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Livro de Resumos - Ordem dos Farmacêuticos

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos<br />

2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos <strong>de</strong> Lisboa<br />

Mais Intervenção na Socieda<strong>de</strong><br />

melhor saú<strong>de</strong><br />

Organização:<br />

LIVRO DE RESUMOS


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

comissão <strong>de</strong> honra<br />

S.E. Senhor Presi<strong>de</strong>nte da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva<br />

S.E. Senhora Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia da República, Dra. Assunção Esteves<br />

S.E. Primeiro-Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho<br />

S.E. Ministro da Saú<strong>de</strong>, Dr. Paulo Macedo<br />

Senhor Bastonário da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos, Prof. Doutor Francisco Carvalho Guerra<br />

Senhor Bastonário da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos, Prof. Doutor Alfredo Amaral Albuquerque<br />

Senhor Bastonário da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos, Prof. Doutor Carlos da Silveira<br />

Senhor Bastonário da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos, Dr. João Silveira<br />

Senhor Bastonário da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos, Dr. José Aranda da Silva<br />

Senhora Bastonária da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos, Prof.ª Doutora Maria Irene Noronha da Silveira<br />

Senhora Professora Doutora Maria O<strong>de</strong>tte Santos-Ferreira<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Congresso<br />

Carlos Maurício Barbosa (Bastonário)<br />

comissão organizadora<br />

Armando Alcobia<br />

Graciete Freitas<br />

Manuela Machado<br />

António Hipólito <strong>de</strong> Aguiar<br />

Franklim Marques<br />

Paulo Fonseca<br />

GRUPO DE APOIO<br />

O<strong>de</strong>te Isabel<br />

Orlando Silva<br />

Paulo Freire<br />

Eurico Pais<br />

Fernado Ramos<br />

comissão científica<br />

Francisco Carvalho Guerra<br />

(Presi<strong>de</strong>nte)<br />

Antonieta Lucas<br />

Artur Fialho<br />

Fernando Ramos<br />

Franklim Marques<br />

Gabriela Plácido<br />

José Aranda da Silva<br />

José Cabrita<br />

José Guimarães Morais<br />

José Manuel Sousa Lobo<br />

Margarida Caramona<br />

Matil<strong>de</strong> Castro<br />

Miguel Santos Silva<br />

Nuno Moreira<br />

Nuno Taveira<br />

Paula Almeida<br />

Paula Fresco<br />

Rui Loureiro<br />

Sérgio Pancadas


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

PROGRAMA<br />

CONFERÊNCIA<br />

FARMACÊUTICOS, SAÚDE E SOCIEDADE <br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

O ACTO FARMACÊUTICO NA SOCIEDADE<br />

A Realida<strong>de</strong> Europeia <br />

Cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Primários <br />

Doentes Crónicos e Gestão da Terapêutica <br />

Cuida<strong>dos</strong> Hospitalares <br />

Reconciliação da Terapêutica <br />

SESSÕES PARALELAS<br />

EMPREENDEDORISMO E VANTAGENS COMPETITIVAS DOS FARMACÊUTICOS<br />

Empreen<strong>de</strong>r: Move Fast & Break Things <br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo Farmacêutico <br />

ENVELHECER NO MUNDO ACTUAL – QUE SOLIDARIEDADE ENTRE GERAÇÕES<br />

Envelhecer no Mundo Actual - Que Solidarieda<strong>de</strong> Entre Gerações? <br />

O Envelhecimento - Contexto Físico, Social e Familiar <br />

MESA REDONDA: Acrescentar Vida aos Anos <br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

ENSINO FARMACÊUTICO<br />

O Ensino e a Profissão Farmacêutica <br />

Tendências <strong>de</strong> Evolução Curricular <br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

ÉTICA E DEONTOLOGIA<br />

Ética e Deontologia: Convergência ou Confronto? <br />

Caminhar pelo Vale das Sombras. A Ética e a Deontologia Profissional em Tempos <strong>de</strong> Crise <br />

FARMÁCIA COMUNITÁRIA: UMA PORTA ABERTA DE SOLUÇÕES EM TEMPO DE CRISE<br />

Responsabilida<strong>de</strong> Social do Farmacêutico na Área Ambiental <br />

O Potencial da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácias e <strong>dos</strong> Farmacêuticos Comunitários<br />

– o caso do estudo sobre a A<strong>de</strong>são e Persistência no Tratamento da Osteoporose<br />

Pós-menopáusica em Portugal <br />

Mo<strong>de</strong>lo Assistencial do Exercício Farmacêutico: A Farmácia Comunitária do Québec <br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

O PARADIGMA DAS ANÁLISES CLÍNICAS: QUE FUTURO?<br />

O Farmacêutico Analista Clínico na Europa <br />

O Farmacêutico Analista Clínico em Portugal <br />

Contributo das Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Farmácia na Formação <strong>de</strong> Farmacêuticos em Análises Clínicas <br />

MEDICAMENTOS NOS HOSPITAIS: SUSTENTABILIDADE E FINANCIAMENTO<br />

Avaliação Económica e Consumo <strong>de</strong> Medicamentos nos Hospitais em Portugal <br />

Acesso à Inovação Terapêutica <br />

Financiamento nos Hospitais <br />

OS NOVOS DESAFIOS DA HARMONIZAÇÃO<br />

Harmonização <strong>de</strong> Gui<strong>de</strong>lines <br />

Anexo 16: Quais as Novas Competências para o Director Técnico? <br />

NOVOS DESAFIOS REGULAMENTARES<br />

Novas Terapias <br />

Nova Legislação Europeia em Ensaios Clínicos <br />

Biossimilares <br />

SUSTENTABILIDADE<br />

Sustentabilida<strong>de</strong> do Sector da Distribuição num Contexto <strong>de</strong> Crise Económica e Social <br />

A Exportação Paralela e o Mercado Nacional <br />

MARKETING 3.0 – TENDÊNCIAS FUTURAS DO MARKETING FARMACÊUTICO NA ERA DIGITAL<br />

Marketing 3.0: Introdução & Abertura <br />

Valor do Marketing Digital: Que Oportunida<strong>de</strong>s Po<strong>de</strong>rão Existir na Área Farmacêutica? <br />

Case Studies Internacionais <strong>de</strong> Comunicação Digital no Âmbito do Sector Farmacêutico <br />

Aplicação do Marketing Digital na Industria Farmacêutica Portuguesa<br />

Projecto UNIVADIS – A Porta <strong>de</strong> Entrada <strong>dos</strong> Profissionais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na Internet <br />

Formação <strong>dos</strong> Profissionais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> por WEBINARS – Uma Aposta <strong>de</strong> Futuro da Pfizer <br />

COMPETÊNCIAS ANALÍTICAS DO FARMACÊUTICO: UM HORIZONTE SEMPRE PRESENTE<br />

Poluentes Emergentes vs Consequências na Saú<strong>de</strong> Pública<br />

num Mundo Repleto <strong>de</strong> Substâncias Químicas <br />

O Farmacêutico e a Segurança Alimentar: Ontem, Hoje e Amanhã <br />

Toxicologia na Profissão Farmacêutica: Competências, Desafios e Oportunida<strong>de</strong>s <br />

POSTERS <br />

pagina ı 4


mensagem<br />

do bastonário<br />

Em nome da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos tenho a honra <strong>de</strong> dar as boas vindas a to<strong>dos</strong> os participantes no Congresso<br />

Nacional <strong>dos</strong> Farmacêuticos’2012, subordinado ao tema “Mais Intervenção na Socieda<strong>de</strong>, Melhor Saú<strong>de</strong>”, que tem<br />

lugar em Lisboa, entre 2 e 4 <strong>de</strong> Novembro.<br />

Realizando-se num clima <strong>de</strong> severa crise económica, financeira e social em que Portugal está mergulhado e que tem<br />

afectado dramaticamente o sector farmacêutico, o que po<strong>de</strong>rá vir a ter sérias implicações ao nível da <strong>de</strong>sestabilização<br />

da assistência farmacêutica à população portuguesa, o Congresso Nacional <strong>dos</strong> Farmacêuticos’2012 visa promover<br />

uma reflexão sobre o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> português e a relevância da intervenção profissional <strong>dos</strong> mais <strong>de</strong> 13 mil farmacêuticos<br />

portugueses ao serviço <strong>dos</strong> doentes e <strong>dos</strong> cidadãos em geral.<br />

“Mais Intervenção na Socieda<strong>de</strong>, Melhor Saú<strong>de</strong>” – eis a temática central do Congresso. O que nos conduz a questões<br />

essenciais como os méritos da intervenção do farmacêutico no sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a capacida<strong>de</strong> e a efectivida<strong>de</strong> da<br />

intervenção farmacêutica, os <strong>de</strong>correntes ganhos em saú<strong>de</strong>, os custos e os benefícios sociais da intervenção, ou da<br />

omissão <strong>de</strong> intervenção, do farmacêutico, entre outras.<br />

A profissão farmacêutica é multivalente. Abrangendo as áreas da farmácia comunitária, farmácia hospitalar, distribuição<br />

grossista, indústria farmacêutica, análises clínicas, genética, análises toxicológicas, análises <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> alimentos,<br />

análises ambientais, ensino e investigação científica, <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico e inovação, a profissão farmacêutica<br />

está transversalmente activa em todo o cluster da saú<strong>de</strong> e vem tendo crescente relevância na economia nacional.<br />

O Congresso Nacional <strong>dos</strong> Farmacêuticos’2012 constitui, pois, um momento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para os farmacêuticos<br />

<strong>de</strong> todas as áreas profissionais e igualmente, espero, para a socieda<strong>de</strong> e a economia.<br />

O programa inclui sessões plenárias <strong>de</strong>dicadas à abordagem sociológica do papel <strong>dos</strong> farmacêuticos, ao acto farmacêutico<br />

na socieda<strong>de</strong>, ao ensino farmacêutico, à ética e à <strong>de</strong>ontologia e à discussão da política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e da política<br />

do medicamento. Inclui também sessões paralelas temáticas relativas ao empreen<strong>de</strong>dorismo e competitivida<strong>de</strong> <strong>dos</strong><br />

farmacêuticos e ao envelhecimento activo e solidarieda<strong>de</strong> entre gerações. E inclui sessões paralelas específicas das<br />

áreas profissionais, bem como sessões <strong>de</strong> posters apresenta<strong>dos</strong> pelos congressistas.<br />

De igual modo, tenho a honra <strong>de</strong> dar as boas vindas a to<strong>dos</strong> os participantes no simpósio pré-congresso intitulado “1º<br />

Simpósio Luso-Brasileiro <strong>de</strong> Farmácia”, subordinado ao tema “Resposta <strong>dos</strong> Farmacêuticos à Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ganhos<br />

em Saú<strong>de</strong>”, que a Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos organiza em conjunto com o Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Farmácia do Brasil no<br />

dia 1 <strong>de</strong> Novembro.<br />

O 1º Simpósio Luso-Brasileiro <strong>de</strong> Farmácia tem por objectivo primordial fomentar uma reflexão conjunta sobre temas<br />

específicos da Farmácia, do Medicamento e das Análises Clínicas e, bem assim, promover a excelência da intervenção<br />

farmacêutica em ambos os países e a partilha <strong>de</strong> experiências profissionais entre farmacêuticos portugueses e farmacêuticos<br />

brasileiros. Preten<strong>de</strong>-se ainda que este seja o ponto <strong>de</strong> partida para a organização regular, em Portugal e no<br />

Brasil, <strong>de</strong> uma plataforma <strong>de</strong> intercâmbio e partilha.<br />

Estou certo <strong>de</strong> que o Congresso Nacional <strong>dos</strong> Farmacêuticos’2012 e o 1º Simpósio Luso-Brasileiro <strong>de</strong> Farmácia muito<br />

prestigiarão e dignificarão a profissão farmacêutica.<br />

Gostaria ainda <strong>de</strong> dar as boas vindas aos farmacêuticos <strong>de</strong> Angola, Brasil, Espanha, Cabo Ver<strong>de</strong>, Guiné, Moçambique<br />

e São Tomé e Príncipe, que muito nos honram com a sua presença.<br />

É para si, Ilustre Colega, que organizamos o Congresso Nacional <strong>dos</strong> Farmacêuticos’2012.<br />

E é com a sua presença e o seu contributo pessoal que igualmente contamos para o sucesso do nosso Congresso, a<br />

<strong>de</strong>fesa da profissão farmacêutica e da saú<strong>de</strong> <strong>dos</strong> portugueses.<br />

O Bastonário<br />

Prof. Doutor Carlos Maurício Barbosa<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CONFERÊNCIA<br />

FARMACÊUTICOS,<br />

SAÚDE E SOCIEDADE<br />

António Barreto<br />

Sociólogo, Presi<strong>de</strong>nte da Fundação Francisco Manuel <strong>dos</strong> Santos<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Nasceu no Porto em 1942. Viveu na Suíça, como exilado<br />

político, <strong>de</strong> 1963 a 1974. Licenciou-se em Sociologia<br />

em 1968 e doutorou-se na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Genebra em<br />

1985. Trabalhou no Instituto <strong>de</strong> Pesquisas das Nações<br />

Unidas para o Desenvolvimento Social, na Universida<strong>de</strong><br />

Nova <strong>de</strong> Lisboa e no Instituto <strong>de</strong> Ciências Sociais da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa; foi <strong>de</strong>putado à Assembleia Constituinte<br />

e à Assembleia da República, secretário <strong>de</strong> Estado<br />

do Comércio Externo, ministro do Comércio e Turismo<br />

e ministro da Agricultura e Pescas. Prémio Montaigne<br />

<strong>de</strong> 2004. Sócio da Aca<strong>de</strong>mia das Ciências. Presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração da Fundação Francisco<br />

Manuel <strong>dos</strong> Santos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009. Autor <strong>de</strong> vários estu<strong>dos</strong><br />

<strong>de</strong> sociologia, <strong>de</strong> ensaios, <strong>de</strong> crónicas, <strong>de</strong> álbuns <strong>de</strong> fotografia<br />

e <strong>de</strong> documentários <strong>de</strong> televisão.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

O ACTO FARMACÊUTICO<br />

NA SOCIEDADE<br />

A Realida<strong>de</strong> Europeia<br />

Isabelle A<strong>de</strong>not<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Grupo Framacêutico da União Europeia<br />

Isabelle A<strong>de</strong>not is Presi<strong>de</strong>nt of the Pharmaceutical<br />

Group of the European Union (PGEU), which gathers the<br />

national associations and professional bodies of community<br />

pharmacists in 31 European countries including<br />

EU Member States, EU candidate countries and EEA/<br />

EFTA countries. Through its members, PGEU represents<br />

around 400,000 community pharmacists.<br />

CURRICULUM VITAE<br />

A doctor in pharmacy and a dispensing pharmacist,<br />

Isabelle A<strong>de</strong>not presi<strong>de</strong>d over the French Chamber of<br />

Pharmacists’ Regional Council in Burgundy from 1999<br />

to 2007. In 2003, she was the first woman to be elected<br />

to the chair of the Central Council of pharmacy owners.<br />

In 2009, she was the first woman elected Presi<strong>de</strong>nt of<br />

the National Council of the Chamber of Pharmacists. She<br />

was elected for a second term in June 2012.<br />

This communication will be the opportunity to put Portuguese<br />

pharmacy in the context of European pharmacy<br />

and health politicy. Isabelle A<strong>de</strong>not will expose PGEU<br />

vision of mo<strong>de</strong>rn community pharmacy practice and options<br />

for innovation in its different fields of activities. It<br />

will also be an opportunity to talk about the major crisis<br />

experienced by the pharmaceutical sector and its consequences<br />

on access to medicines and the general performance<br />

of health systems.<br />

Isabelle A<strong>de</strong>not has engaged in a vast reform of the institution,<br />

which has been mo<strong>de</strong>rnised in its organisation<br />

and focused on its missions. With a resolutely international<br />

view, she is chairing the Pharmaceutical Group of<br />

the European Union and the International Conference<br />

of Chambers of French-speaking Pharmacists. In July<br />

2012, she was elected Presi<strong>de</strong>nt of the committee liaising<br />

professional Chambers in France.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

O ACTO FARMACÊUTICO<br />

NA SOCIEDADE<br />

Cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Primários<br />

Ema Paulino<br />

Secção <strong>de</strong> Farmácia Comunitária da FIP<br />

Há 35 anos atrás, no âmbito da conferência <strong>de</strong> Alma-Ata,<br />

a Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>finiu os cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> primários como os “cuida<strong>dos</strong> essenciais à saú<strong>de</strong>,<br />

basea<strong>dos</strong> em tecnologia e méto<strong>dos</strong> práticos, cientificamente<br />

comprova<strong>dos</strong> e socialmente aceitáveis, torna<strong>dos</strong><br />

universalmente acessíveis a indivíduos e famílias na comunida<strong>de</strong><br />

por meios aceitáveis para eles e a um custo<br />

que tanto a comunida<strong>de</strong> como o país possa suportar em<br />

cada fase do seu <strong>de</strong>senvolvimento. É parte integrante<br />

do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do país, do qual é função central,<br />

sendo o enfoque principal do <strong>de</strong>senvolvimento social e<br />

económico global da comunida<strong>de</strong>. É o primeiro nível <strong>de</strong><br />

contato <strong>dos</strong> indivíduos, da família e da comunida<strong>de</strong> com<br />

o sistema nacional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, levando os cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> o mais próximo possível do local on<strong>de</strong> as pessoas<br />

vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento <strong>de</strong><br />

um processo <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> continua<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.”<br />

Perante esta <strong>de</strong>finição, é impossível ignorar o papel<br />

que o farmacêutico enquanto profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e<br />

a farmácia enquanto estrutura <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

proximida<strong>de</strong>, têm <strong>de</strong>sempenhado na sua operacionalização.<br />

No entanto, têm sido vários os <strong>de</strong>safios à sua real<br />

integração no conceito mais lato <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

primários, nomeadamente no que diz respeito à coor<strong>de</strong>nação<br />

com outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, à partilha<br />

<strong>de</strong> informações relevantes para o exercício profissional,<br />

e ao sistema <strong>de</strong> remuneração, que não prevê qualquer<br />

valorização <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> em saú<strong>de</strong> obti<strong>dos</strong>.<br />

No atual contexto económico do país, e tendo presentes<br />

as necessida<strong>de</strong>s crescentes da socieda<strong>de</strong> e do indivíduo<br />

em matéria <strong>de</strong> soluções integradas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

torna-se premente uma reflexão interna <strong>de</strong> como irá o<br />

farmacêutico fazer parte <strong>de</strong>ssas mesmas soluções, utilizando<br />

as competências, características e ferramentas<br />

que tem ao seu dispor.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Ema Paulino<br />

Secção <strong>de</strong> Farmácia Comunitária da FIP<br />

CURRICULUM VITAE<br />

HABILITAÇÕES LITERÁRIAS<br />

2001 Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL<br />

2002- Diretora-Técnica e proprietária da Farmácia Nuno<br />

Álvares, Almada<br />

PUBLICAÇÕES<br />

Paulino E, crónicas semanais e mensais (respectivamente)<br />

no Jornal i e revista Farmácia Distribuição;<br />

Paulino E, Guerreiro M, Cantrill J, Martins AP, Alves da<br />

Costa F, Benrimoj S I. Community pharmacists’ and<br />

physi-cians inter-professional work: insights from qualitative<br />

studies with multiple stakehol<strong>de</strong>rs. Rev Port Clin<br />

Geral 2010;26:590-606;<br />

Paulino E. Desafios e novas oportunida<strong>de</strong>s para a Farmácia<br />

Comunitária. M Farmacêutico. 2006 Nov/Dez;<br />

4(25);<br />

Costa F, Paulino E, Silva I. Pharmacy in Portugal, an<br />

overview on its functioning with focus on efforts to increase<br />

patient safety. Int Pharm J. 2005 Dec; 19(2):45-48;<br />

Paulino E, Bouvy ML, Gastelurrutia MA, Guerreiro M,<br />

Buurma H, for The ESCP-SIR Rejkjavik Community<br />

Phar-macy Research Group. Drug related problems<br />

i<strong>de</strong>ntified by European community pharmacists on patients<br />

discharged from hospital. Pharm World Sci. 2004<br />

Dec; 26(6):353-60.<br />

REPRESENTAÇÃO PROFISSIONAL E ASSOCIATIVA<br />

2011- Deputy Professional Secretary da International<br />

Pharmaceutical Fe<strong>de</strong>ration (FIP)<br />

2010- Membro do Board of Pharmaceutical Practice da<br />

International Pharmaceutical Fe<strong>de</strong>ration (FIP BPP)<br />

2010- Vice-Presi<strong>de</strong>nte do Comité Executivo da Secção<br />

<strong>de</strong> Farmácia Comunitária da FIP (FIP CPS)<br />

2010- Membro do Centennial Program Committee da<br />

FIP<br />

2008- Membro do Grupo <strong>de</strong> Trabalho para implementação<br />

das directrizes das Boas Práticas <strong>de</strong> Farmácia no<br />

Uruguai e Paraguai, projecto apoiado pela FIP Foundation<br />

2006- Membro do Board of Pharmaceutical Practice<br />

Programme Committee da FIP<br />

2006- Membro do Fórum Farmacêutico Europeu (EPF)<br />

2005- Membro do Comité Executivo da Secção <strong>de</strong><br />

Farmácia Comunitária da FIP<br />

2005- Membro Fundador do Global Research Institute<br />

for Pharmacy Practice (GRIPP)<br />

2004- Membro do Pharmaceutical Care Network Europe<br />

(PCNE)<br />

2004- Membro da Delegação Portuguesa no Pharmaceutical<br />

Group of the European Union (PGEU)<br />

2004- Membro da Delegação Portuguesa no Euro-<br />

Pharm Forum<br />

2004- Membro da Direção da Associação Nacional das<br />

Farmácias (ANF)<br />

2003-2004 Presi<strong>de</strong>nte do International Pharmaceutical<br />

Fe<strong>de</strong>ration Young Pharmacists’ Group (FIP YPG)<br />

2001-2003 Coor<strong>de</strong>nadora <strong>de</strong> Projectos do FIP<br />

YPG<br />

2000-2001 Secretária-Geral e Permanent Officer da<br />

European Pharmaceutical Stu<strong>de</strong>nts’ Association (EPSA)<br />

1999-2000 Presi<strong>de</strong>nte da Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Farmácia (APEF)<br />

1997-2000 Membro do Gabinete <strong>de</strong> Informação,<br />

Promoção e Educação para a Saú<strong>de</strong> da Associação <strong>de</strong><br />

Estu-dantes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia <strong>de</strong> Lisboa<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

O ACTO FARMACÊUTICO<br />

NA SOCIEDADE<br />

Doentes Crónicos e Gestão<br />

da Terapêutica<br />

Francisco Batel Marques<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Aborda-se o impacto social e económico da doença<br />

crónica, os <strong>de</strong>safios coloca<strong>dos</strong> aos diversos níveis <strong>de</strong><br />

prevenção <strong>de</strong> doença, a conceptualização <strong>de</strong> planos<br />

<strong>de</strong> gestão, a estrutura da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos humanos e<br />

<strong>de</strong>screvem-se os resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> experiências já testadas.<br />

Focam-se as necessida<strong>de</strong>s colocadas ao processo<br />

farmacoterpêutico nos domínios da investigação fundamental<br />

e translacional, nomeadamente clínica, bem<br />

como a novos domínios da farmacoepi<strong>de</strong>miologia .<br />

Professor Associado da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra<br />

Diretor da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Tecnologias <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

–AIBILI, Coimbra, Portugal<br />

Coor<strong>de</strong>nador da Unida<strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Farmacovigilância<br />

do Centro<br />

Membro da Comissão <strong>de</strong> Ética da Administração Regional<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Centro<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

O ACTO FARMACÊUTICO<br />

NA SOCIEDADE<br />

Cuida<strong>dos</strong> Hospitalares<br />

Armando Alcobia<br />

Hospital Garcia <strong>de</strong> Orta<br />

O farmacêutico hospitalar tem incorporado as principais<br />

alterações <strong>de</strong>correntes do avanço tecnológico na área<br />

do medicamento e <strong>de</strong> outros produtos farmacêuticos,<br />

sobre uma base <strong>de</strong> reconhecida competência na área<br />

da gestão, segurança e qualida<strong>de</strong> em todo o circuito<br />

do medicamento. O papel <strong>de</strong> hoje releva do legado <strong>de</strong><br />

colegas que, ao longo <strong>dos</strong> anos, foram prestando “serviços<br />

farmacêuticos” nos hospitais on<strong>de</strong> trabalharam.<br />

A essência das suas funções nunca variou <strong>de</strong>masiado,<br />

pois sempre se centrou na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferecer aos<br />

doentes a melhor terapêutica disponível salvaguardando<br />

as componentes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, segurança e custos<br />

associa<strong>dos</strong>, num ambiente <strong>de</strong> intensa colaboração multidisciplinar.<br />

Diferentes tipologias <strong>de</strong> hospitais condicionam os actos<br />

farmacêuticos pratica<strong>dos</strong> que têm evoluído em áreas<br />

como a oncologia; pediatria; apoio nutricional artificial;<br />

informação ao doente; imunossupressão; terapia antiretroviral;<br />

medicamentos experimentais; preparação/<br />

reconstituição <strong>de</strong> misturas intravenosas; preparação <strong>de</strong><br />

misturas não estéreis; gestão da qualida<strong>de</strong>, radiofarmácia,<br />

entre outros.<br />

O farmacêutico hospitalar por ser um profissional <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> que interage directamente com o medicamento,<br />

com os outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e com o doente<br />

terá que assumir a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter os níveis<br />

<strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> farmacológicos condicentes com as melhores<br />

práticas.<br />

Nem sempre as melhores opções são as mais onerosas,<br />

sendo continua a tarefa <strong>de</strong> buscar em cada área terapêutica<br />

as opções mais efectivas.<br />

Numa altura <strong>de</strong> contenção apostar na prevenção, interligação<br />

<strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong>, segurança do doente e tratamento<br />

da informação clínica disponível, serão seguramente<br />

apostas com retorno garantido.<br />

A componente <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> associada à tecnologia<br />

medicamentosa tem vindo a assumir uma prepon<strong>de</strong>rância<br />

à medida que novos fármacos mais potentes e<br />

direcciona<strong>dos</strong> têm surgido no mercado. Como os custos<br />

associa<strong>dos</strong> ten<strong>de</strong>m a ser crescentes, assumindo<br />

dimensões que se adivinham com insustentáveis serão<br />

os farmacêuticos chama<strong>dos</strong>, cada vez mais, a intervir<br />

no sentido <strong>de</strong> racionalizar as terapêuticas e adaptá-las<br />

aos doentes, personalizando-as <strong>de</strong> forma cada vez mais<br />

activa. Nesse sentido, e porque os custos têm vindo a<br />

ser associa<strong>dos</strong> a “novas doenças crónicas”, será na monitorização<br />

do tratamento e no controlo da a<strong>de</strong>são que o<br />

papel do farmacêutico se fará sentir como mais efectivo.<br />

Os doentes estão cada vez mais “fora do hospital” e necessitam<br />

<strong>de</strong> continuar a obter os seus cuida<strong>dos</strong> farmacêuticos<br />

e respectiva terapêutica <strong>de</strong> forma consistente<br />

e monitorizada. Uma vez mais caberá ao farmacêutico<br />

hospitalar articular-se com os seus colegas comunitários,<br />

com médicos e enfermeiros <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> primários,<br />

<strong>de</strong> forma a optimizar terapêuticas, minimizando efeitos<br />

adversos e interacções e promovendo estilos <strong>de</strong> vida<br />

saudável.<br />

Do balanço entre racionalização das alternativas existentes<br />

e a incorporação da verda<strong>de</strong>ira inovação que nos<br />

chega <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

que, em to<strong>dos</strong> os países <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong>, ten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>sequilibrar<br />

as contas públicas. Terá que ser uma aposta<br />

assumida pela socieda<strong>de</strong> e interpretada pelos vários<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Armando Alcobia<br />

Hospital Garcia <strong>de</strong> Orta<br />

CURRICULUM VITAE<br />

profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma responsável e profissional,<br />

evitando redundâncias e <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> meios<br />

complementares <strong>de</strong> diagnóstico, medicamentos e dispositivos<br />

médicos.<br />

A utilização das tecnologias <strong>de</strong> informação adaptadas<br />

aos cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, bem como o advento <strong>de</strong> biomarcadores<br />

preditivos <strong>de</strong> resposta e a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

novos mecanismos <strong>de</strong> acção cada vez mais específicos<br />

e controláveis permitem-nos aguardar com expectativa<br />

os próximos tempos. Até lá teremos que ser consilientes,<br />

incorporando o nosso saber em to<strong>dos</strong> os outros,<br />

por forma a ultrapassarmos os momentos difíceis que<br />

atravessamos, com vista a um melhor futuro para as gerações<br />

vindouras.<br />

Armando João Alcobia da Silva Martins, licenciado em<br />

Ciências Farmacêuticas pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra em 1991. Iniciou a sua activida<strong>de</strong><br />

profissional como bolseiro no Centro <strong>de</strong> Tecnologia<br />

Química e Biológica em Oeiras, on<strong>de</strong> frequentou o Curso<br />

<strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Investigadores para a Indústria, com a<br />

duração <strong>de</strong> 2 anos. Foi farmacêutico-adjunto numa farmácia<br />

comunitária e exerceu activida<strong>de</strong> como <strong>de</strong>legado<br />

especialista na indústria farmacêutica. Em Abril <strong>de</strong> 1994<br />

ingressou nos Serviços Farmacêuticos do Hospital Garcia<br />

<strong>de</strong> Orta (HGO), obtendo o título <strong>de</strong> especialista em<br />

Farmácia Hospitalar pela Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos em<br />

2001, tendo sido nomeado, nesse ano, responsável pelos<br />

Serviços Farmacêuticos do Hospital. Entre 1997 e<br />

2001 foi assistente convidado nas ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> Farmácia<br />

Clínica e Comunicação e Informação no Instituto Superior<br />

<strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> – Sul. Entre 2001 e 2004<br />

foi vogal da Direcção da Secção Regional <strong>de</strong> Lisboa da<br />

Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos e da Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Farmacêuticos Hospitalares entre 2001 e 2008. Em<br />

2010 foi eleito para a Direcção Nacional da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong><br />

Farmacêuticos. Elemento da Comissão <strong>de</strong> Farmácia e<br />

Terapêutica do HGO, tendo pertencido à sua Comissão<br />

<strong>de</strong> Ética, faz actualmente parte do Conselho Directivo do<br />

Centro <strong>de</strong> Formação, Investigação e Ensino Garcia <strong>de</strong><br />

Orta e pertence ao Grupo <strong>de</strong> Trabalho do Programa do<br />

Medicamento Hospitalar do Infarmed. É autor e co-autor<br />

<strong>de</strong> inúmeros trabalhos apresenta<strong>dos</strong> em congressos da<br />

área da Farmácia Hospitalar e formador convidado do<br />

Pagef e do Instituto <strong>de</strong> Higiene e Medicina Tropical.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

O ACTO FARMACÊUTICO<br />

NA SOCIEDADE<br />

Reconciliação da Terapêutica<br />

Ana Cristina Rama<br />

Hospitais da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

A gestão efectiva da terapêutica farmacológica requer<br />

uma equipa <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicada, cujos<br />

membros - médicos, farmacêuticos, enfermeiros, e outros<br />

- colaborem para garantir que os doentes enten<strong>de</strong>m<br />

a sua situação clínica, o nível <strong>de</strong> risco, os resulta<strong>dos</strong><br />

analíticos, o tratamento e as metas, bem como, compreen<strong>de</strong>rem<br />

o nível <strong>de</strong> controlo, que eles próprios exercem,<br />

sobre sua condição e sobre os resulta<strong>dos</strong> clínicos.<br />

Os problemas que <strong>de</strong>correm <strong>de</strong> uma gestão não efectiva<br />

da terapêutica farmacológica são <strong>de</strong> natureza variada.<br />

Um <strong>dos</strong> problemas mais comum em todo o mundo<br />

pren<strong>de</strong>-se com a informação acerca da medicação do<br />

doente e da sua história medicamentosa. Constata-se<br />

que esta informação tem pouca fiabilida<strong>de</strong>, está frequentemente<br />

incompleta e é <strong>de</strong> difícil acessibilida<strong>de</strong>, o<br />

que condiciona a sua aplicabilida<strong>de</strong> na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />

clínicas. Este problema toma maiores proporções<br />

quando os doentes transitam entre diferentes níveis <strong>de</strong><br />

cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, originando erros <strong>de</strong> medicação e<br />

discrepâncias na prescrição. Trata-se <strong>de</strong> eventos adversos<br />

preveníveis, resultado <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong>ficientemente<br />

<strong>de</strong>senha<strong>dos</strong>, que muitas vezes não têm verificação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte,<br />

estando <strong>de</strong>scritos como associa<strong>dos</strong> a 1<br />

em cada 5 casos <strong>de</strong> lesão ou morte e estimando-se que<br />

46% <strong>dos</strong> erros <strong>de</strong> medicação ocorram nos momentos<br />

<strong>de</strong> transição entre níveis <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong>.<br />

As estratégias para reduzir estes eventos passam pela<br />

implementação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão efectiva da terapêutica<br />

farmacológica. Um <strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los é a reconciliação<br />

terapêutica, cujo padrão conceptual é a prática <strong>de</strong><br />

verificações in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, geralmente por diferentes<br />

profissionais, em passos chave ao longo do processo<br />

<strong>de</strong> tratamento <strong>dos</strong> doentes. Este mo<strong>de</strong>lo tem vindo a<br />

ser implementado em muitos países em to<strong>dos</strong> os continentes<br />

e nomeadamente nos EUA, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005 que a<br />

Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations<br />

<strong>de</strong>finiu como objectivo nacional <strong>de</strong> segurança<br />

do doente, a implementação, nos hospitais acredita<strong>dos</strong>,<br />

<strong>de</strong> processos <strong>de</strong> reconciliação terapêutica, e em 2007,<br />

este objectivo foi alargado <strong>de</strong> modo a que seja provi<strong>de</strong>nciada<br />

ao doente uma lista <strong>de</strong> medicação, quando transita<br />

entre níveis <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong>.<br />

Os <strong>de</strong>safios que se colocam à implementação da reconciliação<br />

terapêutica são igualmente <strong>de</strong> natureza variada,<br />

por requerer: Alto grau <strong>de</strong> cooperação e colaboração<br />

entre profissionais e entre os diferentes níveis <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong><br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; Um investimento em recursos humanos<br />

e tecnológicos, nomeadamente no que concerne aos<br />

sistemas <strong>de</strong> informação; A criação e implementação <strong>de</strong><br />

procedimentos normaliza<strong>dos</strong> e a medição <strong>dos</strong> seus resulta<strong>dos</strong>;<br />

A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> competências e responsabilida<strong>de</strong>s<br />

na recolha <strong>de</strong> informação; Formação a<strong>de</strong>quada<br />

e o conhecimento <strong>dos</strong> fluxos entre os diferentes níveis<br />

<strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong>; E, requer ainda, que o nível <strong>de</strong> conhecimento<br />

<strong>dos</strong> doentes e familiares sobre a medicação seja<br />

melhorado.<br />

As oportunida<strong>de</strong>s nascem da procura <strong>de</strong> soluções para<br />

os problemas e <strong>de</strong>safios! Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maior interacção<br />

entre os diferentes níveis <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> e os diferentes<br />

profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorar<br />

os cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e os resulta<strong>dos</strong> clínicos,<br />

humanísticos e económicos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>sses cuida<strong>dos</strong>.<br />

Os farmacêuticos estão numa posição privilegiada para<br />

garantir a gestão efectiva da terapêutica farmacológica<br />

pela sua acessibilida<strong>de</strong> aos doentes, aos médicos, enfermeiros<br />

e outros membros da equipa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e por<br />

disporem <strong>de</strong> competências necessárias para fornecer<br />

um nível avançado <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong>, dada a sua educação<br />

e formação orientada à prestação <strong>de</strong> serviços focada no<br />

doente, as suas capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> informação<br />

e motivação para expandir os cuida<strong>dos</strong> farmacêuticos.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Ana Cristina Rama<br />

Hospitais da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Carreira Académica<br />

Licenciada em Ciências Farmacêuticas, Mestre em Tecnologias<br />

do Medicamento e Doutora em Farmacologia,<br />

pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.<br />

Carreira Profissional<br />

Farmacêutica hospitalar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1984 e especialista <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1987. Exerceu funções nos hospitais do Centro Hospitalar<br />

<strong>de</strong> Coimbra e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996 que pertence ao quadro<br />

<strong>dos</strong> Hospitais da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, agora<br />

Centro Hospitalar e Universitário <strong>de</strong> Coimbra.<br />

Activida<strong>de</strong> Docente<br />

É docente da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra como convidada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1990, leccionando<br />

a disciplina <strong>de</strong> Farmácia Hospitalar, da Licenciatura em<br />

Ciências Farmacêuticas. Lecciona ao Mestrado Integrado<br />

em Ciências Farmacêuticas as unida<strong>de</strong>s curriculares<br />

<strong>de</strong> Farmácia Hospitalar e Gestão <strong>de</strong> Informação<br />

em Saú<strong>de</strong>, e leccionou a componente Teórico-prática<br />

da unida<strong>de</strong> curricular Farmácia Clínica no ano lectivo <strong>de</strong><br />

2010-2011. É docente da unida<strong>de</strong> curricular, Avaliação<br />

<strong>de</strong> Tecnologias em Saú<strong>de</strong>, da Licenciatura em Farmácia<br />

Biomédica. É docente da unida<strong>de</strong> curricular, Tecnologias<br />

da Informação ao Mestrado em Farmacologia Aplicada.<br />

É elemento da Comissão <strong>de</strong> Estágios da Licenciatura<br />

em Ciências Farmacêuticas e do Mestrado Integrado.<br />

Na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> do Porto foi<br />

regente, como convidada, das unida<strong>de</strong>s curriculares opcionais<br />

<strong>de</strong> Informação <strong>de</strong> Medicamentos I e Informação<br />

<strong>de</strong> Medicamentos II nos anos lectivos <strong>de</strong> 2005/2006 a<br />

2007/2008. Leccionou a unida<strong>de</strong> curricular Fontes <strong>de</strong><br />

Informação e Documentação no Curso <strong>de</strong> Pós-graduação<br />

em Cuida<strong>dos</strong> Farmacêuticos no ano lectivo <strong>de</strong><br />

2006-2007.<br />

Na Universida<strong>de</strong> Lusófona tem colaborado na unida<strong>de</strong><br />

curricular Gestão <strong>de</strong> Informação e Investigação nos<br />

Mestra<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Cuida<strong>dos</strong> Farmacêuticos, Gestão <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Cuida<strong>dos</strong> Continua<strong>dos</strong> Integra<strong>dos</strong>,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008.<br />

Foi responsável pela orientação do estágio <strong>de</strong> carreira,<br />

na área da Informação <strong>de</strong> Medicamentos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000,<br />

com a duração <strong>de</strong> três meses e <strong>de</strong> acordo com os planos<br />

<strong>de</strong> estágio em vigor, <strong>de</strong> 29 farmacêuticos.<br />

Activida<strong>de</strong> Científica<br />

Participação na orientação <strong>de</strong> mestra<strong>dos</strong> científicos e<br />

doutoramentos e em júris académicos <strong>de</strong> mestra<strong>dos</strong><br />

científicos e integra<strong>dos</strong>.<br />

Efectuou comunicações orais e palestras por convite,<br />

bem como comunicações sob a forma <strong>de</strong> poster e integrou<br />

comissões organizadoras e científicas <strong>de</strong> congressos<br />

nacionais e internacionais.<br />

Publicação <strong>de</strong> artigos em revistas portuguesas e estrangeiras.<br />

Activida<strong>de</strong> Profissional<br />

Tem exercido activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão clínica e económica<br />

e <strong>de</strong> farmácia clínica. Foi responsável pela área <strong>de</strong> gestão<br />

do medicamento, no Projecto <strong>de</strong> Cooperação entre<br />

o Governo Português e o Governo <strong>de</strong> S. Tomé e Príncipe<br />

<strong>de</strong> 1996 a 1999, por <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> funções da Directora<br />

<strong>dos</strong> Serviços Farmacêuticos e do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

<strong>dos</strong> Hospitais da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.<br />

No âmbito da informação <strong>de</strong> medicamentos foi responsável<br />

pela criação e <strong>de</strong>senvolvimento do Serviço <strong>de</strong><br />

Informação <strong>de</strong> Medicamentos e Gravi<strong>de</strong>z - SIMeG, <strong>de</strong><br />

âmbito nacional, <strong>dos</strong> Serviços Farmacêuticos na Maternida<strong>de</strong><br />

Bissaya Barreto, viabilizado pela Direcção Geral<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (PIDDAC/98) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998 até 2001. Foi responsável<br />

pela criação e <strong>de</strong>senvolvimento em 2000 do<br />

Serviço <strong>de</strong> Informação <strong>de</strong> Medicamentos - SIMed, <strong>de</strong><br />

âmbito nacional até 2006, <strong>dos</strong> Serviços Farmacêuticos<br />

<strong>dos</strong> Hospitais da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra viabilizado<br />

no âmbito do Projecto Fazer Melhor em Saú<strong>de</strong> (PI-<br />

DDAC/99). Esta activida<strong>de</strong> é no momento exercida no<br />

âmbito do Centro Hospitalar e Universitário <strong>de</strong> Coimbra,<br />

para apoio à <strong>de</strong>cisão clínica e <strong>de</strong> política <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong><br />

medicamentos.<br />

Efectua acompanhamento farmacoterapêutico <strong>de</strong> grávidas<br />

<strong>de</strong> risco por exposição a medicamentos e tóxicos<br />

ambientais, em colaboração com a Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Diagnóstico<br />

pré-natal <strong>dos</strong> HUC.<br />

Outras Activida<strong>de</strong>s<br />

Revisor <strong>de</strong> artigos científicos<br />

Revistas: Pharmacy World & Science; EJHPSci - European<br />

Journal of Hospital Pharmacy, Scientific Section.<br />

Patentes<br />

Forma Farmacêutica <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong> reduzida para administração<br />

por via oral <strong>de</strong> indometacina. RAMA, C.;<br />

VEIGA,F.; FIGUEIREDO,I.; CARAMONA,C.; SOUSA,A.;<br />

Cabrita AS. Patente n.º PT 103,060 (10/02/2004).<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

e Vantagens Competitivas<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos<br />

Empreen<strong>de</strong>r:<br />

Move Fast & Break Things<br />

Miguel Gonçalves<br />

Spark Agency<br />

CURRICULUM VITAE<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

e Vantagens Competitivas<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo Farmacêutico<br />

Francisco Castro<br />

Fresenius Kabi, Brasil<br />

CURRICULUM VITAE<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

e Vantagens Competitivas<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo Farmacêutico<br />

Paulo Barradas<br />

Bluepharma<br />

Assistimos na última meta<strong>de</strong> do séc. XX, com o intenso<br />

processo <strong>de</strong> globalização, a um crescimento galopante<br />

das empresas multinacionais, on<strong>de</strong> a Indústria Farmacêutica<br />

pontuou, tendo surgido um setor farmacêutico<br />

multinacional po<strong>de</strong>roso, em que <strong>de</strong>z empresas dominam<br />

50% do mercado farmacêutico mundial.<br />

A crescente preocupação com os valores da Qualida<strong>de</strong><br />

e do Ambiente, a forte concorrência <strong>de</strong> países terceiros<br />

e a necessária pressão por parte <strong>dos</strong> diversos governos<br />

sobre os preços <strong>dos</strong> medicamentos, para tornar sustentáveis<br />

os sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, vieram alterar completamente<br />

o paradigma do setor.<br />

Deste modo, chega<strong>dos</strong> ao ano 2000, era frequente ouvir-se<br />

que o mundo é <strong>dos</strong> gran<strong>de</strong>s. Que fazer indústria<br />

nos tempos <strong>de</strong> hoje só na China e Índia, on<strong>de</strong> os fatores<br />

<strong>de</strong> produção são mais baratos e, logo, mais favoráveis.<br />

Que I&D só para quem po<strong>de</strong>, pois o lançamento <strong>de</strong> novos<br />

medicamentos po<strong>de</strong> custar 15 anos, 1000 milhões<br />

<strong>de</strong> euros e que, em 5000 moléculas, só uma tem êxito.<br />

Acreditou-se nos conhecimentos adquiri<strong>dos</strong> nas multinacionais<br />

que investiram em Portugal, na formação ministrada<br />

nas universida<strong>de</strong>s portuguesas e na capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>r. Anteciparam-se, ainda, tendências,<br />

proporcionando à socieda<strong>de</strong> medicamentos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

a custos muito reduzi<strong>dos</strong>.<br />

Na presente comunicação, Paulo Barradas Rebelo, preten<strong>de</strong><br />

ilustrar este conceito da ativida<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dora<br />

com casos práticos da experiência que acumulou<br />

ao longo <strong>dos</strong> vários anos em que assumiu posições <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>staque em várias empresas e organismos que operam<br />

na área farmacêutica e como Presi<strong>de</strong>nte Executivo<br />

<strong>de</strong> uma jovem empresa, em que o empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

associado à inovação, tem potenciado oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> mercado, gerando investimento e postos <strong>de</strong> trabalho<br />

muito qualifica<strong>dos</strong>.<br />

Foi neste contexto adverso que surgiu em Portugal uma<br />

empresa que teve a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se adaptar ao novo<br />

paradigma, <strong>de</strong> pensar “outsi<strong>de</strong> the box” e <strong>de</strong> associar à<br />

inovação a qualida<strong>de</strong>, o rigor e a exigência.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Paulo Barradas<br />

Bluepharma<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Iniciou a sua vida profissional como Professor Provisório<br />

do 4.º Grupo na Escola C+S <strong>de</strong> Pedrógão Gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 1989 a 1990. Foi Diretor Técnico e Proprietário <strong>de</strong><br />

Farmácia na Região Centro do País durante 10 anos<br />

e Presi<strong>de</strong>nte da Direção da Farbeira – Cooperativa <strong>de</strong><br />

Farmacêuticos do Centro, CRL e Gerente da Farmoeste<br />

- Distribuidora Farmacêutica do Oeste, Lda. <strong>de</strong> 1998 a<br />

2001.<br />

Em 2001, li<strong>de</strong>rou um grupo <strong>de</strong> profissionais que formou<br />

a Bluepharma - Indústria Farmacêutica, S.A. e que adquiriu<br />

as instalações fabris da multinacional Bayer em<br />

Coimbra. Destacou-se pelo papel <strong>de</strong>sempenhado no<br />

processo <strong>de</strong> turn-around da empresa, contribuindo ativamente<br />

para a manutenção <strong>de</strong> um setor estratégico <strong>de</strong><br />

base tecnológica em Portugal, com aumento do número<br />

<strong>de</strong> trabalhadores, da quota <strong>de</strong> mercado e da melhoria<br />

da rentabilida<strong>de</strong>. As principais realizações da empresa<br />

foram a certificação integrada segundo as normas ISO<br />

9001, ISO 14 001 e OHSAS 18 001, os investimentos<br />

na aquisição e na transferência <strong>de</strong> Tecnologia para Portugal,<br />

a implementação do novo Sistema <strong>de</strong> Informação<br />

(SAP) e a construção <strong>de</strong> um laboratório <strong>de</strong> I&D. Fruto da<br />

sua parceria com a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, a Bluepharma<br />

lançou as spin-offs – Luzitin, S.A., Treat U, Lda.<br />

e BSim2, Lda.<br />

Atualmente ocupa a posição <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte do Conselho<br />

<strong>de</strong> Administração e Presi<strong>de</strong>nte Executivo da Bluepharma<br />

- Indústria Farmacêutica, S.A. e da Bluepharma Genéricos<br />

– Comércio <strong>de</strong> Medicamentos, S.A., bem como<br />

<strong>de</strong> Administrador da Luzitin, S.A.<br />

Em 2010, foi um <strong>dos</strong> impulsionadores da constituição<br />

da A2B, SGPS, S.A., uma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Business Angels<br />

focada em apoiar projetos <strong>de</strong> base tecnológica,<br />

internacionalizáveis, em fases seed e start-up, <strong>de</strong>sempenhando<br />

actualmente a função <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte do Conselho<br />

<strong>de</strong> Administração.<br />

Em 2011, a Bluepharma, em conjunto com a InovCapital,<br />

adquiriu uma participação social na Biocant Ventures,<br />

S.A., que se <strong>de</strong>dica ao financiamento <strong>de</strong> projectos<br />

seed capital e start-up na área da saú<strong>de</strong> e das ciências<br />

da vida, na qual <strong>de</strong>sempenha a função <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte da<br />

Assembleia Geral.<br />

Para além <strong>de</strong>stes cargos, é sócio-gerente <strong>de</strong> um grupo<br />

<strong>de</strong> várias empresas <strong>de</strong>tidas pela I.P.B.R. GEST, SGPS,<br />

Lda., entre as quais a I.P.B.R. Farmácias, Lda., a I.P.B.R.<br />

Invest, S.A., a Óptica Estádio, Lda. e a Torre <strong>de</strong> Palma,<br />

Lda.<br />

FORMAÇÃO ACADÉMICA<br />

É licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra em 1993 e<br />

pós-graduado em Gestão Farmacêutica pela Universida<strong>de</strong><br />

Católica em 2001.<br />

ATIVIDADES COMPLEMENTARES<br />

Orador convidado em diversas conferências e seminários<br />

nacionais;<br />

Membro do Conselho para a Cooperação da Or<strong>de</strong>m<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2011;<br />

Membro do Conselho Cultural da Orquestra Clássica<br />

do Centro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2011;<br />

Membro do Conselho Consultivo da Comunida<strong>de</strong> Intermunicipal<br />

do Baixo Mon<strong>de</strong>go <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2011;<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Geral da APOGEN <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2010;<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Fiscal da Secção Regional<br />

<strong>de</strong> Coimbra da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009;<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Geral do Clube <strong>de</strong> Empresários<br />

<strong>de</strong> Coimbra <strong>de</strong> 2009 a 2011;<br />

Membro da Direção do Clube <strong>de</strong> Empresários <strong>de</strong><br />

Coimbra <strong>de</strong> 2003 a 2006;<br />

Membro do Grupo <strong>de</strong> Reflexão da Invesvita - Serviços<br />

na Área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, SA <strong>de</strong> 1998 a 2001;<br />

Membro do Grupo das Boas Práticas <strong>de</strong> Farmácia <strong>de</strong><br />

1996 a 1999;<br />

Membro da Comissão <strong>de</strong> Farmácia e Terapêutica da<br />

ARS do Centro <strong>de</strong> 1996 a 1999;<br />

Membro do Conselho Consultivo da Fundação <strong>de</strong><br />

Coimbra, <strong>de</strong> 1996 a 2000;<br />

Membro do Grupo Profissional <strong>de</strong> Farmácia <strong>de</strong> Oficina<br />

da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos <strong>de</strong> 1996 a 1999;<br />

Membro da Direção da Secção Regional <strong>de</strong> Coimbra<br />

da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos <strong>de</strong> 1995 a 2001;<br />

Vice-Provedor da Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> Pedrógão<br />

Gran<strong>de</strong>, 1993-1995.<br />

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SESSÕES PARALELAS<br />

Envelhecer no Mundo<br />

Actual - Que solidarieda<strong>de</strong><br />

entre gerações<br />

Envelhecer no Mundo Actual<br />

Que solidarieda<strong>de</strong> entre gerações?<br />

Manuel Villaver<strong>de</strong> Cabral<br />

Instituto do Envelhecimento da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Licenciado em Letras (Sorbonne-Paris, 1968) e Doutor em<br />

História (EHSSS-Paris, 1979), foi Research Fellow em St.<br />

Antony’s College, Oxford (1976-79) e Catedrático <strong>de</strong> História<br />

<strong>de</strong> Portugal em King’s College, Londres (1992-95).<br />

Foi também professor visitante na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Wisconsin-Madison,<br />

USA (Fall 1986), na EHESS-Paris (Primavera<br />

1991) e no IUPERJ-Rio <strong>de</strong> Janeiro (Abril-Julho 2003).<br />

Foi Director da Biblioteca Nacional <strong>de</strong> Lisboa (1985-90)<br />

e Vice-Reitor da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa (1998-2002 e<br />

2009-2010). Neste momento, é Investigador Emérito do<br />

Instituto <strong>de</strong> Ciências Sociais e Director do Instituto do Envelhecimento<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa.<br />

Possui extensa obra publicada sobre a socieda<strong>de</strong> portuguesa<br />

contemporânea em perspectiva comparada. Os<br />

seus livros mais recentes incluem Sexualida<strong>de</strong>s em Portugal:<br />

comportamentos e riscos (em colaboração com P.<br />

Moura Ferreira, S. Aboim, M. Maia e D. Vilar, 2010), A a<strong>de</strong>são<br />

à terapêutica em Portugal (com P. Alcântara da Silva,<br />

2010), O estado da Saú<strong>de</strong> em Portugal (igualmente com<br />

P. Alcântara da Silva, 2009) e Saú<strong>de</strong> e Doença em Portugal<br />

(2002), bem como a direcção <strong>de</strong> várias colectâneas,<br />

entre as quais: Sucesso e insucesso: escola, economia,<br />

socieda<strong>de</strong> (2008), Cida<strong>de</strong> & Cidadania: governança urbana<br />

e participação cidadã (em colaboração com F. Carreira<br />

da Silva e T. Saraiva, 2008) e Desigualda<strong>de</strong>s sociais e<br />

percepções da justiça (2003), e ainda uma colecção <strong>de</strong><br />

ensaios sobre Cidadania política e equida<strong>de</strong> social (1997).<br />

Tem igualmente <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> artigos científicos e ensaios<br />

publica<strong>dos</strong> em revistas e colectâneas portuguesas e estrangeiras.<br />

Participa regularmente na «mídia» portuguesa<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> difusão.<br />

Recebeu a Grã-Cruz da Or<strong>de</strong>m da Liberda<strong>de</strong> e as Palmes<br />

Académiques da República Francesa. É membro correspon<strong>de</strong>nte<br />

da Aca<strong>de</strong>mia das Ciências <strong>de</strong> Lisboa.<br />

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Envelhecer no Mundo<br />

Actual - Que solidarieda<strong>de</strong><br />

entre gerações<br />

O Envelhecimento - Contexto Físico,<br />

Social e Familiar<br />

Maria João Quintela<br />

Associação Portuguesa <strong>de</strong> Psicogerontologia<br />

CURRICULUM VITAE<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

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Envelhecer no Mundo<br />

Actual - Que solidarieda<strong>de</strong><br />

entre gerações<br />

O Envelhecimento - Contexto Físico,<br />

Social e Familiar<br />

Maria da Luz Sequeira<br />

Plataforma Saú<strong>de</strong> em Diálogo<br />

CURRICULUM VITAE<br />

A Plataforma Saú<strong>de</strong> em Diálogo é uma instituição particular<br />

<strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social constituída por 40 entida<strong>de</strong>s<br />

entre Associações <strong>de</strong> Doentes, Associações <strong>de</strong><br />

Promotores e Profissionais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e os Consumidores.<br />

A solidarieda<strong>de</strong> faz parte do dia-a-dia <strong>de</strong>stas associações<br />

no acompanhamento e apoio que prestam aos<br />

seus associa<strong>dos</strong>.<br />

Os farmacêuticos, representa<strong>dos</strong> na plataforma pela<br />

ANF, têm tido, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre, um papel importante junto<br />

das pessoas i<strong>dos</strong>as, a<strong>de</strong>quando os serviços presta<strong>dos</strong><br />

a esta população, incentivando, nomeadamente, a promoção<br />

do envelhecimento activo ao longo da vida.<br />

O envelhecimento da população é consi<strong>de</strong>rado um triunfo.<br />

Todavia, importa envelhecer com saú<strong>de</strong>, autonomia e<br />

in<strong>de</strong>pendência o que constitui um enorme <strong>de</strong>safio e responsabilida<strong>de</strong><br />

para to<strong>dos</strong>. À medida que a ida<strong>de</strong> avança<br />

o número <strong>de</strong> doenças crónicas e <strong>de</strong> medicamentos<br />

utiliza<strong>dos</strong> ten<strong>de</strong> a aumentar, aumentando também os<br />

problemas relaciona<strong>dos</strong> com a sua utilização.<br />

Tendo em consi<strong>de</strong>ração este enquadramento as farmácias<br />

têm vindo a <strong>de</strong>senvolver várias iniciativas, redirecionando<br />

a sua intervenção <strong>de</strong> apoio a esta população.<br />

Habilitações Académicas<br />

Licenciada em Farmácia, pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa em 1977.<br />

Activida<strong>de</strong> Profissional<br />

Gerente da Socieda<strong>de</strong> Sequeira & Costa Santos 2, Lda., proprietária<br />

da Farmácia Prates e Mota <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010.<br />

Proprietária e Directora Técnica da Farmácia da Luz em Lisboa<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1982.<br />

Directora <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> Laboratório <strong>de</strong> Medicamentos <strong>de</strong><br />

1978 a 1981.<br />

Activida<strong>de</strong> Político-Profissional<br />

Gerente da Infosaú<strong>de</strong> - Instituto <strong>de</strong> Formação e Inovação em<br />

Saú<strong>de</strong>, Unipessoal, Lda <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2011.<br />

Vogal do Conselho <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> Farminveste 2 - SGPS,<br />

Unipessoal, Lda. <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010.<br />

Vogal do Conselho <strong>de</strong> Administração da Farminveste – Investimentos,<br />

Participações e Gestão, S.A. <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008.<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte da Mesa da Assembleia Geral da AFPLP <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2008.<br />

Vogal da Direcção da Plataforma Saú<strong>de</strong> em Diálogo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Março<br />

<strong>de</strong> 2007.<br />

Elemento efectivo do Secretariado Permanente da Plataforma<br />

Saú<strong>de</strong> em Diálogo entre 1998 e 2007.<br />

Membro do Conselho <strong>de</strong> Administração da Finanfarma – Socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Factoring, S.A. <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.<br />

Membro do Conselho Geral do Monaf <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.<br />

Comendadora da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Mérito no âmbito do trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />

na Plataforma Saú<strong>de</strong> em Diálogo, 2004.<br />

Tesoureira da Direcção da Farmacoope – Cooperativa Nacional<br />

das Farmácias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001.<br />

Representante da Associação Nacional das Farmácias na Plataforma<br />

Saú<strong>de</strong> em Diálogo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998.<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte da Associação Nacional das Farmácias <strong>de</strong><br />

1998 a 2012.<br />

Gerente <strong>de</strong> “A Ver Navios em Sta. Catarina” - Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Restaurantes,<br />

Lda. <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996.<br />

Membro Fundador do Grupo do Guincho em 1995.<br />

Vogal do Conselho <strong>de</strong> Administração da Casa do Farmacêutico<br />

– Desenvolvimento e Gestão Social, Turística e Imobiliária, S.A.<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1992.<br />

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Envelhecer no Mundo<br />

Actual - Que solidarieda<strong>de</strong><br />

entre gerações<br />

MESA REDONDA:<br />

Acrescentar Vida aos Anos<br />

Jorge Santos<br />

Farmácia São Brás<br />

CURRICULUM VITAE<br />

1 - Hábitos Saudáveis<br />

- Desporto<br />

• Tipo a<strong>de</strong>quado (piscina, ginástica, caminhar,<br />

entre outros);<br />

• Carga horária.<br />

- Alimentação<br />

• Horários;<br />

• Quantida<strong>de</strong>;<br />

• Qualida<strong>de</strong>;<br />

2 - I<strong>dos</strong>os e Medicamentos<br />

Reforçar comportamentos que conduzam a uma utilização<br />

correcta, segura e efectiva <strong>dos</strong> medicamentos.<br />

- Informar e ser informado<br />

• Farmácia;<br />

• Médico.<br />

- A<strong>de</strong>são<br />

• Terapêutica;<br />

• Posologia.<br />

3 - Armário <strong>de</strong> Farmácia<br />

- Conteúdo<br />

- Organização<br />

- Localização<br />

4 - Medicamentos e Álcool<br />

- Interacções<br />

- Riscos<br />

- Consequências<br />

Experiência profissional<br />

Datas: 01/01/1991 - 23/10/2012<br />

Função ou cargo ocupado: Proprietário e Director Técnico<br />

Nome e morada do empregador: Farmácia S. Brás<br />

Rua Boaventura Passos 15, 8150-121 S. Brás <strong>de</strong> Alportel<br />

S. Brás <strong>de</strong> Alportel (Portugal)<br />

Educação e formação<br />

Datas 1985 - 1991<br />

Designação da qualificação atribuída: Licenciatura em<br />

Ciências Farmacêuticas<br />

Nome e tipo da organização <strong>de</strong> ensino ou formação:<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Envelhecer no Mundo<br />

Actual - Que solidarieda<strong>de</strong><br />

entre gerações<br />

MESA REDONDA:<br />

Acrescentar Vida aos Anos<br />

José Mota Vieira<br />

Associação Portuguesa <strong>de</strong> Doentes <strong>de</strong> Parkinson<br />

Uma equipa multidisciplinar aumenta a qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida da pessoa<br />

Neurologista<br />

Médico <strong>de</strong> Família<br />

Nutricionista<br />

Enfermeira<br />

PACIENTE<br />

Urologista<br />

e Sexólogo<br />

Fisioterapeuta<br />

e Terapeuta da Fala<br />

Psicólogo<br />

Grupos<br />

<strong>de</strong> Auto-Ajuda<br />

RIVES, Dr.ª Charlotte, PhD, Psicóloga, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oregon, EUA, 2000 e ÁLAMO, Dr. Alfredo <strong>de</strong>l, «Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida para o paciente <strong>de</strong> Parkinson», revista «Parkinson - Madrid», 2002.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

José Mota Vieira<br />

Associação Portuguesa <strong>de</strong> Doentes <strong>de</strong> Parkinson<br />

CURRICULUM VITAE<br />

NOME José Luís Quental Mota Vieira.<br />

SITUAÇÃO PROFISSIONAL Verificador Auxiliar Aduaneiro<br />

Especialista.<br />

CATEGORIA<br />

UNIDADE ORGÂNICA Autorida<strong>de</strong> Tributária e Aduaneira.<br />

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS 12º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong><br />

com a média <strong>de</strong> 15,3 valores.<br />

FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL<br />

Frequência <strong>de</strong> <strong>de</strong>z cursos.<br />

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL<br />

Empresas <strong>de</strong> construção civil <strong>de</strong> fevereiro/77<br />

a janeiro/88, on<strong>de</strong> saiu com a categoria <strong>de</strong> Chefe<br />

<strong>de</strong> Seção/88.<br />

Em 1988/01/15 posse como Técnico auxiliar <strong>de</strong><br />

verificação <strong>de</strong> 2ª classe do quadro da Direção-Geral<br />

das Alfân<strong>de</strong>gas.<br />

Por <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> 1994/04/11 do Diretor-Geral, promovido<br />

a Verificador auxiliar aduaneiro <strong>de</strong> 1ª classe.<br />

Por <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> 2002/12/16 do Diretor-Geral, promovido<br />

a Verificador auxiliar aduaneiro principal.<br />

Por <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> 2007/08/13 Subdiretor-Geral, promovido<br />

a Verificador auxiliar aduaneiro especialista.<br />

Nomeação em comissão <strong>de</strong> serviço para o Gabinete da<br />

Presidência da Câmara Municipal <strong>de</strong> Lagos, como Adjunto<br />

do Presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> 2007/10/01 a 2011/12/31.<br />

Voto <strong>de</strong> Louvor, aprovado por unanimida<strong>de</strong> na reunião da<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> Lagos <strong>de</strong> 2011/12/21.<br />

Colocado na Delegação Aduaneira <strong>de</strong> Portimão <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2012/01/01.<br />

Participação em grupos <strong>de</strong> trabalho, estu<strong>dos</strong> ou<br />

projetos<br />

Integra por nomeação <strong>de</strong> 2004/11/09 o Grupo <strong>de</strong><br />

Trabalho Marinas e Embarcações <strong>de</strong> Recreio, criado pelo<br />

<strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> 2004/11/04 da Diretora-Geral, no âmbito do<br />

qual fez profuso trabalho <strong>de</strong> relatórios e pareceres.<br />

Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formador<br />

Formador no Curso <strong>de</strong> Formação Controlo e Fiscalização<br />

<strong>de</strong> Embarcações <strong>de</strong> Recreio» na Alfân<strong>de</strong>ga <strong>de</strong> Ponta<br />

Delgada <strong>de</strong> 10 a 2007/04/13 e na Direção-Geral das<br />

Alfân<strong>de</strong>gas <strong>de</strong> 15 a 2007/05/18.<br />

Cargos ou funções <strong>de</strong> relevante interesse público<br />

Membro do Conselho Municipal <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Lagos<br />

<strong>de</strong> 1998 a 2001.<br />

Nomeado membro do Conselho Geral do Hospital Distrital<br />

<strong>de</strong> Lagos em 1998/01/26; Por nomeação ministerial<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ste órgão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000/11/24 e exonerado a<br />

seu pedido em 2002/04/08.<br />

Membro do Conselho Municipal <strong>de</strong> Trânsito <strong>de</strong> Lagos <strong>de</strong><br />

2002 a 2005.<br />

Coor<strong>de</strong>nador da Comissão Municipal <strong>de</strong> Toponímia<br />

<strong>de</strong> Lagos, por <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> nomeação do Presi<strong>de</strong>nte<br />

da Câmara Municipal <strong>de</strong> Lagos, <strong>de</strong> 2010/02/05 a<br />

2011/11/17.<br />

Cargos ou funções <strong>de</strong> relevante interesse social<br />

Sócio fundador da Casa <strong>dos</strong> Açores no Algarve em<br />

1993/05/18, tendo sido Presi<strong>de</strong>nte da Direção no<br />

mandato 1993 – 1995, Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Fiscal no<br />

mandato 1996 – 1998, Presi<strong>de</strong>nte da Mesa da Assembleia<br />

Geral nos mandatos 2002 – 2004 e 2007 – 2012.<br />

Colaboração na organização do FICA – Festival<br />

Internacional <strong>de</strong> Cinema do Algarve <strong>de</strong> 1998 a 2003.<br />

Nomeado Delegado do Algarve da Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Doentes <strong>de</strong> Parkinson em 2002/11/16, em tomada <strong>de</strong><br />

posse presidida pelo Vogal do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

da A.R.S.A. – Administração Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do<br />

Algarve; Com a divisão da Delegação do Algarve em duas<br />

Delegações em 2007/05/29 – Barlavento e Sotavento<br />

Algarvios – <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aquela data até 2012/03/16 Delegado<br />

do Barlavento Algarvio. Eleito Presi<strong>de</strong>nte da Direção em<br />

2012/02/18, para mandato no triénio 2012 – 2014.<br />

PUBLICAÇÕES Quatro do foro aduaneiro.<br />

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SESSÕES PARALELAS<br />

Envelhecer no Mundo<br />

Actual - Que solidarieda<strong>de</strong><br />

entre gerações<br />

MESA REDONDA:<br />

Acrescentar Vida aos Anos<br />

Manuela Maria Cortez<br />

Actriz, Casa do Artista<br />

CURRICULUM VITAE<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

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SESSÕES PARALELAS<br />

Envelhecer no Mundo<br />

Actual - Que solidarieda<strong>de</strong><br />

entre gerações<br />

MESA REDONDA:<br />

Acrescentar Vida aos Anos<br />

Mariana Pinote<br />

Associação Nacional <strong>de</strong> Doentes com Artrite Infantil<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

CURRICULUM VITAE<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

Ensino Farmacêutico<br />

O Ensino e a Profissão Farmacêutica<br />

Carlos Afonso<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> do Porto<br />

O Ensino e a Profissão farmacêutica estão intimamente<br />

liga<strong>dos</strong> e são inteiramente inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. O Ensino<br />

tem em vista a Profissão e a Profissão necessita do ensino<br />

para existir e também para persistir. O Ensino nas<br />

Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Farmácia é profissionalizante, ou seja,<br />

para além <strong>de</strong> transmitir competências e valores comuns<br />

a todo o ensino Universitário, tem a especificida<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> suprir a socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong> profissionais:<br />

os farmacêuticos.<br />

Tendo como base estas premissas, os curricula das Faculda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Farmácia <strong>de</strong>vem conduzir a profissionais<br />

técnica, científica e humanamente competentes capazes<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar a Profissão Farmacêutica <strong>de</strong> forma única,<br />

<strong>de</strong>stacada e imprescindível. Para isso, é fundamental<br />

uma interação constante entre o Ensino e a Profissão.<br />

Só através <strong>de</strong>sta interação sinérgica é possível prever e<br />

proporcionar resposta atempada aos novos paradigmas<br />

profissionais. As Faculda<strong>de</strong>s têm <strong>de</strong> perceber o ambiente<br />

e a realida<strong>de</strong> da profissão e os profissionais têm <strong>de</strong><br />

participar mais ativamente nas opções curriculares do<br />

ensino farmacêutico.<br />

As Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Farmácia são hoje locais <strong>de</strong> investigação<br />

e <strong>de</strong> formação pós-graduada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> nível.<br />

Parece-nos essencial que ambos os aspetos <strong>de</strong>vam ser<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> e mais direciona<strong>dos</strong> às necessida<strong>de</strong>s, ao<br />

exercício e à intervenção <strong>dos</strong> nossos profissionais na socieda<strong>de</strong>.<br />

Cada farmacêutico <strong>de</strong>ve ser um investigador<br />

no seu local <strong>de</strong> trabalho.<br />

O farmacêutico é cada vez mais um técnico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

que usa os seus conhecimentos em benefício do doente<br />

e da socieda<strong>de</strong>. A sua posição estratégica durante o<br />

exercício da profissão dá-lhe vantagens competitivas em<br />

diversas áreas, nomeadamente, na avaliação e monitorização<br />

<strong>dos</strong> doentes e da saú<strong>de</strong> ou na prossecução <strong>de</strong><br />

trabalhos em colaboração com outros técnicos e profissionais.<br />

Ensino e profissão são essenciais para criar farmacêuticos<br />

imprescindíveis: com pensamento crítico e capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> resolver problemas, com competência técnica,<br />

científica e ética, com cultura e com preocupações <strong>de</strong><br />

intervenção cívica e social.<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Carlos Manuel Magalhães Afonso nasceu em Moçambique<br />

em 1958. Licenciou-se em Farmácia na Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> do Porto em 1981. Fez<br />

provas <strong>de</strong> doutoramento em 1994 e provas <strong>de</strong> agregação<br />

em 2007 na mesma Faculda<strong>de</strong>. É Professor Auxiliar<br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> do Porto,<br />

on<strong>de</strong> leciona unida<strong>de</strong>s curriculares <strong>de</strong> Química Orgânica<br />

e <strong>de</strong> Química Farmacêutica no Mestrado Integrado em<br />

Ciências Farmacêuticas e noutros cursos <strong>de</strong> Mestrado<br />

e <strong>de</strong> Doutoramento da Universida<strong>de</strong> do Porto. É autor<br />

<strong>de</strong> vários artigos científicos na área da Síntese Orgânica,<br />

<strong>dos</strong> Produtos Naturais e da Química Medicinal.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

Ensino Farmacêutico<br />

Tendências <strong>de</strong> Evolução Curricular<br />

José Cabrita<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

Um Currículo académico consiste na globalida<strong>de</strong> da<br />

aprendizagem que a Aca<strong>de</strong>mia consi<strong>de</strong>ra indispensável<br />

à obtenção <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado grau. Assim, um currículo<br />

<strong>de</strong>ve ser equacionado em função <strong>dos</strong> objectivos<br />

educacionais que preten<strong>de</strong> atingir, tendo em conta o<br />

progresso do conhecimento técnico-científico, as características,<br />

as necessida<strong>de</strong>s e as expectativas da socieda<strong>de</strong>,<br />

bem como os recursos disponíveis.<br />

Um Plano Curricular que visa conferir um grau académico<br />

universitário, como é o caso da graduação exigível<br />

para o <strong>de</strong>sempenho da profissão farmacêutica, <strong>de</strong>ve<br />

assegurar o pleno cumprimento <strong>dos</strong> objectivos da Universida<strong>de</strong>,<br />

cuja missão consiste na promoção da cultura<br />

e da investigação, na criação do conhecimento e na<br />

difusão do saber, bem como no <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> concepção, análise crítica e inovação,<br />

as quais proporcionarão a formação técnica-científica<br />

indispensável ao <strong>de</strong>sempenho das activida<strong>de</strong>s profissionais<br />

que lhe são inerentes.<br />

Os Planos Curriculares <strong>de</strong>vem ser alvo <strong>de</strong> uma avaliação<br />

sistemática incidindo em particular na a<strong>de</strong>quação à realida<strong>de</strong><br />

socio-profissional da comunida<strong>de</strong> e ao progresso<br />

do conhecimento técnico-científico, que são <strong>de</strong>terminantes<br />

para a <strong>de</strong>finição <strong>dos</strong> objectivos pedagógicos<br />

do currículo. Estes <strong>de</strong>terminantes evoluem muito rapidamente<br />

e em cada momento as Aca<strong>de</strong>mias <strong>de</strong>verão<br />

questionar se os Currículo ofereci<strong>dos</strong> são os <strong>de</strong>seja<strong>dos</strong><br />

e os necessários. Para proporcionar a a<strong>de</strong>quação da<br />

formação académica às necessida<strong>de</strong>s do meio profissional,<br />

a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá participar activamente na<br />

<strong>de</strong>finição <strong>dos</strong> currículos e <strong>dos</strong> objectivos pedagógicos<br />

das Escolas ou Universida<strong>de</strong>s.<br />

Em Portugal, a <strong>de</strong>finição do Currículo <strong>de</strong> graduação<br />

para o <strong>de</strong>sempenho da profissão farmacêutica está<br />

condicionado por 4 factores: a) as activida<strong>de</strong>s que o farmacêutico<br />

<strong>de</strong>sempenha enquanto tal, que estão regulamentadas<br />

no Decreto-Lei 288/2001, e que integram o<br />

acto farmacêutico, consi<strong>de</strong>rado como acto da exclusiva<br />

competência e responsabilida<strong>de</strong> do farmacêutico; b)<br />

a evolução da profissão farmacêutica e da sua função<br />

social predominante; c) as Directivas Comunitárias e da<br />

União Europeia que estabelecem o perfil do farmacêutico<br />

e as suas activida<strong>de</strong>s prioritárias, os objectivos educacionais<br />

e as áreas científicas indispensáveis à formação<br />

farmacêutica, <strong>de</strong> forma a permitir o reconhecimento<br />

mútuo <strong>dos</strong> diplomas <strong>de</strong> habilitação profissional e a livre<br />

circulação <strong>dos</strong> farmacêuticos no espaço europeu; d) a<br />

Declaração <strong>de</strong> Bolonha que propôs acções para harmonização<br />

<strong>dos</strong> cursos realiza<strong>dos</strong> em instituições <strong>de</strong> ensino<br />

superior visando convergir para um mo<strong>de</strong>lo europeu <strong>de</strong><br />

educação superior.<br />

As Reformas do Ensino Farmacêutica produzidas em<br />

Portugal nas últimas décadas originaram uma evolução<br />

curricular que procurou dar resposta aos condicionantes<br />

anteriormente referi<strong>dos</strong> e em particular à evolução<br />

do papel social do farmacêutico. Neste contexto <strong>de</strong>ve<br />

ser realçado a maior importância relativa das disciplinas<br />

da área das ciências farmacológicas e da farmácia social<br />

no Plano Curricular. No entanto, há ainda um longo<br />

caminho a percorrer, nomeadamente no que se refere<br />

à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover um contacto mais precoce<br />

e mais estreito com o Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e com a Socieda<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> forma a habilitar o farmacêutico para áreas<br />

emergentes da sua intervenção centrada no Doente.<br />

Como referimos o conhecimento técnico-científico evolui<br />

<strong>de</strong> forma vertiginosa, tal como as necessida<strong>de</strong>s em saú<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong> intervenção <strong>dos</strong> farmacêuticos na comunida<strong>de</strong>,<br />

o que <strong>de</strong>termina uma evolução constante <strong>dos</strong> Currículos<br />

necessários à sua graduação. Importa garantir que esta<br />

evolução seja orientada para o cumprimento da Missão<br />

da Universida<strong>de</strong> e da Missão da Educação Farmacêutica.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

José Cabrita<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Licenciado em Farmácia pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa (FFUL), Mestre em Metodologia<br />

Epi<strong>de</strong>miológica, Estatística e Operacional pela Universida<strong>de</strong><br />

Livre <strong>de</strong> Bruxelas, Doutorado em Farmácia (Microbiologia),<br />

com Agregação (Farmacoepi<strong>de</strong>miologia) pela<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa.<br />

Professor Catedrático, coor<strong>de</strong>nador do Departamento<br />

<strong>de</strong> Sócio-Farmácia, membro do Conselho Científico e<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia <strong>de</strong> Faculda<strong>de</strong> da FFUL.<br />

Coor<strong>de</strong>nador do Curso <strong>de</strong> Mestrado em Farmacoterapia<br />

e Farmacoepi<strong>de</strong>miologia da FFUL e responsável por<br />

várias disciplinas e módulos <strong>de</strong> formação pré e pósgraduada<br />

no âmbito da Saú<strong>de</strong> Pública, Epi<strong>de</strong>miologia e<br />

Farmacoepi<strong>de</strong>miologia.<br />

Coor<strong>de</strong>nador Científico da Linha <strong>de</strong> Investigação em<br />

Farmacoepi<strong>de</strong>miologia do iMED-UL (Institut for Medicines<br />

and Pharmaceutical Sciences – University of Lisbon)<br />

da Fundação da Ciência e Tecnologia FCT). Orientador e<br />

co-orientador <strong>de</strong> diversos projectos <strong>de</strong> investigação no<br />

âmbito da farmacoepi<strong>de</strong>miologia e da farmácia social.<br />

Autor ou co-autor <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 150 comunicações e<br />

apresentações sobre a forma <strong>de</strong> painel em congressos e<br />

reuniões científicas nacionais e internacionais e <strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> 50 publicações em revistas nacionais e estrangeiras<br />

da especialida<strong>de</strong>.<br />

Membro da Comissão Directiva da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmacovigilância<br />

do Sul e da Comissão <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong><br />

Medicamentos do INFARMED, Autorida<strong>de</strong> Nacional do<br />

Medicamento e Produtos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

Ética e Deontologia<br />

Ética e Deontologia: Convergência<br />

ou Confronto?<br />

Walter Osswald<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> do Porto<br />

A um breve enquadramento histórico <strong>dos</strong> conceitos <strong>de</strong><br />

ética e <strong>de</strong> <strong>de</strong>ontologia segue-se uma análise das relações<br />

entre os domínios respectivos, para se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

a posição da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adopção <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>ontologia,<br />

como conjunto <strong>de</strong> normativos, exclusivamente<br />

fundamentada na ética.<br />

No caso concreto das profissões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e portanto<br />

no <strong>dos</strong> Farmacêuticos, a <strong>de</strong>ontologia fundada na ética é<br />

particularmente importante, como garantia fundamental<br />

pelo respeito, direitos e interesses da pessoa doente. A<br />

vivência <strong>de</strong> tempos <strong>de</strong> crise, como estes, po<strong>de</strong> acarretar<br />

riscos e tentações, que, se não activamente preveni<strong>dos</strong>,<br />

resultarão em manifesto e injusto prejuízo do doente,<br />

mas também do profissional. Nessas sombras do vale<br />

em que caminhamos avultam a indignificação da profissão,<br />

a ditadura do económico, a ofensa <strong>dos</strong> princípios<br />

éticos. A resposta ou será ética, ou nenhuma.<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Professor catedrático aposentado da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

do Porto (Terapêutica Geral). Foi Director do Instituto<br />

<strong>de</strong> Bioética da Universida<strong>de</strong> Católica Portuguesa,<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Científico das Ciências <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

(da Fundação <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia), Presi<strong>de</strong>nte da<br />

Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Farmacologia e do conselho<br />

Científico da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina do Porto. Exerceu<br />

cargos em variadas Comissões ministeriais e interministeriais<br />

nas áreas da Saú<strong>de</strong>, Educação e Ciência. Coor<strong>de</strong>nador<br />

<strong>de</strong> 5 livros e autor <strong>de</strong> quatro livros e <strong>de</strong> 453<br />

trabalhos científicos. Orientador <strong>de</strong> 15 teses <strong>de</strong> doutoramento.<br />

Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> um manual <strong>de</strong> Farmacologia e<br />

Terapêutica e <strong>de</strong> três manuais <strong>de</strong> Bioética. A sua área <strong>de</strong><br />

investigação principal é a do sistema nervoso autónomo,<br />

<strong>de</strong>dicando-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua aposentação aos estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

Bioética. Foi membro do Conselho Nacional <strong>de</strong> Ética<br />

para as Ciências da Vida <strong>de</strong> 1997 a 2001.<br />

Foi professor convidado nas Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Frankfurt,<br />

Gand, Kuait, Paris e Valência. Foi Presi<strong>de</strong>nte da<br />

Comissão <strong>de</strong> Ética da Universida<strong>de</strong> do Porto e <strong>de</strong> várias<br />

Comissões <strong>de</strong> Ética em Saú<strong>de</strong>. Presi<strong>de</strong> à Fundação<br />

Grünenthal. É Doutor honoris causa pela Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra e portador da Grã-Cruz da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Santiago.<br />

Presentemente é <strong>de</strong>tentor da Cátedra <strong>de</strong> Ética da<br />

UNESCO, no Instituto <strong>de</strong> Bioética da Universida<strong>de</strong> Católica<br />

Portuguesa.<br />

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Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÃO PLENÁRIA<br />

Ética e Deontologia<br />

Caminhar pelo Vale das Sombras.<br />

A Ética e a Deontologia Profissional<br />

em Tempos <strong>de</strong> Crise<br />

José Pedro Sousa Dias<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

CURRICULUM VITAE<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Farmácia Comunitária: Uma<br />

porta aberta <strong>de</strong> soluções<br />

em tempo <strong>de</strong> crise<br />

Responsabilida<strong>de</strong> Social do<br />

Farmacêutico na Área Ambiental<br />

José Carapeto<br />

VALORMED<br />

VALORMED :<br />

• Projeto pioneiro <strong>de</strong> cariz ambiental<br />

• Parceria única na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor do medicamento<br />

FARMÁCIAS:<br />

• Re<strong>de</strong> alargada <strong>de</strong> logística essencial à operacionalida<strong>de</strong><br />

do SIGREM – Sistema Integrado <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong><br />

Resíduos <strong>de</strong> Embalagens <strong>de</strong> Medicamentos fora <strong>de</strong><br />

uso -.<br />

FARMACÊUTICO:<br />

• Pilar fundamental <strong>de</strong> formação junto das populações<br />

• Nova vertente <strong>de</strong> “eco-conselheiro” junto <strong>dos</strong> utentes<br />

• Forte sentido <strong>de</strong> responsabiluida<strong>de</strong> social<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Formação Académica<br />

• Licenciatura em Finanças - INSTITUTO SUPERIOR<br />

DE ECONOMIA .<br />

• Post Graduação em Finanças Programa Avançado<br />

<strong>de</strong> Finanças Empresariais – PAFE - UCP<br />

• Post Graduação em Gestão Estratégica AESE (UNI-<br />

VERSIDADE DE NAVARRA)<br />

• Post Graduação em Direcção Empresarial Programa<br />

Avançado <strong>de</strong> Gestão Empresarial – PAGE - UCP<br />

ACTIVIDADE DE DOCÊNCIA<br />

• ISLA - 1985-1990 Assistente nas ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> Auditoria<br />

e Revisão <strong>de</strong> Contas do curso <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Empresas<br />

e <strong>de</strong> Análise Financeira Comparada<br />

• Formador convidado pela Price Waterhouse nomeadamente<br />

para módulos <strong>de</strong> formação no sector da Gestão<br />

Hospitalar<br />

• ISCTE 2001-2004 Assistente em diferentes módulos<br />

<strong>de</strong> Pós-Graduação para o Sector Farmacêutico ministra<strong>dos</strong><br />

naquele Instituto com parceria da APIFARMA<br />

Experiência Professional<br />

• SITUAÇÃO ACTUAL<br />

Companhia: VALORMED - Director Geral - Socieda<strong>de</strong><br />

Gestora <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong> Embalagens e Medicamentos<br />

fora <strong>de</strong> uso. Empresa formada pela Apifarma,<br />

ANF e entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição no sector farmacêutico<br />

para gestão e tratamento <strong>de</strong> resíduos gera<strong>dos</strong><br />

pelo sector farmacêutico. Consultor da Apifarma para<br />

as áreas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Animal e Dispositivos Médicos <strong>de</strong><br />

Diagnóstico “in vitro” , acompanhando os trabalhos das<br />

respectivas Comissões Especializadas no seio <strong>de</strong>sta<br />

Associação e representando a APIFARMA nos Boards<br />

das respectivas Associações Europeias - IFAH e EDMA<br />

• Outubro 99 – Fevereiro 2003<br />

Companhia: APIFARMA – Associação Portuguesa da<br />

Indústria Farmacêutica - Director Técnico<br />

• 1995 – 1998<br />

Companhia: SANOFI DIAGNOSTICS PASTEUR (“in<br />

vitro” diagnostics) - Director Geral<br />

• 1987 –1995<br />

Company: GRUPO SANOFI - Administrador Delegado.<br />

Coor<strong>de</strong>nação global das diferentes áreas <strong>de</strong> negócio do<br />

grupo SANOFI em Portugal: Administrador da Holding<br />

ELF-SANOFI<br />

• 1983 – 1987<br />

Companhia: JANSSEN PHARMACEUTICA - Director<br />

Admnistrativo e Financeiro<br />

• 1980 – 1983<br />

Companhia: ANA – AEROPORTOS E NAVEGAÇÃO<br />

AÉREA - Adjunto da Direcção Financeira<br />

• 1974 – 1979<br />

Companhia: Price Waterhouse - Consultor Sénior<br />

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2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Farmácia Comunitária: Uma<br />

porta aberta <strong>de</strong> soluções<br />

em tempo <strong>de</strong> crise<br />

Carla Torre<br />

CEFAR em parceria com AMGEN<br />

O potencial da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácias e <strong>dos</strong><br />

Farmacêuticos Comunitários - o caso do<br />

estudo sobre a A<strong>de</strong>são e Persistência no<br />

Tratamento da Osteoporose Pós-menopáusica<br />

em Portugal<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

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2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Carla Torre<br />

CEFAR em parceria com AMGEN<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Carla Torre licenciou-se em Ciências Farmacêuticas, em<br />

2004, pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Lisboa, é Pós-Graduada em Direito da Farmácia e do<br />

Medicamento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009, é Mestre<br />

em Epi<strong>de</strong>miologia pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong><br />

do Porto. Actualmente é doutoranda em Farmacoepi<strong>de</strong>miologia<br />

na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa.<br />

Concluiu os Cursos Pós-Gradua<strong>dos</strong> em Pharmacoepi<strong>de</strong>miology<br />

and Drug Safety e em Pharmaceutical Policy,<br />

pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Utrecht - Holanda, em 2011<br />

e 2012, respectivamente. Em 2010, concluiu o Curso<br />

Pós-Graduado <strong>de</strong> Actualização <strong>de</strong> Estatística Aplicada<br />

à Investigação Clínica, pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas<br />

da Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa e, em 2009, o<br />

Curso Pós-Graduado <strong>de</strong> Actualização em Farmacoepi<strong>de</strong>miologia<br />

Avançada, pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa.<br />

Frequentou diversos cursos <strong>de</strong> curta duração, sem avaliação,<br />

nacionais e internacionais nas temáticas da Farmacoepi<strong>de</strong>miologia,<br />

Estatística, Ensaios Clínicos e Patient<br />

Reported Outcomes (PROs).<br />

Profissionalmente, em 2004, integrou o Departamento<br />

<strong>de</strong> Apoio aos Associa<strong>dos</strong> da Associação Nacional das<br />

Farmácias. Em 2006, Carla Torre, foi convidada para a<br />

função <strong>de</strong> Assessora do Coor<strong>de</strong>nador Nacional para a<br />

Infecção VIH/sida, Coor<strong>de</strong>nação Nacional para a Infecção<br />

VIH/sida, Ministério da Saú<strong>de</strong>. Neste âmbito, a sua<br />

activida<strong>de</strong> versou nos domínios da epi<strong>de</strong>miologia, prevenção<br />

e minimização <strong>de</strong> riscos e, tratamento da infecção<br />

VIH/sida, tendo sido, igualmente, membro <strong>de</strong> júri <strong>de</strong><br />

vários procedimentos concursais.<br />

Carla Torre é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2009, Gestora da<br />

Área <strong>de</strong> Farmacoepi<strong>de</strong>miologia do CEFAR (Centro <strong>de</strong><br />

Estu<strong>dos</strong> e Avaliação em Saú<strong>de</strong> do Grupo ANF), sendo<br />

responsável por <strong>de</strong>senvolver e implementar estu<strong>dos</strong> na<br />

área da Farmacopepi<strong>de</strong>miologia. Colabora ainda na área<br />

<strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Resulta<strong>dos</strong> em Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste Centro <strong>de</strong><br />

Estu<strong>dos</strong>.<br />

Des<strong>de</strong> 2009, é convidada a leccionar módulos <strong>de</strong> Farmacoepi<strong>de</strong>miologia<br />

em diferentes Cursos Pós-Gradua<strong>dos</strong><br />

ministra<strong>dos</strong> pelas Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa e <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> do<br />

Porto.<br />

Carla Torre é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010, membro do Conselho Consultivo<br />

do Grupo Português <strong>de</strong> Activistas sobre Tratamentos<br />

<strong>de</strong> VIH/SIDA Pedro Santos (GAT). É ainda membro<br />

das seguintes socieda<strong>de</strong>s científicas: International<br />

Society for Pharmacoepi<strong>de</strong>miology, Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Epi<strong>de</strong>miologia e European Young Epi<strong>de</strong>miologists<br />

(International Epi<strong>de</strong>miological Association).<br />

Tem 2 artigos publica<strong>dos</strong> em revistas com arbitragem<br />

científica (Arquivos <strong>de</strong> Medicina 2009 e Int J Drug Policy<br />

2010), 1 capítulo <strong>de</strong> livro (Epi<strong>de</strong>miology - Current<br />

Perspectives on Research and Practice) e é co-autora<br />

do Manual <strong>de</strong> Procedimentos do Programa <strong>de</strong> Troca <strong>de</strong><br />

Seringas (Ministério da Saú<strong>de</strong>, 2010). Carla Torre fez 5<br />

comunicações orais em congressos científicos (3 em<br />

congressos internacionais), 7 comunicações orais em<br />

congressos por convite (3 em congressos internacionais)<br />

e tem 8 posters em co-autoria apresenta<strong>dos</strong> em<br />

congressos internacionais e 5 em congressos nacionais.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Farmácia Comunitária: Uma<br />

porta aberta <strong>de</strong> soluções<br />

em tempo <strong>de</strong> crise<br />

Mo<strong>de</strong>lo Assistencial do Exercício<br />

Farmacêutico: A Farmácia Comunitária<br />

do Québec<br />

Marc Desgagné<br />

Faculté <strong>de</strong> Pharmacie <strong>de</strong> l’Université Laval e Ordre <strong>de</strong>s Pharmaciens du Québec, Canadá<br />

Note biographique<br />

CURRICULUM VITAE<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

Marc Desgagné, pharmacist Ph. D.<br />

B. Pharm. Université Laval 1979, Ph. D. (pharmacie) U.<br />

Laval. 1991.<br />

Active practice in community and hospital pharmacy before<br />

joining the Health Protection Branch of Health Canada<br />

where he practiced during 6 years.<br />

Professor at the Faculté <strong>de</strong> pharmacie <strong>de</strong> l’Université<br />

Laval since 1993.<br />

Teaching fields: pharmacology & toxicology and Legislation<br />

(Law). His competency in the use of information<br />

technology for teaching purposes is recognized at the<br />

Canadian and International level and he presented numerous<br />

communications and conferences on this topic.<br />

Marc has been responsible for Continuing Education at<br />

his faculty during 5 years before being appointed Director<br />

of the Baccalaureate program and lately the responsibility<br />

of the Aca<strong>de</strong>mic Mobility Programs (international profile,<br />

international and intercultural stages). He obtained<br />

the Alfred-Émile Francoeur Award in recognition of his<br />

excellence in teaching.<br />

Numerous committees and professional associations<br />

benefited from his contribution, including the Association<br />

of Faculties of Pharmacy of Canada, the Canadian<br />

Council on Continuing Education in Pharmacy and the<br />

Ordre <strong>de</strong>s pharmaciens du Québec where he is a member<br />

of the Admission to Practice Committee and the<br />

Committee for the Formation.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Marc Desgagné<br />

Faculté <strong>de</strong> Pharmacie <strong>de</strong> l’Université Laval e Ordre <strong>de</strong>s Pharmaciens du Québec, Canadá<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Gra<strong>de</strong>s et diplômes<br />

BOURSES ET PRIX D’EXCELLENCE<br />

- Ph.D. - École <strong>de</strong> pharmacie - Université Laval Québec<br />

- 1991<br />

- M.Sc. -Université Laval - (Pharmacologie et Toxicologie)<br />

Québec - 1982<br />

- L.Ph. (#4628) Ordre <strong>de</strong>s pharmaciens du Québec<br />

Montréal 1979<br />

- B. Pharm. - Université Laval - Québec - 1979<br />

EXPÉRIENCES<br />

- Responsable - Programme <strong>de</strong> mobilité académique<br />

- Profil international et stages internationaux et interculturels<br />

- 1999<br />

- Directeur <strong>de</strong> programme - Faculté <strong>de</strong> pharmacie Université<br />

Laval 1998-2004<br />

- Professeur agrégé Faculté <strong>de</strong> pharmacie Université<br />

Laval 1998<br />

- Professeur adjoint Faculté <strong>de</strong> pharmacie Université<br />

Laval 1993<br />

- Conseiller politique Bureau <strong>de</strong>s drogues dangereuses<br />

Santé Canada Ottawa, Ontario 1992<br />

- Coordinateur Projet <strong>de</strong>s systèmes d’information Bureau<br />

<strong>de</strong>s drogues dangereuses Ottawa, Ontario -1991<br />

- Chef intérimaire - Division <strong>de</strong>s services d’inspection<br />

Bureau <strong>de</strong>s drogues dangereuses Ottawa, Ontario 1991<br />

- Chef - Section <strong>de</strong>s opérations - Division <strong>de</strong>s services<br />

d’inspection Bureau <strong>de</strong>s drogues dangereuses - Ottawa,<br />

Ontario - 1988-1991<br />

- Chef - Section d’évaluation <strong>de</strong>s ordonnances Région<br />

<strong>de</strong> l’Ontario - Division <strong>de</strong> la surveillance intérieure<br />

- Bureau <strong>de</strong>s drogues dangereuses Ottawa, Ontario<br />

1987-1988 -<br />

- Agent <strong>de</strong> programme - Division <strong>de</strong> la surveillance<br />

intérieure Bureau <strong>de</strong>s drogues dangereuses - Ottawa,<br />

Ontario 1987<br />

- Recherche - Variations temporelles <strong>de</strong> la toxicité du<br />

chloroforme, du styrène et <strong>de</strong> la 3,4-benzopyrène - Université<br />

Laval, Québec 1982 1986<br />

- Pharmacien - Centre <strong>de</strong> santé <strong>de</strong> l’Archipel Cap aux<br />

Meules Iles-<strong>de</strong>-la-Ma<strong>de</strong>leine, Québec 1982<br />

- Pharmacien - Marcel Desgagné, pharmacien Ville <strong>de</strong> la<br />

Baie, Québec - 1979 1980<br />

- Pharmacien - Hôpital <strong>de</strong> la Baie <strong>de</strong>s Ha! Ha! Ville <strong>de</strong> la<br />

Baie, Québec 1979 1980<br />

- Contribution remarquable Syndicat <strong>de</strong>s professeures<br />

et professeurs <strong>de</strong> l’Université Laval - 2009<br />

- Pharmacien <strong>de</strong> coeur et d’action - Revue l’Actualité<br />

pharmaceutique - 2009<br />

- Diplôme – Honor al merito universitario - Facultad <strong>de</strong><br />

Ciencias Quimicas, Universidad Nacional <strong>de</strong> Asunción,<br />

Paraguay - 2006<br />

- Médaille institutionnelle - Faculté <strong>de</strong> pharmacie, Universidad<br />

Complutense <strong>de</strong> Madrid (rôle exceptionnel,<br />

mobilité académique étudiante internationale) - 2002<br />

- Prix Alfred-Émile Francoeur (excellence en enseignement)<br />

1996<br />

- Prix <strong>de</strong> l’Association canadienne <strong>de</strong> l’industrie du<br />

médicament - 2e colloque <strong>de</strong> recherche <strong>de</strong>s étudiants<br />

en pharmacie du Québec - 1985<br />

- Bourse <strong>de</strong> recherche Parke Davis en sciences pharmaceutiques<br />

- 1983<br />

- Conseil <strong>de</strong> la recherche médicale du Canada - 1982<br />

1987<br />

- Gouvernement du Québec, Ministère <strong>de</strong> l’éducation<br />

1978 1979<br />

MEMBRE D’ASSOCIATIONS PROFESSIONNELLES<br />

- Réseau Santé en français (Alberta) 2002-2003<br />

- Association <strong>de</strong>s facultés <strong>de</strong> pharmacie du Canada,<br />

Vancouver 1993-<br />

- Fédération internationale pharmaceutique - 1981 1986<br />

- Ordre <strong>de</strong>s pharmaciens du Québec, Montréal 1975<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

O Paradigma das Análises<br />

Clínicas: Que Futuro?<br />

O Farmacêutico Analista Clínico<br />

na Europa<br />

Simone Zerah<br />

European Fe<strong>de</strong>ration of Clinical Chemistry<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Chevalier <strong>de</strong> la Légion d’Honneur.<br />

Pharmacien Biologiste<br />

Ex-Interne <strong>de</strong>s hôpitaux <strong>de</strong> Paris.CES d’Hématologie,<br />

Bactériologie, Sérologie.,<br />

Diplômée <strong>de</strong> Saclay (radioéléments).<br />

Diplômée d’Andrologie (<strong>de</strong> la faculté <strong>de</strong> Mé<strong>de</strong>cine Saint<br />

Antoine-Tenon)<br />

Diplômée du ‘Jones Institute’ Norfolk USA (Assistance<br />

Médicale à la procréation)<br />

Représentante Française auprès <strong>de</strong>s instances européennes<br />

et internationales <strong>de</strong> la Société Française <strong>de</strong><br />

Biologie Clinique (SFBC)<br />

Prési<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> la commission « Profession Committee<br />

« <strong>de</strong> l’EFCC et <strong>de</strong> la commission du Registre EC4 <strong>de</strong>s<br />

Biologistes Européens.<br />

Membre du conseil d’administration du Syndicat <strong>de</strong>s laboratoires<br />

<strong>de</strong> Biologie<br />

Clinique (SLBC).<br />

Représentant SFBC et SLBC à l’AFNOR<br />

Expert auprès <strong>de</strong> l’ISO et du CEN (instituts <strong>de</strong> Normalisation<br />

International et Européen)<br />

Enseignant au DU qualité Paris V<br />

Vice Prési<strong>de</strong>nte du CEPLIS (Comité Européen <strong>de</strong>s prefessions<br />

Libérales)<br />

Membre du comité <strong>de</strong> pilotage et du comité <strong>de</strong> qualification<br />

<strong>de</strong> ‘Bioqualité’<br />

Nombreuses publications<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

O Paradigma das Análises<br />

Clínicas: Que Futuro?<br />

O Farmacêutico Analista Clínico<br />

em Portugal<br />

Henrique Reguengo Luz<br />

Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Química Clínica<br />

As Análises Clínicas representam, <strong>de</strong>pois da Farmácia<br />

<strong>de</strong> Oficina, a maior área <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> farmacêutica. A ligação<br />

do farmacêutico português às Análises Clínicas<br />

tem raízes nos séculos XVIII e XIX, tendo a reforma do<br />

ensino farmacêutico <strong>de</strong> 1902 consagrado <strong>de</strong> forma inequívoca<br />

a ligação do ensino farmacêutico à área analítica<br />

com aplicação clínica.<br />

O farmacêutico é um profissional reconhecido pelo Estado<br />

Português como Especialista na área da Medicina<br />

Laboratorial ( Análises Clínicas/Patologia Clínica), a par<br />

<strong>dos</strong> médicos patologistas clínicos.<br />

A especialida<strong>de</strong> em Análises Clínicas é conferida pela<br />

Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos, após 4 anos <strong>de</strong> estágio em<br />

Laboratório reconhecido pela OF como tendo idoneida<strong>de</strong><br />

formativa e obviamente ter aprovação nos exames<br />

<strong>de</strong> especialida<strong>de</strong> (teóricos, teórico-práticos e práticos)<br />

organiza<strong>dos</strong> pelo Colégio <strong>de</strong> Especialida<strong>de</strong> em Análises<br />

Clínicas, que coor<strong>de</strong>na todo este processo.<br />

No sector público, os farmacêuticos estão integra<strong>dos</strong> na<br />

Carreira <strong>dos</strong> Técnicos Superiores <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, a maioria<br />

<strong>dos</strong> quais exerce a sua ativida<strong>de</strong> profissional nos Ramos<br />

<strong>de</strong> Genética e <strong>de</strong> Laboratório. A esta carreira ace<strong>de</strong>-se<br />

por concurso público, para preenchimento <strong>de</strong> um número<br />

muito reduzido <strong>de</strong> lugares, não só os farmacêuticos<br />

como também biólogos, bioquímicos, microbiologistas<br />

etc.<br />

• A<strong>de</strong>quação do ensino pré-graduado às necessida<strong>de</strong>s<br />

formativas atuais <strong>dos</strong> futuros especialistas<br />

• A<strong>de</strong>quação do ensino pós-graduado à nova realida<strong>de</strong><br />

do exercício profissional em Portugal (reduzido número<br />

<strong>de</strong> laboratórios priva<strong>dos</strong>, dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso ao<br />

ensino a nível hospitalar)<br />

• Motivação das novas gerações para esta área da ativida<strong>de</strong><br />

farmacêutica<br />

• Integração plena no processo <strong>de</strong> reconhecimento<br />

das qualificações a nível da União Europeia, que no<br />

caso das análises clínicas para os especialistas <strong>de</strong> formação<br />

que não Medicina, está a ser trabalhado a nível<br />

do EC4 – European Communities Confe<strong>de</strong>ration of Clinical<br />

Chemistry and Laboratory Medicine<br />

• Claro reconhecimento das competências do farmacêutico<br />

como especialista em análises clínicas nas instituições<br />

do SNS<br />

A intervenção ativa da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos em<br />

coor<strong>de</strong>nação com as restantes organizações <strong>de</strong>sta<br />

área, nomeadamente a Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Química<br />

Clínica, membro da EFLM - European Fe<strong>de</strong>ration<br />

of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine e do EC4<br />

é uma necessida<strong>de</strong> imperativa que urge rapidamente organizar<br />

e potencializar.<br />

Vários problemas estão hoje em cima da mesa, da resolução<br />

<strong>dos</strong> quais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> claramente a sobrevivência<br />

<strong>de</strong>sta Especialida<strong>de</strong> para a profissão farmacêutica.<br />

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Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Henrique Reguengo Luz<br />

Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Química Clínica<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Habilitações académicas /<br />

Aca<strong>de</strong>mic <strong>de</strong>grees<br />

• Licenciatura em Ciências Farmacêuticas - Análises<br />

Quimico-Biológicas (FFUP)<br />

• Licenciatura em Ciências Farmacêuticas - Farmácia<br />

<strong>de</strong> Oficina e Hospitalar (FFUP)<br />

• Pós Graduação em Análises Clínicas (FFUP)<br />

• Pós Graduação em Toxicologia (Fac. Farmácia -<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sevilha)<br />

• Mestrado em Análises Clínicas (FFUP)<br />

Habilitações profissionais /<br />

Professionals <strong>de</strong>grees<br />

• Título <strong>de</strong> Especialista em Análises Clínicas conferido<br />

pela Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos<br />

• Título <strong>de</strong> Especialista em Laboratory Medicine<br />

(EuSpLM), conferido pela European Communities<br />

Confe<strong>de</strong>ration of Clinical Chemistry and Laboratory<br />

Medicine<br />

• Título <strong>de</strong> Especialista da carreira <strong>de</strong> técnico Superior<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> - Ramo laboratório conferido pelo Ministério<br />

da Saú<strong>de</strong><br />

Activida<strong>de</strong> profissional (mais relevante) /<br />

Professional experience (most important)<br />

• Assessor - Serviço <strong>de</strong> Química Clínica - Centro<br />

Hospitalar do Porto<br />

• TSS Adjunto do Director - Serviço <strong>de</strong> Química Clínica<br />

– Centro Hospitalar do Porto<br />

• Investigador da UMIB - Unida<strong>de</strong> Multidisciplinar <strong>de</strong><br />

Investigação Biomédica (ICBAS – UP/CHP)<br />

• Autor e Co-autor <strong>de</strong> diversas publicações e trabalhos<br />

• Director Adjunto - Laboratório Médico Pessanha<br />

Moreira, Lda (2003 - 2011)<br />

• Director Técnico - Laboratório Médico Prof. J. Pinto<br />

Barros, Lda (2001 - 2003)<br />

Outras activida<strong>de</strong>s /Others activities<br />

• Presi<strong>de</strong>nte da Direcção do Sindicato Nacional <strong>dos</strong><br />

Farmacêuticos<br />

• Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong> Registo da Especialida<strong>de</strong><br />

em “Laboratory Medicine” da Socieda<strong>de</strong> Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Química Clínica (SPQC)<br />

• Membro da “Register Comission” da Especialida<strong>de</strong><br />

em “Laboratory Medicine” da European Communities<br />

Confe<strong>de</strong>ration of Clinical Chemistry and Laboratory<br />

Medicine (EC4)<br />

• Representante da SPQC na European Confe<strong>de</strong>ration<br />

of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine (EFLM)<br />

• Membro da Direcção da Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong><br />

Química Clínica<br />

• Vogal da Assembleia Geral da SRP da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong><br />

Farmacêuticos (2010-2012)<br />

• Membro do Grupo <strong>de</strong> Trabalho EFCC/WG - Distance<br />

learning and e-learning da “European Confe<strong>de</strong>ration<br />

of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine<br />

(EFLM)”<br />

• Foi Membro do “Comité Asesor Internacional” da<br />

Revista “Química Clínica” da Socieda<strong>de</strong> Espanhola<br />

<strong>de</strong> Química Clínica<br />

• Foi Membro do Conselho do Colégio <strong>de</strong> Especialida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Análises Clínicas da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos<br />

(2001-2007)<br />

• Vogal da Assembleia Geral da SRP da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong><br />

Farmacêuticos (2010-2012)<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

O Paradigma das Análises<br />

Clínicas: Que Futuro?<br />

Contributo das Faculda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Farmácia na Formação <strong>de</strong><br />

Farmacêuticos em Análises Clínicas<br />

Matil<strong>de</strong> Fonseca e Castro<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

Com a introdução processo <strong>de</strong> Bolonha e com a<br />

entrada em vigor do Mestrado Integrado <strong>de</strong> Ciências<br />

Farmacêuticas (10 semestres, incluindo o Estágio<br />

profissionalizante) foi necessário proce<strong>de</strong>r a ajustes<br />

curriculares. Cientes do papel do Farmacêutico na área<br />

das Análises Clínicas (AC), os atuais planos <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong><br />

das diferentes Faculda<strong>de</strong>s Farmácia (FF) continuam a<br />

proporcionar aos alunos uma sólida formação nas áreas<br />

da Bioquímica, Biologia Molecular, Genética Humana,<br />

Hematologia, Imunologia, Bacteriologia, Virologia,<br />

Micologia e Parasitologia, alicerces indispensáveis a uma<br />

formação pós-graduada complementar conducente à<br />

sua especialização. Sendo as AC uma especialida<strong>de</strong><br />

que, em matéria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, se <strong>de</strong>stina a<br />

participar no diagnóstico e auxílio à terapêutica, bem<br />

como na monitorização da evolução da doença e/<br />

ou sua prevenção, esta formação é reforçada com<br />

unida<strong>de</strong>s curriculares nas áreas da Anatomia, Fisiologia<br />

e Fisiopatologia.<br />

No que concerne a formação pós-graduada, as FF têm em<br />

funcionamento o Mestrado em Análises Clínicas (MAC),<br />

mestrado profissionalizante, com 3 semestres <strong>de</strong> ensino<br />

teórico e laboratorial e 1 semestre para a realização <strong>de</strong><br />

Estágio em Laboratórios <strong>de</strong> AC ou para a apresentação<br />

<strong>de</strong> uma tese científica. A aposta no MAC preten<strong>de</strong><br />

conferir aos alunos uma formação sólida e atualizada nos<br />

diferentes domínios das AC, garantir uma componente<br />

laboratorial efetiva que confira ao aluno aptidão para a<br />

realização e validação <strong>de</strong> técnicas laboratoriais aplicáveis<br />

à prevenção, diagnóstico e monitorização da doença,<br />

proporcionar uma visão integrada <strong>de</strong> conhecimentos<br />

indispensável à interpretação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong><br />

e sua validação, promover estágios em laboratórios<br />

cre<strong>de</strong>ncia<strong>dos</strong> e planificar projetos <strong>de</strong> investigação no<br />

âmbito das diferentes áreas científicas que integram as<br />

AC.<br />

A importância da investigação científica <strong>de</strong>senvolvida nas<br />

FF, nomeadamente, a nível da biologia celular e molecular,<br />

do conhecimento <strong>dos</strong> mecanismos bioquímicos<br />

envolvi<strong>dos</strong> nos processos fisiológicos e fisiopatológicos,<br />

<strong>dos</strong> erros hereditários do metabolismo, <strong>dos</strong> retrovírus<br />

e infeções associadas, bem como o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e validação <strong>de</strong> novas metodologias analíticas, tem<br />

contribuído para um melhor conhecimento <strong>dos</strong> processos<br />

patológicos, seu diagnóstico e monitorização, fatores<br />

indispensáveis ao <strong>de</strong>senvolvimento das AC. A inserção<br />

<strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> pós-graduação em projetos científicos<br />

em curso nas diversas faculda<strong>de</strong>s constitui uma maisvalia<br />

para uma formação diferenciada em domínios<br />

específicos das AC.<br />

De realçar o papel da FFUL na realização <strong>de</strong> vários cursos<br />

<strong>de</strong> atualização na área da Hematologia, sobretudo<br />

hematologia oncológica, <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> a profissionais <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, nomeadamente, médicos e farmacêuticos.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

Matil<strong>de</strong> Fonseca e Castro<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Graus Académicos<br />

Provas <strong>de</strong> habilitação ao título <strong>de</strong> Professor Agregado<br />

do 1º Grupo <strong>de</strong> Disciplinas (Ciências Químicas e Físico-<br />

Químicas - Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Lisboa ( FFUL) (2001).<br />

Doutoramento Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, ramo Farmácia,<br />

especialida<strong>de</strong> Química Farmacêutica (1989).<br />

Licenciatura em Farmácia (FFUL) – 1977.<br />

Activida<strong>de</strong> Pedagógica<br />

Professora Catedrática FFUL (Departamento Ciências<br />

Toxicológicas e Bromatológicas).<br />

Cargos <strong>de</strong> gestão académica na FFUL<br />

Diretora FFUL, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012.<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Científico FFUL <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Pedagógico da FFUL (1998-<br />

2002).<br />

Responsável do Grupo <strong>de</strong> Ciências Químicas e Físico<br />

Químicas FFUL (2001-2005).<br />

Membro do Conselho Nacional do Ensino e Educação<br />

Farmacêutica da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos (1999-<br />

2001).<br />

Ativida<strong>de</strong> Científica<br />

Autora/co-Autora <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 100 publicações.<br />

Autora/co-Autora <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 300 comunicações científicas.<br />

Investigadora em vários Projectos Financia<strong>dos</strong> por entida<strong>de</strong>s<br />

externas.<br />

Orientação /co-orientação <strong>de</strong> Pos-Docs, doutoramentos<br />

e mestra<strong>dos</strong> .<br />

Outros Cargos<br />

Responsável do Grupo <strong>de</strong> Investigação Chemical<br />

Biology and Toxicology inserido no Research Institute<br />

for Medicines and Pharmaceutical Sciences (iMed-UL)<br />

(2008-2012).<br />

Coor<strong>de</strong>nadora do Mestrado Controlo da Qualida<strong>de</strong> e<br />

Toxicologia <strong>dos</strong> Alimentos FFUL (MCQTA) (1994-2012).<br />

Membro do Grupo Profissional <strong>de</strong> Análises Bromatológicas,<br />

Hidrológicas e Toxicológicas Or<strong>de</strong>m Farmacêuticos<br />

(2005-2009).<br />

Membro da Equipa <strong>de</strong> Acreditação das Licenciaturas<br />

em Ciências Farmacêuticas pela Or<strong>de</strong>m Farmacêutico<br />

(2003-2004).<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Medicamentos nos<br />

Hospitais: Sustentabilida<strong>de</strong><br />

e Financiamento<br />

Avaliação Económica e Consumo<br />

<strong>de</strong> Medicamentos nos Hospitais em<br />

Portugal<br />

Cláudia Furtado<br />

INFARMED<br />

As medidas políticas introduzidas no sector do medicamento<br />

com o objectivo <strong>de</strong> assegurar a sustentabilida<strong>de</strong><br />

do Serviço Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SNS) só, mais recentemente,<br />

apresentaram um maior enfoque no mercado<br />

hospitalar. Entre as medidas implementadas com o<br />

objectivo <strong>de</strong> assegurar a utilização custo-efectiva <strong>dos</strong><br />

medicamentos em meio hospitalar <strong>de</strong>staca-se a entrada<br />

em vigor, no ano <strong>de</strong> 2007, da obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliação<br />

terapêutica e económica <strong>dos</strong> novos medicamentos<br />

<strong>de</strong> uso restrito nos hospitais do SNS.<br />

Nesse mesmo ano os hospitais do SNS adoptaram<br />

uma codificação uniforme <strong>dos</strong> medicamentos – Código<br />

Hospitalar Nacional do Medicamento - que permitiu <strong>de</strong>senvolver<br />

um sistema <strong>de</strong> monitorização do consumo <strong>de</strong><br />

medicamentos em meio hospitalar.<br />

Com base nos da<strong>dos</strong> reporta<strong>dos</strong> pelos hospitais do SNS<br />

preten<strong>de</strong>-se nesta apresentação caracterizar os medicamentos<br />

responsáveis pela tendência <strong>de</strong> crescimento<br />

observada até ao ano 2011. Adicionalmente, preten<strong>de</strong>se<br />

avaliar o efeito da introdução <strong>dos</strong> novos medicamentos<br />

sujeitos a avaliação prévia, medicamentos genéricos<br />

e biossimilares na utilização e <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>dos</strong><br />

grupos terapêuticos.<br />

Perante os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> i<strong>de</strong>ntificam-se algumas<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria da utilização <strong>de</strong> medicamentos<br />

em meio hospitalar que assegurem a sustentabilida<strong>de</strong><br />

<strong>dos</strong> hospitais do SNS.<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Doutoranda em Saú<strong>de</strong> Pública, especialização Economia<br />

da Saú<strong>de</strong>, Escola Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, Universida<strong>de</strong><br />

Nova <strong>de</strong> Lisboa (ENSP/UNL).<br />

Mestrado em Saú<strong>de</strong> Pública, com especialização em<br />

política e administração em saú<strong>de</strong> pela ENSP/UNL, concluído<br />

em 2004.<br />

Licenciatura em Ciências Farmacêuticas, pela Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, concluída<br />

em 1999.<br />

Actualmente exerce funções no Observatório do Medicamento<br />

e Produtos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Direcção <strong>de</strong> Avaliação<br />

Económica e Produtos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do INFARMED, I.P. na<br />

área da análise do consumo <strong>de</strong> medicamentos em meio<br />

hospitalar e ambulatório (2004 -2007; 2010 - ). No âmbito<br />

das funções que exerce no Infarmed é membro <strong>de</strong><br />

grupos <strong>de</strong> trabalho relaciona<strong>dos</strong> com a área do medicamento<br />

hospitalar como o projecto do Código Hospitalar<br />

Nacional do Medicamento, Programa do Medicamento<br />

Hospitalar e Projecto PHIS - Pharmaceutical Hospital Information<br />

System. Entre 1999 e 2004 exerceu funções<br />

nos serviços farmacêuticos do Hospital Pulido Valente e<br />

entre 2008 e 2009 esteve como bolseira <strong>de</strong> investigação<br />

na ENSP/UNL.<br />

Actualmente colabora no ensino pós-graduado na<br />

ENSP/UNL, na disciplina <strong>de</strong> Economia da Saú<strong>de</strong> (2009<br />

- ) e faz parte da direcção da Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Economia da Saú<strong>de</strong> (2008 - ).<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Medicamentos nos<br />

Hospitais: Sustentabilida<strong>de</strong><br />

e Financiamento<br />

Acesso à Inovação Terapêutica<br />

Nuno Miranda<br />

IPO Lisboa<br />

A introdução <strong>de</strong> inovação farmacológica é atualmente<br />

um <strong>de</strong>safio a nível global, e em particular em Portugal.<br />

Nos últimos anos assistimos ao aumento progressivo do<br />

valor gasto com medicamentos, tendo este valor quadriplicado<br />

nos últimos 20 anos. Este aumento foi muito superior<br />

ao aumento do valor do produto interno bruto <strong>dos</strong><br />

diversos países europeus, traduzindo-se pelo aumento<br />

do esforço relativo <strong>de</strong> cada país, para suportar os custos<br />

com medicamentos.<br />

Progressivamente assiste-se a uma modificação da estrutura<br />

<strong>de</strong> custos <strong>dos</strong> hospitais, com aumento do peso<br />

relativo <strong>dos</strong> medicamentos, particularmente em duas<br />

áreas: as infecções por VIH e vírus <strong>de</strong> hepatites e a oncologia.<br />

Emergem também as doenças reumáticas, com<br />

os medicamentos biológicos, e as doenças raras com<br />

crescimentos significativos nos últimos anos.<br />

As últimas décadas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> esforço laboratorial, em<br />

investigação básica e pré-clínica, resultaram num manancial<br />

<strong>de</strong> informação, transformado em fármacos <strong>de</strong><br />

eficácia muito variável. Escondi<strong>dos</strong> por medicamentos<br />

<strong>de</strong> efeito dramático, encontram-se uma série <strong>de</strong> me-too<br />

e <strong>de</strong> outros com benefícios muito discretos.<br />

A evolução do custo com medicamentos hospitalares<br />

tem sofrido incrementos to<strong>dos</strong> os anos, apesar <strong>dos</strong> esforços<br />

<strong>de</strong> contenção a nível local e central.<br />

A introdução <strong>de</strong> novos medicamentos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da aprovação<br />

pela EMA, da avaliação pelo INFARMED e, durante<br />

este período <strong>de</strong> avaliação, da aprovação caso a caso<br />

pelas CFTs e submissão ao INFARMED <strong>de</strong> acordo com<br />

o 195/2006 e o seu ambíguo legal, nomeadamente pela<br />

ausência da regulamentação prevista.<br />

A nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> introduzir inovação tem <strong>de</strong> ser<br />

contida num orçamento limitado, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

do limite. A inovação tem <strong>de</strong> ser introduzida numa<br />

base <strong>de</strong> custo zero, ou seja, a diminuição do preço <strong>dos</strong><br />

medicamentos já existentes, a sua substituição por genéricos<br />

ou biossimilares e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> re<strong>de</strong>finir o<br />

valor terapêutico acrescido <strong>de</strong> alguns medicamentos já<br />

introduzi<strong>dos</strong>, com a consequente diminuição do preço<br />

<strong>dos</strong> mesmos se os resulta<strong>dos</strong> da prática clínica forem<br />

inferiores aos espera<strong>dos</strong>.<br />

O aumento progressivo do preço a que os medicamentos<br />

são introduzi<strong>dos</strong> no mercado é dificilmente justificável<br />

e incomportável para qualquer sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Portugal está a começar esta discussão com anos <strong>de</strong><br />

atraso, e nas piores condições pela crise económica.<br />

Também a este nível são necessárias medidas conjuntas<br />

<strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> europeus, em concertação com a indústria<br />

farmacêutica.<br />

O problema tem duas vertentes: a política e a técnica.<br />

Na vertente política é necessário estabelecer claramente<br />

o valor que os esta<strong>dos</strong> estão dispostos a pagar pelos<br />

medicamentos. Na vertente técnica existe a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> avaliação rigorosa <strong>dos</strong> novos medicamentos.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Nuno Miranda<br />

IPO Lisboa<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Especialista em Hematologia Clínica, trabalhando no<br />

IPOLFG <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1989, <strong>de</strong>senvolvendo a sua<br />

ativida<strong>de</strong> clínica atual na área da transplantação hematopoiética.<br />

Bolseiro do European Cancer Center, <strong>de</strong>senvolvendo<br />

trabalho <strong>de</strong> investigação no laboratório <strong>de</strong> imunologia<br />

do Netherlands Kanker Instituut em Amesterdão, entre<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 1995 e Janeiro <strong>de</strong> 1997, com interesse particular<br />

em hematopoiese e moléculas <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são.<br />

Grau <strong>de</strong> consultor em Hematologia Clínica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> 2002.<br />

Membro da Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Hematologia, a<br />

que presi<strong>de</strong> à Mesa da Assembleia Geral.<br />

Membro da American Society of Hematology.<br />

Membro do European Blood and Marrow Transplantation.<br />

Autor <strong>de</strong> diversos artigos científicos.<br />

Participou em diversos ensaios clínicos, <strong>de</strong> fase II e III.<br />

Membro da CES do IPOLFG entre Agosto <strong>de</strong> 2005 e<br />

Outubro <strong>de</strong> 2007 a que presidiu.<br />

Adjunto da Direcção Clínica do IPOLFG entre Outubro<br />

<strong>de</strong> 2007 e Janeiro <strong>de</strong> 2009<br />

Director Clínico do IPOLFG <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2009.<br />

Entre Outubro <strong>de</strong> 2011 e Fevereiro <strong>de</strong> 2012 pertenceu à<br />

Comissão para o Medicamento Hospitalar.<br />

Des<strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2012 Diretor do Plano Nacional para as<br />

Doenças Oncológicas.<br />

Membro do painel Latitu<strong>de</strong> para avaliar a introdução <strong>de</strong><br />

inovação em medicamentos hospitalares.<br />

Membro da plenária da CEIC <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009.<br />

Assistente Convidado da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas<br />

<strong>de</strong> 2002 a 2008 na ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Oncologia e actualmente<br />

na ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Medicina I.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Medicamentos nos<br />

Hospitais: Sustentabilida<strong>de</strong><br />

e Financiamento<br />

Financiamento nos Hospitais<br />

Rui Santos Ivo<br />

Administração Central do Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Rui Santos Ivo<br />

Administração Central do Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

CURRICULUM VITAE<br />

Rui Santos Ivo <strong>de</strong>sempenha <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2011 o<br />

cargo <strong>de</strong> Vice-Presi<strong>de</strong>nte da ACSS-Administração Central<br />

do Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, I.P., Ministério da Saú<strong>de</strong>. Coor<strong>de</strong>na<br />

a Equipa da Reforma Hospitalar.<br />

É Professor Auxiliar Convidado da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, sendo membro da Comissão<br />

<strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação do Mestrado em Avaliação e<br />

Regulação do Medicamento e Produtos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, responsável<br />

da disciplina “Regulação do Medicamento” do<br />

Mestrado e leccionando temáticas afins no curso prégraduado<br />

e em outros cursos pós-gradua<strong>dos</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

02/2009.<br />

R. Santos Ivo, é técnico superior <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da Administração<br />

Pública <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1988 e assessor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006. Iniciou<br />

a sua carreira profissional como farmacêutico hospitalar<br />

no Hospital <strong>de</strong> Egas Moniz, em Lisboa. Em 1993,<br />

ingressou na Autorida<strong>de</strong> Nacional do Medicamento e<br />

Produtos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> I.P. (INFARMED), on<strong>de</strong> exerceu várias<br />

funções e cargos, nomeadamente como Vogal/Vice-<br />

Presi<strong>de</strong>nte (1994-2000) e Presi<strong>de</strong>nte (2002-2005). Entre<br />

2000 e 2002, foi Administrador <strong>dos</strong> Assuntos Científicos,<br />

Regulamentares e Internacionais na Direcção da Agência<br />

Europeia <strong>de</strong> Medicamentos (EMA), em Londres. De<br />

2002 a 2005 foi membro do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

da EMA. Foi o primeiro Chairman do Grupo <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação<br />

das Autorida<strong>de</strong>s do Medicamento da União Europeia<br />

(2004-2005).<br />

R. Santos Ivo é Licenciado em Ciências Farmacêuticas<br />

pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa (1987). Especialista em Farmácia<br />

Hospitalar pelo Ministério da Saú<strong>de</strong> em 1992 e<br />

pela Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos em 2006. Especialista<br />

em Regulamentação Farmacêutica pela Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos,<br />

título concedido por mérito em 1997. Formação<br />

Pós-Graduada em Direito da Saú<strong>de</strong> e Legislação<br />

Farmacêutica (Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Lisboa e Escola Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública), Medicina<br />

Farmacêutica (Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Basileia), Regulamentação<br />

(London School of Economics and Political Science)<br />

e Gestão <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (Universida<strong>de</strong> Católica<br />

Portuguesa).<br />

Integrou o Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar, criado<br />

pelo Despacho do Ministro da Saú<strong>de</strong> nº 10601/2011,<br />

<strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2011 (DR, 2ª, 162, 24.08.2011),<br />

cujo Relatório Final foi apresentado ao Ministro da Saú<strong>de</strong><br />

em Novembro <strong>de</strong> 2011.<br />

Em Abril 2004 foi-lhe atribuído, o Prémio Almofariz “Personalida<strong>de</strong><br />

do Ano – 2004” no sector farmacêutico.<br />

É membro honorário e antigo Presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

<strong>de</strong> Estudantes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa (AEFFUL) e da Fe<strong>de</strong>ração Internacional <strong>de</strong><br />

Estudantes <strong>de</strong> Farmácia (IPSF).<br />

Entre 2006 e 2008, <strong>de</strong>sempenhou o cargo <strong>de</strong> Administrador<br />

na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produtos Farmacêuticos da<br />

Direcção-Geral <strong>de</strong> Empresas e Indústria da Comissão<br />

Europeia, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>teve responsabilida<strong>de</strong>s no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> legislação e regulamentação farmacêutica,<br />

ensaios clínicos e informação aos doentes, telemática<br />

da União Europeia, relações com a Agência Europeia do<br />

Medicamento, Esta<strong>dos</strong>-Membros e Conselho da Europa,<br />

e Diálogos Regulamentares internacionais com países<br />

terceiros, como a China, Índia e Rússia.<br />

De 2008 a 2011 exerceu as funções <strong>de</strong> Director Executivo<br />

da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica<br />

(APIFARMA).<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Os Novos Desafios da<br />

Harmonização<br />

Harmonização <strong>de</strong> Gui<strong>de</strong>lines<br />

Mónica Galo<br />

INFARMED<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

CURRICULUM VITAE<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

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SESSÕES PARALELAS<br />

Os Novos Desafios da<br />

Harmonização<br />

Anexo 16: Quais as Novas<br />

Competências para o Director<br />

Técnico?<br />

Ana Rita Martins<br />

INFARMED<br />

Enquadramento legislativo comunitário e nacional.<br />

Cumprimento das obrigações pelo QP, em matérias <strong>de</strong><br />

medicamentos <strong>de</strong> uso humano e experimentais, e relação<br />

com o fabricante.<br />

Relação entre QP responsável pela libertação <strong>de</strong> lotes<br />

para o mercado e os QP’s <strong>dos</strong> diferentes sites em função<br />

da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fabrico e controlo <strong>dos</strong> medicamentos.<br />

Novas competências no âmbito da certificação <strong>de</strong> substâncias<br />

activas.<br />

Gui<strong>de</strong>lines com impacto nas activida<strong>de</strong>s do QP.<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Habilitações académicas<br />

/ Aca<strong>de</strong>mic <strong>de</strong>grees<br />

Licenciatura em Ciências Farmacêuticas<br />

Activida<strong>de</strong> profissional (últimos 5 anos)<br />

/ Professional experience (Last 5 years)<br />

Inspectora na Direcção <strong>de</strong> Inspecção e Licenciamentos<br />

on<strong>de</strong> exerce funções <strong>de</strong>:<br />

- Inspecção a fabricantes <strong>de</strong> medicamentos <strong>de</strong> uso humano<br />

e matérias-primas (Boas Práticas <strong>de</strong> Fabrico)<br />

- Inspecção a distribuidores por grosso <strong>de</strong> medicamentos<br />

(Boas Práticas <strong>de</strong> Distribuição)<br />

- Inspecção a Serviços Farmacêuticos Hospitalares Públicos<br />

e Priva<strong>dos</strong>;<br />

- Inspecção a locais <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> Medicamentos Não<br />

Sujeitos a Receita Médica;<br />

- Inspecção a Titulares <strong>de</strong> AIM, Farmacovigilância, Publicida<strong>de</strong><br />

a medicamentos, conformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotulagem<br />

e do folheto informativo <strong>dos</strong> medicamentos e produtos<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

- Assegurar as activida<strong>de</strong>s inerentes ao sistema <strong>de</strong> alerta<br />

<strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>feituosos relativos a medicamentos e<br />

produtos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (Nacionais e Sistema <strong>de</strong> Alerta Rápido<br />

Europeu);<br />

- Colheita <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong> medicamentos e produtos <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, no mercado<br />

- Participação no grupo <strong>de</strong> revisão do SGQ da DIL.<br />

Publicações-comunicações<br />

24/11/2011 – III Congresso Científico AEFFUL – Terapias<br />

Avançadas: Uma realida<strong>de</strong> farmacêutica? – “Boas Práticas<br />

<strong>de</strong> Fabrico em contexto hospitalar”<br />

23/11/2011 - V Curso Pós-graduado <strong>de</strong> Especialização<br />

Regulação e Avaliação do Medicamento e Produtos <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> - Os sistemas <strong>de</strong> inspecção, controlo, vigilância e<br />

verificação da conformida<strong>de</strong><br />

02/06/2010 - IV Curso Pós-graduado <strong>de</strong> Especialização<br />

Regulação e Avaliação do Medicamento e Produtos <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> - Os sistemas <strong>de</strong> inspecção, controlo, vigilância e<br />

verificação da conformida<strong>de</strong><br />

12/03/2010- Reunião Anual do Colégio <strong>de</strong> Industria -<br />

Inspecção a Fabricantes <strong>de</strong> Medicamentos - A Perspectiva<br />

da Autorida<strong>de</strong><br />

29/05/2009 - Reunião Anual do Colégio <strong>de</strong> Industria -<br />

Qualified Person - A Perspectiva da Autorida<strong>de</strong><br />

16/12/2008 - I Mestrado em Engenharia Farmacêutica<br />

- Anexo 13 do Guia Europeu das GMPs - Fabrico <strong>de</strong><br />

medicamentos experimentais<br />

22/10/2008 - III Curso Pós-graduado <strong>de</strong> Especialização<br />

Regulação e Avaliação do Medicamento e Produtos <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> - Gui<strong>de</strong>lines ICH Q8 / Q9 / Q10 e Anexo 20 do<br />

Guia Europeu das GMPs<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Novos Desafios<br />

Regulamentares<br />

Novas Terapias<br />

Margarida Menezes Ferreira<br />

INFARMED<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento em Portugal <strong>de</strong> terapias celulares<br />

po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado uma realida<strong>de</strong> que progri<strong>de</strong> a par<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentos equivalentes em outros países na<br />

Europa e outras regiões do mundo <strong>de</strong>senvolvido. Sendo<br />

novas abordagens terapêuticas, estão inevitavelmente<br />

associada a gran<strong>de</strong>s expectativas, muita informação e<br />

também equívocos sobre os quais <strong>de</strong>ve incidir a activida<strong>de</strong><br />

regulamentar.<br />

To<strong>dos</strong> os dias somos confronta<strong>dos</strong> com nova informação<br />

do papel relevante das células estaminais, na possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> gerar novos teci<strong>dos</strong> ou na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trans-diferenciar células <strong>de</strong> teci<strong>dos</strong> <strong>de</strong> fácil colheita e<br />

prepará-los para regeneração ou reparação <strong>de</strong> teci<strong>dos</strong><br />

doentes. Verificamos também sucessos e <strong>de</strong>sventuras<br />

<strong>de</strong> novas intervenções terapêuticas com a inserção <strong>de</strong><br />

genes corrigi<strong>dos</strong> ou faltosos em doenças monogénicas<br />

ou no combate do cancro.<br />

A sessão apresentará o contexto jurídico/regulamentar<br />

que foi estabelecido sobretudo a partir <strong>de</strong> 2007 e do<br />

conjunto <strong>de</strong> guias <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, apresentando<br />

as recomendações existentes sobre células estaminais,<br />

medicina regenerativa ou terapia génica.<br />

Abordará questões <strong>de</strong> fronteira com práticas existentes<br />

no contexto da transplantação ou questões relacionadas<br />

com combinações com dispositivos médicos bem como<br />

sobre questões relativas às Boas Práticas <strong>de</strong> Fabrico<br />

<strong>de</strong>stes medicamentos <strong>de</strong> terapia avançada.<br />

Serão ainda apresenta<strong>dos</strong> incentivos existentes na Europa<br />

para potenciar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta indústria<br />

emergente.<br />

São estes os domínios <strong>dos</strong> medicamentos da Terapia<br />

Avançada - incluem os medicamentos <strong>de</strong> terapia génica,<br />

<strong>de</strong> terapia celular somática e com teci<strong>dos</strong> <strong>de</strong> engenharia<br />

- a darem os primeiros passos em termos <strong>de</strong><br />

conformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> requisitos, eles próprios recentemente<br />

estabeleci<strong>dos</strong>.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

Margarida Menezes Ferreira<br />

INFARMED<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Margarida Menezes Ferreira é licenciada em Biologia<br />

pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa.<br />

Doutorou-se em Bioquímica Médica na Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Aix-Marseille em França em 1981 e prosseguiu<br />

a carreira <strong>de</strong> investigação na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> humana,<br />

nomeadamente em endocrinologia molecular, incluindo<br />

um estágio <strong>de</strong> pos-doutoramento nos National Institutes<br />

of Health <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América. Publicou em<br />

diversas revistas internacionais tendo tido dois artigos<br />

selecciona<strong>dos</strong> para figurar no Year Book of Endocrinology.<br />

Integrou o INFARMED em 1996, tendo <strong>de</strong>senvolvido e<br />

coor<strong>de</strong>nado o programa estratégico e a instalação do<br />

Laboratório <strong>de</strong> Comprovação da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicamentos<br />

e Produtos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na vertente da Biologia e<br />

Biotecnologia. Acompanhou todo o processo <strong>de</strong> construção<br />

do novo Laboratório e dirigiu-o durante a fase <strong>de</strong><br />

instalação e arranque até 2001. É actualmente avaliadora<br />

na área <strong>de</strong> Medicamentos Biológicos da Direcção<br />

<strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Medicamentos do INFARMED. Des<strong>de</strong><br />

Setembro <strong>de</strong> 2012 coor<strong>de</strong>na o Gabinete <strong>de</strong> Aconselhamento<br />

Regulamentar e Científico do INFARMED.<br />

Actuou como perita do Banco Mundial e da Comissão<br />

Europeia em, respectivamente, Cabo Ver<strong>de</strong> e Angola,<br />

em projectos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do sector farmacêutico<br />

na vertente da capacitação <strong>de</strong> controlo laboratorial.<br />

Coor<strong>de</strong>nou, <strong>de</strong> 2005 a 2007, a ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Biotecnologia<br />

Farmacêutica do Instituto Superior <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Ribeiro<br />

Sanches / Grupo Lusófona. Tem colaborado com várias<br />

instituições académicas nomeadamente as Faculda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Farmácia <strong>de</strong> Lisboa e Coimbra, e Instituto Superior<br />

Técnico na formação regulamentar em Biotecnologia.<br />

Leccionou Bioquímica na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa e Fisiologia Animal no Departamento<br />

<strong>de</strong> Biologia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora.<br />

Integra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998, a Comissão Nacional <strong>de</strong> Vacinação,<br />

por nomeação ministerial.<br />

É membro da direcção do Colégio <strong>de</strong> Biotecnologia da<br />

Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Biólogos.<br />

Participa activamente nas activida<strong>de</strong>s da Agência Europeia<br />

<strong>de</strong> Medicamentos (EMA) sendo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999,<br />

membro permanente do Grupo <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> Medicamentos<br />

Biológicos, grupo <strong>de</strong> peritos na avaliação e<br />

aconselhamento técnico-científico para medicamentos<br />

produzi<strong>dos</strong> por biotecnologia e nas novas abordagens<br />

terapêuticas <strong>de</strong> base macromolecular tais como terapias<br />

génica e <strong>de</strong> base celular, incluindo engenharia <strong>de</strong><br />

teci<strong>dos</strong>. Des<strong>de</strong> 2007 que integrou também o Grupo <strong>de</strong><br />

Trabalho <strong>de</strong> Terapias Celulares da mesma Agência Europeia<br />

participando na <strong>de</strong>finição <strong>dos</strong> requisitos científicos,<br />

técnicos e regulamentares <strong>de</strong>stas terapias avançadas<br />

<strong>de</strong> base celular. Integra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fundação em Janeiro<br />

<strong>de</strong> 2009, o Comité <strong>de</strong> Terapias Avançadas (CAT)<br />

da EMA.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Novos Desafios<br />

Regulamentares<br />

Nova Legislação Europeia<br />

em Ensaios Clínicos<br />

Helena Beaumont<br />

INFARMED<br />

A Comissão Europeia adotou no passado mês <strong>de</strong> Julho<br />

uma Proposta <strong>de</strong> Regulamento que visa reformar a atual<br />

legislação comunitária em ensaios clínicos, estabelecida<br />

pela Diretiva 2001/20/CE e transposta para o regime juríco<br />

interno pela Lei 46/2004 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Agosto.<br />

Com esta proposta, a Comissão preten<strong>de</strong> ultrapassar<br />

os problemas i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> com a Diretiva vigente, que<br />

tem vindo a ser criticada pelas partes interessadas por<br />

ter ficado aquém <strong>dos</strong> seus objetivos <strong>de</strong> harmonização<br />

comunitária <strong>dos</strong> requisitos aplicáveis à realização <strong>de</strong> ensaios<br />

clínicos, com alegadas consequências no aumento<br />

<strong>de</strong> custos administrativos e <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />

europeia no setor.<br />

Os aspetos chave são concretiza<strong>dos</strong> pela proposta <strong>de</strong><br />

procedimentos simplifica<strong>dos</strong> <strong>de</strong> autorização e <strong>de</strong> comunicação<br />

<strong>de</strong> informação, por recurso à utilização <strong>de</strong> um<br />

<strong>dos</strong>sier único e <strong>de</strong> um portal único (europeu) para a submissão<br />

e processamento <strong>dos</strong> respetivos pedi<strong>dos</strong>.<br />

O conhecimento <strong>de</strong>sta proposta e da sua evolução no<br />

processo legislativo comunitário em que atualmente se<br />

encontra, será particularmente relevante para uma preparação<br />

atempada da futura resposta operacional na<br />

área <strong>dos</strong> ensaios clínicos que se inscreva a<strong>de</strong>quadamente<br />

na realida<strong>de</strong> e interesses estratégicos nacionais.<br />

Paralelamente aos propósitos acima referi<strong>dos</strong>, a legislação<br />

nesta área terá sempre que assegurar primordialmente<br />

a aplicação <strong>dos</strong> mais eleva<strong>dos</strong> padrões éticos<br />

e técnico-científicos dirigi<strong>dos</strong> a garantir a segurança,<br />

direitos e bem-estar <strong>dos</strong> participantes e a integrida<strong>de</strong><br />

<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> produzi<strong>dos</strong> nos ensaios, o que constitui um<br />

exigente <strong>de</strong>safio.<br />

Esta apresentação visa dar a conhecer esta Proposta <strong>de</strong><br />

Regulamento da Comissão Europeia, nas linhas gerais<br />

<strong>dos</strong> seus fatores <strong>de</strong>terminantes, opções estratégicas e<br />

aspetos inovadores relativamente à atual Diretiva <strong>de</strong> ensaios<br />

clínicos. Estes últimos assentam numa perspetiva<br />

<strong>de</strong> simplificação e agilização <strong>de</strong> processos, que integra<br />

uma abordagem <strong>de</strong> proporcionalida<strong>de</strong> ao risco (ausente<br />

na atual Diretiva), e ainda na introdução <strong>de</strong> mecanismos<br />

<strong>de</strong> controlo por parte da Comissão e na natureza da legislação<br />

proposta, que <strong>de</strong>terminará a sua aplicação direta,<br />

imediata e uniforme em to<strong>dos</strong> os Estado-membros.<br />

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2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Helena Beaumont<br />

INFARMED<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Licenciada em Biologia pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa em 1986.<br />

Até 1993 <strong>de</strong>senvolve projectos <strong>de</strong> investigação científica<br />

na área biomédica, no Departamento <strong>de</strong> Bioquímica<br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da UNL e posteriormente<br />

em microbiologia e biotecnologia no INETI e no<br />

Max-Planck-Institut für Biochimie (Munique, DE). Adquire<br />

formação pós-graduada e publica e apresenta, em reuniões<br />

e congressos, algumas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> trabalhos nas<br />

áreas <strong>de</strong> investigação acima referidas.<br />

gui<strong>de</strong>lines for Directive 2001/20/EC, da Comissão Europeia<br />

(CE). Participa regularmente, como oradora, em<br />

reuniões e congressos na área da investigação clínica e<br />

colabora, como docente, em cursos <strong>de</strong> pós-graduação<br />

nesta área <strong>de</strong> várias instituições universitárias.<br />

Des<strong>de</strong> 2003 é Diretora da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensaios Clínicos<br />

(UEC), actualmente integrada na Direção <strong>de</strong> Avaliação<br />

do Medicamento (DAM).<br />

De 1993 a 1999 colabora com a Indústria Farmacêutica,<br />

como Clinical Research Associate (CRA) do Departamento<br />

Médico da Merck Sharp & Dohme, Lda., on<strong>de</strong><br />

adquire formação e experiência profissional em monitorização<br />

<strong>de</strong> ensaios clínicos e na gestão da Qualida<strong>de</strong><br />

e inicia o acompanhamento da evolução internacional e<br />

nacional do enquadramento regulamentar da investigação<br />

clínica.<br />

A partir <strong>de</strong> 2000, integra o INFARMED, I. P. assumindo<br />

responsabilida<strong>de</strong> pela área <strong>dos</strong> ensaios clínicos. Adquire<br />

formação e experiência em farmacovigilância e em auditoria<br />

e inspeção das boas práticas clínicas (BPC) e formação<br />

pós-graduada em farmacoepi<strong>de</strong>miologia e bioética.<br />

No âmbito da activida<strong>de</strong> profissional neste Instituto, integrou<br />

vários grupos <strong>de</strong> trabalho na área <strong>dos</strong> ensaios clínicos,<br />

<strong>de</strong>signadamente <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> BPC da Agência<br />

Europeia do Medicamento (EMA) e <strong>de</strong> Implementação<br />

da Diretiva <strong>de</strong> Ensaios Clínicos da Comissão Europeia<br />

(CE). Atualmente é membro do Clinical Trials Facilitation<br />

Group (CTFG) <strong>dos</strong> Heads of Medicinal Agencies (HMA)<br />

e do Ad hoc group for the <strong>de</strong>velopment of implementing<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Novos Desafios<br />

Regulamentares<br />

Biossimilares<br />

João Gonçalves<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

A terapêutica biotecnológica revolucionou a medicina e<br />

o mercado farmacêutico e, seguindo os seus passos,<br />

os biossimilares <strong>de</strong>vem continuar a estimular este progresso.<br />

Os biossimilares só entram no mercado após a<br />

extinção da patente <strong>dos</strong> biofármacos inovadores e são<br />

submeti<strong>dos</strong> a uma via distinta <strong>de</strong> aprovação. Com a esperada<br />

redução do custo <strong>dos</strong> biossimilares o doente terá<br />

maiores possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso a medicamentos inovadores,<br />

o que se traduz num benefício para os pacientes<br />

e para os sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Devido ao potencial<br />

<strong>de</strong>ste mercado farmacêutico, iremos assistir certamente<br />

a um maior interesse da indústria farmacêutica e a uma<br />

maior penetração <strong>de</strong>stes medicamentos no mercado.<br />

Os Biofármacos são medicamentos cuja substância<br />

activa é produzida por células. Tendo em conta as<br />

complexida<strong>de</strong>s estruturais e <strong>de</strong> fabrico <strong>dos</strong> produtos<br />

biofarmacêuticos, os biossimilares não <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong><br />

como “genéricos biológicos”. Deste modo, os<br />

biossimilares não são idênticos aos medicamentos <strong>de</strong><br />

referência e, por conseguinte, são necessários requisitos<br />

regulamentares específicos para o seu registo. A produção<br />

<strong>de</strong> produtos biofarmacêuticos envolve processos<br />

tecnológicos complexos que incluem o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e engenharia <strong>de</strong> células, a produção por meio <strong>de</strong> cultura<br />

celular em larga escala, a purificação das proteínas,<br />

incluindo uma ampla varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> passos <strong>de</strong> processamento<br />

e no final a sua formulação específica. Consequentemente,<br />

quaisquer dois biofármacos <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong><br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente a partir da mesma sequência<br />

<strong>de</strong> DNA serão caracteriza<strong>dos</strong> por diferenças particulares<br />

na sua composição e eficácia. Neste contexto, tanto os<br />

biossimilares como os diferentes lotes <strong>de</strong> um medicamentos<br />

biotecnológico específico po<strong>de</strong>m apresentar<br />

diferenças <strong>de</strong> farmacocinética e/ou farmacodinâmica.<br />

O objectivo da ciência regulamentar é quantificar estas<br />

diferenças e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> avaliações científicas rigorosas<br />

criar um intervalo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que permita assegurar a<br />

eficácia e segurança <strong>dos</strong> biossimilares.<br />

Como as proteínas terapêuticas são macromoléculas<br />

bastante complexas cujos da<strong>dos</strong> disponíveis são muito<br />

limita<strong>dos</strong> no momento da aprovação, é natural que<br />

existam preocupações sobre a segurança e eficácia <strong>dos</strong><br />

biossimilares. Consi<strong>de</strong>rando que a avaliação da qualida<strong>de</strong><br />

farmacêutica <strong>de</strong> um biossimilar requer uma <strong>de</strong>talhada<br />

análise comparativa com o medicamento <strong>de</strong> referência,<br />

os requisitos não-clínicos e clínicos são muito menos<br />

extensos em comparação com os requisitos para um<br />

inovador. Deste modo, a experiência clínica reduzida e a<br />

sua natureza complexa limita a interpermutabilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong><br />

biossimilares com o medicamento <strong>de</strong> referência. Consequentemente,<br />

o acompanhamento em pós-aprovação<br />

<strong>dos</strong> biossimilares é essencial para proteger a sua entrada<br />

no mercado, ao mesmo tempo que salvaguarda a<br />

qualida<strong>de</strong>, eficácia e segurança <strong>dos</strong> medicamentos biológicos<br />

inovadores.<br />

Em conclusão, esta apresentação irá abordar as diferenças<br />

entre biossimilares e genéricos químicos, questões<br />

<strong>de</strong> preocupação com o uso <strong>de</strong> biossimilares e necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> regulamentação a<strong>de</strong>quada para a sua aprovação<br />

e acompanhamento pós-aprovação.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

João Gonçalves<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Graus Académicos<br />

1990 Licenciatura em Ciências Farmacêuticas<br />

1996 Doutoramento – Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Experiência Profissional<br />

1996-2001 | Várias funções na Indústria Farmacêutica<br />

2001-2006 | Professor Auxiliar - Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

2007-Presente | Professor Associado - Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Farmácia Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

2008-Presente | Investigador Principal - Instituto Medicina<br />

Molecular (IMM).<br />

Interesses em Investigação<br />

e Desenvolvimento<br />

Engenharia biomolecular e engenharia biofarmacêutica<br />

visando a optimização e análise <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> práticos<br />

e laboratoriais para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> proteínas terapêuticas<br />

mais eficazes. No centro do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

biofarmacêutico visamos engenharia e selecção <strong>de</strong><br />

proteínas para construir <strong>de</strong> anticorpos mais estáveis e<br />

eficazes. A conjugação <strong>de</strong>stes da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

mecanismos <strong>de</strong> acção, vai permitir a avaliação e a explicação<br />

mais racional da eficácia e segurança <strong>dos</strong> medicamentos<br />

biotecnológicos.<br />

Publicações seleccionadas<br />

Autor <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 60 publicações internacionais e 100<br />

comunicações em congressos.<br />

Outras funções<br />

Membro do Grupo <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Medicamentos Veterinários<br />

Membro do grupo da Farmacopeia Portuguesa<br />

Consultor e formador da Industria Biofarmacêutica<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Sustentabilida<strong>de</strong> do Sector da<br />

Distribuição num Contexto <strong>de</strong> Crise<br />

Económica e Social<br />

Miguel Silvestre<br />

Plural Crl<br />

O Sector Grossista <strong>de</strong> Distribuição Farmacêutica em<br />

Portugal atravessa seguramente a maior crise <strong>de</strong> sempre<br />

das últimas décadas, resultante <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> políticas<br />

e medidas na área do medicamento e da farmácia<br />

<strong>de</strong> oficina, <strong>de</strong>fendidas por sucessivos governos, tendo<br />

nos dois últimos anos atingindo proporções impensáveis<br />

na sequência da intervenção da Troika no nossa País.<br />

Deste modo, o tema “Sustentabilida<strong>de</strong> do sector da distribuição<br />

farmacêutica num contexto <strong>de</strong> crise económica<br />

e social”, não podia estar mais na or<strong>de</strong>m do dia. A<br />

Distribuição Grossista, do modo como está organizada,<br />

é o garante da assistência medicamentosa a toda a população.<br />

A sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste sector é agora posta<br />

em causa se um conjunto <strong>de</strong> medidas responsáveis não<br />

forem a curto prazo assumidas por quem tutela a área<br />

do medicamento.<br />

Por tudo isto, a sustentabilida<strong>de</strong> do setor passa por uma<br />

reestruturação ao mais ínfimo pormenor por parte das<br />

empresas grossistas, <strong>de</strong> modo a tornarem-se mais eficientes,<br />

o que vai obrigatoriamente levar a uma redução<br />

<strong>dos</strong> serviços que prestam. Esta redução <strong>de</strong> serviços terá<br />

forçosamente um impacte junto das farmácias que <strong>de</strong>verá<br />

eventualmente conduzir a algumas alterações <strong>de</strong><br />

parte a parte.<br />

O mercado da Distribuição Farmacêutica Nacional está<br />

dividido por conjunto <strong>de</strong> empresas, em que quatro <strong>de</strong>las<br />

são cooperativas, e representam aproximadamente<br />

42% <strong>de</strong> quota <strong>de</strong> mercado; das restantes empresas,<br />

duas estão ligadas a multinacionais, tendo uma <strong>de</strong>las<br />

participação <strong>de</strong> capitais portugueses.<br />

As empresas <strong>de</strong> Distribuição Grossista cada vez mais<br />

estão a sofrer aquilo que chamamos do “Síndroma da<br />

Sandwich”, completamente pressionadas pelos clientes,<br />

as farmácias, na busca das melhores condições comerciais<br />

e financeiras, não <strong>de</strong>scurando um elevado nível <strong>de</strong><br />

serviços, e a Indústria Farmacêutica, com uma capacida<strong>de</strong><br />

económica enorme, e com uma forte pressão nas<br />

margens e uma ameaça permanente no estabelecimento<br />

<strong>de</strong> uma relação direta com as farmácias.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Miguel Silvestre<br />

Plural Crl<br />

CURRICULUM VITAE<br />

• Natural <strong>de</strong> Sé Nova, Coimbra, a 19/05/67;<br />

• Casado, 2 filhos;<br />

• Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra;<br />

• Pertenceu à Direcção-Geral da Associação Académica<br />

<strong>de</strong> Coimbra em 1989/90; no mesmo período,<br />

responsável pelo Núcleo <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Farmácia;<br />

foi membro da Assembleia <strong>de</strong> Representantes da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra;<br />

• Estágio em 1991 no Laboratório Indústria Farmacêutica<br />

Euro-Labor;<br />

• Diretor Comercial da Plural – Cooperativa Farmacêutica<br />

Crl (ex Farbeira – Cooperativa <strong>de</strong> Farmacêuticos<br />

do Centro, Crl) durante os anos <strong>de</strong> 1992 e 1993;<br />

• Diretor Técnico da Plural (ex Farbeira) entre Janeiro e<br />

Agosto <strong>de</strong> 1994;<br />

• Proprietário e Diretor Técnico da Farmácia Miguel Silvestre,<br />

em Góis, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1994 a Janeiro<br />

<strong>de</strong> 2009;<br />

• Colaborador do Sector <strong>de</strong> Formação Contínua da<br />

Associação Nacional das Farmácias <strong>de</strong> 1997 a 1999;<br />

• Gerente da Plural II Lda. (ex Farmoeste Lda) <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

Março <strong>de</strong> 1998;<br />

• Pertenceu à Direção da Plural (ex Farbeira) entre<br />

1998/2001;<br />

• Presi<strong>de</strong>nte da Direção da Plural (ex Farbeira) <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

Março <strong>de</strong> 2001;<br />

• Delegado <strong>de</strong> Círculo da Associação Nacional das<br />

Farmácias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997;<br />

• Presi<strong>de</strong>nte da Direção da Delegação do Centro da<br />

Associação Nacional das Farmácias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Fevereiro<br />

<strong>de</strong> 2000;<br />

• Administrador da Bluepharma, Indústria Farmacêutica<br />

S.A. <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2001;<br />

• Administrador da Bluepharma Genéricos SA <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

Março <strong>de</strong> 2002;<br />

• Administrador da Coimbravita-ADR, S.A. - Agência <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Regional, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2005 a Março<br />

<strong>de</strong> 2006;<br />

• Presi<strong>de</strong>nte da Mesa da Assembleia da Finanfarma;<br />

• Sócio-gerente da Farmácia <strong>de</strong> Celas, em Coimbra,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2008;<br />

• Administrador da Farminveste SGPS SA;<br />

• Administrador da a2b SGPS SA;<br />

• Participou como orador em vários Congressos, Simpósios<br />

e Seminários.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Sustentabilida<strong>de</strong><br />

A Exportação Paralela e o Mercado<br />

Nacional<br />

Diogo Gouveia<br />

Mesa da Divisão farmacêutica da GROQUIFAR<br />

A Exportação paralela é um negócio lícito regulado e<br />

controlado que permite a exportação <strong>de</strong> medicamentos<br />

no âmbito do Espaço Económico Europeu. A razão principal<br />

para a sua existência <strong>de</strong>corre das diferenças do<br />

preço <strong>dos</strong> medicamentos nos países exportadores (ex:<br />

Itália, Grécia, UK) e os países importadores (ex: Alemanha,<br />

Escandinávia, Uk, Holanda).<br />

Preten<strong>de</strong>-se na comunicação enquadrar a exportação<br />

paralela na realida<strong>de</strong> actual do mercado e ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> distribuição<br />

<strong>de</strong> medicamentos em Portugal.<br />

Questiona-se o enquadramento da exportação paralela<br />

num contexto <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> económica europeia,<br />

on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> uma homogeneida<strong>de</strong> e convergência<br />

cada vez maior, mas on<strong>de</strong> ainda se permitem distorções<br />

significativas nalguns merca<strong>dos</strong>, que conduzem a comércio<br />

paralelo entre os esta<strong>dos</strong> membros.<br />

Sugere-se algumas perspectivas para a construção <strong>de</strong><br />

um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> futuro que assegure maior transparência,<br />

equida<strong>de</strong> e sustentabilida<strong>de</strong>, para to<strong>dos</strong> os intervenientes<br />

na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> distribuição.<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Formação Académica e Profissional<br />

1994-2000<br />

Licenciatura Ciências Farmacêuticas, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Farmácia <strong>de</strong> Lisboa<br />

2001<br />

Pós Graduação-I Programa Avançado <strong>de</strong> Gestão para<br />

Farmacêuticos, Universida<strong>de</strong> Católica, Lisboa<br />

2007-2010<br />

Mestrado em Marketing Management, Iscte Business<br />

Scholl, Lisboa<br />

Experiência Profissional/Associativa<br />

2001<br />

Proprietário da Farmácia Piçarra<br />

2004<br />

Membro da Direcção das Cooperativas União <strong>dos</strong> Farmacêuticos<br />

e Udifar<br />

Set 2012<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Divisão Farmacêutica Groquifar<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Sustentabilida<strong>de</strong><br />

A Exportação Paralela e o Mercado<br />

Nacional<br />

Cristina Lopes<br />

APIFARMA<br />

A exportação <strong>de</strong> medicamentos é uma prática legal que<br />

contribui para as exportações gerais <strong>dos</strong> países e é consi<strong>de</strong>rada<br />

como essencial para o crescimento económico<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento das empresas.<br />

Fontes bibliográficas diversas, indicam que o comércio<br />

paralelo representa cerca <strong>de</strong> 5 mil milhões <strong>de</strong> euros por<br />

ano (compreen<strong>de</strong>ndo 2,8 mil milhões <strong>de</strong> euros referentes<br />

a especialida<strong>de</strong>s farmacêuticas e 2,3 mil milhões <strong>de</strong><br />

produtos para os cuida<strong>dos</strong> primários). É um negócio<br />

que se baseia nas diferenças <strong>de</strong> preços entre os Esta<strong>dos</strong><br />

Membros e, por conseguinte, o <strong>de</strong>stino e a origem<br />

do comércio paralelo alteram rapidamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

das taxas <strong>de</strong> câmbio e das alterações <strong>de</strong> preços.<br />

Em termos históricos, o impacto das alterações <strong>de</strong> preços<br />

no valor das importações paralelas po<strong>de</strong> ser observado<br />

em países como a Alemanha (alterações no nível<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos), a Irlanda (alterações no sistema <strong>de</strong> preços<br />

e comparticipação) e a Suécia e Reino Unido (resultantes<br />

das diferenças <strong>de</strong> moeda).<br />

Os principais produtos visa<strong>dos</strong> pelo comércio paralelo<br />

também alteram <strong>de</strong> modo a reflectir as melhores oportunida<strong>de</strong>s.<br />

Na verda<strong>de</strong>, para alguns produtos as importações<br />

paralelas po<strong>de</strong>m representar mais <strong>de</strong> 90% em<br />

valor, quando compara<strong>dos</strong> com 10% no total <strong>dos</strong> países<br />

importadores. Tendo por base a média <strong>de</strong> penetração<br />

para os 20 principais medicamentos, em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong><br />

importadores, verifica-se que a taxa mais elevada<br />

<strong>de</strong> penetração em termos <strong>de</strong> valor po<strong>de</strong> ascen<strong>de</strong>r aos<br />

50%. A importação paralela parece estar cada vez mais<br />

orientada para os produtos <strong>de</strong> maior valor.<br />

Neste contexto, Portugal assume-se como um país exportador<br />

paralelo, sobretudo por comercializar medicamentos<br />

a preços mais baixos do que muitos <strong>dos</strong> restantes<br />

países da Europa.<br />

Esta prática torna-se ilegal quando a exportação compromete<br />

o abastecimento regular do mercado nacional<br />

<strong>de</strong> medicamentos, pondo em causa a acessibilida<strong>de</strong> pelos<br />

doentes. A lei preceitua que:<br />

• Os titulares <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> introdução no mercado<br />

<strong>de</strong> medicamentos e os distribuidores por grosso<br />

<strong>dos</strong> mesmos produtos disponham permanentemente<br />

<strong>de</strong> medicamentos em quantida<strong>de</strong> e varieda<strong>de</strong><br />

suficientes para garantir o fornecimento a<strong>de</strong>quado e<br />

contínuo do mercado geográfico, <strong>de</strong> forma a garantir<br />

a satisfação das necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> doentes<br />

• O INFARMED <strong>de</strong>finiu os critérios <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação<br />

das quantida<strong>de</strong>s mínimas <strong>de</strong> medicamentos que <strong>de</strong>vem<br />

ser mantidas no território nacional, para garantia<br />

<strong>de</strong> fornecimento às farmácias e aos doentes.<br />

Sempre que esta situação não se verifique existe violação<br />

da lei que regula a distribuição <strong>de</strong> medicamentos e<br />

o NFARMED <strong>de</strong>ve intervir.<br />

A exportação paralela, pelo facto <strong>de</strong> consistir na transferência<br />

<strong>de</strong> embalagens do mesmo medicamento igualmente<br />

aprovado e existente em outros países é uma<br />

prática que não traz qualquer benefício para o País, pois<br />

o ganho com o diferencial <strong>de</strong> preços entre o país exportador<br />

e importador per<strong>de</strong>-se com os custos <strong>de</strong> transporte,<br />

adaptações <strong>de</strong> rotulagem e os lucros <strong>dos</strong> operadores<br />

intermédios.<br />

Contribui para esta situação a referenciação internacional<br />

<strong>de</strong> preços, a qual cria um ajustamento <strong>de</strong> preços em<br />

baixa para Portugal, com um impacto directo sobre as<br />

empresas farmacêuticas a operar no mercado nacional.<br />

As empresas farmacêuticas, para além <strong>de</strong> se verem confrontadas<br />

com os problemas <strong>de</strong> não abastecimento e <strong>de</strong><br />

rupturas <strong>de</strong> stocks, vêem reduzida a sua competitivida<strong>de</strong><br />

e consequentemente a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento<br />

em inovação.<br />

Na prática, o Estado e os Doentes não retiram qualquer<br />

benefício visível <strong>de</strong>ste sistema.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Cristina Lopes<br />

APIFARMA<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Formação Académica:<br />

Socieda<strong>de</strong>s Profissionais (Membro):<br />

Licenciatura em Ciências Farmacêuticas - ramo <strong>de</strong> Farmácia<br />

<strong>de</strong> Oficina e Hospitalar, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia,<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa (1989);<br />

Pós-Graduação em Regulação e Avaliação do Medicamento<br />

e Produtos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia,<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa (2003)<br />

Especialista em Assuntos Regulamentares pela Or<strong>de</strong>m<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos (2007)<br />

Programa Avançado <strong>de</strong> Gestão em Saú<strong>de</strong> da FCEE-<br />

Universida<strong>de</strong> Católica (2009)<br />

Curso Pós-Graduado <strong>de</strong> Actualização em Farmacoepi<strong>de</strong>miologia<br />

Avançada realizado pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa (2009)<br />

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa (2010)<br />

Sócia da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1989)<br />

Sócia da APREFAR (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998)<br />

Representações nacionais e internacionais:<br />

Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> representação da Indústria Farmacêutica<br />

pela APIFARMA<br />

Activida<strong>de</strong> Profissional:<br />

Directora <strong>dos</strong> Assuntos Técnicos na APIFARMA – Associação<br />

Portuguesa da Indústria Farmacêutica (<strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2003)<br />

Directora Técnica, na firma Mayne Pharma (Portugal),<br />

Lda, anteriormente <strong>de</strong>signada como Faulding Farmacêutica,<br />

Lda (1997-2003) e actualmente Ospira<br />

Group Product Manager & Product Manger, nos Laboratórios<br />

Lusoterapia/Servier respectivamente em (1994-<br />

1997) (1992-1994)<br />

Técnica Superior <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, nos Serviços Farmacêuticos<br />

do Hospital <strong>de</strong> Sto. António <strong>dos</strong> Capuchos – HSAC<br />

(1989 -1991)<br />

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Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Sustentabilida<strong>de</strong><br />

A Exportação Paralela e o Mercado<br />

Nacional<br />

Joana Teles<br />

INFARMED<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Ao INFARMED, I.P. compete garantir o acesso, por parte<br />

<strong>dos</strong> cidadãos, a medicamentos com qualida<strong>de</strong>, eficácia<br />

e segurança reconhecidas. O Decreto-Lei n.º 176/2006,<br />

<strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Agosto, estabelece o regime jurídico a que<br />

obe<strong>de</strong>ce a autorização <strong>de</strong> importação paralela (AIP) <strong>de</strong><br />

medicamentos. A importação paralela é uma forma legal<br />

<strong>de</strong> comércio, utilizada entre os Esta<strong>dos</strong> Membros da<br />

Comunida<strong>de</strong> Europeia, baseada no princípio <strong>de</strong> livre circulação<br />

<strong>de</strong> mercadorias, no âmbito do mercado interno.<br />

Assim, preten<strong>de</strong>-se com a apresentação transmitir o<br />

conceito <strong>de</strong> uma autorização <strong>de</strong> importação paralela e<br />

o seu enquadramento na legislação, incidindo sobre o<br />

procedimento do INFARMED, I.P. aquando da recepção<br />

<strong>de</strong> um pedido <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> importação paralela <strong>de</strong><br />

um medicamento proveniente <strong>de</strong> outro Estado Membro.<br />

Por outro lado, o INFARMED, I.P. tem como obrigação<br />

fornecer informação para importação paralela (IIP), relativa<br />

a qualquer medicamento com AIM registada em Portugal,<br />

a pedido <strong>de</strong> outra Autorida<strong>de</strong> Competente, para<br />

efeitos <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> uma autorização <strong>de</strong> comercialização<br />

<strong>de</strong> importação paralela do medicamento nesse<br />

Estado Membro. Os pedi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> informação recebi<strong>dos</strong><br />

no INFARMED, I.P. neste âmbito indicam intenções <strong>de</strong><br />

exportação paralela para os Esta<strong>dos</strong> Membros da União<br />

Europeia sendo que não é conhecida a <strong>de</strong>cisão tomada<br />

sobre cada requerimento.<br />

Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa.<br />

Encontra-se a exercer funções <strong>de</strong> farmacêutica na Direcção<br />

<strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Medicamentos (DAM) da Autorida<strong>de</strong><br />

Nacional do Medicamento e Produtos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

(INFARMED, I.P.).<br />

Iniciou as suas funções no INFARMED, I.P. como gestora<br />

<strong>de</strong> processos <strong>de</strong> pré- e pós- Autorização <strong>de</strong> Introdução<br />

no Mercado (AIM) <strong>de</strong> medicamentos por procedimento<br />

centralizado.<br />

Actualmente <strong>de</strong>sempenha funções como gestora <strong>de</strong><br />

processos <strong>de</strong> AIM <strong>de</strong> medicamentos por procedimento<br />

nacional e <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> Autorização <strong>de</strong> Importação<br />

Paralela (AIP).<br />

É ainda <strong>de</strong> referir que o enquadramento legal das activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> importação paralela e exportação paralela<br />

pressupõe o cumprimento das obrigações <strong>de</strong> abastecimento<br />

do mercado nacional através do fornecimento<br />

a<strong>de</strong>quado e contínuo do mercado por parte <strong>de</strong> to<strong>dos</strong><br />

os intervenientes na comercialização <strong>de</strong> medicamentos.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Marketing 3.0 - Tendências<br />

Futuras do Marketing<br />

Farmacêutico na Era Digital<br />

Marketing 3.0: Introdução & Abertura<br />

Miguel Santos Silva<br />

Grupo Profissional <strong>de</strong> Marketing Farmacêutico da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos<br />

O conceito <strong>de</strong> Marketing 3.0 surgiu com o alcance proporcionado<br />

pela internet e a explosão <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais,<br />

em que as empresas procuram uma aproximação com<br />

os consumidores e potenciais clientes, monitorando as<br />

suas opiniões sobre os serviços ou produtos ofereci<strong>dos</strong><br />

pela empresa.<br />

No Marketing 3.0, o profissional <strong>de</strong> marketing precisa<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as necessida<strong>de</strong>s e os <strong>de</strong>sejos <strong>dos</strong> utentes/<br />

clientes por forma a ser capaz <strong>de</strong> orientar as suas mentes,<br />

corações e espíritos.<br />

A necessida<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>sejo genérico <strong>dos</strong> utentes/ clientes,<br />

é fazer com que a socieda<strong>de</strong> e o mundo em geral se<br />

transformem num lugar i<strong>de</strong>al para se viver. Esse conceito<br />

guia todas as acções, ferramentas e instrumentos aborda<strong>dos</strong><br />

no Marketing 3.0.<br />

Desta forma, a actuação da área do Marketing numa<br />

empresa, passa a visar os utentes/ clientes através <strong>de</strong><br />

seus corações, mentes e espíritos. E isso, po<strong>de</strong> ser cruzado,<br />

numa matriz, com a Missão, Visão e Valores <strong>de</strong><br />

uma organização. O conceito é traduzido no Mo<strong>de</strong>lo da<br />

Matriz Baseada em Valores.<br />

Os 10 Princípios do Marketing 3.0:<br />

Princípio 1: Ame os seus clientes. Respeite os seus concorrentes<br />

Princípio 2: Seja sensível a mudanças, esteja pronto para<br />

transformar<br />

Princípio 3: Preserve o seu nome e imagem<br />

Princípio 4: Há diversos clientes; Prioritizar quem mais<br />

beneficia consigo<br />

Princípio 5: Ofereça Valor a um preço justo<br />

Princípio 6: Esteja disponível e passe a mensagem<br />

Princípio 7: Mantenha sempre seus clientes. Cultive-os<br />

e faça-os crescer<br />

Princípio 8: Seja qual for o seu negócio será sempre uma<br />

empresa <strong>de</strong> serviços<br />

Princípio 9: Refina sempre o seu processo <strong>de</strong> negócio<br />

em termos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, custo e entrega<br />

Princípio 10: Reúna informações relevantes, mas use a<br />

sabedoria para chegar à sua <strong>de</strong>cisão final<br />

O Marketing 3.0 tem que ser colaborativo, cultural e espiritual.<br />

As empresas que querem praticar marketing 3.0,<br />

<strong>de</strong>vem estar a par <strong>dos</strong> problemas comunitários relaciona<strong>dos</strong><br />

com o seu negócio. Desta forma, os consumidores<br />

têm um papel fundamental na criação <strong>de</strong> novos<br />

produtos e serviços, a<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong> às reais necessida<strong>de</strong>s<br />

do mercado.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Miguel Santos Silva<br />

Grupo Profissional <strong>de</strong> Marketing Farmacêutico da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Março 2010 à data<br />

PharmaPlanet, Portugal<br />

Country Manager – Sales, Marketing & Finance Lea<strong>de</strong>r<br />

Setembro 1991 – Marco 1996<br />

Boehringer Ingelheim, Portugal<br />

Sales Representative; Product Manager<br />

Dezembro 2008 – Julho 2009<br />

Schering-Plough, Portugal<br />

BU Director<br />

Novembro 2006 – Novembro 2008<br />

Pfizer, Portugal<br />

Marketing Director Primary Care; Established Products<br />

Project Lea<strong>de</strong>r<br />

Fevereiro 2003 – Octubro 2006<br />

Pfizer, Czech Republic<br />

Marketing Director Retail and Hospital<br />

Julho 2000 – Janeiro 2003<br />

Pfizer, Portugal<br />

Team Lea<strong>de</strong>r/ Marketing Manager - CNS Therapeutic<br />

Area<br />

Abril 1996 – Junho 2000<br />

Pfizer, Portugal<br />

Product Manager<br />

Licenciatura em Ciências Farmacêuticas<br />

1984-1991<br />

Pós-Graduação Marketing - (ISG)<br />

1993-1994<br />

Pós-Graduação Marketing – PAME – (UCP)<br />

1996-1997<br />

Marketing Management Pos-Graduação – (ISEG)<br />

2001-2002<br />

MBA Marketing & Finance | Sep. 2004 – Jun 2006<br />

DePaul Chicago University – Kellstadt Graduate School<br />

of Business<br />

Chicago, USA<br />

AACSB-accredited<br />

CPA 3.81<br />

Executive Master in Consulting and Coaching for<br />

Change | 2012<br />

INSEAD Executive Master in Consulting and Coaching<br />

for Change<br />

INSEAD Europe Campus<br />

Fontainebleau, France<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Marketing 3.0 - Tendências<br />

Futuras do Marketing<br />

Farmacêutico na Era Digital<br />

Valor do Marketing Digital: Que<br />

Oportunida<strong>de</strong>s Po<strong>de</strong>rão Existir na Área<br />

Farmacêutica?<br />

Filipe Carrera<br />

Instituto Superior <strong>de</strong> Economia e Gestão, Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa; Instituto Superior <strong>de</strong> Línguas e Administração,<br />

Lisboa; Instituto Português <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> Marketing, Porto<br />

O marketing tradicional está a contrair, por outro lado<br />

o marketing digital apresenta novos <strong>de</strong>safios, sendo a<br />

fusão <strong>de</strong>stas duas realida<strong>de</strong>s inevitável num novo conceito,<br />

o chamado Social Marketing.<br />

Neste momento importa analisar as oportunida<strong>de</strong>s e<br />

ameaças que advêm <strong>de</strong>sta nova forma <strong>de</strong> ver o marketing,<br />

em particular para um sector tão regulado com é o<br />

farmacêutico.<br />

Importa também analisar a emergência <strong>de</strong> novos prescritores,<br />

<strong>de</strong>vido à maior circulação <strong>de</strong> informação e organização<br />

<strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais <strong>de</strong> pacientes, que irão mudar<br />

radicalmente a forma <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong>ste sector.<br />

CURRICULUM VITAE<br />

É licenciado em Economia pelo Instituto Superior <strong>de</strong><br />

Economia e Gestão, com Mestrado em e-Business e<br />

E-Commerce pela Universida<strong>de</strong> Politécnica <strong>de</strong> Madrid<br />

e pós-graduações em Marketing, Negócio Eletrónico e<br />

Gestão <strong>de</strong> e-Learning.<br />

É professor do Instituto Superior <strong>de</strong> Economia e Gestão<br />

(ISEG), do Instituto Português <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong><br />

Marketing (IPAM), do Instituto Superior <strong>de</strong> Línguas e<br />

Administração (ISLA) e do Instituto Superior <strong>de</strong> Gestão<br />

Bancária (ISGB).<br />

É coor<strong>de</strong>nador da pós-graduação em Marketing Digital<br />

no IPAM <strong>de</strong> Lisboa, Aveiro e Porto, que é a pós-graduação<br />

lí<strong>de</strong>r em Portugal.<br />

É formador e orador internacional em cerca <strong>de</strong> 50 países<br />

em 4 continentes, tendo sido premiado em 2008 como<br />

Most Outstanding Trainer in Europe e Most Outstanding<br />

Trainer in the World pela Junior Chamber International.<br />

É autor <strong>dos</strong> livros Marketing Digital na Versão 2.0 – O<br />

Que Não Po<strong>de</strong> Ignorar Networking – Guia <strong>de</strong> Sobrevivência<br />

Profissional e Comunicar 2.0 – A Arte <strong>de</strong> Bem<br />

Comunicar no Século XXI. Estes livros encontram-se<br />

traduzi<strong>dos</strong> em Romeno, Inglês, Mongol e Espanhol, e<br />

disponíveis em mais <strong>de</strong> 60 países.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Rui Silva Carvalho<br />

Bioaxis Healthcare, Patient Support & Healthcare Solutions Portugal<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Marketing 3.0 - Tendências<br />

Futuras do Marketing<br />

Farmacêutico na Era Digital<br />

Case Studies Internacionais <strong>de</strong><br />

Comunicação Digital no Âmbito do<br />

Sector Farmacêutico<br />

Numa época em que se vive já o Marketing 3.0, a indústria<br />

Farmacêutica está também a evoluir para um “Business<br />

mo<strong>de</strong>l” Pharma 3.0.<br />

Neste novo ambiente, a evolução das Tecnologias <strong>de</strong><br />

Informação (TI) e as reformas da saú<strong>de</strong>, são claramente<br />

factores que influenciam esta evolução, mas a par <strong>de</strong>stas<br />

e <strong>de</strong> forma igualmente importante, está a alteração<br />

no mo<strong>de</strong>lo típico <strong>de</strong> cliente da Indústria Farmacêutica.<br />

Se nos mo<strong>de</strong>lo Pharma 1.0 o médico era o único cliente<br />

e na sua evolução para Pharma 2.0 assistimos à emergência<br />

do doente e das autorida<strong>de</strong>s pagadoras na disputa<br />

<strong>de</strong>ste lugar, no mo<strong>de</strong>lo Pharma 3.0 os pagadores<br />

e sobretudo o doente, são indiscutivelmente os clientes<br />

prepon<strong>de</strong>rantes.<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Licenciado em Gestão <strong>de</strong> Marketing pelo IPAM, é actualmente<br />

director Geral da Caredome membro da Bioaxis<br />

Healthcare UK empresa especializada na elaboração e<br />

implementação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> “Patient Adherence e<br />

Patient Support”.<br />

Desenvolveu a sua carreira profissional na Indústria Farmacêutica<br />

nas áreas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> Vendas e gestão <strong>de</strong><br />

Marketing, até à função <strong>de</strong> Hospital Unit Manager, na<br />

multinacional farmacêutica Boehringer Ingelheim.<br />

Da sua activida<strong>de</strong> profissional faz também parte trabalho<br />

como Consultor In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte em Estratégia, Marketing<br />

e Vendas, Análise <strong>de</strong> Investimento na Área da Saú<strong>de</strong>,<br />

Gestão <strong>de</strong> Li<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> “Advocacy”.<br />

Utilizando sobretudo as TI sobretudo da internet, o doente<br />

está informado como nunca e procura cada vez<br />

mais respostas para a sua saú<strong>de</strong>. Na ausência <strong>de</strong> apoio<br />

e informação sobre as terapêuticas prescritas, da sua<br />

importância e do “outcome” esperado, assistimos a um<br />

fenómeno que não é novo, mas que no contexto actual<br />

da Economia e da Indústria se tornou evi<strong>de</strong>nte. É o fenómeno<br />

da a<strong>de</strong>são à terapêutica e o seu impacto no “outcome”<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> esperado pelo doente, pelo pagador e<br />

pela indústria. A má a<strong>de</strong>são à terapêutica está <strong>de</strong>scrita<br />

e o seu impacto negativo estudado nos últimos anos.<br />

Soluções que possam melhorar significativamente a<br />

a<strong>de</strong>são à terapêutica utilizando as novas TI, terão um<br />

impacto positivo importante na saú<strong>de</strong> <strong>dos</strong> doentes, nos<br />

orçamentos das entida<strong>de</strong>s financiadoras da saú<strong>de</strong> e no<br />

retorno esperado da Indústria Farmacêutica.<br />

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Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Marketing 3.0 - Tendências<br />

Futuras do Marketing<br />

Farmacêutico na Era Digital<br />

Aplicação do Marketing Digital na Indústria<br />

Farmacêutica Portuguesa<br />

Rita Reis<br />

Merck Sharp & Dohme<br />

Projecto UNIVADIS - A porta <strong>de</strong> Entrada<br />

<strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na Internet<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

CURRICULUM VITAE<br />

INFORMAÇÃO NÃO DISPONÍVEL<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Marketing 3.0 - Tendências<br />

Futuras do Marketing<br />

Farmacêutico na Era Digital<br />

Luís Morais<br />

Pfizer<br />

Formação <strong>dos</strong> Profissionais <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> por WEBINARS - Uma aposta<br />

<strong>de</strong> futuro da Pfizer<br />

Sabemos que o nosso mundo está a mudar: O tempo<br />

é hoje o ativo mais precioso numa socieda<strong>de</strong> cada vez<br />

mais exigente; <strong>de</strong>mograficamente existem hoje profissionais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais novos, tecnologicamente avança<strong>dos</strong>;<br />

a realida<strong>de</strong> diz-nos também que o acesso aos<br />

profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é cada vez mais difícil. Os nossos<br />

clientes contactam-nos das formas mais variadas e a Indústria<br />

Farmacêutica tem que respon<strong>de</strong>r a esse <strong>de</strong>safio<br />

- através <strong>de</strong> múltiplos canais, tanto digitais como não<br />

digitais.<br />

A abordagem multicanal oferece a informação que os<br />

nossos clientes necessitam, na hora que lhes é mais<br />

conveniente e no formato mais vantajoso - proporcionando<br />

uma experiência mais positiva.<br />

O marketing multicanal consiste na utilização <strong>de</strong> varia<strong>dos</strong><br />

pontos <strong>de</strong> contacto para comunicar e influenciar a<br />

audiência alvo, através do uso <strong>de</strong> múltiplos canais, mensagens<br />

consistentes e coor<strong>de</strong>nadas e recolha <strong>de</strong> da<strong>dos</strong><br />

que permitem a melhoria contínua da experiência <strong>dos</strong><br />

nossos clientes e a satisfação das suas necessida<strong>de</strong>s.<br />

Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m visualizar a apresentação<br />

e partilhar as suas opiniões, interagindo diretamente<br />

com representantes da Pfizer, lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião e colegas,<br />

através <strong>de</strong> inquéritos online ou sessões <strong>de</strong> perguntas<br />

e respostas<br />

Esta é uma oportunida<strong>de</strong> para comunicar com mais<br />

clientes e diminuir os custos associa<strong>dos</strong> com a realização<br />

<strong>de</strong> eventos tradicionais, como seminários e conferências.<br />

As webinars po<strong>de</strong>m-se ajustar às mais variadas situações<br />

on<strong>de</strong> tradicionalmente se agendavam reuniões,<br />

apresentações ou eventos similares, como Speaker Programs<br />

com lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião, Advisory Boards ou Spearker<br />

Trainings..<br />

O marketing multicanal permite complementar o esforço<br />

das Forças <strong>de</strong> Vendas, ao permitir uma cobertura e frequência<br />

adicional.<br />

As webinars são um <strong>dos</strong> canais à disposição. Consistem<br />

numa reunião virtual interativa que se realiza através<br />

da internet e que po<strong>de</strong> assumir vários formatos - apresentações,<br />

workshops, seminários, etc, em direto ou em<br />

diferido.<br />

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Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Luís Morais<br />

Pfizer<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa em 1999, pósgraduado<br />

em “Programa Avançado <strong>de</strong> Gestão para Farmacêuticos”<br />

na Escola <strong>de</strong> Pós-Graduação em Ciências<br />

Económicas e Empresariais da Universida<strong>de</strong> Católica<br />

Portuguesa em 2001 e pós-graduado em “Marketing<br />

Management” no IDEFE – Instituto para o Desenvolvimento<br />

<strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong> Económicos, Financeiros e Empresariais<br />

em 2007.<br />

Des<strong>de</strong> 2012 ocupa a função <strong>de</strong> Country Digital Marketer<br />

na unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Primary Care <strong>dos</strong> Laboratórios Pfizer.<br />

Em 1999 iniciou a carreira profissional como farmacêutico<br />

na Associação Nacional <strong>de</strong> Farmácias, colaborando<br />

nos Programas <strong>de</strong> Intervenção Comunitária.<br />

Em 2001 envereda pela Indústria Farmacêutica, tendo<br />

ocupado a posição <strong>de</strong> Quality Assurance Regulatory<br />

Liaison na Aventis Pharma. Em 2004 principiou a sua<br />

colaboração com a Lilly Portugal, on<strong>de</strong> assumiu as funções<br />

<strong>de</strong> Clinical Research Associate, Delegado <strong>de</strong> Informação<br />

Médica, Special Project Lea<strong>de</strong>r, Improved Patient<br />

Outcomes Manager e Gestor <strong>de</strong> Produto.<br />

Em 2011 assumiu a função <strong>de</strong> Country Brand Lea<strong>de</strong>r<br />

nos Laboratórios Pfizer, com responsabilida<strong>de</strong> na área<br />

terapêutica da dor.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Competências Analíticas do<br />

Farmacêutico: Um horizonte<br />

sempre presente<br />

Poluentes Emergentes vs Consequências<br />

na Saú<strong>de</strong> Pública num Mundo Repleto<br />

<strong>de</strong> Substâncias Químicas<br />

Maria <strong>de</strong> Fátima Alpendurada<br />

Instituto da Água da Região do Norte<br />

Ao consultarmos Chemical Abstract Service enten<strong>de</strong>mos<br />

melhor o significado do <strong>de</strong>safio que nos é coloca<strong>dos</strong><br />

pela presença <strong>de</strong> poluentes emergentes (PE)<br />

no meio ambiente. O número <strong>de</strong> substâncias químicas<br />

sintetisadas é aproximadamente 650.000, um número<br />

impressionante e assustador que continua a aumentar.<br />

Para além <strong>dos</strong> biocidas, teremos que consi<strong>de</strong>rar as Toxinas<br />

<strong>de</strong> Algas, os Biocidas, Agentes Complexantes,<br />

Detergentes, Nanopartículas, Sub-produtos <strong>de</strong> Desinfecção,<br />

Fragrâncias, Plastificantes, Produtos <strong>de</strong> Cuidado<br />

Pessoal, Pesticidas e Fármacos. Muitos <strong>de</strong>stes<br />

compostos são metaboliza<strong>dos</strong> por bactérias, plantas,<br />

animais e seres humanos ou po<strong>de</strong>m ser sujeitos a processos<br />

não- bióticos, como a fotocatálise ou a <strong>de</strong>sinfecção<br />

da água para consumo humano. Em consequência<br />

dão origem a sub-produtos <strong>de</strong> transformação, que<br />

sendo geralmente menos hidrofóbicos que os produtos<br />

iniciais, passam mais facilida<strong>de</strong> nas etapas <strong>de</strong> tratamento<br />

<strong>de</strong> águas residuais. Os efluentes são <strong>de</strong>scarrega<strong>dos</strong><br />

nos rios e estes produtos vão causar alterações nos<br />

sistemas ecológicos, po<strong>de</strong>ndo ainda aparecer na água<br />

usada para consumo humano. Muitos <strong>dos</strong> sub-produtos<br />

apresentam maior toxicida<strong>de</strong> que os compostos iniciais,<br />

causando uma maior preocupação. Devido à complexida<strong>de</strong><br />

da interação entre os poluentes emergentes e o<br />

meio ambiente, é muito dificil a i<strong>de</strong>ntificação bem como<br />

estabelecer priorida<strong>de</strong>s no que respeita aos riscos ecotoxicológicos.<br />

A maioria <strong>dos</strong> PE, são compostos polares<br />

obrigando a técnicas <strong>de</strong> LC-MS-MS para a sua<br />

análise, mas a falta <strong>de</strong> livrarias <strong>de</strong> espectros, bem como<br />

as dificulda<strong>de</strong>s analíticas para a i<strong>de</strong>ntificação dificultam<br />

o avanço na i<strong>de</strong>ntificação e monitorização <strong>dos</strong> PE.<br />

A legislação europeia é bastante exigente nas metas a<br />

atingir: Directiva 2000/60/CE (DQA), Directiva 2008/105/<br />

CE(NQA) Decisão no. 2455/2001 /CE(Substâncias Prioritárias).<br />

Mas o essencial para a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> compostos<br />

<strong>de</strong>sconheci<strong>dos</strong>, é um espectrometro <strong>de</strong> massas exactas<br />

do tipo quadrupolo acoplado a um tempo-<strong>de</strong>-voo (TOF<br />

do ingles, time of flight), que o IAREN adquiriu através<br />

do Projecto QREN, cujo preço se aproxima <strong>de</strong> meio milhão<br />

<strong>de</strong> euros. É o único equipamento existente no nosso<br />

País. Assim para o estudo <strong>dos</strong> PE é necessário um<br />

enorme investimento noequipamento e na formação <strong>de</strong><br />

recursos humanos altamente qualifica<strong>dos</strong> para se obterem<br />

resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Um resultado analítico é<br />

muito diferente <strong>de</strong> um número saido <strong>de</strong> um software <strong>de</strong><br />

aquisicão: implica um sistema <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> implementado<br />

e reconhecido externamente ao laboratorio, bem<br />

como comparações interlaboratoriais internacionais frequentes.<br />

O IAREN faz parte <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> laboratórios<br />

europeus, inclui<strong>dos</strong> na NORMAN Association, colaborando<br />

frequentemente nestes ensaios, para avaliação<br />

da qualida<strong>de</strong> e harmonização <strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong> analíticos<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> internamente, e que são necessários à<br />

i<strong>de</strong>ntificação e quantificação <strong>dos</strong> PE.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Maria <strong>de</strong> Fátima Alpendurada<br />

Instituto da Água da Região do Norte<br />

CURRICULUM VITAE<br />

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL<br />

Fundou o IAREN-Instituto da Água da Região Norte em<br />

1991, com se<strong>de</strong> na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

do Porto até 2003, a partir <strong>de</strong>sta data em instalações<br />

próprias em Matosinhos. Prestou assessoria<br />

ambiental a várias instituições Associadas do IAREN em<br />

várias temáticas: águas naturais <strong>de</strong>stinadas a vários fins,<br />

efluentes industriais, em aterros sanitários e outros estu<strong>dos</strong><br />

ambientais.<br />

Coor<strong>de</strong>nou cerca <strong>de</strong> 120 estágios <strong>de</strong> técnicos <strong>de</strong> laboratório,<br />

e um número semelhante <strong>de</strong> estágios extra-curriculares<br />

<strong>de</strong> alunos da FFUP, através <strong>de</strong> um acordo com a<br />

Associação <strong>dos</strong> Estudantes da FFUP. Dirigiu e leccionais<br />

10 cursos <strong>de</strong> formação. Orientou 12 alunos pós- gradua<strong>dos</strong><br />

das Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Vigo e da Coruña; Elaborou<br />

18 Relatórios Técnicos sobre os Rios da Região Norte;<br />

Supervisionou 50 Ensaios Interlaboratoriais .<br />

Foi Secretária Geral da ENEAP- European-Mediterranean<br />

Association for Environmental Education Assessment<br />

and Protection; Faz parte da Direcção da NORMAN AS-<br />

SOCIATION, e é Presi<strong>de</strong>nte da Direccção do IAREN.<br />

ÁREAS DE ESPECIALIZAÇÃO<br />

Análise <strong>de</strong> compostos orgânicos : pesticidas, PCBs, hidrocarbonetos<br />

aromáticos policIclicos, fenóis, corantes,<br />

compostos orgânicos halogena<strong>dos</strong> e não halogena<strong>dos</strong>,<br />

poluentes emergentes por técnicas analiticas avançadas.<br />

Activida<strong>de</strong> Docente<br />

Exerceu funções <strong>de</strong> docente na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia<br />

da Universida<strong>de</strong> do Porto <strong>de</strong> 1970 a 2010, tendo sido<br />

Regente das Disciplinas <strong>de</strong> Hidrologia e Análises Hidrológicas,<br />

Controlo <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> e Acreditação <strong>de</strong> Laboratórios,<br />

Amostragem e Tratamento <strong>de</strong> Águas Residuais,<br />

e Regente da disciplina <strong>de</strong> Certificação e Acreditação<br />

<strong>de</strong> Laboratórios e Técnicas, no Mestrado Integrado em<br />

Ciências Farmacêuticas.<br />

Professora convidada no ISCTEM, em Maputo <strong>de</strong> 1997<br />

a 2007, na Escola <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão Industrial do<br />

Porto, no Instituto Superior <strong>de</strong> Ciências <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do<br />

Norte.<br />

Durante a activida<strong>de</strong> docente publicou 50 Publicações<br />

Pedagógicas<br />

ACTIVIDADE CIENTÍFICA<br />

Participou em cerca <strong>de</strong> 120 reuniões científicas internacionais;<br />

Publicou 65 artigos científicos em revista <strong>de</strong><br />

elevado indice <strong>de</strong> impacto; Apresentou cerca <strong>de</strong> 100<br />

comunicaões científicas; A convite <strong>de</strong> várias Instituições<br />

Universitárias e não Universitárias proferiu cerca <strong>de</strong> 50<br />

palestras.<br />

Coor<strong>de</strong>nou 12 projectos <strong>de</strong> investigação. Foi orientadora<br />

<strong>de</strong> teses <strong>de</strong> doutoramentos, seminários, teses <strong>de</strong><br />

mestra<strong>dos</strong>, e, trabalhos cientificos <strong>de</strong> alunos da Disciplina<br />

<strong>de</strong> Projecto da FFUP; foi ainda orientadora <strong>de</strong> trabalhos<br />

<strong>de</strong> iniciação à investigação a alunos da licenciatura<br />

em Ciências Farmacêuticas. Fez parte <strong>de</strong> 12 Comissões<br />

Cientificas <strong>de</strong> Congressos Internacionais e foi Chairman<br />

em duas Conferências internacionais a Convite da<br />

IAEAC-International Association of Environmental and<br />

Analytical Chemistry. Fez parte <strong>de</strong> vários júris <strong>de</strong> provas<br />

<strong>de</strong> doutoramento no País, em Espanha e Reino Unido.<br />

É revisora em várias revista internacionais: Journal of<br />

Cromatrography A, Analytical Chimica Acta, International<br />

Journal of Environmental Chenistry, Analytical and Bioanalytical<br />

Chemistry, Chemosphere, Journal of Chromatographic<br />

Science, Science of Total Environment, Journal<br />

water, Air and Soil Pollution.<br />

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2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Competências Analíticas do<br />

Farmacêutico: Um horizonte<br />

sempre presente<br />

O Farmacêutico e a Segurança Alimentar:<br />

Ontem, Hoje e Amanhã<br />

Fernando Ramos<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

Será que o Farmacêutico tem um papel relevante na Segurança<br />

Alimentar?<br />

A esta questão, os mais atentos, não hesitarão em respon<strong>de</strong>r:<br />

Claro que sim.<br />

A resposta a esta e a outras questões similares, para<br />

além <strong>de</strong> outros aspectos importantes, implica um conhecimento<br />

aprofundado <strong>de</strong> metodologias analíticas<br />

aplicadas ao controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> alimentos e não<br />

só, que, salvo melhor opinião, passa, nomeadamente<br />

nos países <strong>de</strong> origem latina, por uma formação muito<br />

próprio: a <strong>de</strong> Farmacêutico.<br />

A comunicação que se apresenta centra-se na temática<br />

atrás referida, apresentando uma sinopse geral sobre as<br />

“ferramentas operacionais” <strong>de</strong> que o Farmacêutico dispõe,<br />

perspectivando a evolução da Segurança Alimentar<br />

nos próximos <strong>de</strong>z anos, bem como a atitu<strong>de</strong> que o Farmacêutico<br />

<strong>de</strong>ve ter, se quiser continuar a estar na linha<br />

da frente <strong>de</strong>sta importante área <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>.<br />

CURRICULUM VITAE<br />

• Professor Associado: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra (Novembro <strong>de</strong> 2002 - ???)<br />

• Área <strong>de</strong> Investigação Principal: Bromatologia<br />

• Outras áreas <strong>de</strong> investigação: Química Analítica e Ambiente<br />

• Investigador Coor<strong>de</strong>nador do Grupo Health Surveillance<br />

do CEF (Centro <strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong> Farmacêuticos, integrado<br />

na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra)<br />

e Investigador colaborador do CIMAGO - Centro <strong>de</strong> Investigação<br />

em Meio Ambiente Genética e Oncobiologia,<br />

integrado na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Coimbra<br />

• Membro do JECFA (Comité misto FAO/OMS para Aditivos<br />

Alimentares, especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> medicamentos<br />

veterinários em alimentos)<br />

• Membro do Comité Executivo da Secção Europeia da<br />

AOAC - Association of Official Analytical Chemistry<br />

• Membro do Conselho Científico da “ASAE – Autorida<strong>de</strong><br />

Segurança Alimentar e Económica” e Presi<strong>de</strong>nte da<br />

CTE-B (Comissão Técnica Especializada B - Aditivos e<br />

produtos ou substâncias utilizadas nos alimentos para<br />

animais)<br />

• É autor e/ou co-autor <strong>de</strong> 85 publicações, entre as<br />

quais um livro (3 edições), 7 capítulos <strong>de</strong> livros e 37 artigos<br />

completos em revistas ISI<br />

Outras Activida<strong>de</strong>s Relevantes<br />

• Vereador da Câmara Municipal <strong>de</strong> Montemor-o-Velho<br />

no período compreendido entre 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1994 e<br />

5 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2002, tendo sido responsável pelas áreas<br />

da educação, cultura, <strong>de</strong>sporto, acção social e tempos<br />

livres. Foi Vice-presi<strong>de</strong>nte da referida Câmara <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

19 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1999 a 5 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2002.<br />

• Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos: Membro da Mesa da Assembleia<br />

Geral da Secção Regional <strong>de</strong> Coimbra (1995 a<br />

2001), Presi<strong>de</strong>nte da Direcção da Secção Regional <strong>de</strong><br />

Coimbra (2001-2007), Secretário da Direcção Nacional<br />

(2001-2004), Vice-Presi<strong>de</strong>nte da Direcção Nacional<br />

(2004-2007) e Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Jurisdicional Nacional<br />

(2007-2009)<br />

• Membro do “CNE – Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação”,<br />

em representação do Conselho Nacional das Profissões<br />

Liberais (2002-2007)<br />

• Subdirector da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra (2010-????)<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

SESSÕES PARALELAS<br />

Competências Analíticas do<br />

Farmacêutico: Um horizonte<br />

sempre presente<br />

Toxicologia na Profissão Farmacêutica:<br />

Competências, Desafios e Oportunida<strong>de</strong>s<br />

Nuno Oliveira<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

A Toxicologia é uma ciência multidisciplinar e transversal<br />

a diversas áreas da profissão farmacêutica. Para o farmacêutico,<br />

como profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> especialista do<br />

medicamento, o papel da Toxicologia torna-se relevante<br />

pela sua envolvência em várias etapas chave do ciclo<br />

do medicamento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as fases iniciais <strong>de</strong> investigação<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento até à sua utilização. Neste âmbito é<br />

fundamental, a par da ativida<strong>de</strong> farmacológica, conhecer-se<br />

muito precocemente o perfil toxicológico <strong>de</strong> um<br />

dado fármaco. Esta área, intimamente ligada ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> novos medicamentos, engloba muitas valências<br />

e requer profissionais altamente qualifica<strong>dos</strong>. A<br />

informação resultante po<strong>de</strong> inviabilizar o interesse <strong>de</strong> um<br />

fármaco promissor (e.g. genotoxicida<strong>de</strong> inequívoca). A<br />

problemática da toxicida<strong>de</strong> é importante não apenas ao<br />

nível <strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong> segurança não-clínicos, mas também<br />

ao nível das diferentes fases <strong>dos</strong> ensaios clínicos. A<br />

nível regulamentar, a Toxicologia está também presente<br />

nomeadamente nos pedi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> introdução<br />

no mercado (AIM) <strong>de</strong> novos medicamentos e na avaliação<br />

<strong>de</strong>stes por parte <strong>de</strong> profissionais especializa<strong>dos</strong>.<br />

Também a nível da produção e controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

medicamentos, os farmacêuticos <strong>de</strong> indústria <strong>de</strong>paramse<br />

com problemas relaciona<strong>dos</strong> com o manuseamento<br />

e exposição ocupacional a substâncias ativas e outros<br />

compostos. Por outro lado, os farmacêuticos que trabalham<br />

em farmácia hospitalar ou comunitária lidam com<br />

várias questões e <strong>de</strong>safios relaciona<strong>dos</strong> com fenómenos<br />

<strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong>, sendo <strong>de</strong>sta forma necessário realçar as<br />

suas competências nesta área.<br />

Numa outra perspetiva, mas igualmente importante pois<br />

o farmacêutico é um agente <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, torna-se fundamental<br />

referir que diversas áreas clássicas <strong>de</strong> actuação<br />

da profissão farmacêutica entrecruzam-se necessariamente<br />

com fundamentos e metodologias da Toxicologia.<br />

De entre estas áreas <strong>de</strong>stacam-se pela sua relevância<br />

as análises clínicas, análises toxicológicas forenses, bem<br />

como as análises bromatológicas e hidrológicas. Finalmente<br />

é <strong>de</strong> extrema importância referir ainda as diversas<br />

áreas <strong>de</strong> investigação em Toxicologia, on<strong>de</strong> o farmacêutico<br />

pela sua formação académica sólida e multifacetada<br />

po<strong>de</strong>rá integrar equipas <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolver<br />

um trabalho <strong>de</strong> relevo, contribuindo assim para o avanço<br />

da ciência e saú<strong>de</strong>.<br />

CURRICULUM VITAE<br />

Nuno Guerreiro <strong>de</strong> Oliveira é licenciado em Ciências<br />

Farmacêuticas pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa - FFUL (1993), mestre em “Controlo<br />

da Qualida<strong>de</strong> e Toxicologia <strong>dos</strong> Alimentos” pela FFUL<br />

(1998) e doutor em Farmácia (Toxicologia) pela Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa (2003). Foi Bolseiro <strong>de</strong> Investigação<br />

Científica (BIC, 1993-1995, Centro <strong>de</strong> Metabolismos<br />

e Genética), Bolseiro <strong>de</strong> Mestrado (PRAXIS XXI, 1996-<br />

1997, FFUL), Assistente Estagiário (1997-1998, FFUL),<br />

Assistente (1998-2003, FFUL), sendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong><br />

2003, Professor Auxiliar da FFUL. Pertence <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2011<br />

ao recém-criado Departamento <strong>de</strong> Ciências Toxicológicas<br />

e Bromatológicas da FFUL. Os seus interesses científicos<br />

centram-se na área da Toxicologia, especialmente<br />

no âmbito da Toxicologia Genética e da Toxicologia Alimentar.<br />

Foi investigador integrado do Centro <strong>de</strong> Investigação<br />

em Genética Molecular Humana (Dep. Genética<br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Médicas da Universida<strong>de</strong><br />

Nova <strong>de</strong> Lisboa) entre 1996 e 2007. Des<strong>de</strong> 2007 pertence<br />

ao Centro <strong>de</strong> I&D Research Institute for Medicines<br />

and Pharmaceutical Sciences – iMed.UL/FFUL - Grupo<br />

Chemical Biology and Toxicology. Tem participado em<br />

diversos projetos <strong>de</strong> investigação na área da Toxicologia.<br />

É autor/co-autor <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 40 publicações em revistas<br />

científicas internacionais (full papers e resumos) e <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> 80 comunicações científicas (orais e na forma<br />

<strong>de</strong> poster). E-mail: ngoliveira@ff.ul.pt<br />

pagina ı 71


posters


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

CNF/2012/A01/P001<br />

CNF/2012/A01/P002<br />

CNF/2012/A01/P003<br />

Infecções extraintestinais por Campylobacter – caso clínico<br />

Silva, A., Costa, H., Silva, M., Afonso, M., Pedrosa, A.<br />

Prevalência <strong>de</strong> hemoglobinas variantes num centro <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong> pessoas<br />

com diabetes<br />

Maria Gabriela Barata, Zulmira Peerally, Maria Augusta Silva, João Filipe Raposo<br />

Testes <strong>de</strong> diagóstico in vitro - IGRAs: Quantiferon-TB Gold ® e T-Spot ®. TB para<br />

diagnóstico <strong>de</strong> Tuberculose latente, em indivíduos imunocomprometi<strong>dos</strong> com VIH<br />

e Artrite Reumatói<strong>de</strong><br />

sónia Moreira, Raquel Duarte<br />

ANÁLISES TOXICOLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS, HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS<br />

CNF/2012/A02/P001<br />

CNF/2012/A02/P002<br />

CNF/2012/A02/P003<br />

CNF/2012/A02/P004<br />

CNF/2012/A02/P005<br />

CNF/2012/A02/P006<br />

CNF/2012/A02/P007<br />

CNF/2012/A02/P008<br />

PortFIR (Portuguese Food Information Resource) – Re<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Partilha<br />

<strong>de</strong> Informação Alimentar<br />

Sílvia Judite Viegas, Maria Graça Dias, Roberto Brazão, Luísa Oliveira<br />

Determination of Ratios of Cranberry to Apple Proanthocyanidins in Binary Mixtures<br />

by Mass Spectrometry<br />

rodrigo D. P. Feliciano, Christian G. Krueger, Martha M. Vestling, Jess D. Reed<br />

Avaliação da Citotoxicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Biomateriais Acrílicos<br />

ana Bettencourt, Cristina Neves, Luís Pires Lopes, Nuno Oliveira, Joana Miranda,<br />

matil<strong>de</strong> Castro<br />

A Survey on the Rheological Behaviour of some Yoghurt Products from the Portuguese<br />

market<br />

Lídia Pinheiro, Célia Faustino, Ana Bettencourt<br />

Environmental Impact of Antibiotic Usage in Intensive, Extensive and Organic Piggeries<br />

in Portugal<br />

Jailson Pina, Liliana Silva, Celeste De Matos Lino, Leonor Meisel, Angelina Pena<br />

Mercury and Antibiotic Resistance in Bacteria Isolated from Tagus Estuary<br />

Neusa L.L. Figueiredo, João Canário, Aida Duarte, Cristina Carvalho,<br />

Envenenamento animal: situação em Portugal nos últimos anos<br />

Gabriela Assis<br />

ECOTOXTOOLS PROJECT: an overview of the evaluation of endocrine disruption (ED)<br />

isabel Rita Rebelo Ferreira Barbosa, Patrícia Palma<br />

pagina ı 73


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

ASSUNTOS REGULAMENTARES<br />

CNF/2012/A03/P001<br />

CNF/2012/A03/P002<br />

Medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM): requisitos regulamentares<br />

e análise da evolução do mercado<br />

angels Rafel, Cristina Toscano<br />

Environmental Risk Assessment for Human Medicinal Products, The Decision<br />

of Assessors un<strong>de</strong>r Constrains, “The old-marketed pharmaceuticals”<br />

maria Leonor Meisel<br />

DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA<br />

CNF/2012/A04/P001<br />

Transporte <strong>de</strong> medicamentos: utilização da temperatura média cinética e <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong><br />

<strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> na avaliação da qualida<strong>de</strong> do transporte<br />

sara Rabeca<br />

FARMÁCIA COMUNITÁRIA<br />

CNF/2012/A05/P001<br />

CNF/2012/A05/P002<br />

CNF/2012/A05/P003<br />

CNF/2012/A05/P004<br />

CNF/2012/A05/P005<br />

CNF/2012/A05/P006<br />

CNF/2012/A05/P007<br />

CNF/2012/A05/P008<br />

Avaliação da terapêutica anti-hipertensora e sua interferência no controlo<br />

da pressão arterial<br />

Esperança Silva, Orquí<strong>de</strong>a Ribeiro, Emanuel Ponciano, Margarida Caramona<br />

Avaliação <strong>de</strong> legibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pictogramas da UPS por Portugueses<br />

maria Augusta Soares, José Cabrita<br />

e-Health e a Prestação <strong>de</strong> Cuida<strong>dos</strong> Farmacêuticos: Contributo para a melhora<br />

da qualida<strong>de</strong> da prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

João Gregório, Luís Velez Lapão<br />

Evaluation of common home infusions on cholesterol levels of a group of<br />

Portuguese individuals<br />

catarina Ferreira, Luísa Serralheiro, Pedro Falé, Fátima Frazão<br />

Uma abordagem avaliativa da atuação do farmacêutico na farmácia comunitária:<br />

<strong>de</strong>safios e conquistas<br />

celma Thomaz <strong>de</strong> Azeredo Silva<br />

Proposta para promoção da saú<strong>de</strong> nas farmácias comunitárias<br />

Pedro Eduardo Menegasso, Márcia Rodriguez Vásquez Pauferro, Marcos Machado<br />

Ferreira, Priscila Nogueira Camacho Dejuste, Raquel Cristina Delfini Rizzi Grecchi,<br />

Nathália Christino Diniz Silva, Grabriela Pacheco <strong>de</strong> Oliveira, Rosana Mayumi Abe<br />

Intervenção farmacêutica para a melhoria da a<strong>de</strong>são à terapêutica com preparação<br />

individualizada da medicação<br />

selma Rato Monteiro<br />

Acompanhamento farmacoterapêutico <strong>de</strong> doentes com diabetes mellitus<br />

numa unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> primários<br />

célia Móteiro, Isabel Vitória Figueiredo, Fernando Fernan<strong>de</strong>z-Llimos,<br />

Margarida Castel-Branco, Margarida Caramona<br />

pagina ı 74


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P009<br />

CNF/2012/A05/P010<br />

CNF/2012/A05/P011<br />

CNF/2012/A05/P012<br />

CNF/2012/A05/P013<br />

CNF/2012/A05/P014<br />

CNF/2012/A05/P015<br />

CNF/2012/A05/P016<br />

CNF/2012/A05/P017<br />

CNF/2012/A05/P018<br />

CNF/2012/A05/P019<br />

CNF/2012/A05/P020<br />

CNF/2012/A05/P021<br />

CNF/2012/A05/P022<br />

Campanha <strong>de</strong> Sensibilização Cardiovascular<br />

carla Fonseca, Sérgio Gomes, João Roseiro<br />

A intervenção do farmacêutico na a<strong>de</strong>são à terapêutica em doentes i<strong>dos</strong>os<br />

em farmácia comunitária<br />

carolina Mosca, Isabel Vitória Figueiredo, Margarida Castel-Branco, Margarida Caramona<br />

O papel da farmácia comunitária na prevenção da doença e <strong>de</strong>teção <strong>de</strong> fatores<br />

<strong>de</strong> risco<br />

anabela Mascarenhas, Nélio Oliveira, Ana Gaspar Cabral, Ana Filipa Lourenço,<br />

Edite Teixeira Lemos, Barbara Cunha, João Oliveira, Paulo Monteiro, Fábio Branco<br />

A intervenção do farmacêutico na avaliação da função respiratória<br />

ana Filipa Oliveira Costa Dias Lourenço, Isabel Vitória Figueiredo, Margarida Castel-<br />

Branco, Margarida Caramona, Ana Cabral, Anabela Mascarenhas<br />

I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> situações alvo <strong>de</strong> melhoria através <strong>de</strong> revisão da medicação<br />

em diabéticos tipo 2<br />

ana Luísa Simões, Isabel Vitória Figueiredo, Fernando Fernan<strong>de</strong>z-Llimos,<br />

Margarida Castel-Branco, Margarida Caramona<br />

Revisão da medicação focada na utilização <strong>de</strong> anti-inflamatórios não esterói<strong>de</strong>s<br />

por um grupo <strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> primários<br />

ana Teresa Santos, Isabel Vitória Figueiredo, Margarida Castel-Branco,<br />

Margarida Caramona, Luís Miguel Santiago<br />

Avaliação da efectivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> anti-hipertensores<br />

cristina Barreto, Isabel Vitória Figueiredo, Margarida Castel-Branco, Margarida Caramona,<br />

capitolina Figueiredo<br />

Qualida<strong>de</strong> na dispensa <strong>de</strong> medicamentos não sujeitos a receita médica em farmácias<br />

e parafarmácias: resulta<strong>dos</strong> preliminares do estudo QualMed<br />

Paulo Veiga, Sara M. Martins, Luís V. Lapão, Afonso M. Cavaco, Mara P. Guerreiro<br />

Intervenção da Farmácia na Dor Neuropática<br />

Ema Paulino, Rita Cruz, Patrícia Parrinha, Diogo Trinda<strong>de</strong>, Maria José Moreira<br />

Avaliação do impacto do Acompanhamento Farmacoterapêutico no Risco<br />

Cardiovascular<br />

marta Abreu, Isabel Vitória Figueiredo, Fernando Fernan<strong>de</strong>z-Llimos,<br />

Margarida Castel-Branco, Margarida Caramona, Paulo Monteiro<br />

A<strong>de</strong>são comportamental em diabéticos tipo 2 trata<strong>dos</strong> com insulina<br />

maria Célia Lourenço Patrão, João Relvas, Manuela Carvalheiro, Margarida Caramona<br />

A<strong>de</strong>são da autoeficácia em diabéticos tipo 2 trata<strong>dos</strong> com insulina<br />

maria Célia Lourenço Patrão, João Relvas, Manuela Carvalheiro, Margarida Caramona<br />

Avaliação da efetivida<strong>de</strong> e segurança da terapêutica antidiabética numa farmácia<br />

comunitária<br />

mónica Ferreira, Isabel Vitória Figueiredo, Margarida Castel-Branco, Margarida Caramona,<br />

anabela Mascarenhas<br />

Análise exploratória <strong>dos</strong> anos <strong>de</strong> doença em diabéticos tipo 2 trata<strong>dos</strong> com insulina<br />

maria Célia Lourenço Patrão, João Relvas, Manuela Carvalheiro, Margarida Caramona<br />

pagina ı 75


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P023<br />

CNF/2012/A05/P024<br />

CNF/2012/A05/P025<br />

CNF/2012/A05/P026<br />

CNF/2012/A05/P027<br />

CNF/2012/A05/P028<br />

CNF/2012/A05/P029<br />

CNF/2012/A05/P030<br />

CNF/2012/A05/P031<br />

CNF/2012/A05/P032<br />

CNF/2012/A05/P033<br />

CNF/2012/A05/P034<br />

CNF/2012/A05/P035<br />

CNF/2012/A05/P036<br />

CNF/2012/A05/P037<br />

Efeito da suplementação com vitamina D na pressão arterial e no risco cardiovascular<br />

em utentes com índice <strong>de</strong> massa corporal igual ou superior a 25<br />

maria Raquel Sá Miranda Moreno, Juliana Rita Andra<strong>de</strong> Silva, Lina Jesus Brás Rodrigues,<br />

Susana Natalina Esteves Seixas<br />

Pé diabético - Ensino em grupo. Uma colaboração interprofissional<br />

mónica Condinho, Patrícia Parrinha, Carlos Sinogas, Fernando Miranda<br />

Intervenção farmacêutica no tratamento do liquen plano. Caso clínico.<br />

monica Condinho, Margarida Vargas, Carlos Sinogas<br />

Papel do Farmacêutico no controlo e <strong>de</strong>teção precoce da Diabetes mellitus<br />

ana Sofia Amaral, Marta Enes, Patrícia Ferreira, Rosa Maria Sousa<br />

Intervenção da farmácia comunitária no pé diabético. Caso clínico<br />

mónica Condinho, Ana Isabel Marques, CarlosSinogas, Patrícia Parrinha<br />

O papel da farmácia comunitária na prevenção, <strong>de</strong>teção e controlo<br />

da Hipertensão arterial<br />

anabela Mascarenhas, Nélio Oliveira, Ana Gaspar Cabral, Barbara Cunha, João Oliveira,<br />

Paulo Monteiro, Fábio Branco<br />

A importância do farmacêutico na análise individual das prescrições em farmácia<br />

magistral<br />

ronaldo Ferreira Da Silva, Luísa Tostes Oliveira, Lázara Montezano Lopes,<br />

João Márcio da Silva Correa<br />

Supporting Portuguese Pharmacies’ advising on dietary supplements<br />

sandra Lino, Joana Pinto, Beatriz Macedo, Filipa Santos<br />

Despesa com medicamentos em Portugal e estratégias para o uso racional<br />

do medicamento<br />

inês Teixeira, Suzete Costa, Zilda Men<strong>de</strong>s<br />

Conheça os valores do seu coração: uma campanha das farmácias portuguesas<br />

rita Santos, Cristina Santos, Tiago Ganhoto, Pedro Teixeira, Zilda Men<strong>de</strong>s, Suzete Costa,<br />

Fernando <strong>de</strong> Pádua<br />

Serviço <strong>de</strong> vacinação nas farmácias portuguesas: Resulta<strong>dos</strong> da campanha nacional<br />

“Vacine-se contra a gripe nas farmácias” 2011/12<br />

rute Horta, Cristina Santos, Suzete Costa, Mário Anchisi, Carla Torre, José Guerreiro,<br />

Zilda Men<strong>de</strong>s<br />

Dietary Supplements – Technical and scientific analysis of major safety issues: caring<br />

for consumer’s health<br />

sandra Lino, Joana Pinto, Beatriz Macedo, Filipa Santos<br />

Quando a via oral não é solução - A base PLO em medicamentos manipula<strong>dos</strong><br />

clarisse Dias<br />

Evolução do consumo <strong>de</strong> antidiabéticos orais em Portugal e uso racional<br />

do medicamento<br />

suzete Costa, Carla Torre, José Guerreiro, Zilda Men<strong>de</strong>s, Inês Teixeira<br />

Evolução do consumo <strong>de</strong> anti<strong>de</strong>pressivos, ansiolíticos, hipnóticos e sedativos<br />

em Portugal e as metas do Plano Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 2004-2010<br />

carla Torre, José Guerreiro, Suzete Costa<br />

pagina ı 76


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P038<br />

CNF/2012/A05/P039<br />

CNF/2012/A05/P040<br />

CNF/2012/A05/P041<br />

CNF/2012/A05/P042<br />

CNF/2012/A05/P043<br />

CNF/2012/A05/P044<br />

CNF/2012/A05/P045<br />

CNF/2012/A05/P046<br />

CNF/2012/A05/P047<br />

CNF/2012/A05/P048<br />

CNF/2012/A05/P049<br />

Evolução do consumo <strong>de</strong> antihipertensores em Portugal e uso racional<br />

do medicamento<br />

suzete Costa, Carla Torre, José Guerreiro, Inês Teixeira<br />

O contributo da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> farmácias na avaliação do medicamento e <strong>de</strong> outras<br />

tecnologias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em contexto real<br />

carla Torre, José Guerreiro, Suzete Costa, Zilda Men<strong>de</strong>s<br />

Campanha <strong>de</strong> protecção solar nas farmácias<br />

isabel Jacinto, Zilda Men<strong>de</strong>s, Cristina Santos, Suzete Costa<br />

Circuito do medicamento num lar <strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os: da seleção à utilização. Oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> intervenção farmacêutica<br />

Joana Faria, Paula Iglésias-Ferreira, Henrique Mateus-Santos, Paula Fresco<br />

Cross-Cultural adaptation and validation of the “women’s health questionnaire”<br />

(WHQ) to European Portuguese<br />

sílvia Rodrigues, Paula Iglésias-Ferreira, Henrique Mateus-Santos, Paula Fresco<br />

Determinação da taxa <strong>de</strong> controlo da hipertensão arterial <strong>dos</strong> doentes <strong>de</strong> uma<br />

farmácia comunitária<br />

Gabriela Louro Cruz, Magda Aguiar, Rui Ferreira, Tiago Nogueira, Narcisa Carvalho Dias<br />

Proposta <strong>de</strong> um sistema visual <strong>de</strong> informação sobre medicamentos (SVIMed):<br />

ensaio piloto.<br />

mariana Ferreira-Antunes, Henrique Mateus-Santos, Paula Iglésias-Ferreira, Marco Neves<br />

Liberte-se do vício… e viva melhor! Resultado da campanha <strong>de</strong> rua<br />

Paula Iglésias-Ferreira, Isabel Viana, Alexandra Marques, José Carvalho, Márcia Pinto,<br />

Eliana Mota, Nuno Castro, Carolina Bioucas, Ana Santos, Joana Carrasqueira, Joana<br />

Gomes, Luís Requetim, Henrique Mateus-Santos,<br />

Dispensa clínica <strong>de</strong> medicamentos em pediatria: Intervenção activa do farmacêutico<br />

na prevenção da morbilida<strong>de</strong> associada à azitromicina<br />

Elisabete Oliveira<br />

Preparação individualizada da medicação e monitorização da terapêutica em utentes<br />

institucionaliza<strong>dos</strong><br />

mafalda Vidinha, Estela Ramos, Carlos Sinogas<br />

Implementação e impacto da consulta farmacêutica em farmácia comunitária<br />

mafalda Vidinha, Mónica Condinho, Ana Monteiro, Sofia Linares, Ângela Pinto, Sara Pinto,<br />

Nádia Russo, Margarida Querido, Capitolina Figueiredo Pinho, Cristina Augusto, Carlos<br />

Sinogas, Fernando Miranda<br />

Acompanhamento farmacoterapêutico. Impacto na notificação espontânea<br />

<strong>de</strong> reacções adversas a medicamentos<br />

mónica Condinho, Mafalda Vidinha, Fernando Miranda, Margarida Cavaco<br />

pagina ı 77


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

FARMÁCIA HOSPITALAR<br />

CNF/2012/A06/P001<br />

CNF/2012/A06/P002<br />

CNF/2012/A06/P003<br />

CNF/2012/A06/P005<br />

CNF/2012/A06/P006<br />

CNF/2012/A06/P007<br />

O papel do farmacêutico na pesquisa <strong>de</strong> informação clínica sobre reações adversas<br />

da terapêutica anti retrovírica<br />

catarina Abrantes, Ana Cristina Ribeiro Rama, Maria Margarida Caramona,<br />

António Meliço-Silvestre, Fernando Fernán<strong>de</strong>z-Llimós, Isabel Vitória Figueiredo<br />

Medicamentos <strong>de</strong> uso oftálmico prepara<strong>dos</strong> numa Farmácia Hospitalar<br />

maria Teresa Antas, Ana Costa, Cecília Martins, Aida Duarte<br />

Development and stability assessment of a pediatric oral suspension or amiodarone<br />

alexandra Arranja, Mafalda Vi<strong>de</strong>ira, Luís Gouveia<br />

A contribuição do farmacêutico na equipe <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> paliativos oncológicos<br />

Leonardo De Lima Moura, Ronaldo Ferreira Da Silva, Fernando Sérgio Da Silva Ferreiro<br />

Análise do perfil farmacoterapêutico <strong>dos</strong> doentes <strong>de</strong> hipertensão arterial pulmonar<br />

catarina Veiga, Catarina Coelho, Maria Manuel Proença<br />

Tratamento farmacológico da <strong>de</strong>pressão em mulheres grávidas<br />

Joana Lopes, Isabel Vitória Figueiredo, Margarida Castel-Branco, Margarida Caramona,<br />

Ana Cristina Rama, Ana Teresa Almeida Santos<br />

Indústria Farmacêutica<br />

CNF/2012/A07/P001<br />

CNF/2012/A07/P002<br />

CNF/2012/A07/P003<br />

CNF/2012/A07/P004<br />

CNF/2012/A07/P005<br />

CNF/2012/A07/P006<br />

CNF/2012/A07/P007<br />

Polímeros inteligentes: Importância da sua utilização em formas farmacêuticas<br />

<strong>de</strong> libertação modificada<br />

Hugo Emanuel Pereira Pinto De Jesus Almeida, Maria Helena <strong>dos</strong> Anjos<br />

Rodrigues Amaral, Paulo Alexandre Lourenço Lobão, José Manuel Sousa Lobo<br />

Glucomanano na perda <strong>de</strong> peso: uma janela <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s?<br />

Joana Viveiro, Inês Gonçalves<br />

Estudo comparativo <strong>de</strong> comprimi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Ciproeptadina 6mg produzi<strong>dos</strong>: pelo método<br />

<strong>de</strong> granulação a húmido e por mistura/compressão direta<br />

cristina Maria Dias Palminha<br />

Medição <strong>de</strong> processos: Registo Manual versus Registo Semiautomático<br />

sónia Garrido Santos<br />

Qualificação <strong>dos</strong> operadores responsáveis pelo processo <strong>de</strong> inspeção <strong>de</strong> cápsulas<br />

ana Margarida Henriques<br />

Controlo em processo na indústria farmacêutica “AB” - O estado da arte<br />

Helena Dordio<br />

Sistematização da implementação <strong>de</strong> um dispositivo <strong>de</strong> segurança<br />

– Abordagem por análise <strong>de</strong> risco no controlo da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> abastecimento<br />

miguel Ribeiro<br />

pagina ı 78


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A07/P008<br />

CNF/2012/A07/P009<br />

Projecto Lean Six Sigma <strong>de</strong> ajuste e optimização do Controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma emulsão<br />

Diogo Miguel <strong>de</strong> Sousa Manata, Sara Mafalda Martins Gafaniz<br />

Avaliação <strong>de</strong> risco em sistemas informatiza<strong>dos</strong>: Definição <strong>de</strong> metodologia<br />

para programação das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> validação<br />

Gabriela Lourenço, Telma Matias, Miguel Raposo<br />

OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA<br />

CNF/2012/A09/P001<br />

CNF/2012/A09/P002<br />

CNF/2012/A09/P003<br />

CNF/2012/A09/P004<br />

CNF/2012/A09/P005<br />

CNF/2012/A09/P006<br />

Pharmacological treatment of obesity: an update of currently used drugs<br />

armindo Dias Martins, Sandra Morgado, Manuel Morgado<br />

Risco Microbiológico nas Areias da Praia<br />

alexandra N. Silva, Paula Machado, José Moniz Pereira, Rui Loureiro<br />

The <strong>de</strong>velopment and formulation of pharmaceutical co-payment policies - a review<br />

sofia Crisóstomo<br />

O envolvimento das pessoas que vivem com a infecção pelo VIH na resposta<br />

à epi<strong>de</strong>mia: o caso das políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

sofia Crisóstomo, Luísa Lima<br />

Tyrosine kinase inhibitors in the pharmacological therapeutic<br />

sara Saraiva, Sandra Morgado, Manuel Morgado<br />

Legibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> folhetos informativos com base nas perspectivas <strong>dos</strong> doentes<br />

e <strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

afonso Miguel Cavaco, Carla Maria Batista Ferreira Pires<br />

CNF/2012/A09/P007<br />

CNF/2012/A09/P008<br />

CNF/2012/A09/P009<br />

CNF/2012/A09/P010<br />

Interação entre os extratos <strong>de</strong> Fucus vesiculosus e <strong>de</strong> Paullinia cupana<br />

com a amiodarona em ratos<br />

márcio Rodrigues, Gilberto Alves, Nulita Lourenço, Amílcar Falcão<br />

Análise das consultas sobre uso terapêutico recebidas por um centro <strong>de</strong> informação<br />

<strong>de</strong> medicamentos, em particular do subgrupo sobre utilização <strong>de</strong> medicamentos em<br />

indicações diferentes das aprovadas (uso off-label)<br />

ana Paula Men<strong>de</strong>s, Aurora Simón<br />

New strategies for the assessment of human skin<br />

catarina Rosado, Liliana Tavares, Catarina Fernan<strong>de</strong>s, Carla Monteiro, Maria Júlia Bujan,<br />

Luís Monteiro Rodrigues, Lídia Palma, Osvaldo Santos, Hugo Ferreira, Pedro Pinto, Maria<br />

Angélica Almeida<br />

Efficacy and safety drug testing using animal mo<strong>de</strong>ls<br />

Graziela Spongiatto, Maria Madalena Pereira, Michel F. Otuki, Patrícia Rijo, Ana Sofia<br />

Fernan<strong>de</strong>s, Cristina Mello-Sampayo, Henrique Silva, Beatriz Lima, Catarina Reis, Catarina<br />

Rosado, Luís Monteiro Rodrigues, Sara Can<strong>de</strong>ias<br />

pagina ı 79


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P011<br />

CNF/2012/A09/P012<br />

CNF/2012/A09/P013<br />

CNF/2012/A09/P014<br />

CNF/2012/A09/P015<br />

CNF/2012/A09/P016<br />

CNF/2012/A09/P017<br />

CNF/2012/A09/P018<br />

CNF/2012/A09/P019<br />

CNF/2012/A09/P020<br />

CNF/2012/A09/P021<br />

CNF/2012/A09/P022<br />

CNF/2012/A09/P024<br />

Avaliação <strong>dos</strong> efeitos fisiológicos da associação colagénio hidrolisado,<br />

magnésio e vitaminas do complexo B na sintomatologia <strong>dos</strong> processos <strong>de</strong>generativos<br />

da cartilagem articular<br />

marisa Machado, Maria Inês Bila, Ricardo Leite<br />

Avaliação do efeitos fisiológicos <strong>de</strong> Valeriana officinalis (Valeriana) (150 mg), Passiflora<br />

incarnata (Passiflora) (150 mg) e Humulus lupulo (Lúpulo) (150 mg), na sintomalogia<br />

da insónia primária.<br />

marisa Machado, Maria Inês Bila, Ricardo Leite<br />

O papel do farmacêutico na proteção da saú<strong>de</strong> pública através da notificação<br />

espontânea <strong>de</strong> reacções adversas<br />

Paula Sousa Ferreira, Ana Tereza Moreira Neres, Maria Augusta Soares, José Cabrita<br />

Hydrocortisone acetate-loa<strong>de</strong>d polycaprolactone nanoparticles: a promising<br />

<strong>de</strong>rmatological treatment for atopic <strong>de</strong>rmatitis<br />

ana Rita Jerónimo, Catarina Silva, Sara Can<strong>de</strong>ias, Catarina Rosado,<br />

Pedro Contreiras Pinto, Catarina Pinto Reis<br />

Anti-inflammatory activities of Uncaria tomentosa, Agrimonia eupatoria<br />

and Cymbopogon citratus on in vivo mo<strong>de</strong>l<br />

Pinto Ferreira J., Costa G., Batista M.T., Figueiredo I.V., Santos T., Caramona M.M.,<br />

castel-Branco M.M.<br />

Estratégias competitivas nos sítios electrónicos das farmácias <strong>de</strong> oficina<br />

com dispensa ao domicílio<br />

Ana Cristina Filipe Santos, Maria do Rosário <strong>de</strong> Abreu <strong>de</strong> Matos Bernardo<br />

Determinação quantitativa da ciprofloxacina por LC-FD nas matrizes <strong>de</strong> plasma<br />

e mucosa nasal<br />

Joana Sousa, Gilberto Alves, Ana Fortuna, Amílcar Falcão<br />

Development of a new HPLC-UV method for the simultaneous quantification of four<br />

antiepileptic drugs and their main metabolites in mouse liver homogenates<br />

ana Serralheiro, Gilberto Alves, Ana Fortuna, Amílcar Falcão<br />

Lemongrass industrial waste with potential anti-inflammatory properties<br />

Filipa Tavares, Gustavo Costa, Vera Francisco, Teresa Cruz, Isabel Vitória Figueiredo,<br />

teresa Batista<br />

Deaths attributed to the consumption of herbal medicines<br />

maria Luísa Rodrigues Costa, Maria Graça Campos<br />

A risk management tool for research in life sciences<br />

Nuno Arriagas<br />

Iron levels in humam brain: age-related changes in different anatomical regions<br />

and changes related to neuro<strong>de</strong>generative processes<br />

Patrícia Ramos, Nair Pinto, Agostinho Santos, Rui Ferreira, Ricardo Men<strong>de</strong>s,<br />

agostinho Almeida<br />

Qualificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfectantes – da teoria à prática<br />

ana Brízio, Vera Freitas<br />

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2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P025<br />

CNF/2012/A09/P026<br />

CNF/2012/A09/P027<br />

CNF/2012/A09/P028<br />

CNF/2012/A09/P029<br />

CNF/2012/A09/P030<br />

CNF/2012/A09/P031<br />

CNF/2012/A09/P032<br />

CNF/2012/A09/P033<br />

CNF/2012/A09/P034<br />

CNF/2012/A09/P035<br />

CNF/2012/A09/P036<br />

CNF/2012/A09/P037<br />

Evitar contaminações cruzadas – a validação da limpeza <strong>de</strong> equipamentos<br />

na preparação <strong>de</strong> produtos farmacêuticos<br />

Paula Rato, Ana Brízio<br />

Segurança, higiene e saú<strong>de</strong> no trabalho – caso <strong>de</strong> estudo e-learning<br />

Paulo Ferreira Silva, Alexandrina Teles, Maria Rosário Lourenço, Marisa Gomes,<br />

maria João Toscano<br />

Dinamizar – um projecto para elevar a capacida<strong>de</strong> competitiva e o <strong>de</strong>sempenho<br />

das Farmácias<br />

João Fernan<strong>de</strong>s, Alexandrina Teles, Paulo Duarte, André Sousa, Maria João Toscano,<br />

maria Rosário Lourenço<br />

Design of an innovative treatment for acne vulgaris using nanotechnology<br />

a. Gomes, L. Ascensão, P. Rijo, M. Baptista, S. Can<strong>de</strong>ias, P. Pinto, N. Martinho, A.<br />

Fernan<strong>de</strong>s, A. Roberto, C. Reis<br />

Desenvolvimento <strong>de</strong> um biossensor para o controlo <strong>de</strong> ácido kójico em produtos<br />

cosméticos<br />

Joana Carvalhido, Célia Gomes Amorim, Maria Conceição B.S.M. Montenegro,<br />

alberto da Nova Araújo<br />

Ferramentas digitais ao serviço da Qualida<strong>de</strong> na Farmácia Comunitária<br />

José Miguel Ferreira Ferrer Antunes, Kátia Cristina Fonseca Peixoto Pereira Saramago<br />

Poly(methylmethacrylate) particles for Controlled Release of Antibiotics<br />

ana Matos, António Almeida, Ana Bettencourt<br />

Melhor Saú<strong>de</strong> Interface bioética e gestão <strong>de</strong> risco em saú<strong>de</strong><br />

Graça Maria Morão Nogueira<br />

Melhor Saú<strong>de</strong> na socieda<strong>de</strong>. Direitos do doente num mundo globalizado<br />

Graça Maria Morão Nogueira<br />

Melhor Saú<strong>de</strong>: A segurança da medicação do doente<br />

Graça Maria Morão Nogueira<br />

Potential natural ingredients in skin care<br />

Patrícia Rijo, Ana Sofia Fernan<strong>de</strong>s, A. Diaz, M. Baptista, M. F. Simões, Catarina Reis,<br />

Catarina Rosado, Taís Wagemaker, A. Roberto, P.M. Campos, E. Maurício, M. Bordalo<br />

Projecto Geração Saudável<br />

Hipólito De Aguiar, Eurico Pais, Miguel Papança, Mónica Ramalho, Susana Franca, João<br />

Martinho, Pedro Borrego, Lígia Reis, Bernar<strong>de</strong>te Pinheiro, André Marques, André Lopes<br />

Pharmacovigilance in Herb-Plant Interactions – The Case of Warfarin and<br />

metabolic Chaos<br />

Ângela Maria Vilaça Pereira <strong>de</strong> Araújo Pizarro, Maria Da Graça Campos, José Rodrigues<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

CNF/2012/A01/P001<br />

Infecções extraintestinais por Campylobacter – caso clínico<br />

Silva, A. 1), Costa, H. 1), Silva, M. 1), Afonso, M. 1), Pedrosa, A1).<br />

1) CHEDV<br />

Objectivo: validar a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> um agente pouco habitual na sépsis.<br />

Metodologia: Doente do sexo feminino, 79 anos, com antece<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> aneurismas cerebrais. Autónoma. Sem<br />

alterações cognitivas. Trazida ao Serviço <strong>de</strong> Emergência (no dia 08/07/2012) por alteração do estado <strong>de</strong> consciência,<br />

(“indisposições”) e tremores simétricos <strong>dos</strong> membros superiores, no contexto <strong>de</strong> um Síndrome Febril. O exame objectivo<br />

à entrada: vigil, colaborante e orientada, com discurso coerente mas lentificado. TA: 125/57 mmHg; FC: 85 bpm,<br />

ritmado; Taur: 39,2 ªC. AP com diminuição do murmúrio das bases; AC: S1 e S2 presentes sem sopros. Abdómen:<br />

mole, indolor à palpação superficial e profunda. Pele sem alterações. Exame neurológico sem alterações.<br />

Exames Complementares <strong>de</strong> Diagnóstico: hemograma normal, plaquetas 120 000 baixando para 97 000 (a 11/07),<br />

PCR ligeiramente aumentada no 1º dia (17,3 mg/L), elevando-se até 215 mg/L (a 11/07); Ur II com leucocitúria sem<br />

nitritos: no laboratório <strong>de</strong> Microbiologia foi efectuado exame bacteriológico <strong>de</strong> urina com isolamento <strong>de</strong> Proteus mirabilis<br />

e hemoculturas (2 amostras) a 10/07 com isolamento <strong>de</strong> um bacilo <strong>de</strong> Gram negativo que cresceu às 140h nas 2<br />

Hemoculturas; foram repicadas as hemoculturas positivas e incubadas as placas em atmosfera <strong>de</strong> 5% em CO2.<br />

A doente completou no internamento 10 dias <strong>de</strong> antibiótico (6 <strong>de</strong> ceftriaxone segui<strong>dos</strong> <strong>de</strong> 4 com amoxicilina+ác.<br />

Clavulânico) apresentando uma boa resposta clínica e analítica. Após alta continuou tratamento com amoxicilina+ác.<br />

Clavulânico mais 8 dias.<br />

Resulta<strong>dos</strong>: O crescimento é lento e quase imperceptível às 24h, observando-se colónias entre as 48 e 72h. O gram<br />

das colónias revelou um bacilo <strong>de</strong> Gram negativo com formas em gaivota e espiruladas que sugerem Campylobacter<br />

spp; a estirpe era catalase + e oxidase +. Após observação do Gram das colónias, foi feita repicagem para meio <strong>de</strong><br />

Campylosel em placa e incubação em microaerofilia a 37ºC e 42ºC, observando-se já crescimento às 24h nas placas<br />

incubadas a 37ºC.<br />

Tentada a i<strong>de</strong>ntificação por ApiCampy, não se obteve uma i<strong>de</strong>ntificação conclusiva, sendo referenciada a estirpe para<br />

laboratório <strong>de</strong> referencia que a i<strong>de</strong>ntificou como Campylobacter fetus por sequenciação do gene 16s RNA.<br />

Discussão: sendo o género Campylobacter mais associado a infecções intestinais, foi feita confirmação no Internamento<br />

da correcta colheita das hemoculturas e do estado imunológico da doente.<br />

Conclusões: Reporta-se um caso <strong>de</strong> sépsis por Campylobacter fetus, não estando i<strong>de</strong>ntificada a porta <strong>de</strong> entrada nem<br />

comprovado analiticamente um estado imunocomprometido da doente.<br />

A bacteriémia por Campylobacter ocorre normalmente em pessoas acima <strong>dos</strong> 65 anos mas a sua ocorrência por<br />

Campylobacter fetus é rara.<br />

pagina ı 82


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2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A01/P002<br />

Prevalência <strong>de</strong> hemoglobinas variantes num centro <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong> pessoas com diabetes<br />

Maria Gabriela Barata 1) , Zulmira Peerally 1) , Maria Augusta Silva 1) , João Filipe Raposo 1)<br />

1)<br />

Associação Protectora Diabéticos Portugal<br />

Introdução<br />

As hemoglobinas variantes resultam <strong>de</strong> alterações nos aminoáci<strong>dos</strong> das proteínas globínicas como consequência <strong>de</strong><br />

mutações nos genes globínicos. Já foram i<strong>de</strong>ntificadas centenas <strong>de</strong> variantes diferentes mas apenas um pequeno<br />

número é mais frequente e tem significado clínico. A sua transmissão é autossómica recessiva. Deste modo, só os<br />

indivíduos homozigóticos manifestam a doença e os heterozigóticos são <strong>de</strong>nomina<strong>dos</strong> portadores.<br />

A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interferência da variante <strong>de</strong> hemoglobina <strong>dos</strong> portadores, no resultado da Hb A1c é uma preocupação<br />

clínica pois o seu valor é utilizado como orientação da terapêutica na pessoa com diabetes. Um valor não verda<strong>de</strong>iro<br />

<strong>de</strong> Hb A1c po<strong>de</strong> ter como consequências no doente: hipoglicémias mais frequentes (valor falsamente elevado) ou subtratamento<br />

da doença (valor falsamente baixo).<br />

Para o laboratório <strong>de</strong> Análises Clínicas é importante escolher um equipamento <strong>de</strong> <strong>dos</strong>eamento <strong>de</strong> Hb A1c que tenha<br />

<strong>de</strong>monstrado em estu<strong>dos</strong> não sofrer interferência das principais variantes <strong>de</strong> Hb presentes na população que o frequenta.<br />

Para isso é necessário conhecer a prevalência <strong>de</strong> hemoglobinas variantes na mesma.<br />

Objectivos<br />

I<strong>de</strong>ntificação e <strong>de</strong>terminação da prevalência <strong>de</strong> variantes <strong>de</strong> hemoglobina no laboratório <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> atendimento<br />

<strong>de</strong> pessoas com diabetes. Avaliação da a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> do equipamento utilizado no <strong>dos</strong>eamento da Hb A1c.<br />

Material e méto<strong>dos</strong><br />

Durante o ano <strong>de</strong> 2011 foram realizadas 12213 HbA1c, no laboratório <strong>de</strong> análises clínicas do centro, a doentes diferentes<br />

acompanha<strong>dos</strong> nas consultas <strong>de</strong> diabetologia. O método utilizado foi o HPLC e o equipamento Variant II turbo HbA1c<br />

Kit 2.0 (270-2455EX). Durante este período foram <strong>de</strong>tectadas 141 amostras com Hb variantes. Em colaboração com<br />

um laboratório externo, estas foram posteriormente analisadas por HPLC no Variant II β-thalassemia short program.<br />

As hemoglobinas variantes mais comuns foram presumivelmente i<strong>de</strong>ntificadas neste equipamento e posteriormente<br />

confirmadas por Focagem Isoeléctrica <strong>de</strong> Hemoglobinas (IEF) e/ ou teste <strong>de</strong> solubilida<strong>de</strong>. Se necessário, realizaram-se<br />

ainda sequenciação das ca<strong>de</strong>ias α e β para i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> variantes raras.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão<br />

Foram <strong>de</strong>tectadas hemoglobinas variantes em 141 amostras, sendo a Hb S a mais frequente (76%), surgindo <strong>de</strong>pois<br />

por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente <strong>de</strong> frequência Hb D (8%), Hb C (5%) e Hb E (1%). Das amostras analisadas, 4 apresentaram<br />

uma variante rara <strong>de</strong> hemoglobina que não interfere com o resultado da Hb A1c; apenas 2 amostras possuíam uma<br />

hemoglobina variante que impossibilita a <strong>de</strong>terminação exacta do valor da Hb A1c no equipamento utilizado no<br />

laboratório.<br />

Conclusão<br />

Perante estes resulta<strong>dos</strong>, conclui-se que o método e equipamento utiliza<strong>dos</strong> são a<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong> à população que serve<br />

pois apenas 2 casos em 12213, não foi possível obter um valor exacto <strong>de</strong> Hb A1c, parâmetro analítico precioso na<br />

orientação terapêutica da pessoa com diabetes.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A01/P003<br />

Testes <strong>de</strong> diagóstico in vitro - IGRAs: Quantiferon-TB Gold ® e T-Spot ® . TB para diagnóstico<br />

<strong>de</strong> Tuberculose latente, em indivíduos imunocomprometi<strong>dos</strong> com VIH e Artrite Reumatói<strong>de</strong><br />

Sónia Moreira 1) , Raquel Duarte 2)<br />

1)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia – UP, 2) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina – UP, CDP V N GAIA, Departamento Saú<strong>de</strong> Pública - ARS Porto<br />

O tratamento <strong>de</strong> infecção latente por Mycobacterium tuberculosis, surge como estratégia <strong>de</strong> eliminação da tuberculose.<br />

Os testes IGRA entraram na árvore <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão terapêutica <strong>de</strong> populações em risco <strong>de</strong> infecção. Contudo, persiste<br />

a incerteza sobre o <strong>de</strong>sempenho <strong>dos</strong> IGRA’s em populações <strong>de</strong> indivíduos imunocomprometi<strong>dos</strong>.O objectivo foi<br />

analisar a concordância <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong>, casos discordantes e factores <strong>de</strong> risco relaciona<strong>dos</strong> com discordância, nos<br />

testes Quantiferon- TB Gold ® e T-Spot ® .TB, em indivíduos infecta<strong>dos</strong> com VIH (Vírus da imuno<strong>de</strong>ficiência humana) ou<br />

doentes com AR (Artrite reumatói<strong>de</strong>), no âmbito do rastreio <strong>de</strong> infecção por Mycobacterium tuberculosis. De Janeiro<br />

<strong>de</strong> 2007 a Dezembro <strong>de</strong> 2011, doentes com AR ou infecção por VIH, fizeram os dois testes IGRA no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> um<br />

rastreio. Utilizou-se a medida <strong>de</strong> concordância Kappa para estudar a concordância entre os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> exames<br />

<strong>de</strong> diagnóstico em estudo. O estudo englobou apenas indivíduos adultos (n=71). A ida<strong>de</strong> média observada foi 45,9<br />

anos. Os indivíduos com AR representaram 54,9% (n=39) <strong>dos</strong> indivíduos em estudo, <strong>dos</strong> quais 79,5% (n=31) estavam<br />

sob efeito <strong>de</strong> medicação imunossupressora. Os indivíduos com VIH representaram 45,1% (n=32) e <strong>de</strong>stes obteve-se<br />

informação acerca do estado imunológico em 53,1% (n=17) <strong>dos</strong> mesmos. Da totalida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> indivíduos, a proporção <strong>de</strong><br />

resulta<strong>dos</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> pelos testes Quantiferon-TB Gold ® foi <strong>de</strong> 8,5%, enquanto com o teste T-Spot ® .TB<br />

foi <strong>de</strong> 7,0%. A concordância <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> entre os IGRA’s foi mo<strong>de</strong>rada nos indivíduos VIH (Kappa= 0,493) e elevada<br />

nos indivíduos com AR (Kappa=0,748). A discordância nos resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> pelos IGRA’s, ocorreu em 7 indivíduos,<br />

<strong>dos</strong> quais 3 em indivíduos com infecção VIH e 4 em indivíduos com AR. Os resulta<strong>dos</strong> encontra<strong>dos</strong> sugerem que o<br />

estado <strong>de</strong> comprometimento imunológico do indivíduo parece estar relacionado, com o maior número <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong><br />

in<strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> pelos IGRA’s, relativamente ao <strong>de</strong>scrito noutros estu<strong>dos</strong> em indivíduos imunocompetentes. Nos<br />

indivíduos imunocomprometi<strong>dos</strong> on<strong>de</strong> era esperado um resultado positivo, houve uma melhor resposta diagnóstica<br />

com o T-Spot ® .TB, o que sugere um menor número <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> falsos negativos obti<strong>dos</strong> por este teste e uma menor<br />

influência do estado <strong>de</strong> comprometimento imunológico do indivíduo sobre o seu <strong>de</strong>sempenho, relativamente ao obtido<br />

com o Quantiferon-TB Gold ® . Contudo, em indivíduos imunocomprometi<strong>dos</strong>, a proporção <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> positivos<br />

obti<strong>dos</strong> para cada um <strong>dos</strong> testes sugere que as diferenças <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho entre os testes (TST - Teste tuberculínico<br />

e IGRA’s) são diminutas, isto é, embora haja melhor <strong>de</strong>sempenho do T-Spot ® .TB, este não é significativo. Assim, o uso<br />

<strong>dos</strong> IGRA’s em imunocomprometi<strong>dos</strong> ainda não parece <strong>de</strong>sempenhar mais valia, relativamente ao TST, embora possam<br />

ser úteis em uso combinado, na confirmação <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> positivos ou suspeita <strong>de</strong> falsos negativos(por anergia) ao<br />

TST.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

ANÁLISES TOXICOLÓGICAS, BROMATOLÓGICAS, HIDROLÓGICAS E AMBIENTAIS<br />

CNF/2012/A02/P001<br />

PortFIR (Portuguese Food Information Resource) – Re<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Partilha<br />

<strong>de</strong> Informação Alimentar<br />

Sílvia Judite Viegas 1) , Maria Graça Dias 1) , Roberto Brazão 1) , Luísa Oliveira 1)<br />

1)<br />

Instituto Nacional Saú<strong>de</strong> Dr. Ricardo Jorge – Lisboa<br />

Objetivo: criar o PortFIR (Portuguese Food Information Resource), que é um programa para a implementação <strong>de</strong><br />

re<strong>de</strong>s nacionais <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> e conhecimento nas áreas <strong>de</strong> nutrição e segurança alimentar. Os principais<br />

objetivos do PortFIR são promover a sinergia entre os diferentes atores nesses campos, a fim <strong>de</strong> otimizar o uso <strong>dos</strong><br />

recursos nacionais, e gerir e fornecer da<strong>dos</strong> e informações alimentares <strong>de</strong> investigação, monitorização, investigação<br />

epi<strong>de</strong>miológica e vigilância, nomeadamente para gestão do risco-benefício nas áreas da segurança alimentar e nutrição.<br />

Metodologia: Esta Re<strong>de</strong>, nas suas fases iniciais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, irá incluir não só bases <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> sustentáveis e<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> garantida, sobre a composição, contaminação <strong>de</strong> alimentos (química e microbiológica) e consumo, mas<br />

também funcionalida<strong>de</strong>s para transmitir eletronicamente e trocar da<strong>dos</strong> com organizações nacionais e internacionais,<br />

nomeadamente EuroFIR AISBL e EFSA. Este programa tem o apoio do QREN, organizações governamentais e privadas,<br />

abrangendo os setores da agricultura, saú<strong>de</strong> e economia.<br />

Resulta<strong>dos</strong>: A Re<strong>de</strong> Portuguesa sobre Composição <strong>de</strong> Alimentos, com 58 Membros, representando a indústria<br />

alimentar, a distribuição, laboratórios do Estado e priva<strong>dos</strong>, universida<strong>de</strong>s e órgãos reguladores, foi a primeira re<strong>de</strong> a<br />

ser criada, com o Grupo <strong>de</strong> Trabalho (GT) Amostragem, tendo iniciado a sua ativida<strong>de</strong> em outubro <strong>de</strong> 2009, com o<br />

propósito final <strong>de</strong> manter e atualizar as bases <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> composição <strong>de</strong> alimentos nacionais. A Re<strong>de</strong> Portuguesa<br />

sobre Informação Microbiológica <strong>de</strong> Alimentos com 97 membros, lançada em outubro <strong>de</strong> 2010, visa reunir informação,<br />

atualmente dispersa em diferentes bases <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> sobre i<strong>de</strong>ntificação, nível, frequência, distribuição e caracterização<br />

da ocorrência <strong>de</strong> microrganismos patogénicos em todas as etapas da ca<strong>de</strong>ia alimentar. O GT Ocorrência Microbiológica<br />

na Ca<strong>de</strong>ia Alimentar e o GT Toxinfecções Alimentares visam não só monitorizar a ocorrência <strong>de</strong> perigos nos alimentos,<br />

como i<strong>de</strong>ntificar veículos potenciais e fatores contributivos <strong>de</strong> toxinfeções alimentares possibilitando a otimização <strong>de</strong><br />

métricas <strong>de</strong> segurança alimentar. Des<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2010 existem três Grupos <strong>de</strong> Trabalho transversais a todas as Re<strong>de</strong>s,<br />

são eles: GT Organização e Transferência <strong>de</strong> Informação, GT Utilizadores e GT Apoio à Normalização.<br />

Discussão: As ativida<strong>de</strong>s do PortFIR são importantes para criar uma estrutura <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> sustentáveis e <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> garantida para partilha e integração, <strong>de</strong> conhecimento e experiência, entre to<strong>dos</strong> os intervenientes da ca<strong>de</strong>ia<br />

alimentar e gerar nova evidência científica para gestão do risco-benefício <strong>dos</strong> alimentos consumi<strong>dos</strong> em Portugal.<br />

Conclusões: A informação numa única base <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> compatível com outras bases <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> nacionais e internacionais,<br />

facilita a partilha <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> e contribui para uma resposta em tempo útil aos problemas nutricionais e <strong>de</strong> segurança<br />

alimentar em Portugal.<br />

pagina ı 85


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A02/P002<br />

Determination of Ratios of Cranberry to Apple Proanthocyanidins in Binary Mixtures<br />

by Mass Spectrometry<br />

Rodrigo D. P. Feliciano 1) , Christian G. Krueger 2) , Martha M. Vestling 3) , Jess D. Reed 4)<br />

1)<br />

University of Wisconsin-Madison, Dept of Food Science, 2) Complete Phytochemical Solutions LLC, 3) University of Wisconsin-Madison,<br />

Dept of Chemistry, 4) University of Wisconsin-Madison, Dept of Animal Sciences<br />

Background:<br />

Proanthocyanidins (PAC) are oligomeric flavans that have bioactivity related to prevention and treatment of diseases<br />

in humans. As an example, cranberry products are used for prevention of urinary tract infections and promotion of<br />

urinary tract health. Cranberry PAC that have A-type interflavan bonds are the active components, because research<br />

shows that A-type PAC inhibit adherence of P-fimbriated uropathogenic Escherichia coli to uroepithelial cells. The A-type<br />

interflavan bond is associated with greater anti-adherence activity than PAC from other foods such as grapes, apples<br />

and chocolate which have B-type interflavan bonds. In marketing efforts to promote consumption of cranberry products,<br />

the cranberry industry emphasizes content of A-type PAC as well as <strong>de</strong>creased risk, prevention and treatment of urinary<br />

tract infections. Advancements in mass spectrometry applications allow for evaluation of raw ingredients, formulation of<br />

new products and monitoring of process line in relation to PAC content and composition.<br />

Objectives:<br />

To <strong>de</strong>velop a matrix assisted laser <strong>de</strong>sorption/ionization mass spectrometry (MALDI-TOF MS) isotope pattern<br />

<strong>de</strong>convolution method that is capable of <strong>de</strong>termining the ratios of A- and B-type interflavan bonds, at each <strong>de</strong>gree of<br />

PAC polymerization.<br />

Methodology:<br />

To validate the precision and accuracy of this method, binary mixtures of procyanidin A2 and procyanidin B2 standards,<br />

as well as binary mixtures of a cranberry PAC extract, rich in A-type bonds and an apple PAC extract, rich in B-type<br />

bonds, were analyzed in ratios ranging from 0 to 100% of each extract, with increments of 5%. Each ratio was analyzed<br />

in triplicate using a Bruker ULTRAFLEX III MALDITOF/TOF mass spectrometer in positive reflectron mo<strong>de</strong> and using<br />

2,5-dihydroxybenzoic acid as matrix.<br />

Results and Discussion:<br />

This method showed a high linear correlation between predicted and actual percentages of the standards (R 2 =0.999)<br />

and also of the cranberry and apple binary mixtures (R 2 =0.996), with a coefficient of variation of the method of 2.59%<br />

and 5.82%, respectively. This <strong>de</strong>convolution method is necessary for the characterization and fingerprinting of cranberry<br />

PAC, by <strong>de</strong>termining ratios of A- and B-type interflavan bonds. Industry applications for ‘Generally Recognized as Safe’<br />

and submission of ‘New Dietary Ingredient’ applications to the FDA require analysis of principal components. The MALDI-<br />

TOF MS method <strong>de</strong>veloped coupled with multivariate analysis provi<strong>de</strong>s a robust tool for evaluating product authenticity<br />

important for both an industrial and consumer standpoint.<br />

Conclusion:<br />

This simple, repeatable, robust, precise, and accurate methodology allows <strong>de</strong>termination of structural diversity of PAC<br />

in several food products. This is the first time MALDI-TOF MS has been used for estimating ratios of A- to B-type bonds<br />

in complex PAC mixtures.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A02/P003<br />

Avaliação da Citotoxicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Biomateriais Acrílicos<br />

Ana Bettencourt 1) , Cristina Neves 2) , Luís Pires Lopes 3) , Nuno Oliveira 4) , Joana Miranda 5) , Matil<strong>de</strong> Castro 6)<br />

1) 4) 5) 6)<br />

Research Institute for Medicines and Pharmaceutical Sciences (iMed. UL), Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa,<br />

2) 3)<br />

Biomedical and Oral Sciences Research Unit (UICOB), Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Dentária<br />

Introdução: Os biomateriais acrílicos entram na constituição <strong>de</strong> diversos dispositivos médicos utiliza<strong>dos</strong> em diferentes<br />

áreas terapêuticas, <strong>de</strong>signadamente como materiais <strong>de</strong> rebasamento em próteses <strong>de</strong>ntárias e cimentos ósseos<br />

utiliza<strong>dos</strong> em cirurgia ortopédica. Os biomateriais que os constituem resultam <strong>de</strong> uma reacção <strong>de</strong> polimerização entre<br />

um polímero, por exemplo o polimetilmetacrilato, e monómeros metacrilatos.<br />

O estudo do efeito do biomaterial no meio biológico on<strong>de</strong> está inserido, ou seja a sua biocompatibilida<strong>de</strong>, é um requisito<br />

fundamental da utilização clínica <strong>dos</strong> mesmos. Diversos estu<strong>dos</strong> referem um potencial efeito tóxico <strong>dos</strong> compostos<br />

liberta<strong>dos</strong> a partir <strong>dos</strong> biomateriais acrílicos ou em consequência da sua interação com as células. No entanto,<br />

permanecem por esclarecer diversos aspectos do seu potencial toxicológico, <strong>de</strong>signadamente se a toxicida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>vida<br />

exclusivamente aos monómeros que entram na sua composição.<br />

O estudo tem por objetivo comparar o efeito citotóxico entre as soluções <strong>dos</strong> monómeros metilmetacrilato (MMA) e<br />

isobutilmetacrilato (IBMA) e os extratos <strong>de</strong> dois biomateriais acrílicos, uma resina <strong>de</strong>ntária e um cimento ósseo, que<br />

incluem os referi<strong>dos</strong> monómeros na sua composição.<br />

Metodologia: Foram prepara<strong>dos</strong> discos da resina acrílica <strong>de</strong> rebasamento Kooliner (K) e placas <strong>de</strong> cimento ósseo CMW<br />

(C). Para obtenção <strong>dos</strong> extratos os espécimes <strong>de</strong> cada material foram incuba<strong>dos</strong> em meio <strong>de</strong> cultura (72h, 37ºC).<br />

O ensaio do MTT foi utilizado para <strong>de</strong>terminar a viabilida<strong>de</strong> celular <strong>de</strong> culturas <strong>de</strong> fibroblastos ou macrófagos, após<br />

exposição durante 24h a várias diluições <strong>dos</strong> extratos <strong>dos</strong> biomateriais e soluções padrão <strong>dos</strong> monómeros MMA (1-<br />

22,5 mM) e IBMA (0,07-1,4 mM).<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão: O extrato da resina K apresentou valores <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> celular muito reduzi<strong>dos</strong> (6,9±3,1%) assim<br />

como o extrato do cimento C (26,1±2,0%). O monómero MMA não se mostrou citotóxico para nenhuma concentração<br />

estudada, enquanto o monómero IBMA apresentou uma redução <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20% da viabilida<strong>de</strong> celular (77,8±13,1%)<br />

na concentração máxima estudada.<br />

Conclusões: O estudo da viabilida<strong>de</strong> celular, após exposição das células a extratos <strong>de</strong> biomateriais acrílicos sugere que<br />

a citotoxicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes materiais não po<strong>de</strong> ser atribuída apenas a uma eventual toxicida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> monómeros que entram<br />

na sua composição.<br />

pagina ı 87


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2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A02/P004<br />

A Survey on the Rheological Behaviour of some Yoghurt Products from the Portuguese Market<br />

Lídia Pinheiro 1) , Célia Faustino 2) , Ana Bettencourt 3)<br />

1) 2) 3)<br />

Research Institute for Medicines and Pharmaceutical Sciences (iMed. UL), Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

Introduction: Knowledge of the rheological properties of food products is required for <strong>de</strong>sign and process evaluation,<br />

process control, shelf-life testing and to ensure consumer acceptability. Moreover, the characterization of time-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<br />

rheological properties of food systems is relevant to establish relationships between structure and flow, and to correlate<br />

physical parameters with the sensory evaluation. During the fermentation process of yoghurt, the <strong>de</strong>crease of the milk´s<br />

pH leads to the <strong>de</strong>velopment of a protein gel. An internal microstructure is produced due to interactions between<br />

milk and fat molecules, which form a loose cross-linked gel framework. This gellified structure of yoghurts contributes<br />

substantially to shear and time <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt viscosity.<br />

Objective: For this study, two types of yoghurt were purchased from the Portuguese market - creamy stirred and liquid<br />

fruit blen<strong>de</strong>d of no name brands – with the aim of characterize its rheological behaviour and evaluate the time <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<br />

flow properties.<br />

Methodology: Viscosity was measured in a rotational Brookfield viscometer (mo<strong>de</strong>l LVT) at 25º C, using a water bath<br />

(Julabo F10-UC). Five in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt procedures were carried out for each sample at mentioned experimental conditions.<br />

Results and discussion: Ostwald-<strong>de</strong>-Waele power law rheological mo<strong>de</strong>l fitted the shear stress-shear rate data<br />

(<strong>de</strong>termination coefficients between 0.97 and 0.99), and a statistical validation was performed. Consistency factor (K)<br />

and flow behaviour in<strong>de</strong>x (n) values of the liquid yoghurt samples were in the range of [0.30-0.43] Pa.s n and [0.37-0.45],<br />

respectively, whereas for creamy yoghurt ones, the covered interval was [1.8-3.0] Pa.s n and [0.45-0.47], respectively.<br />

The results showed that the studied yoghurt samples behave as non-Newtonian shear thinning fluids, in which apparent<br />

viscosity <strong>de</strong>creased with increase in shear rate. The creamy stirred yoghurt samples exhibited also the thixotropic<br />

behaviour in which the apparent viscosity values <strong>de</strong>creased with shearing time (at a constant shear rate).<br />

Conclusions: Yoghurt is a complex viscous non-Newtonian fluid, where water, proteins, fats and sugars influences its<br />

rheological behaviour. The shear thinning <strong>de</strong>meanor may be related to break-up of protein aggregates. The thixotropy<br />

observed suggests a shear-induced breakdown of the product´s internal structure, although this structural behaviour in<br />

yoghurts may not be completely reversible once the shear stops.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A02/P005<br />

Environmental Impact of Antibiotic Usage in Intensive, Extensive and Organic Piggeries in<br />

Portugal<br />

Jailson Pina 1) , Liliana Silva 2) , Celeste De Matos Lino 3) , Leonor Meisel 4) , Angelina Pena 5)<br />

1) 2) 3) 5)<br />

Group of Health Surveillance, CEF, Faculty of Pharmacy, University of Coimbra, 4) Faculty os Pharmacy, University of Lisboa<br />

Introduction<br />

The occurrence of fluoroquinolones (FQs) and tetracyclines (TCs), two antibiotic groups wi<strong>de</strong>ly used in swine production,<br />

was evaluated in wastewaters, river and drinking waters of three types of piggeries from Portugal. To our knowledge,<br />

this is the first Portuguese report on the evaluation of the aquatic environmental impact of different types of piggeries<br />

regarding antimicrobials occurrence and fate that is essential for proper risk assessment and risk management.<br />

Objective<br />

This research work aimed to present data focusing the occurrence and fate of FQs and TCs, namely, norfloxacin (NOR),<br />

ciprofloxacin (CIPRO), enrofloxacin (ENRO), sarafloxacin (SARA), oxytetracycline (OTC) and tetracycline (TC), in swine<br />

wastewaters, drinking waters for swine consumption and river waters, collected from Portuguese intensive, extensive<br />

and organic piggeries.<br />

Methodology<br />

The analysis of FQs, NOR, CIPRO, ENRO and SARA and TCs, OTC and TC, were performed in accordance with<br />

previously validated methodologies and, briefly, were based on solid phase extraction (SPE), followed by <strong>de</strong>tection and<br />

quantification by liquid chromatography with fluorescence <strong>de</strong>tection (LC-FD).<br />

Results and Discussion<br />

The method was successfully applied to the analysis of 30 environmental waters samples, and the total contamination<br />

frequency was 53.3%. Within the contaminated samples, FQs and TCs were found in 58.3% and 25%, respectively.<br />

The intensive piggeries A, B and E, presented both TC and FQs residues. All the four intensive piggeries (A, B, C and E)<br />

contained at least one FQ antibiotic, and piggery C did not present any of the TCs studied. The extensive and organic<br />

piggeries did not present any of the antibiotics analysed.<br />

ENRO was the FQ more frequently <strong>de</strong>tected in 14 wastewater samples investigated, at concentrations between 0.31<br />

µg/L and 63 µg/L. CIPRO, its <strong>de</strong>gradation product, and SARA were presented in two samples in a range between 0.48<br />

and 0.83 µg/L, and 1.8 and 14 µg/L, respectively. OTC was found in 6 samples, at levels between 6.36 µg/L and 24.5<br />

µg/L, and two samples contained TC in a range between 6.9 and 12.3 µg/L. ENRO and OTC residues were presented<br />

in the higher concentrations, in intensive piggery, at concentrations of 40.9 and 24.5 µg/L respectively.<br />

Conclusions<br />

In the present study preliminary results regarding intensive, extensive and organic piggeries as sources of antibiotic<br />

contamination are presented and clear differences between were documented. Antibiotic residues were only <strong>de</strong>tected<br />

in intensive piggeries. As expected, trends of higher antibiotics concentrations are generally related to animal <strong>de</strong>nsity.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

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Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A02/P006<br />

Mercury and Antibiotic Resistance in Bacteria Isolated from Tagus Estuary<br />

Neusa L.L. Figueiredo 1) , João Canário 2) , Aida Duarte 3) , Cristina Carvalho 4)<br />

1) 3) 4)<br />

iMed. UL, Research Institute for Medicines and Pharmaceutical Sciences, Faculty of Pharmacy, 2) IPMA I.P., Divison of Environmental<br />

Oceanography and Bioprospection<br />

Heavy-metal resistant bacteria have been to be associated with single or multiple antibiotic resistances. The inci<strong>de</strong>nce<br />

of antibiotic and heavy-metal resistance has been mainly reported for clinical isolates; however, bacteria with metal- and<br />

antibiotic-resistance often appear in environment suggesting that heavy-metal contamination acts as selective pressure<br />

for plasmids encoding resistance. Mercury is a pervasive pollutant that bioaccumulates in organisms and its pollution<br />

have a global significance for human and ecosystem health. Tagus Estuary has been heavily polluted by mercury for<br />

over than 20 years, as result of past industrial activities. The aim of this work is to <strong>de</strong>scribe antibiotic resistance pattern<br />

associated to mercury-resistant bacteria isolated in sediments; a part of a long-term study to characterize the bacterial<br />

communities involved in the mercury cycle in Tagus Estuary.<br />

The mercury-resistant bacteria were isolated from two highly contaminated areas of Tagus Estuary - North Channel and<br />

Barreiro - and one with low contamination – Alcochete and microbial community i<strong>de</strong>ntification was based 16S rRNA<br />

sequencing. The i<strong>de</strong>ntified bacteria community consisted mainly on Aeromonas, Vibrio, Bacillus and Enterobacteriaceae<br />

species. The isolates resistance to Hg 2 + and to methylmercury was evaluated through the <strong>de</strong>termination of minimal<br />

inhibitory concentrations (MIC). The antibiotics tested inclu<strong>de</strong>d augmentin, cefoxitin, cefotaxime, ceftazidime, imipenem,<br />

gentamicin, ciprofloxacin, rifampicin and nalidixic acid. Mercury environmental contamination and bacteria diversity<br />

commensurate with MIC values for Hg 2 + and MeHg that range from 0.1-13.6 µg/ml (0.4-50 µM) and 0.02-1.3 µg/ml<br />

(0.1-5 µM), respectively. These mercury-resistant bacteria were also found to be antibiotic resistant; resistance was most<br />

common to antibiotics such as ceftazidim, cefotaxim and augmentin.<br />

Overall, environmental mercury contamination may trigger a series of adverse events by modifying the bacterial community.<br />

First, the selection of mercury resistant microorganisms participating in mercury transformation e.g. methylation raises<br />

the levels of methylmercury in fish and seafood and increases the risk of neurotoxicity to humans Concomitantly, being<br />

the environmentally selected bacteria resistant to antibiotics that are used in human medicine, the potential for human<br />

health risks increases.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A02/P007<br />

Envenenamento animal: situação em Portugal nos últimos anos<br />

Gabriela Assis 1)<br />

1)<br />

INIAV (ex-LNIV)<br />

OBJECTIVO<br />

Em Portugal, não obstante a existência <strong>de</strong> legislação <strong>de</strong> proteção <strong>dos</strong> animais (nomeadamente a Lei nº 92/95 <strong>de</strong><br />

15 setembro e os Decretos-Lei n.os 276/2001 <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> outubro e 315/2003 <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro), continuam a ser<br />

referencia<strong>dos</strong> e i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> vários casos <strong>de</strong> envenenamento intencional ou aci<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> animais, tanto domésticos<br />

como silvestres.<br />

Assim, este trabalho tem como objetivo fazer uma avaliação da situação no nosso país, com base em da<strong>dos</strong> laboratoriais<br />

obti<strong>dos</strong> nos últimos 10 anos (<strong>de</strong> 2001 a 2011), em casos suspeitos <strong>de</strong> envenenamento.<br />

METODOLOGIA<br />

Neste estudo foram analisadas amostras <strong>de</strong> vísceras <strong>de</strong> animais suspeitos <strong>de</strong> envenenamento (fígado, rim conteúdo<br />

gástrico, pulmão, etc.) e “iscos” usa<strong>dos</strong> no envenenamento animal (carne, peixe, pão, etc.).<br />

As pesquisas <strong>de</strong> organoclora<strong>dos</strong>, organofosfora<strong>dos</strong>, dicumarinas e carbamatos foram efectuadas por cromatografia<br />

<strong>de</strong> camada fina (TLC) após prévia extração e purificação. A cor da mancha e o tempo <strong>de</strong> retenção são factores <strong>de</strong><br />

caracterização <strong>dos</strong> princípios ativos por comparação com as moléculas padrão aplicadas conjuntamente. As placas<br />

<strong>de</strong> TLC usadas na pesquisa <strong>de</strong> organoclora<strong>dos</strong> e cumarinas teem incorporado um indicador fluorescente e são<br />

analisadas em luz ultravioleta. Os resulta<strong>dos</strong> positivos ou duvi<strong>dos</strong>os em TLC foram confirma<strong>dos</strong> por co-cromatografia,<br />

em que a molécula-padrão foi misturada com a amostra a analisar e ambos foram sujeitos conjuntamente ao processo<br />

cromatográfico. Para além disso, to<strong>dos</strong> os casos positivos em TLC <strong>de</strong> organoclora<strong>dos</strong> e organofosfora<strong>dos</strong> foram<br />

confirma<strong>dos</strong> por GC-MS.<br />

As pesquisas <strong>de</strong> paraquato e estricnina foram efectuadas através <strong>de</strong> reações <strong>de</strong> colorimetria (no caso da estricnina<br />

usou-se nitrito <strong>de</strong> sódio e no paraquato ditionito <strong>de</strong> sódio)<br />

DISCUSSÃO DE RESULTADOS E CONCLUSÃO<br />

Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> indicam que a estricnina, alguns organoclora<strong>dos</strong> (lindano, en<strong>dos</strong>sulfão, aldrina, endrina, dieldrina)<br />

e alguns organofosfora<strong>dos</strong> (principalmente o clorpirifos) são os princípios ativos mais frequentemente <strong>de</strong>teta<strong>dos</strong> em<br />

envenenamentos <strong>de</strong> animais em Portugal. No entanto, outras moléculas foram também i<strong>de</strong>ntificadas, (ex: paraquato,<br />

warfarina, cumatetralil, carbofurão, etilparatião, metilparatião, fentião, arsénio, etc.), embora com menor frequência.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A02/P008<br />

ECOTOXTOOLS PROJECT: an overview of the evaluation of endocrine disruption (ED)<br />

Isabel Rita Rebelo Ferreira Barbosa 1) , Patrícia Palma 2)<br />

1)<br />

Centro <strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong> Farmacêuticos, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Coimbra, 2) Departamento <strong>de</strong> Tecnologias e Ciências Apicadas; Escola Superior<br />

Agrária, Instituto Politécnico <strong>de</strong> Beja<br />

The aim of the ECOTOXTOOLS project is to implement, evaluate, and validate a battery of short-term bioassays that can<br />

be used as sensitive, rapid and simple (i.e., cost-effective) tools for the characterization of ecotoxicological risks due to<br />

pestici<strong>de</strong>s and cyanobacteria toxins in Southern Europe big freshwater reservoirs adjacent to intensive agricultural areas,<br />

taking as case study one of the worst cases scenarios: the Alqueva reservoir (Guadiana river basin, Portugal).<br />

The ECOTOXTOOLS project integrates a multidisciplinary team of researchers from Aca<strong>de</strong>mia, that have been working<br />

on the evaluation of the main parameters responsible for the variability of water quality provi<strong>de</strong>d by reservoirs in southern<br />

Portugal, namely on nutrients, metals and pestici<strong>de</strong> residues, on inci<strong>de</strong>nce and toxicity of algal blooms, and on aquatic<br />

ecotoxicology.<br />

To meet the proposed goal, several specific objectives were outlined, corresponding to 7 tasks. So, one of these<br />

tasks is to evaluate the potential for endocrine disruption (ED) of some of the substances measured in environmental<br />

concentrations. The evaluation of ED will be held in crustacean D. magna with in vitro assays with endpoints that are<br />

characterized as fertility, production of males, the rate of change of the carapace and embryotoxicity. Parallel to this work<br />

and knowing that ecdysteroids serve as molting hormones in all arthropod groups and are thought to be involved in the<br />

control of reproduction and embryogenesis, we present a study for the isolation, i<strong>de</strong>ntification and characterization of<br />

these compounds in eggs of Daphnia magna. These studies will be based on the <strong>de</strong>velopment of suitable extraction<br />

methods and chromatographic methods with appropriate implementation of the MS directly, or coupled to LC.<br />

The results that we believe will find: i<strong>de</strong>ntification and abundance of major ecdysteroids present in the egg of D. magna<br />

and implementing this parameter in the assessment of endocrine disrupting.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

ASSUNTOS REGULAMENTARES<br />

CNF/2012/A03/P001<br />

Medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM): requisitos regulamentares e análise<br />

da evolução do mercado<br />

António Bica 1) , Angels Rafel 2) , Cristina Toscano 3)<br />

1) 2) 3)<br />

LEF - Infosaú<strong>de</strong>, Lda.<br />

Introdução: Em Portugal, o mercado <strong>de</strong> medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) foi liberalizado em 2005,<br />

através do D.L. 134/2005, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> agosto, com a autorização <strong>de</strong> venda <strong>de</strong>stes medicamentos fora das farmácias e o<br />

estabelecimento <strong>de</strong> um regime <strong>de</strong> preços livre. A implementação das medidas <strong>de</strong>finidas no quadro legal implicou o fim<br />

da exclusivida<strong>de</strong> da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dispensa <strong>de</strong> MNSRM por parte <strong>dos</strong> farmacêuticos na farmácia comunitária.<br />

Objetivo: Analisar o impacto que esta medida teve no mercado <strong>dos</strong> MNSRM e avaliar a tendência na classificação<br />

quanto à dispensa.<br />

Metodologia: Revisão bibliográfica sistemática, análise e comparação <strong>de</strong> publicações no âmbito legislativo e regulamentar,<br />

com ênfase na alteração da classificação <strong>dos</strong> medicamentos quanto à dispensa (Switching).<br />

Resulta<strong>dos</strong> e Discussão:<br />

De 2005 a 2011, verificou-se um crescimento na venda <strong>de</strong> MNSRM fora das farmácias, que atingiu uma quota <strong>de</strong> 10%.<br />

Desta, mais <strong>de</strong> 75% é <strong>de</strong>tida pelas gran<strong>de</strong>s superfícies.<br />

O índice <strong>de</strong> preços <strong>dos</strong> MNSRM tem seguido uma evolução crescente nos últimos anos, com um valor <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

106% em 2011, calculado com base nos preços aprova<strong>dos</strong> antes da entrada em vigor do Decreto-Lei nº 134/2005.<br />

Igualmente, <strong>de</strong> acordo com um trabalho universitário publicado em Maio 2011.<br />

Atualmente, a nível internacional, verifica-se uma tendência para alargar a lista <strong>dos</strong> medicamentos classifica<strong>dos</strong> como<br />

MNSRM. O objetivo principal <strong>de</strong>ste Switching, além da diminuição da <strong>de</strong>spesa pública em cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, é o<br />

empowerment <strong>dos</strong> consumidores na gestão da sua própria saú<strong>de</strong>. Para isso, é necessária uma monitorização apertada<br />

do mercado, <strong>de</strong>signadamente, no que diz respeito à segurança <strong>dos</strong> medicamentos e, em simultâneo, estabelecer<br />

uma política <strong>de</strong> informação dirigida ao cidadão, através <strong>de</strong> textos claros, legíveis e explícitos nos folhetos informativos,<br />

rotulagens, e através da publicida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> próprios medicamentos. Neste contexto é igualmente necessária a uniformização<br />

<strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> classificação quanto à dispensa ao público que aju<strong>de</strong>m a controlar o mercado <strong>dos</strong> MNSRM <strong>de</strong> nova<br />

geração.<br />

Conclusões:<br />

Com a implementação <strong>de</strong>sta legislação verificou-se que no que diz respeito aos preços, e ao contrário do que era<br />

esperado, houve um crescimento constante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a introdução das medidas. Verificou-se, igualmente um alargamento<br />

da lista <strong>de</strong> MNSRM, o que exige um controlo mais efetivo do mercado e da informação dirigida ao cidadão com o<br />

objetivo <strong>de</strong> racionalizar a utilização <strong>dos</strong> medicamentos.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A03/P002<br />

Environmental Risk Assessment for Human Medicinal Products, The Decision of Assessors<br />

un<strong>de</strong>r Constrains, “The old-marketed pharmaceuticals”<br />

Angelina Lopes Simões Pena 1) , Maria Leonor Meisel 2)<br />

1)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 2) Infarmed, I.P.<br />

Introduction<br />

The <strong>de</strong>cisions of assessors should be based on credible and transparent data with the strategic objective of improving<br />

the efficiency of the prospective assessment. For the environmental risk assessment (ERA) feasible data are required<br />

to produce believability results and conclusions. On the Article 8 Directive 2004/27/EC state the possibility to consi<strong>de</strong>r<br />

limitation of ERA studies “on a case-by-case basis”. Generic human medicinal products are commonly exempt from a<br />

risk assessment since they replace their references products.<br />

Objective<br />

To reveal the ERA for Human Medicinal Products<br />

To propose strategies in or<strong>de</strong>r to prevent the constrains<br />

Methodology<br />

Medicinal products applications from the last three years (2009 – 2010) were collected and screened in or<strong>de</strong>r to i<strong>de</strong>ntify:<br />

(a) number of generic applications versus reference products and the date of authorisation; (b) the representative number<br />

of generics for each originator medicinal product; (c) the representative drugs; (d) ERA available data / quality aspects.<br />

Results and Discussion<br />

A total of 535 <strong>dos</strong>siers were screened; 90% were generic. Authorization date analysis of reference products of these<br />

generics in 5 year range <strong>de</strong>monstrated two peaks. They have arisen in the time range 1995-2000 and 2000-2005,<br />

respectively with 70% and 13%. The most representative pharmaco-therapeutic groups / sub-groups and subsequently<br />

active ingredients covered the nervous system /analgesics – opioi<strong>de</strong>s - antipyretics/ Paracetamol - Tramadol; cardiovascular<br />

system / antihypertensives / angiotensin antagonists; antineoplastic agents / antimetabolites / Gemcitabine and the antiinfectives<br />

/ antibiotics / Azitromicin – Clarithromicin - Meropenem.<br />

Cefalosporines and quinolones were the most representative classes of antibiotics in reference products authorized<br />

before 1989 and between the years 1990-1995.<br />

Data collected in the year 2011 shows an increase for the anti<strong>de</strong>pressive drugs. The available data support the conclusion<br />

that the active ingredients mirtazapine and sertaline contain high numbers of generic applications respectively 120 and<br />

137.<br />

Seldom data has been inclu<strong>de</strong>d in the <strong>dos</strong>sier for the generic applications. The applicant frequently justified the data<br />

omission referring to the ERA performed for the reference product. However as we <strong>de</strong>monstrated in this case study,<br />

originators products are “old” substances without risk assessment studies. A <strong>de</strong>ep constrain for the regulator / assessor<br />

<strong>de</strong>cision!<br />

Conclusion / Recommendations<br />

The economic market and the safeguard of environmental / human health <strong>de</strong>velop together and should be respected.<br />

It will be necessary to implement an integrated approach to <strong>de</strong>velop consistent measures for the risk mitigation. ERA<br />

assurance must be provi<strong>de</strong>d and for this we recommend:<br />

The implementation of ecomonografs for each active ingredient / excipients.<br />

The implementation of an Ecopharmacovigilance system (Regulation (EC) No 726/2004)<br />

pagina ı 94


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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA<br />

CNF/2012/A04/P001<br />

Transporte <strong>de</strong> medicamentos: utilização da temperatura média cinética e <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

estabilida<strong>de</strong> na avaliação da qualida<strong>de</strong> do transporte<br />

Sara Rabeca<br />

Objectivo:<br />

Descrever um método para avaliação da temperatura <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> medicamentos em ca<strong>de</strong>ia não refrigerada, utilizando o<br />

conceito <strong>de</strong> temperatura média cinética (MKT) e os da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>.<br />

Este método vai permitir <strong>de</strong>terminar o impacto <strong>de</strong> exposições <strong>de</strong> curto termo a condições <strong>de</strong> temperatura fora do limite <strong>de</strong>finido<br />

na rotulagem e fundamentar a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre a continuação, ou não, do medicamento na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> distribuição.<br />

Metodologia:<br />

Elaboração <strong>de</strong> tabela com níveis <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> para o transporte<br />

Esta tabela <strong>de</strong>fine, para cada medicamento, o intervalo <strong>de</strong> temperatura admitido para o valor da MKT e a tolerância permitida<br />

para os <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> temperatura (duração e temperatura máxima permitida). É elaborada com base nas condições <strong>de</strong><br />

armazenagem <strong>de</strong>scritas no Resumo das Características do Medicamento e nos da<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> ensaios <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> acelera<strong>dos</strong><br />

para os quais foi <strong>de</strong>monstrada estabilida<strong>de</strong>.<br />

Elaboração <strong>de</strong> fluxograma com os critérios a utilizar na avaliação<br />

Este fluxograma permite analisar os registos <strong>de</strong> temperatura do transporte face à tabela <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>finindo os critérios<br />

que permitem aceitar <strong>de</strong> imediato o transporte ou, em alternativa, notificar a Direcção Técnica para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

Obtenção <strong>dos</strong> registos <strong>de</strong> temperatura do transporte em avaliação<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão:<br />

O método foi <strong>de</strong>senvolvido para a avaliação da temperatura <strong>de</strong> transporte <strong>dos</strong> medicamentos em ca<strong>de</strong>ia não refrigerada.<br />

Foi elaborada a tabela com níveis <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> para o transporte.<br />

Os medicamentos foram agrupa<strong>dos</strong> em 8 níveis. O nível ‘0’ tem os limites mais restritos e <strong>de</strong>fine o critério exigido ao<br />

transportador. O seu incumprimento origina uma reclamação ao fornecedor do serviço. O nível ‘1’ tem limites que incluem<br />

to<strong>dos</strong> os medicamentos. Do nível ‘2’ ao nível ‘8’, os limites são específicos <strong>dos</strong> medicamentos incluí<strong>dos</strong> em cada nível (é<br />

necessário conhecer a composição do transporte em medicamentos).<br />

Foi elaborado o fluxograma, tendo como critérios para a aceitação imediata do transporte:<br />

A temperatura mínima cumpre o limite inferior <strong>de</strong>finido na tabela;<br />

A MKT cumpre os limites <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> na tabela;<br />

A MKT não cumpre o limite superior mas a duração total da temperatura fora do intervalo e o valor <strong>de</strong> temperatura máximo do<br />

transporte cumprem a tolerância <strong>de</strong>finida na tabela.<br />

Quando estes critérios não são cumpri<strong>dos</strong>, é iniciado um procedimento interno com notificação à Direcção Técnica e Garantia<br />

<strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>.<br />

É necessária a monitorização da temperatura no transporte, utilizando registadores com calibração aprovada, para a obtenção<br />

<strong>dos</strong> registos necessários à avaliação.<br />

Conclusões:<br />

Este método fornece instrumentos que permitem <strong>de</strong>terminar com objectivida<strong>de</strong> se a qualida<strong>de</strong> do medicamento foi afectada<br />

pela temperatura <strong>de</strong> transporte.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

FARMÁCIA COMUNITÁRIA<br />

CNF/2012/A05/P001<br />

Avaliação da terapêutica anti-hipertensora e sua interferência no controlo da pressão arterial<br />

Esperança Silva 1) , Orquí<strong>de</strong>a Ribeiro 2) , Emanuel Ponciano 3) , Margarida Caramona 4)<br />

1)<br />

Farmácia Rocha, Coimbra, 2) CIDES, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Universida<strong>de</strong> do Porto, 3) IBILI, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra,<br />

4)<br />

CEF, Facula<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

Os efeitos da hipertensão e <strong>dos</strong> tratamentos anti-hipertensores na saú<strong>de</strong>, bem-estar e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida são complexos.<br />

De facto, os tratamentos mais vulgarmente prescritos tem um gran<strong>de</strong> impacto e imediato na perceção <strong>de</strong> bem-estar<br />

do doente do que a própria hipertensão. A terapêutica anti-hipertensiva atualmente disponível possibilita avanços<br />

sem prece<strong>de</strong>ntes no tratamento da hipertensão, permitindo atingir alterações <strong>de</strong>cisivas na progressão da doença, na<br />

morbilida<strong>de</strong> e na mortalida<strong>de</strong>. Objetivos: comparar os doentes hipertensos em monoterapia versus politerapia face<br />

à taxa <strong>de</strong> não controlo da hipertensão. Méto<strong>dos</strong>: Realizou-se um estudo prospectivo e observacional. Os doentes<br />

hipertensos segui<strong>dos</strong> nas farmácias comunitárias portuguesas, auto preencheram um questionário <strong>de</strong> caracterização<br />

socio<strong>de</strong>mográfica e clínica. Para a avaliação da a<strong>de</strong>são à terapêutica recorreu-se a méto<strong>dos</strong> indiretos e para a avaliação<br />

da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida a um questionário específico para doentes hipertensos (HYPER - The Hypertension Health Status<br />

Inventory). A análise foi efectuada utilizando o programa <strong>de</strong> análise estatística SPSS ® v.18.0. Resulta<strong>dos</strong>: Analisaramse<br />

1876 doentes (56% mulheres e 44% homens; média etária: 60.48±12.17anos). Cerca <strong>de</strong> 40% das mulheres tinham<br />

ida<strong>de</strong> maior ou igual a 65 anos. A hipertensão arterial foi diagnosticada nestes doentes em média (<strong>de</strong>svio padrão) há<br />

aproximadamente 10.56+9.25 anos (duração da doença). Verificou-se que 54% <strong>dos</strong> doentes estavam a ser trata<strong>dos</strong> em<br />

monoterapia e 46% em politerapia. Em monoterapia, a prevalência <strong>de</strong> hipertensão não controlada foi <strong>de</strong> 16% enquanto<br />

em politerapia a prevalência foi <strong>de</strong> 21% (p= 0.005). Em monoterapia os anti-hipertensores mais frequentes foram as<br />

associações com diuréticos (36% <strong>dos</strong> doentes em monoterapia), segui<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> IECA (19%), <strong>dos</strong> ARA (17%) e os BB<br />

(11%) os diuréticos (10%) e os BEC (8%). As combinações <strong>de</strong> anti-hipertensores mais frequentes foram com diuréticos<br />

(47% <strong>dos</strong> doentes em politerapia). O controlo da hipertensão mostrou-se associado ao nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> (p=0.001),<br />

duração da doença (p=0.001), colesterol (p=0.025), exercício físico (p


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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P002<br />

Avaliação <strong>de</strong> legibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pictogramas da UPS por Portugueses<br />

Maria Augusta Soares 1) , José Cabrita 2)<br />

1) 2)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Univerda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

Introdução<br />

A utilização efectiva e segura <strong>dos</strong> medicamentos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da compreensão do doente sobre a forma <strong>de</strong> os utilizar. Os<br />

pictogramas constituem um bom instrumento <strong>de</strong> comunicação, complementar à informação verbal e escrita, evitando/<br />

reduzindo erros, contribuindo para o uso seguro e efectivo <strong>dos</strong> medicamentos. Não existindo pictogramas cria<strong>dos</strong> para<br />

os Portugueses, é habitual utilizarem-se os da United States Pharmacopeia Convention (USP).<br />

Objectivos<br />

Avaliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreensão <strong>de</strong> pictogramas da USP, pelos Portugueses, e sua relação com o seu perfil sócio<strong>de</strong>mográfico.<br />

Méto<strong>dos</strong><br />

Estudo transversal observacional, realizado com a aplicação <strong>de</strong> um questionário estruturado, a clientes das farmácias<br />

comunitárias da área da gran<strong>de</strong> Lisboa, <strong>de</strong> ambos os sexos, com ida<strong>de</strong> igual ou superior a 18 anos. O questionário era<br />

composto por 2 partes: sócio-<strong>de</strong>mográfica e <strong>de</strong> interpretação <strong>de</strong> 15 pictogramas da USP. As entrevistas para recolha<br />

<strong>de</strong> da<strong>dos</strong> realizaram-se entre Abril e Dezembro <strong>de</strong> 2010.<br />

Do conjunto <strong>dos</strong> pictogramas <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> pela USP para dar instruções aos doentes <strong>de</strong> baixa escolarida<strong>de</strong> sobre a<br />

utilização correcta <strong>dos</strong> medicamentos, foram selecciona<strong>dos</strong> 15 pictogramas, por um grupo <strong>de</strong> farmacêuticos e avaliada<br />

a sua legibilida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> 2 critérios: American National Standards Institute (ANSI), que consi<strong>de</strong>ra um score <strong>de</strong> 85%<br />

para legibilida<strong>de</strong> e o International Standards Organization (ISO) 3864, que adopta um score <strong>de</strong> 67%. Avaliou-se ainda a<br />

correlação entre a legibilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> pictogramas pelos clientes das farmácias e o seu perfil <strong>de</strong>mográfico (ida<strong>de</strong>, género,<br />

escolarida<strong>de</strong>, frequência <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> medicamentos).<br />

O tratamento <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> realizou-se com recurso à Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 18 tendo<br />

sido realizada análise <strong>de</strong>scritiva e associação <strong>de</strong> variáveis com teste <strong>de</strong> Chi-Square, com significância <strong>de</strong> p=0,05.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão<br />

Para os 751 respon<strong>de</strong>ntes, 10 pictogramas eram legíveis pela ISO e 7 pela ANSI. Mais <strong>de</strong> 30% <strong>dos</strong> respon<strong>de</strong>ntes foram<br />

incapazes <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r 5 <strong>dos</strong> 15 pictogramas em estudo. Encontraram-se relações estatisticamente significativas<br />

entre a compreensão <strong>de</strong> alguns <strong>dos</strong> pictogramas e o grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, ida<strong>de</strong> e a frequência da utilização <strong>de</strong><br />

medicamentos, sendo superior para os <strong>de</strong> maior escolarida<strong>de</strong>, maior frequência <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> medicamentos e menor<br />

ida<strong>de</strong>.<br />

Conclusão<br />

Nem to<strong>dos</strong> os 15 pictogramas da USP testa<strong>dos</strong> foram compreendi<strong>dos</strong> correctamente pelos clientes <strong>de</strong> farmácias<br />

comunitárias da área <strong>de</strong> Lisboa, havendo influência para a sua compreensão do grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, ida<strong>de</strong> e frequência<br />

<strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> medicamentos.<br />

pagina ı 97


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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P003<br />

e-Health e a Prestação <strong>de</strong> Cuida<strong>dos</strong> Farmacêuticos: Contributo para a melhora da qualida<strong>de</strong><br />

da prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

João Gregório 1) , Luís Velez Lapão 2)<br />

1) 2)<br />

Centro <strong>de</strong> Malária e Doenças Tropicais; WHO Collaborating Center for Health Workforce Policy and Planning;<br />

Instituto <strong>de</strong> Higiene e Medicina Tropical, Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa<br />

Objectivos<br />

É objectivo <strong>de</strong>ste trabalho avaliar o potencial das tecnologias <strong>de</strong> informação e e-health na prestação <strong>de</strong> serviços<br />

farmacêuticos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

Introdução<br />

Os farmacêuticos comunitários são frequentemente o primeiro ponto <strong>de</strong> contacto do cidadão com o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Em face da evolução <strong>dos</strong> sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>bate-se hoje um novo papel para o farmacêutico comunitário. Existe<br />

alguma evidência que estes profissionais po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sempenhar um papel mais activo e acrescentar mais valor ao<br />

Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SS). Novos serviços farmacêuticos diferencia<strong>dos</strong> po<strong>de</strong>m ter importância para a ciência e socieda<strong>de</strong><br />

num sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que procura ser mais integrado. É relevante investigar como as novas tecnologias po<strong>de</strong>m ser<br />

utilizadas para melhorar a qualida<strong>de</strong> da prestação <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a interacção com os utentes, tendo em conta<br />

as presentes restrições <strong>de</strong> recursos humanos e económicos nos cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> primários (CSP).<br />

Metodologia<br />

O diagnóstico da situação foi efectuado através <strong>de</strong> um questionário sobre serviços farmacêuticos e uso das tecnologias<br />

<strong>de</strong> informação no suporte aos mesmos. Após este diagnóstico efectuou-se uma selecção <strong>de</strong> farmácias para participar<br />

na segunda parte do estudo, com uma vertente observacional, para se analisar o padrão e a dinâmica da prestação<br />

<strong>dos</strong> serviços.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e Discussão<br />

Verificou-se que a totalida<strong>de</strong> das farmácias usa um sistema informático para suporte da dispensa <strong>de</strong> medicamentos e<br />

processos administrativos, mas a maioria (60%) não utiliza esse sistema no apoio à prestação <strong>de</strong> serviços farmacêuticos<br />

diferencia<strong>dos</strong>. Todas as farmácias afirmam verificar o email diariamente, embora apenas 15% o utilize para respon<strong>de</strong>r<br />

a questões <strong>dos</strong> utentes. 23% das farmácias afirmam ter sitio na internet e 38% dizem estar presentes em alguma re<strong>de</strong><br />

social. No estudo observacional verificou-se que 85% das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma farmácia são realizadas por farmacêuticos.<br />

Encontrou-se uma quantida<strong>de</strong> significativa <strong>de</strong> tempo disponível por farmácia em que não se realiza qualquer tarefa<br />

<strong>de</strong> valor acrescentado, correspon<strong>de</strong>ndo a cerca <strong>de</strong> uma hora <strong>de</strong> tempo disponível por farmacêutico. Na prestação<br />

<strong>de</strong> aconselhamento, encontrou-se diferenças entre farmacêuticos com e sem formação pós-graduada em cuida<strong>dos</strong><br />

farmacêuticos.<br />

Conclusão<br />

Os resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong>sta pesquisa permitem enten<strong>de</strong>r melhor a forma como os serviços farmacêuticos são presta<strong>dos</strong>,<br />

e <strong>de</strong> que forma po<strong>de</strong>rão ser melhor integra<strong>dos</strong> no sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O tempo livre encontrado po<strong>de</strong> representar<br />

uma oportunida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>senvolver novos serviços, mas a qualificação necessária para os prestar terá <strong>de</strong> ser melhor<br />

explorada. Com os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> neste estudo esperamos <strong>de</strong>senvolver um protótipo para um serviço farmacêutico<br />

integrado com base na Internet. Uma das consequências <strong>de</strong>sta investigação po<strong>de</strong>rá ser a necessida<strong>de</strong> real <strong>de</strong> se<br />

repensar os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio da farmácia comunitária para que seja possível a integração coerente <strong>de</strong>stas no SS.<br />

pagina ı 98


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P004<br />

Evaluation of common home infusions on cholesterol levels of a group of Portuguese individuals<br />

Catarina Ferreira 1) , Luísa Serralheiro 2) , Pedro Falé 3) , Fátima Frazão 4)<br />

1)<br />

CQB-FCUL/ULHT, 2) 3) CQB-FCUL, 4) CQB-FCUL/ULHT/Farmácia Dimar<br />

The aim of the present work was to study the influence of several plant infusions on the cholesterol level of a group of<br />

individuals.<br />

A group of subjects (chlolesterol levels≥ 200 mg/dl) were recruited and assigned to consume tea (infusion of plantca10g/l)<br />

of the following plants: Peumus Boldus, Cynara Cardunculus and Fraxinus Angustifolia.<br />

The subjects were invited to consume one mug a day and their cholesterol levels were monthly monitored in or<strong>de</strong>r to<br />

observe the influence of the corresponding diary tea consumption on their seric cholesterol level.<br />

Relevant changes were observed during three months. A <strong>de</strong>crease of 10-20% on the cholesterol level (c.l.) of 8 subjects<br />

was observed with the tea consumption of P.Boldus together with F. Angustifolia; and with F. Angustifolia together with<br />

C. Cardunculus, Recommendations were done to the subjects concerning no change in drug consumption from the<br />

beginning to the end of the study, with no special dietary care being nee<strong>de</strong>d .<br />

Chemical analysis of the three plants revealed the presence of several flavonoids, some of them <strong>de</strong>rivatives of chlorogenic<br />

acids.<br />

Chlorogenic acid is a common secondary metabolite, with polyphenolic structure, known to <strong>de</strong>monstrate antioxidant<br />

and antinflammatory activity with good impact on several diseases1.<br />

Evaluation of the biological activity of Peumus Boldus <strong>de</strong>coction led to an increased expression of adhesion proteins, which<br />

may explain the actions of P. boldus upon a more controlled absortion of cholesterol by intestinal cells, thus explaining<br />

the diminished cholesterol seric level 2. C. Cardunculus proved to inhibit HMG-CoA with a IC50 of 152.66±15.99 µg/<br />

mL, thus explaining a similar impact on the cholesterol seric level of the subjects un<strong>de</strong>r study. No special biological action<br />

was observed for F. Angustifolia.<br />

References<br />

1. Lincoln W. Morton; Rima Abu-Amsha Caccettah; Ian B. Pud<strong>de</strong>y and Kevin D. Croft 2000, 27 (3): 152–159. “Chemistry<br />

And Biological Effects Of Dietary Phenolic Compounds: Relevance To Cardiovascular Disease”. Clinical and Experimental<br />

Pharmacology and Physiology.<br />

2. P.L.Falé; F.Amaral; P.J.Amorim Ma<strong>de</strong>ira; M.Sousa Silva; M.H.Florêncio; F.N. Frazão; M.L.M. Serralheiro<br />

2012, 50,2656-2662,” Acetylcholinesterase Inhibition, Antioxidant Activity and Toxicity of Peumus Boldus Water Extracts<br />

on HeLa and Caco-2 Cell Lines” Food and Chemical Toxicology,<br />

Acknowledgments<br />

Thanks to FCT funding PTDC/QUI-BIQ/113477/2009<br />

Thanks to the patient collaboration attending Farmacia Dimar, Lisbon<br />

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Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P005<br />

Uma abordagem avaliativa da atuação do farmacêutico na farmácia comunitária: <strong>de</strong>safios e<br />

conquistas<br />

Celma Thomaz <strong>de</strong> Azeredo Silva 1)<br />

1)<br />

CRF-RJ/IFRJ<br />

A presente apresentação é uma proposta <strong>de</strong> reflexão a partir <strong>de</strong> uma abordagem avaliativa das exigências <strong>de</strong> mudança,<br />

<strong>dos</strong> <strong>de</strong>safios na ação do farmacêutico e das conquistas pelo reconhecimento do valor profissional. A vivência na<br />

farmácia comunitária permite à autora afirmar a ocorrência <strong>de</strong> uma trajetória diferenciada da ativida<strong>de</strong> farmacêutica no<br />

comércio varejista com o advento <strong>de</strong> publicação <strong>de</strong> novas leis brasileiras que focaram o medicamento, e impuseram<br />

maior visualização do farmacêutico e que consagram a dispensação, como ato farmacêutico. O farmacêutico passa<br />

a ter maior aproximação com o entorno do estabelecimento comercial ao promover um atendimento diferenciado<br />

como um cuidado farmacêutico. A abordagem avaliativa aponta como <strong>de</strong>safios do farmacêutico nas últimas décadas,<br />

o efeito da comunicação no relacionamento com os integrantes do processo comercial e a integração ao negócio<br />

pelo acompanhamento da ca<strong>de</strong>ia do medicamento em todas as etapas da negociação comercial. Como conquistas,<br />

através <strong>de</strong>ssa abordagem focada na avaliação sinaliza a ação efetiva do farmacêutico como participante ativo no<br />

estabelecimento comercial e aponta o cuidado farmacêutico atrelado à orientação a<strong>de</strong>quada do medicamento ou outro<br />

produto comercializado no estabelecimento farmacêutico. Conclui que o atendimento diferenciado do farmacêutico<br />

é um ato <strong>de</strong> relacionamento e para se concretizar é necessário que seja estabelecida à aproximação do profissional<br />

farmacêutico tendo a preocupação constante com o outro, como um ser humano, com a atualização constante <strong>dos</strong><br />

conteú<strong>dos</strong> técnico-científicos, com a retomada <strong>de</strong> posicionamento na equipe <strong>de</strong> trabalho em parceria e com a integração<br />

<strong>de</strong> outros profissionais. O farmacêutico é o profissional da equipe capaz <strong>de</strong> contribuir para a melhoria da saú<strong>de</strong> física e<br />

mental das pessoas que frequentam a farmácia e sua presença no atendimento comercial promove o esclarecimento<br />

a<strong>de</strong>quado e necessário ao usuário do medicamento. Contribui também para evitar erros in<strong>de</strong>sejáveis na dispensação<br />

além <strong>de</strong> concorrer para a a<strong>de</strong>são ao tratamento correto do usuário do medicamento. O farmacêutico passa a ser um<br />

agen<strong>de</strong> transformador social e educacional ao utilizar sua bagagem <strong>de</strong> conhecimento específico atrelado à divulgação<br />

<strong>de</strong> uma informação, correta e ética. A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> ser farmacêutico na farmácia comunitária com o exercício <strong>de</strong>ssa<br />

nova filosofia <strong>de</strong> trabalho contribui com sua eficiente atuação para ampliação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das pessoas, na<br />

preservação da saú<strong>de</strong> coletiva e na melhoria do bem estar <strong>de</strong> toda a socieda<strong>de</strong>.<br />

pagina ı 100


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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P006<br />

Proposta para promoção da saú<strong>de</strong> nas farmácias comunitárias<br />

Pedro Eduardo Menegasso 1) , Márcia Rodriguez Vásquez Pauferro 2) , Marcos Machado Ferreira 3) ,<br />

Priscila Nogueira Camacho Dejuste 4) , Raquel Cristina Delfini Rizzi Grecchi 5) , Nathália Christino Diniz Silva 6) ,<br />

Grabriela Pacheco <strong>de</strong> Oliveira 7) , Rosana Mayumi Abe 8)<br />

1)2)3)4)5)6)7)8)<br />

Conselho Regional <strong>de</strong> Farmácia do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />

Objetivo: Consi<strong>de</strong>rando que a orientação farmacêutica é uma importante estratégia para a promoção da saú<strong>de</strong>, com<br />

ênfase no uso racional <strong>de</strong> medicamentos, a entida<strong>de</strong> traçou como meta a oferta <strong>de</strong> subsídio técnico para os farmacêuticos<br />

que atuam nas farmácias, visando à assistência farmacêutica <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Metodologia: Elaboração <strong>de</strong> fascículos<br />

contendo informações atualizadas e aplicáveis à prática diária <strong>dos</strong> farmacêuticos envolvi<strong>dos</strong> na prestação <strong>de</strong> serviços<br />

foca<strong>dos</strong> no paciente. A escolha <strong>dos</strong> temas foi baseada nas solicitações <strong>dos</strong> próprios profissionais e a elaboração<br />

foi amparada por diretrizes atualizadas e farmacêuticos especializa<strong>dos</strong> em cada assunto abordado. Resulta<strong>dos</strong> e<br />

Discussão: O primeiro Fascículo da coletânea, lançado em julho/2009, apresentou as principais estratégias para as<br />

farmácias resgatarem seu papel social. Posteriormente, foram publica<strong>dos</strong>: Fascículo II - Medicamentos Isentos <strong>de</strong><br />

Prescrição (agosto/2009), Fascículo III - Serviços Farmacêuticos (janeiro/2010), Fascículo IV - Manejo do tratamento<br />

<strong>de</strong> pacientes com hipertensão (maio/2010), Fascículo V - Percurso histórico da Atenção Farmacêutica no mundo e<br />

no Brasil (setembro/2010), Fascículo VI – Antibióticos (julho/2011), Fascículo VII - Manejo do tratamento <strong>de</strong> pacientes<br />

com diabetes (março/2012). A tiragem média <strong>de</strong> cada Fascículo é <strong>de</strong> 50 mil exemplares, sendo que os primeiros<br />

Fascículos já se esgotaram. Essa coleção é distribuída gratuitamente e também está disponível para download no<br />

Portal da própria entida<strong>de</strong> e da instituição parceira no âmbito internacional, mantendo uma média <strong>de</strong> 500 downloads/<br />

mês para cada Fascículo. Conclusões: A gran<strong>de</strong> procura <strong>dos</strong> exemplares <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> pela entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstra que<br />

esse material <strong>de</strong> apoio vem ao encontro da necessida<strong>de</strong> do farmacêutico <strong>de</strong> respaldar tecnicamente suas ativida<strong>de</strong>s.<br />

Portanto, este trabalho <strong>de</strong>verá ter continuida<strong>de</strong>, estando previsto o lançamento do Fascículo VII sobre Dispensação<br />

até o final <strong>de</strong> 2012 para aten<strong>de</strong>r mais uma <strong>de</strong>manda. A aplicação a<strong>de</strong>quada <strong>dos</strong> conhecimentos adquiri<strong>dos</strong> por meio<br />

<strong>dos</strong> Fascículos melhora a qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> serviços ofereci<strong>dos</strong> pelo farmacêutico, promovendo a saú<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong><br />

atendida e fomentando a imagem <strong>de</strong>ste profissional como referência em saú<strong>de</strong>.<br />

pagina ı 101


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P007<br />

Intervenção farmacêutica para a melhoria da a<strong>de</strong>são à terapêutica com preparação<br />

individualizada da medicação<br />

Selma Rato Monteiro 1)<br />

1)<br />

Farmácia Fialho<br />

Objectivo: Preparação individualizada da medicação (PIM) com melhoria da a<strong>de</strong>são à terapêutica.<br />

Metodologia: IC, género feminino, 80 anos, diabética tipo 2, hipertensa. Integrou o serviço <strong>de</strong> PIM, por sugestão<br />

farmacêutica, <strong>de</strong>vido a dificulda<strong>de</strong>s na a<strong>de</strong>são e gestão da medicação. Apresentava <strong>de</strong>scompensação da pressão<br />

arterial (PA) e glicémia. Medicada com indapamida 1.5mg (1+0+0), enalapril 5mg (1+0+1), glicazida 30mg (1+0+0),<br />

metformina 850mg (1+0+0). A utente a<strong>de</strong>riu ao serviço em Dezembro <strong>de</strong> 2011.<br />

Os medicamentos são embala<strong>dos</strong> em compartimentos individualiza<strong>dos</strong> e sela<strong>dos</strong> hermeticamente, correspon<strong>de</strong>ndo às<br />

tomas diárias para uma semana. É garantida a segurança, estabilida<strong>de</strong> e eficácia <strong>dos</strong> medicamentos durante o tempo<br />

que permanecem no compartimento.<br />

Foram feitas medições <strong>de</strong> PA quinzenais e glicémia diárias.<br />

Resulta<strong>dos</strong>: Após um mês <strong>de</strong> acompanhamento, verificou-se a<strong>de</strong>são à terapêutica e controlo da PA e glicémia. A<br />

utente continua a integrar o serviço PIM, com a<strong>de</strong>são à terapêutica e consequente controlo <strong>dos</strong> valores <strong>de</strong> PA e glicémia.<br />

Conclusão: Este serviço farmacêutico po<strong>de</strong> contribuir para melhorar a a<strong>de</strong>são à terapêutica e o controlo da doença. É<br />

realizado por farmacêuticos permitindo a revisão da terapêutica e consequente i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas relaciona<strong>dos</strong><br />

com medicamentos (PRM’s), evitando também erros <strong>de</strong> administração.<br />

Com os sistemas <strong>de</strong> PIM os farmacêuticos po<strong>de</strong>m ter um papel importante e mais activo no cumprimento da terapêutica<br />

e eventual melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>dos</strong> doentes.<br />

pagina ı 102


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P008<br />

Acompanhamento farmacoterapêutico <strong>de</strong> doentes com diabetes mellitus numa unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> primários<br />

Célia Móteiro 1) , Isabel Vitória Figueiredo 2) , Fernando Fernan<strong>de</strong>z-Llimos 3) , Margarida Castel-Branco 4) ,<br />

Margarida Caramona 5)<br />

1)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra / Farmáia Saú<strong>de</strong> - Casais (Tomar), 2) 1) 1) 1) 1) 4) 5) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra, 3) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

Objetivo: Avaliação do impacto <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> Acompanhamento Farmacoterapêutico (AF) <strong>de</strong> doentes com<br />

diabetes mellitus numa unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Primários, mediante a avaliação <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> clínicos.<br />

Metodologia: O estudo <strong>de</strong>correu <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2011 a junho <strong>de</strong> 2012 numa unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Primários. Foram aleatoriamente contacta<strong>dos</strong> telefonicamente 58 doentes com diagnóstico <strong>de</strong> diabetes. Durante<br />

este período foram efetuadas entrevistas/consultas farmacêuticas que permitiram a caracterização socio<strong>de</strong>mográfica,<br />

comorbilida<strong>de</strong>s e estilos <strong>de</strong> vida da amostra, e avalia<strong>dos</strong> parâmetros fisiológicos/bioquímicos, como a glicémia em<br />

jejum, a hemoglobina glicosilada (HbA1c), a pressão arterial e o colesterol total. Foram aplica<strong>dos</strong> vários questionários<br />

à amostra. Os parâmetros e os questionários efetua<strong>dos</strong> na 1ª entrevista/consulta foram repeti<strong>dos</strong> na última entrevista/<br />

consulta. Resulta<strong>dos</strong>: Dos 58 doentes contacta<strong>dos</strong>, apenas 22 aceitaram participar no estudo. Eram to<strong>dos</strong> diabéticos<br />

tipo 2. Foram obti<strong>dos</strong> os seguintes valores (média±DP): ida<strong>de</strong> = 70,4±7,4 anos; altura média = 163,3±10,8 cm; peso<br />

= 77,3±15,8 Kg; perímetro abdominal = 106,7±8,9 cm e IMC = 28,9±4,9 Kg/m2. To<strong>dos</strong> os doentes eram hipertensos<br />

e mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> (59,1%) tinham hipercolesterolémia. Foram realizadas várias intervenções farmacêuticas ao longo <strong>de</strong><br />

todo o processo <strong>de</strong> AF. O sucesso das intervenções realizadas rondou os 60% nas 3 primeiras entrevistas/consultas<br />

e os 80% na 4ª entrevista/consulta. Analisando as variáveis no início e no fim <strong>de</strong> estudo, verifica-se que apresentaram<br />

diferenças estatisticamente significativas os conhecimentos sobre a doença e os valores <strong>de</strong> glicémia em jejum, <strong>de</strong><br />

HbA1c e <strong>de</strong> pressão arterial sistólica. A pressão arterial diastólica aproximou-se à significância. Na última entrevista o<br />

valor médio <strong>de</strong> HbA1c foi <strong>de</strong> 6,6±0,8%. Discussão: Os doentes participantes do estudo são i<strong>dos</strong>os, têm excesso <strong>de</strong><br />

peso, são hipertensos e mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> tem hipercolesterolémia, o que vem confirmar a associação <strong>de</strong>stes fatores à<br />

diabetes mellitus. Quando se compara a avaliação inicial com a avaliação final, o facto <strong>de</strong> se terem obtido diferenças<br />

estatisticamente significativas para a glicémia em jejum e para a HbA1c significa que os doentes do estudo conseguiram<br />

um melhor controlo da sua doença. Em relação às intervenções farmacêuticas, o número mínimo <strong>de</strong> intervenções<br />

feitas num doente foi <strong>de</strong> 3 enquanto o máximo foi <strong>de</strong> 11, sendo que o menor número foi realizado nos doentes mais<br />

controla<strong>dos</strong>, enquanto doentes com pior controlo obrigaram a um número total <strong>de</strong> intervenções maior. Conclusão: O<br />

processo <strong>de</strong> AF nos doentes diabéticos incluí<strong>dos</strong> neste estudo melhorou o controlo da sua doença, registando um valor<br />

médio final <strong>de</strong> HbA1c <strong>de</strong> 6,6%, valor muito próximo do recomendado (6,5%).<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P009<br />

Campanha <strong>de</strong> Sensibilização Cardiovascular<br />

Carla Fonseca 1) , Sérgio Gomes 2) , João Roseiro 3)<br />

1) 2) 3)<br />

LMPQF - Sucursal Estrela<br />

OBJECTIVO<br />

Pautada pelo espírito farmacêutico interventivo, a farmácia resolveu efectuar uma campanha <strong>de</strong> sensibilização para o<br />

risco cardiovascular. O objectivo <strong>de</strong>sta campanha foi <strong>de</strong>tectar situações anómalas e <strong>de</strong>sconhecidas do doente medicado<br />

e não medicado, aconselhando a alteração <strong>de</strong> alguns hábitos <strong>de</strong> vida, motivando a disciplina na medicação quando a<br />

terapêutica não era bem efectuada e encaminhando para a consulta médica quando necessário.<br />

METODOLOGIA<br />

Realizou-se a campanha em dois locais. Num <strong>de</strong>les, a campanha foi realizada <strong>de</strong> 9 a 31 <strong>de</strong> Maio 2012 e no outro <strong>de</strong> 3<br />

a 5 Julho 2012. Foram feitas marcações previamente e to<strong>dos</strong> os utentes inscritos foram informa<strong>dos</strong> da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

jejum. Na campanha <strong>de</strong> sensibilização, foram avalia<strong>dos</strong> os seguintes parâmetros: IMC (peso e altura), pressão arterial,<br />

glicemia, triglicéri<strong>dos</strong>, colesterol. Utilizou-se ainda a tabela SCORE que <strong>de</strong>fine o risco a 10 anos <strong>de</strong> sofrer uma doença<br />

cardiovascular fatal. O aconselhamento consistia na educação para a saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ser analisado parâmetro a<br />

parâmetro e referido quais os que estavam <strong>de</strong>scontrola<strong>dos</strong>. Os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> testes foram regista<strong>dos</strong> em excel e ainda<br />

num folheto criado para a campanha <strong>de</strong> sensibilização, on<strong>de</strong> também eram referi<strong>dos</strong> conselhos e algumas curiosida<strong>de</strong>s<br />

sobre as doenças cardiovasculares.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

A campanha <strong>de</strong> sensibilização cardiovascular foi realizada a um total <strong>de</strong> 83 utentes (56 homens e 27 mulheres) com uma<br />

média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 64 anos, em que 67% <strong>de</strong>stes tinha ida<strong>de</strong> compreendida entre os 61 e os 80 anos.<br />

Verificou-se que a dislipi<strong>de</strong>mia e a hipertensão arterial eram as doenças mais comuns, presentes, respectivamente, em<br />

60% e 53% <strong>dos</strong> utentes. Cerca <strong>de</strong> 38% praticava um estilo <strong>de</strong> vida se<strong>de</strong>ntário. O cálculo do IMC permitiu concluir que<br />

30% eram obesos. Dos 25 utentes que se encontravam em obesida<strong>de</strong>, 56% praticavam um estilo <strong>de</strong> vida se<strong>de</strong>ntário.<br />

Havia ainda 15 utentes diabéticos e, <strong>de</strong>stes, 53% tinham ainda dislipi<strong>de</strong>mia e hipertensão arterial. Verificou-se ainda que<br />

46% tinha antece<strong>de</strong>ntes familiares em 1º grau que teriam tido uma ou mais doenças cardiovasculares.<br />

Relativamente aos resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> testes, em 60% <strong>dos</strong> utentes existiam valores <strong>de</strong> colesterol eleva<strong>dos</strong> e em 43% a<br />

pressão arterial estava alta. Quanto à glicemia, 22% <strong>dos</strong> utentes tinham este parâmetro acima <strong>de</strong> 126 mg/dL.<br />

Com os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>, foi possível <strong>de</strong>terminar que a maioria <strong>dos</strong> utentes que já estavam a ser medica<strong>dos</strong>, tinham<br />

os valores em causa <strong>de</strong>scontrola<strong>dos</strong>. Por exemplo, 62% <strong>dos</strong> doentes com dislipi<strong>de</strong>mia tinham valores <strong>de</strong> colesterol<br />

elevado, enquanto 48% <strong>dos</strong> hipertensos tinham a pressão arterial acima do normal.<br />

CONCLUSÃO<br />

Há uma percentagem elevada <strong>de</strong> doentes medica<strong>dos</strong> para uma <strong>de</strong>terminada situação e que têm esses valores<br />

<strong>de</strong>scontrola<strong>dos</strong>, revelando medicação <strong>de</strong>sajustada ou falta <strong>de</strong> cumprimento por parte do doente. Será importante<br />

reforçar a informação sobre o controlo <strong>de</strong> factores <strong>de</strong> risco cardiovascular e sobre a disciplina na medicação.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P010<br />

A intervenção do farmacêutico na a<strong>de</strong>são à terapêutica em doentes i<strong>dos</strong>os em farmácia<br />

comunitária<br />

Carolina Mosca 1) , Isabel Vitória Figueiredo 2) , Margarida Castel-Branco 3) , Margarida Caramona 4)<br />

1)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra / Farmácia Central do Sabugal,<br />

2) 3) 4)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

Introdução: A não a<strong>de</strong>são ao regime terapêutico constitui um <strong>dos</strong> principais problemas na gestão da terapêutica <strong>de</strong><br />

doentes i<strong>dos</strong>os. Objetivo: Verificar se a intervenção farmacêutica através <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> contribui<br />

para a a<strong>de</strong>são à terapêutica em doentes i<strong>dos</strong>os. Metodologia: O estudo <strong>de</strong>correu <strong>de</strong> Janeiro a Abril <strong>de</strong> 2011, foram<br />

constituí<strong>dos</strong> dois grupos com doentes i<strong>dos</strong>os, autónomos, medica<strong>dos</strong> com 3 ou mais medicamentos para doenças<br />

crónicas e sujeitos à <strong>de</strong>terminação mensal, , do colesterol total, colesterol-LDL (LDL-c), colesterol-HDL (HDL-c),<br />

triglicerí<strong>de</strong>os (TG), glicémia, pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e risco cardiovascular (RCV).<br />

Nos dois grupos proce<strong>de</strong>u-se também à análise da a<strong>de</strong>são à terapêutica com eventual utilização <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong><br />

memória, sendo apenas um <strong>dos</strong> grupos sujeito à preparação terapêutica semanal em blisters pack com aconselhamento<br />

farmacêutico. Resulta<strong>dos</strong> e discussão: Foram estuda<strong>dos</strong> 54 doentes entre os 65 e os 90 anos, sendo 67% mulheres. O<br />

número médio <strong>de</strong> medicamentos consumi<strong>dos</strong> por i<strong>dos</strong>o foi 7,5±4,5. As percentagens da a<strong>de</strong>são à prescrição médica,<br />

através da escala <strong>de</strong> auto-relato da a<strong>de</strong>são (Morisky), no início e no final da realização do estudo, foram <strong>de</strong> 70% e<br />

89%, sendo a diferença estatisticamente significativa (p=0,002). Em to<strong>dos</strong> os parâmetros <strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> foi calculada<br />

a diferença entre os dois momentos <strong>de</strong> avaliação (inicial e final) e verificou-se que a diferença <strong>dos</strong> valores medianos<br />

obti<strong>dos</strong> foi estatisticamente significativa para a glicémia (-8 mg/dL, p=0,003), HDL-c (+1 mg/dL, p=0,040), PAD (-3,5<br />

mmHg, p=0,020), PAS (-7 mmHg, p


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P011<br />

O papel da farmácia comunitária na prevenção da doença e <strong>de</strong>teção <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco<br />

Anabela Mascarenhas 1) , Nélio Oliveira 2) , Ana Gaspar Cabral 3) , Ana Filipa Lourenço 4) , Edite Teixeira Lemos 5) ,<br />

Barbara Cunha 6) , João Oliveira 7) , Paulo Monteiro 8) , Fábio Branco 9)<br />

1) 2) 4) 6) 7) 8) 9)<br />

Farmácia Saú<strong>de</strong>, Figueira da Foz, 3) Farmácia Saú<strong>de</strong>, Figueira da Foz e Grupo <strong>de</strong> Farmacologia e Cuida<strong>dos</strong> Farmacêuticos,<br />

Faculd<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 1) 5) Instituto Politécnico <strong>de</strong> Viseu e IBILI-Faculd<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Coimbra<br />

Introdução: A farmácia comunitária <strong>de</strong>sempenha um papel crucial não só na utilização racional <strong>dos</strong> medicamentos<br />

como na i<strong>de</strong>ntificação precoce <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco e prevenção <strong>de</strong> doenças na população.<br />

Objectivos: Avaliação do risco cardiovascular (RCV), <strong>dos</strong> hábitos alimentares, da a<strong>de</strong>são à terapêutica, e i<strong>de</strong>ntificação<br />

precoce <strong>de</strong> alterações da função respiratória <strong>de</strong> uma população.<br />

Méto<strong>dos</strong>: Realizaram-se num mês 4 rastreios, sendo cada um <strong>de</strong>les supervisionado por farmacêuticos com prévia<br />

formação em cada uma das áreas a avaliar. Elaboraram-se formulários <strong>de</strong> recolha e registo <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> e proce<strong>de</strong>u-se<br />

a <strong>de</strong>terminação do peso corporal; altura; perímetro abdominal; pressão arterial sistólica e diastólica, colesterol total;<br />

avaliação <strong>dos</strong> hábitos alimentares; revisão da terapêutica farmacológica e avaliação da função pulmonar. Para cálculo<br />

do RCV foi utilizada a escala SCORE-European Low Risk Chart; a avaliação <strong>dos</strong> hábitos alimentares após avaliação<br />

antropométrica foi feita através <strong>de</strong> questionário individualizado; para a revisão da terapêutica farmacológica utilizou-se<br />

o Método <strong>de</strong> Da<strong>de</strong>r na elaboração do estado <strong>de</strong> situação, Para <strong>de</strong>terminação <strong>dos</strong> parâmetros da função respiratória foi<br />

utilizado o aparelho Vitalograph COPD-6.<br />

Resulta<strong>dos</strong>: A avaliação do RCV para uma população <strong>de</strong> 42 indivíduos, (57,1% do sexo feminino (F), 66,6% com<br />

ida<strong>de</strong> entre os 40 e os 70 anos e 16,6% fumadores) evi<strong>de</strong>nciou para 30,9% da população estudada um risco estimado<br />

entre 2% - 4% e para 14,4% risco superior a 5%. Hábitos Alimentares: Foram avalia<strong>dos</strong> 15 utentes, (66,6% F;<br />

80,6% com ida<strong>de</strong> 40-70 anos); 20% <strong>de</strong>stes eram obesos apresentando hábitos alimentares pouco saudáveis com<br />

consumos calóricos eleva<strong>dos</strong>; número <strong>de</strong> refeições insuficiente e <strong>de</strong>sequilibradas associadas a se<strong>de</strong>ntarismo. Revisão<br />

da terapêutica farmacológica: Foram avalia<strong>dos</strong> 8 doentes (62,5% F, 75% com ida<strong>de</strong>s 65-75 anos) verificando-se que<br />

62,5% não tomavam diariamente a medicação. Avaliação da função pulmonar: Foram avalia<strong>dos</strong> 13 indivíduos (53,8%<br />

F e 53,8% fumadores) evi<strong>de</strong>nciando a população fumadora a maior diferença <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s entre a ida<strong>de</strong> cronológica e a<br />

ida<strong>de</strong> obtida no teste .<br />

Conclusões: Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> permitiram <strong>de</strong>tetar doentes com parâmetros não controla<strong>dos</strong> e reforçam a<br />

importância da intervenção farmacêutica na diminuição da morbilida<strong>de</strong> e a mortalida<strong>de</strong> prematura com consequentes<br />

ganhos em saú<strong>de</strong> e sobretudo na melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das populações.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P012<br />

A intervenção do farmacêutico na avaliação da função respiratória<br />

Ana Filipa Oliveira Costa Dias Lourenço 1) , Isabel Vitória Figueiredo 2) , Margarida Castel-Branco 3) , Margarida<br />

Caramona 4) , Ana Cabral 5) , Anabela Mascarenhas 6)<br />

1) 5)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 2) 3) 4) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra /<br />

Farmácia Saú<strong>de</strong>, Figueira da Foz, 6) Farmácia Saú<strong>de</strong> - Figueira da Foz<br />

Introdução: As doenças respiratórias são uma das principais causas <strong>de</strong> morbilida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong> em Portugal,<br />

prevendo-se o aumento da sua prevalência nos próximos anos, contrariamente ao que se verifica com outras<br />

patologias, <strong>de</strong>signadamente as cardiovasculares. Objetivos: Este estudo preten<strong>de</strong>u verificar se se justifica a realização<br />

da espirometria como técnica <strong>de</strong> rastreio <strong>de</strong> doenças pulmonares em indivíduos assintomáticos e avaliar a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se estabelecer, em farmácia comunitária, um protocolo <strong>de</strong> atuação com vista à <strong>de</strong>teção precoce <strong>de</strong> alterações da<br />

função pulmonar. Metodologia: O estudo <strong>de</strong>correu numa farmácia comunitária entre janeiro e julho <strong>de</strong> 2012. Consistiu<br />

na realização do teste da espirometria precedido <strong>de</strong> um questionário para recolha <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> sobre a história clínica e<br />

tabágica, terapêuticas concomitantes e sintomas respiratórios <strong>de</strong> cada participante. As espirometrias foram realizadas<br />

com o aparelho Vitalograph COPD-6, tendo-se <strong>de</strong>terminado os parâmetros da função pulmonar FEV1, FEV6 e FEV1/<br />

FEV6 pré-broncodilatação. Os indivíduos com alterações do padrão normal da função pulmonar foram referencia<strong>dos</strong> ao<br />

médico. Resulta<strong>dos</strong>: Dos 122 utentes em estudo, 18 apresentaram alteração ao padrão respiratório normal, sendo que<br />

4 já se encontravam em acompanhamento médico. Os restantes 14 foram contacta<strong>dos</strong> no sentido <strong>de</strong> se repetir o teste:<br />

2 não compareceram e 4 apresentaram valores <strong>de</strong>ntro do padrão normal. Dos restantes 8, 2 obtiveram diagnóstico <strong>de</strong><br />

DPOC e iniciaram medicação a<strong>de</strong>quada, 2 aguardam o resultado da prova funcional respiratória com broncodilatação<br />

requisitada pelo médico, 3 aguardam a consulta médica e a 1 não foi diagnosticada doença respiratória. Conclusão:<br />

O farmacêutico comunitário dispõe <strong>de</strong> instrumentos que lhe permitem i<strong>de</strong>ntificar precocemente alterações da função<br />

respiratória <strong>dos</strong> utentes. Esta <strong>de</strong>teção precoce <strong>de</strong> alterações da função pulmonar po<strong>de</strong> contribuir para a melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>dos</strong> utentes na medida em que possibilita um tratamento médico numa fase mais inicial da doença.<br />

A análise da amostra em estudo sugere que se justifica a realização da espirometria em indivíduos que apresentem um<br />

ou mais sintomas respiratórios, história tabágica positiva ou exposição a substâncias tóxicas.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P013<br />

I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> situações alvo <strong>de</strong> melhoria através <strong>de</strong> revisão da medicação em diabéticos tipo 2<br />

Ana Luísa Simões 1) , Isabel Vitória Figueiredo 2) , Fernando Fernan<strong>de</strong>z-Llimos 3) , Margarida Castel-Branco 4) ,<br />

Margarida Caramona 5)<br />

1) 2) 4) 5)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 3) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

Introdução: A diabetes mellitus é uma doença crónica <strong>de</strong> elevada incidência, com tendência a duplicar o número <strong>de</strong><br />

doentes nas próximas décadas. Os custos associa<strong>dos</strong> ao seu tratamento constituem uma importante fatia <strong>dos</strong> gastos<br />

em saú<strong>de</strong>. A prevenção, <strong>de</strong>teção precoce e controlo da doença são fundamentais para travar esta que é já consi<strong>de</strong>rada<br />

uma epi<strong>de</strong>mia da atualida<strong>de</strong>. Em diabéticos tipo 2, a revisão da medicação po<strong>de</strong> permitir <strong>de</strong>tetar precocemente fatores<br />

<strong>de</strong> risco <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> clínicos negativos que po<strong>de</strong>rão afetar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do doente e impedir que se atinjam os<br />

objetivos terapêuticos. Objetivo: I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> clínicos negativos (acha<strong>dos</strong>) através<br />

da revisão da medicação <strong>de</strong> doentes diabéticos tipo 2. É também objetivo <strong>de</strong>ste trabalho verificar se os critérios <strong>de</strong><br />

inclusão para realização <strong>de</strong> uma revisão da medicação da Pharmaceutical Society of Australia permitem i<strong>de</strong>ntificar os<br />

doentes que apresentam mais riscos <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> clínicos negativos. Metodologia: Estudo <strong>de</strong>scritivo transversal em<br />

utentes <strong>de</strong> uma farmácia comunitária. Foram incluí<strong>dos</strong> no estudo utentes com mais <strong>de</strong> 18 anos, a utilizar pelo menos<br />

um medicamento para o tratamento da diabetes. A amostragem <strong>dos</strong> doentes não foi propositada. Dos 28 doentes<br />

contacta<strong>dos</strong> 26 aceitaram participar no estudo. O estudo <strong>de</strong>correu em três etapas: i<strong>de</strong>ntificação <strong>dos</strong> doentes, recolha<br />

<strong>de</strong> informação e análise da informação recolhida. Resulta<strong>dos</strong> e discussão: A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> doentes foi 70±7,6<br />

anos e a maioria utilizava diariamente mais <strong>de</strong> 5 medicamentos. To<strong>dos</strong> os doentes apresentaram acha<strong>dos</strong>, sendo a média<br />

<strong>de</strong> 10,2±4,8 acha<strong>dos</strong> por doente. A utilização <strong>de</strong> anti-hipertensores, <strong>de</strong> medicamentos que atuam no aparelho digestivo<br />

e <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> doze <strong>dos</strong>es diárias <strong>de</strong> medicamentos foram fatores <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> clínicos negativos. A revisão da<br />

medicação efetuada permitiu <strong>de</strong>tetar um número <strong>de</strong> acha<strong>dos</strong> maior em doentes com maior intervalo entre consultas e<br />

naqueles que foram diagnostica<strong>dos</strong> há menos tempo. Relacionando os critérios da Pharmaceutical Society of Australia<br />

e o número <strong>de</strong> acha<strong>dos</strong> encontra<strong>dos</strong> neste estudo verificou-se que os doentes que obe<strong>de</strong>cem a algum <strong>dos</strong> critérios<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> têm maior número <strong>de</strong> acha<strong>dos</strong>. Conclusão: A revisão da medicação revelou ser uma ferramenta útil que<br />

o farmacêutico po<strong>de</strong> utilizar para, através da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> situações alvo <strong>de</strong> melhoria, contribuir com informação<br />

relevante para orientar as <strong>de</strong>cisões clínicas e terapêuticas necessárias ao controlo <strong>de</strong> doentes diabéticos tipo 2.<br />

pagina ı 108


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P014<br />

Revisão da medicação focada na utilização <strong>de</strong> anti-inflamatórios não esterói<strong>de</strong>s por um grupo<br />

<strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> primários<br />

Ana Teresa Santos 1) , Isabel Vitória Figueiredo 2) , Margarida Castel-Branco 3) , Margarida Caramona 4) , Luís<br />

Miguel Santiago 5)<br />

1) 2) 3) 4)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 5) ARS do Centro IP e Universida<strong>de</strong> da Beira Interior<br />

Introdução: Os anti-inflamatórios não esteroi<strong>de</strong>s (AINEs) são fármacos bastante utiliza<strong>dos</strong> pela população <strong>de</strong>vido às<br />

proprieda<strong>de</strong>s farmacológicas que apresentam. Muitos <strong>de</strong>les só são acessíveis através <strong>de</strong> prescrição médica, embora<br />

alguns estejam disponíveis sob o estatuto <strong>de</strong> medicamento não sujeito a receita médica. Apresentam interações<br />

com vários medicamentos, que se po<strong>de</strong>m traduzir em efeitos adversos graves. Estes efeitos ocorrem principalmente<br />

em doentes i<strong>dos</strong>os, <strong>de</strong>vido às alterações fisiológicas e às doenças concomitantes <strong>de</strong>sta subpopulação. Objetivos:<br />

I<strong>de</strong>ntificar as potenciais interações existentes entre os AINEs prescritos e a restante medicação habitual num grupo<br />

<strong>de</strong> doentes i<strong>dos</strong>os. A revisão da medicação <strong>de</strong>stes doentes preten<strong>de</strong>u também saber quais os AINEs mais prescritos<br />

pelos médicos e quantificar as interações respetivas. Foi ainda objetivo <strong>de</strong>ste trabalho criar uma lista <strong>de</strong> recomendações<br />

relacionadas com a monitorização <strong>de</strong>stes doentes, <strong>de</strong> modo a evitar ou <strong>de</strong>tetar precocemente tais interações.<br />

Metodologia: Análise retrospetiva <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> referentes à medicação prescrita <strong>de</strong> uma amostra <strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os <strong>de</strong> uma<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> primários presentes numa consulta médica entre 2 e 16 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012. Apenas<br />

foram seleciona<strong>dos</strong> os doentes a quem foram prescritos AINEs. Após a recolha <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, estes foram analisa<strong>dos</strong><br />

<strong>de</strong> forma a procurar possíveis interações entre os AINEs e os restantes medicamentos prescritos. As interações foram<br />

posteriormente contabilizadas e analisadas. Resulta<strong>dos</strong> e discussão: Foram revistos os regimes farmacoterapêuticos<br />

<strong>de</strong> 29 doentes, havendo um total <strong>de</strong> 37 AINEs prescritos. Os 3 subgrupos terapêuticos mais prescritos foram os<br />

<strong>de</strong>riva<strong>dos</strong> do ácido propiónico (29,72%), os <strong>de</strong>riva<strong>dos</strong> do ácido acético (21,63%) e os inibidores seletivos da Cox-2<br />

(18,92%). Das 125 interações encontradas, 2 foram classificadas como minor e as restantes 123 como mo<strong>de</strong>radas. A<br />

maioria das interações ocorreu entre os AINEs e os grupos <strong>de</strong> fármacos mais utiliza<strong>dos</strong> em doenças cardiovasculares:<br />

diuréticos (17,6%), antagonistas <strong>dos</strong> recetores da angiotensina (14,4%), bloqueadores da entrada do cálcio (12,0%) e<br />

inibidores da enzima <strong>de</strong> conversão da angiotensina (8,8%). Também se verificou uma gran<strong>de</strong> prevalência <strong>de</strong> interações<br />

quando 2 ou mais AINEs são utiliza<strong>dos</strong> simultaneamente (12,8%), embora não existam evidências científicas que<br />

<strong>de</strong>monstrem benefícios nesta associação. Foi elaborada uma lista <strong>de</strong> recomendações para monitorização <strong>dos</strong> doentes<br />

quando não se po<strong>de</strong>m evitar as ditas interações. Conclusão: Estas interações <strong>de</strong>vem ser tidas em conta no momento<br />

da prescrição e cedência <strong>de</strong> AINEs, pois po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar alguns efeitos graves, tais como alterações renais e<br />

aumento da pressão arterial. Para além da revisão da medicação, o farmacêutico po<strong>de</strong> ter um papel importante na<br />

monitorização do estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do doente e ajudar a equipa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a seguir as recomendações fornecidas.<br />

pagina ı 109


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P015<br />

Avaliação da efectivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> anti-hipertensores<br />

Cristina Barreto 1) , Isabel Vitória Figueiredo 2) , Margarida Castel-Branco 3) , Margarida Caramona 4) ,<br />

Capitolina Figueiredo 5)<br />

1)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra / Farmácia Figueiredo, Coimbra,<br />

2) 3) 4)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 5) Farmácia Figueiredo, Coimbra<br />

Introdução: A hipertensão arterial (HTA) afeta mais <strong>de</strong> mil milhões <strong>de</strong> pessoas em todo o mundo e, não sendo<br />

controlada, constitui um fator <strong>de</strong> risco major para o indivíduo vir a sofrer <strong>de</strong> uma doença ou <strong>de</strong> um evento cardiovascular.<br />

Objetivos: Este estudo preten<strong>de</strong>u avaliar a efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> anti-hipertensores em utentes <strong>de</strong> uma farmácia comunitária<br />

e <strong>de</strong> um lar <strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os, procurando i<strong>de</strong>ntificar os anti-hipertensores mais efetivos e verificar se estão prescritos <strong>de</strong><br />

acordo com as Normas <strong>de</strong> Orientação Terapêutica da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos (NOT). Preten<strong>de</strong>u também avaliar<br />

a diferença da pressão arterial sistólica (PAS) entre os braços, i<strong>de</strong>ntificando os indivíduos que necessitam <strong>de</strong> uma<br />

avaliação vascular adicional. Metodologia: A amostra foi constituída por utentes <strong>de</strong> uma farmácia comunitária<br />

maiores <strong>de</strong> 18 anos com queixas <strong>de</strong> HTA <strong>de</strong>scontrolada ou com sintomatologia associada, a tomar pelo menos 1<br />

anti-hipertensor ou hipertensos diagnostica<strong>dos</strong> com outras comorbilida<strong>de</strong>s. Foram também incluí<strong>dos</strong> i<strong>dos</strong>os a residir<br />

num lar <strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os. Foram realizadas medições da PA, em ambos os braços, com o tensiómetro Microlife BP A1000,<br />

<strong>de</strong> acordo com procedimentos padroniza<strong>dos</strong>. Resulta<strong>dos</strong> e discussão: Foram incluí<strong>dos</strong> na amostra 53 indivíduos:<br />

90,6% apresentavam HTA e 86,8% estavam medica<strong>dos</strong>, tendo os restantes sido referencia<strong>dos</strong> ao médico <strong>de</strong> família<br />

para avaliação da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser instituída terapêutica anti-hipertensora. Em média, os indivíduos <strong>de</strong>sta amostra<br />

apresentaram valores <strong>de</strong> PA inferiores a 140/80 mmHg. A prevalência <strong>de</strong> hipertensos medica<strong>dos</strong> não controla<strong>dos</strong> foi<br />

<strong>de</strong> 28,3% e apenas 9,4% foram consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> bor<strong>de</strong>rline. No que respeita à diferença <strong>de</strong> PAS entre os dois braços:<br />

49,1% apresentava-a entre 5 e 10 mmHg; 7,5% apresentava-a entre 10 e 15 mmHg e somente um indivíduo obteve<br />

uma diferença superior a 15 mmHg. Aos indivíduos que apresentaram uma diferença superior a 10 mmHg recomendouse<br />

a monitorização da PA regularmente e uma avaliação vascular adicional. Os anti-hipertensores mais efetivos, em<br />

monoterapia, foram os antagonistas <strong>dos</strong> recetores <strong>de</strong> angiotensina II (ARA) e os diuréticos da ansa (DA), segui<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />

inibidores da enzima <strong>de</strong> conversão da angiotensina (iECA). Em relação à terapêutica com dois anti-hipertensores, as<br />

associações mais efetivas foram a associação <strong>de</strong> ARA com bloqueador da entrada <strong>de</strong> cálcio (BEC) e a associação <strong>de</strong><br />

ARA com DA. O diurético tiazídico ou análogo (DT) e, em associação, o ARA com o DT revelaram ser os menos efetivos.<br />

Conclusão: O número <strong>de</strong> esquemas terapêuticos possíveis foi muito elevado em relação ao tamanho da amostra,<br />

pelo que as conclusões retiradas não po<strong>de</strong>m ser extrapoladas para a população em geral. No entanto, este estudo<br />

permitiu verificar que as NOT nem sempre são observadas na prática clínica e permitiu reencaminhar vários doentes<br />

para serviços <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> medicação e/ou <strong>de</strong> acompanhamento farmacoterapêutico, com vista à melhoria do seu<br />

estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

pagina ı 110


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P016<br />

Qualida<strong>de</strong> na dispensa <strong>de</strong> medicamentos não sujeitos a receita médica em farmácias e<br />

parafarmácias: resulta<strong>dos</strong> preliminares do estudo QualMed<br />

Paulo Veiga 1) , Sara M. Martins 2) , Luís V. Lapão 3) , Afonso M. Cavaco 4) , Mara P. Guerreiro 5)<br />

1)<br />

iMed. UL, 2) ISCSEM, 3) IHMT; OMS, 4) iMed. UL; FFUL, 5) iMed. UL; ISCSEM<br />

Objectivo: A literatura refere um nível variável <strong>de</strong> boa prática na dispensa <strong>de</strong> medicamentos não sujeitos a receita<br />

médica (MNSRM) em farmácias comunitárias. Este estudo centra-se na avaliação e exploração da adopção <strong>de</strong> critérios<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> na dispensa <strong>de</strong> MNSRM, utilizando uma abordagem <strong>de</strong> gestão.<br />

Metodologia: Estudo <strong>de</strong> caso em farmácias seleccionadas intencionalmente. O estudo foi aprovado por uma comissão<br />

<strong>de</strong> ética. As técnicas <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> incluíram cliente mistério, um questionário <strong>de</strong> clima organizacional e entrevistas<br />

semiestruturadas com os colaboradores das farmácias. Neste resumo, apresentamos da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> cliente mistério <strong>de</strong> uma<br />

farmácia urbana, assim como da sua concorrência directa (4 farmácias e 1 parafarmácia, vizinhas) e indirecta (locais <strong>de</strong><br />

venda <strong>de</strong> MNSRM <strong>de</strong> 3 grupos <strong>de</strong> distribuição selecciona<strong>dos</strong> por conveniência). Os da<strong>dos</strong> da concorrência permitiram<br />

uma melhor compreensão do nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho da farmácia e contribuíram para o <strong>de</strong>lineamento do guião das<br />

entrevistas.<br />

Foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> quatro cenários <strong>de</strong> queixas (CQ) (tosse iatrogénica, diarreia, dispepsia, tosse produtiva) e 3 cenários<br />

<strong>de</strong> pedi<strong>dos</strong> directos (CPD) (rinite medicamentosa - Nasex ® , lesão músculo-esquelética – Voltaren 25 ® , contracepção oral<br />

<strong>de</strong> emergência COE). As visitas foram pontuadas utilizando uma métrica previamente testada, que engloba critérios<br />

interpessoais e técnicos (ex. disponibilida<strong>de</strong> para assistir o cliente no caso <strong>de</strong> pedido directo <strong>de</strong> um medicamento e<br />

caracteriza a natureza <strong>dos</strong> sinais/sintomas, respectivamente). Clientes mistério previamente treina<strong>dos</strong> completaram uma<br />

lista <strong>de</strong> verificação imediatamente após cada visita. Os da<strong>dos</strong> foram sujeitos a análise <strong>de</strong>scritiva e bivariada (SPSS ® v. 18).<br />

Resulta<strong>dos</strong>: Foram consi<strong>de</strong>radas um total <strong>de</strong> 55 visitas. Não foram observadas diferenças significativas entre cenários<br />

individuais <strong>de</strong> queixas e pedi<strong>dos</strong> directos, pelo que estes foram agrega<strong>dos</strong> em dois grupos. A comparação da média do<br />

índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho técnico (IDT) entre CQ (38.9%) e CPD (19.9%) <strong>de</strong>monstrou uma diferença significativa (t=-4.79,<br />

p‹0.001). Nos CQ, a média do IDT foi significativamente superior (t=-2.73, p=0.01) em farmácias (44.9%) relativamente<br />

às parafarmácias (30.9%). Observou-se a situação inversa na média do índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho interpessoal (IDIP)<br />

(68.5% versus 79.5% respectivamente (t=2.18, p=0.37). Nos CPD, não se registou diferença significativa (p›0.05) no<br />

<strong>de</strong>sempenho médio entre farmácias (IDT 24.9%, IDIP 69.4%) e parafarmácias (IDT 14.9%, IDIP 74.8%).<br />

Conclusões: O <strong>de</strong>sempenho técnico foi superior nos cenários <strong>de</strong> queixas em relação aos <strong>de</strong> produtos, quer em<br />

farmácias quer em parafarmácias. Parece existir mais espaço para melhoria no <strong>de</strong>sempenho técnico das parafarmácias.<br />

É necessário um estudo mais abrangente para confirmar os nossos resulta<strong>dos</strong>.<br />

pagina ı 111


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P017<br />

Intervenção da Farmácia na Dor Neuropática<br />

Ema Paulino 1) , Rita Cruz 2) , Patrícia Parrinha 3) , Diogo Trinda<strong>de</strong> 4) , Maria José Moreira 5)<br />

1) 2) 3) 4) 5)<br />

Grupo Holon<br />

Objectivos<br />

• Aumentar o conhecimento da população sobre a dor neuropática e sua sintomatologia;<br />

• Referenciar os casos suspeitos para a consulta do pé diabético e posteriormente para avaliação médica;<br />

• Promover a a<strong>de</strong>são à terapêutica instituída.<br />

Metodologia<br />

- Foram distribuí<strong>dos</strong> folhetos informativos e ilustra<strong>dos</strong> dando a conhecer a patologia aos doentes que apresentaram<br />

prescrição <strong>de</strong> antidiabéticos orais e/ou insulina;<br />

- Na consulta do pé diabético, foi aplicado o questionário específico sobre dor (painDetect) pelos enfermeiros;<br />

- Foi elaborado um protocolo <strong>de</strong> actuação para a dispensa <strong>de</strong> medicamentos <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> à dor neuropática, que<br />

permitiu aumentar a quantida<strong>de</strong>/qualida<strong>de</strong> da informação na dispensa e uniformizar o serviço nas Farmácias;<br />

- Foi efectuada referenciação à consulta farmacêutica com o intuito <strong>de</strong> promover a a<strong>de</strong>são à terapêutica, quando<br />

relevante;<br />

- Foi efectuada referenciação à consulta médica, quando relevante.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão<br />

Um estudo sobre a percepção da dor neuropática em Portugal, divulgado em 2009, revelou que 71% das 1072<br />

pessoas inquiridas nunca tinham ouvido falar <strong>de</strong>ste problema, 75% <strong>de</strong>sconheciam quais os sintomas associa<strong>dos</strong> e<br />

77% ignoravam como se trata a dor neuropática.<br />

Face à elevada prevalência da diabetes em Portugal, e pelo facto do relatório do Observatório Nacional da Diabetes<br />

retratar as <strong>de</strong>ficiências no controlo <strong>de</strong>sta patologia, foi <strong>de</strong>senvolvida uma ação em 76 Farmácias no âmbito da Neuropatia<br />

Diabética Periférica.<br />

Foram incluí<strong>dos</strong> na acção 960 utentes diabéticos, reencaminha<strong>dos</strong> pelos farmacêuticos para a consulta do pé diabético,<br />

aos quais foram aplica<strong>dos</strong> os questionários painDetect pelos enfermeiros. Foram recolhi<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> acompanhamento<br />

<strong>de</strong> 542 doentes.<br />

A ida<strong>de</strong> média <strong>dos</strong> doentes incluí<strong>dos</strong> na ação foi <strong>de</strong> 67,2 anos, com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 8 anos e 93 anos.<br />

A maioria <strong>dos</strong> doentes incluí<strong>dos</strong> encontravam-se na faixa etária entre os 60 e 80 anos,<br />

Dos 542 utentes, 62 foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> como suspeitos (11,4%), e 21 como in<strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> (3,88%).<br />

Dos 83 doentes i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong>, foram referencia<strong>dos</strong> ao médico 75 doentes (13,8% <strong>dos</strong> doentes). Aos restantes 8<br />

doentes foi efectuada uma intervenção com vista à promoção da a<strong>de</strong>são à terapêutica, uma vez que eram doentes já<br />

diagnostica<strong>dos</strong> mas que não se encontravam a tomar os medicamentos como prescrito.<br />

Dos 75 doentes referencia<strong>dos</strong>, 2 meses após ter <strong>de</strong>corrido a acção, voltaram do médico 13 doentes (17,3%) com<br />

terapêutica específica para a dor neuropática (pregabalina ou gabapentina).<br />

Conclusões<br />

• A aplicação do questionário painDetect no âmbito da consulta do pé diabético nas Farmácias revelou-se útil na<br />

<strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> doentes suspeitos <strong>de</strong> possuir neuropatia diabética periférica;<br />

• 13,8% <strong>dos</strong> doentes incluí<strong>dos</strong> na campanha revelaram sintomas <strong>de</strong> dor neuropática e foram consequentemente<br />

referencia<strong>dos</strong> ao médico;<br />

O período relativamente curto <strong>de</strong> follow-up após a referencia ao médico não permitiu, em 34,7% <strong>dos</strong> casos, verificar se<br />

foi prescrito algum medicamento para a dor neuropática.<br />

pagina ı 112


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P018<br />

Avaliação do impacto do Acompanhamento Farmacoterapêutico no Risco Cardiovascular<br />

Marta Abreu 1) , Isabel Vitória Figueiredo 2) , Fernando Fernan<strong>de</strong>z-Llimos 3) , Margarida Castel-Branco 4) ,<br />

Margarida Caramona 5) , Paulo Monteiro 6)<br />

1)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra / Farmácia S. José – Coimbra, 2) 4) 5) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra,<br />

3)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, 6) Farmácia S. José – Coimbra<br />

As Doenças Cardiovasculares (DCV) são a principal causa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> em Portugal, em linha com o que se verifica<br />

nos restantes países oci<strong>de</strong>ntais.<br />

Nas DCV, aparecem hoje i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> fatores que, quando presentes, aumentam o risco da sua ocorrência ou<br />

<strong>de</strong>senvolvimento. É importante perceber que os fatores <strong>de</strong> risco (FR) não surgem habitualmente isola<strong>dos</strong>, tendo<br />

tendência para se agrupar num mesmo indivíduo. Esta coexistência <strong>de</strong> múltiplos FR resulta num efeito combinado maior<br />

do que o esperado da soma <strong>dos</strong> seus efeitos individuais.<br />

O Risco Cardiovascular (RCV) global <strong>de</strong>fine-se como a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vir a <strong>de</strong>senvolver DCV num período <strong>de</strong>finido<br />

<strong>de</strong> tempo (geralmente a 10 anos). O objetivo do cálculo do RCV global é i<strong>de</strong>ntificar os indivíduos que <strong>de</strong>vem ser<br />

aconselha<strong>dos</strong> e que <strong>de</strong>vem receber tratamento para prevenir a DCV, bem como estabelecer o nível <strong>de</strong> agressivida<strong>de</strong><br />

da terapêutica.<br />

Farmacêuticos bem como outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ocupam uma posição única nos cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> primários<br />

que lhes permite contribuir <strong>de</strong> forma muito significativa para a melhoria e prevenção das DCV.<br />

Desenvolveu-se um estudo longitudinal prospetivo para avaliar o impacto do Acompanhamento Farmacoterapêutico no<br />

RCV (grupo intervenção), comparando-o com o processo <strong>de</strong> atendimento tradicional (grupo controlo) numa farmácia<br />

comunitária. A seleção da amostra e a recolha <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> foram efetuadas entre outubro <strong>de</strong> 2011 e junho <strong>de</strong> 2012. A<br />

quantificação do risco foi efetuada usando a Escala <strong>de</strong> Risco SCORE.<br />

Após análise estatística <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, comprovou-se o impacto do Acompanhamento Farmacoterapêutico na redução do<br />

RCV global (p=0,041). Foi encontrada uma melhoria em alguns <strong>dos</strong> parâmetros avalia<strong>dos</strong>, tais como pressão arterial<br />

sistólica e perímetro abdominal, não tendo sido encontrada significância estatística nos restantes parâmetros avalia<strong>dos</strong><br />

(pressão arterial diastólica, colesterol total, glicémia capilar em jejum, índice <strong>de</strong> massa corporal, peso e tabagismo).<br />

pagina ı 113


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P019<br />

A<strong>de</strong>são comportamental em diabéticos tipo 2 trata<strong>dos</strong> com insulina<br />

Maria Célia Lourenço Patrão 1) , João Relvas 2) , Manuela Carvalheiro 3) , Margarida Caramona 4)<br />

2)<br />

Serviço <strong>de</strong> Psiquiatria HUC – EPE, 3) Serviço Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo HUC – EPE, 4) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra<br />

A epi<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Diabetes tipo 2, a nível mundial e segundo estu<strong>dos</strong> epi<strong>de</strong>miológicos, tem sido atribuída ao estilo <strong>de</strong> vida<br />

oci<strong>de</strong>ntal, caracterizado pelo aumento <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong>, se<strong>de</strong>ntarismo e dieta rica em energia. O estudo apresentado<br />

tem por objectivo avaliar as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são ao regime alimentar, exercício físico, administração <strong>de</strong> insulina e<br />

autovigilância da glicémia em diabéticos tipo 2 trata<strong>dos</strong> com insulina. Foi <strong>de</strong>senvolvido no Serviço <strong>de</strong> Endocrinologia,<br />

Diabetes e Metabolismo do HUC-EPE. A amostra foi <strong>de</strong> conveniência, com N=63 doentes (57,3% da população). Os<br />

Critérios <strong>de</strong> inclusão: ida<strong>de</strong> 20-80 A, doença diagnosticada pelo menos há 1 A, critérios <strong>de</strong> International Diabetes<br />

Fe<strong>de</strong>ration e International Society for Diabetes para o diagnóstico, regime <strong>de</strong> ambulatório, ausência <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z, doença<br />

aguda ou <strong>de</strong>pressão; <strong>de</strong>senvolvimento intelectual normal e consentimento informado <strong>de</strong> participação. As Variáveis <strong>de</strong><br />

atributo: género, ida<strong>de</strong>, ida<strong>de</strong> diagnóstico, HbA1c, IMC e glicemia jejum, doenças concomitantes/factores <strong>de</strong> risco,<br />

complicações macrovasculares e crónicas. A Colheita <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> realizou-se nos meses Abril-Maio 2011, com entrevista<br />

semi-estruturada específica. Os da<strong>dos</strong> foram introduzi<strong>dos</strong> no programa SPSS versão 17.0. A análise foi quantitativa<br />

<strong>de</strong>scritiva e o estudo transversal. As Hipóteses <strong>de</strong> investigação (HI) : HI1 se os indicadores clínicos não estão<br />

controla<strong>dos</strong>, então as dificulda<strong>de</strong>s na a<strong>de</strong>são comportamental serão elevadas. HI2 se a ida<strong>de</strong> e ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diagnóstico<br />

aumentam, então as dificulda<strong>de</strong>s na a<strong>de</strong>são comportamental serão elevadas. Os Resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong>monstraram que as<br />

dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são ao regime alimentar (93,7%), exercício físico (95,2%) e autovigilância glicemia (38,1%) são muito<br />

elevadas. A Hemoglobina glicada (HbA1c) com média (M) 8,8% e Desvio Padrão (DP) 1,7%, Índice <strong>de</strong> Massa Corporal<br />

(IMC), (M) 29,2 e (DP) 5,4, glicemia jejum (M) 160,2mg/dl e (DP) 60,8, não estão controla<strong>dos</strong>. Existiu associação entre<br />

HbA1c e dificulda<strong>de</strong> na autovigilância glicemia (p


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P020<br />

A<strong>de</strong>são da autoeficácia em diabéticos tipo 2 trata<strong>dos</strong> com insulina<br />

Maria Célia Lourenço Patrão 1) , João Relvas 2) , Manuela Carvalheiro 3) , Margarida Caramona 4)<br />

2)<br />

Serviço <strong>de</strong> Psiquiatria HUC – EPE, 3) Serviço Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo HUC – EPE, 4) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra<br />

To<strong>dos</strong> nós que, ao longo da vida profissional, temos estado <strong>de</strong>dica<strong>dos</strong> a resolver problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> das pessoas,<br />

sentimos crescer um pelotão interminável <strong>de</strong> diabéticos tipo 2. O estudo apresentado tem por objetivo avaliar a<br />

autoeficácia, variável oriunda da Teoria da aprendizagem <strong>de</strong> Bandura, como preditora <strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são<br />

em saú<strong>de</strong> nos diabéticos tipo2 trata<strong>dos</strong> com insulina. Foi <strong>de</strong>senvolvido no Serviço <strong>de</strong> Endocrinologia, Diabetes e<br />

Metabolismo do HUC-EPE. A amostra foi <strong>de</strong> conveniência, com N=63 doentes (57,3% da população). Os Critérios<br />

<strong>de</strong> inclusão: ida<strong>de</strong> 20-80 A, doença diagnosticada pelo menos à 1 A, critérios <strong>de</strong> International Society for Diabetes/<br />

International Diabetes Fe<strong>de</strong>ration para diagnóstico, regime <strong>de</strong> ambulatório, ausência <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z, doença aguda ou<br />

<strong>de</strong>pressão; <strong>de</strong>senvolvimento intelectual normal e consentimento informado <strong>de</strong> participação. As Variáveis <strong>de</strong> atributo:<br />

género, ida<strong>de</strong>, ida<strong>de</strong> diagnóstico, habilitações literárias, Indíce Massa Corporal (IMC) e glicemia jejum. A Colheita <strong>de</strong><br />

da<strong>dos</strong> realizou-se nos meses Abril-Maio 2011, com a Escala <strong>de</strong> Autoeficácia para a Diabetes (SEDS), adaptada à<br />

população Portuguesa e sub-escalas <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo: cuida<strong>dos</strong> médicos, diabetes, situações gerais (SED-M;<br />

SED-D; SED-G). Os da<strong>dos</strong> foram introduzi<strong>dos</strong> no programa SPSS versão 17.0. A análise foi quantitativa <strong>de</strong>scritiva e<br />

o estudo transversal. As Hipóteses <strong>de</strong> investigação (HI): HI1 se o IMC e a glicemia jejum não estão controla<strong>dos</strong>,<br />

então a autoeficácia será baixa. HI2 se a ida<strong>de</strong> e ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diagnóstico são avançadas, então a autoeficácia diminui.<br />

H3 se o grau <strong>de</strong> habilitações literárias aumenta, então o nível <strong>de</strong> autoeficácia é maior. Nos Resulta<strong>dos</strong> obtivemos para<br />

o IMC Média (M) 29,2 e Desvio Padrão (DP) 5,4; glicemia jejum (M) 160,2mg/dl e (DP) 60,8 não estando controla<strong>dos</strong>.<br />

Na autoeficácia global (SEDS), (M) 8,8 e (DP) 3,6. Nas sub-escalas SED-M (M) 9,5 e (DP) 3,1; SED-D e SED-G (M)<br />

9,1 e (DP) 3,7. Existiu associação <strong>de</strong> SEDS, SED-D,SED-G e IMC (p


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P021<br />

Avaliação da efetivida<strong>de</strong> e segurança da terapêutica antidiabética numa farmácia comunitária<br />

Mónica Ferreira 1) , Isabel Vitória Figueiredo 2) , Margarida Castel-Branco 3) , Margarida Caramona 4) ,<br />

Anabela Mascarenhas5)<br />

1)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra / Farmácia Saú<strong>de</strong>, Figueira da Foz, 2) 3) 4) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra,<br />

5)<br />

Farmácia Saú<strong>de</strong> - Figueira da Foz<br />

Introdução: A Diabetes mellitus correspon<strong>de</strong> a uma <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m metabólica <strong>de</strong> etiologia múltipla, caracterizada por uma<br />

hiperglicémia crónica com distúrbios no metabolismo <strong>dos</strong> hidratos <strong>de</strong> carbono, lípi<strong>dos</strong> e proteínas, resultantes <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ficiências na secreção e/ou ação da insulina. Estima-se que existam mais <strong>de</strong> 220 milhões <strong>de</strong> pessoas com esta<br />

doença em todo o mundo, havendo uma previsão <strong>de</strong> aumento para mais <strong>de</strong> 438 milhões em 2030, proporcional às<br />

mudanças socioculturais da população. Em 2010, Portugal contava com 12,4% <strong>de</strong> diabéticos, estando diagnostica<strong>dos</strong><br />

apenas 7%. Os doentes diabéticos <strong>de</strong>vem manter um rigoroso controlo do seu perfil glicémico, <strong>de</strong> forma a reduzir<br />

o risco <strong>de</strong> complicações microvasculares, macrovasculares e neuropáticas, para além da sintomatologia associada<br />

a complicações agudas. Para tal são essenciais, para além <strong>de</strong> medidas não farmacológicas, uma monitorização<br />

continuada e terapêutica a<strong>de</strong>quada, a qual não é isenta <strong>de</strong> efeitos secundários. Objetivo: Avaliação da efetivida<strong>de</strong><br />

e segurança da terapêutica antidiabética. Metodologia: O estudo realizou-se numa farmácia comunitária entre 15 <strong>de</strong><br />

março e 10 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2012. Foram entrevista<strong>dos</strong> 29 doentes que chegaram à farmácia com uma prescrição contendo,<br />

pelo menos, um fármaco antidiabético. A hemoglobina glicosilada foi <strong>de</strong>terminada através do aparelho A1c Now+ ® .<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão: Dos 29 diabéticos recruta<strong>dos</strong>, 21 eram do sexo masculino e tinham ida<strong>de</strong>s entre os 44 e os 89<br />

anos, enquanto 8 eram do sexo feminino e situavam-se entre os 54 e os 87 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Verificou-se um aumento da<br />

prevalência da diabetes com o envelhecimento <strong>dos</strong> indivíduos. Entre os antidiabéticos orais, a metformina foi o fármaco<br />

mais prescrito, seguido das sulfonilureias e <strong>dos</strong> inibidores da dipeptidilpeptidase-4. A insulina estava instituída em<br />

apenas 4 doentes. O valor <strong>de</strong> HbA1c foi inferior a 6,5% em 18 <strong>dos</strong> 29 doentes, o que indica que, para 62% da amostra,<br />

a terapêutica antidiabética instituída estava a ser efetiva. Contudo, o questionário realizado revelou que os sintomas <strong>de</strong><br />

hiperglicémia eram muito frequentes nos doentes inquiri<strong>dos</strong>. Dadas as queixas manifestadas – entre as quais se referem<br />

sintomas <strong>de</strong> hipoglicémia e manifestações gastrointestinais – em 23 <strong>dos</strong> 29 doentes constatou-se que a terapêutica<br />

antidiabética não estava a ser segura. Conclusão: Os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> permitem-nos concluir que a avaliação, por parte<br />

do farmacêutico comunitário, da efetivida<strong>de</strong> e segurança da terapêutica antidiabética po<strong>de</strong> contribuir não só para o<br />

controlo da doença como para a segurança do próprio doente.<br />

pagina ı 116


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P022<br />

Análise exploratória <strong>dos</strong> anos <strong>de</strong> doença em diabéticos tipo 2 trata<strong>dos</strong> com insulina<br />

Maria Célia Lourenço Patrão 1) , João Relvas 2) , Manuela Carvalheiro 3) , Margarida Caramona 4)<br />

2)<br />

Serviço <strong>de</strong> Psiquiatria HUC – EPE, 3) Serviço Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo HUC – EPE, 4) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra<br />

A epi<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Diabetes tipo 2 é consi<strong>de</strong>rada a nível mundial um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> global. As complicações<br />

agudas e as crónicas po<strong>de</strong>m afetar to<strong>dos</strong> os sistemas orgânicos. Trata-se da principal causa <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> até<br />

2020. É também uma doença com eleva<strong>dos</strong> custos diretos e indiretos. O estudo apresentado tem como objectivo<br />

analisar a influência do nº <strong>de</strong> anos da doença nas complicações crónicas e macro vasculares em diabéticos tipo<br />

2 trata<strong>dos</strong> com insulina. Foi <strong>de</strong>senvolvido no Serviço <strong>de</strong> Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do HUC-EPE, na<br />

consulta <strong>de</strong> Diabetologia. A amostra foi <strong>de</strong> conveniência, com N=63 doentes (57,3% da população). Os Critérios<br />

<strong>de</strong> inclusão: ida<strong>de</strong> 20-80 A, doença diagnosticada pelo menos à 1 A, critérios <strong>de</strong> International Society for Diabetes/<br />

International Diabetes Fe<strong>de</strong>ration, para diagnóstico da doença, regime <strong>de</strong> ambulatório, ausência <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z, doença<br />

aguda ou <strong>de</strong>pressão; <strong>de</strong>senvolvimento intelectual normal e consentimento informado <strong>de</strong> participação. As Variáveis<br />

<strong>de</strong> atributo: género, ida<strong>de</strong>, habilitações literárias, profissão, anos <strong>de</strong> doença, doenças concomitantes e fatores <strong>de</strong><br />

risco, complicações crónicas e macro vasculares. A Colheita <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> realizou-se nos meses Abril-Maio 2011, com<br />

entrevista semiestruturada específica para o estudo. Os da<strong>dos</strong> foram introduzi<strong>dos</strong> no programa SPSS versão 17.0.<br />

A análise foi quantitativa <strong>de</strong>scritiva e o estudo transversal. Os Resulta<strong>dos</strong> constataram uma média (M) <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

61,3 e <strong>de</strong>svio padrão (DP) 12,9. Para o nº <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> doença (M) <strong>de</strong> 17,1 e (DP) 11,1. Obtivemos 88,9% (N=56) com<br />

doenças concomitantes e fatores <strong>de</strong> risco; para as complicações macro vasculares 26,9% (N=17) e nas complicações<br />

crónicas 66,7% (N=42) sofrem <strong>de</strong> retinopatia; 49,2%(N=31) já recorreu ao lazer; 47,6%(N=30) têm doença coronária<br />

e 26,9% (N=17) apresentam nefropatia. Comprovou-se associação entre nº <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> doença e retinopatia, lazer e<br />

nefropatia (p


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P023<br />

Efeito da suplementação com vitamina D na pressão arterial e no risco cardiovascular<br />

em utentes com índice <strong>de</strong> massa corporal igual ou superior a 25<br />

Maria Raquel Sá Miranda Moreno 1) , Juliana Rita Andra<strong>de</strong> Silva 2) , Lina Jesus Brás Rodrigues 3) , Susana<br />

Natalina Esteves Seixas4)<br />

1) 2) 3) 4)<br />

Farmácia Mo<strong>de</strong>rna<br />

Objetivo:<br />

A vitamina D tem uma ação comprovada ao nível do tecido ósseo. Há evidências recentes do seu envolvimento em<br />

processos celulares vitais ao nível do sistema cardiovascular. Neste contexto, avaliamos a influência da suplementação<br />

com vitamina D (D + ) na pressão arterial (PA) e no risco cardiovascular (RC) em utentes com Índice <strong>de</strong> Massa Corporal<br />

(IMC) ≥ 25, para inquirir da pertinência <strong>de</strong> intervenção farmacêutica dirigida.<br />

Metodologia:<br />

População em estudo - 44 utentes (68,18% são Mulheres (M) e 31,82% são Homens (H)) que participaram num rastreio<br />

realizado na farmácia.<br />

Parâmetros avalia<strong>dos</strong> - PA, glicemia, colesterol total, peso, IMC, perímetro abdominal e tabagismo. Cálculo <strong>de</strong> RC -<br />

mo<strong>de</strong>lo SCORE (Systematic Coronary Risk Evaluation – 2003).<br />

Tratamento estatístico <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> - Microsoft Office Excel.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e Discussão:<br />

A amostra é constituída por 31 utentes (64,52% M e 35,48% H) com IMC ≥ 25. A ida<strong>de</strong> média é <strong>de</strong> 59 anos. Dos<br />

31 utentes, 41,94% fazem D+ e 58,06% não o fazem (D 0 ). Os que fazem D + têm pressão sistólica média (PSm) =<br />

129,77mmHg, pressão diastólica média (PDm) = 71mmHg e RC médio <strong>de</strong> 1,23. Em contrapartida, os D0 têm uma PSm<br />

= 145,78mmHg, PDm = 75,77mmHg e RC médio <strong>de</strong> 3.<br />

As diferenças no RC entre os D+ / D 0 são ainda mais expressivas na amostra H (RC = 1,33 nos D + ; RC = 4,63 nos D 0 )<br />

do que na amostra M (RC = 0,9 nas D+; RC = 1,7 nas D0). Tal facto po<strong>de</strong>-se relacionar com as diferenças na média <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stes grupos (62,82 anos nos H e 56,55 anos nas M).<br />

Avaliando o RC por faixa etária constata-se que 29,03% da amostra têm ida<strong>de</strong> inferior a 50 anos e to<strong>dos</strong> apresentam<br />

um RC = 0. A partir <strong>dos</strong> 50 anos o RC aumenta proporcionalmente à ida<strong>de</strong> (> 50 ≤ 60 o RC médio é 2,25, > 60 ≤ 70 o<br />

RC médio é 2,38 e > 70 o RC médio é 5,4). Em todas as faixas etárias acima <strong>dos</strong> 50 anos verifica-se a eficácia da D + .<br />

Na amostra M, 50% faz D + e na amostra H apenas 27,27% o faz.<br />

O IMC médio da amostra é 30,93 e não apresenta variações significativas quer com as faixas etárias quer com a D + .<br />

O colesterol médio na amostra D 0 é 187,7 mg/dl e na D + é 204 mg/dl. Estes resulta<strong>dos</strong> são similares em todas as faixas<br />

etárias e em ambos os géneros.<br />

Dos D + , 33,33% fazem medicação para a PA e têm uma PSm = 136,20 mmHg e uma PDm = 76,80 mmHg. Os não<br />

fazem qualquer medicação para a PA e têm uma PSm = 125,75 mmHg e uma PDm = 78,25 mmHg.<br />

Na amostra, 9,68% são fumadores e to<strong>dos</strong> fazem D + , pelo que não é possível <strong>de</strong>terminar possíveis variações na eficácia<br />

da D + com o tabagismo.<br />

Estes resulta<strong>dos</strong> são concordantes com o mecanismo <strong>de</strong> ação proposto para a vitamina D que passa pela supressão<br />

da síntese <strong>de</strong> renina ao nível do sistema renina-angiotensina-al<strong>dos</strong>terona, induzindo uma efetiva melhoria da PA.<br />

Conclusões:<br />

0s resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> evi<strong>de</strong>nciam uma influência amplamente benéfica da D + ao nível cardiovascular, validando<br />

a pertinência <strong>de</strong> implementar ações <strong>de</strong> intervenção farmacêutica com o objetivo <strong>de</strong> incentivar a introdução e/ou<br />

manutenção da terapêutica D+ na amostra estudada, bem como alargar e aprofundar o seu âmbito <strong>de</strong> ação.<br />

pagina ı 118


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P024<br />

Pé diabético - Ensino em grupo. Uma colaboração interprofissional<br />

Mónica Condinho 1) Patrícia Parrinha 2) , Carlos Sinogas 3) , Fernando Miranda 4)<br />

1)<br />

ACF - Acompanhamento Farmacoterapêutico, 2) Grupo Holon, 3) Farmácia Central, Mora, 4) Farmácia Motta, Évora<br />

Objetivo<br />

Sensibilizar e educar um grupo <strong>de</strong> doentes portadores <strong>de</strong> diabetes para as complicações relacionadas com o pé<br />

diabético e respetivos cuida<strong>dos</strong> a adotar, pela partilha orientada <strong>de</strong> experiências.<br />

Metodologia<br />

Ensino em grupo para diabéticos, estruturado sob a forma <strong>de</strong> reunião, promovido pela farmácia e <strong>de</strong>senvolvido sob a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um farmacêutico (especializado em Acompanhamento Farmacoterapêutico) e <strong>de</strong> um enfermeiro<br />

(especializado no pé diabético).<br />

A iniciativa foi <strong>de</strong>senvolvida em 2 farmácias, uma situada no meio rural e outra no meio urbano.<br />

Os utentes alvo, diabéticos conscientes das complicações e cuida<strong>dos</strong> a adotar com os pés entre outros refratários<br />

a esses mesmos cuida<strong>dos</strong>, foram convida<strong>dos</strong>, oportunisticamente, a participar na reunião, durante o atendimento<br />

na farmácia ou por telefone. Cada grupo <strong>de</strong> ensino foi constituído equitativamente por doentes “refratários” e “não<br />

refratários”. Assegurou-se, também, a presença <strong>de</strong> diabéticos com experiência pessoal <strong>de</strong> ulcerações e micoses,<br />

potencialmente graves, bem como, parestesias, em ambos os grupos.<br />

O ensino compôs-se por uma breve introdução sobre a diabetes e seu tratamento, da responsabilida<strong>de</strong> do farmacêutico.<br />

Seguiu-se uma abordagem geral do pé diabético, pelo enfermeiro, realçando as causas, sinais <strong>de</strong> alerta e importância<br />

da vigilância regular. Em sequência, <strong>de</strong>senvolveu-se o espaço <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> experiências com incentivo ao diálogo e<br />

suporte fotográfico a título <strong>de</strong> exemplo, sempre que a situação o justificasse.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão<br />

Entre Outubro <strong>de</strong> 2011 e Fevereiro <strong>de</strong> 2012, efetuaram-se 3 ensinos em grupo, 2 na farmácia inserida no meio rural e<br />

um na farmácia do meio urbano. Cada sessão teve a duração <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 60 minutos, envolvendo aproximadamente<br />

10 diabéticos por sessão, no total <strong>de</strong> 30. A cada reunião faltaram, em média, 2 <strong>dos</strong> convida<strong>dos</strong>.<br />

Em ambas as farmácias, a partilha <strong>de</strong> experiências suscitou o diálogo, o esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas e o <strong>de</strong>bate acerca<br />

<strong>dos</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong> cuida<strong>dos</strong> a verificar com o pé. Contudo, foi na farmácia “rural” on<strong>de</strong> o ambiente <strong>de</strong> maior comunicação,<br />

iniciativa, partilha <strong>de</strong> experiências e dúvidas foi maior. Atribui-se tal situação, à maior carência <strong>de</strong> informação e<br />

esclarecimento que os doentes “rurais” parecem ter à disposição.<br />

Das 3 reuniões, recrutaram-se 4 diabéticos refratários para a consulta do pé diabético, um <strong>dos</strong> quais foi encaminhado<br />

<strong>de</strong> imediato ao Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido ao risco <strong>de</strong> ulceração. Destes 4 doentes, um integrou também a consulta <strong>de</strong><br />

Acompanhamento Farmacoterapêutico.<br />

Segundo, os comentários <strong>dos</strong> participantes, o ensino dotou-se <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância na motivação e sensibilização<br />

para um problema, frequentemente, <strong>de</strong>svalorizado e escondido pelo diabético.<br />

Conclusões<br />

A realização <strong>dos</strong> ensinos em grupo para diabéticos permitiu sensibilizar e educar, alguns <strong>dos</strong> diabéticos, até então<br />

refratários, para a adoção <strong>de</strong> com cuida<strong>dos</strong> específicos com os pés.<br />

pagina ı 119


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P025<br />

Intervenção farmacêutica no tratamento do liquen plano. Caso clínico.<br />

Monica Condinho 1) , Margarida Vargas 2) , Carlos Sinogas 3)<br />

1) 3)<br />

ACF - Acompanhamento Farmacoterapêutico, 2) Farmácia Algarve, S.B. <strong>de</strong> Messines,<br />

Objetivo<br />

Reportar o contributo do farmacêutico comunitário para o tratamento <strong>de</strong> um caso particular <strong>de</strong> líquen plano, pelo<br />

Acompanhamento Farmacoterapêutico (AF).<br />

Descrição do caso<br />

MMR, sexo feminino, 54 anos, portadora <strong>de</strong> líquen plano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002 (entre outras patologias), integrou a consulta <strong>de</strong><br />

AF para controlo das lesões associadas, ao nível da mucosa oral, situação patológica <strong>de</strong> causa não esclarecida apesar<br />

do longo curso da doença.<br />

Apresentava lesões dolorosas, esbranquiçadas, <strong>de</strong> contornos irregulares e com aspeto rendilhado, disseminadas na<br />

mucosa bucal. MMR referia significativa limitação no consumo <strong>de</strong> alimentos, <strong>de</strong>vido à dor provocada pelo processo<br />

mecânico da mastigação. Como tal, consumia exclusivamente alimentos líqui<strong>dos</strong> ou <strong>de</strong> textura macia. Adicionalmente<br />

referia também a i<strong>de</strong>ntificação prévia <strong>de</strong> alguns fatores precipitantes das lesões (ex.: banana, ansieda<strong>de</strong>).<br />

Relativamente à terapêutica, a doente referia já ter efetuado diversos tratamentos, tendo sido o mais eficaz um<br />

manipulado anteriormente prescrito, cuja composição <strong>de</strong>sconhecida. Contudo, não o aplicava <strong>de</strong>vido ao custo<br />

associado, incompatível com os seus fracos recursos económicos (motivo pelo qual havia também abandonado as<br />

consultas médicas).<br />

Neste contexto, no âmbito da consulta <strong>de</strong> AF, começou-se por solicitar o registo <strong>dos</strong> fatores precipitantes, por forma<br />

a i<strong>de</strong>ntificá-los e evitá-los. Adicionalmente recomendou-se a utilização diária <strong>de</strong> tintura <strong>de</strong> Mirra (FPIV), manipulado <strong>de</strong><br />

baixo custo, preparado especificamente para MMR na farmácia. Face à sua administração, cerca <strong>de</strong> 2 semanas <strong>de</strong>pois<br />

a doente apresentou significativa melhoria das lesões e da dor associada, referindo fazer uma alimentação “normal”<br />

sem qualquer limitação. Contudo, <strong>de</strong>corrido 1 mês e meio, com regressão quase total da sintomatologia, MMR sofreu<br />

agudização, aparentemente motivada pelo estado <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e nervosismo associado ao falecimento <strong>de</strong> um familiar<br />

próximo. Recomendou-se, por isso, a<strong>de</strong>são à terapêutica com Mexazolam 1 mg (Sedoxil ® ), medicamento prescrito em<br />

SOS e, dada a generalização das lesões até à garganta, aconselhou-se gargarejos com a tintura ao invés da aplicação<br />

dirigida às lesões. Após um mês <strong>de</strong> tratamento, MMR referiu melhoria da dor e regressão parcial das lesões, queixan<strong>dos</strong>e<br />

contudo <strong>de</strong> ardor à aplicação.<br />

Na sequência <strong>de</strong> diversas tentativas, foi possível i<strong>de</strong>ntificar o referido manipulado anteriormente prescrito, o qual,<br />

segundo a doente, era eficaz, sem ardor – propionato <strong>de</strong> clobetasol em orabase 0,05%. Assim, após aquisição das<br />

substâncias necessárias, preparou-se o manipulado na farmácia (menor custo), estando, neste momento, em curso a<br />

sua utilização, com aparente regressão das queixas.<br />

Conclusão<br />

Cerca <strong>de</strong> 4 meses após a integração em consulta <strong>de</strong> Acompanhamento Farmacoterapêutico, a intervenção do<br />

farmacêutico pela manipulação magistral, conduziu ao controlo das lesões <strong>de</strong> líquen plano.<br />

pagina ı 120


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P026<br />

Papel do Farmacêutico no controlo e <strong>de</strong>teção precoce da Diabetes mellitus<br />

Ana Sofia Amaral 1) , Marta Enes 2) , Patrícia Ferreira 3) , Rosa Maria Sousa 4)<br />

1) 2) 3) 4)<br />

Farmácia Quinta da Igreja<br />

De acordo com a OMS, atualmente, a Diabetes mellitus é responsável por 5% das mortes mundiais. Esta é uma<br />

realida<strong>de</strong> alarmante que justifica um maior envolvimento do farmacêutico comunitário, não só na prevenção e <strong>de</strong>teção da<br />

diabetes, como também no acompanhamento <strong>dos</strong> doentes diabéticos. Assim, os utentes dispõem <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />

serviços especializa<strong>dos</strong> nas farmácias comunitárias, nomeadamente, o Check Saú<strong>de</strong> glicemia, a Consulta Farmacêutica,<br />

a Consulta <strong>de</strong> Nutrição e a Consulta do Pé Diabético, serviços que visam acompanhar e abordar os principais temas<br />

da educação do diabético.<br />

Objectivos: - Caracterizar a população diabética da farmácia<br />

- Avaliar a resposta do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na assistência aos doentes diabéticos<br />

- I<strong>de</strong>ntificar os hábitos alimentares e estilo <strong>de</strong> vida, os hábitos <strong>de</strong> autovigilância e a existência <strong>de</strong> uma correta<br />

a<strong>de</strong>são à terapêutica prescrita.<br />

Metodologia: O estudo foi realizado durante o mês <strong>de</strong> setembro, através da realização <strong>de</strong> um inquérito a uma amostra<br />

<strong>de</strong> população diabética (portadores <strong>de</strong> prescrição médica com, pelo menos, um antidiabético oral, insulina ou material<br />

<strong>de</strong> autovigilância, ou utentes que se dirigiram à farmácia para realizar um teste <strong>de</strong> glicemia).<br />

Resulta<strong>dos</strong>/Discussão: Os resulta<strong>dos</strong> até agora obti<strong>dos</strong> ainda não são conclusivos (estudo a <strong>de</strong>correr), no entanto,<br />

verifica-se uma maior prevalência <strong>de</strong>sta doença no sexo feminino > 65 anos e com o nível <strong>de</strong> instrução do 1º Ciclo<br />

do Ensino Básico. To<strong>dos</strong> os inquiri<strong>dos</strong> são diabéticos há vários anos e a maioria foi diagnosticada através <strong>de</strong> análises<br />

prescritas pelo médico. Contudo, poucos são segui<strong>dos</strong> pelo médico endocrinologista. Ao nível da medicação, to<strong>dos</strong><br />

se encontram medica<strong>dos</strong>, maioritariamente com antidiabéticos orais. A medição da glicemia ocorre, em média, três<br />

vezes por semana e a maioria não tem dúvidas quanto ao funcionamento do respetivo aparelho. A maioria <strong>dos</strong> utentes<br />

recorre ao enfermeiro no centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> duas vezes por ano para realizar a vigilância <strong>dos</strong> seus pés e a<br />

generalida<strong>de</strong> já recorreu a pelo menos uma consulta <strong>de</strong> nutrição na farmácia/centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Quando questiona<strong>dos</strong><br />

sobre a importância do farmacêutico, até ao momento, a resposta é unânime: profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com um papel<br />

fundamental no controlo e na prestação <strong>de</strong> informação sobre a diabetes. Apesar <strong>de</strong> estarmos perante uma população<br />

com um grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> muito baixo, este não constitui uma barreira à comunicação entre doente e profissional<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, dado que os inquiri<strong>dos</strong> se mostraram informa<strong>dos</strong> e bastante cuida<strong>dos</strong>os relativamente à diabetes.<br />

pagina ı 121


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P027<br />

Intervenção da farmácia comunitária no pé diabético. Caso clínico<br />

Mónica Condinho 1) , Ana Isabel Marques 2) , CarlosSinogas 3) , Patrícia Parrinha 4)<br />

1)<br />

ACF - Acompanhamento Farmacoterapêutico, 2) Farmácia Central, Mora, 3) Farmácia Central, Mora, 4) Grupo Holon<br />

Objetivo<br />

Partilhar, através <strong>de</strong> um caso clínico peculiar, o impacto positivo que a farmácia comunitária po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver nos<br />

cuida<strong>dos</strong> ao pé do diabético, pela colaboração interprofissional, na ausência <strong>de</strong> resposta pelos cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

primários.<br />

Descrição do caso<br />

AM, sexo feminino, 84 anos, diabética tipo 2, utente habitual da farmácia, com fraco acesso a cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> higiene.<br />

Surge em reunião para ensino em grupo sobre pé diabético, promovida pela farmácia, com queixas <strong>de</strong> dor nos pés e<br />

“uma ferida que <strong>de</strong>sinfeta há muitos meses com água oxigenada”.<br />

A doente foi encaminhada para a consulta <strong>de</strong> pé diabético implementada na farmácia e <strong>de</strong>senvolvida por enfermeira<br />

especializada. No âmbito da consulta foram <strong>de</strong>tetadas, entre outros aspetos, onicomicoses com afetação total da<br />

lâmina ungueal, uma calosida<strong>de</strong> significativa e uma aparente infeção, no 3º <strong>de</strong>do do pé direito. Segundo o International<br />

Working Group on diabetic foot, o pé foi classificado com grau <strong>de</strong> risco 2.<br />

Após pedido <strong>de</strong> opinião ao farmacêutico responsável, a doente foi encaminhada ao Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> para avaliação,<br />

sendo medicada com sertaconazol 20 mg/g (Dermofix creme ® ) e Lactacyd ® para lavagem <strong>dos</strong> pés.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o fraco acesso a cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> higiene, com risco <strong>de</strong> inefetivida<strong>de</strong> da terapêutica e consequente<br />

agravamento da situação, a farmácia encetou um programa diário <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> higiene, hidratação e aplicação do<br />

tratamento médico recomendado, assegurando, simultaneamente, a avaliação semanal pelo farmacêutico especializado<br />

em Acompanhamento Farmacoterapêutico (AF), programa que AM integrou.<br />

Cerca <strong>de</strong> uma semana após o início do tratamento, face às queixas <strong>de</strong> dor, aparentemente motivadas por mau calçado,<br />

calosida<strong>de</strong> e infeção bacteriana não tratada, a doente foi, novamente, encaminhada ao Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, com prescrição<br />

adicional <strong>de</strong> sertaconazol 20 mg/g (Dermofix ® ) pó e sulfametoxazol 800mg + trimetropim 160 mg (Bactrim Forte ® ).<br />

Devido à incapacida<strong>de</strong> económica para aquisição <strong>de</strong> calçado mais a<strong>de</strong>quado, recomendou-se o uso <strong>de</strong> uma proteção<br />

plantar do ante pé esquerdo, específica para alivio da pressão causada pela calosida<strong>de</strong>.<br />

Paralelamente, AM foi encaminhada à consulta <strong>de</strong> podologia, também implementada na farmácia na qual, por duas<br />

ocasiões, foi efetuado o rebaixamento ungueal possível, tal como a remoção do calo.<br />

A doente beneficiou <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> higiene e tratamento na farmácia, diariamente, durante cerca <strong>de</strong> um mês. Período<br />

ao fim do qual, pela observação do pé, ausência <strong>de</strong> queixas dolorosas, sinais ou sintomas adicionais foi consi<strong>de</strong>rado,<br />

pelo farmacêutico responsável, o fim <strong>de</strong>stes cuida<strong>dos</strong> particulares.<br />

AM manteve-se, contudo, em AF com vigilância regular a cada consulta.<br />

Conclusão<br />

O presente trabalho <strong>de</strong>monstra que a farmácia comunitária, pela colaboração interprofissional, po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar um<br />

papel significativo nos cuida<strong>dos</strong> ao pé do diabético, a<strong>de</strong>quando os seus serviços às necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> utentes que<br />

serve.<br />

pagina ı 122


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P028<br />

O papel da farmácia comunitária na prevenção, <strong>de</strong>teção e controlo da Hipertensão arterial<br />

Anabela Mascarenhas 1) , Nélio Oliveira 2) , Ana Gaspar Cabral 3) , Barbara Cunha 4) , João Oliveira 5) ,<br />

Paulo Monteiro 6) , Fábio Branco 7)<br />

1) 2) 4) 5) 6) 7)<br />

Farmácia Saú<strong>de</strong> - Figueira da Foz, 3) Farmácia Saú<strong>de</strong> - Figueira da Foz e Grupo <strong>de</strong> Farmacologia e Cuida<strong>dos</strong> Farmacêuticos,<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra,<br />

Introdução: No ano 2000, cerca <strong>de</strong> 26,4% da população mundial adulta tinha Hipertensão Arterial (HTA) e estimase<br />

que este valor aumente para 29,2% em 2025. No estudo português PAP, realizado em 2007, estimou-se a<br />

existência <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 42,1% <strong>de</strong> hipertensos, sendo que <strong>de</strong>stes somente 45,7% sabiam ser, 39,1% estavam a ser<br />

trata<strong>dos</strong> e 11,2% tinham a sua pressão arterial (PA) controlada. Assim, é importante <strong>de</strong>senvolver estratégias para<br />

melhorar a prevenção, a <strong>de</strong>tecção e o tratamento da hipertensão em Portugal.<br />

Méto<strong>dos</strong>: No <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> uma feira industrial nas proximida<strong>de</strong>s da farmácia, durante 5 dias, foram convida<strong>dos</strong> a<br />

preencher o questionário e a medir a pressão arterial 100 pessoas, <strong>de</strong> forma aleatória. Após aceitarem integrar o estudo<br />

os participantes assinavam o termo <strong>de</strong> consentimento informado e eram recolhidas informações relativas a hábitos<br />

tabágicos, medicação utilizada e hábitos alimentares e pressão arterial num questionário previamente <strong>de</strong>senvolvido. A<br />

pressão arterial foi medida na posição sentada, após 5 minutos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso com um esfingomanómetro da Microlife.<br />

Resulta<strong>dos</strong>: Dos 100 indivíduos avalia<strong>dos</strong>, obteve-se uma média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 45 anos, 47% do sexo feminino e 23%<br />

fumadores. Cerca <strong>de</strong> 60% <strong>dos</strong> indivíduos tomava pelo menos 1 medicamento diariamente, sendo que 7% tomam<br />

mais <strong>de</strong> 5 medicamentos. No total foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> 20% <strong>de</strong> indivíduos com hipertensão (que tomavam pelo menos<br />

1 medicamento anti-hipertensor), 60% do sexo feminino. Do total <strong>de</strong> hipertensos 60% não estavam controla<strong>dos</strong> (PA ≥<br />

140/90mmHg) e <strong>de</strong>stes 16,6% eram fumadores.<br />

Conclusões: As farmácias, graças à sua proximida<strong>de</strong> com os doentes, têm o po<strong>de</strong>r e o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> intervir no sentido<br />

<strong>de</strong> melhorar o conhecimento que os doentes hipertensos têm da sua doença, bem como alertar para a importância da<br />

auto-monitorização e da toma correcta da medicação para obter um melhor controlo da pressão arterial. Só <strong>de</strong>sta forma<br />

é possível sensibilizar os doentes para os diferentes factores <strong>de</strong> risco, contribuindo assim para diminuir a morbilida<strong>de</strong> e<br />

a mortalida<strong>de</strong> prematura associadas a esta doença.<br />

pagina ı 123


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P029<br />

A importância do farmacêutico na análise individual das prescrições em farmácia magistral<br />

Ronaldo Ferreira Da Silva 1) , Luísa Tostes Oliveira 2) , Lázara Montezano Lopes 3) , João Márcio da Silva Correa 4)<br />

1) 2) 3) 4)<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense<br />

Um fator que po<strong>de</strong> dificultar a a<strong>de</strong>são ao tratamento é a padronização das apresentações <strong>dos</strong> medicamentos pela<br />

indústria farmacêutica, limitando-os a um número <strong>de</strong> <strong>dos</strong>agens e reduzindo a especificida<strong>de</strong> do atendimento. Neste<br />

contexto, a atuação do farmacêutico na farmácia magistral é essencial para a produção <strong>de</strong> medicamentos não<br />

disponibiliza<strong>dos</strong> pela indústria através da a<strong>de</strong>quação da <strong>dos</strong>agem e da forma farmacêutica ou como uma estratégia<br />

para melhorar a a<strong>de</strong>são <strong>dos</strong> pacientes à terapêutica. A individualização do tratamento, quando justificada sob o ponto<br />

<strong>de</strong> vista farmacoterapêutico, é a razão primordial para a prescrição e preparação <strong>de</strong> medicamentos manipula<strong>dos</strong>. Para<br />

que este medicamento alcance os objetivos pretendi<strong>dos</strong>, a exatidão das informações contidas no receituário médico é<br />

imprescindível para o sucesso do tratamento, ao contribuir para a prevenção <strong>dos</strong> erros <strong>de</strong> medicação, pois a prescrição<br />

constitui o primeiro passo na utilização do medicamento. O medicamento magistral é preparado a partir das informações<br />

contidas no receituário médico que <strong>de</strong>ve especificar <strong>dos</strong>e, forma farmacêutica, duração do tratamento e o princípio ativo,<br />

além <strong>de</strong> outros requisitos legais. Existem informações não obrigatórias que <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas na preparação <strong>de</strong><br />

um medicamento manipulado, como, por exemplo, a ida<strong>de</strong> e o peso do paciente, a fim <strong>de</strong> garantir que o medicamento<br />

atenda às suas necessida<strong>de</strong>s. Objetivo: Este trabalho busca enfatizar a importância do farmacêutico na avaliação <strong>de</strong><br />

prescrições <strong>de</strong> medicamentos para uso cardiovascular, apontando a possibilida<strong>de</strong> da intervenção farmacêutica para<br />

garantir o êxito do tratamento. Metodologia: Realizou-se um estudo retrospectivo no qual foram analisadas prescrições<br />

magistrais <strong>de</strong> soluções orais e cápsulas <strong>de</strong> anti-hipertensivos recebidas na Farmácia Universitária da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral Fluminense entre janeiro a agosto <strong>de</strong> 2012. Avaliou-se as prescrições quanto ao seu atendimento aos requisitos<br />

legais e aos parâmetros observa<strong>dos</strong> na literatura consultada, concentrando a avaliação em relação à ida<strong>de</strong> e peso do<br />

paciente, i<strong>de</strong>ntificação da substância ativa, forma farmacêutica, <strong>dos</strong>agem e duração do tratamento. Posteriormente,<br />

elaborou-se um banco <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> utilizando-se estatística <strong>de</strong>scritiva. Resulta<strong>dos</strong> e discussão: Em 700 prescrições<br />

17,43% estavam totalmente <strong>de</strong> acordo com a legislação vigente, 89.14% apresentaram a forma farmacêutica, 99.71%<br />

a i<strong>de</strong>ntificação da substancia ativa, 99.71% a <strong>dos</strong>agem, 32.14% a duração do tratamento, 0,85% a ida<strong>de</strong> e 1% o peso.<br />

Conclusão: Os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> <strong>de</strong>monstram a existência <strong>de</strong> lacunas no receituário acerca da informação necessária<br />

para a correta preparação e dispensação do medicamento manipulado, infringindo, inclusive, a legislação vigente,<br />

confirmando a importância do farmacêutico na análise individual das prescrições a fim <strong>de</strong> minimizar e evitar possíveis<br />

erros, aumentando a eficácia e a<strong>de</strong>são ao tratamento.<br />

pagina ı 124


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P030<br />

Supporting Portuguese Pharmacies’ advising on dietary supplements<br />

Sandra Lino 1) , Joana Pinto 2) , Beatriz Macedo 3) , Filipa Santos 4)<br />

1) 2) 3) 4)<br />

Associação Nacional das Farmácias<br />

Due to increasing consumer interest and use of dietary supplements, community pharmacies are receiving more requests<br />

for information about these products.<br />

Unlike medicines, the extent of information resources on supplements that Pharmacists have at their disposal is clearly<br />

insufficient. With the lack of resources, Pharmacists may find their need and ability to provi<strong>de</strong> accurate information<br />

regarding dietary supplements comprised.<br />

Consumers perceive dietary supplements as “natural” and therefore safe for general use. They tend to believe that there<br />

is nothing to worry about and do not foresee the need to search for “medicines-like” information, and as a result, are not<br />

appropriately informed about these products.<br />

While the number of information requests specific to dietary supplements represents a small percentage of the total<br />

requests received, it is in fact rising. The number of information requests about these products is increasing. This<br />

shows that community pharmacies are aware and look for information services as professional resource best capable to<br />

respond to dietary supplements information requests.<br />

How does a medicines information service manage dietary supplements information requests?<br />

Within general technical and scientific information requests, what is the percentage of information requests related to<br />

dietary supplements?<br />

How many different Pharmacies reach out to the medicines information service with these kinds of requests?<br />

And how many of those requests are on behalf of consumers?<br />

Do information resources that the medicines information service disposes enable to respond to these requests for<br />

information?<br />

What type of information requests does the medicines information service receive regarding dietary supplements?<br />

To respond, standard high quality resources need to be available. However, there are few recognized publications<br />

evaluating safety or efficacy issues related to dietary supplements. I<strong>de</strong>ally, information resources need to be easily<br />

available (accessible), up-to-date and provi<strong>de</strong> information in a convenient manner (user-friendly, electronic formats,<br />

searchable database by common names or brand names).<br />

To overcome the lack of comprehensiveness of most of the information resources available and the existent gap<br />

between information resources and practice became crucial to <strong>de</strong>velop in house resources supported by unquestionable<br />

references and reflecting market reality.<br />

pagina ı 125


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P031<br />

Despesa com medicamentos em Portugal e estratégias para o uso racional do medicamento<br />

Inês Teixeira 1) , Suzete Costa 2) , Zilda Men<strong>de</strong>s 3)<br />

1)<br />

CEFAR<br />

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, várias medidas foram adoptadas em Portugal com o intuito <strong>de</strong> controlar a evolução<br />

da <strong>de</strong>spesa com medicamentos. O Memorando <strong>de</strong> Entendimento, assinado em Maio <strong>de</strong> 2011, entre as autorida<strong>de</strong>s<br />

portuguesas e internacionais (CE, FMI e BCE) veio aumentar o grau <strong>de</strong> exigência <strong>de</strong> redução da <strong>de</strong>spesa pública com<br />

medicamentos.<br />

OBJECTIVO: O presente estudo tem como objectivos: 1) analisar a evolução do mercado farmacêutico e da <strong>de</strong>spesa<br />

pública com medicamentos; 2) calcular o impacto para o Serviço Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SNS) referente à <strong>de</strong>spesa com as<br />

substâncias activas comparticipadas entre 2006 e o primeiro semestre <strong>de</strong> 2012; 3) analisar a evolução do preço médio<br />

por embalagem <strong>dos</strong> medicamentos no mercado do SNS; 4) reflectir sobre estratégias no âmbito do uso racional do<br />

Medicamento.<br />

METODOLOGIA: Estudo <strong>de</strong>scritivo, com 2 vertentes: 1) análise <strong>de</strong> mercado com base nos Sistema <strong>de</strong> Informação<br />

sobre Consumo <strong>de</strong> Medicamentos (SICMED) e Sistema <strong>de</strong> Informação hmR; 2) análise <strong>de</strong> impacto. O tratamento<br />

estatístico foi realizado com o programa SAS versão 8.2.<br />

RESULTADOS: Em 2011, o mercado ambulatório <strong>de</strong> medicamentos sofreu uma redução <strong>de</strong> 408,3 milhões <strong>de</strong> euros<br />

(M€) vs o ano anterior. A <strong>de</strong>spesa pública (SNS e subsistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>) reduziu 447,4 M€.<br />

Em 2012, esta tendência continua a verificar-se, com uma redução do valor do mercado em 170 M€ (-9,4%) e da<br />

<strong>de</strong>spesa pública em 85,2 M€ (-9,9%) <strong>de</strong> Janeiro a Julho vs homólogo.<br />

Parte da <strong>de</strong>spesa é explicada pela comparticipação nos últimos anos <strong>de</strong> novas moléculas. As substâncias activas<br />

comparticipadas em 2008 são responsáveis por Encargos para o SNS no valor <strong>de</strong> 11,7 M€ em 2008. Este valor<br />

aumenta para 51,1 M€ em 2009, para 93,4 M€ em 2010, para 117,3 M€ em 2011 e para 61,3 M€ no 1º Semestre<br />

<strong>de</strong> 2012.<br />

Salienta-se, a partir da introdução das novas medidas aprovadas em Maio/2010 e até Julho/2012, uma redução no<br />

preço médio por embalagem muito acentuada nos genéricos (-58,0%) no mercado do SNS.<br />

DISCUSSÃO: É importante reflectir sobre outras estratégias que, <strong>de</strong> forma racional, possam contribuir para um controlo<br />

da <strong>de</strong>spesa sustentável para o SNS e agentes do Medicamento e para garantir o acesso ao Medicamento.<br />

CONCLUSÕES: O mercado e a <strong>de</strong>spesa pública <strong>de</strong> medicamentos no ambulatório reduziram drasticamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2011, após reduções administrativas <strong>de</strong> preços, comparticipação e margens.<br />

Estas medidas têm impacto na diminuição da <strong>de</strong>spesa apenas no curto prazo e consequências para os diversos<br />

stakehol<strong>de</strong>rs do sector. É importante aplicar medidas qualitativas que promovam a racionalida<strong>de</strong> e eficiência e avaliar<br />

a qualida<strong>de</strong> e o impacto <strong>de</strong>ssas medidas. Os protocolos terapêuticos e a recente legislação sobre DCI representam<br />

importantes oportunida<strong>de</strong>s, mas o actual contexto <strong>de</strong> incerteza e crise económico-financeira requer também um diálogo<br />

com os diferentes parceiros na busca <strong>de</strong> soluções justas e equitativas.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P032<br />

Conheça os valores do seu coração: uma campanha das farmácias portuguesas<br />

Rita Santos 1) , Cristina Santos 2) , Tiago Ganhoto 3) , Pedro Teixeira 4) , Zilda Men<strong>de</strong>s 5) , Suzete Costa 6) ,<br />

Fernando <strong>de</strong> Pádua 7)<br />

1) 2)<br />

Associação Nacional das Farmácias, 3) 5) 6) CEFAR, 4) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Motricida<strong>de</strong> Humana (FMH), 7) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Motricida<strong>de</strong> Humana (FMH),<br />

INTRODUÇÃO: Em Maio <strong>de</strong> 2010 foi implementada uma campanha nacional nas farmácias, <strong>de</strong> acordo com um mo<strong>de</strong>lo<br />

e materiais <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> para o efeito. O principal objectivo foi o <strong>de</strong> sensibilizar a população sobre os seus valores <strong>de</strong><br />

pressão arterial e colesterol total e os valores <strong>de</strong> referência e promover a medição <strong>de</strong>stes parâmetros na farmácia. A<br />

intervenção farmacêutica consistiu na medição da Pressão Arterial, Colesterol Total, Peso e Altura, na informação sobre<br />

os valores <strong>de</strong> referência, os benefícios do exercício e da alimentação saudável e na referenciação ao médico <strong>dos</strong> utentes<br />

com os valores superiores aos <strong>de</strong> referência.<br />

OBJECTIVO: Caracterizar os utentes das farmácias quanto aos seus valores <strong>de</strong> pressão arterial e colesterol total e ao<br />

seu risco cardiovascular e avaliar o impacte da campanha, após intervenção farmacêutica, i<strong>de</strong>ntificando as alterações<br />

na prescrição (início ou alteração da terapêutica).<br />

METODOLOGIA: Estudo <strong>de</strong>scritivo transversal, entre 10 e 15 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2010, nas farmácias participantes.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante a campanha foram avalia<strong>dos</strong> 12.930 indivíduos, com ida<strong>de</strong> igual ou superior a<br />

18 anos, em 412 farmácias (15% das farmácias filiadas). A ida<strong>de</strong> média <strong>dos</strong> participantes foi 58,4 ± 15,8 anos e 70,8%<br />

eram do sexo feminino. Os valores médios das <strong>de</strong>terminações efectuadas foram <strong>de</strong> 27,7 ± 4,6 Kg/m 2 para o IMC,<br />

131,6 / 77,3 ± 20,0 / 11,4 mmHg para a pressão arterial e 196,0 ± 36,9 mg/dl para o colesterol total. A % <strong>de</strong> utentes<br />

com os valores acima <strong>dos</strong> <strong>de</strong> referência e sem qualquer terapêutica instituída foi <strong>de</strong> 37,6% para a pressão arterial<br />

e <strong>de</strong> 65,4% para o colesterol total. Os farmacêuticos i<strong>de</strong>ntificaram ainda 48,3% <strong>de</strong> doentes hipertensos medica<strong>dos</strong><br />

não controla<strong>dos</strong>, 47,3% <strong>de</strong> doentes com dislipi<strong>de</strong>mia medica<strong>dos</strong> não controla<strong>dos</strong> e 44,9% <strong>de</strong> indivíduos com risco<br />

cardiovascular elevado (SCORE ≥ 5%). Dos indivíduos com SCORE elevado, 20,1% foram referencia<strong>dos</strong> ao médico. No<br />

global, os farmacêuticos i<strong>de</strong>ntificaram 8091 utentes com pelo menos um <strong>dos</strong> parâmetros com valores superiores aos <strong>de</strong><br />

referência. Dos utentes i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong>, 21,2% foram referencia<strong>dos</strong> ao médico e 47,0% regressaram à farmácia com início<br />

ou alteração <strong>de</strong> terapêutica (anti-hipertensora ou anti-dislipidémica). A referenciação ao médico foi <strong>de</strong>clarada por 65%<br />

das farmácias que enviaram da<strong>dos</strong>. É necessária avaliação adicional para documentar os resulta<strong>dos</strong> da intervenção<br />

farmacêutica e da referência à consulta médica para além da janela temporal da campanha.<br />

CONCLUSÕES: Os resulta<strong>dos</strong> sugerem que a campanha po<strong>de</strong> ter tido um impacte positivo na i<strong>de</strong>ntificação precoce<br />

<strong>de</strong> doentes em risco cardiovascular, funcionando as farmácias como geradoras <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> alerta, através da prestação<br />

<strong>de</strong> serviços no âmbito da promoção da saú<strong>de</strong> e prevenção da doença, i<strong>de</strong>ntificação precoce <strong>de</strong> indivíduos em risco não<br />

medica<strong>dos</strong> e monitorização <strong>dos</strong> doentes sob terapêutica.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P033<br />

Serviço <strong>de</strong> vacinação nas farmácias portuguesas: Resulta<strong>dos</strong> da campanha nacional “Vacine-se<br />

contra a gripe nas farmácias” 2011/12<br />

Rute Horta 1) , Cristina Santos 2) , Suzete Costa 3) , Mário Anchisi 4) , Carla Torre 5) , José Guerreiro 6) , Zilda Men<strong>de</strong>s 7)<br />

1) 2)<br />

Associação Nacional das Farmácias, 3) 4) 5) 6) 7) CEFAR,<br />

ENQUADRAMENTO: Des<strong>de</strong> a publicação da Portaria n.º 1429/2007, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Novembro, que as farmácias disponibilizam<br />

aos seus utentes o serviço <strong>de</strong> administração <strong>de</strong> vacinas não incluídas no PNV e promovem, anualmente, uma Campanha<br />

nacional na área da vacinação contra a gripe. A 4ª Campanha, realizada na época 2011/2012, teve como objectivos<br />

dinamizar o serviço <strong>de</strong> vacinação nas farmácias, sensibilizar os utentes para a importância da vacinação contra a gripe<br />

e contribuir para o aumento da cobertura vacinal.<br />

OBJECTIVO: Avaliar o envolvimento das farmácias na 4ª Campanha nacional, caracterizar os utentes vacina<strong>dos</strong>,<br />

estimar a taxa <strong>de</strong> vacinação nas farmácias e a cobertura vacinal proporcionada através das farmácias.<br />

METODOLOGIA: Estudo <strong>de</strong>scritivo transversal, realizado com base nos registos <strong>de</strong> vacinação envia<strong>dos</strong> pelas farmácias<br />

participantes na Campanha, referentes ao período entre o início da época gripal em 2011 e 31 Mar. 2012. Informação<br />

comercial sobre a dispensa <strong>de</strong> vacinas obtida através do sistema <strong>de</strong> informação hmR/análise CEFAR. A população-alvo<br />

da Campanha incluiu to<strong>dos</strong> os indivíduos adultos com prescrição da vacina contra a gripe.<br />

RESULTADOS: 1.785 farmácias (64,8%) a<strong>de</strong>rentes, das quais 1.227 (68,7% das a<strong>de</strong>rentes) enviaram da<strong>dos</strong>. Média<br />

<strong>de</strong> 230 vacina<strong>dos</strong>/farmácia, 93,5% das vacinas administradas por farmacêuticos e meta<strong>de</strong> <strong>dos</strong> utentes vacina<strong>dos</strong> nas<br />

primeiras 8 semanas. Cerca <strong>de</strong> 56,1% do sexo feminino e 64,6% com ida<strong>de</strong> ≥ 65 anos. A estimativa máxima da taxa<br />

<strong>de</strong> vacinação nas farmácias foi <strong>de</strong> 49%. Cerca <strong>de</strong> 3,9% <strong>dos</strong> utentes vacinou-se pela primeira vez e 8,4% não se tinha<br />

vacinado na época anterior. A estimativa da cobertura vacinal nos indivíduos com ida<strong>de</strong> ≥ 65 anos foi <strong>de</strong> 43,3% (IC 95%:<br />

43,20%-43,34%) e o contributo das farmácias para este valor situou-se entre 9,5% e 13,7%. Será, ainda, apresentada<br />

a análise comparativa das 4 Campanhas contra a gripe realizadas nas farmácias portuguesas.<br />

DISCUSSÃO: Embora a cobertura vacinal nos indivíduos com ida<strong>de</strong> ≥ 65 anos tenha diminuído, o contributo das<br />

Farmácias para essa cobertura aumentou. Por outro lado, além da conveniência para os utentes que se vacinam<br />

habitualmente, é importante explorar o potencial para captar utentes nunca vacina<strong>dos</strong> ou que não se vacinaram na<br />

época anterior.<br />

CONCLUSÕES: De acordo com a estimativa máx., 49% das vacinas contra a gripe dispensadas durante a época<br />

2011/2012 foram administradas nas farmácias (valor similar à estimativa para farmácias do Relatório do INSA). A<br />

preferência <strong>dos</strong> utentes pelas Farmácias, evi<strong>de</strong>nciada na evolução <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> ao longo <strong>de</strong> 4 anos, a meta da OMS<br />

para a cobertura vacinal contra a gripe nos indivíduos com ida<strong>de</strong> ≥ 65 anos (75%) e o actual enquadramento político,<br />

económico e social <strong>de</strong> contenção da <strong>de</strong>spesa pública e incremento da eficiência na Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>veriam constituir uma<br />

oportunida<strong>de</strong> para reflectir sobre um melhor aproveitamento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácias Portuguesas.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P034<br />

Dietary Supplements – Technical and scientific analysis of major safety issues: caring for<br />

consumer’s health<br />

Sandra Lino 1) , Joana Pinto 2) , Beatriz Macedo 3) , Filipa Santos 4)<br />

1) 2) 3) 4)<br />

Associação Nacional das Farmácias<br />

The availability and use of dietary supplements are increasing worldwi<strong>de</strong>. Community pharmacies are an important point<br />

of sale of these products. Unlike medicines, dietary supplements are not as highly regulated and therefore, have no<br />

requirements to assure safety or effectiveness for its inten<strong>de</strong>d use before reaching consumers.<br />

To assist pharmacists and consumers in the best use of these products, medicines information service works on<br />

i<strong>de</strong>ntifying and providing evi<strong>de</strong>nce-based information on major safety issues about each dietary supplement before<br />

it reaches pharmacies’ market. To accomplish this, a technical and scientific analysis is performed for each active<br />

ingredient to i<strong>de</strong>ntifying major safety issues, such as: adverse reactions, interactions, contra-indications and other safety<br />

claims related with the use of these products.<br />

This project results in several important benefits to community pharmacists: gathering and critically evaluating important<br />

and unique safety information that is then provi<strong>de</strong>d to community pharmacies to access and use to best benefit their<br />

daily professional practice and emanating suggestions on selected safety information to be inclu<strong>de</strong>d by companies on<br />

product labeling.<br />

Technical and Scientific Analysis on Dietary Supplements is committed to safe use of these products <strong>de</strong>livered in<br />

Portuguese Pharmacies by providing information that allows pharmacists to improve counseling and support patients’<br />

informed <strong>de</strong>cisions.<br />

pagina ı 129


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P035<br />

Quando a via oral não é solução - A base PLO em medicamentos manipula<strong>dos</strong><br />

António Bica 1) , Clarisse Dias 2)<br />

1) 2)<br />

LEF - Infosaú<strong>de</strong>, Lda.<br />

Objectivo: Caracterizar o Pluronic Lecithin Organogel (PLO), matriz para a preparação <strong>de</strong> medicamentos manipula<strong>dos</strong><br />

e sua relevância na intervenção da farmácia, no <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> alternativas à via oral <strong>de</strong> administração.<br />

Metodologia: Pesquisa <strong>de</strong> referências na bibliografia disponível na instituição e pesquisa online (PubMed Central).<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão: A pele não foi estudada como via <strong>de</strong> administração sistémica até mea<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> anos 50,<br />

quando a aplicação <strong>de</strong> uma pomada <strong>de</strong> nitroglicerina veio <strong>de</strong>monstrar efeitos benéficos no controlo da angina pectoris,<br />

durante horas. Des<strong>de</strong> então, vários sistemas transdérmicos têm sido <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong>, produzi<strong>dos</strong> e comercializa<strong>dos</strong><br />

pela indústria farmacêutica. Contudo, existem doentes que não encontram resposta terapêutica nos medicamentos<br />

industrializa<strong>dos</strong>. A farmácia comunitária assume um papel fulcral no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um medicamento manipulado,<br />

que através da administração não invasiva, permite a distribuição sistémica do fármaco. Desta forma, consoante o<br />

doente e formulação, é possível aumentar a a<strong>de</strong>são à terapêutica, eliminar o efeito da primeira passagem hepática,<br />

reduzir os efeitos adversos, reduzir a variação <strong>dos</strong> níveis séricos e terminar a libertação do fármaco pela remoção da<br />

preparação.<br />

Há cerca <strong>de</strong> 20 anos, dois farmacêuticos, <strong>de</strong>senvolveram uma emulsão para preparações transdérmicas, o PLO,<br />

constituído por um gel aquoso com concentrações <strong>de</strong> 20% a 30% do polaxâmero Pluronic F-127, (fase aquosa) e por<br />

uma mistura <strong>de</strong> partes iguais em lecitina <strong>de</strong> soja e palmitato/miristato <strong>de</strong> isopropilo (fase oleosa), a qual constitui 20% a<br />

22% (m/V) da fórmula final.<br />

Actualmente existem <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> formulações publicadas referenciando a base PLO, que visam a preparação em<br />

farmácia comunitária. Po<strong>de</strong>m ser administradas a crianças, adultos, i<strong>dos</strong>os, doentes com necessida<strong>de</strong>s especiais<br />

(ex: doentes disfágicos, doentes com distúrbios gastro-intestinais) e até mesmo animais. As formulações <strong>de</strong>scritas<br />

<strong>de</strong>stinam-se ao tratamento <strong>de</strong> sintomas agu<strong>dos</strong> (ex.: náuseas e vómitos) ou patologias crónicas (ex.: dor neuropática).<br />

Conclusões: A opção pela administração via transdérmica <strong>de</strong> um fármaco, em <strong>de</strong>trimento da via oral, <strong>de</strong>ve ser<br />

pon<strong>de</strong>rada caso a caso, <strong>de</strong> acordo com o estado da arte e consi<strong>de</strong>rando as variáveis <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do doente e da<br />

formulação A farmácia comunitária, pela proximida<strong>de</strong> com o doente e contacto com o médico prescritor, po<strong>de</strong> influenciar<br />

positivamente o tratamento, expondo alternativas terapêuticas, como as preparações transdérmicas com a base PLO.<br />

pagina ı 130


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P036<br />

Evolução do consumo <strong>de</strong> antidiabéticos orais em Portugal e uso racional do medicamento<br />

Suzete Costa 1) , Carla Torre 2) , José Guerreiro 3) , Zilda Men<strong>de</strong>s 4) , Inês Teixeira 5)<br />

1) 2) 3) 4) 5)<br />

CEFAR<br />

INTRODUÇÃO: Os antidiabéticos orais (ADOs) integram, juntamente com as insulinas e o glucagom, o terceiro grupo<br />

farmacoterapêutico <strong>de</strong> maior peso na <strong>de</strong>spesa do SNS com medicamentos (8,6% em 2009), tendo sido selecciona<strong>dos</strong><br />

para uma das Normas <strong>de</strong> Orientação Terapêutica pela Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos em 2010. A Direcção Geral da Saú<strong>de</strong><br />

(DGS) publicou também uma Norma <strong>de</strong> Orientação Clínica na mesma área, em Dezembro <strong>de</strong> 2011, <strong>de</strong>corrente do<br />

Memorando <strong>de</strong> Entendimento, assinado em Maio <strong>de</strong> 2011, entre as autorida<strong>de</strong>s portuguesas e internacionais (CE, FMI<br />

e BCE) que impôs normas <strong>de</strong> prescrição, com vista ao controlo da <strong>de</strong>spesa pública com medicamentos. Por outro<br />

lado, apesar da existência <strong>de</strong> arsenal terapêutico diversificado para a diabetes, incluindo novos fármacos, um Estudo <strong>de</strong><br />

Cortez-Dias N e colaboradores <strong>de</strong> 2010 refere que, em Portugal, apenas 37,5% <strong>dos</strong> doentes com diabetes em Portugal<br />

estão controla<strong>dos</strong>.<br />

OBJECTIVO: Analisar a evolução do consumo <strong>de</strong> antidiabéticos orais em Portugal entre 2004 e YTDJun2012 e estimar<br />

a poupança potencial resultante <strong>de</strong> uma substituição parcial <strong>dos</strong> restantes ADOs por metformina.<br />

METODOLOGIA: Foi estimada a análise <strong>de</strong> consumo <strong>dos</strong> antidiabéticos orais com base no Sistema <strong>de</strong> Informação<br />

e Consumo <strong>de</strong> Medicamentos (SICMED) e no Sistema <strong>de</strong> Informação hmR, em valor e em Dose Diária Definida (DDD)<br />

por 1.000 habitantes por dia (DHD), calculado o custo/DDD e realizada uma análise <strong>de</strong> impacto em cenário simulado.<br />

RESULTADOS: Entre 2004 e 2011 o consumo total <strong>de</strong> antidiabéticos orais aumentou para 179 M€ (%), tendo o<br />

consumo <strong>de</strong> Inibidores das DPP-4 e respectivas associações aumentado exponencialmente a partir <strong>de</strong> 2007 e 2008,<br />

respectivamente, e sido estes os principais responsáveis pelo aumento da <strong>de</strong>spesa do SNS com ADOs. No YTDJun12<br />

prossegue o aumento do consumo das associações <strong>de</strong> ADOs em DHD. O custo por DDD aumenta <strong>de</strong> 2004 a Jun2012,<br />

<strong>de</strong>vido ao aumento do custo/DDD nos medicamentos <strong>de</strong> marca <strong>de</strong> 0,46€/DDD para 1,16€/DDD. O cenário simulado<br />

<strong>de</strong> impacte indica uma poupança potencial entre 8,3M€ e 9,9M€ se apenas 10% <strong>dos</strong> restantes ADOs prescritos<br />

fossem substituí<strong>dos</strong> por metformina (DCI <strong>de</strong> primeira linha segundo normas <strong>de</strong> prescrição, com mais experiência clínica<br />

e maior robustez do perfil Benefício/Risco e menos onerosa).<br />

DISCUSSÃO: Embora a norma da DGS refira a metformina em situação <strong>de</strong> primeira linha no tratamento da diabetes e<br />

estejam previstos indicadores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prescrição e indicadores farmacoeconómicos, é importante avaliar o seu<br />

impacto e monitorizar a utilização <strong>dos</strong> novos ADOs face às indicações aprovadas.<br />

CONCLUSÕES: O consumo <strong>de</strong> ADOs aumentou entre 2004 e 2011. A elevada utilização <strong>de</strong> Inibidores das DPP-<br />

4 e respectivas associações indica a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auditar padrões <strong>de</strong> prescrição, com vista ao uso racional do<br />

medicamento e controlo da <strong>de</strong>spesa pública com medicamentos. É igualmente importante avaliar, nos próximos meses,<br />

o impacto da primeira norma da DGS.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P037<br />

Evolução do consumo <strong>de</strong> anti<strong>de</strong>pressivos, ansiolíticos, hipnóticos e sedativos em Portugal e as<br />

metas do Plano Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 2004-2010<br />

Carla Torre 1) , José Guerreiro 2) , Suzete Costa 3)<br />

1) 2) 3)<br />

CEFAR<br />

INTRODUÇÃO: Os psicofármacos (que incluem anti<strong>de</strong>pressivos, ansiolíticos, hipnóticos, sedativos, antipsicóticos e<br />

lítio) representam o segundo grupo farmacoterapêutico <strong>de</strong> maior peso na <strong>de</strong>spesa do SNS com medicamentos (12,5%<br />

em 2009). O Plano Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (PNS) 2004-2010 estabeleceu a saú<strong>de</strong> mental como uma das quatro áreas <strong>de</strong><br />

intervenção prioritárias e <strong>de</strong>finiu como meta uma redução <strong>de</strong> 20% no final <strong>de</strong> 2010 do consumo <strong>de</strong> anti<strong>de</strong>pressivos<br />

(AD), ansiolíticos, hipnóticos e sedativos (AHS). Por outro lado, Portugal tem um <strong>dos</strong> mais eleva<strong>dos</strong> níveis <strong>de</strong> utilização<br />

<strong>de</strong> benzodiazepinas a nível europeu, tendo motivado uma recomendação do International Narcotics Control Board para<br />

a adopção em Portugal <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> prescrição e utilização <strong>de</strong>stes medicamentos.<br />

METODOLOGIA: Foi estimada a análise <strong>de</strong> consumo AD e AHS no período do PNS (2004-2010) com base no Sistema<br />

<strong>de</strong> Informação e Consumo <strong>de</strong> Medicamentos (SICMED) e no Sistema <strong>de</strong> Informação hmR, em Dose Diária Definida<br />

(DDD) por 1.000 habitantes por dia (DHD) e calculado o custo/DDD.<br />

RESULTADOS: Entre 2004 e 2010, o consumo <strong>de</strong> AD e AHS aumentou linearmente em Portugal (beta=6.3; R 2 =0.91;<br />

p=0.0007), <strong>de</strong> 149,8 DHD para 192,6 DHD, representando um crescimento total <strong>de</strong> 28,6%. O consumo <strong>de</strong> AD<br />

aumentou 57,2%. O consumo <strong>de</strong> fluoxetina e paroxetina apresentam tendência negativa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004, em contraste<br />

com o aumento do escitalopram e da sertralina. A quota <strong>de</strong> mercado <strong>dos</strong> AD genéricos, em DHD, subiu <strong>de</strong> 25,3% em<br />

2004 para 50,2% em 2010. A análise <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong>monstra que o consumo <strong>de</strong> AD, em valor, aumentou <strong>de</strong> 159M€<br />

em 2004 para 163M€ em 2010 (2,6%), essencialmente <strong>de</strong>vido ao escitalopram mas o custo/DDD baixou 35% (<strong>de</strong><br />

0,83€para 0,54€).<br />

O consumo <strong>de</strong> AHS aumentou 14,3%, essencialmente <strong>de</strong>vido a benzodiazepinas, como o alprazolam e lorazepam<br />

(28,9% e 15,7%, respectivamente). A quota <strong>de</strong> mercado <strong>dos</strong> AHS genéricos, em DHD, subiu <strong>de</strong> 10,1% em 2004 para<br />

30,3% em 2010. Por outro lado, o consumo <strong>de</strong> AHS, em valor, diminuiu <strong>de</strong> 77M€ em 2004 para 68M€ em 2010<br />

(-11,1%) e o custo/DDD baixou 22,8% (<strong>de</strong> 0,20€ para 0,15€).<br />

DISCUSSÃO: O não cumprimento da meta <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> 20% no consumo <strong>de</strong>stes psicofármacos <strong>de</strong>ve fazer reflectir<br />

sobre as estratégias <strong>de</strong> melhoria da prescrição e utilização <strong>de</strong>stes medicamentos.<br />

CONCLUSÕES: O consumo <strong>de</strong>stes psicofármacos aumentou 28,6%, em DHD, entre 2004 e 2010, contrariando a<br />

meta <strong>de</strong>finida no Plano Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 2004-2010 <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> 20% no final <strong>de</strong> 2010, embora este seja um<br />

indicador controverso. O padrão <strong>de</strong> consumo <strong>dos</strong> AD também sofreu alterações com o consumo crescente <strong>de</strong> novos<br />

AD e mais onerosos. A prevalência <strong>de</strong> AHS foi mais elevada que o esperado, <strong>de</strong>monstrando o reduzido impacto das<br />

políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nesta área. A redução no custo/DDD foi <strong>de</strong>vida ao aumento da utilização <strong>de</strong> genéricos, bem como às<br />

sucessivas reduções <strong>de</strong> preços. Será importante implementar e avaliar normas <strong>de</strong> prescrição <strong>dos</strong> AD e AHS.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P038<br />

Evolução do consumo <strong>de</strong> antihipertensores em Portugal e uso racional do medicamento<br />

Suzete Costa 1) , Carla Torre 2) , José Guerreiro 3) , Inês Teixeira 4)<br />

1) 2) 3) 4)<br />

CEFAR<br />

INTRODUÇÃO: Os antihipertensores representam o grupo farmacoterapêutico <strong>de</strong> maior peso na <strong>de</strong>spesa do SNS<br />

com medicamentos (19,9% em 2009), tendo sido selecciona<strong>dos</strong> para uma das Normas <strong>de</strong> Orientação Terapêutica pela<br />

Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos em 2010. A Direcção Geral da Saú<strong>de</strong> (DGS) publicou também uma Norma <strong>de</strong> Orientação<br />

Clínica na mesma área, em Setembro <strong>de</strong> 2011, <strong>de</strong>corrente do Memorando <strong>de</strong> Entendimento, assinado em Maio <strong>de</strong><br />

2011, entre as autorida<strong>de</strong>s portuguesas e internacionais (CE, FMI e BCE) que impôs normas <strong>de</strong> prescrição, com<br />

vista ao controlo da <strong>de</strong>spesa pública com medicamentos. Por outro lado, apesar da existência <strong>de</strong> arsenal terapêutico<br />

diversificado, um Estudo <strong>de</strong> Macedo ME e colaboradores <strong>de</strong> 2007 refere que, em Portugal, apenas 11,2% <strong>dos</strong> doentes<br />

trata<strong>dos</strong> em ambulatório estão controla<strong>dos</strong>.<br />

OBJECTIVO: Analisar a evolução do consumo <strong>de</strong> antihipertensores em Portugal entre 2004 e 2011, com enfoque nos<br />

Antagonistas <strong>dos</strong> Receptores da Angiotensina (ARAs) e estimar a poupança potencial resultante <strong>de</strong> uma substituição<br />

parcial <strong>dos</strong> ARAs prescritos.<br />

METODOLOGIA: Foi estimada a análise <strong>de</strong> consumo <strong>dos</strong> antihipertensores com base no Sistema <strong>de</strong> Informação e<br />

Consumo <strong>de</strong> Medicamentos (SICMED) e no Sistema <strong>de</strong> Informação hmR, em valor e em Dose Diária Definida (DDD) por<br />

1.000 habitantes por dia (DHD) e realizada uma análise <strong>de</strong> impacto em cenário simulado.<br />

RESULTADOS: Entre 2004 e 2011 o consumo total <strong>de</strong> antihipertensores aumentou <strong>de</strong> 456,9 M€ para 483,2 M€ (5,8%),<br />

tendo o consumo <strong>de</strong> ARAs aumentado 70,8%. A DHD aumentou linearmente para 344,8 em 2011 (aumento <strong>de</strong> 38,8%),<br />

essencialmente <strong>de</strong>vido aos agentes que actuam no sistema renina-angiotensina, tendo o rácio ARAs/(IECAs+ARAs)<br />

em DDD aumentado <strong>de</strong> 33,8% para 51,9%. O cenário simulado <strong>de</strong> impacte indica uma poupança potencial entre<br />

2,1M€ e 2,6M€ se apenas 10% <strong>dos</strong> ARAs (simples) prescritos fossem substituí<strong>dos</strong> por captopril (DCI da mesma classe<br />

ATC, com mais experiência clínica e maior robustez do perfil Benefício/Risco, constituindo uma alternativa terapêutica<br />

segundo as normas <strong>de</strong> prescrição e menos onerosa).<br />

DISCUSSÃO: Embora a norma da DGS refira que to<strong>dos</strong> os antihipertensores po<strong>de</strong>m ser usa<strong>dos</strong> como primeira linha no<br />

tratamento da hipertensão arterial sem complicações, a literatura <strong>de</strong>screve a importância <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> prescrição e farmacoeconómicos.<br />

CONCLUSÕES: O consumo <strong>de</strong> antihipertensores aumentou entre 2004 e 2011. A elevada utilização <strong>de</strong> ARAs<br />

indica a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> optimizar padrões <strong>de</strong> prescrição, com vista ao uso racional do medicamento e controlo da<br />

<strong>de</strong>spesa pública com medicamentos. É importante avaliar, nos próximos meses, o impacto da primeira norma da<br />

DGS para o tratamento da hipertensão arterial e optimizar os indicadores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prescrição e indicadores<br />

farmacoeconómicos.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P039<br />

O contributo da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> farmácias na avaliação do medicamento e <strong>de</strong> outras tecnologias<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em contexto real<br />

Carla Torre 1) , José Guerreiro 2) , Suzete Costa 3) , Zilda Men<strong>de</strong>s 4)<br />

1) 2) 3) 4)<br />

CEFAR<br />

INTRODUÇÃO: As bases <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> em saú<strong>de</strong> têm-se revelado fontes <strong>de</strong> informação essenciais ao crescimento da<br />

Farmacoepi<strong>de</strong>miologia e da Avaliação <strong>de</strong> Resulta<strong>dos</strong> em Saú<strong>de</strong>. Prevê-se que a sua dimensão continue a crescer, em<br />

resposta às directrizes europeias que requisitam a avaliação das tecnologias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, nomeadamente do medicamento,<br />

em contexto real. Esta evolução, transposta já para o plano legal europeu, conduzirá a uma abordagem ao longo do<br />

ciclo <strong>de</strong> vida do medicamento, com a avaliação <strong>dos</strong> seus efeitos na rotina da prática clínica, ao nível da efectivida<strong>de</strong><br />

e segurança. Assim, evi<strong>de</strong>ncia-se e antecipa-se a importância da existência <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> populacionais que traduzam a<br />

prática clínica, em Portugal, <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>senvolver os estu<strong>dos</strong> necessários.<br />

OBJECTIVO: Apresentar a plataforma informática (PI) da re<strong>de</strong> das farmácias comunitárias portuguesas enquanto<br />

contributo para a realização <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> observacionais, que reflictam a rotina da prática clínica, com recurso a exemplos<br />

<strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> concretos.<br />

METODOLOGIA: Os da<strong>dos</strong> regista<strong>dos</strong> nas fichas <strong>de</strong> acompanhamento farmacoterapêutico para suporte, em primeiro<br />

plano, à intervenção farmacêutica fazem também do Sifarma 2000, sistema informático <strong>de</strong> 65% das farmácias, uma<br />

base <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> anónima ao nível do doente, que reúne informação longitudinal da dispensa <strong>de</strong> medicamentos, produtos<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e serviços, condições fisiopatológicas, entre outras. A aplicação prática <strong>de</strong>sta PI será realizada através da<br />

<strong>de</strong>scrição <strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong> realiza<strong>dos</strong> ou em curso.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em 2010, foi iniciado um estudo pioneiro com recurso a esta PI, sobre uma coorte<br />

<strong>de</strong> doentes em observação durante 24 meses, com o objectivo <strong>de</strong> avaliar a a<strong>de</strong>são e a persistência à terapêutica<br />

com bifosfonatos no tratamento da osteoporose pós-menopáusica (da<strong>dos</strong> e <strong>de</strong>senho metodológico a apresentar no<br />

congresso). Em Set. <strong>de</strong> 2012, iniciou-se um estudo piloto, na região do Algarve, que versa a implementação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

inovadores <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços farmacêuticos, <strong>de</strong>signadamente <strong>de</strong> combinações <strong>de</strong> serviços que serão presta<strong>dos</strong><br />

numa ou mais visitas posteriores à farmácia. A informação sobre os serviços e a medicação adquirida serão registadas<br />

<strong>de</strong> forma prospectiva e anónima nesta PI, o que permitirá a avaliação <strong>de</strong> impacte em saú<strong>de</strong> (mo<strong>de</strong>lo a apresentar no<br />

congresso). Finalmente, a avaliação do Serviço <strong>de</strong> Vacinação contra a Gripe Sazonal 2012/13 será realizada, <strong>de</strong> forma<br />

anónima, através <strong>dos</strong> registos <strong>de</strong> vacinação efectua<strong>dos</strong> nesta PI.<br />

CONCLUSÕES: A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> farmácias portuguesas, pelo repositório <strong>de</strong> informação que contém em contexto real <strong>de</strong><br />

utilização do medicamento e outras tecnologias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e pela cobertura geográfica em todo o País, constitui uma<br />

peça fundamental do conhecimento da saú<strong>de</strong> <strong>dos</strong> Portugueses, representando por isso um elemento chave para as<br />

Autorida<strong>de</strong>s em Saú<strong>de</strong> e outros stakehol<strong>de</strong>rs, no quadro da avaliação das tecnologias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e outros estu<strong>dos</strong><br />

específicos <strong>de</strong> interesse.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P040<br />

Campanha <strong>de</strong> protecção solar nas farmácias<br />

Isabel Jacinto 1) , Zilda Men<strong>de</strong>s 1) , Cristina Santos 1) , Suzete Costa 1)<br />

1) 3)<br />

Associação Nacional das Farmácias; 2) 4)CEFAR<br />

OBJECTIVOS: A campanha, que <strong>de</strong>correu entre 24 <strong>de</strong> Maio e 10 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010, teve como principais objectivos<br />

sensibilizar os utentes da farmácia para as medidas <strong>de</strong> prevenção do cancro da pele e os cuida<strong>dos</strong> a ter com o sol e<br />

incentivar a escolha, a aquisição e a utilização correctas do protector solar e outros produtos cosméticos.<br />

METODOLOGIA: Estudo <strong>de</strong>scritivo transversal nas farmácias participantes. Indicadores principais avalia<strong>dos</strong>: factor <strong>de</strong><br />

protecção solar (FPS), tipo <strong>de</strong> pele, tipo <strong>de</strong> protector solar recomendado e produto pós-solar se o utente tiver adquirido.<br />

RESULTADOS: Das 1415 farmácias a<strong>de</strong>rentes à campanha (51,76%), 102 enviaram da<strong>dos</strong> e 3.259 utentes receberam<br />

aconselhamento sobre protecção solar. A ida<strong>de</strong> média <strong>dos</strong> utentes foi <strong>de</strong> 36 anos e 72% eram do sexo feminino. O top<br />

3 da distribuição do fototipo nos utentes avalia<strong>dos</strong> inclui 38% no fototipo III, 32% no fototipo II e 17% no fototipo IV. Foi<br />

fornecido aconselhamento do protector solar a aproximadamente 90% <strong>dos</strong> indivíduos e 95% adquiriu o protector solar<br />

aconselhado pelo farmacêutico. Em aproximadamente 74% <strong>dos</strong> utentes foi oferecido aconselhamento do produto póssolar<br />

e 42% adquiriu o produto sugerido pelo farmacêutico. O FPS 50 foi recomendado a 58% utentes e os FPS entre 25<br />

e 40 foram aconselha<strong>dos</strong> a 36% <strong>dos</strong> indivíduos. O leite corporal e a emulsão foram as formas farmacêuticas preferidas.<br />

CONCLUSÃO: Os resulta<strong>dos</strong> da avaliação da campanha sugerem que o aconselhamento e a intervenção do<br />

farmacêutico na área da protecção solar po<strong>de</strong>m ter um impacto positivo sobre a escolha a<strong>de</strong>quada do FPS.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P041<br />

Circuito do medicamento num lar <strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os: da seleção à utilização.<br />

Oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção farmacêutica<br />

Joana Faria 1) , Paula Iglésias-Ferreira 2) , Henrique Mateus-Santos 3) , Paula Fresco 4)<br />

1)<br />

Universida<strong>de</strong> Lusófona, 2) 3) Instituto Pharmcare, 4) Universida<strong>de</strong> do Porto,<br />

O envelhecimento da população e profundas alterações <strong>de</strong>mográficas e epi<strong>de</strong>miológicas resultaram num aumento<br />

da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> continua<strong>dos</strong>. Existem, atualmente, 1832 lares portugueses legais, com capacida<strong>de</strong><br />

para 67940 i<strong>dos</strong>os. Os i<strong>dos</strong>os institucionaliza<strong>dos</strong> apresentam várias patologias, são polimedica<strong>dos</strong> e a maioria não<br />

é autónoma em relação à sua medicação. Os riscos <strong>de</strong>sta polimedicação são consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> eleva<strong>dos</strong> e provocam<br />

morbimortalida<strong>de</strong> evitável.<br />

Em Portugal, o circuito do medicamento nos lares <strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os (seleção, aquisição, armazenamento e conservação,<br />

distribuição, administração e utilização) não é responsabilida<strong>de</strong> do farmacêutico. A intervenção farmacêutica po<strong>de</strong> ser<br />

fundamental neste processo.<br />

Objetivo: Caracterizar o circuito do medicamento num lar <strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os e i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção<br />

farmacêutica.<br />

Método: Estudo observacional, <strong>de</strong>scritivo e transversal realizado num lar <strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os selecionado por conveniência.<br />

A recolha <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> <strong>de</strong>correu entre maio e agosto 2010. A avaliação da farmacoterapia foi efectuada <strong>de</strong> acordo<br />

com a classificação <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong> Problemas Relaciona<strong>dos</strong> com os Medicamentos (PRM) e os critérios <strong>de</strong> Beers,<br />

operacionaliza<strong>dos</strong> para Portugal.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e Discussão: O lar tem auxiliares 24h, enfermeiros durante o dia e médico, responsável pela medicação<br />

<strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os doentes, duas vezes/semana. O local <strong>de</strong> armazenamento <strong>dos</strong> medicamentos não respeita as condições<br />

exigidas às farmácias comunitárias e hospitalares. Os medicamentos são prepara<strong>dos</strong> para 3 ou 4 dias pela auxiliar<br />

responsável e são distribuí<strong>dos</strong>, em recipientes <strong>de</strong> plástico, às outras auxiliares, que os entregam ou administram aos<br />

doentes (autónomos ou não autónomos, respectivamente).<br />

Dos 98 i<strong>dos</strong>os resi<strong>de</strong>ntes, 66,3% são mulheres, 50% têm mais <strong>de</strong> 85 anos e a média é <strong>de</strong> 83 anos. Consomem um<br />

total 783 medicamentos. Médias: 8 medicamentos/i<strong>dos</strong>o e 8 patologias/i<strong>dos</strong>o. Detetaram-se 251 PRM (32,1%), a<br />

média <strong>de</strong> PRM por doente é <strong>de</strong> 3. Detetaram-se 128 medicamentos potencialmente inapropria<strong>dos</strong>, cuja média é 1/<br />

i<strong>dos</strong>o. I<strong>de</strong>ntificaram-se oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção farmacêutica em todas as etapas do circuito do medicamento.<br />

Constatou-se ainda que os erros, a falta <strong>de</strong> conhecimentos e <strong>de</strong> condições a<strong>de</strong>quadas que ocorrem nas etapas prévias à<br />

utilização po<strong>de</strong>m alterar a qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> medicamentos, condicionando assim a sua utilização, efetivida<strong>de</strong> e segurança.<br />

Conclusões: O farmacêutico po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver funções e assumir responsabilida<strong>de</strong>s em todas as etapas do circuito do<br />

medicamento nos lares <strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os, instalando melhorias a<strong>de</strong>quadas a cada instituição.<br />

O farmacêutico po<strong>de</strong>, e <strong>de</strong>ve, intervir na etapa da utilização e dirigir a sua intervenção para serviços clínicos diferencia<strong>dos</strong><br />

como a revisão da medicação e o seguimento farmacoterapêutico. Por reduzirem erros e PRM, estas funções contribuem,<br />

tentativamente, para uma melhor utilização <strong>dos</strong> medicamentos nestas instituições.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P042<br />

Cross-Cultural adaptation and validation of the “women’s health questionnaire”<br />

(WHQ) to European Portuguese<br />

Sílvia Rodrigues 1) , Paula Iglésias-Ferreira 2) , Henrique Mateus-Santos 3) , Paula Fresco 4)<br />

2) 3)<br />

Instituto Pharmcare, 4) Universida<strong>de</strong> do Porto<br />

Background: When assessing mood and general health of women, hormonal changes effects and changes associated<br />

with age can confound results. To date, there is no feasible and validated instrument in European Portuguese to assess<br />

subjective reports of emotional and physical well-being of mid-aged women.<br />

Objectives: The aims of this study were to cross-culturally adapt the Women’s Health Questionnaire (WHQ), specific for<br />

assessment of climacteric women quality of life, to European Portuguese and validate this Portuguese version.<br />

Methods: The WHQ has 36-items assessing nine domains of physical and emotional experiences of mid-aged women<br />

(Likert-4 levels), is self-administered, anonymous, confi<strong>de</strong>ntial and voluntary. The translated Portuguese version of WHQ,<br />

obtained from MAPI Research Institute, was evaluated by an expert committee, concerning instrument’s semantic,<br />

idiomatic, experiential and conceptual equivalences. A multidisciplinary reviewers committee established the cross-cultural<br />

adaptation of the instrument (following international standard recommendations) and suggested the necessary revisions<br />

to achieve acceptable content validity. The final version was administered to 200 women aged 45-65 years, recruited by<br />

convenience selection in five pharmacies. Responses were analyzed for instrument´s psychometric properties, namely<br />

construct validity, internal-consistency reliability and test-retest reliability. Factor structure was evaluated through factorial<br />

analysis using component method with varimax rotation (SPSS 17.0). Factors having eigenvalues greater than unity were<br />

extracted. Internal-consistency reliability was estimated using the α-Cronbach method for global scale and for individual<br />

dimensions. Temporal stability was assessed by test-retest method in 30 women, applying the instrument with a two<br />

weeks interval.<br />

Results: The cross-cultural adaptation resulted in the European Portuguese version called ‘Questionário sobre a<br />

Saú<strong>de</strong> da Mulher’ (WHQ-PT-PT). Women’s mean age was 53 years (SD 5.71); 56% were post-menopausal, 32% premenopausal<br />

and 12% peri-menopausal. The final WHQ-PT-PT presents 25-items and six dimensions explaining 64,4%<br />

total variance and a global α-Cronbach 0.909.<br />

Conclusion: Validation results showed that WHQ-PT-PT has a balanced structure, similar to the original version and<br />

revealed good psychometric properties, justifying its future use in research or clinic environments in the Portuguese<br />

population.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P043<br />

Determinação da taxa <strong>de</strong> controlo da hipertensão arterial <strong>dos</strong> doentes<br />

<strong>de</strong> uma farmácia comunitária<br />

Gabriela Louro Cruz 1) , Magda Aguiar 2) , Rui Ferreira 3) , Tiago Nogueira 4) , Narcisa Carvalho Dias 5)<br />

1)2)3)4)5)<br />

Farmácia Narcisa C. Dias<br />

Objectivo<br />

Avaliar a taxa <strong>de</strong> controlo da Hipertensão Arterial (HTA) em doentes da que estão a tomar medicamentos anti hipertensores (AH).<br />

Introdução<br />

A HTA é uma patologia que se mantém ina<strong>de</strong>quadamente controlada um pouco por todo o mundo e Portugal não é<br />

exceção. Um <strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong> mais relevantes nesta matéria, publicado em 2003 por Espiga Macedo, concluiu uma taxa <strong>de</strong><br />

controlo a nível nacional <strong>de</strong> 11,2% e <strong>de</strong> 28,6% para os doentes medica<strong>dos</strong> com AH.<br />

Os factos apresenta<strong>dos</strong> motivam a implementação <strong>de</strong> ações e serviços na farmácia comunitária, a fim <strong>de</strong> contribuir para<br />

melhorar os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> tratamentos AH.<br />

Neste contexto surgiu a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a taxa <strong>de</strong> controlo da pressão arterial (PA) nos doentes clientes da farmácia<br />

trata<strong>dos</strong> com AH. Esta informação po<strong>de</strong>rá ser útil para futuros estu<strong>dos</strong> comparativos ou ainda constituir um indicador<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> serviços farmacêuticos presta<strong>dos</strong> nas farmácias.<br />

Método<br />

Localização: Farmácia comunitária do concelho <strong>de</strong> Braga, localizada numa Área Mediamente Urbana (AMU).<br />

População: Doentes que tomam medicação AH e que visitaram a farmácia no mês <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2012.<br />

Dimensão: Participaram no estudo 146 doentes que aceitaram ser incluí<strong>dos</strong> na avaliação proposta.<br />

Variáveis estudadas: Ida<strong>de</strong> e género;<br />

Entrevista/Medição da PA: Realizaram-se três medições da PA. Para a análise <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> consi<strong>de</strong>rou-se a média<br />

das duas medições mais altas. Consi<strong>de</strong>ram-se controla<strong>dos</strong> os indivíduos cuja média foi


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P044<br />

Proposta <strong>de</strong> um sistema visual <strong>de</strong> informação sobre medicamentos (SVIMed): ensaio piloto.<br />

Mariana Ferreira-Antunes 1) , Henrique Mateus-Santos 2) , Paula Iglésias-Ferreira 3) , Marco Neves 4)<br />

1)4)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arquitectura da Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa, 2)3) Instituto Pharmcare<br />

Introdução: O <strong>de</strong>ficiente conhecimento do doente sobre o processo <strong>de</strong> uso do medicamento é um fator <strong>de</strong> risco para<br />

o aparecimento <strong>de</strong> Resulta<strong>dos</strong> Negativos associa<strong>dos</strong> à Medicação (RNM). A melhoria da informação disponibilizada<br />

pelo farmacêutico po<strong>de</strong> contribuir para um tratamento mais seguro e efetivo e <strong>de</strong>ste modo assegurar o uso racional <strong>de</strong><br />

medicamento.<br />

Objetivo: Preten<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>senvolver e validar um Sistema Visual <strong>de</strong> Informação sobre Medicamentos (SVIMed) que<br />

permita melhorar o conhecimento <strong>dos</strong> doentes sobre os seus medicamentos.<br />

Método: Após revisão da literatura publicada, uma equipa <strong>de</strong> <strong>de</strong>signers da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Arquitetura <strong>de</strong> Lisboa elaborou<br />

uma proposta <strong>de</strong> pictogramas representando as formas farmacêuticas <strong>de</strong>scritas na Farmacopeia Portuguesa e as vias<br />

<strong>de</strong> administração referidas nas bases <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> do Infarmed. Seguidamente, avaliou-se o grau <strong>de</strong> concordância entre um<br />

padrão previamente <strong>de</strong>finido e o resultado da interpretação <strong>de</strong> peritos com recurso à medição do significado referencial<br />

e do significado geral propostos por Streiner e Norman. Os pictogramas base foram sucessivamente adapta<strong>dos</strong> até se<br />

alcançar o nível <strong>de</strong> concordância pretendido (superior a 80%). Os pictogramas foram interpreta<strong>dos</strong> por 12 peritos em<br />

2 ciclos <strong>de</strong> avaliação. A partir <strong>dos</strong> pictogramas valida<strong>dos</strong> a equipa <strong>de</strong> <strong>de</strong>signers elaborou uma primeira proposta do<br />

SVIMed que incluía: o momento da toma, a quantida<strong>de</strong> do medicamento, nome do medicamento, nome do doente,<br />

forma farmacêutica, <strong>dos</strong>agem, via <strong>de</strong> administração, duração do tratamento e frequência <strong>de</strong> administração. Validou-se<br />

o SVIMed através do grau <strong>de</strong> concordância entre um padrão previamente <strong>de</strong>finido e a interpretação <strong>de</strong> 30 doentes com<br />

base nas perguntas da dimensão “posologia” do questionário do conhecimento do doente sobre os seus medicamentos<br />

(CPM-PT-PT) validado por Salmerón et al para o português europeu.<br />

Resulta<strong>dos</strong>: Na avaliação do grau <strong>de</strong> concordância, 76% <strong>dos</strong> pictogramas do ciclo 1 eram quase equivalentes ou<br />

equivalentes e 94% <strong>dos</strong> pictogramas na avaliação do ciclo 2, eram equivalentes ou quase equivalentes.<br />

Os 30 doentes que participaram na avaliação do SVIMed tinham ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 20 e 79 anos. Cada<br />

doente respon<strong>de</strong>u a 4 SVIMed. Verificou-se uma menor concordância em doentes com o nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> mais<br />

baixo. O número <strong>de</strong> perguntas com o grau <strong>de</strong> concordância total foi <strong>de</strong> 89,4%.<br />

Discussão: Na avaliação do ciclo 1 não foi alcançada a concordância <strong>de</strong>sejada pelo que foram realizadas alterações <strong>de</strong><br />

acordo com as sugestões e, posteriormente realizou-se um novo ciclo <strong>de</strong> avaliação.<br />

Conclusões: Propõe-se a utilização <strong>de</strong> um SVIMed validado com o objetivo <strong>de</strong> contribuir para um uso correto <strong>dos</strong><br />

medicamentos. O passo seguinte é testar este SVIMed durante o processo <strong>de</strong> dispensa farmacêutica em situações<br />

reais.<br />

pagina ı 139


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P045<br />

Liberte-se do vício… e viva melhor! Resultado da campanha <strong>de</strong> rua<br />

Paula Iglésias-Ferreira 1) , Isabel Viana 2) , Alexandra Marques 3) , José Carvalho 4) , Márcia Pinto 5) , Eliana Mota 6) ,<br />

Nuno Castro 7) , Carolina Bioucas 8) , Ana Santos 9) , Joana Carrasqueira 10) , Joana Gomes 11) , Luís Requetim 12) ,<br />

Henrique Mateus-Santos 13)<br />

1)13)<br />

Instituto Pharmcare, 2) Associação Portuguesa <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Farmácia (APEF), 3)4) Associação <strong>de</strong> Estudantes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da<br />

Universida<strong>de</strong> do Porto (AEFFUP), 5) Núcleo <strong>de</strong> Ciências Farmacêuticas da Associação <strong>de</strong> Estudantes do Instituto Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong><br />

do Norte (NCF AEISCS-N), 6) Núcleo <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Farmácia da Associação Académica <strong>de</strong> Coimbra, 7) Núcleo <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Ciências<br />

Farmacêuticas da Universida<strong>de</strong> da Beira Interior (UBIPharma), 8) Associação <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Ciências Farmacêuticas da Universida<strong>de</strong> Lusófona<br />

(AECFUL), 9) Associação <strong>de</strong> Estudantes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa (AEFFUL), 10) Núcleo <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Ciências<br />

Farmacêuticas da Associação <strong>de</strong> Estudantes do Instituto Superior <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> Egas Moniz (NECF ISCSEM), 11) Núcleo <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong><br />

Ciências Farmacêuticas da Universida<strong>de</strong> do Algarve (NECiFarm), 12) Núcleo <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong> Ciências Farmacêuticas da Universida<strong>de</strong> do Algarve<br />

(NECiFarm)<br />

Introdução: O tabagismo é a principal causa evitável <strong>de</strong> morte e <strong>de</strong> doença no mundo. Em Portugal existem cerca <strong>de</strong><br />

2 milhões <strong>de</strong> fumadores. Assumindo a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lutar contra o tabagismo e o compromisso assumido <strong>de</strong><br />

ajudar os utentes fumadores, o Instituto Pharmcare em colaboração com a Associação Portuguesa <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong><br />

Farmácia (APEF), <strong>de</strong>senvolveram a Campanha <strong>de</strong> Rua: Liberte-se do vício...E viva melhor! para assinalar o dia 31 <strong>de</strong><br />

maio (Dia Mundial Sem Tabaco).<br />

Objetivos: 1. Caracterizar socio-<strong>de</strong>mograficamente os fumadores. 2. Caracterizar os hábitos tabágicos <strong>dos</strong> fumadores,<br />

grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência e grau <strong>de</strong> motivação para <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fumar. 3. Caracterizar os conhecimentos sobre méto<strong>dos</strong> para<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fumar, profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que po<strong>de</strong>m ajudar, riscos para a saú<strong>de</strong> e vantagens em <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fumar. 4.<br />

Informar os fumadores sobre méto<strong>dos</strong> e apoios profissionais disponíveis, nomeadamente: o farmacêutico e a consulta<br />

farmacêutica. 5. Formar e motivar os futuros farmacêuticos para intervir no tabagismo.<br />

Método: A Campanha <strong>de</strong> Rua <strong>de</strong>correu no dia 31/05/2012 em cinco locais: átrio da Estação <strong>de</strong> Metro Campo Gran<strong>de</strong><br />

e centro comercial Atrium Saldanha (Lisboa); centro comercial Norteshopping (Porto); centro comercial Fórum Algarve<br />

(Faro) e centro comercial Serra shopping (Covilhã). A Campanha <strong>de</strong> Rua foi levada a efeito pelos Estudantes do Mestrado<br />

Integrado em Ciências Farmacêuticas <strong>de</strong> seis instituições membros da APEF. Utilizou-se o formulário da “Campanha<br />

<strong>de</strong> Rua: Por Si, Pomos a Mão no Fogo!” <strong>de</strong> 2005. Os 82 entrevistadores receberam formação e treino foca<strong>dos</strong> na<br />

abordagem às pessoas e na técnica <strong>de</strong> entrevista aos fumadores (4h).<br />

Resulta<strong>dos</strong> (3 locais): Abordaram-se 5000 pessoas e 874 eram fumadores (17,5%), contudo apenas 357 aceitaram<br />

colaborar (40,8%). Observou-se que a taxa <strong>de</strong> prevalência (TP) no Porto foi <strong>de</strong> 17,8%, em Lisboa-Saldanha 18,8% e<br />

no Algarve 22,3%. Os resulta<strong>dos</strong> referentes à distribuição por género, grupo etário, características <strong>dos</strong> fumadores, as<br />

respetivas prevalências, grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência, grau <strong>de</strong> motivação, entre outros, serão apresenta<strong>dos</strong> no poster.<br />

Discussão: Nesta Campanha abordaram-se 5000 pessoas, o que superou as 1200 <strong>de</strong> 2005. Contrariamente a 2012,<br />

em 2005 to<strong>dos</strong> os fumadores colaboraram (100%) pois a ação <strong>de</strong>correu nas estações CTT enquanto esperavam. A<br />

TP (2005) foi <strong>de</strong> 22,5% e em 2012 foi <strong>de</strong> 17,5%, o que po<strong>de</strong> refletir a tendência nacional. Em ambas as Campanhas<br />

o envolvimento <strong>dos</strong> estudantes foi <strong>de</strong>terminante, os conhecimentos foram aprofunda<strong>dos</strong> e a motivação para intervir<br />

enquanto futuros farmacêuticos foi estimulada.<br />

Conclusão: A Campanha <strong>de</strong> Rua permite i<strong>de</strong>ntificar as características <strong>dos</strong> fumadores e com este conhecimento po<strong>de</strong>-se<br />

majorar o papel do farmacêutico na cessação tabágica e ir ao encontro das necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> fumadores portugueses.<br />

A intervenção farmacêutica no tabagismo po<strong>de</strong> contribuir para reduzir a taxa <strong>de</strong> prevalência <strong>de</strong> fumadores em Portugal.<br />

pagina ı 140


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P046<br />

Dispensa clínica <strong>de</strong> medicamentos em pediatria: Intervenção activa do farmacêutico<br />

na prevenção da morbilida<strong>de</strong> associada à azitromicina<br />

Elisabete Oliveira 1)<br />

1)<br />

Farmácia Aliança, Carvalhos<br />

Introdução: A morbilida<strong>de</strong> evitável relacionada com medicamentos, entendida como um resultado adverso relacionado<br />

com problemas <strong>de</strong> efectivida<strong>de</strong>, segurança ou falta <strong>de</strong> terapêutica medicamentosa necessária, é um problema comum<br />

em cuida<strong>dos</strong> primários. Vários estu<strong>dos</strong> revelam o impacto socioeconómico e na saú<strong>de</strong> <strong>dos</strong> Resulta<strong>dos</strong> Negativos<br />

associa<strong>dos</strong> à Medicação (RNM). Os RNM constituem um grave problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública que se traduz em morbilida<strong>de</strong><br />

e mortalida<strong>de</strong>, nomeadamente em pediatria.<br />

A falta <strong>de</strong> investigação nos diferentes grupos da população pediátrica, aliada às particularida<strong>de</strong>s fisiológicas que as<br />

caracterizam, justifica a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção especial durante todo o processo <strong>de</strong> uso <strong>dos</strong> medicamentos em<br />

crianças. Por outro lado, a problemática da resistência associada à prescrição inapropriada faz com que os antibióticos<br />

<strong>de</strong>vam ser alvo preferencial para prevenção <strong>de</strong> RNM neste grupo.<br />

Objectivo: Relatar a utilização <strong>de</strong> uma abordagem sistemática na Dispensa Clínica <strong>de</strong> Medicamentos para <strong>de</strong>tecção e<br />

resolução <strong>de</strong> problemas relaciona<strong>dos</strong> com medicamentos (PRM). Demonstrar a importância da intervenção activa e <strong>dos</strong><br />

registos na prevenção <strong>de</strong> RNM e morbimortalida<strong>de</strong> associada ao uso <strong>de</strong> medicamentos.<br />

Caso/Metodologia: Recurso ao método <strong>de</strong> intervenção proposto pelo Grupo <strong>de</strong> Investigação em Cuida<strong>dos</strong><br />

Farmacêuticos da Universida<strong>de</strong> Lusófona (GICUF-ULHT) na Dispensa Clínica <strong>de</strong> azitromicina.<br />

Perante prescrição <strong>de</strong> Azitromicina para suspeita <strong>de</strong> Escarlatina, foram avaliadas as características da doença, história<br />

clínica, criança (sexo feminino, 2 anos, 13Kg) e do medicamento (100 mg/dia, 4dias). Sendo a escarlatina uma infecção<br />

bacteriana causada maioritariamente por Streptococcus grupo A, a necessida<strong>de</strong> e a<strong>de</strong>quação foram confirmadas pela<br />

falta <strong>de</strong> efectivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento anterior. Confirmadas também as condições do doente e do sistema, foi corrigida a<br />

<strong>dos</strong>e diária recomendada para 150mg/dia, e dadas instruções sobre os cuida<strong>dos</strong> a ter na toma.<br />

Resulta<strong>dos</strong>: Foi <strong>de</strong>tectado um PRM 3 por <strong>dos</strong>agem prescrita inferior à indicada no resumo das características<br />

do medicamento para a ida<strong>de</strong> e peso referidas. A azitromicina está indicada no tratamento <strong>de</strong> infecções <strong>de</strong>vidas a<br />

estreptococos, em alternativa às penicilinas (primeira escolha), para crianças a partir <strong>dos</strong> 6 meses. Deve ser administrada<br />

em <strong>dos</strong>e única <strong>de</strong> 10 a 20 mg/kg durante 3 dias, na qual a <strong>dos</strong>e máxima diária <strong>de</strong> 500 mg não <strong>de</strong>ve ser excedida.<br />

Conclusão: A intervenção efectuada permitiu máxima efectivida<strong>de</strong> com minimização <strong>dos</strong> possíveis PRM. A participação<br />

activa do farmacêutico na DCM com recurso a um método válido <strong>de</strong> trabalho, é útil para reduzir custos associa<strong>dos</strong> ao<br />

uso <strong>de</strong> medicamentos. Estima-se que cerca <strong>de</strong> 73% <strong>dos</strong> RNM po<strong>de</strong>m ser evita<strong>dos</strong> pela adopção <strong>de</strong> uma abordagem<br />

sistemática durante o processo <strong>de</strong> uso do medicamento. Contudo, só a prática <strong>de</strong> registo <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá<br />

medir e constituir evidência do verda<strong>de</strong>iro contributo da sua implementação.<br />

pagina ı 141


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P047<br />

Preparação individualizada da medicação e monitorização da terapêutica em utentes<br />

institucionaliza<strong>dos</strong><br />

Mafalda Vidinha 1) , Estela Ramos 2) , Carlos Sinogas 3)<br />

1)<br />

ACF - Acompanhamento Farmacoterapêutico, 2) Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> Paiva, 3) Farmácia Central, Mora<br />

OBJECTIVO<br />

Reportar a preparação semanal individualizada da medicação (PIM) em Farmácia Comunitária, para utentes <strong>de</strong> um<br />

centro <strong>de</strong> dia e o impacto da monitorização da terapêutica (MT).<br />

METODOLOGIA<br />

Antes do início, a ação foi aprovada pela Instituição, harmonizada com o médico assistente e aceite pelos utentes.<br />

Consiste num serviço <strong>de</strong> pós-venda da Farmácia em que as formas sólidas da medicação prescrita são semanalmente<br />

re-embaladas em distribuidores individuais, <strong>de</strong> tomas únicas.<br />

No início, sempre que surge novo utente ou ocorrem alterações, é efectuada a revisão da medicação e são reportadas<br />

ao médico eventuais anomalias.<br />

A par da PIM são regularmente recolhi<strong>dos</strong> parâmetros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que, se justificado, são base para intervenções<br />

farmacêuticas (IF) ao utente, à família, à instituição ou ao médico para controlo.<br />

Os medicamentos são armazena<strong>dos</strong> na Farmácia e individualmente segrega<strong>dos</strong>, com garantia <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada conservação.<br />

Os dispensadores invioláveis são prepara<strong>dos</strong> por técnico qualificado, em contenção, e posteriormente verifica<strong>dos</strong> e<br />

valida<strong>dos</strong> por farmacêutico.<br />

Na recolha e tratamento <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> foi utilizado o software Excel ® e na revisão da medicação o Sifarma 2000 ® .<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão<br />

O projeto está em curso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2011 e envolve, neste momento, 20 utentes <strong>de</strong> um Centro <strong>de</strong> Dia para<br />

i<strong>dos</strong>os.<br />

Os perfis farmacoterapêuticos iniciais, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntifica<strong>dos</strong> riscos <strong>de</strong> interações entre fármacos e com alimentos,<br />

foram sinaliza<strong>dos</strong> à médica assistente e corrigi<strong>dos</strong>.<br />

Alterações nas terapêuticas por especialistas, que não consi<strong>de</strong>raram outras patologias, induziram IF para correção pelo<br />

médico assistente (3 situações) e, em 2 situações foi evitada a duplicação da medicação.<br />

As IF <strong>de</strong>correntes da monitorização da terapêutica permitiram:<br />

- Controlar a pressão arterial <strong>de</strong> três doentes não controla<strong>dos</strong>, um com novo fármaco e os outros com redução do<br />

consumo <strong>de</strong> sal (PA sistólica final média <strong>de</strong> 159 para 128 mm Hg). To<strong>dos</strong> os utentes apresentam atualmente PA<br />

controlada.<br />

- Controlar a hiperglicemia <strong>de</strong> três <strong>dos</strong> quatro doentes por IF à família e à instituição para redução <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong><br />

hidratos <strong>de</strong> carbono (médias <strong>de</strong> glicemia em jejum <strong>de</strong> 123 para 108 mg/dL). O quarto diabético não controlado está<br />

sob vigilância.<br />

Por acordo com o médico assistente e os utentes, a Farmácia seleciona os medicamentos genéricos prescritos. As<br />

reduções no custo global suportado pelos utentes é reconhecida, como o prova a recente transferência <strong>de</strong> uma utente<br />

para um Lar <strong>de</strong> I<strong>dos</strong>os <strong>de</strong> outra povoação que optou por manter o serviço.<br />

Conclusões<br />

A implementação <strong>de</strong>ste projeto permite garantir a manutenção permanente da qualida<strong>de</strong> do medicamento e a contenção<br />

<strong>de</strong> custos.<br />

A IF da monitorização da terapêutica contribuem para a minimização <strong>dos</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e acrescentam<br />

credibilida<strong>de</strong> clínica à Farmácia.<br />

pagina ı 142


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P048<br />

Implementação e impacto da consulta farmacêutica em farmácia comunitária<br />

Mafalda Vidinha 1) , Mónica Condinho 2) , Ana Monteiro 3) , Sofia Linares 4) , Ângela Pinto 5) , Sara Pinto 6) ,<br />

Nádia Russo 7) , Margarida Querido 8) , Capitolina Figueiredo Pinho 9) , Cristina Augusto 10) , Carlos Sinogas 11) ,<br />

Fernando Miranda 12)<br />

1)2)<br />

ACF - Acompanhamento Farmacoterapêutico, 3) Farmácia Padre Cruz, Carni<strong>de</strong>, 4) Farmácia Helena, Faro, 5) Farmácia Paula Santos, Pêra,<br />

6)12)<br />

Farmácia Motta, Évora, 7) Farmácia Ribeiro Soares, Santa Iria da Azóia, 8) Farmácia da Penha, Faro, 9)10) Farmácia Figueiredo, Coimbra,<br />

11)<br />

Farmácia Central, Mora<br />

OBJECTIVO<br />

Reportar a experiência <strong>de</strong> implementação da consulta farmacêutica (CF) por farmacêutico “resi<strong>de</strong>nte” em Farmácia<br />

Comunitária e avaliar o seu impacto clínico para o doente e económico para a farmácia.<br />

METODOLOGIA<br />

Desenvolvimento e implementação do conceito <strong>de</strong> CF em 2 níveis distintos <strong>de</strong> intervenção: por farmacêutico da<br />

farmácia (“resi<strong>de</strong>nte”) e por farmacêutico externo especializado, que também orienta o primeiro. A CF do farmacêutico<br />

“resi<strong>de</strong>nte” é executada pela abordagem geral do doente, i<strong>de</strong>ntificando o(s) problema(s) <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (PS) e as intervenções<br />

farmacêuticas (IF) necessárias para o seu controlo. Quando se perspectiva o controlo do PS por IF <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão “rápida”<br />

(sem estudo particular), o doente mantém-se a este nível. Quando exigível um estudo dirigido, o doente é encaminhado<br />

para o outro nível <strong>de</strong> CF, o Acompanhamento Farmacoterapêutico (AF), prestado pelo farmacêutico externo.<br />

O convite para CF é efetuado pelos colaboradores da farmácia aquando da suspeita ou i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> PS não<br />

controlado(s).<br />

A primeira CF, pelo farmacêutico “resi<strong>de</strong>nte”, segue um guião específico, <strong>de</strong>senvolvido para o efeito, para fácil<br />

coor<strong>de</strong>nação, avaliação e encaminhamento do doente e não é remunerada diretamente. As seguintes, bem como a<br />

discussão clínica <strong>dos</strong> casos, são efetuadas sob orientação do farmacêutico externo.<br />

Os processos são arquiva<strong>dos</strong> na farmácia, e as informações possíveis registadas na ficha <strong>de</strong> utente do Sifarma 2000.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão<br />

Efetuaram-se, até ao momento, 187 CF por farmacêutico “resi<strong>de</strong>nte” (26 em média/farmácia), a 154 doentes <strong>de</strong> 8<br />

farmácias, entre Maio e Setembro <strong>de</strong> 2012. Os motivos mais comuns são a hipertensão arterial (≈33%), diabetes (≈24%)<br />

e hipercolesterolemia (≈22%).<br />

Registaram-se cerca <strong>de</strong> 700 intervenções, farmacológicas (≈70% a<strong>de</strong>são à terapêutica) e não farmacológicas (≈60%<br />

cuida<strong>dos</strong> alimentares). Cerca <strong>de</strong> 50% <strong>dos</strong> casos seguiram para monitorização <strong>de</strong> parâmetros e reavaliação, 23% para<br />

segunda CF e 14% para AF.<br />

Os da<strong>dos</strong> clínicos já disponíveis, para 33 doentes (21%), apontam reduções médias <strong>de</strong> 12% na pressão arterial sistólica<br />

(152 para 133 mm Hg) e <strong>de</strong> 20% nos níveis <strong>de</strong> colesterol total (224 para 126 mg/dL). Nas glicemias registam-se<br />

evoluções positivas, mas sem quantificação por falta <strong>de</strong> medições em jejum.<br />

Apesar <strong>de</strong> incompletos, os da<strong>dos</strong> já recolhi<strong>dos</strong> apontam para um lucro direto (média/farmácia/mês) <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 17€<br />

(mínimo 0,99 e máximo 34€), pelo valor cobrado nas segundas CF, indução <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> medicamentos e/ou produtos<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e monitorização <strong>de</strong> parâmetros. A a<strong>de</strong>são à terapêutica a mais <strong>de</strong> 140 fármacos, bem como a fi<strong>de</strong>lização<br />

<strong>de</strong>vida ao serviço prestado contribuirão para maior rentabilida<strong>de</strong> não direta no futuro.<br />

Conclusões<br />

A implementação da CF por farmacêutico “resi<strong>de</strong>nte” parece ter um benefício claro na melhoria <strong>dos</strong> parâmetros <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> do doente, induzindo, ainda, um impacto económico positivo para a farmácia.<br />

pagina ı 143


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A05/P049<br />

Acompanhamento farmacoterapêutico. Impacto na notificação espontânea <strong>de</strong> reacções<br />

adversas a medicamentos<br />

Mónica Condinho 1) , Mafalda Vidinha 2) , Fernando Miranda 3) , Margarida Cavaco 4)<br />

1)2)3)4)<br />

ACF - Acompanhamento Farmacoterapêutico<br />

Objetivos<br />

Estudar o impacto do Acompanhamento Farmacoterapêutico (AF) para a notificação espontânea <strong>de</strong> reações adversas<br />

a medicamentos (RAM) <strong>de</strong>tetadas no seu exercício.<br />

Avaliar o contributo da implementação <strong>de</strong>ste serviço na farmácia comunitária como fator indutor <strong>de</strong> notificações, por<br />

parte <strong>dos</strong> seus colaboradores.<br />

Metodologia<br />

Implementação do serviço <strong>de</strong> AF em diversas farmácias, por farmacêutico inteiramente <strong>de</strong>dicado.<br />

Breve abordagem, pelo farmacêutico responsável, sobre a importância da notificação <strong>de</strong> RAM, aspetos práticos e<br />

formas <strong>de</strong> notificação.<br />

No âmbito do AF todas as suspeitas <strong>de</strong> RAM foram registadas e notificadas à respetiva Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmacovigilância.<br />

No atendimento <strong>de</strong> utentes, os colaboradores foram induzi<strong>dos</strong> a efetuar registo semelhante, seguindo-se a notificação,<br />

através <strong>de</strong> plataforma informática apropriada.<br />

As notificações são arquivadas, com a respetiva imputação <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong>, em <strong>dos</strong>sier próprio. As suspeitas <strong>de</strong> RAM<br />

são registadas na ficha <strong>de</strong> utente do Sifarma 2000.<br />

Utilizou-se o software Excel ® para tratamento <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão<br />

Durante 39 meses (junho 2009 a setembro 2012), todas as suspeitas <strong>de</strong> RAM <strong>de</strong>tetadas no âmbito do AF foram<br />

registadas e notificadas, por 2 farmacêuticos. Envolveram-se 10 farmácias comunitárias, num período médio <strong>de</strong><br />

notificação <strong>de</strong> 27,6 meses (mínimo 7, máximo 39).<br />

Globalmente foram notificadas 308 suspeitas <strong>de</strong> RAM, 57 (18,5%) consi<strong>de</strong>radas graves; 275 (89,3%) têm imputação <strong>de</strong><br />

causalida<strong>de</strong> estabelecida, maioritariamente possíveis (49,8%) e prováveis (36,4%).<br />

Consi<strong>de</strong>rando que existem 7178 farmacêuticos comunitários (da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> 2009), potencialmente responsáveis pelo total<br />

<strong>de</strong> RAM notificadas nesse sector em 2011 (365) e que 2 farmacêuticos inteiramente <strong>de</strong>dica<strong>dos</strong> ao AF notificaram 128<br />

RAM em igual período, regista-se um aumento na taxa <strong>de</strong> notificação superior a 1300 vezes, no âmbito <strong>de</strong>ste serviço.<br />

As RAM notificadas nas farmácias após a implementação do AF, apesar <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> estarem incompletos (4 farmácias,<br />

58 RAM, 21 meses em média), representam um aumento <strong>de</strong> 65 vezes na taxa <strong>de</strong> notificação nacional.<br />

Com base nos da<strong>dos</strong> publica<strong>dos</strong> pelo Infarmed, em 2011, as RAM notificadas no âmbito <strong>de</strong>ste trabalho (128),<br />

representaram 5,1% do total <strong>de</strong>sse ano e contribuíram objetivamente para que os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> tivessem<br />

notificado mais que os titulares <strong>de</strong> AIM e para que as notificações originadas por farmacêuticos tivesse, pela primeira<br />

vez, ultrapassado as originadas por médicos.<br />

Conclusões<br />

O AF contribuiu, não só para um aumento significativo do número <strong>de</strong> notificações espontâneas <strong>de</strong> ram <strong>de</strong>tetadas no<br />

seu contexto, como também induziu as farmácias comunitárias, on<strong>de</strong> está implementado, a aumentarem a sua taxa <strong>de</strong><br />

notificação.<br />

pagina ı 144


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

FARMÁCIA HOSPITALAR<br />

CNF/2012/A06/P001<br />

O papel do farmacêutico na pesquisa <strong>de</strong> informação clínica sobre reações adversas<br />

da terapêutica anti retrovírica<br />

Catarina Abrantes 1) , Ana Cristina Ribeiro Rama 2) , Maria Margarida Caramona 3) , António Meliço-Silvestre 4) ,<br />

Fernando Fernán<strong>de</strong>z-Llimós 5) , Isabel Vitória Figueiredo 6)<br />

Grupo <strong>de</strong> Farmacologia e Cuida<strong>dos</strong> Farmacêuticos, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra 1) , Grupo <strong>de</strong> Farmacologia e Cuida<strong>dos</strong><br />

Farmacêuticos, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, Serviços Farmacêuticos, Hospitais da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, E.P.E. 2) ,<br />

Grupo <strong>de</strong> Farmacologia e Cuida<strong>dos</strong> Farmacêuticos, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra 3) , Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Univervida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Coimbra 4) , Departamento <strong>de</strong> Sócio-Farmácia, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa 5) , Grupo <strong>de</strong> Farmacologia e Cuida<strong>dos</strong><br />

Farmacêuticos, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra / Centro <strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong> Farmacêuticos (CEF), Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia,<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra 6)<br />

OBJETIVO: Com este trabalho, preten<strong>de</strong>u-se otimizar uma metodologia sistematizada <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> informação<br />

clínica sobre reações adversas da terapêutica anti retrovírica, <strong>de</strong>senvolvida na MEDLINE.<br />

METODOLOGIA: Com base numa estratégia <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>senvolvida na Pubmed/MEDLINE, para a busca <strong>de</strong><br />

informação sobre iatrogenia medicamentosa, proce<strong>de</strong>u-se à construção <strong>de</strong> equações <strong>de</strong> pesquisa em três níveis <strong>de</strong><br />

complexida<strong>de</strong> crescente e com recurso ao vocabulário Medical Subject Headings (MeSH), combinando sucessivamente<br />

termos ou expressões relativas às classes farmacológicas <strong>dos</strong> fármacos anti retrovíricos, subheadings relativos a<br />

“reações adversas”, filtros metodológicos relativos ao tipo <strong>de</strong> estudo, palavras-chave in<strong>de</strong>xadas em MeSH, subheadings<br />

relativos à situação clínica. Os valores <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> e especificida<strong>de</strong> foram calcula<strong>dos</strong> para cada uma das equações<br />

<strong>de</strong> pesquisa, traduzindo a sensibilida<strong>de</strong> a percentagem <strong>de</strong> artigos obti<strong>dos</strong> na equação <strong>de</strong> pesquisa que coinci<strong>de</strong>m com<br />

os artigos diretamente relaciona<strong>dos</strong> com reações adversas (grupo GOLD STANDARD) e a especificida<strong>de</strong> a percentagem<br />

<strong>de</strong> artigos não obti<strong>dos</strong> na equação <strong>de</strong> pesquisa nem pertencentes ao grupo GOLD STANDARD.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os valores máximos <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> são atingi<strong>dos</strong> com as equações <strong>de</strong> pesquisa que<br />

incluem o tipo <strong>de</strong> estudo casos clínicos, enquanto a especificida<strong>de</strong> varia <strong>de</strong> forma crescente na or<strong>de</strong>m: casos clínicos,<br />

revisões sistemáticas, ensaios clínicos aleatoriza<strong>dos</strong>. A intervenção do farmacêutico na prevenção, i<strong>de</strong>ntificação e<br />

gestão das reações adversas assume uma particular importância numa prática da medicina baseada na evidência,<br />

dado o tipo <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> mais prevalentes. A restrição da pesquisa à MEDLINE e a inexistência <strong>de</strong> literatura que abor<strong>de</strong><br />

simultaneamente a mesma metodologia e o mesmo objeto <strong>de</strong> estudo foram consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> limitações do estudo.<br />

CONCLUSÕES: Po<strong>de</strong> afirmar-se que a informação relativa a reações adversas da terapêutica anti retrovírica encontrase<br />

<strong>de</strong>scrita, fundamentalmente, em casos clínicos, sendo necessária uma maior disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação e uma<br />

metodologia sistematizada, para uma avaliação mais criteriosa da sua qualida<strong>de</strong>.<br />

pagina ı 145


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A06/P002<br />

Medicamentos <strong>de</strong> uso oftálmico prepara<strong>dos</strong> numa Farmácia Hospitalar<br />

Maria Teresa Antas 1) , Ana Costa 2) , Cecília Martins 3) , Aida Duarte 4)<br />

1) 2) 3)<br />

Hospital <strong>de</strong> S. José, CHLC, 4) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

Introdução<br />

Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares (S.F.) são solicita<strong>dos</strong>, muitas vezes em situações <strong>de</strong> emergência a preparar<br />

formulações oftálmicas a partir <strong>de</strong> medicamentos existentes no mercado (colírios e formulações injectáveis) e adaptá-los<br />

às necessida<strong>de</strong>s específicas <strong>dos</strong> doentes. Para isso, é necessário ter em stock as preparações mais requisitadas, o que<br />

implica o conhecimento da sua estabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>finição das condições <strong>de</strong> conservação e prazos <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>.<br />

Objetivo<br />

Caracterizar, <strong>de</strong> acordo com as suas indicações, os medicamentos prepara<strong>dos</strong> no setor <strong>de</strong> Farmacotecnia <strong>dos</strong> S.F.<br />

<strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> a utilização oftálmica. Quantificar as formulações oftálmicas preparadas no ano <strong>de</strong> 2011. I<strong>de</strong>ntificar as<br />

formulações cujo perfil <strong>de</strong> utilização justifica a constituição <strong>de</strong> stock e verificar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alargamento <strong>dos</strong> seus<br />

prazos <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> físico-química e microbiológica.<br />

Metodologia<br />

Recolha bibliográfica sobre indicações/utilização das formulações oftálmicas prescritas. Análise retrospectiva <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong><br />

qualitativos e quantitativos, recolhi<strong>dos</strong> na aplicação informática e nos registos <strong>dos</strong> S.F.<br />

O estudo <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> consistiu na análise <strong>dos</strong> parâmetros físico-químicos (inspecção visual <strong>de</strong> partículas, coloração,<br />

odor e pH), no estudo da activida<strong>de</strong> antibacteriana pelo método <strong>de</strong> difusão em disco e na avaliação das proprieda<strong>de</strong>s<br />

conservantes das formulações através do ensaio <strong>de</strong> eficácia <strong>dos</strong> conservantes antimicrobianos <strong>de</strong> acordo com a FPVIII.<br />

Resulta<strong>dos</strong> / Discussão<br />

Durante o ano <strong>de</strong> 2011 prepararam-se 1929 formulações oftálmicas, sendo as mais requisitadas a solução para<br />

administração intracamerular <strong>de</strong> Cefuroxima 10 mg/ml e os colírios fortifica<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Ceftazidima e Vancomicina 50 mg/ml.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o perfil <strong>de</strong> utilização, urgência do início da terapêutica e utilização em ambulatório, <strong>de</strong>cidiu-se pela<br />

constituição <strong>de</strong> stocks apenas <strong>dos</strong> colírios fortifica<strong>dos</strong>.<br />

No estudo <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> não se verificou alteração <strong>dos</strong> parâmetros físico-químicos. As proprieda<strong>de</strong>s conservantes das<br />

formulações mantiveram-se até aos 28 dias para o Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa (ceftazidima) e<br />

Staphylococcus aureus (vancomicina). A activida<strong>de</strong> antibacteriana <strong>de</strong>stes antibióticos manteve-se inalterável, sempre<br />

com os mesmos halos <strong>de</strong> inibição obti<strong>dos</strong> em to<strong>dos</strong> os ensaios realiza<strong>dos</strong>.<br />

Conclusões<br />

Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> permitem alargar o prazo <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> colírios fortifica<strong>dos</strong> 50 mg/ml <strong>de</strong> ceftazidima (<strong>de</strong> 7 para<br />

14 dias) e <strong>de</strong> vancomicina (<strong>de</strong> 4 para 14 dias).<br />

Este facto torna a gestão <strong>de</strong> stocks mais eficiente e contribui para maior comodida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> doentes em regime ambulatório<br />

e melhor a<strong>de</strong>são à terapêutica.<br />

A preparação <strong>de</strong> medicamentos para uso oftálmico representa uma parte significativa da activida<strong>de</strong> do setor <strong>de</strong><br />

Farmacotecnia, no âmbito das preparações estéreis, reforçando o contributo <strong>dos</strong> S.F. Hospitalares na melhoria <strong>dos</strong><br />

cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> presta<strong>dos</strong> aos doentes.<br />

pagina ı 146


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A06/P003<br />

Development and stability assessment of a pediatric oral suspension or amiodarone<br />

Alexandra Arranja 1) , Mafalda Vi<strong>de</strong>ira 2) , Luís Gouveia 3)<br />

1) 2) 3)<br />

iMed UL, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

OBJECTIVE<br />

Amiodarone, a class III antiarrhythmic, has become one of the most frequently used antiarrhythmics in children. While<br />

rarely a first-line agent due to its adverse effect profile, amiodarone is often used to treat arrhythmias refractory to other<br />

therapies.<br />

Oral amiodarone has been shown in numerous studies to be an effective antiarrhythmic for children, with a success<br />

rate ranging from 80 to 100%. However, it is only commercially available in the form of tablets, which cannot be used in<br />

young pediatric patients. Therefore, there is the need to <strong>de</strong>velop and study oral liquid formulations of this active ingredient<br />

suitable for pediatric use. The usual approach is to prepare a suspension from the tablets, allowing <strong>dos</strong>e adjustment by<br />

changing the volume administered using a syringe. In fact, <strong>dos</strong>e adjustment of this drug in pediatric therapy is seldom<br />

mandatory.<br />

The objectives of this study were to <strong>de</strong>velop a compoun<strong>de</strong>d formulation of amiodarone and to study its physical, chemical<br />

and microbiological stability.<br />

METHODS<br />

A suspension of amiodarone was prepared using the pow<strong>de</strong>r from crushed commercially available amiodarone tablets<br />

(200 mg) and common syrup, in or<strong>de</strong>r to yield a concentration of 5 mg/mL. Three batches of this oral liquid formulation<br />

were prepared and stored in glass amber bottles protected from light in a refrigerator and at 40o C. Samples were taken<br />

from each bottle at 0, 7, 14, 21 and 28 days. Amiodarone concentrations were quantified by using a validated HPLC<br />

method. The drug product was consi<strong>de</strong>red stable up to the time period where the drug substance was not less than<br />

90% of the initial concentration.<br />

RESULTS AND DISCUSSION<br />

This work inclu<strong>de</strong>s a sampling plan that minimizes the impact of the variability sources on the stability data in or<strong>de</strong>r<br />

to maximize the acceptable shelf life. Variability sources were i<strong>de</strong>ntified, grouped and sampled in or<strong>de</strong>r to minimize<br />

its impact. Experimental data was obtained by using HPLC and simulated data by using the PRNG algorithm with<br />

pre<strong>de</strong>fined variabilities. Both data sets were subjected to statistical analysis. The results <strong>de</strong>monstrated that the mean<br />

concentration of amiodarone was 90% or more at 5oC for 28 days, and at 40oC for 28 days. Variability contribution to<br />

the overall uncertainty was estimated and the simulated results compared to the experimentally obtained. An “optimal”<br />

plan was successfully <strong>de</strong>vised minimizing final variability.<br />

CONCLUSIONS<br />

Significant reduction of the time, reagents and lab work was achieved by the application of the proposed experimental<br />

plan without compromising the final results uncertainty. Amiodarone was stable in an oral suspension for 28 days un<strong>de</strong>r<br />

refrigeration.<br />

The amiodarone formulation herein <strong>de</strong>veloped and studied is suitable for current use in pediatrics since its concentration<br />

is commonly prescribed, it is easy to administrate, and has a pleasant taste to encourage adherence to therapy.<br />

pagina ı 147


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A06/P005<br />

A contribuição do farmacêutico na equipe <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> paliativos oncológicos<br />

Leonardo De Lima Moura 1) , Ronaldo Ferreira Da Silva 2) , Fernando Sérgio Da Silva Ferreiro 3)<br />

1)3)<br />

Hospital Universitário António Pedro, 2) Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense<br />

A Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>finiu o conceito <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> paliativos como sendo os cuida<strong>dos</strong> ativos e totais do<br />

paciente cuja doença não respon<strong>de</strong> mais ao tratamento curativo. O paciente com câncer terminal enfrenta problemas<br />

como os tratamentos paliativos e seus respectivos efeitos adversos, problemas emocionais e a mudança <strong>dos</strong> planos <strong>de</strong><br />

vida. Como os cuida<strong>dos</strong> paliativos focam no controle <strong>dos</strong> principais sintomas que impactam na qualida<strong>de</strong> do final da vida<br />

do paciente, é indispensável que lhe seja ofertado um atendimento multiprofissional que analise as suas necessida<strong>de</strong>s<br />

por meio <strong>de</strong> diferentes prismas a fim <strong>de</strong> que haja um menor impacto do tratamento na vida do paciente. Outro fator<br />

relevante é a adoção <strong>de</strong> terapias farmacológicas que, apesar <strong>de</strong> serem indicadas para alívio <strong>dos</strong> efeitos adversos,<br />

po<strong>de</strong>m ser impactantes na realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s diárias. Partindo da perspectiva <strong>de</strong> um atendimento voltado para<br />

as necessida<strong>de</strong>s do indivíduo, a atenção farmacêutica surge como alternativa na busca <strong>de</strong> uma melhor utilização <strong>de</strong><br />

medicamentos ao tentar reduzir os possíveis efeitos colaterais associa<strong>dos</strong> à medicação prescrita e consequentemente<br />

promover uma a<strong>de</strong>são efetiva à terapêutica. Objetivo: Analisar, através da revisão da literatura sobre a atenção<br />

farmacêutica em câncer, <strong>de</strong> que forma o farmacêutico po<strong>de</strong> contribuir na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> pacientes oncológicos<br />

em cuida<strong>dos</strong> paliativos. Metodologia: Foi realizada uma revisão <strong>de</strong> literatura nas bases <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> Scielo, LILACS e<br />

Medline no período <strong>de</strong> 2008 a 2011. Resulta<strong>dos</strong> e Discussão: Foi encontrado um número consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> trabalhos<br />

que citam as possíveis contribuições do farmacêutico no atendimento a pacientes em cuida<strong>dos</strong> paliativos, como a<br />

implementação da farmacoterapia por meio das preparações magistrais, o que po<strong>de</strong> viabilizar a utilização <strong>de</strong> alguns<br />

medicamentos indisponíveis no mercado, o monitoramento da terapia farmacológica e a orientação aos pacientes e<br />

familiares quanto à correta utilização e armazenamento <strong>de</strong> medicamentos prescritos. Conclusão: No momento em que<br />

o Cuidado Paliativo se insere como uma prática voltada para melhora na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do paciente, o farmacêutico<br />

se configura como um profissional capacitado para dar suporte aos <strong>de</strong>mais integrantes da equipe multiprofissional<br />

tanto no manejo <strong>de</strong> possíveis efeitos colaterais associa<strong>dos</strong> à medicação como na busca por alternativas terapêuticas,<br />

reduzindo assim comorbida<strong>de</strong>s que impactam na vida diária <strong>de</strong> pacientes e familiares.<br />

pagina ı 148


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A06/P006<br />

Análise do perfil farmacoterapêutico <strong>dos</strong> doentes <strong>de</strong> hipertensão arterial pulmonar<br />

Catarina Veiga 1) , Catarina Coelho 2) , Maria Manuel Proença 3)<br />

1)2)3)<br />

Centro Hospitalar e Universitário <strong>de</strong> Coimbra - HUC<br />

Objectivo – Análise quantitativa e qualitativa do plano farmacoterapêutico <strong>dos</strong> doentes <strong>de</strong> Hipertensão Arterial Pulmonar<br />

(HTP) segui<strong>dos</strong> em consulta <strong>de</strong> cardiologia <strong>de</strong> um Hospital Universitário.<br />

Méto<strong>dos</strong> – Estudo retrospectivo <strong>dos</strong> planos terapêuticos <strong>dos</strong> doentes <strong>de</strong> HTP durante o ano <strong>de</strong> 2011, através da<br />

consulta <strong>dos</strong> registos informáticos disponíveis no Sistema <strong>de</strong> Gestão Integrada do Circuito do Medicamento, para<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>dos</strong> medicamentos prescritos, <strong>dos</strong> medicamentos cedi<strong>dos</strong> e monitoriza<strong>dos</strong> em regime ambulatório e<br />

respectivos custos.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão – Nos 89 doentes <strong>de</strong> HTP em tratamento (38 sexo masculino), i<strong>de</strong>ntificaram-se os seguintes<br />

regimes terapêuticos:<br />

• 36 doentes com sil<strong>de</strong>nafil;<br />

• 23 doentes com bosentano;<br />

• 5 doentes com ambrisentano;<br />

• 9 doentes com bosentano+sil<strong>de</strong>nafil;<br />

• 3 doentes com ambrisentano+sil<strong>de</strong>nafil;<br />

• 1 doente com sil<strong>de</strong>nafil+treprostinilo;<br />

• 6 doentes com bosentano+sil<strong>de</strong>nafil+treprostinilo;<br />

• 5 doentes com bosentano+sil<strong>de</strong>nafil+iloprost;<br />

• 1 doente com ambrisentano+sil<strong>de</strong>nafil+iloprost.<br />

Os encargos financeiros com os medicamentos utiliza<strong>dos</strong> no ano em estudo traduziram-se em: 1.261.700,87€ com<br />

bosentano; 775.314,09€ com treprostinilo; 278.363,91€ com ambrisentano; 258.941,41€ com sil<strong>de</strong>nafil e 201.542,22€<br />

com iloprost, que representaram um custo total <strong>de</strong> 2.775.862,50€ para esta patologia.<br />

Conclusões – Na consulta <strong>de</strong> cardiologia, <strong>dos</strong> 89 doentes <strong>de</strong> HTP, 64 encontram-se medica<strong>dos</strong> em regime <strong>de</strong><br />

monoterapia. São pratica<strong>dos</strong> 6 tipos diferentes <strong>de</strong> terapêuticas <strong>de</strong> associação (61 doentes), sendo o sil<strong>de</strong>nafil o<br />

medicamento que está incluído em todas as associações. O princípio activo que representa um maior encargo financeiro<br />

é o bosentano (45%), utilizado em monoterapia e em três tipos <strong>de</strong> associações terapêuticas.<br />

O elevado custo <strong>de</strong>stas terapêuticas implica o estabelecimento <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> dispensa e monitorização <strong>de</strong>stes<br />

medicamentos por parte <strong>dos</strong> farmacêuticos hospitalares na promoção do uso racional do medicamento.<br />

pagina ı 149


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A06/P007<br />

Tratamento farmacológico da <strong>de</strong>pressão em mulheres grávidas<br />

Joana Lopes 1) , Isabel Vitória Figueiredo 2) , Margarida Castel-Branco 3) , Margarida Caramona 4) ,<br />

Ana Cristina Rama 5) , Ana Teresa Almeida Santos 6)<br />

1)2)3)4)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 5) Serviços Farmacêuticos, Hospitais da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, E.P.E. / Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, 6) Serviço <strong>de</strong> Genética Médica, Departamento <strong>de</strong> Medicina Materna Fetal, Genética e Reprodução Humana,<br />

Hospitais da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

Introdução: Os transtornos <strong>de</strong> humor e ansieda<strong>de</strong> são os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais comuns entre a população.<br />

Segundo a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, a <strong>de</strong>pressão afeta aproximadamente 121 milhões <strong>de</strong> pessoas no mundo<br />

inteiro. A perturbação <strong>de</strong>pressiva major po<strong>de</strong> ter início em qualquer ida<strong>de</strong>. No entanto, a média ten<strong>de</strong> para que ocorra<br />

na década <strong>dos</strong> 20 anos. A <strong>de</strong>pressão é, por conseguinte, também um problema que afeta uma quantida<strong>de</strong> significativa<br />

<strong>de</strong> mulheres grávidas, que muitas vezes optam por não tratar esta patologia receando possíveis consequências<br />

negativas resultantes da exposição do feto aos medicamentos. No entanto, a <strong>de</strong>pressão não tratada durante a gravi<strong>de</strong>z<br />

influencia <strong>de</strong> forma negativa, direta ou indiretamente, a saú<strong>de</strong> da mãe e do feto. Objetivos: Foram objetivos <strong>de</strong>ste<br />

trabalho: a) Proce<strong>de</strong>r a uma revisão bibliográfica da informação disponível sobre a <strong>de</strong>pressão, a <strong>de</strong>pressão na gravi<strong>de</strong>z<br />

e o seu impacto na gravi<strong>de</strong>z e no <strong>de</strong>senvolvimento do embrião/feto; b) Desenvolver sumários <strong>de</strong> teratogenicida<strong>de</strong><br />

<strong>dos</strong> medicamentos anti<strong>de</strong>pressores utiliza<strong>dos</strong> para o tratamento da <strong>de</strong>pressão; c) Construir algoritmos para suporte à<br />

<strong>de</strong>cisão clínica da terapêutica da <strong>de</strong>pressão na grávida e da monitorização clínica tanto da grávida como do feto e do<br />

recém-nascido. Metodologia: Método da revisão bibliográfica, tendo a pesquisa sido efetuada entre janeiro e agosto<br />

<strong>de</strong> 2012. Relativamente à pesquisa na Medline/Pubmed, numa 1ª fase efetuou-se uma pesquisa <strong>de</strong> base obtendo-se<br />

informação sobre uso <strong>de</strong> anti<strong>de</strong>pressores na gravi<strong>de</strong>z, cruzando estas duas palavras-chave; numa 2ª fase proce<strong>de</strong>use<br />

a uma pesquisa individual para cada fármaco <strong>de</strong> modo a obter informação mais específica, sem risco <strong>de</strong> perda <strong>de</strong><br />

da<strong>dos</strong> relevantes para cada um; numa 3ª fase a pesquisa incidiu sobre os mecanismos <strong>de</strong> passagem <strong>dos</strong> fármacos<br />

pela placenta. Resulta<strong>dos</strong> e discussão: A <strong>de</strong>pressão afeta tanto a mulher como o embrião/feto e recém-nascido e<br />

po<strong>de</strong> resultar em efeitos como malformações congénitas e/ou complicações perinatais. Os fármacos anti<strong>de</strong>pressores<br />

usa<strong>dos</strong> na terapêutica atravessam a membrana placentária, tanto por difusão simples como liga<strong>dos</strong> a transportadores,<br />

nomeadamente os transportadores ABC (glicoproteína-P, MRPs, BCRP). Estes transportadores me<strong>de</strong>iam o efluxo<br />

<strong>dos</strong> fármacos do compartimento fetal, o que diminui os efeitos fetais da exposição. A informação recolhida sobre a<br />

<strong>de</strong>pressão e o efeito da mesma no embrião, feto e recém-nascido indica que a instituição <strong>de</strong> uma terapêutica efetiva<br />

com o mínimo <strong>de</strong> exposição correspon<strong>de</strong> à melhor opção. Conclusão: Os algoritmos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão elabora<strong>dos</strong> tendo<br />

como base a informação sistematizada nos sumários <strong>de</strong> teratogenicida<strong>de</strong> apresenta<strong>dos</strong> e os da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong> relativos<br />

à passagem placentar <strong>dos</strong> fármacos preten<strong>de</strong>m ser uma ajuda para a prática clínica uma vez que direcionam a escolha<br />

terapêutica e orientam a monitorização tanto da mãe como do filho.<br />

pagina ı 150


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Indústria Farmacêutica<br />

CNF/2012/A07/P001<br />

Polímeros inteligentes: Importância da sua utilização em formas farmacêuticas<br />

<strong>de</strong> libertação modificada<br />

Hugo Emanuel Pereira Pinto De Jesus Almeida 1) , Maria Helena <strong>dos</strong> Anjos Rodrigues Amaral 2 ),<br />

Paulo Alexandre Lourenço Lobão 3) , José Manuel Sousa Lobo 4)<br />

1)2)3)4)<br />

Laboratório <strong>de</strong> Tenologia Farmacêutica, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Univerida<strong>de</strong> do Porto<br />

O presente trabalho tem como objetivo fazer uma revisão da importância <strong>dos</strong> polímeros inteligentes na formulação <strong>de</strong><br />

sistemas farmacêuticos capazes <strong>de</strong> sincronizar o perfil <strong>de</strong> libertação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado fármaco com as necessida<strong>de</strong>s<br />

terapêuticas do paciente.<br />

Os polímeros inteligentes estão na vanguarda no que refere à tecnologia <strong>de</strong> administração <strong>de</strong> fármacos, uma vez<br />

que estes polímeros apresentam uma resposta ativa a pequenas alterações do ambiente circundante (estímulos físicos<br />

- temperatura, ultrassons, luz, stress mecânico; estímulos químicos - pH e força iónica; estímulos biológicos - enzimas e<br />

biomoléculas), sofrendo alterações drásticas na sua microestrutura, modificando as suas proprieda<strong>de</strong>s físico-químicas<br />

e provocando como consequência a libertação modificada do(s) fármaco(s) veiculado(s).<br />

A conjugação <strong>de</strong>stes polímeros com moléculas <strong>de</strong> fármacos apresenta como principais vantagens o facto <strong>de</strong> se<br />

conseguir administrar uma concentração eficaz <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada substância ativa no tempo certo e no local exato,<br />

minimizando assim a ocorrência <strong>de</strong> reações adversas.<br />

São vários os polímeros inteligentes patentea<strong>dos</strong> disponíveis no mercado, entre os quais se <strong>de</strong>stacam os polímeros<br />

sensíveis à temperatura (Pluronics ® , Poloxamers® e Tetronics ® ) e os polímeros sensíveis ao pH (Carbopols ® e Eudragits ® ),<br />

po<strong>de</strong>ndo ser utiliza<strong>dos</strong> na formulação <strong>de</strong> diferentes formas farmacêuticas.<br />

Estão <strong>de</strong>scritos numerosos estu<strong>dos</strong> relativos à utilização <strong>de</strong>stes polímeros. Um <strong>de</strong>sses estu<strong>dos</strong> consistiu no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um gel transdérmico <strong>de</strong> Pluronic ® F127 contendo cetoprofeno. Esta formulação promoveu uma<br />

ação anti-inflamatória e analgésica prolongada e um menor número <strong>de</strong> efeitos secundários quando comparada com<br />

a administração oral <strong>de</strong> cetoprofeno. Noutro estudo foi <strong>de</strong>senvolvida uma formulação termoreversível contendo o<br />

polímero Pluronic ® F127 utilizando como substância ativa o paclitaxel. Os estu<strong>dos</strong> in vivo realiza<strong>dos</strong> <strong>de</strong>mostraram<br />

que se registou um aumento significativo da eficácia antitumoral após a administração intratumoral da formulação,<br />

verificando-se também um aumento do tempo <strong>de</strong> vida <strong>dos</strong> animais utiliza<strong>dos</strong> no ensaio.<br />

Num outro estudo foram preparadas nanopartículas a partir do Carbopol ® (ácido poliacrílico), utilizando como<br />

substância ativa a insulina. Estas nanopartículas a pH ácido permitem a libertação retardada <strong>de</strong> insulina, enquanto a pH<br />

neutro ou básico promovem a libertação rápida <strong>de</strong>ste fármaco.<br />

Os polímeros inteligentes sensíveis à temperatura e os sensíveis ao pH são os que têm apresentado resulta<strong>dos</strong> mais<br />

promissores. A investigação atual centra-se na associação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s poliméricas constituídas por polímeros inteligentes<br />

sensíveis a diferentes estímulos <strong>de</strong> modo a adaptar melhor a libertação <strong>dos</strong> fármacos às necessida<strong>de</strong>s do indivíduo,<br />

aumentando assim a sua eficácia terapêutica.<br />

pagina ı 151


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A07/P002<br />

Glucomanano na perda <strong>de</strong> peso: uma janela <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s?<br />

Joana Viveiro 1) , Inês Gonçalves 2)<br />

1)<br />

Farmodiética, 2) Labialfarma S.A.<br />

Perante a crescente prevalência <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> peso e obesida<strong>de</strong> a nível mundial, a Indústria Farmacêutica <strong>de</strong>para-se<br />

com um <strong>de</strong>safio ímpar: apresentar soluções seguras e eficazes.<br />

Amorphophallus konjac é uma planta originária do Su<strong>de</strong>ste Asiático, on<strong>de</strong> tem uma longa história <strong>de</strong> utilização<br />

na medicina tradicional e como fonte alimentar. Das raízes <strong>de</strong>sta espécie extrai-se um polissacárido <strong>de</strong> reserva, o<br />

glucomanano, que consiste numa ca<strong>de</strong>ia linear constituída por D-glucose e D-manose, na proporção <strong>de</strong> 1:1,6, unidas<br />

por ligações β-1,4. Trata-se <strong>de</strong> uma fibra hidrossolúvel cuja excecional capacida<strong>de</strong> em absorver água lhe confere um<br />

elevado grau <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> em solução. Dado que as ligações β-1,4 não são hidrolisadas pelas enzimas digestivas<br />

humanas, o glucomanano chega intacto ao cólon contribuindo para acelerar o trânsito intestinal.<br />

Muito do atual interesse no glucomanano resi<strong>de</strong> no seu potencial <strong>de</strong> utilização como fibra dietética. Tendo como base<br />

a evidência resultante <strong>de</strong> vários estu<strong>dos</strong>, a EFSA (European Food Safety Authority) concluiu existir uma relação causaefeito<br />

entre o consumo do glucomanano e a redução do peso corporal, no contexto <strong>de</strong> uma dieta com restrição calórica.<br />

Esta redução <strong>de</strong> peso parece estar relacionada, essencialmente, com um efeito promotor da sacieda<strong>de</strong> e consequente<br />

redução da ingestão calórica.<br />

Objetivo: Rever a evidência disponível sobre a utilização do glucomanano na perda <strong>de</strong> peso consi<strong>de</strong>rando, em<br />

particular, aspetos tais como eficácia, segurança e mecanismo <strong>de</strong> ação, e avaliar o seu potencial interesse para a<br />

Indústria Farmacêutica.<br />

Metodologia: Pesquisa nas bases <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> PubMed, Idis (Iowa Drug Information Service) e Natural Medicines<br />

Comprehensive Database e consulta ao site da EFSA. As palavras-chave utilizadas foram: ‘glucomannan’,<br />

‘Amorphophallus konjac’,‘weight loss’ e ‘obesity’.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão: A maioria <strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong> clínicos nos quais o glucomanano foi utilizado no tratamento da<br />

obesida<strong>de</strong> evi<strong>de</strong>ncia uma relação significativa entre o uso <strong>de</strong>ste agente, em associação com uma dieta normocalórica<br />

ou hipocalórica, e a perda <strong>de</strong> peso. Vários estu<strong>dos</strong> atribuem igualmente ao glucomanano proprieda<strong>de</strong>s benéficas sobre<br />

os níveis <strong>de</strong> colesterol total, colesterol LDL, triglicéri<strong>dos</strong> e glicémia em jejum. Os efeitos adversos mais relata<strong>dos</strong> são <strong>de</strong><br />

natureza digestiva.<br />

Conclusão: O uso do glucomanano na perda <strong>de</strong> peso apresenta uma relação benefício-risco favorável, proporcionando<br />

uma oportunida<strong>de</strong> real para a Indústria Farmacêutica que po<strong>de</strong>, assim, apostar no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos<br />

com base nesta substância.<br />

Como agente promissor no combate ao excesso <strong>de</strong> peso e obesida<strong>de</strong>, o glucomanano po<strong>de</strong>rá ser integrado na<br />

abordagem inicial a estas condições, contribuindo para a redução da respetiva morbi-mortalida<strong>de</strong> e com impacto<br />

significativo também ao nível socio-económico.<br />

pagina ı 152


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A07/P003<br />

Estudo comparativo <strong>de</strong> comprimi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Ciproeptadina 6mg produzi<strong>dos</strong>: pelo método <strong>de</strong> granulação<br />

a húmido e por mistura/compressão direta<br />

Cristina Maria Dias Palminha 1 )<br />

Objetivo:<br />

1)<br />

OM-Pharma<br />

Face ao crescimento <strong>dos</strong> custos associa<strong>dos</strong> à Indústria Farmacêutica, tornou-se imperativo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar<br />

soluções para controlar custos e claro implementar processos industriais cada vez mais eficazes.<br />

Este trabalho nasceu da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> optimizar o processo <strong>de</strong> fabrico <strong>de</strong> Ciproeptadina 6mg comprimi<strong>dos</strong>, produto<br />

este com forte presença no mercado.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista técnico, o seu processo <strong>de</strong> fabrico, é um processo tipicamente “clássico”, que consiste<br />

numa granulação a húmido <strong>dos</strong> excipientes com uma solução alcoólica seguida <strong>de</strong> uma fase <strong>de</strong> secagem numa estufa<br />

<strong>de</strong> tabuleiros, fase esta, bastante <strong>de</strong>morada e em termos económicos/energéticos- onerosa.<br />

Dada a evolução tecnológica <strong>de</strong> novas metodologias <strong>de</strong> fabrico, mais simples, mais reprodutíveis e ao aparecimento <strong>de</strong><br />

novos excipientes com melhores características farmacotécnicas, optou-se por <strong>de</strong>senvolver um novo método <strong>de</strong> fabrico<br />

por compressão direta.<br />

Metodologia:<br />

A 1ª abordagem ao projeto, foi manter a fórmula do ponto <strong>de</strong> vista qualitativo e quantitativo do produto e realizar<br />

somente uma adaptação da fórmula atual a uma nova metodologia <strong>de</strong> trabalho.<br />

O primeiro ensaio piloto- lote teste 1 realizado, consistiu em fabricar o produto com uma mistura a seco <strong>dos</strong> diversos<br />

componentes e <strong>de</strong>pois proce<strong>de</strong>r à sua compressão.<br />

No segundo ensaio piloto- lote teste 2, substituiu-se da fórmula a povidona por crospovidona, mantendo-se a mesma<br />

proporção na formulação.<br />

Em ambos os ensaios piloto, proce<strong>de</strong>u-se à <strong>de</strong>terminação <strong>dos</strong> seguintes parâmetros: <strong>dos</strong>eamento da mistura,<br />

uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> teor, <strong>de</strong>sagregação, peso médio <strong>dos</strong> comprimi<strong>dos</strong>, friabilida<strong>de</strong>, uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> massa, espessura e<br />

dissolução.<br />

Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> do lote teste 1 e do lote teste 2 foram compara<strong>dos</strong> com 2 lotes <strong>de</strong> produto (RA e RB) fabricado<br />

com o método atual.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e Discussão:<br />

Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> nos dois ensaios piloto, permitiram concluir que em ambos os casos, obtiveram-se comprimi<strong>dos</strong><br />

com parâmetros físicos <strong>de</strong> acordo com as especificações do produto.<br />

O lote teste 2, apresentou melhores resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagregação (2 min.) do que o lote teste 1 (6 min.).<br />

Na dissolução também se observou que o lote teste 2 (95,4%) atingiu uma percentagem dissolvida superior ao lote 1<br />

(87,7%) ao fim <strong>de</strong> 45 minutos.<br />

Conclusões:<br />

Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> nos comprimi<strong>dos</strong> do lote teste 2, abrem boas perspetivas para a continuação do projecto e para<br />

o scale-up <strong>de</strong>sta fórmula pelo método <strong>de</strong> compressão direta.<br />

pagina ı 153


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A07/P004<br />

OBJECTIVO:<br />

Medição <strong>de</strong> processos: Registo Manual versus Registo Semiautomático<br />

Sónia Garrido Santos 1)<br />

1)<br />

OM-Pharma<br />

Des<strong>de</strong> sempre as empresas utilizaram metodologias <strong>de</strong> registo das activida<strong>de</strong>s e medição <strong>dos</strong> processos com o<br />

objectivo <strong>de</strong> um custeio eficaz <strong>dos</strong> seus produtos, <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> para introduzir melhorias, ou para um a<strong>de</strong>quado<br />

conhecimento <strong>dos</strong> processos e que permitam introduzir melhorias e a eliminação <strong>de</strong> tarefas que não acrescentam valor<br />

aos produtos.<br />

Nas últimas décadas, a evolução tecnológica e a crescente automação <strong>dos</strong> processos exercem uma crescente pressão<br />

sobre os processos produtivos e os colaboradores das empresas.<br />

Perante esta realida<strong>de</strong>, as empresas precisam catalisar esta dinâmica <strong>de</strong> progresso, equacionando a aquisição <strong>de</strong><br />

instrumentos <strong>de</strong> medição do sistema produtivo, os quais constituem um elevado investimento económico.<br />

Objectiva-se com este trabalho avaliar as diferenças entre um sistema convencional <strong>de</strong> registo manual <strong>de</strong> tarefas<br />

associado a um equipamento e o sistema <strong>de</strong> registo semiautomático por intermédio <strong>de</strong> um logger.<br />

METODOLOGIA:<br />

Foi acoplado um logger a uma máquina <strong>de</strong> blisteragem <strong>de</strong> comprimi<strong>dos</strong> durante o período <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Maio a 01 Junho <strong>de</strong><br />

2012. Este estabelece uma interface entre o operador e a máquina, permitindo o registo do estado <strong>de</strong> funcionamento da<br />

mesma. Para isso, foi parametrizado com as referências <strong>de</strong> eventos relativas às diversas variáveis que po<strong>de</strong>m influenciar<br />

o funcionamento da máquinaParalelamente a isto, proce<strong>de</strong>u-se ao registo manual no mesmo período, procedimento<br />

normal instituído na empresa.<br />

Numa fase seguinte, proce<strong>de</strong>u-se à comparação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> pelos dois sistemas.<br />

RESULTADOS/DISCUSSÃO:<br />

Foi feita uma comparação entre o método semiautomático e o manual, sendo que, este último parece reflectir a realida<strong>de</strong><br />

em termos <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> funcionamento líquido da máquina (37% pelo sistema manual vs 36 % pelo sistema logger).<br />

Contudo, o mesmo já não acontece quando se trata da proporção <strong>dos</strong> distintos eventos que <strong>de</strong>spoletam uma paragem<br />

da máquina, já que se constatou que o método logger <strong>de</strong>tecta um número <strong>de</strong> paragens substancial <strong>de</strong>signadas por<br />

nós por não i<strong>de</strong>ntificadas dado que não eram expectáveis (28%), além disso verificou-se que os problemas mais<br />

proeminentes foram estatisticamente diferentes em função do método foi utilizado.<br />

O registador semiautomático apresenta a vantagem principal <strong>de</strong> permitir uma aproximação mais real do que ocorre à<br />

máquina (1352 registos vs 155 do registo manual) bem como uma caracterização mais a<strong>de</strong>quada do processo.<br />

Além disso, permite compreen<strong>de</strong>r o impacto que as paragens <strong>de</strong> curta duração, apenas registadas com esta ferramenta,<br />

<strong>de</strong>têm na produtivida<strong>de</strong>.<br />

CONCLUSÃO:<br />

A automação do processo aumenta largamente a exactidão <strong>dos</strong> registos, assegurando um conhecimento mais<br />

abrangente das máquinas. Isto permitirá melhorar significativamente a eficácia <strong>de</strong> inúmeras operações como a<br />

performance <strong>de</strong> manutenção preventiva, avaliação <strong>dos</strong> <strong>de</strong>feitos e minimização <strong>de</strong> causas <strong>de</strong> problemas.<br />

pagina ı 154


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A07/P005<br />

Qualificação <strong>dos</strong> operadores responsáveis pelo processo <strong>de</strong> inspeção <strong>de</strong> cápsulas<br />

Ana Margarida Henriques 1)<br />

1)<br />

OM-Pharma<br />

Objetivo:<br />

O capítulo 2 das GMP´s enfatiza a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualificação do pessoal, colocando-o no centro do processo <strong>de</strong><br />

fabrico. Esta necessida<strong>de</strong> é acrescida quando a qualida<strong>de</strong> do produto está fortemente influênciada pela intervenção do<br />

operador.<br />

Preten<strong>de</strong>-se com este trabalho <strong>de</strong>finir uma metodologia para qualificação <strong>de</strong> operadores responsáveis pela inspeção<br />

visual <strong>de</strong> cápsulas.<br />

Metodologia:<br />

Neste estudo começou-se por i<strong>de</strong>ntificar em 10 lotes <strong>de</strong> cápsulas (dimensão <strong>de</strong> cada lote - 240.000 cápsulas) os<br />

principais <strong>de</strong>feitos presentes nas cápsulas e respectiva proporção da sua ocorrência assim como, a percentagem média<br />

<strong>de</strong> cápsulas <strong>de</strong>feituosas por lote (0,083%).<br />

Foi criado um kit com 600 cápsulas com os principais <strong>de</strong>feitos na proporção a<strong>de</strong>quada, o qual foi adicionado a uma<br />

fração <strong>de</strong> lote correspon<strong>de</strong>nte a 60.000 cápsulas.<br />

Definiu-se um critério para qualificação <strong>dos</strong> operadores baseado na percentagem <strong>de</strong> cápsulas <strong>de</strong>feituosas <strong>de</strong>tetadas.<br />

Os operadores foram submeti<strong>dos</strong> ao teste e aqueles que foram consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> menos aptos, executaram uma nova<br />

inspeção visual. Nesta segunda inspeção, as cápsulas não conformes foram separadas por tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>feito.<br />

A performance <strong>dos</strong> operadores menos aptos foi avaliada através da <strong>de</strong>terminação <strong>dos</strong> índices <strong>de</strong> especificida<strong>de</strong> e<br />

sensibilida<strong>de</strong>.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e Discussão:<br />

Foram sujeitos à qualificação 7 operadores e <strong>dos</strong> quais 5 foram consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> como qualifica<strong>dos</strong>.<br />

Constatou-se que o número <strong>de</strong> cápsulas não conformes <strong>de</strong>tetadas pelos operadores foi superior àquelas que constituíam<br />

o Kit. Na re-qualificação, o lote <strong>de</strong>verá ser duplamente inspecionado pelo operador com melhores resulta<strong>dos</strong> na<br />

qualificação.<br />

Durante o estudo, os operadores apresentaram maior dificulda<strong>de</strong> na <strong>de</strong>teção das cápsulas prensadas/<strong>de</strong>ntadas<br />

enquanto que, as cápsulas telescópicas são aquelas que são mais facilmente i<strong>de</strong>ntificadas.<br />

Conclusões:<br />

Neste estudo não se verificou uma correlação direta entre a experiência profissional e os resulta<strong>dos</strong> da qualificação.<br />

Constatou-se ainda que o fato da inspeção visual ser efetuada no período da manhã ou da tar<strong>de</strong> não influencia os<br />

resulta<strong>dos</strong>. Por outro lado, a acuida<strong>de</strong> visual parece ser o fator mais <strong>de</strong>terminante para o sucesso neste processo pelo<br />

que <strong>de</strong>ve ser estabelecida uma avaliação periódica da mesma. Não obstante, é importante <strong>de</strong>terminar o tempo máximo<br />

durante o qual um operador <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r à inspeção <strong>de</strong> cápsulas <strong>de</strong> forma a manter a qualida<strong>de</strong> da inspeção.<br />

Os operadores consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> como não qualifica<strong>dos</strong> <strong>de</strong>vem ser sujeitos a formação e em seguida a uma nova<br />

qualificação. Deve-se ainda estabelecer uma periodicida<strong>de</strong> para a re-qualificação.<br />

pagina ı 155


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A07/P006<br />

Controlo em processo na indústria farmacêutica “AB” - O estado da arte<br />

Helena Dordio 1)<br />

1)<br />

OM-Pharma<br />

A Indústria Farmacêutica “AB” encontra-se numa fase <strong>de</strong> crescimento a qual se tem verificado pela entrada <strong>de</strong> um número<br />

elevado <strong>de</strong> novos colaboradores e normas. Desta forma, surgiu a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> efectuar uma avaliação <strong>de</strong>talhada<br />

aos procedimentos que servem <strong>de</strong> base ao dia-a-dia da Indústria Farmacêutica “AB” e <strong>de</strong> consolidar conhecimentos<br />

essenciais ao <strong>de</strong>senvolvimento e crescimento <strong>de</strong> uma empresa Farmacêutica do século XXI. O objectivo principal <strong>de</strong>ste<br />

trabalho foi efectuar, com base na metodologia e conceitos 6 Sigma, uma avaliação global do estado da arte do controlo<br />

em processo (IPC) na Indústria Farmacêutica “AB” e <strong>de</strong>sta forma, incrementar o conhecimento existente sobre este<br />

tema na mesma.<br />

O trabalho teve início com a recolha <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> sobre os vários produtos fabrica<strong>dos</strong> na Indústria Farmacêutica “AB”,<br />

tendo por base a abordagem 6 Sigma: DMAIC (<strong>de</strong>finir, medir, analisar, aperfeiçoar e controlar). Desta forma, com o<br />

recurso aos diagramas <strong>de</strong> fluxo, efectuou-se um mapeamento das várias etapas <strong>dos</strong> processos e <strong>dos</strong> IPCs associa<strong>dos</strong><br />

a cada etapa. De seguida, utilizou-se uma análise FMEA com base no histórico <strong>dos</strong> vários produtos fabrica<strong>dos</strong>, a<br />

qual permitiu dividir os produtos em três gran<strong>de</strong>s grupos <strong>de</strong> risco. A cada um <strong>de</strong>stes grupos foi associado um nível <strong>de</strong><br />

inspecção baseado na ISO 2859 e por fim, efectuou-se uma comparação entre a amostragem efectuada presentemente<br />

na empresa e a amostragem proposta.<br />

A avaliação do estado da arte não ficaria completa sem a contabilização do número <strong>de</strong> horas utilizadas na realização<br />

<strong>dos</strong> IPCs, produto a produto e a comparação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> com os recursos actuais disponíveis na Indústria<br />

Farmacêutica “AB”, o que nos permitiu inferir que um analista do Controlo <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicado ao IPC não é suficiente<br />

para a realização <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os IPCs que são necessários efectuar.<br />

A principal conclusão <strong>de</strong>ste trabalho é que o objectivo inicial <strong>de</strong> efectuar um mapeamento, transversal a vários<br />

<strong>de</strong>partamentos, do controlo em processo na Indústria Farmacêutica “AB” foi atingido. Po<strong>de</strong>mos também concluir que<br />

apesar <strong>de</strong> já serem utiliza<strong>dos</strong> alguns SPC (processos <strong>de</strong> controlo estatístico), como as cartas <strong>de</strong> controlo, a aplicação<br />

no futuro <strong>de</strong> outros SPC vai permitir um aumento eficaz quer da Qualida<strong>de</strong>, quer da Produtivida<strong>de</strong> na Indústria<br />

Farmacêutica “AB”.É também aconselhado a implementação <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> melhoria contínua quer a nível <strong>dos</strong><br />

equipamentos, quer a nível <strong>dos</strong> produtos em si, as quais nos permitem obter maiores índices <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>dos</strong><br />

processos e consequentemente, dão-nos uma base sustentável para diminuir o número <strong>de</strong> amostras a recolher e<br />

simultaneamente, o número <strong>de</strong> testes a efectuar.<br />

pagina ı 156


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A07/P007<br />

Sistematização da implementação <strong>de</strong> um dispositivo <strong>de</strong> segurança – Abordagem por análise <strong>de</strong><br />

risco no controlo da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> abastecimento<br />

Miguel Ribeiro 1)<br />

OBJECTIVO:<br />

1)<br />

OM-Pharma<br />

Ao longo <strong>dos</strong> anos a indústria farmacêutica tem sido confrontada com o aumento, sem paralelo, do mercado <strong>de</strong><br />

medicamentos falsifica<strong>dos</strong>. O problema <strong>de</strong>ste crescente aumento <strong>de</strong> medicamentos falsifica<strong>dos</strong> não mais é um<br />

problema <strong>de</strong> quanto capital está a ser perdido, pelas indústrias farmacêuticas em todo o mundo, mas sim uma questão<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.<br />

Desta forma, no dia 8 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2011, o Parlamento Europeu emitiu um <strong>dos</strong> documentos mais importantes para<br />

indústria farmacêutica na <strong>de</strong>fesa da integrida<strong>de</strong> da ca<strong>de</strong>ia <strong>dos</strong> medicamentos, a “Directiva 2011/62/EU”.<br />

Esta directiva afirma claramente que “os dispositivos <strong>de</strong> segurança para os medicamentos <strong>de</strong>verão [...] ter em conta<br />

novos perfis <strong>de</strong> risco, assegurando simultaneamente o funcionamento do mercado interno para os medicamentos” e “[...]<br />

<strong>de</strong>verão permitir verificar a autenticida<strong>de</strong> e i<strong>de</strong>ntificar cada embalagem, bem como comprovar a eventual adulteração.”<br />

Este trabalho visou a criação <strong>de</strong> um método sistemático para a escolha e implementação <strong>de</strong> um dispositivo <strong>de</strong> segurança<br />

num produto farmacêutico fazendo uso <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e gestão <strong>de</strong> risco.<br />

METODOLOGIA:<br />

Elaboração <strong>de</strong> um método simples e iterativo, com pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e com aplicação às diferentes activida<strong>de</strong>s que<br />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>sempenhadas numa indústria farmacêutica.<br />

Generalizando, a sequência lógica para a implementação <strong>de</strong> um dispositivo <strong>de</strong> segurança, <strong>de</strong>verá cumprir,não se<br />

limitando, aos seguintes passos:<br />

- I<strong>de</strong>ntificação e <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>talhada da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> abastecimento e entida<strong>de</strong>s envolvidas;<br />

- I<strong>de</strong>ntificação e <strong>de</strong>scrição das funções e activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada entida<strong>de</strong>;<br />

- I<strong>de</strong>ntificação <strong>dos</strong> riscos e categorização das entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acordo com o risco;<br />

- Análise e ciclo <strong>de</strong> aceitação <strong>de</strong> riscos;<br />

- Escolha do dispositivo: baseada num racio entre o custo do produto/ custo do dispositivo/ risco associado à sua<br />

ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> abastecimento;<br />

- Verificação da eficácia do dispositivo e da confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> do mesmo;<br />

- Revisão periódica do indicador <strong>de</strong> risco da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> abastecimento e <strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> mitigação <strong>de</strong> risco.<br />

RESULTADOS/DISCUSSÃO:<br />

Foi possível criar um diagrama que permite, com as <strong>de</strong>vidas adaptações, <strong>de</strong> uma maneira sistemática abordar a<br />

complexida<strong>de</strong> da ca<strong>de</strong>ia do medicamento e padronizar a forma como se efectua a escolha justificada <strong>de</strong> um dispositivo<br />

<strong>de</strong> segurança. A aplicação <strong>de</strong>sta metodologia, baseada numa abordagem <strong>de</strong> risco, permite não só ter uma perspectiva<br />

completa da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> abastecimento como também assegurar um processo <strong>de</strong> actuação no caso <strong>de</strong> ocorrer uma<br />

alteração inesperada na mesma.<br />

CONCLUSÃO:<br />

AS EMPRESAS FARMACÊUTICAS TÊM, CADA VEZ MAIS, DE COMEÇAR A DESENVOLVER MÉTODOS PARA<br />

IMPLEMENTAR DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA E GARANTIR QUE ESTE MÉTODO É SUFICIENTEMENTE ROBUSTO<br />

DE FORMA A ASSEGURAR A CONFIDENCIALIDADE DO MESMO DURANTE O CICLO DE VIDA DO PRODUTO,<br />

FORTALECENDO NÃO SÓ A CADEIA DE ABASTECIMENTO COMO TAMBÉM A IMAGEM DA EMPRESA E CONFIANÇA<br />

DO UTENTE.<br />

pagina ı 157


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A07/P008<br />

Projecto Lean Six Sigma <strong>de</strong> ajuste e optimização do Controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma emulsão<br />

Diogo Miguel <strong>de</strong> Sousa Manata 1) , Sara Mafalda Martins Gafaniz 2)<br />

1)2)<br />

Laboratório EDOL - Produtos Farmacêuticos, S.A.<br />

Objectivo: Redução <strong>de</strong> custos, ajuste e optimização do processo <strong>de</strong> Controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma emulsão.<br />

Introdução: A emulsão em causa é produzida em lotes <strong>de</strong> pequenas dimensões, o que leva a que para ser correspondida<br />

a exigência <strong>de</strong> mercado se tenha <strong>de</strong> produzir uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lotes anualmente. Este gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> lotes<br />

produzi<strong>dos</strong> origina um custo significativo na realização <strong>de</strong> ensaios analíticos, elevado consumo <strong>de</strong> energia por parte <strong>dos</strong><br />

equipamentos <strong>de</strong> produção e análise. Tendo em conta a conjuntura actual levando à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos<br />

<strong>de</strong> produção e análise foi criado um projecto Lean Six Sigma para a optimização do processo <strong>de</strong> Controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

originando assim a diminuição <strong>dos</strong> custos associa<strong>dos</strong> à análise, levando à redução do custo final do produto.<br />

Metodologia: Análise estatística ao histórico das analises efetuadas no Controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, recorrendo a ferramentas<br />

Six sigma, como Cartas <strong>de</strong> controlo, índice <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processo, histograma, regra <strong>de</strong> pareto, Análise retrospectiva,<br />

linhas <strong>de</strong> tendência, <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> lotes produzi<strong>dos</strong> por campanhas, gráficos logarítmicos, análise <strong>de</strong> Fourier, relação<br />

entre controlo em produto acabado e controlo em processo <strong>de</strong> fabrico.<br />

Resulta<strong>dos</strong>: Demonstração da obtenção <strong>de</strong> maior estabilida<strong>de</strong> e, melhoria do processo com as alterações efectuadas<br />

Conclusão: Com o estudo efectuado, ficou <strong>de</strong>monstrada estabilida<strong>de</strong> do processo levando à proposta <strong>de</strong> implementação<br />

do mesmo. Com a implementação <strong>de</strong>stas ferramentas obteve-se uma redução nos custos em cerca <strong>de</strong> 32%. Por custo<br />

assumimos ensaios <strong>de</strong> análise, colaboradores, equipamentos, etc<br />

pagina ı 158


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A07/P009<br />

Avaliação <strong>de</strong> risco em sistemas informatiza<strong>dos</strong>: Definição <strong>de</strong> metodologia para programação das<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> validação<br />

Gabriela Lourenço 1) , Telma Matias 2) , Miguel Raposo 3)<br />

1)2)3)<br />

Sofarimex, SA<br />

Objetivo: Estabelecer uma metodologia para realizar a avaliação do risco associado à utilização <strong>de</strong> sistemas<br />

informatiza<strong>dos</strong> na produção <strong>de</strong> medicamentos.<br />

A 3 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2011 entrou em vigor a revisão 1 do Anexo 11 às Boas Práticas <strong>de</strong> Fabrico <strong>de</strong> Medicamentos em<br />

resposta ao aumento generalizado da utilização e complexida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> sistemas informatiza<strong>dos</strong>. Como parte integrante<br />

da gestão do risco, as <strong>de</strong>cisões relativas ao ciclo <strong>de</strong> vida do sistema têm <strong>de</strong> ser baseadas numa avaliação <strong>de</strong> risco<br />

justificada e documentada garantindo a segurança do paciente, a integrida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> e a qualida<strong>de</strong> do produto.<br />

Os recursos à disposição das organizações são finitos e a atual conjuntura do mercado obriga a racionalizar ainda mais<br />

os mesmos. Assim sendo é necessário <strong>de</strong>slocar os mesmos para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maior risco. O presente trabalho<br />

preten<strong>de</strong> diferenciar e hierarquizar os sistemas informatiza<strong>dos</strong> <strong>de</strong> acordo com o risco associado à sua utilização <strong>de</strong><br />

modo a gerir a validação <strong>dos</strong> mesmos.<br />

Metodologia: Pesquisa bibliográfica da regulamentação farmacêutica aplicável à produção <strong>de</strong> medicamentos,<br />

referenciais normativos <strong>de</strong> aplicação voluntária e artigos científicos.<br />

Definição da matriz <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> risco a partir da metodologia FMEA adaptada utilizando os critérios: Severida<strong>de</strong>,<br />

Probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Falha e Probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deteção <strong>de</strong> Falha.<br />

O critério Severida<strong>de</strong> é constituído pelo somatório <strong>dos</strong> subcritérios <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>, Segurança e Eficácia do Medicamento,<br />

Continuida<strong>de</strong> do Negócio e Compliance Regulamentar. O nível <strong>de</strong> risco é <strong>de</strong>terminado a partir do produto <strong>dos</strong> três<br />

critérios atrás referi<strong>dos</strong>. Esta análise conduz ao estabelecimento <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> risco qualitativos a partir <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong><br />

quantitativos obti<strong>dos</strong>. Os sistemas foram avalia<strong>dos</strong> e classifica<strong>dos</strong> <strong>de</strong> acordo com um nível <strong>de</strong> risco.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão: Foram avalia<strong>dos</strong> 101 sistemas informatiza<strong>dos</strong> criando-se uma lista <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> risco do<br />

mais elevado ao mais reduzido resultando em 4 sistemas <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> risco elevado, 60 <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> risco médio e 37 <strong>de</strong><br />

nível <strong>de</strong> risco reduzido. To<strong>dos</strong> os sistemas <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> risco elevado estão valida<strong>dos</strong>. Dos 20 sistemas informatiza<strong>dos</strong><br />

por validar, 9 são <strong>de</strong> <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> risco médio e 11 <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> risco reduzido. Foi elaborado um plano <strong>de</strong> validação com<br />

um horizonte <strong>de</strong> dois anos em que os sistemas <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> risco médio terão que ser valida<strong>dos</strong> num horizonte <strong>de</strong> 1 ano.<br />

Conclusão: A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma lista <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> sistemas informatiza<strong>dos</strong> quanto ao risco associado à sua<br />

utilização na vertente da Qualida<strong>de</strong>, Segurança e Eficácia do medicamento assim como a continuida<strong>de</strong> do negócio e a<br />

Compliance Regulamentar, permite i<strong>de</strong>ntificar sistemas com risco reduzido em que a abordagem para a validação po<strong>de</strong><br />

ser menos extensa e menos profunda. Deste modo, po<strong>de</strong>m ser aloca<strong>dos</strong> os recursos existentes na organização para<br />

as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> validação <strong>dos</strong> sistemas <strong>de</strong> risco médio num intervalo <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> 1 ano respeitando a priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

risco obtida na avaliação.<br />

pagina ı 159


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

OUTRAS ÁREAS DE RELEVÂNCIA PARA A PROFISSÃO FARMACÊUTICA<br />

CNF/2012/A09/P001<br />

Pharmacological treatment of obesity: an update of currently used drugs<br />

Armindo Dias Martins 1) , Sandra Morgado 2) , Manuel Morgado 3)<br />

1)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> Universia<strong>de</strong> da Beira Interior, 2) Centro Hospitalar da Cova da Beira, 3) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong><br />

Universida<strong>de</strong> da Beira Interior<br />

Objective: Obesity is the global epi<strong>de</strong>mic of 21st century affecting more than 1000 million people in the world and<br />

accounting for up to 7% of the health care cost in most <strong>de</strong>veloped countries. This chronic condition increases morbidity<br />

and mortality, largely due to associated comorbidities, including type 2 diabetes mellitus, cardiovascular diseases,<br />

premature atherosclerosis, metabolic syndrome, liver disease and cancer. As lifestyle interventions alone hardly result<br />

in long-term weight loss, pharmacotherapy is an important adjunct to lifestyle measures to improve the induction and<br />

maintenance of weight loss. The objective of this study was to review all the current medications approved by EMA and<br />

FDA for the treatment of obesity, focusing essentially on their benefits and risks.<br />

Methods: A revision of the scientific literature was carried out, through a search on PubMed for papers published<br />

from 2010 to the present time, using the terms “pharmacological treatment of obesity”, “pharmacotherapy for obesity”,<br />

“antiobesity drugs” and “drugs for weight loss”.<br />

Results: Orlistat (Xenical ® ) was until recently the only long-term pharmacotherapy for obesity available in the market,<br />

as rimonabant and sibutramine were withdrawn in 2008 and 2010, respectively, due to serious psychiatric and<br />

cardiovascular adverse effects. Lorcaserin (Belviq ® ) and phentermine/topiramate (Qsymia TM ) were approved by FDA in<br />

June and July 2012, respectively. Orlistat is the only approved drug whose mechanism of action does not involve the<br />

CNS, but the inhibition of gastrointestinal lipase. Its most common adverse effects are gastrointestinal (e.g., diarrhea,<br />

fecal incontinence). Lorcaserin activates 5-HT2C receptors, thus suppressing appetite. It should not be used during<br />

pregnancy and may lead to serious si<strong>de</strong> effects, such as headache, dizziness, fatigue, nausea, dry mouth, constipation<br />

and hypoglycemia. The most common adverse effects of the association of phentermine, a norepinephrine releasing<br />

drug, and topiramate, an antiepileptic drug which also exhibits weight-loss properties, are paresthesia of hands and<br />

feet, dizziness, altered taste sensation, insomnia, constipation and dry mouth. Therapy must be discontinued during<br />

pregnancy due to the risk of birth <strong>de</strong>fects. All mentioned drugs require a combination with diet and physical activity to<br />

be effective. Studies indicated that weight loss was significantly greater in patients who adhere to healthy lifestyles and<br />

to pharmacotherapy.<br />

Discussion/Conclusions: Pharmacist intervention can play a key role in promoting healthy lifestyles and a<strong>de</strong>quate<br />

pharmacotherapy, providing information concerning possible adverse effects, pharmacological interactions and its<br />

management. Pharmaceutical care should also inclu<strong>de</strong> alerting about the importance of medication adherence, as well<br />

as monitoring of the patients and the obtained results over time.<br />

pagina ı 160


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P002<br />

Risco Microbiológico nas Areias da Praia<br />

Alexandra N. Silva 1) , Paula Machado 2) , José Moniz Pereira 3) , Rui Loureiro 4)<br />

1)2)3)<br />

ADEIM - Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, 4) INFARMED/Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

As regiões costeiras <strong>de</strong> um país constituem um foco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento turístico, recreativo, económico e cultural. Em<br />

Portugal, embora as águas marinhas já sejam controladas, não tem sido dada a importância <strong>de</strong>vida ao controlo das<br />

areias das praias, as quais representam cada vez mais um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública <strong>de</strong>vido aos níveis <strong>de</strong> contaminação<br />

microbiana apresenta<strong>dos</strong>. Existem vários factores como as marés, <strong>de</strong>scargas fluviais, vento, tempesta<strong>de</strong>s, mudança <strong>de</strong><br />

estação do ano, presença <strong>de</strong> animais, presença <strong>de</strong> lixos, frequência nas praias pela população, que têm sido aponta<strong>dos</strong><br />

como contribuintes para a sobrevivência e dispersão <strong>dos</strong> microrganismos na areia. Dada a importância que representa<br />

<strong>de</strong>slindar esses factores <strong>de</strong> risco, <strong>de</strong> forma a conseguir minimiza-los; para este trabalho foi seleccionada a praia <strong>de</strong><br />

Carcavelos, no concelho <strong>de</strong> Cascais, como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> estudo, sendo analisa<strong>dos</strong> durante as épocas balneares <strong>de</strong> 2004<br />

a 2010, os resulta<strong>dos</strong> das análises microbiológicas e os da<strong>dos</strong> sobre as marés, temperatura, pressão atmosférica,<br />

precipitação, humida<strong>de</strong> relativa, radiação, rumo e velocida<strong>de</strong> do vento. Das 190 amostras <strong>de</strong> areia analisadas 43 a 47%<br />

apresentaram-se <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, sendo que, as restantes revelaram níveis <strong>de</strong> contaminação bacteriana significativos.<br />

Para os factores <strong>de</strong> risco, 92,5% das amostras em que se observou crescimento microbiano este <strong>de</strong>correu na presença<br />

conjunta <strong>de</strong> Maré Baixa, Temperatura Ambiente entre 16º e 23 ºC e Humida<strong>de</strong> Relativa entre 60 a 90%. Foi <strong>de</strong>sta<br />

forma possível concluir <strong>de</strong> uma forma directa, através <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> experimentais e laboratoriais, a influência da maré,<br />

temperatura e humida<strong>de</strong> como factores <strong>de</strong> risco microbiológico das areias da praia e <strong>de</strong> uma forma indirecta a acção<br />

da frequência populacional nas praias.<br />

Palavras – chave: areia, risco microbiológico, contaminação, praia.<br />

pagina ı 161


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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P003<br />

The <strong>de</strong>velopment and formulation of pharmaceutical co-payment policies - a review<br />

Sofia Crisóstomo 1)<br />

1)<br />

ISCTE - Instituto Universitário <strong>de</strong> Lisboa<br />

Objectives<br />

I<strong>de</strong>ntification of factors influencing the <strong>de</strong>velopment and formulation of public policies on pharmaceutical copayment.<br />

Methodology<br />

We conducted a literature review focused on public policies. Medline, B-On and Google Scholar were searched. A public<br />

policy on pharmaceutical copayment was <strong>de</strong>fined as the set of cost-sharing and protection arrangements, by which the<br />

costs of medicines are partially borne by the user, with the remaining being covered by a public third-party payer.<br />

Results and discussion<br />

Gemmill et al. (2008) highlight the fact that the pressure from growing expenditure only partially explains <strong>de</strong>cision-making<br />

on medicines cost-sharing, as many countries applied copayments before rising medicines budgets became a pressing<br />

policy matter.<br />

Pomey et al. (2010) analyzed the introduction of public medicines coverage programs in five Canadian provinces. Besi<strong>de</strong>s<br />

the impact of provincial finances on medicines policy, other influencing factors where: i<strong>de</strong>ological similarities in provincial<br />

parties’ goals for prescription medicines coverage; the institutional role of previous medicines plans in shaping new<br />

policies; and the effect of well-timed complaints by interest groups. The analysis also showed that interest group factors<br />

were most central to some provinces’ policies and that institutional factors varied by province.<br />

Boothe (2010) compared Canada, Australia and the UK, and found that institutional, i<strong>de</strong>ational and electoral conditions<br />

influenced the adoption and <strong>de</strong>velopment of public pharmaceutical coverage policy adoption and explained the divergent<br />

paths taken in those countries.<br />

Other studies show that policy makers usually face conflicting pressures from pharmaceutical companies, <strong>de</strong>pending<br />

on whether they are originator medicines manufacturers or generic manufacturers (Kanavos et al. 2011; Gemmill et al.<br />

2008). In addition, protection mechanisms for most vulnerable populations are associated with an extra bur<strong>de</strong>n which<br />

may fall on the working population, whom in many cases already make a significant contribution to financing health care<br />

and, thus, may strongly oppose (Gemmill et al. 2008). Both situations involve important economic and political tra<strong>de</strong>offs,<br />

highlighting the importance of both values and other policy goals.<br />

Gemmill et al. (2008) recognize that, given the political economy of health systems and in or<strong>de</strong>r to improve efficiency, it<br />

may be more attractive to target patients through user copayments rather than pharmaceutical companies, physicians,<br />

and pharmacists’ interests.<br />

Kanavos et al. (2011) also acknowledge the involvement of various interest groups.<br />

Conclusions<br />

As for the more general case of health policy, i<strong>de</strong>ology, interest groups’ preferences, political institutions and the historical<br />

political process were i<strong>de</strong>ntified as factors influencing the <strong>de</strong>velopment and formulation of pharmaceutical copayment<br />

policies.<br />

pagina ı 162


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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P004<br />

O envolvimento das pessoas que vivem com a infecção pelo VIH na resposta à epi<strong>de</strong>mia: o caso<br />

das políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

Sofia Crisóstomo 1) , Luísa Lima 2)<br />

1)2)<br />

ISCTE - Instituto Universitário <strong>de</strong> Lisboa<br />

Objetivos<br />

- Avaliar a extensão e a dinâmica do envolvimento das pessoas que vivem com a infeção pelo VIH (PVV) nas políticas <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> para o VIH/Sida, em Portugal;<br />

- I<strong>de</strong>ntificar potenciais fatores que influenciam esse envolvimento;<br />

- Caracterizar o contexto e a estrutura <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s políticas para o envolvimento das PVV.<br />

Metodologia<br />

Com base num mo<strong>de</strong>lo teórico psicossocial da participação em movimentos sociais, operacionalizou-se o envolvimento<br />

das PVV como participação numa forma específica <strong>de</strong> ação coletiva, com o objetivo <strong>de</strong> melhorar os resulta<strong>dos</strong> das<br />

políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Entre abril e julho <strong>de</strong> 2009, realizou-se um estudo observacional exploratório e transversal. Foram inquiridas 66 PVV,<br />

através <strong>de</strong> questionário anónimo, e entrevista<strong>dos</strong> cinco informantes-chave.<br />

Para to<strong>dos</strong> os testes estatísticos foi assumido o nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5%.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão<br />

Entre as PVV inquiridas, observaram-se níveis eleva<strong>dos</strong> <strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> mobilização (=4,5; dp=0,71) e motivação<br />

(=4,1; dp=0,80) para o envolvimento nas políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em Portugal. A quase totalida<strong>de</strong> (n=60; 90,9%) mostrou-se<br />

favorável ao envolvimento das PVV. Se tivesse oportunida<strong>de</strong>, 79,7% (n=51) envolver-se-ia efetivamente e uma maioria<br />

(n=41; 63,1%) referiu estar motivada para se envolver. No entanto, só 23,1% (n=15) foi objeto <strong>de</strong> tentativa <strong>de</strong> mobilização<br />

e apenas 10,6% (n=7) participou em algum nível da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. O nível <strong>de</strong> participação foi, em média, <strong>de</strong> 1,3<br />

(dp=0,90).<br />

Os fatores individuais e contextuais associa<strong>dos</strong> ao processo <strong>de</strong> envolvimento foram: a proximida<strong>de</strong> com o VIH/Sida; a<br />

partilha do quadro <strong>de</strong> ação coletiva; o nível <strong>de</strong> conhecimento sobre o princípio do Maior Envolvimento, políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

e processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão na área do VIH/Sida; o nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>; a mediação das organizações do movimento VIH/<br />

Sida, <strong>dos</strong> <strong>de</strong>cisores políticos e das próprias PVV; e os incentivos sociais, coletivos e materiais.<br />

Conclusões<br />

Os resulta<strong>dos</strong> sugerem que, em Portugal, ainda não existe um envolvimento pleno das PVV nas políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e<br />

que a promoção <strong>de</strong> um maior envolvimento e com mais significado <strong>de</strong>verá incidir, sobretudo, sobre a mobilização e a<br />

participação efetiva das PVV, através do fomento <strong>de</strong> um ambiente social facilitador, que promova os direitos humanos<br />

e combata o estigma e a discriminação, e <strong>de</strong> maior capacitação e empo<strong>de</strong>ramento das PVV, em simultâneo com um<br />

papel mais interventivo das organizações do movimento VIH/Sida e <strong>dos</strong> <strong>de</strong>cisores nos diferentes níveis da resposta à<br />

epi<strong>de</strong>mia.<br />

pagina ı 163


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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P005<br />

Tyrosine kinase inhibitors in the pharmacological therapeutic<br />

Sara Saraiva 1) , Sandra Morgado 2) , Manuel Morgado 3)<br />

1)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> Universida<strong>de</strong> da Beira Interior, 2) Centro Hospitalar da Cova da Beira, 3) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong><br />

Universida<strong>de</strong> da Beira Interior<br />

Objective: Tyrosine kinase inhibitors (TKIs) have revolutionized the treatment of cancer. Tyrosine kinases (TKs) are<br />

enzymes that catalyze the phosphorylation of tyrosine residues in proteins whose major function is to modulate growth<br />

factors. Deregulation of this modulation is strongly linked to carcinogenesis. The aim of this study was to review all TKIs<br />

approved by FDA, EMA and INFARMED, their therapeutic indications and potential indications in research.<br />

Methods: Literature review based upon 134 literature sources from the PubMed, published from 31 July 2011 to the<br />

present time, found by the keyword ‘tyrosine kinase inhibitors’. Drug databases of the FDA, EMA and INFARMED were<br />

also consulted to search TKIs authorized in clinical practice.<br />

Results: Currently, FDA has approved 14 TKIs for use in clinical practice. Bosutinib (Bosulif®) was the last to be authorized,<br />

on 4 September 2012, for the treatment of chronic myeloid leukemia. The EMA and INFARMED approved 10 TKIs. There<br />

are TKIs in pharmaceutical market approved for use on renal cell carcinoma (axitinib, pazopanib, sorafenib, sunitinib),<br />

non-small cell lung cancer (crizotinib, erlotinib, gefitinib), chronic myeloid leukemia (imatinib, dasatinib, nilotinib, bosutinib),<br />

breast cancer (lapatinib), myelofibrosis (ruxolitinib), hepatocellular carcinoma (sorafenib), thyroid neoplasms (van<strong>de</strong>tanib),<br />

gastrointestinal stromal tumors (imatinib, sunitinib), neuroendocrine tumors (sunitinib). Pazopanib was recently approved<br />

for the treatment of soft tissue sarcoma by the FDA. There are many ongoing studies on other potential indications (e.g.,<br />

imatinib for the treatment of pulmonary arterial hypertension) as well as studies of new TKIs molecules.<br />

Discussion/Conclusions: The TKIs currently available in the national and international pharmaceutical market have<br />

a major role in cancer treatment. TKs hold great promise as drug targets and recent advances make this an exciting<br />

time for the field of TKIs research. Pharmacists must be aware of all drugs inclu<strong>de</strong>d in this relatively new and promising<br />

pharmacological group so that appropriate counseling can be given to patients regarding the correct use of these<br />

medicines.<br />

pagina ı 164


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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P006<br />

Legibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> folhetos informativos com base nas perspectivas <strong>dos</strong> doentes e <strong>dos</strong> profissionais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

Afonso Miguel Cavaco 1) , Carla Maria Batista Ferreira Pires 2)<br />

1)<br />

School of Pharmacy, University of Oslo, Normay, 2) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Univerda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

Introdução: A regulamentação farmacêutica requer que to<strong>dos</strong> os medicamentos <strong>de</strong> uso humano sejam acompanha<strong>dos</strong><br />

<strong>de</strong> folhetos informativos (FIs) testa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> acordo com a norma Europeia <strong>de</strong> legibilida<strong>de</strong>. Objetivo: Avaliar a opinião<br />

<strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> potenciais utilizadores sobre a legibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um FI através do método proposto pela<br />

Agência Europeia do Medicamento (AEM). Méto<strong>dos</strong>: Estudo <strong>de</strong>scritivo cruzado, baseado na administração <strong>de</strong> um<br />

questionário <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> acordo com a norma da AEM sobre o FI do Diclofenac 12,5 mg comprimi<strong>dos</strong>. O FI<br />

selecionado foi recentemente aprovado em Portugal como medicamento não sujeito a receita médica. Os questionários<br />

foram administra<strong>dos</strong> a três grupos seleciona<strong>dos</strong> por conveniência: 22 farmacêuticos (F), 20 utilizadores potenciais (UP)<br />

e 21 médicos (M). Resulta<strong>dos</strong>: A ida<strong>de</strong> variou entre os 22 e os 71 anos, com predominância do sexo feminino (60% UP;<br />

63,6% F e 33% M). Os UP tinham um nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> na maioria <strong>dos</strong> casos superior ao ensino básico. Não foram<br />

encontradas diferenças significativas em relação à avaliação <strong>dos</strong> aspetos gráficos do FI (por ex. tipo e tamanho <strong>de</strong> letra)<br />

entre as opiniões <strong>dos</strong> grupos <strong>de</strong> F, M e UP. No entanto, foram encontradas associações estatisticamente significativas<br />

relativas às opiniões do grupo UP sobre a organização das reações adversas (RA) (X 2 =17,295; p=0,027), simplicida<strong>de</strong><br />

<strong>dos</strong> termos médicos (X 2 =21,472; p=0,006), utilização <strong>de</strong> abreviaturas (X 2 =32,044; p


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P007<br />

Interação entre os extratos <strong>de</strong> Fucus vesiculosus e <strong>de</strong> Paullinia cupana<br />

com a amiodarona em ratos<br />

Márcio Rodrigues 1) , Gilberto Alves 2) , Nulita Lourenço 3) , Amílcar Falcão 4)<br />

1)4)<br />

Laboratório <strong>de</strong> Farmacologia, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, Pólo das Ciências da Saú<strong>de</strong> / CNC - Centro <strong>de</strong> Neurociências<br />

e Biologia Celular, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra / CICS-UBI - Centro <strong>de</strong> Investigação <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> da Beira Interior, 2) CNC - Centro <strong>de</strong><br />

Neurociências e Biologia Celular, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra / CICS-UBI - Centro <strong>de</strong> Investigação <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> da Beira Interior, 3)<br />

Departmanento <strong>de</strong> Medicina Interna, Hospital Amato Lusitano, Unida<strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ULS) <strong>de</strong> Castelo Branco<br />

Objetivo: O aumento do consumo <strong>de</strong> preparações medicinais à base <strong>de</strong> plantas, em particular <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong><br />

emagrecimento, tem sido um assunto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> preocupação ao longo <strong>dos</strong> últimos anos. Neste contexto, tendo em<br />

conta que o excesso <strong>de</strong> peso e a obesida<strong>de</strong> estão a aumentar <strong>de</strong> forma alarmante nas socieda<strong>de</strong>s industrializadas<br />

e que se relacionam estreitamente com a ocorrência <strong>de</strong> doenças cardiovasculares, estamos em crer que se torna<br />

urgente avaliar o potencial para interações entre extratos <strong>de</strong> emagrecimento e fármacos <strong>de</strong> elevado risco usa<strong>dos</strong> em<br />

doenças cardiovasculares. Assim, o presente estudo foi <strong>de</strong>lineado para investigar se os extratos padroniza<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Fucus<br />

vesiculosus e <strong>de</strong> Paullinia cupana po<strong>de</strong>m influenciar a farmacocinética da amiodarona (fármaco <strong>de</strong> margem terapêutica<br />

estreita) em ratos.<br />

Metodologia: Num <strong>dos</strong> grupos experimentais, os ratos (n=6) foram coadministra<strong>dos</strong> com uma <strong>dos</strong>e única <strong>de</strong><br />

Fucus vesiculosus (575 mg/kg, p.o.) e amiodarona (50 mg/kg, p.o.). Noutro grupo experimental os ratos (n=6) foram<br />

coadministra<strong>dos</strong> com uma <strong>dos</strong>e única <strong>de</strong> Paullinia cupana (821 mg/kg, p.o.) e amiodarona (50 mg/kg, p. o.). E num<br />

terceiro grupo (grupo controlo), os ratos (n=6) foram coadministra<strong>dos</strong> com o correspon<strong>de</strong>nte volume <strong>de</strong> veículo usado<br />

na preparação das suspensões <strong>dos</strong> extratos e da amiodarona (50 mg/kg, p.o.). De seguida, foram colhidas amostras<br />

<strong>de</strong> sangue a vários tempos pós-<strong>dos</strong>e (0,25; 0,5; 1; 2; 4; 6; 8; 12 e 24 h). Posteriormente, as concentrações plasmáticas<br />

<strong>de</strong> amiodarona e <strong>de</strong>setilamiodarona foram analisadas usando um método <strong>de</strong> HPLC-DAD previamente <strong>de</strong>senvolvido e<br />

validado.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão: Após análise <strong>dos</strong> parâmetros farmacocinéticos estima<strong>dos</strong> por análise não-compartimental,<br />

<strong>de</strong>ve ser realçada a diminuição significativa (55.4%) na concentração máxima plasmática (C max<br />

) da amiodarona e a<br />

redução <strong>de</strong> 29.6% na extensão <strong>de</strong> exposição sistémica (avaliada pela AUC 0-24h<br />

) nos ratos coadministra<strong>dos</strong> com Fucus<br />

vesiculosus e amiodarona comparativamente ao grupo controlo. Similarmente, nos ratos coadministra<strong>dos</strong> com Paullinia<br />

cupana e amiodarona foi também observada uma diminuição significativa na C max<br />

da amiodarona (73.2%), bem como<br />

uma redução na extensão <strong>de</strong> exposição sistémica (57.8%). Aten<strong>de</strong>ndo ao <strong>de</strong>sign <strong>de</strong>stes estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong>duz-se que os<br />

componentes <strong>dos</strong> extratos <strong>de</strong> Fucus vesiculosus e <strong>de</strong> Paullinia cupana <strong>de</strong>vem interagir com a amiodarona no trato<br />

gastrointestinal.<br />

Conclusões: Estes resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong>monstram pela primeira vez uma interação entre os extratos <strong>de</strong> Fucus vesiculosus e <strong>de</strong><br />

Paullinia cupana com a amiodarona, <strong>de</strong>terminando em ambos os casos uma diminuição consi<strong>de</strong>rável na biodisponibilida<strong>de</strong><br />

da amiodarona em ratos. Deste modo, a eficácia terapêutica da amiodarona po<strong>de</strong> estar comprometida em doentes que<br />

tomem concomitantemente amiodarona e produtos à base <strong>de</strong> plantas contendo Fucus vesiculosus ou Paullinia cupana.<br />

Agra<strong>de</strong>cimentos: FCT (SFRH/BD/61901/2009 e SFRH/BPD/46826/2008), Portugal.<br />

pagina ı 166


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P008<br />

Análise das consultas sobre uso terapêutico recebidas por um centro <strong>de</strong> informação <strong>de</strong><br />

medicamentos, em particular do subgrupo sobre utilização <strong>de</strong> medicamentos em indicações<br />

diferentes das aprovadas (uso off-label)<br />

Ana Paula Men<strong>de</strong>s1) Aurora Simón2)<br />

1)2) Centro <strong>de</strong> Informação do Medicamento (CIM), Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos<br />

Objectivo. O uso terapêutico <strong>dos</strong> fármacos representa uma das áreas com maior número <strong>de</strong> consultas recebidas pelo<br />

nosso centro <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> medicamentos. Assim, efectuámos uma análise às consultas <strong>de</strong>ste grupo, com enfoque<br />

particular e numa perspectiva comparativa, às referentes à utilização em indicações, posologias ou populações não<br />

incluídas no Resumo das Características do Medicamento (uso off-label).<br />

Metodologia. Das consultas recebidas entre 1 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2011 e 30 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2012 seleccionaram-se as referentes a<br />

uso terapêutico, tendo sido analisa<strong>dos</strong> os seguintes parâmetros: tipo <strong>de</strong> consultante, tipo <strong>de</strong> consulta, se foi encontrada<br />

informação, tempo para elaboração e comunicação da resposta, forma <strong>de</strong> comunicação, envio <strong>de</strong> bibliografia e fontes<br />

bibliográficas utilizadas. Nas consultas relativas a usos off-label, também foi analisado em que fontes bibliográficas foi<br />

encontrada informação e quais os grupos terapêuticos implica<strong>dos</strong>.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão. No período estudado foram recebidas 118 consultas relativas a uso terapêutico (9,82% do<br />

total), divididas em 4 subgrupos; o uso terapêutico off-label constituiu o principal subgrupo (38,14%). Os principais<br />

consultantes foram farmacêuticos hospitalares (40,68%), predominaram as consultas relacionadas com um doente<br />

concreto e foi encontrada informação aplicável em 83%. O tempo <strong>de</strong> elaboração foi superior a uma hora em 55%, maior<br />

do que para consultas <strong>de</strong> outras áreas; 51,69% das consultas foram respondidas até 24 horas, maioritariamente por<br />

correio electrónico (61,76%). Foi enviada bibliografia <strong>de</strong> apoio em 72,88% das consultas, superior ao valor global no<br />

período estudado.<br />

As consultas sobre utilização off-label foram principalmente formuladas por farmacêuticos hospitalares (48,89%), 60%<br />

foi referente a casos clínicos e cerca <strong>de</strong> 71% requereu mais <strong>de</strong> uma hora para elaboração, valor bastante superior ao<br />

global <strong>de</strong>ste grupo. Neste subgrupo foi localizada informação em 77,78% das consultas, essencialmente em fontes<br />

primárias. A forma mais frequente <strong>de</strong> resposta foi igualmente o correio electrónico e foi enviada bibliografia em 75,56%.<br />

A resposta a este grupo <strong>de</strong> consultas é complexa, requer apoio bibliográfico num elevado número <strong>de</strong> casos e, quando<br />

comparadas com consultas <strong>de</strong> outros temas, <strong>de</strong> um tempo <strong>de</strong> elaboração superior, em especial as relativas a utilizações<br />

off-label. É necessário dispor <strong>de</strong> fontes que permitam uma revisão completa da literatura. Habitualmente é necessária a<br />

consulta <strong>de</strong> fontes primárias, menos acessíveis aos profissionais.<br />

Conclusão. Da análise <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> ressalta a importância <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r contar com centros <strong>de</strong> informação <strong>de</strong><br />

medicamentos prepara<strong>dos</strong> para apoiar a resolução <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> questões. O recurso aos centros é especialmente<br />

importante no caso das consultas relativas ao uso terapêutico off-label, em que obter informação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e uma<br />

ampla evidência científica é fundamental.<br />

pagina ı 167


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P009<br />

New strategies for the assessment of human skin<br />

Catarina Rosado 1) , Liliana Tavares 2) , Catarina Fernan<strong>de</strong>s 3) , Carla Monteiro 4) , Maria Júlia Bujan 5) , Luís Monteiro<br />

Rodrigues 6) , Lídia Palma 7) , Osvaldo Santos 8) , Hugo Ferreira 9) , Pedro Pinto 10) , Maria Angélica Almeida 11)<br />

1)3)4)8)<br />

CBIOS (U Lusófona’s Research Center for Health Sciences & Technologies), 2) ULP & CBIOS (U Lusófona’s Research Center for Health Sciences<br />

& Technologies), 5) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alcalá <strong>de</strong> Henares, 6)10) Dep C Farmacologicas, U Lisboa - Fac. Farmácia e CBiOS (U<br />

Lusófona), 7) ERISA & CBIOS (U Lusófona’s Research Center for Health Sciences & Technologies), 9) Instituto <strong>de</strong> Biofisica e Engenharia Biomédica - U<br />

Lisboa, Fac Ciências & CBIOS, 11) Hospital <strong>de</strong> S. José - Serviço <strong>de</strong> Cirurgia Plástica e Reconstructiva<br />

The last <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s have witnessed the <strong>de</strong>velopment of numerous bioengineering equipment and methodologies for<br />

application in the study of the skin. Additionally, imaging techniques that were created to probe other organs have been<br />

adapted to this area of research. On the other hand, the straightforward analysis of the instantaneous data generated by<br />

the <strong>de</strong>vices can sometimes provi<strong>de</strong> limited information and poor correlations. A dynamical approach can be employed<br />

to overcome these difficulties, where the response of the skin to a <strong>de</strong>termined stimulus is evaluated. This poster aims<br />

to present examples of innovative strategies in the assessment of human skin or in the study of the effects of topical<br />

formulations. One of the studies employed Wavelet Analysis and Detren<strong>de</strong>d Fluctuation Analysis to <strong>de</strong>tect changes<br />

in skin blood perfusion. MRI and texture analysis were used to provi<strong>de</strong> new quantitative skin parameters. Changes<br />

in skin hydration caused by dietary water intake were investigated by TEWL, hydration and biomechanics. The same<br />

parameters were also employed in the characterization of the skin of the obese. Finally, mathematical mo<strong>de</strong>lling of TEWL<br />

<strong>de</strong>sorption curves was used in the efficacy assessment of a moisturizer.<br />

All studies were conducted in vivo, in human volunteers, after informed consent. The following equipment was used: Laser<br />

Doppler flowmeter (Perimed, Stockholm, Swe<strong>de</strong>n), magnetic resonance imaging ( 1.5T MRI scanner), Corneometer for<br />

hydration measurement CM825, Tewameter TM300, Cutometer MPA580 and Reviscometer (C+K electronics, Germany).<br />

Results obtained by the different methodologies establish differences between normal and diseased skin, or between<br />

skin condition before and after product application.<br />

In conclusion, the various strategies were successfully employed in the assessment of human skin and show an interesting<br />

potential to be applied in other domains of <strong>de</strong>rmatological research.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P010<br />

Efficacy and safety drug testing using animal mo<strong>de</strong>ls<br />

Graziela Spongiatto 1) , Maria Madalena Pereira 2) , Michel F. Otuki 3) , Patrícia Rijo 4) , Ana Sofia Fernan<strong>de</strong>s 5) ,<br />

Cristina Mello-Sampayo 6) , Henrique Silva 7) , Beatriz Lima 8) , Catarina Reis 9) , Catarina Rosado 10) , Luís Monteiro<br />

Rodrigues 11) , Sara Can<strong>de</strong>ias 12)<br />

1) 3)7)11)<br />

Dep C Farmacologicas, U Lisboa - Fac Farmácia e CBiOS (U Lusófona), 2)4)5)9)10)12) CBIOS (U Lusófona’s Research Center for Health Sciences &<br />

Technologies), 6)8) iMed & Dep C Farmacologicas, U Lisboa - Fac Farmacia<br />

For the first time in history, scientists are beginning to un<strong>de</strong>rstand the inner workings of human disease at the molecular<br />

level. The task of discovering and <strong>de</strong>veloping safe and effective drugs is even more promising as our knowledge of<br />

disease increases. Although in vitro screening tests are often able to establish presumptive evi<strong>de</strong>nce of pharmacodynamic<br />

activity, data from animal mo<strong>de</strong>ls of the particular disease or condition are required to generate sufficient in vivo evi<strong>de</strong>nce<br />

to provi<strong>de</strong> a sound pharmacological rationale for further <strong>de</strong>velopment.<br />

In our research group, we’ve tested the effectiveness and safety of three different molecules administered by two different<br />

routes of administration: trans<strong>de</strong>rmal and oral <strong>de</strong>liveries. In the first study, patches with different concentrations of sodium<br />

lauryl sulphate (SLS 2, 3.5 and 5%, v/v) were topically applied in animal mo<strong>de</strong>ls (n=7) and relevant variables such as<br />

transepi<strong>de</strong>rmal water loss (TEWL), erythema and local microcirculation were evaluated. These measurements took place<br />

un<strong>de</strong>r controlled conditions (22 ±2ºC, 50±5% humidity) before patching, 1 h, 24 h and every day after patch removal<br />

until full recovery using TEWL as the statistical end-point. In second study, two different non-steroidal anti-inflammatories<br />

drugs, in free form or encapsulated into polymeric nanoparticles, were orally administered in animal mo<strong>de</strong>ls (n=7 for<br />

each group). In this study, ibuprofen (<strong>dos</strong>ed twice a day, 12 mg/kg during 10 days) and indomethacin (<strong>dos</strong>ed once<br />

a day, 10 mg/kg during 3 days) were encapsulated into poly-lactic (PLA) and poly-(co-lactic-glycolic acid) (PLGA)<br />

nanoparticles through emulsification/diffusion and emulsification/solvent evaporation methods, respectively. Particles<br />

were characterized in terms of mean size, surface charge and encapsulation efficiency by HPLC. Thereafter, the animals<br />

were anesthetized, sacrificed and random fragments were collected from various organs and tissues. All fragments<br />

were observed microscopically. Blood samples were collected and analyzed by HPLC. All procedures involving animals<br />

were conducted in adherence to institutional gui<strong>de</strong>lines and were approved by the Ethical Committee of respective<br />

regional council. Results from study 1 seem to suggest that 2 and 3.5% of SLS are the a<strong>de</strong>quate concentrations<br />

altering rat’s epi<strong>de</strong>rmal barrier without other clinically relevant modification and correlates well with human data obtained<br />

with SLS. This minimally invasive animal mo<strong>de</strong>l maybe explored to look further into these complex domains, including<br />

comparative patch and dressings efficacy. In second study, there was a reduction in gastric lesions caused by ibuprofen<br />

and indomethacin when they were encapsulated. HPLC analysis confirmed that both drug molecules were absorbed<br />

through intestine. Both studies show that in our lab it is possible to predict the safety and efficacy of a drug using simple<br />

and reliable methods.<br />

pagina ı 169


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<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P011<br />

Avaliação <strong>dos</strong> efeitos fisiológicos da associação colagénio hidrolisado, magnésio e vitaminas do<br />

complexo B na sintomatologia <strong>dos</strong> processos <strong>de</strong>generativos da cartilagem articular<br />

Marisa Machado 1) , Maria Inês Bila 2) , Ricardo Leite 3)<br />

1)<br />

CEF/FFUC; CITS/IPSN-CESPU, 2)3) Theralab<br />

O presente estudo piloto permitiu avaliar a eficácia da associação colagénio hidrolisado, magnésio e vitaminas do<br />

complexo B, em doentes com Osteoartrose do joelho.<br />

Voluntários com osteoartrose primária do joelho, classe funcional I, II ou III, foram acompanha<strong>dos</strong> durante 60 dias,<br />

suplementando-se com a solução oral <strong>de</strong> colagénio hidrolisado (10g), magnésio (160 mg) e vitaminas do complexo<br />

B (B1, 1,4 mg; B2, 1,6 mg; B6, 2mg; ácido pantoténico, 6mg). As medidas para os outcomes primários foram a<br />

intensida<strong>de</strong> da dor através da Escala Visual Analógica (VAS) quádrupla (dor atual, média, mínima e máxima), o índice<br />

WOMAC (Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis In<strong>de</strong>x) e a Avaliação Global da Ativida<strong>de</strong> da Doença<br />

(AGAD).<br />

A análise <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> permitiu verificar diferenças significativas na melhoria do Índice WOMAC ao longo do tempo em<br />

comparação com o baseline (p


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<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P012<br />

Avaliação do efeitos fisiológicos <strong>de</strong> Valeriana officinalis (Valeriana) (150 mg), Passiflora incarnata<br />

(Passiflora) (150 mg) e Humulus lupulo (Lúpulo) (150 mg), na sintomalogia da insónia primária.<br />

Marisa Machado 1) , Maria Inês Bila 2) , Ricardo Leite 3)<br />

1)<br />

CEF/FFUC; CITS/IPSN-CESPU, 2)3) Theralab<br />

O presente estudo foi <strong>de</strong>senhado para avaliar os efeitos fisiológicos (eficácia e segurança) <strong>de</strong> um produto constituído<br />

por Lúpulo, Passiflora e Valeriana (LPV), relativamente à insónia primária, na população portuguesa, administrado por<br />

30 dias consecutivos.<br />

No estudo clínico observacional piloto, do tipo exploratório, multicêntrico, aberto e não comparativo, os voluntários,<br />

portadores <strong>de</strong> insónia primária com base no DSM-IV-TR (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disor<strong>de</strong>rs), foram<br />

suplementa<strong>dos</strong> duas vezes por dia com um comprimido <strong>de</strong> LPV, acrescido <strong>de</strong> dois comprimi<strong>dos</strong>, antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>itar,<br />

durante 30 dias consecutivos. A avaliação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> foi realizada após 15 e 30 dias <strong>de</strong> tratamento. As medidas<br />

para os outcomes primários, realiza<strong>dos</strong> aos dias 0 e 30, foram a qualida<strong>de</strong> do sono, avaliada através do Índice da<br />

Qualida<strong>de</strong> do Sono <strong>de</strong> Pittsburgh (PSQI); a severida<strong>de</strong> da insónia, avaliada através do Índice <strong>de</strong> Severida<strong>de</strong> da Insónia<br />

(ISI) e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, avaliada pelo Questionário da Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida SF-36. Adicionalmente, foi efetuada uma<br />

avaliação intermédia do PSQI e do ISI ao dia 15. A avaliação secundária da eficácia foi realizada através da Avaliação<br />

Global da Ativida<strong>de</strong> da Doença (AGAD) pelo Indivíduo e pelo Investigador, consi<strong>de</strong>rando-se as classificações <strong>de</strong> Pior,<br />

Igual, Leve, Boa e I<strong>de</strong>al. A segurança e a tolerabilida<strong>de</strong> foram também avaliadas.<br />

A população avaliada, com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 44 anos e estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> global normal, verificaram que características<br />

como o peso, ratio respiratório, pressão diastólica e sistólica e o pulso, permaneceram constantes ao longo do estudo<br />

(p>0,05).<br />

Após 30 dias <strong>de</strong> tratamento verificou-se uma melhoria significativa da latência do sono, com uma redução do tempo <strong>de</strong><br />

início do sono. Os indivíduos verificaram ainda um aumento das horas efetivas <strong>de</strong> sono.<br />

A análise <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong>monstrou melhorias significativas no Índice da Qualida<strong>de</strong> do Sono <strong>de</strong> Pittsburgh (p


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<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P013<br />

O papel do farmacêutico na proteção da saú<strong>de</strong> pública através da notificação espontânea <strong>de</strong><br />

reacções adversas<br />

Paula Sousa Ferreira 1) , Ana Tereza Moreira Neres 2) , Maria Augusta Soares 3) , José Cabrita 4)<br />

1)2)3)<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmacovigilância do Sul/FFUL, 4) Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

Introdução: As reações adversas a medicamentos (RAM) são uma importante causa <strong>de</strong> morbilida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong>,<br />

constituindo um problema mundial <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. A monitorização da segurança do medicamento após a introdução<br />

no mercado (AIM), através da Farmacovigilância, assume um papel fundamental se refletirmos sobre o ambiente<br />

controlado <strong>dos</strong> ensaios clínicos. Deste modo, o número restrito <strong>de</strong> indivíduos, os grupos populacionais excluí<strong>dos</strong>, a<br />

inexistência <strong>de</strong> patologia concomitante e polimedicação, o tempo curto <strong>de</strong> monitorização e uma a<strong>de</strong>são garantida,<br />

constituem uma realida<strong>de</strong> distinta daquela a que será sujeito o medicamento após AIM. A vigilância <strong>de</strong> RAM, através da<br />

Notificação Espontânea (NE), é essencial para a monitorização da relação benefício/risco do medicamento. A eficácia<br />

<strong>dos</strong> sistemas <strong>de</strong> Farmacovigilância <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da participação ativa <strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (PS) e atualmente também<br />

<strong>dos</strong> utentes, sendo que a notificação constitui uma das suas responsabilida<strong>de</strong>s. O Farmacêutico encontra nesta área<br />

uma importante ferramenta <strong>de</strong> intervenção na proteção da saú<strong>de</strong> pública.<br />

Objetivo: Análise <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> relativos às NE rececionadas pela Unida<strong>de</strong> Farmacovigilância do Sul (UFS) em 2011, com<br />

<strong>de</strong>staque para a contribuição do farmacêutico como notificador.<br />

Metodologia: Análise <strong>de</strong>scritiva e evolutiva das NE recebidas pela UFS <strong>de</strong> 2004 a 2011 quanto à categoria profissional<br />

e instituição do notificador, via <strong>de</strong> receção e sua distribuição por regiões.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e discussão: O índice, número anual <strong>de</strong> notificações espontâneas por milhão <strong>de</strong> habitantes, apresentado<br />

pela UFS em 2011 atingiu o valor <strong>de</strong> 269, correspon<strong>de</strong>nte às recomendações da OMS (250 NE/milhão habitante), para<br />

um Sistema <strong>de</strong> Farmacovigilância eficaz. O crescimento exponencial da taxa <strong>de</strong> NE recebida pela UFS <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004 é<br />

coinci<strong>de</strong>nte com a evolução revelada pela contribuição do Farmacêutico como notificador, sendo que, em 2011 81% do<br />

total das NE provenientes da região Sul <strong>de</strong> Portugal, foram da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste profissional. Para este valor terá<br />

contribuído a ativida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> Farmacêuticos Delega<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Farmacovigilância <strong>de</strong>sta Unida<strong>de</strong> Regional. Embora tenha sido<br />

o Hospital, a instituição que mais contribuiu para o conhecimento do perfil <strong>de</strong> segurança do medicamento em 2011, a<br />

farmácia comunitária revela enorme potencial <strong>de</strong> crescimento na vigilância do risco do fármaco. A via online da UFS tem<br />

vindo a revelar-se como preferencial na realização da NE pelos notificadores da região Sul, em <strong>de</strong>trimento <strong>dos</strong> outros<br />

meios disponíveis.<br />

Conclusões: Contrariamente ao observado nas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Farmacovigilância do Centro e Norte, na área <strong>de</strong> influência<br />

da UFS, o Farmacêutico tem assumido marcadamente, a sua responsabilida<strong>de</strong> na monitorização da segurança do<br />

medicamento. Contribuindo assim para a proteção da saú<strong>de</strong> pública através da notificação das reações adversas que<br />

<strong>de</strong>teta na sua prática e da difusão <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> junto <strong>dos</strong> seus pares.<br />

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CNF/2012/A09/P014<br />

Hydrocortisone acetate-loa<strong>de</strong>d polycaprolactone nanoparticles: a promising <strong>de</strong>rmatological<br />

treatment for atopic <strong>de</strong>rmatitis<br />

Ana Rita Jerónimo 1) , Catarina Silva 2) , Sara Can<strong>de</strong>ias 3) , Catarina Rosado 4) , Pedro Contreiras Pinto 5) , Catarina<br />

Pinto Reis 6)<br />

1)2)3)6)<br />

Laboratory of Nanoscience and Biomedical Nanotechnology (LNBN), Universida<strong>de</strong> Lusófona <strong>de</strong> Humanida<strong>de</strong>s e Tecnologias (ULHT), 4)5)<br />

Experimental Dermatology Unit (UDE), Universida<strong>de</strong> Lusófona <strong>de</strong> Humanida<strong>de</strong>s e Tecnologias (ULHT)<br />

Aim: The purpose of the current study was to produce hydrocortisone acetate (HCA)–loa<strong>de</strong>d polycaprolactone (PCL)<br />

nanoparticles and evaluate them in terms of size and surface charge, encapsulation efficiency, in vitro release and skin<br />

permeation.<br />

Methodology: HCA-loa<strong>de</strong>d PCL nanoparticles were produced through solvent displacement method. Mean particle<br />

size and zeta potential were measured by photon spectroscopy and electrophoretic mobility, respectively. Encapsulation<br />

efficiency was <strong>de</strong>termined by optimization of a previously <strong>de</strong>scribed HPLC method. In vitro release and permeation<br />

studies were performed by using Franz cells and un<strong>de</strong>r similar skin conditions. The cumulative amount of HCA passing<br />

across silastic membrane was calculated. Drug release was <strong>de</strong>termined by UV spectrophotometry method.<br />

Results and Discussion: Mean particle size was 191.30±9.43 nm and polidispersivity in<strong>de</strong>x was <strong>de</strong> 0.05±0.04. On the<br />

other hand, zeta potential value was -13.12±4.47 mV and encapsulation efficiency was 36.32±0.03 %. Release studies<br />

<strong>de</strong>monstrated that only 11% of HCA was released during 126h and the permeation flux was 5.35±0.37 μg/cm2/h.<br />

Conclusions: The current study showed evi<strong>de</strong>nces that these nanoparticles can be an practicable pharmacological<br />

approach for atopic <strong>de</strong>rmatitis, since they present as an prolonged release system. Although, further research will be<br />

required in or<strong>de</strong>r to optimize the yield of the nanoparticles production process and encapsulation efficiency.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P015<br />

Anti-inflammatory activities of Uncaria tomentosa, Agrimonia eupatoria and Cymbopogon<br />

citratus on in vivo mo<strong>de</strong>l<br />

Pinto Ferreira J. 1) , Costa G. 2) , Batista M.T. 3) , Figueiredo I.V. 4) , Santos T. 5) , Caramona M.M. 6) , Castel-Branco<br />

M.M. 7)<br />

1)5)6)7)<br />

Grupo <strong>de</strong> Farmacologia e Cuida<strong>dos</strong> Farmacêuticos, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 2)3) Grupo <strong>de</strong> Bromatologia,<br />

Farmacognosia e Ciências Analíticas, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

Introduction<br />

The use of medicinal plants for the treatment of inflammatory processes and inflammatory diseases come from a long<br />

time ago. Uncaria tomentosa [1], Agrimonia eupatoria [2] and Cymbopogon citratus [3] are examples of medicinal plants<br />

used for this purpose.<br />

The main objective of this study was to evaluate the anti-inflammatory activities of a proanthocianydins (PACs) rich<br />

fraction of U. tomentosa <strong>de</strong>coction, a phenolic rich fraction and infusion of A. Eupatoria and a flavonoid rich fraction<br />

(CcF), a tannin-rich fraction (CcT) and a leaves essential oil-free infusion (CcE) from C. citratus and in an animal mo<strong>de</strong>l of<br />

acute inflammation.<br />

Materials and methods<br />

Uncaria tomentosa <strong>de</strong>coction was prepared according to the traditional Peruvian medicine [3]. The fractions were<br />

obtained by gel chromatography on a Sepha<strong>de</strong>x LH-20 column and the presence of PACs was confirmed by HPLC and<br />

TLC analyses. Agrimonia eupatoria and Cymbopogon citratus infusions were prepared according traditional medicine, as<br />

previously <strong>de</strong>scribed [2]. Cymbopogon Citratus different fractions were obtained by gel chromatography on a Sepha<strong>de</strong>x<br />

LH-20 column. The presence of flavonoids and tannins in the fractions was confirmed by HPLC and TLC analyses.<br />

The carrageenan-induced paw e<strong>de</strong>ma test was used to assess the effect of the different fractions in an in vivo acute<br />

inflammatory process [4].<br />

Results and discussion<br />

The % of e<strong>de</strong>ma reduction was 31% for D1, 49% for D2 and 84% for positive control group, indicating that oral treatment<br />

with U. tomentosa PACs rich fraction prevents the inflammatory process. The results obtained for A. eupatoria infusion<br />

were 43% for D1 and 52% for D2 and, for the phenols rich fraction, were 35% for D1 and 35% for D2. For C. citratus<br />

the results obtained for the inflammation mo<strong>de</strong>l in percentage of e<strong>de</strong>ma inhibition were 70.80% for CcE D1, 82.30% for<br />

CcE D2, 59.00% for CcF D2, 61.00% for CcT D2 and 84.00% for positive control group, suggesting that oral treatment<br />

with CcE, CcF and CcT significantly prevents carrageenan-induced swelling in a <strong>dos</strong>age <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt manner. Concluding,<br />

these results support the traditional use of U. tomentosa, A. eupatoria and C. citratus as medicinal plants, indicating that<br />

the components responsible for the observed effects are the poliphenolic compounds, specifically PACs and flavonoids.<br />

This work contributes to the validation of the anti-inflammatory effects of these traditional herbs.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P016<br />

Estratégias competitivas nos sítios electrónicos das farmácias <strong>de</strong> oficina com dispensa ao<br />

domicílio<br />

Ana Cristina Filipe Santos 1) , Maria do Rosário <strong>de</strong> Abreu <strong>de</strong> Matos Bernardo 2)<br />

1)2)<br />

Universida<strong>de</strong> Aberta<br />

INTRODUÇÃO<br />

As farmácias estão autorizadas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, a dispensar medicamentos através <strong>de</strong> pedi<strong>dos</strong> realiza<strong>dos</strong> no seu site, com<br />

níveis <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública semelhantes aos verifica<strong>dos</strong> no atendimento ao balcão.<br />

Contudo, transformar a conectivida<strong>de</strong> na Internet em vantagem competitiva implica ter uma estratégia <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />

valor bem <strong>de</strong>finida e que integre as seguintes oportunida<strong>de</strong>s estratégicas proporcionadas pela Internet: as operações,<br />

o marketing, a li<strong>de</strong>rança em serviços e a coopetição.<br />

As farmácias para adoptarem estratégias claras, <strong>de</strong>vem conhecer e analisar as características chave para fundamentar<br />

e/ou melhorar as estratégias e o seu <strong>de</strong>sempenho. Com poucos estu<strong>dos</strong> divulga<strong>dos</strong>, preten<strong>de</strong>u-se saber como é que<br />

as oportunida<strong>de</strong>s estratégicas estão a ser utilizadas nos sites das farmácias com dispensa ao domicílio, na criação <strong>de</strong><br />

vantagens competitivas. Definiram-se os seguintes objectivos: analisar e i<strong>de</strong>ntificar as vantagens competitivas ao nível<br />

<strong>de</strong>ssas oportunida<strong>de</strong>s estratégicas; i<strong>de</strong>ntificar a integração da estratégia na Internet na estratégia global da farmácia; e<br />

compreen<strong>de</strong>r o contributo das estratégias competitivas no site no <strong>de</strong>sempenho global da farmácia.<br />

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO<br />

A investigação é não experimental, transversal e exploratória. Enviou-se um questionário electrónico para as 77 farmácias<br />

com site autorizado pelo INFARMED.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Os principais resulta<strong>dos</strong> sobre os conceitos principais em estudo, obti<strong>dos</strong> <strong>de</strong> 26 farmácias com site são:<br />

Definição <strong>de</strong> Estratégia e sua Integração: a <strong>de</strong>finição escrita para a loja física e virtual restringe-se a cinco farmácias<br />

e <strong>de</strong>stas apenas quatro integram a estratégia da Internet no negócio convencional.<br />

Estratégia competitiva genérica: as farmácias virtuais competem tanto pela li<strong>de</strong>rança em custos como pela<br />

diferenciação.<br />

Vantagens Competitivas pelas Operações: não há um foco principal.<br />

Vantagens Competitivas pelo Marketing: a ênfase principal está nos clientes no seu geral.<br />

Vantagens Competitivas pela Li<strong>de</strong>rança em Serviços: é limitada e sem envolvimento da empresa na sua globalida<strong>de</strong>.<br />

Vantagens Competitivas pela Coopetição: as farmácias não utilizam este conceito.<br />

Desempenho: o aumento da satisfação <strong>dos</strong> clientes é a medida <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho que é mais <strong>de</strong>stacado por todas as<br />

farmácias.<br />

CONCLUSÕES<br />

Pela análise <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong>, conclui-se que os sites não obtêm vantagens competitivas pelas operações,<br />

marketing, li<strong>de</strong>rança em serviços e coopetição. Na Internet, competem tanto pela li<strong>de</strong>rança em custos como pela<br />

diferenciação (estratégias híbridas) e algumas não têm mesmo uma opinião formada sobre estratégias competitivas<br />

genéricas para os seus sites. Assim é possível, que a formulação estratégica não seja uma prática na gestão <strong>dos</strong> sites<br />

das farmácias.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P017<br />

Determinação quantitativa da ciprofloxacina por LC-FD nas matrizes <strong>de</strong> plasma e mucosa nasal<br />

Joana Sousa, Gilberto Alves1), Ana Fortuna2), Amílcar Falcão3)<br />

1)<br />

Laboratório <strong>de</strong> Farmacologia, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 2)3)4) CICS-UBI - Centro <strong>de</strong> Investigação das Ciências da Saú<strong>de</strong>,<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra / CNC - Centro <strong>de</strong> Neurociências e Biologia Celular, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

Objetivo: As fluoroquinolonas são antibióticos <strong>de</strong> largo espetro <strong>de</strong> ação e vários estu<strong>dos</strong> têm sido <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> para<br />

avaliar o seu uso tópico no tratamento da rinossinusite. Esta estratégia po<strong>de</strong> ser bastante promissora para a obtenção<br />

direta <strong>de</strong> concentrações eficazes na mucosa nasal (biofase) sem os efeitos tóxicos associa<strong>dos</strong> à administração<br />

sistémica. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho consistiu em <strong>de</strong>senvolver e validar méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> cromatografia líquida com <strong>de</strong>teção<br />

por fluorescência (LC-FD) para quantificar a ciprofloxacina (CIP) em plasma humano e mucosa nasal.<br />

Metodologia: Alíquotas <strong>de</strong> plasma humano branco foram fortificadas com quantida<strong>de</strong>s conhecidas <strong>de</strong> CIP e sujeitas<br />

a uma precipitação <strong>de</strong> proteínas com ácido tricloroacético a 20%; o sobrenadante resultante foi injetado diretamente<br />

no cromatógrafo. Como alternativa à disponibilida<strong>de</strong> limitada <strong>de</strong> matriz <strong>de</strong> mucosa nasal humana e à natureza invasiva<br />

<strong>dos</strong> procedimentos <strong>de</strong> colheita, foi utilizada mucosa nasal branca <strong>de</strong> murganhos; estas amostras foram fortificadas<br />

com CIP e homogeneizadas em acetonitrilo com um Ultra-Turrax®. Após centrifugação, proce<strong>de</strong>u-se à evaporação<br />

do sobrenadante e à reconstituição do resíduo seco para posterior análise cromatográfica. Ambas as análises foram<br />

realizadas numa coluna LiChroCART Purospher® Star (C18) por eluição com 0.1% ácido fórmico (pH 3, TEA)/metanol<br />

(82:18, v/v) a um fluxo <strong>de</strong> 1,2 mL/min. Os valores <strong>de</strong> excitação/emissão seleciona<strong>dos</strong> foram 278/450 nm para o plasma<br />

e 278/445 nm para as amostras <strong>de</strong> mucosa nasal.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e Discussão: As curvas <strong>de</strong> calibração <strong>de</strong>monstraram ser lineares (r2 ≥ 0,996) no intervalo <strong>de</strong> 0,02-5,00 µg/<br />

mL <strong>de</strong> plasma e 0,80-200 ng <strong>de</strong> tecido nasal. A precisão intra e interdia não exce<strong>de</strong>u os 7,07% para as duas matrizes;<br />

enquanto a exatidão intra e interdia variou entre os 1,10 e 9,16% para o plasma e entre os 1,79 e 13,93% para a<br />

mucosa nasal. O efeito <strong>de</strong> diluição (1:5) para amostras <strong>de</strong> plasma com concentrações superiores a 5,00 µg/mL foi<br />

também <strong>de</strong>monstrado. A recuperação da CIP variou entre 91,2-98,5% em plasma e entre 33,19-43,76% em mucosa<br />

nasal. To<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong> estão <strong>de</strong> acordo com os critérios <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> pelas gui<strong>de</strong>lines internacionais <strong>de</strong> validação <strong>de</strong><br />

méto<strong>dos</strong> bioanalíticos.<br />

Conclusão: Os méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> LC-FD <strong>de</strong>scritos são sensíveis, exatos e reprodutíveis. Foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> e valida<strong>dos</strong><br />

com sucesso para a quantificação da CIP nas matrizes <strong>de</strong> plasma e mucosa nasal, constituindo, <strong>de</strong>sta forma, uma<br />

ferramenta útil para futuros estu<strong>dos</strong> farmacocinéticos <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> a avaliar o potencial da CIP no tratamento da<br />

rinossinusite.<br />

Agra<strong>de</strong>cimentos: FCT (SFRH/BD/69378/2010), POPH (Programa Operacional Potencial Humano), FSE (Fundo Social<br />

Europeu), União Europeia e Instituto Português do Sangue.<br />

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Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P018<br />

Development of a new HPLC-UV method for the simultaneous quantification of four antiepileptic<br />

drugs and their main metabolites in mouse liver homogenates<br />

Ana Serralheiro 1) , Gilberto Alves 2) , Ana Fortuna 3) , Amílcar Falcão 4)<br />

1)3)<br />

Laboratory of Pharmacology, Faculty of Pharmacy, University of Coimbra / CNC - Center for Neuroscience and Cell Biology, University of Coimbra,<br />

2)4)<br />

CNC - Center for Neuroscience and Cell Biology, University of Coimbra / CICS-UBI - Health Sciences Research Centre, University of Beira Interior,<br />

Covilhã<br />

Introduction: Although often required for the management of refractory epilepsy, polytherapy regimens with antiepileptic<br />

drugs (AEDs) may be associated to unfavourable drug-drug interactions which may compromise therapeutic efficacy<br />

and tolerability. Since the majority of AEDs are mainly metabolised in the liver, pharmacokinetic interactions due to<br />

induction or inhibition of hepatic enzymes are commonly responsible for clinical failure. At this point, in vitro studies<br />

using animal liver homogenates seem to be a valuable tool for investigating metabolic interactions and foresee the most<br />

effective combinations of different AEDs. Therefore, appropriate analytical techniques are required to quantify not only<br />

the parent compounds but also their main metabolites.<br />

Objectives: This study aimed to <strong>de</strong>velop and validate a sensitive and reliable high-performance liquid chromatographic<br />

method (HPLC) with ultraviolet (UV) <strong>de</strong>tection for the simultaneous quantitative <strong>de</strong>termination of carbamazepine,<br />

lamotrigine, oxcarbazepine, phenytoin and some of their main metabolites, carbamazepine-10,11-epoxi<strong>de</strong>, licarbazepine<br />

and 5-(4-hydroxyphenyl)-5-phenylhydantoin in mouse liver homogenates.<br />

Methods: Aliquots (250 µL) of liver homogenate supernatant obtained from male CD-1 mice were spiked with known<br />

amounts of all analytes. Sample pre-treatment consisted of <strong>de</strong>proteinization with acetonitrile followed by a solid-phase<br />

extraction procedure. Chromatographic separation was achieved on a LiChroCART Purospher® Star C18 column (3 µm,<br />

55 mm x 4 mm) using a mobile phase composed of water-methanol-acetonitrile-triethylamine (68.7:26:5:0.3, v/v/v/v,<br />

pH=7.5) and pumped isocratically at 1.2 mL/min. The <strong>de</strong>tector was set at 240 nm.<br />

Results and Discussion: Chromatographic separation was attained in less than 13 min and no significant endogenous<br />

interferences were observed at the retention time of the analytes and IS. The high recovery values found for all analytes (≥<br />

87.2%) clearly <strong>de</strong>monstrate the suitability of this procedure for a<strong>de</strong>quately extract the compounds from liver homogenates.<br />

Calibration curves were linear with regression coefficients higher than 0.994. The overall inter- and intra-day precision<br />

did not exceed 14.6% and the accuracy ranged from -13.2 to 7.4%. The precision and accuracy at the lower limit of<br />

quantification did not exceed the absolute value of 20%.<br />

Conclusions: A reliable HPLC-UV method for the simultaneous quantification of the consi<strong>de</strong>red AEDs and metabolites<br />

in mouse liver homogenates was herein fully validated. This assay seems to be a suitable tool to support in vitro<br />

pharmacokinetic studies <strong>de</strong>signed to predict the clinical impact of metabolism-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt drug-drug interactions un<strong>de</strong>r<br />

polytherapy regimens involving these AEDs.<br />

Acknowledgements: FCT (SFRH/BD/64895/2009) and POPH which is co-fun<strong>de</strong>d by FSE, European Union.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P019<br />

Lemongrass industrial waste with potential anti-inflammatory properties<br />

Filipa Tavares 1) , Gustavo Costa 2) , Vera Francisco 3) , Teresa Cruz 4) , Isabel Vitória Figueiredo 5) , Teresa Batista 6)<br />

1)<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 2)5)6) CEF, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 3)4) CNC, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

Introduction:<br />

Cymbopogon citratus (DC.) Stapf (Cc), Poaceae, (lemongrass) is a plant with high economic value due to the use of<br />

its essential oil in perfumery, and food and pharmaceutical industries1. In folk medicine, Cc infusion is consumed to<br />

treat inflammatory and oxidative pathologies2. Even though all the properties attributed to the infusion, in industry, the<br />

distillation water (CcHD) from essential-oil extraction is discar<strong>de</strong>d. Therefore, we hypothesized that CcHD could have<br />

medicinal value, similarly to the currently used infusion. The aim of this study was to elucidate the chemical composition<br />

and to evaluate the anti-inflammatory properties of CcHD and its radical-scavenging activity.<br />

Methods:<br />

Dry aerial parts of Cc were extracted by hydrodistillation (CcHD) (100g/1.5L H2O during 180min), washed with n-hexane,<br />

concentrated and freeze-dried. Chemical characterization was carried out by HPLC-ESI-MSn. Anti-inflammatory effects<br />

of CcHD and indomethacin were evaluated through the measurement of nitric oxi<strong>de</strong> (NO) in lipopolyssacchari<strong>de</strong>stimulated<br />

RAW264.7 macrophage cell line. Determination of NO scavenging activity was performed using S-nitroso-<br />

N-acetylpenicillamine (SNAP) as NO donor. The quantification of NO in both approaches was measured by the Griess<br />

method. To evaluate the levels of inducible NO synthase (iNOS) inhibition, equivalent amounts of protein were separated<br />

by 10% (V/V) SDS-PAGE followed by Western blotting. Finally, the cytotoxicity of the extract was evaluated by the<br />

3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyl tetrazolium bromi<strong>de</strong> (MTT) colorimetric assay.<br />

Results and Discussion:<br />

The results from HPLC-ESI-MSn revealed the main presence of phenolic acids, flavonoids, mainly luteolin glycosi<strong>de</strong>s. The<br />

inflammatory stimulus LPS induced the NO production from 0.8±0.33μM to 13.97±2.21µM, in RAW264.7 macrophages.<br />

Pre-treatment of the cells with 0.558mg/mL CcHD and 15µM indomethacin inhibited the LPS-induced NO production<br />

by 50.43% and 56.47%, respectively. These CcHD and indomethacin concentrations had no citotoxicity, cell viability<br />

presenting values of 87.86% and 89.26%, respectively, when compared to the control. Additionally, CcHD showed a<br />

strong NO scavenging activity (39.07% of <strong>de</strong>crease in NO levels), and also a significant iNOS inhibition (38.29±6.02%<br />

and 30.52±3.892%, for the two <strong>dos</strong>es tested).<br />

All together, the results suggest that the anti-inflammatory activity of CcHD might be directly related with the strong NOscavenging<br />

and iNOS inhibitory effects. In conclusion, the data support the potential of CcHD, consi<strong>de</strong>red an industrial<br />

waste, as source of new and safe anti-inflammatory drugs.<br />

Acknowledgements: The authors would like to thank FCT for the project PTDC/SAU-FCF/105429/2008 and FEDER/<br />

COMPETE (FCOMP-01-0124-FEDER-011096) and for the PhD fellowship (SFRH/BD/46281/2008), and also to LEM/<br />

CEF-UC integrated in RNEM of Portugal for the HPLC/MS analyses.<br />

References:<br />

1<br />

Negrelle & Gomes; Rev. Bras. Pl. Med.; 2007; 9:80-92.<br />

2<br />

Francisco, et al.; Journal of Ethnopharmacology; 2011; 133:818-27.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P020<br />

Deaths attributed to the consumption of herbal medicines<br />

Maria Luísa Rodrigues Costa1), Maria Graça Campos2)<br />

1)2) OIPM - Observatório <strong>de</strong> Interações Planta-Medicamento / FFUC - Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

Objective: To i<strong>de</strong>ntify <strong>de</strong>aths caused by herbs consumption, and disclose that information in or<strong>de</strong>r to prevent further<br />

fatal acci<strong>de</strong>nts.<br />

Methods: A literature survey was done using the following search engines: Elsevier-Science Direct, PubMed, SpringerLink,<br />

Taylor & Francis, Web of Science (ISI), Web of Knowledge (WOK) and B-on. The search inclu<strong>de</strong>d the following keywords:<br />

herb-drug interaction; <strong>de</strong>ath; fatal; herb poisoning; herb over<strong>dos</strong>e.<br />

Additional sources were obtained from manual searches of recent journal articles and textbooks.<br />

Results and Discussion:<br />

More than 57 <strong>de</strong>aths were published in the past <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s. Forty eight (89.5%) of them resulted from acci<strong>de</strong>ntal poisoning<br />

or over<strong>dos</strong>e; five (8.8%) resulted from herb-drug interaction, and one <strong>de</strong>ath case resulted from an anaphylactic shock<br />

(1.8%).<br />

The results show how toxic herbs can be. Herbs which caused acci<strong>de</strong>ntal poisoning or over<strong>dos</strong>e were generally taken<br />

as herbal medicines (aconite, arnica, black pepper, kava, ma huang, thun<strong>de</strong>r god vine and yohimbe) to treat or help<br />

treating some illnesses or conditions. Their quality control and standardization was almost always absent which naturally<br />

increased the risk of toxicity.<br />

Deaths caused by herb-drug interactions exemplify how dangerous it is to consume them concomitantly. Herbs and drugs<br />

act the same way, and therefore can interact in our body. The nature of herb-drug interactions can be pharmacokinetic<br />

or pharmacodynamics, as drug-drug interactions.<br />

Gingko´s interaction with ibuprofen occurred by pharmacodynamic interaction (additive interaction). On the other hand,<br />

with valproic acid and phenytoin the interaction was pharmacokinetic, which led to a subtherapeutic serum <strong>dos</strong>e.<br />

Cranberry´s interaction with warfarin can be explained by both pharmacokinetic and pharmacodynamics mechanisms.<br />

Phenytoin, valproic acid and warfarin are drugs with a narrow therapeutic range, which increases the potential for life<br />

threatening outcomes, when herbs are been taken concomitantly.<br />

Conclusions:<br />

Herbs are as dangerous as synthetic medicines, and it is very important to make the general population un<strong>de</strong>rstand that<br />

natural does not mean safe or free of adverse effects. The stronger poisons have natural provenience. Thus, it is crucial<br />

to expunge the generalized i<strong>de</strong>a that “natural is miraculous and safe”.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P021<br />

A risk management tool for research in life sciences<br />

Nuno Arriagas 1)<br />

Most research projects in life sciences involve massive funds, time and human resources, also having an important social<br />

relevance. Sometimes these projects have a relatively high risk of being unsuccessful as they are susceptible be affected<br />

by both internal and external factors that could hin<strong>de</strong>r the work’s progress.<br />

Although tools like ISO 31000:2009 exist, these end up being of general application to a wi<strong>de</strong> range of activities, hence<br />

not specific for research and <strong>de</strong>velopment in the life sciences area. Therefore, a tool that helps directing these kinds of<br />

gui<strong>de</strong>lines could be an asset for organisations operating in these areas.<br />

This work aimed at <strong>de</strong>veloping a Risk Severity In<strong>de</strong>x (RSI), which categorizes the main risk factors that can affect a<br />

research project in life sciences, helping to prioritize risk management. Prioritization is essential taking in perspective that<br />

when several risks arise simultaneously, and resources are not unlimited, critical ones should be addressed firstly and<br />

concentrate the organisation’s efforts.<br />

The RSI has the flexibility to be used both integrated with gui<strong>de</strong>lines such as ISO 31000:2009, but also as a standalone<br />

tool for organisations or projects that don’t have nor need a risk management plan.<br />

Data to <strong>de</strong>fine the RSI was collected from some stakehol<strong>de</strong>rs involved with these types of projects (namely, scientists<br />

from renowned institutions worldwi<strong>de</strong>), who gave their input via an online questionnaire.<br />

Firstly, a previous online form was sent to a selection of investigators who gave their input on what the most critical<br />

factors on scientific research are. Their responses were then grouped and categorized.<br />

From this data another online questionnaire – where respon<strong>de</strong>nts were asked to rate risk factors according to their<br />

importance when engaging in scientific research – was built and sent to investigators of the top ten universities of the<br />

world, as well as published in social and professional networks (Facebook and LinkedIn). Most respon<strong>de</strong>nts were<br />

pharmacists based in universities from the United States of America.<br />

RSI is <strong>de</strong>fined as Impact X Probability. Based on the data obtained from the online questionnaire, Impact was calculated<br />

by individually multiplying the frequency of a given risk factor by its respective rating; where the risk factor with the highest<br />

sum was consi<strong>de</strong>red the one with most impact and so on. To make sure the questionnaire wasn’t excessively lengthy;<br />

Probability was indirectly calculated, consi<strong>de</strong>ring the relative frequency of each factor.<br />

This methodology allowed achieving the expected results: <strong>de</strong>velopment of a useful tool for helping organisations directing<br />

their efforts when risk factors arise, either they have a risk management plan in place or not. These results can, however,<br />

be improved, e.g., by enlarging the sample – both with more respon<strong>de</strong>nts and from more diversified areas or with a more<br />

in-<strong>de</strong>pth statistical analysis.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

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Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P022<br />

Iron levels in humam brain: age-related changes in different anatomical regions and changes<br />

related to neuro<strong>de</strong>generative processes<br />

Patrícia Ramos 1) , Nair Pinto 2) , Agostinho Santos 3) , Rui Ferreira 4) , Ricardo Men<strong>de</strong>s 5) , Agostinho Almeida 6)<br />

1)4)6)<br />

REQUIMTE, Departamento Ciências Químicas, Laboratório <strong>de</strong> Química Aplicada, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> do Porto, 2)3)5) Instituto<br />

Nacional <strong>de</strong> Medicina Legal e Ciências Forenses, I.P. Delegação do Norte<br />

The etiology of neuro<strong>de</strong>generative diseases is multifactorial, being assumed that it involves a complex interaction between<br />

natural aging, genetic and environmental factors. The involvement of trace elements, particularly iron, in neuronal damage<br />

in distinct areas of the brain has been <strong>de</strong>monstrated in neuro<strong>de</strong>generative diseases such as Alzheimer’s and Parkinson’s<br />

disease. To better un<strong>de</strong>rstand age-related iron changes and un<strong>de</strong>rlying disease mechanisms, it is necessary to clarify the<br />

physiologic iron distribution and accumulation in the human brain.<br />

The main objectives of this work were to study: 1) the changes on iron levels in human brain in relation to age; 2) the<br />

regional anatomic differences of iron levels within the brain; and 3) the differences between individuals with and without<br />

evi<strong>de</strong>nce of neuro<strong>de</strong>generative diseases.<br />

Two groups of individuals submitted to autopsy were studied: neurologic and psychiatric healthy individuals (n=44)<br />

and individuals with previous diagnosis of Alzheimer’s (n=2) and Parkinson’s disease (n=1). From each individual the<br />

following areas were sampled: (1) frontal cortex; (2) superior (2A) and medium (2B) temporal; (3) basal ganglia, including<br />

caudate nucleus (3A), putamen (3B) and globus pallidus (3C); (4) cingulated gyrus; (5) hippocampus; (6) inferior parietal<br />

lobule; (7) visual cortex of the occipital lobe; (8) midbrain including the substantia nigra; (9) pons – locus coeruleus; (10)<br />

medulla; and (11) cerebellum – <strong>de</strong>ntate nucleus. Iron levels were <strong>de</strong>termined by Graphite Furnace Atomic Absorption<br />

Spectrometry after microwave-assisted acid digestion of the samples.<br />

It was found that iron distribution in adult human brain is not homogeneous: the highest levels are found in basal ganglia<br />

(299 – 1155 μg/g); the lowest in pons (64 – 116 μg/g) and medulla (44 – 71 μg/g). In specific areas, iron <strong>de</strong>position seems<br />

to be age-related since there is a positive correlation between iron levels and age, namely in superior and middle temporal<br />

gyri, caudate, putamen, cingulated gyrus, pons and cerebellum. When compared with healthy people of the same age<br />

sub-group, iron levels from individuals affected by Alzheimer’s disease were found significantly increased in caudate<br />

(71% and 93%), putamen (33%), globus pallidus (33 and 142%) and hippocampus (33 and 113%). In Parkinson’s<br />

disease, iron levels were found increased in caudate (134%), putamen (49%), globus pallidus (134%), cingulate gyrus<br />

(47%), hippocampus (30%) and cerebellum (62%). In inferior parietal cortex, it was observed reduced levels (46%).<br />

Since no updated and comprehensive data about trace elements in human brain are available, this study is a relevant<br />

scientific contribution for establishing “normal” human brain levels, allowing a comparison with brain affected by<br />

neuro<strong>de</strong>generative diseases in an attempt to clarify iron’s role in disease process.<br />

pagina ı 181


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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

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Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P024<br />

Qualificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfectantes – da teoria à prática<br />

Ana Brízio1), Vera Freitas2)<br />

1)2) LEF<br />

Introdução: A limpeza e <strong>de</strong>sinfecção <strong>de</strong> superfícies são processos fundamentais para manter a higiene das instalações<br />

on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolvem as operações <strong>de</strong> fabrico <strong>de</strong> produtos farmacêuticos. No processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfecção, o <strong>de</strong>sinfectante<br />

é um <strong>dos</strong> principais factores uma vez que condiciona o sucesso ou insucesso <strong>de</strong>sta operação. Para se evi<strong>de</strong>nciar<br />

que um <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong>sinfectante irá remover ou inactivar os microrganismos eficazmente é necessário efectuar-se a<br />

qualificação do <strong>de</strong>sinfectante.<br />

Objectivo: Delinear uma metodologia que permita evi<strong>de</strong>nciar <strong>de</strong> forma inequívoca que um <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong>sinfectante é<br />

apto para ser utilizado numa <strong>de</strong>terminada instalação a qual tem a sua própria flora ambiental.<br />

Metodologia: O <strong>de</strong>lineamento do estudo envolveu a <strong>de</strong>finição <strong>dos</strong> microrganismos ambientais a usar (Bacillus, Penicillium<br />

e Micrococus), modo <strong>de</strong> aplicação <strong>dos</strong> <strong>de</strong>sinfectantes (spray) e método <strong>de</strong> recuperação (enxaguamento). Foram<br />

realiza<strong>dos</strong> testes <strong>de</strong> suspensão (Kill Time study) e testes <strong>de</strong> superfície (Surface Challenge) os quais foram <strong>de</strong>vidamente<br />

valida<strong>dos</strong> com a execução <strong>de</strong> avaliação da toxicida<strong>de</strong> do neutralizante, avaliação da eficácia do neutralizante, validação<br />

do neutralizante e avaliação da taxa <strong>de</strong> recuperação <strong>dos</strong> microrganismos das superfícies.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e Discussão: Para o teste <strong>de</strong> eficácia <strong>de</strong> neutralizante observou-se taxas <strong>de</strong> recuperação entre 70-<br />

130% para to<strong>dos</strong> os microrganismos testa<strong>dos</strong> pelo que se confirmou que o neutralizante é a<strong>de</strong>quado. O neutralizante<br />

<strong>de</strong>monstrou igualmente não apresentar toxicida<strong>de</strong> sobre os microrganismos. No ensaio <strong>de</strong> Kill Time Study, o <strong>de</strong>sinfectante<br />

A, <strong>de</strong>monstrou uma redução <strong>de</strong> 3 log para to<strong>dos</strong> os microrganismos. Já o <strong>de</strong>sinfectante B não obteve uma redução <strong>de</strong><br />

3 log para o Bacillus.<br />

Em termos <strong>de</strong> validação da recuperação verificou-se uma recuperação acima <strong>de</strong> 104 ufc para o método <strong>de</strong> enxaguamento.<br />

No teste final <strong>de</strong> Surface Challenge, o <strong>de</strong>sinfectante A obteve uma redução logarítmica superior a 3 para to<strong>dos</strong> os<br />

microrganismos, e o <strong>de</strong>sinfectante B apenas para o Micrococcus e Penicillium.<br />

Conclusões: Tendo em conta os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> e dada a importância da utilização <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfectantes na manutenção<br />

da higiene das instalações on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolvem as operações <strong>de</strong> fabrico, conclui-se que a metodologia apresentada<br />

é uma ferramenta útil para evi<strong>de</strong>nciar o comportamento <strong>dos</strong> <strong>de</strong>sinfectantes sobre a flora ambiental das instalações e<br />

assim contribuir para a construção da qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> produtos farmacêuticos.<br />

pagina ı 182


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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P025<br />

Evitar contaminações cruzadas – a validação da limpeza <strong>de</strong> equipamentos na preparação <strong>de</strong><br />

produtos farmacêuticos<br />

Paula Rato 1) , Ana Brízio 1)<br />

1) 2)<br />

LEF<br />

Objectivo: I<strong>de</strong>ntificar os aspectos chave para o estabelecimento <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> limpeza, <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong><br />

aceitação, méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> amostragem das superfícies limpas e validação <strong>de</strong> méto<strong>dos</strong> analíticos para análise <strong>de</strong> amostras<br />

resultantes <strong>dos</strong> processos <strong>de</strong> limpeza <strong>de</strong> equipamentos utiliza<strong>dos</strong> no fabrico <strong>de</strong> produtos farmacêuticos.<br />

Metodologia: No <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> um programa e correspon<strong>de</strong>ntes processos <strong>de</strong> limpeza importa consi<strong>de</strong>rar aspectos<br />

<strong>de</strong> natureza química, <strong>de</strong> que são exemplo o mecanismo <strong>de</strong> limpeza e a escolha do(s) agente(s) <strong>de</strong> limpeza, e aspectos<br />

<strong>de</strong> engenharia, on<strong>de</strong> se inclui por exemplo, o estabelecimento <strong>dos</strong> parâmetros que influenciam o processo, entre outros,<br />

tempo, temperatura, agitação, concentração do agente <strong>de</strong> limpeza.<br />

O estabelecimento <strong>de</strong> matrizes que contemplem os parâmetros <strong>de</strong> processo e o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> trabalho e<br />

<strong>de</strong>cisão, permite uma visão clara sobre o status actual <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção, constituindo uma ferramenta<br />

essencial sempre que ocorra a introdução <strong>de</strong> um novo produto, no circuito <strong>de</strong> produção.<br />

Resulta<strong>dos</strong> e Discussão: Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>, à luz <strong>de</strong> protocolos <strong>de</strong> limpeza aprova<strong>dos</strong> <strong>de</strong>verão permitir uma<br />

conclusão inequívoca sobre o estadio do equipamento; “Limpo” ou “Não Limpo”. Esta <strong>de</strong>cisão é objectiva e tomada<br />

em função <strong>de</strong> critérios e limites <strong>de</strong> aceitação aceitáveis para a contaminação observada no fabrico consecutivo <strong>de</strong><br />

diferentes produtos farmacêuticos. Em todo o processo <strong>de</strong>verá estar subjacente a segurança <strong>dos</strong> doentes e utilizadores<br />

<strong>dos</strong> produtos fabrica<strong>dos</strong>. Neste trabalho é proposto um procedimento capaz <strong>de</strong> facilitar as <strong>de</strong>cisões ao longo do<br />

estabelecimento <strong>de</strong> um “Cleaning Validation Master Plan”.<br />

Conclusões: O actual mo<strong>de</strong>lo fabril assenta essencialmente em unida<strong>de</strong>s multiproduto, com fragmentação crescente<br />

<strong>dos</strong> tempos <strong>de</strong> produção, e um incremento do número <strong>de</strong> produtos em fabrico, com consequente redução da dimensão<br />

<strong>de</strong> lote. Estes factores colocam uma pressão adicional sobre os processos <strong>de</strong> validação e qualificação, <strong>de</strong> modo a que a<br />

Garantia da Qualida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> Produtos Farmacêuticos, seja mantida <strong>de</strong>ntro <strong>dos</strong> padrões regula<strong>dos</strong> pelo sector e exigi<strong>dos</strong><br />

pelos utentes.<br />

pagina ı 183


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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P026<br />

Segurança, higiene e saú<strong>de</strong> no trabalho – caso <strong>de</strong> estudo e-learning<br />

Paulo Ferreira Silva 1) , Alexandrina Teles 2) , Maria Rosário Lourenço 3) , Marisa Gomes 4) , Maria João Toscano 5)<br />

1) 2) 3) 4) 5)<br />

Escola <strong>de</strong> Pós-graduação em Saú<strong>de</strong> e Gestão<br />

Objectivo: Com vista a dar resposta à exigência legal da Autorida<strong>de</strong> para as Condições do Trabalho em Portugal e<br />

respon<strong>de</strong>r ao crescente interesse das Farmácias no domínio da Segurança, Higiene e Saú<strong>de</strong> no Trabalho, proce<strong>de</strong>use<br />

à concepção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> formação, com o objectivo <strong>de</strong> proporcionar esta formação ao<br />

maior número <strong>de</strong> Farmácias, num curto espaço <strong>de</strong> tempo, habilitando os forman<strong>dos</strong> para o exercício das activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> segurança no trabalho.<br />

Metodologia: Aten<strong>de</strong>ndo à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> disseminação em larga escala, a metodologia adoptada foi o e-Learning.<br />

Os conteú<strong>dos</strong> foram estrutura<strong>dos</strong> em processos <strong>de</strong> interactivida<strong>de</strong> e resolução <strong>de</strong> problemas. Foi estabelecido um<br />

contrato <strong>de</strong> aprendizagem para a realização das activida<strong>de</strong>s do curso e a conclusão do mesmo num prazo <strong>de</strong> 3<br />

meses. O curso conta com a apresentação <strong>de</strong> casos práticos sobre os quais é prestada tutoria, através da ferramenta<br />

colaborativa. A metodologia <strong>de</strong> avaliação é contínua e final, com vista a avaliar se os forman<strong>dos</strong> atingiram os objectivos<br />

propostos. Na avaliação contínua preten<strong>de</strong>-se aferir do progresso <strong>dos</strong> forman<strong>dos</strong> através da realização <strong>de</strong> exercícios<br />

formativos e <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> auto-avaliação.<br />

Resulta<strong>dos</strong>: Lançamento do curso: Dezembro <strong>de</strong> 2010; participantes: 2.189; Farmácias: 482; 1.487 já concluíram a<br />

acção <strong>de</strong> formação. Quanto à avaliação da satisfação, 97% consi<strong>de</strong>ram que o curso correspon<strong>de</strong>u ás suas expectativas;<br />

91% recomendam o curso a outros colegas; 93% enten<strong>de</strong>m como uma opção válida a modalida<strong>de</strong> formativa em<br />

e-Learning.<br />

Conclusões: O número <strong>de</strong> participantes e o grau <strong>de</strong> satisfação traduzem uma elevada receptivida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> Farmacêuticos<br />

para a utilização <strong>de</strong>sta modalida<strong>de</strong> formativa, assim como a mais-valia que este curso representa para a valorização<br />

profissional e pessoal <strong>dos</strong> farmacêuticos. A adopção pela modalida<strong>de</strong> totalmente em e-Learning possibilitou chegar<br />

a diversas geografias e alargar a formação a toda a equipa da Farmácia. Este projecto permitiu o relançamento da<br />

formação e-Learning para a farmácia comunitária e alavancou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos cursos adoptando a mesma<br />

metodologia.<br />

pagina ı 184


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P027<br />

Dinamizar – um projecto para elevar a capacida<strong>de</strong> competitiva e o <strong>de</strong>sempenho das Farmácias<br />

João Fernan<strong>de</strong>s 1) , Alexandrina Teles 2) , Paulo Duarte 3) , André Sousa 4) , Maria João Toscano 5) , Maria Rosário<br />

Lourenço 6)<br />

1) 2) 4) 5) 6)<br />

Escola <strong>de</strong> Pós-graduação em Saú<strong>de</strong> e Gestão, 3) Associação Nacional das Farmácias<br />

Objectivo: O Projecto Dinamizar é uma acção co-financiada pelo Fundo Social Europeu (FSE), através do Programa<br />

Operacional <strong>de</strong> Potencial Humano (POPH), no âmbito do Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégico Nacional (QREN). Este<br />

projecto teve como objectivos aumentar a competitivida<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>sempenho das Micro e PME do comércio e serviços –<br />

das quais fazem parte as Farmácias. Neste contexto, apresentou-se uma candidatura ao Projecto, em 2008, <strong>de</strong> forma a<br />

dotar as Farmácias <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> apoio à gestão e intervenção farmacêutica. Através <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> formadora,<br />

acreditada pela DGERT, foi elaborado um plano <strong>de</strong> intervenção para as farmácias participantes. O objectivo <strong>de</strong>ste poster<br />

é mostrar a implementação <strong>de</strong>ste projecto, bem como os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>.<br />

Méto<strong>dos</strong>: O projecto submetido contemplava 3 fases: Diagnóstico, Plano <strong>de</strong> Acção e Avaliação, com uma duração<br />

máxima <strong>de</strong> 1 ano. Foram aprovadas 360h <strong>de</strong> formação e 98h <strong>de</strong> consultoria, por farmácia. Foram concedidas 75 vagas,<br />

distribuídas pelas NUT’s II – Norte (30), Centro (30) e Alentejo (15). As farmácias candidataram-se e foram seleccionadas<br />

mediante uma grelha <strong>de</strong> selecção. Na fase <strong>de</strong> Diagnóstico, efectuada com recurso a questionários específicos e visitas<br />

às farmácias, foi possível caracterizar as Farmácias e elaborar um Plano <strong>de</strong> Acção, on<strong>de</strong> foram i<strong>de</strong>ntificadas as áreas <strong>de</strong><br />

intervenção e acções <strong>de</strong> formação e consultoria, para as equipas e para os seus gestores. Foram analisa<strong>dos</strong> o número<br />

<strong>de</strong> horas <strong>de</strong> formação e consultoria executadas, bem como as principais acções <strong>de</strong>senvolvidas pelas farmácias. Foi<br />

ainda analisado o grau <strong>de</strong> satisfação, por parte das farmácias, com o projecto.<br />

Resulta<strong>dos</strong>: De um total <strong>de</strong> 1.666 farmácias elegíveis, candidataram-se 118 e participaram 75. Foram envolvi<strong>dos</strong><br />

539 colaboradores das farmácias que receberam formação e/ou consultoria. Foram ministradas 26.390h <strong>de</strong> formação<br />

(em volume), correspon<strong>de</strong>ntes a 95 acções <strong>de</strong> formação, on<strong>de</strong> estiveram presentes 409 forman<strong>dos</strong> diferentes. Na<br />

consultoria foram efectuadas 9.370,5h. Na avaliação global do projecto pelas farmácias foi atribuído o valor <strong>de</strong> 4,68<br />

(escala <strong>de</strong> 1 a 5).<br />

Conclusões: O grau <strong>de</strong> implementação e o nível <strong>de</strong> execução atingiram valores bastante eleva<strong>dos</strong>. As ferramentas<br />

adquiridas durante as acções <strong>de</strong> formação e consultoria permitiram melhorias observáveis nas farmácias participantes.<br />

Foi registado um elevado grau <strong>de</strong> satisfação <strong>dos</strong> participantes com esta iniciativa.<br />

pagina ı 185


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P028<br />

Design of an innovative treatment for acne vulgaris using nanotechnology<br />

A. Gomes 1) , L. Ascensão 2) , P. Rijo 3) , M. Baptista 4) , S. Can<strong>de</strong>ias 5) , P. Pinto 6) , N. Martinho 7) , A. Fernan<strong>de</strong>s 8) , A.<br />

Roberto 9) , C. Reis 10)<br />

1) 5) 7) 10)<br />

Universida<strong>de</strong> Lusófona (Laboratory or Nanoscience and Biomedical Nanotechnology (LNBN)), 2) Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Ciências, Departamento <strong>de</strong> Biologia Vegetal, IBB, Centro <strong>de</strong> Ciotecnologia Vegetal, 3) 4) 8)9) Universida<strong>de</strong> Lusófona (Laboratory of Pharmacology and<br />

Therapeutics (LPT)), 6 )Universida<strong>de</strong> Lusófona (UDE)<br />

Objectives: Azelaic acid is used in the treatment of mild and mo<strong>de</strong>rate acne. However, low patient compliance due<br />

to si<strong>de</strong> effects has been associated with several topical formulations with azelaic acid. Polymeric nanoparticles are<br />

generally applied to reduce local drug toxicity and to control drug release. The acid poly(DL-lactic-co-glycolic) (PLGA) is<br />

a biocompatible and bio<strong>de</strong>gradable polymer. PLGA was used to reduce the si<strong>de</strong> effects induced by azelaic acid topical<br />

treatments and to promote a higher and specific pharmacologic action of the drug. The purpose of this study was to<br />

<strong>de</strong>velop and evaluate a targeted and efficient topical treatment for acne using azelaic acid-loa<strong>de</strong>d PLGA nanoparticles.<br />

Methodology: Nanoparticles were produced by a modified spontaneous emulsification solvent diffusion method and<br />

then inclu<strong>de</strong>d in gel of carbopol 940. Several parameters were characterized. Size and zeta potential were <strong>de</strong>termined<br />

by photon spectroscopy and electrophoretic mobility, respectively. Morphology was analyzed by SEM and encapsulation<br />

efficiency was <strong>de</strong>termined by HPLC analysis. Staphylococcus epi<strong>de</strong>rmidis and Propionibacterium acnes efficacy testing<br />

of nanoparticles was assessed by the broth microdilution method and the minimum inhibitory concentration values were<br />

evaluated using vancomycine and tetracycline as a positive controls, respectively. The cytotoxicity of the nanoparticles<br />

was evaluated on a Saccharomyces cerevisiae mo<strong>de</strong>l. Formulation excipients safety was assessed by human tests by<br />

the patch test.<br />

Results and discussion: Spherical and monodispersed nanoparticles were observed in SEM analysis. The loa<strong>de</strong>d<br />

nanoparticles mean size was 378.63±60.86 nm (0.09±0.03, P.I.) and zeta potential was -7.82 ±9.01 mV. The<br />

encapsulation efficiency was 76±3.81%. The system efficacy tests suggested similar results of azelaic acid-loa<strong>de</strong>d<br />

nanoparticles and azelaic acid in the free form against S. epi<strong>de</strong>rmidis and P.acnes. Cytotoxicity of azelaic acid-loa<strong>de</strong>d<br />

nanoparticles on S. cerevisiae was concentration-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt, although not pronounced. Human tests suggested safety<br />

of the used excipients.<br />

Conclusion: Small and anionic PLGA nanoparticles <strong>de</strong>monstrated to be effective in the encapsulation of azelaic acid.<br />

This new system of azelaic acid proved to be efficient against the most common bacteria associated with acne. Further<br />

studies will inclu<strong>de</strong> additional long-term bacteria susceptibility tests, permeation skin in vitro studies and human tests<br />

using the novel acne treatment.<br />

pagina ı 186


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P029<br />

Desenvolvimento <strong>de</strong> um biossensor para o controlo <strong>de</strong> ácido kójico em produtos cosméticos<br />

Joana Carvalhido 1) , Célia Gomes Amorim 2) , Maria Conceição B.S.M. Montenegro 2) , Alberto da Nova Araújo 4)<br />

1) 2) 3) 4)<br />

REQUIMTE, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> do Porto<br />

O ácido kójico, 5-hidroxi-2-(hidroximetil)-4-pirona, é habitualmente utilizado na indústria <strong>de</strong> cosméticos pelas suas<br />

proprieda<strong>de</strong>s anti radicalar e <strong>de</strong>spigmentante. A ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>spigmentante do ácido kójico resulta da inibição reversível e<br />

competitiva da enzima tirosinase, catalizador chave na síntese da melanina. A sua acção inibitória <strong>de</strong>ve-se à capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> quelatar os iões cobre localiza<strong>dos</strong> no centro activo da enzima. Os limites máximos <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> ácido kójico<br />

em formulações para aplicação tópica é <strong>de</strong> 2%. Acima <strong>de</strong> 5%, po<strong>de</strong> causar reacções adversas tais como <strong>de</strong>rmatite,<br />

eritema e hiperpigmentação. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> metodologias analíticas <strong>de</strong> baixo custo que viabilizem o controlo do teor<br />

<strong>de</strong> ácido kójico nos produtos cosméticos é assim evi<strong>de</strong>nte.<br />

A utilização <strong>de</strong> (bio)sensores em tarefas analíticas <strong>de</strong> rotina tem <strong>de</strong>spertado elevado interesse, pois estes dispositivos<br />

permitem efectuar o controlo químico a reduzi<strong>dos</strong> custos pois praticamente não requer o uso <strong>de</strong> reagentes, apresenta<br />

resposta reversível, é dotado <strong>de</strong> portabilida<strong>de</strong> e é capaz <strong>de</strong> fornecer resposta em tempo real. Em função <strong>de</strong> características,<br />

como alta sensibilida<strong>de</strong>, baixo custo e simplicida<strong>de</strong> operacional, o presente trabalho tem por objetivo o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> um biossensor <strong>de</strong> transdução óptica fluorimétrica para a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> ácido kójico, através da imobilização da<br />

enzima tirosinase em matriz polimérica.<br />

Neste trabalho <strong>de</strong>screve-se o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um biossensor para o ácido kójico, com transdução fluorimétrica.<br />

Como superfície sensora foram avaliadas comparativamente a imobilização química <strong>de</strong> tirosinase em vidro previamente<br />

ativado e aprisionamento físico da mesma enzima em re<strong>de</strong> polimérica porosa <strong>de</strong> alcoxisilano obtido pela técnica <strong>de</strong> solgel.<br />

No sensor, a transdução fluorimétrica é garantida por imobilização adicional do complexo tris(batofenatrolina)-Ru(II),<br />

muito fluorescente quando na ausência <strong>de</strong> oxigénio. A menor mobilização <strong>de</strong> oxigénio pela tirosinase na presença do<br />

ácido kójico traduz-se assim num <strong>de</strong>créscimo da fluorescência do biossensor.<br />

A optimização da composição do biosensor e das suas condições <strong>de</strong> operação evi<strong>de</strong>nciou resposta linear num intervalo<br />

<strong>de</strong> concentrações entre 1,05 μmol/mL e 4,22 μmol/mL (0,015% a 0,06%m/m), para um tempo <strong>de</strong> operação <strong>de</strong> 10<br />

minutos. A aplicação a amostras reais evi<strong>de</strong>nciou resulta<strong>dos</strong> estatisticamente equivalentes aos preconiza<strong>dos</strong> pelas<br />

monografias <strong>de</strong> referência. O tempo <strong>de</strong> vida útil do sensor era <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 4 semanas, sem alteração significativa<br />

da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta. As características <strong>de</strong>scritas permitem concluir que o biosensor proposto po<strong>de</strong>rá ser uma<br />

alternativa expedita para o controlo <strong>de</strong> ácido kójico em produtos cosméticos.<br />

pagina ı 187


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P030<br />

Ferramentas digitais ao serviço da Qualida<strong>de</strong> na Farmácia Comunitária<br />

José Miguel Ferreira Ferrer Antunes 1) , Kátia Cristina Fonseca Peixoto Pereira Saramago 2)<br />

1)<br />

Conforme, Consultoria da Qualida<strong>de</strong>, Lda., 2) Fluxinteligente - Auditoria e Consultoria para a Qualida<strong>de</strong>, Unip. Lda.<br />

Um Sistema <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong> (SGQ) tem por base a estrutura funcional da empresa que o aplica. Para além<br />

<strong>de</strong> esta estrutura ter <strong>de</strong> ser formalizada, também os processos têm <strong>de</strong> estar <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong>, implementa<strong>dos</strong> e escritos. A<br />

acrescentar a estes documentos temos ainda a área on<strong>de</strong> se evi<strong>de</strong>nciam as vantagens da utilização do sistema, a<br />

monitorização e evidência <strong>dos</strong> bons resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong>. Para além da evi<strong>de</strong>nte melhoria da eficácia no funcionamento<br />

da Farmácia, aparecem também os papéis e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os gerir. Este é talvez o problema mais complexo <strong>de</strong><br />

um SGQ. Como resposta, foram já <strong>de</strong>senvolvidas centenas <strong>de</strong> aplicações informáticas que se aplicam a maior parte <strong>de</strong><br />

sistemas e normas. To<strong>dos</strong> se baseiam na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> “workflows” para os processos e são visualmente muito atrativos<br />

e dinâmicos. A única <strong>de</strong>svantagem comum é o preço. Não existirão alternativas a este inconveniente? O presente estudo<br />

tem por objetivo <strong>de</strong>finir as vantagens e <strong>de</strong>svantagens da utilização <strong>de</strong> ferramentas digitais <strong>de</strong> vanguarda e gratuitas na<br />

gestão documental das Farmácias Comunitárias em Portugal. Apesar <strong>de</strong> não existir uma resposta integrada, pronta a<br />

aplicar, ou seja, uma aplicação gratuita que apoie a gestão <strong>de</strong> um SGQ em Farmácias, existem muitas ferramentas a<br />

custo zero, disponíveis na internet que, juntas, simplificam significativamente a gestão <strong>dos</strong> sistemas. Des<strong>de</strong> espaço <strong>de</strong><br />

armazenamento, sistemas <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> da<strong>dos</strong>, partilha documental e ainda várias soluções a conhecer, entre outras<br />

questões, o grau <strong>de</strong> satisfação <strong>dos</strong> clientes da Farmácia e as suas sugestões. Partindo <strong>de</strong> três tipos <strong>de</strong> aplicações<br />

– suporte <strong>de</strong> papel, plataformas <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> arquivos em servi<strong>dos</strong> com sistema <strong>de</strong> “cloud” e aplicativos<br />

com editores <strong>de</strong> formulários on-line – a metodologia <strong>de</strong>ste trabalho baseou-se na comparação das vantagens e<br />

<strong>de</strong>svantagens da utilização <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las em Farmácias Comunitárias. Dos resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong> <strong>de</strong>stacam-se<br />

a rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> registo <strong>dos</strong> formulários online acessíveis a qualquer operador em qualquer posto <strong>de</strong> trabalho com acesso<br />

à internet (por exemplo na verificação do receituário, registos <strong>de</strong> ruturas <strong>de</strong> stocks ou execução <strong>de</strong> medicamentos<br />

manipula<strong>dos</strong>), a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controlo <strong>dos</strong> documentos e registos, respetivas aprovações e revisões, ou o rápido acesso<br />

a partir <strong>de</strong> qualquer computador ou terminais móveis. O suporte em papel é largamente ultrapassado pelos suportes<br />

digitais relativamente à burocracia e impacto ecológico. Conclui-se que, apesar <strong>de</strong> não existir ainda disponível nenhuma<br />

ferramenta digital gratuita específica para SGQ em Farmácias, é pertinente a avaliação das soluções gratuitas existentes<br />

para a aplicação ao Sistema <strong>de</strong> Gestão da Farmácia e ao seu quotidiano. Sugerem-se mais estu<strong>dos</strong> no terreno, para<br />

análise das vantagens e aplicabilida<strong>de</strong> da utilização das ferramentas digitais gratuitas no apoio da eficiência e melhoria<br />

do dia-a-dia das Farmácias.<br />

pagina ı 188


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P031<br />

Poly(methylmethacrylate) particles for Controlled Release of Antibiotics<br />

Ana Matos 1) , António Almeida 2) , Ana Bettencourt 3)<br />

1)<br />

Faculty of Sciences and Health Technologies / Research Institute for Medicines and Pharmaceutical Sciences (iMed. UL), Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia,<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, 2) 3) Research Institute for Medicines and Pharmaceutical Sciences (iMed. UL), Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Lisboa, ULHT,<br />

Introduction: Novel antibiotics and newer methods for antibiotic encapsulation are being consi<strong>de</strong>red to load BC for<br />

more effective prevention of orthopaedic infection. The polymethylmethacrylate (PMMA) is a biocompatible polymer<br />

with recognized properties for use in arthroplasty and being consi<strong>de</strong>red a good material for antibiotics <strong>de</strong>livery. This<br />

research work inten<strong>de</strong>d to produce PMMA matrix particles and evaluate them as a carrier system for controlled antibiotic<br />

release. A tetracycline was chosen as mo<strong>de</strong>l antibiotic (AB). Tetracyclines are broad-spectrum bacteriostatic antibiotics<br />

active against both Gram-positive and Gram-negative bacteria, as S. aureus and E. coli, which makes them interesting<br />

antibiotics to periproshtetic infection eradication. A second bio<strong>de</strong>gradable polymer, Eudragit® RL 100 (Eud), was also<br />

consi<strong>de</strong>red to be blen<strong>de</strong>d to PMMA and its influence on the antibiotic encapsulation efficiency and release profile was<br />

evaluated.<br />

Methodology: The method used for particle production was the double-emulsion solvent evaporation method (DESE)<br />

and AB/PMMA particles and two different AB/PMMA/Eud blen<strong>de</strong>d particles were obtained (AB/PMMA/Eud5% and AB/<br />

PMMA/Eud10%). Particle characterization, encapsulation efficiency (EE), yield of production and in vitro release profiles<br />

were studied.<br />

Results: All particles presented a smooth spherical surface when observed by FEG-SEM microscopy; the yields of<br />

production obtained were all very similar, 80.8±4.2% for AB/PMMA, 82.9±4.0% for AB/PMMA/Eud5% and 83.7±5.4%<br />

for AB/PMMA/Eud10%. As to EE values, the presence of Eud did not improve the AB encapsulation; in fact, the higher the<br />

%Eud the lowest %EE value (20.2% for AB/PMMA, 16.4% for AB/PMMA/Eud5% and 14.6% for AB/PMMA/Eud10%).<br />

Concerning the AB release there were no significant differences due to Eud presence and the maximum value obtained<br />

for AB release barely excee<strong>de</strong>d 1.0%. However, for all three batches, that value correspon<strong>de</strong>d to AB concentration<br />

values over 0.40 μg/mL, higher than the MIC90 for S.aureus (0.25 μg/mL).<br />

Conclusion: For the AB studied the Eud did not improve the encapsulation efficiency neither its release from particles.<br />

Eudragit ® RL 100 is a relative hydrophilic polymer contrarily to the AB studied, which has relative lipophilic properties.<br />

This might be <strong>de</strong>terrent firstly for the AB encapsulation, during particle formulation, and secondly by blocking the AB<br />

release from the inner part of particles.<br />

pagina ı 189


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P032<br />

Melhor Saú<strong>de</strong> Interface bioética e gestão <strong>de</strong> risco em saú<strong>de</strong><br />

Graça Maria Morão Nogueira 1)<br />

1)<br />

CHLN<br />

Introdução: A responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reflectir no meio <strong>de</strong> incertezas e vulnerabilida<strong>de</strong>s é nossa<br />

Resumo: Erros, omissões e riscos são intrínsecos aos cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A sua gestão requer o compromisso<br />

<strong>de</strong> to<strong>dos</strong>, pois contrariamente à gestão <strong>de</strong> risco surge a gestão arriscada, que não se ajusta com os princípios <strong>de</strong><br />

excelência associa<strong>dos</strong> e <strong>de</strong>vem nortear os cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

Objectivos: Os benefícios da implementação <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco e análise <strong>de</strong> erros estão comprova<strong>dos</strong><br />

e diversas referências, na maioria, meramente figurativas, po<strong>de</strong>m ser encontradas em documentos oficiais no<br />

âmbito da saú<strong>de</strong>, não sendo planeadas acções para a sua promoção ou implementação. Estas acções, po<strong>de</strong>riam<br />

incluir: elaboração <strong>de</strong> normas exclusivas para a saú<strong>de</strong>; inclusão da gestão <strong>de</strong> risco como indicador <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> na<br />

acreditação <strong>de</strong> instituições ou <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas nacionais <strong>de</strong> notificação obrigatória <strong>de</strong> episódios e <strong>de</strong><br />

gestão <strong>de</strong> riscos.No final avaliar a eficácia das opções tomadas e, tendo presente o state of the art, propor melhorias<br />

às mesmas<br />

Metodologia adoptada: Neste âmbito, foram analisadas várias gui<strong>de</strong>lines <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco e outros documentos<br />

significativos, obti<strong>dos</strong> através da pesquisa em bases <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> electrónicas<br />

Conclusões: A saú<strong>de</strong> é um direito humano fundamental, existindo, no entanto, factores <strong>de</strong>terminantes que impe<strong>de</strong>m<br />

que a meta “saú<strong>de</strong> para to<strong>dos</strong>” seja atingida, entre eles o acesso <strong>dos</strong> indivíduos a cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Um <strong>dos</strong> principais indicadores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> nos cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é a segurança do doente, conceito que surgiu<br />

na discussão pública após a publicação do relatório da IOM “To Err is Human”, on<strong>de</strong> ficou patente que os erros são<br />

recorrentes na prestação <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, não por incompetência ou falta <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> profissionais, mas<br />

por não ser promovida uma verda<strong>de</strong>ira cultura <strong>de</strong> segurança<br />

A gestão <strong>de</strong> riscos é uma activida<strong>de</strong> estabelecida na vida quotidiana, e ainda que normalmente <strong>de</strong> modo inconsciente<br />

to<strong>dos</strong> aplicamos, diariamente, os seus princípios e processos, ao i<strong>de</strong>ntificar os riscos a que estamos sujeitos, avaliálos<br />

do ponto <strong>de</strong> vista da probabilida<strong>de</strong> e do impacto que terão na nossa vida, analisando a sua relação risco/beneficio<br />

e, por fim, tomando uma <strong>de</strong>cisão pon<strong>de</strong>rada. As metodologias <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco e as respectivas gui<strong>de</strong>lines,<strong>de</strong>vem<br />

ser analisadas no contexto da saú<strong>de</strong>, e implementadas neste sector.<br />

pagina ı 190


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P033<br />

Melhor Saú<strong>de</strong> na socieda<strong>de</strong>. Direitos do doente num mundo globalizado<br />

Graça Maria Morão Nogueira 1)<br />

1)<br />

CHLN<br />

DIREITOS DO DOENTE NUM MUNDO GLOBALIZADO<br />

Inscrevem-se nos Direitos do Homem promovendo, a prazo, a sua autonomia.<br />

Depen<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, organização da assistência, comportamento, cooperação <strong>dos</strong> profissionais e<br />

doentes.<br />

Envolvem direito à informação, consentimento informado.<br />

Desenca<strong>de</strong>aram empenho da Comissão Europeia, em garantir no seu espaço,<br />

serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> - solidarieda<strong>de</strong> e equida<strong>de</strong><br />

acesso efectivo <strong>dos</strong> cidadãos aos<br />

Acesso à assistência médica, não significa apenas acesso a direitos e protecção social, mas, a serviços e profissionais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, sem discriminação social, económica, pessoal.<br />

O direito à protecção da saú<strong>de</strong>, assenta em valores fundamentais: dignida<strong>de</strong> humana, equida<strong>de</strong>, ética e solidarieda<strong>de</strong>,<br />

com melhoria progressiva pela intervenção activa <strong>dos</strong> utilizadores.<br />

Evolução: doente ouvido no processo <strong>de</strong> reforma, em matéria <strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong>, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços e<br />

encaminhamento <strong>de</strong> queixas - instrumento <strong>de</strong> parceria, não <strong>de</strong> confronto, contribuindo para:<br />

• Consagrar o primado do cidadão;<br />

• Reafirmar direitos humanos fundamentais na prestação <strong>dos</strong> cuida<strong>dos</strong>, protegendo dignida<strong>de</strong>, integrida<strong>de</strong> e<br />

direito à auto<strong>de</strong>terminação;<br />

• Promover humanização <strong>de</strong> atendimento, principalmente aos grupos vulneráveis;<br />

• Desenvolver bom relacionamento entre doentes e prestadores <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong>,estimulando participação activa<br />

do doente;<br />

• Proporcionar e reforçar novo diálogo entre organizações <strong>de</strong> doentes, prestadores <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> e<br />

administrações das instituições<br />

Ser agente <strong>de</strong> mudança no mundo é um modo <strong>de</strong> mudar o mundo.<br />

impossível mudar o mundo todo, muda o mundo quando mudamos e agimos.<br />

pagina ı 191


Congresso Nacional<br />

<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P034<br />

Melhor Saú<strong>de</strong>: A segurança da medicação do doente<br />

Graça Maria Morão Nogueira1)<br />

1)<br />

CHLN<br />

A segurança da medicação do doente e a Bioétic<br />

A responsabilida<strong>de</strong> na vulnerabilida<strong>de</strong><br />

A melhoria da segurança <strong>dos</strong> doentes mediante a redução <strong>de</strong> erros <strong>de</strong> medicação tornou-se um tópico comum <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>bate para to<strong>dos</strong> os envolvi<strong>dos</strong> na prestação e recepção <strong>de</strong> cuida<strong>dos</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

A palavra “erro” tem chamado a atenção para o aspecto da prevenção, ou seja, tudo o que po<strong>de</strong> ser feito para minimizar<br />

as falhas humanas e melhorar a segurança <strong>dos</strong> doentes.<br />

Os objectivos <strong>de</strong>sta revisão <strong>de</strong> conjunto são sumarizar o que se sabe actualmente sobre erros <strong>de</strong> medicação,<br />

especialmente impacto e tipologia, assim como apresentar os pilares em que <strong>de</strong>ve assentar a sua prevenção e algumas<br />

estratégias para o conseguir.<br />

Os erros <strong>de</strong> medicação são <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> e inseri<strong>dos</strong> no âmbito <strong>dos</strong> problemas relaciona<strong>dos</strong> com medicamentos e <strong>dos</strong><br />

acontecimentos adversos por medicamentos. São listadas algumas das causas e factores contribuintes para a ocorrência<br />

<strong>dos</strong> erros <strong>de</strong> medicação, sendo também apresentadas propostas para a sua categorização e classificação, com base<br />

na gravida<strong>de</strong> das suas consequências e na etapa do sistema <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> medicamentos em que ocorreram.<br />

Os erros <strong>de</strong> medicação são observa<strong>dos</strong> à luz do sistema e, são <strong>de</strong>scritos, como “erros <strong>de</strong> sistema”. Finalmente, são<br />

apresentadas estratégias <strong>de</strong> segurança e princípios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho do sistema que promovam a redução <strong>de</strong> erros, uma vez<br />

que a implementação <strong>de</strong> práticas mais seguras requer o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas mais seguros à luz <strong>de</strong> valores e<br />

da reflexão Bioética implícita neste contexto.<br />

Palavras-chave: Bioética, responsabilida<strong>de</strong>, erros <strong>de</strong> medicação; segurança do doente; problemas relaciona<strong>dos</strong> com<br />

medicamentos, vulnerabilida<strong>de</strong>.<br />

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<strong>dos</strong> Farmacêuticos 2012<br />

2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P035<br />

Potential natural ingredients in skin care<br />

Patrícia Rijo 1) , Ana Sofia Fernan<strong>de</strong>s 2) , A. Diaz 3) , M. Baptista 4) , M. F. Simões 5) , Catarina Reis 6) , Catarina<br />

Rosado 7) , Taís Wagemaker 8) , A. Roberto 9) , P.M. Campos 10) , E. Maurício 11) , M. Bordalo 12)<br />

1) 2) 4) 6) 8) 10) 11) 12)<br />

CBIOS (U Lusófona’s Research Center for Health Sciences & Technologies), 3) U Alcalá - Fac Farmácia (Spain), 5) Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Lisboa - Fac. Farmácia Research Institute for Medicines and Pharmaceutical Sciences (iMed. UL), 7) CBIOS (U Lusófona’s Research Center for Health<br />

Sciences & Technologies) & U S Paulo Fac Ciencias Farmacêuticas, RP Brazil, 9) U São Paulo, Faculty of Pharmaceutical Sciences of Ribeirão preto,<br />

RP, Brazil,<br />

Traditional medicines and healing traditions use natural ingredients and their application in topical creams, lotions and<br />

preparations in many cultures for millennia. Over the last two <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>s, clinical and laboratory studies have i<strong>de</strong>ntified<br />

the benefits of a variety of natural ingredients for skin care. The majority of active ingredients in cosmetics are plant<br />

extracts, vitamins, proteins and minerals. To properly un<strong>de</strong>rstand the interest of the selected plants as a source of<br />

bioactive compounds for <strong>de</strong>rmocosmetic products, investigations on efficacy and safety are still nee<strong>de</strong>d. In this study,<br />

our research group used plant extracts; green coffee oil and their formulations and sour cherry by-products as potential<br />

natural ingredients. The toxicity was evaluated by the MTT assay in human keratinocytes cell line HaCat and the brine<br />

shrimp assay. The DPPH assay was used to evaluate the antioxidant capacity.<br />

Plectranthus ecklonii is traditionally used in Africa for various ailments, including skin diseases and we characterized<br />

two aqueous P. ecklonii extracts prepared by microwave and <strong>de</strong>coction extraction methods. In terms of antibacterial<br />

and antioxidant properties, chemical composition and cytotoxicity, the P. ecklonii extracts studied herein exhibited<br />

antibacterial and antioxidant activities and were not markedly cytotoxic for human keratinocytes.<br />

The study of pure green coffee oil and several stable cosmetic formulations containing 2.5, 5, 10 and 15% of this oil,<br />

involved the evaluation of the safety and the antioxidant potential. The green coffee oil presented weak antioxidant<br />

potential (IC50 value of 42%) and the MTT and brine shrimp assays suggested that the pure green coffee oil, and their<br />

tested cosmetic formulations, are <strong>de</strong>void of consi<strong>de</strong>rable toxicity.<br />

The sour cherry (Prunus cerasus L., Rosaceae) by-products used in the Obi<strong>dos</strong> liquor “ginjinha” from Portugal were<br />

screened for industrial exploitation by <strong>de</strong>termination of their phenolic content and antioxidant activity. Stem methanol<br />

extracts showed the higher concentration in polyphenols and antioxidant activity.<br />

All these studies showed that these natural ingredients should thus be further studied towards their potential use as<br />

<strong>de</strong>rmocosmetic products.<br />

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<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P036<br />

Projecto Geração Saudável<br />

Hipólito De Aguiar1), Eurico Pais2), Miguel Papança3), Mónica Ramalho4), Susana Franca5), João<br />

Martinho6), Pedro Borrego7), Lígia Reis8), Bernar<strong>de</strong>te Pinheiro9), André Marques10), André Lopes11)<br />

1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8)<br />

Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Farmacêuticos, 9) ISEG, 10) 11) Formador GS<br />

A Geração Saudável é um projecto <strong>de</strong> promoção e educação para a saú<strong>de</strong> nas escolas, <strong>de</strong>senvolvido pela Secção<br />

Regional <strong>de</strong> Lisboa da OF junto <strong>dos</strong> alunos do 2º ciclo com o objectivo <strong>de</strong> melhorar os conhecimentos e estimular a<br />

adopção <strong>de</strong> estilos <strong>de</strong> vida saudáveis no que respeita à temática da Sexualida<strong>de</strong>.<br />

O projecto assenta num mo<strong>de</strong>lo formativo com uma abordagem inovadora da temática complementando as<br />

apresentações <strong>dos</strong> formadores com ví<strong>de</strong>os, jogos e activida<strong>de</strong>s lúdicas. Para suprir as limitações das escolas preparouse<br />

uma equipa <strong>de</strong> formadores farmacêuticos, um autocarro pedagógico com duas zonas distintas - um anfiteatro e uma<br />

área lúdica – uma mascote, um hino, manuais <strong>de</strong> formação e materiais <strong>de</strong> suporte para pais e professores. Entre janeiro<br />

e março <strong>de</strong> 2012 foram realizadas 12 sessões, em 12 escolas da área <strong>de</strong> jurisdição da SRL, abrangendo 2.626 alunos.<br />

A eficácia do projecto foi avaliada através da aplicação <strong>de</strong> um questionário <strong>de</strong> autopreenchimento a uma amostra <strong>de</strong><br />

alunos que participaram no projecto, antes ou após a sessão formativa, e aceitaram respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma voluntária.<br />

A análise <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> foi feita na versão R 2.13.1. Proce<strong>de</strong>u-se à análise <strong>de</strong>scritiva das variáveis em estudo e à análise<br />

exploratória <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> para caracterizar as diferentes variáveis, na amostra global e estratificada segundo a variável <strong>de</strong><br />

interesse formação. A associação entre variáveis categóricas foi analisada usando o teste do Qui2. Para os testes <strong>de</strong><br />

hipóteses admitiu-se um nível <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95%. Ajustou-se um mo<strong>de</strong>lo regressão linear múltipla utilizando a função<br />

lm() do R para avaliar o efeito das co-variáveis no número <strong>de</strong> respostas correctas.<br />

Foi recolhida informação <strong>de</strong> 463 alunos com ida<strong>de</strong>s entre os 9 e os 15 anos (média=11,14; dp=0,99) em que 51,9%<br />

eram do género masculino. Dos alunos inquiri<strong>dos</strong> 92,5% respon<strong>de</strong>u ao questionário após a formação e 7,5% respon<strong>de</strong>u<br />

antes <strong>de</strong> ter a formação.<br />

A média do número <strong>de</strong> respostas certas foi superior no grupo que recebeu formação, sendo a diferença significativa<br />

(p-value=0,004). O número esperado <strong>de</strong> respostas certas estimado no mo<strong>de</strong>lo foi superior no grupo que recebeu<br />

formação, comparativamente ao que não recebeu formação, controlando as restantes co-variáveis (β Formação<br />

=1,37;<br />

pvalue


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<strong>de</strong> Lisboa<br />

CNF/2012/A09/P037<br />

Pharmacovigilance in Herb-Plant Interactions – The Case of Warfarin and Metabolic Chaos<br />

Ângela Maria Vilaça Pereira <strong>de</strong> Araújo Pizarro 1) , Maria Da Graça Campos 2) , José Rodrigues 3)<br />

1) 2)<br />

Observatory of herbal-drug interactions and pharmacovigilance center of pharmacy, University of Coimbra / Drug discovery group of center for<br />

pharmaceutical studies, Faculty of Pharmacy, Univerisity of Coimbra, 3) Northeastern universit<br />

Can the impacts of consuming food products (FP) and herbal products (HP) simultaneously <strong>de</strong>velop into disease? Does<br />

this process hi<strong>de</strong> symptoms or induce cell <strong>de</strong>ath? The gravity of consequences that could occur from an interaction<br />

between FP and drugs or HP is more than that between only drugs. This is because drugs have a single active ingredient,<br />

while FP and HP usually have a combination of substances with one or more active constituents.<br />

These interactions may result in five types of un<strong>de</strong>sirable effects: pharmacokinetic interaction, pharmacodynamics<br />

interaction, pharmacological synergism, pharmacological antagonism and indirect interference. The interaction generally<br />

involves the cytochrome P450 system (CYP 450). Interactions usually involve the P-gp and the CY P450 by oxidizing<br />

polar drugs at their final products, before elimination. This catalytic versatility occurs because of the multiplicity of each<br />

CYP can oxidize a wi<strong>de</strong> range of exogenous and endogenous substrates, including inhibitors and inducers.<br />

A known example is the problematic use of aqueous extract of Hypericum perforatum, as used popularly as an<br />

anti<strong>de</strong>pressant, which affects the clearance of many orally absorbed drugs, where inhibition of P-gp by HP constituents<br />

such as hypericin, kaempferol and quercetin results in higher absorption of ritonavir and erythromycin in vitro. “Harmless”<br />

Chamomile and Lemon Balm interfere with Benzodiazepines. The diuretic Green Tea originated from Asia disturbs the<br />

metabolism of Warfarin and <strong>de</strong>creases the INR values by CY P3A4. Even coffee’s caffeine may be sufficient to exacerbate<br />

the symptoms of convulsive crisis concurrently with Antiepileptic and Anticonvulsant drugs.<br />

This work primarily focuses on the induction and consequences of potential drug-drug, drug-FP, drug-HP, interactions<br />

in reported cases involving Warfarin. Warfarin is the most wi<strong>de</strong>ly used drugs in Portugal and for more than 60 years, in<br />

the prevention and treatment of venous and pulmonary thromboembolic processes. The use of Warfarin concurrently<br />

with certain FP and HP, or FP and HP that contain or are contaminated with coumarins can result in hemorrhagic chaos,<br />

therapeutic failure and <strong>de</strong>ath.<br />

pagina ı 195


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2 a 4 <strong>de</strong> Novembro<br />

Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Parceiro Institucional:<br />

Patrocinadores Gold:<br />

Media Partners:<br />

pagina ı 196


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Centro <strong>de</strong> Congressos<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

comissão organizadora<br />

executiva<br />

Fernando Ramos (Presi<strong>de</strong>nte)<br />

António Melo Gouveia<br />

Cláudia Martinho<br />

Helena Farrajota<br />

Helena Maia<br />

Maria Helena Amado<br />

Maria João Tavares<br />

Lígia Reis<br />

Nuno Valério<br />

Bruno Macedo<br />

Mariana Dias<br />

Luís Rho<strong>de</strong>s Baião<br />

Pedro Carvalho<br />

Ana Sofia Guimas<br />

João Martinho<br />

Pedro Borrego<br />

Lúcia Santos<br />

Maria Luís Santos<br />

Mariana Alves<br />

Secretariado<br />

Raquel Neto<br />

Vânia Paulino<br />

Fernanda Silva<br />

Joaquina Borges<br />

Célia Godinho<br />

Álvaro Gustavo<br />

Eugénio Viana<br />

Maria Irene Romão<br />

pagina ı 197


ORDEM DOS FARMACÊUTICOS<br />

Rua da Socieda<strong>de</strong> Farmacêutica, 18<br />

1169-075 Lisboa<br />

tel. (+351) 213 191 380 | fax. (+351) 213 191 399<br />

e-mail. direccao.nacional@or<strong>de</strong>mfarmaceuticos.pt<br />

www.or<strong>de</strong>mfarmaceuticos.pt

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