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Resumo Público de Certificação de Souza Cruz S/A - Rainforest ...

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<strong>Resumo</strong> Público <strong>de</strong> Certificação<br />

<strong>de</strong><br />

<strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> S/A<br />

Certificado n o : SW-FM/COC-1843<br />

Data da Certificação: 28 <strong>de</strong> março, 2006<br />

Data do <strong>Resumo</strong> Público: Março, 2006<br />

Este documento foi elaborado <strong>de</strong> acordo com as regras do<br />

Forest Stewardship Council (FSC) e do Programa SmartWood.<br />

Nenhuma parte <strong>de</strong>ste resumo <strong>de</strong>verá ser publicada separadamente.<br />

Certificador:<br />

SmartWood Program 1<br />

c/o <strong>Rainforest</strong> Alliance<br />

665 Broadway, 5 th Floor<br />

New York, New York 10012 U.S.A.<br />

TEL: (212) 677-1900 FAX: (212) 677-2187<br />

Email: info@smartwood.org<br />

Website: www.smartwood.org<br />

Esta certificação foi feita com a colaboração do seguinte membro da Re<strong>de</strong> SmartWood:<br />

Instituto <strong>de</strong> Manejo e Certificação<br />

Florestal e Agrícola (IMAFLORA)<br />

Rua Chico Men<strong>de</strong>s, 201<br />

Loteamento Bi-Centen~rio, Bairro Sert~ozinho<br />

13400.970 Caixa Postal 411<br />

Piracicaba, SP, Brazil<br />

Tel/Fax: 55-1934-144015 (call first)<br />

Email: imaflora@imaflora.org<br />

SIGLAS E ABREVIAÇÕES<br />

1 O Programa SmartWood é implementado a nível mundial por organizações sem fins lucrativos membros da<br />

Re<strong>de</strong> SmartWood. A Re<strong>de</strong> é coor<strong>de</strong>nada pela <strong>Rainforest</strong> Alliance, uma organização internacional sem fins<br />

lucrativos. A <strong>Rainforest</strong> Alliance é a <strong>de</strong>tentora legal da marca registrada SmartWood e sua logomarca. Todos os<br />

usos promocionais da logomarca SmartWood <strong>de</strong>vem ser autorizados pela Re<strong>de</strong> SmartWood. A certificação<br />

SmartWood se aplica somente ao manejo florestal das operações certificadas e não a outras características da<br />

produção florestal (ex: performance financeira, qualida<strong>de</strong> dos produtos, etc.). O SmartWood é cre<strong>de</strong>nciado pelo<br />

Forest Stewardship Council (FSC) para a certificação <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> florestas naturais, plantadas e<br />

<strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> custódia.


ACIRNE<br />

APP<br />

APS<br />

CAT<br />

CBMF<br />

CIPATR<br />

CITES<br />

COC<br />

CTG<br />

DAP<br />

EPAGRI<br />

EPI<br />

FAVC<br />

FGTS<br />

FSC<br />

FUNAI<br />

GFIP<br />

GPS.1<br />

GPS.2<br />

GT<br />

GT-FSC/BR<br />

IBAMA<br />

INSS<br />

MDF<br />

MFS<br />

OIT<br />

OMF<br />

OMS<br />

P&C<br />

PCA<br />

PCMSO<br />

PFNM<br />

PMF<br />

PPRA<br />

PSC<br />

RH<br />

RL<br />

RPPN<br />

SESI<br />

SESMET<br />

Associação Comercial e Industrial <strong>de</strong> Rio Negrinho<br />

Área <strong>de</strong> Preservação Permanente<br />

Área <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> Sementes<br />

Comunicação <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>nte do Trabalho<br />

Conselho Brasileiro <strong>de</strong> Manejo Florestal (FSC - Brasil)<br />

Comissão Interna <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes do Trabalho Rural<br />

Convenção sobre o Comércio <strong>de</strong> Espécies Ameaçadas<br />

Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Custódia<br />

Centro <strong>de</strong> Tradições Gaúchas<br />

Diâmetro à Altura do Peito<br />

Empresa <strong>de</strong> Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural <strong>de</strong> Santa Catarina S.A.<br />

Equipamento <strong>de</strong> Proteção Individual<br />

Floresta <strong>de</strong> Alto Valor para a Conservação<br />

Fundo <strong>de</strong> Garantia por Tempo <strong>de</strong> Serviço<br />

Conselho <strong>de</strong> Manejo Florestal (Forest Stewardship Council)<br />

Fundação Nacional do Índio<br />

Guia <strong>de</strong> recolhimento <strong>de</strong> FGTS e Informações à Previdência Social<br />

Guia da Previdência Social<br />

Sistema <strong>de</strong> posicionamento georeferenciado (Global Position System)<br />

Grupo <strong>de</strong> trabalho<br />

Grupo <strong>de</strong> Trabalho do FSC no Brasil (substituído em 2001 pelo CBMF)<br />

Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis<br />

Instituto Nacional <strong>de</strong> Segurida<strong>de</strong> Social<br />

Placa <strong>de</strong> Fibras com Média Densida<strong>de</strong> (Medium Density Fiberboard)<br />

Manejo Florestal Sustentável<br />

Organização Internacional do Trabalho<br />

Operação <strong>de</strong> Manejo Florestal<br />

Organização Mundial da Saú<strong>de</strong><br />

Princípios e Critérios do FSC<br />

Plano <strong>de</strong> Corte Anual<br />

Plano <strong>de</strong> Controle Médico e Saú<strong>de</strong> Ocupacional<br />

Produtos Florestais Não-Ma<strong>de</strong>ireiros<br />

Plano <strong>de</strong> Manejo Florestal<br />

Plano <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Riscos Ambientais<br />

PSC (Pomar <strong>de</strong> Sementes Clonais)<br />

Departamento <strong>de</strong> Recursos Humanos<br />

Reserva Legal<br />

Reserva Particular do Patrimônio Natural<br />

Serviço Social da Indústria<br />

Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho<br />

2


SIPAT<br />

STR<br />

SNUC<br />

SUS<br />

UC<br />

UMF<br />

Semana Interna <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes do Trabalho<br />

Sindicato dos Trabalhadores Rurais<br />

Sistema Nacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação<br />

Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Manejo Florestal<br />

3


INTRODUÇÃO<br />

Para ser certificada pelo SmartWood, uma operação <strong>de</strong> manejo florestal <strong>de</strong>ve ser submetida a<br />

uma avaliação <strong>de</strong> campo. Este <strong>Resumo</strong> Público sumariza as informações contidas no relatório<br />

inicial <strong>de</strong> avaliação, o qual é produzido com base nas informações coletadas durante a<br />

avaliação <strong>de</strong> campo. Auditorias anuais são realizadas com o objetivo <strong>de</strong> monitorar as<br />

ativida<strong>de</strong>s da operação <strong>de</strong> manejo florestal, para verificar os progressos quanto ao<br />

cumprimento das condições para a manutenção da certificação e para verificar o<br />

cumprimento dos padrões SmartWood. As informações atualizadas obtidas durante as<br />

auditorias anuais são anexadas ao <strong>Resumo</strong> Público.<br />

Este é o relatório da avaliação completa para fins <strong>de</strong> certificação que foi solicitada pela <strong>Souza</strong><br />

<strong>Cruz</strong> S/A ao Imaflora 2 e SmartWood. Os objetivos <strong>de</strong>sta auditoria foram: i) avaliar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

manejo aplicado às áreas florestais da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> S/A; ii) avaliar a conformida<strong>de</strong> da empresa<br />

com os Princípios e Critérios do FSC, através das “Diretrizes Gerais SmartWood para a Avaliação<br />

do Manejo Florestal”, em sua nova versão, adotada a partir <strong>de</strong> 2002, para esta operação<br />

florestal tornar-se uma fonte <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira certificada; e iii) i<strong>de</strong>ntificar as possíveis Pré-condições<br />

e Condições para a empresa ser certificada.<br />

O propósito <strong>de</strong>ste levantamento foi avaliar a sustentabilida<strong>de</strong> ecológica, econômica e social do<br />

Manejo Florestal da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> S/A.<br />

O propósito do Programa SmartWood é reconhecer o bom manejo florestal através <strong>de</strong> uma<br />

avaliação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e da certificação <strong>de</strong> suas práticas <strong>de</strong> silvicultura. Operações <strong>de</strong> Manejo<br />

Florestal que conseguem a certificação do SmartWood po<strong>de</strong>m usar o selo SmartWood na<br />

comercialização <strong>de</strong> seus produtos e nos anúncios ao público.<br />

2<br />

O Imaflora - Instituto <strong>de</strong> Manejo e Certificação Florestal e Agrícola é membro da Re<strong>de</strong> SmartWood. Os membros da Re<strong>de</strong><br />

SmartWood colaboram com a <strong>Rainforest</strong> Alliance na implementação do Programa SmartWood. O Imaflora é o representante<br />

exclusivo do SmartWood Program e da SmartWood Network no Brasil.<br />

4


1. SUMÁRIO GERAL<br />

1.1. I<strong>de</strong>ntificação do Empreendimento e Pessoa <strong>de</strong> Contato<br />

Operação <strong>de</strong> Manejo Florestal: <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> S/A.<br />

Pessoa <strong>de</strong> Contato: Fernando Rosa.<br />

En<strong>de</strong>reço: Fazenda Triângulo – Localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rio Bonito – Rio Negrinho – SC<br />

Tel/fax: (47) 692-6055<br />

Fazenda Boa Vista – BR 471 km 08 – Pantano Gran<strong>de</strong> – RS.<br />

Tel/fax: (51) 3711-2434<br />

e-mail: fernando.rosa@bat.com.br<br />

1.2. Histórico Geral<br />

A. Tipo <strong>de</strong> operação<br />

A <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> S/A é uma empresa privada com Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Fumo em<br />

Santa <strong>Cruz</strong> do Sul/RS, Blumenau/SC e Rio Negro/PR, e Fábricas <strong>de</strong> Cigarros em<br />

Cachoeirinha/RS e Uberlândia/MG. Pertence ao grupo British American Tobacco Co. Ltd. com<br />

se<strong>de</strong> em Londres, Inglaterra. Sua primeira unida<strong>de</strong> no Brasil foi fundada por Albino <strong>Souza</strong><br />

<strong>Cruz</strong> no Rio <strong>de</strong> Janeiro em 25 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1903, sob a razão social <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> Fábrica <strong>de</strong><br />

Cigarros <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> & Cia cujo objetivo era a produção <strong>de</strong> cigarros já enrolados para venda<br />

ao varejo.<br />

Des<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> oitenta a organização vem promovendo a silvicultura <strong>de</strong> eucalipto<br />

com a finalida<strong>de</strong> principal <strong>de</strong> produzir lenha para a secagem das folhas <strong>de</strong> fumo.<br />

A UMF da empresa totaliza uma área <strong>de</strong> 5.283,50 hectares, sendo 3.094.50 hectares na<br />

Fazenda Boa Vista, no município <strong>de</strong> Pantano Gran<strong>de</strong> – RS e 2.189,00 hectares na Fazenda<br />

Triângulo, situada no município <strong>de</strong> Rio Negrinho – SC. É caracterizada por plantações <strong>de</strong><br />

Eucalyptus viminalis e Eucalyptus dunnii e tem como objetivo abastecer com lenha as<br />

cal<strong>de</strong>iras das unida<strong>de</strong>s industriais <strong>de</strong> Rio Negro – PR e Blumenau - SC, Santa <strong>Cruz</strong> do Sul e<br />

Cachoeirinha – RS, além <strong>de</strong> fornecer uma pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toras para postes em<br />

Pantano Gran<strong>de</strong> – RS e para serrarias na região <strong>de</strong> Rio Negrinho - SC.<br />

O manejo florestal da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> emprega cerca <strong>de</strong> 110 trabalhadores e os recursos<br />

florestais da empresa são gerenciados pelo setor florestal, sob a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

administrador <strong>de</strong> empresas que conta com o suporte técnico <strong>de</strong> um consultor, Engenheiro<br />

Florestal, e <strong>de</strong> um Técnico Agrícola, que assessoram o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s e das<br />

operações.<br />

B. Anos em operação<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 5


A partir <strong>de</strong> 1981, com a crise do petróleo, a SOUZA CRUZ S.A. buscou na silvicultura do<br />

eucalipto uma alternativa para substituir o óleo BPF, óleo cru utilizado nas cal<strong>de</strong>iras.<br />

Os plantios florestais se iniciaram com as espécies Eucalyptus viminalis na região <strong>de</strong> Rio<br />

Negrinho – SC e Eucalyptus dunnii na região <strong>de</strong> Pantano Gran<strong>de</strong> – RS.<br />

Por motivo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação da espécie, os plantios com Eucalyptus viminalis em Rio<br />

Negrinho vêm sendo gradativamente substituídos por plantios com Eucalyptus dunnii.<br />

Des<strong>de</strong> 2001 a organização vem buscando <strong>de</strong>senvolver novos mercados para seus<br />

produtos florestais ma<strong>de</strong>ireiros, com ênfase na produção <strong>de</strong> toras, para postes e indústria<br />

moveleira.<br />

C. Data da Certificação<br />

A ser preenchido após o recebimento do certificado.<br />

D. Latitu<strong>de</strong> e longitu<strong>de</strong> da operação<br />

Tabela 01. Latitu<strong>de</strong> e longitu<strong>de</strong> das fazendas que compõem a UMF da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong>.<br />

Fazenda Longitu<strong>de</strong> Latitu<strong>de</strong><br />

Boa Vista/RS 52° 22’ 35”W 30° 07’ 13”S<br />

Triângulo/SC 49° 43’ 26”W 26° 28’ 27”S<br />

1.3. Sistema <strong>de</strong> Manejo Florestal<br />

A. Tipo <strong>de</strong> Floresta e história do uso da terra<br />

A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manejo florestal da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> é composta por áreas <strong>de</strong> plantação<br />

homogênea <strong>de</strong> espécies exóticas (Eucalyptus viminalis e Eucalyptus dunnii) e áreas recobertas<br />

por fragmentos remanescentes <strong>de</strong> reservas naturais, além das áreas <strong>de</strong> infra-estrutura <strong>de</strong><br />

apoio. O plano <strong>de</strong> manejo possui objetivos comerciais para os plantios florestais e prevê<br />

medidas <strong>de</strong> conservação nas áreas <strong>de</strong> remanescentes naturais.<br />

O material genético utilizado pela <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> é adquirido junto a instituições <strong>de</strong><br />

pesquisa ou empresas florestais <strong>de</strong> porte, a<strong>de</strong>quado às características das regiões <strong>de</strong> plantio.<br />

A distribuição <strong>de</strong> áreas por ida<strong>de</strong> dos povoamentos na UMF é compatível com as<br />

produções esperadas. As florestas mais antigas possuem nove ou quinze anos e representam<br />

cerca <strong>de</strong> 14% da área reflorestada e os plantios com ida<strong>de</strong>s entre 6 e 7 anos representam<br />

outros 14% do total.<br />

Conforme explicita o plano <strong>de</strong> manejo, a espécie atualmente utilizada é o Eucalyptus<br />

dunnii, que representa entre 70% e 80 % da área plantada.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 6


As áreas em primeira rotação, por sua vez, representam cerca <strong>de</strong> 63% do total<br />

plantado.<br />

Gráfico 01. Distribuição do povoamento por classes <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e espécies.<br />

600,00<br />

500,00<br />

400,00<br />

Área (hectares)<br />

300,00<br />

200,00<br />

100,00<br />

0,00<br />

Ida<strong>de</strong> (anos)<br />

0-1<br />

1-2<br />

2-3<br />

3-4<br />

4-5<br />

5-6<br />

6-7<br />

7-8<br />

9-10<br />

14-15<br />

E. dunnii E. vi mi nali s<br />

O uso da terra em Pantano Gran<strong>de</strong> - RS está baseado na exploração mineral, principal<br />

ativida<strong>de</strong> econômica do município, na agricultura e na pecuária.<br />

Entre os minerais explorados <strong>de</strong>stacam-se, entre outros, o calcário, o caulim, o<br />

quartzo e o xisto betuminoso.<br />

A agricultura <strong>de</strong>staca-se pela produção <strong>de</strong> grãos, com a predominância <strong>de</strong> plantios <strong>de</strong><br />

soja, arroz, trigo e milho, além <strong>de</strong> culturas <strong>de</strong> subsistência, em menor escala, como aipim,<br />

batata, feijão, batata-doce, laranja e bergamota.<br />

A pecuária é caracterizada pela criação comercial extensiva <strong>de</strong> bovinos e ovinos,<br />

acompanhada pela criação doméstica <strong>de</strong> suínos e aves.<br />

A economia do município <strong>de</strong> Rio Negrinho - SC se fundamenta em indústrias <strong>de</strong> base<br />

florestal, sobretudo moveleiras e <strong>de</strong> papel, <strong>de</strong>terminando a principal forma <strong>de</strong> uso da terra,<br />

caracterizada pela exploração ma<strong>de</strong>ireira <strong>de</strong> florestas plantadas.<br />

O setor moveleiro apresentou um crescimento <strong>de</strong> 42% nos últimos seis anos, saltando<br />

<strong>de</strong> 288 para 410 empresas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997, incluindo duas das maiores exportadoras do ramo<br />

no estado <strong>de</strong> Santa Catarina, o que <strong>de</strong>terminou um aumento significativo na <strong>de</strong>manda <strong>de</strong><br />

matéria-prima florestal.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 7


Na agropecuária o município se <strong>de</strong>staca pelas culturas <strong>de</strong> milho, feijão e batatas, pela<br />

criação <strong>de</strong> carpas e trutas e pela produção <strong>de</strong> mel.<br />

B. Dimensões da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Manejo Florestal e áreas com florestas em produção,<br />

conservação, e/ou recuperação.<br />

Tabela 2: <strong>de</strong>scrição da UMF<br />

Uso da Terra Área (ha) % (aproximado)<br />

Ecossistemas Nativos 1.669,83 38,3<br />

Plantações 2.613,80 60,0<br />

Infraestrutura 76,39 1,7<br />

Área Total Certificada 4.360,02 100<br />

* área agrícola<br />

C. Corte permitido anual e/ou colheita anual coberta pelo Plano <strong>de</strong> Manejo.<br />

O regime <strong>de</strong> manejo previsto pela OMF é <strong>de</strong> talhadia composta.<br />

Devem ser adotadas três rotações <strong>de</strong> sete anos para cada plantio, com o corte raso e a<br />

condução da rebrota aos sete e quatorze anos e a reforma ao final do ciclo <strong>de</strong> vinte e um<br />

anos.<br />

Ao final <strong>de</strong> cada rotação, <strong>de</strong>verá ocorrer o corte <strong>de</strong> todas as árvores <strong>de</strong>stinadas a<br />

lenha, com a permanência no talhão das árvores com mais <strong>de</strong> 28 cm <strong>de</strong> diâmetro à altura do<br />

peito (DAP), as quais <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>stinadas para a produção <strong>de</strong> postes na fazenda Boa<br />

Vista/RS (colheita aos oito anos) e <strong>de</strong> toras na fazenda Triângulo/SC (colheita aos quatorze<br />

anos).<br />

Nos povoamentos <strong>de</strong> Eucalyptus viminalis, situados na Fazenda Triângulo/SC, <strong>de</strong>verá<br />

haver, após o corte raso, a reforma e a substituição da espécie pelo Eucalyptus dunnii.<br />

Os novos plantios vêm sendo efetuados em um espaçamento <strong>de</strong> 6 m 2 por árvore (2m<br />

na linha por 3m na entrelinha), totalizando 1.666 plantas por hectare.<br />

A análise dos dados <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> áreas e volumes por rotação e ida<strong>de</strong> nas<br />

fazendas da UMF revelou uma taxa anual <strong>de</strong> colheita sustentável <strong>de</strong> aproximadamente<br />

23.900 m 3 na Fazenda Boa Vista/RS e <strong>de</strong> aproximadamente 33.100 m 3 na Fazenda<br />

Triângulo/SC, totalizando 57.000 m 3 ou 91.200 estéreos, volume compatível com o consumo<br />

anual da empresa, <strong>de</strong> aproximadamente 90.000 estéreos.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 8


D. Descrição geral dos objetivos e <strong>de</strong>talhes do plano <strong>de</strong> manejo e sistemas<br />

O principal objetivo do manejo florestal da OMF é a produção <strong>de</strong> lenha para a secagem<br />

das folhas <strong>de</strong> fumo em suas unida<strong>de</strong>s fabris. Des<strong>de</strong> 2001 a empresa vem buscando<br />

diversificar seus produtos, com a produção <strong>de</strong> postes e toras para a indústria moveleira.<br />

Os dois núcleos florestais da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong>, Fazendas Triângulo e Boa Vista, possuem<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> silvicultura e colheita concentradas no período <strong>de</strong> novembro a março,<br />

aten<strong>de</strong>ndo à <strong>de</strong>manda sazonal das fábricas <strong>de</strong> fumo. A única ativida<strong>de</strong> constante é o<br />

carregamento e transporte <strong>de</strong> lenha da Fazenda Boa Vista para a Fábrica <strong>de</strong> Fumo em<br />

Cachoeirinha - RS, única que opera sem paradas.<br />

O plano <strong>de</strong> manejo florestal da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> está estruturado da seguinte forma:<br />

1- Definição <strong>de</strong> objetivos e <strong>de</strong>scrição da empresa e <strong>de</strong> sua região <strong>de</strong> atuação,<br />

incluindo histórico, localização geográfica e acessos, relevo, altitu<strong>de</strong>, clima, geologia,<br />

hidrografia, características fitogeográficas, fauna e perfil sócio-econômico.<br />

2- Definição da responsabilida<strong>de</strong> pelo plano e por suas revisões, previsão da<br />

freqüência anual <strong>de</strong> revisão e dos parâmetros que <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados, incluindo a<br />

<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> abastecimento das unida<strong>de</strong>s fabris, a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos florestais, os<br />

resultados dos monitoramentos e investigações e a execução do programa <strong>de</strong> melhorias.<br />

3- Descrição das ativida<strong>de</strong>s florestais, incluindo:<br />

a- Produção <strong>de</strong> mudas: a <strong>de</strong>scrição abrange as operações <strong>de</strong> planejamento da<br />

produção, aquisição <strong>de</strong> sementes, preparo <strong>de</strong> substrato, semeadura, raleio, sombreamento,<br />

rustificação, fertilização, irrigação, tratamentos fitossanitários, seleção e encaixotamento,<br />

além <strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong> exigências operacionais e <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

O viveiro florestal da empresa tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> 300.000 mudas por<br />

ano, fornecendo a totalida<strong>de</strong> das mudas a serem plantadas na Fazenda Boa Vista. A <strong>de</strong>manda<br />

anual <strong>de</strong> plantio na Fazenda Triângulo é <strong>de</strong> aproximadamente 200.000 mudas, com a<br />

produção terceirizada em viveiros selecionados na região.<br />

A produção das mudas <strong>de</strong> eucalipto é efetuada por semeadura em tubetes plásticos,<br />

alocados em canteiros <strong>de</strong> tela.<br />

A principal espécie semeada é o Eucalyptus dunnii. O viveiro também é responsável<br />

pela produção <strong>de</strong> espécies nativas <strong>de</strong>stinadas aos programas <strong>de</strong> recuperação ambiental.<br />

b- Implantação <strong>de</strong> florestas: <strong>de</strong>scrição das operações <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong> áreas e<br />

espécies, controle <strong>de</strong> formigas com uso <strong>de</strong> sulfonamida fluorada, controle da brotação,<br />

preparo do solo, adubação, plantio, replantio, armazenamento e manuseio <strong>de</strong> agrotóxicos e<br />

parâmetros <strong>de</strong> exigências operacionais.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 9


A empresa mantém uma área mínima <strong>de</strong> plantio <strong>de</strong> eucalipto <strong>de</strong> 200,00 ha/ano, sendo<br />

100,00 ha / fazenda, aten<strong>de</strong>ndo às condições para reposição do estoque <strong>de</strong> lenha e a<br />

manutenção da taxa anual <strong>de</strong> corte.<br />

Os plantios <strong>de</strong> eucalipto vêm ocorrendo exclusivamente com a espécie E. dunnii,<br />

ocorrendo a gradativa substituição das florestas <strong>de</strong> E. viminalis na Fazenda Triângulo.<br />

O preparo do solo é variável, <strong>de</strong>vendo ser <strong>de</strong>finido <strong>de</strong> acordo com as peculiarida<strong>de</strong>s<br />

locais e circunstânciais, com uso <strong>de</strong> cultivo mínimo, po<strong>de</strong>ndo envolver as operações <strong>de</strong><br />

controle químico <strong>de</strong> mato-competição e passagem <strong>de</strong> gra<strong>de</strong> aradora e escarificador <strong>de</strong> três<br />

hastes, em profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 40 a 70 cm.<br />

O plantio é manual, no sentido da retirada da ma<strong>de</strong>ira, em espaçamento <strong>de</strong> 3,0 x 2,0<br />

metros e replantio <strong>de</strong> falhas superiores a 5% em até trinta dias;<br />

c- Tratos silviculturais: inclui as operações <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> matocompetição,<br />

condução da rebrota e combate a formigas.<br />

d- Colheita florestal: abrange as operações <strong>de</strong> pastoreio e/ou roçada pré-corte;<br />

<strong>de</strong>rrubada, <strong>de</strong>sgalhamento e seccionamento, efetuados manualmente por equipe <strong>de</strong> um<br />

motosserrista e um ajudante; <strong>de</strong>scasque, no caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> toras para postes;<br />

esteiramento das toras para lenha e encoivaramento.<br />

e- Transporte florestal: <strong>de</strong>scrição das operações <strong>de</strong> bal<strong>de</strong>io, manual ou por arraste<br />

com trator agrícola ou tração animal; estaleiramento manual da ma<strong>de</strong>ira para lenha;<br />

carregamento manual para lenha e mecanizado, com pás carrega<strong>de</strong>iras ou gruas para postes<br />

ou toras; transporte em carretas ou caminhões truque; e <strong>de</strong>scarregamento.<br />

f- Construção e manutenção <strong>de</strong> estradas: <strong>de</strong>scrição das operações <strong>de</strong> extração <strong>de</strong><br />

material, recobrimento, construção <strong>de</strong> bueiros e pontes, abertura <strong>de</strong> aceiros e <strong>de</strong> parâmetros<br />

para abertura das estradas.<br />

g- Manutenção <strong>de</strong> máquinas: inclui as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong><br />

combustíveis, abastecimento <strong>de</strong> máquinas e veículos, armazenamento <strong>de</strong> óleo, lavagem <strong>de</strong><br />

máquinas, manutenção mecânica, troca <strong>de</strong> óleo e lubrificação e serviços <strong>de</strong> solda, borracharia<br />

e pintura.<br />

4- Planejamento florestal, incluindo a <strong>de</strong>scrição da unida<strong>de</strong> e do sistema <strong>de</strong> manejo, o<br />

planejamento <strong>de</strong> produção e reposição florestal, a <strong>de</strong>scrição do suporte técnico<br />

(mapeamento, inventário e análises <strong>de</strong> solo), o planejamento <strong>de</strong> pesquisa, a <strong>de</strong>scrição do uso<br />

potencial <strong>de</strong> produtos não ma<strong>de</strong>ireiros e a análise <strong>de</strong> aspectos econômicos relacionados à<br />

ativida<strong>de</strong> florestal.<br />

5- Programação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, abrangendo a previsão <strong>de</strong> elaboração dos programas<br />

anuais <strong>de</strong> plantio, reforma, condução da rebrota, inventário e corte e da implementação <strong>de</strong><br />

programas <strong>de</strong> caracterização do solo, mapeamento, melhoramento ambiental e <strong>de</strong> estudo<br />

dos recursos naturais e consulta às comunida<strong>de</strong>s.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 10


6- Procedimentos <strong>de</strong> segurança e atendimento a emergências.<br />

7- Programa <strong>de</strong> monitoramento, incluindo programação <strong>de</strong> vistorias, controles<br />

operacionais, saú<strong>de</strong> e segurança dos trabalhadores e previsão <strong>de</strong> controles ambientais.<br />

8- Programa <strong>de</strong> treinamento, <strong>de</strong>screvendo estratégias <strong>de</strong> treinamento e a<br />

programação <strong>de</strong> treinamento para o ano <strong>de</strong> 2004.<br />

9- Avaliação <strong>de</strong> efeitos ambientais <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s.<br />

10- Definição <strong>de</strong> parâmetros para caracterização e medidas para manutenção <strong>de</strong><br />

atributos <strong>de</strong> FAVC’s.<br />

11- Definição <strong>de</strong> procedimentos para i<strong>de</strong>ntificação, classificação, direcionamento e<br />

<strong>de</strong>stinação final <strong>de</strong> resíduos sólidos.<br />

E. Contexto Ambiental e Socioeconômico<br />

Aspectos ambientais<br />

A Fazenda Boa Vista se localiza na região fisiográfica da Depressão Central do Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul, com relevo variável entre planícies, predominantes, e formações <strong>de</strong> coxilhas, com a<br />

presença <strong>de</strong> morretes e morros testemunhas. A altitu<strong>de</strong> média da região se situa entre 86,0 e<br />

100,0 metros acima do nível do mar. Predominam solos do grupo argissolo vermelho-escuro,<br />

com ocorrência em menor escala <strong>de</strong> latossolos, todos <strong>de</strong> baixa fertilida<strong>de</strong> natural.<br />

Segundo a Classificação <strong>de</strong> Köeppen, a área se insere no domínio do clima subtropical<br />

úmido (Cfa), com presença <strong>de</strong> chuvas abundantes, situando-se na bacia hidrográfica do Rio<br />

Jacuí.<br />

A vegetação natural da região <strong>de</strong> Pantano Gran<strong>de</strong> – RS pertence à floresta estacional<br />

<strong>de</strong>cidual (caducifólia). A área em geral é tipicamente ombrófila, com pluviosida<strong>de</strong> intensa e<br />

regular, sem período seco. A cobertura vegetal predominante na região da Fazenda Boa Vista é<br />

<strong>de</strong> campos limpos, predominando espécies como a grama forquilha, a grama tapete, barba <strong>de</strong><br />

bo<strong>de</strong>, capim caninha e o pega-pega nas regiões mais úmidas. Aparecem também matas <strong>de</strong><br />

galerias ao longo dos cursos d'água.<br />

A fazenda Triângulo situa-se na região fisiográfica do planalto norte-catarinense e<br />

possui relevo ondulado, com <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> média variando entre 10 e 30% e ocorrência <strong>de</strong><br />

algumas áreas superiores a 45%. A altitu<strong>de</strong> da região on<strong>de</strong> se situa a proprieda<strong>de</strong> varia <strong>de</strong> 792 a<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 11


940 metros acima do nível do mar, com predomínio <strong>de</strong> solos dos grupos cambissolo e argissolo<br />

vermelho-amarelo, entre outros <strong>de</strong> ocorrência menos freqüente.<br />

A região <strong>de</strong> Rio Negrinho está inserida no domínio do clima temperado. A temperatura<br />

média anual da região é <strong>de</strong> 18ºC, com máxima absoluta <strong>de</strong> 36ºC e mínima absoluta <strong>de</strong> – 8ºC. A<br />

precipitação na região da Fazenda Triângulo ultrapassa os 2.000 mm anuais. A área se insere na<br />

bacia hidrográfica do Rio Iguaçu, tendo como principais corpos hídricos os rios da Lagoa e<br />

Bonito.<br />

A cobertura vegetal original da região da Fazenda Triângulo pertence ao domínio da<br />

floresta ombrófila mista montana, com ocorrência <strong>de</strong> algumas espécies típicas da floresta<br />

ombrófila <strong>de</strong>nsa, por tratar-se <strong>de</strong> zona <strong>de</strong> ecótone. A predominância da Araucaria angustifolia<br />

no estrato superior, não obstante, é visível nas áreas florestais da região.<br />

A fauna das UMF da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> é composta por espécies em sua maioria comuns aos<br />

Estados <strong>de</strong> Santa Catarina e Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

Aspectos socioeconômicos:<br />

As áreas da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong>, objeto da certificação, estão situadas nos municípios <strong>de</strong> Pantano<br />

Gran<strong>de</strong> – RS e Rio Negrinho – SC.<br />

Pantano Gran<strong>de</strong> tem uma população <strong>de</strong> aproximadamente 12.000 habitantes, mais<br />

concentrados na zona rural (57% do total). A região foi colonizada por italianos, alemães,<br />

portugueses, poloneses, espanhóis e afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes. O potencial econômico do município<br />

está baseado nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exploração mineral (calcário, caulim, quartzo, xisto betuminoso,<br />

carvão, barro refratário, entre outros), agricultura (soja, arroz, trigo e milho) e pecuária<br />

(bovinos e ovinos).<br />

Rio Negrinho tem uma população <strong>de</strong> aproximadamente 41.159 habitantes, com<br />

significativa concentração em zona urbana (cerca <strong>de</strong> 86%). A região foi colonizada por<br />

imigrantes europeus, com <strong>de</strong>staque para alemães, italianos, portugueses e poloneses.<br />

A economia do município se fundamenta em ativida<strong>de</strong>s florestais, predominantes, e<br />

agropecuárias, em menor escala. O turismo também tem sido explorado com <strong>de</strong>staque na<br />

região.<br />

Os municípios <strong>de</strong> Rio Negrinho e São Bento do Sul – SC, concentram gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> indústrias moveleiras formando o maior pólo moveleiro do estado <strong>de</strong> Santa Catarina e um<br />

dos maiores do país, gerando mais <strong>de</strong> 8 mil empregos e exportando gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> sua<br />

produção, sobretudo para a Europa e Estados Unidos.<br />

Nas fazendas da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> são oferecidos cerca <strong>de</strong> 110 postos <strong>de</strong> trabalho,<br />

principalmente por empresas prestadoras <strong>de</strong> serviços relacionados às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> colheita,<br />

transporte e serviços gerais. Desse total, cerca <strong>de</strong> 57% dos empregos são oferecidos na Fazenda<br />

Boa Vista e os restantes 43% na Fazenda Triângulo.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 12


Tal contribuição social sofre o impacto da <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> das operações, relacionada à<br />

sazonalida<strong>de</strong> da cultura do fumo. O maior volume <strong>de</strong> colheita vai <strong>de</strong> fevereiro a junho, o que<br />

po<strong>de</strong> implicar em <strong>de</strong>missão <strong>de</strong> parte dos trabalhadores no restante do ano.<br />

Existem, não obstante, outras frentes <strong>de</strong> trabalho em empresas da região, havendo a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> funcionários pelas empresas prestadoras <strong>de</strong> serviço. Essa<br />

característica das operações, por outro lado, incorporou-se à rotina da população, acostumada a<br />

se <strong>de</strong>slocar, durante a entressafra, para outras ativida<strong>de</strong>s agrícolas, pecuárias ou urbanas.<br />

O Instituto <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> trabalha com iniciativas sociais propostas por parceiros,<br />

funcionários e escolas envolvidas com o Clube da Árvore, possuindo uma comissão <strong>de</strong> avaliação<br />

dos projetos nos quais vai investir.<br />

1.4. Produtos obtidos e Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Custódia<br />

A produção florestal da OMF é composta <strong>de</strong> toretes <strong>de</strong> Eucalyptus dunnii e Eucalyptus<br />

viminalis, com o objetivo <strong>de</strong> abastecer com lenha as cal<strong>de</strong>iras das unida<strong>de</strong>s industriais <strong>de</strong> Rio<br />

Negro e Blumenau - SC, Santa <strong>Cruz</strong> do Sul e Cachoeirinha – RS, além <strong>de</strong> fornecer uma pequena<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toras para postes em Pantano Gran<strong>de</strong> - RS e para serrarias na região <strong>de</strong> Rio<br />

Negrinho - SC.<br />

A ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> custódia florestal compreen<strong>de</strong> o bal<strong>de</strong>io da ma<strong>de</strong>ira para os estaleiros à<br />

margem dos caminhos e o carregamento em veículos próprios para o transporte da floresta até<br />

as unida<strong>de</strong>s industriais da empresa ou clientes. Não existem unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> processamento<br />

internamente a UMF.<br />

Espécies e volumes cobertos pelo certificado.<br />

Tabela 3A. Distribuição <strong>de</strong> espécie por área<br />

ESPÉCIES ha %<br />

Eucalyptus dunníí 2086,66 79,83<br />

Eucalyptus viminallis 527,14 20,17<br />

TOTAL 2.613,80 100,00<br />

Tabela 3B: Produção Anual<br />

FAZENDAS LENHA (st) TORAS (m³) POSTES (m³) TOTAL (m³)<br />

Boa Vista 24.660 1.200 25.860<br />

Triângulo 21.520 2.160 23.670<br />

Tabela 3C: Taxa <strong>de</strong> corte sustentada<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 13


Fazenda Volume (m 3 /ano) total(m 3 /ano)<br />

Boa vista 23.900<br />

Triângulo 33.200<br />

57.100<br />

Descrição da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento atual e planejada coberta pelo certificado<br />

Não há processamento na UMF.<br />

2. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO<br />

2.1. Datas da Avaliação<br />

Tabela 4: Datas e Fatos da Avaliação<br />

Datas<br />

Fatos<br />

22/Set/03 Lançamento da Consulta Pública.<br />

Auditoria:<br />

Apresentação da equipe <strong>de</strong> auditores à gerência da UMF;<br />

Avaliações <strong>de</strong> campo;<br />

20 a 24 Out/03 Coleta <strong>de</strong> materiais em escritório;<br />

Entrevistas;<br />

Reunião pública em Rio Negrinho e Pantano Gran<strong>de</strong>;<br />

Reunião <strong>de</strong> fechamento.<br />

05-07/04/04 Segunda visita <strong>de</strong> campo<br />

30/05/2005 Revisão da versão preliminar do relatório pela OMF.<br />

10/06/2005 Revisão in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte (peer-review).<br />

15/06/2005 Recebimento das revisões externas com incorporação <strong>de</strong><br />

comentários e respostas.<br />

20/07/2005 Revisão e comentários preliminares do SmartWood.<br />

10-11/08/2005 Verificação <strong>de</strong> pré-condições.<br />

20/12/2005 Envio do relatório com recomendações <strong>de</strong> certificação ao<br />

SmartWood para revisão final e <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> certificação;<br />

Elaboração <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> certificação e assinaturas pela<br />

<strong>Rainforest</strong> Alliance e <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong><br />

Data da certificação.<br />

2.2. Equipe <strong>de</strong> Avaliação e Peer Review.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 14


Flavio Murillo Machado Guiera – (Análise Ambiental e Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Custódia) é Eng. Florestal,<br />

com experiência em plantações florestais e na implantação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> gestão ambiental<br />

em empresas florestais; participou <strong>de</strong> diversas avaliações Imaflora/SmartWood para<br />

certificação do Manejo Florestal e <strong>de</strong> Ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Custódia. É atualmente o Coor<strong>de</strong>nador para<br />

Certificação <strong>de</strong> Plantações Florestais no PCF – Imaflora/SW. Participou Curso dos Padrões FSC<br />

(Fupef-UFPR, Curitiba-PR, 2000), do curso para Facilitadores do Manejo Florestal FSC<br />

(Imaflora- S. bento do Sul SC, 2001), curso <strong>de</strong> Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Custódia (Piracicaba-SP, 2001), do<br />

curso SmartWood para auditores lí<strong>de</strong>res (Sta <strong>Cruz</strong> <strong>de</strong> la Sierra, 2003) e do cursos IMAFLORA<br />

<strong>de</strong> atualização <strong>de</strong> auditores seniores (Piracicaba-SP, 2003/2005).<br />

Heidi Cristina Buzato, (Análise trabalhista e comunitária) socióloga, mestre em Ciências<br />

Florestais com experiência em trabalhos com comunida<strong>de</strong>s tradicionais. Trabalha há 5 anos<br />

como auditora em processos <strong>de</strong> certificação FSC tendo participado <strong>de</strong> auditorias <strong>de</strong> manejo<br />

<strong>de</strong> plantações florestais e florestas nativas em todo o Brasil. Participou do curso IMALFORA<br />

para Facilitadores do Manejo Florestal FSC, do curso SmartWood para auditores lí<strong>de</strong>res (Sta<br />

<strong>Cruz</strong> <strong>de</strong> la Sierra, Bolívia, 2003) e dos cursos <strong>de</strong> atualização <strong>de</strong> auditores seniores<br />

(IMAFLORA-Piracicaba-SP, 2001/2003/2005).<br />

Karla Rocha Antiqueira – (Análise econômica e silvicultural) é Engenheira Florestal, com ampla<br />

experiência em planejamento <strong>de</strong> plantações florestais e na implantação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong><br />

silvicultura; participou <strong>de</strong> diversas avaliações Imaflora/SmartWood para certificação do<br />

Manejo Florestal e <strong>de</strong> Ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Custódia. Participou Curso <strong>de</strong> Auditores Florestal para as<br />

normas do Cerflor (INMETRO) e dos cursos IMAFLORA <strong>de</strong> atualização <strong>de</strong> auditores seniores<br />

(Piracicaba-SP, 2003 e 2005).<br />

2.3. Processo <strong>de</strong> Avaliação<br />

Durante a fase <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> campo, como parte <strong>de</strong> um processo normal <strong>de</strong> processos<br />

<strong>de</strong> certificação SmartWood a equipe conduziu os seguintes passos:<br />

1) Análise pré-avaliação – a documentação previamente enviada pela <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> foi<br />

analisada para a obtenção <strong>de</strong> uma base mínima <strong>de</strong> informações sobre o histórico, as<br />

ativida<strong>de</strong>s, o organograma, a localização e o processo produtivo da operação<br />

florestal.<br />

2) Seleção <strong>de</strong> Locais – juntamente com os responsáveis pelo manejo florestal a equipe<br />

revisou a documentação enviada pela empresa e, <strong>de</strong> posse dos mapas e das<br />

informações sobre as frentes <strong>de</strong> trabalho, selecionou os sítios a serem visitados.<br />

Decidiu-se pela avaliação em todos os talhões das duas proprieda<strong>de</strong>s que compõem<br />

a UMF da empresa.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 15


3) Entrevistas e revisões em campo – no primeiro dia <strong>de</strong> avaliação houve uma reunião<br />

entre os auditores do Imaflora/SmartWood e os responsáveis pela UMF da <strong>Souza</strong><br />

<strong>Cruz</strong>, com uma apresentação geral das ativida<strong>de</strong>s e pessoas da empresa. A partir dos<br />

mapas e informações sobre o manejo florestal, foi possível planejar mais<br />

<strong>de</strong>talhadamente as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo. Os auditores passaram a avaliar itens<br />

específicos e a entrevistar o pessoal pertinente. No final <strong>de</strong> cada dia <strong>de</strong> trabalho a<br />

equipe <strong>de</strong> avaliação se reuniu para análise dos dados observados e <strong>de</strong>finição das<br />

ativida<strong>de</strong>s do dia seguinte.<br />

4) Discussão interna dos resultados e apresentação preliminar dos resultados – foi<br />

realizada uma reunião da equipe para discussão dos pontos-chave observados na<br />

avaliação. Após a obtenção <strong>de</strong> um panorama da a<strong>de</strong>quação da operação aos padrões<br />

do FSC foi apresentado à direção da empresa um resumo dos pontos positivos e<br />

negativos encontrados na avaliação.<br />

5) Elaboração do Relatório <strong>de</strong> Avaliação – Após o término do trabalho <strong>de</strong> campo, foi<br />

elaborado o relatório <strong>de</strong> avaliação. Durante o período <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> relatório, a<br />

equipe responsável continuou conduzindo entrevistas com diferentes partes<br />

interessadas.<br />

6) Revisão do Relatório pelos revisores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes (Peer Review) e Operação<br />

Candidata – A empresa revisou as informações contidas no relatóro e argumentou as<br />

ações realizadas ou em andamento para a resolução das fragilida<strong>de</strong>s e das précondições<br />

apontadas. O documento foi enviado a dois (02) revisores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />

os quais fizeram a análise do relatório. Ambos aceitaram as conclusões da equipe<br />

sobre o processo <strong>de</strong> avaliação, efetuando algumas sugestões e recomendações. Os<br />

questionamentos, sugestões e as conclusões dos revisores foram incorporadas ao<br />

relatório.<br />

7) Envio da versão final do Relatório <strong>de</strong> Avaliação ao SmartWood - Após a atualização do<br />

relatório com as consi<strong>de</strong>rações dos revisores, a versão final do documento <strong>de</strong><br />

avaliação foi enviado ao Escritório Regional do Programa SmartWood para a América<br />

do Sul para revisão preliminar.<br />

8) Verificação <strong>de</strong> Pré-condições - Foi realizada uma visita a campo nas duas fazendas<br />

que integram a UMF da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> para a verificação da implementação das ações<br />

para cumprimento das pré-condições apontadas. As constatações do auditor estão<br />

relatadas na seção 3.1 <strong>de</strong>ste relatório, e teve como conclusão o encerramento das précondições<br />

e recomendação do manejo da OMF à certificação.<br />

9) Envio do relatório <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> pré-condições ao SmartWood – O relatório <strong>de</strong><br />

verificação <strong>de</strong> pré-condições foi enviado ao Escritório Regional do Programa<br />

SmartWood para a América do Sul, para atualização e incorporação ao relatório final.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 16


10) Decisão <strong>de</strong> Certificação - Após uma revisão geral do processo <strong>de</strong> avaliação e do seu<br />

relatório final o Programa SmartWood emitiu um memorando <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />

certificação ao FSC.<br />

2.4. Diretrizes/Normas Utilizadas<br />

Para esta avaliação foram consi<strong>de</strong>rados os padrões SmartWood, adaptados a partir da<br />

versão 8.0 dos Padrões para Certificação <strong>de</strong> Florestas Plantadas do Grupo <strong>de</strong> Trabalho do FSC<br />

no Brasil.<br />

2.5. Processo <strong>de</strong> consultas e resultados<br />

Os propósitos da estratégia <strong>de</strong> consulta com partes interessadas para essa avaliação<br />

foram os seguintes:<br />

a) assegurar que o público está consciente e informado sobre o processo <strong>de</strong> avaliação<br />

e os seus objetivos;<br />

b) auxiliar a equipe <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> campo i<strong>de</strong>ntificando tópicos potenciais para<br />

avaliação; e<br />

c) fornecer oportunida<strong>de</strong>s para que o público possa discutir e agir quanto às<br />

evidências da avaliação.<br />

Esse processo não é apenas uma notificação. Sempre que possível, <strong>de</strong>ve ser uma<br />

interação <strong>de</strong>talhada e significativa com as partes interessadas. A finalização da fase <strong>de</strong> visitas<br />

<strong>de</strong> campo não interrompe o processo <strong>de</strong> interação com as partes interessadas. Mesmo após a<br />

<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> certificação, o Programa SmartWood receberá, a qualquer hora, comentários sobre<br />

operações certificadas e tais comentários po<strong>de</strong>rão fornecer bases para auditorias <strong>de</strong> campo.<br />

No caso da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong>, anteriormente à avaliação foi elaborado um documento<br />

público <strong>de</strong> consulta às partes interessadas, distribuído por e-mail, FAX e mala <strong>de</strong> correios.<br />

Através <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> organizações ou agências, da UMF e dos membros da equipe <strong>de</strong><br />

avaliação, foi elaborada uma lista inicial <strong>de</strong> partes interessadas e anúncios públicos foram<br />

enviados a elas. Essa lista também forneceu à equipe uma base para selecionar pessoas para<br />

entrevistas (pessoalmente, por telefone ou e-mail).<br />

Foram marcadas duas reuniões públicas durante o trabalho <strong>de</strong> campo. A primeira<br />

ocorreu no dia 20 <strong>de</strong> outubro, na ACIRNE, município <strong>de</strong> Rio Negrinho e a segunda foi<br />

marcada no CTG Carreteiros da Sauda<strong>de</strong> do município <strong>de</strong> Pantano Gran<strong>de</strong>, no dia 23 <strong>de</strong><br />

outubro. Ambas as reuniões não tiveram participantes, o que impossibilitou atingir o objetivo<br />

do evento.<br />

Além das duas reuniões públicas, durante a visita <strong>de</strong> campo foram realizadas várias<br />

entrevistas com trabalhadores, representantes <strong>de</strong> órgãos públicos e comunida<strong>de</strong>.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 17


Tópicos I<strong>de</strong>ntificados através dos Comentários <strong>de</strong> Consultados e Reuniões Públicas<br />

As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consultas às partes interessadas foram organizadas para dar aos<br />

participantes a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fornecer seus comentários <strong>de</strong> acordo com categorias gerais<br />

<strong>de</strong> interesses, baseadas nos critérios da avaliação. A tabela abaixo resume os pontos<br />

i<strong>de</strong>ntificados pela equipe <strong>de</strong> avaliação com uma breve discussão <strong>de</strong> cada um, com base em<br />

entrevistas específicas e/ou comentários em reunião pública.<br />

Tabela 5: Comentários <strong>de</strong> Partes Interessadas<br />

Princípio FSC Comentários Resposta do SW<br />

P1: Compromisso<br />

com o FSC /<br />

Cumprimento<br />

Legal<br />

O fomento ao fumo resulta em<br />

<strong>de</strong>gradação da floresta nativa<br />

por parte dos fumicultores, pela<br />

retirada da lenha para secagem<br />

do fumo.<br />

O fomento do fumo não está sob o<br />

escopo da certificação florestal. A<br />

<strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> assinou um TAC junto ao<br />

Ministério Público <strong>de</strong> SC para o<br />

fomento ao plantio <strong>de</strong> eucalipto e na<br />

capacitação dos fumicultores para a sua<br />

Silvicultura. Ainda foi solicitado que a<br />

empresa forneça assistência técnica aos<br />

fumicultores para a silvicultura do<br />

eucalipto ou da bracatinga.<br />

P2: Posse, Direitos<br />

<strong>de</strong> Uso &<br />

Responsabilida<strong>de</strong>s<br />

A <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> foi alvo <strong>de</strong><br />

invasões do MST.<br />

A proprieda<strong>de</strong> invadida foi reintegrada<br />

à empresa pela comprovação da sua<br />

posse e titularida<strong>de</strong>.<br />

P3 – Direitos dos Não Aplicável<br />

Não Aplicável<br />

Povos Indígenas<br />

P4: Relações com a A empresa possui bom<br />

Não Necessária<br />

Comunida<strong>de</strong> &<br />

Direito dos<br />

Trabalhadores<br />

relacionamento com vizinhos e a<br />

comunida<strong>de</strong>. Os trabalhadores<br />

são respeitados.<br />

P5: Benefícios da Não houve comentários<br />

Não Necessária<br />

Floresta<br />

relevantes<br />

P6: Impactos Não houve comentários<br />

Não Necessária<br />

Ambientais<br />

relevantes<br />

P7: Plano <strong>de</strong> Não houve comentários<br />

Não Necessária<br />

Manejo<br />

relevantes<br />

P8: Monitoramento<br />

& Avaliação<br />

Não houve comentários<br />

relevantes<br />

Não Necessária<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 18


P9: Manutenção <strong>de</strong><br />

Florestas <strong>de</strong> Alto<br />

Valor <strong>de</strong><br />

Conservação<br />

P10 - Plantações<br />

Não houve comentários<br />

relevantes<br />

Não houve comentários<br />

relevantes<br />

Não Necessária<br />

Não Necessária<br />

3. RESULTADOS, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES<br />

3.1. Discussão Geral das Evidências<br />

Quadro 1. Evidências por Princípio do FSC<br />

Princípio /Área<br />

Temática<br />

Pontos Fortes<br />

Fragilida<strong>de</strong>s<br />

P1: Compromisso<br />

com o FSC /<br />

• Reserva Legal das proprieda<strong>de</strong>s<br />

Averbada <strong>de</strong> acordo com os mínimos<br />

• Falhas na análise da legislação aplicável<br />

(licenças ambientais p/ APPs, normas do<br />

Cumprimento<br />

exigidos.<br />

trabalho, armazenamento <strong>de</strong> agrotóxicos,<br />

• Cumprimento com pagamentos aos tratados e acordos internacionais); Condições<br />

Legal<br />

tributos e taxas<br />

#1 a #4<br />

• Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reversão <strong>de</strong> APP’s invadidas<br />

com plantios <strong>de</strong> Eucalipto. Condição #2<br />

• Invasão para pesca não autorizada (Boa<br />

Vista). Condição #5<br />

• O programa <strong>de</strong> fomento do fumo tem<br />

impactos diretos na conservação <strong>de</strong> florestas<br />

nativas. Condições #6 e #7<br />

P2: Posse, Direitos • Boa documentação;<br />

Não aplicável<br />

<strong>de</strong> Uso &<br />

Responsabilida<strong>de</strong>s<br />

• Titulação da terra;<br />

• Não existe conflito <strong>de</strong> terra.<br />

P3 – Direitos dos Não Aplicável<br />

Não Aplicável<br />

Povos Indígenas<br />

P4: Relações com a<br />

Comunida<strong>de</strong> &<br />

• Segurança do trabalho.<br />

• Treinamentos operacionais.<br />

• Não há cobertura dos programas e<br />

campanhas sociais aos funcionários<br />

Direito dos<br />

• Alimentação e transporte.<br />

terceirizados. Condição #8<br />

• Sinalização<br />

• Falta controle do cumprimento legal dos<br />

Trabalhadores • Projetos <strong>de</strong> educação ambiental.<br />

prestadores <strong>de</strong> serviço. Pré-condição<br />

#1(cumprida e encerrada, vi<strong>de</strong> Item 3.1,<br />

abaixo); condição adicional #23;<br />

• Falta <strong>de</strong> treinamentos em segurança e<br />

ergonomia. Condição #11<br />

P5: Benefícios da • Viabilida<strong>de</strong> da floresta; Bom controle • Há <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira; Condição #12<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 19


Floresta<br />

P6: Impactos<br />

Ambientais<br />

P7: Plano <strong>de</strong><br />

Manejo<br />

P8: Monitoramento<br />

& Avaliação<br />

P9: Manutenção <strong>de</strong><br />

Florestas <strong>de</strong> Alto<br />

Valor <strong>de</strong><br />

Conservação<br />

P10 - Plantações<br />

<strong>de</strong> custos e receitas<br />

• Taxa <strong>de</strong> colheita viável.<br />

• Bom mosaico <strong>de</strong> paisagens<br />

• Falta i<strong>de</strong>ntificação dos serviços e recursos da<br />

floresta; Condição #13.<br />

• Faltam análises sobre os recursos hídricos e<br />

bacias hidrográficas. Condição #14<br />

• Há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer inventários<br />

contínuos. Condição #15<br />

• Manejo <strong>de</strong> baixo impacto.<br />

• Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprimorar a matriz <strong>de</strong><br />

• Ativida<strong>de</strong>s minimizam danos aos<br />

causa/efeito das ativida<strong>de</strong>s para que forneça<br />

recursos <strong>de</strong> solo e água.<br />

dados quantitativos e qualitativos dos<br />

• Programa <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong><br />

impactos. Condição #16.<br />

resíduos<br />

• Falta i<strong>de</strong>ntificar os pontos críticos do manejo<br />

• Controle <strong>de</strong> pragas e incêndios<br />

e apresentar procedimentos especiais;<br />

• Procedimentos para minimização <strong>de</strong> Condição #14.<br />

impactos<br />

• Utilização <strong>de</strong> produto à base <strong>de</strong> Oxufluorfen;<br />

Pré-condição #2 (cumprida e encerrada, vi<strong>de</strong><br />

Item 3.1, abaixo);<br />

• Problemas no armazenamento <strong>de</strong> produtos<br />

químicos. Condição #3<br />

• Práticas <strong>de</strong> baixo impacto do manejo • Plano muito recente, não implementado<br />

florestal.<br />

completamente; Condição #17<br />

• Plano <strong>de</strong> manejo escrito, contempla • Necessita planejamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s em<br />

requisitos básicos<br />

nível <strong>de</strong> talhão; Condição #14<br />

• Falta resumo público do plano <strong>de</strong> manejo.<br />

Pré-condição #3 (cumprida e encerrada, vi<strong>de</strong><br />

Item 3.1, abaixo)<br />

• Há um plano <strong>de</strong> monitoramentos em • Falta implementação do plano <strong>de</strong><br />

estruturação<br />

monitoramentos <strong>de</strong>scritos no plano <strong>de</strong><br />

• Bom sistema <strong>de</strong> rastreamento da<br />

manejo e faltam registro daquelas efetuadas;<br />

produção<br />

Pré-condição #1 (cumprida e encerrada, vi<strong>de</strong><br />

Item 3.1, abaixo); condição adicional #23<br />

• Inventários não fornecem dados para<br />

projeção <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>; Condição #15.<br />

• Não existe sistema para i<strong>de</strong>ntificação da<br />

carga certificada. Condição #19<br />

• Falta mecanismos <strong>de</strong> incorporação dos<br />

resultados dos monitoramentos no Plano <strong>de</strong><br />

manejo. Condição #22<br />

• • Faltam consultas e estudos para i<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>de</strong> áreas potenciais para FAVC. Condição #20<br />

• Objetivos <strong>de</strong> manejo são claros e • Faltam diretrizes específicas para uso do<br />

justificados<br />

fogo; Condição #21.<br />

• Bons remanescentes da vegetação • Falta monitoramento dos efeitos da colheita<br />

nativa, são representativos dos<br />

sobre o ambiente. Precondição #1 (cumprida<br />

ecossistemas locais.<br />

e encerrada, vi<strong>de</strong> Item 3.1, abaixo);<br />

• Controle <strong>de</strong> pragas monitorado.<br />

Condição #14; condição adicional #23.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 20


• Não se constata conversão <strong>de</strong><br />

floresta natural para plantios<br />

Cumprimento <strong>de</strong> Pré-condições<br />

Pré-Condição Implementar o plano <strong>de</strong> monitoramentos para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> manejo florestal<br />

1<br />

envolvendo os aspectos sociais-trabalhistas e ambientais conforme <strong>de</strong>scrito no<br />

Plano <strong>de</strong> Manejo (referência ao padrão: 4.2; 4.12; 8.1; 8.2; 8.4; 10.8)<br />

Resultado A OMF implementou com sucesso o plano <strong>de</strong> monitoramentos conforme <strong>de</strong>scrito no<br />

plano <strong>de</strong> manejo. Foram verificados diversos registros <strong>de</strong> acompanhamento e fichas<br />

<strong>de</strong> controles das ativida<strong>de</strong>s em campo. Nos aspectos sociais foram apresentados<br />

comprovantes <strong>de</strong> recolhimentos <strong>de</strong> encargos e conferências dos holerites dos<br />

trabalhadores, vistorias da utilização <strong>de</strong> EPIs, acompanhamentos das reuniões da<br />

CIPA, encaminhamentos das <strong>de</strong>mandas da comunida<strong>de</strong> e vizinhos, entre outros<br />

registros. Nos aspectos ambientais apresentou-se estão sendo monitoradas as APPs<br />

para erradicação da regeneração das espécies exóticas. Há ainda uma parceria com<br />

a Universida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau (FURB) para os levantamentos da flora e fauna<br />

nativa e monitoramento da dinâmica das áreas nativas também com vistas à<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> elementos que possam configurar atributos <strong>de</strong> alto valor para a<br />

conservação <strong>de</strong>ntro da UMF. Há negociações com a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa<br />

Maria no mesmo sentido. Ressalta-se ainda os controles realizados sobre as<br />

quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> agrotóxicos e insumos na UMF. Ainda pu<strong>de</strong>ram ser<br />

evi<strong>de</strong>nciados diversos registros operacionais.<br />

É necessário, no entanto, que a <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> realize uma análise específica para<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> métodos e parâmetros para o monitoramento e avaliação <strong>de</strong><br />

indicadores como erosão e compactação dos solos, qualida<strong>de</strong> dos corpos d’água e<br />

condições das estradas. Para tanto o auditor aplicou uma condição adicional ao<br />

relatório final <strong>de</strong> avaliação para a certificação (condição #23).<br />

Conclusão Baseado nas evidências apresentadas acima, a pré-condição está cumprida e com<br />

aplicação <strong>de</strong> uma condição adicional (condição #23).<br />

Pré-Condição<br />

2<br />

Resultado<br />

Conclusão<br />

Suspen<strong>de</strong>r a utilização dos produtos que possuem o princípio ativo Oxyfluorfen e<br />

excluir estes produtos da lista <strong>de</strong> produtos permitidos para uso na UMF.<br />

(referência ao padrão: 6.6)<br />

A utilização do Goal BR® (oxyfluorfen) foi suspensa e tal produto foi retirado da<br />

lista <strong>de</strong> produtos permitidos na UMF. Os vasilhames restantes foram <strong>de</strong>positados<br />

em recipientes apropriados (bombonas plásticas) e lacrados. Serão <strong>de</strong>volvidos ao<br />

fornecedor quando fechar o lote <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> agroquímicos para transporte<br />

e <strong>de</strong>stinação final.<br />

Baseado nas evidências apresentadas acima, a pré-condição está cumprida e<br />

encerrada.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 21


Pré-Condição<br />

3<br />

Resultado<br />

Conclusão<br />

Elaborar um resumo <strong>de</strong> seu Plano <strong>de</strong> Manejo, a fim <strong>de</strong> divulgar aos grupos <strong>de</strong><br />

interesse e comunida<strong>de</strong>s adjacentes o compromisso da empresa em manejar os<br />

seus recursos florestais <strong>de</strong> acordo com os Padrões do FSC. Este documento <strong>de</strong>verá<br />

explicitar os mecanismos utilizados para cumprir com cada um dos princípios do<br />

FSC aplicáveis ao seu manejo, além das informações institucionais e resultados<br />

importantes sobre seus monitoramentos, com linguagem acessível ao público.<br />

(referência ao padrão: 7.4)<br />

A OMF editou um documento público que resume <strong>de</strong> forma clara e ilustrativa o<br />

plano <strong>de</strong> manejo aplicado na <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong>. Tal cartilha contém as informações<br />

básicas sobre as ações da empresa para o cumprimento dos P&C do FSC, além <strong>de</strong><br />

informações institucionais. O documento está disponível em todas as unida<strong>de</strong>s<br />

administrativas da empresa e foi distribuído entre todos os colaboradores da<br />

empresa e na AFUBRA aos parceiros da fumicultura.<br />

Baseado nas evidências apresentadas acima, a pré-condição está cumprida e<br />

encerrada.<br />

3.2. Decisão <strong>de</strong> Certificação<br />

Baseado numa revisão <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong> campo, análises e compilação <strong>de</strong> evidências<br />

encontradas pela equipe <strong>de</strong> avaliação do Programa <strong>de</strong> Certificação Florestal<br />

IMAFLORA/SmartWood, a SOUZA CRUZ S/A. está recomendada a receber a certificação<br />

conjunta FSC/SmartWood para o Manejo Florestal e a Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Custódia (FM/COC) <strong>de</strong> suas<br />

florestas.<br />

3.3. Condições e Recomendações da Avaliação.<br />

Quadro 2. Condições apontadas para a manutenção da certificação da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> S/A.<br />

# Condições para a Manutenção da Certificação Prazo<br />

Refere-se<br />

ao<br />

Critério<br />

1 Formalizar o mecanismo <strong>de</strong> busca, avaliação e comunicação aos 1 ANO 1.1<br />

diferentes níveis hierárquicos, da legislação aplicável às ativida<strong>de</strong>s<br />

florestais da empresa, garantindo a implementação dos<br />

requerimentos legais na esfera operacional.<br />

2 Apresentar um plano <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação das áreas <strong>de</strong> preservação 1 ANO 1.1<br />

permanente, que contenha as ações e o cronograma <strong>de</strong><br />

implementação para enquadrar a UMF aos requisitos legais<br />

aplicáveis.<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 22


3 A<strong>de</strong>quar os armazéns <strong>de</strong> agroquímicos à normativa aplicável -<br />

NBR 9843.<br />

1 ANO 1.1<br />

6.6<br />

6.7<br />

4 Realizar a análise dos acordos e tratados internacionais dos quais 1 ANO 1.3<br />

o Brasil é signatário, divulgando a todos os colaboradores internos<br />

e externos o seu compromisso em respeitá-los.<br />

5 Formular um mecanismo eficaz <strong>de</strong> vigilância, mapeando os locais<br />

<strong>de</strong> maior índice <strong>de</strong> invasão.<br />

1 ANO 1.5<br />

6.2<br />

6 Estruturar o programa <strong>de</strong> fomento florestal com ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 ANO 1.6<br />

orientação técnica, tal qual se faz ao fomento do fumo, incluindo<br />

treinamentos operacionais específicos, tornando-o claro quanto<br />

às suas diretrizes, com especial atenção ao cumprimento das leis<br />

trabalhistas e ambientais nas proprieda<strong>de</strong>s fomentadas.<br />

7 Garantir, através <strong>de</strong> verificações <strong>de</strong>talhadas, o cumprimento dos 1 ANO 1.6<br />

termos <strong>de</strong> compromisso para o consumo <strong>de</strong> lenha por parte dos<br />

produtores fomentados do fumo.<br />

8 Esten<strong>de</strong>r todas as campanhas internas relacionadas à saú<strong>de</strong> e<br />

segurança do trabalho e melhores práticas ambientais a todos os<br />

terceiros.<br />

1 ANO 4.1<br />

4.2<br />

6.6<br />

9 Adicionar a verificação periódica do cumprimento das ações 1 ANO 4.2<br />

previstas no PCMSO e no PPRA das empresas terceirizadas no<br />

plano <strong>de</strong> monitoramentos das ativida<strong>de</strong>s florestais.<br />

10 Garantir o fornecimento dos uniformes e sua utilização em campo. 1 ANO 4.2<br />

11 Elaborar e implementar um plano <strong>de</strong> treinamento para os<br />

funcionários terceirizados, que abor<strong>de</strong> temas sobre saú<strong>de</strong>,<br />

segurança e meio ambiente <strong>de</strong> acordo com a ativida<strong>de</strong> que<br />

exercem, principalmente envolvendo cuidados no manuseio <strong>de</strong><br />

produtos químicos e ergonomia no carregamento manual, e temas<br />

1 ANO 4.2<br />

6.6<br />

6.7<br />

6.11<br />

7.3<br />

gerais como combate a incêndios, primeiros socorros e<br />

certificação florestal, entre outros que julguem pertinentes.<br />

12 Formular uma estratégia para o direcionamento dos possíveis 1 ANO 5.3<br />

exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ao mercado consumidor.<br />

13 Realizar um levantamento dos serviços e recursos provenientes <strong>de</strong><br />

seu manejo florestal, a fim <strong>de</strong> servir como base para o<br />

planejamento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo e para implementação <strong>de</strong><br />

estratégias para a <strong>de</strong> melhoria ambiental, econômica e social na<br />

UMF e sua região <strong>de</strong> atuação.<br />

1 ANO 5.5<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 23


14 Implementar uma rotina <strong>de</strong> avaliação prévia das ativida<strong>de</strong>s<br />

planejadas em nível <strong>de</strong> talhão. Aspectos ambientais,<br />

técnico/econômicos e sociais <strong>de</strong>vem ser incluídos na análise,<br />

visando levantar pontos críticos para o manejo, mapeando-os e<br />

estabelecendo medidas especiais <strong>de</strong> mitigação dos impactos,<br />

especialmente para aqueles relacionados aos recursos hídricos, <strong>de</strong><br />

solos, fauna e flora local.<br />

15 Implementar um sistema <strong>de</strong> inventários contínuos do estoque e<br />

crescimento das plantações florestais, que garanta o fornecimento<br />

<strong>de</strong> dados para o planejamento dos níveis <strong>de</strong> colheita em longo<br />

prazo (no mínimo 1 ciclo <strong>de</strong> manejo).<br />

16 Aprimorar o método <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> aspectos e impactos<br />

ambientais das ativida<strong>de</strong>s realizadas e planejadas, reformulando a<br />

matriz <strong>de</strong> causas e efeitos, <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>monstrar a significância<br />

dos impactos e aqueles i<strong>de</strong>ntificados como significativos <strong>de</strong>vem<br />

constar como prioritários no plano <strong>de</strong> monitoramentos da<br />

empresa, bem como as respectivas medidas mitigadoras <strong>de</strong>vem<br />

ser incluídas nos procedimentos operacionais.<br />

17 Complementar o plano <strong>de</strong> manejo com todas as informações que<br />

cercam as ativida<strong>de</strong>s e programas propostos pela empresa,<br />

estabelecendo diretrizes e <strong>de</strong>screvendo os procedimentos para<br />

aqueles que ainda não constam no documento.<br />

18 Desenvolver e implantar sistemática para análise crítica do plano<br />

<strong>de</strong> manejo florestal, estabelecendo uma periodicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> revisão<br />

compatível com a sua dinâmica operacional.<br />

19 Implementar um sistema <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação das cargas e da<br />

documentação que acompanham os produtos a serem vendidos<br />

como certificados. O material <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>verá ser aprovado<br />

pelo Imaflora antes da sua aplicação.<br />

20 Promover estudos e consultas com partes interessadas<br />

(comunida<strong>de</strong> científica, ONG’s, comunida<strong>de</strong> local), para auxiliar na<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> elementos existentes nas áreas <strong>de</strong> conservação<br />

da UMF que possam caracterizá-las como FAVC’s.<br />

21 Elaborar diretrizes específicas para as situações em que a<br />

utilização da queima controlada será empregada no manejo<br />

florestal, ressaltando as medidas ambientais e legais que <strong>de</strong>verão<br />

ser tomadas previamente, durante e após esta prática.<br />

1 ANO 5.5<br />

6.1<br />

6.2<br />

6.3<br />

6.5<br />

10.6<br />

1 ANO 5.6<br />

1 ANO 6.1<br />

6.5<br />

1 ANO 7.1<br />

1 ANO 7.2<br />

3 8.3<br />

MESES<br />

1 ANO 9.1<br />

9.2<br />

9.3<br />

9.4<br />

1 ANO 10.6<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 24


22 Registrar as alterações efetuadas no plano <strong>de</strong> manejo,<br />

provenientes da incorporação dos resultados dos monitoramentos<br />

das ativida<strong>de</strong>s e processos no manejo florestal. (condição<br />

adicionada após revisão in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte)<br />

23 Estabelecer métodos <strong>de</strong> avaliação e parâmetros para a coleta <strong>de</strong><br />

dados e o monitoramento <strong>de</strong> indicadores sociais como saú<strong>de</strong> do<br />

trabalhador e consultas às comunida<strong>de</strong>s, e <strong>de</strong> indicadores<br />

ambientais como erosão e compactação <strong>de</strong> solos, condições <strong>de</strong><br />

estradas e re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem, qualida<strong>de</strong> dos corpos d’água,<br />

conforme <strong>de</strong>scritos no plano <strong>de</strong> manejo. (condição adicionada<br />

após auditoria <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> pré-condições)<br />

1 ANO 8.4<br />

1 ANO 8.2<br />

Quadro 3. Recomendações da equipe para a melhoria do <strong>de</strong>sempenho da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> S/A<br />

#<br />

Recomendações da equipe <strong>de</strong> avaliação<br />

1 Inclusão <strong>de</strong> temas abordados nos tratados e acordos internacionais, tais<br />

como o Protocolo <strong>de</strong> Kioto, a Convenção da Biodiversida<strong>de</strong>, os Direitos dos<br />

Trabalhadores segundo a OIT e o Tratado sobre comercialização <strong>de</strong> animais<br />

e plantas ameaçadas <strong>de</strong> extinção, no plano <strong>de</strong> treinamentos dos<br />

colaboradores próprios e terceirizados, bem como nas palestras realizadas<br />

nas comunida<strong>de</strong>s locais.<br />

2 Disposição <strong>de</strong> placas indicativas das sanções penais para crimes ambientais<br />

em pontos estratégicos das proprieda<strong>de</strong>s, tais como estradas, rodovias,<br />

áreas <strong>de</strong> conservação, açu<strong>de</strong>s e passagens <strong>de</strong> transeuntes.<br />

3 Avaliação acerca da situação dos plantios florestais e bracatingais nativos<br />

nas proprieda<strong>de</strong>s parceiras, visando obter um diagnóstico apurado das<br />

potencialida<strong>de</strong>s, barreiras e fragilida<strong>de</strong>s da produção florestal para fins<br />

energéticos ou outros fins.<br />

4 Estudos <strong>de</strong> mercado regional <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira para fins energéticos visando a<br />

formação parcerias (link) entre produtores que possuem exce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

produção e aqueles que não possuem fonte garantida.<br />

5 Extensão do programa <strong>de</strong> fomento florestal à qualquer interessado em<br />

realizar plantios florestais em sua região <strong>de</strong> atuação, além <strong>de</strong> seus<br />

parceiros, como objetivo <strong>de</strong> suprir o déficit <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> reflorestamento<br />

para fins energéticos nas regiões norte <strong>de</strong> Santa Catarina e sul do Paraná.<br />

6 Priorização da bracatinga como espécie alternativa no programa <strong>de</strong> fomento<br />

florestal, principalmente em áreas <strong>de</strong> difícil adaptação do eucalipto e locais<br />

Refere-se<br />

ao<br />

Critério<br />

1.3<br />

1.5<br />

1.6<br />

1.6<br />

1.6<br />

1.6<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 25


on<strong>de</strong> seja culturalmente favorável.<br />

7 Contratação <strong>de</strong> técnicos florestais para atuar como “orientador <strong>de</strong> fomento<br />

florestal” tal como realizado com a cultura do fumo.<br />

8 Tratamento personalizado àqueles fomentados que se proponham a investir<br />

no manejo florestal como negócio ao invés <strong>de</strong> simplesmente mantê-lo para<br />

auto-suficiência energética da cultura fumageira.<br />

9 Estímulo aos prestadores <strong>de</strong> serviço e entida<strong>de</strong>s locais da criação <strong>de</strong><br />

oportunida<strong>de</strong>s à educação formal, oferecendo facilida<strong>de</strong>s para os<br />

trabalhadores engajados.<br />

10 Envolvimento em campanhas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> promovidas pelos municípios on<strong>de</strong> o<br />

manejo florestal exerce influência.<br />

11 Integração e acompanhamento por parte do SESMET da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong>, aos<br />

encontros das CIPA’s realizadas pelas empresas <strong>de</strong> serviços.<br />

12 Implementação <strong>de</strong> uma forma comunicação interna mais ágil na Fazenda<br />

Triângulo.<br />

13 Desenvolvimento <strong>de</strong> um método <strong>de</strong> avaliação e análise dos impactos sociais<br />

do programa <strong>de</strong> fomento florestal.<br />

14 Acompanhamento da flutuação nos números <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho,<br />

<strong>de</strong>correntes da sazonalida<strong>de</strong> das ativida<strong>de</strong>s da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong>.<br />

15 Estudos <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> das florestas naturais em parceria com institutos <strong>de</strong><br />

pesquisa e universida<strong>de</strong>s, com objetivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar a potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

manejo e do aproveitamento econômico <strong>de</strong> produtos florestais não<br />

ma<strong>de</strong>ireiros.<br />

16 Criação <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> comunicação internos eficientes para a pronta <strong>de</strong>tecção<br />

<strong>de</strong> anormalida<strong>de</strong>s no consumo da ma<strong>de</strong>ira que possam influenciar na<br />

produção florestal.<br />

17 Estabelecimento <strong>de</strong> parcerias com instituições <strong>de</strong> pesquisa para orientação<br />

na condução dos estudos sobre os ecossistemas nativos com<br />

representativida<strong>de</strong> na UMF, no <strong>de</strong>senvolvimento do programa <strong>de</strong> reversão <strong>de</strong><br />

APP’s e para o acompanhamento da dinâmica sucessional <strong>de</strong>stas áreas.<br />

18 Realização <strong>de</strong> simulações para implementação dos planos <strong>de</strong> atendimento às<br />

emergências relacionadas ao <strong>de</strong>rrame <strong>de</strong> produtos perigosos e intoxicação<br />

por agroquímicos.<br />

19 Integração das ativida<strong>de</strong>s operacionais aos programas sociais e ambientais,<br />

buscando convergir os seus objetivos para um ponto comum e um equilíbrio<br />

nas ações nos benefícios gerados no processo.<br />

20 Definição da freqüência na reciclagem e nos treinamentos operacionais <strong>de</strong><br />

funcionários próprios e <strong>de</strong> prestadores <strong>de</strong> serviço, visando reforçar os<br />

cuidados ambientais e ergonômicos nas ativida<strong>de</strong>s florestais.<br />

1.6<br />

1.6<br />

4.1<br />

4.2<br />

4.2<br />

4.2<br />

4.4<br />

4.5<br />

4.11<br />

5.2<br />

5.3<br />

6.3<br />

6.4<br />

6.7<br />

7.1<br />

7.3<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 26


21 Realização <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> eficiência no controle das formigas corta<strong>de</strong>iras a<br />

partir <strong>de</strong> formicidas orgânicos.<br />

22 Treinamento específico em auditorias para os técnicos responsáveis pela<br />

execução dos monitoramentos.<br />

23 Manutenção <strong>de</strong> uma porção da área <strong>de</strong> campos nativos que integra as<br />

proprieda<strong>de</strong>s da <strong>Souza</strong> <strong>Cruz</strong> como área <strong>de</strong> conservação da biodiversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sse ecossistema. Encoraja-se uma área <strong>de</strong> 10% da proprieda<strong>de</strong>.<br />

10.7<br />

4.2<br />

10.8<br />

1.7<br />

Programa SmartWood Relatório <strong>de</strong> Revisores 27

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