CaracterÃsticas anatomopatológicas de neoplasias mamárias ... - Uece
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alimentadas com comida caseira-ração e somente comida caseira, respectivamente (HATAKA<br />
et al., 2002).<br />
A hipótese do envolvimento <strong>de</strong> um componente etiológico <strong>de</strong> natureza hormonal tem<br />
sido a mais aceita. Os esterói<strong>de</strong>s ovarianos são consi<strong>de</strong>rados como um dos fatores etiológicos<br />
dos tumores mamários em ca<strong>de</strong>las, pois quase todos os animais afetados são fêmeas, e a<br />
ooforectomia precoce diminui a incidência (FERRI, 2003). Estes hormônios provavelmente<br />
atuam como promotores do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tumores mamários. O estrógeno induz a<br />
proliferação do epitélio ductal das glândulas mamárias e, <strong>de</strong>ssa forma, propicia as condições<br />
necessárias para que as mutações genéticas ocorram (ZUCCARI et al., 2001b). Esse hormônio<br />
é <strong>de</strong>tectado, em concentrações mais elevadas, nas fases do proestro e estro do ciclo estral da<br />
ca<strong>de</strong>la. A proliferação do sistema alveolar são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da progesterona. Tal esterói<strong>de</strong><br />
ovariano é predominante nas fases <strong>de</strong> metaestro e, principalmente, no diestro (DONNAY et al.,<br />
1989).<br />
Entretanto, é necessário se <strong>de</strong>terminar o papel do estrógeno e da progesterona como<br />
promotores do <strong>de</strong>senvolvimento dos tumores mamários. Em contraste com a afirmação <strong>de</strong><br />
outros autores, esses hormônios não são mutagênicos, e parece razoável assumir que eles<br />
inserem seus efeitos carcinogênicos, não causando algum dano direto ao DNA, mas<br />
aumentando ou diminuindo as taxas <strong>de</strong> proliferação, atrofia ou diferenciação <strong>de</strong> células tronco<br />
ou intermediárias (AMORIM e FERREIRA, 2001). O estrógeno e a progesterona atuam nas<br />
células alvo durante os estádios iniciais da carcinogênese mamária, mas parecem per<strong>de</strong>r seus<br />
efeitos estimulatórios durante os estádios finais da doença (FERRI, 2003).<br />
Estudos epi<strong>de</strong>miológicos e <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstraram que a administração <strong>de</strong><br />
esterói<strong>de</strong>s ovarianos, bem como muitos <strong>de</strong>rivados sintéticos, aumentam a ocorrência <strong>de</strong><br />
tumores mamários em ca<strong>de</strong>las (RUTTEMAN e MISDORP, 1993). O tratamento<br />
anticoncepcional, à base <strong>de</strong> progestágenos, promove em longo prazo, a formação <strong>de</strong> alguns<br />
nódulos mamários hiperplásicos, on<strong>de</strong> tais alterações po<strong>de</strong>m predispor o tecido a uma<br />
transformação maligna (ZUCCARI et al., 2001b). É hipotetizado que os progestágenos<br />
modulem a diferenciação e proliferação dos tumores <strong>de</strong> mama, com a produção local <strong>de</strong><br />
hormônio do crescimento e fator <strong>de</strong> crescimento semelhante à insulina (MOL et al., 1996).<br />
Assim, os progestágenos acabam promovendo um crescimento das células não diferenciadas