comida<br />
B<br />
Zn<br />
Crescimento
- Zn<br />
+ Zn<br />
<strong>Plant</strong>io: 05/09/08<br />
Avaliação:17/09/08 Local : A Amazônia Campo Verde - MT
FONTE: GALRÃO, 2002<br />
Produtividade (t/ha)
RITCHEY, K.D. Residual zinc effects. Agronomic-economic research on tropical soils:<br />
Annual report for 1976-77. Raleigh, SoilScience Departement, North<br />
Caroline State University, 1978. p.113-114.<br />
Produtividade (kg/ha)<br />
Zn (kg/ha)
GALRÃO, E.Z. Efeito de micronutrientes e <strong>do</strong> cobalto na produção e composição química <strong>do</strong><br />
arroz, milho e soja em solos de cerra<strong>do</strong>.<br />
R. bras. Ci. Solo, 8:111-116, 1984.<br />
Produtividade (kg/ha)
PLANTA<br />
N 2 (ar)<br />
Fixação N 2<br />
Co e Mo<br />
NO 3<br />
-<br />
Nitrato<br />
Nitrogenase<br />
Molibdênio<br />
NH 3<br />
Amônia
FONTE: CAMPO & HUNGRIA, 2002<br />
Produtividade (kg/ha)
VITTI, G.C.; FORNASIERI FILHO, D.; PEDROSO, P.A.C.; CASTRO, R.S.A.<br />
FertilizaçãoCom molibdênio e cobalto na cultura da soja.<br />
Rev. Bras. Ci. Solo, 8:349-352,1984.<br />
Produtividade (kg/ha)<br />
Produto 10% Mo e 1% Co (g/ha)
Florescimento e<br />
Frutificação<br />
Proteínas<br />
B, Cu e Zn<br />
Ca<br />
B
Movimento <strong>do</strong> cálcio e boro em plantas<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
B<br />
Ca<br />
Ca<br />
B<br />
B<br />
Ca<br />
Ca<br />
B<br />
•Cálcio e boro são<br />
transloca<strong>do</strong>s nas plantas<br />
com o fluxo de seiva<br />
(fluxo de transpiração) –<br />
Via Xilema<br />
B<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
•Acumula nas folhas mais<br />
velhas<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
B<br />
B<br />
Ca<br />
•Cálcio e boro estão<br />
imóveis<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
B<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
Ca<br />
B<br />
Ca<br />
Ca<br />
B<br />
Adapted from an original diagram supplied<br />
courtesy of SQM
USO DO BORO<br />
100 % Apl. Foliar<br />
25 % Absorvi<strong>do</strong><br />
100 % Apl. Substrato<br />
11 % Absorvi<strong>do</strong><br />
O B aplica<strong>do</strong><br />
no substrato<br />
foi cerca de 4<br />
vezes mais<br />
eficiente em<br />
nutrir as<br />
partes novas<br />
da planta <strong>do</strong><br />
que a<br />
aplicação de<br />
B nas folhas.<br />
Boaretto, 2004
SILVA, N.M.; CARVALHO, L.H..; CHIAVEGATTO, E.J.; SABINO, N.P.; HIROCE, R.<br />
Efeito de <strong>do</strong>ses de boro aplica<strong>do</strong>s no sulco de plantio <strong>do</strong> algo<strong>do</strong>eiro em solo deficiente.<br />
Bragantia, 41:181-191, 1982. (média de 3 cultivos)<br />
algodão em caroço (kg/ha)<br />
B (kg/ha)
Níquel
Funções<br />
Constituinte da enzima urease e hidrogenase (nos<br />
nódulos <strong>do</strong> Bradyrhizobium)<br />
Ação na senescência<br />
Ação na qualidade de semente (Brown et al., 1987)
MARTINS, 2006 (da<strong>do</strong>s não publica<strong>do</strong>s)<br />
Média de 3 cultivos<br />
Produtividade (kg/ha)<br />
* 50 g Ni/ha
‣ Resposta da soja à fertilizantes conten<strong>do</strong> Ni, Mo e Co.<br />
Tratamentos Doses (1) Mo<strong>do</strong> de aplicação Produtividade<br />
mL ha -1 kg ha -1<br />
Testemunha - - 2.887d<br />
Co + Mo 200 Trat. sementes (TS) 3.854c<br />
Co + Mo 200 Foliar, estádio V5 (AF) 3.808c<br />
Co + Mo 100 (2 aplicações) TS + AF (V5) 4.076b<br />
Ni + Co + Mo 200 Trat. sementes 4.209b<br />
Ni + Co + Mo 200 Foliar, estádio V5 4.269b<br />
Ni + Co + Mo 100 (2 aplicações) TS + AF (V5) 4.441a<br />
CV (%) 3,39<br />
Fonte: MILLÉO et al. (2009).
Doenças<br />
FORSYTH & PETURSON (1958): ação protetiva e erradicativa<br />
<strong>do</strong> níquel com respeito à ferrugem <strong>do</strong>s cereais (trigo e aveia)<br />
e <strong>do</strong> girassol.<br />
MISHRA & KAR (1974) e GERENDAS et al. (1999):<br />
pulverizações com Ni são eficientes contra a infecção de<br />
ferrugens de cereais devi<strong>do</strong> à sua toxidez para o patógeno e<br />
também devi<strong>do</strong> a mudanças causadas na fisiologia <strong>do</strong><br />
hospedeiro que levam à resistência.<br />
GRAHAM et al. (1985): uso <strong>do</strong> Ni no controle de ferrugens<br />
que afetam diversas culturas em várias regiões.
Tratamentos Doses- Kg p.c./ha Estádios de aplicação<br />
1. Testemunha - -<br />
2. NiSO 4 0,25 V5; V7; R2<br />
3. NiSO 4 0,5 V5; V7; R2<br />
4. NiSO 4 0,25 R1; R3; R5.1<br />
5. NiSO 4 0,5 R1; R3; R5.1<br />
6. NiSO 4 + Opera* 0,25 + 0,5 V5; V7; R2<br />
7. NiSO 4 + Opera 0,5 + 0,5 V5; V7; R2<br />
8. NiSO 4 + Opera 0,25 + 0,5 R1; R3; R5.1<br />
9. NiSO 4 + Opera 0,5 + 0,5 R1; R3; R5.1<br />
10. Opera 0,5 V5; V7; R2<br />
11. Opera 0,5 R1; R3; R5.1<br />
12. Aproach Prima +<br />
Assist<br />
13. Aproach Prima +<br />
Assist<br />
0,3 + 0,5 % V5; V7; R2<br />
0,3 + 0,5 % R1; R3; R5.1<br />
V5: 27/12/07 (preventivo)<br />
V7: 03/01/07 (preventivo)<br />
R2: 17/01/08 (preventivo)<br />
R1: 11/01/08 (preventivo)<br />
R3/R4: 31/01/08 (curativo)*<br />
R5.1: 08/02/08 (curativo)<br />
Sintomas:<br />
03/02/08 (R4)<br />
* pirac. + epox.
Severidade (%) da ferrugem asiática<br />
Tratamentos R5.1 R5.2 R5.3 R5.4 R6<br />
1. Testemunha 16,2 A 26,2 A 49,5 A 70,0 A 96,2 A<br />
2. NiSO 4 0,25 V5,V7,R2 3,0 B 5,7 B 18,7 B 37,0 B 55,0 B<br />
3. NiSO 4 0,5 V5,V7,R2 1,2 C 1,5 C 6,7 C 8,7 C 42,5 C<br />
4. NiSO 4 0,25<br />
R1,R3,R5.1<br />
5. NiSO 4 0,5<br />
R1,R3,R5.1<br />
3,7 B 5,0 B 7,5 C 10,0 C 31,7 D<br />
0,7 C 1,0 C 3,5 D 5,0 D 23,7 E<br />
6. NiSO 4 + Opera 0 C 0 C 1,7 E 2,5 D 15,5 F<br />
7. NiSO 4 + Opera 0 C 0 C 1,7 E 2,0 D 15,5 F<br />
8. NiSO 4 + Opera 0,7 C 1,0 C 1,2 E 3,0 D 10,5 G<br />
9. NiSO 4 + Opera 0,2 C 0,2 C 0,7 E 1,0 D 8,7 G<br />
10. Opera 0 C 0 C 1,5 E 2,5 D 16,7 F<br />
11. Opera 0,2 C 0,2 C 1,0 E 1,5 D 10,0 G<br />
12. Apr.Prima + As 0 C 0 C 1,2 E 11,7 C 33,7 D<br />
13. Apr. Prima + As 0,2 C 0,2 C 0,5 E 2,7 D 7,5 G<br />
CV % 22,2 22,5 17,9 15,9 7,0<br />
Silvânia Furlan, 2008
T1 -<br />
Testem. T2 - SN T3 - SN<br />
10/<br />
03/<br />
08<br />
R7<br />
T4 - SN T5 - SN T6 - SN + Opera
Adubação com Micronutrientes
CUIDADO COM OS<br />
DESEQUILIBRIOS<br />
NUTRICIONAIS !!<br />
“ Nutrir bem não significa adubar<br />
mais.”
Cultura<br />
B Cu Fe Mn Mo Zn Observações<br />
g.ha -1<br />
milho 4,4 2,2 11,0 6,0 0,56 18,9 1 t grãos<br />
soja 34,2 14,2 115,0 43,0 4,58 42,5 1 t grãos<br />
EXPORTAÇÃO<br />
PRODUÇÃO<br />
EXTRAÇÃO<br />
Cultura<br />
B Cu Fe Mn Mo Zn Observações<br />
g.ha -1<br />
milho 17,8 7,8 31 33,0 0,89 37,8 1 t grãos<br />
soja 78,8 26,7 465 130,0 5,42 60,4 1 t grãos
DEFICIÊNCIAS<br />
Todas as regiões, particularmente cerra<strong>do</strong><br />
(MALAVOLTA & KLIEMANN, 1985)<br />
Praticamente todas as culturas – anuais e perenes<br />
Mais frequentes: Boro, Zinco, Manganês<br />
Respostas à adição de micros - às vezes notáveis<br />
USAR MICROS É PRECISO!
Deficiência de micronutrientes no solo<br />
Análise de 518 amostras da superfície de solos virgens <strong>do</strong><br />
cerra<strong>do</strong> <strong>do</strong> Brasil Central.<br />
Micros<br />
Nível crítico<br />
(mg dm -3 )<br />
Abaixo <strong>do</strong><br />
nível crítico<br />
(%)<br />
Intervalo<br />
Média<br />
- - - - - - (mg dm -3 ) - - - - - -<br />
Cobre 1,0 70 0,0 - 9,7 0,6<br />
Zinco 1,0 95 0,2 - 2,2 0,6<br />
Manganês 5,0 37 0,6 - 92,2 7,6<br />
Ferro - - 3,7 - 74,0 32,5<br />
Fonte: LOPES e COX (1977); LOPES (1983), cita<strong>do</strong> por LOPES e ABREU (2000)
Deficiência de micronutrientes no solo<br />
Níveis de micronutrientes em 2.770 amostras de solo<br />
coletadas pela Fundação MT em 2002.<br />
Nível B Cu Mn Zn<br />
- - - - - - - - - - - - - - - - (% <strong>do</strong> total) - - - - - - - - - - - - - - - - -<br />
Baixo 61,7 15,1 2,3 11,4<br />
Médio 30,0 28,2 9,8 8,5<br />
Alto 8,3 56,7 87,9 80,1<br />
Médio (ppm) 0,3-0,5 0,5-0,8 2,0-5,0 1,1-1,6<br />
Fonte: Leandro Zancanaro, Fundação MT, comunicação pessoal, Janeiro 2004
Resulta<strong>do</strong>s de 268 análises foliares de soja em 200.000<br />
ha de área cultiva (MT, MS e GO).<br />
Nutrientes<br />
% das amostras<br />
com deficiência<br />
Nitrogênio 2,9<br />
Fósforo 2,2<br />
Potássio 32,8<br />
Cálcio 0<br />
Magnésio 3,3<br />
Enxofre 0,7<br />
Cobre 74,2<br />
Boro 8,9<br />
Manganês 32,1<br />
Zinco 0<br />
Fonte: SUBTIL e DALL AGLIO (2000)
Boas Práticas para Uso Eficiente de Fertilizantes<br />
MICRONUTRIENTES<br />
4 C’s<br />
‣Fonte certa<br />
‣Dose certa<br />
‣Méto<strong>do</strong> certo<br />
‣Época certa<br />
IPNI
Méto<strong>do</strong>s de aplicação<br />
MÉTODOS:<br />
Adubação via solo;<br />
Adubação foliar;<br />
Tratamento de sementes;<br />
Tratamento de mudas (cana).
Adubação Via Solo<br />
Correção Lenta / Mais Dura<strong>do</strong>ura / Preventiva<br />
Problema: Como distribuir uniformemente pequenas <strong>do</strong>ses, poucos kg/ha ?<br />
1) Aumento das <strong>do</strong>ses iniciais, fazen<strong>do</strong> uso <strong>do</strong> efeito residual (Zn e Cu);<br />
2) Mistura de fontes de micronutrientes, em geral granula<strong>do</strong>s, com fertilizantes<br />
simples, mistura de grânulos, misturas granuladas e fertilizantes granula<strong>do</strong>s;<br />
3) Incorporação de fontes de micronutrientes em misturas granuladas e fertilizantes<br />
granula<strong>do</strong>s, de mo<strong>do</strong> que cada grânulo carreie o micronutriente;<br />
4) Revestimento de fertilizantes simples, mistura de grânulos, misturas granuladas e<br />
fertilizantes granula<strong>do</strong>s com fontes de micronutrientes de mo<strong>do</strong> que cada grânulo<br />
carreie o micronutriente.
MICRONUTRIENTES NA ADUBAÇÃO NPK<br />
N<br />
M<br />
M<br />
N<br />
P<br />
K<br />
P<br />
K<br />
N<br />
(mais comum)<br />
P + M<br />
K
MICRONUTRIENTES NA ADUBAÇÃO NPK<br />
M<br />
M<br />
N<br />
P<br />
K<br />
M<br />
M<br />
N<br />
M<br />
M<br />
N<br />
P<br />
K<br />
M<br />
N<br />
P<br />
K<br />
P<br />
M<br />
K<br />
M<br />
M<br />
M<br />
M<br />
M
MICRO REVESTINDO N-P-K<br />
Uniformidade da Aplicação<br />
Tradicional<br />
Micro no N-P-K<br />
Micro no N-P-K
Adubação Via Foliar<br />
Folha →<br />
Correção rápida/Menos dura<strong>do</strong>ura/corretiva<br />
Principal: Manganês<br />
Sal<br />
Quelatiza<strong>do</strong><br />
Estágio: V 4 / R 1
Micronutriente via tolete na cobrição
Municipio: Populina/SP<br />
Proprietário: Joel Formiga<br />
Fazenda Tuim<br />
Variedade:RB72454<br />
Data de <strong>Plant</strong>io: 16/06/05<br />
Data da Foto: 27/07/05<br />
Experimento<br />
Luiz Antonio Martins<br />
Brotação Antecipada<br />
Rápi<strong>do</strong> Desenvolvimento<br />
Inicial<br />
Testemunha
Dose<br />
Análise de solo<br />
Análise foliar
Classificação<br />
para o<br />
nutriente<br />
Interpretação de resulta<strong>do</strong>s de análise de<br />
micronutrientes em solos de Cerra<strong>do</strong><br />
Boro Cobre Manganês Zinco<br />
(água<br />
quente)<br />
--------------- Mehlich 1* -----------------<br />
---------------------------- mg dm -3 -------------------------<br />
Baixo 0 a 0,2 0 a 0,4 0 a 1,9 0 a 1,0<br />
Médio 0,3 a 0,5 0,5 a 0,8 2,0 a 5,0 1,1 a 1,6<br />
Alto > 0,5 > 0,8 > 5,0 > 1,6<br />
Fonte: Galrão (2004)<br />
* Mehlich 1 (HCl 0,05 mol L -1 + H 2<br />
SO 4<br />
0,0125 mol L -1 ), na relação solo:solução de 1:10 e<br />
com cinco minutos de agitação
Análise foliar<br />
‣Teor adequa<strong>do</strong> de micronutrientes na análise foliar:<br />
Culturas B Cu Fe Mn Mo Zn<br />
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (mg kg -1 ) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -<br />
Café 1 40-100 6-50 70-300 50-300 0,1-0,5 10-70<br />
Cana 2 10-30 6-15 40-250 25-250 0,05-0,20 10-50<br />
Citros 1 35-100 5-20 50-200 25-500 0,1-1,0 25-200<br />
Milho 3 10-25 6-20 30-250 20-200 0,1-0,2 15-100<br />
Soja 4 21-55 10-30 50-350 20-100 1,0-5,0 20-50<br />
Fonte: 1 Bataglia (1991); 2 Raij e Cantarella (1996); 3 Cantarella et al. (1996); 4 Ambrosano et al. (1996)
Aplicação via solo<br />
Fontes de micronutrientes mais indica<strong>do</strong>s para aplicação via solo.<br />
Nutriente Fonte Dose (kg/ha -1 )<br />
Elemento (1) Elemento (2)<br />
Boro<br />
Borax:<br />
Na 2 B 4 O 7 .10H 2 O ou<br />
Na 2 B 4 O 7. 5H 2 O (11%B)<br />
Ulexita<br />
NaCaB 5 O 5 .8H 2 O (10%B) 0,5 a 1,0 1,0<br />
Zinco Oxi-sulfatos 4,0 a 6,0 5,0<br />
Manganês Oxi-sulfatos 2,5 a 6,0 5,0 (+)<br />
Cobre Oxi-sulfatos 0,5 a 2,0 2,0<br />
(1) BORKERT et al. (1994)<br />
(2) MASCARENHAS & TANAKA (1996)
Teor no<br />
solo:<br />
Baixo<br />
Recomendações gerais para adubação com<br />
micronutrientes para os solos de cerra<strong>do</strong><br />
Boro Cobre Manganês Molibdênio*<br />
Zinco<br />
2 kg ha -1 2 kg ha -1 6 kg ha -1 0,4 kg ha -1 6 kg ha -1<br />
Para culturas anuais, as <strong>do</strong>ses indicadas podem ser parceladas em 3 partes iguais e<br />
aplicadas no sulco de semeadura em cultivos sucessivos sen<strong>do</strong> espera<strong>do</strong> um efeito<br />
residual para 4 a 5 cultivos.<br />
Para solos com teores classifica<strong>do</strong>s como Médio, aplicar no sulco de plantio das<br />
culturas anuais ¼ da <strong>do</strong>se acima recomendada.<br />
Se o teor <strong>do</strong> nutriente no solo estiver classifica<strong>do</strong> como Alto, não é necessária a sua<br />
aplicação.<br />
* Para o Molibdênio não existem valores para classificação da análise de solo.<br />
Fonte: Galrão (2004)
ZINCO<br />
a) Via solo:<br />
SOUZA et al. (1998) e SANTOS (2000), cita<strong>do</strong>s por DA SILVA (2000), não<br />
verificaram efeitos antagônicos <strong>do</strong> fósforo em relação ao zinco, quan<strong>do</strong><br />
variaram as <strong>do</strong>ses de P entre 0 e 320 kg.ha -1 de P 2 O 5 e as <strong>do</strong>ses de zinco<br />
de 0 a 6 kg.ha -1 de Zn.<br />
Recomendação<br />
• COELHO & FRANÇA (1995) -> 2,0 a 4,0 kg.ha -1 de Zn<br />
Zn < 1,0 ppm (Mehlich I)<br />
• RAIJ & CANTARELLA (1996):<br />
==> 4,0 kg.ha -1 de Zn, para Zn no solo (DTPA) < 0,6 mg.dm -3<br />
==> 2,0 kg.ha -1 de Zn para Zn no solo (DTPA) entre 0,6 e 1,2 mg.dm -3<br />
Fonte: Oxissulfato
Recomendação de adubação<br />
‣Considerações:<br />
Adubação de segurança (cada 4 ou 5 anos);<br />
Análise de solo (teor médio) = um quarto da <strong>do</strong>se;<br />
Análise de solo (teor alto) = não há necessidade de adubação.
RECOMENDAÇÃO DE MICRO VIA FOLIAR<br />
Mn: 150 (Quelatiza<strong>do</strong> - Cl); 200(Quelatiza<strong>do</strong> - SO 4 ) a 300 g.ha-1 (SAL)<br />
Zn e Cu: Não existe recomendação oficial<br />
Zn = 50 a 150 g/ha<br />
Cu = 50 a 100 g/ha<br />
Época: V 4 + R 1
Aplicações<br />
efetuadas à cada 14<br />
dias<br />
MANGANÊS - foliar<br />
SOJA<br />
Sintomas de<br />
deficiência<br />
apareceram na 4a.<br />
semana e as<br />
aplicações foram<br />
repetidas em n o .<br />
variável, sempre<br />
que surgiram<br />
sintomas de<br />
deficiência<br />
Mascagni, H. J.,Jr.; Cox, F. R. - Agronomy Journal, Vol 77, May-Jun 1985. Pg 363-366
Fontes<br />
sulfatos<br />
óxi<strong>do</strong>s<br />
quelatos<br />
silicatos
Aplicação via solo<br />
1 al. : Boro: Ulexita<br />
Zinco:<br />
Manganês:<br />
Cobre:<br />
Óxi-Sulfatos<br />
Óxi-Sulfatos<br />
Óxi-Sulfatos
Aplicação via foliar<br />
Absorção e transporte <strong>do</strong> zinco aplica<strong>do</strong> via foliar.<br />
Parte de planta<br />
Fonte de Zinco<br />
Cloreto Nitrato Sulfato Quelato<br />
----------- μg/planta de Zn ------------<br />
Raízes 2 2 4 19<br />
Caule e ramos abaixo 4 5 4 10<br />
folha tratada<br />
Folhas abaixo 5 5 4 31<br />
Folhas tratadas 609 357 80 216<br />
Caule e ramos acima 5 6 5 10<br />
Folhas acima 8 7 6 17<br />
Total 633 382 103 303<br />
Fonte: Malavolta et al. (1995)
Absorção de Zn por folhas de cafeeiro<br />
µg de Zn absorvi<strong>do</strong> g de folha<br />
1200<br />
1000<br />
800<br />
600<br />
400<br />
200<br />
97% NAS<br />
FOLHAS COM<br />
65<br />
ZnCl 2<br />
0<br />
0 10 20 30 40 50 60 70<br />
TEMPO DE CONTATO, MINUTOS<br />
(adapta<strong>do</strong> de BLANCO, 1970)
Fatores que afetam a eficiência <strong>do</strong>s fertilizantes<br />
Fontes;<br />
Tipo de solo;<br />
pH;<br />
Solubilidade;<br />
Efeito residual;<br />
Mobilidade <strong>do</strong> micronutriente;<br />
Tipo de cultura (planta).<br />
Fonte: LOPES (1999)
Efeito <strong>do</strong> pH na disponibilidade<br />
Calagem:<br />
Mo<br />
Mn<br />
*Cerra<strong>do</strong><br />
*<strong>Plant</strong>io direto<br />
Fonte: Malavolta (1992)
Glifosato<br />
X<br />
Mn
Situação Atual<br />
1.Aumento <strong>do</strong> plantio de soja RR<br />
2.Aumento no uso de glifosato<br />
3.Aplicação simultânea com<br />
adubos foliares
Glifosato<br />
1. Herbicida áci<strong>do</strong><br />
capacidade de <strong>do</strong>ar um ou mais prótons e<br />
formar íons carrega<strong>do</strong>s negativamente.<br />
2. Íons livres combinam com glifosato.<br />
3. Redução de ingrediente ativo disponível<br />
(baixa eficiência <strong>do</strong> herbicida).
Mn++<br />
Mn++<br />
Mn++<br />
Mn++<br />
Mn++<br />
Mn++<br />
Mn++<br />
Zn++<br />
Mn++<br />
Ca++<br />
Mn++<br />
Mn++<br />
Mn++<br />
Mn++<br />
Mg++<br />
Mn++<br />
Mn++
Influência de produtos fornece<strong>do</strong>res de micronutrientes<br />
adiciona<strong>do</strong>s à calda de pulverização na eficiência <strong>do</strong><br />
herbicida glifosato em diferentes formulações<br />
Prof. <strong>Dr</strong>. PEDRO LUIS DA COSTA AGUIAR ALVES<br />
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP -<br />
Jaboticabal<br />
HERBAE Consultoria e Projetos Agrícolas Ltda.<br />
- Eng. Agrônomo <strong>Dr</strong> Marcos Antonio Kuva<br />
- Eng. Agrônomo Ms Tiago Pereira Salga<strong>do</strong><br />
-Téc. Agropecuário Marco Antonio Farias
OBJETIVO<br />
Verificar a eficácia <strong>do</strong> herbicida glifosato, em diferentes<br />
formulações, sobre plantas daninhas em estágio juvenil,<br />
quan<strong>do</strong> veicula<strong>do</strong>s em calda com a presença de<br />
produtos com micronutrientes.<br />
Espécies de plantas daninhas<br />
leiteiro (Euphorbia heterophylla)<br />
capim-braquiária (Brachiaria decumbens).
Tabela 01. Produtos e <strong>do</strong>ses emprega<strong>do</strong>s na composição <strong>do</strong>s tratamentos <strong>do</strong> primeiro<br />
experimento.<br />
Trat.<br />
Produtos Comerciais<br />
Dose<br />
glifosato<br />
(g e.a./ha)<br />
Dose<br />
nutrientes<br />
(ml p.c/ha)<br />
1 Glifosato 720 ---<br />
2 Glifosato + Hidrofol Mn Fonte Manganês Sulfato 132 720 2000<br />
3 Glifosato + Profol Mn Fonte Manganês Cloreto 14 720 800<br />
4 Glifosato + Profol Mix Fonte Gallop Cloreto<br />
720 1500<br />
5 Glifosato + Mn-EDTA Profol Fonte Quelatizada Prime <strong>Dr</strong>y100%<br />
720 500<br />
6 Glifosato + Amigu Mn + Aminoáci<strong>do</strong> Manganês 720 2000<br />
7 Glifosato + Amigu Mix + Aminoáci<strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong> 720 2000<br />
8 Glifosato + Profol Co + CoMol 225 720 150<br />
1) Roundup Ready 2) Rup WG 3) Rup Original 4) Rup Transorb 5) Zapp QI<br />
6) Glifosato Agripec 7) Glifosato Nortox 8) Trop 9) Gliz
RESULTADOS<br />
(A)<br />
(B)<br />
(C)<br />
(D)<br />
(A) Controle (B) R. Ready (C) + Mn Base Cloreto (D) + Mn Quelatiza<strong>do</strong> 100%
ADUBAÇÃO COM MANGANÊS EM SOJA RESISTENTE AO GLIFOSATO<br />
Barney Gor<strong>do</strong>n, Kansas State University, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,<br />
(apresenta<strong>do</strong> por Larry Murphy, Fluid Fertilizer Foundation, Manhattan, KS, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s)<br />
Resposta da soja RR à aplicação de manganês via foliar 1 .<br />
Estádio Produtividade (kg ha -1 ) (%)<br />
Testemunha 4.170 100<br />
V4 4.573 110<br />
V4 + V8 4.842 116<br />
V4 + V8 + R2 5.380 129<br />
DMS 5% 202<br />
1<br />
Cerca de 0,34 kg ha -1 de Mn por aplicação.
<strong>Dr</strong>. <strong>Valter</strong> <strong>Casarin</strong><br />
IPNI Brasil<br />
Diretor Adjunto<br />
OBRIGADO